projeto político pedagógico - escola estadual irene g. rickler
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projeto político pedagógico - escola estadual irene g. rickler
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO FORMOSA DO OESTE 2006/2007 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Irene Grimbor Rickler Ensino – Fundamental – Formosa do Oeste – Paraná, Elaborado pelos seguintes proponentes: Diretor Equipe Administrativa, Equipe Pedagógica, Corpo Docente e Discente Auxiliar de Serviços Gerais, Membros da Comunidade, apresentado ao Núcleo Regional de Educação de Assis Chateaubriand. FORMOSA DO OESTE 2006/2007 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO.....................................................................................................8 1 - INTRODUÇÃO....................................................................................................9 1.1 Identificação.....................................................................................................11 1.1.1 Atos Oficiais..................................................................................................11 1.1.2 Atos Oficiais do Quadro Administrativo...................................................11 1.2 Histórico............................................................................................................11 1.2.1 Inventário da Escola.....................................................................................11 1.3 Espaço Físico, Materiais e Equipamentos....................................................12 1.3.1- Espaço Físico...............................................................................................12 1.3.2 - Relação de materiais e equipamentos.....................................................12 1.4 - Biblioteca........................................................................................................13 1.4.1 - Acervo Bibliográfico;.................................................................................13 1.5 Estrutura do Curso..........................................................................................14 A Escola Estadual Irene Grimbor Rickler – Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries, conforme determina a Lei de Diretrizes e Bases – L.D.B. (Lei 9394/96 de 20 de dezembro de 1996) organizada da siguinte forma:...........................14 Modalidade de Ensino Regular: gratuito e obrigatório;....................................14 Carga horária anual – 800 horas;.........................................................................14 Efetivo trabalho escolar – 200 dias letivos;........................................................14 Duração – 4 anos...................................................................................................14 Turno – vespertino.................................................................................................14 1.6 Qualificação Profissional ........................................................................14 1.6.1 Setor Administrativo...................................................................................14 1.6.2 Pedagogos ....................................................................................................14 1.6.3 Pedagógico: Docentes.................................................................................15 1.6.4 Auxiliar Serviços Gerais..............................................................................16 1.6.5 Setor Discente.............................................................................................16 2 OBJETIVO............................................................................................................17 2.1 Objetivo Geral..................................................................................................17 2.2 Objetivos Específicos......................................................................................17 3 PRINCIPOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR..................................18 4 PRINCIPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO................................................20 5 ATO SITUCIONAL...............................................................................................23 5.1 Descrição da Realidade Brasileira, do Estado, do Município e da Escola23 5.1.1 Caracterização da População......................................................................25 6 MARCO CONCEITUAL.......................................................................................27 6.1 Análise das Contradições e Conflitos Presentes na Prática Docente: Reflexão Teório-Prática.........................................................................................30 6.2 Concepção de Sociedade...............................................................................33 6.3 Concepção de Homem....................................................................................34 6.4 Concepção de Educação................................................................................34 6.5 Concepção de Conhecimento........................................................................35 6.6 Concepção de Escola......................................................................................36 6.7Concepção de Ensino-Aprendizagem............................................................37 6.7.1 Pratica Transformadora...............................................................................38 6.8 Concepção de Avaliação................................................................................41 6.8.1 Praticas Avaliativas .....................................................................................42 6.9 Princípios da Gestão Democrática................................................................48 6.9.1 Trabalho Coletivo..........................................................................................50 6.10 Capacitação Continuada de Educadores....................................................50 6.11 Qualidade do Ensino e Aprendizagem........................................................52 6.12 O Currículo da Escola Pública ..................................................................53 6.13-Dinâmica do Currículo .................................................................................55 6.14 - Reflexão Sobre o Trabalho Pedagógico ..................................................55 6.15 Princípios Curriculares................................................................................57 6.16 O Que a Escola Pretende do Ponto de Vista Político Pedagógico...........59 7 MARCO OPERACIONAL ....................................................................................63 7.1- Redimensionamento da Organização do Trabalho Pedagógico ..............63 7.2 – Concepção de Gestão..................................................................................64 7.3 Critérios de Organização Interna da Escola.................................................69 7.3.1 Recursos Que a Escola Dispõe Para Realizar Seu Projeto......................70 7.4– Critérios Para Elaboração do Calendário Escolar.....................................71 7.5 Critérios Para Organização e Utilização dos Espaços Educativos ...........72 7.6 Critérios Para Organização de Turmas e Distribuição Por Professor.......72 7.7 Papel das Instâncias Colegiadas?.................................................................73 7.8Plano de Ação da Escola.................................................................................76 7.8.1– Objetivos Gerais.........................................................................................76 1.Consolidar a participação da comunidade no encaminhamento, discussão e avanços no processo educacional...................................................................76 2.Garantir que a educação fundamental seja pautada como direito de todos; publica, de qualidade social gratuita,democrática, inclusiva, transformadora e que respeita a diversidade cultural..................................................................76 3.proporcionar espaços educativos organizados, agradáveis que favoreçam o convívio social e com matérias disponíveis favorecendo a prática pedagógica com qualidade...................................................................................76 7.8.2– Ações...........................................................................................................76 1.Esclarecer aspectos legais dos órgãos colegiados quanto ao funcionamento e atribuições, preparando-os para o desempenho de suas ações.......................................................................................................................76 2.Possibilitar o acesso as informações, participação, aprovação e execução do Projeto Político Pedagógico, bem como, da avaliação institucional.........76 3.Manter parcerias com instituições públicas e privadas.................................76 4.Aprimorar continuamente a participação e gestão coletiva assegurando a decisão colegiadas dos assuntos relevantes a comunidade compartilhando o conhecimento produzido sobre gestão educacional e escolar........................76 5.Garantir a autonomia política, pedagógica e administrativa da escola na gestão de seus processos organizacionais, bem como, na aplicação dos recursos financeiros, conforme a necessidade da escola................................76 6.Estabelecer normas de manutenção e preservação da escola.....................76 7.Redimensionar qualitativamente o funcionamento do Conselho de Classe no que concerne à analise e tomada a decisão frente aos problemas enfrentados no processo ensino-aprendizagem, compartilhando responsabilidades e ações imediatas para solução dos mesmos...................76 8.Participação dos pais na vida escolar dos seus filhos/alunos na condição de co-responsável. ...............................................................................................76 9.Subsidiar tecnicamente o trabalho do professor quanto a utilização de metodologia histórico critica, garantindo ao aluno o pleno domínio da leitura, da escrita, do calculo e demais disciplinas por meio dos conhecimentos científicos, tecnológicos e culturais....................................................................77 10.Assegurar ao corpo docente apoio técnico nos aspectos pedagógicos sobre o sistema de avaliação adotado pela escola com ênfase na avaliação formativa, recuperação paralela de estudos e auto-avaliação.........................77 11.Viabilizar a política de inclusão, através da melhoria qualitativa do atendimento pedagógico, aos alunos portadores de necessidades educacionais especiais.........................................................................................77 12.Eliminar práticas educacionais, discriminatórias e segregacionais, reconhecendo a diversidade cultural e especificidades racionais e étnicas. 77 13.Incentivar o desenvolvimento de atividades culturais, esportivas que contribuam para a formação do educando e também volorizem a construção do conhecimento...................................................................................................77 14.Criar mecanismos de divulgação e registro do trabalho pedagógico desenvolvido à comunidade em que escola está inserida como exposições, pesquisas e outros................................................................................................77 15.Democratizar as informações sobre as políticas que norteiam o sistema educacional a todos os profissionais da educação..........................................77 16.Viabilizar a participação dos profissionais da educação em cursos, seminários, grupos de estudos e projetos.........................................................77 17.Promover a formação continuada...................................................................77 18.manter os espaços educativos limpos, organizados e com materiais adequados a atividades propostas......................................................................77 7.8.3 Função da Equipe Pedagógica....................................................................78 7.9 Função da Direção...........................................................................................81 8 PROJETOS...........................................................................................................85 9 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL............................................................................86 9.1 Avaliação do Projeto Político Pedagógico...................................................86 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................87 APRESENTAÇÃO Compromissados com a melhoria e a qualidade de ensino, no sentido de responder ás necessidades sócio-econômico e culturais frente á inovações e avanços tecnológicos da época, procuramos delinear o projeto Político pedagógico da Escola Estadual Irene Grimbor Rickler – Ensino Fundamental como um documento orientador das práticas educativas. O nosso intento é esboçar o cotidiano da escola que queremos, estabelecendo diretrizes que sejam capazes de fazer por competência e atualização, as grandes transformações sociais e os desafios enfrentados pela sociedade atual são decorrente de práticas do passado, nem sempre relacionadas ao respeito com o ser humano e nem para a construção de sua dignidade enquanto cidadão, estas posturas levam a necessidade de resgatar os valores morais, fazendo com que a escola assuma um compromisso quanto o direcionamento do individuo que deseja formar. Assim cabe a escola questionar e reorientar todo processo formativo dos educandos, adequando sua estrutura e praticas às novas exigências sociais, através de debates nos grupos de estudos de formação descentralizadas dos profissionais da educação e pelo levantamento do perfil sócio-econõmico do comunidade, com isso definindo quais serão as práticas pedagógicas a serem para garantir uma formação direcionada para utilizadas os valores estabelecidos por esta realidade. No entanto é necessário que haja um referencial de base para formalizar e orientar os caminhos percorridos, e que ao mesmo tempo sirva para prática pedagógica da escola. a adequação da 1 - INTRODUÇÃO O presente Projeto político Pedagógico constitui-se em um conjunto de referências e análise da realidade da Escola Estadual Irene Grimbor Rickler – Ensino Fundamental, objetivando a execução de práticas educativas de qualidade que possam promover e ampliar as condições necessárias para o desenvolvimento das relações éticas e morais que permeiam a sociedade na qual estão inseridas. Considerando e respeitando a pluralidade e diversidade da nossa comunidade e das diversas propostas curriculares, este projeto é uma proposta interativa, flexível para subsidiar as ações docentes, discentes, administrativas, pedagógicas e de toda comunidade. Nessa perspectiva, o uso desse Projeto só tem sentido se traduzir a vontade dos sujeitos envolvidos, sejam pais, professores, técnicos e funcionários na prática educacional. Essa relação se define na vivência da escolaridade em sua forma mais ampla desde a estrutura escolar como se insere e se relaciona com a comunidade, na distribuição de responsabilidade, nas relações professores e alunos e no reconhecimento dos educandos como cidadãos conscientes, uma vez que os temas podem ser priorizados e contextualizados de acordo com as necessidades surgidas no decorrer do ano letivo. É um plano de ação voltado verdadeiramente para a formação de indivíduos independentes e críticos, sem perder de vista as necessidades do meio em que o aluno vive. Este Projeto Pedagógico pretende progressivamente avançar, aproveitando todas as experiências positivas adquiridas e, através da construção desta proposta coletiva garantir o respeito à identidade cultural do aluno; a apropriação e produção de conhecimentos relevantes e significativos para os alunos, de forma crítica, na perspectiva realidade social . Pretende-se de compreensão e transformação da ainda estimular a curiosidade e a criatividade dos educandos; a mudança do que é ensinar e aprender; o desenvolvimento do trabalho coletivo na escola; a democratização das relações na escola; o resgate da identidade do educador e a interação comunidade – escola como espaço da valorização e apreciação da cultura popular. O Projeto Político Pedagógico serve para direcionar e dar indicações necessárias à organização do trabalho pedagógico. Com a intenção de conduzir ações sistemática de contínua reflexão sobre processos da educação e revisão permanente dos objetivos pretendidos e das práticas em desenvolvimento. 