faculdade de ciências da saúde de são paulo pós

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faculdade de ciências da saúde de são paulo pós
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE SÃO PAULO
PÓS-GRADUAÇÃO EM FLORALTERAPIA
Déficit de atenção e hiperatividade: um estudo de caso utilizando a
Floralterapia.
DINORÁ REGINA PEREIRA LIMA
SÃO PAULO/SP
2010
DINORÁ REGINA PEREIRA LIMA
Déficit de atenção e hiperatividade: um estudo de caso utilizando a
Floralterapia.
Monografia do curso de pós-graduação
em Floralterapia da Faculdade
de Ciências da Saúde de São Paulo.
Orientadora: Profª Michelly E. Paschuino
2010
DINORÁ REGINA PEREIRA LIMA
Déficit de atenção e hiperatividade: um estudo de caso utilizando a
Floralterapia.
Monografia do curso de pós-graduação
em Floralterapia da Faculdade
de Ciências da Saúde de São Paulo.
Aprovado em _____/_____/______:
______________________________________________________________________
Profª Marcia Cristina Oliveira Fernandes
__________________________________________________________
Profª Luciana Chammas
__________________________________________________________
Profª Monica Cervini
2010
Dedico esta pesquisa a todos aqueles,
que de alguma forma participam da
Casa do Zezinho
AGRADECIMENTO
Agradeço a minha família pela paciência e compreensão.
A todos os professores, tão importantes no meu contínuo desenvolvimento.
A Viviane, Viviam e Bia pelo carinho, dedicação e exemplo.
A Michelly pelas pontuações sempre pertinentes, entusiasmo contagiante e paciência
ímpar.
“A vida não nos exige sacrifícios inatingíveis; ela nos
pede que façamos nosso caminho com alegria no
coração e que sejamos uma bênção para os que nos
rodeiam, de forma que, se deixarmos o mundo
apenas um pouquinho melhor do que era antes da
nossa visita, teremos cumprido a nossa missão.”
Dr. Bach
RESUMO
O presente trabalho trata-se de uma pesquisa sobre a possível atuação da
Floralterapia, como tratamento complementar em saúde, para os casos de TDAH em
crianças na fase escolar. O estudo foi realizado com 46 crianças, de ambos os
sexos, com idades entre 9 e 11 anos, que são assistidas pela entidade Casa do
Zezinho. Os florais Clematis, Fórmula do Aprendizado e Fórmula Ecológica foram
aspergidos por 2 meses em uma sala de aula que apresentava cerca de 35% de
alunos portadores do transtorno. Os resultados mostraram que houve um aumento
no rendimento dos alunos, assim como aumento da auto-estima, da força de
vontade, disposição e atenção. Os resultados levam a sugerir que a utilização da
Floralterapia se apresenta como uma opção de tratamento terapêutico eficaz,
simples, acessível e segura; complementar à terapêutica utilizada para os quadros
de TDAH.
Palavras chave: Floralterapia; TDAH.
ABSTRACT
This paper comes to be a research about the possible role of Flower Therapy, as a
complementary health treatment, to cases of children in scholar phase with AttentionDeficit/Hyperactivity Disorder (ADHD). The research was conducted with 46 children,
both genders, aged between 9 to 11 years old, helped by de institution Casa do
Zezinho, located in São Paulo. The floral essences Clematis, Apprenticeship
Formula and Ecological Formula were sprinkled for two months in a classroom where
approximately 35% of the students would present ADHD disorder. The results
showed that there was an increase in student performance, as well as an increase in
their self-esteem, willpower, liveliness and attention. The results suggest that the use
of Flower Therapy shows itself as an effective therapeutic treatment, simple,
accessible and safe; complementary to the therapeutic to ADHD cases.
Key-words: Flower Therapy; ADHD
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Medicamentos Comumente Utilizados no Tratamento de TDAH......35
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Flor da Essência Floral Clematis.................................................................34
Figura 2 – Flor de Salvia componente da Essência Floral Fórmula do
Aprendizado...............................................................................................................35
Figura 3 – Flor de Margarites componente da Essência Floral Fórmula do
Aprendizado...............................................................................................................36
Figura 4 – Flor de Lavandula componente da Essência Floral Fórmula do
Aprendizado...............................................................................................................38
Figura 5 – Flor de Rosmarinus componente da Essência Floral Fórmula do
Aprendizado...............................................................................................................39
Figura 6 – Flor de Taraxacum componente da Essência Floral Fórmula do
Aprendizado...............................................................................................................40
Figura 7 – Flor de Piperita componente da Essência Floral Fórmula do
Aprendizado...............................................................................................................42
Figura 8 – Flor de Tabebuia componente da Essência Floral Fórmula do
Aprendizado...............................................................................................................43
Figura 9 – Flor de Lantana componente da Essência Floral Fórmula do
Aprendizado...............................................................................................................44
Figura 10 – Flor de Sonchus componente da Essência Floral Fórmula do
Aprendizado...............................................................................................................46
Figura 11 – Flor de Camellia componente da Essência Floral Fórmula
Ecológica...................................................................................................................47
Figura 12 – Flor de Millefolium componente da Essência Floral Fórmula
Ecológica...................................................................................................................48
Figura 13 – Flor de Artemísia componente da Essência Floral Fórmula
Ecológica...................................................................................................................49
Figura 14 – Flor de Silene componente da Essência Floral Fórmula
Ecológica...................................................................................................................50
Figura 15 – Flor de Impatiens componente da Essência Floral Fórmula
Ecológica...................................................................................................................51
Figura 16 – Flor de Vernonia componente da Essência Floral Fórmula
Ecológica...................................................................................................................53
SUMÁRIO
Introdução.................................................................................................................12
Objetivo.....................................................................................................................13
1 Floralterapia...........................................................................................................14
1.1 As Essências Florais..........................................................................................14
1.2 Dr. Edward Bach.................................................................................................14
1.2.1 Filosofia do Dr. Bach.........................................................................................17
1.2.2 Preparação........................................................................................................18
1.3 Mecanismo de atuação dos florais...................................................................19
1.4 Assinatura...........................................................................................................19
1.5 As essências florais de Minas...........................................................................20
1.5.1 Histórico.............................................................................................................20
1.6 Fundamentação da Floralterapia......................................................................21
1.6.1 As essências florais e a física quântica.............................................................21
1.7 Regulamentação da Floralterapia segundo a ANVISA...................................22
1.8 Regulamentação da Floralterapia nos hospitais do Rio de Janeiro..............22
2 Conceitos sobre TDAH (ADD)..............................................................................23
2.1 O que é TDAH (ADD)..........................................................................................23
2.1.1 Histórico.............................................................................................................24
2.1.2 Comportamento.................................................................................................25
2.1.3 Etiologia.............................................................................................................27
2.1.4 Os quatro tipos de TDAH..................................................................................28
2.1.5 Diagnóstico........................................................................................................31
2.1.6 Tratamento........................................................................................................31
3 A Floralterapia como Terapêutica para o TDAH.................................................33
3.1 As essências florais indicadas.........................................................................33
3.1.1 Clematis (Clematis vitalba)................................................................................33
3.1.2 Fórmula de aprendizado....................................................................................35
3.1.3 Fórmula Ecológica.............................................................................................47
4 Arte integrativa......................................................................................................55
5 Casa do Zezinho....................................................................................................56
6 Métodos..................................................................................................................57
6.1 Método.................................................................................................................57
6.2 Voluntários..........................................................................................................57
6.3 TCLE....................................................................................................................57
6.4 Local da Realização...........................................................................................57
6.5 Procedimento......................................................................................................58
6.5.1 Questionário e Pintura de mandala...................................................................58
6.5.2 Aplicação da Floralterapia.................................................................................58
6.6 Tabulação de dados...........................................................................................58
7 Resultados.............................................................................................................60
7.1 Resultados obtidos através da análise dos questionários............................60
7.2 Resultados obtidos através da análise de arte integrativa............................70
7.2.1 Mandala voluntário 1, sexo masculino..............................................................71
7.2.2 Mandala voluntário 2, sexo feminino.................................................................72
7.2.3 Mandala voluntário 3, sexo masculino..............................................................73
8 Discussão...............................................................................................................74
CONCLUSÃO............................................................................................................76
REFERÊNCIAS..........................................................................................................77
APÊNDICE A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assinado............83
APÊNDICE B – Depoimento escrito da educadora (por e-mail)...........................84
ANEXO A – Instrução Normativa nº 9, de 17 de Agosto de 2009.........................85
ANEXO B – O projeto de lei 5.471 de 10 de junho de 2009...................................90
ANEXO C – SNAP-IV.................................................................................................91
ANEXO D – Mandala utilizada na pesquisa............................................................93
Introdução
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) considerado
como o transtorno de desenvolvimento infantil mais diagnosticado na atualidade é,
frequentemente, um desafio no contexto social e familiar, principalmente para os
educadores que mesclam as funções de ensinar, formar e integrar a criança à
sociedade.
Segundo Landskron (2008) o TDAH tem sido considerado o transtorno
neurocomportamental mais comum na infância e a condição de doença crônica de
maior prevalência na idade escolar. Ele é caracterizado por sintomas de desatenção,
hiperatividade e impulsividade, sendo pouco conhecido da população em geral e até
mesmo da área médica.
Com o ideal de construir uma sociedade mais justa e igualitária, onde a
cidadania e o desenvolvimento humano sejam permeados pela ética, a Casa do
Zezinho – uma organização não governamental que atende criança e jovens
carentes na zona sul de São Paulo – possui várias crianças com Déficit de Atenção,
em suas salas de atividades. Este índice de transtorno gera dificuldades, para os
professores da instituição interessados em educar e cuidar, mas principalmente para
as crianças que são injustamente classificadas e discriminadas pelo comportamento
diferenciado.
Como perspectiva de tratamento natural e não invasivo, a Terapia Floral
se apresenta como uma ferramenta positiva aplicada ao TDAH. A Terapia Floral
constitui um método complementar de tratamento largamente utilizado na
terapêutica de várias patologias em todo mundo, se caracterizando por atuar nos
níveis mais sutis da vida existente.
Utilizados isoladamente ou em conjunto com a medicação alopática, a
Floralterapia vem se firmando como opção de tratamento suave, sutil e profundo,
sendo recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) por serem
excelentes para o auto-cuidado e não oferecerem danos à saúde.
Objetivo
O objetivo básico desta pesquisa foi avaliar a eficácia terapêutica da
Floralterapia como tratamento complementar para os casos de crianças portadoras
de TDAH, visando melhorar aspectos emocionais e psicológicos.
1 Floralterapia
A Floralterapia é uma abordagem terapêutica que se utiliza das essências
florais para restabelecer o equilíbrio mental, emocional e físico do indivíduo. Foi
elaborada pelo médico inglês Dr. Edward Bach, na década de 30, embasada no
preceito de tratar a doença pela causa e não pelo sintoma. A terapia Floral não
considera apenas o corpo físico, mas preza todos os campos energéticos sutis a
este corpo.
O Dr. Bach deixou um legado de 38 essências florais que serviram de
inspiração e abriram as portas para diversos outros sistemas espalhados pelo
mundo, entre eles o sistema dos Florais de Minas utilizado nesta pesquisa.
1.1 As Essências Florais
Segundo Kaminski (1997), as essências florais são extratos líquidos sutis
de flores, geralmente ingeridos por via oral, usados para tratar profundas questões
do bem estar emocional, do desenvolvimento da alma e da saúde do corpo-mente.
Semelhante a Homeopatia Clássica de Samuel Hahnemann, a Medicina
Antroposófica e a Medicina Herbácea, as essências florais figuram entre os métodos
sutis de cura que não atuam pelo caminho direto via corpo, mas em níveis sutis, que
influenciam o sistema energético do corpo humano.
Uma das razões pelas quais as essências florais parecem afetar a
anatomia sutil humana com tanta intensidade é que elas tendem a conter uma maior
quantidade de energia da força vital das plantas. A flor representa a máxima
realização da planta e contém a mais alta concentração de sua energia vital, pois é
neste local que a maioria é polinizada e se reproduz.
1.2 Dr. Edward Bach
Dr. Edward Bach nasceu em Moseley, arredores de Birmingham, no dia
24 de Setembro de 1886. Era uma criança intuitiva, delicada, mas independente,
com um grande amor pela natureza. Deixou a escola aos 16 anos e passou três
anos na fundição de latão do pai, em Birmingham, a fim de pagar os seus estudos
de medicina (MONAS’FLOWER, 2009).
