A criança autista e o seu melhor amigo

Transcrição

A criança autista e o seu melhor amigo
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE MÉRTOLA
Escola E,B 2,3 ES\Escola S. Sebastião de Mértola
Curso Profissional de Técnico de Apoio Psicossocial- 3ºano
Disciplina de Psicopatologia Geral
Ano letivo 2013\14
Docente: Professora Céu Kemp
Realizado por: Ana Carrilho
 Estudos demonstram que os animais podem ajudar-nos com as
dificuldades da vida, trazendo suporte e melhora da nossa saúde e da
nossa própria auto-estima.
 Os animais tocam em quase todas as áreas das nossas vidas e invoca
diferentes sentimentos, dos quais o amor, a compaixão, a felicidade, o
ódio, o medo e a rejeição.
 Quando cuidamos de um animal, também aprendemos muitos
comportamentos diários, tais como a limpeza, arrumação, preparação
dos alimentos e responsabilidade.
 Os animais são poderosos aliados para pessoas com necessidades
especiais. Eles têm a capacidade de gerar mudanças no processo de
aprendizagem e desenvolvimento.
 A maior dificuldade nas várias terapias é estabelecer uma atmosfera
e uma sensação de intimidade, mas com animais de estimação – que
sempre receberam os seus cuidadores com um amor incondicional –
este processo torna-se muito mais fácil.
 Os animais podem se tornar os nossos melhores amigos, necessitando
da nossa proteção e ajuda.
 Eles têm também o poder de nos afetar.
 Domesticar um animal tem uma influência calmante nas crianças
autistas e ensina-as como comunicar com o ambiente
 Em certos casos, os animais também servem de quebra-gelo, eles
neutralizam os mecanismos de defesa da criança e proporcionam um
contacto mais focalizado.
 Na presença dos animais, os terapeutas conseguem construir uma
verdadeira e íntima relação com as crianças e assim começar um
intervenção terapêutica.
 Fortalecer laços sociais;
 Habilitar a criança a obter um maior conhecimento dela mesma e do
ambiente que a rodeia;
 Aprender como tratar animais e pessoas com sensibilidade;
 Desenvolver uma maior autoestima.
 Nasceu em Janeiro 2001, da parceria entre a APCL e a Sociedade
Hípica Portuguesa (S.H.P.).
 O Centro de Equitação funciona de 2ª feira a 6ª feira das 9:00 às
19:00, atendendo cavaleiros em regime individual ou em grupo,
estando as sessões de grupo mais orientadas para instituições.
 As sessões individuais, regra geral, são de 30 minutos. No entanto,
existem algumas situações em que podem ser de 1 hora. Tanto o
tempo de sessão como a periodicidade semanal são sempre
ponderados com a equipa técnica deste Centro, na reunião de
avaliação.
 Além das diversas valências da Equitação com Fins Terapêuticos, este
Centro de Equitação pode prestar apoio a utentes externos ao
projeto, através de:
- Avaliação e Aconselhamento Técnico no picadeiro onde o cavaleiro se
encontra integrado;
- Avaliação e Aconselhamento Técnico na APCL, para posterior
encaminhamento;
 A terapia com animais mais conhecida é a que utiliza os cavalos como
meio terapêutico.
 A esta terapia específica designamos de Hipoterapia.
 A Hipoterapia tem como principais objetivos:
- Melhoria na mobilidade articular, no equilíbrio e na coordenação;
- Normalização do tónus muscular;
- Aumento da tonificação muscular;
- Aumento da autoconfiança através do desenvolvimento da autoestima;
- Melhorias na aprendizagem, concentração e orientação espacial;
- Motivação para definir e atingir objetivos.
 O seu andamento a passo produz cerca de 60 a 75 movimentos
tridimensionais por minuto, equivalentes aos da marcha humana
neurofisiologicamente normal;
- A fisionomia do seu dorso proporciona um correto posicionamento
sentado;
- Proporciona ao Sistema Nervoso Central um grande aporte de
estímulos sensoriais;
 Características estas que, juntamente com o ambiente onde esta
atividade se desenvolve, o tornam um agente:
- facilitador, capaz de alterar a resposta do Sistema Nervoso Central,
facilitando padrões de postura e movimento mais normalizastes.
- promotor de vivências fundamentais para o desenvolvimento de
competências Motoras, Cognitivas, Comunicativas e Psicossociais;
 Nesta abordagem terapêutica o enquadramento nas diferentes
valências é realizado tendo em conta os objetivos terapêuticos de
cada cavaleiro e a influência que o mesmo tem sobre o cavalo.
 Na Equitação com fins Terapêuticos existem duas valências:
 Hipoterapia;
Quando os objetivos são neuro motores, específicos e prioritários no
processo de reabilitação do indivíduo.
É uma abordagem de orientação clínica que é conduzida por profissionais
de saúde com o apoio de Equitadores e de cavalos treinados para o efeito.
O objetivo é retirar contributos de reabilitação através do movimento do
cavalo e não o ensino equestre.
 Equitação Terapêutica
Quando os objetivos são psicomotores, mais direcionados para
necessidades especificas na área educacional, psicológica ou cognitiva.
Aqui podem ser contemplados progressos no ensino de montar a cavalo.
O técnico responsável é o Terapeuta ou o Equitador em estreita parceria
