Brasil PRESBITERIANO

Transcrição

Brasil PRESBITERIANO
Brasil
PRES­BI­TE­RIA­NO
Março de 2007
Órgão Oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil
Rede
Presbiteriana
de Comunicação
Ano 50 / Nº 630 - R$ 1,80
Acervo da Escola Naval da Marinha Brasileira
Primeiro culto protestante nas Américas há 450 anos
Reformados franceses foram
os responsáveis também pela
realização da primeira Santa
Ceia no Novo Mundo
Escola Naval na Ilha de
Villegagnon, Rio de Janeiro, onde,
em 1557, foram realizados o
primeiro culto e a primeira Santa
Ceia protestantes no Brasil
Páginas 18 e 19
Artur Mendes
Divulgação
Divulgação
Novos rumos da Rede Presbiteriana
de Comunicação
Timor Leste conta com trabalho
presbiteriano
Presbiterianos ajudam pessoas
com necessidades especiais
Páginas 10 e 11
Página 14
Página 8
Brasil PRESBITERIANO
Março de 2007
Seu recado
Opinião
Comissão Executiva do Supremo Concílio 2007:
momento de reflexão para preservação da paz
Marcos J. A. Lins
P
ela graça de Deus, reúnese neste mês de março a
Comissão Executiva do
Supremo Concílio da Igreja
Presbiteriana do Brasil. Desta
vez, convocada para reunirse nas dependências da Igreja
Presbiteriana Nacional, em
Brasília (DF).
Temos firme esperança de
que prevaleça a comunhão fraternal entre todos os líderes
presbiterianos que participarão dessa reunião. Cremos que
o apóstolo Paulo, quando se
dirigiu aos crentes na carta
aos Romanos 1.8-17, ensinou
caminhos por meio dos quais
pode ser desenvolvida a comunhão fraternal na família da
fé.
O apóstolo inicialmente afirma que rende graças a Deus
porque a fé daqueles irmãos
era proclamada em todo o
mundo. Depois, toma Deus
como testemunha de suas orações por todos eles. É enfático.
Diz que orava “incessantemente” por eles, que suplicava pela
oportunidade de visitá-los “em
todas as suas orações”.
Temos certeza de que os
membros da CE-SC da IPB,
convictos de suas responsabilidades, estão também “inces-
santemente” orando a Deus
para que essa reunião seja uma
bênção para nossa igreja; que
todos estejam prontos para
atuar como pacificadores/promotores da paz, buscando a
união da igreja; que o amor
fraternal e nossa fidelidade a
Cristo sejam firmes propósitos
nos corações. Insistimos com
todos os presbiterianos para
que oremos por esse importante momento na história da
IPB.
A CE-SC da IPB é responsável pela tomada de decisões
desafiadoras quanto à prática
de nossa fraternidade cristã e
prova do nosso amor à igreja, ensejando oportunidades de
compartilhamento de experiências de vida cristã para fortalecimento espiritual do corpo
de Cristo.
O apóstolo Paulo revela seu
desejo de repartir com os crentes aos quais escrevia algum
“dom espiritual” para que,
naquela santa comunhão, diz o
apóstolo: “reciprocamente nos
confortemos por intermédio da
fé mútua, vossa e minha”.
Uma reunião dessa natureza é uma rica oportunidade
de convivência entre irmãos,
momentos de apoio mútuo, de
crescimento de todos. Paulo
revela que chegou até a plane-
jar muitas vezes encontrar-se
com os irmãos, mas, certamente, foi “impedido”. Como
pensou Calvino, porque “o
Senhor envolveu o apóstolo
numa ocupação mais urgente”. Enfatiza, humildemente,
que queria conseguir entre eles
“algum fruto”. Que vamos à
reunião da CE-SC da IPB, com
humildade, com os objetivos de
ajudar à igreja no cumprimento de sua missão, de contribuir
para que reine a paz entre os
presbiterianos do Brasil e que
se disponha cada um a aprender com o outro, como Paulo
desejou, conseguindo “algum
fruto”, até “entre os outros
gentios”.
Há poucos dias um irmão me
escreveu com sabedoria: “A
verdadeira palavra de Deus: é
palavra de amor, é a palavra
que nos despe de preconceitos
nos fazendo olhar ao próximo
com igualdade”.
Enfim, como Paulo reconhece, somos devedores a todos.
Devemos amor, essa dívida
que é impagável, porque quanto mais amamos, mais devemos amar.
Marcos J. A. Lins é pastor da IPB,
presidente do Sínodo de Pernambuco
e do Instituto Presbiteriano Mackenzie
e conselheiro editorial da Rede
Presbiteriana de Comunicação
Foi com grande tristeza que
eu, como presbiteriano, li o artigo Ministério de louvor conduz a
igreja à adoração, publicado na
edição de fevereiro do jornal Brasil
Presbiteriano. O artigo demonstra
toda a influência que as igrejas
presbiterianas vêm sofrendo das
chamadas igrejas neo-pentecostais,
principalmente, dessas “comunidades de adoração”. Os termos
empregados pelo artigo expressam
bem essa influência: “ministério
de louvor”, “levitas” e “ministrar a
Palavra de Deus através do louvor”.
Em qual lugar do Novo Testamento
encontram os membros do grupo
de louvor referido na matéria base
bíblico-teológica de que a Palavra
Erramos
Na seção Aconteceu da edição
de fevereiro, na nota a respeito do
prêmio recebido pelo rev. Beijamin
Benedito Bernardes, esquecemos
de mencionar que ele é missionário
da APMT (Agência Presbiteriana
de Missões Transculturais) na
Missão Caiuá, em Dourados
(MS).
A Secretaria do Conselho
Deliberativo do IPM (Instituto
Presbiteriano Mackenzie) informa
que, nas páginas informativas sobre
o que mudou na IPB, publicadas na
edição de fevereiro, há um erro no
Conselho Deliberativo do instituto.
