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w w w. g a z e t a r u r a l . c o m
Director: José Luís Araújo | N.º 222 | 15 de Abril de 2014 | Preço 2,00 Euros
Callum:
Um presente com futuro?
Vendas & Peças & Oficina & Assistência Técnica
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Tel. 232 430 450 | Avenida da Bélgica - Viseu
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Sumário
04 Manuel Castro e Brito: “A Ovibeja não dorme na forma”
22 Melhor Doce Tradicional é dos Açores
06 Lã e papel “vestem” ruas de Constância
23 Queijo de São Jorge é o Melhor dos Melhores
07 I Feira da Vitela de Lafões realiza-se em Manhouce
26 Empresa quer promover os vegetais esquecidos produzidos em Portugal
08 Pedrógão Grande organiza XVI Mostra de Produtos Regionais
09 Feira Franca mostra saberes e sabores de Amares
10 Palmela recebe IV Encontro Rural Report
27 Produtores de cereja do Fundão temem efeitos da chuva na
produção
29 Bayer Cropscience lançou clube de produtores de cereais
30
11 Albergaria-a-Velha promove Festival Nacional do Pão
Terras Altas é a marca-chapéu para a conquista de mercados internacionais
12
31 Pinhão é o segundo fruto seco mais exportado
I Expo Cultura de Sátão para comemorar os 40 anos do 25
de Abril
13 Festa da Flor da Madeira espera milhares de visitantes
14
Câmara de Vila Real promove carne maronesa
15
Viseu ‘levou’ vinho do Dão ao Centro Histórico
com descontos imediatos até 6 Cts/Lt.
em Gasóleo Agrícola
32 Bfruit investe 700 mil euros em entreposto agrícola
33 Engenheiros defendem carta de risco de incêndios
34 CAULE aplaude realização do cadastro predial
16 Festa do Alvarinho e do Fumeiro de Melgaço perfaz 20 edições
36 Casa da Ínsua Grande Reserva 2012 conquistou Medalha
de Ouro em Lyon
17 Vendas DOC Douro ultrapassam os 100 milhões de euros
37 Torres Vedras acolhe fórum sobre horticultura
18
38 Faro recebe a I Feira do Queijo e do Vinho
Jornadas sobre o Vinhos Callum bastante participadas
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Manuel Castro e Brito, presidente da ACOS - Agricultores do Sul
“A Ovibeja não dorme na forma”
rem normalmente grandes investimentos.
Tem havido essa disponibilidade?
MCB: O investimento é brutal. Mudar
uma exploração de sequeiro para regadio é um investimento muito grande para
o agricultor. Aliás, o grande investimento que se está a fazer aqui no regadio do
Alqueva é o investimento privado, que é
feito pelos agricultores. São investimentos
muito grandes, numa altura em que os juros estão muito altos.
GR: Ainda sobre Alqueva, considera
que a promessa do Governo de ter a obra
concluída em 2015 se vai cumprir?
MCB: Os agricultores têm que acreditar naquilo que foi dito pelo primeiro-ministro aqui na Ovibeja há dois anos, de que
em 2015 o projecto está concluído. Aliás,
as obras neste momento estão com uma
grande dinâmica nos dois blocos de rega
Baleizão-Quintos e Cinco Reis-Trindade.
“A 31ª Ovibeja realiza-se numa altura em
que se começam a ver os primeiros resultados da água de Alqueva. São já muitos os
investimentos e diversas as novas culturas
que estão a ser feitas. Para mostrar toda a
inovação e criatividade surgida nos últimos
anos, no sector das agro-indústrias, a Feira
do Alentejo dedica todo um pavilhão a este
tema – “Terra Fértil, Mostra de Inovação
Existe falta de mão-de-obra
Agrícola e Agribusiness” – um dos destaGR: Este tipo de culturas exige sempre
ques da Ovibeja 2014, que se realiza entre
30 de Abril e 4 de Maio no Parque de Feiras e mais mão-de-obra, pelo menos sazonal.
Há, por vezes, o recurso a trabalhadores
Exposições de Beja.
estrangeiros, em condições precárias e em
Gazeta Rural (GR): Todos os anos más condições de trabalho. Como é que a
a Ovibeja parece a mesma, mas todos os ACOS vê esta situação?
MCB: Não estou de acordo que se diga
anos se renova. Este ano o lema principal
da feira tem a ver com a inovação agríco- que existem más condições de trabalho. De
la e o aparecimento de novos produtos, a facto, existe alguma comunicação social
chamada “Terra Fértil”. É uma aposta em que gosta de especular e com a necessidade que têm de vender as notícias e os jornais
novos conteúdos?
Manuel Castro e Brito (MCB): É uma arranjam problemas onde, de facto, não os
outra fase que estamos a passar aqui no há. Mas também é verdade que se existirem
Alentejo. Por um lado, é a modernização das alguns problemas nesta área terão que ser
explorações agrícolas, com novas culturas, encarados como problemas legais e casos
mas muitas vezes voltando ao que era anti- de polícia, que devem ser resolvidos, pelas
gamente. As explorações que não têm água entidades competentes.
terão que fazer agora com a nova PAC uma
GR: Mas existe falta de mão-de-obra?
gestão mais ecológica, responder a mais
MCB: A verdade é essa. Não temos
exigências de boas práticas ambientais. E é
esta a abordagem que temos de fazer, seja mão-de-obra. Não é nenhum drama, mas
com a presença da água, com o regadio, os portugueses, pelo menos nesta região,
seja devido à nova PAC onde o bem-estar e não respondem à oferta que existe no
mercado de trabalho na agricultura.
o ambiente têm muito peso.
GR: …uma oferta sazonal?
MCB: Sim, é uma oferta sazonal, seja
para apanhar azeitona, para fazer a poda
das oliveiras, da vinha, para trabalhar nas
estufas, enfim, existe uma oferta de trabalho sazonal , deslocalizada, não é sempre
no mesmo sítio, e arriscamo-nos a não ter
mão-de-obra. Neste momento o país que
mais emigra para trabalhar na agricultura
em Portugal é a Roménia. Em 2014, a Roménia passou a ter acesso a toda a União
GR: As culturas ligadas à água reque- Europeia, com base na livre circulação e,
GR: É a água de Alqueva que já está a
permitir novas culturas?
MCB: Sem dúvida. Na área das horto-industriais, frutícolas, mas sobretudo na
cultura do olival o que fez com que sejamos já auto-suficientes em azeite e com
uma perspectiva, a muito curto prazo, de
sermos grandes exportadores de azeite.
Também a cultura do milho tem avançado
muito nesta região.
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como tal, poderão optar por outros países
que possam oferecer salários mais altos.
Por outro lado, não tem havido da parte
do Estado português uma preocupação
com este assunto, nomeadamente ao nível do ministério dos negócios estrangeiros de forma a fazer-se um planeamento
do pessoal que precisamos para a agricultura, e procedimentos legais.
GR: E porque é que isso não tem
acontecido?
MCB: Penso que toda a gente anda distraída no meio disto. Do que se fala é que
Portugal exporta, Portugal está muito bem
na agricultura, o que não é verdade, embora se esteja um pouco melhor, mas está
a ser feito um grande esforço por parte dos
agricultores que precisam destes apoios.
Não é só o dinheiro, ou ajudas, ou subsídios
que são importantes. Este tipo de apoios
também o são e, mesmo na parte fiscal, há
coisas que podem ser feitas relativamente a
este tipo de trabalhadores. Os agricultores,
nesta região, contactaram os serviços de
finanças para serem responsáveis pelo IVA
que é cobrado pelas empresas que vêm aqui
fazer empreitadas na área agrícola. Não tivemos qualquer resposta. Há, de facto, uma
alienação da parte da administração para
estes problemas.
GR: Este tipo de trabalhadores são
sempre contratados através de empresas
especializadas e não em nome individual?
MCB: Geralmente são empresas que
contratam esses trabalhadores e que depois fazem contratos com os agricultores
que precisam dos serviços.
O Alentejo está a ter mais dinâmica
GR: O Alentejo hoje está mais rico,
está melhor, do que antes de Alqueva?
MCB: Vai estando. Há zonas em que se
nota algum desenvolvimento. Primeiro, em
virtude das obras que trazem empresas e
trabalhadores para aqui e que vão dando
dinâmica à região. Depois, há empresas
ligadas ao regadio que também têm vindo para cá, com maquinaria agrícola, e, de
facto, começam-se a ver nesta região do
Alqueva outras perspectivas. Também há
gente nova que vai ficando nestes novos
sectores e isso é muito importante.
GR: Mas falta ainda outro patamar:
será o do aproveitamento agro-industrial?
MCB: Esses investimentos também estão a chegar a pouco e pouco. Os lagares
também são indústria. Nós temos muitos e
óptimos lagares e adegas. Outros tipos de
agro-indústrias chegarão a toda a hora, mas
de qualquer maneira eu penso que se não
fosse o regadio esta região estaria muitíssimo pior do que está neste momento.
GR: Tem sido anunciado, desde há um
ano e tal, uma grande entrada de jovens
na actividade agrícola. Já é possível fazer
um balanço sobre os resultados deste movimento?
MCB: Eu não o consigo fazer. Quem o
pode fazer é quem recebe os projectos de
investimento de jovens agricultores, seja
o PRODER ou o Ministério da Agricultura.
No entanto, o que noto é que houve uma
grande especulação sobre este assunto.
E penso que não é de bom gosto estar a
embandeirar com frases como “a agricultura vai ser solução para o desemprego
dos jovens”, ou “venham para a agricultura porque é um sector que compensa”.
A agricultura é um negócio complicado,
porque requer “know how”, requer capital
como todos os negócios, mas está muito
dependente do tempo e ninguém controla
o clima. É preciso que haja bom senso, alguma prudência neste aspecto dos jovens
na agricultura. Eles fazem falta, é bom que
estejam, mas não é uma propaganda que
se possa fazer de ânimo leve.
etc., numa atitude pedagógica para quem
a visita, sejam novos ou velhos. De facto a
Ovibeja presta um serviço não só à agricultura, mas sim à população, ao consumidor em geral, que aqui tem a possibilidade de aprender muita coisa e saber aquilo
que come. Por outro lado, a Ovibeja continua a ser a maior concentração de gado
exposto numa feira e vem muita gente de
todo o lado para mostrar às crianças um
animal vivo. É aqui que vêm ver os animais
que vivem no campo.
GR: A Ovibeja tem conseguido dar
também outra imagem mais positiva, mais
dinâmica do Alentejo?
MCB: Sem dúvida nenhuma. A Ovibeja,
por si só, é um exercício de dinâmica, de coragem, de ir para a frente. A Ovibeja nunca
teve um discurso lamechas. A Ovibeja tem
sim reivindicado aquilo a que a agricultura,
e as regiões do interior têm direito. É muito
fácil dizer que o Estado vai deixar de investir
em estradas porque já se construiu muito.
Claro que é fácil para quem tem auto-estrada à porta e linha de caminho-de-ferro
electrificada diga isso, porque já tem. Mas
os que não têm nada disso, como é o nosso
caso, não podem ficar calados. Estas coisas
têm que ser abordadas pelo bom senso e
não pelo lado da propaganda política. EstaGR: Já há pouco se referiu à reforma mos todos fartos disso.
da PAC. A reforma da Politica Agrícola Comum vai trazer alterações à actividade dos
GR: Mas a verdade é que quando se
agricultores?
MCB: Em 2015 ela estará no terreno e olha para o Alentejo há dois sectores que
traz um novo modelo, numa lógica que junta se estão a destacar pela positiva. Um é a
a produção com as obrigações ambientais. agricultura o outro é o turismo. E no campo turístico a Ovibeja também tem desempenhado um papel importante.
GR: Mas é uma boa reforma?
MCB: Isso é verdade, porque há muiMCB: Na nossa visão é a reforma possível, já que cada vez há mais países e o tos portugueses que descobriram agora
orçamento é o mesmo ou tende a diminuir. a América, e a América aqui é o Alentejo. As pessoas não sabiam que de manhã
A Ovibeja criou uma matriz para as quando comiam o papo-seco isso vinha
feiras
de qualquer lado e que quando comiam as
GR: Olhando agora para a Ovibeja, batatas elas não nasciam nas mercearias
esta é já uma feira com o seu lugar bem nem nos supermercados. Penso que as
pessoas evoluíram, têm mais cultura e codefinido no panorama nacional?
MCB: Sim, mas a Ovibeja não “dorme meçam a atribuir mais valor às coisas simna forma”. Todos os anos temos mais de- ples, à génese das coisas. Com o turismo
safios, todos os anos temos mais investi- passa-se exactamente o mesmo, penso
mentos, todos os anos procuramos uma que já se ultrapassou aquela fase pacóvia
diferenciação comparando com o geral dos casinos e dos grandes aglomerados
das feiras. Sem falsa modéstia, tenho mui- nas praias superlotadas e começa a haver
to orgulho em dizer que a Ovibeja criou uma procura mais evoluída, mais jovem,
uma matriz para as feiras de norte a sul do para o interior do país e aqui para o Alenpaís. Não havia rocks’n’rolls nem espectá- tejo. Por outro lado, a especulação imoculos à noite em nenhuma feira. A Ovibeja biliária que houve, com todos esses yuppôs isso no terreno e hoje em dia há em pies e com todos os negócios na área dos
todas. Não havia dj’s, a Ovibeja apareceu serviços, deu aquilo que deu e, finalmente,
com dj’s, não havia exposições temáticas… começa-se a olhar para o sector primário
De há 15 anos para cá a Ovibeja faz sempre como um investimento e um trabalho séexposições de vários temas, da produção, rio, que não especula, até porque está asà água, ao ambiente, ao azeite e ao vinho, sente na terra que, muitas vezes, vem já de
há gerações na mesma família.
GR: Na Ovibeja, este ano, vamos ter o
espaço Terra Fértil, dedicado à inovação e
aos novos produtos da terra, que outras
novidades se podem encontrar?
MCB: As novidades são trazidas, a maior
parte delas, pelos nossos expositores. Eu
costumo dizer: a Ovibeja é sempre a mesma
coisa, mas sempre também com novidades.
Mas já há pouco por inventar, não há dúvida.
Por isso fazemos um esforço, sempre com a
ajuda dos nossos expositores. No ano passado demos já um salto com um novo espaço onde existe alguma experimentação de
culturas, onde está a maquinaria agrícola,
e a que chamámos o Campo da Feira. Este
ano vamos melhorá-lo, já temos as culturas
no terreno… Esta é uma feira muito grande
e é preciso muito tempo para quem a quer
visitar em pormenor.
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De 19 a 21 de Abril, nas Festas do Concelho
Lã e papel “vestem” ruas de Constância
Depois do êxito alcançado no ano passado com a utilização
do croché na decoração das ruas, Constância volta a vestir-se
de gala para receber as Festas do Concelho, um evento que decorrerá por ocasião da Páscoa, de 19 a 21 de Abril. Os trabalhos
sairão para as ruas pelas mãos dos alunos do Agrupamento de
Escolas de Constância e dos utentes da Santa Casa da Misericórdia, numa simbiose perfeita entre uma arte tradicional como
é o croché, produzida pelos mais idosos, e o cordão que se torna corda, através das duas centenas de teares que estão a ser
utilizados pelas crianças e jovens do concelho.