Em 1912 formou-se pela University College Medical Officer (UCH), e em
1913 se tornou Médico Encarregado de Urgências (Casualty Medical Officer); ainda
no mesmo ano tornou-se Cirurgião de Urgências.
Muito jovem, já tinha noção que a personalidade e as atitudes das
pessoas afetavam o seu estado de saúde e concluiu que, no tratamento médico, o
mais importante era conhecer a personalidade, para compreender os sintomas. O
seu interesse era pelo doente e não pela doença.
Insatisfeito com os limites da medicina convencional e acreditando de
forma progressiva na eficácia de buscar o tratamento da causa da doença, decidiu
seguir seus interesses pela imunologia, tornando-se Bacteriologista Assistente no
UCH (University College Medical Officer) em 1915.
Em 1917 foi acometido de um mal incurável, e mesmo sendo operado, os
médicos lhe deram apenas 3 meses de vida. Com isso, veio a determinação de
concluir o seu trabalho; abandonou o
hospital e fechou-se em seu laboratório
trabalhando em vacinas para doenças crônicas.Com o passar dos dias percebeu
que estava completamente curado, o que o levou a concluir de que seguir a
verdadeira vocação, ter um interesse absorvente ou um propósito definido na vida
era essencial para a saúde espiritual e física (BACH, 2007).
De 1919 a 1922 trabalhou como patologista e bacteriologista, no London
Homeopathic Hospital (Hospital Homeopático de Londres) e nessa fase, ficou
surpreendido pelo fato de que Samuel Hahnemann, o fundador da Homeopatia,
havia reconhecido a importância da personalidade na doença, 150 anos antes.
Combinando estes princípios com os seus conhecimentos da medicinal
convencional, desenvolveu os Sete Nosódios de Bach, que são vacinas orais
baseadas em bactérias intestinais, que purificam a flora intestinal, com excelentes
resultados gerais na saúde do paciente em casos crônicos. Embora a comunidade
médica tivesse adaptado as suas vacinas (que ainda são utilizadas por alguns
homeopatas e outros médicos, nos dias atuais), ele não gostava do fato que,
tratavam-se de bactérias, era ansioso por substituí-las por métodos mais suaves,
possivelmente baseados em plantas.
Durante um jantar, em 1928 observando os convidados daquela refeição,
compreendeu que pertenciam a tipos distintos. A partir daí, chegou à conclusão de
que cada tipo humano reagiria à doença de uma maneira particular, peculiar.
Naquele outono, visitou o País de Gales e trouxe com ele duas plantas, Mimulus e
Impatiens: preparou-as como as vacinas e receitou-as de acordo com a
personalidade do doente, com resultados imediatos e coroados de êxito. Nesse
mesmo ano, acrescentou o Clematis; com estes três florais, estava no limiar do
desenvolvimento de um sistema de medicina inteiramente novo (MONAS’FLOWER,
2009).
Em pleno êxito profissional como clínico e pesquisador, em 1930, com 43
anos de idade, o Dr. Bach encerrou seu laboratório e consultório e foi para o País de
Gales, à procura de mais "florais" na natureza. Numa manhã, ao caminhar por um
campo coberto de orvalho, compreendeu que cada gota de orvalho, aquecida pelo
Sol, adquiria as propriedades curativas da planta na qual se encontrava depositada,
isto o inspirou a desenvolver um método de preparação de "florais" utilizando a água
pura.
Entre 1930 e 1934, Dr. Bach descobriu os 38 remédios florais, que
cobriam todos os aspectos da natureza humana e todos os estados negativos
implícitos a doença e escreveu os fundamentos de sua nova medicina. Neste
período mudou-se para Mount Vernon, em uma pequena casa de Oxford Shire, que
é atualmente a Fundação Dr. Edward Bach Centre.
No final de novembro de 1936, morreu enquanto dormia. Confiou a plena
responsabilidade pela continuidade do seu trabalho aos amigos e colegas e pediu
também que a sua casa continuasse a constituir a fonte de informação sobre a sua
obra.
Por isso ainda hoje, o Bach Centre, em Mount Vernon participa
ativamente na preservação, na educação e na preparação das tinturas-mãe dos
florais. Os Curadores asseguram, assim, a manutenção das tradições e princípios de
pureza, simplicidade e integridade.
1.2.1 Filosofia do Dr. Bach
“A saúde depende de estarmos em harmonia com as nossas almas”.
Dr. Edward Bach
Para o Dr. Bach existem verdades fundamentais a serem reconhecidas
para se entender a natureza da doença. Em seu livro Cura-te a ti mesmo ele
descreve o homem como possuidor de alma, espírito e corpo: a alma é a semente
divina do homem, que guia e orienta, é o Eu Verdadeiro. O espírito seu Ser Divino e
o corpo o abrigo material e temporário para manifestação da Alma, que usa do corpo
para realizar experiências de aprimoramento moral e espiritual. Com esse
entendimento, a doença seria resultado dos conflitos internos ou externos da
personalidade com o real propósito interno de cada um.
Identificando-se com as idéias do médico alemão Samuel Hahnemann, o
pai da homeopatia, Dr. Bach incorporou ao seu sistema a mesma simplicidade de
cura – o semelhante cura o semelhante, concordando com o homeopata que as
causas primordiais do sofrimento físico ou mental estavam na desordem energética
interna.
Segundo Lambert (1997), a saúde e a enfermidade são pólos opostos
decorrentes da harmonia ou desarmonia do ser para com as leis naturais. Quando a
pessoa é afastada da sintonia de integração com a natureza e os princípios naturais,
permite o aparecimento de estados mentais patológicos que levam ao desequilíbrio
e a tornam predisposta e suscetível à enfermidade.
De acordo com suas idéias e filosofia, o sistema terapêutico do Dr. Bach
pode ser resumido da seguinte forma (LAMBERT, 1997):
• Tratar o doente e não a doença;
• Tratar as causas profundas e, conseqüentemente, os efeitos;
• A cura ocorre do interior para o exterior;
Na visão holística do Dr. Bach a cura se dá pela restauração da harmonia
na percepção e os seus remédios florais seriam usados não só pelos médicos, mas
por qualquer pessoa que trabalhe conscientemente pelo seu crescimento e
desenvolvimento mental e espiritual (SCHEFFER, 2008).
1.2.2 Preparação
Dr. Bach coletava as plantas que descobria com muito cuidado,
apanhado-as pelas folhas e caules, evitando tocar nas flores. Depois as colocava
em uma terrina de cristal, com água pura de fonte, sob o sol por várias horas. Ele
sabia que o floral estava pronto quando a água da terrina se enchia de pequenas
bolhas, e as flores tinham murchado. Removia, então, as flores murchas utilizando
ramos ou folhas, para não tocar na água e a despejava em um frasco vazio até a
metade. O frasco era cheio até a boca com conhaque, para conservar e a esse
preparado se dá o nome de Essência-mãe. A este método, que extrai as qualidades
das plantas com o calor vindo do alto é dado o nome de Solar (HEALINGHERBS,
2008).
No método de Ebulição o calor vem fogo, por debaixo da panela. Um
método diferente para problemas diferentes. Nesse processo pequenos ramos com
as florações são fervidos por 30 minutos em uma panela esmaltada. Depois de frio é
engarrafado e conservado em conhaque (HEALINGHERBS, 2008).
Segundo Fernandes (2008) os produtores de essências florais mais
respeitados seguem alguns passos, para a preparação de uma essência floral. Ao
se depararem com uma nova flor, realizam:
• um profundo estudo botânico sobre ela, observando-a em seu habitat e
suas relações com o ambiente, das propriedades físicas e energéticas da planta,
através de seus ciclos de crescimento.
• dedicam-se durante horas a compreenderem as sensações e vibrações
advindas daquela flor,usando a sensibilidade, a intuição estando em sintonia com a
energia da flor.
• organizam dados clarificam as qualidades vibracionais da essência.
• produzem e distribuem para alguns terapeutas que irão comprovar as
pesquisas feitas.
• depois disso, passa a integrar os repertórios divulgados ao público do
mundo todo.
1.3 Mecanismo de atuação dos florais
Os Florais do Dr. Bach figuram entre os métodos sutis de cura,
semelhantes a homeopatia clássica de Samuel
Hahnemann, a medicina
antroposófica e a medicina herbácea. Não atuam pelo caminho direto, via corpo
físico, mas em níveis mais sutis, que influem diretamente no sistema de energia que
constitui os seres humanos.
De acordo com Gerber (2002) as essências florais parecem afetar a
anatomia sutil humana com tanta intensidade por conterem maior quantidade da
energia da força vital das plantas que outros remédios vibracionais. As essências
florais contém padrões energéticos curativos das plantas e um tipo de tintura líquida
da energia de sua força vital. A flor representa a máxima realização da planta e
contém a mais alta concentração de sua energia vital, pois a flor é o local onde a
maioria das plantas são polinizadas.
1.4 Assinatura
Felipe Aurélio Teofrasto Bombasto Von Hohenhein, perpetuado como
Paracelso, viveu no século XVI e foi médico, herbalista, astrólogo, alquimista e
curador. É o autor da Doutrina das Assinaturas – estudo que relacionava as formas
vegetais e as humanas. Ele acreditava que tudo que é criado pela natureza reproduz
a imagem da virtude a que lhe é atribuída, assim associava o uso medicinal e
nutritivo de uma planta ao seu formato e cor.
De acordo com Fernandes (2008) a Doutrina das Assinaturas foi de
grande valia para ajudar os homens a encontrar a cura para seus males no meio
natural. Hoje ela representa uma forma de conservar e resgatar o conhecimento das
comunidades de tradição oral, auxiliando no reconhecimento das plantas cujas
propriedades medicinais foram colocadas em evidência freqüentemente quanto a
sua forma, cor, gosto ou cheiro.
A Doutrina das Assinaturas recebeu reforços, dentre outros, do Dr. Bach
que classificou e separou as flores de acordo com (FERNANDES, 2008):
• Forma e gesto;
• Orientação no espaço e relações geométricas;
• Família botânica;
• Orientações no tempo: ciclos diários e sazonais;
• Relacionamento com o meio ambiente;
• Relacionamento com os quatro elementos da natureza;
• Relacionamentos com outros reinos da natureza;
• Cores;
• Fragrância, textura e sabor;
• Substâncias e processos químicos;
• Uso medicinal;
• Lendas, mitos e rituais;
• Simbologia dos frutos.
1.6 As essências florais de Minas
1.6.1 Histórico
Inspirados pela filosofia e trabalho do Dr. Edward Bach, Breno Marques
da Silva – Doutor em Ciências pela USP – e Ednamara Batista Vasconcelos e
Marques – Pedagoga e Pesquisadora – desenvolveram o sistema Florais de Minas,
cujas essências são extraídas de flores das regiões montanhosas de Minas Gerais.
As técnicas utilizadas na preparação das essências são semelhantes as do Dr.
Bach, na década de trinta.
A instituição Florais de Minas nasceu no ano de 1989 pela necessidade
de consolidar e divulgar as pesquisas dos seus mentores. Desde esta época a
empresa vem passando por inovações e expansões. As essências Florais de Minas
estão estruturadas e classificam-se de acordo com os agrupamentos mentais
propostos pelo Dr. Bach, assim existem essências para o medo, a incerteza, o
desalento, a solidão, entre outras. As descrições de cada essência são
personalizadas e, como na homeopatia clássica, procura tratar o indivíduo e não os
sintomas físicos (SILVA, 2007).
Assim como os Florais do Dr. Bach, os Florais de Minas não substituem
as indicações médicas, pois não são medicamentos. Segundo Silva (2007) a base
da terapia floral de Minas está no reino vegetal que segue sua trilha evolutiva em
total entrega e harmonia. Impregnada deste equilíbrio, as essências florais são como
uma
bebida
especial,
cuidadosamente
elaborada
dentro
dos
princípios
metodológicos e filosóficos do Dr. Bach, que objetiva trazer clareza mental, equilíbrio
emocional e paz de espírito.
