- Câmara de Comércio Americana
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© 2008 KPMG Auditores Independentes, uma sociedade brasileira e firma-membro da rede KPMG de firmas-membro independentes, afiliadas à KPMG International, uma cooperativa suíça. Todos os direitos reservados. As regras dos mercados mudam rapidamente. É preciso estar preparado para absorvê-las. Market rules change fast. You have to be prepared to digest them. A KPMG no Brasil entende a KPMG in Brazil understands your necessidade do seu negócio. business needs. For that reason Por isso dispõe do Programa it presents the International Internacional de Indústrias e Program for Industries and Clientes, no qual profissionais Clients, in which experienced com experiência nos vários professionals in various market segmentos de mercado e da and industry segments, and indústria e com conhecimentos always updated on the latest técnicos sempre atualizados technical issues, can provide oferecem assessoria direcionada you with advisory services às necessidades individuais tailored for the individual de cada empresa. needs of each company. A KPMG no Brasil conta com KPMG in Brazil employs cerca de 2.100 colaboradores, approximately 2,100 distribuídos em 14 escritórios, professionals in 14 offices e com uma rede global em and operates in 145 countries, 145 países, prestando serviços rendering Audit, Tax and de Audit, Tax e Advisory. Advisory Services. kpmg.com.br No 251 Foto da capa: Teatro Municipal Trianon - Campos / César Ferreira Ano XXIII Agosto-Setembro / 2008 04 Editorial 06 Em Foco 14 From the USA 16 Brasil Urgente 21 CAPA 30 News 45 PELO MERCADO 46 OPINIÃO ENTREVISTA 10 Orlando Giglio O diretor Comercial e de Marketing do Grupo Iberostar no Brasil fala à Brazilian Business sobre turismo, desenvolvimento e a realização de grandes eventos. BRASIL URGENTE 16 Riscos de fraudes internacionais crescem com globalização Werner Scharrer CAPA 22 Diversificando para crescer Ana Redig 24 Macaé: trabalhando no presente e apostando no futuro Eduardo Moreira da Costa 26 Campos promove clima para investimentos Luiz Mário Concebida LIFE STYLE 28 Lazer e trabalho afinados COLUNAS 18 Gestão Empresarial O segredo da sucessão familiar Leonardo Lima 42 Legal Alert Condescendência judiciária Márcio Monteiro Reis OPINIÃO 46 Rio de Janeiro: educar para crescer Andrea Ramal SUSTENTABILIDADE 48 O lado verde da Xerox Silvio Guimarães A tiragem desta edição de 10 mil exemplares é comprovada pela BDO TREVISAN AUDITORES INDEPENDENTES Expediente: Publicação mensal da Câmara de Comércio Americana para o Brasil - RJ Diretor: Ricardo de Albuquerque Mayer Editor-chefe e Jornalista Responsável: Ana Redig (MTB 16.553 RJ) Repórter e Redator: Renato Santos Editora de Arte: Ana Cristina Secco Designer e ilustrador: Lui Pereira Estagiária: Bianca Rocha (jornalismo) Impressão: Ediouro Gráfica e Editora Fotógrafos: Cinthia Aquino, Luciana Areas, Marcello Almo e Ricardo Costa Os pontos de vista expressos em artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião da Câmara de Comércio Americana. Câmara de Comércio Americana para o Brasil - Rio de Janeiro Praça Pio X, 15/5º andar 20040-020 Rio de Janeiro RJ Tel.: (21) 3213 9200 Fax: (21) 3213 9201 E-mail: [email protected] E-mail redação: [email protected] www.amchamrio.com.br Em busca de resultados U ma das principais missões da Câmara de Comércio Americana é servir de voz e representação para as empresas associadas perante a sociedade. Esta união em torno de interesses comuns fortalece o empresariado junto a autoridades nacionais e internacionais no engajamento de bandeiras e reivindicações que auxiliem no desenvolvimento das áreas de atuação dessas empresas. Tradicionalmente, a Amcham costuma realizar eventos, encontros e seminários com especialistas para debater temas de interesse de cada segmento. A Câmara está vivendo uma nova fase e decidiu reforçar esta linha de atuação através, por exemplo, da ativa participação no Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro. O Fórum – que recebeu o nome de Jornalista Roberto Marinho – foi criado em 2003 pela Assembléia Legislativa do Estado do Rio e reúne 23 entidades da sociedade civil organizada e universidades. A participação da sociedade civil na formulação de políticas públicas é tradição nos Estados Unidos, mas encontrava pouca ressonância no Brasil. Este fórum tem esta função: debater questões e embasar os deputados em suas proposições de projetos. Organizado em Comissões, os grupos procuram fornecer as informações atualizadas, contextualizar problemas, pensar e sugerir soluções e apoiar os deputados em seus projetos de lei. A Amcham é uma instituição apartidária e procura se manter neutra e isenta em questões políticas. Mas este tipo de colaboração fortalece o Estado brasileiro, não este ou aquele governo: este é temporário, e democraticamente deve ser renovado. A responsabilidade da Câmara de Comércio Americana e das outras instituições que integram o Fórum Permanente da Alerj é participar de forma a aumentar a eficiência na implementação de recomendações e sugestões de mudanças na legislação e formulação destas políticas. Embora seu objetivo principal seja influenciar as políticas públicas no estado do Rio de Janeiro, o Fórum pode agir e convocar outras instâncias para participar de debates e audiências públicas. Pelo contrário, quando os debates se tornam consistentes, é importante que instâncias municipais e federal sejam convidadas a participar, visando sempre a melhoria do país. O objetivo é ouvir todos os envolvidos para encontrar novas soluções para antigos problemas. Desatar nós, que emperram o desenvolvimento e o crescimento do país. Foi o que aconteceu no dia 11 de agosto, quando a Comissão de Turismo convidou diversas instâncias, para debater, com a presença do governador, soluções para a retomada da importância estratégica do Aeroporto Internacional Tom Jobim para o estado e o país. Por causa do debate, detectou-se o total desalinho entre os objetivos, carências e projetos do governo do estado com os planos da Infraero, por exemplo. Longe de ser uma crítica, o importante é entender que, através do diálogo, será possível chegar a uma solução mais rápida, econômica e eficiente. Acreditamos fortemente que esta é uma das formas de o empresariado do Rio contribuir com a construção de uma sociedade melhor, mais justa e desenvolvida, com a participação de todos. BRAZILIAN BUSINESS AGOSTO-SETEMBRO/2008 Divulgação Divulgação Mariaca Online auxilia executivos Embraer estabelece novos recordes de entregas e de receita Com a entrega de 52 aeronaves no segundo trimestre, a Embraer alcançou a marca de 97 jatos no primeiro semestre, o primeiro recorde. Os bons resultados tam- A Mariaca lançou uma ferramenta bém se refletiram nos números de 2007: foram R$ 9,983 bilhões, a maior receita destinada exclusivamente aos exe- da história da Embraer. O presidente da companhia, Frederico Fleury Curado, cutivos em processo de transição pretende chegar aos US$6,5 bilhões em 2008. No final de junho, a carteira de de carreira. Através de seu site, pedidos firmes da empresa para os segmentos de aviação comercial, executiva, www.mariaca.com.br, é possível defesa e governo totalizava US$ 20,7 bilhões, o maior da história. ter acesso a um clipping semanal com as principais movimentações do mercado. O Mariaca Online uma rede de contatos de execu- Citi lança título que ajuda a salvar a Mata Atlântica tivos no Brasil e no mundo, em O Citi acaba de lançar o CDB Verde, um ainda disponibiliza um banco de empresas nacionais e internacionais, relação de headhunters e parceria com a Lee Hecht Harrison. título pós-fixado que destina parte de sua rentabilidade a uma causa ambiental. O produto é destinado a aplicadores que investem em longo prazo e tem capital a partir de R$ 10 mil. O ativo investirá no Projeto Conectividade, que vai reflorestar uma área da Mata Atlântica, no Rio. Os clientes do Citi podem adquirir um investimento financeiro rentável e colaborar com um projeto de reflorestamento que irá recuperar uma área de 26 mil hectares de remanescentes florestais de Mata Atlântica, habitat do mico-leão-dourado. BRAZILIAN BUSINESS AGOSTO-SETEMBRO/2008 Luciana Tancredo Divulgação Outback inaugura seu 20° restaurante O 20° restaurante da rede Outback Steakhouse será inaugurado em Belo Horizonte, de cara nova. A tradicional decoração rústica lembrando o interior australiano ganhará detalhes de sofisticação e leveza. Segundo o vice-presidente da rede no Brasil, Salim Maruon, este novo conceito de decoração, que utiliza tons de preto, amarelo e cereja, já está sendo utilizado nos restaurantes americanos. O Outback está presente em mais de 20 países, além do Brasil e dos Estados Unidos. Em 2008, a rede ainda vai inaugurar Vale assina acordo com o Ministério do Meio Ambiente pela preservação da Amazônia O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e o presidente da Vale, Roger Agnelli (ambos na foto com Letícia Sabatella), assinaram um termo de compromisso pelo qual a companhia se compromete a fornecer minério de ferro apenas para clientes que comprovem a legalidade da madeira e do carvão vegetal utilizados em sua cadeia produtiva. Assim, os produtores de ferro-gusa deverão apresentar licença ambiental, plano de suprimento sustentável e documentação da origem do carvão vegetal ou documentos oficiais que os substituam. Com essa parceira, o MME deseja buscar soluções sustentáveis para a cadeia produtiva, preservando a floresta. outros dois restaurantes, em Salvador e Ribeirão Preto, contabilizando cinco novas lojas só este ano, um O Mundo Totvs é apresentado ao Rio investimento de R$ 20 milhões. A Totvs, empresa especializada em software e gestão, realizou em julho, no Rio de Janeiro, o Mundo Totvs, um ciclo de palestras que reuniu cerca de 440 participantes. A companhia, líder do ramo, com domínio de 40% do mercado nacional, acaba de comprar a concorrente Datasul por R$ 700 milhões. De acordo com o presidente da empresa, Laércio Cosentino (foto), a Totvs está passando por um ciclo de consolidação dos grandes fabricantes nacionais de gestão, por isso o Mundo Totvs é realizado em toda a América Latina. Divulgação AGOSTO-SETEMBRO/2008 BRAZILIAN BUSINESS Divulgação Novo livro de Donald Trump chega ao Brasil United Airlines diminui distância entre Brasil e Estados Unidos A United Airlines anunciou duas importantes mudanças em seus serviços para o Brasil nos próximos meses. A primeira é a antecipação, para 2 de setembro, do A Ediouro lança no Brasil o livro “Think reinício do seu vôo sazonal que liga, sem escalas, o Rio de Janeiro a Washington. Big and Kick Ass in Business and Life” Segunda novidade é a substituição do avião Boeing 767 pelo Boeing 777, no serviço de Donald Trump. A obra, lançada no sem escalas entre São Paulo e Washington, que ainda depende da aprovação das final de 2007 nos EUA, foi traduzida autoridades aeronáuticas locais. “A United está pondo em prática um sólido pro- como “Pense Grande nos Negócios e na jeto de expansão da sua rede internacional e o Brasil é parte importante desses Vida”. O livro parte da influência que planos”, declarou o gerente de Vendas para o Brasil, Luiz Camillo. Trump exerceu nos negócios de Bill Zanker, presidente/fundador da The Learning Annex, com quem Trump divide a autoria. A publicação é dividida em 10 capítulos e traz um apêndice com as melhores perguntas e respostas de Donald Trump nos seminários sobre riqueza da The Learnig Annex nos EUA. A Xerox do Brasil lança campanha baseada na diversidade de cores do país. O tema “Brasil. O país da cor” utiliza em suas peças elementos da cultura popular para divulgar a linha Xerox Color, que vem sendo utilizada cada vez mais em escritórios de todo o país. “O Brasil é o país da cor, e a Xerox é a empresa que melhor sabe empregar a cor para aumentar a produtividade de seus clientes”, diz Fábio Neves, diretor-executivo de Marketing e Serviços a Clientes da Xerox do Brasil. BRAZILIAN BUSINESS AGOSTO-SETEMBRO/2008 Divulgação Xerox lança campanha com cores do Brasil Para se inscrever em cursos e eventos, acesse www.amchamrio.com.br Setembro 2008 02 - Análise financeira de projetos de investimento Sergio Carvalho 09h às 18h American Business Center 02 de setembro a 15 de outubro Curso de capacitação em consultoria Vários professores 18h30 às 21h30 American Business Center 09 - Orientações trabalhistas para gestores Vlademir Gonzales 9h às 18h American Business Center 10 - Inteligência Competitiva Elisabeth Gomes e Deborah Leite 9h30 às 18h30 American Business Center 12 - Desenvolvimento de relacionamentos e novos negócios na advocacia empresarial Marco Antônio P. Gonçalves 9h às 18h American Business Center 22 - O novo planejamento orçamentário Sergio Carvalho 9h às 