Calcula-se que estejam trabalhados mais de 3000 novelos
de lã, que darão corpo à decoração da Praça Alexandre Herculano, sob a máxima cordão que se torna corda, o rio, as artes
marítimas e Constância, e também ao embelezamento dos espaços solidários da Santa Casa da Misericórdia, enquadrados
no socialprojet.
Mantendo a vertente mais tradicional da festa, muitas outras
ruas de Constância voltarão a estar engalanadas como flores de
papel, um trabalho produzido, pelas gentes de Constância, onde se
incluem os moradores, as instituições e as colectividades.
Além das ruas engalanadas, a Festas do Concelho/Festa
de Nossa Senhora da Boa Viagem, apresentam muitos outros
motivos de interesse, como animação musical, a tarde de folclore, o XXVI Grande Prémio da Páscoa em Atletismo/EDP Distribuição, o II Strongest Man, uma Mega Aula de Zumba, a XXV
Mostra Nacional de Artesanato, a VIII Mostra de Doces Sabores, Saberes e Sabores do Concelho, a exposição Navegar nas
Palavras, as tasquinhas típicas, a chegada das embarcações a
Constância, as bênçãos dos barcos e das viaturas, a procissão
em Honra de Nossa Senhora da Boa Viagem e um espectáculo
piromusical.
Terá lugar no último fim-de-semana de Setembro
S. Pedro do Sul
vai organizar I Festival do Feijão de Lafões
O Município de S. Pedro do Sul organiza este ano, pela primeira vez, o
Festival do Feijão integrado nas comemorações do Ano Internacional da
Agricultura Familiar, que terá lugar no último fim-de-semana de Setembro,
coincidindo o seu encerramento com as comemorações do Dia Mundial do
Coração, o qual se celebrará também naquela Cidade Termal com o alto patrocínio da Fundação Portuguesa de Cardiologia.
Assim, no dia 28 de Setembro, S. Pedro do Sul será, assim, o Coração de
Portugal. O pontapé de saída da preparação e programação do festival irá
decorrer nos próximos dias, antecedendo as sementeiras. A autarquia irá ter
no terreno, juntamento com o projecto CLDS e com a cooperativa Lafoberry, técnicos que irão dinamizar e incentivar os agricultores, na sua grande
maioria de natureza familiar, a mostrarem toda a diversidade de feijões que
possuem, aos quais também dão diferentes utilizações.
A acompanhar os técnicos municipais estarão ainda no terreno elementos do Banco Português de Germoplasma Vegetal, cuja função é colher material genético que não conste daquele organismo sedeado em Braga.
O levantamento e identificação da diversidade de sementes de feijão junto
dos agricultores será complementado com o pesquisar de receituário regional
de utilização do feijão. Durante o Festival prevê-se um fim-de-semana gastronómico em que o feijão será o rei, uma exposição que mostre toda a riqueza
da região neste alimento tão importante e respectiva venda num embalamento
que faça acrescentar valor ao produtor e a entrega de certificados aos ‘guardiões da biodiversidade’ que são os nossos agricultores familiares de Lafões.
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De 16 a 18 de maio, no concelho de S. Pedro do Sul
I Feira da Vitela de Lafões
realiza-se em Manhouce
Manhouce, no concelho de S. Pedrul, vai ser o palco da I Feira
da Vitela de Lafões, uma iniciativa da Câmara de S. Pedro do Sul
que visa divulgar e promover um produto com grande impacto
no concelho. A autarquia sampedrense conta com a colaboração com o CLDS+ e a Junta de freguesia de Manhouce.
O certame contará com diversas actividades nomeadamente um espaço para a restauração, uma mostra da cultura de Manhouce e do concelho, venda de produtos locais, exposição de
animais, um seminário alusivo ao tema, animação musical, trail
Running up and down, chega de bois, concurso pecuário, artesanato e ainda a cantora Isabel Silvestre e as Vozes de Manhouce,
que darão um diferente “colorido” a esta Feira. A vitela de Lafões é um produto genuíno desta região, uma espécie endógena
certificada, que já se encontra a ser comercializada, em grande
quantidade, fora da região.
Na apresentação do certame estiveram presentes o presidente do Município de S. Pedro do Sul, Vítor Figueiredo, o
vice-presidente Pedro Mouro, os vereadores Teresa Sobrinho
e Francisco Matos, o presidente da Junta de Manhouce, Carlos
Laranjeira, Carmo Bica, presidente da Cooperativa Três Serras de
Lafões, Ângela Abreu, do CLDS + Perto de Si, João Carlos Pinho,
coordenador da ADRIMAG, e Isabel Silvestre.
Na ocasião o vice-presidente da Câmara de S. Pedro do Sul
referiu que no âmbito das comemorações do Ano Internacional da
Agricultura Familiar, a autarquia, “atenta também às movimentações demográficas, apoia insistentemente a agricultura, em várias
vertentes, fomentando a valorização dos produtos endógenos”. É
neste sentido que promove o evento, que Pedro Mouro reputou de
“extrema importância” na área da Vitela de Lafões.
Por sua vez o presidente da Câmara de S. Pedro do Sul salientou a importância deste evento para a ligação entre as Termas e a Serra iniciativa vai de encontro aquilo que temos vindo
a defender e o que pretendemos para o turismo do nosso concelho, ligando as nossas Termas à Serra, mas também à nossa
gastronomia”, salientou Vítor Figueiredo.
Por sua vez a presidente da Cooperativa Três Serras de Lafões, Carmo Bica, mostrou a sua satisfação por “20 anos depois
chegar o reconhecimento da IGP Vitela de Lafões”, destacando
que “pela primeira vez em São Pedro do Sul este produto esta a
ser devidamente valorizado e promovido”.
A Vitela de Lafões é um produto ímpar da gastronomia portuguesa, com grande impacto no concelho e nesta região, uma
espécie endógena certificada e já comercializada, em quantidade, fora do concelho. A vitela de Lafões, enquanto IGP, foi
reconhecida na legislação comunitária e na legislação nacional
em 1994, tem como entidade gestora a Cooperativa Três Serras
de Lafões, abrangendo os concelhos de Vouzela, São Pedro do
Sul e Oliveira de Frades, para além de duas freguesias de Castro
Daire, duas de Viseu e duas de Sever de Vouga.
Para Carmo Bica, “há ainda um longo trabalho a fazer”, esperando que depois desta iniciativa, a primeira iniciativa promovida
pelo município de S. Pedro do Sul, possa ser uma alavanca para
a Vitela de Lafões.
Quanto ao facto deste evento repetir uma designação já
usada no Município de Vouzela, pela Junta de Cambra, Isabel Silvestre referiu que “ninguém faz sombra a ninguém”, defendendo
que “juntos somos sempre mais” e o mais importante “é valorizar
a nossa região”.
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A decorrer de 25 a 27 de Abril
Pedrógão Grande
promove XVI Mostra de Produtos Regionais
O Município de Pedrógão Grande, a Escola Tecnológica e Profissional da Zona do Pinhal e a Associação
Empresarial Penedo do Granada organizam pela décima
sexta vez consecutiva a Mostra de Produtos Regionais,
que vai decorrer de 25 a 27 de Abril.
Fiel ao seu objectivo primário a promoção dos produtos endógenos, a XVI Mostra de Produtos Regionais e IV
Feira do Petisco terá lugar num espaço criado especificamente para acolher o certame que pretende conjugar
uma representação alargada do artesanato, gastronomia e animação que caracterizam a região do pinhal interior, não esquecendo outros produtos originários da
Região Centro de Portugal.
Os visitantes poderão encontrar neste evento queijos
e enchidos de produção artesanal, o leitão à ‘assado do
Coelhal’, o mel e a doçaria tradicional, o bucho, os maranhos, o cabrito e muitas outra iguarias bem regadas
com o bom vinho da região. Poderão também apreciar
os trabalhos em xisto, em madeira, em barro, em lã, em
linho e em vidro, tudo ornado ao pormenor pelas mãos
experientes dos artífices que mantêm viva a tradição e
os costumes de um povo.
De 9 a 11 de Maio
Gala já marcada para o dia 20 de Junho
Candidaturas à marca 4 Maravilhas
da Mesa da Mealhada decorrem até 30 de Abril
Decorrem até 30 de Abril as candidaturas à marca
Água|Pão|Vinho|Leitão – 4 Maravilhas da Mesa da Mealhada. Aqueles que já usufruem da marca podem renovar a sua
candidatura, enquanto todos os que ainda não se candidataram ao projecto têm agora uma nova oportunidade para
o fazer.
Sete anos volvidos desde o início de um projecto, que
tem atingido uma maturidade e notoriedade singulares, a
ideia é continuar a reforçar o posicionamento dos quatro
produtos gastronómicos de excelência do concelho, prosseguindo com a criação de uma identidade cada vez mais
forte junto dos consumidores e sensibilizando os agentes
económicos do sector para a necessidade de continuarem
a perseguir a qualidade exigida pelo mercado.
Este ano, para além de novos interessados, devem concorrer também todos os que já usufruem da marca e integram
o projecto de valorização gastronómica. À semelhança das
edições anteriores, a avaliação dos candidatos será efectuada
posteriormente, durante o mês de Maio, por um júri composto
por especialistas das diferentes áreas, que será responsável
pela análise das candidaturas e pela atribuição dos elementos
identificativos de utilização da marca. Os resultados serão divulgados na habitual gala das 4 Maravilhas, já marcada para o
dia 20 de Junho.
Os interessados devem dirigir-se aos serviços de apoio administrativo da Divisão de Administração e Conservação do Território (DACT) da Câmara da Mealhada, no horário de atendimento ao
público, de segunda a sexta-feira, das 9 às 16 horas.
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Feira Franca
mostra saberes e sabores de Amares
De 9 a 11 de Maio Amares recebe mais
uma edição da Feira Franca, evento que
pretende mostrar os ancestrais saberes e
sabores deste concelho, com destaque para
a gastronomia, as tradições, o artesanato, o
folclore, mas também a pecuária.
À Gazeta Rural, o vice-presidente da
Câmara de Amares destacou a envolvente
pedagógica do certame, agregando a participação da comunidade educativa. Jorge
Tinoco sublinha ser “importante, e necessária, a adesão da população a mais esta
iniciativa de demonstração de importantes peculiaridades do concelho”.
Gazeta Rural (GR): A Feira Franca de
Amares é uma montra das actividades do
concelho. Que espera da edição deste ano?
Jorge Tinoco (JT): A par da envolvente pedagógica, agregando a participação da comunidade educativa, será
importante e espera-se a necessária adesão da população a mais esta iniciativa de
demonstração de importantes peculiaridades do concelho.
Os produtos de Amares, a sua gastronomia, tradições, artesanato, folclore mere-
cem ser apreciados por um público vasto. É
isso que se espera. Queremos amarenses e
não amarenses em largo número rendidos
aos ancestrais saberes e sabores de Amares que ainda hoje subsistem como alma de
várias actividades económicas das nossas
terras e das nossas gentes.
singularidade, carece de um novo impulso e
o município está apostado nisso. O problema poderá estar também, desde logo, na
produção, o que requer uma efectiva estratégia de recuperação e renovação dos
laranjais do concelho, uma política e uma
prática que tem sido descurada.
É importante, primeiro que tudo, fazer
um diagnóstico sério e abrangente, envolvendo produtores, técnicos e o próprio
mundo académico. Recuperar os laranjais
e a boa laranja em quantidade e qualidade
passa por tudo isto, desde logo pela correcta identificação da espécie genuína e
dos melhores solos ou zonas do Concelho
para o consequente cultivo.
GR: O sector primário está em evidência nesta feira. O vinho, o mel, a broa e a
laranja do concelho estão em destaque no
certame, assim como a pecuária?
JT: Com certeza que mais uma vez esses
serão os grandes protagonistas do certame,
disputando entre si os melhores prémios nos
concursos. São também a essência e o ponto característico mais genuíno da Feira.
Amares deve honrar-se sempre destes
GR: O regresso à terra nota-se no conseus actores principais, que são os produ- celho? Quais as áreas mais procuradas?
JT: Vai havendo, de facto, um crestos de qualidade e de um sabor único que
vale a pena apreciar e degustar, ainda por cente regresso à terra. Amares tem grancima em ambiente de convívio e de festa. des produtores de vinho e também grandes manchas de plantação de kiwi, mas
GR: A laranja de Amares é já bastante ultimamente têm surgido áreas de conconhecida. O que tem sido feito para recu- siderável amplitude destinadas ao cultivo
perar os laranjais do concelho?
de frutos vermelhos, sobretudo o mirtilo.
JT: A laranja de Amares, de reconhecida
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Em Miranda do Douro
De 16 a 18 de Maio
Festa da Bola Doce
e Produtos da Terra na Semana da Páscoa
Albergaria-a-Velha
organiza Festival Nacional do Pão
O concelho de Albergaria-a-Velha
quer potenciar uma antiga actividade no
concelho e torna-la num polo de atracção. Com cerca de 350 moinhos cadastrados, a panificação é uma actividade
bastante antiga neste concelho do Baixo
Vouga, que a Câmara Municipal, segundo
adiantou à Gazeta Rural o vice-presidente
Delfim Bismarck, agora quer potenciar e
valorizar. É nesse sentido que já este este
mês inaugurou a Rota dos Moinhos e, de
16 a 18 de Maio, vai promover o Festival
Nacional do Pão.
Gazeta Rural (GR): O que esteve na
génese da realização do Festival Nacional
do Pão?
Delfim Bismarck (DB): A ideia é a
realização de um festival de âmbito nacional com pão de todo o país, ou seja, vamos
ter stands com pão de todas regiões e sessões de showcooking com chefs convidados, entre os quais o chef Hélio Loureiro.
Para além disso, iremos ter um camião
com uma exposição sobre o ciclo do pão,
destinado para os jovens das escolas, para
que conheçam e percebam como o pão
chega à mesa e podem, eles próprios, fazer
De 17 a 19 de Abril Miranda do Douro recebe a primeira edição da
Festa da Bola Doce e Produtos da Terra, numa iniciativa promovida pela
autarquia local. Este é um evento que se realiza este ano pela primeira
vez e tem como principais objectivos contribuir para a divulgação, promoção e venda de produtos regionais e locais e fomentar o convívio e
animação no Largo do Castelo de Miranda do Douro.
O presidente da Câmara de Miranda do Douro, Artur Nunes
“manifesta grandes expectativas no que concerne a este certame, que pretende aliar os produtos da terra à economia local,
aproveitando todos os rituais da semana Santa do concelho de
Miranda do Douro”, explica o edil.
ser criado um parque molinológico, único
no país, que será uma espécie de reserva
natural de moinhos, onde a adaptação de
edifícios pode ser feita apenas para fins
moageiros ou turísticos, desde que preserve certas características arquitectónicas.
