Energia eólica alimenta novas luzes de Nova York

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Energia eólica alimenta novas luzes de Nova York
Portal Brasileiro de Energias Renováveis
Energia eólica alimenta novas luzes de Nova York
Enviado por Patrick Cenci Pagliari
27-Abr-2009
26/04/2009
Jane L. Levere
Estados Unidos
O uso de energia eólica pelos proprietários de imóveis comerciais da cidade de Nova York está crescendo com
rapidez, embora a partir de uma base pequena, de acordo com companhias de fornecimento energético orientadas para
empresas.
Há a expectativa de que a energia eólica seja um componente crucial do plano de Barack Obama para expandir a
produção doméstica de energia renovável e existem sinais de que isso está começando a acontecer em Nova York.
A ConEdison Solution, uma fornecedora de energia, disse que suas vendas de energia eólica a consumidores
comerciais aumentaram 25% em 2007 e 2008.
Entretanto, apenas cerca de 250 empresas adquirem alguma porção de energia eólica da ConEdison Solutions. Esse
número representa pouco mais de 1% de seus consumidores comerciais e industriais; destes, cerca de 200 recebe toda
a sua eletricidade de fazendas de vento. Jorge J. Lopez, chefe-executivo da ConEdison Solutions, disse que esses
compradores são "pioneiros ecológicos" e que, em função do Dia da Terra, uma cerimônia com a presidente do
Conselho Municipal Christine C. Quinn iria homenagear cerca de doze desses consumidores.
Consumidores comerciais de energia eólica em Nova York variam muito em tamanho. Eles incluem, por exemplo, o
John Masters Organics, um salão de beleza e estética de 185 m² no SoHo, e o Chelsea Piers, um complexo de
esportes e entretenimento de 93 mil m² próximo ao rio Hudson. Com raras exceções, usuários comerciais de energia
eólica em Nova York não geram sua produção no local, mas a compram de fornecedoras como ConEdison Solutions
e suas concorrentes, como Accent Energy e Energetix.
Em 1998, a ConEdison Solutions, uma unidade da Consolidated Edison, começou a dar a seus consumidores
residenciais a opção de adquirir uma combinação de energia de origem eólica e hidráulica; em 2002, ela expandiu
seu programa para incluir o comércio. Hoje, os consumidores comerciais podem escolher usar 100% de energia eólica,
uma combinação de energia eólica e tradicional, ou só energia tradicional. Caso escolham a energia eólica, eles
podem especificar se querem a energia produzida regionalmente (em Nova York e Pensilvânia) ou nacionalmente.
A energia eólica nacional é mais barata do que a regional. A energia eólica custa até US$ 2,5 centavos a mais por kWh
do que a eletricidade gerada de outra forma, que custa US$ 13 ou 14 centavos por kWh. Após a ConEdison Solutions
comprar energia de fazendas de vento, estas a enviam para a rede elétrica. Essa compra de energia eólica é verificada
por um sistema de auditoria independente.
O Chelsea Piers passou a usar 100% de energia eólica em outubro. Segundo a Agência de Proteção Ambiental
americana, isso o torna o maior estabelecimento comercial a usar exclusivamente energia eólica da cidade, embora o
complexo utilize apenas um sexto da energia usada pela Universidade de Nova York, a maior usuária exclusiva de
energia eólica do Estado.
David A. Tewksbury, vice-presidente-executivo da Chelsea Piers Management, que administra o local, disse que sua
conta de luz anual de US$ 3,8 milhões deverá aumentar apenas US$ 100 mil como resultado da conversão, segundo
uma projeção. O Chelsea Piers é um edifÃ-cio enorme que se alonga pelo PÃ-er 59 até o PÃ-er 62, a oeste da West
Side Highway, da rua 17 Ã 22.
Suas maiores estruturas são uma área para golfe, que tem uma sede de quase 1,4 mil m² e uma área de treinamento
com cerca de 180 m de extensão e quatro fileiras de 52 tendas aquecidas; dois espaços para eventos num total de 4,6
mil m²; uma academia de 12 mil m²; um rinque de patinação de 7,4 mil m²; e um ginásio esportivo de 7,4 mil m².
O complexo ainda dedica 24 mil m² à fotografia de moda e produção de filmes e TV. O Chelsea Piers consume cerca
de 22 milhões de quilowatts-hora por ano. Em comparação, o edifÃ-cio Empire State e seus inquilinos usam 60 milhões.
Ainda assim, segundo a ConEdison Solutions, o consumo anual do complexo equivale a 13.344 toneladas métricas de
emissões de gases do efeito estufa, o mesmo que levar 2.856 carros para a rua, ou plantar 49 km² de árvores.
"Administramos um negócio saudável, somos socialmente responsáveis com o planeta e entendemos como são
nossos consumidores", disse Tewksbury. "Quando o petróleo chegou a US$ 150 o barril, ficou dolorosamente óbvio
para nós que não poderÃ-amos ser uma empresa totalmente dependente do petróleo."
John Masters, fundador da John Masters Organics, é um consumidor 100% eólico da ConEdison Solutions desde 2007,
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e divulga o fato através de um aviso em seu salão. O Barcade, um bar da avenida Union em Williamsburg, Brooklyn,
especializado em cerveja e vÃ-deo-games antigos, consome 100% de energia eólica desde 2004. Paul Kermizian, coproprietário, disse que ele e seu sócio foram nessa direção porque "poluÃ-mos bastante com o alto consumo dos
vÃ-deo-games e sentimos que precisávamos ser mais responsáveis com nosso uso de energia".
Consumidores comerciais da ConEdison Solutions que adquirem uma combinação de energia eólica e de outros tipos
incluem a Brooklyn Industries, que fabrica roupas masculinas e femininas e tem nove lojas em Manhattan e Brooklyn;
O¿Melveny & Myers, uma firma multinacional de advocacia que ocupa nove andares do 7 Times Square; e a
incorporadora Durst Organization. Um décimo de toda a energia dos 10 prédios comerciais da Durst, quase 790 mil m²,
vem do vento.
Constantine E. Kontokosta, professor do Instituto Schack de Imóveis da Universidade de Nova York especializado em
edifÃ-cios ecológicos, considera a iniciativa do Chelsea Piers "uma importante e positiva indicação da preocupação
crescente entre administradoras de imóveis comerciais sobre o impacto ambiental de um local construÃ-do". Ele
observou, porém, que o maior custo da energia eólica a torna menos atraente no atual clima econômico.
Além do programa de "energia verde" da ConEdison Solutions, outras iniciativas eólicas em andamento ou em estágio
de planejamento na cidade de Nova York incluem iluminação fornecida por turbinas de vento no topo de edifÃ-cios e
postes de luz abastecidos por vento ou sol. Essas iniciativas foram divulgadas neste mês no Brooklyn Navy Yard, um
espaço de 120 hectares que abriga 240 pequenas indústrias.
Na segunda-feira, a Autoridade Energética de Long Island e a Con Ed anunciaram uma colaboração com o Estado e
organizações nova-iorquinas para uma possÃ-vel fazenda de vento no litoral da penÃ-nsula Rockaway do Queens, que
poderá ser a maior fazenda de vento dos Estados Unidos.
Tradução: Amy Traduções
Fonte: Terra
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