Leia 252

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nº 254
Cadeia Petroquímic a e do Plástico, Economia e Polític a, S ustentabilidade, Améric a Latina e Mundo • 28 de Abril 2008• Ano 4
Cadeia Produtiva
Braskem inaugura unidade de polipropileno em Paulínia
A Braskem inaugurou na última sexta-feira (25) a unidade industrial de polipropileno, na cidade de Paulínia,
no Estado de São Paulo. A nova planta acrescentará 350 mil toneladas por ano à sua capacidade de produção
de polipropileno. O evento de inauguração contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula
da Silva, que em fevereiro de 2007 havia participado do lançamento da pedra fundamental da unidade. "O
projeto foi concluído em prazo recorde e com custo de investimento muito competitivo, o que demonstra a
capacidade de gestão das nossas equipes na implementação de novas unidades", diz José Carlos Grubisich,
presidente da Braskem. "Essa estratégia de crescimento consolida a liderança da companhia no mercado
latino-americano de polipropileno e confirma sua posição de terceiro maior produtor de resinas das Américas,
além de ser um passo muito importante na estratégia da Braskem de estar entre as dez principais
petroquímicas globais", afirma. A unidade de Paulínia, na qual foram investidos cerca de R$ 700 milhões,
combina escala mundial, tecnologia atualizada e está no centro do principal centro consumidor do país, o que
confere uma competitividade diferenciada ao projeto. Originalmente, o empreendimento foi concebido como
uma joint-venture constituída em 2006, a Petroquímica Paulínia S.A., na qual a Braskem tinha 60% de
participação acionária e a Petrobras, 40%. Com o Acordo de Investimentos firmado entre Braskem e Petrobras
e anunciado em novembro de 2007, que consolidou a parceria estratégica entre as companhias, a Braskem
assume o controle dessa unidade com 100% do capital. Por esse acordo, a Petrobras passará a deter 25% do
capital da Braskem, informou a assessoria de imprensa da Braskem no portal da empresa.
Petrobras investe R$ 850 mi para produzir mais propeno
Para atender o consumo de matéria-prima da recém-inaugurada Petroquímica de Paulínia, joint venture entre
Braskem e Petroquisa (braço de petroquímica da Petrobras), a Petrobras irá investir R$ 850 milhões a fim de
aumentar a capacidade produtiva de propeno de suas refinarias. O insumo será utilizado em substituição à
nafta, derivado mais comum para obtenção de eteno (principal matéria-prima do setor petroquímico), para
produzir a resina plástica polipropileno (PP). De acordo com Paulo Roberto Costa, diretor de abastecimento da
Petrobras, o aporte será direcionado para construção de duas novas unidades de propeno na Refinaria de
Paulínia (Replan) e Refinaria de São José dos Campos (Revap). "Esta parceria com a Braskem é muito forte.
Estamos investindo na Replan e na Revap para aumentar a produção de propeno a partir do gás de refinaria.
Com isso, criamos valor aos nossos derivados e atendemos o crescimento do setor petroquímico. Neste sentido,
estamos investindo também na Repar (Refinaria do Paraná)", afirmou Costa. Com os altos preços de petróleo
e nafta, a Braskem prevê utilizar 50% de fontes alternativas em seu consumo total de matérias-primas nos
próximos anos, diminuindo, assim, custos de produção, informou o DCI.
Fábrica de plástico de álcool deverá ser no Triângulo Mineiro
A fábrica de plástico produzido a partir do álcool, criada em parceria entre a Crystalsev, Santaelisa Vale e Dow,
deverá ser no município de Santa Vitória, no Triângulo Mineiro. Segundo o presidente da Crystalsev, Rui Lacerda
Ferraz, o projeto ainda está em fase de estudo, mas a cidade mineira está com 90% de chances de sediar a
futura fábrica. Prevista para entrar em funcionamento em 2010, a fábrica irá disponibilizar cerca de 350 mil
toneladas por ano de plástico produzido com álcool. "A cana-de-açúcar já está sendo cultivada em Santa
Vitória", disse Ferraz, para quem a parceria da futura empresa de alcoolquímica "possibilitará a criação de
produtos de valor agregado a partir do etanol". Informou A Cidade, de Ribeirão Preto.