Associado à Rota dos Moinhos, com
percursos pedestres, ciclaveis, a cavalo
ou de jipe, criar a dinamização do pão e
gastronomia associada ao cereal moído
nesses moinhos. São dois eventos complementares, mas cuja primeira bandeira
GR: Marcar Albergaria com o pão?
DB: Sim, porque a actividade da pa- são os moinhos.
nificação é muito antiga em AlbergariaGR: Albergaria é um polo industrial,
-a-Velha, ganhou alguma relevância e os
nossos produtos, nesta área, eram muito mas é também um centro de passagem.
Esta actividade é uma forma de procurar
conceituados na região.
Mas o Festival do Pão é um apêndi- um elemento que possa atrair pessoas ao
ce a um outro projecto, que é a Rota dos concelho?
DB: É um elemento característico e
Moinhos. Albergaria é o concelho de toda
a Europa com mais moinhos cadastrados, dinamizador não só da parte turística mas
cerca de 350, e mais de 600 casais de também da parte económica do concelho
mós, e, nesse sentido, estamos a valorizar porque o núcleo de moinhos no Caima que
esse património. Para o efeito, inaugurá- temos é o único, pelas suas características
mos recentemente a Rota do Moinhos de e dimensões. É isso que queremos valoriAlbergaria-a-Velha, mas também defini- zar, para além de todo o nosso património,
mos no PDM um percurso de oito quiló- a nossa cultura e a nossa gastronomia.
metros nas margens do rio Caima, onde vai
pão. Vamos ter, também, um pequeno ciclo
de cinema, com curtas e longas-metragens associadas ao pão e à gastronomia.
Para além de animação diversa, vamos
ter a representação dos padeiros e padeiras da nossa da região, com produtos típicos, broa, folar, pão, regueifa, entre outros.
Iremos ter também, no domingo, a transmissão da SIC, em directo, das 14 horas ate
as 20 horas.
Semana Gastronómica do Bacalhau
Entretanto, de 26 a Abril a 4 de Maio, Miranda do Douro recebe mais uma Semana Gastronómica do Bacalhau. Este é já um
evento de referência na região transmontana que anualmente
atrai milhares de visitantes ao concelho mirandês.
Tal como em edições anteriores, são vários os restaurantes
que aderiram a esta iniciativa e oferecem os melhores pratos de
bacalhau aos apreciadores do “fiel amigo” dos portugueses.
De referir que este é um certame organizado pela Associação
Comercial e Industrial de Miranda do Douro.
Está aberto o período de envio de propostas de comunicação
Palmela recebe IV Encontro Rural Report
Está a decorrer até 30 de Abril o período de “call for papers”
– envio de propostas de comunicação a integrar o IV Encontro
Rural Report – Rede de História Rural em Português.
O encontro, organizado em parceria pela Câmara de Palmela e pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa,
decorrerá no Auditório da Biblioteca Municipal de Palmela, a 27 e
28 de Junho, sob o tema “Agricultura familiar na história: comunidades, economias e paisagens”.
Estes encontros anuais, descentralizados, pretendem reunir
os interessados nestes temas e disseminar o debate dentro e
fora da academia. O empenho do município em promover a pesquisa histórica e a preservação do património de carácter rural
determinaram a escolha de Palmela como anfitriã desta quarta
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edição, no ano que a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou como Ano Internacional da Agricultura Familiar.
Pretende-se que as comunicações apresentadas contribuam
para a análise e discussão das questões relacionadas com as
condições de acesso, manutenção e abandono da terra; estratégias de distribuição e concentração da terra no ciclo familiar;
policultura, especialização produtiva e inovação; mecanismos de
inserção nos mercados de produtos e factores; formas de solidariedade, associação e conflito; organização familiar do trabalho:
exploração agrícola e pluriatividade; fontes e distribuição dos
rendimentos das famílias de agricultores; relacionamento com o
Estado e impactos das políticas agrícolas e persistências e mudanças nas comunidades, territórios e paisagens rurais.
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De 17 a 19 de Abril
De 1 a 7 de Maio, na Madeira
Chaves promove
Feira do Folar para vender todo o ano
Festa da Flor 2014
espera milhares de visitantes
A cidade de Chaves promove de 17 a 19 de Abril a Feira do
Folar, um certame que pretende, mais do que vender um produto
típico desta altura do ano, angariar clientes para comercialização
o ano inteiro.
Trata-se de mais uma iniciativa de promoção e valorização
dos produtos e da região, através da projecção da marca “Sabores de Chaves”, que pretende dar especial destaque ao Folar de
Chaves, cuja tradição como principal símbolo gastronómico da
Páscoa se baseia num ritual de partilha, solidariedade e confraternização, profundamente carregado de significado simbólico e
religioso.
A excelência deste Folar salgado acabou por criar um mercado que exige o fornecimento durante todo o ano em Chaves,
deixando de ser um fenómeno sazonal e assumindo o papel de
um produto regional de reconhecida reputação e qualidade, que
concentra em si pormenores históricos e culturais que vale a
pena identificar e proteger.
Para o Município, estas feiras de promoção dos produtos da
terra são uma importante rampa de lançamento para novos negócios, tendo em conta que se trata de um produto comercializado o ano inteiro. Na sua essência, o evento será mais um motor
do desenvolvimento económico local.
Além do Folar de Chaves, o certame - que a autarquia realiza pelo segundo ano consecutivo - contará com expositores de
pão centeio, pastéis de Chaves, compotas, mel, licores, vinho, artesanato, entre outros, dando assim ao visitante uma noção da
importância da nossa herança gastronómica e cultural.
Saliente-se que a criação da marca “Sabores de Chaves”, registada pelo Município no Instituto Nacional de Protecção Industrial, para ser utilizada pelos produtores de produtos agroalimentares, permite a introdução no mercado de uma marca ligada à
promoção dos produtos regionais, sob a qual são divulgados os
produtos tradicionais de qualidade oriundos da região de Chaves.
A filosofia deste projecto assenta na valorização de uma
imagem de marca, capaz de dinamizar as actividades já instaladas e captar novos empreendedores, através de ganhos de competitividade no sector.
A Feira do Folar é organizada pelo Município e EHATB - Empreendimentos Hidroeléctricos do Alto Tâmega e Barroso, com o
apoio da Associação Chaves Viva.
Depois da Feira do Fumeiro, no primeiro fim-de-semana de
Fevereiro, e da Feira do Folar, vão realizar-se mais duas mostras
sob a marca “Sabores de Chaves”: a Feira do Pastel de Chaves,
produto de IGP, em simultâneo com o Flaviaefest - Festival de
Música Tradicional Folk, em Agosto; e a Feira do Vinho, da Castanha e do Presunto, em Novembro.
Nos dias 26 e 27 de Abril, no Sátão
I Expo Cultura para comemorar os 40 anos do 25 de Abril
No âmbito das comemorações dos 40 anos do 25 de Abril, a
Câmara de Sátão vai levar a efeito a I Expo Cultura, que decorrerá
no Largo de São Bernardo nos dias 26 e 27 de Abril. O evento é
uma feira de artesanato, de floricultura e coleccionismo e é realizado no âmbito das comemorações dos 40 anos do 25 de Abril.
“Entendemos que passados 40 anos sobre o 25 de Abril,
houve muitas pessoas que tiveram perspectivas diferentes sobre esta data tão relevante que interessava assinalar”, afirmou o
presidente da Câmara de Sátão, Alexandre Vaz.
Para além de uma secção solene, no dia 25 de Abril, decorrerá uma exposição na Casa da Cultura com um olhar de antes e
despois do 25 de Abril, a I Expo Cultura terá lugar Largo de São
Bernardo, que vai juntar artesãos de diferentes regiões do país,
mas também vários coleccionadores, alguns vindos de bastante
longe. “É a primeira vez que fazemos um certame deste tipo e
vamos ver qual o feedback, para continuarmos, ou não, a realizar
este evento todos os anos no 25 de Abril”, adiantou o autarca.
Alexandre Vaz tem ”boas perspectivas” para o evento. “Contamos com mais de 150 coleccionadores e artesãos, o que já é
bastante bom, mas só no fim é que poderemos fazer o balanço”,
frisa o edil, que espera uma boa adesão de visitantes ao evento,
“se o tempo ajudar”, sublinha.
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A cidade do Funchal recebe, de 1 a 7 de Maio, a edição 2014
da Festa da Flor, evento que atrai ao arquipélago milhares de visitantes. É que, com a chegada da Primavera, a cidade do Funchal
transforma-se num inebriante palco floral cheio de encantos.
A origem da Festa da Flor remonta ao ano de 1954, quando
se realizou no Ateneu Comercial do Funchal a Festa da Rosa. A
constatação de que grande parte dos madeirenses se dedicava
ao cultivo das flores levou ao convite para que as expusessem,
num evento que concluía com a atribuição de prémios às melhores flores. Esta exposição/concurso, pelo sucesso alcançado,
continuou a se repetir sob a denominação de Festa da Flor.
No final da década dos anos setenta do século passado
(1979), a Direcção Regional do Turismo traz para a rua a Festa da
Flor, através da inclusão e organização de manifestações como
a Cerimónia do Muro da Esperança, o Cortejo Alegórico da flor,
concursos florais, de montras e jardins floridos, espectáculos
musicais e decorações diversas.
A Festa da Flor é também um evento cultural no qual se pretende dar a conhecer outros aspectos da cultura madeirense,
como a construção dos belos tapetes florais. Paralelamente,
através das actuações de grupos folclóricos dá-se a conhecer a
música e danças tradicionais madeirenses.
A nova identidade corporativa do município
Câmara da Guarda promove
concelho com marca que tem por base o cristal de gelo
A Câmara Municipal da Guarda lançou uma nova marca
apelativa, inovadora e dinâmica, para promover o concelho no
exterior, que tem por base o cristal de gelo e de neve. A nova
identidade corporativa do município tem associada a mensagem
“GUARDA A Guarda por si”.
“É um cristal que quer transmitir uma mensagem muito forte
da Guarda, para a Guarda e a partir da Guarda, que é ‘GUARDA A
Guarda por si’, por quem queira investir, por quem queira contribuir para o desenvolvimento da Guarda”, justificou aos jornalistas
o presidente da autarquia, Álvaro Amaro, no final da sessão de
apresentação da marca e que também incluiu um espectáculo
interpretado por vários grupos locais.
Segundo o autarca, a imagem foi baseada no cristal porque
“transmite energia, energia positiva, que é isso que a cidade mais
alta quer transmitir para si própria, aumentando a sua auto-estima,
o seu orgulho, e daqui para o seu exterior”. “Esse cristal, que é de
absoluta transparência, com cores, com vida. É essa a nossa men-
sagem: dizer que estamos aqui de braços abertos, mas não nos quedamos no nosso lugar, lá por estarmos na cidade mais alta, temos
que ir à procura, não aguardamos apenas por cada um, cada um dos
presentes ou cada um dos nos queira visitar, que queira investir, mas
temos que ir à procura”, justificou.
Álvaro Amaro referiu que a aposta na nova marca surge também com o objectivo de “abrir” a Guarda “ao exterior, para além dos
seus muros, das suas fronteiras”. “É esta marca, este logo, esta ideia
que está transmitida de uma maneira particularmente feliz e que eu
espero que marque, a partir daqui, com o cristal, que identifica este
conjunto de ideias para o exterior”, desejou.
A nova identidade corporativa do Município da Guarda foi
criada pelo designer Paulo Romão, que explicou, durante a apresentação do trabalho final, que se inspirou nos cristais de neve e
numa caixa tridimensional. O novo logótipo surge com um grafismo dinâmico e inovador, referindo que procurou “incutir os valores de dinamismo, nova vida e esperança”.
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Todos os sábados a partir de 17 de Maio
Com uma boa adesão de produtores e consumidores
Vila Real abre mercado de produtos
da terra e promove carne maronesa
Viseu ‘levou’
vinho do Dão ao Centro Histórico
A Câmara de Vila Real anunciou um programa de
eventos a realizar em 2014 para promover a actividade agrária, que passam pela abertura do mercado
dos produtos da terra ou um festival da carne maronesa.
O município transmontano associou-se ao Ano Internacional da Agricultura Familiar que se comemora
em 2014, para, segundo o vereador Carlos Silva, divulgar os produtos agrícolas produzidos no concelho e
contribuir para o desenvolvimento socioeconómico.
O autarca salientou a importância do sector para
o concelho, até porque quase um terço deste território está ocupado com área agrícola, 13.227 hectares,
merecendo destaque a vitivinicultura nos territórios
das freguesias inseridas na Região Demarcada do
Douro, e a actividade pecuária nos territórios montanhosos integrados no maciço montanhoso Marão-Alvão. Referiu ainda que, numa altura em que a taxa
de desemprego é muito elevada, a agricultura se
pode revelar como uma oportunidade negócio. Entre
os eventos previstos, Carlos Silva destacou a abertura a 17 de Maio do mercado dos produtos da terra, o
qual se repetirá todos os sábados.
Este novo dia de mercado junta-se aos dois que
já se realizam durante a semana e pretende ser um
espaço onde os agricultores locais possam escoar os
seus produtos, vendendo directamente aos consumidores. Actualmente são cerca de 50 os produtores
que, em média, vendem no mercado municipal, mas o
espaço tem capacidade para albergar cerca de 150
agricultores.
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Festival Gastronómico da Carne Maronesa
Carlos Silva salientou ainda o Festival Gastronómico da Carne Maronesa, que decorrerá entre 9 e 14
de Junho, que pretende “dar visibilidade e promover”
a actividade pecuária.
A base geográfica da exploração da raça maronesa engloba as regiões naturais das serras do Alvão e
do Marão, o vale da Campeã, a veiga de Vila Pouca de
Aguiar e a Padrela, num total de 14 concelhos e 300
freguesias.
Segundo dados da Associação de Criadores do
Maronês, existem 1.300 famílias que se dedicam a
produção de carne maronesa, sendo que 60 por cento deste produto é consumido na região.
Em Setembro, decorrerá a primeira ‘Feira da Batata da Campeã’ e depois, em Novembro, realizar-se-á também a primeira ‘Mostra Florestal do Concelho
de Vila Real’, no qual se procurará mostrar “todas
a mais-valias económicas, sociais e ambientais do
sector florestal”.
Ao longo do ano, serão ainda debatidos temas
como a produção de mirtilos ao ar livre, as plantas
aromáticas de medicinais ou a agricultura familiar e
sustentabilidade dos territórios rurais.
O programa das comemorações do Ano Internacional da Agricultura Familiar termina com o colóquio
“A nova Política Agrícola Comum (PAC) no contexto
da agricultura familiar”.
A rua Formosa, em Viseu, foi o palco de um evento vínico, que mostrou alguns dos melhores néctares,
brancos e rosados, que se produzem na região do
Dão. A iniciativa Viseu & Vinho, promovida pela Câmara de Viseu e Comissão Vitivinícola Regional do
Dão, contou com a presença de diversos produtores,
mas também com uma boa adesão de público.
Esta acção insere-se num conjunto de iniciativas que a autarquia viseense leva a efeito ao longo
deste ano. No sector do vinho estão previstos mais
dois eventos. Em Setembro decorrerá a Festa das
Vindimas e em Dezembro uma mostra de Vinhos de
Inverno, dedicadas aos tintos. Ainda no sector primário, em Junho terão lugar as comemorações do Ano
Internacional da Agricultura Familiar.
