Caderno de Imprensa

Transcrição

Caderno de Imprensa
108ª Produção | Temporada Artística 2007|2008 | M|6
|Integrada nas Comemorações dos 500 Anos da Cidade do Funchal
|120º Aniversário Aniversário do Teatro Municipal Baltazar Dias
A NOSSA CIDADE
Thornton Wilder
Dramaturgo | Thornton Wilder
Encenação | Élvio Camacho
Figurinos | André Correia
Cenografia | Ruben Freitas
Elenco|Personagens:
Ana Graça|Júlia Lemos
António Ferreira|Gaspar Teixeira
António Plácido|Carlos Pestana
Dina de Vasconcelos|Virgínia da Paixão
Duarte Rodrigues|Samuel Carvalhal
Eduardo Luíz|Director de Cena
Élvio Camacho|Jorge Lemos
Ester Vieira|Maria Pestana
Luís Melim|David Gouveia
Margarida Gonçalves|Directora de Cena
Norberto Ferreira|Franquinho Freitas
Nuno Morna|Pedro Lemos
Paula Erra|Emília Pestana
Sílvia Marta|Clara Angústias
Sónia Carvalho|Rebeca Lemos
Zé Ferreira|Almeida Dias
e as crianças:
Ana Rita Ramos|Criança
Guilherme Monteiro|Criança
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Elenco Convidado do GMT Oficina Versus*|Personagens:
Filipe Silva|Luis da Paixão
Célia do Carmo|Marcelina Henriques
Paula Silva|Ernestina da Paixão
*Actores do Grupo de Mímica e Teatro Oficina Versus / Divisão de Arte e
Criatividade – DREER/SREC
Elenco Convidado do EPF*|Personagens:
Emídio Andrade|Alfredo Dias
João Clemente Sousa|Noronha Campos
Luís Nunes|Bruno Inácio
Luísa Faria|Ângela Silvério
Petra Padilla|Luísa Pereira
Sérgio Sousa|Gustávo Spínola
Yvonne Agidee|Marta Francisca
* Actores dos Núcleos de Teatro do Estabelecimento Prisional do Funchal:
Experimentar Sentir e Os Trapalhões
Alunos Convidados do CEPAM*|Personagens:
Filipe Luz|João Braz e Simão Braz
Mário Rodrigues|Francisco Pestana
* Formandos do Curso de Teatro/Interpretação, Conservatório, Escola Profissional
das Artes da Madeira, Eng.º Luíz Peter Clode
Tradução Base: Maria Luzia Martins
Assistente de Encenação: Paula Erra
Dramaturgia e Versão Cénica*: Élvio Camacho
Direcção de Cena e Contra-Regra: Avelina Macedo e Cristina Loja
Adereços de Cena: Ruben Freitas
Adereços de Actor e Caracterização: André Correia
Design Gráfico: Dupla DP|Novos Conceitos de Comunicação e Publicidade, Lda.
Desenho de Luz: Teatro Municipal Baltazar Dias
Apoio ao Desenho de Luz: Eduardo Luíz
Imagens de Vídeo do Epílogo**, gentilmente cedidas por: Rui Martins
Realização e Montagem de Vídeo do Epílogo: António Plácido | RTP Madeira
Mestra de Coordenação e Execução de Figurinos: Ilda Gonçalves
Execução de Figurinos: Serviço de Costura e Lavandaria / DREER: Clarinda
Martins, Ivone Berimbau e Fernanda Assunção
Ajudante de Costura: Conceição Franco
Supervisão de Execução de Figurinos na DREER: Duarte Rodrigues
Sonoplastia e Montagem de Som: Henrique Vieira e Élvio Camacho
Operação de Som: Avelina Macedo
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Luminoplastas, Montagem e Operação de Luz: Teatro Municipal Baltazar Dias
Frente de Casa e Bilheteira: Teatro Municipal Baltazar Dias
Maquinistas: Teatro Municipal Baltazar Dias
Carpintaria: Estabelecimento Prisional do Funchal
Diapositivos***, gentilmente cedidos por: Abel Zeferino e Dina Correia
Fotocópias de Textos de Ensaios: Junta de Freguesia de Santa Maria Maior
Operação de Diapositivos: Cristina Loja
Montagem de Diapositivos, Voz e Texto do Epílogo****: Élvio Camacho