Os referidos rev. Juarez Marcondes
Filho, presb. Josimar Henrique da
Silva e presb. Damocles Perroni
Carvalho são, na verdade, respectivamente presidente, vice-presidente e secretário do Conselho
de Curadores do IPM. Os demais
membros desse conselho são os
reverendos Roberto Brasileiro e
Ludgero Bonilha Morais, respec-
EXPE­DIEN­TE
Brasil PRES­BI­TE­RIA­NO
Uma publi­ca­ção da
Rua Maria Antônia, 249, 1º andar, CEP 01222-020, São Paulo – SP
Telefone: 0(XX)11 3255 7269
E-mail: edi­[email protected]
Rede Presbiteriana
de Comunicação
Órgão Oficial da
Ano 50, nº 630 – Março de 2007
www.ipb.org.br
Conselho Deliberativo:
Gunnar Bedicks Júnior – presidente
Jared Ferreira Toledo da Silva – secretário
André Luis da Silva Mello – titular
Darly Gomes Silveira Filho – titular
Euclides de Oliveira – titular
Johnderson Nogueira de Carvalho - titular
Ricardo da Mota – titular
Conselho Editorial:
Valdeci da Silva Santos - coordenador
Juarez Marcondes Filho - membro
Marcos José de Almeida Lins - membro
Romildo Lima de Freitas - membro
Ronaldo de Paula Cavalcante - membro
Silas Luiz de Souza - membro
Walcyr José de Paiva Gonçalves - membro
Edição e chefia de reportagem: Letícia Ferreira
DRT/PR: 4225/17/65.
E-mail: [email protected]
Textos: Letícia Ferreira - [email protected]
e Caroline Santana - [email protected]
Diagramação: Aristides Neto
Impressão: Folhagráfica
Secretaria de Atendimento ao Assinante: (19) 3741 3000 / 0800 119 105
de Deus deve ser ministrada a seu
povo através de “ministério” de
louvor? O louvor, antes, não é uma
expressão de um coração que contempla a glória de Deus que se
manifesta através do ministério da
pregação? Da forma como as coisas
foram colocadas, parece a qualquer
leitor do artigo que o “ministério de
louvor” está incluído entre os ministérios bíblicos instituídos por Deus
no Novo Testamento, bem como
concorrente e igual em importância
ao ministério da Palavra. Pobre
presbiterianismo. O que nossos
seminários estão ensinando a nossos pastores?
Francisco Célio Ribeiro Lima,
de Imperatiz (MA)
tivamente presidente e secretário
executivo do SC-IPB, o presb.
Maurício Melo de Meneses e o rev.
Sigisberto Queiroga da Costa.
O Conselho Deliberativo do IPM
é formado pelo presidente presb.
Adilson Vieira, vice-presidente presb. Antônio Cabrera Mano
Filho, primeiro secretário Hésio
César de Souza Maciel, segundo
secretário presb. Cléverson Pereira
de Almeida, vogal rev. Roberto
Brasileiro e vogal rev. Humberto
Araújo.
Os demais membros são Antônio
Carlos Oliveira Bruno, Benedito
Guimarães Aguiar Neto, presbíteros Damócles Perroni Carvalho,
Ednilton Gomes de Soárez,
Guilherme Simon, José Milton
Pinto, José do Carmo Veiga de
Oliveira, Josimar Henrique da
Silva, Lísias Nogueira Castilho
e Maurício Melo de Meneses, e
os reverendos Juarez Marcondes
Filho, Ludgero Bonilha Morais e
Sigisberto Queiroga da Costa.
Assinaturas
Para qual­quer assun­to
rela­cio­na­do a assi­na­tu­ras do BP,
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Brasil PRESBITERIANO
Março de 2007
Consultório Bíblico
Voto de Jefté e martírio de Pedro
Odayr Olivetti
P
ergunta: “Gostaria de
receber explicação sobre
votos e sobre o voto de
Preço válido até 30/04/2007, ou enquanto durar o estoque. Frete não incluso no preço.
Jefté”.
Resposta: Consideremos:
1. A prática de votos é bíblica: (1) Significa reconhecimento
da nossa dependência de Deus:
Quem faz o voto confia no poder
de Deus. (2) Alguns exemplos:
Gn 28.18-22 (Jacó); Nm 21.2
(povo de Israel); 1 Sm 1.11
(Ana); 2 Sm 15.8 (Absalão, voto
falso, com intenção traiçoeira;
ele teve fim trágico). O voto
não é obrigatório, mas, depois de
feito torna-se obrigatório.
2. Advertências bíblicas: (1)
Fazer voto e não cumpri-lo é
pecado; “Deus, certamente, o
requererá de ti”: Dt 23.21. (2)
Pensar depois de fazer o voto não
adianta, é preciso pensar antes:
Pv 20.25. (3) É melhor não fazer
voto do que fazê-lo e não cumprilo: Ec 5.4,5.
3. O triste exemplo de Jefté:
(1) Durante um difícil combate guerreiro, Jefté fez este voto
ao Senhor: “Se, com efeito, me
entregares os filhos de Amom
nas minhas mãos, quem primeiro
da porta da minha casa me sair
ao encontro, voltando eu vitorioso dos filhos de Amom, esse
será do Senhor, e eu o oferecerei
em holocausto”: Jz 11.30,31. —
Quando Jefté voltou vitorioso,
quem primeiro saiu ao seu encontro foi sua filha única: 11.34,35.
Foi um voto precipitado e insensato. (2) Lições do pai e da filha:
(a) Ambos reagiram de forma
obediente e submissa a Deus, e
a filha não se revoltou contra o
pai: 11.36. (b) A filha, virgem,
chorou a sua virgindade, e suas
amigas a acompanharam (foram
solidárias): 11.37-40. — Nas histórias seculares, quando há risco
de morte, homens e mulheres se
entregam sexualmente. Quando
visitei uma mina de carvão em
Lota, Chile, fui informado de
que, como os mineiros, nas galerias, estavam sempre correndo
perigo de desmoronamentos e
morte, quando estavam de folga,
fora das galerias, em vez de aproveitarem o tempo para algo sadio,
“aproveitavam” as folgas para
beber e farrear. — A filha de Jefté
manteve-se virgem até morrer.
(c) Por que chorar a virgindade?
– Porque, entre os israelitas, a
grande honra de uma mulher consistia em ter filhos, formar família. A história de Ana e Penina
ilustra esse fato: 1 Sm 1.1,2, 6,7.
