TCC Completo - Setor de Investigações nas Doenças
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TCC Completo - Setor de Investigações nas Doenças
PAOLA GOMES SILVA COMPARAÇÃO ENTRE 6 ESCALAS DE FADIGA NA SÍNDROME PÓS-POLIOMIELITE (SPP) Monografia Apresentada á Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina, para obtenção do Título de Especialização em Intervenção Fisioterapêutica em Doença Neuromusculares. São Paulo 2004 PAOLA GOMES SILVA COMPARAÇÃO ENTRE 6 ESCALAS DE FADIGA NA SÍNDROME PÓS-POLIOMIELITE (SPP) Monografia Apresentada á Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina, para obtenção do Título de Especialização em Intervenção Fisioterapêutica em Doença Neuromusculares. Orientador: Ms. Abrahão Juviano Quadros. São Paulo 2004 SILVA, PAOLA GOMES Comparação entre 6 escalas de fadiga na Síndrome Pós-Poliomielite / Paola Gomes Silva – São Paulo, 2004. XII, 18fls. Monografia(Especialização – Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de Medicina. Programa de Pós-graduação em Intervenções Fisioterapêutica em Doenças Neuromusculares) Comparison between 6 scales of fatigue in Postpoliomyelitis Syndrome (PPS) . 1. Fadiga. 2. Síndrome Pós-pólio. 3. Escala UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA DISCIPLINA DE NEUROLOGIA SETOR DE DOENÇAS NEUROMUSCULARES Chefe do Departamento: Profa. Dra. Débora Amado Scerni Coordenadores do Curso de Especialização em Intervenção Fisioterapêuticas em Doenças Neuromusculares : Prof. Dr. Acary Souza Bulle deOliveira, Ms. Francis Meire Fávero Ortensi. iv PAOLA GOMES SILVA COMPARAÇÃO ENTRE 6 ESCALAS DE FADIGA NA SÍNDROME PÓS-POLIOMIELITE (SPP) Presidente da Banca: Ms. Abrahão Augusto Juviniano Quadros Banca Examinadora: Roberto Dias Batista Pereira Drª Sissy Veloso Fontes Aprovado em: ___/____/____ v DEDICATÒRIA Dedico este trabalho aos meus pais pela oportunidade que eles me deram de realizar uma faculdade e de terem me educado. Também dedico ao Abrahão que é uma pessoa super humana, dedicado aquilo que ele faz e que me ajudou muito na conclusão deste estudo. vi AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente aos meus pais, que sempre me apoiaram e estiveram do meu lado em todos os momentos da minha vida. Agradeço ao meu orientador Abrahão pela paciência, dedicação, atenção e pela disponibilidade, que foram indispensáveis para a conclusão deste estudo. Agradeço a coordenação Francis e Sissy pela dedicação e disponibilidade oferecidas no percorrer do ano, aos professores que compartilharam os seus conhecimentos conosco, a Dirce e Sr João pela atenção e disponibilidade dada durante o curso e claro aos meus amigos de classe. vii SUMÁRIO Dedicatória .......................................................................................................... vi Agradecimentos .................................................................................................. vii Lista de Abreviatura ............................................................................................ ix Resumo ................................................................................................................ x 1. Introdução .......................................................................................................... 1 2. Objetivos ........................................................................................................... 4 3. Material e Métodos ............................................................................................. 5 4. Resultados .......................................................................................................... 6 5. Discussão ............................................................................................................ 9 6. Conclusão ...................................... ................................................................... 11 7. Anexo ................................................................................................................... 12 8. Referência Bibliográfica ........................................................................................ 