conflito índia e paquistão: a questão da caxemira
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conflito índia e paquistão: a questão da caxemira
CONFLITO ÍNDIA E PAQUISTÃO: A QUESTÃO DA República Islâmica do Paquistão: CAXEMIRA Mapa Político Geral1 Ficha Técnica dos Países2 República da Índia: Capital: Nova Delhi. Localização: Sudeste da Ásia limitado pelo Mar Arábico entre Burma a leste e Paquistão a oeste População: 1,095,351,995 hab. Área: 3 287 782 km2. Religião: hinduísmo 80,3%, islamismo 11% (sunitas 8,2%, xiitas 2,8%), cristianismo 3,8% (católicos 1,7%, protestantes 1,9%, ortodoxos 0,2%), sikhismo 2%, budismo 0,7%, jainismo 0,5%, outras 1,7% (1991). Língua: hindi (oficial), línguas regionais (principais: telugu, bengali, marati, tâmil, urdu, gujarati). PIB: US$ 430 bilhões Produtos Exportados: têxteis, químicos, couro e jóias. Produtos Importados: petróleo, maquinarias, jóias e químicos. Tamanho do Exército (2005): Masculino - 219, 471,999 Feminino - 209, 917,553 Capital: Islamabad. Localização: Sudeste Asiático limitado pelo Mar Arábico entre o leste da Índia, oeste do Irã e do Afeganistão e o norte da China. População: 165, 803,560 hab. Área: 796.095 km2. Religião: Islamismo 97% (Sunismo 77%, Xiismo 20%), Cristianismo, Hinduísmo, e outras, 3% Língua: Urdu (oficial), punjabi, sindi, saricoli, inglês. PIB: US$ 63,4 bilhões (1998). Produtos Exportados: têxteis (peças de roupa, linho de cama, pano de algodão, fio), arroz, artigos de couro, mercadoria de esportes, químicas, fabricações, carpetes e tapetes. Produtos Importados: petróleo, maquinaria, plásticos, equipamento de transporte, óleos, papel e chá. Tamanho do Exército (2005): Masculino - 1, 969,055 Feminino - 1, 849,254 1. Aspectos Geográficos Da Índia 3 1.1 A Índia é um país federal asiático, que ocupa grande parte do Industão e ainda possui as ilhas Laquedivas e Andaman e Nicobar. Ao norte é limitada pelo Nepal, Butão e China. Ao sul e leste pelo Bangladesh e pelo Golfo de Bengala. Ao sul é limitada pelo Estreito 1 de Palk, (que faz fronteira com o Sri Lanka) pelo Oceano Índico e pelo Mar das Laquedivas, a oeste pelo Mar da Arábia e a oeste e norte pelo Paquistão. É considerada como o segundo país mais populoso do mundo, com mais de 1 bilhão de habitantes. Os estados indianos do norte e do nordeste fazem parte dos Himalaias, uma cordilheira entre Índia e China em que são encontradas Do Paquistão:6 maiores O Paquistão é subdividido em montanhas do planeta. Desta forma, o quatro províncias e dois territórios. Suas resto da Índia do norte, central e oriental, províncias consiste da fértil planície indo-gangética. Baluchistão, a maior em área e a mais Grande parte da Índia do Sul é composta rica em recursos naturais, sendo assim a pelo é maior distribuidora de gás natural para o cordilheiras resto do país; a província das fronteiras costeiras baixas: os Gates Ocidentais e Noroeste, sendo tida como a menor os Gates Orientais. Na Índia ocidental, perante às demais; Punjab, onde se perto da fronteira com o Paquistão, está encontram cidades de grande relevância presente o deserto de Thar. No que para o país; e a última que é conhecida tange aos rios, existem vários de grande como Sind. No tocante aos territórios, importância. se esses são fragmentados entre o território o da capital Islamabad e o Território Yamuna, o Ganga (ou Ganges), o Federal das áreas Tribais, que consiste Krishna e o Godavari. O clima do país em uma região que não pertence a varia de tropical a um clima mais nenhuma província paquistanesa. planalto flanqueado destacam do por Decão, duas Contudo, são as 1.3 o os que que Brahmaputra, são denominadas temperado no norte. Suas partes que se encontram no Himalaia possuem um clima predominante de tundra4. Vale destacar também que grande parte das chuvas indianas são causadas devido às O Paquistão montanhas é atravessado várias por cordilheiras, tais como o Hindukusch. Além disso, o país possui quatro cidades de maior importância: a primeira é monções. denominada Mapa Geográfico da Índia: e possui 5 Carachi (capital da província de Sind) que se localiza nas margens do Mar da Arábia, ao sul do 2 país. Ela tem cerca de 10.9 milhões de Existem diversos focos de tensão habitantes, sendo nela onde se encontra no cenário internacional, e o conflito o maior porto e o principal centro entre a Índia e o Paquistão está presente industrial. A seguinte é conhecida como nesse contexto, uma vez que ambos os Faisalabad ou Faiçalabade, e se localiza Estados disputam domínio por uma na província de Punjab, a qual possui região limítrofe denominada Caxemira. cerca de 2.34 milhões de habitantes e foi Contudo, para uma melhor compreensão fundada em 1895. A terceira está do contexto atual desse confronto, torna- inserida na província de Sind, sendo se necessário recuar ao século X d.C, conhecida como Hyderabad. Situa-se quando ocorreu o avanço islâmico no nas subcontinente indiano. margens do rio Indo, tem aproximadamente 1,4 mil habitantes e foi Bagdá era o centro do califado fundada em 1768. E por fim, a quarta Abássida, cidade, Peshawar, é capital da província extensão do islamismo em direção à da Fronteira