Dow e Bayer têm lucro menor, enquanto Basf eleva ganhos em 13%
Três empresas químicas anunciaram, na semana passada, seus resultados do primeiro trimestre. A Dow
Chemical teve lucro menor no trimestre, mas acima do esperado, apoiada por operações fora dos EUA e melhora
nos preços e ganhos em suas unidades agrícolas. O lucro da maior fabricante de produtos químicos dos EUA
caiu para US$ 941 milhões, ou US$ 0,99 por ação, abaixo dos US$ 973 milhões, ou US$ 1 por ação, um ano
antes, impactada por um volume menor na América do Norte e aumento no custo de matérias-primas. A Bayer,
grupo químico e farmacêutico alemão, informou que o lucro caiu para US$ 1,211 bilhão no primeiro trimestre
do ano, uma baixa de 72,9% em relação ao mesmo período de 2007. Segundo informou a Bayer, o faturamento
melhorou 2,4% entre janeiro e março, para US$ 13,572 bilhões, em comparação com o ano anterior. No entanto,
nos três primeiros meses de 2007, a Bayer teve uma receita extraordinária gerada com a venda de
participações, o que não ocorreu este ano. Já o grupo químico alemão Basf registrou um lucro líquido de US$
1,908 bilhão no primeiro trimestre do ano, 13% a mais que no mesmo período de 2007. Segundo a companhia,
o volume de negócios subiu quase 9% nos três primeiros meses do ano, para US$ 25,281 bilhões, em
comparação com os números do mesmo período do ano anterior. A Basf informou que no primeiro trimestre as
vendas subiram significativamente no segmento de químicos pela alta dos pedidos e dos preços, informou o DCI.
Setor químico cresce e muda cara da Região do ABC
“O Brasil ainda consome pouco plástico, em comparação a países como Argentina e EUA. Por isso, há um
grande potencial de crescimento para indústria química no País e na Região”, explica Paulo Lage, presidente
do Sindicato dos Químicos do ABC. Segundo ele, no futuro próximo, a característica industrial predominante
pode se voltar para o setor químico. “Se formos analisar, por exemplo, a indústria metalúrgica, vemos o grande
número de componentes de plástico nos automóveis. O setor químico é a essência de tudo, seja na parte de
alimentos, de vestuário, de automóveis, de tintas, de cosméticos, enfim, no princípio ativo de cada produto
você pode ver que há um componente químico, feito a partir do petróleo”, afirmou. Lage considera que as cerca
de 500 empresas, micro, pequenas e algumas médias, transformadoras de plásticos da região empregam
cerca de um terço da mão-de-obra da região e que se houver a ampliação do Pólo Petroquímico, com certeza a
tendência é de geração de mais empresas e empregos na região, informou o ABCD Maior.
Cosan compra a Esso
A Cosan, maior produtora de açúcar e álcool do Brasil, anunciou na última semana, a compra das operações
de distribuição e comercialização de combustíveis da Esso Brasileira de Petróleo por US$ 826 milhões, informou
A Cidade, de Ribeirão Preto.
Policarbonato fica mais barato
As chapas de policarbonato ficaram mais baratas nos últimos anos por causa da queda do dólar e o seu uso,
portanto, cresceu no Brasil. Segundo Emanuel Zveibil, diretor comercial da PlacPlus, que distribui o Polyshade,
policarbonato criado para locais de clima quente, como o Norte e Nordeste do País, " o aumento nas vendas foi
de mais de 40% entre 2006 e 2007, principalmente dos alveolares". As chapas alveolares ficaram mais
populares em razão do preço, em média R$ 20 o metro quadrado. As duas grandes vantagens do policarbonato,
segundo Fulvio Vittorino, diretor do Centro Tecnológico do Ambiente Construído do Instituto de Pesquisas
Tecnológicas (IPT) é a possibilidade de ser moldado a frio e a resistência muito maior do que a do vidro e a do
acrílico. É 250 vezes mais resistente que o vidro. O diretor do IPT alerta para as diferentes condições de clima
no Brasil. Para cada situação, uma aplicação diferente do policarbonato. O policarbonato foi introduzido no
Brasil há dez anos e hoje há apenas um fabricante no País, a Unigel. Segundo dados do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDic), foram importadas 1.751 toneladas de chapas e outros
materiais de policarbonato em 2007, no valor de US$ 12,7 milhões, contra 1.407 toneladas em 2006 (US$ 9,73
milhões). Esse ano, no primeiro trimestre, o Brasil já importou 438 toneladas, a US$ 4,1 milhões. Versátil, o
policarbonato tem várias aplicações, desde telhas, chapas, coberturas, fechamentos, vidros blindados de
guaritas, visores de capacete, faróis de automóveis, lentes de óculos, panelas para microondas, entre outros,
informou o suplemento Serviços & Construção, do O Estado de S. Paulo.