18h American Business Center 02 - President´s Lunch Comitê de Energia “Caminhos para que o país alcance a auto-suficiência energética em 2030” Mauricio Tomalsquim, presidente do EPE 12h30 às 14h30 ACRJ 03 - Seminário Câmara de Comércio Americana “O impacto dos royalties do petróleo nos municípios do Rio de Janeiro” 08h45 às 14h30 Macaé 05 - Seminário Comitê de Comércio e Indústria “A CSA e o crescimento econômico do Rio de Janeiro” 08h45 às 14h30 American Business Center 11 - Ideas Exchange Comitê de Telecomunicações e Tecnologia “O mercado profissional de TI e as novas demandas para o setor” 09h às 12h American Business Center 16 - Almoço-palestra Câmara de Comércio Americana do ES “Sucessão e profissionalização da empresa familiar: a experiência brasileira” Renato Bernhoeft, conferencista internacional 12h30 às 14h30 Cerimonial Itamaraty - Vitória -ES 26 - President’s Lunch Comitê de Meio Ambiente Izabella Teixeira, secretária executiva do Ministério do Meio Ambiente 12h30 às 14h30 Jockey Club Brasileiro AGOSTO-SETEMBRO/2008 FEVEREIRO/2008 BRAZILIAN BUSINESS ORLANDO GIGLIO Respirando turismo D Divulgação iretor Comercial e de Marketing do Grupo Iberostar no Brasil, Orlando Giglio dorme e acorda sempre com a mesma preocupação: vender diariamente 632 apartamentos do Iberostar Bahia, 536 do vizinho Iberostar Praia do Forte – que será inaugurado em outubro – e as 72 cabines e duas suítes do Iberostar Grand Amazon – navio que faz cruzeiros ininterruptos por rios amazônicos, sempre com duas saídas semanais. Mas comandar a equipe que vende, atualmente, 1.242 unidades de hospedagem não é o resumo das atividades de Orlando, apesar de tomar boa parte de seu tempo. Primeiro funcionário da rede espanhola Iberostar no Brasil, o executivo, muito atuante no setor turístico, ocupa, também, o cargo de chairman do Comitê de Turismo e Entretenimento da Câmara de Comércio Americana, onde promove discussões importantes, não apenas na esfera privada, mas também na pública, como acontece, atualmente, no Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico da Assembléia Legislativa do Estado do Rio (Alerj). Orlando Giglio falou à Brazilian Business sobre turismo, desenvolvimento e sobre a realização de grandes eventos no Brasil. 10 BRAZILIAN BUSINESS AGOSTO/2008 AGOSTO-SETEMBRO/2008 Como chairman do Comitê de Turismo da Amcham, o Sr. participa do Fórum de Desenvolvimento da Alerj. No que consiste este trabalho e como a iniciativa privada pode ajudar? O Fórum reúne turismo, entretenimento, esporte e cultura. Participam profissionais de diversas áreas, que avaliam projetos de lei formulados pelos deputados da Alerj. O intuito é ajudar aos legisladores com informações técnicas e atualizadas. O Fórum procura apoiar na preparação do projeto de um deputado, através de sua coordenadoria, sempre disponível e atualizada para consultoria e recomendações. A Câmara dos Deputados concluiu a votação da Lei Geral do Turismo, que prevê benefícios fiscais e de crédito para as empresas do setor e define as atribuições do governo federal no planejamento, desenvolvimento e estímulo ao segmento. Como o Sr. vê essa nova legislação? Acho que a Lei Geral do Turismo poderia ter sido aprovada há muito tempo, mas vem em boa hora. É muito importante que a política nacional do setor siga as diretrizes que essa nova legislação está trazendo, pois vai melhorar a posição do turismo no governo. O setor, apesar de ter status de Ministério, nunca foi encarado com a importância necessária - de gerador de milhões de empregos e de enorme receita. Espero que agora passe a ocupar lugar merecido na contabilidade do governo. A American Airlines acaba de anunciar a criação de três novos vôos para o Brasil, sendo um diário Miami-Salvador. O Sr. acha que a oferta está melhorando? Durante uma palestra para empresários realizada pela Amcham, a presidente da Embratur, Jeanine Pires, disse que as empresas aéreas internacionais não tinham desculpas para a falta de vôos para destinos turísticos importantes do Brasil. Segundo ela, à época a Anac havia autorizado 21 freqüências para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, mas cidades como Manaus, Belém, Salvador e Brasília seguiam sem estes vôos. O que falta para o Brasil atrair ainda mais vôos internacionais? A criação de novos vôos é importante, há demanda e a Anac já autorizou. É fundamental desafogar Rio e São Paulo como principais portas de entrada no Brasil, sobretudo para o mercado americano. Mas há boas notícias, como o novo vôo da American Airlines para Salvador – antes havia apenas um vôo semanal – e outra freqüência regular da Delta Airlines, que ainda entrará em vigor, de Atlanta para Manaus e Fortaleza. O Brasil e o Rio se preparam para a Copa do Mundo de 2014 e a candidatura aos Jogos Olímpicos de 2016. O Sr. acha que eles estão preparados para receber eventos deste porte? Gostaria muito de ter as Olimpíadas no país, mas não vejo chances reais de o Brasil ganhar a concorrência. Acho que o Rio ainda não está preparado para receber um evento deste porte. Muita coisa pode melhorar. A Baía de Guanabara, apesar dos inúmeros ensaios e fortunas investidas, ainda precisa ser despoluída urgentemente; o crescimento desordenado das favelas tem que ser freado; a segurança ostensiva e intensiva 24 horas por dia, nos principais acessos à cidade, deve ser constante. Além disso, precisamos de um sistema mais moderno de transporte, que tire os automóveis das ruas. Não podemos esquecer que é preciso concluir a reforma dos terminais dos aeroportos Antônio Carlos Jobim e Santos Dummont. O mesmo vale para a Copa? Já está definido que a Copa do Mundo de 2014 será no Brasil. Sendo um evento nacional, com várias cidades envolvidas, acho que será mais fácil colocar toda a logística em prática. Ainda assim, a competição precisa ser organizada com boa antecedência e há muito a fazer . Até que ponto fatos como o recente seqüestro de três turistas chineses e um funcionário da embaixada do Vietnã arranharam a imagem da cidade perante o país e o mundo? A palavra correta não é arranha, mas “arrasa”. Casos como esse, em tempos de tanta rapidez da informação, rodam o mundo num piscar de olhos. A questão da segurança pública afeta a economia brasileira em diversos segmentos, mas o turismo, certamente, é uma das atividades mais impactadas. É um absurdo que uma pessoa de outro país, a trabalho ou a lazer, sofra qualquer violência, principalmente numa cidade como o Rio, que tem potencial para ser um dos principais pólos turísticos do mundo. O que precisa ser feito para tornar a cidade mais segura? É importante realizar ações contínuas, principalmente nos cartões postais da cidade, com a criação de bolsões de segurança nos locais e seus acessos. Acredito em policiamento intensivo e ostensivo. A polícia precisa estar permanentemente nas esquinas e vias mais violentas, pois sua simples presença já inibe as ações criminosas. Além de tudo é necessária uma reestruturação do Código Penal. Os criminosos precisam saber que pagarão realmente por seus atos. AGOSTO-SETEMBRO/2008 AGOSTO/2008 BRAZILIAN BUSINESS 11 Como estão as obras do Iberostar Praia do Forte, novo resort do complexo no Litoral Norte baiano? Em ritmo acelerado. A inauguração será impreterivelmente no dia 15 de outubro. Ao lado do Iberostar Bahia, será o segundo complexo de três resorts Iberostar Praia do Forte Golf & Spa Resort e Villas, que terá 1.650 unidades de hospedagem. O novo resort, orçado em US$ 80 milhões, terá uma estrutura exclusiva e independente do Iberostar Bahia. Serão construídos um novo Centro de Convenções - para até 800 pessoas; o anfiteatro Axé, para os shows noturnos; quatro restaurantes de especialidades e dois de praia; cinco bares; um gazebo com 500 m², para coquetéis; uma tenda para eventos de 1500 m²; três quadras de tênis; duas quadras de squash; uma parede de escalada; mini-clube e piscina para as crianças. Em dezembro, o Iberostar Praia do Forte ganhará o EL Spa, com 2.200 m², com autênticos tratamentos de relaxamento e beleza. Há também um projeto imobiliário ligado ao complexo na Praia do Forte? Será um condomínio de alto padrão de casas e apartamentos, a ser lançado no ultimo trimestre do ano, mas já há investidores nacionais e estrangeiros interessados, devido ao conforto e exclusividade oferecidos. Em sua primeira fase, terá cerca de 200 unidades, com casas de alto padrão e um village de apartamentos junto a uma vila de convivência às margens de um dos lagos que se destacam no Complexo. Haverá diferentes projetos de plantas assinados por renomados arquitetos, a serem escolhidos de acordo com estilo e preço. Outro diferencial do projeto é a disponibilização de diversos serviços que tornarão a vida dos proprietários mais fácil e prazerosa. Além disso, todo o complexo da Praia do Forte oferece um paisagismo diferenciado, integrado ao Parque Ecológico da Mata de São João e à Vila da Praia do Forte. Desde a construção do Iberostar Bahia, as fases de obras vêm sendo precedidas de um cuidadoso projeto de resgate e preservação da flora e da fauna nativos, pioneiro na Bahia, e que está resultando, inclusive, na descoberta de espécies desconhecidas para biólogos e botânicos locais. BB Unlocking our energy future together Jeffrey Kupfer A t the beginning of this month, I had the opportunity to spend time in Rio de Janeiro, Brasília and São Paulo to meet with Brazilian government officials, as well as representatives of the private sector, and discuss energy issues of mutual importance to the United States and Brazil. During my visit, one thing was quite clear: the rationale for a strengthened energy relationship between our two nations could not be stronger. 14 BRAZILIAN BUSINESS AGOSTO/2008 AGOSTO-SETEMBRO/2008 “Brazil and the U.S. recognize that every nation, and every industrial and power-generating sector, must promote increased energy efficiency” We know that the world needs safe, reliable, clean, affordable, and diverse energy supplies – and in considerably greater amounts than we now have. Both the United States and Brazil are taking aggressive steps to make that energy future a reality. For conventional fuels, we must make the necessary, massive investments to bring sufficient hydrocarbons to market and to utilize those resources more cleanly and efficiently. To this end, increased access to offshore exploration is one way to expand oil production around the world, as Brazilians understand quite well. In the United States, President Bush has long called for expanding domestic oil production, including in the Outer Continental Shelf, in an environmentally sensitive manner. Last month he took the important step of lifting an executive ban on such production. We hope that our Congress will move quickly to take similar action and facilitate responsible offshore exploration. But, while the world certainly will remain dependent on hydrocarbons for years to come, we absolutely require new energy options, especially alternative fuels and clean energy technologies. In the United States, we have launched an ambitious program, including basic research, applied research and development (R&D) and collaboration with the private sector, to develop renewable energy technologies and get them out into the marketplace quickly and affordably. During my visit to Brazil, I had the opportunity to learn more about efforts underway to further diversify Brazil’s energy supply – including through the development of renewable energy sources like hydropower and biofuels. These areas represent significant opportunities for continued cooperation between our two nations. In addition, Brazil and the United States recognize that every nation – and every industrial and power-generating sector – must promote increased energy efficiency. I believe that improvements in energy efficiency can be achieved on a global scale in our industrial and power-generating sectors, our government agencies, our homes, our offices and our transportation sector. Collectively, these measures will not only take some pressure off of global demand, but also improve the health of our shared environment. I applaud President Lula, the business community and the Brazilian people for their leadership on energy efficiency and conservation and for recognizing that diversifying this nation’s energy resources will benefit Brazil’s economy in the long term. In all these areas – from conventional hydrocarbon development to alternative energy expansion to improved efficiency – the underlying factor that will ultimately determine our success is our ability to come together and achieve massive and sustained investment in energy production and delivery. After all, the record high oil prices we’re experiencing globally are not just indicative of rapidly increasing demand – although