“Esta acção insere-se num conjunto de iniciativas
para a dinamização do nosso território, sobretudo o
rural”, adiantou o vereador do pelouro do Desenvolvimento Rural da Câmara de Viseu, considerando que
Viseu é “uma alavanca regional” para promover este
e outros produtos endógenos da região.
João Paulo Gouveia ficou satisfeito com a adesão
do público. “Tivemos três dias cheios de gente, especialmente jovens, mas também de muitos turistas que
vêm a Viseu degustar os nossos produtos”, afirmou,
acrescentando que esta é “uma actividade e uma
oportunidade única para dar a conhecer o que de
melhor temos na região e, ao mesmo tempo, cativar
novos públicos para os nossos produtos”.
O vereador do pelouro do Desenvolvimento Rural
adiantou que há outro evento agendado para o dia 2
de Maio, no mercado com o mesmo nome, cujo programa será divulgado em breve. João Paulo Gouveia
destaca o facto de esta acção decorrer na rua Formosa, às portas do emblemático Mercado 2 de Maio,
onde “outros produtos vão ser trazidos para a sua
promoção neste espaço”, numa “relação win-win, em
que todos possam ganhar”. Esta dinâmica, às portas
do Mercado 2 de Maio, “tem a pretensão de ver o vinho como produto-âncora, para que aqui possamos
ter outros produtos regionais”, adiantou João Paulo
Gouveia.
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Produtores de vinho alvarinho e de fumeiro apostam forte neste certame
Cerca de centena e meia de produtores já se candidataram
Festa do Alvarinho e do Fumeiro
de Melgaço perfaz 20 edições
Concurso Vinhos de Portugal já conta
com mais de 500 néctares inscritos
É já longo o percurso da Festa do Alvarinho e do Fumeiro de Melgaço que, de 25 a 27 de Abril, perfaz 20 edições,
através das quais dá a conhecer o que de melhor se faz no
concelho.
O evento, organizado pelo Município de Melgaço desde
1995, reflecte um percurso de aposta nos recursos endógenos do concelho, tais como o Vinho Verde Alvarinho, o fumeiro tradicional, a broa, o mel ou o artesanato, num crescendo
sistemático, acompanhando e incentivando o aumento de
produtores, a diversificação de produtos, a defesa da qualidade dos mesmos, a respectiva diferenciação e certificação.
De facto, a Festa, tal como o nome indica, promove
maioritariamente o vinho Alvarinho produzido exclusivamente na Sub-região de Monção e Melgaço, e o fumeiro local tradicional, entre o qual se destaca o presunto, o salpicão
e as chouriças de carne e de sangue.
Mas a Festa não se esgota aqui. Oferecendo toda uma
gama de actividades paralelas, o evento promove também
o território e o seu potencial turístico, de gastronomia e vinhos, de natureza e aventura, medicinal e de lazer. Esta é a
“receita” que, aliando tradição e inovação, conduziu à concretização de um grande evento, uma verdadeira Festa, de
convívio e de celebração, de reconhecido interesse turístico nacional e visitado anualmente por milhares de pessoas,
oriundas de todo o país e da vizinha Galiza.
A menos de um mês do fecho das inscrições o Concurso Vinhos de Portugal já tem mais de 500 vinhos
inscritos, de cerca de centena e meia de produtores.
A ViniPortugal almeja que a edição de 2014 acolha o
mesmo interesse e participação dos produtores nacionais que alcançou na edição de 2013 – que totalizou
1007 candidaturas: 919 vinhos tranquilos e 88 vinhos
fortificados.
Até 30 de Abril os produtores poderão continuar
a submeter os seus vinhos a concurso na página www.
concursovinhosdeportugal.pt, mas após 24 de Abril
será cobrada uma penalização acrescida de 15 euros
a todas as inscrições.
O Concurso está organizado em dois grandes grupos: o primeiro exclusivo para vinhos licorosos e segundo para os restantes vinhos, tranquilos de blend ou
varietais e espumantes.
Serão atribuídas medalhas de ouro, prata e bronze de
acordo com as pontuações de classificação. Os vinhos
que conquistem pontuação para medalha de ouro serão
submetidos a nova avaliação, desta vez por parte Grande Júri. Desta prova emergirão os melhores dos melhores,
que receberão a grande medalha de ouro.
Os vinhos premiados com a grande medalha
de ouro asseguram a participação nas acções de
promoção genérica, como seminários para profissionais, provas para consumidores, city tastings
ou presenças em feiras transversais, nos mercados
prioritários de promoção dos vinhos portugueses:
EUA, Brasil, Canadá, China, Angola, Reino Unido, Alemanha, Nórdicos, Japão e Singapura.
Comercialização cresce em nove dos 10 principais mercados em 2013
Vendas DOC Douro ultrapassam 100 milhões de euros
Os vinhos DOC Douro fecharam 2013 com um valor de vendas superior a 100 milhões de euros (101, 8M€), mais 12,2 por
cento do que no ano anterior. Nove dos dez principais mercados
cresceram em volume de negócios, com Portugal na liderança
seguido pelo Canadá e Angola. No total, a comercialização dos
DOC Douro cresceu, além do valor, quer em quantidade, com um
aumento de 9,7 por cento, quer ao nível do preço por litro, que
registou uma subida de 2,3 por cento. A quota de exportação
manteve-se acima dos 40 por cento (40,9% em valor e 40,1% em
quantidade). Os DOC Douro tintos continuam a deter a maioria
do mercado, com quase 80 por cento (79,2%).
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No âmbito dos dez principais mercados, o francês, que ocupa
a 9ª posição, foi o que mais cresceu na generalidade com um
aumento do volume de negócios superior a 40 por cento (41,2%),
mais 25 por cento de caixas vendidas (25,2%) e quase 13 por
cento de aumento no preço por litro (12,8%).
Para o presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP), “os vinhos da Região Demarcada do Douro estão a aumentar a sua quota de terreno internacional de uma forma muito
interessante. Mais do que a quantidade, estes resultados demonstram que os DOC Douro estão a crescer em notoriedade e
valor a um ritmo sustentável”, conclui Manuel de Novaes Cabral.
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Um produto em que o município de Oleiros quer apostar
Jornadas sobre o Vinhos Callum
bastante participadas
É um produto único, produzido na região, no qual a Câmara de Oleiros quer
apostar. O vinho Callum foi tema de umas
jornadas, que contaram com a participação de palestrantes que deram algumas
achegas para a sua promoção, mas especialmente para a defesa de um produto
único e para o aumento da sua produção.
Para o presidente da Câmara, Fernando Marques Jorge, o vinho Callum faz parte
de um conjunto de ofertas que só Oleiros
tem, enquanto José Vicente Paulo, presidente da Associação de Vinhos Históricos
Portugueses, recebe este vinho de ‘braços’ abertos, defendendo, contudo, que
os produtores se devem associar, numa
organização que os represente e que a
autarquia de Oleiros se mostra disponível
para dinamizar.
Já Virgílio Loureiro é mais cauteloso. O
enólogo diz que em Oleiros “não há nem
vinhos no mercado, nem vinhas. Só há videiras”, defendendo a união do Pinhal Interior em torno deste produto, que considera ser “uma originalidade e um resquício
do passado ancestral”.
Fernando Marques Jorge: “Temos
três coisas que mais ninguém tem em
Portugal e quem as quiser provar ou
visitar terá que vir a Oleiros”
Gazeta Rural (GR): As jornadas sobre o vinho Callum foram bastante par18
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ticipadas. Este foi o primeiro passo para
desenvolver um produto que tem possibilidades de crescimento?
Fernando Marques Jorge (FMJ:
Queremos, com alguns produtos, que são
endógenos, únicos e que mais ninguém
tem, trazer pessoas e atrair investimento a Oleiros. É por isso que apostamos na
divulgação e na plantação de mais vinho
Callum, mas também no cabrito estonado
e no Trilho dos Apalaches, três coisas que
mais ninguém tem em Portugal, que podem não ser as melhores do mundo, mas
quem as quiser provar ou visitar terá que
vir a Oleiros. Portanto, uma das nossas
apostas passa por aí, mas passa também
pelo vinho Callum. As jornadas que promovemos para saber mais sobre este produto
entroncam nessa estratégia.
GR: Falou-se na necessidade de associar os produtores para poder crescer e
desenvolver este produto?
FMJ: É uma possibilidade que está em
estudo, mas também entendemos que é
importante criar uma zona de produção de
vinho Calum para podermos certificá-lo,
assim como a sua integração na Associação de Vinhos Históricos Portugueses. É
que para além de um uma fonte de rendimento para as pessoas, pode também
projectar o nome de Oleiros para outras
paragens.
GR: O vinho Callum é um dos produtos
a associar a outros produzidos no conce-
lho para chamar turistas. Numa altura que
há um regresso à terra, este pode ser um
dos atractivos para o aparecimento de
gente nova no sector?
FMJ: Acredito que sim. Aliás, tem que
haver um regresso às origens. Se olharmos
para os países desenvolvidos vemos que
houve uma grande aposta no sector primário. Acho que Portugal tem condições
para que quem trabalha no sector primário possa daí tirar dividendos. Agora, nós
estamos numa região em que as pessoas
ainda vivem de uma agricultura de subsistência e é preciso que deixe de o ser para
ser produtiva e lucrativa.
Por exemplo, eu gostaria de apostar
na pastorícia e voltarmos a ter os nossos
rebanhos, não só para fazer a limpeza das
matas, mas também como uma forte fonte de rendimento para o concelho. Estou a
pensar nos rebanhos e nos corrais comunitários. Nesse sentido, irei fazer reuniões
nas freguesias para promover esta iniciativa, porque sabemos que os próximos
fundos estruturais vão apoiar tudo o que
for produtivo, tudo o que criar emprego e
diminuir a pobreza.
E de facto, estamos numa região do
país que é pobre, mas que gostaríamos de
inverter, tornando-a numa zona onde já dá
gosto viver, que tem bons ares, boas águas
e boa comida, mas que tem um índice de
rentabilidade baixo, apesar de sermos um
concelho excedentário, que contribui para
a riqueza do país.
Virgílio Loureiro: “Uma originali- qualquer dia estão todos iguais e este é um
dade e um resquício do passado an- caso clássico deste tipo.
cestral”
Estou em profundo desacordo com o
presidente da Câmara quando diz que isto
Gazeta Rural – O que vai acrescen- é um exclusivo de Oleiros. Não é de todo.
tar daqui a pouco?
Isto é um excluído de Pinhal Interior, que é
Entrevistado – O melhor e ouvir o uma unidade geográfica com identidade
que eu tenho para dizer. Mas de facto
quase homogenia. Não é por se atravessar
Virgílio Loureiro (VL): Isto é uma a fronteira do concelho de Oleiros que muoriginalidade e um resquício do passado dou tudo. É tudo a mesma coisa.
ancestral, um testemunho do saber transAcho que essa é a pior maneira de comitido de geração em geração, sem livros, meçarem a defender o Callum, porque ele
sem ciência, sem técnica, mas que resistiu existe em Proença-a-Nova, Vila de Rei,
até o seculo XXI. E só por isso eu penso na Sertã e, se calhar, a capital é Oleiros. O
que é um tesouro.
presidente da Câmara e os seus munícipes
Acho, todavia, que não é um tesouro devem bater-se por ter todos os concevitivinícola, mas mais do que isso, é um lhos, porque mesmo assim são muito poutesouro antropológico, que vale a pena cos, e bater-se para ser a capital, não mais
preservar para gerações futuras. Na minha que isso.
apresentação tentei explicar isso.
Agora, penso que não podemos deslumbrar-nos e pensar que está aqui o melhor vinho do mundo e que já há material
para se fazer uma região demarcada. Não.
As regiões demarcadas não se fazem com
videiras, mas sim com vinhas, muitas, com
tradição e vinhos de qualidade, que antes
de serem demarcados afirmaram-se no
mercado e passaram a ser os preferidos
dos consumidores. Aqui não há nem vinhos
no mercado, nem vinhas. Só há videiras.
Portanto, acho que se tem que relativizar,
mas tem que haver a inteligência e o bom
censo de não querer pedir o impossível. É
relativizar, mostrar o que há e, com base
nisso, fazer com o que existe permite.
GR: Não podemos olhar para este
tipo de vinhos, como os de regiões como
o Dão, Douro e Alentejo, mas olhá-lo mais
no seu sentido histórico?
VL: Tal qual o cabrito estonado, não
mais que isso. É uma originalidade, a mesma que um turista aqui procura a natureza,
as Aldeias do Xisto e resquícios do passado, onde também se encontra o Callum.
Agora, não se pense que se vai exportar
Calum e, com isso, dar empregos a muita gente desta região. Eu não tenho essa
ideia e duvido que isso seja possível fazer.
GR: Há um caminho a ser trilhado ao
longo dos próximos anos, no sentido de
preservar este vinho, não deixando morrer
os poucos produtores que ainda existem?
VL: Acima de tudo é preservar um tesouro antropológico. Lembremo-nos que
as sociedades modernas quanto mais
evoluídas mais preservam as suas memórias, até porque a globalização tende a
acabar com elas e hoje em dia a globalização é uma forte ameaça à nacionalidade
e ao individualismo dos países. Portanto,
ou preservam as suas memorias através factos evidentes, como é o Calum, ou
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No XII Concurso Internacional de Vinos BACCHUS, em Madrid
Vinhos Licorosos Marquês de Marialva
premiados com ouro
A marca Marquês de Marialva continua a construir curriculum ao submeter os seus vinhos à avaliação dos mais exigentes júris internacionais, desta feita numa nova categoria, a dos
vinhos licorosos. A reforçar esta nova aposta da marca, estão
as medalhas de ouro atribuídas às duas referências levadas no
XII Concurso Internacional de Vinos BACCHUS 2014, que decorreu em Madrid, Marquês de Marialva Reserva dos Sócios e
Marquês de Marialva Singular.
“Este reconhecimento vem confirmar a vocação da região
da Bairrada para a produção de vinhos licorosos. Esta vocação remonta ao século XVIII, altura em que, após a criação da
região demarcada do Douro por Marquês de Pombal, se começou a verificar uma assídua transacção de uvas da Bairrada
para o Douro, por lhe ser reconhecida a qualidade necessária
à produção de vinhos licorosos. Fruto da intensificação destas
transacções Marquês de Pombal determinou o arranque de
todas as vinhas da Bairrada, o que resultou numa replantação
posterior, já mais moderna e organizada”, afirma a Adega em
comunicado.
Uma vez mais a Adega de Cantanhede, com a sua marca
Marquês de Marialva, “representa ao mais alto nível a inquestionável qualidade dos vinhos da Bairrada, confirmando aqui a
versatilidade da região, e do terroir de Cantanhede em particular, que aqui afirma também a sua vocação para a produção
de vinhos licorosos, capazes de ombrear com os melhores do
mundo”, lê-se no documento.