1.7 Fundamentação da Floralterapia
1.7.1 As essências florais e a física quântica
A fundamentação da Floralterapia está baseada no paradigma da física
quântica, que demonstrou que tudo, matéria e éter, tem o próprio campo magnético
e a própria freqüência de vibrações harmônicas. Com esta descoberta, os seres
humanos passam a ser vistos como campos de energia que se interpenetram e se
influenciam reciprocamente. Dentro desta abordagem, mais recentemente, David
Chalmers, matemático e filósofo, transpõe a dualidade matéria e energia para a
tríade matéria,energia e consciência como configuração da realidade do mundo.
Chalmers considera estes três elementos inseparáveis e interdependentes
combinando-se em infinitas probabilidades e alternâncias determinando a estrutura
do todo.
A consciência, então, se expressa através de campos que envolvem e
interpenetram as manifestações da matéria e da energia. Esses campos
conscienciais se relacionam através de ressonância e se movem por intenção
(CERVINI, 2008).
A ressonância é o mecanismo através do qual os campos se relacionam,
segundo a teoria dos Campos Mórficos, de Rupert Sheldrake – semelhante
influencia semelhante através do espaço/tempo. “Nesta comunicação entre dois
campos específicos, há inicialmente apenas uma transferência de informação e não
de energia” (GRILLO, 2009, p. 07).
1.8 Regulamentação da Floralterapia segundo a ANVISA
Conforme publicação da ANVISA em Instrução Normativa de 17 de
Agosto de 2009, que cita os florais no §2º do item IV do Artigo 4º (Anexo A).
1.9 Regulamentação da Floralterapia nos hospitais do Rio de Janeiro
Conforme projeto de lei sancionado em junho de 2009, que cria um
programa de terapia floral nos hospitais do Estado do Rio de Janeiro (Anexo B).
2 Conceitos sobre TDAH (ADD)
2.1 O que é TDAH (ADD)
O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH), ou ADD
(Attention Deficit Disorder) é um distúrbio neurobiológico crônico e biopsicossocial,
ou seja, parece haver fortes fatores genéticos, biológicos, sociais e vivenciais que
contribuem para a intensidade de problemas relacionados com a falta de atenção,
hiperatividade e impulsividade. Ele é reconhecido oficialmente por vários países e
pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em alguns países, como nos Estados
Unidos, portadores de TDAH são protegidos pela lei quanto a receberem tratamento
diferenciado na escola. Foi comprovado que o TDAH atinge 3% a 6% da população
durante toda a vida e até hoje é muito desconhecido, inclusive por muitos
profissionais da saúde, que tratam apenas de suas conseqüências (GOLDSTEIN,
2006).
Trata-se
de
uma
disfunção
originária
de
um
distúrbio
dos
neurotransmissores, responsáveis pelo transporte dos impulsos nervosos nos
neurônios, em que a dopamina, ao nível do pré-frontal, deixa de irrigar o sistema
gerando na criança, um déficit de atenção e/ ou hiperatividade. De acordo com Silva
(2003, p.16) o Distúrbio de Déficit de Atenção (DDA) é uma
síndrome caracterizada por um distúrbio comportamental/atitudinal típico
que muitas vezes pode vir acompanhado da tríade desatenção,
hiperatividade e impulsividade, podendo ou não apresentar hiperatividade
física, mas, jamais deixará de apresentar forte tendência à dispersão.
A falta do diagnóstico e tratamento correto gera grandes prejuízos ao
longo da vida da criança afetando seu futuro profissional, social, pessoal e afetivo.
Sem tratamento, outros distúrbios vão se associando (comorbidades), a auto-estima
fica cada vez mais comprometida, e a pessoa vai se isolando do mundo, sentindo-se
muitas vezes um "estranho fora do ninho" (PARTEL, 2009).
Diagnóstico precoce e tratamento adequado podem reduzir drasticamente
os conflitos familiares, escolares, comportamentais e psicológicos vividos por essas
pessoas. Acredita-se que, através de diagnóstico e tratamento corretos, um grande
número dos problemas, como repetência escolar e abandono dos estudos,
depressão,
distúrbios
de
comportamento,
problemas
vocacionais
e
de
relacionamento, bem como abuso de drogas, pode ser adequadamente tratado ou,
até mesmo, evitado.
2.1.1 Histórico
Este capítulo foi extraído da seguinte bibliografia: Diabinhos: Tudo sobre o
Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (ADD) – Fernando Lage Bastos
(1999).
Trabalhos científicos sobre comportamentos de agitação e falta de atenção
foram feitos desde o começo do século XX, como um trabalho feito pelo
médico George Frederic Still em 1902.
Still descreveu um grupo de 20 crianças que se comportavam de maneira
excessivamente emocional, desafiadora, passional e agressiva e que
mostravam resistentes à qualquer tipo de ação com o objetivo de tornar o
comportamento delas mais aceitável. O grupo tinha uma proporção de 3
meninos para cada menina e era composto de crianças que não tinham
indícios de maus tratos pelos pais. Still especulou que devido à ausência de
maus tratos, os problemas destas crianças deveriam ser de origem
biológica. A hipótese ganhou mais força ainda quando Still notou que alguns
membros das famílias das crianças eram portadoras de problemas
psiquiátricos como depressão, alcoolismo, problemas de conduta, etc.
(HALLOWELL et al.,1994- p.271).
O simples fato que Still propôs uma base biológica para o problema, embora
a evidência definitiva ainda demorou mais algumas décadas para chegar, já
foi um grande passo. Antes disso, as crianças e os pais eram considerados
responsáveis pela "falha moral" e o tratamento era freqüentemente feito
através do uso de castigos e punições físicas. Os manuais de pediatria da
época eram repletos de explicações de como bater em crianças e
afirmavam necessidade deste tipo de tratamento.
As observações e deduções de Still influenciaram o "pai" da psicologia
Norte-Americana, Willian James que especulou que estes distúrbios de
comportamento seriam devido à problemas na função inibitória do cérebro
em relação à estímulos ou à algum problema no córtex cerebral onde o
intelecto acabava se dissociando da "vontade" ou conduta social.
Em 1934, Eugene Kahn e Louis H. Cohen publicaram um artigo no famoso
"The New England Journal of Medicine" afirmando que havia uma base
biológica para a hiperatividade baseado em um estudo feito com pacientes
vítimas da epidemia de encefalite de 1917-1918. Os autores deste artigo
foram os primeiros à mostrar uma relação entre uma doença e os sintomas
da ADD (falta de atenção, impulsividade e hiperatividade).
Em 1937, Charles Bradley mostrou mais uma linha de relação da ADD com
o biológico através da descoberta acidental de que alguns estimulantes, as
anfetaminas ajudavam crianças hiperativas a se concentrar melhor. Esta
descoberta foi contrária à lógica tradicional, pois os estimulantes em adultos
produziam um aumento de atividade no sistema nervoso central enquanto o
inverso acontecia em crianças com ADD. O porquê deste fenômeno ainda
iria ficar mais algumas décadas sem resposta.
Em pouco tempo as pessoas com este problema receberam uma nova e
obscura descrição: "Disfunção Cerebral Mínima" e começavam a serem
tratadas com dois estimulantes que tinham se demonstrado muito eficazes
no tratamento do problema (Ritalina e Cyclert).
Em 1957, Maurice Laufer tentou associar os problemas da "síndrome
hipercinética" com o tálamo, estrutura cerebral responsável pela filtragem de
sinais somáticos provenientes do resto do corpo. Embora esta hipótese não
pudesse ser provada, era o começo da ligação entre a ADD e alguma
estrutura cerebral.
Nos anos 60 as observações clínicas se tornaram mais apuradas e ficou
cada vez mais aparente que a síndrome tinha alguma origem biológica e
talvez até genética, absolvendo os pais da culpa pelo problema
definitivamente na comunidade científica. A população em geral continuou
culpando os pais, como ainda acontece até hoje em populações menos
informadas.
No final dos anos 60 muito já era sabido sobre ADD, mas a falta de novas
evidências ligando a síndrome às bases biológicas começou a criar
discussões sobre a existência da síndrome. Muitos acreditavam que o
transtorno eram uma tentativa de livrar os pais de culpa por seus filhos
mimados e mal comportados. Depois deste período de incerteza novas
descobertas começaram a serem feitas ligando os problemas associados
com a ADD com certos tipos de neurotransmissores.
Em 1970, C. KORNETSKY propôs a hipótese de que a ADD poderia estar
ligada à problemas com certos neurotransmissores como a Dopamina e a
Norepinefrina. Embora a hipótese seja coerente, as pesquisas realizadas
desde então na tentativa de comprovar o efeito destes neurotransmissores
na ADD ainda não obtiveram sucesso. Embora não se saiba qual é o
neurotransmissor específico ligado à ADD, muitos pesquisadores acreditam
que o ADD é um problema de desequilíbrio químico no cérebro e estudos
recentes somados à aparente melhora obtida através da psicofarmacologia
parecem confirmar esta hipótese.
Na década de 1980, vários autores como MATTES E GUALTIERI e
CHELUNE (apud HALLOWELL ET. al.) especularam sobre o envolvimento
dos lobos frontais no ADD devido à semelhança de sintomas apresentados
por pacientes de ADD e aqueles que sofreram danos ao lobos frontais
devido a acidentes ou outros problemas. Em 1984, LOU et. al. (apud
HALLOWELL ET al.) acharam evidências de uma deficiência de circulação
sangüínea no lobos frontais e no hemisfério esquerdo de pessoas
portadoras de ADD. Todos estes achados forma confirmados em 1990 por
ZAMETKIN (apud HALLOWELL ET al.) graças ao desenvolvimento de
novas tecnologias como o PET (Tomografia por Emissão de Pósitrons), que
mostravam o funcionamento do cérebro in vivo. Através de exame de PET
comparativo entre pessoas diagnosticadas com ADD e controles,
ZAMETKIN notou que os cérebros de pessoas com ADD tinham um
consumo de energia cerca de 8% menor do que o normal e, que as áreas
mais afetadas eram os lobos pré-frontais e pré-motores. Estes são
responsáveis pela regulação e controle do comportamento, dos impulsos e
dos atos baseado nas informações recebidas de áreas mais primitivas do
cérebro como o tálamo e sistema límbico. Conforme estas novas evidências
começaram a surgir e ficou claro que a ADD estava realmente associada à
alterações do metabolismo cerebral, acabou-se definitivamente com a
dúvida sobre a real existência da síndrome e sua ligação biológica.
2.1.2 Comportamento
Algumas crianças com TDAH (DDA) são difíceis de serem cuidadas antes
mesmo dos 3 anos de idade por serem muito ativas, irritáveis, temperamentais,
autoritárias, podendo ainda ter distúrbio de sono e/ou alimentar. A maioria das
crianças só são avaliadas e diagnosticadas após o ingresso no período escolar ao
apresentar prejuízo no aprendizado e/ou nos relacionamentos com colegas,
professores ou pais. Isso porque os 3 sintomas mais marcantes do TDAH (DDA) – a
distração, a impulsividade e a grande atividade, num grau mais leve, são comuns
nas crianças em geral, daí muitas ficarem sem diagnóstico.
Além de distraída, a criança ou adolescente com TDAH tem enorme
dificuldade em sustentar a atenção durante muito tempo numa mesma tarefa, sem
interrompê-la por inúmeras vezes. Porém quando motivados ou desafiados por
situações inovadoras (televisão, vídeo-game, salas de bate-papo, etc.), eles têm um
poder de hiperconcentração, nem se dando conta do que acontece à sua volta. Os
hiperativo-impulsivos são incapazes de planejar, selecionar com antecedência, para
depois executar algo. Eles não conseguem controlar, inibir seus impulsos:
dificilmente ficam quietos num lugar por muito tempo, podem ser muito falantes, falar
sem pensar, interromper a fala dos outros, jogos, responder as questões antes de
serem totalmente formuladas, comer muito, comprar muito, etc. “São crianças que
costumam receber designações pejorativas como: bicho-carpinteiro, elétricas,
desengonçadas, pestinhas, diabinhos, desajeitadas” (SILVA, 2009, pg. 11).
Essa falta de autocontrole pode ser o terror de muitos pais e/ou
professores, que sentem-se incapazes de colocar limites caso não conheçam o
transtorno e como lidar com ele. Geralmente são desorganizados com seu material
escolar, sua mochila, sua mesa, gavetas e principalmente com o planejamento de
suas tarefas, estudos, empurrando-os sempre para a última hora.