Palavra final: Toda promessa
feita por um cristão tem peso de
juramento e de voto. Colocamse sob o juízo de Deus os que
descumprem os votos feitos no
casamento, na profissão de fé, na
ordenação de oficiais (ministros,
presbíteros e diáconos), e quando
assumem compromissos de contribuição financeira, de prestação
de serviço etc.
Queira Deus despertar a consciência dos seus filhos relapsos e
de suas filhas relapsas para que
reassumam o fiel cumprimento
dos seus votos e promessas.
Pergunta: “Onde morreu o apóstolo Pedro?”
Resposta: As passagens de João
21.18,19 e 2 Pedro 1.14 geralmente são interpretadas como se
referindo à morte de Pedro como
a morte de um mártir. Sobre a
consulta em epígrafe, o que posso
dizer, resumidamente, é o seguinte:
1. Não se sabe onde, como e
quando Pedro morreu. Tudo o
que se diz a respeito disso é tradição não confirmada nem pela
Bíblia nem pela história (embora
alguns façam afirmações dog-
máticas sobre isso). 2. Entrevejo
na não revelação desses dados a
intenção divina de frear a estulta
e avassaladora tendência humana
para a idolatria e para a criação
de ídolos/deuses e de centros de
peregrinação idolátrica. Temos
ilustrações deste cuidado divino
nos casos de Moisés e de Paulo,
além do de Pedro. Deus manteve
oculto o lugar onde Moisés foi
sepultado, e não revelou pormenores sobre o martírio do apóstolo Paulo. Se nesses três casos
fossem dadas aquelas informações, certamente teriam sido criados mais três centros de idolatria junto aos túmulos de Moisés
e dos apóstolos Pedro e Paulo
– além dos numerosos centros
idolátricos existentes!
Odayr Olivetti é pastor presbiteriano,
ex-professor de Teologia Sistemática
do Seminário Presbiteriano de
Campinas, escritor e tradutor. E-mail:
[email protected]
Leve as doutrinas básicas da fé cristã
para a escola dominical
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100 páginas
Formato: 14,0 x 21,0 cm
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Lição 1 - Classe de Catecúmenos e Profissão de Fé
Lição 2 - A Bíblia - Palavra de Deus (1ª Parte)
Lição 3 - A Bíblia - Palavra de Deus (2ª Parte)
Lição 4 - A Trindade
Lição 5 - O Homem - A Criação (1ª Parte)
Lição 6 - O Homem - O Pecado (2ª Parte)
Lição 7 - O Homem - A Salvação (3ª Parte)
Lição 8 - A Ressurreição de Cristo
Lição 1 - A Igreja
Lição 2 - Os Sacramentos
Lição 3 - Privilégios e Deveres dos Crentes
Lição 4 - A Doutrina da Mordomia Cristã
Lição 5 - Eventos que Precederão a 2ª Vinda de Cristo
Lição 6 - A Segunda Vinda de Cristo
Lição 7 - A Ressurreição dos Mortos
Lição 8 - O Julgamento Final
Lição 9 - O Estado Final dos Ímpios e dos Justos
Lição 1 - O Milênio
Lição 2 - O Premilenismo
Lição 3 - O Premilenismo Dispensacionalista
Lição 4 - Objeções ao Dispensacionalismo
Lição 5 - O Posmilenismo
Lição 6 - O Amilenismo: Aspecto Negativo
Lição 7 - O Amilenismo: Aspecto Positivo
Apêndice ao Amilenismo
Formato: 14,0 x 21,0 cm
88 páginas
*Possui caderno de testes.
*Possui caderno de testes.
*Possui caderno de testes.
Março de 2007
Brasil PRESBITERIANO
Missões Nacionais
Conhecendo a Junta de Missões Nacionais da IPB
Divulgação
Paulo aos romanos, alguém
tem que pregar para alguém
escutar, pois “como ouvirão
JMN (Junta de se não há quem pregue?”
Missões Nacionais) (Rm 10.14b). Entendendo
da IPB, entendendo essa questão lógica de comuque a missão da igreja é nicação para a pregação do
a razão da sua existência, evangelho, logo em seguida
segundo a ordem de Jesus, ele diz: “E como pregarão,
desenvolve desde 1940 um se não forem enviados?”.
ministério grandioso plan- Começamos então a percetando muitas igrejas em ber a nossa responsabilidanossa amada pátria. Agora, de, aquela que temos ao
preocupada com o desco- ver as palavras de Jesus:
nhecimento, por parte das “e sereis minhas testemuigrejas da denominação, do nhas tanto em Jerusalém”
que é e como funciona a (At 1.8).
A JMN tem com objetivo
JMN, seus missionários e
campos, bem como todo o plantar igrejas presbiteriabenefício que a junta agre- nas em solo brasileiro. Este
gou à IPB plantando igrejas órgão de nossa denominanesses 67 anos, a JMN dis- ção tem trabalhado incespõe de um divulgador ofi- santemente para enviar os
cial que, desde janeiro, está que pregam àqueles que
visitando as igrejas pres- necessitam ouvir. Inicia trabiterianas divulgando esse balhos evangelizadores e
novas igrejas em cidades em
trabalho.
O ministro incumbido que os presbitérios e IPBs
dessa tarefa é o rev. Jair encontram dificuldades para
Moraes. Ele está à disposi- abrir uma igreja. Conhecer
ção da JMN e das IPBs para a junta é muito importante
visitá-las e mostrar como para todo presbiteriano. Eis
tem sido a obra missionária algumas razões:
1- A JMN é atuante e
em campo brasileiro, seus
desafios e vitórias, projetos, importante para nossa denodedicação, ânimo, oração, minação e tem dado muifé e amor pelo trabalho mis- tos frutos. Certa vez, um
sionário, que têm sido as membro de uma igreja disse
marcas da JMN desde sua que a IPB não tem trabalho
fundação. Aproveite para missionário. Foi explicado
despertar sua igreja e concí- a ele que tem, sim, mas
lio com a visão missionária, que ele desconhecia todas
agende uma visita, plane- as bênçãos que temos receje um seminário, oficina, bido através dos trabalhos
momento missionário. A de missões da JMN, APMT
JMN está a sua disposição (Agência Presbiteriana de
para envolver a sua igreja Missões Transculturais),
PMC (Plano Missionário
no “Ide”.