com todos os intervenientes no processo de reabilitação (educadores,
psicólogos e terapeutas) no sentido da definição de objetivos
terapêuticos.
 Durante as diferentes transições da marcha, a criança deve realizar
ajustes subtis do tronco para manter uma posição estável.
 Os efeitos do movimento sobre o controle postural, planeamento
motor e sistemas sensorial e motor pode ser usado para facilitar a
coordenação, a aquisição de respostas, controle respiratório,
integração sensorial e capacidades de atenção.
 Os cavalos utilizados no tratamento devem obedecer a critérios
específicos de seleção de qualidade, temperamento e formação.
 Mesmo quando um cavalo ideal é utilizado, a qualidade do tratamento
e os resultados estão baseados na formação especializada do
terapeuta, a sua experiência clínica e perícia, e a boa integração da
utilização do cavalo num abrangente programa de tratamento.
 O terapeuta ocupacional, com uma especialização em Hipoterapia, é
capaz de combinar os efeitos do movimento do cavalo com outras
estratégias de intervenção para trabalhar o controle motor fino,
integração sensorial, capacidade de alimentação, capacidades de
atenção e capacidades funcionais da vida diária de uma maneira
progressivamente desafiadora.
 O menino Fraser Booth é autista. Ele tem 4 anos e mora no Reino
Unido. Desde que a sua família adotou o gatinho Billy, o garoto tem
convivido melhor com sua doença.
 "Indivíduos com problemas de comunicação podem se beneficiar da
terapia com gatos, uma vez que esses animais tendem a respeitar os
limites de interação apresentados por tais pacientes", nos diz Filipa,
mãe de autista e editora do blog Viver no meio de dois mundos
 Além disso, uma recente pesquisa científica mostrou que animais de
estimação podem melhorar o comportamento de crianças autistas.
 O estudo foi realizado na França, com a participação do Hospital de
Brest, e publicado no periódico PLos One.
 Conclusão: Crianças autistas que convivem com animais a partir dos 5
anos ficam mais sociáveis do que aquelas que não têm nenhum bicho.
Visita o link e lê a história emocionante contada pelo pai de Richard e o
seu gatinho Clover.
Richard é autista, hoje tem 19 anos e está na faculdade:
http://vivernomeiodedoismundos.blogspot.com.br/2012/01/historia-realde-um-menino-autista-e.html
"Os gatos são como eu. Eles olham para tudo e pensam a respeito
enquanto todo mundo acha que eles não estão prestando atenção e eles só
falam quando têm algo a dizer" (Richard)
 Cães ajudam crianças autistas
 Noticia de: 2013-02-17- Jornal de Noticias
 A associação Cães Amigos trouxe a Portugal o psicólogo e
investigador Dr. Aubrey Fine, para falar a pais e educadores dos
benefícios dos cães nas terapias com crianças portadoras de
disfunções físicas, como autismo ou paralisia cerebral.
 A terapia tem vindo a surpreender pela positiva.
 Os animais não interagem connosco pelos nossos comandos verbais, é
mais pela nossa postura corporal, pelo aquilo que nós dizemos sem
falar, apenas com a postura.
 É por isso que os animais se entendem bem com os autistas, com
pessoas com alzheimer.
 A associação procura respostas alternativas às respostas
convencionais que existem porque de facto tem resultados. Os
animais são grandes potenciadores de atenção e de facto ajuda as
crianças autistas no dia a dia.
 A associação Cães Amigos tem como primeiro passo nesta terapia
observar se a criança se adapta ao animal.
 “Quando fazemos festas a um cão ou a um gato, sentimo-nos bem, mas
não nos apercebemos que a nossa pressão sanguínea baixa quando os
acarinhamos. Temos hormonas de stress chamadas cortisol e os
investigadores afirmam que quando interagimos com os animais
domésticos os níveis de stress diminuem bem como os do animal.”
 “Novas pesquisas mostram que neurotransmissores como a oxitocina
aumentam… se pensarmos nesta como a hormona do amor, quando
interagimos com o animal sentimo-nos bem mas porque a oxitocina
está a mudar portanto há imensas vantagens fisiológicas”
Afirma o Dr. Aubrey Fine.
 Com a realização deste trabalho tive o conhecimento de que existem
terapias com animais para ajudar crianças autistas a trabalharem o
movimento do corpo e a sua auto estima;
 É importante saber que no nosso país existe a terapia Hipoterapia,
que acontece no Centro de Equitação da Associação de Paralisia
Cerebral de Lisboa em parceria entre a APCL e a Sociedade Hípica
Portuguesa (S.H.P.) entre as 9:00h e as 19:00 com duração de 30
minutos mas em alguns casos pode mesmo durar 1 hora.
 Os psicólogos afirmam que a terapia com cães e a ajuda de um animal
de estimação (por exemplo o gato) ajudam também na recuperação
destas crianças.

Reportagem do Jornal de Noticias sobre a terapia com cães:
http://www.jn.pt/multimedia/video.aspx?content_id=3057216

Informações retiradas de:
http://lili-gata.blogspot.pt/2012/06/o-gatinho-e-o-menino-autista.html
http://www.apcl.org.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=22
&Itemid=68