1.1 Identificação Escola Estadual Irene Grimbor Rickler – Ensino Fundamental, Estrada Ceará, Bairro Aymorés, Município e Comarca de Formosa do Oeste, código 082 Dependência administrativa Estadual, código 0046 Núcleo Regional de Educação de Assis Chateaubriand, código - 004 Entidade Mantenedora Governo do estado do Paraná Distante do Núcleo Regional de Educação a 38 Km 1.1.1 Atos Oficiais Autorização de funcionamento: Res. 3670/82 D. O. E. 17/02/83 Reconhecimento da escola: RES> 3609/88 D. O. E. 28/12/88 Reconhecimento do Curso: Res. 3609/88 D. O. E. 28/12/88 Aprovação do regimento Escolar: Res. 3670/82 D. O. E. 17/02/83 1.1.2 Atos Oficiais do Quadro Administrativo Diretora: Angela Maria Cavalheiro Res. 0058/06 - D. O. E. 16/01/06 Secretária: Osana de Fátima Costa Port. 00202/06–D.O.E. 10/03/06 1.2 Histórico 1.2.1 Inventário da Escola Escola Estadual Irene Grimbor Rckler – Ensino Fundamental, localizada na estrada ceará bairro Aymorés, Município e comarca de Formosa do Oeste - Paraná, tendo como Entidade Mantenedora o Governo do Estado do Paraná. Foi criada no ano de 1966, no Bairro Aymorés, neste Município, com o nome Escola Isolada Aymorés. No início de seu funcionamento era uma pequena escola em madeira, com 1 (uma) sala de aula. No ano de 1980, a mesma foi demolida e construída em alvenaria em convênio Fundepar /Prefeitura Municipal de Formosa do Oeste; com o nome de Casa Escolar Irene Grimbor Rickler. Até o ano de 1979, a Escola ministrou o Ensino de 1ª a 4ª séries, sob a égide da Lei 4..024/61. A partir do ano de 1980, foi implantada a Lei 5.692/71. Em 1985, foi autorizada a implantar as séries finais do 1ª Grau no período noturno. Em 1985 através da Resolução nº 2.050/83 de 06/06/83, a escola passou a ser Escola Estadual Irene Grimbor Rickler – Ensino de 1º Grau. A partir de 1998, a Escola Estadual Irene Grimbor Rickler – Ensino de 1º Grau passou a denominar-se, Escola Estadual Irene Grimbor Rickler – Ensino Fundamental, conforme Deliberação nº 003/98CEE e a Resolução nº 3.120/98 1.3 Espaço Físico, Materiais e Equipamentos. 1.3.1- Espaço Físico. Descrição Sala Direção/Secretaria Sala Professores Banheiros Professores/Alunos Sala de aula Cozinha Sala de manutenção de merenda Quadra esportiva aberta Quantidade 01 01 04 10 01 01 01 1.3.2 - Relação de materiais e equipamentos MATERIAIS Armários Estantes Arquivos de aço Mesa de leitura Escrivaninhas QUANTID ADE 04 02 02 02 03 Geladeira Maquina de datilografia Frízer Aparelho de DVD Vídeo cassete Televisores Planetário Retroprojetor Pitógrafo Cadeiras estofadas Liquidificador Batedeira Ventiladores Mesa de computador 02 01 01 01 01 02 01 01 01 02 01 01 04 01 1.4 - Biblioteca 1.4.1 - Acervo Bibliográfico; DISCRIÇÃO Língua portuguesa Matemática História Geografia Inglês Ciências Educação Física Atlas geográficos Dicionários de Português Dicionários de Inglês Diversos VOLUMES 270 volumes 17 volumes 78 volumes 35 volumes 11 volumes 29 volumes 08 volumes 02 volumes 08 volumes 06 volumes 82 volumes 1.5 Estrutura do Curso A Escola Estadual Irene Grimbor Rickler – Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries, conforme determina a Lei de Diretrizes e Bases – L.D.B. (Lei 9394/96 de 20 de dezembro de 1996) organizada da siguinte forma: • Modalidade de Ensino Regular: gratuito e obrigatório; • Carga horária anual – 800 horas; • Efetivo trabalho escolar – 200 dias letivos; • Duração – 4 anos • Turno – vespertino. 1.6 Qualificação Profissional 1.6.1 Setor Administrativo NNOME FUNÇÃO GRAU DE INSTRUÇÃO Nº 0Angela Maria 1 Cavalheiro Diretora Secretária 2 0Osana de Fátima Costa CARGA HOR ÁRIA Superior Habilitação: Licenciatura em Pedagogia, 20 horas Especialização em Psicopedagogia, Educação Infantil e Processo Ensino Aprendizagem Adicional em Ed. Especial (DM). Superior Habilitação: Pedagogia Especialização em Psicopedagia 20 horas 1.6.2 Pedagogos N Nº NOME FUNÇÃO GRAU DE INSTRUÇÃO CARGA HORÁRIA 0Lourdes 1 Cardoso Billó Professor Superior Pedagogo Habilitação: Pedagogia, 20 horas Especialização :Psicopedagogia 1.6.3 Pedagógico: Docentes Nº NOME FUNÇÃO GRAU DE INSTRUÇ ÃO Superior 0 Alcioneide Piovan Carreta Professora Habilitação: Matemática Pós Graduação –Educação 1 Matemática Superior 0 Arlete Marrafon Lima Professora 2 Pós Graduação – Didática e Metodologia de Ensino 0 Juvenal Marques Mendonça Professor 3 Superior Habilitação: Geografia em curso 0 4 Habilitação: Artistica Luiz Carlos Domingos de Professor Aguiar Superior Habilitação: Educação Física Superior 0 Maria de Fátima Gozzi 5 Habilitação: Estudos Sociais Professora Pós Graduação- Processo Ensino Aprendizagem Superior 0 Marlene Aparecida Parrales Professora Habilitação: Letras Bilo Pós Graduação – processo 6 Ensino Aprendizagem 0 Maryneide de Souza Pinto Professora 0 Nélida Mara Guerreiro Professora 7 8 Superior Habilitação: português – Inglês Superior Habilitação: Ciência – Biologia Superior 0 9 1 Sergio Schimidt de Souza Professor Habilitação: Educação Física Pós Graduação Superior Vera Lucia Varaschin Professora 10 Habilitação: Biologia, Pós Graduação 1.6.4 Auxiliar Serviços Gerais NOME 01 FUNÇÃO Orlanda Regina Auxiliar de Serviços Pinto Gerais GRAU DE CARGA INSTRUÇ ÃO HORÁRIA 2ºGrau 20 Horas 1.6.5 Setor Discente Período Vespertino Série Nº de Turmas Total de Alunos 5ª 00 00 6ª 01 05 7ª 01 06 8ª 00 00 2 OBJETIVO 2.1 Objetivo Geral Melhorar a qualidade da educação, de forma a promover uma formação integral do individuo, buscando estratégias para que desenvolvam a criticidade que emana do pensamento reflexivo, bem como, garantir o acesso, a permanência e o sucesso do aluno na escola 2.2 Objetivos Específicos a) Incentivar a colaboração com o poder público na solução dos problemas locais, objetivando o desenvolvimento da comunidade; b) Solicitar e viabilizar a formação continuada dos profissionais da educação em parceria com mantenedora; c) Atender alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem de forma diferenciada; d) Contribuir para tornar a Agenda 21 Escolar, uma prática efetiva na escola e) Garantir o ensino de história e da Cultura afro-brasileiras e africanas interdisciplinarmente; f) Incentivar a Educação do Campo e o Estudo sobre o Paraná. 3 PRINCIPOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR Para nortear as decisões desta proposta efetuou-se pesquisa na qual se pretendeu delinear o perfil do aluno, do professor e da equipe pedagógica desta escola. Este será o norte. A partir dele delinear-se-á a ação da escola, seus rumos, objetivos, sistematizações contínuas e reflexivas no processo educativo, com vistas á formação do cidadão participativo. A escola deve propiciar oportunidades para que o aluno seja valorizado na sua individualidade como agente potencial e autônomo do conhecimento, com capacidade de construí-lo e construir-se através de atos reflexivos e contínuos. Os objetivos serão alcançados pelo estímulo e abertura da escola às iniciativas nas quais os sujeitos do conhecimento (professor e aluno), possam exercitar uma postura autônoma frente a ele, percebendo-se como sujeitos que aprendem constantemente. Portanto faz-se necessário que os professores tenham perfis que correspondam ao aluno que se pretende formar. Assim como o aluno, o professor é um agente de conhecimento em contínua formação. Deve ter por principio fundamental uma prática pedagógica embasada em conhecimento interdisciplinaridade, a cientifico, contextualização, voltada a para a sensibilidade, a solidariedade com os alunos, respeito à heterogeneidade que seja estimulador e mediados do conhecimento autônomo e reflexivo do aluno para que este alcance a formação do pensamento crítico e independente. Estas perspectivas de aluno e professor, de comunidade que gera seu próprio fazer histórico, só poderão realizar-se dentro de um ambiente escolar que privilegie a prática da democracia que é a condição essencial para que se alcance a verdadeira promoção de uma política educativa voltada para a busca de solução dos reais problemas da comunidade escolar. Embasados no conhecimento de que o homem é um ser social que se individualiza, a pratica filosófica deverá ser o exercício constante de todo individuo, com o objetivo comum do seu desenvolvimento integral. Toda ação da escola deverá permitir que o desenvolvimento se faça de forma democrática agradável e responsável entre os agentes do processo educativo ao possibilitar a transformação da sociedade, cuja ação tenha uma educação permanente e inserção no mundo do trabalho. 4 PRINCIPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO A escola como espaço democrático e privilegiado do saber, a partir dos pressupostos da Lei de Diretrizes e Bases, vem incorporar um novo paradigma no qual o centro é o direito de aprender. Esta visão tem seus princípios descritos no Art. 3º e na Constituição federal o Art. 206, no que se refere às bases do ensino: Art. 206. o ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III – pluralismo de idéia e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; IV – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; V – valorização dos profissionais do ensino, garantidos, na forma da lei, planos de carreira para o magistério público, com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos; (redação dada pela emenda Constitucional nº 19, de 04/06/1998). VI – gestão democrática do ensino público, na forma da lei; VII – garantia de padrão de qualidade. (Constituição Federal, 1988) Art. 3º Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; Respeito á liberdade e apreço á tolerância; Coexistência de instituições públicas e privadas do ensino; Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; Valorização do profissional da educação escolar; Gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistema de ensino; Garantia de padrão de qualidade, valorização da experiência extra-escolar; Vinculação entre educação escolar, o trabalho e as práticas sociais; No que se refere ao papel do docente este terá a função primordial de zelar pela aprendizagem dos alunos. Esta incumbência vem melhor especificada no Art. 13 da lei que reza: Os docentes incumbir-se-ão de: Participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; Elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; Zelar pela aprendizagem dos alunos; Estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento; Ministrar os dias letivos e horas-aulas estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, á avaliação e ao desenvolvimento profissional; Colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade. (LDBEN, 1996). Com ênfase no direito de aprender por meio da qualidade do ensino, esta proposta tem por preocupação básica o desenvolvimento de ações reflexivas para que o aluno possa exercer sua autonomia, compromisso, responsabilidade e criticidade. Partindo do pressuposto que o conteúdo científico, o saber sistematizado e acumulado historicamente apropriado é de muita importância para a atuação na prática social. As ações estarão voltadas para a construção de uma prática contextualizada e vinculação conhecimentos dos interdisciplinaridade intercumunicação interdisciplinar. como efetiva á o entre A vida contextualização real do cidadão, estabelecimento de disciplinas, meio por como e a uma do enriquecimento das relações entre elas, e para que se concretize na prática é preciso que os conteúdos contribuem para a formação crítica do educando. Tais pressupostos exigem um currículo que proporcionem ao educando a oportunidade de aprender, a fazer, a conviver, a ser e a transformar com responsabilidade e autonomia, para tanto é preciso: Domínio da leitura e da escrita; Capacidade de analisar, sistematizar e interpretar dados, fatos e situações; Capacidade de fazer cálculos e de resolver problemas; Capacidade de compreender e atuar em seu convívio social; Receber criticamente os meios de comunicação; Capacidade para localizar, acessar e usar melhor a informação acumulada; saber planejar, trabalhar e decidir em grupo. Ao educador caberá, a mediação, construção e reconstrução dos conhecimentos científicos junto aos educando. 5 ATO SITUCIONAL 5.1 Descrição da Realidade Brasileira, do Estado, do Município e da Escola No século XXI, toda a sociedade brasileira se depara com a urgente necessidade de mudar a realidade da educação do pais, fato que mostra essa necessidade conforme consta nos cadernos temáticos do PEE (Plano Estadual de Educação), é a persistência do índice de analfabetismo, repetência e evasão. Isso explica o atraso do Brasil na área educacional, pois há um numero expressivo de brasileiros que se encontram a margem da sociedade, mesmo tendo uma das maiores economias do mundo. Temos uma economia consolidada, aberta ao mercado internacional, com um grande parque industrial e uma fabulosa produtividade no campo, mas contraditoriamente existem milhões de pessoas vivendo na mais absoluta miséria resultado da absurda concentração de renda á uma minoria e a globalização da economia que acabou favorecendo os grandes investidores de capital. Em todo o mundo, o desempenho da educação/escolaridade depende em parte das características da família, da escola, dos professores, do ensino que os alunos recebem e das condições de vida, pois esse desempenho só irá atingir um patamar mais democrático se houverem políticas públicas preocupadas com os interesses da classe trabalhadora e de um sistema mais justo. A responsabilidade da mudança do quadro atual da educação brasileira depende em parte dos educadores e da família, mas com maior grau cabe a responsabilidade dos governos em relação a situação econômico social em que vivem a maioria dos brasileiros Nos últimos anos houve reformas na educação brasileira, entretanto estas reformas não foram feitas com a participação efetiva da sociedade, sem envolver os grupos que atuam nas bases educacionais, não chegou a se solidificar por não atender ao desenvolvimento necessário á população marginalizada e excluída dos bens materiais e sócio-culturais produzidos pelos homens no decorrer de sua história. As organizações curriculares e pedagógicas (proposto pelo Plano Curricular Nacional – PCN’s) não atenderam prioritários da educação no Brasil, tanto nos aos objetivos estados como municípios. Pelo resultados de pesquisas, discussões e reflexões com educadores, vêem-se na escola hoje alunos terminando o ensino fundamental e médio sem aprenderem os conteúdos necessários para prosseguirem seus estudos. Ao invés de solucionar questões pendentes da escolaridade como índice de evasão e repetência, distorção de idade série, aprendizagem com qualidade, houve maiores preocupações em demonstrar índice favoráveis a empréstimo junto às organizações internacionais. Vemos hoje alunos chegando a 5ª série, sem conhecimentos básicos de leitura, escrita e cálculo, acarretando sérias dificuldades no processo de ensino e aprendizagem. Existe atualmente a possibilidade em oferecer a sala de apoio e de recursos para os alunos que apresentam dificuldades na aprendizagem, no entanto, ainda não é realidade em todas as escolas. Entretanto entendemos que este é um recurso paliativo , há necessidade de se refletir e investigar as práticas dos primeiros anos do Ensino Fundamental. Questionamos como é possível para uma criança ou adolescente dar prosseguimento a seus estudos sem o domínio básico da leitura, escrita e calculo. Essa realidade é devido a um conjunto complexo de fatores a serem considerados, desde as condições de trabalho, formação e remuneração dos professores, a difusão pedagógicas com precário vínculo com de teorias e práticas as necessidades e demanda da realidade escolar, a falta de participação efetiva da família na vida escolar dos filhos, apesar desse último fator pouco aparece nas pesquisas. 