Balança comercial da Petrobras registra déficit de US$ 755 milhões
O diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, informou sexta-feira (25) que o saldo da
balança comercial da empresa, que mede a diferença entre as exportações e importações de produtos da
estatal, ficou negativo em US$ 775 milhões no primeiro trimestre. Segundo o executivo, a situação poderá ser
revertida até o final do ano, pois há a previsão da entrada em operação de plataformas que vão aumentar a
produção de petróleo no Brasil. "A expectativa é chegar no final de 2008 com valores positivos. Já no final do
segundo trimestre, deve reverter e ficar positivo", disse. De acordo com o diretor, o saldo neste ano deverá se
aproximar do registrado em 2007, de US$ 72 milhões, referente a um superávit de 27,05 mil barris diários.
Costa rebateu informações de que o saldo no trimestre teria sido ainda mais negativo. Ele explicou que o déficit
se deveu principalmente à maior importação de diesel impulsionada pela atividade agrícola e pelo crescimento
da economia brasileira de maneira geral. No primeiro trimestre, também houve paradas para manutenção na
refinaria de Paulínia, em Campinas, informou a Gazeta Mercantil.
Negócios para o Plástico
Inovação em embalagens de cerveja para aumentar as vendas
Com quase 11 bilhões de litros produzidos por ano, crescimento persistente e mais concorrentes na disputa, o
negócio da cerveja ganha um componente adicional: as embalagens. Com novos formatos e novos materiais,
as embalagens garantem às cervejarias a ampliação de seus portfólios e, por tabela, a exploração de novos
nichos de mercado, inclusive o do plástico para tampa de garrafas e rótulos, por exemplo. A AmBev, que detém
67% de participação em volume de vendas, lançou uma garrafa com 630 ml para a marca Skol, quando o
padrão é 600 ml. Isso, por si só, já causa inconveniente ao sistema de garrafas retornáveis compartilhada pelo
setor. No geral, o parque cervejeiro segue dominado pelos cascos de 600 ml, que somam 67,6% do total das
embalagens disponíveis, seguido de latas, com suas variadas capacidades, com 29,4%. Garrafas maiores, de
quase um litro, já comercializadas no mercado nacional, vêm de fora. São as de 960 ml, adotadas pelas marcas
uruguaias Norteña e Patrícia. As novidades do mercado nacional são a lata maior, com 473 ml, para enfrentar
a convencional, de 350 ml, e a garrafinha de 250 ml, para fazer frente à long neck de 350 ml. A Coca-Cola
desenvolveu mais de 28 diferentes embalagens para o seu refrigerante, informou O Estado de S. Paulo.
Brasileiros marcam presença na maior feira de embalagens do mundo
A indústria de embalagens plásticas participa de mais importante evento do setor, a feira Interpack 2008, que
acontece até o dia 30 de abril em Dusseldorf, na Alemanha. O projeto Export Plastic, parceria de promoção de
exportações do setor plástico entre a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e o Instituto Nacional do Plástico (INP) levou ao evento 15 empresas associadas. Depois da última
edição da Interpack, em 2005, o Export Plastic fechou US$ 12 milhões em negócios nos 12 meses que
sucederam o evento. A expectativa das empresas associadas que vão expor no estande do Programa Export
Plastic é a geração de contatos qualificados com compradores internacionais que podem render negócios a
curto e médio prazo. "A expectativa das empresas associadas que participam da Interpck 2008 no estande do
Export Plastic é a geração de contatos qualificados com compradores internacionais que potencialmente
gerarão negócios no curto e médio prazo", explica Marco Wydra, gerente do Export Plastic. O evento, que
acontece a cada três anos, deve receber 180 mil visitantes de 106 países em 2008, informou a redação do Leia!