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Concurso Nacional de Doçaria Popular Portuguesa
Concurso Nacional de Queijos Tradicionais Portugueses
Melhor Doce Tradicional é dos Açores
Queijo de São Jorge
é o “Melhor dos Melhores”
As “Queijadas de Vila Franca do Campo”, da Região
Autónoma dos Açores, inseridas na categoria Queijadas, ganharam o prémio Melhor dos Melhores na terceira edição do Concurso Nacional de Doçaria Tradicional Popular Portuguesa, organizado pelo CNEMA
e pela Qualifica, que decorreu no Centro Nacional de
Exposições, em Santarém, cujo júri avaliou em prova
cega 23 amostras, apresentadas por 15 produtores.
Ainda na categoria Queijadas, a Medalha de Prata foi
entregue aos “Charniqueiros”, da Pastelaria Batalha.
Na categoria Biscoitos e Similares foram distinguidos quatro produtos. Com Medalha de Ouro, as
“Lérias”, do Pão-de-ló de Mário Ribeiro de Margaride, e os “Bolinhos de Figo”, dos Sabores da Geninha.
Com Medalha de Prata foram premiados os “Cacos”,
da Padaria e Pastelaria Flor Aveiro, e os “Esses de
Peniche”, da Pastelaria Roma.
Dos produtos apresentados na categoria Pastéis
destacaram-se os “Poiaritos”, da 3 Às – Arte, Artesanato e Animação, que conseguiram a Medalha de Ouro. A
Medalha de Prata coube às “Broas de Ovos Moles”, da
Fabridoce – Doces Regionais, e aos “Barquinhos de Ovos
Moles”, produzidos por Rosa Líria Silva Soares.
Os “Parrameiros”, da Pastelaria Batalha, foram os
vencedores da Categoria Bolos Secos e a “Sopa Dourada”, do Pão de Ló de Margaride conquistou a Medalha de Ouro na categoria Doces de Colher.
O Pão de Ló de Ovar, de Sandra Dolores Pais
Cruz, e o Pão de Ló, do Pão de Ló de Margaride ganharam as Medalhas de Ouro e Prata em Bolos de
Fatia ou Forno.
Organizado pelo CNEMA, em Santarém
Pastel de Vouzela
venceu concurso nacional de doçaria conventual
O pastel de Vouzela venceu, na categoria massas folhadas ou
fritas, a terceira edição do Concurso Nacional de Doçaria Conventual Portuguesa, organizado pelo CNEMA – Centro Nacional
de Exposições e pela Qualifica e que se realizou em Santarém.
Segundo a organização, este certame pretende ser uma
forma de motivar os doceiros para continuarem a respeitar as
receitas e o uso dos ingredientes tradicionais, que permitem
manter a qualidade, a genuinidade e a diferença dos doces conventuais portugueses e de divulgar a genuína doçaria conventual
portuguesa.
A concurso estiveram nove categorias (Ovos Moles de Aveiro, doces à base de gemas de ovos; doces à base de ovos e
amêndoa; doces à base de amêndoa; pão de ló, arrufadas e similares; doces à base de massas folhadas ou fritas; doces à base de
clara de ovo; doces de fruta e rebuçados ou outros produtos de
confeitaria), tendo sido avaliadas 27 amostras oriundas das mais
diversas zonas do país.
O pastel de Vouzela foi apresentado a concurso, nesta edição, pelo produtor Joaquim Jesus Rodrigues, de Vouzela, uma
participação que surgiu de um sorteio com os restantes produtores de pastéis de Vouzela e que determina a rotatividade dos
mesmos.
Uma vitória que deu também mais substância ao trabalho
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desenvolvido pela Câmara de Vouzela com a Associação dos
Pasteleiros dos Pasteis de Vouzela, nomeadamente na criação
de logótipo do pastel de Vouzela e no apoio ao registo da marca
feito junto do INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial,
um registo que impede que outras pessoas utilizem o nome e o
símbolo registado em pastéis que não cumpram as regras constantes do caderno de Especificações do Pastel de Vouzela, e por
conseguinte uma forma de impedir falsificações do produto.
O Queijo de São Jorge (7 meses de cura) produzido pela Lac- Requeijão da Beira Baixa:
taçores – União das Cooperativas da Lacticínios dos Açores, foi
Medalha de Ouro - Queijaria Almeida
distinguido com o prémio “Melhor dos Melhores” na quarta ediMedalha de Prata - Cooperativa de Produtores de Queijos da
ção do Concurso Nacional de Queijos Tradicionais Portugueses Beira Baixa/Idanha-a-Nova
que decorreu no Centro Nacional de Exposições, em Santarém,
- Requeijão da Serra da Estrela: Medalha de Ouro - Paulo Roorganizado pelo CNEMA e pela Qualifica, cujo júri avaliou em gério Simões Figueiredo
prova cega 46 amostras, em representação de várias regiões do
- Travia da Beira Baixa:
país. O Queijo de São Jorge (3 meses de cura), confeccionado
Medalha de Ouro - Cooperativa de Produtores de Queijos da
pela mesma empresa, conquistou a Medalha de Prata.
Beira Baixa/Idanha-a-Nova Medalha de Prata – Queijaria Almeida
Neste Concurso foram ainda premiados os seguintes
- Queijo de Ovelha Fresco:
produtores, nas respectivas categorias:
Medalha de Ouro - Fernando & Simões – Queijaria Artesanal
- Queijo de Ovelha Curado:
- Queijo da Beira Baixa Amarelo:
Medalha de Prata - Produção de Queijos Francisco Pacheco
Medalha de Ouro - Beiralacte – Lacticínios Artesanais da & Filhos
Beira Baixa
- Queijo de Ovelha Curado Velho:
Medalha de Prata - Queijaria Lourenço & Filhos.
Medalha de Ouro - Monte do e Beiralacte - Lacticínios Arte- Queijo da Beira Baixa Picante:
sanais da Beira Baixa
Medalha de Ouro - Queijaria Almeida
- Queijo de Cabra:
Medalha de Prata - Queijaria Lourenço & Filhos
Medalha de Ouro - Beiralacte - Lacticínios Artesanais da Bei- Queijo da Beira Baixa Amarelo Velho:
ra Baixa
Medalha de Ouro - Queijaria Lourenço
- Requeijão de Cabra Velho:
Medalha de Prata - Queijaria Almeida
Medalha de Ouro - Queijos Fortunato
- Queijo de Azeitão:
- Queijo de Ovelha e Cabra:
Medalha de Ouro - José Fernando Xavier Simões;
Medalha de Prata - Cooperativa de Produtores de Queijos da
Medalha de Prata - Fernando & Simões - Queijaria Artesanal Beira Baixa/Idanha-a-Nova
- Queijo de Cabra Transmontano:
Medalha de Ouro - Leicras - Cooperativa de Produtores de
Leite de Raça Serrana
- Queijo de Castelo Branco:
Medalha de Ouro - Beiralacte – Lacticínios Artesanais da
Beira Baixa
Medalha de Prata - Cooperativa de Produtores de Queijos da
Beira Baixa /Idanha-a-Nova,
- Queijo de Castelo Branco Velho:
Medalha de Ouro - Cooperativa de Produtores de Queijos da
Beira Baixa /Idanha-a-Nova Medalha de Prata - Queijaria Almeida
- Queijo de Évora:
Medalha Prata - Monte do Ganhão, Lda.
- Queijo de Serpa (Cunca e Merendeira):
Medalha de Ouro – Queijaria Guilherme
- Queijo de Serpa:
Medalha de Prata - Produção de Queijos Francisco Pacheco
& Filhos
- Queijo de Serra da Estrela:
Medalha de Ouro - Queijos São Gião
Medalha de Prata - Quinta de S. Cosme – Sociedade Agro-industrial e António F. L. Vaz Patto
- Queijo de Serra da Estrela Velho: ´
Medalha de Ouro - António F. L. Vaz Patto
- Queijo de Terrincho:
Medalha de Prata - Quinta da Veiguinha – Queijaria Artesanal
No IV Concurso Nacional de Enchidos, Ensacados e Presuntos Tradicionais Portugueses
Registou mais de 26 mil visitantes ao longo de 11 dias
Trás-os-Montes
tem o “Melhor dos Melhores” enchidos
Peixe em Lisboa
regressa de 9 a 19 de Abril de 2015
O Salpicão de Vinhais produzido, inserido na categoria Salpicão de Vinhais, ganhou o prémio “Melhor dos Melhores” da
quarta edição do Concurso Nacional de Enchidos, Ensacados e
Presuntos, organizado pelo CNEMA e pela Qualifica, e que decorreu no Centro Nacional de Exposições, em Santarém, cujo júri
avaliou em prova cega 53 amostras, representativas das várias
categorias a Concurso. Nesta categoria a Medalha de Prata foi
atribuída à Fumituela, enquanto a Salsicharia Amarantina conseguiu a Medalha de Ouro pelo “Salpicão”.
Um dos produtos com maior representatividade em Enchidos
foi a Alheira. Nas diversas categorias foram premiadas as seguintes amostras: “Alheira de Mirandela IG”, Medalha de Ouro – Alheiras Angelina; “Alheira de Vinhais”, Medalha de Ouro – Fumituela;
“Alheira”, Medalha de Prata – MinhoFumeiro, e “Alheira de Caça”,
Medalha de Ouro – MinhoFumeiro.
Nas diferentes categorias de Butelo a preferência do júri incidiu sobre as seguintes: “Butelo de Vinhais IGP”, Medalha de Prata
– Fumituela e “Butelo” com duas Medalhas de Prata – Alheiras
Angelina e Casa da Prisca.
Dos produtos integrados nas categorias “Chouriça” destacam-se a “Chouriça de Vinhais IGP”, Medalha de Prata – Vifumeiro; a “Chouriça Doce de Vinhais IGP”, Medalha de Ouro - Fumituela e Medalha de Prata – Vifumeiro e a “Chouriça de Cebola”,
Medalha de Ouro – MinhoFumeiro, Lda. e Medalha de Prata – Fumeinor, Indústria de Fumeiro e Conexos.
Dos diversos tipos de “Chouriço” analisados foram premiados: “Chouriço Azedo de Vinhais IGP”, Medalha de Ouro – Fumituela; “Chouriço Azedo”, Medalha de Ouro – Alheiras Angelina e
Medalha de Prata – “Topitéu – Alheiras de Mirandela, e “Chouriço
de Abóbora”, Medalha de Prata – Fumeinor, Lda. Na categoria
“Chouriço de Carne” a Medalha de Ouro foi para António Abrantes – Salsicharia Valverde, enquanto a Medalha de Prata recaiu
sobre os produtos apresentados pelas empresas Enchido Serra24
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Mais de 26 mil visitantes tornaram o Peixe em Lisboa no mais bem-sucedido de sempre, a ponto de ter superado as cerca de 25 mil entradas das
duas anteriores edições (crescimento de visitantes na ordem dos 7%).
Além da elevada afluência, a Associação de Turismo de Lisboa (ATL), que
organiza o evento, realça o aumento do número de degustações vendidas
nos restaurantes, bem como a forte presença de público estrangeiro – cerca
de 24%, um aumento de 2% face a 2013, maioritariamente oriundos de países
como o Brasil (18,8%), França (14,6%), Alemanha (12,5%) e Reino Unido (12%).
A organização interpreta estes dados com a oferta de novas condições de
conforto que a edição agora finda proporcionou aos visitantes, particularmente úteis nos horários de maior procura – almoço, jantar e fins-de-semana. De
recordar que foi conseguido um aumento de 140 lugares sentados na área de
restauração, o que permitiu disponibilizar um total de 526 lugares. Esse crescimento foi possível através da transferência do auditório para a Praça do Comércio, onde decorreram as apresentações diárias de cozinha ao vivo e os debates com mais de três dezenas de convidados. A nova localização do auditório
contribuiu ainda para um reforço da comunicação exterior do evento naquela
que é a mais emblemática praça da cidade de Lisboa.
A VII edição do Peixe em Lisboa registou maior procura, face ao ano anterior, de jornalistas e bloguistas, com mais de 210 acreditações de Imprensa, não apenas portugueses mas de outros países como Áustria, Bélgica
Brasil, China, Espanha, EUA, Dinamarca, França, Inglaterra, Irlanda e Itália.
A próxima edição do Peixe em Lisboa – uma organização ATL, com o
apoio da Câmara de Lisboa e produção da EV - Essência do Vinho – tem já
data marcada, de 9 a 19 de Abril de 2015.
no – Enchidos Tradicionais da Serra da Estrela, MinhoFumeiro,
Lda e Salsicharia Amarantina.
Em “Chouriço Doce” as Medalhas de Ouro e Prata foram ganhas,
respectivamente, pelas Alheiras Angelina e Topitéu. Na categoria
“Chouriço Grosso”, destaque para a Salsicharia Os Lobinhos com a
Medalha de Ouro, enquanto em “Chouriço Mouro”, realce para Medalha de Prata conseguida pela Salsicharia Amarantina.
O júri premiou com Medalha de Ouro as Farinheiras produzidas por Salsicharia Os Lobinhos, na categoria “Farinheira de Estremoz e Borba IGP” e António Abrantes – Salsicharia Valverde.
O “Painho de Portalegre IGP”, da Montanheira, conquistou a
Medalha de Ouro e o “Painho” da António Abrantes – Salsicharia Valverde foi distinguido com Medalha de Prata. Esta empresa
foi ainda galardoada com a Medalha de Ouro “Paio do Lombo”,
categoria em que a MinhoFumeiro. foi segunda classificada, com
Medalha de Prata.
Mereceram também Medalha de Ouro a “Linguiça”, da Salsicharia Amarantina e a “Morcela de Arroz”, da MinhoFumeiro.
Alentejo destaca-se em Ensacados e Presuntos
O “Lombo Branco de Portalegre IGP” da Montanheira foi premiado com Medalha de Ouro. Igual distinção obtiverem a “Cabeça de Xara”, o “Lombo de Porco Alentejano - Peça de Preza” e a
“Paia de Toucinho”, produtos produzidos pela Salsicharia Canense. O “Maranho” premiado com Medalha de Ouro foi produzido
por António Abrantes – Salsicharia Valverde.
Em “Presuntos” foi atribuída a Medalha de Prata a Montaraz
de Garvão – Transformação Artesanal de Porco Alentejano, pelo
“Presunto de Santana da Serra IGP”. Esta empresa apresentou
também a “Paleta de Santana da Serra IGP”, premiada com Medalha de Ouro, tal como a “Paleta” produzida pela empresa a Miguel & Miguel – Transformação do Porco Preto.
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A partir de Ponta Delgada, nos Açores
Coordenador da Cerfundão diz que não se deve criar “alarmismos prematuros”
Empresa quer promover “vegetais
esquecidos” produzidos em Portugal
Produtores de cereja do Fundão
temem efeitos da chuva na produção
O chícharo, o serpão, o lódão, a feijoca, o açaflor ou a cereja seca são usados na gastronomia portuguesa, mas são nomes
desconhecidos pela população sem raízes nas áreas onde se
cultivam. Com a intenção de recuperar este “vegetais esquecidos”, Álvaro Dias, professor de marketing “aficionado da gastronomia”, meteu ‘mãos à obra’ e durante quatro anos fez germinar
uma empresa de distribuição destes produtos nacionais.