5.1.1 Caracterização da População A Escola Estadual Irene Grimbor Rickler Ensino Fundamental atende a uma população de nível sócio econômico média/baixa com predominância na agricultura, sendo moradores em terras próprias, arrendatários, diaristas e costureiras.a escolaridade dos pais dos alunos na maioria não concluíram o Ensino Fundamental, sendo que somente 2% dos pais concluíram o Ensino Médio. O baixo poder aquisitivo da maioria das famílias, juntamente com o alto nível de desemprego no país e no município, desenvolve um elevado grau de descrença íntima motivando a inconstância e desmotivação da dos educandos na escola. Fato este que ocorre devido á maioria destes terem que ajudar no orçamento domestico, mesmo que com trabalhos pequenos de pouco rendimento, pois as vezes torna-se a única fonte de renda. Nestes casos ocorrem mais na época do plantio e da colheita, estas atividades geralmente são desenvolvidas no horário oposto de seus estudos, acarretando prejuízo e desânimo no avanço da aquisição do saber. A escola é composta por alunos da zona rural, filhos de os costumes da região, agricultores e mantém este estabelecimento atende os alunos no período vespertino. Neste processo a escola terá como uma de suas funções primordiais harmonizar desenvolvendo a comunidade em seu contexto familiar projetos inovadores como estímulo na participação dos pais no processo educacional de seus filhos. Levando em conta que a maioria da famílias são composta de 04 a 05 integrantes onde a maioria ganham menos de um a dois salários e a minoria ganham de três a sete salários. Observando estatística do desenvolvimento do bairro em que se encontra localizada a escola, nota-se uma evasão da população para os centros maiores devido a falta de trabalho no local. Quanto ao Corpo Docente e funcionários é constituído por pessoas, qualificadas desenvolvimento e e habilitados, atendimento da possibilitando filosofia proposta, bom o que possibilita a Escola a ter um perfil definido, visando a formação de um indivíduo crítico e consciente, voltado para o desenvolvimento da sociedade. A função da escola é conhecer seus alunos, responder positivamente as suas esperanças, ansiedades e voltar-se a ele, ter consciência que a participação dos pais ou responsáveis nas atividades escolares é de suma importância. 6 MARCO CONCEITUAL Deparamos-nos desigualdades processo sociais, histórico com um Brasil econômicas de disputa e de que enfrenta culturais. vários profundas Vivenciando interesses um sociais divergentes e contraditórios. O processo educacional sofre alterações à medida que o conhecimento e a tecnologia transformam as relações sociais. Diante deste quadro encontra-se a escola pública que tem por função social formar o cidadão, isto é construir conhecimentos, atitudes e valores que o tornem um ser solidário, crítico, ético e participativo. Portanto é indispensável socializar o saber sistematizado, historicamente acumulado, como patrimônio universal da humanidade, fazendo com que esse saber seja criticamente apropriado pelos estudantes, que trazem consigo o saber popular, o saber do meio em que vivem e atuam. A apropriação deste saber é um elemento decisivo para o processo de democratização da própria sociedade. Enfrentar o desafio de constituir uma gestão democrática que contribua efetivamente para a construção de uma cidadania emancipadora requer autonomia e participação coletiva. Há a necessidade de investir na luta contra a seletividade, á discriminação e o rebaixamento do ensino das camadas populares, a marginalidade através da escola a engajar-se no esforço para garantir a todos um ensino da melhor qualidade possível, nas condições históricas atuais, entendendo que duas coisas devem andar juntas na educação: a melhoria da prática pedagógica e o compromisso social. A população atendida pela escola pública deve fazer jus aos seus direitos junto ao estado, fazendo garantir uma educação pública gratuita e de qualidade para todos, independentes das características sócio-culturais e econômicas, a qual está inserida. A inserção do aluno na escola por si só não garante os seus direitos, o preocupação que por garante parte seus dos direitos governantes enquanto quanto cidadão ao é a acesso e permanência na escola, gratuidade do ensino, formação de qualidade que lhe possibilite a inserção no mundo social do trabalho, prosseguimento aos seus estudos, avançando de uma modalidade á outra sem rupturas, além de poder compreender, e interagir na sociedade em que vive. A preocupação atual é continuar trabalhando para diminuir os índices em relação á evasão e repetência, como também melhorar a qualidade do ensino oferecido. A educação paradigmas inclusiva, especial, está consolidando-se sobre novos que sinalizam para a construção de uma sociedade orientada por relações de acolhimento á diversidade humana, de aceitação das diferenças individuais, de esforço coletivo na equiparação qualidade. A de oportunidades educação inclusiva de é desenvolvimento, anunciada como com forma recomendável de atendimento educacional para alunos. É identificada como caminhos eficiente para a construção da cidadania e da participação social em consonância com a perspectiva da educação para todos e com todos ( Deliberação 020/86, constituição Federal – 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases 9394/96). Quanto a educação do Campo, partimos da idéia que é compromisso interdisciplinar de todos por meio os educadores de projetos, trabalharem visando á de forma formação de conceitos, bem como, mudanças de atitudes em relação ao meio. O tema esta integrado à Agenda 21 Escolar, realizado em parceria com a comunidade. Visando atender ao proposto pela Lei nº 10.639/03 para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e africana, buscamos a partir de novos conceitos em relação a diversidade cultural existente no país, sendo que o Brasil possui a maior população negra da América, tendo muita de suas conquistas às custas do trabalho escravo, gerando ainda a necessidade de discutir cotas. Diante dessa e outras situações temos que valorizar a diversidade cultural , sabendo que no mundo de hoje as ciências caminha a passos largos, não é possível continuar cultivando a discriminação. Queremos que o direito dos negros na cultura nacional seja reconhecida e que este expresse no contexto brasileiro, autonomia individual e coletiva, na busca de uma cidadania plena e pautada em oportunidades iguais, em todos os aspectos: social,religioso, político, econômico e cultural A História do Paraná nos apresenta um processo histórico riquíssimo desde sua ocupação até hoje, pensando neste contexto os conteúdos sobre o Paraná tem por objetivo passar às crianças e adolescentes um conhecimento maduro e amplo, de forma simples e descritivo, na disciplina de história edificando assim um povo com espírito patriota e que preserve o espaço ao seu redor e constroem grandes perspectivas para o futuro. 6.1 Análise das Contradições e Conflitos Presentes na Prática Docente: Reflexão Teório-Prática Viver e desenvolver-se implica em transformações continuas que se realizam através da interação dos indivíduos entre si e entre os indivíduos e o meio no qual se inserem. Entretanto a produção e a apropriação do conhecimento como partes integrantes na formação de todo educador, interessa-nos refletir sobre a forma como o educador participa do processo de produção, apropriação e expropriação dos saberes produzidos pela humanidade no decorrer da historia, assim como, entender sua relação com a história atual, construída no cotidiano, no contexto educacional, político, social, a maneira como ocorre a articulação do conhecimento historicamente acumulado com o conhecimento trazido pelo aluno. Importa tornar a escola como local de apropriação do conhecimento cientifico, por parte de todos que dela participam. É urgente, portanto pensar uma educação que venha de encontro com os interesses da população da escola pública, com as condições reais de trabalho, pois na maioria das vezes os projetos educacionais são articulados pela mantenedora, sem a participação efetiva dos educadores e comunidade escolar. Alguns projetos não condizem com a realidade social da qual a escola está inserida, não considera suas características as dificuldades apresentadas, quanto acabam depositando toda responsabilidade nos educadores, quanto aos altos índices de evasão e repetência. Além disso, outros projetos que poderiam contribuir para a melhoria da qualidade do ensino, acabam esbarrando na burocracia e na falta de recursos. A participação política dos educadores na discussão das políticas publicas, gestão democrática e cursos de formação continuada não atendem a contento a todos os que trabalham pela educação do Estado do Paraná , pois na maioria das vezes restringese aos professores efetivos. É necessário que todos tenham acesso ás informações, à participação, condições de trabalho e salários dignos, para que possam sentir-se confortáveis, respeitados e valorizados no seu trabalho. A reflexão teórico-prático, da prática pedagógica é uma tarefa difícil, tendo em vista as condições concretas do trabalho presentes na escola hoje, sabemos que muitas coisas precisam ser feitas em nível de ensino e aprendizagem, ressaltamos a importância do papel da família para o sucesso e permanência do aluno na escola, um dos maiores desafios da prática escolar. Partindo do pressuposto de que o educador tem consciência do seu papel na sociedade, faz-se necessário refletir no coletivo escolar sobre a prática docente, tendo como ponto de partida a possibilidade de torna-la mais autônoma, ou seja, menos submetida aos interesses sócios-políticos onde predomina a competitividade, o individualismo,a submissão e a obediência irrefletida. Há ainda, a dificuldade em lidar com a prática real, no cotidiano da escola (alunos sem limites e sem consciência do porquê estar na escola, falta de respeito com professores , colegas e servidores em geral, salas numerosas, falta de material didático e para uso contínua, entre outros), a alienação do trabalho, que em grande parte é fragmentado, devido a pouca oportunidade de interação entre os professores o que, acaba interferindo de tal forma no movimento, na possibilidade de intervir, caindo na obscuridade, ressaltando de forma consciente e muitas vezes inconsciente a passividade, entre próprios educadores e até mesmo em relação ao educando. Portanto, necessário para possibilitar questionar mudança profundamente sobre nessa as situação nossas é próprias posições filosóficas, epistemológicas, políticas e ideológicas, que perpassam a pratica escolar com o intuito de interferir positivamente no curso da educação como um todo. Há uma distância bastante acentuada entre teoria e prática, os educadores de maneira geral assinalam dificuldades em transpor a teoria para a prática, pois esbarra no aluno real, com o ideal de aluno que todos gostaria de ter na escola (críticos, responsáveis, colaboradores, disciplinados, desejosos em aprender entre outros adjetivos). Ao trabalhar com o aluno “real”, esses problemas, precisam ser enfrentados e resolvidos no coletivo. A escola precisa dar conta dessas questões se quiser ter uma sociedade melhor e não se deparar com a vergonha que se vê hoje quanto a corrupção permeia a vida do brasileiro em todos os níveis. O Projeto Político Pedagógico é concebido aqui como práxis – uma práxis refletida. A prática como ponto de partida para a produção de novos conhecimentos Para termos a compreensão sobre a práxis educativa, bem como, cumprir os objetivos e metas estabelecidas neste projeto, precisamos ter clareza das concepções: sociedade, homem, educação, conhecimento, escola, ensino-aprendizagem e avaliação na construção comunidade. de uma educação de qualidade para a nossa A partir do momento que temos conhecimento do que queremos – uma educação pública de qualidade a todos que a ela procurarem, serão possível intervirmos conscientemente nas práticas sociais a fim de que torna-la mais justa, democrática e igualitária. 6.2 Concepção de Sociedade Por mais que a escola se esforce em dar um retorno plausível à sociedade, ainda se depara nas dificuldades que aparecem ser intransponíveis como: preconceito, individualismo (provocado pelo capitalismo desenfreado), conformismo tanto em relação a si como em relação ao problema do outro, falta de segurança, competividade exagerada e temor em manifestar-se, expressar seu pensamento. O modo como funciona a sociedade não pode estar nas aparências, é necessário compreender as leis que regem o seu desenvolvimento, as leis históricos, ou seja que as constituíram historicamente. Vivemos numa sociedade heterogênea e fragmentada, marcada por profundas desigualdades sociais de: classe, etnia, gênero, religião, entre outras. Essa crescente fragmentação do social, potencia políticas conservadoras que interferem na política educacional fazendo prevalecer os interesses da classe dominante. Entretanto, apesar de vivermos nessa sociedade desigual, queremos pensá-la e reconstruí-la de forma diferente, por meio de ações que contribuam para o pleno desenvolvimento dos cidadãos, viabilizando as informações para torná-los mais esclarecidos, que tenham conhecimento de sua história e compreenda que as relações que ocorrem construídas entre os indivíduos historicamente. não são Uma sociedade naturais que busca mas sim construir oportunidades de participação efetiva de todos os indivíduos que a compõem. E ainda, uma sociedade que combata o individualismo, gerador do conformismo, onde o ser seja mais importante que o ter, que a consciência da preservação ambiental, seja mais estimulada e fortalecida do que a idéia do pregresso acima de tudo, que as diferenças individuais e coletivas sejam respeitadas e aceitas como parte integrante de todo social. 6.3 Concepção de Homem O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-a segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação ele envolve múltiplas relações em determinado momento histórico, assim acumula experiências e em decorrência desta, ele produz conhecimentos. Sua ação é intencional e planejada, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e nãomateriais que são apropriados pelo homem de diferentes formas. O homem com ser social, que atua e interfere na sociedade, e se encontra com o outro nas relações familiares, comunitárias, produtivas e também na organização política, garantindo assim sua participação ativa e criativa nas diversas esferas do mundo social. A escola precisa preparar um homem transformador da realidade na qual está inserido, partindo do pressuposto que ele é um ser histórico, possibilitando-lhe à apropriação do conhecimento, dando-lhe condições para reescrever a sua história de uma maneira crítica, construtiva, traçando metas e buscando alcança-las, cuidando do meio em que vive, tendo consciência da importância do desenvolvimento social e ambiental sustentável e do respeito as diferenças individuais e coletivas. 6.4 Concepção de Educação A escola, como espaço privilegiado, deve primar pela ação educativa equilibrada entre a formação do homem cidadão e a construção do conhecimento. Entendemos, também, que a educação não se restringe ao âmbito escolar, mas que se realiza num contexto mais abrangente envolvendo todos os segmentos ( família, sociedade, mundo do trabalho, meio ambiente...). Há, então, que se repensar a ação da escola que não pode mais ficar restrita a trabalhar o conhecimento elaborado alheia às transformações pelas quais passa o mundo, porém deve canalizar as experiências vivenciadas nos diversos segmentos (especialmente o do mundo do trabalho), as quais irão contribuir para a reelaboração do conhecimento e sua aplicabilidade no cotidiano e para o crescimento do homem como cidadão. A educação é uma pratica social, uma atividade específica dos homens situando-se dentro da história, ela não muda o mundo mas o mundo pode ser mudado pela sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho. Pretendemos uma educação voltada para formação de um individuo crítico, participativo, responsável, consciente de seus direitos e deveres , preparado para a vida, capaz de interagir com o outro e com o meio ambiente de forma equilibrada. Uma educação voltada para a transformação social, sendo esta libertadora, critica e humanitária, que oportunize ao educando apropriação do conhecimento cientifico, político, filosófico e artístico. É por meio da educação que o homem adquire conhecimentos necessários para fazer a leitura da realidade do mundo, bem como, agir sobre ela de forma consciente e responsável. 