Problemas de memória são freqüentes: esquecem nomes, datas de
trabalhos, provas, perdem ou esquecem objetos com facilidade. Também têm muita
dificuldade em notar, interpretar dicas e regras sociais: sempre querem fazer tudo
"do seu jeito, no seu tempo". Isso explica muitas vezes a dificuldade de viver
adequadamente em sociedade, seus desencontros nos relacionamentos sociais e
pessoais (PARTEL, 2009). A criança ou adolescente com TDAH (DDA) não sabe
lidar com fracasso, frustração. Estão sempre ansiosos, sentem-se incompreendidos
e irritam-se com facilidade. O transtorno gera uma real incapacidade na criança ou
no adolescente de controlar sua própria vontade ou comportamento, relacionando-os
com a passagem do tempo: muitos são incapazes de ter em mente futuros objetivos
e/ou medir as conseqüências negativas de seus atos impulsivos a longo prazo.
Segundo Mattos (2008), é mais comum que os portadores do TDAH
tenham problemas de comportamento do que de notas. Eles cometem muitos erros
por desatenção e não estudam o suficiente porque não conseguem ficar com um
livro muito tempo, o que pode ocasionar repetências. O desempenho pode ser
abaixo do esperado em relação aos seus pares e ao seu potencial, mas o TDAH
ocorre em qualquer faixa de inteligência.
De acordo com Partel (2009) crianças ou adolescentes com TDAH (DDA)
sentem-se muito melhor quando após serem diagnosticadas, fazem um tratamento
focado, onde os seus problemas e dificuldades são trabalhados e suas qualidades
são realçadas e alimentadas, visando sempre a melhoria de sua auto-estima e o
respeito aos seus limites.
2.1.3 Etiologia
O fator hereditário é o mais importante. Múltiplos genes estariam
envolvidos, o que justificaria a heterogeneidade do quadro clínico. Já foi sugerido
que
toxinas,
problemas
no
desenvolvimento,
alimentação,
ferimentos
ou
malformação, problemas familiares e hereditariedade seriam as possíveis causas
para o surgimento do TDAH. Mas pesquisas mostram diferenças significativas na
estrutura e no funcionamento do cérebro de pessoas com TDAH, particularmente
nas áreas do hemisfério direito do cérebro, no córtex pré-frontal, gânglios da base,
corpo caloso e cerebelo. Esses estudos estruturais e metabólicos, somados a
estudos genéticos e sobre a família, bem como a pesquisas sobre reação a drogas,
demonstram claramente que o TDAH é um transtorno neurobiológico. Apesar da
intensidade dos problemas experimentados pelos portadores do TDAH variar de
acordo com suas experiências de vida, está claro que a genética é o fator básico na
determinação do aparecimento dos sintomas do TDAH.
2.1.5 Os quatro tipos de TDAH
Para caracterizar os quatro tipos de TDAH, segue abaixo um poema
cômico inglês:
A História de Philip das mãozinhas sem paz
“Deixem-me ver se Philip é capaz
De ser bom rapaz
Deixem-me ver se ele vai saber
Sentar-se quieto na hora de comer”.
Assim papai mandou Phil se comportar;
E muito séria mamãe parecia estar
Mas Phil das mãozinhas sem paz,
Não fica sentado quieto jamais
Remexe-se, o corpo, as mãozinhas
E também dá risadinhas
E então, posso declarar
Para frente e para trás põe-se a balançar,
Inclinando sua cadeira,
Como se fosse um cavalinho de madeira
“Philip, não estou de brincadeira!”
Vejam como é levada, e não se cansa
Cada vez mais selvagem essa criança
Até que a cadeira cai de vez no chão
Philip grita com toda a força do pulmão,
Segura-se na toalha, mas agora
Agora mesmo é que a coisa piora.
Cai tudo no chão, e como cai
Copos, garfos , facas e tudo mais
Que caretas e choramingos mamãe fez
Ao ver tudo aquilo cair de uma vez!
E papai fez cara de tão feroz!
Philip se encontra em maus lençóis...
(poema cômico publicado no jornal inglês Lancet, em 1904, apud Hallowel e
Ratey, 1999)
Segundo Goldstein (2006), as características do TDAH aparecem logo na
primeira infância e é caracterizada por comportamentos crônicos, com duração de
no mínimo 6 meses, que se instalam definitivamente antes dos 7 anos. Atualmente,
4 subtipos de TDAH foram classificados:
1. TDAH - tipo desatento - a pessoa apresenta, pelo menos, seis das
seguintes características:
•
Não enxerga detalhes ou faz erros por falta de cuidado.
•
Dificuldade em manter a atenção.
•
Parece não ouvir.
•
Dificuldade em seguir instruções.
•
Dificuldade na organização.
•
Evita/não gosta de tarefas que exigem um esforço mental prolongado.
•
Freqüentemente perde os objetos necessários para uma atividade.
•
Distrai-se com facilidade.
•
Esquecimento nas atividades diárias.
2. TDAH - tipo hiperativo/impulsivo - é definido se a pessoa apresenta
seis das seguintes características:
•
Inquietação, mexendo as mãos e os pés ou se remexendo na cadeira.
•
Dificuldade em permanecer sentada.
•
Corre sem destino ou sobe nas coisas excessivamente (em adultos, há
um sentimento subjetivo de inquietação).
•
Dificuldade em engajar-se numa atividade silenciosamente.
•
Fala excessivamente.
•
Responde a perguntas antes delas serem formuladas.
•
Age como se fosse movida a motor.
•
Dificuldade em esperar sua vez.
•
Interrompe e se intromete.
3. TDAH - tipo combinado - é caracterizado pela pessoa que apresenta
os dois conjuntos de critérios dos tipos desatento e hiperativo/impulsivo.
4. TDAH - tipo não específico - a pessoa apresenta algumas
características, mas número insuficiente de sintomas para chegar a um diagnóstico
completo. Esses sintomas, no entanto, desequilibram a vida diária.
Na idade escolar, crianças com TDAH apresentam uma maior
probabilidade de repetência, evasão escolar, baixo rendimento acadêmico e
dificuldades emocionais e de relacionamento social. Supõe-se que os sintomas do
TDAH sejam catalisadores, tornando as crianças vulneráveis ao fracasso nas duas
áreas mais importantes para um bom desenvolvimento - a escola e o relacionamento
com os colegas.
O TDAH é com freqüência apresentado, erroneamente, como um tipo
específico de problema de aprendizagem. Ao contrário, é um distúrbio de realização.
Sabe-se que as crianças com TDAH são capazes de aprender, mas têm dificuldade
em se sair bem na escola devido ao impacto que os sintomas do TDAH têm sobre
uma boa atuação. Por outro lado, 20% a 30% das crianças com TDAH também
apresentam um problema de aprendizagem, o que complica ainda mais a
identificação correta e o tratamento adequado. Pessoas que apresentaram sintomas
de TDAH na infância demonstraram uma probabilidade maior de desenvolver
problemas relacionados com comportamento opositivo desafiador, delinqüência,
transtorno de conduta, depressão e ansiedade.
Relatos sobre adultos com TDAH mostram que eles enfrentam problemas
sérios de comportamento anti-social, desempenho educacional e profissional pouco
satisfatórios, depressão, ansiedade e abuso de substâncias. Infelizmente, muitos
adultos de hoje não foram diagnosticados como crianças com TDAH. Cresceram
lutando com uma deficiência que, freqüentemente, passou sem diagnóstico, foi mal
diagnosticada ou, então, incorretamente tratada (GOLDSTEIN, 2006).
2.1.5 Diagnóstico
A esperança começa com o diagnóstico. Mais do que acontece com a
maioria dos distúrbios, o simples fato de diagnosticar um poderoso efeito
terapêutico. Os muros de anos de incompreensão começam a desabar sob
a força de uma explanação lúcida da causa dos problemas do indivíduo.
Enquanto no caso de outras condições médicas, o diagnóstico determina a
direção do tratamento, no caso do DDA o diagnóstico é em grande parte, o
tratamento, pois proporciona por si só um grande alívio (...). Tudo o mais no
tratamento evolui de forma lógica a partir do entendimento do diagnóstico.
(HALLOWELL; RATEY, 1999 apud Araújo 2007, p. 20).
O diagnóstico do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade
pede uma avaliação ampla e deve ser realizado pelo médico, em especial o
psiquiatra, por meio de:
•
História clínica,
•
Testes e avaliações, como o questionários ASRS-18 e SNAP-IV.
•
Exames complementares, tais como exames de sangue, avaliação da
visão e audição, exames neurológicos e de imagens para descartar diagnósticos
diferenciais.
2.1.6 Tratamento
A recomendação para o tratamento do TDAH é a associação de
medicamentos, orientação aos pais e professores e técnicas específicas que são
ensinadas ao portador. A medicação é considerada muito importante no tratamento,
pois em 80% dos casos ajuda a pessoa a concentrar-se, a terminar suas tarefas
sem interrupções, reduz a impulsividade e a agitação.
Os medicamentos mais comumente utilizados no Brasil são:
Tabela 1
Princípios
Ativos
Cloridrato de
bupropiona
Nome Comum
Wellbutrin; Zyban
Grupo
Farmacológico
Inibidor seletivo
da captação
neuronal de
catecolaminas
(ADT)
Cloridrato de
clonidina
Clonidina; Atesina
Agonistaantagonista;
Alfa-adrenérgico
(ADT)
Pamoato de
imipramina;
Cloridrato de
imipramina
Tofranil pamoato;
Tofranil
Cloridrato de
metilfenidato;
Metlfenidato
Ritalina;
Rispiridona
Inibidor da
recaptação de
noradrenalina e
serotonina,
(MAO)
Inibição da
captação
dopaminérgica,
(MAO)
Cloridrato de
nortriptilina
Pamelor
Inibição da
recaptação de
serotonina,
(ADT)
Indicação
Reações adversas
Síndrome
depressiva;
tratamento de
supressão do
tabaco em
pacientes fumantes
Tratamento de
hipertensão;
Tratamento da
“síndrome de
abstinência de
opiáceos”
Síndrome do
pânico, depressiva;
doença maníacodepressiva;
ansiedade
Estimulante do
SNC; Tratamento
de déficit de
atenção;
narcolepsia.
Agitação; boca seca;
cefaléias; tremores;
anorexia; urticária
Síndrome
depressiva;
neurose reativa;
síndrome do
climatério
Depressão mental;
enjôo; sonolência;
constipação
Visão turva;
sonolência; tontura;
crises convulsivas;
aumento de peso;
rigidez muscular
Taquicardia;
hipertensão arterial;
febre; coceiras;
movimentos
descontrolados do
corpo
Sonolência;
constipação; insônia;
mal estar; dor de
cabeça
Fonte: Bulário da Anvisa, 2009.
Segundo Mattos (2008) a psicoterapia,o tratamento com fonoaudiólogo e,
quando necessário, o treino em técnicas de reabilitação da atenção também
produzem bons resultados.
3 A Floralterapia como terapêutica para o TDAH
Por ser um sistema terapêutico simples, acessível e universal, pois é livre
de sistemas de crenças e ideologias, a terapia floral pode se tornar uma forma de
tratamento complementar, já que não exclui o tratamento médico convencional. Os
florais atuam nas emoções e pensamentos, corrigindo conflitos psicológicos e
desequilíbrios comportamentais de forma análoga a homeopatia – “semelhante cura
semelhante” podendo, portanto, representar uma opção para minimizar o distúrbio
comportamental provocado pelo TDAH.
Além de ser uma terapia recomendada pela Organização Mundial da
Saúde (OMS), não possui contra-indicação, nem efeitos colaterais.
3.1 As essências florais indicadas
O trabalho se desenvolveu com uma essência floral do sistema Bach –
Clematis – e dois compostos florais do sistema Florais de Minas – Fórmula de
Aprendizado e Fórmula Ecológica.
3.1.1 Clematis (Clematis vitalba)
Clematis faz parte dos doze primeiros florais descobertos pelo Dr. Bach,
que são conhecidos como florais de tipo, ou seja, relacionados ao temperamento
básico de cada indivíduo. A maioria das pessoas se encaixa a um destes doze
primeiros florais, também chamados de Curadores.