15 8. Abstract viii LISTA DE ABREVIATURAS EBV – Epstein-Barr vírus FSS – Fatigue Severity Scale HHV – Human Herpesvirus NHP – Nottingham Health Profile SFC – Síndrome da Fadiga Crônica SPP - Síndrome Pós-poliomielite ix RESUMO A fadiga é um dos sintomas mais comuns e menos estudados na Síndrome póspoliomielite (SPP), chegando afetar até 89% dos pacientes. Considerando que varias escalas tem sido usadas para avaliar a fadiga, o objetivo deste estudo foi de realizar uma revisão bibliográfica para identificar e comparar os instrumentos subjetivos de avaliação da fadiga que já foram utilizados nos estudos de Síndrome pós-poliomielite, com o propósito de analisar qual a escala mais adequada para se avaliar a fadiga SPP. A analise comparativa foi realizada entre os domínios, número de questões, validade nacional, a mais utilizada, a mais multidimensional e a consistência interna. No período de 1966 a 2004 foram encontrados 15 artigos de Síndrome póspoliomielite que utilizaram algum tipo de escala de fadiga de onde foram identificados 6 escalas, 4 abordavam o aspecto periférico da fadiga e 2 o aspecto periférico e central, sendo as consideradas as mais multidimensionais. O número de questões variou de 1 a 27, só a Nottingham Health Profile apresentou um validade nacional em andamento, já as outras não possuíam validade nacional. A mais utilizada dentro deste estudo foi a Fatigue Severity Scale e de acordo com o teste de Cronbach alfa, 5 escala apresentaram uma consistência interna satisfatória, com um alfa superior a 0.88. Concluiu-se que a Piper Fatigue questionnarie, foi considerada a escala mais preparada para avaliar a fadiga na Síndrome pós-poliomielite por conseguir abordar a maioria de seus aspectos. Palavra chave: fadiga, Síndrome pós-pólio, escala. 1. Introdução A Síndrome pós-poliomielite (SPP) é uma desordem neurológica considerada dentro do capitulo dos efeitos tardios da poliomielite caracterizada por fraqueza muscular e fadiga muscular anormal em indivíduos que tiveram poliomielite aguda muitos anos atrás. A SPP encontra-se na categoria das doenças do neurônio motor em virtude de os quadros clínicos e histopatológico estarem intimamente relacionados com a disfunção dos neurônios motores inferiores 1. Apesar de não possuir uma etiologia definida existem algumas hipóteses etiológicas, tais como: disfunção das unidades motoras devido ao “overwork” (trabalho excessivo) ou envelhecimento prematuro das unidades motoras afetadas pela poliomielite; “ouveruse” (supertreinamento) muscular; desuso muscular; perda anormal das unidades motoras com a idade; predisposição de degeneração do neurônio motor devido ao dano glial, vascular e finfático; reativação do vírus ou infecção persistente; uma síndrome imuno mediada; efeito do hormônio de crescimento; efeito combinado do “overuse”; desuso, dor, ganho de peso ou outras doenças. Porém a mais aceita dentre elas é a do “supertreinamento” ou “overuse”. As manifestações clínicas que podem estar presentes são: nova fraqueza muscular, nova atrofia, fadiga, dor articular e muscular, distúrbios respiratórios, distúrbios de sono, disfagia, intolerância ao frio e fasciculações 3,4. De acordo com estudos anteriores, a fadiga é um dos sintomas mais comuns da SPP e um dos menos estudados, sua prevalência varia de 86% a 89% nos estudos internacionais 5,6,7 e de 66% a 77,5% nos estudos nacionais 1,8 . A fadiga é considerada a seqüela da SPP mais relatada, mais debilitante e que possui uma grande interferência nas atividades de vida diária, onde 69% dos pacientes relatam que a fadiga afeta seu estilo de vida, na habilidade de cuidar de si mesmo e na locomoção 9,10. Apesar da fadiga ser um sintoma difícil de se definir e de não existir uma definição universal aceitável, ela pode ser caracterizada como fenômeno complexo, multicausal, multidimensional e subjetivo, que envolve domínios temporais, sensoriais, afetivos, comportamentais, psicológicos e de severidade biomecânico, cognitivos, físicos, 11-13 . A fadiga tem sido classificada como central e periférica. Os sintomas da