Noroeste do país. Ela é a Ásia com o intuito de levar a palavra do cidade mais antiga, e por isso, já passou profeta Maomé e as palavras do sagrado por várias dominações, tais como grega, livro: o Corão. A rota foi estabelecida persa, afegã, mongol, sikhs e britânica. através do Golfo Pérsico e atingia o Atualmente, ela possui cerca de 1,1 mil Oceano Índico. A partir desse caminho, habitantes. três arremetidas no norte da Índia são e estipuladas Mapa Geográfico Paquistão:7 do assim como foi possível fundamentais a em relação à fixação dos muçulmanos na região do Hindustão. A primeira ocorreu no século X a partir dos reinos árabes na região do Sind; a segunda ocorreu quando o santuário de Shiva foi apossado pelo turco Muhammad de Gward; e a última, quando em 1192 na batalha de Tarai, al-Din Muhammad de Ghauri derrotou possibilitando a o rei construção hindu, de um caminho para Delhi. Com isso, em três 2. Aspectos Históricos8 séculos a presença dos muçulmanos na região da Índia tornou-se irreversível. Para uma melhor visualização 2.1 Índia e Paquistão: das diferenciadas religiões que remetem 3 o contexto os 1750 a Cia. Inglesa das Índias Orientais, algumas com propósito de ampliar sua influência considerações acerca de suas principais na região de Bengala através de guerras características. posiciona-se e acordos acabou dominando quase através da pregação de Maomé, o qual toda a Índia por um período de cem não reconhece diferença de classe, anos. Contudo, esse domínio esteve cultura, cor ou civilização e tem o Corão presente até a Revolta dos Cipaios de como livro fundamental. Seus adeptos 1857, quando o controle do Industão são monoteístas e púnicos (mulheres passou a ser exercido diretamente pela são obrigadas a usarem véus). Vale Inglaterra. ressaltar também que devido aos seus A pré-requisitos alguns ocorreu no século XX e foi liderada por indianos que se sentiam desconfortáveis Mahatma Gandhi, o qual mobilizou seu com o seu sistema de castas9 (que povo após a Primeira Guerra Mundial possui inspirado por preceitos orientais, em que Estados, histórico deve-se de ambos fazer O Islã igualitários, uma concepção diferentemente dos desconhecem esse social, islâmicos preferiu lutar indiana contra o somente colonialismo se apelando para a desobediência civil princípio através de greves e ações de impacto. A muçulmano. Já o hinduísmo possui uma liga Muçulmana por sua vez, assinou o diversidade muito ampla, abrangendo Tratado inclusive, ramificações budistas. Seus conjuntamente ao Partido do Progresso seguidores assentam-se numa trindade Indiano, com o intuito de também divina composta por Shiva, Vishnu e conquistar sua independência. Em 1945, Brahma, sendo este último, o Deus o principal. também ganhar as eleições, decidiu encerrar o mencionar que seus adeptos praticam a período imperialista da Inglaterra, e zoolatria, em que animais são cultuados enviou à Índia o Lord Mountbatten e adorados como manifestações divinas. objetivando estabelecer uma transição Um exemplo disso é a vaca, a qual é pacífica considerada a mais honrada encarnação indianos10. Entretanto, as relações entre que um indivíduo pode possuir. muçulmanos e hindus sempre foram A dominação ocidental na região se receosas, e com a aproximação da iniciou em 1498 com a chegada de emancipação Vasco da Gama à Calicute quando Guerra (1939-1945), os muçulmanos mercadores estabeleceram passaram a temer cada vez mais pelo feitorias comerciais na costa indiana. Em seu destino como uma minoria em uma sentiram atraídos É por preceito), que independência tal necessário europeus de governo Lucknow trabalhista com ao os final em inglês, 1916 após representantes da Segunda 4 Índia dominada pelos hindus. Foi então situação, foi feita a Conferência de nesse que Tashkent em 1966 que determinou na nasceram as idéias de se formar um retirada das tropas da fronteira, mas não país separado: o Paquistão, também de determinou partilha da Índia. armamentista entre Índia e Paquistão. conflituoso contexto, o fim da corrida A Guerra de Bengala em 1971 2.2 Do conflito propriamente dito: originou-se quando Mijib (líder da Liga A Caxemira está localizada no Awami, que defendia maior autonomia norte da Índia sendo composta por para o Paquistão Oriental), proclama montanhas e fazendo fronteira com independência, criando o Estado de China Bangladesh. e com divergências o Paquistão. começaram Como já esperado, o 1947, Paquistão reage com violência e a Índia quando a Caxemira pediu apoio aos declara guerra ao país com o propósito indianos contra a invasão das tribos de defender o Estado recém-formado. O Pathans, e em agradecimento, assinou o Paquistão se rende e três anos mais Instrumento de Acesso à União Indiana tarde Kujib assume a presidência do concordando que a região se tornasse o país12. estado indiano de Jammu e Caxemira. A possível perceber que a tensão na partir de então, paquistaneses queriam Caxemira acaba servindo de justificativa estabelecer um plebiscito para que os para que Índia e Paquistão militarizem habitantes suas fronteiras. da Caxemira em As decidissem Nessa perspectiva, torna-se sobre seu futuro. Entretanto, os