that’s certainly a major factor – but also of volatility in the market, which is due, in no small measure, to the lack of adequate investment in new supply over many years. However, as members of the American Chamber of Commerce can surely appreciate, in order for the necessary investment to occur, the world must have open, transparent investment climates and predictable legal and regulatory environments. This includes clear and specific laws that encourage private investment and capitalize on the expertise of the business community but are not open to interpretation. The key to unlocking our energy future is ensuring that the innovation cycle continues at a rapid pace across the spectrum – in our government laboratories, at our universities and in the private sector. And, as always, solving our shared energy challenges will continue to require international collaboration and leadership from nations such as Brazil and the United States. BB Acting U.S. Deputy Secretary of Energy AGOSTO-SETEMBRO/2008 BRAZILIAN BUSINESS 15 nais io c a n r e t in s e d u a fr e Riscos d ão ç a z li a b lo g a m o c m e cresc Werner Scharrer O Ilustra ç ão: Lu i Pereir a combate safio adicional para o de um e ux tro I XX lo Sécu ão entre os mercados aç gr te in s. A iva at or rp às fraudes co o em conglomerados atuand s de an gr m co ais di mun eidade das o tempo -, a instantan vários países ao mesm s facilitaram as transaçõe ca ni rô et el ia og ol cn te comunicações e a o crescimento que abriu espaço para O is. na io ac rn te in s financeira o resposta, as nteiras dos países. Com fro s da ém al es ud fra e s da a necessidade de criar , ais m z ve da ca , do en empresas estão perceb bal. ade de investigação glo cid pa ca a r ve ol nv se de 16 BRAZILIAN BUSINESS AGOSTO/2008 AGOSTO-SETEMBRO/2008 “Em relação à s diferenças c ulturais e de le o essencial é se gislação, mpre procurar e n te nder as norma locais. Até po s rque, muitas v e ze s, o que é ilegal um país pode em ser rotineiro e m outro” Atualmente, o que vemos no mercado é que as companhias que estão mais bem preparadas chegaram a essa posição alocando recursos internos para a área responsável e fazendo parcerias com outras, principalmente em áreas especializadas, como a captura de dados eletrônicos. Além disso, ter uma boa capacidade de investigação internacional é apenas um elemento para uma boa gestão de riscos, mas que pode fazer toda a diferença e trazer ganhos para a empresa. Isso porque ela garante aos acionistas, às entidades reguladoras, às agências de riscos e ao mercado em geral que a companhia tem uma política rigorosa de controles contábeis. Uma recente pesquisa realizada pela KPMG com mais de 100 executivos de 21 países, inclusive o Brasil, mostra que os principais desafios na condução de investigações internacionais são o ambiente legal e regulatório, a disponibilidade e acesso a dados eletrônicos, as diferenças culturais e por último as diferenças de idiomas. Uma das grandes dificuldades enfrentadas por esses profissionais está na definição exata do que é fraude e do que é uma conduta imprópria. É muito importante que essas definições claras cheguem aos funcionários. Sem isso, as investigações perdem muito e o desafio de tomar a primeira decisão apropriada fica ainda mais complexo. No estudo, observamos que menos da metade dos executivos respondentes disseram que a companhia em que trabalhavam tinha procedimentos compreensíveis de investigação. E o pior: uma em cinco empresas não dispunha nem sequer de procedimentos. Em relação às diferenças culturais e de legislação, o essencial é sempre procurar entender as normas locais. Até porque, muitas vezes, o que é ilegal em um país pode ser rotineiro em outro. As leis de privacidade de dados também costumam variar muito. Outro dado preocupante é que metade dos entrevistados disse que sua equipe não havia sido treinada sobre os procedimentos de investigação nos últimos seis meses. Sendo assim, educar os funcionários sobre tendências de fraudes e orientá-los sobre possíveis respostas a elas são vitais para investigações internacionais em corporações com atuação mundial. Os responsáveis por essa área devem ter o conhecimento da estratégia de negócio da companhia e uma sólida experiência em processos e finanças. Para ter sucesso em qualquer investigação é crucial obter informações e dados eletrônicos. E com a finalidade de conseguir uma boa atuação em segurança, a companhia deve conhecer quais são as políticas internas com relação a e-mails, a backups e saber quais são os servidores com informações importantes e se eles estão sob controle da empresa. É importante, também, que as organizações mantenham uma vigilância constante de possíveis alterações na legislação de cada país sobre segurança de dados. E quando a empresa buscar ajuda de outra organização para investigar fraudes, ela deve se assegurar de que essa terceira parte tenha um conhecimento detalhado e atual da coleta, preservação e transmissão de dados em todas as jurisdições afetadas durante a investigação. No âmbito da prevenção, a implementação de um Código de Conduta e a realização de due diligences apropriadas, interna e terceirizada são fundamentais. Assim como a elaboração de um amplo plano de comunicação. A detecção de fraudes pode ser facilitada pela criação de hot lines e de outros mecanismos que permitam aos próprios funcionários denunciarem suspeitas de conduta inadequada. A empresa deve ainda contar com planos de monitoramento eficientes, respaldados por ferramentas modernas para análise de dados. E em caso de ocorrência de fraudes, a corporação deve considerar a possibilidade de fazer um anúncio público aos envolvidos. Todas essas medidas podem propiciar o melhor arcabouço à adoção das ações requeridas para remediar fraudes, permitindo que a companhia assegure sua boa imagem e reputação. Feitas de forma correta, a prevenção, a detecção e a investigação de fraudes conduzirão às melhores respostas para os novos desafios. BB Sócio de Forensic da KPMG Brasil AGOSTO-SETEMBRO/2008 BRAZILIAN BUSINESS 17 GESTÃO EMPRESARIAL O segredo da sucessão familiar Por Leonardo Lima S e você faz parte de uma empresa familiar (e isso não é difícil, considerando que no mundo, e não apenas no Brasil, 80% das empresas são familiares) deve pensar nessa questão com bastante freqüência. Infelizmente, para cada cem empresas familiares fundadas no Brasil e no mundo, apenas 30 conseguem sobreviver à segunda geração, 15 alcançam a terceira geração e somente quatro chegam à quarta geração. É realmente um dado alarmante e que merece atenção especial do empresariado familiar. Sem sombra de dúvida, a preparação do processo da sucessão e perpetuação do negócio é mais uma das atividades prioritárias, juntamente com tantas outras como planejar, orientar e decidir. Sendo assim, como consultor empresarial participante de dezenas de processos de sucessão empresarial, separei aqui perguntas e respostas mais freqüentes que aparecem ao longo desse processo e que eu espero que ajudem a todos os empresários que se deparam hoje com essas questões. 1) Há algum problema em a empresa ser familiar? Claro que não. Hoje, no Brasil, os maiores grupos empresariais são familiares. É só lembrar de Itaú, Casas Bahia, Pão de Açúcar, Gerdau e tantas outras. O xis da questão é profissionalizar a família. Família é só dentro de casa. Na empresa cada membro da família deve ter seu cargo e suas responsabilidades, e deve ser visto e cobrado como tal, objetivando gerar os resultados esperados para a empresa. 2) Há um momento certo para preparar um sucessor? Sim. Esse processo é importante e deve ser realizado um pouco mais cedo do que realmente ocorre. No Brasil, o fundador da empresa geralmente só pensa 18 BRAZILIAN BUSINESS AGOSTO-SETEMBRO/2008 nisso quando está no final de sua vida. O certo é que este processo ocorra de forma programada. O fundador pode, a partir de 55 a 60 anos, planejar esse processo de forma consciente e, principalmente, iniciar uma etapa de envolvimento do sucessor com a empresa. 3) Quanto tempo demora um processo de sucessão familiar? Em média, cinco anos. Por observação realizada em projetos realizados em diversas empresas, esse é um tempo que traz o resultado esperado para a empresa e para a família. 4) Como conduzir esse processo de forma correta? O ponto principal a ser observado é que o sucessor não deve se tornar um assistente do fundador. O mais certo a fazer é listar as atividades do fundador ligadas a gestão e decisão e envolver o sucessor paulatinamente com as mesmas, para que aos poucos ele vá realizando cada atividade diretamente. 5) O sucessor deve ter alguma experiência em outra empresa? Preferencialmente, sim. Acredito que pelo menos dois anos como empregado em outra empresa, que não seja da família, só vai contribuir para o processo. Geralmente fica muito difícil comandar sem nunca ter sido comandado. Espero que esses tópicos ajudem a todos os empresários que se encontram atualmente nessa jornada. Cada família tem sua peculiaridade e sua cultura própria. É importante analisar a melhor forma de conduzir esse processo junto aos seus membros. Sucesso a todos. Sócio-Diretor da Business & Leadership Consultoria Empresarial I[kfh_c[_he c_b^e[ij| cW_if[hje Zegk[leY _cW]_dW$ 9ZjbVbVcZ^gVh^beaZhZY^gZiV!d XdchjaidgÒcVcXZ^gd<jhiVkd8ZgWVh^kV^ bdhigVgeVgVkdXfjZedhhkZaVaXVcVg ZhhZcbZgdb{\^Xd#:fjZ!XdbVedhijgV XZgiV!djigdhb^a]ZhedYZbk^g# >ckZhi^bZcidh>ciZa^\ZciZhjba^kgdfjZ V_jYVVYZhXdWg^gfjVaV[dgbVYZ^ckZhi^g bV^h^cY^XVYVeVgVXVYVjbYZch# <WW[ii[_dl[ij_c[dje$ @|}l[dZW$ j^ecWid[bied$Yec$Xhr_dl[ij_c[djei_dj[b_][dj[i$Yec$Xh Gestão contábil e empresarial baseada em transparência e confiança mútua. solidity partnership parceria confiança reliability transparência solidez Accounting and business management based on transparency and mutual trust. transparency Resultado: parcerias sólidas e excelência em produtividade. Result: solid partnerships and excellence in productivity. www.dpc.com.br | [email protected] Rio de Janeiro São Paulo Macaé Av. Rio Branco, 311, 4º andar - Centro Rio de Janeiro - RJ - CEP 20040-903 Tel. 5521 3231 3700 Rua Sampaio Viana, 277 - 10º andar - Paraíso São Paulo - SP - CEP 04004-000 Tel. 5511 3884 1116 Rua Lindolfo Collor, 22 - Cavaleiros Macaé - RJ - CEP 27920-220 Tel. 5522 2773 3318 Um bom lugar para investir A descoberta de grandes reservas de petróleo na Bacia de Campos transformou a região de Macaé, Campos dos Goytacazes, Norte e Noroeste fluminense em um pólo de atração de investimentos. Em pouco tempo, grandes, médias e pequenas empresas se estabeleceram no local vislumbrando boas oportunidades de negócios. São empresas de diversos setores, que fornecem todo tipo de produtos e serviços para a indústria de Offshore. A reboque destes investimentos, a região se transformou em poucos anos. Cidades médias como Macaé e Campos, passaram a sediar grandes empresas, hospedar altos executivos e receber eventos de grande porte, exigindo investimentos urgentes em infra-estrutura, como rede hoteleira adequada e a construção de um centro de convenções que atendesse a essa demanda. Hoje, a região conhecida como Costa do Sol já conta com a segunda maior oferta de leitos em hotéis do estado do Rio de Janeiro, perdendo apenas para a capital. Quando se visita Macaé, Campos, Rio das Ostras, Carapebus e outras cidades da região vê-se obras por toda parte. Os municípios vêm investindo na diversificação dos negócios para se tornarem independentes dos royalties do petróleo, já que este é um bem finito. Para atrair investimentos, as prefeituras vêm fazendo parcerias com a iniciativa privada, criando e oferecendo boas oportunidades para que empresas e indústrias se instalem na região. São fundos de desenvolvimento, zonas especiais de negócios e incentivos fiscais que vêm dando bons resultados. Ao mesmo tempo, um grande esforço está sendo realizado para capacitar os moradores destas cidades para atender à demanda gerada por esta nova realidade local. A Brazilian Business foi até a região conhecer esta realidade de perto e traz, nas próximas páginas, boas oportunidades para quem planeja expandir seus negócios, em diversos setores da economia. AGOSTO-SETEMBRO/2008 AGOSTO/2008 BRAZILIAN BUSINESS 21 Diversificando para crescer Ana Redig, de Rio das Ostras P Jorge Ronald oucas administrações públicas costumam aprender com a experiência vivida por cidades vizinhas. O município de Rio das Ostras, no estado do Rio de Janeiro, é um deles. Começou a se preparar para absorver um grande volume de negócios, sem pagar pelo impacto que isso representou para Macaé. Localizada ao lado do maior pólo petrolífero do país, Rio das Ostras decidiu fazer investimentos agora, para não ser atropelada pelo progresso rápido. 