fadiga central são: distúrbios da concentração, da memória, da atenção e de manter-se acordado. Com base nessas manifestações clinicas sugere-se que a fadiga central na SPP não possa ser explicada meramente por uma indução do poliovírus nos neurônios do corno anterior da medula espinhal, surgindo a hipótese da ação do poliovírus em algumas áreas especificas do cérebro. Isso foi confirmado em estudos pós morte de 50 anos atrás, os quais demonstraram a ação lesional do poliovírus em áreas cerebrais responsáveis pelo sistema ativador cortical, tais como o hipotálamo, tálamo, núcleo caudado, putâmen, globo pálido, formação reticular e especialmente a substância negra 14 . Ainda existem outras hipóteses etiológicas para a fadiga central, tais como a dor crônica, depressão, disfunção respiratória e as desordens do sono 4. As causas da fadiga periférica envolvem disfunção da junção neuromuscular, devido a uma exaustão metabólica da unidade motora; desproporção dos tipos de fibras e miopatias por overuse. Seus sintomas incluem diminuição da resistência muscular e fadigabilidade muscular 4,15. È de suma importância diferenciarmos a Síndrome da fadiga crônica (SFC) da fadiga na SPP, as duas possuem sinais clínicos semelhantes como distúrbio de concentração, do sono, fraqueza muscular entre outros e também possuem etiologia viral, no entanto a SFC só é definida quando a fadiga persiste por mais de 6 meses e é acompanhada por sintomas neuromusculares e neuropsicológicos, a sua etiologia ainda é desconhecida, mais existem hipóteses etiológicas de que a SFC seria desencadeada por uma variedade de fatores, incluindo exposição viral de um dos seguintes agentes: Epstein-Barr vírus (EBV), human herpesvírus 6 (HHV), group B coxsackieviruses, hepatites C vírus e human herpesvírus 7 (HHV7)16,18. Diferentes questionários tem sido usados para avaliar a severidade da fadiga na SPP, já que ela é uma das seqüelas mais relatadas pelos pacientes. No entanto, as escalas de fadiga presentes nas bases de dados apresentam diferentes características, principalmente relacionados ao aspecto da fadiga. Dessa maneira, torna-se difícil a escolha de uma escala mais adequada para avaliação da fadiga na SPP. 2. Objetivo Identificar e comparar os instrumentos subjetivos de fadiga que já foram utilizados nos estudos de SPP, com o propósito de analisar qual a escala mais adequada para se avaliar a fadiga. 3. Material e Método Foi realizado uma revisão bibliográfica abrangendo o período de 1966 a 2004, com o objetivo de identificar e analisar comparativamente os instrumentos subjetivos de fadiga na SPP. A comparação foi realizada entre os domínios, números de questões, a validade no Brasil, a mais utilizada, a mais multidimensional, ou seja, a escala que aborda a maioria dos aspectos da fadiga e a consistência interna. As bases de dados usadas foram: bireme via Medline, Pubmed, Lilacs, Scielo e Lincolnshire libray e as palavras chaves foram as combinações do termo fadiga (fatigue), instrumento (instrument), questionário (questionnaire), escala (scale), pós-polio (post pólio), síndrome pós pólio ( post pólio syndrome) e pós poliomielite ( post poliomyelitis). 4. Resultados Nos últimos 38 anos foram publicados 15 artigos sobre SPP que utilizaram algum tipo de escala de fadiga e dentro desses trabalhos foram encontrados 6 instrumentos subjetivos de avaliação, os quais foram: Fatigue severity scale (FSS)20, Hare fatigue scale 19 , Nottingham health profile (NHP)21, Shor fatigue questionnaire22, Revised piper fatigue scale12 e Chalder fatigue questionnaire11 (anexo). Desses 15 artigos, 9 utilizaram a Fatigue severity scale23-21, 3 a Hare fatigue scale 15,27,31 , 4 a Nottingham health profile26,28,32,33, 2 a Shor fatigue questionnaire28,34, 1 a Revised piper fatigue scale 35 , e 1 Chalder fatigue questionnaire 35. Questionários: Fatigue severity scale: consiste de 9 afirmações, que devem se referir as duas ultimas semanas e que abordam o aspecto da fadiga periférica. O paciente devera dar uma nota de 1 a 7, onde 1 significa que ele discorda completamente e 7 indica que ele