TEF| Sector para a Infância e Juventude: Magda Paixão e Ana Graça| Produção Executiva:
Patrícia Perneta| Guarda-Roupa e Direcção de Cena: Cristina Loja e Avelina Macedo|
Manutenção do Cine-Teatro e Sede: Maria José| Café dos Artistas: Avelina Macedo e Cristina
Loja | Teatroteca Fernando Augusto: Élvio Camacho| Bastidor: Margarida Gonçalves, Eduardo
Luíz e Henrique Vieira| Direcção Artística: Eduardo Luíz e Élvio Camacho
Este espectáculo contém trechos musicais de:
- Xerxes, por Georg F. Haendel, a ária Ombra Mai Fu (conhecida como Largo), interpretada pelo contratenor Andreas Scholl, acompanhado pela Akademie für Alte Musik Berlin (1999);
- Lohengrin, por Richard Wagner, a Marcha Nupcial, na versão do solista Karen Torkelson Solgård, retirada
do álbum Norse Fiddle At the Wedding (2005) e na versão do agrupamento Kalliope Music Box (with bells),
retirada do álbum Antique Music Box Collection, Vol. X (2007);
- Piano Concertos, por Joseph Haydn, o Meio - Concerto in G – Adágio, retirado do álbum Haydn Piano
Concertos, interpretado por Emanuel Ax e pela Franz Liszt Chamber Orchestra numa edição da Sony BMG
Music Entertainment (1993);
- Sonho de uma Noite de Verão, por Félix Mendelssohn Bartholdy, a Marcha Nupcial - Op. 61, Allegro Vivace,
executada pela Orquestra Sinfónica de la Rádio de Baviera, dirigida por Leonard Bernstein, numa edição da
Deutsche Grammophon (1965);
- Blessed Be the Tie That Binds, hino de Hans G. Nägeli e Lowell Mason (arranjos), 1845, com letra de John
Fawcett, 1782, na versão cantada e interpretada por The Festival Choir and Hosanna Chorus, retirada do
álbum 100 Church Classics, numa edição da Madacy Christian (2004) e na versão musical (violino),
interpretada por Anthony VanPelt, retirada do álbum The Hymn Collection, Vol. I, numa edição do autor
(2003);
- Love Divine, All Love Excelling, hino de Jhon Stainer, 1879, com letra de Charles Wesley 1747, nas versões
cantadas e interpretadas por City of London Sinfonia Brass, John Rutter & The Cambridge Singers e por Choir
Of King's College, Cambridge, Richard Farnes & Stephen Cleobury, retiradas, respectivamente, do álbum
Sing, Ye Heavens - Hymns for All Time e The World of Favourite Hymns, editadas, respectivamente por
Collegium Records (2000) e Decca Group Music Limited (1986);
- Love Divine, All Love Excelling, parte do hino na versão musical de Maddy Prior & The Carnival Band, do
álbum Paradise Found, editado pela Park Records (2007).
*A versão cénica deste espectáculo foi alvo duma intervenção dramatúrgica (adaptação e revisão da
tradução) para o TEF|Companhia de Teatro, no contexto das Comemorações dos 500 Anos da Cidade do
Funchal, a partir da peça original Our Town, de Thornton Wilder, publicada na colecção Penguin Classics,
numa reedição da Penguin Group do ano 2000, confrontada com a versão de palco utilizada pelo Teatro
Estúdio de Lisboa em 1968 (uma tradução de Luzia Maria Martins, gentilmente cedida a Élvio Camacho por
Glícinia Quartim em 1994). Na fase de ensaios o elenco deu o seu contributo para a versão final que é agora
apresentada. Foram também consultadas diversas obras sobre o Funchal e a Madeira, que contribuíram
para o espectáculo e conteúdos deste programa, merecedoras do nosso agradecimento e cujas
referências bibliográficas poderão ser consultadas a partir de Maio de 2008 no sítio do TEF | www.tef.pt |.
