CDS_UL1_2013_21_02

Transcrição

CDS_UL1_2013_21_02
Comunidade, Utopia e Tradição
Unidade Lectiva 1
21 de Fevereirto de 2013
PLATÃO
A REPÚBLICA
380 a. C.
ÉTIENNE CABET
VIAGEM EM ICARIE
1842
FRANCIS BACON
NOVA
ATLANTIS
1624
TOMASSO CAMPANELLA
THOMAS MOORE
UTOPIA
1516
A CIDADE
DO SOL
1623
PLATÃO
A REPÚBLICA
380 a. C
Thomas Moore, UTOPIA (1516) -­‐ uma sociedade sem lugar (ou-­‐topos: lugar nenhum), idealizada a parBr da República de Platão, com base em dois princípios: primeiro, a não existência da propriedade privada; o segundo, todos os interesses individuais estão subordinados ao preenchimento prévio das necessidades colecBvas. A descrição da ilha é feita com base numa comparação com a Inglaterra do seu tempo, sendo possível entender Utopia como uma anB-­‐Inglaterra. A Inglaterra de More não é mais medieval, os valores já não são os da nobreza, embora muito ainda reste dessa época. Há uma revolta de More contra o dinheiro, a moeda. Contra a desigualdade material e concentração de riquezas e até contra a propriedade da terra, que já não é entendida por ele como direito natural de posse. Isso demonstra a aceleração da marcha na Inglaterra, em direcção ao capitalismo. Não são os valores medievais que More criBca, são os que mais tarde serão chamados de valores burgueses. Tommaso Campanella, Civitas Solis, A Cidade do Sol, 1623 A Cidade do Sol é uma sociedade ideal, cuja existência e funcionamento são narrados, no texto de Campanella, por um almirante genovês a um grão-­‐mestre hospitaleiro (2). Em síntese, era uma sociedade comunista, sem propriedade privada, com um governo teocráBco unindo poder políBco e religioso. A Cidade do Sol é formada por sete círculos concêntricos, representando os sete planetas então conhecidos, e ao centro deles há um templo de grandes proporções e beleza – disposição espacial de inspiração copernicana. Quatro grandes avenidas cortam os círculos, conforme os pontos cardeais, e entre os círculos ficam as habitações dos solarianos. O chefe supremo é o meta^sico, tradução de Sol ou Hoh¸ na linguagem dos habitantes da cidade. Tem competência plena e dele é a úlBma palavra sobre qualquer assunto, auxiliado por três príncipes: Poder, que vela pela paz, pela guerra e pela arte militar; Sabedoria, responsável por tudo o que se refere à ciência, às artes liberais, mecânicas e a seus cultores; e Amor, que tem como função zelar pela geração, alimentação, vestuário, e também dirigir os mestres encarregados de acBvidades afins àquelas. O meta^sico, por sua vez, é um sábio que completou o séBmo lustro, portanto conhece todas as artes e ciências; estas, por sua vez, estão impressas ao longo das sete muralhas que formam os círculos concêntricos da cidade, para que todos, em especial as crianças, possam estudá-­‐las. O termo comunidade está geralmente associado a: 1. Um grupo de pessoas que têm algo em comum. 2. Um senBmento de pertença a algo comum. 3. Uma forma de organização social idenBficada com um espaço. 4. Um grupo de pessoas unidas por interesses comuns e mobilizadas para a sua defesa e valorização. múnus -­‐ dádiva, obrigação, ónus Robert Owen Nova Harmonia 1825 Max Weber, 1864-­‐1920 Uma relação social poderá ser designada de comunitária se a orientação para a acção social for baseada num senBmento subjecBvo das partes, quer seja de carácter afecBvo ou tradicional, de uma pertença comum. Uma relação social é considerada associaBva se e tão só a orientação para a acção social se basear num ajustamento de interesses resultante de uma moBvação racional ou de um acordo das partes. Émile Durkheim, 1858-­‐1917 Conjuntos de pessoas unem-­‐se tanto pelo facto de serem parecidas , uma forma de solidariedade que Durkheim designava por „mecânica“, ou porque, embora diferentes, em aspectos fundamentais, serem complementares, o que lhes conferia uma unidade „orgânica“.