indianos E mesmo esses países tendo somente aceitaram ceder um terço do elevadas taxas de pobreza, eles não território do Paquistão, mas não arcaram abrem mão de gastar muito dinheiro em com tecnologias a idéia do plebiscito. Como bélicas, sendo tal conseqüência, eclodiram na região duas investimento contabilizado por volta de guerras: uma em 1965 e outra em 1971. um bilhão de dólares somente no No confronto de 1965, houve um conflito programa de armamento, fazendo com generalizado na Caxemira devido à que o subcontinente indiano se veja penetração próximo de guerrilheiros do início de uma corrida muçulmanos, que acabou levando a nuclear, abalando, dessa forma, alguma Índia à uma nova intervenção, atacando consistente iniciativa pacífica na região. o Paquistão. As estimativas alegam que três 3. Aspectos Econômicos13 mil indianos e 3,8 mil paquistaneses foram mortos11. Para amenizar a 5 Os testes estabelecidos de dissuasão nuclear é muito elevado. Paquistão em maio de 1998 tiveram Desta forma, torna-se possível perceber amplo apoio pelos respectivos países. O que Índia e Paquistão podem estar fato de os líderes locais os terem ameaçando não somente seu prestígio e autorizado sua segurança, mas também sua futura mesmo Índia com políticas e para se criar e manter um instrumento pelo pressões pela nucleares as fortes internacionais prosperidade. relacionadas, (que inclusive acarretaram No que tange ao fardo econômico sanções econômicas), serviram somente da dissuasão nuclear é difícil fazer um para fortalecer ainda mais o fervor cálculo nacionalista em ambas as regiões. Nos programas de armamento da Índia e do anos Paquistão, seguintes, violentos choques de custo/benefício até mesmo dos porque tais militares na Caxemira geraram um certo Estados se recusam a revelar quanto receio nos próprios defensores dos gastam armamentos nucleares, fazendo com nucleares. que eles mesmos passassem a com os Partindo-se procedimentos do pressuposto questionar a utilidade da dissuasão provável de mão-de-obra, materiais e nuclear. E ainda, devido aos elevados instalações, índices de pobreza, de economias e Paquistão investiram cerca de 1 bilhão governos frágeis, os indianos e os de dólares no programa, isto é, tudo paquistaneses agora se perguntam se indica realmente é viável continuar custeando a aproximadamente 14 corrida armamentista na região . em Nova Delhi que cada que Índia país cinco e gastou vezes essa quantia com a produção dos materiais Mesmo assim, as autoridades governamentais estima-se e necessários e com a manufatura de algumas armas nucleares. K. especialista em Islamabad persistem na idéia de que não Subrahmanyam15, se deve economizar quando o objeto em defesa da Índia, alega que em 1985, as questão a forças armadas do país consagraram a segurança internacional, partindo do alguns oficiais o dever de calcular os pressuposto de que o desenvolvimento dispêndios de mísseis nucleares e de armas é programa equilibrado de dissuasão. Tais necessário para combater a coação analistas revelaram que Nova Delhi estrangeira. Entretanto, ao agir dessa deverá gastar um bilhão de dólares por maneira, há o risco de uma guerra ano nos próximos 10 anos para se nuclear, e ainda pode-se ocasionar uma pautar como falência dos governos, visto que o custo como a que estipulou a ter em 1985. está relacionado com necessários para um uma força de dissuasão 6 Já para o Paquistão, o custo para investimento seria capaz de estimular o se montar um arsenal similar é um crescimento econômico e diminuir a pouco inferior devido aos fornecedores dependência estrangeiros que o país possui, sendo os importadas. Até mesmo porque, os principais: custos EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos16. Embora de fontes econômicos de desse energia conflito gerariam prejuízos significantes. As grandes despesas com as Índia Paquistão forças armadas que uma guerra mais tenham setores industriais modernos, consistente determinaria, resultariam em visto que possuem energia nuclear, um acréscimo na inflação e na taxa de desenvolvimento de mísseis e produção juros, e ainda, a destruição que seria de países causada às instalações industriais e de possuem elevados índices de pobreza, infra-estrutura diminuiria a produtividade em da e ocasionaria numa perda de divisas população abaixo do nível de pobreza e estrangeiras que já se encontram em 17 o Paquistão 32% . Deste modo, a nível baixo19. E para agravar ainda mais sociedade sofre com desemprego, infra- a situação, o colapso da ordem interna estrutura obsoleta, e um baixo padrão de dos Estados e a ameaça da continuação vida. De acordo com uma perspectiva das hostilidades desencorajariam os indiana, um míssil custa o equivalente ao investimentos externos e a assistência custo organizacional de 13.000 centros financeira, que são aspectos primordiais de saúde; o preço de uma ogiva nuclear para o desenvolvimento e até mesmo está relacionado com o mesmo preço para o crescimento econômico em longo que o governo gastaria para custear prazo de qualquer país. armamentos, que a e ambos índia os possui 25% mais de 3.000 residências; quase todas as crianças capazes de