Figura 1 – Flor da Essência Floral - Clematis
Fonte: Bernd Liebermann
Nome científico: Clematis vitalba
Família: Ranunculaceae
Sinonímia: cipó do reino, vide branca, vitalba, clematite, clematite-branca
Clematis se encarapita sobre as outras plantas, crescendo em solo
calcáreo. Suas sementes parecem penas esperando que sejam sopradas para
começar de novo em algum outro lugar, longe do solo firme, escalando em direção
ao céu. Clematis cresce em cima de outras plantas, buscando outros para suportála. As flores branco marfim, sem forma claramente definida, lembram uma nuvem
macia e pálida. Quando todas as folhas e flores morrem, se vê a massa emaranhada
de seus caules mortos que se espalharam sobre as plantas e árvores, nas quais
subiu durante a época de crescimento.
Clematis é para aqueles que são sonhadores, meio sonolentos, que não
estão totalmente acordados, e não têm grande interesse pela vida. Pessoas caladas,
pouco satisfeitas com as circunstâncias atuais, vivendo mais no futuro que no
presente (HEALINGHERBS, 2008).
Para aqueles que parecem um tanto confusos, desorientados, desatentos,
distraídos. Perdidos nos seus pensamentos podem apresentar memória fraca, pois
desinteressados não se esforçam para prestar a devida atenção (SCHEFFER,
2008).
O floral ajuda as pessoas Clematis a ter foco, ancoramento e enfrentar a
vida com criatividade e alegria de viver
3.1.2 Fórmula de aprendizado
Formulação útil nas dificuldades gerais de aprendizado (concentração,
percepção, assimilação, síntese, desempenho, performance, memorização) e
também quando há necessidade de um certo amadurecimento psicológico. Pode ser
usada nos casos de crianças desatentas na escola ou em crianças especiais. Para
aqueles que sentem necessidade, em algum momento da vida, de extrair o máximo
de proveito das lições pertinentes às suas experiências mais significativas, pois
sentem que estão sempre repetindo erros.
Esta fórmula é composta pelas essências de: Salvia, Margarites,
Lavandula, Rosmarinus, Taraxacum, Piperita, Tabebuia, Lantana e Sonchus. É uma
das mais utilizadas, tanto para o aprendizado da vida quanto para a aprendizagem
escolar, pois é ótimo para questões como: atenção, amadurecimento, síntese,
globalização e convivência mútua.
Figura 2 – Flor de Salvia componente da Essência Floral Fórmula do
Aprendizado
Fonte: Photographers direct.com
Nome científico: Salvia officinalis L.
Família: Labiadas
Sinonímia: Sálvia-de-jardim, Salva, Salva-das-boticas, Salva-dos-jardins,
Salva-ordinária, Chá-da-grécia, Sauge (francês), Sage (inglês), Salvia (italiano),
Gartensalbei (alemão), Salvia (espanhol).
Erva de origem mediterrânea, porém bastante cultivada nos quintais do
Brasil. Forma moitas muito densas, lenhosas na base e com ramos que se renovam
todos os anos. Atinge no máximo uns sessenta centímetros de altura. As folhas são
opostas e de formatos diversas, às vezes lanceoladas ou elípticas e lanceoladas,
levemente crenadas, espessas ou reticuladas. Possui flores azuis com matizes
violáceos, agrupadas em espigas, nas extremidades das hastes, com cheiro forte
aromático.
A sálvia foi e é considerada a maior panacéia médica vegetal de todos os
tempos. É indicada para debilidade geral de origem nervosa, problemas estomacais,
hemorragias, tosse crônica, edemas, laringites, entre outros. O nome sálvia está
conectado com salbia, indicativo de sabedoria; em inglês sage, que literalmente
significa sábia e no latim salvius que quer dizer salvo, são curado. Há, portanto uma
estreita conexão entre cura e sabedoria na raiz etimológica do nome desta planta
(SILVA, 1997).
Para aqueles que têm muita dificuldade em, "digerir" as experiências da
vida, repetem com freqüência os mesmos erros e, as vezes, colocam-se em
situações difíceis por não perceberem os sinais a sua volta; são indivíduos
apressados, impacientes, desatentos, não interessados em se deterem em
minúcias, pois querem apenas cumprir suas obrigações até o final do dia.
Figura 3 – Flor de Margarites componente da Essência Floral Fórmula do
Aprendizado
Fonte: Vicent Martinez C.
Nome científico: Chrysanthemum maximum
Família: Compostas
Sinonímia: Margarida-comum, Margarida-de-jardim
É uma das plantas mais populares dos jardins. Herbácea, da família das
Compostas, tem caules retos, folhas verde-escuras, moles e serrilhadas nos bordos.
Os capítulos florais se apresentam na forma de um disco central, onde
ficam alojadas as verdadeiras flores amarelas e tubulares, e envolvendo o disco
aparecem as lingüetas brancas (as pétalas). No tapete central amarelo e redondo,
todas as flores são hermafroditas, apresentando ora um sexo, ora outro.
O nome Margarida vem do grego margarites, que quer dizer pérola ou
alguma coisa preciosa. As pérolas ou margaridas do mar são concreções e
materializações de potências astrais na água, são como olhos das deusas
marinhas. As pérolas e as margaridas favorecem e desenvolvem a visão
etérica, a intuição e a vidência. Além disso, da mesma forma que a
Margarida, as pérolas adequadamente solubilizadas e diluídas são
preconizadas contra as oftalmias. No Oriente, depois da Flor de Lótus, a
Margarida se faz presente nas iconografias dos santos e iogues,
representando o conhecimento mandálico, globalizado e intuitivo. Numa
acepção mais ampla do termo, Margarida quer dizer algo que contém um
conjunto grande de dados ou informações, que podem ser concatenados
para os fins mais diversos, dependendo do enfoque que alguma inteligência
superior lhes resolve dar...Cada pétala branca da Margarida sugere um
ponto de vista puro, uma idéia latente, um dado, uma informação que, com
o calor e o fogo do tapete central, a voz da mente e do coração, a intuição,
podem servir para o propósito maior do espírito universal (SILVA, 1994, pg.
121).
Para indivíduos com uma visão fragmentária da vida e que não
conseguem correlacionar os eventos, devido à ilusão que as aparências externas
lhes causam. Essa essência permite englobar muitas informações num todo
integrado, ajudando a galgar novos estágios de consciência. Harmoniza as funções
glandulares, regulando e integrando seu funcionamento. Contribui também para a
dinamização plena do fluxo energético entre os lóbulos cerebrais direito e esquerdo,
intuitivo e racional. Ótimo para disléxicos e, recomendável para pessoas especiais
ou com dificuldades de aprendizado.
Figura 4 – Flor de Lavandula componente da Essência Floral Fórmula do
Aprendizado
Fonte: Henriette Kress
Nome científico: Lavandula officinalis
Família: Labiatae
Sinonímia popular: Lavanda, alfazema, lavândula, nardo, espicanardo
Subarbusto perene, de 30 a 60 cm de altura, muito ramificado. Folhas
opostas, pontudas, estreitas, verde acinzentadas, com 2 a 5 cm de comprimento.
Flores em espigas têm vários tons, que vão do malva até o violeta, e se comprimem
em volta de uma única haste. O caule é quadrado e se torna lenhoso. Cresce bem
em solos arenosos e calcários. Prefere locais ensolarados e bem drenados,
protegidos do vento.
Cresce principalmente nas regiões quentes do Mediterrâneo, encontrada
aclimatada e nativa em diferentes pontos do globo. Desde há muito conhecida e
utilizada pela Humanidade. Batizada de nardus pelos gregos, assim batizada por
causa de Naarda, cidade síria à beira do rio Eufrates. A tranqüilidade e a pureza são
inerentes à fragrância de lavanda.
Perfume fresco e limpo era o aditivo de banho preferido dos gregos e
romanos, e o nome deriva do latim lavare (lavar). Conta-se que a peste não chegava
aos fabricantes de luva de Grasse, pois eles usavam a alfazema para perfumar o
couro. Isso fez com que as pessoas na época andassem sempre com alfazema.
Durante as duas Grandes Guerras, a alfazema foi utilizada para limpar os
ferimentos; seu óleo vem sendo testado em bandagens cirúrgicas.
Na África as flores e folhas são usadas contra maus-tratos maritais.
Significa universalmente pureza, castidade, longevidade, felicidade. Dormir sobre
ramos de lavanda abranda a depressão.
Para aquelas pessoas talentosas, capazes e com suficiente força de
vontade, que estão sempre perseguindo seus objetivos, porém nunca conseguem
finalizar seus projetos. São pessoas que mentalmente ocultam seu próprio potencial
criativo, procurando através de comparações, colocarem-se negativamente abaixo
dos outros. Coadjuvante nas dificuldades de aprendizado em geral e no
desenvolvimento e integração de pessoas especiais.
Figura 5 – Flor de Rosmarinus componente da Essência Floral Fórmula
do Aprendizado
Fonte: www.rz.uni-karlsruhe.de
Nome Científico: Rosmarinus officinalis,
Família: Lamiaceae
Sinonímia:
alecrim-da-horta,
alecrim,
alecrim-de-jardim,
alecrim-de-cheiro,
alecrim-rosmarino,
alecrim-rosmarinho,
libanotis,
alecrim-rosmarino,
alecrinzeiro, erva-da-graça, rosmarino.
O alecrim é uma espécie arbustiva, muito ramificada, que pode alcançar
1,5 metros de altura. Seu nome científico Rosmarinus significa em latim "orvalho que
vem do mar", essa denominação foi dada pelos romanos devido ao aroma da planta,
que vegetava espontaneamente em regiões litorâneas. As hastes do alecrim são
lenhosas e as folhas são filiformes, pequenas e sempre verdes na parte superior e
esbranquiçadas no verso, com pêlos finos e curtos. As flores são axilares e podem
ser azuis, brancas, roxas ou róseas. Floresce durante o ano todo. São muitas as
variedades de alecrim, com portes maiores ou menores e cores diferentes de folhas
e flores.
Desde tempos imemoriais, o alecrim tem sido objeto de muitas lendas. Os
gregos o denominavam “flor por excelência” e dela se serviam para cobrir suas
cabeças em festas místicas. Nos casamentos era símbolo de fidelidade e enfeitava a
grinalda da noiva, Era usado como oráculo e embebido no vinho, era servido como
forma de assegurar plena felicidade.
Foi consagrada como emblema da fecundidade e já teve uso nos rituais
fúnebres. Acreditava-se que o alecrim era eficiente contra os venenos, contra a gota,
que fazia crescer cabelo, curava vertigens, ansiedade e pesadelos. Os benzedeiros
místicos o utilizam em defumações, nos exorcismos e em preces de proteção aos
doentes. É também considerada uma panacéia da medicina popular (SILVA, 1997).
Para pessoas que vivem quase constantemente afastadas da realidade
perceptiva, envoltas em um mundo próprio de fantasias e sonhos. Apresentam-se
com olhares perdidos, ares de indiferença e parecem estar ausentes psiquicamente,
apesar da presença física. Caracterizam-se ainda por serem passivas, desatentas,
distraídas, imaginativas, sonolentas, esquecidas e insensíveis às estimulações
externas. Têm a memória fraca, e os detalhes são lembrados com muita dificuldade.
Figura 6 – Flor de Taraxacum componente da Essência Floral Fórmula do
Aprendizado
Fonte: Colin Bower
Nome científico: Taraxacum officinalis
Família: Compostas
Sinonímia: Dente de leão, taraxaco, chicória amarga, almeirão, serralha
(port.), dandelion (ingl.), piss em lit (frança), soffione (Itália).
Planta pequena, de até 35 cm, caracterizada por apresentar rizoma
cônico, curto e ramificado, de sabor agridoce. Folhas de sabor amargo, denteadas,
que formam uma roseta basal de onde partem os talos floríferos, coroados por um
capítulo amarelo. Cresce em solos úmidos e ricos em nitrogênio, em altitudes de até
2000metros e é considerada uma planta invasora.
Segundo Silva (1997) sua denominação vem das formas de suas folhas,
recortadas em forma de dentes agudos e curvos. A essência da flor ajuda com
certos “dentes sutis”, a digerir melhor as idéias e sentimentos e a interagir com as
experiências da vida. O termo latino Taraxacum vem do grego taraxis, que significa
catarata, uma doença dos olhos caracterizada pela opacidade do cristalino. Os
gregos já utilizavam esta planta para aquelas personalidades que tem uma visão
grosseira e desfocada da vida. A mitologia dizia que as folhas do dente de leão
deveriam ser mastigadas por aqueles que cruzassem o rio Stix, que separaria o
inferno da terra.