A ideia do negócio surgiu “há uns tempos atrás” numa pequena aldeia da Beira Baixa, quando o professor interpelou uma
habitante sobre receitas, como tem “a mania de fazer”. A idosa
acabou por se deslocar ao seu quintal para recolher uma “ervinha, que se chamava serpão”.
“Nunca tinha ouvido falar e comecei a perceber que havia um
nome de sabores que muitas vezes apenas estão nas mãos de
pessoas idosas e em risco de esquecimento”, afirmou.
O interesse foi crescendo e Álvaro Dias começou a recolher
informação na sua terra natal – Açores -, na Beira Baixa e no
Norte sobre um “conjunto de sabores” que eram desconhecidos
das pessoas sem ligações a essas zonas. Seguiram-se pesquisas
acerca dos produtos, das suas aplicações, de fornecedores, a
que se somaram os estudos de mercado e a escolha de embalagens biodegradáveis.
O professor chega a usar a palavra “cunha” para explicar as
dificuldades em conseguir estes produtos para vender, uma vez
que provêm de explorações locais, havendo mesmo casos de
“edições limitadas”. “Só temos mesmo aquela quantidade”, reconhecendo que se trata de produtos ‘gourmet’, dada a “exclusividade” e por serem “produtos artesanais”.
Seguindo o calendário agrícola, neste primeiro ano a comercialização acontece apenas no mercado nacional. A venda
destes produtos também visa os profissionais da cozinha, ou seja
chegar a uma área “muito exigente, por procurar novos sabores
e novas texturas”.
Os produtos vão estar disponíveis em duas embalagens e com
preços a rondar os cinco e os nove euros. “O que me custou mais
foi arranjar o nome da marca. Simultaneamente, queria um nome
que fosse curto e que também desse para os mercados internacionais” e depois de nove meses, Álvaro Dias escolheu a designação “Otoctone”, empresa que foi apresentada na em Lisboa, na
Loja dos Açores.
Uma iniciativa da Escola de Empreendedorismo Rural de Penela
Penela inicia projecto
de apoio à mudança da cidade para o campo
A Escola de Empreendedorismo Rural de Penela iniciou a primeira fase do projecto-piloto “Tribet Connect”, de apoio à mudança de pessoas da cidade para o campo, cujo objectivo é contrariar o abandono dos territórios rurais. “Pretendemos ajudar
pessoas que querem sair da cidade para viver num espaço rural.
Nesta primeira fase, as pessoas vêm passar um fim-de-semana
a Penela e depois existem mais cinco sessões de acompanhamento por Internet», explicou Fátima Saraiva, promotora do programa.
De sexta-feira a domingo, quatro pessoas, de Lisboa, Figueira
da Foz e Coimbra, vão contactar com o meio rural e com profissionais de áreas distintas, partilhar experiências, desmitificar mitos de viver no meio rural e identificar oportunidades de negócio
para se fixarem.
Entre os participantes, cujo número Fátima Saraiva considera ter ficado “aquém das expectativas”, encontram-se pessoas
empregadas e desempregadas, com idades entre os 30 e os 60
anos.
“O objectivo fundamental deste projecto, que é pioneiro a
nível nacional, é contrariar o problema português do despovoa26
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mento do meio rural. Acreditamos que podemos contribuir para
melhorar a vida de muita gente que está cansada da vida e do
stresse das cidades”, sublinhou a promotora.
Numa segunda fase, que deverá ocorrer no final de Maio ou
início de Junho, os participantes voltam ao município de Penela
durante uma semana, tendo um contacto mais profundo com as
suas actividades de interesse, numa perspectiva de “aprenderem
fazendo”, e depois são acompanhados online durante mais três
meses.
O passo seguinte passa pela Escola de Empreendedorismo
Rural de Penela apoiar as pessoas na construção de um “modelo
de negócio e execução do plano de acção, para que a mudança
seja efectiva e o mais confortável possível”.
Segundo Fátima Saraiva, o projecto nasceu da junção das
suas duas “paixões: o meio rural e o empreendedorismo”. “Há
muito tempo que me questionava: que posso fazer para contrariar o despovoamento de sítios fantásticos que conheço, com um
enorme potencial, mas que estão a morrer”, sublinhou a promotora do projecto de apoio à mudança de pessoas da cidade para
o campo.
Os produtores de cereja do Fundão receiam que a chuva das últimas semanas prejudique a produção daquele fruto este ano. Alguns produtores explicaram que a chuva intensa, numa fase em que a floração das árvores já tinha começado, pode provocar doenças e comprometer o desenvolvimento do fruto.
O problema é que esta humidade pode fazer apodrecer as flores e assim,
obviamente, não há condições para a polinização e muito menos para o ‘vingamento’”, detalhou Alberto Mendes, produtor de cereja que tem cerca de 16
hectares.
Alberto Mendes recordou que as “árvores estão ensopadas em água” e sublinhou que, “nesta altura”, isso “não é bom” para nenhuma cultura. Em anos
“normais”, este produtor chega a colher mais de 100 toneladas de cereja, mas,
para este ano, ainda não se atreve a avançar com prognósticos porque, se há
duas semanas acreditava que ia ser um “ano excelente”, agora já está mais
céptico e assume que tudo “depende dos próximos dias”.
“Tínhamos as cerejeiras mesmo bonitas e como poucas vezes me recordo de as
ver. Mas, nesta vida, já sabemos que é assim, umas vezes é o sol em excesso que as
amadurece demais, outras o frio e a chuva, que implicam quebras. Vamos ver como vai
ser”, desabafou.
Uma opinião que é partilhada por Almério Oliveira, que tem cerca de 37
hectares de cerejeiras e uma produção que pode ultrapassar as 300 toneladas,
isto se entretanto as condições climatéricas melhorarem. “Se isto parar nos
próximos dias, pode não ser muito grave, mas se continuar assim mais oito dias
então a situação complica-se mesmo a sério”, referiu.
Os produtores preferem não quantificar eventuais perdas, por enquanto, porque acreditam que a chuva irá parar e têm esperança de que “pelo menos” as variedades mais tardias venham a vingar normalmente.
Pedro Catalão, coordenador da Cerfundão, empresa de embalamento e
comercialização de cerejas da Cova da Beira, para a qual alguns produtores
encaminham parte da produção, também considera que não se deve criar
“alarmismos prematuros”. “Os produtores têm-nos dito que a situação é preocupante. Contudo, não podemos criar alarmismos prematuros”, ressalvou.
A região da Cova da Beira é uma das principais áreas de produção nacional
de cereja, fruto que contribui fortemente para dinamizar a economia local. O
Fundão, concelho no qual se encontra a maior área de cerejais, tem realizado
uma forte aposta na divulgação e promoção da “Cereja do Fundão” enquanto
marca, o que contribuiu para a afirmação do fruto no mercado nacional e internacional, e para que, nos últimos anos, tenham surgido vários subprodutos,
como os licores ou o Pastel de Cereja do Fundão, inicialmente designado como
pastel de nata de cereja.
Padaria e Pastelaria Juvenal: Tradição desde 1939
a produzir pão e folar de Valpaços
Em Valpaços, qualquer referência ao folar e ao pão tem que
passar pela família Juvenal. É uma tradição iniciada há 74 anos,
pelos avós do Rui Juvenal e por mais dois irmãos. A herança tem
sido passada de pais para filhos e, neste momento, além da padaria com forno a lenha, a família Juvenal possui três estabelecimentos, o último inaugurado recentemente.
Além do famoso folar, confeccionado com carnes caseiras e
massa fôfa, a padaria oferece aos seus clientes a bôla de azeite,
a bôla de carne, o pão de centeio e o bijou de mistura.
Com a crise que afecta o país, Rui Juvenal refere que o lema
da casa é “não baixar os braços, que a crise aqui não se sente”.
Os produtos da Padaria e Pastelaria Juvenal estão espalhados por toda a região, já que os distribui por outros estabelecimentos de Valpaços até Chaves, fruto da qualidade adquirida.
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Primeira edição do Fórum BayCereais abordou o mercado mundial
Bayer Cropscience
lançou clube de produtores de cereais
tação e a importação depende da bolsa [de futuros], há que estar
atento e perceber esses movimentos da bolsa. Os preços dos cereais derivam dos indexantes da bolsa de futuros de Chicago (Chicago Board of Trade) que variam em função da colheita e do consumo, ou seja, segundo a lei da oferta e da procura, mas também
Mais de uma centena de cerealicultores e especialistas em de acordo com as operações dos fundos financeiros”, considerou,
agricultura e mercados de cereais participaram no I Fórum Bay- Paulo Costa e Sousa, Senior Trader da Louis Dreyfus Commodities.
Cereais, promovido pela Bayer Cropscience, que decorreu em
Adengo é um novo herbicida para a cultura do milho
Muge, Salvaterra de Magos. As conclusões deste debate apontaram a liberalização e globalização dos mercados de cereais
A apresentação do novo herbicida da Bayer Cropscience, o
e as suas consequências no processo de formação dos preços
como uma das principais causas na mudança que a produção Adengo, foi outro momento marcante do evento. Adengo é um
novo herbicida de pré-emergência para a cultura do milho, que
nacional está a sofrer.
Embora a produção de cereais tenha aumentado global- permite controlar mais de 85 espécies de infestantes anuais, gramente em Portugal em 2013, este crescimento não é significa- míneas e de folha larga, de uma forma conveniente e segura, com
tivo, uma vez que a procura a nível nacional é muito superior, o apenas um produto.
grau de auto-aprovisionamento dos cereais é de cerca de 21%.
Clube BayCereais
O trigo e o milho são exemplos disso, pois há uma necessidade
de importação destes cereais provenientes de várias zonas do
No final do evento foi apresentado o quarto clube de agriculmundo, como a Rússia, União Europeia, ou USA. Em Portugal, a
tores criado pela companhia alemã: o Clube BayCereais, um clube
Ucrânia é o principal fornecedor de milho.
A primeira edição do Fórum BayCereais ficou marcada ainda de produtores de cereais, destinado aos produtores de milho, arpelo painel “A decisão da produção”, com a participação de três roz e cereais de inverno e que pretende contribuir para o desenagricultores. Os depoimentos destacaram os elevados custos volvimento sustentado do sector da cerealicultura em Portugal
energéticos como um dos principais factores condicionantes através da promoção das boas práticas agrícolas, que permitam a
protecção do património, do ambiente e do rendimento dos propara uma elevada produtividade da cultura.
“É importante para o produtor estar em contacto directo dutores de cereais. Como membros do Clube BayCereais, os procom o mercado em todos os segmentos. Tomar consciência de dutores terão acesso directo a um diversificado conjunto de serque o mecanismo de formação dos preços depende da impor- viços e suportes, bem como ao aliciante programa de incentivos.
Portugal é forçado a importar cereais, apesar de a produção ter aumentado globalmente em 2013, o consumo continua
a ser bastante superior à produção, um dos temas discutidos no
primeiro Fórum BayCereais, promovido pela Bayer Cropscience.
Defendeu o especialista em mercados agrícolas, Paulo Costa e Sousa
Produtores de cereais
devem seguir a bolsa para vender melhor
Os produtores de cereais devem estar atentos ao comportamento das bolsas mundiais onde estes são transaccionados e usar
essa ferramenta para vender melhor os seus produtos, defendeu
o especialista em mercados agrícolas, Paulo Costa e Sousa. “Para
o produtor de cereais é fundamental tomar consciência de que
o mecanismo de formação de preço depende da importação e a
importação depende da bolsa [de futuros], há que estar atento e
perceber esses movimentos da bolsa”, destacou.
Para o responsável da Louis Dreyfus Commodities, uma multinacional que opera no mercado de bens transaccionáveis, os
agricultores tendem a deixar de ser meros produtores agrícolas
para se transformarem em empresários e é preciso saber vender
a produção, um aspecto que está pouco desenvolvido em Portugal. “O produtor português é excelente do ponto de vista técnico. Do ponto de vista comercial está francamente abaixo da
média”, comentou, acrescentando que é importante aprender a
usar instrumentos como a bolsa de futuros.
“Uma vez que os preços estão indexados à importação e que
a importação está indexada à bolsa de futuros há que começar
a olhar para esta ferramenta de maneira a formular uma opinião
de mercado que aumente a possibilidade de sucesso” das vendas, salientou Paulo Costa e Sousa, afirmando que é a partir daqui ”que o agricultor vai tirar conclusões sobre quando e o que
há de vender, quando há de semear, a margem que vai fazer…”.
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Quando compram contratos de futuros, os investidores compram determinados activos numa data futura ao preço acordado
hoje, o mesmo acontecendo com a venda. Os preços dos cereais
regem-se pelos indexantes da bolsa de futuros de Chicago (Chicago Board of Trade) que variam em função da colheita e do consumo, ou seja, segundo a lei da oferta e da procura, mas também
de acordo com as operações dos fundos financeiros.
Os fundos financeiros baseiam-se em análises de comportamento dos mercados para comprar ou vender contratos de futuro que englobam vários tipos de operações financeiras, como a
cobertura de risco ou outras, meramente especulativas, explicou
Paulo Costa e Sousa, ressalvando que a especulação significa
“apenas uma tomada de risco” para os investidores, sem sentido
depreciativo. Ou seja, o comportamento da bolsa de futuros nem
sempre é determinado por factores como a abundância ou escassez de colheitas. “Como o peso dos fundos financeiros é muito
grande, muito maior do que o de todas as companhias que transaccionam o cereal em físico, isso pode determinar movimentos
da bolsa até ’anti-natura’”, reforçou.
O tema foi abordado em Salvaterra de Magos, no Fórum Baycereais organizado pela Bayer Cropscience, num evento que visou debater questões ligadas às culturas dos cereais, sobretudo
o milho, englobando a problemática do mercado e a protecção
das culturas.
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Empresas de Bragança, Vila Real, Castelo Branco e Guarda em projecto comum
Revela um estudo da União da Floresta Mediterrânica
“Terras Altas” é a marca-chapéu para
a conquista de mercados internacionais
Pinhão
é o segundo fruto seco mais exportado
Quatro distritos do interior de Portugal juntaram-se num
projecto comum para lançar as bases para a conquista de mercados internacionais com a marca-chapéu “Terras Altas”.
O projecto para a internacionalização das empresas de Bragança,
Vila Real, Castelo Branco e Guarda foi apresentado em Bragança e resulta de uma parceria das associações empresariais destes distritos.
O objectivo é desenvolver, até 2015, “uma estratégia conjunta para a internacionalização das empresas destas quatro
regiões, projectando e ajudando a identificar oportunidades de
negócio e contribuindo para a construção de uma maior notoriedade internacional para a Região Interior do Norte e Centro de
Portugal - as Terras Altas”, segundo os promotores.