APL dos Plásticos de São Paulo e Bahia se reúnem em maio
O Projeto APL Plásticos do Grande ABC receberá a visita da equipe do Projeto Transformação Plástica da Bahia
em 5 de maio. Juntos, os arranjos produtivos vão trocar conhecimentos sobre os diagnósticos de suas empresas
e farão uma visita à empresa Neo Resin, em Santo André. Joelton Santos, coordenador do Projeto APL Plásticos
GABC, vai ministrar uma palestra sobre governança, diagnósticos das empresas da região e projetos futuros.
Participam do Projeto APL Plásticos GABC micro, pequenas e médias dos sete municípios que compõem a
região do ABC paulista. As medidas desenvolvidas pelo programa visam o fortalecimento da cadeia produtiva
do setor com o aumento da competitividade desse grupo de empresas. O faturamento anual dessas MPEs de
plástico do ABC é de R$ 2,4 bilhões (6,3% do total nacional). O segmento é responsável por 15 mil empregos
na região, informou a redação do Leia!
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Movimentos da Indústria
Estoque desmente descompasso entre oferta e demanda
Os últimos dados da indústria mostram que os investimentos realizados no ano passado começam a maturar
e que os estoques estão em níveis suficientes para atender aos níveis atuais de demanda. As informações dos
últimos indicadores que captam o comportamento dos estoques e a opinião de alguns economistas
contradizem uma afirmação inserida na ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central,
divulgada na última quinta-feira (24), sobre "a persistência de eventuais descompassos entre o ritmo de
expansão da demanda e da oferta agregada", que tenderia a "aumentar o risco para a inflação". Segundo
economistas da indústria, com a visível maturação dos investimentos realizados no ano passado para ampliar
a capacidade produtiva, tanto o nível de utilização da capacidade instalada quanto o de estoques tendem a se
acomodar. Ao mesmo tempo, a expectativa é de que a alta nos preços dos alimentos afete a demanda por
produtos industriais, já que tende a diminuir o apetite por financiamentos. "Esperamos uma acomodação do
crescimento da atividade industrial nos próximos meses", afirmou o gerente do Departamento de Economia da
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), André Rebelo. Na pesquisa Sensor Fiesp de março, o
indicador de estoques ficou em 50,5 pontos, o melhor nível desde o início da pesquisa, em junho de 2006. Em
fevereiro, eram 48,6 pontos, indicando um patamar mais apertado de estoques. A Sondagem da Indústria de
Transformação da FGV também mostrou que os estoques não estão pressionados. Em outubro do ano passado,
o nível estava em 104 pontos, o que indicava estoques insuficientes. Em março, caiu para 100 pontos,
mostrando aumento dos estoques - trata-se de um recuo considerável, tendo em vista que o indicador é um
dos que menos oscilam em toda a Sondagem. O componente estoques do Índice de Gerentes de Compras (PMI,
na sigla em inglês) do Banco Real também recuou, de 49,5 pontos em fevereiro para 48,5 em março, nível
semelhante ao de dezembro, quando os estoques normalmente são mais baixos. "Os dados mostram que não
há qualquer ameaça à inflação e que a atividade responde à demanda", disse Rebelo. "Apenas se os estoques
estivessem menores é que se poderia pensar em escassez de produtos", completou. Informou a Agência Estado.