paquistanesas receber seriam alimentação 4. Aspectos Políticos, Táticos e Estratégicos 20 e educação pelo custo arsenal referente a bombas e mísseis nucleares18. Ou seja, 5. Mapa Tático e Estratégico do Conflito: 21 se Índia e Paquistão assinarem o Tratado de Não Proliferação Nuclear como armas, Estados desprovidos de e aceitarem preservar tais suas indústrias nucleares civis de energia, os benefícios concernentes à modalidade energética seriam inúmeros. Este 7 Desde 1947, quando ocorreu a esse tipo de armamento. No decorrer independência de Índia e Paquistão, os dos anos 80, a habilidade nuclear paquistaneses a indiana foi rearticulada e em 1989, anexação da região da Caxemira ao estabeleceu-se o teste do primeiro míssil território indiano, culpando a Índia de balístico da Índia de médio alcance, o não denominado Agni (que significa fogo). ter têm protestado estabelecido determinado plebiscito das Depois do assassinato de Indira Nações Unidas (ONU) para consultar os Gandhi em 1984, seu filho Rajiv Ghandi habitantes da região. No entanto, a Índia tomou posse do cargo de Primeiro afirma que a incorporação da Caxemira Ministro, e sugeriu a eliminação das em seu território foi legal, tornando-se armas nucleares indianas. Mais tarde, indiscutível da assinou com o Paquistão um tratado, Assembléia Constituinte da Caxemira no que só foi ratificado em 1991, no qual ano de 1956, a qual afirma que o Estado ambos os países se comprometiam a deve ser parte condicional da Índia. No não contexto histórico do confronto, três mesmo tempo, o Primeiro Ministro deu guerras entre os Estados envolvidos continuidade ao programa nuclear que ocorreram diretamente com a Caxemira construiu no período de seu governo: um nos anos de 1947, 1965 e a última em arsenal entre 100 e 200 kilogramas de 1971, plutônio, o suficiente para a construção que pela um após resultou Organização declaração na criação de Bangladesh. mais travarem confrontos. Ao de entre 20 e 40 armas nucleares22. A Guerra de Kargil entre maio e E ainda, tudo indica que foi sob o junho 1999 é tida por alguns autores do governo de Rajiv que a Índia decidiu ramo como uma das várias tensões na conquistar região e, por outros, como um confronto equipamentos que envolve a Caxemira. elaboração de uma détente nuclear. Em No final da década de 1970, 1990, mísseis e necessários ocorreu uma demais para segunda a crise depois da aproximação entre EUA e nuclear entre Índia e Paquistão, desta Paquistão, a superioridade indiana em vez envolvendo a região da Caxemira, forças convencionais se viu afetada, em que, inclusive, a Índia teria elaborado visto que sua preocupação com as ataques em território paquistanês com o armas nucleares chinesas passou a propósito direcionar-se cada vez mais em direção treinamento ao Paquistão, que além de almejar Além disso, no mesmo ano o presidente possuir um arsenal nuclear, passava a norte-americano George Bush ressaltou possuir jatos F-16 capazes de lançar que não podia afirmar ao Congresso que de extinguir das forças campos de insurgentes. 8 o Paquistão não era desprovido de em uma corrida no tocante à produção bomba atômica. A partir disso, esta de mísseis e à produção de armas conclusão levou à diminuição da ajuda nucleares. militar e econômica que os EUA Em 1999, o primeiro ministro ofereciam ao país desde a década de indiano A. B. Vajpayee se reuniu em 1970. Lahore com autoridades do governo Contudo, em 1995 o presidente paquistanês, resultando no Memorando Clinton introduziu uma emenda que Lahore, no qual ambos os países se permitia o retorno de assistência militar e comprometeram a comunicar entre si a econômica para o Paquistão. Nessa realização de testes de lançamentos de perspectiva, o então Primeiro Ministro mísseis, dados e informações inerentes paquistanês, Rao, a doutrinas nucleares e conceitos de em segurança, além de outras avaliações dezembro do mesmo ano. O teste foi que condizem à redução de testes suspenso após satélites americanos de nucleares e à elaboração de confiança reconhecimento detectarem sinas da mútua. encandeou Narashimha um teste nuclear movimentação no local, e o Primeiro Entretanto, Índia e Paquistão não Ministro acabou acatando a pressões do chegaram embaixador americano Frank Wisner. minúcias técnicas fundamentais para Vale ressaltar também que Rao admitiu estabelecer as medidas contidas no o prosseguimento de testes com os memorando. Por isso, ambos os Estados mísseis Agni e edificação de plataformas prosseguiram com suas corridas no que móveis para lançamentos de mísseis em concerne 1996. mísseis, incluindo testes de vôo dos Em 1997, os primeiros ministros mísseis a ao de um acordo sobre aperfeiçoamento médio alcance as de Ghauri Nawaz Sharif do Paquistão e I. K. Gujral (paquistanês) e Agni (indiano). E como da Índia concordaram em dialogar sobre já se esperava, os dois países não questionamentos relacionados com a chegaram a um acordo para não mais disputa pela Caxemira, redução de realizarem testes futuros. riscos de um conflito nuclear e A crise de Kargil entre maio e cooperação comercial. Nos dias 11 e 13 julho de 1999 anulou definitivamente os de maio, a Índia