**http://www.stage6.com/MADEIRA-HD---HIGH-DEFINITION
***http://members.netmadeira.com/abelzeferino/Fotos_antigas/Funchal_Antingo.htm
****Com duas paráfrases de, respectivamente, Fernando Pessoa e Armando Nascimento Rosa.
Sinopse
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A Nossa Cidade, de Thornton Wilder, conta-nos a história duma pequena
cidade, que, neste espectáculo, pode muito bem ser o Funchal no dealbar do
século XX. O dia-a-dia da cidade desfila diante dos nossos olhos conduzido pela
narração de dois dos seus moradores, anfitriões da folia que celebra o milagre
do Funchal, também directores-de-cena do espectáculo, que, pouco a pouco,
nos vão dando conta da vida de alguns dos seus habitantes.
Pequenos dramas, tons de comédia, namoros, intrigas, o descascar das
ervilhas, o leiteiro que entrega o leite, os jovens que namoram, os primeiros
sintomas de reumatismo, os segundos sintomas de reumatismo, os (milhões de)
anos que passam, o comboio que parte para o Monte, um dragoeiro... o tempo
como condutor da festa da vida e da morte a entrar silenciosamente pelo palco
com uma simplicidade desarmante…
Apontamento sobre o Autor
«Molière disse que: para o teatro só necessitamos dum estrado e uma ou duas paixões.
O clímax desta peça [A Nossa Cidade] precisa apenas de meio metro quadrado de palco e a
paixão por querermos saber o significado da vida.»*
Thornton Wilder
Thornton Wilder (1897|1975) Autor de grande talento e prolífica actividade,
nascido em Madison, capital de Wisconsi, EUA. É detentor de três Prémios Pullitzer,
sendo as suas obras de larga aceitação popular e aplaudidas tanto no teatro
como no cinema. A sua peça A Nossa Cidade foi a primeira de grande
dimensão a ser produzida na Broadway e ganhou um Prémio Pullitzer. Wilder, ele
mesmo, representou o papel de director-de-cena em algumas produções.
Delicie-se a ler A Ponte de São Luis Rei, um dos seus romances mais conhecidos,
recentemente alvo duma adaptação para cinema realizada pela irlandesa
Mary McGukian (grande vencedor do 1º Festival Internacional de Cinema do
Funchal) e que só existe em livro, difícil de encontrar, numa tradução portuguesa
feita pelo nosso irmão Brasil. Conversations With Thornton Wilder, editado em 1992
pela University Press of Mississippi, (disponível, no Funchal, na Teatroteca Fernando
Augusto) merece a nossa atenção por ser uma recolha de entrevistas dadas e
artigos feitos do dramaturgo que nos mostram um homem muito à frente do seu
tempo de vida..., mas é saber mais noutras preciosidades de Wilder lendo, por
exemplo, a terna e quase rara tradução (para português das obras de Wilder) de
Luíz Francisco Rebello da peça em um acto A Longa Ceia de Natal ou, também
pela mão do nosso irmão Brasil, A Pele dos Nossos Dentes e em muitas mais obras
à espera dum palco e duma tradução portuguesa que as partilhe. Bom, mais
informações em |www.thorntonwildersociety.org|.
*WILDER, Thornton, Thornton Wilder, Our Town and Other Plays, Penguin Classics, England, 2000, p.12.
A Nossa Cidade com os Nossos Artistas
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Comemorar os 500 anos da elevação do Funchal a Cidade é um projecto
mobilizador de vontades e inteligências. É uma forma de reflectir sobre a cidade
e compreender melhor a vida das suas gentes, contribuindo para a sua
progressiva transformação, num local cada vez melhor para as pessoas nela
viverem e serem felizes. É interessar os cidadãos nas actividades que promove,
alimentar a sua curiosidade, incentivar o seu saber, abrir novas perspectivas
económicas e integrar as actividades que desenvolve nos seus hábitos
quotidianos.
As Comemorações do 5º Centenário da Cidade do Funchal, são motivo
para a realização de acontecimentos culturais, desportivos, musicais, literários,
entre muitos outros, desde que visem reanimar espaços relacionados com a sua
história e também, alargar o seu âmbito e promover acções que os integrem na
vivência contemporânea. Queremos lembrar a história da cidade sem esquecer
que o importante é o presente e que a relevância destas comemorações
ultrapassa a própria cidade, pois sendo o centro de uma Região, é a própria
Região que se comemora no meio milénio da sua capital, como cidade.