Cooperativo)
e
CNE
POR QUE CONHECER
(Comissão Nacional de
MAIS A JMN?
Segundo as palavras de Evangelização). O descoInforme oficial
Jair Moraes
A
nhecimento da obra
missionária da denominação reduz sua
ação e confiabilidade.
2- Ter consciência que a IPB tem
cumprido a grande
comissão: É clara e
perceptível a submissão da denominação
à ordem de Jesus:
“Sereis minhas testemunhas”. Levamos
a palavra de Deus
aos cantos conhecidos e remotos, rurais
e urbanos de nossa
Pátria, discipulando, ensinando, batizando e cumprido o O rev. Jair Moraes trabalhou em campos missionários
“Ide”. A IPB é uma e plantação de igrejas em São Paulo, Minas Gerais,
igreja fiel ao Senhor Paraná e Tocantins
e o conhecimento
de suas ações, das agências JMN, nós, os que não pode- Todo missionário necessita
de evangelização e missão mos ir aos campos, somos de apoio espiritual. Somente
demonstra isso.
convidados e motivados a conhecendo a realidade dos
3- Participar da obra mis- participar da obra missioná- campos missionários é que
sionária: É lamentável o ria sustentando aqueles que saberemos ao certo o valor
desconhecimento por parte têm investido suas vidas da oração em favor daqueles
de muitos membros da IPB nela. Ao ver a dedicação que estão pregando. Quando
sobre a JMN. Muitos irmãos dos obreiros, a dificuldade igrejas adotam campos
se inscrevem em agências de muitos campos, a escas- e missionários para intermissionárias interdenomi- sez de recursos, o amor pela cessão, o poder de Deus
nacionais por não saber que obra, vemos que nossa ofer- é derramado, a diferença é
a IPB tem uma junta missio- ta e compromisso financeiro notória, vidas são entregues
nária que realiza um traba- para com missões é impor- ao salvador, pecados abanlho sério de evangelização tante para que esse trabalho donados, há restaurações de
e precisa de obreiros, pois continue, com a consciência famílias, pregações vivas e
“os campos estão brancos”. de que os recursos financei- poderosas.
Você quer participar de mis- ros estão sendo aplicados
Contato JMN: Caixa Postal
sões e é membro da IPB? na obra de Deus com fide- 1042, CEP 13012-970,
Então, plante uma IPB. Ver lidade.
Campinas (SP). Telefone:
o que a JMN tem feito nos
5- Participar das lutas (19) 3255-5648 e e-mail
motiva a participar da obra espirituais: Ao conhecer a [email protected].
missionária entregando-nos JMN, seus projetos, trabaO rev. Jair Moraes, formado pelo
para os campos a exem- lhos missionários e desaIBEL (Instituto Bíblico Eduardo Lane),
em Patrocínio (MG), e pelo Seminário
plo de Isaías: “Eis-me aqui, fios somos impelidos pelo
Presbiteriano José Manoel da
envia-me a mim”.
Espírito Santo a nos dediConceição, em São Paulo, pastoreou
as igrejas de Itapecerica da Serra e
4- Participar do sustento car em oração pela JMN Sumaré
(SP). Atualmente é ministro de
missionário: Conhecendo a em todas as suas esferas.
tempo integral da JMN/IPB
Brasil PRESBITERIANO
Março de 2007
História
As Confissões Reformadas: a Confissão Escocesa (1560)
Alderi Souza de Matos
O
protestantismo começou a ser difundido na
Escócia ainda nos primeiros tempos da Reforma.
Entre seus primeiros líderes
estiveram Patrick Hamilton e
George Wishart, ambos martirizados. A fé reformada foi
introduzida graças aos esforços
de John Knox, um discípulo de
Calvino que, após passar alguns
anos em Genebra, Suíça, retornou ao seu país em 1559. No
ano seguinte, o Parlamento criou
uma igreja nacional escocesa – a
Igreja Presbiteriana da Escócia.
Nessa ocasião, além de um Livro
de Disciplina, foi aprovada uma
declaração de fé para a nova
igreja – a Confissão Escocesa. O
contexto desses acontecimentos
foi a luta da Escócia para libertar-se da influência da França, no
que teve o apoio da Inglaterra,
que anos antes também havia
abraçado a Reforma.
A Confissão Escocesa foi preparada em quatro dias, em agosto de 1560, por seis homens de
nome João: John Knox, John
Winram, John Spottiswoode,
John Willock, John Douglas e
John Row. Na ocasião, a jovem
rainha Maria Stuart (1542-1587),
católica, estava na França e se
recusou a ratificar a decisão do
Parlamento. Assim, a confissão
só se tornou oficial em 1567,
quando o Parlamento voltou a
promulgá-la após a deposição
da rainha. O documento foi a
principal confissão da Igreja
da Escócia por quase noventa
anos, até ser substituído pela
Confissão de Fé de Westminster,
em 1647.
O conteúdo da confissão é
inteiramente calvinista, embora
não seja mera cópia de afirmações do reformador de Genebra.
Aparentemente, Knox e seus
auxiliares utilizaram idéias e
declarações de vários reformadores. As “marcas da igreja” foram
tomadas da Liturgia Sacra usada
na igreja francesa de Frankfurt
e outros elementos demonstram claramente a influência da
Confissão Galicana de 1559. A
igreja escocesa também ratificou
a Confissão da Igreja Inglesa
de Genebra (1556), a Segunda
Confissão Helvética (1566) e a
Segunda Confissão Escocesa ou
Confissão do Rei (1581).
A Confissão Escocesa tem 25
artigos. Os dez primeiros contêm
as antigas doutrinas do cristianismo histórico (Deus, a criação,
o pecado original, a promessa
de salvação, a encarnação, as
duas naturezas do Mediador, a
eleição, a morte, ressurreição e
ascensão de Cristo, o Espírito
Santo). Os demais se concentram nas controvérsias da época,
tratando da fé, boas obras, justificação, santificação, a Escritura,
os ofícios de Cristo, a igreja, os
sacramentos, concílios gerais,
o poder civil e outros temas.