Eduardo Malhão, presidente do NERBA, a associação empresarial do Distrito de Bragança, espera que este projecto permita
“desenvolver uma estratégia capaz de valorizar estas regiões e
criar uma ferramenta que capacite as empresas ao nível da inter-
nacionalização”. De acordo com o representante dos empresários, na região de Bragança apenas “uma pequena minoria, cinco
a seis por centos das empresas exportam os seus produtos” e a
base do tecido empresarial regional assenta essencialmente em
empresas familiares. Eduardo Malhão espera que este “não seja
um mero projecto e que se crie valor acrescentado para a economia e empresas da região”.
Para o consultor Luís Ferreira, “o mais difícil será conseguir
convencer os empresários a fazerem um esforço de internacionalização em conjunto”, o que implica “unir produtos, criar estratégias comuns”. Os promotores seleccionaram já três potenciais
mercados para avançar: Luxemburgo, Moçambique e Canada.
Este projecto de internacionalização está focado essencialmente nos pequenos negócios regionais que se propõe projectar
além-fronteiras com a marca chapéu “Terras Altas” pró-forma “a
dar outra dimensão a esses pequenos negócios”.
Numa iniciativa da Câmara de Nelas e Junta de Senhorim
Uma centena de alunos visitou Moinhos do Rio Castelo
No âmbito das Férias em Acção Páscoa 2014, a Câmara de Nelas e a Junta de Freguesia de Senhorim promoveram no Dia Nacional dos Moinhos uma visita de Estudo aos
Moinhos do Rio Castelo, em Senhorim, que contou com a
participação de cerca de 100 alunos dos 1º CEB do Concelho.
Com o intuito de dar a conhecer uma tradição ancestral, o passeio levou as crianças a conhecer o funcionamento dos moinhos movidos a água, numa das etapas
do ciclo do fabrico do pão, que é a moagem de cereais.
No Moinho das Poldras foi feito a moagem do milho, seguindo-se um pequeno atelier em que os alunos puderam
amassar a massa da farinha de milho, conhecer o processo da cozedura em forno de lenha tradicional e, posteriormente, saborear o pão, num lanche convívio.
Seguiu-se uma visita ao Solar da Casa dos Senas, no
qual os participantes puderam apreciar uma exposição
subordinada ao tema da vida agrícola, que contém diversos utensílios rurais, nomeadamente, uma réplica, em tamanho real, de um moinho de água.
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O pinhão foi o segundo fruto seco mais
exportado em 2013, a seguir à castanha,
subindo para primeiro lugar se for incluído
o valor da pinha, segundo um estudo da
União da Floresta Mediterrânica (UNAC).
O relatório, que sintetiza os resultados do
programa de valorização da fileira da pinha e
do pinhão promovido pela UNAC, indica que
Portugal exportou cerca de 364 toneladas
de pinhão no ano passado, com Espanha e
Itália no topo dos destinos (96% do total).
O valor médio de exportação de miolo
de pinhão rondou os 14,4 milhões de euros nos últimos cinco anos (12,7 milhões de
euros em 2013), enquanto o valor médio
de exportação da pinha se aproximou dos
11 milhões de euros nos últimos três anos,
um montante que se refere apenas à pinha
exportada pelo porto de Setúbal (cerca de
10 mil toneladas anuais), desconhecendo-se o valor da pinha exportada por via terrestre.
A falta de informação é, aliás, um dos
problemas que a UNAC identifica no seu
estudo.
Ninguém sabe, por exemplo, a quantidade de pinhão que os portugueses consomem, nem qual é a produção total de
pinha, disse o secretário-geral da organização, Nuno Calado.
Certo é que a área de pinhal tem aumentado: segundo o relatório, “em 40
anos a área de pinheiro manso instalado em Portugal cresceu mais de 100.000
hectares com particular relevância a Sul
do território continental onde cerca de
16 concelhos possuem 72% da área total
existente”.
A capacidade produtiva da pinha é estimada num valor económico que se situa
entre os 50 a 70 milhões de euros/ano.
Em 2013, os 175.742 hectares de pinheiro
manso representavam cerca de 6% da floresta nacional, com destaque para o Alentejo que produz 67% das pinhas nacionais
e 15% das pinhas mundiais. No entanto, a
abundância de pinheiros nem sempre se
reflecte na produção de pinha, o que ficou comprovado nas últimas campanhas
(2011/2012 e 2012/2013), caracterizadas
por uma reduzida produção e uma grande
procura, após a excepcional produção de
pinha que ocorreu em 2010/2011.
Nuno Calado explicou que o ciclo normal de produção das pinhas apresenta
variações anuais, podendo ocorrer outros
factores que podem influenciar a produção de pinha num determinado ano, como
a ocorrência de doenças ou a seca. “Não
está ainda identificada a razão que levou à quebra de produção [nas últimas
campanhas]”, sublinhou o responsável da
UNAC, apontando um conjunto de factores “com potencial impacto” como a híper
produção de 2011, ocorrência da praga do
insecto ‘sugador de pinhas’ (Leptoglossus
occidentalis) que se alimenta de pinhas e
flores de diversas espécies, entre as quais
o pinheiro manso, ou a situação de seca
meteorológica que caracterizou o ano de
2012.
A UNAC identificou entre os principais
“constrangimentos” da fileira os riscos de
adulteração do produto e desregulação do
mercado, com problemas graves de furto e
de evasão fiscal, deficiente organização da
fileira e inexistência de estratégias de marketing com consequências gravosas para
a valorização do pinhão junto do consumidor relativamente a produtos concorrentes, vindos da China e da Turquia.
O estudo aborda também a necessidade de adoptar boas práticas na colheita,
transporte, armazenamento e comercialização de pinha. “A colheita manual da
pinha é uma operação que possui o risco
inerente à actividade devido à necessidade
de subir ao topo das copas, existindo vários
acidentes todos os anos”, salienta a orga-
nização, considerando “essencial” fomentar a colheita mecanizada da pinha para
rentabilizar a cultura, minimizar os efeitos
da falta de mão-de-obra e o seu elevado
preço, maximizar a colheita e diminuir o
período de apanha, evitando roubos.
A UNAC alerta ainda para a utilização
comercial abusiva e fraudulenta do nome
“Alcácer do Sal” ou “Alentejo/Portugal”,
em pinhão de qualidade marcadamente
inferior e defende a criação de “um sistema
de controlo e certificação que garanta que
só possa beneficiar do uso da futura Denominação de Origem Protegida (DOP), o
pinhão obtido em povoamentos ou pomares para o efeito autorizados”. O registo de
uma DOP para o pinhão impediria “práticas
conducentes a imitações, concorrência
desleal e usos indevidos e abusivos”.
O objectivo do programa de valorização da fileira da pinha/pinhão é melhorar
a competitividade desta fileira no Alentejo,
“abrangendo todas as vertentes de exploração de um recurso florestal - económica,
social e ambiental”.
Os resultados do projecto foram apresentados em Alcácer do Sal, no mesmo
dia do lançamento do livro “Receitas com
Pinhão”, do provedor da Confraria Gastronómica do Alentejo.
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Defende o bastonário da Ordem, Carlos Matias Ramos
Engenheiros
defendem carta de risco de incêndios
Produtores de pequenos frutos com nova estrutura para comercializarem a produção
Bfruit investe
700 mil em entreposto agrícola
A Bfruit, empresa que pretende ser reconhecida como uma
organização de produtores de pequenos frutos (mirtilos, morangos, framboesas, amoras, groselhas, kiwis), vai investir quase 700
mil euros no seu primeiro entreposto comercial.
Trata-se uma estrutura com mais de 1.000 metros quadrados, sedeada em Moreira de Cónegos, no concelho de Guimarães, que vai criar diversos postos de trabalho. “Este equipamento vai apoiar os produtores de pequenos frutos associados da
Bfruit a melhorarem a sua produção e a potenciarem a qualidade do seu produto”, explicou Fernanda Machado, presidente do
Conselho de Administração da Bfruit.
Na cerimónia de inauguração, que decorreu no dia 12 de
Abril, estiveram presentes o secretário de Estado da Alimentação
e da Investigação Agro-Alimentar, Nuno Vieira de Brito, o eurodeputado José Manuel Fernandes e o presidente da CM de Guimarães, Domingos Bragança, entre outros responsáveis públicos
e da empresa.
Este entreposto de frio possibilita o tratamento logístico do
produto entregue no próprio entreposto, assim como o produto
entregue nos pontos de recepção existentes nas diversas regiões
do país.
A Bfruit espera comercializar, dentro de dois anos, a produção de 250 hectares de pequenos frutos. Foi criada para integrar,
apoiar e ajudar os produtores, localizados em todo o território
continental, para valorizarem e comercializarem o seu produto.
A 29 de Abril, na Escola Superior Agrária de Castelo Branco
Seminário divulga e debate
“uso sustentável dos produtos fitofarmacêuticos”
O “uso sustentável dos produtos fitofarmacêuticos” é o tema
de um seminário que vai decorrer no dia 29 de Abril, no Auditório
Virgílio Pinto de Andrade da Escola Superior Agrária de Castelo
Branco, a partir das 9 horas, numa iniciativa da Direcção-Geral
de Alimentação e Veterinária (DGAV) e Direcção Regional de
Agricultura e Pescas do Centro (DRAPCentro).
O seminário tem como objectivo principal divulgar e debater,
com agricultores e técnicos, informação relevante e inovadora
sobre a Lei n.º 26/2013, de 11 de Abril, que regula as actividades
de distribuição, venda e aplicação de produtos fitofarmacêuticos para uso profissional e define os procedimentos de monitorização à utilização dos produtos fitofarmacêuticos, transpondo
para o direito nacional a Directiva n.º 2009/128/CE, do Parla32
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mento Europeu e do Conselho, de 21 de Outubro, que estabelece
um quadro de acção a nível comunitário para uma utilização sustentável dos pesticidas (revogando a Lei n.º 10/93, de 6 de Abril
e o D.L. n.º 173/2005, de 21 de Outubro).
Esta iniciativa conta com a colaboração da Escola Superior
Agrária de Castelo Branco (ESACB), Direcção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), Associação Nacional da
Indústria para a Protecção das Plantas (ANIPLA), Associação de
Grossistas de Produtos Químicos e Farmacêuticos (GROQUIFAR),
Autoridade de segurança Alimentar e Económica (ASAE) e a VALORFITO – Sistema Integrado de Gestão de Embalagens e resíduos em Agricultura.
O seminário é de inscrição gratuita.
O bastonário da Ordem dos Engenheiros (OE), Carlos Matias
Ramos, defendeu a necessidade de uma carta de risco de incêndio para diminuir os fogos no país, que entre 2002 e 2013 mataram 97 pessoas.
Aquele responsável defendeu que a prevenção deve ser a
“base da actuação de gestão e defesa da floresta”, pelo que deve
haver uma “adequação do conhecimento” a cada parte do país,
nomeadamente através da criação de cartas de risco.
Desses documentos devem constar informações acerca de
meteorologia, tipos de árvores utilizados e a ocupação do território. O bastonário lembrou o investimento médio anual de
gestão do fogo de 18,3 euros por hectare de espaço florestal
existente, em 2013, referindo que a relação entre o custo no
combate e na prevenção é de 2,2 para um.
“Isto é, gastou-se mais do dobro no combate do que na
prevenção. A nossa lógica é a inversa: é a prevenção que deve
ser a base de toda a gestão e defesa da floresta”, argumentou.
“A prevenção faz-se com a aplicação do conhecimento, com a
adequação desse mesmo conhecimento às situações concretas
que se vivem em cada parte do país”, acrescentou.
Carlos Matias Ramos lembrou haver cartografia disponível
para avançar com cartas de risco, ou seja, incluindo o conhecimento da ocupação pela floresta e a predominância do vento.
O bastonário lamentou, ainda, a “desvalorização” da engenharia florestal, ao indicar que surgiram inicialmente no último
ano lectivo apenas sete candidatos para o curso por “não se
acreditar que esta é uma área prioritária para o país”.
O contributo da engenharia para a defesa da floresta contra
incêndios vai ser tema de uma conferência organizada pelo Colégio de Engenharia Florestal da OE, que decorreu em Lisboa. Em
2013 arderam cerca de 14 mil hectares em espaço silvestre, como
resultado de 18.869 ocorrências de incêndios.
Os povoamentos florestais foram afectados em 52 mil hectares, o que corresponde a cerca de 1,7 por cento da área de
floresta nacional. Este valor é ainda superior à meta de 0,8 por
cento que foi definida para 2018, pelo Plano Nacional de Defesa
da Floresta contra Incêndios.
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Nos concelhos de Oliveira do Hospital e Seia
Projecto junta industriais do sector, CAP, institutos de pesquisa e autarquias
CAULE
aplaude realização do cadastro predial
Centro de competências
do tomate quer aumentar produção
O presidente da CAULE - Associação Florestal da Beira Serra,
José Vasco Campos, aplaude o facto de Oliveira do Hospital - a
par do Município de Seia -, ter sido escolhido como um dos primeiros concelhos do país para a realização do cadastro predial,
no âmbito do SINERGIC (Sistema Nacional de Exploração e Gestão de Informação Cadastral), cumprindo-se assim uma “aspiração” com vários anos desta organização florestal.
“É com muito gosto que vejo começar este trabalho na
nossa terra”, garante o dirigente daquela associação florestal,
para quem “estes concelhos não foram escolhidos ao acaso”,
mas devido à grande dinâmica na gestão florestal, uma vez que
Oliveira do Hospital, por iniciativa da CAULE, já tinha sido pioneiro na constituição de Zonas de Intervenção Florestal (ZIF) em
2006.
Estes “condomínios florestais” abrangem todo o território
do concelho de Oliveira do Hospital e uma área significativa do
concelho de Seia, e funcionam numa lógica comum a todos os
proprietários, com planos de gestão florestal e planos específicos de intervenção florestal de defesa da floresta contra incêndios e de combate a pragas e doenças florestais que, de forma
isolada, dificilmente seriam executados.
Para o presidente da Associação Florestal da Beira Serra, os
dois concelhos da região agora contemplados com este projecto, foram-no, sobretudo, pelo facto dos seus territórios estarem
“cobertos de ZIF”, pelo que, no seu entender, o cadastro era o
documento que faltava às organizações do sector para uma
maior eficácia na gestão da floresta. “Ao permitir a rápida identificação dos proprietários, vai possibilitar uma maior sensibilização e o cumprimento, mais facilmente, da legislação em vigor, o
que até aqui era uma dificuldade sentida no terreno”, considera
Vasco Campos, aludindo nomeadamente à legislação que obriga
os proprietários a limparem os terrenos em redor das habitações,
e que continua sem efeitos práticos em muitos casos, devido à
inexistência de cadastro predial.
Vasco Campos lembra que a partir de agora “os proprietários absentistas que tenham os seus terrenos abandonados, vão
ter de cumprir a lei”, sendo que em relação aos outros “vai ser
também mais fácil contactá-los para sugerir novos projectos e
medidas de gestão”.
Entende também o presidente da CAULE que a realização
do cadastro deverá contribuir para a dinamização do mercado
imobiliário rústico, na medida em que “ao se conhecer os proprietários e a área exacta dos seus terrenos, mais facilmente se
compra e vende terra”. Apesar de se congratular com o anúncio
da execução do projecto do cadastro em dois municípios da região, Vasco Campos lembra ainda a necessidade deste processo
se estender aos restantes territórios abrangidos pelas Zonas de
Intervenção Florestal.