Integrar nas comemorações a temporada artística do TEF é uma forma de
chamar a atenção para a necessidade de valorizarmos os nossos artistas
reconhecendo-lhes a capacidade de mobilizar a população para as artes. Por
tudo isto, e porque o TEF | Companhia de Teatro nasceu no seio dos serviços
culturais da Câmara Municipal do Funchal, faz sentido estar ao seu lado em mais
uma das suas brilhantes iniciativas.
Presidente da Funchal 500 Anos, E. M. | Pedro Calado
Só depois dum Intervalo... Açucaroso Funchal
«EMÍLIA: Eles não compreendem, pois não?
SRA. LEMOS: Não, querida. Eles não compreendem…»*
O Tempo é a personagem principal deste espectáculo e porque a vida
passa depressa, como nos lembra Emília no III Acto, propomo-vos esta viagem
imaginária à nossa cidade. Para nós, a celebração dos 500 Anos da Cidade do
Funchal é, tão só, este arrepiante convite a que compreendamos o sentido da
vida e o mistério da nossa existência, que nos passa ao lado, em acontecimentos
menores. Só depois dum intervalo lancinante (tantas vezes a morte) nos damos
conta do essencial e talvez por isso a maior das banalidades quotidianas nos
pode tocar até às lágrimas. Uma das cenas mais comoventes, acontece no
cemitério, quando os moradores antigos, já mortos, aguardam a chegada de
mais um ser da cidade. À época em que foi escrita (1938) a peça constituiu uma
grande novidade sobretudo pelo texto didascálico dispensar qualquer versão
cénica ilusionista. As casas, as ruas e o cemitério ocupam lugar no espaço sem
que seja necessária qualquer referência realista. A narrativa supera todas as
necessidades. Para Thornton Wilder o espectador é um detective. Os actores
lançam as pistas, cabe ao espectador investigá-las. O palco é aberto. Um teatro
que se transforma na mente do espectador sem ilusões. Influência do teatro
oriental, confessou o autor. O texto releva o lado humano e carente das pessoas.
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A versão cénica que agora se apresenta não pretende ser uma
reconstituição da vida no Funchal no inicio do séc. XX. Há, naturalmente, uma
aproximação, um diálogo e encontro, nos dois sentidos, de alguns elementos da
época no Funchal com os do texto original, mas não se mexeu no que seria uma
contextualização forçada, pelo que o que é universal, na peça em livro, cá ficou
correndo o risco de se mostrar como anacrónico. Não temos pudores que nos
demovam de motivar o nosso espectáculo com propostas actuais, mas também
não temos pudores de ser motivados pelo texto, aliás, razão pela qual os
clássicos são clássicos. Estudámos preciosos trabalhos de historiadores e
arqueólogos que nos legam, estudando o passado, algumas possíveis
explicações da razão de sermos o que somos hoje. Porém, é do que somos hoje
que partimos para a concretude cénica e não o contrário.
A Nossa Cidade é um clássico, continuamente levado à cena por todo o
mundo, porque nos interpela, de forma inquietante (desde a rotina das nossas
acções ao grito de revolta de Emília contra a morte) sobre os elementos do
universal e eterno que existem na vida diária. Porque é que os provocadores
Directores de Cena quase nos rebentam nesta passagem: «Todos sabemos que
existe algo de eterno; não são as casas, nem os nomes, nem a terra, nem o mar,
nem mesmo as estrelas... Todos sentimos que há algo de eterno – e que diz
respeito aos seres humanos...»?
Uma palavra de autêntica e absoluta gratidão para toda a equipa deste
espectáculo (mais de 50 magníficos artistas e técnicos | 31 no palco) com as
nossas, rendidas, boas-vindas aos elencos convidados do GMT Oficina Versus e
Núcleos de Teatro do Estabelecimento Prisional do Funchal (EPF) Experimentar
Sentir e Os Trapalhões, ao Nuno Morna, da Com.Tema, aos alunos do Curso de
Teatro do Conservatório, Escola das Artes da Madeira e às crianças Ana Rita
Ramos e Guilherme Monteiro; a participação dos mesmos fala por si, muito nos
enriquece e toca.
O nosso louvor ao Prof. Virgílio Pereira, ao Dr. Pedro Calado e à Dra. Ana
Amaro, da Funchal 500 Anos (e neles a toda a equipa das comemorações) que
abraçaram este projecto há 4 anos atrás.