22 BRAZILIAN BUSINESS AGOSTO/2008 AGOSTO-SETEMBRO/2008 “A ZEN de Rio das Ostras oferece toda a infraestrutura necessária para a instalação de empresas e indústrias, incluindo licenciamento ambiental e tratamento de resíduos industriais” Inspirada no município de Carabebus, a cidade criou uma ZEN – Zona Especial de Negócios. Carapebus foi pioneira na implantação de uma ZEN, criada para abrigar empresas interessadas em desenvolver suas atividades, aproveitando os incentivos fiscais e oportunidades da região, alavancadas pela Brasil Offshore, uma das maiores feiras de negócios no setor de Oil & Gas. “O petróleo, como todos sabem, é uma energia finita. Por isso não podemos planejar o desenvolvimento de nossa cidade contanto apenas com este produto. O investimento que fazemos hoje é pensando em um futuro próspero e desenvolvido, com a presença de empresas de diversos setores”, explica o secretário de Desenvolvimento, Negócios e Petróleo de Rio das Ostras, Dowsley de Oliveira. Em Rio das Ostras, uma área de 1 milhão de m² foi especialmente modelada para receber indústrias e empresas. A ZEN de Rio das Ostras oferece toda a infra-estrutura necessária para a instalação de empresas e indústrias, incluindo licenciamento ambiental e tratamento de resíduos industriais. A concessão é válida por 15 anos, podendo ser renovada por igual período. Além disso, as empresas ali instaladas usufruem de uma redução na alíquota do Imposto Sobre Serviço (ISS) de 2,5% para 2%. A primeira etapa da Zona Especial de Negócios já está totalmente ocupada, com 71 empresas nacionais e estrangeiras em funcionamento. Somente a Queiroz Galvão e a Aker Kvaerner investiram, juntas, mais de R$ 15 milhões na área. Com o incentivo para a criação de empresas no local, foram gerados cerca de 4 mil empregos, diretos e indiretos. O município vem trabalhando junto às empresas para capacitar seus moradores a ocuparem essas vagas. A Secretaria de Desenvolvimento, Negócios e Petróleo de Rio das Ostras já prepara a área de expansão da ZEN em um terreno ao lado de onde hoje acontecem grandes shows, próximo à pista de motocross, outra atração do turismo local. “É uma área com 1 a 2 milhões de m², que deve receber o mesmo tratamento de infra-estrutura de água, luz, esgoto, asfalto, telefonia, tratamento de resíduos industriais, além do cumprimento de todas as exigências ambientais”, esclarece Dowsley de Oliveira. Ele explica que o objetivo é promover o crescimento do município para o interior, levando desenvolvimento para onde é mais necessário. A prefeitura espera estar com a ZEN 2 em funcionamento já em 2009, e pretende criar mais 5 mil empregos especialmente capacitados para atender à demanda gerada pelas empresas ali instaladas. O investimento na diversificação industrial tem o objetivo de tornar estas cidades independentes dos royalties do petróleo, hoje principal motor da economia local. “Acabamos de implantar a Tec Campos, incubadora de empresas com viés tecnológico”, conta Dowsley. “Estamos fechando uma parceria com a Microsoft para promover a inclusão digital no município e atender à demanda das empresas que estão se mudando para cá”, revela. Para ele, a tecnologia tem um potencial muito interessante para criar novo perfil na indústria local. O Programa de Qualificação Profissional da Prefeitura de Rio das Ostras está organizando 42 cursos gratuitos nas áreas de turismo, serviços e petróleo. São cerca de 1.500 vagas por semestre. “Qualificar a mão-de-obra da população de Rio das Ostras é prioridade da administração municipal para que possamos atender de forma adequada a demanda das empresas locais – ressaltou o prefeito, Carlos Augusto. BB AGOSTO-SETEMBRO/2008 BRAZILIAN BUSINESS 23 Macaé: trabalhando no presente e apostando no futuro Jorge Aziz O Arquivo Secom/Macaé s municípios da região dinamizada por Macaé possuem uma longa tradição ligada à produção da cana-de-açúcar e à criação de gado. Porém, este quadro está sendo radicalmente mudado a cada dia. A indústria do petróleo ali instalada reestrutura o Norte Fluminense e, ao mesmo tempo, abre uma série de oportunidades. A mudança é inevitável, após as descobertas de reservas de óleo e gás natural na Bacia de Campos, realizadas pela Petrobras. Um novo e poderoso vetor de desenvolvimento passou a articular e gerar conseqüências de toda ordem. O fluxo de investimentos, equipamentos, suprimentos, infra-estrutura, logística e recursos humanos não encontram paralelo na história regional. 24 BRAZILIAN BUSINESS AGOSTO/2008 AGOSTO-SETEMBRO/2008 “A infra-estrutura necessária para aportar os grandes investimentos ficou a cargo do município que, junto com as demandas de serviços, absorve grande parte dos recursos próprios e dos royalties” O impacto da indústria do petróleo traz para o Rio de Janeiro uma série de desafios, que podem ser inicialmente traduzidos nas seguintes questões: como coordenar os investimentos em logística, transportes, comunicações, qualificação da força de trabalho e pesquisa de forma ótima, reduzindo desigualdades regionais? Como viabilizar o desenvolvimento de pesquisas e produtos que possam reduzir os custos atuais da indústria brasileira de petróleo? Como criar um ciclo de desenvolvimento industrial regional a partir das necessidades de suprimentos e tecnologia que a indústria de petróleo demanda? Por outro lado, o crescimento demográfico pressiona a busca por serviços públicos e infra-estrutura, que requer grandes operações decorrentes de um crescimento desordenado da malha urbana, pressionado pela “explosão” imobiliária para a classe média e a formação de favelas na periferia da cidade pela população de baixa renda, reproduzindo o modelo da desigualdade social, hoje ainda persistente em todo território nacional. Em Macaé, especificamente, a infra-estrutura necessária para aportar os grandes investimentos ficou a cargo do município que, junto com as demandas de serviços, absorve grande parte dos recursos próprios e dos royalties. Considerando-se que o impacto sobre o município tem origem no fim dos anos 70, e que o recurso destes royalties só entrou efetivamente no município a partir do final da década de 90, 12 anos depois. Verifica-se que a reação ao processo de ocupação desordenada tem resposta retardada e muito mais complexa de resolução. A legislação de impacto ambiental para grandes empreendimentos, por exemplo, só foi regulamentada no final dos anos 80, portanto, o passivo ambiental contribuiu para a soma dos problemas da gestão pública. Por outro lado, a desarticulação entre as esferas de governo (União, estado e município) deixou de prever um planejamento integrado para o desenvolvimento regional, retardando a instalação de serviços e infra-estrutura para aportar os investimentos privados, obrigando o município a arcar com esses custos. Hoje o município se prepara para uma nova era. Ao mesmo tempo em que aplica grande parte de seus recursos, corrige erros do passado. As áreas de preservação ambiental, invadidas por favelas, hoje estão absorvendo recursos de royalties, que poderiam estar sendo aplicados no desenvolvimento da base econômica do município. Macaé desenvolve, atualmente, o maior programa de moradia do estado para população de baixa renda, para suprir o déficit habitacional das gestões passadas que não se preocuparam com essa demanda. O município investe intensivamente em educação básica e superior para projetar o desenvolvimento de Macaé no ciclo pós-petróleo. No ensino fundamental, investe na escola de horário integral e, no ensino superior, na infra-estrutura para as universidades públicas. Há programa de bolsa de estudos para a população universitária e nível técnico-profissionalizante, e estágios universitários remunerados nos vários setores da administração pública. Também foram firmados convênios com universidades públicas (UFF e UFRJ) que atendem a alunos de Macaé e de outros municípios da região. O município de Macaé arca com os custos e é responsável pela manutenção da infra-estrutura acadêmica e custeios de bolsa para docentes. Nos últimos dois anos um programa de qualificação profissional tem sido oferecido para mais de 5 mil jovens com inserção de aproximadamente 30% dos alunos no mercado de trabalho. A cidade tem, também, o maior índice de emprego formal do estado do Rio de Janeiro. Além disso, o município de Macaé construiu e mantém o melhor hospital de emergência da região, que atende a toda a região que não conta com as coberturas do SUS para a maioria desses atendimentos, e a outra parte dos investimentos é absorvida na construção e duplicação de rodovias que cortam o município para permitir ampliar a base da infra-estrutura viária impactada pelo crescimento das atividades econômicas ligadas à cadeia produtiva de petróleo e gás. BB Secretário Municipal Especial de Desenvolvimento Local de Macaé AGOSTO-SETEMBRO/2008 BRAZILIAN BUSINESS 25 Campos promove clima para investimentos Luiz Mário Concebida O César Ferreira / Secom Campos Fundo de Desenvolvimento de Campos dos Goytacazes (Fundecam), implantado há seis anos, está comemorando a marca de 70 projetos, no quais injetou quase R$ 200 milhões. Sustentado pelas participações governamentais recebidas sobre a produção de petróleo e gás na Bacia de Campos, o instrumento de atração de negócios no município contabiliza, ainda, a geração de mais de cinco mil postos de trabalho, além de um desenvolvimento do patrimônio empresarial no município que é o dobro do que foi investido até agora. 26 BRAZILIAN BUSINESS AGOSTO/2008 AGOSTO-SETEMBRO/2008 Construído para contribuir com a preparação do município para o período pós-petróleo, o Fundecam é considerado um programa que conquistou a sociedade campista, de modo que parece ser irreversível. Além disso, tem estabelecido um clima favorável na cidade, de sorte que outros empreendimentos são desenvolvidos, mesmo sem a participação do financiamento público. Ao longo desses seis anos, o Fundecam contabiliza erros e acertos. Os projetos com problemas, no entanto, não chegam a 10% do total, e se dão devido a questões estruturais ou por questão de gestão. De qualquer maneira, nenhum problema representa prejuízo aos cofres públicos, pois todos são rigorosamente garantidos. Do total de projetos aprovados, 43% são pequenos negócios, ou seja, o financiamento não chega a R$ 1 milhão. Outro dado a ser destacado: 76% são projetos oriundos de investidores locais, quer para novas unidades, quer para modernização de plantas industriais. Embora alguns segmentos da sociedade reclamem que o programa deveria atender apenas a pequenos e micros, os projetos de grande porte é que chamam mesmo a atenção. Em razão de equívocos cometidos por analistas e críticos do programa, a direção do fundo decidiu realizar uma série de palestras, em comemoração aos seis anos de existência. É perceptível o espanto das pessoas quando passam a conhecer os resultados conquistados até agora e o efeito que a implantação de 70 projetos provoca, embora o município tenha mais de cinco mil empresas. É reflexo do porte dessas iniciativas e de sua diversidade. Foram financiados projetos de pouco mais de R$ 70 mil até investimentos de mais de R$ 20 milhões. Considerado um programa de desenvolvimento e não uma simples linha de crédito, o Fundecam tem acatado projetos de agronegócios, industriais e alguns de serviços, desde que não conflitue com o que a cidade já possui. Assim, foram apoiados investimentos em indústrias frigoríficas, projetos de pescados, laticínios, lavouras de canade-açúcar, biotecnologia, além de medicamentos e de transformação, principalmente de aço, que é o caso do Complexo Schulz, de origem alemã. Por considerar que o município tem uma grande estrutura de comércio, o Fundo não acata projetos nessa área, assim como não tem investido em hotelaria, ao mesmo tempo em que restringe investimentos em saúde, já que o município tem, por obrigação constitucional, que investir grandes somas nesta área. Para comprovar os resultados do Fundecam, o Conselho Gestor – composto por cinco secretários municipais – comemora o fato de que nove investidores já pagaram o financiamento e outro tanto está em vias de adimplir integralmente o que recebeu. Este fato deve ser comemorado duplamente, pois todo investidor que cumpre rigorosamente o contrato, ao final recebe de volta os juros que pagou. O Fundo opera com taxa de 6% a.a., oferece um ano de carência e cinco para pagar. A devolução dos juros é um atrativo contra a inadimplência, que tem um índice inferior a 10%. Quem não paga em dia, no entanto, acaba enfrentando punições severas, como o dobro das taxas de juros e multa. Outra comemoração é a experiência adquirida na convivência com projetos empresariais, alicerçando o município na conquista de novos negócios, tecnologias e modelos de gestão empresarial, além da diversificação da economia e de espalhar indústrias