Resolução do Conselho de Ministros já publicada em Diário da República
Programa Operacional
de Sanidade Florestal já entrou em vigor
O Programa Operacional de Sanidade Florestal (POSF) já entrou em vigor, para que a resposta nacional nesta área seja feita
de “forma estruturada”, segundo uma resolução do Conselho de
Ministros publicada em Diário da República.
Na introdução da resolução do Conselho de Ministros, datada de 27 de Março, lembra-se o alastramento das pragas que
provocam perda de produção, diminuição da produtividade e
aumento dos custos decorrentes de controlo, o que afecta os
ecossistemas.
“A conservação do bom estado fitossanitário dos povoamentos florestais, tanto em Portugal, como no seio da União
Europeia, é, por isso, de primordial importância para assegurar
a qualidade da produção e a manutenção da biodiversidade dos
ecossistemas que sustentam”, lê-se no diploma governamental.
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Enumerando as várias leis existentes nesta área, a resolução
sublinha, porém, que a resposta nacional deve ser organizada
de “forma estruturada”, através da “criação de um instrumento
integrador que logre a acção concertada de todos os intervenientes”.
O POSF visa “assegurar a coerência e a unidade do conjunto
das actuações de protecção fitossanitária da floresta nacional”
desde as tarefas administrativas até actuações no plano de contingência, controlo ou acção, passando ainda por prevenção.
Este programa funciona como “facilitador de uma acção
coordenada entre as entidades públicas e privadas”. Nesta resolução determina-se o estabelecimento de um sistema de gestão
de informação de fitossanidade florestal. O POSF deve ser revisto
no prazo máximo de três anos depois da entrada em vigor.
O Ministério da Agricultura vai promover a
criação de um centro de competências para o
tomate, em parceria com a associação de industriais, com o objectivo de aumentar a produção
e o valor nutricional deste fruto.
O protocolo já assinado, segundo um comunicado
do Ministério da Agricultura, pretende juntar no projecto os industriais do sector, a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), universidades, o Instituto
Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV)
e outros institutos de pesquisa, bem como autarquias.
O Centro de Competências para o Tomate tem
dois objectivos: aumentar a produtividade da cultura de tomate para a indústria e promover uma
estratégia de investigação que privilegie, para
além do aumento de produção, o valor nutricional
do fruto e dos produtos transformados.
O Governo já tinha anunciado, em Fevereiro, a intenção de criar centros de competências para vários
sectores, além do tomate, como o do mel e biodiversidade, fruticultura, horticultura em estufa, leite,
carne e agroindústria.
Os Centros de Competência “juntam na mesma
entidade empresas, organismos de investigação,
Universidades e Institutos Politécnicos, laboratórios,
estações experimentais, associações de produtores
e entidades locais, no sentido de criar massa crítica
para desenvolvimento de projectos que visem criação de valor dentro da fileira e permitam dinamizar
a investigação agrícola, agroalimentar, florestal e do
mar”, adianta o comunicado.
Na Escola Superior Agrária de Coimbra, a 30 de Abril
Seminário debate “Eficiência Energética
no Sector Agropecuário e Agroindústrias”
A Escola Superior Agrária de Coimbra recebe a 30 de Abril um
seminário subordinado ao tema “Eficiência Energética no Sector Agropecuário e Agroindústrias”. Neste seminário pretende-se
dar a conhecer medidas de promoção da eficiência energética
junto dos empresários e associações de produtores, bem como
divulgar o Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia Eléctrica (PPEC), com oportunidades concretas de financiamento neste domínio de intervenção.
A eficiência energética é um tema de grande actualidade com
impactes relevantes ao nível da competitividade das empresas
dos sectores agropecuário e agro-industrial. Daí que neste seminário estarão reúnidos diversos intervenientes do sector energético e dos sectores envolvidos. Entre os palestrantes encontram-se representantes de várias entidades e empresas: Direção
Regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAPC), Direcção
Regional de Energia e Geologia (DREG), Agência para a Energia
(ADENE), Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE),
Universidade de Coimbra, Instituto Politécnico de Castelo Branco,
EDP Comercial, ENDESA e IBERDROLA.
O seminário terá três sessões. A primeira vocacionada para
apresentar os sectores agropecuário e agro-industrial, as princi-
pais estatísticas de consumo energético e o papel destes sectores no consumo de energia e na eficiência energética.
Segue-se a apresentação do Plano de Promoção da Eficiência no Consumo (PPEC) que é promovido pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). Este plano é um mecanismo de financiamento que financia medidas nos vários sectores
de actividade que aumentam a eficiência energética no uso da
electricidade.
A segunda sessão terá como enfoque a apresentação de
soluções técnicas e de engenharia que levam à melhoria da eficiência energética nestes sectores, ou seja, a menor consumo de
energia e portanto menor factura energética, mantendo a qualidade do serviço. Serão também apresentados resultados de um
projecto em curso em agroindústrias portuguesas.
A terceira sessão é o espaço onde três comercializadores de
electricidade virão apresentar as medidas que tiveram sido aprovadas no último PPEC e que beneficiarão empresas/entidades
que concorram às mesmas. Estas medidas possibilitam um co-financiamento do investimento, e quem beneficia das mesmas
acaba por poupar duas vezes: na aquisição dos equipamentos e
mais tarde no consumo.
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BREVES
Único vinho português a ser distinguido com ouro
Casa da Ínsua Grande Reserva 2012
conquistou Medalha de Ouro em Lyon
A Casa da Ínsua, hotel de charme, acaba de ver o seu Vinho
Branco Casa da Ínsua Grande Reserva 2012 distinguido com
medalha de ouro no prestigiado Concurso de Vinhos de Lyon,
em França.
Como produtor dos conceituados vinhos do Dão, a Casa da
Ínsua vê, uma vez mais, o reconhecimento da excelência dos
vinhos produzidos pela quinta, com tradição vitivinícola que remonta a 1852, e cujo portfólio vínico conta com prémios nacionais e internacionais.
O vinho branco agora medalhado com ouro é o primeiro Grande Reserva da Região Demarcada do Dão, reconhecido no final do
ano passado pela Câmara de Provadores da Comissão Vitivinícola Regional do Dão, que não hesitou em lhe atribuir a designação
Grande Reserva, uma estreia absoluta na região e que guindou a
Casa da Ínsua, hotel do Grupo Visabeira, a um patamar único.
Os trinta hectares de vinhedo, que se estendem em redor da
Casa da Ínsua, unidade hoteleira de 5 estrelas, foram o berço de
um néctar de eleição, produzido a partir das castas Encruzado,
Semillon e Malvasia-Fina, tornando-o no único vinho português
a merecer uma medalha de ouro naquele concurso francês. A
sua qualidade foi reconhecida por um painel de jurados que
contou, entre outros, com chefs estrelas Michelin e escanções
de referência internacional.
Os aromas florais deste néctar produzido no concelho de Penalva do Castelo transformam o Vinho Branco Casa da Ínsua Grande Reserva 2012 num extraordinário vinho de mesa. Após estágio
durante sete meses em barricas de carvalho francês, encomendadas aos melhores tanoeiros das regiões francesas de Bordéus
e da Normandia, cada uma das garrafas desta produção exclusiva
e limitada revela-se como um vinho gastronómico.
Toda a experiência vínica que deu origem a este vinho premiado está ao alcance dos visitantes do Hotel Casa da Ínsua,
que, para além do programa de Páscoa, disponibiliza ao longo
do ano programas de alojamento combinados com actividades
ligadas às lides agrícolas da quinta. Passear pelas extensas vinhas, como a parcela de Touriga-Nacional várias vezes premiada, perder o olhar nos 30 hectares de terreno que albergam as
castas brancas Arinto, Malvazia- Fina, Semillon e Encruzado e
as tintas Touriga-Nacional, Cabernet-Sauvignon, Tinta Roriz,
Alfrocheiro e Jaen, visitar a adega onde se produzem os vinhos
tintos, brancos, rosés e espumantes Casa da Ínsua, são apenas
algumas das sugestões desta unidade de charme, que abre as
portas do solar do Século XVIII para receber com história e requinte todos os apreciadores de vinhos, de gastronomia e de
tranquilidade no meio da natureza.
Ano X - N.º 222
Director José Luís Araújo (CP n.º 7515), [email protected] | Editor Classe Média C. S. Unipessoal, Lda.
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Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores
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Com a Federação Portuguesa
dos Bancos Alimentares Contra a Fome
Sapec Agro “renovou” assinatura
do Projecto Horta Solidária
A SAPEC Agro renovou a assinatura do acordo de cooperação com a Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome associando-se, mais uma vez, ao projecto
Horta Solidária, que consiste na produção, por reclusos, nos
terrenos de Estabelecimentos Prisionais de Pinheiro da Cruz,
Setúbal, Alcoentre e Leiria, de produtos agrícolas que são
doados para distribuição pelas populações desfavorecidas,
por intermédio das instituições que têm acordo com os Bancos Alimentares.
As hortas de cada um dos estabelecimentos prisionais
envolvidos produzem alimentos frescos como courgettes,
batatas, melancias, tomates, abóboras, couve e feijão-verde.
A SAPEC Agro fornece os factores de produção (fitofármacos
e fitonutrientes), assim como a assistência técnica, realizada em
conjunto com os técnicos dos estabelecimentos prisionais envolvidos.
Os bancos alimentares de Setúbal, Santarém e Leiria fazem a distribuição dos frescos e apoiam cerca de 257 instituições, que beneficiam, ao todo, 36800 pessoas.
Na Barragem da Falperra (Alvão)
Vila Pouca de Aguiar promove
fins-de-semana de pesca à truta
O Clube de Caça e Pesca de Vila Pouca de Aguiar está
a promover fins-de-semana de pesca à truta a todos os
amantes desta prática ao ar livre, na Barragem da Falperra
(Alvão). Esta iniciativa está a atrair pescadores de toda a região que, para participar, têm de ser portadores da licença
especial diária.
Aos sábados e domingos, e até ao próximo mês de Junho,
é permitida a pesca à truta, podendo os participantes levar os
exemplares pescados. Estes fins-de-semana de pesca desportiva apenas não se realizam nas antevésperas e dias do concurso promovido pelo Clube de Caça e Pesca de Vila Pouca de
Aguiar.
O Campeonato Interno de Pesca realiza-se em quatro
jornadas, a 27 de Abril, a 11 e 18 de Maio e a 8 de Junho, respectivamente. Durante estes dias, da parte da manhã, dezenas de pescadores rumam à Barragem da Falperra para
participarem num convívio desportivo e de lazer.
III Concurso Nacional de Carnes Tradicionais
Portuguesas com Nomes Qualificados
Carnes de pequenos
ruminantes estiveram em destaque
A carne de borrego Serra da Estrela, apresentada pela Estrelacoop, obteve a medalha de ouro no III Concurso Nacional de Carnes Tradicionais Portugueses, organizado pelo CNEMA e pela Qualifica, que decorreu Centro Nacional de Exposições, em Santarém.
Aliás, os pequenos ruminantes estiveram em destaque, assim como
a Canalentejana, a barrosã, a mertolenga e o porco alentejano.
Nesta competição foram premiados os seguintes produtores,
nas respectivas categorias:
- Borrego Serra da Estrela:
Medalha de Ouro – Estrelacoop – Cooperativa dos Produtores de Queijo da Serra da Estrela
- Cabrito do Alentejo:
Medalha de Ouro – Associação Portuguesa de Caprinicultores
de Raça Serpentina
- Cabrito Transmontano:
Medalha de Ouro – Capriserra – Cooperativa dos Produtores
de Cabrito de Raça Serrana
- Carnalentejana:
Medalha de Ouro – Carnalentejana – Agrupamento de Produtores de Raça Bovina Alentejana, pelo “Novilho”;
Medalha de Prata – Carnalentejana – Agrupamento de Produtores de Raça Bovina Alentejana, S.A. pelo “Vitelão”.
- Carne Barrosã:
Medalha de Ouro – Cooperativa Agrícola de Boticas – Agrupamento de Produtores de Carne Barrosã, pela “Vitela” e pelo
“Hambúrger”.
- Carne Mertolenga
Medalha de Ouro – Promert, S.A..
- Carne de Porco Alentejano:
Medalha de Ouro – Montaraz de Garvão, Lda..
Torres Vedras acolhe fórum
sobre horticultura
A Associação Interprofissional de Horticultura do Oeste
(AIHO) vai promover um espaço fórum dedicado à inovação e à
promoção do desenvolvimento tecnológico e científico da horticultura da Região Oeste, que terá lugar na Feira de São Pedro,
em Torres Vedras, entre 26 de Junho e 6 de Julho.
O Fórum Tecnologia e Horticultura decorrerá no interior de
uma estufa de última geração, montada para o efeito. A iniciativa é dirigida para os profissionais do sector hortícola, mas também para o público em geral que pretenda conhecer as técnicas
de produção e a excelência dos produtos hortícolas da região.
A iniciativa inclui conferências, exposições, demonstrações e
workshops, entre outras iniciativas e muito mais.
Pastelaria Carvalhido é uma referência no folar de Valpaços
Quando se fala em Valpaços, além
do azeite e do vinho, é obrigatório mencionar o folar. Ao abordar esta iguaria de
Valpaços, a Pastelaria Carvalhido, é, sem
dúvida, uma das casas de referência.
António Teixeira, proprietário da
pastelaria, empenha a arte adquirida ao
longo dos vários anos de experiência em
cada folar que produz. “Todos os meus
folares são confecionados com carnes e
azeite caseiros”, refere.
Além dos famosos folares, esta pastelaria oferece ainda aos seus clientes a
bola calcada de ovos, o pão de centeio,
além dos famosos lazes, uma das especialidades da casa.
A Pastelaria Carvalhido já conquistou os
mais indefectíveis fiéis do folar, já que por lá
passam visitantes vindos de outras regiões
para saborear e comprar aquela iguaria.
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A realizar de 24 a 27 de Abril
Faro recebe a I Feira do Queijo e do Vinho
A AmbiFaro - Agência para o Desenvolvimento Económico de Faro,
EM vai realizar de 24 a 27 de Abril a I
Feira do Queijo e do Vinho de Faro,
que decorrerá, no Jardim Manuel Bívar. Este certame vai atrair a Faro um
sector ainda desconhecido por muitos, permitindo que os seus visitantes
aprofundem os seus conhecimentos
num sector estratégico para a economia do nosso país e que precisa de ser
valorizado e promovido, reforçando a
coesão territorial e a importância dos
produtos endógenos na economia e
na identidade portuguesa.
Para além de queijos e vinhos, este
evento, que pretende também criar
novas dinâmicas e novos elementos
atractivos na cidade de Faro, irá contar com a exposição e venda de vários
produtos de produção artesanal regional tais como doces, mel, licores e
enchidos, a que se juntará uma tenda
de gastronomia com tasquinhas. Esta
iniciativa é de entrada livre e o público
presente poderá também contar com
algumas provas de queijo e vinho.
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