Permitam-nos, todavia, que dediquemos este espectáculo ao Dr. Fernando
Santos, Director do EPF, que, há mais de 11 anos, foi pioneiro em Portugal no
acolhimento do projecto Educação Dramática, desde então implementado e
desenvolvido sistematicamente no EPF e seguido por esse país fora noutros
estabelecimentos prisionais...
O Funchal germina muito mais do que imaginamos. É uma força telúrica e
vulcânica que não se explica...
Tu, público, és a festa, desta cidade, tu és o fogo de artifício desta cidade,
tu és a alma desta cidade, tu és esta cidade, tu és a porta para o mundo, tu és
o vulcão que não se extingue, tu és o rebuçado de funcho, tu és o esplêndido,
brilhante, magnífico, admirável, fenomenal, espantoso, afectuoso, açucaroso...
Funchal. Por tudo isto, continuaremos, entre a rocha dura, a lavrar a terra para
semear, com o teatro, o orgulho de sermos açucarosos Funchalenses.
*WILDER, Thornton, Thornton Wilder, A Nossa Cidade, trad.: Maria Luzia Martins, Teatro Estúdio de Lisboa,1967.
TEF | Élvio Camacho
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33 anos a Celebrar o Teatro, entre 500 Anos do Funchal e
120 do Teatro Municipal Baltazar Dias
O Teatro Experimental do Funchal (TEF) é uma Associação Cultural sem
fins lucrativos de Utilidade Pública que tem vindo a concretizar, testemunhar e
habitar o fenómeno do desenvolvimento do teatro na Região Autónoma da
Madeira (RAM). Tentamos celebrar o teatro, dia-a-dia, ano após ano,
preparando novos espectáculos com entusiasmo crescente.
Surgimos, em 1975, neste “músculo da nossa alma” que é o Teatro
Municipal Baltazar Dias (TMBD), como Grupo Experimental de Teatro do Funchal,
nos Serviços Culturais da Câmara Municipal do Funchal (CMF), por iniciativa do,
então, Chefe de Serviços da Comissão de Actividades Culturais do TMBD, Sr.
Fernando Nascimento, sendo Presidente da CMF, à época, o Professor Virgílio
Pereira. Duas pessoas fulcrais no primeiro passo para a criação, como entidade
particular, do TEF, inicialmente, em 1984, como Cooperativa e desde 2006 como
Associação.
Nesta Temporada Artística, 2007|2008, todos os espectáculos previstos
estão integrados nas Comemorações dos 500 anos da Cidade do Funchal e
estamos certos de que este facto é um motivo de orgulho para a cidade,
adequando-se ao lema das festividades: Funchal, Uma Porta para o Mundo.
Desde que nascemos, apagámos a luz da sala para partilharmos, com
mais de 650 mil espectadores, mais de 50 animações teatrais e 107 espectáculos
(46 para infância e juventude, 9 itinerantes, 52 para o público em geral) de 59
autores; 18 estrangeiros, 41 portugueses, 9 dos quais nascidos na Madeira.
O TEF tem sido apoiado, com regularidade (a partir de 1984) pelo
Governo Regional da RAM, através da Secretaria Regional de Turismo e Cultura,
desde 2007, Secretaria Regional de Educação e Cultura (SREC), Direcção
Regional dos Assuntos Culturais, Direcção Regional de Educação e Direcção
Regional de Administração Educativa, contando, também, com a colaboração
de várias entidades, públicas e privadas, nomeadamente, da CMF, pelo seu
Departamento de Cultura e do Instituto Nacional de Aproveitamento dos Tempos
Livres|Delegação Nacional e da Madeira. A confiança destas instituições, do
nosso público e dos nossos, inestimáveis, mecenas merece o nosso aplauso.
Há, excepcionalmente mais vida quando se faz e quando se vê teatro...
Experimente o teatro na RAM, de todas as companhias, grupos, associações,
colectividades e tendências. Descubra mais sobre o TEF | Companhia de Teatro,
sobre a nossa história de espectáculos, animações teatrais, sobre a Teatroteca
Fernando Augusto e o Café dos Artistas em|www.tef.pt |.
Pela nossa parte há teatro na Madeira e, de mãos dadas com a nossa
cidade, o TEF|Companhia de Teatro continuará a contribuir para tal. Venha ao
Teatro. Grite parabéns aos 500 anos da sua cidade e aos 120 do Teatro Municipal
Baltazar Dias. Saia de Casa!