O prefácio tem sido elogiado
por seu teor vívido, pitoresco
e vigoroso. Como na primeira
Confissão de Basiléia (1534), o
documento se mostra aberto a
ser corrigido com base em evidências bíblicas.
Tanto Cristo como os remidos
são objetos da eleição divina. As
boas obras são fruto da fé e esta
é uma dádiva do Espírito Santo.
A verdadeira igreja é invisível
e somente Deus a conhece; ela
inclui os filhos dos crentes, os
santos na terra e os santos na
glória; fora da verdadeira igreja não há salvação. Suas mar-
cas são a legítima pregação da
Palavra, a correta administração
dos sacramentos e o fiel exercício da disciplina. O Espírito
de Deus é o verdadeiro autor e
intérprete da Escritura; todos os
mestres e concílios devem ser
julgados por ela. Os sacramentos do Novo Testamento correspondem à circuncisão e à páscoa do Antigo. Não são simples
sinais; por eles os crentes realmente se alimentam de Cristo.
A Confissão Escocesa conclui
com uma doxologia e uma breve
oração. Seu objetivo é prático e
não teológico; persuasão e não
controvérsia. É o testemunho
fiel de homens que sofreram e
viram seus irmãos sofrerem e
morrerem pela verdade.
Alderi Souza de Matos é pastor
presbiteriano e historiador oficial da
IPB. E-mail: [email protected]
Brasil PRESBITERIANO
Março de 2007
Acontece
Aconteceu
Bazar beneficente em Porto Alegre
Homenagem no Rio de Janeiro
A Congregação Moradas da Hípica, da Segunda
IP de Porto Alegre (RS), realiza, no dia 10 de
março, um bazar beneficente com o fim de
angariar fundos para compra de material escolar para crianças da congregação e crianças
carentes do bairro. “Entraremos em contato
com o posto de saúde do bairro e a associação de moradores para obtermos informações
mais precisas das necessidades da região”,
conta o missionário licenciado Edvaldo Xavier
Gomes, responsável pelo trabalho. Segundo
ele, o objetivo principal é levar a essa população carente de tudo uma perspectiva de vida,
por meio de ações sociais, levando também
uma nova vida em Cristo. Informações: [email protected]
Por Josélia C. Motta
A SAF da IP do Méier, no Rio de Janeiro,
homenageou, em novembro de 2006, o presb.
Israel Carlos da Cunha, de 93 anos, pela grande contribuição ao reino de Deus.
O professor Israel sempre foi muito atuante
nos trabalhos de nossa igreja, da qual é um
dos fundadores, presente em todas as ocasiões, não se furtando em nenhum momento
de nos passar seus conhecimentos bíblicos,
históricos e geográficos. Tem um a memória
privilegiada e atualmente é conselheiro de
uma sociedade interna da igreja. Foi professor
de Apologética e Religiões Comparadas no
Seminário Teológico do Rio de Janeiro.
Deus concedeu ao presb. Israel a imensa bênção de ver sua família atingir a quinta geração.
Tem dois filhos, seis netos, treze bisnetos e
um trineto.
Na vida secular foi sempre brilhante tendo feito
inúmeros cursos. Destacamos as formações
como maestro, administrador escolar, professor especializado para deficientes visuais formado pelo Instituto Benjamin Constant, contador e pedagogo. Foi professor de Matemática,
Desenho, História Geral, História do Brasil e
Língua Portuguesa.
Divulgação
Divulgação
Congregação Moradas da Hípica
Presbiteriano lança livro
em São Paulo
O livro Uma fonte para a espiritualidade, de
Alcindo Almeida, será lançado pela Editora
Abba Press, na IP de Pirituba, em São Paulo,
no dia 18 de março.
A obra traz 84 meditações feitas a partir de
trechos da Palavra de Deus e da perspectiva
“de uma espiritualidade madura, séria e de pés
do chão”.
O orador da noite de lançamento será o rev.
Augustus Nicodemus Lopes, chanceler da
Universidade Presbiteriana Mackenzie, de São
Paulo,com a participação do Coral Êxudus da
IP de Ermelino Matarazzo. “É com muita satisfação que apresento mais uma obra de Alcindo
Almeida. Esta obra contém mais de 80 meditações feitas a partir de trechos da Palavra de
Deus e da perspectiva de uma espiritualidade
madura, séria e de pés no chão”, afirma o rev.
Augustus.
Informações pelo telefone (11) 5686-7046 ou
pelos e-mails [email protected],
[email protected] e [email protected].
br.
Presb. Israel com a filha Diva, a neta
Mônica e a filha desta, Marcella com o
filho Lucas
Reuniões ordinárias de presbitérios
Da redação
Início e final de ano são épocas dos presbitérios e suas comissões executivas se encontrarem para as reuniões ordinárias.
Vale do São Mateus: Alguns deles querem
compartilhar seus principais resultados, como
PVSM (Presbitério Vale do São Mateus). Sua
52ª Reunião Ordinária, no Espírito Santo,
aconteceu na Segunda IP de Barra do São
Francisco, no dia 15 de dezembro de 2006. “A
hora de Deus necessita de cada um dos mem-
bros. Ninguém é inútil no reino de Deus e por
isso todos devem desempenhar suas funções
no corpo de Cristo para a edificação da igreja
e o benefício individual e a glória de Deus”,
afirma na introdução do resumo da reunião o
presidente do presbitério, rev. Isaías Evaldt.
A comissão executiva do PVSM para 2007,
além da presidência do rev. Isaías, ficou
constituída pelo vice-presidente rev. Celson
Gomes de Oliveira, secretário executivo presb.
Éder Horst Duque, primeiro-secretário rev.
Eliobergues Eler Guimarães, segundo-secretário presb. Josué da Silva e tesoureiro rev.
Edemilson Nunes Reis.
Vale do Rio Pardo: O PVRP (Presbitério Vale
do Rio Pardo) de São Paulo, teve sua 19ª
Reunião Ordinária realizada nos dias 8 e 9
de dezembro do ano passado e o secretário
executivo pede que seja divulgada a seguinte
relação: presidente – rev. Antonio José dos
Santos, pastor da Primeira IP de Casa Branca;
vice-presidente – rev. Ricardo Ferreira Nunes,
pastor da IP de Aguai; secretário executivo
– presb. Lauro Gomes da Silva, da Primeira
IP de Casa Branca; primeiro-secretário – rev.