realizou dois testes avanços alcançados em Lahore. Foram nucleares e posteriormente, em 29 e 30 diversos os confrontos que ocorreram do mesmo mês, o Paquistão também entre Índia e Paquistão, mas a Guerra desempenhou o mesmo papel. Após o de Kargil em 1999, foi o momento em ocorrido, Índia e Paquistão adentraram que os Estados envolvidos chegaram o 9 mais próximo convencional de total uma que guerra poderia se todos os inimigos visíveis e forçaram o oponente a abandonar diversas transformar num confronto nuclear. Por posições. Os arcos do fogo que arrastam isso, ela possui algumas considerações atrás dos escudos explosivos elevados estratégicas e táticas que cabem ser de Bofors e dos foguetes do Grad mencionadas. forneceram uma vista temerosa que A guerra ocorreu por volta do dia introduziu vagarosamente o medo nos paquistaneses24. 8 de maio quando forças militares soldados paquistanesas imprescindível da Caxemira foram que uma É importante detectadas nos cumes de Kargil. A partir operação do articulada de uma maneira precisa com momento perceberam que a os indianos movimentação, as todas militar as seja agências organizada abarcadas e na operações militares foram planejadas e operação. Tal observação é de extrema as demais relevância principalmente para o equipamentos foram movidos de acordo Paquistão, visto falta de com suas posições de ataque. Cabe cooperação entre as elites militares e os ressaltar que toda essa preparação dos líderes políticos originou certa discórdia militares denominada da parte dos Estados Unidos quando o operação ofensiva Vijay. Tal operação Bill Clinton persuadiu o Primeiro ministro teve Nawaz tropas, a artilharia indianos o ficou objetivo da e infantaria Sharifa que a a estabelecer uma paquistanesa de ocupar os picos na retirada unilateral das forças da região montanha na linha de controle indiano. contra os interesses de seus assessores Esse procedimento foi capaz de dar militares, desconsiderando, dessa forma, início a uma saga original na história do as forças armadas. emprego do poder de fogo da artilharia Em na batalha. um ambiente onde os oponentes possuem armas nucleares Os ataques foram precedidos por deve-se evitar a utilização das forças assaltos sustentados do fogo sobre cem aéreas injetores da artilharia, almofarizes e ofensivas. Cabe mencionar que índia e lançadores de foguete que ateiam a Paquistão 23 chama no concerto . Milhares principalmente não em funções empregaram tal dos modalidade justamente com a finalidade escudos, das bombas e dos foguetes de prevenir a evolução do conflito para foram capazes de impedir o oponente de uma guerra total25. interferir. Os injetores médios de 155 Contudo, mesmo num confronto milímetros Bofors e os injetores Indianos entre no campo de 105 milímetros destruíram possibilidade de adversários o travarem potências nucleares existe a 10 através de uma operação de não guerra, como ou até mesmo um conflito limitado a fim combate ao terrorismo, partindo do de impedir a escalada. Tal restrição foi pressuposto claramente estabelecida por Índia e diretamente relacionada com operações Paquistão no confronto de Kargil. A extremistas paquistanesas, da mesma manutenção de operações de logística maneira como Estados Unidos e seus através de estoques e abastecimento aliados agiram contra Al Quaeda e era necessário devido às dificuldades Talibã no Afeganistão. inerentes ao transporte, visto que a puramente um que problema a Entretanto, situação essa de está aproximação região de Kargil é de difícil acesso.Por não dá atenção à competição histórica isso, torna-se necessário que a doutrina de reivindicação administrativa da Índia aborde esses problemas para estipular sobre a Caxemira. E com isso, o operações militares em Paquistão procura usar essa cooperação ambientes hostis. interessante com Estados Unidos em operações no eficazes É destacar também que o envolvimento de Afeganistão instituições internacionais inclusive dos manobra a fim de manter uma política Estados Unidos pode ser benéfico para aventureira que procura buscar maior impedir e travar a escalada de um influência na região que visa adquirir conflito em potencial para uma guerra recursos indianos na Caxemira27. total ou nuclear, como é o caso de Índia e Paquistão. para ganhar tempo de Ou seja, a ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o Afeganistão em Contudo, depois do episódio de reação aos ataques terroristas de 11 de Kargil, a Índia se recusou a sentar à Setembro de 2001 gerou conseqüências mesa de negociações com o Paquistão, diretas para a Índia, pois a retirada dos alegando estaria Talibã do poder resultou na instalação financiando terroristas na região da de um governo pró-Índia em Kabul. O Caxemira. Paquistão também foi afetado, tendo que este país Na verdade, Índia e Paquistão sido recompensado por compartilhar têm procurado utilizar o discurso de informações “guerra inteligência e por permitir a utilização de contra o terrorismo” norte26 dos seus serviços de americano para conquistar vantagens . bases em seu território com a eliminação Contudo, das sanções econômicas e de parte das essa perspectiva tende a aumentar o