em locais nunca antes contemplados, o que gera especial satisfação na comunidade distante da área urbana. BB Presidente do Fundo de Desenvolvimento de Campos dos Goytacazes (Fundecam) BRAZILIAN BUSINESS 27 Lazer e trabalho afinados EXECUTIVOS RELAXAM DA TENSÃO NO TRABALHO APROVEITANDO TEMPO LIVRE PARA SE DEDICAR À MÚSICA Renato Santos, do Rio de Janeiro C ultivar um hobby nas horas vagas soa como música para executivos que precisam se desligar temporariamente da rotina estressante do mercado de trabalho. Trocar longas reuniões, viagens cansativas e pilhas de relatórios pelas notas de um violão, baixo ou guitarra é um bom negócio para quem é obrigado a conviver com uma agenda quase sempre lotada. Para esses profissionais, a música é condição sine qua non para recarregar baterias e ganhar fôlego extra para encarar a competição lá fora. 28 BRAZILIAN BUSINESS AGOSTO/2008 AGOSTO-SETEMBRO/2008 “A música é condição sine qua non para recarregar baterias e ganhar fôlego extra para encarar a competição lá fora” É o caso de Carlos Vitor Strougo, presidente da Kadan Headhunters, especializada em seleção e recrutamento de executivos no Brasil e no exterior. Formado em engenharia, Strougo diz que a música o atraiu por sua precisão matemática. Após o quarto episódio de estafa, decorrente do excesso de trabalho, foi aconselhado pelo médico a procurar um hobby. Com um gosto eclético, hoje mais para o blues e rock dos anos 60 e 80, ele dá uma dica para quem procura descanso com divertimento: “O médico disse que deveria parar de trabalhar direto e ter um hobby no fim de semana, se não quisesse ver a saúde física e mental ir para o brejo. Toco violão desde a adolescência. Nos últimos nove anos, venho me dedicando ao baixo e à gaita de blues. A música me deu uma visão mais abrangente das coisas. Mas o meu conselho é que não levem o hobby tão a sério. Quando os ensaios se prolongam e acaba o chope e o pastel com os amigos, o prazer acaba. É saudável visto apenas como brincadeira, porque dinheiro ganhamos com a nossa profissão”, ensina. Rubens Branco, sócio da Branco Consultores, compartilha do mesmo pensamento. Ele começou a estudar música aos oito anos, quando aprendeu acordeão, incentivado pelo pai. Ele não se considera um músico, mas um advogado que gosta de música. Hoje concilia as atividades no escritório com ensaios da banda “Dano Moral”, aos domingos. Branco, que também toca guitarra e violão há mais de quatro décadas, teve que suspender a música aos 19 anos para estudar e trabalhar, mas voltou a tocar 30 anos depois, incentivado pelo filho. Ele também aconselha os amigos a cultivarem um hobby, seja qual for. “A música ajuda a mente a descansar um pouco das preocupações do trabalho. E também faz bem à alma. Ela sempre foi meu hobby, ajuda a aliviar a tensão. Sou autodidata, mas hoje meu filho Daniel, cantor e guitarrista da banda, é meu professor. A família reage muito bem, todos curtem e nunca perdem nossas apresentações. Na banda ‘Dano Moral’ tocamos rock e blues, mas gosto pessoalmente de boleros, guarânias, samba, marchas etc. A música não seria para mim uma segunda profissão, mas quando me aposentar pretendo aumentar apresentações individuais em festas de amigos”, revela. Segundo especialistas, a prática de um hobby ajuda a canalizar emoções de forma mais positiva. No caso da música, amplia a rede de relacionamentos, pelo contato com pessoas que compartilham do mesmo interesse, e age de forma favorável no desenvolvimento físico e mental de quem o pratica. Uma coisa é certa: não há nada melhor para se distrair da tensão do dia-a-dia do que dedicar parte do tempo a uma atividade que dá um retorno tão valioso quanto o financeiro. BB AGOSTO/2008 BRAZILIAN BUSINESS 29 Amcham premia melhores projetos ambientais do país Os vencedores do Prêmio Brasil Ambiental 2008 posam com seus troféus D evon Energy do Brasil, Vale, Fundação O Boticário, Unibanco, Tractebel Energia e o jornalista Mauri König, da Editora Gazeta do Povo, foram os vencedores do Prêmio Brasil Ambiental 2008, iniciativa da Câmara de Comércio Americana (Amcham) para incentivar e reconhecer o mérito de empresas em projetos de preservação do meio ambiente e desenvolvimento sustentável. Prestigiaram a cerimônia, no Jockey Club Brasileiro, autoridades e empresários de diferentes setores da economia. O presidente da Amcham, João César Lima, e o diretor superintendente, Ricardo de Albuquerque Mayer, entregaram aos vencedores troféu e passagens aéreas para os Estados Unidos, além do livro “Quatro anos semeando compromisso com a 30 BRAZILIAN BUSINESS natureza”, uma cronologia dos quatro anos do prêmio em papel reciclado. Este ano a novidade foi a inclusão da categoria “Texto Jornalístico”, que tem o intuito de estimular a produção de reportagens que contribuam para o desenvolvimento sustentável do país. Em quatro anos de prêmio, 131 empresas já concorreram ao título de melhor projeto na área ambiental: “Este ano batemos o recorde de inscrições, com a participação de 41 projetos. Desta vez vamos reconhecer também a melhor matéria jornalística, porque queremos incentivar os veículos de comunicação a publicarem informações que tenham como tema o meio ambiente. O Prêmio Brasil Ambiental é uma contribuição da Câmara Americana para o desenvolvimento sustentável”, explicou Ricardo Mayer. O jornalista Mauri König venceu AGOSTO-SETEMBRO/2008 nesta categoria com a reportagem “A Última Testemunha”, um relato dos problemas ambientais e sociais do interior do Brasil. Entre os projetos corporativos, se destacaram: “O uso do audiovisual no diagnóstico participativo - a experiência do Projeto de Educação Ambiental do Campo de Polvo” (Devon), “Oásis: água boa para São Paulo” (Fundação O Boticário), “Gestão Sustentável de Resíduos Sólidos no Complexo de Tubarão da Vale no Espírito Santo” (Vale), “Usina Termoelétrica Bandeirantes – UTEB” (Unibanco), e “Sistema Agroflorestal Cabona 4 (Tractebel Energia). Uma banca formada por especialistas na área ambiental avaliaram os 41 projetos, distribuídos em seis categorias: “Educação Ambiental”, “Gestão da Água”, “Gestão de Resíduos Sólidos”, “Florestas”, “Mecanismo de Desenvolvimento Limpo” e “Texto Jornalístico”. Fizeram parte da banca o jornalista e editor do site Envolverde, Eduardo Marcondes; o presidente da Feema, Axel Grael; o professor de Engenharia Ambiental da PUC-RJ, Carlos Gabaglia Penna; o presidente do Instituto Pnuma, Haroldo Mattos de Lemos e o diretor executivo do Funbio, Pedro Leitão. A cerimônia de entrega do Prêmio Brasil Ambiental teve patrocínio da Petrobras, Bradesco Capitalização, Cedae, Cultura de Segurança, Serviços de Consultoria, Devon Energy, El Paso e American Airlines, além do apoio da PricewaterhouseCoopers e da Gráfica Ideal. José Lourival Magri, da Tractebel Energia, Duílio Diniz Figueiredo, do Consórcio Machadinho, e o presidente da Amcham, João César Lima Almirante Ibsen de Gusmão Câmara, da Fundação O Boticário, e Ricardo Mayer, diretor superintendente da Amcham Luis Cláudio Castro e Romildo Fracalossi, da Vale, recebem o prêmio de Flávio Torres, da Petrobras Marco Aurélio Giordano, do Unibanco, e o chairman de Meio Ambiente da Amcham, Oscar Graça Couto Fernando Borensztein, da Devon, e Haroldo Mattos de Lemos, presidente do Instituto Pnuma Mauri König, da Gazeta do Povo, e a vice-chairman de Meio Ambiente da Amcham, Adriana Fixel AGOSTO-SETEMBRO/2008 BRAZILIAN BUSINESS 31 Amcham recebe Michael Chertoff no Rio Em seu único encontro aberto a empresários, o ministro da Segurança Nacional dos Estados Unidos enfatiza a prevenção Ronaldo Veirano, Joel Korn, Juan Llerena, Michael Chertoff, Clifford Sobel e Robson Barreto A Câmara de Comércio Americana recebeu o ministro da Segurança Nacional dos Estados Unidos, Michael Chertoff, que veio ao Brasil em uma curta visita. Seu único encontro com a comunidade empresarial aconteceu no Rio de Janeiro, em um café da manhã com associados da Amcham e a presença do embaixador americano, Clifford Sobel, do cônsulgeral em exercício, Erik Holm-Olsen, e da cônsul comercial dos Estados Unidos, Camille Richardson. Chertoff falou sobre segurança, prevenção e parcerias para cerca de 60 executivos. Em sua primeira visita ao país, Michael Chertoff destacou a importância do incremento da parceria entre Brasil e Estados Unidos e contou como funciona seu ministério: “Trabalhamos sobre três plataformas: gerenciamento de riscos, parcerias e equilíbrio”, disse. Ele explicou que inspeção e segurança total são coisas impossíveis, portanto é necessário gerenciar os riscos, tanto em transportes de carga como de passagei- 32 BRAZILIAN BUSINESS ros. “O trabalho de inteligência permite automatizar uma parte expressiva do processo, fazendo uma triagem preventiva eficiente, minimizando riscos e custos. É preciso promover a segurança sem, contudo, paralisar o comércio mundial”, avaliou. Chertoff disse que o uso da informação rápida e eficiente é fundamental para garantir essa fluidez do comércio internacional com segurança. “Isso faz com que incomodemos menos pessoas e empresas, por isso acreditamos que o melhor é promover parcerias que permitam a inspeção de cargas no embarque. “Nem sempre isso é possível, seja por limitações físicas ou políticas, já que há países que não querem aderir a esses procedimentos em suas portas de saída, e é preciso respeitar a soberania de cada país”, argumentou. O ministro destacou que a verificação de cargas antes do embarque evita que todo um navio seja afetado, por exemplo. O ministro da Segurança Nacional americano disse que as parcerias com a AGOSTO-SETEMBRO/2008 iniciativa privada são a melhor forma de aumentar a eficiência e baixar custos, já que empresas e pessoas têm todo o interesse em proteger seu patrimônio e produção. “O envolvimento do empresariado na formulação de políticas públicas de segurança é muito importante para orientar demandas e ajudar a apontar soluções. Afinal, todos saem ganhando com a segurança do comércio internacional”, opinou. Chertoff destacou a relevância desta relação com as companhias aéreas, que permite gerar preciosas informações. “Os grupos terroristas conseguem arregimentar pessoas insuspeitas. Se pudermos rastrear os destinos, via companhias aéreas, podemos encontrar vínculos e localizar redes de grande valor estratégico”. Finalmente, Chertoff disse que o equilíbrio é fundamental para garantir a compensação entre os desconfortos gerados pelas restrições necessárias à segurança. “As pessoas reclamam muito de invasão de privacidade, mas é necessário incomodar uns poucos para garantir a liberdade da maioria de viajar e fazer comércio internacional”, defendeu. Depois de sua exposição, Michael Chertoff respondeu às perguntas dos executivos. Sobre segurança nuclear, o ministro disse que a ênfase deve estar ser sempre na prevenção, tanto no risco de vazamentos como no tratamento, depósito e transporte de materiais radioativos. “No caso de uma explosão, no entanto, a principal ação seria controlar o pânico da população e convencê-la a não se retirar do local, que é uma atitude humana de sobrevivência, e ir para um lugar sem contato com o ar contaminado”, informou. AGOSTO-SETEMBRO/2008 BRAZILIAN BUSINESS 33 Marcas do crescimento Subsecretário de Propriedade Intelectual dos EUA diz que Agenda do Desenvolvimento vai fortalecer processos de inovação em todo o mundo O subsecretário americano Jon Dudas e o presidente do INPI, Jorge Ávila O Brasil perde anualmente R$ 30 bilhões em impostos com a pirataria. Segundo o Ministério do Trabalho, ela também impede a criação de dois milhões de empregos formais por ano no mercado, desencorajando novos investimentos. O debate sobre propriedade intelectual ganhou contornos mais fortes com a Agenda do Desenvolvimento, proposta na Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) em 2004. Ela busca conciliar desenvolvimento sustentável e propriedade intelectual. Para saber mais dos avanços relacionados a marcas e patentes, a Amcham promoveu um encontro com o subsecretário de Comércio e Propriedade Intelectual dos Estados Unidos, Jon Dudas, e o presidente do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), Jorge Ávila. O evento teve patrocínio de Dannemann, Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira. Dudas, que também é diretor do Escritório de Marcas e Patentes dos EUA (USPTO), disse que a Agenda de 34 BRAZILIAN BUSINESS Desenvolvimento é um passo importante para harmonização dos sistemas, sem que isso configure uma intervenção mais forte nas economias de cada país. “O ponto fundamental é que ela pode servir como um instrumento facilitador do processo de inovação e crescimento para o planeta. Precisamos criar uma base comum de entendimentos, a partir da qual daremos impulso para que as economias dos países cresçam em função de processos tecnológicos