Demanda forte e alta de insumos puxam custos da construção
Uma conjunção de pressão de demanda e valorização de commodities no mercado internacional causou uma
aceleração na inflação de custos da construção civil (indústria que se utiliza amplamente dos plásticos),
elevando o Índice Nacional de Custo na Construção (INCC) acima das variações apresentadas pelo Índice Geral
de Preços (IGP). O movimento, que se intensificou no primeiro trimestre do ano, tende a se manter nos próximos
meses, agora com um novo fator de pressão: os reajustes salariais. No acumulado de 12 meses até março, o
INCC registra alta de 6,69%, superior aos índices dos meses anteriores. Na segunda prévia do IGP-M de abril,
o indicador apresenta variação maior, de 6,97%, resultado da aceleração tanto no grupo mão-de-obra (6,18%)
como em materiais e serviços (7,67%). "Mão-de-obra é um item que está subindo e terá uma variação mais
significativa até maio com o reajuste das datas-base", observa Salomão Quadros, coordenador de análises
econômicas da Fundação Getulio Vargas (FGV). Em março, os sindicatos da construção civil de Salvador e do
Rio de Janeiro obtiveram reajustes, o que contribuiu para a elevação do Índice Nacional da Construção Civil
(Sinapi), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por esse índice, cuja coleta é feita
na primeira quinzena do mês, a inflação da construção civil passou de 0,43% em fevereiro para 0,84% em
março. Melvyn Fox, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Construção (Abramat),
pondera que a demanda aquecida não constitui inflação de demanda. Segundo ele, hoje a indústria possui
aproximadamente 15% de ociosidade. "O que temos em relação aos preços são problemas pontuais. Na média,
os preços acompanharam a inflação", diz. O faturamento da indústria cresceu 25,95% nesse primeiro trimestre
em relação ao mesmo período do ano passado, mas Fox afirma que o volume das vendas pesou mais do que o
aumento dos preços no resultado. Para esse ano, a expectativa é que o setor fature 15% a mais que em 2007,
informou o Valor Econômico.
Sustentabilidade
Sacolas plásticas
A indústria do plástico e os supermercados, por meio da Abras, fizeram acordo para reduzir o consumo de
sacolas plásticas. A meta é diminuir em 30% o consumo no varejo. A indústria começará a fabricar sacolas
mais resistentes, para cumprir a norma 14.937 da ABNT, e com isso o segmento espera evitar a sobreposição
de sacolas, que os consumidores fazem porque os sacos atuais são muitos frágeis, informou a Folha de S. Paulo.
Cobertores de PET para o inverno
A rede Wal-Mart Brasil abasteceu suas lojas para o inverno com cobertores produzidos com fio de poliéster
proveniente de fibra de garrafas PET. Cada peça é produzida com cerca de 200 garrafas, equivalente a cinco
quilos desse material. O estoque inicial será de 100 mil cobertores, assegurado com o fornecedor Etruia, de
Mairinque (SP), uma cooperativa de catadores. Um total de 115 milhões de garrafas por mês será tratada e
triturada para garantir a reposição das peças nas prateleiras. O Wal-Mart vai liderar as ações de
sustentabilidade, reduzindo em 25% o consumo de energia em três anos, assim como utilizar em todos os
produtos próprios embalagens sustentáveis. Hoje, 30% das embalagens já se enquadram nesse conceito e o
percentual deve subir para 45% até o final do ano. O Wal-Mart quer exportar o cobertor sustentável para suas
lojas em outros países. A rede varejista também está desenvolvendo um papel fabricado a partir de reciclagem
de embalagens tetra pak, como caixinhas de leite e suco, informou a assessoria de imprensa do Wall Mart.
América Latina
Venezuela vai construir 10 mil casas de PVC
A Venezuela, com um déficit de mais de dois milhões de habitações, decidiu partir para uma nova tecnologia
para a construção de casas populares, usando o plástico PVC. A Petrocasa é uma empresa com tecnologia
alemã da Corporação Petroquímica Venezuelana (Pequiven) que projeta até 2010 levantar 60.000 residências
pré-fabricadas anuais em três unidades denominadas "Sistema revolucionário de construção de habitações",
de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatísticas. A casa modelo construída pela empresa, de teto
vermelho e de plástico branco, que é exibida na entrada da empresa - conta até com televisão de tela plana -,
pode ser montada em uma semana, após a construção da plataforma e de preparada a infra-estrutura de
terreno. A montagem das 18 peças de PVC forma uma casa de 70 metros quadrados, com três quartos, dois
banheiros, cozinha e sala, em uma área de 90 metros quadrados de terreno a um custo de 20.000 dólares. Com
um investimento de 5,2 bilhões de dólares nos últimos três anos, entre 2005 e 2007, um relatório oficial indica
que o governo construiu 104.000 habitações, cerca de 45% da meta trianual de 236.000 casas, informaram
agências de notícias.