concorda plenamente com a afirmação. O score maior ou igual a 28 significa que o paciente apresenta fadiga, A FSS apresenta uma boa consistência interna (Cronbach alfa = 0.84-0.95)20. Nottinghan health profile (categoria de energia): A categoria de energia é uma das seis categorias da NHP que é composta de 3 questões que abordam o aspecto periférico da fadiga. O calculo do score é realizado dividindo o numero de questões respondidas com sim pelo total de questões e multiplicar por 100. A versão Norueguesa da NHP possui uma consistência interna satisfatória (Cronbach alfa = 0.77)21. Hare fatigue scale: Essa escala é composta de uma única questão onde o paciente deverá pontuar o seu sintoma. Seu score varia de 0 – ausente, 0.5 – muito leve, 1- leve, 1.5 leve a moderado, 2- moderado, 2.5 – moderado a severo,3 – severo, 3.5 – severo e insuportável, 4- insuportável 19 . Não foi encontrado dados sobre a consistência interna. Shor fatigue questionnaire; Consiste de 4 questões, as quais abordam o aspecto periférico da fadiga. Sua pontuação é semelhante ao da FSS, devese dar um score de 1 a 7 para cada item e apresenta uma boa consistência interna (Cronbach alfa = (0.88)22. Revised piper fatigue scale: Composta de 22 questões alternativas e 5 descritivas, que abordam os aspectos sensoriais, cognitivos , de humor, comportamental, de severidade e afetivo da fadiga. O paciente pontuara cada item de 0-10. Para se obter o score final deve-se somar a pontuação de cada item e dividir por 22. As questões descritivas não entram na pontuação, elas servem para fornecer dados qualitativos. Apresenta uma consistência interna excelente (Cronbach alfa = 0.97)12. Chalder fatigue questionnaire: Composta de 14 questões que abordam o aspecto periférico e central da afdiga. Cada item deve ser pontuado de 0 a 4. Score igual ou superior a 2 significa que o paciente apresenta fadiga. Essa escala também possui uma boa consistência interna (Cronbach alfa = 0.880.90)11. Quadro 1 Analise comparativa dos instrumentos subjetivos de fadiga usados na SPP. ESCALAS NUMEROS MAIS VALIDADE DE UTILIZADAS NACIONAL 1ª Ausente DOMINIOS CONSISTENCIA INTERNA ITENS Fatigue 9 Fadiga periférica severity scale Boa Cronbach alfa =0.84-0.95 Nottinghan 3 2º Andamento Fadiga periférica health profile Satisfatória Cronbach alfa =0.77 Hare fatigue 1 3º Ausente Inespecifico -------------- 4 4º Ausente Fadiga periférica Boa scale Shor fatigue questionnaire Cronbach alfa =0.88 Revised piper Fadiga periférica, Excelente central Cronbach alfa (multidimensional) =0.97 Fadiga periférica, Boa fatigue central Cronbach alfa questionnaire (multidimensional) =0.88-0.90 27 5° Ausente fatigue scale Chalder 11 5º Ausente 5. Discussão O objetivo desse estudo foi verificar quais os instrumentos subjetivos de fadiga que já foram usados nos artigos de SPP e realizar uma análise comparativa dos mesmos, já que diferentes questionários tem sido usados para analisar a severidade da fadiga. Foi observado que a maioria dos estudos utilizaram a fatigue severity scale, talvez por ser de fácil aplicação e por exigir um tempo mínimo do terapeuta. Essa escala é indicada para reconhecer a presença ou não de fadiga numa casuística, não sendo a mais indicada para especificar as características da fadiga, por ser a fadiga caracterizada por um fenômeno complexo e multidimensional que comportamentais, envolve biomecânico, domínio temporais, cognitivos, físicos, sensoriais, psicológicos afetivos, e de severidade11-13. Acredita-se que não só a FSS mas a NHP e a short fatigue questionnaire, não são também as mais indicadas para especificar as características da fadiga na SPP, pelo fato desses instrumentos abordarem unicamente o aspecto periférico da fadiga. O numero de itens variou de 1 a 27 dentre as 6 escalas de fadiga avaliadas e observou-se que não só o domínio mas também o numero de questões poderiam interferir na avaliação da fadiga. Sugere-se que o instrumento que possuir um maior numero de itens, conseguira obter um maior numero de dados, resultando de uma melhor avaliação. Portanto, pressupõem-se que para se obter uma