As flores do dente de leão se abrem às cinco da manhã e se fecham no
final da tarde, sendo por isso chamada pelos suíços de relógio de pastor. Existe
ainda a crença de que quando suas sementes saem voando na ausência de vento,
seria um indicativo de chuva eminente.
Para aqueles que têm também dificuldades de expressão oral, de
encadeamento de raciocínios longos, e ainda podem ser propensas a um certo
vocabulário grosseiro e poluído, reflexo de um modo impuro de pensar. Esta
essência “alarga” os conceitos mais amplos de vontade e de aprendizado espirituais.
Figura 7 – Flor de Piperita componente da Essência Floral Fórmula do
Aprendizado
Fonte: Nancy J. Ondra
Nome científico: Mentha piperita L.
Família: Lameáceas
Sinonímia: hortelã-pimenta, hortelã, hortelã das cozinha, menta inglesa,
hortelã de cheiro, hortelã de folha miúda, hortelã de tempero, hortelã comum, hortelã
cultivada, hortelã da horta, menthe anglaise, menthe oivrée, menta piperita,
peppermint.
Mentha piperita é uma espécie híbrida, resultante do cruzamento
espontâneo entre duas outras espécies de menta, a hortelã-verde, Mentha viridis (L.)
e a hortelã aquática, M. aquática L., que cresce entre os 30 e os 60 centímetros.
Esta variedade possui uma rede extensa de rizomas subterrâneos que originam
numerosos caules, com folhas lanceoladas, opostas e dentadas, pilosas na face
interna, e flores lilases dispostas em espigas terminais. A planta cresce
preferencialmente em solos fofos, úmidos, bem drenados, ricos e de preferência
arenosos, em locais com alguma iluminação.
O nome da erva está relacionado com a mitologia grega. Reza a lenda
que uma ninfa chamada Menthe, filha do deus do rio, Cocyte, seria amada por
Plutão, deus do inferno, e que a mulher deste, Perséfone, num acesso de ira
transformou Menthe numa planta rasteira, cujo destino era crescer na entrada de
cavernas rochosas. Assim, o nome botânico da hortelã provém de Menthe,
claramente um atributo à ninfa, e uma alusão ao local de crescimento da planta.
De acordo com Silva (1997) antigamente o dízimo era pago com menta,
anis e cominho. Em Atenas as pessoas a usavam amplamente, esfregando-a nos
braços, talvez pelos seus efeitos desodorizantes e sensibilizantes. Na Idade Média
era utilizada como antídoto do cheiro do tabaco, vegetal esse tão ligado à
supersensibilidade física e sensorial. O óleo de hortelã é usado em rituais para
clarear as idéias e acalmar os nervos e ao mesmo tempo para atrair as coisas boas
da vida.
Para o indivíduo física e mentalmente lento. A pessoa pensa, fala e
move-se devagar e também reage muito vagarosamente frente às excitações
externas. A pessoa está sempre chegando atrasada aos compromissos, demora em
terminar todas as suas atividades e acaba sofrendo isoladamente dos outros, que
geralmente perdem a paciência com ela. Têm um raciocínio lento; a mente e os
sentimentos estão
sempre
desfocados da
situação.
Há
aqui
perdas de
concentração, não por devaneios, mas por atraso.
Figura 8 – Flor de Tabebuia componente da Essência Floral Fórmula do
Aprendizado
Fonte: http://www.jardimdeflores.com.br/floresefolhas
Nome científico: Tabebuia chrysotricha
Família: Bignoniaceae
Sinonímia: pau-d’arco-amarelo, ipê-do-morro, ipê-tabaco, ipê-amarelocascudo, ipê-açu, aipe.
O nome científico Tabebuia, de origem tupi-guarani, significa pau ou
madeira que flutua. É denominada, pelos índios, de caxeta, árvore que nasce na
zona litorânea do Brasil, cuja madeira íntegra (inatacável) resiste ao apodrecimento.
O nome ipê, de origem Tupi, significa árvore de casca grossa.
Devido à exuberância do florescimento dos ipês, dezenas de poesias,
contos e sonetos foram produzidos por escritores e poetas. Citado na obra
Macunaíma de Mário de Andrade e em obra de Castro Alves, o ipê é consagrado
como símbolo de força e resistência.
Na medicina doméstica, a casca e a entrecasca são empregadas, na
forma de gargarejos, com a infusão, como adstringente, nos casos de estomatite e
de úlceras da garganta. Os ipês também são empregados contra a flacidez dos
tecidos, provavelmente por analogia à extrema dureza do caule e à forte resistência
à putrefação. A tabebuia, que tem forte analogia sonora com Aleluia ou “Tábua-boa”,
é uma “tábua de salvação” que pode ajudar àquele solitário que, mesmo estando
imerso nas águas bravias da dor e do sofrimento, pode resistir infinitamente, por
honra e glória do Criador (SILVA, 1997).
Auxilia na capacidade de concentração mental, evitando a excessiva
dispersão de idéias. Para todas as condições em que há dispersão energética que
impede a transição de etapas ou um novo recomeço. Para aquela alma que precisa
concentrar e potencializar todos os seus recursos internos para obter a recuperação.
Figura 9 – Flor de Lantana componente da Essência Floral Fórmula do
Aprendizado
Fonte: http://www.rain-tree.com/Plant-Images/Lantana_camara_p3jpg.jpg
Nome Científico: Lantana camara
Família: Verbenaceae
Sinonímia: cambará, lantana, verbena, cambarazinho, lantana-cambará,
verbena-arbustiva, cambará - miúdo, cambará-de-cheiro, cambará - verdadeiro
Arbusto semi-herbáceo muito ramificado de caule quadrangular, folhas
ovais rugosas e de forte odor. Flores pequenas tubulares reunidas em inflorescência
pequena ao longo dos ramos em diversas cores, inclusive bicolores, com floração o
ano inteiro. Têm propriedades balsâmicas, diuréticas, estimulantes, expectorantes e
tônicas. É indicada para infecções respiratórias, reumatismo, febre alergias
respiratórias e infecções de ouvido.
Silva (1997) esclarece que o nome da planta está ligado aos conceitos de
camarada e camaradagem, portanto, de convivência amistosa, fraterna e leal. Por
sua vez, o nome Lantana vem do grego lanthan, que significa “local fechado” ou
“esconderijo”. A idéia de união e entendimento entre individualidades separadas esta
consagrada neste nome através dos elementos químicos lantanídios. Este grupo de
átomos químicos é encontrado na natureza em conjunto e, a despeito de suas
particularidades, combinam harmoniosamente entre si.
Trata-se de uma essência floral apropriada para a harmonização de
grupos humanos reunidos em assembléias, congressos, locais de trabalho, escolas,
hospitais, casas de detenção, creches, asilos, retiros, meditações, viagens, festas,
simpósios e quadras de diversão em geral. É indicado para as situações que exigem
a necessidade de equilíbrio entre a manifestação individual e coletiva, entre o saber
ouvir e o saber falar ou quando o propósito grupal necessita de elevação em seu
padrão vibratório. Ajuda a pessoa a captar em maior profundidade a psique do outro,
criando assim um plano de maior entendimento mútuo.
Figura 10 – Flor de Sonchus componente da Essência Floral Fórmula do
Aprendizado
Fonte: http://www.natureinthecity.org/coppermine/albums
Nome Científico: Sonchus oleraceus
Família: Asteraceae
Sinonímia: chicória-brava; serralha-lisa; ciúmo; serralheira; serralhabranca.
A serralha, embora nativa da Europa, da Ásia e do norte da África,
adaptou-se bem às regiões frias do território brasileiro. A sonchus oleraceus é muito
parecida com o dente-de-leão, que produz flores amarelas. No Brasil, alastrou-se
como erva daninha nas pastagens. Cabras e bovinos apreciam as folhas e diz-se
que sua ingestão aumenta a produção de leite. Suas folhas novas são comestíveis e
podem ser usadas em saladas e refogados. É digestiva, diurética, cicatrizante e
diminui os índices de glicose do sangue.
É uma planta que produz seiva leitosa, trazendo um certo ancoramento
maternal. Entretanto, o aspecto mais importante é a sua preferência em crescer
rente aos portões, esses obstáculos físicos que cercam as casas. “Ao atravessá-los
nos deparamos com aqueles pequenos ‘soizinhos’, que parecem querer sempre nos
incentivar. A essência permeia-nos de fé quando temos de enfrentar os obstáculos
da vida” (SILVA, 1997, p. 283).
Para os indivíduos pessimistas, que se desanimam com muita facilidade
frente ao menor obstáculo, e que tendem à depressão quando surge alguma
insinuação de fracasso. Para aqueles negativistas que estão lançando dúvidas sobre
as boas perspectivas, faltando-lhes um mínimo de fé.
3.1.3 Fórmula Ecológica
Fórmula
floral
para
situações
que
exigem
equilíbrio
entre
as
manifestações individuais e coletivas ou onde e quando o padrão vibratório
ambiental precisa ser elevado. Para quando se faz necessário captar em maior
profundidade a psique alheia, criando assim um clima de maior entendimento mútuo.
Deve ser empregada nos agrupamentos humanos ou mesmo no convívio de
animais, sempre quando há necessidade de atenuar rixas, distúrbios, interesses
divergentes, agressividade mútua.
Esta fórmula é composta das essências de: Lantana, Camelli, Millefolium,
Artemísia, Silene, Impatiens e Vernonia.
Figura 11 – Flor de Camellia componente da Essência Floral Fórmula
Ecológica
Fonte: http://www.made-in-china.com/image
Nome Científico: Camellia japônica
Família: Theaceae
Sinonímia: Camélia, japoneira
São grandes arbustos de folhas verdes e brilhantes, com flores grandes e
alvas ou vermelhas e rajadas. Florescem abundantemente de março a abril, com a
curiosa característica de não deixarem cair as flores, mesmo murchas. As flores
brancas escurecem facilmente quando tocadas pela mão, refletindo assim o
desamor instalado no coração humano.
Essa planta no passado era considerada mágica e usada nas evocações
angélicas. Segundo Paracelso, quando ela é convenientemente destilada, produz
um azeite de grande valor médico, destinado à alimentação de lâmpadas
empregadas nos rituais teúrgicos, permitindo a conexão com as entidades mais
evoluídas e bondosas.
Embora não haja nenhum emprego médico descrito, uma variedade de
Camélia, o Chá-da-índia, tem sido utilizado como beberagem tônica, devido ao alto
teor em cafeína (SILVA,1997).
Para ausência de amor expressa na forma de ódio, inveja, ciúme,
ganância, desconfiança, sentimentos de vingança, malícia, amargura, raiva,
agressividade, sectarismo, racismo, intolerância, mágoa, crueldade e violência.
Ajuda na percepção do amor que vem das profundezas d alma e que não tem nada
de pessoal, pleno de compaixão e benevolência e de um sentido de unidade.
Figura 12 – Flor de Millefolium componente da Essência Floral Fórmula
Ecológica
Fonte: http://www.nature-diary.co.uk/nn-images/0411/041102-achillea-millefolium.jpg
Nome Científico: Achillea millefolium
Família: Asteraceae
Sinonímia: mil - folhas, mil-em-rama, erva-do-carpinteiro, erva-de-sãojosé, erva-dos-juízes
Os talos da planta sobem retos até cerca de um metro de altura; são
roliços, endurecem com a idade e têm alguma pelosidade. Suas folhas são fendidas,
dando a impressão de serem múltiplas, o que originou o nome mil - folhas e suas
variantes. Têm cheiro balsâmico e gosto amargo e adstringente, devido ao princípio
ativo aquileína. A disposição das flores brancas ou rosadas lembra um guardachuva, assim a idéia de proteção do conjunto floral é muito aparente. Têm ainda
enorme capacidade de sobrevivência e adaptabilidade em condições adversas. Nos
lugares onde nenhuma outra planta conseguiria sobreviver, ela é capaz de proliferar
em abundância.