6.5 Concepção de Conhecimento Conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações entre os homens e a natureza. Desta forma, o conhecimento é produzido nas relações sociais mediadas pelo trabalho. O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e das condições sociais que geram configurando as dinâmicas históricas que representam as necessidades do homem a cada momento, implicando necessariamente nova forma de ver a realidade, novo modo de atuação para obtenção do conhecimento, mudando, portanto a forma de interferir na realidade. Essa interferência traz conseqüências para a escola, cabendo a ela garantir a socialização do conhecimento . Diante disso a escola busca um conhecimento dinâmico, que desperte no educando a necessidade de trocas de experiências, que o leve a historicamente buscar inovações relacionando o conhecimento acumulado com as práticas sociais, instigando-o a ousar e por em pratica os conhecimentos adquiridos, reconstruí-los se necessário for, exercitando o senso crítico e autonomia, para tomar decisões e interferir no meio em que vive. É importante lembrar que o acesso ao conhecimento é direito de todos, cabe a escola oportunizar situações de aprendizagem que leve o educando a apropriar-se do saber historicamente acumulado pela humanidade, por meio de ações que atendam a todos que a ela procuram. A ciência é resultado de fatos, conceitos e generalizações, sendo objeto de trabalho do educador. À apropriação, reconstrução e construção do conhecimento é percebido quando há manifestação de atitudes e comportamentos, frente às situações vividas na prática social, não ocorre individualmente acontece no social, gerando mudança interna e externa no cidadão e nas relações sociais, tendo sempre uma intencionalidade. Nunca está pronto e acabado, e sim em processo de reflexão-construção-reflexão 6.6 Concepção de Escola A escola é uma das instâncias, que tem por função a elevação cultural dos seus educandos. Têm uma função importante e significativa dentro da sociedade, pois é um lugar privilegiados onde ocorre troca de experiências entre seus componentes: alunos, professores, funcionários, direção e comunidade escolar. É um ambiente pedagógico que tem como um de seus objetivos favorecer o processo de ensino e aprendizagem, através da ação pedagógico intencional e planejada por todos os integrantes que dela fazem parte. Precisamos ver a escola como uma instância de ação, surgida das necessidades de ações, necessidades históricas da humanidade, uma instância social que tenha como finalidade educativa garantir ao educando á apropriação dos conhecimentos científicos, artísticos, políticos e filosóficos, o acesso, permanência e sucesso dos alunos, a formação continuada dos trabalhadores da educação, o trabalho coletivo e a gestão educacional democrática. 6.7Concepção de Ensino-Aprendizagem No processo de ensino-aprendizagem é imprescindível falar da necessidade de se cultivar uma relação sadia, comprometida, responsável, afetiva e autônoma na relação professor- aluno . o professor deverá ter autoridade pedagógica para conduzir o trabalho com seus alunos. À relação do aluno-professor, na escola, é mediada, então pelo conhecimento formal. O professor detém o conhecimento formal que o educando deverá apropriar-se e a interação entre ambos deve ser ativa e participativa que permita e promova a apreensão do conhecimento. Quando o educando começa a fazer parte da instituição educativa, o que lhe é ensinado torna-se construtivo . isto significa que todo o processo de ensino-aprendizagem se insere num contexto mais amplo da construção do ser humano, porque a aprendizagem na escola se efetua como um processo dinâmico, interligado a outras instâncias de apreensão e compreensão da realidade. As experiências vividas na escola e fora dela são constituídas por ações e interações que participam da formação e do desenvolvimento do educando. Para que ocorra de fato o ensino e a aprendizagem e que o conhecimento se construa nessa relação, são necessárias duas condições: primeira que a nova informação seja passível de ser compreendida pelo aluno, ou seja, precisa haver uma ligação possível entre aquilo que o aluno já conhece com o que irá aprender. Em segundo lugar, que estabeleça uma relação ativa do aluno com o conteúdo a ser aprendido. A ação pedagógica implica portanto, numa relação especial em que o conhecimento é construído, para tanto, exige do professor uma ação adequada às possibilidades de desenvolvimento e aprendizagem de seus educandos. É igualmente importante que o professor não perca de vista que a interação com o educando tem um objetivo especifico que é possibilitar-lhe apropriação do conhecimento. E isto, só pode ser realizado pela ampliação de conceitos significados que o educando traz e transformação de da prática social por meio de experiências extra e intra-escolares anteriores. Assim, é nesta perspectiva que se dá a apropriação do conhecimento na escola. A vivencia do aluno na escola atende a objetivos específicos, mas as experiências ai adquiridas são parte integrante na vida do individuo, possibilitando uma atuação mais efetiva na prática social. 6.7.1 Pratica Transformadora Partimos da idéia que a função social da educação escolar e a formação do cidadão participatvo, responsável, critico e criativo, através da apropriação, produção e socialização acumulados historicamente pela humanidade. de saberes Os conteúdos a serem ensinados precisam ser integrados e aplicas teórica e praticamente no contexto social do educando. Desta forma a responsabilidade do educador é grande, assim com a do aluno. Ambos são co-autores do processo de ensino–aprendizagem. Juntos devem descobrir para que servem os conteúdos científicoculturais eleitos pela escola. O conhecimento escolar apresenta um caráter teórico-pratico. Implica que seja apropriado teoricamente como um elemento fundamental na compreensão e na transformação da sociedade. Numa perspectiva de educação pratica transformadora implica trabalhar os conteúdos de forma contextualizada em todas as áreas do conhecimento humano, isso possibilita evidenciar aos alunos que os conteúdos são sempre uma produção histórica de como os homens conduzem sua vida nas relações sociais de trabalho e em cada modo de produção. O fazer pedagógico nessa perfectiva é visto como uma forma que permite compreender os conhecimentos nas diversas faces que apareça dentro do social. “Os conhecimentos científicos necessitam, hoje, ser reconstruídos em suas pluriderteminações, dentro das novas condições de produção da vida humana, respondendo, quer de forma teórica, que de forma pratica aos novos desafios propostos” (Gasparim, 2002, p 3;) Essa nova contradição e a forma pedagógica de agir exige que privilegiem a duvida, o questionamento; que se valorize a diversidade, e a divergência; que se interroguem as certezas e incertezas, desvelando os conteúdos de sua forma naturalizada, pronta e acabada. O ponto de partida para abordagem pedagógica é a realidade social mais ampla. Aprender a fazer a leitura critica dessa realidade torna possível apontar um novo pensar e agir pedagógicos. Para o desenvolvimento dessa proposta pedagógica, torna-se como marco referencial epistemológico a teoria do conhecimento, tanto para fundamentar os pressupostos teóricos metodológicos e planejamento de ensino-aprendizagem, como a ação educador- educando. A proposta pedagógica, derivada da teoria dialética do conhecimento segundo Gasparin (p.6,2003): Tem como primeiro passo ver a pratica social dos sujeitos da educação. A tomada de consciência sobre essa pratica deve levar o professor e os alunos à busca do conhecimento teórico que ilumine e possibilite refletir sobre o fazer pratico cotidiano. A pratica é aqui também uma expressão da pratica social geral, da qual o grupo faz assim como da pratica social global. Gasparim (2003, p.3,)diz que: “o processo pedagógico deve possibilitar aos educandos, através do processo de abstração, a compreensão da essência dos conteúdos a serem estudados, a fim, de que sejam estabelecidas as ligações internas específicas desses conteúdos com a realidade global, com a totalidade da pratica social e histórica”. Este é o caminho que propicia aos alunos a passarem do conhecimento senso comum para o conhecimento teórico-científico, levando a compreensão da realidade em todas as suas dimensões. A finalidade do ensino nessa concepção metodológica é de que ensino é retorno a prática para transformá-la.O conhecimento teórico adquirido pelo educando devera retornar a pratica social de onde se originou, visando agir sobre ela com entendimento mais critico, elaborado e consciente, intervindo em sua transformação. Para que essa pratica de ensino se efetive é primordial que os educadores compreendam o seu papel na sociedade, assim como a especificidade de sua profissão, que é trabalhar conhecimentos historicamente acumulados com a participação dos educandos, a fim de que possam entender, agir e interferir de forma positiva na sociedade para que possa torná-la democrática. 6.8 Concepção de Avaliação Partimos da idéia que a avaliação é um processo amplo da aprendizagem, que envolve responsabilidade do professor e do aluno, pensar avaliação no âmbito da educação escolar, no campo da Educação de direitos, nos leva a pensar a sua função, o papel social do professor, a razão sobre a inclusão obrigações, que e da existência da escola. Traz a discussão exclusão, alunos privilégios queremos formar, e direitos, que direitos escola e estamos construindo e para qual sociedade. Pensar na prática avaliativa significa questionar a educação desde as suas concepções, seus fundamentos, sua organização, suas normas burocráticas, significa mudanças conceituais, redefinição de conteúdos, das funções dos docentes, entre outros. Propõe-se uma reestruturação interna na escola quanto à sua forma de avaliação. Necessita-se, sobretudo de uma avaliação continua, formativa e emancipatória, na perspectiva do envolvimento integral do aluno. O importante é estabelecer um diagnóstico para cada aluno identificando as causas de seus fracassos ou dificuldades visando uma maior qualificação e não somente uma quantificação na aprendizagem. Pensamos que a avaliação processual e formativa - no sentido de melhoria do processo de ensino- aprendizagem deveria ser inicial, para conhecer melhor o aluno, contínua para ajudar o aluno durante o processo de ensino e final para julgar globalmente o resultado do processo como todo, em função dos objetivos previstos e conduzi-los de acordo com os resultados apresentados. A avaliação formativa não tem como objetivo classificar ou selecionar o aluno. Fundamenta-se no processo de aprendizagem, em seus aspectos cognitivos, afetivos e sociais, fundamenta-se em aprendizagens significativas e funcionais que se aplicam em diversos contextos e se atualizam o quanto for preciso para que continue a aprender. Se a avaliação contribuir para o desenvolvimento das capacidades dos alunos, pode-se dizer que ela se converte em ferramenta pedagógica, em um elemento que melhora a aprendizagem do aluno e a qualidade do ensino. Precisamos trabalhar a avaliação numa visão emancipatória que visa a emancipação, voltada para a construção do sucesso escolar e inclusão como principio e compromisso social. 6.8.1 Praticas Avaliativas Os mecanismos de avaliação permitem constatar, compreender, estudar, interpretar, acompanhar, aperfeiçoar e intervir nos processos de construção do conhecimento, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor. Na avaliação do aproveitamento escolar deverão preponderar os aspectos qualitativos sobre os quantitativos da aprendizagem. Considerada a interdisciplinaridade e a multidisciplinaridade dos conteúdos, de acordo como currículo e os objetivos propostos pela escola. A nota do bimestre e / ou semestre será resultado da somatória dos valores atribuídos em cada instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos em varias aferições na seqüência e ordenação dos conteúdos. A recuperação de estudos será de forma paralela ao longo da série e do período letivo ofertada aos alunos de baixo rendimento escolar. Constituindo-se num conjunto integrado ao processo de ensino, além de se adequar às dificuldades dos discentes. O professor devera oportunizar a recuperação de estudos através de pesquisas, dissertações, provas, trabalhos individuais ou grupos atividades extra classe e outras. Cabendo também a escola oferecer oportunidade de participação em atividades realizadas em contra turno com os projetos desenvolvidos em diferentes áreas do conhecimento, alem de freqüentar as salas de apoio e /ou salas de recursos com materiais e metodologias diferenciadas que atendam as necessidades de cada aluno. As normativas regimentais, no que se refere ao rendimento compreendendo avaliação escolar, não são suficientes para atender aos direitos educacionais de oportunizar o acesso, terminalidade, continuidade e uma educação da qualidade social a todos. O ponto de partida e a reflexão coletiva sobre que tipo de escola quer construir? Para que sociedade? Para que camada da população vai trabalhar? Qual a concepção de homem? Qual a concepção de cultura? Quem a avaliação beneficia? A quem interessa? Qual a concepção de resultados? Traz que tipos de resultado? Quem e reprovado tem as suas condições melhoradas? Quais as alternativas para quem supostamente não mostre condições? O que representa a nota mínima? Os instrumentos permitem um diagnostico efetivo da aprendizagem? Essas concepções permeiam o presente Projeto Político Pedagógico, levam-nos a estabelecer alternativas na busca por uma educação de qualidade e conseqüentemente com uma pratica avaliadora emancipadora. Neste sentido identificamos alguns atributos da escola, a qual oferecerá uma educação de qualidade resultante das praticas avaliativas emancipadoras, tais como: Ser pluralista, porque admite correntes de pensamento divergente com respeito à diversidade, ao diferente; Ser humanista, por identificar o homem como foco do processo educativo; Ter consciência de seu papel político como instrumento para a emancipação, combate as desigualdades sociais e desalienação dos trabalhadores; Desenvolver o ser social em todas as suas dimensões: no econômico (inserção no mundo do trabalho e da produção de bens e serviços); no cultural (apropriação, desenvolvimento e sistematização da cultura popular e universal); no político (emancipação do cidadão, tornando-o dirigente do seu destino e participe ativo na construção do destino do grupo social ao qual pertence). Ao focalizar o processo ensino-aprendizagem como o eixo do trabalho numa educação emancipadora, que busca a transformação da realidade, o conhecimento passa a ser fruto de uma construção coletiva, e assim, o aluno e professor ensinam e aprendem num movimento de troca e crescimento mútuo. Nessa percepção, como Paulo Freire tão bem desvelou, o processo ensinoaprendizagem é uma seta de mão dupla : de um lado, o professor ensina e aprende e, de outro, o estudante aprende e ensina, num processo dialético, isto é permeado de contradições e de mediações. Nessa perspectiva, transformar a pratica avaliativa é responder as questões educacionais em suas concepções, seus fundamentos, sua organização, suas normas burocrática, mudanças conceituais, redefinindo os pressupostos teóricos e metodológicos dos conteúdos, das funções docentes entre outras. Sendo assim, a avaliação contínua formativa deve prevalecer no processo ensino-aprendizagem, visando o desenvolvimento integral do aluno, vislumbrando um diagnostico individual de cada um identificado seus sucessos, possíveis fracasso e / ou dificuldades como meio de visualização qualitativa e não somente quantitativa. A analise qualitativa na avaliação formativa leva em consideração os aspectos cognitivos, afetivos e relacionais os quais permeiam as aprendizagens significativas possibilitando que o aluno continue a aprender. Avaliação como parte do processo ensino-aprendizagem significa conhecer o aluno melhor e ensinar melhor. Observando e registrando os dados diante de atividades pedagógicas inovadoras, relevantes e significativas, considerando o tempo efetivo para que a aprendizagem possa ocorrer. Dar sentido a avaliação formativa é convertê-la em uma ferramenta pedagógica, contribuindo para o desenvolvimento das capacidades dos alunos e da qualidade do ensino. Dessa forma, as finalidades da avaliação são: Conhecer o aluno: suas competências curriculares, seu estilo de aprendizagem, seus interesses, suas técnicas de trabalho; Constatar o que esta sendo aprendido: o docente faz registros do acompanhamento do estudante ou do grupo, de forma continua e com diversos procedimentos metodológicos, julgando o grau de aprendizagem considerando os conhecimentos, as