risco de acontecer algum sanções militares equívoco no que tange ao âmbito militar. Washington Esse procedimento possui uma tentativa atividades nucleares do país. Nessa de retratar a provocação na Caxemira perspectiva, as negociações bilaterais em impostas 1990, devido por às 11 foram travadas por cerca de dois anos, Robert T. Batcher29 chega às seguintes quando Vajpayee estimativas: um ataque nuclear voltado paquistanês para as 13 maiores cidades indianas e Musharraf para um encontro na cidade às 12 maiores cidades paquistanesas indiana de Agra. Entretanto, a reunião foi com frustante, foram kilotons atingiria por volta de 18 milhões elaboradas medidas de melhoria na de pessoas, das quais 37% morreriam questão da Caxemira, tampouco em na Índia, e cerca de 13 milhões de argumentos que visassem reduzir o risco pessoas, das quais 42% seriam vítimas de conflitos nucleares. fatais no Paquistão. Se o armamento convidou ainda o em 2001, presidente visto que não Em outubro de 2001, ocorreram ofensivas terroristas nucleares de 50 utilizado fosse de um megaton, esse prédios número (cidade aproximadamente 64 milhões, dos quais indiana) e na Caxemira. Esses ataques 57% de vítimas fatais na Índia e 34 foram capazes de aumentar a tensão milhões, dos quais 67% de vítimas fatais entre os dois países, o que acirrou a no Paquistão. parlamentares em em dispositivos Srinigar se elevaria para pressão política sobre o governo indiano É fato que o Paquistão possui no sentido de estabelecer contrapartidas desvantagem no que concerne a forças sobre possíveis campos de terroristas convencionais em relação à Índia, tanto localizados em terras paquistanesas. que o contingente de militares ativos Tais ataques teriam implicações trágicas indiano é aproximadamente duas vezes caso o originasse uma reação do Paquistão. Por isso, tal paquistanesa, gerando, dessa forma, desequilíbrio desencadeamentos que poderiam fugir instabilidade na região, uma vez que ao controle e atingir um conflito nuclear. essa gera situação uma poderia considerável instigar o Paquistão a um ataque nuclear para 5. Perspectivas28 fazer frente à sua fraqueza convencional. Empregando-se através de um Outro condicional de instabilidade programa de computador manuseado é devido à proximidade geográfica entre com intuito de calcularem baixas civis os dois países, que afeta a capacidade desenvolvidas por um ataque nuclear de contra ataque e também desfavorece durante a Guerra Fria e fazendo certas o estabelecimento de sistemas de alerta adaptações condizentes para que o adequados. No transcorrer da Guerra programa pudesse ser sobreposto no Fria, os Estados Unidos tinham cerca de caso de um confronto Índia Paquistão, 20 minutos de alerta antes que mísseis 12 lançados pela União Soviética que a primeira ficaria maioria alcançassem seu território. Por outro muçulmana para o Paquistão, outra com lado, em um confronto entre Índia e a maioria hindu pertencente à Índia, e Paquistão, existem mísseis em que o uma última autônoma, entretanto, esse período modelo tende a gerar conflitos étnicos de vôo até a mira tem aproximadamente 3 minutos, limitando como aconteceu com a ex-Iugoslávia. assim, a probabilidade de qualquer Sendo marxista, Marie alerta. Desta forma, em uma situação de Frederiksen crise, o Paquistão que se encontra em autodeterminação, mas no caso da intensa Caxemira, pelo fato dela ser uma região desvantagem em questões defende a convencionais, poderia se sentir no muito direito de enviar um primeiro ataque. independente seria dominada pela Índia pobre, uma Caxemira Marie Frederiksen30 acredita que e pelo Paquistão enquanto o capitalismo o problema e a solução do conflito que prevalecesse. Por isso, para a autora a envolve a região da Caxemira têm melhor origem no capitalismo, e que ambos são implantação utilizados pelas elites dirigentes para Socialista do Paquistão, da índia e da dividir seus trabalhadores e a unidade Caxemira, pelo fato de que essa seria a das única massas perspectiva, oprimidas. desde que Nessa ocorreu a partilha da região três modelos estão sendo sugeridos para o problema da Caxemira. de Federação haver alguma perspectiva de ascendência econômica e até mesmo paz na região. Por outro lado, segundo Daniel 31 pressuposto de que o status quo seja os Estados poderia ocasionar numa mantido e que a linha divisória seja reação chinesa no sentido de rearticular reconhecida fronteira e incrementar seu arsenal. Com isso, internacional, contudo, essa não é uma seria possível promover uma reação boa opção para o povo da Caxemira. O russa no tocante ao custeamento de seguinte modelo pauta-se na idéia de seus armamentos e ainda, prejudicar os que a Índia estipule um ataque frontal e esforços norte-americanos através da tome redução como Caxemira, provocaria parte maneira uma a Geller , uma corrida armamentista entre reação primeiro de seria do a O opção nesse caso entretanto, um conflito essa de arsenais nucleares na americanos e russos. Por isso, é notório fronteira que separa Índia e Paquistão estipular acordos que tenham intuito de podendo ocasionar na extinção dos dois estabelecer Estados. E por fim, o último modelo visa confiança dividir a Caxemira em três partes, em nucleares para a constituição de um medidas e de construção de redução de riscos 13 ambiente mais estável na região. Além disso, existe a preocupação devido à inexistência de um da democracia no Paquistão, visto que essa http://www.cia.gov/cia/publications/factb ook/geos/in.html do dia 16/06/06 às 14:10. situação atrapalha os acordos que envolvem segurança e a adoção de um rumo mais http://www.10emtudo.com.br/demo/geo grafia/a_republica_popular_da_china/in dex_1.html no dia 12/06/06 às 12:40 pacífico entre a Índia sobre a questão da Caxemira. 