Na mitologia, Aquiles curou-se de uma hemorragia com as folhas do
milefólio, daí o nome Achillea ou Aquiléia. No passado, os juízes, após darem suas
sentenças, batiam com um ramo dessa planta sobre a mesa, como que querendo se
proteger das reações psíquicas adversas dos réus, razão de outro de seus nomes,
Erva-dos-juízes. A denominação de Erva-do-carpinteiro e Erva-de-são-josé tem
origem lendária comum: José, sendo carpinteiro, certo dia se feriu, e o menino Jesus
foi buscar uma erva para curá-lo, que era o milefólio (SILVA, 1997).
Para os indivíduos que estão atravessando mudanças que lhes podem
ser dolorosas. Para a personalidade supersensível às idéias de terceiros, aos
ambientes circundantes e ás influências dos outros. Deve ser ministrada durante os
estágios de transição espiritual, psíquica ou biológica (dentição, puberdade,
menopausa, andropausa, gravidez, amputação de membros, separação, divórcio,
mudanças de trabalho, moradia, etc.)
Figura 13 – Flor de Artemísia componente da Essência Floral Fórmula
Ecológica
Fonte: http://www.floralimages.co.uk/images
Nome Científico: Artemísia vulgaris
Família: Asteraceae
Sinonímia: erva-de-são-joão, flor-de-diana, rainha-das-ervas, erva-de-fogo
É uma erva que atinge cerca de um metro de altura, com folhas bem
recortadas, fendidas, verdes na parte superior e esbranquiçadas por baixo. Possue
muitas flores miúdas de coloração amarelo-claras; seus frutos são pequenas bagas
que escurecem gradativamente com o tempo.
Artemísia vem de Artêmis, a deusa da caçadora de animais ferozes, que
presidia os partos e socorria as mulheres doentes. A Artemísia é uma medicação
clássica no tratamento das moléstias do útero e daquelas provenientes de
resfriamento. As flores são reputadas como emenagogas, febrífugas, vermífugas,
antiespasmódicas, estimulantes e tônicas.
Em grego, artemísia significa “integridade” e por extensão “boa saúde”. A
Artemísia cumpre um papel importante de “parto” no corpo humano, num sentido
bem mais amplo. Assim ela é útil não só durnte o parto de um filho, mas na
regulação da menstruação, na expulsão de vermes, na eliminação de líquidos
patologicamente retidos ou quando há necessidade de expulsão de toxinas
psicológicas, pensamentos negativos, ingerências astrais e corpos estranhos.
(SILVA, 1997).
Para limpeza profunda dos corpos mais densos. Para a purificação do
corpo e da mente, em situações traumáticas, quando há necessidade de eliminação
rápida de toxinas psíquicas e físicas.
Figura 14 – Flor de Silene componente da Essência Floral Fórmula
Ecológica
Fonte: Florais de Minas
Nome Científico: Silene armeria
Família: Carifoleáceas
Sinonímia: alfinetes, fel-da-terra, centáurea-menor, silena, Juliana-falsa
De acordo com Silva (1997) é uma herbácea anual, baixa e com caules
delgados, ramificados, com folhas verdes lanceoladas. Cada ramo termina numa
espécie de cimeira pequena e compacta, cheia de flores róseas.
O nome Silene vem de Sileno, deus frígio da mitologia grega. Atribuíamlhe dons proféticos e também a invenção da flauta, sob cujo som se preparava a
atmosfera para a revelação das verdades místicas. Ainda segundo a tradição,
registrada numa fábula de Ovídio, o centauro Chíron serviu-se de uma planta desse
gênero para curar-se de um ferimento que Hércules lhe fizera no pé. Os pés têm o
formato semelhante aos rins e aos ouvidos, sendo também filtros como esses, pois é
através deles que filtramos nossas ações físicas, que “pisamos” nossas atitudes
mais concretas. Assim, a planta contribui no alinhamento superior daquelas
personalidades que “mancam” em suas atitudes mais simples por lhes faltar
sinceridade na convivência mútua.
Para aquelas personalidades que estão sempre falseando em suas
atitudes perante terceiros. Têm muitas dificuldades em contrapor suas próprias
idéias às dos outros e assim, em um diálogo, estão sempre concordando com o
interlocutor. Para aqueles propensos à toda sorte de mentiras e falsidades, do tipo
“camaleão”, ou seja, pra cada instante assumem uma dada postura ou “cor”, para
cada platéia adotam um certo discurso.
Figura 15 – Flor de Impatiens componente da Essência Floral Fórmula
Ecológica
Fonte: Photograph Rajender Krishan June 30, 2005.
Nome Científico: Impatiens walleriana
Família: Balsaminaceae
Sinonímia: beijo-turco, maria-sem-vergonha, beijinho, não-me-toques,
erva-impaciente.
Planta herbácea de caule suculento e noduloso. Folhas ovulares e
denteadas, com flores de cores muito variadas. O nome vulgar maria-sem-vergonha
aparece em alusão à vertiginosa propagação que se dá por meio de sementes,
armazenadas em cápsulas, que maduras, permanecem em constante tensão,
prestes a se romper, sob o menor toque ou aragem, e lançar suas sementes.
O nome latim Impatiens significa “aquilo que não, pode se conter”, em
referência a esses frutos que, provocados, abrem repentinamente suas válvulas e
expelem suas sementes. O fruto, numa cápsula com cinco válvulas elásticas, após
se abrir e atirar as sementes, enrosca-se sobre si mesmo, parecendo uma
mãozinha, fechada. Daí também a razão dos outros nomes populares, não-metoques e erva-impaciente. Essa planta pode ser encontrada cada vez com mais
facilidade e abundância, talvez refletindo a ânsia com que a humanidade tenta
vencer o tempo (SILVA, 1997).
Para aqueles que são rápidos na ação e no pensamento, perdendo
sempre a paciência com pessoas lentas. Para os indivíduos francos e com muita
iniciativa, mas também tensos, irritadiços, nervosos com detalhes, impetuosos,
impulsivos, impacientes, ansiosos e fisicamente inquietos. Coadjuvante na agitação
psicomotora infantil.
Figura 16 – Flor de Vernonia componente da Essência Floral Fórmula
Ecológica
Fonte: www.lyndha.com/zenflora/assapeixe.jpg
Nome Científico: Vernonia polyanthes
Família: Asteraceae
Sinonímia:
assa-peixe-branco,
cambará-branco,
cambará-guacú,
chamarrita.
Planta nativa do Brasil pode atingir até 4 metros de altura, crescendo em
pastagens, beira de estradas e terrenos baldios. Tem folhas moles, ásperas e
compridas e pequeninas flores brancacentas e aromáticas. Possui propriedades
terapêuticas empregadas em casos de gripes pulmonares, bronquites e tosses
rebeldes. Também é benéfica para a eliminação de cálculos renais e o mel de Assapeixe é reputado como curativo e tônico.
É uma planta muito freqüentada por abelhas que se apoderam ao longo
do dia das flores do Assa-peixe, impondo padrões arquitetônicos e organizacionais
sutis e profundos à geometria formal da inflorescência e nas hierarquias energéticas
internas da planta. Assim, o Assa-peixe incorpora as lições de harmonia entre os
papéis individuais e coletivos, tão bem estruturados na hierarquia das abelhas.
Os gregos davam o nome de abelha ao discípulo dos mistérios que
atingia um certo grau, no qual já era capaz de viver “ciente por compaixão”, aberto
às vindas e idas de seus irmãos, pleno e bem posicionado na hierarquia cósmica da
vida (SILVA, 1997).
Para pessoas inconformadas com suas posições na sociedade, no
trabalho ou na família. Para aqueles que se sentem inadequados na hierarquia
profissional e são acometidos por conflitos de autoridade e de insubordinação, não
compreendendo as diferenças de nível e as hierarquias na sociedade humana e,
com freqüência, revoltam-se com a aparente “desordem” de posições. Para crianças
desobedientes, que criam conflitos no relacionamento familiar.
4 Arte integrativa
A arte integrativa, oriunda da arte terapia, é uma abordagem terapêutica
que abrange diferentes visões e forças de pensamento, envolvendo o aspecto físico,
cognitivo e emocional do indivíduo. Utiliza diversas vertentes da arte como a pintura,
a dança, o teatro, a expressão corporal, a colagem, a fotografia, etc. como canal de
expressão e comunicação, além de ser um instrumento de avaliação e prática
terapêutica.
Segundo Paschuino (2009) a arte integrativa proporciona ao profissional
maior flexibilidade e um repertório maior de ferramentas para aplicar na área artística
desejada, adequando a necessidade individual de cada paciente ao momento e as
condições ambientais.
Freud foi pioneiro em observar que o inconsciente humano se expressa
por meio de imagens de conteúdo simbólico que escapam da censura da mente
mais facilmente que as palavras. A arte não visa descobrir talentos artísticos no
sentido comercial, mas descobrir o prazer intrínseco ao ser humano em produzir arte
(PASCHUINO, 2009).
A manifestação artística é um recurso de livre expressão do ser, de sua
realidade e emoções. Favorece o contato com a própria personalidade, através do
autoconhecimento e organização dos sentimentos. De acordo com Leirner (2004) os
desenhos têm o potencial de criar uma ordem externa a partir do caos interno.
Para este trabalho a pintura de mandalas foi escolhida como um dos
instrumentos para análise do domínio psicológico que pode ser entendido como uma
forma de auto-avaliação. Na interpretação das pinturas, segundo os critérios de
Furth (2006), as cores e o modo de distribuição no espaço têm valor significativo e
traduzem de forma específica o estado emocional da criança.
5 Casa do Zezinho
Estas
informações
foram
extraídas
do
site
da
entidade:
www.casadozezinho.org.br .
A Casa do Zezinho é uma organização social não governamental e sem
fins lucrativos, que propõe idéias e atua com o objetivo de interferir na paisagem
social caótica vigente. Estruturou-se como uma comunidade de pessoas que têm
como visão comum a necessidade de construção de uma sociedade onde os
conceitos de desenvolvimento humano, de cidadania e os direitos a ela inerentes
sejam a linha ética mestra da convivência.
Localizada no Parque Santo Antônio, Zona Sul da cidade de São Paulo, a
Casa do Zezinho foi fundada oficialmente em 6 de março de 1994, com uma área
construída de 3.200m².
Atualmente atende cerca de 1.200 crianças e jovens, de 6 a 21 anos,
atuando em toda a rede de relações dos Zezinhos: a escola, a casa, a família, a
comunidade, a saúde, as leis, a cidadania, promovendo seu auto-desenvolvimento e
o reconhecimento de suas potencialidades através do incentivo à curiosidade, ao
prazer pela descoberta e ao aprendizado constante através de um processo de
construção do conhecimento que desenvolve a criação e a reflexão crítica.
Com o objetivo de assegurar o desenvolvimento integral das crianças e
jovens, o projeto oferece complementação pedagógica, educação moral e ética,
orientação
em
saúde,
medicina
complementar,
atendimento
odontológico,
psicológico, acupuntura, naturologia e iridologia, convênios médico e hospitalar e
oftalmológico, atendimento às famílias, alimentação básica e reeducação alimentar.
A Casa também é um Pólo de Prevenção à Violência, trabalho desenvolvido em
parceria com a Fundação ABRINQ e o Instituto Sedes Sapientae.
6 Métodos
6.1 Método
Este é um estudo sobre crianças com TDAH, com uma parte prática,
experimental e outra com pesquisas na literatura médica, psicológica e educacional
abrangendo revistas, livros e artigos científicos datados de 1999 até 2009, nos
idiomas Português, Inglês e Espanhol.
6.2 Voluntários
Participaram da pesquisa 46 crianças, atendidas pela Casa do Zezinho, com
idades entre 9 e 11 anos, de ambos os sexos, sendo que deste total, 16 crianças
apresentavam o distúrbio verificado através do questionário SNAP-IV (Anexo C).
6.3 TCLE
A educadora responsável pelas crianças participantes assinou o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice 1), concordando em participar da
pesquisa e podendo se desligar da mesma a qualquer momento desejado.
6.4 Local da Realização
O trabalho de pesquisa aconteceu nas dependências da Casa do
Zezinho.
6.5 Procedimento
6.5.1 Questionário e Pintura de mandalas
A educadora responsável respondeu na primeira e última sessões de
Floralterapia o questionário que avalia o comportamento das crianças –SNAPIV(Anexo C), e as crianças pintaram mandalas (Anexo D) que avaliam o estado
psicológico nestas respectivas sessões.