atitudes e valores, as aprendizagens sócio afetivas e culturais; Adequar o processo de ensino; de acordo com os objetivos propostos ao aluno como ao grupo e aqueles que apresentam dificuldades; Julgar, globalmente, o processo de ensino-aprendizagem; o docente realizará análise e reflexão ao termino de cada unidade sobre o sucesso alcançando em função dos objetivos previstos e revê-los de acordo com os resultados apresentados e se for o caso redirecionar sua própria pratica. A avaliação será continuada e integrada ao fazer diário do professor, realizada em situações normais, evitando a exclusividade de rotina das provas na qual o aluno é medido somente naquela situação específica, abandonando-se tudo que foi realizado em sala e / ou outro espaço educacionais antes da prova. A postura avaliativa continuada do docente deve compreender as várias áreas de capacidade do aluno, como a cagnitiva, motora, de ralações interpessoais, de atuação, ética nos vários componentes do currículo. A avaliação formativa e concebida como meio pedagógico para ajustar o aluno em seu processo educativo. Segundo Hoffmann (2000), avaliar nesse novo paradigma e dinamizar oportunidades de ação – reflexão, num acompanhamento permanente do professor e este devem propiciar ao aluno em seu processo de aprendizagem, reflexão acerca do mundo, formando seres libertários e participativos na construção de verdades formuladas e reformuladas. Diante desse panorama avaliativo, a escola valorizará nas experiências educativas, o processo de aprender a aprender, a formação das capacidades, o desenvolvimento da criatividade pessoal e do reconhecimento do outro como sujeito a criação de atividades que privilegiem o conhecimento e por fim, a possibilidade de verificar o desempenho dos alunos, nas diversas praticas escolares, para corrigir rumos e replanejar. Importante também destacar que não existe processo avaliativo desvinculado da afetividade, porque há uma dialética entre o afetivo e o cognitivo. Os indicadores de afetividade permeiam a relação do aluno com seu desempenho. Cabe enfatizar que na prática o professor devera observar o aluno quanto a: O nível de aprendizagem; A qualidade do conteúdo elaborado, da linguagem utilizada; A sistematização o ordenação das partes, relacionadas à produção individual; A qualidade da elaboração em conjunto com outros alunos; A capacidade crítica, indicando a criatividade; A capacidade de reconstrução própria e de relacionar os conteúdos das diversas áreas do conhecimento; As condições e opiniões dos próprios alunos. Dada a forma dinâmica e interdependente do trabalho educativo, não podemos esquecer que os resultados do processo avaliativo, interessam: Ao Aluno, que tem o direito de conhecer o próprio processo de aprendizagem para se empenhar na superação das necessidades; Aos pais co-responsáveis pela educação dos filhos; Ao professor, que precisa avaliar a própria pratica; A equipe docente que deve garantir terminalidade e continuidade do percurso escolar do aluno; As instancias colegiadas co-responsáveis pela concretização das metas do Projeto Político Pedagógico. Em coerência com essa pratica deve-se primeiramente informar o porquê e para que estudar determinado conteúdo, estabelecendo normas de conduta na sala de aula. Definindo as condutas os alunos terão condições de acompanharem seu próprio desenvolvimento. Sugerindo então a auto-avaliação, devendo o professor explicar porque e para que realizar essa pratica, e determinando em que aspectos cada um deve se avaliar. As auto-avaliações podem ser orais ou escritas, onde o aluno expõe sua analise, discute com os colegas, relata suas dificuldades e aquilo que não aprendeu. A auto-avaliação é mais um instrumento para melhorar o trabalho docente e promover a autonomia do aluno. Esse processo democrático coloca o aluno como sujeito da própria educação, dando maior segurança ao professor que teme ser injusto ou tendencioso. Compreendendo a educação como pratica social que visa o desenvolvimento de cidadãos consciente, autônomos e emancipados, a avaliação e fundamental como um processo dialógico, interativo tornando o aluno também um ser critico, criativo e participativo. 6.8.2 Registros Utilizados dos resultados dos trabalhos escolares Os registros de avaliação são feitos inicialmente no conselho de classe em um parecer descritivo feito pelo Professor Pedagogo que conduz os trabalhos. Posteriormente, este parecer é repassado aos pais ou responsáveis em encontros individuais, procedendo da mesma forma com os alunos. Este trabalho e feito bimestralmente. O registro formal e feito através do Boletim de notas bimestrais, entregue aos Pais ou Responsáveis através de reuniões bimestrais, reuniões estas que culminam com palestras educativas ou alguma comemoração festiva, de acordo com a data comemorativa próxima ao evento. As intervenções pedagógicas é uma pratica constante que se concretiza através de: ─ Recuperação paralela;5 ─ Atendimento individualizado. Quanto a progressão Parcial gradativamente esta sendo excluído, pois em nossa escola, foi uma pratica que não proporcionam os resultados satisfatórios 6.8.3 Atividades de Recuperação Essas atividades são organizadas para aqueles alunos que tem maiores dificuldades na aprendizagem aos conteúdos de sua série. A recuperação é feita ao mesmo tempo que os assuntos nos quais o aluno apresenta dificuldade de aprendizagem são estudas pelo restante da turma. Trata-se de atividades extras destinadas aquelas alunos que não alcançam pleno êxito no tempo normal das aulas. A recuperação pode assumir varia formas, como: - Módulos de ensino - Tarefas diversificadas -estudos em grupo 6.9 Princípios da Gestão Democrática Algumas características da gestão escolar democrática são: o compartilhamento de decisões e informações, a preocupação com qualidade da educação e com a relação transparência (capacidade de deixar custo - beneficio, a clara para a comunidade como são usados os recursos da escola, inclusive o financeiro). Compartilhar decisões significa envolver pais, alunos, professores, funcionários e outras pessoas da comunidade administração escolar. Quando as decisões são tomadas na pelos principais interessados na qualidade da educação na escola, a chance de dar certo é bem maior. Os conselhos escolares, como mecanismo de participação da comunidade na escola, já estão presentes em muitas escolas no país. A função dos conselheiros é orientar, opinar e decidir sobre tudo o que tem a ver com a qualidade da escola assim como participar da construção do projeto político pedagógico e dos planejamentos anuais, avaliar os resultados da administração na busca de meios para solucionar os problemas administrativos e pedagógicos, decidir sobre os investimentos prioritários. Reuniões pedagógicas, festas, exposições e apresentações representantes são momentos em que familiares, e associações locais devem estar presente. Com a democracia também se aprende na escola, a participação deve se estender a todos. Como cidadãos, eles tem direito de opinar sobre o que é melhor. Por fim, é importante saber que, numa gestão democrática, é preciso lidar com conflito e diferentes opiniões. O conflito faz parte da vida. Mas precisamos sempre dialogar com os que pensam deferentes de nós e, juntos negociar. A gestão democrática e um principio consagrado pela constituição vigente e abrange dimensões: pedagógica, administrativa e financeira. Exige a compreensão em profundidades dos problemas postos pela pratica pedagógica. Visa romper com a separação entre concepção e execução entre o pensar e o fazer, entre teoria e prática. Busca resgatar o controle do processo e do produto do trabalho pelos educadores. A socialização do poder propicia a prática da participação coletiva, o que atenua o individualismo; da reciprocidade; que supera a opressão; da autonomia, que anula a dependência de órgãos intermediários que elaboram políticas educacionais da quais a escola é mera executora. A gestão participação dos democrática inclui, representantes dos necessariamente, diferentes a ampla seguimentos da escola nas decisões, ações administrativa pedagógicas que nela são desenvolvidas. Para garantir o acesso e permanência do aluno na escola é preciso ter clareza a respeito das diversidades da comunidade escolar, oferecer ambiente adequado para a inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais, atender a todos, respeitando as diferentes formas de aprender priorizar o conhecimento como forma de emancipação, através de praticas pedagógicas que contemple o aluno como centro do processo educativo.Criar estratégias de inclusão para que todos que procuram a escola se sintam nela integrados. 6.9.1 Trabalho Coletivo As relações de trabalho na escola deverão ser firmadas nas atitudes de solidariedade, de reciprocidade e participação coletiva, por isso o esforço de se criar e aprimorar uma nova organização deve levar em consideração as condições concretas presentes na prática educacional. Precisamos pensar e agir de forma a criar formas e relações de trabalho com espaços abertos a reflexão o dialogo, a comunicação horizontal entre os diferentes segmentos que compõem o universo escolar. Os trabalhos coletivos pressupõem a participação de todos os protagonistas da educação: alunos, família, funcionários e demais forcas sociais. A autonomia social e política são construídas, pela interação dos deferentes sujeitos envolvidos no processo educativo. O conhecimento é visto como processo de construção permanente; interdisciplinar e contextualizado fruto da ação individual e coletiva dos sujeitos. Pressupõe-se que para interferir e agir de forma critica na construção do conhecimento é preciso respeitar e acolher a todos aqueles que ficam a margem da escola. A escola tem como função proporcionar uma educação de qualidade para todos, preparando-os para o exercício da cidadania, para o prosseguimento aos estudos e melhor formação para o mundo de trabalho, bem como agir na sociedade de forma critica e ativa a fim de torná-la mais democrática. 6.10 Capacitação Continuada de Educadores Garantir os princípios e fins da educação nacional no art.3º da L.D.B 9394/96 “valorização do profissional da educação escolar”, a formação continuada é um direito de todos os profissionais que trabalham na escola, uma vez que ela possibilita a progressão funcional baseada na titulação, na qualificação e na competência dos profissionais, mas desenvolvimento também profissional propicia, dos fundamentalmente professores articulado com o as escolas e seus projetos. Compete a escola: a) proceder ao levantamento de necessidade de formação continuada de seus profissionais; b) Elaborar seu programa de formação, contando com a participação e o apoio dos órgãos centrais no sentido de fortalecer seu papel na concepção, na execução e na avaliação do referido programa. A formação continuada não deve se limitar aos conteúdos curriculares, mas se estender à discussão da escola como um todo e suas relações com a sociedade. Todos os profissionais da escola são importantes para a realização dos objetivos do projeto político pedagógico. Os professores são responsáveis por aquilo que os especialistas em educação chamam de transposição didática, ou seja concretizar os princípios político-pedagogicos em ensino aprendizagem. Cada um dos demais profissionais tem um papel fundamental no processo educativo, cujo resultado não depende apenas da sala de aula, mas também da vivência e da observação de atitudes corretas e respeitosas no cotidiano da escola. Tamanha responsabilidade exige boas condições de trabalho, preparo e equilíbrio. Para tanto, é importante que se garanta formação continuada aos profissionais e também outras condições, tais como estabilidade do corpo docente, o que incide sobre a consolidação dos vínculos e dos processos de aprendizagem. 6.11 Qualidade do Ensino e Aprendizagem A qualidade do processo ensino aprendizagem não depende apenas da escola, mas principalmente de políticas públicas voltadas para a qualidade da Escola Publica. Entendemos que para termos uma educação com qualidade é preciso que se garanta o acesso– permanência do aluno na escola e a valorização dos profissionais da educação através de uma remuneração digna e da oferte de formação continuada. Enquanto escola há necessidade de se colocar o aluno como centro do processo educativo, oferecendo um ensino que promova a interação entre o aluno e o conhecimento, de modo a possibilitar o acesso a e incorporação de elementos culturais essenciais a sua transformação Compreendê-lo enquanto como síntese um das processo múltiplas sistemático relações de sociais. continuas e cumulativas mediações sociais, promovendo atividades que conduzem a reflexão-ação sobre a realidade, possibilitando um processo mais significativo de apropriação-socialização-produção do saber. Precisamos compreender a aprendizagem como: um processo dinâmico, cumulativo e permanente de subjetivação do mundo objetivo produzido cultural e historicamente, processo continuo de apropriação do mundo pelo sujeito, por meio de suas múltiplas interações, processo intra e intersubjetivo de apropriação de saberesobjeto, de domínio de atividades “engajadas” no mundo e de regulação de suas relações com os outros e com sigo mesmo. A aprendizagem ocorre pelo processo de interação e mediação entre sujeitos, numa construção coletiva do conhecimento. Destacamos a idéia básica de aprendizagem como um processo em construção que se dá por inteiração permanente do sujeito com o meio que o cerca.l meio esse expresso pela família, depois pelo acréscimo da escola, ambos permeados da sociedade. Uma educação com qualidade tem como objetivo diminuir e combater a evasão e repetência, através de professores capacitados, valorizados e estimulados, cumprindo sua nobre missão de educar, dando especial indisciplinados aprendizado atenção aqueles e apresentam que exercendo sua alunos que se maiores autoridade, mostram mais dificuldades estabelecendo limites no e responsabilidades, sem jamais deixar de respeitá-los; conselhos escolares realmente participativos, representativos e atuantes; com instalações adequadas, asseio, organização em fim que haja um ambiente propicio ao estudo e a aprendizagem, no qual o alunos se sinta estimulado a permanecer e a aprender. 6.12 O Currículo da Escola Pública Pensando como uma construção histórica e social, o currículo traduz os diferentes interesses em disputa, produzindo e reproduzindo as relações sociais, desiguais, que caracterizam as saciedades contemporâneas. Através dele e possível produzir, reafirmar, negar ou silenciar identidades e diferenças sociais. Nesse sentido, o currículo se transforma igualmente em um importante instrumento de negociação política entre os diferentes envolvidos no processo de ensino e aprendizagem. Pensar currículo como resultado e cominho para o trabalho coletivo, implica percebê-lo como praticas sociais vivas, dinâmicas e processuais traduzidas, pelo conjunto de experiências produzidas e vividas por professores e alunos. A valorização dos saberes sociais traduzido do meio familiar e social não devem ser confundidas como homogeneização dos papéis sociais, atribuídos à família e à escola. A escola e um espaço especifico de produção e transmissão de conhecimento. Um espaço que estabelece relações privilegiadas com o saber. Um espaço, onde é possível para o educador e para o educando estruturar e sistematizar os saberes plurais criados em outros lugares. O currículo é percebido assim como o conjunto de representações que se organizam em torno do conhecimento escolar. Conhecimento esse produzido num espaço social com funções sociais formativas e normativas, que precisam ser devidamente consideradas. À escola e ao professor compete organizar, sistematizar e ensinar esse conhecimento. Facilitar aos alunos a construção de novas formas de leitura do mundo, no sentido de permitir a esses alunos se situarem em um mundo por definição extremamente complexo e dinâmico. Partimos da idéia que o currículo escolar é o resultado de escolhas intencionais que fazemos dentro do imenso conjunto de conhecimentos produzidos pela humanidade, e que contem princípios gerais que norteiam as nossas escolhas, compreendendo que há limites e possibilidades para a escola na construção da sociedade que sonhamos. O currículo engloba um conjunto de experiências coletivamente organizadas pela escola e pelas quais a escola se responsabiliza e disponibiliza aos alunos como objetivo de que o aluno aprenda algo. O eixo do currículo em torno do qual ele gira é o conhecimento escolar. A centralidade do currículo é o conhecimento, pois a escola deve ensinar e ensinar com qualidade, este e um pressuposto do qual partilhamos. O currículo deve apresenta às seguintes características: - É um instrumento sistematizador, organizador do processo educativo. É através dele que materializa a ação educativa. - Envolve ao mesmo tempo intenções (é um projeto político cultural para as jovens gerações ) é prática, colocadas em ação para concretizar as intenções. Ele tem um caráter, um futuro imaginado, os ideais políticos se expressam em cada decisão tomada. - Como intenção ele é um conjunto de escolhas que ocorrem nas Secretarias de Educação, nas escolas e vão ate a sala de aula, em cada aula que se dá. - O currículo gera efeitos, contribui para a construção de identidades, deixa marcas. A marca da instituição, do professor, do conhecimento apropriado por cada aluno, que ira lidar com suas marcas de maneira diferente, mas que estão presentes. 