e industriais fortes e avancemos em direção a novos acordos. Precisamos saber como as informações sobre marcas e patentes serão compartilhadas. Além disso, o que vier a acontecer na próxima Rodada de Doha terá um impacto muito grande na eficiência da propriedade intelectual”, afirmou. Para Jorge Ávila, o sistema de propriedade intelectual deve ser mais amigável, promovendo vantagens para o esforço de inovação. Ávila defendeu a participação do Brasil no Protocolo de Madri, acordo internacional firmado em 1989 para simplificar e tornar mais objetiva a idéia de concentrar o registro de marcas em um só local. Ele afirmou que empresas vítimas da pirataria precisam rever seu modelo de negócio. “As indústrias de software e música são as que mais sofrem com a pirataria hoje no mundo. Um modelo de negócios vitimado por esta prática deve ser repensado, sem esquecer que a ilegalidade tem que ser combatida pelo estado. O INPI tem hoje uma série de grupos de estudo debruçados sobre tratados de comércio envolvendo propriedade intelectual. O Brasil deve participar ativamente do Protocolo de Madri”. Ricardo Mayer, Jon Dudas, Dirk Pieter Siemsen e Jorge Ávila AGOSTO-SETEMBRO/2008 AGOSTO-SETEMBRO/2008 BRAZILIAN BUSINESS 35 Brasil depois do investment grade Investimentos em renda fixa migrarão mais para multimercados, prevê economista-chefe do Asset Management do Banco Real queda dos juros, balança carteira é de commodities. Se houver comercial positiva, paga- queda da demanda mundial, vai sentir mento da dívida externa mais. Ano passado, o consumo nos e controle da inflação. EUA cresceu 3,4%, sendo que 1,9% O país sentirá a reper- decorrente de imóveis. As pessoas capcussão a médio e longo tavam empréstimos para comprar casas prazo, com capitalização declarando uma renda que não tinham, maior do mercado acio- certas de que a valorização permitiria nário, nos fundos mútu- um refinanciamento. Em dezembro, os e de pensão. Haverá pela primeira vez na história, isso não aumento da migração aconteceu. Os bancos ficaram com da renda fixa básica para estoque altíssimo e baixa demanda. O multimercados”. mercado imobiliário americano caiu Penteado disse 60% em dois anos”, explicou. que as crises de crédito, Autor de um livro sobre ecoO economista-chefe do Banco Real, Hugo Penteado bancária e econômica economia, Hugo Penteado acredita Brasil tornou-se, em nos Estados Unidos têm uma raiz co- que o modelo de desenvolvimento abril, a terceira nação mum: a crise do mercado imobiliário. econômico da humanidade precisa da América Latina a Ele ressaltou que na Europa o cenário ser revisto: obter o investment grade, classificação que não é diferente, pois Espanha, Itália, “Se não houver uma mudança na sinaliza aos investidores que o país é Irlanda e Reino Unido estão atraves- teoria econômica tradicional e os ecoseguro para receber investimentos, por sando uma forte recessão imobiliária, nomistas não abandonarem a crença ter condições de honrar seus débitos. e a inflação global só será resolvida por de que o planeta é fonte inesgotável Com 25 anos de atuação no mercado uma crise ainda maior ou se os países de recursos e que se pode construir financeiro, o economista-chefe do ricos desacelerarem a economia, com outro planeta se necessário, não será Asset Management do Banco Real, aumento dos juros. possível mudar a rota atual de destruiHugo Penteado, disse em evento na “A Bovespa foi a bolsa que menos ção do meio ambiente e da própria Amcham que o grau de investimento sentiu a crise, porque metade de sua humanidade”, concluiu. foi conseqüência do bom momento das contas externas, impulsionadas sobretudo pelas exportações. Mas o estrategista de investimentos do ABN AMRO não acredita que os efeitos serão sentidos logo. “O Brasil não fez as reformas necessárias, mas melhorou muito as contas externas. De 2005 para 2007, saímos de US$ 54 bilhões em reservas para US$ 180 bilhões. A pauta de exportações diversificou-se e cresceu. O grau de investimento é a coroação da Ricardo Mayer, Gilberto Prado, Hugo Penteado e Jean Yves Dionne O 36 BRAZILIAN BUSINESS AGOSTO-SETEMBRO/2008 AGOSTO-SETEMBRO/2008 BRAZILIAN BUSINESS 37 Petróleo para todos Diretor da ANP defende mudanças na Lei do Petróleo para que país aproveite melhor o uso dos royalties Para Victor Martins, da ANP, o petróleo é um bem de todos os brasileiros A descoberta de novos poços de petróleo na camada pré-sal aqueceu o debate sobre a redistribuição dos royalties no Brasil. Em palestra promovida pela Amcham, o diretor da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Victor Martins, defendeu a reformulação da lei da distribuição desses valores. Para Martins, o petróleo é um bem que deve ser usufruído por todos os brasileiros através de uma maior arrecadação da União e não pode ser alvo de disputas políticas regionais. Porém, essa mudança deve ser feita a longo prazo, passando pelo Congresso Nacional. O executivo disse que há necessidade de alterar a Lei do Petróleo, e uma mudança drástica pode levar muito tempo. “O governo age de forma cautelosa, introduzindo na sociedade o debate necessário para futuras mudanças. Por enquanto, alguns pontos podem ser aprimorados através de decretos presidenciais, como, por exemplo, a atualização das 12 tabelas que determinam os cálculos das cobranças”. Uma atitude que precisa ser tomada em breve é a nova taxação sobre 38 BRAZILIAN BUSINESS os royalties. O valor da participação especial dos lucros do petróleo que vai para os cofres públicos pode ser reajustado por decreto presidencial. Uma das alternativas defendidas é a incorporação da rentabilidade na produção em larga escala. “Vários países que aumentaram a participação no mercado já reformularam suas tabelas. No Brasil, desde que se começou a usar a taxação vigente, o preço do barril de petróleo valorizou quase 10 vezes mais, e ainda não mudamos as tabelas”, explicou. As discussões em torno da Lei do Petróleo não se limitam apenas aos percentuais de arrecadação e distribuição. A aplicação desses royalties gera divergências. Há os que defendem que eles devem ser aplicados em melhorias na educação; para outros, deveria haver um fundo emergencial com essa renda para eventuais crises. Outro tópico de discussão é a possível criação de um fundo soberano, como foi criado em países superavitários, que não é o caso do Brasil. Desde a descoberta dos campos no pré-sal, a ANP enfrenta desafios tecnológicos e jurídicos. Proteção contra dispensa arbitrária S egundo o Ministério do Trabalho, 12,7 milhões de trabalhadores foram dispensados em 2007, 7,6 milhões (59,4%) demitidos sem justa causa ou motivação. Em fevereiro, Lula enviou ao Congresso pedido de ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que prevê indenização ou reintegração em caso de demissão injustificada. Ocorre que o Supremo Tribunal Federal deu status de lei ordinária ao decreto que aprovou a Convenção, impedindo que se sobreponha ao artigo da Constituição que trata do tema. A Amcham convidou a vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT-RJ), Maria de Lourdes Salaberry para debater o assunto: “Neste intervalo, vários processos e ações foram ajuizados. No entender do STF, essas decisões estavam erradas, não poderiam determinar reintegração dos empregados. Como o decreto tem nível hierárquico de lei ordinária, está sujeito às regras constitucionais e não serve como norma regulamentadora. Só lei complementar prevê indenização compensatória quando promovida despedida arbitrária”, explicou. De acordo com a regulamentação, sempre que a dispensa for injustificada, o trabalhador poderá contestar judicialmente ou recorrer à arbitragem. Para Salaberry, é preciso distinguir estabilidade de garantia de emprego: “Nosso ordenamento jurídico acabou com a estabilidade para todos os empregados, só contemplando Maria de Lourdes Salaberry, do TRT-RJ indenização para dispensa arbitrária. A simples aprovação do Congresso Nacional com a sanção do presidente da República não tem o condão de modificar as regras que já existem. Não se deve confundir estabilidade com garantia de emprego”, completou. AGOSTO-SETEMBRO/2008 BRAZILIAN BUSINESS 39 Ser líder é ser a melhor no que faz. Para a Michael Page, ser líder não é apenas estar presente nos 5 continentes, atuar através de 166 escritórios e possuir mais de 5.535 colaboradores. É muito mais do que isso: � É respeitar a confidencialidade de seus clientes e candidatos � É ter uma equipe profissional e apaixonada � É conhecer o mercado brasileiro e da América Latina � É ser uma das marcas mais respeitadas do mundo quando o assunto é recrutamento especializado A Michael Page está preparada para o futuro. www.michaelpage.com.br São Paulo (11) 4505-6005 Rio de Janeiro (21) 4502-6005 Campinas (19) 3345-6000 Curitiba (41) 3312-1666 Finance & Tax | Legal | Banking & Financial Services | Insurance | Healthcare | Sales & Marketing | Human Resources | Retail Information Technology | Engineering & Manufacturing | Supply Chain & Procurement | Property & Construction | Oil & Gas Do Espírito Santo para o mundo V itória recebeu o doutor em Ciências Políticas e coordenador do Curso de Relações Internacionais do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC/RJ), José Luiz Niemeyer, em um evento promovido pela Câmara de Comércio Americana do Espírito Santo. O encontro aconteceu no Cerimonial Itamaraty e contou com a presença de autoridades de vários segmentos produtivos. Em sua exposição, Niemeyer destacou a importância das relações internacionais para o Espírito Santo, dada a posição estratégica do estado em relação a outros países. Este fator pode resultar no aumento dos investimentos diretos estrangeiros e em mais processos de incorporação e fusão de empresas que atuam no estado. Segun- do Niemeyer, essa atitude contribuirá para a difusão da cultura empresarial capixaba, o desenvolvimento social e o aumento de empregos e da renda da população. Para tanto, defendeu a criação de uma Secretaria de Relações Internacionais pelo governo do estado Clovis Vieira, José Luiz Niemeyer e Marcelo Silveira Netto do Espírito Santo. José Luis Niemeyer destacou três de informações gerado; o período de momentos que considera primordiais democratização, com a inserção do país na evolução da informação no Brasil e em um contexto internacional; e as exno mundo: o pós-regime militar, devido pectativas do que pode ocorrer com o ao advento da democracia e do choque mundo, em termos de informação. Convite CAS Óleo Visas Estamos em um especial evento e convidamos você a fazer uma visita a nosso stand na Rio Oil & Gas, junto à Câmara de Comércio Americana (Amcham) no Riocentro – Rio de Janeiro, de 15 a 18 de setembro de 2008, pavilhão 3, Rua H - stand 25, das 12h às 20h, em frente ao stand da Shell. A CAS, empresa mais experiente na legalização de estrangeiros, garante resultados vencedores e satisfatórios na área de imigração. Com 36 anos de tradição prestamos serviços para os maiores e mais importantes projetos de Petróleo e Gás desenvolvidos no Brasil. Contamos com a melhor estrutura do mercado, composta por uma equipe de 60 profissionais totalmente treinados e especializados, priorizando a qualidade e eficiência. CAS Óleo Visas Legalização de Documentos Ltda. Tel.: [21] 2262 4868 Fax: [21] 2262 6367 [email protected] AGOSTO-SETEMBRO/2008 BRAZILIAN BUSINESS 41 LEGAL ALERT Condescendência judiciária Por Domingos Fernando Refinetti M uito se tem falado a respeito da morosidade e da qualidade da Justiça, criticando-a por não atender, no tempo e na intensidade devidos, os anseios de quem dela se serve. Por essa situação, culpa-se o arcabouço legal de que se valem as partes, os juízes, os promotores e todos os agentes auxiliares da Justiça. Culpa-se a falta de infra-estrutura administrativa, técnica, tecnológica, logística, física, econômica, a penalizar o correto e o célere andamento dos serviços inerentes à prestação jurisdicional. Culpa-se a escassez de talentos humanos para preencher as milhares de vagas que uma Justiça adequada requer. Culpa-se o cenário político-institucional por não enfrentar o problema de uma Justiça debilitada e desacreditada. Cabe, então, para quem milita no Foro, responder à seguinte questão: por que milhares de processos são postergados e, literalmente, “empurrados com a barriga”, se há instrumentos processuais de alta eficácia para encerrar, no seu devido tempo (queremos dizer: mais cedo!), com precisão e qualidade inatacáveis, uma grande quantidade de demandas que não preenchem os mais comezinhos princípios de admissibilidade à luz do Código de Processo Civil? Veja-se a absurda quantidade de ações cujas petições iniciais são flagrantemente ineptas, seja pela obscuridade de seus termos, pela falta de concatenação lógica e jurídica entre os fatos narrados e seus pedidos - no mais das vezes, ininteligíveis, desprovidos de qualquer técnica, de requisito processual ou, ainda, de vinculação com suposta causa de pedir. Em tais casos, e são incontáveis, por que não aplicar, pura e simplesmente, o preceituado na legislação processual e, adotadas as devidas cautelas em cada caso, extinguir tais ações sem julgamento de mérito, na primeira oportunidade? Em nome de que essas ações devem ser mantidas 42 BRAZILIAN BUSINESS AGOSTO-SETEMBRO/2008 vivas, se processualmente natimortas, a consumir uma atividade advocatícia e jurisdicional (em várias instâncias), apenas para tentar remendar algo que veio à luz em absoluta contradição com o direito processual civil, ao arrepio do que os operadores do direito somos obrigados a estudar e conhecer e, portanto, a aplicar? Da mesma forma, quantas demandas não se compadecem com os mais elementares pressupostos de constituição e representação processualmente válidos e com as condições da ação (legitimidade de parte, interesse de agir e possibilidade jurídica do pedido) e, não obstante, também em nome de princípios, tão obscuros, quanto fluidos ou poéticos, são alimentadas por despachos, decisões interlocutórias, recursos, petições e arrazoados (quando não por perícias totalmente despiciendas e audiências modorrentas), tudo à espera de um veredicto que faça jus à Justiça, mas só consegue desacreditá-la? É evidente que, na busca pela Justiça, faltam estrutura, pessoal, dinheiro e vontade política para seu atingimento; parece, também, claro, que instrumentos mais ágeis em termos processuais poderiam ser adotados a fim de chegarmos a tal destino; isso não se nega. Reformas nesse sentido - desde que não visem, unicamente, a uma Justiça Social, em detrimento daquela Justa - são desejáveis (não sendo o tema deste artigo). Mas por que não começar com o que já temos e aplicar, efetivamente, as regras já existentes do Código de Processo Civil, naquilo em que elas são, desde já, indiscutíveis: na extinção das demandas que, em seu nascedouro, já vêm eivadas de vícios insanáveis a contaminar de morte o seu seguimento? De tabela, talvez ainda se conseguisse prestar um grande serviço ao aprimoramento do ensino jurídico neste país, forçando a substituição da quantidade pela qualidade. Sócio do escritório Machado, Meyer, Sendacz e Opice AGOSTO-SETEMBRO/2008 BRAZILIAN BUSINESS 43 PELO Divulgação Desenho de Eliezer Danilo de Melo, Canguçú - RS Mercado Instituto Souza Cruz celebra oito anos de boas idéias Formar empreendedores capazes de escrever um novo capítulo na história da juventude rural brasileira. Esta é a missão do Instituto Souza Cruz, que completa oito anos investindo no futuro, ao levar novos conhecimentos a jovens que vivem no campo. Através da defesa política e coletiva de causas sociais voltadas para o desenvolvimento de jovens carentes de áreas rurais, o Programa Empreendedorismo do Jovem Rural (PEJR) dedica-se a preparar uma geração que busque formas alternativas de criação de renda, de maneira competitiva e cooperativa, sustentada e socialmente responsável. Criado em um processo de construção coletiva, com participação de lideranças comunitárias, acadêmicos, poder público e ONGs, o programa deu origem, em julho de 2001, ao Centro de Desenvolvimento do Jovem Rural (Cedejor), localizado hoje em três regiões: Vale do Rio Pardo (RS); Encostas da Serra Geral (SC); e Centro-Sul do Paraná (PR). Para Denise Nunes, consultora pedagógica do PEJR, que acompanha uma turma de alunos de dez municípios das regionais da Epagri, em Campos Novos, e Joaçaba, em Santa Catarina, a etapa final dos projetos revela a importância dessa assistência: – O PEJR oferece condições para que eles observam e compreendam criticamente a realidade. A partir daí, podem desenvolver projetos de futuro, com experimentação de práticas que projetem o novo como alternativa desejada e protagonizada por esses jovens”, concluiu. Lucia Meirelles Quintella retornou de Houston para reassumir o cargo de sócia no escritório de advocacia Meirelles Quintella. Nos EUA, a advogada cursou Master Businesses Administration na University of Phoenix e prestou consultoria na área de Direito do Trabalho. A executiva Margareth Feijó Brunnet é a nova diretora superintendente da Refinaria Ipiranga. A empresa foi adquirida pela Petrobras com os outros ativos do Grupo Ipiranga em abril de 2007. Antes de assumir o cargo, Margareth foi diretora presidente da Mentanor e da Copenor, empresas da área petroquímica da Petrobras. Marcelo Faria Pereira e José Luiz Sanches são os novos sócios da BDO Trevisan. Marcelo, que tem 14 anos de carreira e está na empresa desde 2004, será o responsável pelos escritórios de Brasília e Goiânia. Já Sanches, que conta com uma experiência de 21 anos, será gestor do escritório de Campo Grande. A Personal Service, empresa de soluções em infraestrutura, acaba de contratar três novos executivos: Paulo César Cardoso Corrêa, como gerente de desenvolvimento de Novos Negócios, e Solange Palácio, para gerente operacional na mesma área. A coordenação de Qualidade de Facilities da empresa ficará a cargo de Ione Logullo. Carlos Antonaglia assumiu a diretoria de Recursos Humanos da Ernst & Young Brasil. O executivo, que ingressou na companhia como trainee, atuava, há três anos, como gerente sênior de Transações Corporativas. Antonaglia é graduado em Direito, com pósgraduação em Administração Estratégica em Recursos Humanos pela FAAP. AGOSTO-SETEMBRO/2008 BRAZILIAN BUSINESS 45 Rio de Janeiro: educar para crescer Andrea Ramal A Deork Daniel educação do estado do Rio de Janeiro agora é pauta também para os empresários. Se, por um lado, o governo investe na expansão econômica, e diversas empresas já potencializam suas atividades em regiões como a Costa Verde ou o Norte Fluminense, por outro, há carência de gente qualificada para assumir os milhares de novos postos de trabalho. 46 BRAZILIAN BUSINESS AGOSTO-SETEMBRO/2008 “A sociedade demanda cidadãos comprometidos com a sustentabilidade do planeta, envolvidos localmente com ações de promoção da cultura de paz, capazes de construir realidades mais justas” Por falta de trabalhadores qualificados, muitas vezes são as empresas brasileiras que assumem o desafio do desenvolvimento de pessoas. A Vale, por exemplo, tem um departamento exclusivo com essa finalidade: a Valer – Educação Vale. Entre 2006 e 2007, a companhia capacitou 9 mil funcionários técnico-operacionais da operação ferroviária e mais de 1.200 de operação e manutenção de mina, num total de 200 mil horas de treinamento e 140 ações educacionais com material didático especialmente desenvolvido e educadores internos capacitados para ensinar. O conhecimento ajudou a fazer a diferença: a produtividade aumentou e o lucro operacional cresceu 40,9% frente a 2006; e o lucro líquido em 2007 chegou ao recorde de US$ 11,825 bilhões, com aumento de 62,9% em relação ao ano anterior. No programa de formação de educadores, a pesquisa de ROI (Return On Investment) calculou o índice de retorno do que foi gasto com treinamento em 1.977%. As empresas do Rio de Janeiro precisarão investir em desenvolvimento de pessoas para crescer. Mas não basta falar de educação corporativa: o problema se origina na educação básica. Nas provas do SAEB (2005), o Rio ficou em 12º lugar em Matemática e 14º em Português. Estas provas medem competências básicas como ler e interpretar, fazer cálculos e resolver problemas. As taxas de repetência no Ensino Médio do Rio chegam a mais de 25% (2004) - acima da média nacional. Na distorção idade-série, há um abismo crescente no ensino do estado com relação aos demais: em torno de 55,7 (desde 1999), mais que o dobro de São Paulo e 20% superior à média nacional. Atenta a essa questão, a Câmara de Comércio Americana organizou um almoço-palestra com a nova secretária de estado da Educação, Tereza Porto, que comentou os desafios para a educação no estado e convidou os empresários a apoiar as iniciativas em andamento. A proposta de trabalho de Tereza Porto é promissora. Em apenas quatro meses no cargo, ela já inaugurou o Núcleo Avançado em Educação (Nave) – escola pública que é centro de pesquisa e inovações –, iniciou a capacitação dos gestores escolares, equipou os professores com notebooks e tem estabelecido parcerias com empresas. Anima a perspectiva, anunciada pela secretária, de investir na formação de professores, com um processo sistemático baseado em resultados. Isso é fundamental porque o mercado de trabalho exige trabalhadores capazes de aprender permanentemente, com disposição para a mudança e proatividade. As empresas requerem pessoas abertas ao trabalho em rede, que saibam compartilhar conhecimento e gerem inovação. A sociedade demanda cidadãos comprometidos com a sustentabilidade do planeta, envolvidos localmente com ações de promoção da cultura de paz, capazes de construir realidades mais justas. A formação desses novos cidadãos depende de professores capazes de construir uma nova sala de aula, que rompa com o currículo tradicional e se torne um espaço de formação em valores, construção coletiva de conhecimento e estímulo às mentes empreendedoras e críticas. Outros governos estão atentos à questão educacional, buscando soluções de impacto em larga escala. O estado de Goiás implementou, ao longo de três anos, o programa Multicurso, da Fundação Roberto Marinho, e formou mais de três mil professores, revolucionando o ensino da Matemática. O Espírito Santo e algumas regiões do Sul do país estão replicando o programa. São Paulo implementa este ano o Telecurso TEC, voltado para a formação profissional de técnicos em gestão de pequenas empresas, como parte do currículo escolar do Ensino Médio. Em menos de dois anos São Paulo contará com 50 mil jovens empreendedores capacitados. O Rio não pode ficar para trás. Por isso, animou a todos no almoço-palestra constatar que a nova equipe da Secretaria de Estado de Educação tem consciência dos desafios e está se articulando com o empresariado para levar adiante um programa consistente. BB Sócia-Diretora da ID Projetos Educacionais AGOSTO-SETEMBRO/2008 BRAZILIAN BUSINESS 47 O lado verde da Xerox Silvio Guimarães A s questões relativas ao meio ambiente vêm se tornando uma preocupação crescente em grande parte das empresas e da sociedade. Essa consciência do valor de sua preservação advém da constatação de que não haverá futuro para o homem sem que existam condições ambientais adequadas à manutenção da vida. Se fizermos uma rápida recapitulação dos noticiários dos últimos meses, vamos constatar que os problemas ambientais locais e globais se intensificaram, fruto da maneira como o homem usa os recursos da natureza, seja para sua necessidade imediata, para transformação ou para descarte de dejetos industriais e domésticos. 48 BRAZILIAN BUSINESS AGOSTO-SETEMBRO/2008 JUNHO/2008 AGOSTO/2008 Fotos: Divulgação Xerox “Outra novidade lançada pela Xerox foi a Calculadora de Sustentabilidade. A ferramenta mede, por exemplo, os benefícios financeiros obtidos com a racionalização do uso do papel das copiadoras e a eliminação dos desperdícios sólidos e da emissão dos gases do efeito estufa” Em resposta a estes problemas, diversas ações e movimentos buscam dar sentido a esse conceito. E é neste cenário que aparece a gestão ambiental, conjunto de práticas que as empresas utilizam para buscar melhorias contínuas, que se mostram úteis tanto para a imagem institucional quanto para a melhoria e sustentação do desempenho no longo prazo. A Xerox, por exemplo, é pioneira no projeto de criação de produtos “livres de resíduos”. Em um mundo de recursos limitados, a companhia utiliza materiais e energia de modo eficiente para minimizar desperdícios e emissões. Os equipamentos da empresa - impressoras e multifuncionais - são projetados para serem manufaturados novamente ao final do ciclo de vida. É a chamada remanufatura. Esses equipamentos atendem aos requisitos ambientais expressos em rótulos ecológicos mais rígidos – incluindo o canadense Environmental Choice, o Blue Angel, da Alemanha e o Energy Star® da Agência de Proteção ao Meio Ambiente dos Estados Unidos – e podem economizar cerca de 50% dos custos com eletricidade. Outra novidade lançada pela Xerox foi a Calculadora de Sustentabilidade. Anunciada mundialmente em março e apresentada no Brasil na última edição do CIAB Febraban, a ferramenta oferece às empresas um instrumento de medição factual dos impactos ambientais no seu cotidiano. Mede, por exemplo, os benefícios financeiros obtidos com a racionalização do uso do papel das copiadoras e a eliminação dos desperdícios sólidos e da emissão dos gases do efeito estufa. Mas as soluções sustentáveis da Xerox vão além dos seus produtos e serviços. A cada ano, a empresa renova seu compromisso com o meio ambiente, através da implementação do