Mundo
Petróleo a US$ 200
O presidente da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Chakib Khelil, não descarta a
possibilidade de o barril de petróleo atingir US$ 200,00, segundo publicou em sua página na internet o jornal
estatal argelino El Moudjahid. Khelil não deu um prazo. Ele disse ainda que "os preços estão elevados em
conseqüência da recessão nos EUA e da crise econômica que atinge muitos países, uma situação que influencia a
queda do dólar". Toda a vez que o dólar cai 1%, o preço do barril sobe US$ 4,00 e reciprocamente", disse. Mas Khelil
também afirmou que "se o dólar avançar 10%, pode-se apostar que os preços (do petróleo) irão cair em US$ 40,00"
o barril. A cesta de petróleo da Opep atingiu preço recorde nesta segunda-feira (25) de US$ 110,13 o barril. As
informações são da Dow Jones.
Petróleo, a nova esperança da África
Com a demanda por energia explodindo no mundo e o preço do barril atingindo níveis recordes todos os dias, a
África se transforma na nova fronteira da exploração. Nas capitais dos países africanos, um sentimento de
esperança por novos recursos e temores por velhos conflitos toma conta das autoridades e das lideranças locais.
A região ainda corre o risco de se tornar palco de disputas entre os interesses americanos, europeus, chineses,
russos, indianos e até brasileiros. Estimativas da própria Casa Branca apontam que 25% do petróleo que
consumirá em 2015 virá do oeste da África. A região poderia ter cerca de 10% do petróleo mundial, segundo
algumas estimativas. No fim do ano passado, o governo de Gana declarou ter encontrado uma reserva com 3
bilhões de barris em sua costa. Na semana passada, o presidente de Gana, John Kufuor, voltou a comemorar o
descobrimento. “O futuro é brilhante”, afirmou. A empresa que descobriu a reserva foi a britânica Tullow Oil PLC.
Na região, a empresa nacional - a Ghana National Petroleum Corp - tem uma participação de apenas 23%. Kufour
garante que estabelecerá leis que impedirão os desvios dos recursos. “Vamos transformar nossa economia num
tigre africano”, afirmou. A descoberta de petróleo também está mudando outro pequeno país do oeste da África. A
pequena São Tomé e Príncipe, com uma população de apenas 199 mil pessoas, poderia estar sentada sobre um
reserva de bilhões de barris. Se confirmado e se a renda for distribuída, o petróleo poderia mudar a vida da
população, que ganha, em média, US$ 400 por ano. Não por acaso, delegações da Europa, Japão, China e até do
Brasil visitaram a região nos últimos meses, informou O Estado de S. Paulo.
Cotação
WTI bate novo recorde a US$ 119,93 o barril em NY
O contrato futuro do petróleo leve (tipo WTI), negociado no pregão eletrônico da Bolsa Mercantil de Nova York
(Nymex, na sigla em inglês), estabeleceu novo recorde de preço, a US$ 119,93 o barril, com a notícia de que o
sistema britânico de oleoduto Fortis no Mar do Norte operado pela British Petroleum foi fechado. O sistema
transporta cerca de 40% da produção britânica de petróleo e foi fechado em conseqüência de uma greve dos
trabalhadores da refinaria de Grangemouth, na Escócia, iniciada ontem (27). O contrato do petróleo Brent
negociado na plataforma ICE, em Londres, operava em alta de 0,04% para US$ 116,39 o barril. O Brent atingiu
US$ 117,51 o barril na máxima do dia até agora, pouco abaixo do recorde estabelecido na sexta-feira (25) aos US$
117,56 o barril. Informaram agências internacionais.
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Política e Economia
Mais crédito à produção de alimentos
Para driblar a crise mundial dos alimentos, o governo vai estabelecer incentivos, inclusive de crédito, para que
os agricultores não escolham o que plantar a reboque da "onda do preço bom". Lula discursará cada vez mais
para convencer os grandes e pequenos agricultores de que vale a pena apostar na produção de alimentos para
o consumo interno e para exportar e vai reforçar a idéia de que seu governo não duvida que a "agricultura e a
indústria têm de caminhar lado a lado". A Na avaliação do Planalto, a demanda por produtos agrícolas está
em expansão no mundo todo e, tão cedo, não vai esfriar esse crescimento de renda que permite que mais gente
esteja se alimentando melhor na China, na Índia, no Brasil e em toda a América Latina. Lula vai se reunir com
ministros da Fazenda, Guido Mantega, e da Agricultura, Reinhold Stephanes, e pedir uma política de crédito
específica para os setores que estão enfrentando problemas, provocando alta de preços e pressionando a
inflação. As políticas serão voltadas, principalmente, para o feijão, um dos vilões da alta inflacionária do mês
passado. O governo estuda, além do crédito, isenções tributárias que possam beneficiar os produtores. O
governo também terá de olhar com mais atenção os casos do arroz e do trigo. Responsáveis por cerca de 55%
da produção nacional de arroz, os agricultores gaúchos estão preocupados com a possibilidade de suspensão
das exportações para evitar a explosão do preço no mercado interno e se queixam de falta de ajuda
governamental para enxugar estoques e garantir preços, informou O Estado de S. Paulo.