boa mensuração da fadiga através de um instrumento subjetivo, o mesmo devera possuir um número de questões consideráveis e também abordar a maioria dos aspectos da fadiga, não se limitando a um único domínio. Isso pode ser notado nas escalas analisadas nesse estudo, onde a Hare fatigue scale, foi um instrumento considerado inespecifico com relação ao domínio, pelo fato de não especificar qual o aspecto da fadiga abordado e também considerado escasso de itens. Talvez tenha sido por esse motivo que os 2 artigos que a utilizaram acabaram usando conjuntamente outra escala de avaliação de fadiga nos seus estudos. Das 6 escalas de fadiga analisadas, a Revised Piper fatigue scale a Chalder fatigue questionnnaire foram as únicas consideradas as mais multidimensionais, por abordarem a maioria dos aspectos físicos da fadiga. Esses dados foram compatíveis com o estudo de Strohschein et al (2003) onde a mesma também relatou que esses dois instrumentos foram considerados os mais multidimensionais. Dentre essas duas escalas a Revised Piper fatigue scale foi considerada a mais indicada para avaliar a fadiga na SPP, por abordar tanto o aspecto comportamental, de severidade, afetivo, sensorial e cognitivo da fadiga também por possuir questões dissertativas resultando de dados não só quantitativos mas também qualitativos. 6. Conclusão Conclui-se que no período de 1966 a 2004 foram publicados 15 artigos de SPP que utilizaram algum tipo de escala de fadiga e dentro desses foram encontrados 6 instrumentos subjetivos de avaliação. De acordo com a comparação realizada entre as escalas, observou-se que a FSS foi a escala mais utilizada dentre os estudos e a Revised Piper fatigue scale e a Chalder fatigue questionnaire foram consideradas as mais multidimensionais, por abordarem a maioria dos aspectos da fadiga, sendo a Revised Piper fatigue scale considerada a escala mais indicada para avaliar na SPP. Notou-se que o numero de itens e o domínio podem interferir na mensuração da fadiga, observando que quanto maior o numero de questões e os aspectos abordados pelas escalas, maior será o numero de dados e melhor será a mensuração. De acordo com a validação nacional, 5 escalas não estão validadas e a validação da NHP este em andamento e de todas as escalas de fadiga analisadas, só 5 que apresentaram consistência interna satisfatória de acordo com o teste de Cronbach alfa. 7. Anexo FATIGUE SEVERITY SCALE 1.My motivation is lower when I am fatigued 2. Exercise bring on my fatigue 3. I am easily fatigued 4. Fatigue interferes with my physical functioning 5. Fatigue causes frequent problems for me 6. My fatigue sustained physical functioning 7. Fatigue interferes with carrying out certain duties and responsabilites 8. Fatigue is among my three most disabling and responsabilites 8. Fatigue is among my three most disabling and responsabilites. 9.Fatigue interferes with my work, family, or social life NOTTINGHAM HEALTH PROFILE (energy) 1. I soon run out of energy 2. Everything is na effort 3.I’m tired all the time SHORT FATIGUE QUESTIONNAIRE 1. I feel tried 2. I tired easily 3. I feel fit 4. I feel physically exhausted HARE FATIGUE SCALE PHYSICAL SYMPTOMS 1. Do you have problems with tiredness? 2.Do you need to rest more? 3. Do you feel sleepy or drowsy? 4. Do you have problems starting things? 5. Do you stra things without difficulty but get weak as you go on? 6. Are you lacking in energy? 7. Do you have less strength in your muscles? 8. Do you feel weak? MENTAL SYMPTONS 9. Do you have difficulty concentrating? 10. Do you have prolems thinking clearly? 11. Do you make slips of the tongue when speaking? 12. Do you find is more difficult to find the cortect word? 13. How is your memory? 14. Have you lost interest in the thigs you used to do? REVISED PIPER FATIGUE SCALE 1. How long have you been feeling fatigued? a) minutes, b) hours, c) days, d) weeks, e) months, f) other (describe) 2 . To waht degee is the fatigue you are feeling now interferingwith your ability to complete your or school activities? 