César Rocha Lima, pastor da IP de Guaxupé;
segundo-secretário – rev. Márcio Orlando de
Oliveira Gobetti, pastor da Segunda IP de
Casa Branca, e tesoureiro – presb. Vestevaldo
Scarabello Rodrigues, da IP de Aguai.
Nova Iguaçu: A Reunião Ordinária do PNIG
(Presbitério de Nova Iguaçu), no Rio de Janeiro,
aconteceu de 4 a 6 de janeiro, na IP em
Jardim Ulisses. Segundo o presb. Johnderson
Nogueira de Carvalho, secretário executivo
do presbitério, foi uma reunião muito abençoada e muitos assuntos foram tratados com o
objetivo do crescimento do evangelho naquele
campo. “Um fato histórico foi a introdução da
eleição por voto eletrônico, processo que foi
muito bem aceito por todos os representantes
do concílio”, conta. Além do secretário executivo, a mesa eleita ficou assim estabelecida:
presidente - rev. Josinei Robermar Pires, da IP
Posse; vice-presidente - rev. Walter Higino de
Souza, da IP Santa Rita; primeiro-secretário
- rev. Paulo Emilio Rocha Reis, da IP Jardim
Ulisses, e segundo-secretário - presb. Wilmar
Alves.
Vale do Pajeú: Na sexta feira, dia 5 de janeiro, o (PRVP) Presbitério Vale do Pajeú, de
Pernambuco, deu início a sua 18ª Reunião
Ordinária na IP de Sertânia. Às noites, foram
realizados cultos de adoração e louvor a Deus.
Durante o dia, os trabalhos de plenário e
comissões foram realizados nas dependências
da Escola Municipal Isaura Xavier dos Santos,
nome de uma irmã da referida igreja, falecida
na década de 1990, esposa do diácono em disponibilidade Arlindo Ferreira dos Santos, que
Brasil PRESBITERIANO
foi prefeito do município por duas legislaturas.
A reunião terminou na manhã de domingo dia
7, com a realização da Santa Ceia do Senhor
e a posse dos evangelistas, secretários de
Causas e delegados ao sínodo. A diretória do
PRVP para o exercício de 2007 tem a seguinte
composição: presidente – rev. Arnaldo Matias,
vice-presidente - presb. Vater Kennedy, primeiro-secretário - rev. José Maria Passos,
segundo-secretário – rev. Leandro Alexandre
da Silva, secretário executivo – rev. Edvan
Gomes de Sá e tesoureiro - presb. Valmir
Correia Barbosa.
Foi convidado para ministrar a palavra de Deus
o rev. Augustus Nicodemus Lopes, que discorreu sobre o tema O Presbiterato Bíblico focando os seguintes pontos: presbíteros são pastores e protegem, alimentam, guiam e cuidam do
rebanho. Ainda sobre o mesmo tema enfocou
a necessidade da Liderança Compartilhada e
da Liderança Qualificada.
Trabalho Masculino de Indaiatuba: No dia 28
de janeiro, às 10h30, na IP de Várzea Paulista
(SP), aconteceu a reunião ordinária da executiva da Federação do Trabalho Masculino
do Presbitério de Indaiatuba (SP). Estiveram
presentes 30 membros da executiva. Foi dis-
Março de 2007
cutido o programa de trabalho para 2007 e a
mesa diretora ficou assim constituída: presb.
João Nicanor – presidente; diác. Samuel O.
Ricardo - vice-presidente; presb. Gerson Mori
– secretário executivo; presb. José Roberto
– primeiro-secretário; presb. Norman Ribeiro
– segundo-secretário; presb. Laércio Correia
–tesoureiro; rev. Shil e presb. José Gracindo
de Sena - secretários presbiteriais.
Rio Doce: O PRDC (Presbitério do Rio Doce),
de Minas Gerais, tem como lema ser um
Presbitério com Propósitos. Segundo o presidente, rev. Érbio Marcos Rodrigues, essa
frase é abrangente porque as decisões tomadas no concílio do presbitério estão saindo do
burocrático, técnico ou do mero expediente de
entrada, exame e aprovação ou não de documentos.
O PRDC, que se reuniu de 5 a 7 de janeiro,
abrange 11 igrejas e sua mesa diretora, além
do rev. Érbio, é constituída pelo vice-presidente rev. André Luciano Boechat Melo, secretário executivo presb. Anínsio Muzzi Portugal,
primeiro-secretário rev. João Batista Azevedo
Reis, segundo-secretário rev. Alexsandro
Barbosa dos Santos e tesoureiro presb. Helton
Hélio Ferreira da Cunha.
Divulgação
Comissão Executiva da Federação do Trabalho Masculino do Presbitério de
Indaiatuba
Divulgação
Rev. Marcos Agripino, executivo da APMT
APMT lança Centro de Formação
Missiológica
Por rev. Marcos Agripino, executivo da
APMT
A APMT (Agência Presbiteriana de Missões
Transculturais) iniciou, no mês passado, o
CFM (Centro de Formação Missiológica) que
tem como objetivo a preparação de missionários para os projetos transculturais no Brasil e
no mundo.
Os princípios do CFM serão o ensino da
Teologia Reformada conforme expressa pela
Confissão de Westminster, a Missão Integral
a fim de levar todo o evangelho do Senhor
Jesus Cristo para o suprimento e resgate do
ser humano em sua totalidade no Brasil e no
mundo, a Contextualização para compreensão da Palavra de Deus em seu contexto
original e aplicação de forma relevante aos
diversos contextos atuais, e o Discipulado
como elemento fundamental na realização da
tarefa missionária.
Os objetivos serão capacitar o missionário
transcultural para o cumprimento de sua missão no mundo; por ao alcance dos estudantes
um programa que lhes permita a capacitação
para melhor cumprir a tarefa da evangelização
em contexto transcultural; promover uma reflexão bíblico-missiológica orientada para uma
maturidade necessária e suficiente para transformar vidas; desenvolver a visão e as habilidades necessárias para alcançar os povos
menos favorecidos com o evangelho integral
do Senhor Jesus Cristo; equipar para a tarefa
de fazer discípulos seguindo metodologias
adequadas a sua cultura, região e sua cosmovisão, e ainda capacitar para um trabalho
ministerial em equipe, com vistas a alianças
estratégicas a curto, médio e longo prazo.