Mercado volta a elevar previsão de inflação para 2008
A projeção dos analistas para a inflação deste ano voltou a aumentar, de acordo como o boletim Focus,
divulgado nesta segunda-feira (28) pelo Banco Central. A expectativa é de que o Índice de Preços ao
Consumidor (IPCA), a inflação oficial, encerre o ano com variação de 4,79%. Na semana passada, a previsão
era de que o IPCA ficasse em 4,71%. A nova alta nas previsões mantém o IPCA acima da meta de inflação
definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,50%. Para 2009, a previsão para o IPCA foi
mantida em 4,40%. A meta perseguida pelo BC também é de 4,50% para o próximo ano. Para o mês de abril,
a inflação pelo IPCA deve chegar a 0,50%. No relatório da semana passada, a previsão do mercado para o
indicador era de 0,40%. Já a previsão para a taxa de câmbio, no final deste ano, ficou em R$ 1,75 por dólar,
igual à da semana anterior. Para o final de 2009, a projeção de câmbio está em R$ 1,85 por dólar. Para a taxa
básica de juros, a Selic, o mercado financeiro fez um ajuste para cima, de 0,25 ponto porcentual. A estimativa
da taxa para o final deste ano passou de 12,75% para 13% ao ano. Na semana passada, o mercado havia
mantido a Selic em 12,75% ao ano. Para o fim do ano que vem, o mercado projeta a Selic em 11,34% ao ano,
ante 11,25% da projeção da semana passada. A taxa Selic está atualmente em 11,75% ao ano, informaram a
Agência Estado e o G1.
Agenda
Política nacional em pauta no Sinproquim
Situação da política atual do País, medidas provisórias, clima para o terceiro mandato e possíveis candidatos,
desrespeito às leis do País (invasões do MST, impunidade, etc.) serão os temas abordados na conversa com
José Nêumanne Pinto, jornalista e escritor paraibano. A palestra será realizada em 8 de maio, das 8 às 11
horas, na sede do Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos para Fins Industriais e da Petroquímica do
Estado de São Paulo – Sinproquim. Mais informações e ficha de inscrição estão disponíveis no site:
http://www.sinproquim.org.br
Fiesp e Ciesp divulgam INA com os resultados de março
O diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (DEPECON) da Fiesp e do Ciesp, Paulo Francini,
divulgará os resultados do Indicador de Nível de Atividade (INA), referentes ao comportamento da indústria no
mês de março, na Avenida Paulista, 1.313, nesta terça-feira, 29 de abril, às 11 horas.
Fispal Tecnologia
Além das empresas do Brasil, a Fispal Tecnologia, que acontece de 3 a 6 de junho, no Anhembi, em São Paulo,
deverá contar com forte participação internacional. A Argentina já reservou 250 m2 para expor equipamentos
de empacotamento e embalagem. A China, com 250 m2, e Taiwan, com 220 m2, também vão expor, de forma
coletiva, produtos de suas empresas. Participam ainda individualmente empresas de países, como Alemanha,
Canadá, Estados Unidos, França, Holanda, Indonésia e Itália. Informações sobre a feira no site
http://www.fispal.com
Expediente
O Leia! é produzido com base em leituras de jornais, revistas, agências e
sites de notícias, boletins corporativos dos principais setores ligados à
petroquímica, reuniões e eventos realizados na Federação das Indústrias
do Estado de São Paulo (Fiesp).
Comitê editorial
Presidente: Vítor Mallmann
Rosana Paulis e Eduardo Sene - Assuntos Fiesp/Siresp
Marcio Freitas - Editor
Natasha Lima e Sandro Almeida - Redação
David Freitas – Diretor de arte
Roberta Provatti - Jornalista responsável - MTB-24197/SP
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