6.13-Dinâmica do Currículo Currículo é um importante elemento constituído da organização escolar implica necessariamente a interação entre sujeito que têm um mesmo objetivo, e a opção por um referencial teórico que o sustente. É uma construção social do conhecimento, pressupondo a sistematização dos meios para que esta construção se efetive; transmissão de conhecimentos historicamente produzidos e as formas de assimilá-los. apropriação são Portanto, processos produção, que transmissão,assimilação, compõe uma metodologia de construção coletiva do conhecimento escolar. O currículo não é um elemento neutro, expressa uma cultura, a determinação do conhecimento escolar, portanto implica fazer uma análise, tanto da cultura dominante, quanto da cultura popular. Deve estar inserido no contexto social,uma vez que ele é historicamente situado e culturalmente determinado. É organizado de forma disciplinar, no entanto visa reduzir o isolamento das disciplinas curriculares, procurando agrupa-las num trabalho interdisciplinar. 6.14 - Reflexão Sobre o Trabalho Pedagógico todo, possibilitando o “Ensinar não e transferir conhecimentos, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção (Freire, 1996)” O trabalho pedagógico é uma atividade eminentemente humana, que ocorre no interior da escola, mas também fora dela, onde sujeitos com história diferentes se interagem e inter-relacionam, buscando a ampliação e a apropriação de conhecimentos e experiências significativas para a vida social e política. A escola é vista como uma instituição social que concretiza as relações entre educação, sociedade e cidadania , sendo responsável pela formação de novas gerações. A prática pedagógica constitui-se permanentemente, nunca está pronta e acabada, constrói-se e reconstrói-se pela formação inicial e continua dos profissionais da educação. Podemos defini-la como uma prática social específica, de caráter histórico e cultural. Vai além da prática docente, das atividades didáticas dentro da sala de aula, abrangendo os diferentes protagonistas e aspectos do projeto pedagógico da escola, bem como, as relações com comunidade e a sociedade em geral. È preciso criar espaços e momentos que garantam as condições necessárias para se trabalhar a relação entre aspectos teóricos e práticas de ação docente, (exemplo: a avaliação), de modo que o professor desenvolva a formação necessária relacionada aos seus instrumentos de trabalho, em articulação com seus fundamentos pedagógicos. Nesta perspectiva propõe-se um fazer pedagógico voltado para a construção do conhecimento no contexto escolar, feito do encontro de diferentes saberes, saber do cotidiano que alunos e professores trazem de suas vivencias familiares e sociais, conceitos científicos, filosóficos e políticos que são construídos a partir do contato do aluno com o conhecimento pela ação do professor. E nessas condições que o fazer pedagógico implica e exige a presença dos educadores e educandos como criadores, instigadores, inquietos, rigorosamente curiosos humildes e persistentes. As experiências de aprendizagem dos educandos vão transformado-os em reais sujeitos da construção e da reconstrução do saber ensinando, ao lado do educador, igualmente sujeito do processo. Daí a importância do papel do educador, conforme coloca freire, “O mérito da paz que viva a certeza de que faz parte de sua tarefa docente não apenas ensinar conteúdos, mas também ensinar a pensar certo”. 6.15 Princípios Curriculares Uma concepção de currículo comprometida com melhoria da educação publica do Estado do Paraná, deve estabelecer princípios que: Propiciem ferramentas teóricas e praticas, através dos conteúdos das diversas áreas do conhecimento, que capacitem não apenas os educadores (discentes, como também funcionários e os demais comunidade) sujeitos a ler a escolares realidade, interpretar, se posicionar e influenciar sobre ela. Respeite e incentive a liberdade do pensamento, a discussão, a capacidade argumentativa, o gosto e o reconhecimento da importância do debate na escola. Organize os programas através de conteúdos socialmente significativos, permitindo compreender a dinâmica e as relações existentes entre os diversos aspectos da realidade, numa visão dialética do conhecimento. Possibilite praticar a resistência a sociedade capitalista e aos seus valores desumanizadores de consumo, competição, desrespeito a vida e a natureza. Que possibilite reconhecer a pratica resistência aos valores dos paises imperialistas e hegemônicos. a Coloque os sujeitos escolares em movimento, mostrando a necessidades de participar dos movimentos sociais e políticos, para além dos muros escolares. Crie o entendimento sobre a necessidade de estudo permanente e de formação contínua e atualizações, o gosto e o habito de pesquisar e aprender, para desenvolver a autonomia intelectual e superar a dependência das informações e das elaborações da dominação cultural burguesa. Permita aos sujeitos escolares o domínio do conhecimento, o acesso e a fruição das conquista da humanidade, no campo das artes, das ciências, das letras e das tecnologias. Permita aos vivenciarem sujeitos as escolares manifestações conhecerem, populares, valorizarem compreendendo e as relações de interdependência entre as culturas e sem qualificar uma delas como superior. Traga para a sala de aula os conhecimentos e as experiências vividas pelas populações do campo, das comunidades indígenas, das populações ribeirinhas e outras, rompendo com a falsa dicotomia entre o popular e o erudito. Possibilite a pratica da solidariedade, respeitando e incentivando a diversidade cultural, para lutar contra a discriminação de raça, gênero, geração, orientação sexual, contra os portadores de necessidades especiais, entre outras. Incentive a auto-organização dos sujeitos escolares, trabalhando a participação coletiva nos processos de estudo, trabalho e gestão da escola, incentivando os órgãos de representação e a participação efetiva de todos. Assegure as alegrias do presente ( e não apenas pensar nas promessas do futuro), pois quando a escola consegue proporcionar o prazer de se aprender no momento atual, as crianças jovens irão pressentir o prazer de aprender sempre. e os 6.16 O Que a Escola Pretende do Ponto de Vista Político Pedagógico. A escola e um espaço de transmissão, criação e recreação do conhecimento e também um espaço político que tem como meta prepara o aluno através da instrumentalização filosófica, artística e cientifica para agir em sociedade. A escola pretende do ponto de vista pedagógico: Fazer, refazer, refletir, realimentar no coletivo o Projeto Político Pedagógico. Desenvolver nas horas atividades uma pratica de integração e troca experiências. Proporcionar momento de reflexão aos profissionais da educação no coletivo e estudar temas pedagógicas das áreas do saber. Priorizar o pedagógico do que o administrativo – aluno como centro do processo – qualidade na educação para todos. Reflexão sistemática da prática educativa como ponto de chagada. Auxiliar os docentes na sua pratica, bem como orientá-los sobre os procedimentos teóricos metodológicos indicados na matriz curricular e sobre as vantagens do plano de trabalho docente: Apresentar aos alunos o roll dos conteúdos programáticos, para que possam preparar-se com antecedência para as aulas. Aulas dinâmicas e com metodologias e recursos variados. Além dos recursos metodológicos diferenciados há necessidade de estabelecer o vinculo afetivo/emocional. Auxilio na definição dos conteúdos para tratamento diferenciado quando necessário; Reflexão permanente no coletivo sobre: o que, como e porque se ensina determinado conteúdo. Proporcionar um ambiente de vivência onde se busca a coerência do saber e do fazer, da teoria e da pratica, avaliação e auto- avaliação, do que deve ser e do que a realidade do trabalho permite fazer. Trabalhar com as crises e conflitos de forma positiva buscando compreender e conhecer suas causas, para ressignificação da vida, das praticas e das lutas, que afirme o direito e o dever de transformar o mundo, contra forma de desigualdade – compreender e partilhar as praticas, os desafios e dificuldades concretas, é condição para intensificar a luta pela superação das crises e conflitos que encontramos no interior da escola e fora dela. Gestão democrática e participativa; Superação do autoritarismo, com exercício permanente do dialogo. Organização coletiva do trabalho pedagógico, através da socialização de pratica e saberes. Formação continuada que propicie a reflexão teórico-partica sobre o todo da escola e sua relação com a sociedade; Estimular uma relação de companheirismo entre educadores e alunos. Praticar a avaliação diagnostica, formativa continua e critica que contribua para a qualidade do processo de ensino e aprendizagem. Estabelecer construção uma do avaliação sucesso emancipatória, escolar e inclusão voltada como para a principio e compromisso social. Garantir que todos os alunos que nela ingressem tenham sucesso, oferecendo tratamento pedagógico diferenciado para os que apresentam maiores dificuldades. Refletir e rever o Conselho de Classe, partindo do pressuposto que o mesmo deve constituir-se num espaço privilegiado de reflexão pedagógica avaliativa, cuidando para que a reflexão pedagógica prevaleça sobre qualquer outro aspecto. Trabalhar a diversidade cultural, diferenças étnico-racial, numa perspectiva de respeito a singularidade do ser humano; Favorecer a inserção critica de todas as camadas sociais durante o processo, vê-las como pessoa e estar a disposição, antes de tudo ouvi-las na parceria desejada, pois a relação recíproca de reconhecimento constrói a confiança mutua entre pais, professores, direção alunos e funcionários. Melhorar a estrutura física com recursos públicos, pleiteados junto ao governo com a participação da comunidade bem como recursos pedagógicos para atendimento de todos alunos, inclusive os que apresentam necessidades educacionais especiais. Formar cidadãos ativos, capazes de apropriar-se dos conhecimentos científicos e tecnológicos, para agir na realidade social, dar sentido as vidas individuais e coletivas, conscientes das necessidades do respeito mutuo, solidariedade, responsabilidade, quanto ao equilíbrio ecológico do planeta, capaz de recriar a paz, para reduzir a violência e agir na construção de um projeto de viver coletivo atuando na sociedade a qual vive. Para valorização do espaço publico (escola) preservando as instalações físicas e mobiliarias, alem de cultivar a qualidade dos relacionamentos estabelecidos com seus professores e colegas. 7 MARCO OPERACIONAL 7.1- Redimensionamento da Organização do Trabalho Pedagógico Redimensionar a organização do trabalho pedagógico significa fazer a escola diferente, que contemple um fazer didático-pedagógico que promova a de satisfação de aprender e a ruptura com a mesmice e a exclusão social. O fazer didático-pedagógicos nos leva a compreender o currículo não só como elemento organizador das praticas escolares, mas num sentido mais amplo, como elemento mediador entre escola e a sociedade, aquele que possibilita a construção da ação pedagógica através de interpretação entre os conhecimentos construídos na pratica social e transmitidos, organizados e transformados na pratica escolar. O currículo é marcado pela visão de mundo de uma determinada sociedade, a pratica escolar reflete essa visão, expressando-a idealmente (currículo formal), por meio das formas concretas da ação dos agentes escolares (currículo em ação), das regras e normas explicitadas que governam as relações que são restabelecidas em sala de aula. Pensar na escola e unir o projeto político e o projeto pedagógico. Pensando pedagógico, tem-se o saber do professor, determinador de sua identidade, que parte da integração curricular, das disciplinas, da formação reflexiva profissional, suas experiências, sua cultura pessoal e a observação do contexto ao qual esta inserida a escola. Essa identidade deve estar de acordo com a função da escola, que seria selecionar, separar e incorporar certos saberes sociais, que são transformados ou adaptados às formas e os objetos do ensino em conformidade com os agentes escolares (projeto Político), e a clientela. Sendo refletido na representação do professor sobre o currículo. O reflexo do currículo dependera inicialmente de respondermos qual e a finalidade social dos conteúdos escolares? Os conteúdos deveram ser integrados a aplicados na teoria a na pratica no dia-a-dia do educador. O professor e aluno são co-autores do processo ensino-aprendizagem. Descobrimos para que servem os conteúdos científicos e culturais propostos pela escola, obtendo assim, um novo indicador da aprendizagem escolar, demonstrando o domínio teórico do conteúdo e no seu uso pelo aluno, em função das necessidades sociais, compreendendo as transformações sociais. Os conteúdos trabalhados de forma de forma contextualizada são analisados em suas múltiplas dimensões como: conceituais , científicas, históricas, política e artísticas, são explicitadas e aprendidas no processo ensinoaprendizagem. Significando a compreensão dos conhecimentos em suas múltiplas faces dentro do todo social. Esta forma de fazer o pedagógico apresenta-se como novo desafio o qual, privilegia contradições, duvidas, questionamentos e diversidade, tornando os conteúdos, saberes em construção. Resultado da produção histórica de como os homens conduzem sua vida nas relações sociais de trabalho em cada modo de produção. Desse modo, a leitura critica dessa realidade torna possível apontar um novo pensar e agir pedagógico. Tendo como base o processo dialético de trabalho pedagógico o qual, fundamenta a teoria da pedagogia historico-critico-social. Neste contexto, a educação escolar, exige esforços redobrados e maior organização do trabalho educacional, assim como, a participação efetiva da comunidade. Não basta apenas preparar o alunos para níveis mais elevados de escolaridade, uma vez que ele precisa aprender para compreender a vida, a si mesmo e a sociedade, como condição para ação competente na pratica da cidadania (aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver e aprender a ser). 