6. Bibliografia http://www.globalsecurity.org/military/wo rld/war/images//krg3.gif http://www.globalsecurity.org/military/wo rld/war/kargil-99.htm acessado no dia 21/06/06 às 15:20 Sites: http://educaterra.terra.com.br/voltaire/at ualidade/2002/06/14/000.htm#inicio do dia 13/06/06 às 16:45 http://educaterra.terra.com.br/voltaire/se culo/2005/03/26/001.htm com acesso no dia 10/10/06 às 15:17. http://fmostardeiro.vilabol.uol.com.br/asi a.htm do dia 14/06/06 às 17:35. http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81sia no dia 12/06/06 às 13:00 http://pt.wikipedia.org/wiki/Geografia_da _%C3%8Dndia do dia 14/06/06 às 11:50. http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dndi a do dia 14/06/06 às 11:50. http://pt.wikipedia.org/wiki/Geografia_do _Paquist%C3%A3o no dia 16/06/06 às 15:20. http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_de_ castas_da_%C3%8Dndia acessado no dia 09/10/06 às 21:46. http://www.cia.gov/cia/publications/factb ook/geos/pk.html do dia 16/06/06 às 14:10. http://www.frigoletto.com.br/GeoFis/vent os.htm acessado às 15:20 no dia 01/11/06. http://www.infoplease.com/ce6/world/A0 859099.html do dia 13/06/06 às 13:15 http://www.kashmirinformation.com/WhitePaper/economics .html acessado no dia 15/06/06 às 16:50. http://www.lib.utexas.edu/maps/cia05/ind ia_sm05.gif. http://www.lib.utexas.edu/maps/middle_e ast_and_asia/india_pol01.j http://www.lib.utexas.edu/maps/middle_e ast_and_asia/kashmir_rel_2003.jpg http://www.lib.utexas.edu/maps/middle_e ast_and_asia/pakistan_pol96.jpg http://www.minerva.uevora.pt/eschola20 02/tundra.htm com acesso no dia 05/11/06 Às 11:40. http://www.portalbrasil.net/asia_india.htm do dia 14/06/06 às 12:47 http://www.portalbrasil.net/asia_paquista o.htm do dia 14/06/06 às 12:47 14 http://www.sergiosakall.com.br/asiatico/b angladeche.html do dia 03/11/06 às 14:10. http://www.sdl-pciganos.rcts.pt/india.htm no dia 02/11/06 às 15:45. http://www.unb.br/irel/ibsa/docs/MarcoCa rvalho.pdf acessado em 06/10/06 às 13:50 Artigos e notícias: “Khasmir: Confrontation and Miscalculation”, ICG ÁSIA Report Nº35, 11 July 2002, de http://www.crisisgroup.org/home/index.cf m?id=4173&l=1 acessado no dia 20/06/06 às 17:20 “Reducing Tension is Not Enough”, The Center of Strategic and International Studie, The Washington Quartely, 2001, pg. 181-193, FREDERIKS, Marie “Pakistan – Socialism or Barbarism”, 2005, publicado em http://www.marxist.com/pakistansocialism-barbarism140605.htm acessado em 06/10/06 às 15:40 GELLER, Daniel S. – “Nuclear Weapons and the Indo-Pakistani conflict: Global implications of a regional power cycle” em International Political Review, vol 24, n° 1, 2003, pp 137-150, disponível em http://www.unb.br/irel/ibsa/docs/MarcoCa rvalho.pdf acessado em 06/10/06 às 17:20 LAVOY, Peter R. “The Costs of Nuclear Weapons in South Asia”, Revista Eletrônica da USIA, Setembro de 1999, disponível em: http://www.fas.org/news/india/1999/pj29l avo.htm com acesso no dia 15/06/06 às 15:40. Notas: “Índia nos contextos regional e global de segurança: Uma visão preliminar”. Disponível em: http://www.unb.br/irel/ibsa/docs/MarcoCa rvalho. Pdf acessado em 15/10/06 às 12:15 Livros: BATCHER, Robert T “The Consequences of an Indo-Pakistani Nuclear War,” International Studies Review, 2004, Vol. 6, pp. 135-162, disponível em http://www.unb.br/irel/ibsa/docs/MarcoCa rvalho.pdf acessado em 06/10/06 às 13:50. El Nuevo Despertar Doctrinario de las Fuerzas Armadas Índias, Military Review, Marzo- Abril, 2005, pg. 43-53. 1 Fonte: http://www.lib.utexas.edu/maps/middle_east_ and_asia/kashmir_rel_2003.jpg 2 Dados retirados especificamente de http://www.portalbrasil.net/asia_india.htm e http://www.portalbrasil.net/asia_paquistao.ht m do dia 14/06/06 às 12:47, e de http://www.cia.gov/cia/publications/factbook/g eos/pk.html e http://www.cia.gov/cia/publications/factbook/g eos/in.html do dia 16/06/06 às 14:10. 3 Tais conhecimentos foram retirados dos sites http://pt.wikipedia.org/wiki/Geografia_da_%C 3%8Dndia e http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dndia do dia 14/06/06 às 11:50. 4 O termo Tundra é originário do vocábulo Tunturia, que significa planície sem árvores. É considerado o bioma mais frio da terra. Ela pode ser subdivida em Tundra Ártica, a qual é muito fria devido a sua localização geográfica e a Tundra Alpina que se encontra longe da superfície terrestre, logo é mais encontrada nos picos de montanhas. Retirado de: http://www.minerva.uevora.pt/eschola2002/tu 15 ndra.htm com acesso no dia 05/11/06 Às 11:40. 