Informações com a APMT pela Caixa Postal
15296, CEP 01519-970, São Paulo (SP), pelo
e-mail: [email protected] ou no site www.
apmt.org.br, e ainda pelos telefones (11) 32072139 e (19) 9676-6769.
Brasil PRESBITERIANO
Março de 2007
Ação Social
Projeto Crescer agrupa voluntários que doam tempo, conhecimento e amor
Presbiterianos ajudam pessoas com necessidades especiais
Fotos: Divulgação
Da redação
A
Associação Presbiteriana de Filantropia
de Piracicaba (SP),
cujo foco é o Projeto
Crescer, nasceu com o
objetivo de desenvolver
um trabalho de auxílio a
pessoas com necessidades
especiais e deficit mental.
Sob o apoio do rev. Sérgio
Paulo Martins Nascimento,
presidente APMT (Agência
Presbiteriana de Missões
Transculturais) da IPB
e pastor da IP Central de
Piracicaba, um grupo de
profissionais se uniu na
visão de ação social da IPB,
acreditando no potencial
de desenvolvimento desses
indivíduos. Segundo o rev.
Sérgio, a triste realidade em
que vivem as pessoas nessas
condições em Piracicaba,
onde há grande carência no
atendimento especializado a
elas e, no entanto, uma procura por esse atendimento
cada vez maior, motivou o
nascimento do projeto.
A associação foi fundada
em 25 de agosto de 2006,
como entidade evangélica
presbiteriana civil, filantrópica, voltada para saúde,
educação, cultura, ciência e
assistência, sem fins lucrativos, que atende portadores
de deficiência mental e/ou
múltipla.
Atualmente, a diretoria é
composta pelo presidente presb. René Ribeiro da
Silva, vice- presidente diác.
Arnaldo Zambon Junior,
tesoureiro Álvaro Daniel
H. A. H. Furlan e secretário presb. José Clovis Caro
Colletti.
comum, para que haja uma
troca prazeirosa de conhecimentos. O compromisso é
com a promoção da saúde,
manutenção, orientação e
integração do indivíduo com
necessidades especiais, como
também a orientação e assistência às suas famílias.
Essas atividades são oficinas de artes plásticas, oficinas terapêuticas - atendimentos individuais e grupais, as
chamadas AVDs (atividades
de vida diária) e AVPs (ativi-
Associação Presbiteriana de Filantropia de Piracicaba
PROJETO CRESCER
O rev. Sérgio afirma que
a liderança da associação desenvolveu o Projeto
Crescer acreditando que todo
ser humano tem direito à
participação social e que a
sociedade ignora pessoas
com necessidades especiais
ou deficit de comportamento. “Há uma exigência por
parte do contexto social para
que o relacionamento entre
as pessoas se expresse por
relações positivas dentro de
um padrão visto como nor-
Rev. Sérgio e esposa
mal”, diz.
Para ele, falar em tratamento para um portador de
necessidades especiais significa pensar em alternativas
de saúde que englobem o
indivíduo em totalidade, isto
é, como ser biológico, psicológico, social e espiritual.
Proporcionar esse tratamento
requer uma reflexão sobre
a superação das condições
que desencadeiam ou determinam problemas. Assim,
o trabalho terapêutico surge
como uma via que favorece
Projeto Crescer
a compreensão e a efetivação
dessa dinâmica, atendendo
às necessidades ao longo dos
ciclos evolutivos de cada
indivíduo.
Dessa forma, os voluntários do projeto pretendem
desenvolver as potencialidades dos atendidos e a parceria com os familiares que
atuarão como agentes complementares desse desenvolvimento. Busca possibilitar
oportunidades de interação
aluno-família por meio de
atividades diversificadas em
dades de vida prática), educação física e musicalização.
A equipe técnica é composta
por fonoaudióloga, psicóloga, terapeuta ocupacional,
assistente social, professores e outros voluntários em
diversas áreas.
Informações sobre o
Projeto Crescer pelo telefone
(19) 30416013 ou por correspondência, no endereço
Rua Luiz Pereira Leite, 775,
Bairro Água Branca, CEP
13426-239, Piracicaba, São
Paulo.
Brasil PRESBITERIANO
Março de 2007
Artigo
Planejamento eclesiástico
Ashbell Simonton Rédua
E
ste ano, ao iniciarmos o
planejamento eclesiástico,
buscamos alguns princípios
necessários para não cairmos no pragmatismo e no ativismo. Além da espiritualidade,
dos princípios Bíblicos, teológicos,
hermenêuticos e da Fé Reformada,
algo me chamou atenção: “O
bambu chinês”.
Este vegetal, depois de ser plantado, pode trazer um desânimo sobre
o agricultor, porque não se vê nada
por aproximadamente cinco anos,
exceto um lento desabrochar de
um pequenino broto a partir do
bulbo. Durante esse tempo, todo
o crescimento é invisível a olho
nu, é subterrâneo. No entanto, ele
desenvolve uma maciça e fibrosa
estrutura de raiz que se estende
horizontalmente pela terra para
sustentar o que virá finalmente na
verticalidade. Então, no final do
quinto ano, o bambu chinês cresce
até atingir a altura de 25 metros.
Quando penso na igreja que pastoreio, penso no bambu chinês que
me ensina que não devemos facilmente desistir de nossos projetos
e de nossos sonhos. Em nosso
trabalho pastoral e eclesiástico, um
projeto maravilhoso que envolve mudanças de comportamento,
pensamento, cultura e sensibilidade, devemos sempre lembrar do
bambu chinês para não desistirmos
facilmente diante das dificuldades
que surgirão. Na elaboração do
meu projeto estratégico sigo três
fases:
1ª - Definir a filosofia do nosso
grupo. Defino a filosofia e analiso
o cenário no qual a igreja local
está inserida e a forma como posso
implantar e controlar suas ações
no contexto comunitário. Assim,
preciso definir uma filosofia de
trabalho: “a filosofia de vida da
igreja e de seus membros são seus
valores, princípios e visão de futuro – o que esperamos alcançar a
médio e longo prazo e como fazer
pra chegar lá”.