7.2 – Concepção de Gestão A escola não e tão somente democrática pela sua ação administrativa, ela torna-se democrática pôr sua ação pedagógica e essencialmente educativa O processo educacional tendo como base a democracia implica na cogestão ligada ao principio da co-decisão. O sentido democrático empregado para qualificar a condução de um processo de gestão esta intimamente ligada aos valores da sociedade, da cultura da escola e , fundamentalmente, à concepção de cidadania e do saber que se promove para o exercício de transformação da escola e da sociedade. Não se pode desvincular a gestão democrática do processo democrático mais amplo. A escola educa e forma o cidadão para suas relações pedagógicas. No campo educacional, o sentido da democracia é social, todos tem direito ao acesso; igualdade de oportunidades e que seja oferecida uma educação de qualidade visando a formação do cidadão como ser social-historico e sujeitados relações. Nesta perspectiva a escola é concebida como instância de articulação de projetos pedagógicos partilhados pela direção, pedagogos, docentes, discentes, funcionários e comunidade, ou seja todos os cidadão participantes do processo coletivo de fazer educação. Assim, a dimensão política e pedagógica do projeto são indissociáveis como um processo permanente de reflexão e discussão dos problemas da escola, na busca de alternativas viáveis à efetivação de sua intencionalidade. Assumir coletivamente o fazer educação, significa conquistar a autonomia da escola como um exercício da democratização de um espaço publico. Delegado ao diretor e aos demais agentes pedagógicos a possibilidade de dar respostas ao cidadão (aluno e responsável) a quem serve. A autonomia coloca na escola a responsabilidade de prestar contas do que faz ou deixa de fazer, sem repassar para outro setor essa tarefa, é capaz de permitir uma participação realmente efetiva da comunidade, o que caracteriza como uma categoria eminentemente democrática, exigida de todos, compromissos de estar condicionado a um permanente desejo de renovação. Todavia, o Projeto Político Pedagógico ganha legitimidade quando é pensado, refletido, rascunhado, analisado, criticado, revisto e rescrito por muitos, gerando reconhecimento por uma comunidade escolar em que há necessariamente conflito de opiniões, divergências e interesses em confronto. Desta maneira, o presente Projeto Político Pedagógico, ao se constituir um processo democrático de decisões, preocupa-se em instaurar uma forma de organização do trabalho pedagógico que supere os conflitos, buscando eliminar as relações competitivas, corporativas e autoritárias. A administração democrática, ao se afirmar na decisão coletivas educacional, constitui-se em efetivo espaço de comprometimento dos representantes da comunidade externa com o projeto político elaborado de forma compartilhada. Neste sentido; o Regimento Escolar diz que a Gestão Escolar é o processo que rege o funcionamento da escola, compreendendo tormada de decisão conjunta no planejamento, execução, acompanhamento e avaliação das questões administrativas e pedagógicas, envolvendo a participação de toda comunidade escolar. A comunidades escolar e o conjunto constituído pelos profissionais da educação, aluno, pais ou repensáveis e funcionários que protagonizam a ação educativa de cada categoria,as quais estão descritas no regimento escolar . Sob a ótica da democracia participativa, o projeto e um meio de engajamento coletivo para integrar ações dispersas, criar sinergias no sentido de buscar soluções, alternativas para diferentes momento do trabalho pedagogicoadministrativo, mobilizando os protagonistas à explicação de objetivos comuns definindo o norte das ações a serem desencadeadas, fortalecer a construção de uma coerência comum, mas indispensável, para que a ação coletiva produza seus efeitos. A legitimidade do projeto político pedagógico esta estreitamente ligada ao grau e ao tipo de participação de todos os envolvidos com o processo educativo, o que requer reflexão, pesquisa e pensar o cotidiano e na continuidade da ação. Isso implica compromisso político, administrativo, pedagógico, pessoal e afetivo onde o grupo possa traduzir seus anseios em situações reais. Significa resgatar a própria escola como espaço político, lugar de debate, de dialogo, fundando na reflexão, na participação individual e coletiva de todos os seus membros, conferindo-lhe o poder de decisão. No poder de decisão e/ou no exercício do poder esta à essência da democracia. A qualidade do exercício do poder esta referida ao espaço de autonomia que fundamenta o ser cidadão e a finalidade da instituição educacional. O poder e exercido por todos os atores sociais em todas as suas ramificações da estrutura organizacional. Na concepção democrática cidadã, a participação dos atores sociais deixa de ser mera colaboração para tornar-se exercício de poder sobre aquilo que pertence a todos, onde todos que são designados para um cargo não são “donos do poder”, mas servidores da cidadania. Em coerência com esse fundamento democrático participativo do exercício do poder. Os poderes representantes do Conselho de Classe, Conselho Escolar, Associação de Pais, Mestre e Funcionários e Grêmio Estudantil exercem suas atribuições como “delegação de serviços aos interesses coletivos e de responsabilidade social”. Destacamos que a autonomia da escola para experimentar uma gestão participativa esta prevista no art.17 da L.D.B. (Lei de diretrizes e bases da Educação Nacional), que afirma: “ os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares publicas de educação básica que os integram progressivos graus da autonomia pedagógicas e administrativas e de gestão financeiras observada as normas gerais de direito financeiros públicos”. A L.D.B. ( Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional ) é mais precisa ainda nesse sentido, no seu art.14, quando afirma que: “Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática de ensino publico na educação básica de acordo com as suas peculiaridades conforme os seguintes princípios. I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II – participação das comunidades escolares local em conselho escolar ou equivalentes”. Neste sentido, o conselho de classe e um órgão de natureza consultiva e deliberativa em assunto didáticos-pedagógicos, com atuação restrita a cada classe do Estabelecimento de Ensino, tendo pôr objetivo avaliar o processo ensinoaprendizagem na relação professor-aluno e os procedimentos adequados a cada caso. A composição, finalidades e atribuições estão descritas no Regimento Escolar (em anexo). O Conselho Escolar é também um órgão colegiado composta pôr representantes da comunidade escolar e local que tem como atribuição deliberar sobre questões politicos-pedagógicas, administrativas, financeiras no âmbito da escola . A associação de Pais, Mestres e Funcionários do estabelecimento de ensino busca integração dos segmentos da sociedade organizada, no contexto escolar, discutir a política educacional representando os interesse da comunidade, com estatuto definido sua composição, finalidades e atribuições. A lei Federal nª 7398 de 04/11/85 assegura aos estudantes do Ensino Fundamental a organização de Grêmios Estudantis como entidades autônomas representativas dos interesses dos Estudantes, com finalidades educacionais, culturais, cívicas, desportivas e sociais com estatuto determinando as normas de funcionamento, composição de suas atribuições . Lembramos que a atuação consiste de diferentes instâncias colegiadas ocorre quando buscamos construir na escola um processo de participação, baseado nas relações de cooperação, no trabalho coletiva e no partilhamento do “poder” e por isso precisamos exercitar a pedagogia do dialogo, do respeito as diferenças, garantindo a liberdade de expressão, a vivencia de processos de convivências democrática, a serem efetivados no cotidiano, em busca da construção e concretização das metas estabelecidas nesse Projeto Político Pedagógico. As participações das instancias colegiadas colaboram efetivamente para que a escola cumpra sua função na formação das pessoas. Todos os membros são co-responsáveis pelo respeito e pela valorização do saber do estudante e do patrimônio cultural da comunidade e, ao mesmo tempo, pela construção coletiva, solidária e co-responsável desse respeito e dessa valorização. Trabalhar o saber nesta perspectiva fundamenta o compartilhamento a democracia e a construção de um mundo justo, de qualidade de vida digna para todas as pessoas. As instâncias colegiadas devem zelar por esta educação básica, publica, gratuita, universal e de qualidade social. Nesse cenário. Indagamos de que modo a escola pode se organizar para atender ao direito do estudante de ter acesso a uma educação de qualidade? É função da escola, formar o cidadão, assegurando o acesso e a apropriação do conhecimento sistematizado, mediante a instauração de um ambiente propício a aprendizagem significativa e as praticas de convivência democrática. Dentre as ações próprias dessa função, estabelecemos meios que garantam o desenvolvimento de atividades, em nível de escola, e o cumprimento das tarefas decentes consideradas prioritárias, as quais viabilizem a execução desse projeto. A execução do projeto, inicialmente depende de um conjunto de recursos que favoreçam o acesso, permanência e desempenho, permitindo garantir um serviço educacional de qualidade. 7.3 Critérios de Organização Interna da Escola A escola oferta ensino fundamental no período diurno (a tarde) a direção conta com um professor pedagogo e uma secretária, que atende também no trabalho de biblioteca. Para os alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem é feito um atendimento individualizado com a ajuda da professora pedagoga. Para que o Projeto Político Pedagógico se torne uma prática social e se efetive de fato é necessário propiciar situações que permitam aprender a pensar e a realizar o fazer pedagógico de forma coerente. Na dimensão pedagógica reside a possibilidade da efetivação da intencionalidade da escola, pelo incentivo da autonomia dos trabalhadores da educação a fim de que seja possível contribuir para a formação de cidadãos compromissados, críticos e criativos. participativos, responsáveis, 7.3.1 Recursos Que a Escola Dispõe Para Realizar Seu Projeto Os recursos disponibilizados atualmente pela escola: Espaço físico adequado para alunos e professores nas salas de aula; Mobiliário para os ambientes; Material didático, pedagógico esportivos recursos tecnológicos e acervo bibliográfico para uso dos alunos e professores Os docentes com formação na área de atuação Professores em números suficientes para atender as necessidades do currículo e das turmas; Aos profissionais da educação, formação continuada ofertada pela mantenedora ao longo do período letivo; Possui uma auxiliar de serviços gerais e uma Técnico Administrativa; As instâncias colegiadas instituídas e em funcionamento ; Recursos financeiros do fundo rotativo (Governo Federal) Programa Dinheiro Direto na Escola ( Governo Federal) recursos próprios Projeto Escola Cidadã. Além dos recursos humanos, físicos, materiais, financeiros e participação da comunidade, outros mecanismos e instrumentos asseguram a qualidade de ensino, tais como: calendário escolar, a organização e utilização dos espaços físicos educativos 7.3.2 Recursos não disponibilizados pela Escola Espaço físico para reuniões com professores e para hora atividade; Instalações hidráulica e sanitários em bom estado de conservação; Área para atividades culturais; Espaço físico para direção e equipe pedagógica; Espaço específico para biblioteca, laboratório de informática, laboratório de ciências e sala de vídeo; Refeitório; Mobiliário para todos os ambientes; 7.4– Critérios Para Elaboração do Calendário Escolar Na elaboração do calendário escolar devemos levar em consideração a L.D.B. ( Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) a qual, prescreve. O calendário sempre que possível,deve atender as condições de ordem climáticas, econômicas ou outras que justifique a medidas, sem redução de carga horária de 800 (oitocentas) horas amuais; Obriga o mínimo de 800 (oitocentas) horas distribuídas por um mínimo de 200(duzentos) dias efetivos de trabalho escolar; No ensino fundamental determina que a jornada escolar de pelo menos 4 (quatro) horas de trabalho efetivo de aula; As horas-aula programadas deverão ser cumpridas, pela escola e pelo professor (art. 12,III e 13, V); Ano letivo são todos os dias de funcionamento da escola; Dia de efetivo trabalho escolar aquele de atividades pedagógicas, isto é, de trabalho em sala de aula ou em ambiente equivalente envolvendo aluno e professores. É indispensável, na elaboração do calendário escolar, levar em consideração o período de férias do corpo docente, de acordo com o Estatuto do Magistério em vigência. A entidade mantenedora da escola possibilita a escolha do calendário de acordo com as peculiaridades do município, da região e questões de ordem administrativas. Ressaltamos a necessidade da inclusão no calendário escolar de períodos reservados especificamente para reuniões pedagógica/administrativas as quais, viabilizariam acompanhamento, controle e avaliação da execução desse projeto. O calendário escolar é o instrumento que marca o ritmo das atividades, da organização e das condições para garantir de acordo com a lei o tempo de aprendizagem do estudante. A partir do calendário escolar, como a escola organizará as atividades escolares? Primeiramente, as atividades desenvolvidas ao longo do período letivo não se realizam exclusivamente em sala de aula. Outros locais além dos oferecidos pela instituição de ensino, dependendo do contexto, poderão realizar o trabalho pedagógico de natureza teórica e /ou pratica. Considerando que todas as atividades exigem a freqüência do estudante e do(s) professore(s), será caracterizada como atividade escolar. 7.5 Critérios Para Organização e Utilização dos Espaços Educativos A utilização dos espaços educativos será de acordo com os critérios abaixo descritos: Atender a proposta curricular Implementação de projetos; Horário dos professores Rendimento escolar dos estudantes Disponibilidades dos agentes colaboradores Elaboração de calendário interno definindo as atividades da escola A utilização dos espaços é um incentivo às formas democráticas de convivência escolar. Tendo por premissa o estabelecimento de condutas construídas coletivamente que auxiliem a efetivação de praticas pedagógicas e considerando o ritmo individual do estudante para aprendizagem intelectual, sócio cultural, afetiva e ética. 7.6 Critérios Para Organização de Turmas e Distribuição Por Professor A organização das turmas e distribuição por professor(s), leva em consideração os fatores descritos a seguir; As modalidades de ensino ofertadas no período vespertino, determinando uma carga horária para cada disciplina (base nacional comum e parte diversificada), a ser cumprida no decorrer do ano letivo; A entidade mantenedora da escola definiu que o Ensino Fundamental (5ª a 8ª série) será ofertado em series anuais; A organização do horário será pontos de reflexão constante sobre os resultados obtidos com essa prática pedagógica. Devemos considerar que a mesma favoreça as articulações das atividades curriculares em relação ao tempo e ao espaço escolar. Garantindo um tratamento igualitário a todos aos alunos considerando suas diferenças, bem como, as situações inclusivas (a escola possui uma aluno portador de necessidade educativa especial ). Atender as diferenças individuais é assegurar o tempo pedagógico, definindo o currículo, no qual, o estudante tem direitos à continuidade e terminalidade de estudos. Respeitando o ritmo e o tempo e as condições dos alunos. Afirma Freitas:( não basta dar mais tempo para o aluno aprender. E preciso exercer uma ação eficaz no tempo adicional que ele passa na escola. A mera passagem de tempo não gera aprendizagem”.(2004. p. 156). O tempo na escola devera ser dedicado à socialização e construção do conhecimento. O maior desafio para a escola ao organizar as situações de aprender, e sem duvida, considerar a heterogeneidade dos alunos frente a garantia de acesso, permanência, continuidade e terminalidade. 7.7 Papel das Instâncias Colegiadas? 7.7.1 O Conselho Escolar O conselho escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa e fiscalizadora, com o objetivo de estabelecer sua ação, organização, funcionamento e relacionamento com a comunidade, nos limites da legislação em vigor e compatíveis com as diretrizes e política educacional traçadas pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná. O conselho Escolar da Escola Estadual Irene Grimbor Rickler - Ensino Fundamental é um órgão importante para sua organização e funcionamento e conta com a participação de educadores, educando, pais, funcionários e outros membros da comunidade, promovendo a articulação entre os vários segmentos organizados da sociedade e os setores da escola, garantindo sua participação nas decisões relativas ao trabalho escolar, decisões essas que ao serem implementadas, todos estarão comprometidos com ela. 7.7.2 Associação de Pais, Mestres e Funcionários A Associação de pais –mestres e funcionários têm como objetivo traçar ações de assistência ao educando de aprimoramento do ensino e integração família-escola-comunidade. Ela é regida por estatuto próprio, e são estimulada a colaborar para que a escola atinja os objetivos educacionais . A APMF pode e deve participar da própria formulação dos objetivos educacionais, devem discutir tais objetivos, para que a escola realmente tenha condições de trabalho em consonância com a comunidade. 