5 Fonte: http://www.lib.utexas.edu/maps/middle_east_ and_asia/india_pol01.j 6 Retirado de http://pt.wikipedia.org/wiki/Geografia_do_Paq uist%C3%A3o no dia 16/06/06 às 15:20. 7 Fonte: http://www.lib.utexas.edu/maps/middle_east_ and_asia/pakistan_pol96.jpg 8 Informações obtidas em http://www.infoplease.com/ce6/world/A08590 99.html do dia 13/06/06 às 13:15, de http://educaterra.terra.com.br/voltaire/atualid ade/2002/06/14/000.htm#inicio do dia 13/06/06 às 16:45, e de http://www.infoplease.com/ce6/world/A08590 99.html do dia 16/06/06 às 12:30. 9 Casta é definida como um grupo social hereditário, cuja posição do indivíduo perpetua de pai para filho, visto que ele somente pode casar-se com pessoas de seu grupo de convívio. Informações adquiridas em http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_de_casta s_da_%C3%8Dndia acessado no dia 09/10/06 às 21:46. 10 Informação retirada de http://www.sdlpciganos.rcts.pt/india.htm no dia 02/11/06 às 15:45. 11 Retirado exclusivamente de http://educaterra.terra.com.br/voltaire/atualid ade/2002/06/14/000.htm no dia 02/11/06. 12 Baseado em http://www.sergiosakall.com.br/asiatico/bangl adeche.html do dia 03/11/06 às 14:10. 13 Baseado em Lavoy, Peter R. “The Costs of Nuclear Weapons in South Asia”, Revista Eletrônica da USIA, Setembro de 1999, disponível em: http://www.fas.org/news/india/1999/pj29lavo. htm com acesso no dia 15/06/06 às 15:40 e http://www.kashmirinformation.com/WhitePaper/economics.html acessado no dia 15/06/06 às 16:50. 14 Baseado em Lavoy, Peter R. “The Costs of Nuclear Weapons in South Asia”, Revista Eletrônica da USIA, Setembro de 1999, disponível em: http://www.fas.org/news/india/1999/pj29lavo. htm com acesso no dia 15/06/06 às 15:40 15 Informação retirada de em Lavoy, Peter R. “The Costs of Nuclear Weapons in South Asia”, Revista Eletrônica da USIA, Setembro de 1999, disponível em: http://www.fas.org/news/india/1999/pj29lavo. htm com acesso no dia 03/11/06 às 12:50. 16 Informações obtidas em http://www.portalbrasil.net/asia_paquistao.ht m acessado em 09/10/06 às 14:30. 17 Informação retirada de http://www.cia.gov/cia/publications/factbook/g eos/pk.html e de https://www.cia.gov/cia/publications/factbook/ geos/in.html às 13:10 do dia 08/10/06 às 18:30. 18 Retirado de Lavoy, Peter R. “The Costs of Nuclear Weapons in South Asia”, Revista Eletrônica da USIA, Setembro de 1999, disponível em: http://www.fas.org/news/india/1999/pj29lavo. htm com acesso no dia 24/10/06 às 17:15. 19 Texto baseado em Lavoy, Peter R. “The Costs of Nuclear Weapons in South Asia”, Revista Eletrônica da USIA, Setembro de 1999, disponível em: http://www.fas.org/news/india/1999/pj29lavo. htm com acesso no dia 09/10/06 às 15:40. 20 Informações obtidas a partir de Khasmir: Confrontation and Miscalculation, ICG ÁSIA Report Nº35, 11 July 2002, de http://www.crisisgroup.org/home/index.cfm?i d=4173&l=1 acessado no dia 20/06/06 às 17:20, Reducing Tension is Not Enough, The Center of Strategic and International Studie, The Washington Quartely, 2001, pg. 181193, de http://www.globalsecurity.org/military/world/w ar/kargil-99.htm acessado no dia 21/06/06 às 15:20, de Índia nos contextos regional e global de segurança: Uma visão preliminar. Disponível em: http://www.unb.br/irel/ibsa/docs/MarcoCarval ho.pdf acessado em 15/10/06 às 12:15, e de El Nuevo Despertar Doctrinario de las Fuerzas Armadas Índias, Military Review, Marzo- Abril, 2005, pg. 43-53. 21 Fonte: http://www.globalsecurity.org/military/world/w ar/images//krg3.gif 22 Informações retiradas de Índia nos contextos regional e global de segurança: Uma visão preliminar. Disponível em: http://www.unb.br/irel/ibsa/docs/MarcoCarval ho.pdf acessado em 15/10/06 às 12:15. 23 Reproduzido com base em http://www.globalsecurity.org/military/world/w ar/kargil-99.htm acessado no dia 21/06/06 às 15:20 24 Idem. 25 Baseado em El Nuevo Despertar Doctrinario de las Fuerzas Armadas Índias, Military Review, Marzo- Abril, 2005, pg. 4353. 16 26 Reproduzido de Khasmir: Confrontation and Miscalculation. ICG ÁSIA Report Nº35, 11 July 2002 27 Baseado em Khasmir: Confrontation and Miscalculation. ICG ÁSIA Report Nº35, 11 July 2002. 28 Informações obtidas em http://www.unb.br/irel/ibsa/docs/MarcoCarval ho.pdf acessado em 06/10/06 às 13:50 e em Frederiks, Marie “Pakistan – Socialism or Barbarism” , 2005, publicado em http://www.marxist.com/pakistan-socialismbarbarism140605.htm acessado em 06/10/06 às 15:40. 29 Retirado exclusivamente de “The Consequences of an Indo-Pakistani Nuclear War,” Robert T. Batcher, International Studies Review, 2004, Vol. 6, pp. 135-162, disponível em http://www.unb.br/irel/ibsa/docs/MarcoCarval ho.pdf acessado em 06/10/06 às 13:50. 30 Texto reproduzido a partir de Frederiks, Marie “Pakistan – Socialism or Barbarism” , 2005, publicado em http://www.marxist.com/pakistan-socialismbarbarism140605.htm acessado em 06/10/06 às 16:50. 31 Baseado em GELLER, Daniel S. – “Nuclear Weapons and the Indo-Pakistani conflict: Global implications of a regional power cycle” em International Political Review, vol 24, n° 1, 2003, pp 137-150, disponível em http://www.unb.br/irel/ibsa/docs/MarcoCarval ho.pdf acessado em 06/10/06 às 17:20. 17