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 No distress A great deal of distress 3. To waht degee is the fatigue you are feeling now interferingwith your ability to complete your or school activities? 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Nome A great deal 4. To waht degee is the fatigue you are feeling now interferingwith your ability to visit or socilize with your friends? 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Nome A great deal 5. To waht degee is the fatigue you are feeling now interferingwith your ability to engage to sexual activity? 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Nome A great deal 6. Overall how much is the fatigue, wich you are experiencinh now, interfering with your ability to engage in the kind of activities you enjov doing? 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Nome A great deal 8. How would you describe the degree of intensivy or severity of the fatigue which you are experiencing now? 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Mild Severe To what degree would you describe the fatigue which you are experiencing now as being: 8. Pleasent unpleansant 9. Agreeable Disagreeable 10. Protective Destructive 11. Positive Negative 12. Normal Abnormal 13. To what degree are you now feeling: 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Strong Weak 14. To what degree are you now feeling: 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Awake 15. To what degree are you now feelin: 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Lively 16. To what degree are you now feeling: 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Refreshed 18. To what degree are you now feeling: 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Sleepy Listless t ired Patient Impatient 19. To what degree are you now feeling: 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Relaxed Tense 20. To what degree are you now feeling: 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Exhilarated Depressed 21. To what degree are you now feeling: 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Able to concentrate Unable to concentrate 22. To what degree are you now feeling: 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Able to remenber Unable to remenber 23. To what degree are you now feeling: 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Able to think clearly Unable to remenber 24. Overral, what do you believe is mot directly contributing to or causing your fatigue? 25. Overral, te best thing you have foun to relieve your fatigues is 26. Is there anything else you would like to add that would describe your fatigue better to us? 27. Ae you experiencing any other symptoms right now? No Yes. Please describe 8- Referência Bibliográficas 1. Oliveira ASB, Síndrome Pós-Poliomielite: Aspectos Neurológicos. 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Considering a great number of scales used to evaluate fatigue, the main purpose of this study was to perform a literature assessment to identify and compare subjective instruments of fatigue evaluatio, used on post-polio syndrome studies, to identify the most propecr scale to evaluate fatigue on PPS. Comparative analysis considered domains, number of questions, national validity, most commonly used scales, multidimensional approach and insidie consistency. Between 1996 and 2004, 15 studies about post-polio syndrome wthi 6 different fadigue scale were identified. Of 6 scales, 4 evaluated peripheral aspects of fatigue while 2 included peripheral and central aspects of fatigue, these 2 were considered multidimensional. Number of questions were between 1 and 27, just the Nottingham Health Profile presented national validity in development. The most commonly used scale on the present study was the Fatigue Severity Scale and according to the Cronbach Alfa test, 5 scales presentend satisfactory inside conscistency, with alfa superior to 0.88. We concluded that the Piper Fatigue Questionnaire was considered the most proper scale to evaluate fadigue on post-polio syndrome patients due to its wide approach. Keywords: fatigue, post polio syndrome, scale.