sistema de gerenciamento de meio ambiente, padrão ISO 14001. Todas as instalações de manufatura da companhia obtiveram o certificado, incluindo as brasileiras em Itatiaia, no Rio de Janeiro, e em Simões Filho, na Bahia. No caso específico do Brasil, há três projetos que merecem destaque: o programa de devolução de cartuchos vazios, a coleta seletiva e a recuperação da fauna e da flora em torno do parque industrial de Itatiaia. Inaugurado em 2006, o complexo reúne ainda as atividades de reciclagem de equipamentos, logística de distribuição, reciclagem e destinação de resíduos para todo o país. O primeiro deles incentiva os consumidores a retornarem os cartuchos de impressão usados para serem reutilizados, remanufaturados ou reciclados. Esta ação tem como objetivo fundamental o combate ao aquecimento global, dando um destino ecologicamente correto para estes produtos. Todos os clientes Xerox podem solicitar a coleta de qualquer lugar do país, para uma quantidade mínima de 100 unidades. A cada 50 cartuchos vazios devolvidos, a Xerox envia um novo em troca. Até o momento, já foram recolhidos aproximadamente 22 mil cartuchos. Nossa meta é atingir cerca de 30 mil até o final de 2008. Todo o material é encaminhado ao Centro Nacional de Reciclagem e Destinação, em Itatiaia, Rio de Janeiro. Com relação à preservação da mata ciliar, fechamos uma parceria com a Universidade de Barra Mansa. Semanalmente, recebemos a visita de estudantes de Biologia que nos ajudam no reflorestamento dessa vegetação. A destruição das florestas em áreas de preservação permanente, como as matas ciliares, afeta diretamente a quantidade e qualidade da água e contribuem para o agravamento das conseqüências de enxurradas e enchentes. Por isso, a necessidade de se plantar mais árvores é clara para nós. O projeto começou em janeiro de 2008 e já foram plantadas mais de 2 mil mudas. Pretendemos chegar a 5 mil até o final do ano. Já na coleta seletiva, todos os 3 mil funcionários da empresa são incentivados a participar do programa, dando, assim, um tratamento adequado ao material produzido e descartado. Com essas iniciativas, a empresa recompensa suas atividades no Brasil sempre em busca de um ambiente que seja favorável à natureza e à sociedade. Nossa meta é de expandir nossas ações cada vez mais para que a Xerox continue contribuindo com o país de forma responsável e consciente. BB Coordenador de Segurança e Meio Ambiente da Xerox do Brasil AGOSTO-SETEMBRO/2008 AGOSTO/2008 JULHO/2008 BRAZILIAN BUSINESS 49 ESPÍRITO SANTO ALCOTRA BIOENERGY DO BRASIL S.A. (Alcotrabio) Philippe Meeus - CEO Rua Lauro Müller, 116/s. 4305 Botafogo 22290-906 Rio de Janeiro, RJ Tel: (21) 2543-3399 Fax: (21) 2543-6040 [email protected] www.alcotra.com.br LOESER E PORTELA ADVOGADOS Paulo César Antunes Macera - Sócio Fabiano Meireles de Angelis - Sócio Rua da Candelária, 65/ conj. 1301 Centro 20091-020 Rio de Janeiro, RJ Tel: (21) 2210-3138 Fax: (21) 2516-4391 [email protected] www.loeserportela.com.br ROBERT HALF ASSESSORIA EM RECURSOS HUMANOS LTDA. Ricardo Bevilacqua - Diretor Geral Marcus Alves - Consultor de Recrutamento Praia de Botafogo, 501 - Botafogo 22250-040 Rio de Janeiro, RJ Tel: (21) 2546-9910 [email protected] www.roberthalf.com.br CONSULTORIA EMPRESARIAL PAULO ROBERTO DE ALMEIDA (Cepra) Kátia Leão Borges de Almeida - Sócia e Advogada Paulo Roberto Figueira de Almeida - Sócio Av. N. Sra. dos Navegantes, 451/ conj. 601 - Enseada do Suá 29050-420 Vitória, ES Tel/Fax: (27) 2123-0003 [email protected] www.cepra.com.br WAL-MART BRASIL LTDA. (Sam’s Club Brasil) Sandro Alexandre Megale - Diretor Regional de Operações Augusto Cançado Guimarães - Gerente Regional de Vendas Rua Projetada, 345, Bl. 2 - Engenho de Dentro - 20730-140 Rio de Janeiro, RJ Tel: (21) 2199-6284 Fax: (21) 2199-6281 [email protected] Cuidamos da sustentabilidade de negócios em mais de 100 países. Uma empresa que conhece cada pedaço do Brasil e de mais 111 países. 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Este ano a revista TN Petróleo completa 10 na nossa indústria foram fantásticos neste anos de existência. Ao longo deste período período e nós nos sentimos também abrimos espaço para os nossos melhores responsáveis por estas conquistas. esperamos técnicos, pesquisadores e formadores de opinião continuar colaborando e indo cada vez mais com a divulgação de matérias e artigos. fundo com as nossas próximas edições no Os avanços tecnológicos obtidos desenvolvimento do nosso setor e do país. Rua do Rosário, 99/7º andar, Centro – CEP 20041-004 anos Rio de Janeiro – RJ – Brasil Tel/fax: + 55 21 3852-5762 BUSINESS 51 www.tnpetroleo.com.br /BRAZILIAN www.tbpetroleum.com.br Seu parceiro de negócios com os EUA O Serviço Comercial dos Estados Unidos no Brasil (CS Brasil) é um órgão do governo americano equivalente ao Ministério do Comércio Exterior dedicado a incentivar as exportações de produtos, serviços e tecnologia americanos. 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Miami, Flórida Informações: [email protected] TRANSPOQUIP LATIN AMERICA Transportes, Logística 9 a 11 de setembro de 2008 Expo Center Norte, São Paulo, SP www.transpoquip.com.br/br/exhibition.html FUTURECOM 2008 Equipamentos e Serviços para Telecomunicações e Tecnologia da Informação 27 a 30 de outubro de 2008 Transamérica Expo Center, São Paulo, SP www.futurecom.com.br IFE-AMERICAS 2008 - International Food Expo 24 a 26 de setembro de 2008 Miami Beach Convention Center Miami Beach, Flórida www.americasfoodandbeverage.com MINExpo 2008 - Feira de Mineração 22 a 24 de setembro de 2008 Las Vegas, Nevada www.minexpo.com Empresas norte-americanas procuram parceiros comerciais no Brasil Setor Médico-hospitalar e Odontológico Ellman International www.ellman.com Halo Source www.halosource.com BBK Worldwide www.bbkworldwide.com Generic’s Medical Device (GMD) www.genericmedicaldevices.com Lite Tech www.xenolitexray.com Children’s Hospital Boston www.childrenshospital.org Grass Technologies www.grasstechnologies.com Luxtel LLC (Odontologia) www.luxtel.com Mais eventos e oportunidades de negócios, consulte o site www.focusbrazil.org.br 52 BRAZILIAN BUSINESS AGOSTO-SETEMBRO/2008 Representantes comerciais da Brazilian Business: Brasília NS&A Planalto Central Telefax: (61) 3447-4400 [email protected] São Paulo (Grande São Paulo) NS&A São Paulo PABX: (11) 3255-2522 [email protected] [email protected] Vale do Paraíba, Alto Tietê, Serra da Mantiqueira, Litoral Norte e Sul Nogueira & Fonseca Serv. de Publicidade Ltda. Tels.: (12) 3943-6021/3923-8402 [email protected] Paraná NS&A Paraná Tele fax: (41) 3306-1659 [email protected] Santa Catarina NS&A Santa Catarina Telfax: (48) 3025-2930 [email protected] Rio Grande do Sul NS&A Cone Sul Telefax: (51) 3366-0400 [email protected] Minas Gerais NS&A Minas Gerais Telefax: (31) 2535-7333 [email protected] AMERICAN BUSINESS CENTER O ABC é um bem equipado complexo de auditórios e escritórios para locação no Rio de Janeiro. Próximo à Igreja da Candelária, de fácil acesso, com segurança e toda infra-estrutura para realização de reuniões, videoconferências, workshops, cursos e todo tipo de evento. Agende uma visita. Tel.: (21) 3213-9215/9218 [email protected] COMITÊ EXECUTIVO Presidente: João César Lima, Sócio, PricewaterhouseCoopers; 1º Vice-Presidente: William Yates, Presidente, Prudential do Brasil Seguros de Vida; 2º Vice-Presidente: Robson Barreto, Sócio, Veirano Advogados; 3º VicePresidente: Eduardo Karrer, Presidente, MPX Mineração e Energia; Diretor Secretário: Murilo Marroquim, Presidente, Devon Energy do Brasil; Diretor Tesoureiro: Patrícia Pradal, Diretora de Desenvolvimento e Relações Governamentais, Chevron Brasil Petróleo; Conselheiro Jurídico: Sergio Tostes, Sócio Gerente, Tostes e Associados Advogados. Ex-Presidentes: Sidney Levy, Joel Korn e Gabriella Icaza Diretor Presidente, João Fortes Engenharia; Marcos Menezes, Gerente Executivo de Contabilidade, Petrobras; Maurício Bähr, Presidente, Suez Energy Brasil; Mauro Viegas Filho, Diretor Presidente, Concremat Engenharia e Tecnologia; Pedro Aguiar de Freitas, Consultor Geral Jurídico, Vale; Plínio Simões Barbosa, Sócio, Barbosa, Mussnich & Aragão Advogados; Ricardo de Albuquerque Mayer, Diretor Superintendente, Câmara de Comércio Americana; Ricardo Esteves, Tesoureiro, IBM Brasil; Roberto Furian Ardenghy, Diretor de Assuntos Corporativos, BG do Brasil; Rodrigo Caracas, Vice-Presidente Jurídico e de Assuntos Corporativos, Coca-Cola Indústrias. Diretora honorária: Elizabeth Lee Martinez, Cônsul Geral dos EUA. presidenteS de honra Antônio Patriota, Embaixador do Brasil nos EUA Clifford Sobel, Embaixador dos EUA no Brasil DIRETORES EX-OFÍCIO Andres Cristian Nacht, Carlos Augusto Salles, Carlos Henrique Fróes, Gabriella Icaza, Gilberto Duarte Prado, Gilson Freitas de Souza, Gunnar Birger Vikberg, Ivan Ferreira Garcia, Joel Korn, José Luiz Miranda, Juan C. Llerena, Luiz Teixeira Pinto, Omar Carneiro da Cunha, Peter Dirk Siemsen, Raoul Henri Grossman, Ronaldo Veirano, Rubens Branco da Silva, Sidney Levy e William B. Sweet DIRETORES Carlos Henrique Moreira, Presidente, Embratel; Dílson Verçosa Jr., Diretor de Marketing e Vendas, American Airlines; Hervé Tessler, Presidente, Xerox; Humberto Mota, Presidente, Dufry do Brasil; Ivan Luiz Gontijo, Diretor, Bradesco Seguros; José Carlos Monteiro, Sócio, Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes; José Luiz Alquéres, Presidente, Light; José Renato Ponte, Presidente, Consórcio Estreito Energia; Katia Alecrim, Superintendente Regional de Vendas, Citibank; Márcio Fortes, PRESIDENTES DE COMITÊS Associados: a definir; Assuntos Jurídicos: Julian Chediak; Comércio e Indústria: a definir; Energia: Roberto Furian Ardenghy; Finanças e Investimentos: Frederico da Silva Neves; Logística e Infra-Estrutura: a definir; Marketing e Vendas: Lula Vieira; Meio Ambiente: Oscar Graça Couto; Propriedade Intelectual: Steve Solot; Recursos Humanos: Claudia Danienne Marchi; Relações Governamentais: João César Lima; Responsabilidade Social Empresarial: Celina Borges Carpi; Seguros, Resseguros e Previdência: Maria Helena Monteiro; Telecomunicações e Tecnologia: Maurício Vianna; Turismo e Entretenimento: Orlando Giglio ADMINISTRAÇÃO DA AMCHAM RJ Diretor-Superintendente: Ricardo de Albuquerque Mayer; Gerente Administrativo: Ednei Medeiros; Gerente de Comunicação: Ana Redig; Gerente de Associados: Marcos Cezar Motta; Gerente Comercial: Jorge Maurício dos Santos; Gerente de Comitês e Eventos: João Marcelo Oliveira DIRETORIA AMCHAM ESPÍRITO SANTO Presidente: Carlos Augusto Aguiar, Diretor Presidente, Aracruz Celulose S.A.; VicePresidente: José Tadeu de Moraes, Diretor Presidente, Samarco Mineração; Diretores: Carlos Fernando Lindenberg Neto, Diretor Geral, Rede Gazeta; João Carlos da Fonseca, Superintendente, Rede Tribuna; Lucas Izoton Vieira, Presidente, FINDES; Marcelo Silveira Netto, Diretor Superintendente, Tristão Comércio Exterior; Marconi Tarbes Vianna, Diretor de Pelotização e Metálicos, CVRD; Otacílio Coser Filho, Vice-Presidente de Relações Internacionais, Coimex Empreendimentos e Participações Ltda; Simone Chieppe Moura, Diretora Administrativa e Financeira, Unimar Transportes Ltda; Walter Lidio Nunes, Diretor de Operações, Aracruz Celulose; DiretorSecretário: Roberto Pacca do Amaral Jr., Presidente, Agra Produção e Exportação Ltda; Conselheiro Jurídico: Rodrigo Loureiro Martins, Advogado – Sócio Principal, Advocacia Rodrigo Loureiro Martins ADMINISTRAÇÃO DA AMCHAM ES Secretário Executivo: Clóvis Vieira; Coordenadora de Associados: Keyla Corrêa LINHA DIRETA COM A CÂMARA DE COMÉRCIO AMERICANA Administração e contabilidade: Ednei Medeiros - Tel.: (21) 3213-9208 [email protected] Atendimento ao associado, associação, mailing e patrocínios: Marcos Cezar - Tel.: (21) 3213-9218 [email protected] Comitês e eventos: João Marcelo Oliveira - Tel.: ��������������� (21) ���������� 3213-9230 [email protected] Publicações: Ana Redig - Tel.: (21) 3213-9240 [email protected] 54 BRAZILIAN BUSINESS Executive Platinum Card, mailing e patrocínios: Felipe Levi - Tel.: (21) 3213-9226 [email protected] Publicidade: Osvaldo Requião - Tel.: (21) 3213-9221 [email protected] Patrocínios e American Business Center: Jorge Maurício dos Santos - Tel.: (21) 3213-9215 [email protected] Espírito Santo: Keyla Corrêa - Tel.: (27) 3324-8681 [email protected] Macaé: Antônio Gomes - Tel.: (22) 7834-2781 [email protected] AGOSTO-SETEMBRO/2008 Pursuit with Principle To be a great company, we must first be a good neighbor. While our relationships and business practices are not always reflected on the balance sheet, we believe they eventually show up on the bottom line. As the largest U.S.-based independent oil and gas producer, we pursue our opportunities with principle. devonenergy.com Commitment Runs Deep