TEF|Companhia de Teatro
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Inclusão pela Arte na OFICINA VERSUS
O Teatro, surgiu na Direcção Regional de Educação Especial e
Reabilitação (DREER), em 1989, com o Projecto Oficina Versus, proporcionando
às pessoas com Necessidades Especiais, (vulgarmente apelidadas de “Pessoas
com Deficiência”), a prática de diferentes expressões artísticas e a Inclusão
sóciocultural.
O GRUPO DE MÍMICA E TEATRO Oficina Versus, surgiu no contexto deste
Projecto, e apresenta duas a três produções anuais, no âmbito do Teatro.
Foi no TEF, em Novembro de 2001, que o GMT Oficina Versus inaugurou,
pela 1ª vez, o conceito de INCLUSÃO PELA ARTE, com a Estreia de “A Canção de
Realejo”, de Ester Vieira, em cujo elenco foram incluídos 7 actores deste grupo.
Nas produções seguintes o Grupo adoptou, de imediato, o formato Inclusivo,
assumindo na sua constituição, pessoas com e sem deficiência.
Hoje, o objectivo do GMT Oficina Versus, foca-se no seu crescimento
técnico e artístico, no intercâmbio cultural, na visibilidade eficaz da sua oferta
cultural e na conquista de uma nova e mais consciente atitude por parte do
público.
O nosso mais profundo agradecimento, a todos os que, connosco,
colaboram neste processo.
DREER|Divisão de Arte e Criatividade|Ester Vieira
Experimentar Sentir a Mudança de se SER
No Estabelecimento Prisional do Funchal (EPF), a actividade Educação
Dramática assume um papel de grande importância para a população reclusa,
atendendo ao seu carácter informativo, pedagógico-cultural, educacional,
social, ocupacional, artístico e, acima de tudo, terapêutico. É neste contexto
que, em Setembro de 1996, nasce o Grupo de Teatro do EPF Experimentar Sentir
e, em Setembro de 2006, o Grupo de Teatro da Regional Os Trapalhões.
Com o Teatro, desenvolve-se um trabalho essencialmente humano e
artístico, cujo principal objectivo é formar pessoas confiantes, com consciência
das suas capacidades e limitações, com auto-estima, segurança e valorização
pessoal. Pessoas capazes de trabalhar individualmente e em grupo, sabendo
respeitar-se a si próprias e ao outro. Pretende-se, também, criar um espaço físico
e espiritual de libertação interior, no qual todos os elementos se sintam bem... se
sintam pessoas.
O Teatro, ao possuir a capacidade de operar mudanças nos indivíduos
que o praticam, ganha um lugar primordial no Estabelecimento Prisional do
Funchal, constituindo um caminho para uma consciência mais profunda de nós,
enquanto seres humanos, possibilitando, assim, uma reestruturação do Ser.
EPF|Paula Erra
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CALENDARIZAÇÃO
DE 11 A 30 DE MARÇO DE 2008
TEATRO MUNICIPAL BALTAZAR DIAS
TERÇAS A SÁBADOS ÀS 21H30
DOMINGOS ÀS: 18H00
(EXCEPTO DIAS 21 E 23 DE MARÇO 2008)
PÚBLICO EM GERAL | M|6
DURAÇÃO DO ESPECTÁCULO: 120 MINUTOS COM INTERVALO DE 10 ENTRE O II E III
ACTO
PREÇÁRIO BILHETEIRA 2008
ESCOLAS E INSTITUIÇÕES
(MEDIANTE MARCAÇÃO PRÉVIA)
2,70 €
- MAIORES DE 65 ANOS (INCLUSIVÉ)
- ESTUDANTES E PROFESSORES
- GRUPOS SUPERIORES A 10 PESSOAS
- PARCERIAS COM O TEF
3,50 €
PÚBLICO EM GERAL
7,50 €
CONTACTOS E RESERVAS
TEF: TELEFONE: 291226747; TELEMÓVEL: 913035458 (DAS 14H00 ÀS 18H00)
CORREIO ELECTRÓNICO: [email protected]
BILHETES À VENDA NO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DA BILHETEIRA DO TEATRO
MUNICIPAL DIAS
MAIS INFORMAÇÕES EM:
www.tef.pt
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