III Mostra do PIBID

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III Mostra do PIBID
III Mostra do PIBID - UNIBR/FSV
SEMANA DAS LICENCIATURAS 2015
WILLIAM VIEIRA DOS SANTOS
WILLIAM VALÉRIO
ESTÉTICA E LITERATURA:
Uma proposta para o ensino de literatura
2015
ANTIGUIDADE CLÁSSICA
IX a.C - V d.C
REALISMO IDEALISMO
LITERATURA:

Ilíada e Odisseia
Estas duas obras representam os dois maiores modelos da literatura clássica e têm
como principais características a narrativa em grandes dimensões, que retrata o tema de modo
heroico, na maioria das vezes, sobrecarregando-o de elementos fantásticos e sobrenaturais.
A presença do mito tem papel fundamental, pois, este irá mostrar outra forma de ver o
mundo e estreitar a distância entre o humano e o divino.
Discóbolo (450 a.C) Miron. Representação idealizada
do esportista no momento de maior concentração.
IDADE MÉDIA V-XV
DEUS CRISTIANISMO
O amor é uma planta da paz
e das mais preciosas virtudes
Pesado parecia,
quando só nos céu existia
Até que a terra se derramou
Com espírito leve como pena,
Desde que de carne
e sangue se revestiu
Ligeiro e penetrante
como a ponta da agulha
(William Langland)
O Cristo Pantocrator séc. VI d. C.
A palavra Pantocrator é de origem grega e significa “Todo Poderoso”.
RENASCIMENTO XVI
HOMEM EM EQUILÍBRIO
Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
(Luís de Camões)
Homem Vitruviano, Leonardo da Vinci.
“A Escola de Atenas” (1510-1511), Rafael Sanzio. Vemos Platão apontando para o alto – o mundo das
ideias – e Aristóteles apontando para baixo, indicando a realidade concreta.
BARROCO XVII
HOMEM EM CONFLITO
A instabilidade das coisas do mundo
Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
Depois da luz, se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.
Porém, se acaba o Sol, por que nascia?
Se é tão formosa a luz, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?
Mas no Sol, e na luz, falta a firmeza,
Na formosura, não se dê constância,
E na alegria, sinta-se tristeza.
Começa o mundo, enfim, pela ignorância,
E tem qualquer dos bens, por natureza:
A firmeza, somente na inconstância.
(Gregório de Matos)
São Francisco em Oração (1602 -1604). É uma pintura do italiano Caravaggio, na Galeria Nacional
de Arte Antiga em Roma.
ARCADISMO XVIII
O HOMEM EM EQUILÍBRIO
Já me enfado* de ouvir este alarido,
Com que se engana o mundo em seu cuidado;
Quero ver entre as peles, e o cajado,
Se melhora a fortuna de partido.
Canse* embora a lisonja ao que ferido
Da enganosa esperança anda magoado;
Que eu tenho de acolher-me sempre ao lado
Do velho desengano apercebido.
Aquele adore as roupas de alto preço,
Um siga a ostentação, outro a vaidade;
Todos se enganam com igual excesso.
Eu não chamo a isto já felicidade:
Ao campo me recolho, e reconheço,
Que não há maior bem, que a soledade*.
(Cláudio Manuel da Costa)
*Enfado: sensação de tédio.
*Solidão: Lugar ermo, solitário.
*Canse: afadigue; esfalfe; estafe; estrompe; extenue; fatigue.
O Balanço (1730), de Nicolas Lancret..
ROMANTISMO XIX
(1ª metade)
O HOMEM EM LIBERDADE
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus,
Se eu deliro... Ou se é verdade
Tanto horror perante os céus?!...
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
Do teu manto este borrão?
Astros! Noites! Tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!...
(Castro Alves - O Navio Negreiro)
A liberdade guiando o povo, Eugene Delacroix (1798 -1863). O quadro é uma exaltação das ideias
liberais que se associam ao Romantismo. O jovem retratado ao centro, de cartola e com o fuzil
na mão, é o próprio pintor, um aristocrata que, em 1830, estava entusiasmado com as ideias
libertárias.
REALISMO NATURALISMO
PARNASIANISMO XIX
(2ª metade)
BUSCA DO HOMEM NA DIMENSÃO CIENTÍFICA
Capítulo final de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis. O antológico
“das negativas”.
Este último capítulo é todo de negativas. Não alcancei a celebridade do emplasto, não
fui ministro, não fui califa, não conheci o casamento [...]. Não tive filhos, não transmiti a
nenhuma criatura o legado de nossa miséria.
O Cortiço, de Aluísio Azevedo. As motivações amorosas.
Amara-o a princípio por afinidade de temperamento, pela irresistível conexão do instinto
luxurioso e canalha que predominava em ambos, depois continuou a estar com ele por hábito,
por uma espécie de vício que amaldiçoamos sem poder largá-lo.
.
Britadores de Pedra, Coubert (1819 - 1877). Os realistas naturalistas ocupavam-se do presente,
do cotidiano, da realidade do homem comum com uma visão objetiva e crítica.
SIMBOLISMO XIX-XX
(Passagem)
BUSCA DO HOMEM NA DIMENSÃO PSICOLÓGICA (HOMEM - ALMA)
Supremo Desejo
Eternas, imortais origens vivas
da Luz, do Aroma, segredantes vozes
do mar e luares de contemplativas
vagas visões volúpicas*, velozes...
Aladas alegrias sugestivas
de asa radiante e branda de albornozes*,
tribos gloriosas, fúlgidas, altivas,
de condores e de águias e albatrozes...
Espiritualizai nos Astros louros,
do sol entre os clarões imorredouros
toda esta dor que na minh’alma clama...
Volúpicas: prazer sensitivo.
Albornozes: manto de lã.
Dardejando: brilhando.
Quero vê-la subir, ficar cantando
nas chamas das Estrelas, dardejando*
nas luminosas sensações da chama
(Cruz e Souza)
"Reflexão", Odilon Redon. Pintor simbolista francês (1840-1916)
MODERNISMO XX
OBJETIVISMO E SUBJETIVISMO
Eia! eia! eia!
Eia electricidade, nervos doentes da Matéria!
Eia telegrafia-sem-fios,
simpatia metálica do Inconsciente!
Eia túneis, eia canais, Panamá, Kiel, Suez!
Eia todo o passado dentro do presente!
Eia todo o futuro já dentro de nós! eia!
Eia! eia! eia!
Frutos de ferro e útil da árvore-fábrica cosmopolita!
Eia! eia! eia! eia-hô-ô-ô!
Nem sei que existo para dentro.
Giro, rodeio, engenho-me.
Engatam-me em todos os comboios.
Içam-me em todos os cais.
Giro dentro das hélices de todos os navios.
Eia! eia-hô! eia!
Eia! sou o calor mecânico e a eletricidade!
(Álvaro de Campos - Ode Triunfal)
PÓS-MODERNISMO
DESCONSTRUÇÃO DA FORMA
Rebus (1955), Robert Rauschenberg. Rebus: enigma figurado.

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