7.7.3-Conselho de classe O conselho de classe da Escola Estadual Irene Grimbor Rickler – Ensino Fundamental é um órgão colegiado composto pelos professores, equipe pedagógica e direção. É a instância que permite o acompanhamento dos alunos, visando a um conhecimento mais minucioso da turma e de cada um e análise do desempenho do professor com base nos resultados alcançados. Tem a responsabilidade de formular propostas referentes a ação educativa e didática, facilitar e ampliar as relações mútuas entre os professores, pais e alunos, e incentivar projetos de investigação que tem como objetivo: -Identificação de progresso e mudanças de comportamento de alunos. -Obtenção de informação para facilitar o aconselhamento ao aluno. -Aprimoramento do diagnostico dos problemas e dificuldades. - Elaborar programas de recuperação. - Reformular o plano de ensino. 7.8 Plano de Ação da Escola 7.8.1 – Objetivos Gerais 1. Consolidar a participação da comunidade no encaminhamento, discussão e avanços no processo educacional. 2. Garantir que a educação fundamental seja pautada como direito de todos; publica, de qualidade social gratuita,democrática, inclusiva, transformadora e que respeita a diversidade cultural. 3. proporcionar espaços educativos organizados, agradáveis que favoreçam o convívio social e com matérias disponíveis favorecendo a prática pedagógica com qualidade. 7.8.2 – Ações 1. Esclarecer aspectos legais dos órgãos colegiados quanto ao funcionamento e atribuições, preparando-os para o desempenho de suas ações. 2. Possibilitar o acesso as informações, participação, aprovação e execução do Projeto Político Pedagógico, bem como, da avaliação institucional. 3. Manter parcerias com instituições públicas e privadas. 4. Aprimorar continuamente a participação e gestão coletiva assegurando a decisão colegiadas dos assuntos relevantes a comunidade compartilhando o conhecimento produzido sobre gestão educacional e escolar. 5. Garantir a autonomia política, pedagógica e administrativa da escola na gestão de seus processos organizacionais, bem como, na aplicação dos recursos financeiros, conforme a necessidade da escola. 6. Estabelecer normas de manutenção e preservação da escola. 7. Redimensionar qualitativamente o funcionamento do Conselho de Classe no que concerne à analise e tomada a decisão frente aos problemas enfrentados no processo ensino-aprendizagem, compartilhando responsabilidades e ações imediatas para solução dos mesmos 8. Participação dos pais na vida escolar dos seus filhos/alunos na condição de co-responsável. 9. Subsidiar tecnicamente o trabalho do professor quanto a utilização de metodologia histórico critica, garantindo ao aluno o pleno domínio da leitura, da escrita, do calculo e demais disciplinas por meio dos conhecimentos científicos, tecnológicos e culturais. 10. Assegurar ao corpo docente apoio técnico nos aspectos pedagógicos sobre o sistema de avaliação adotado pela escola com ênfase na avaliação formativa, recuperação paralela de estudos e auto-avaliação. 11. Viabilizar a política de inclusão, através da melhoria qualitativa do atendimento pedagógico, aos alunos portadores de necessidades educacionais especiais. 12. Eliminar práticas educacionais, discriminatórias e segregacionais, reconhecendo a diversidade cultural e especificidades racionais e étnicas. 13. Incentivar o desenvolvimento de atividades culturais, esportivas que contribuam para a formação do educando e também volorizem a construção do conhecimento. 14. Criar mecanismos de divulgação e registro do trabalho pedagógico desenvolvido à comunidade em que escola está inserida como exposições, pesquisas e outros. 15. Democratizar as informações sobre as políticas que norteiam o sistema educacional a todos os profissionais da educação. 16. Viabilizar a participação dos profissionais da educação em cursos, seminários, grupos de estudos e projetos. 17. Promover a formação continuada. 18. manter os espaços educativos limpos, organizados e com materiais adequados a atividades propostas. 7.8.3 Função da Equipe Pedagógica A equipe pedagógica é aquela que deve lançar novos desafios e colaborar na concretização de uma escola pública democrática e de qualidade social. A equipe pedagógicadeve ser competente, flexível, criativa, crítica, conhecedora das novas tecnologias, que saiba compreender processos e incorpore idéias novas , habilidades de gestão, auto estima etc. A equipe pedagógica deve ser articuladora do processo ensino-aprendizagem, atuando em sintonia com os profissionais da educação e comunidade escolar na discussão, elaboração, execução e avaliação do projeto Político Pedagógico. 7.8.4Objetivo A- Oportunizar a participação dos profissionais da educação em debates e reflexões permanentes sobre as políticas que norteiam o sistema educacional como estudos e/ou capacitação descentralizada. Detalhamento - .incentivar e promover a formação continuada em serviço dos profissionais da educação; - Solicitar providenciando com antecedência o material a ser utilizado as cópias, preparando o espaço físico, recursos tecnológicos e cronograma. - Viabilizar a participação dos profissionais da educação em seminários e cursos mantendo-os informados sobre a realização dos mesmos. B- Garantir a hora atividade do corpo docente, visando o aperfeiçoamento profissional e o trabalho pedagógico: Detalhamento - Manter o espaço físico destinado a realização da horaatividade agradável, mantendo a disposição livros, revistas, textos e outros; - Viabilizar a troca de informações, planejamento e análise do rendimento escolar dos alunos entre os docentes; - Acessar o corpo docente, quanto á elaboração de planos de recuperação paralela e metodologias a serem utilizadas; -Articular a elaboração do calendário interno objetivando a realização dos projetos propostos no projeto político pedagógico; - Assegurar o acesso e o fluxo de informações relativas ao trabalho em andamento; C- Buscar permanentemente a “qualidade de ensino” e de valorização dos profissionais de educação, desenvolvida por um processo critico, discussão de problemas e possibilidades de solução, definindo de forma participativa as responsabilidades pessoais e coletivas, garantindo o compromisso com a aprendizagem o funcionamento e a permanência do educando na escola. Detalhamento - Redimensionar qualitativamente do Conselho escolar no que concerne a analise e tomada de decisões frente aos problemas enfrentados no processo ensini-aprendizagem, compartilhando responsabilidades coletivas para solução dos mesmos; - Analisar permanentemente o rendimento escolar visando o atendimento das necessidades individuais do educando; - Buscar em conjunto com as equipes escolares, soluções e formas adequadas aos aprimoramento do trabalho pedagógico e a consolidação da identidade da escola; - Analisar os impactos pedagógicas implantadas; das medidas administrativas e - Documentar todas as ações educativas visando preservar a história da instituição de ensino, e também como subsídio aos avanços pedagógicos; - Acompanhar o período de adaptação dos alunos da 5ª séries com os colegas,professores, horários, utilização do material escolar, uso dos espaços educativos e normas regimentais; Realizar os estudos e pesquisas, trocando experiências profissionais, aprendendo e ensinando com atitudes participativa e de trabalho coletivo compartilhado; D- Garantir direito de que a Educação básica seja todos, públicas, gratuitas, pautada como democráticas, inclusiva, transformadora que respeita a divisibilidade cultural. Detalhamento - Incentivar e colaborar na realização de atividades pedagógicas que contribuam para eliminar as práticas educativas elitistas, preconceituosas; discriminatórias, segregacionistas, reconhecendo a diversidade cultural e especificidades raciais e étnicas; - Viabilizar a política de inclusão prestando assessoramento técnico ao corpo docente para melhoria qualitativa do atendimento pedagógico dos alunos portadores de necessidades educacionais especiais. E- Consolidar encaminhamento, a participação discussão, da avanço comunidade execução e escolar no avaliação do processo educacional. Detalhamento - Coordenar reuniões com a comunidade escolar para estudos sobre o Regimento Escolar; - Compartilhar com os pais e alunos a responsabilidade na conservação e preservação dos espaços físicos, equipamentos da escola, livros didáticos e paradidáticos; mobiliários, - Participar, subsidiar colaborar democraticamente suas práticas na realização das avaliações institucional; - Assegurar aos pais dos alunos informações sobre o processo e resultados escolares de seus filhos; Viabilizar o fortalecimento de canais de participação da comunidade no espaço escolar; O plano de ação da equipe pedagógica será avaliado bimestralmente em reunião especifica. 7.9 Função da Direção 7.9.1Objetivos Gerais: A realidade social vive um permanente processo de transformação, e a escola deve ser agente de transformação social,política, pedagógica e administrativa, contribuindo assim para a melhoria do ensino. Toda ação metodológica exige conhecimentos, reflexões e recursos a serem utilizados para o desenvolvimento do educando, deve estar contextualizada com a realidade do aluno e os acontecimentos social e mundial. Nessas condições é fundamental que a comunidade contribua para a consolidação do Plano Escolar envolvendo-se em discussões com diretor, professores, professor pedagogo para que coletivamente, assumam a proposta da ação mantenedora, porque educação é uma ação coletiva. Este plano de ação se fundamenta nos seguintes focos de atenção prioritários, a permanência do aluno na escola, o desenvolvimento continuo da competência do professor e o envolvimento da comunidade. Garantir permanência dos alunos na escola tendo em vista avanços na direção de um ensino de boa qualidade; visando um trabalho em conjunto Escola/ Comunidade; Estimular a participação dos alunos e professores na construção do saber crítico no mundo em que estão inserido, incentivando a sensibilidade da política, da igualdade e a auto-estima para a formação de um aluno ativo e participativo do seu conhecimento, a procura de caminhos adequados para a realização pessoal e o direito a uma vida com dignidade, participação, respeito e cidadania; Desenvolver integração entre alunos, professores, professor pedagogo, visando a melhoria do rendimento escolar; Dar assistência aos professores, pais, alunos, professor pedagogo e funcionários na realização do processo educativo, visando o desenvolvimento integral do aluno, Proporcionar aos professores momentos que permitam a reflexão da pratica do trabalho escolar, possibilitando aos mesmos uma concepção mais clara dos conteúdos. 7.9.2 Ações: Este plano visa um trabalho em conjunto Escola e Comunidade com o objetivo de caminharmos com a participação e no desempenho de todos priorizando: Oferecer ao educando um clima escolar que favoreça o seu aprendizado de forma critica sistemática e progressiva; Integrar as atividades extra-curriculares ao currículo com atividades esportivas, gincana cultura, artística, além de exposições (interesse de globalizar o conhecimento), produção de testos analisados em sala de aula e publicados; Promover exposições no mês de julho de trabalhos realizados pelos alunos para que a comunidade tome conhecimento e valorize-os; Promover a formação do Grêmio estudantil, (para o inicio de 2006); Aprimorar o Conselho de classe; Respeitar o Calendário escolar aprovado pelo N.R.E.; Acatar as normas estabelecidas pela SEED; Procurar o N.R.E. para sanar quaisquer duvidas, sejam de ordem pedagógica ou administrativa, (ao longo de 2006/2007); Divulgar cursos, reuniões e demais documentos, visando a interação dos professores e funcionários; Apoiar a divisão de responsabilidades com a atuação de representantes de turmas, (inicio de 2006/2007); Incentivar o trabalho de unidades professor pedagogo, administrativo e docentes; Valorizar a figura do professor e funcionários junto à comunidade; Incentivar os grupos de estudos, visando o aperfeiçoamento da competência dos professores do estabelecimento; Estimular para que nos anos 2006/2007 todos os professores, equipe e funcionários participem da formação continuada através de grupos de estudos, trocas de experiências, projeto Folhas, etc... Articulação ao longo dos dois anos com setores públicos e comunidade desenvolvendo parcerias que resultem na melhoria de ensino em beneficio aos educandos; Promover reuniões bimestrais com os pais, informando-os sobre o funcionamento da escola e rendimento escolar dos seus filhos; Manter o trabalho em harmonia com Conselho Escolar e A.P.M.F. ( Associação de Pais, Mestres e Funcionários), visando a integração da escola e comunidade; Planejar cronograma escolar, datas comemorativas Escola/Comunidade, no inicio do período letivo; Juntamente Escola e Comunidade no primeiro semestre de 2006, desenvolver o paisagismo e colocar lixeiros no pátio do estabelecimento de Ensino, bem como a conscientização dos educandos no uso dos mesmos; Promover em parceria Escola/Comunidade, promoções culturais e sociais objetivando a integração entre os mesmos e angariar fundos para aquisição de materiais necessários no dia-a-dia da escola, (com cronograma no primeiro bimestre de 2006 para os dois anos); Continuar trabalhando junto à comunidade, para conseguirmos a realização dos projetos já encaminhados à FUNDEPAR; Conseguir junto aos órgãos competentes a reforma do prédio e quadra esportiva; O referencial aqui exposto aponta para uma proposta de ação que privilegia o trabalho escolar, tendo como núcleo/base a integração Escola/Comunidade. Ao assumirmos esta proposta devemos ter clareza da concepção que a educação nos orienta em nosso trabalho. 7.8.3RESPONSÁVEL: Direção, Professor Pedagogo, Professores, Conselho Escolar, A.P.M.F., Pais, Alunos e Funcionários Cronograma: Ações a serem desenvolvidas ao longo dos dois (02) anos. Avaliação Do Plano De Ação: A avaliação será na sua totalidade, com a finalidade de rever os objetivos que não foram alcançados e quais as razões de não serem atingidos, e os que venham a serem incluídos como momento de repensar, discutir, analisar, aprimorar e ampliar. Cabe a este momento assegurar, garantir e ampliar o conhecimento de cada um, visando a criação de novos valores, da exposição clara das idéias de mundo, do raciocínio correto, que tornam os modos de pensar de maneira critica com poder de argumentação e participação da construção de uma cidadania melhor, para seu desenvolvimento dentro da sociedade. A avaliação é compreendida com um conjunto de atuação que tem a função de alimentar, sustentar e orientar o trabalho. 8 PROJETOS A escola desenvolverá projetos em diferentes áreas do conhecimento, com conjunto de ações contínuas e interligadas, voltadas para um objetivo de caráter educativos, social, cultural, afetivo e cientifico. Em cada projeto consta as idéias, as intenções, as metodologias, os recursos e avaliação. Os projetos que serão desenvolvidos são: Agenda 21 – Incentivando a leitura e a oralidade Sexualidade e adolescentes Valorização da vida da criança e do adolescente Drogas- prevenção, tratamento e desafios para a escola. 9 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 9.1 Avaliação do Projeto Político Pedagógico. A avaliação do Projeto Político Pedagógico será feita ao final de cada ano letivo, com a participação de todos os envolvidos na sua elaboração. Serão analisados todos os itens do projeto Político Pedagógico a fim de verificar se os objetivos propostos foram alcançados ou não e qual a razão de não terem sido atingidos. Esse será o momento de repensar, discutir e direcionar novas ações administrativas e pedagógicas, para soluções dos mesmos. A avaliação terá como principal objetivo, garantir e assegurar a filosofia da Escola que é o de estabelecer entre professores e alunos, excelente relacionamento afetivo e de confiança, que permita conhecer a história e personalidade de cada um, para que então sejam auxiliados na aprendizagem de conteúdos e valores éticos, como motivação ideal para que superem dificuldades, formando assim, pessoas conscientes, críticas e voltadas para o desenvolvimento da sociedade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL, Ministério da Educação, Assessoria de Comunicação Social. Estatuto da Criança e do Adolescente/ Assessoria de Comunicação Social – Brasília: MEC, 2004. BRASIL, Ministério da Educação. 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