6.5.2 Aplicação da Floralterapia
Os participantes utilizaram a Floralterapia, na forma de aspersões durante
2 meses. O composto floral levou em sua composição, para cada 100ml da mistura
álcool e água, 4 gotas da Fórmula de Aprendizado, 4 gotas da Fórmula Ecológica e
2 gotas de Clematis.
A educadora responsável aspergiu o composto floral, em sala de aula, 2 vezes ao
dia pelo período acima mencionado.
6.6 Tabulação de dados
Os dados foram tabulados de acordo com as exigências das respectivas
ferramentas de avaliação, ou seja, o questionário SNAP-IV obedece o critério ditado
pelo Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (DSM-IV) e a
pintura das mandalas obedece a interpretação de desenhos de Gregg M. Furth,
descrita em seu livro O Mundo Secreto dos Desenhos – uma abordagem junguiana
da cura pela arte.
7 Resultados
7.1 Resultados obtidos através da análise dos questionários
De acordo com os resultados da 1ª aplicação do questionário 35% das crianças
apresentaram TDAH.
Após ter recebido a terapia floral, a aplicação do mesmo questionário
revelou que nenhuma criança apresentava o transtorno, ou seja, 0%.
Gráficos relativos a análise dos resultados da 1ª aplicação (antes) e 2ª
aplicação (depois) do questionário SNAP-IV
1. Não consegue prestar muita atenção a detalhes ou comete erros por descuido nos
trabalhos da escola ou tarefas.
Nem um
pouco
19
ANTES
Só um Bastante Demais
pouco
06
08
13
Nem um
pouco
33
DEPOIS
Só um
Bastante Demais
pouco
13
0
0
2. Tem dificuldades de manter a atenção em tarefas ou atividades de lazer.
Nem um
pouco
25
ANTES
Só um
Bastante Demais
pouco
07
08
06
Nem um
pouco
33
DEPOIS
Só um
Bastante Demais
pouco
12
01
0
3. Parece não estar ouvindo quando se fala diretamente com ele.
Nem um
pouco
27
ANTES
Só um
Bastante Demais
pouco
07
03
09
Nem um
pouco
38
DEPOIS
Só um
Bastante Demais
pouco
08
0
0
4. Não segue instruções até o fim e não termina deveres de escola, tarefas ou obrigações.
Nem um
pouco
20
ANTES
Só um
Bastante Demais
pouco
09
05
12
Nem um
pouco
36
DEPOIS
Só um
Bastante Demais
pouco
10
0
0
5. Tem dificuldades para organizar tarefas e atividades.
Nem um
pouco
21
ANTES
Só um
Bastante Demais
pouco
14
04
07
Nem um
pouco
36
DEPOIS
Só um
Bastante Demais
pouco
10
0
0
6. Evita, não gosta ou se envolve contra a vontade em tarefas que exigem esforço mental
prolongado.
Nem um
pouco
18
ANTES
Só um
Bastante Demais
pouco
08
06
14
Nem um
pouco
33
DEPOIS
Só um
Bastante Demais
pouco
13
0
0
7. Perde coisas necessárias para atividades (p. ex: brinquedos, deveres da escola, lápis ou
livros).
Nem um
pouco
24
ANTES
Só um
Bastante Demais
pouco
09
05
08
Nem um
pouco
44
DEPOIS
Só um
Bastante Demais
pouco
02
0
0
Nem um
pouco
12
DEPOIS
Só um
Bastante Demais
pouco
32
02
0
8. Distrai-se com estímulos externos.
Nem um
pouco
02
ANTES
Só um
Bastante Demais
pouco
14
07
23
9. É esquecido em atividades do dia-a-dia.
Nem um
pouco
19
ANTES
Só um Bastante
pouco
10
08
Demais
09
Nem um
pouco
33
DEPOIS
Só um Bastante
pouco
13
0
Demais
0
10. Mexe com as mãos ou com os pés ou se remexe na cadeira.
Nem um
pouco
24
ANTES
Só um Bastante
pouco
16
03
Demais
13
DEPOIS
Só um Bastante
pouco
18
06
Nem um
pouco
22
Demais
0
25
nem um pouco
20
15
só um pouco
10
bastante
5
demais
0
10
11. Sai do lugar na sala de aula ou em outras situações em que se espera que fique sentado.
Nem um
pouco
26
ANTES
Só um
Bastante Demais
pouco
02
03
15
Nem um
pouco
32
DEPOIS
Só um
Bastante Demais
pouco
12
02
0
12. Corre de um lado para o outro ou sobe demais nas coisas em situações em que isto é
inapropriado.
Nem um
pouco
26
ANTES
Só um Bastante
pouco
02
02
Demais
16
Nem um
pouco
37
DEPOIS
Só um Bastante
pouco
09
0
Demais
0
13. Tem dificuldade em brincar ou envolver-se em atividades de lazer de forma calma.
Nem um
pouco
27
ANTES
Só um
Bastante
pouco
04
03
Demais
12
Nem um
pouco
41
DEPOIS
Só um Bastante
pouco
05
0
Demais
0
14. Não para ou frequentemente está a “mil por hora”.
Nem um
pouco
30
ANTES
Só um Bastante
pouco
05
02
Demais
9
Nem um
pouco
35
DEPOIS
Só um Bastante
pouco
11
0
Nem um
pouco
41
DEPOIS
Só um Bastante
pouco
05
0
Demais
0
15. Fala em excesso.
Nem um
pouco
25
ANTES
Só um Bastante
pouco
08
05
Demais
08
Demais
0
16. Responde as perguntas de forma precipitada antes delas terem sido terminadas.
Nem um
pouco
33
ANTES
Só um Bastante
pouco
04
01
Demais
08
Nem um
pouco
43
DEPOIS
Só um Bastante
pouco
03
0
Nem um
pouco
42
DEPOIS
Só um Bastante
pouco
04
0
Demais
0
17. Tem dificuldade de esperar sua vez.
Nem um
pouco
24
ANTES
Só um Bastante
pouco
07
05
Demais
10
Demais
0
18. Interrompe os outros ou se intromete (p. ex. mete-se nas conversas/jogos).
Nem um
pouco
31
ANTES
Só um Bastante
pouco
05
01
Demais
09
Nem um
pouco
43
DEPOIS
Só um Bastante
pouco
03
0
Demais
0
7.2 Resultados obtidos através da análise de arte integrativa
Para se fazer uma análise através da arte integrativa, as crianças
receberam mandalas (Anexo D) para colorir.
As mandalas foram analisadas segundo dois princípios:
a) Cor
b) Áreas de interpretação correspondentes aos 3 níveis de consciência
Fonte: Paschuino, 2008
As
mandalas
foram
analisadas
individualmente
numa
avaliação
comparativa no antes e depois da aplicação da Floralterapia.
Para ilustrar o trabalho, três mandalas foram escolhidas por apresentarem
resultados mais aparentes, principalmente relacionados às cores. É importante
salientar que as mandalas além de atuar como ferramenta de avaliação dos estados
emocionais das crianças, ainda agem terapeuticamente trabalhando o foco, a
atenção, o limite, a concentração e a harmonização, temas que o portador do TDAH
tem dificuldades.
7.2.1 Mandala voluntário 1, sexo masculino
Antes
Depois
Na 1ª mandala, à esquerda, pintada antes da utilização da Floralterapia
se observa que há uma predominância de cores fortes indicando força e
irritabilidade. As cores ultrapassam os limites, tomando conta de toda folha
denotando dificuldades em se conter no espaço. O traçado é ansioso e repetitivo
demonstrando inquietação.
Na 2ª mandala, à direita, pintada depois da utilização da Floralterapia se
observa que as cores foram suavizadas, o traço se atenuou e a pintura se contém
nos limites do desenho.
Da mesma forma, pode-se observar mudanças claras nas mandalas
seguintes:
7.2.2 Mandala voluntário 2, sexo feminino
Antes
Depois
7.2.3 Mandala voluntário 3, sexo masculino
Antes
Depois
8 Discussão
Abordar dois temas tão importantes e polêmicos como TDAH e
Floralterapia foi desafiante e árduo. Primeiro porque a Floralterapia se apresenta
como uma opção de tratamento complementar que carece ainda de trabalhos
aprofundados e cientificidade que valide seu uso amplo. Segundo porque o TDAH se
configura como uma realidade, cada vez mais presente, entre a população,
principalmente infantil, e que conta ainda,com pouco conhecimento desse transtorno
que traz enormes prejuízos para o indivíduo.
Por entender que o comportamento inquieto e/ou desatento provoca
inúmeros desconfortos em vários contextos e que este desajuste comportamental se
evidencia nas escolas, onde se requer concentração, atenção e disciplina, a Casa
do Zezinho foi escolhida por trabalhar com crianças carentes e muitas delas se
encaixando no perfil do TDAH.
A classe foi selecionada pela instituição por ser considerada difícil,
indisciplinada e com dificuldades de aprendizagem. A classe era composta por 46
alunos, meninos e meninas, na faixa etária de 9 a 11 anos. A orientadora da sala,
professora V.R.S recebeu por parte da pesquisadora, as orientações para a
aplicação dos questionários e da pintura das mandalas. Este procedimento levou
algum tempo, pois dependia da disponibilidade de tempo da educadora para
responder os questionários. É importante frisar que por se tratarem de crianças, o
questionário teria que ser respondido por alguém que os conhecessem bem, no
caso a professora.
Esta primeira avaliação assinalou que 35% das crianças apresentavam o
transtorno de acordo com o SNAP-IV. A partir daí, a educadora responsável iniciou a
utilização do composto floral, na forma de aspersões, duas vezes ao dia, por um
período de 2 meses.
A professora aspergia o composto floral antes das crianças entrarem em
sala de aula e mais tarde durante as atividades escolares. Segundo a professora os
alunos não estranharam as aspersões pois, as vezes, ela utilizava um desodorizador
para melhorar o ar.
Ainda segundo a educadora logo nos primeiros dias ela observou alguma
mudança no comportamento das crianças, estavam um pouco mais calmas e menos
agressivas. Relatou que gradualmente esta mudança foi se acentuando.
Antes
mesmo
dos
dois
meses
de
aplicação
a
mudança
no
comportamento das crianças foi visivelmente nítida, a ponto de outras professoras
indagarem o que tinha acontecido com aquela classe.
Findo os dois meses, o mesmo questionário (SNAP-IV) foi respondido
pela professora responsável e a mesma mandala foi pintada pelas crianças, para se
fazer a avaliação da atuação dos florais. De acordo com o questionário nenhuma
criança agora apresentava o perfil para ser classificada como portadora do
transtorno, o que pode ser verificado através da comparação dos gráficos e
corroborado com o depoimento escrito (Anexo E) e relatado pela educadora.
Conforme seu depoimento a agressividade diminuiu consideravelmente:
“nesse período não aconteceram mais brigas”. Os alunos estão mais dispostos e
mais atentos: “agora eles param, escutam, entendem e executam, coisa que antes
não se conseguia”. O rendimento aumentou: “antes apenas 30% da sala conseguia
fazer as atividades, hoje 90% dos alunos concluem as tarefas”. Aumentou a autoestima e a força de vontade: “antes eu escutava ‘eu não sei fazer’ agora eles dizem
‘eu vou tentar’ (sic)”.
CONCLUSÃO
Este estudo trouxe à luz duas questões atuais e controversas, que vem
ganhando espaço como fato concreto no cotidiano da população: O TDAH e a
utilização da Floralterapia. Dois temas que no decorrer deste estudo, se afinizaram
por se configurarem ainda desconhecidos, em sua profundidade, da população leiga
e dos profissionais da área da saúde, e que se ajustaram enquanto doença e
medida terapêutica bem sucedida.
Os resultados apresentados por este trabalho permitiu corroborar que a
Floralterapia se apresenta como uma opção terapêutica fortemente segura e eficaz,
principalmente para tratar estados de ânimo em desequilíbrio. Se verificou que as
essências florais podem atuar facilitando o equilíbrio emocional e ajudando no
crescimento individual, sem desrespeitar a complexidade que é inata no ser
humano.
É importante salientar que esta pesquisa não pretende generalizar a
atuação da Terapia Floral, mas abrir discussões e novas propostas de investigação
que certifique esta proposta terapêutica e auxilie, de forma não invasiva, o portador
do TDAH.
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