2 ª – Análise de cenário: Iniciase quando o objetivo é definido.
“Você realiza uma análise geral
de cenário, tanto da parte interna
– os recursos e talentos da igreja –
como no ambiente externo – como
aspectos econômicos, sociais, culturais e políticos da comunidade”.
Com essas informações, terá um
ótimo mapeamento para guiar as
ações.
3 ª - Monitoramento do trabalho planejado. Após a análise da
filosofia, dos valores e dos princípios, há um plano de ação que
deve ser monitorado. Com esses
três aspectos, há um planejamento
estratégico completo. No entanto,
alguns cuidados devem ser tomados durante esse processo:
1º) O planejamento é compartilhado desde a criação: Não pode
ser imposto de cima para baixo.
Se alguém não sentir que faz parte
das tomadas de decisões, que aquele sonho não é seu, não adianta.
A possibilidade de erro é maior.
O planejamento deve ser compartilhado, deve ser construído por
todos, pelas principais lideranças,
por aqueles que têm envolvimento
e por aqueles que têm o desejo de
participar.
2º) Além disso, deve-se embasar
o planejamento em bons valores:
A estratégia depende dos valores
em que está fundamentada. Na
igreja que pastoreio há três anos,
já conheço um pouco dos valores
locais, tanto da igreja como da
comunidade. E nos processos de
mudança e adaptação são incluídos outros valores, como os da
Reforma (seus princípios), do
conhecimento bíblico, da evangelização, da comunhão e do louvor.
3º) O monitoramento do planejamento tem que receber atenção
especial: Após o início do trabalho,
a tendência é deixar que as coisas
corram à vontade. Assim não há
efetividade, porque muitos planos
são bonitos, mas se não há monitoramento, não há indicadores para
se saber se está no caminho certo.
Precisamos acompanhar e supervisionar para alcançar o sucesso.
Conclusão: A cultura do planejamento ainda não é uma realidade em toda igreja, mas a cada
dia ganha espaço. Esta mudança
pode ser acelerada por atitudes
como troca de experiências entre
líderes e liderados, capacitação de
liderança e valorização da comunicação interna da igreja, coisas que
permitirão uma maior interação
de cada membro das sociedades e
departamentos internos.
O rev. Ashbell Simonton Rédua é
pastor da IP do Sinai e secretário executivo do Sínodo Leste Fluminense,
Rio de Janeiro.
Informação
Conheça os planos para o futuro da rede e os membros do conselho editorial
Novos rumos da Rede Presbiteriana de Comunicação
Artur Mendes
Letícia Ferreira
I
novação e profissionalismo são
as palavras que os membros dos
conselhos deliberativo e editorial da Rede Presbiteriana de
Comunicação têm como direção para
organizar a programação da comunicação da IPB. Isso, sem perder o rumo
ditado pelas sãs doutrinas e tradições
da denominação e, principalmente,
tendo em vista sempre a glória de Deus
e a proclamação do evangelho.
Há novos projetos à vista. O primeiro, em fase experimental, é a
IPB RádioWeb. A estação, transmitida via Internet, segundo o presidente do Conselho Deliberativo da rede,
presb. Gunnar Bedicks Júnior, coloca
a IPB por dentro das novas mídias
emergentes. Ele enfatiza que a Rede
Presbiteriana de Comunicação quer
colocar as tecnologias de última geração a serviço da comunicação da igreja e, consequentemente, do reino de
Deus.
A programação, dirigida pelo jornalista e publicitário Artur Mendes, consiste
de música sacra selecionada, de vários
gêneros. Por enquanto, porque o plano
é colocar no ar notícias, entrevistas e
palavras pastorais. Para sintonizá-la,
basta entrar no Portal da IPB (www.
ipb.org.br) e clicar no banner da rádio,
escolhendo um dos players oferecidos.
Ainda na Internet, em breve será
lançado o IPB Online, informativo
semanal dos eventos da denominação
em todo o Brasil.
Como veículo impresso, está sendo
“gestada” a Vox, a revista da família
presbiteriana, a fim de atender de
maneira aprofundada as necessidades
de informação de todos os segmentos
do público da IPB.
TV ABERTA
O programa televisivo Gente que
Crê, um marco na história da comunicação da igreja, produzido em par-
Presb. Gunnar fazendo uma demonstração ao astronauta
brasileiro Marcos Pontes da primeira transmissão no Brasil de
TV digital por celular, pelo Laboratório de TV Digital da UPM,
num estande da empresa Qualcomm, de telefonia celular, em
outubro de 2006, na Futurecom, evento anual de telecomunicações e tecnologia da informação realizado em Florianópolis (SC)
ceria com a Luz para o Caminho, foi
transmitido pela Rede Bandeirantes
de Televisão, nacionalmente, durante
18 meses. Com dois minutos cada
inserção, foi ao ar às segundas, quartas
e sextas-feiras entre 11h30 e 12h. A
cada programa que ia ao ar, a Rede
Presbiteriana de Comunicação recebia
cerca de 800 ligações telefônicas de
todo o Brasil.
O objetivo desse programa é chamar a atenção para situações cotidianas com depoimentos e uma palavra
cristã por um ministro presbiteriano.
Transmite os princípios cristãos e da
IPB e termina com uma fala que se
tornou sua marca registrada: "É nisto
que a gente crê".
Outra conquista foi o programa
Verdade e Vida, produzido em conjunto com a Comissão Nacional de
Evangelização e também a Luz para o
Caminho, com duração de 30 minutos,
veiculado aos sábados pela manhã, às
7h15, na Rede TV.
A Rede Presbiteriana de Comunicação
veiculou também, em 2006, o programa Falando a Verdade, na Rede 21, na
cidade de São Paulo, em parceria com
os sínodos da Grande São Paulo. Com
30 minutos de duração, o programa
ia ao ar aos domingos pela manhã, às
8h20.
PORTAL
O Portal da IPB veicula informações institucionais da denominação;
banners institucionais e de eventos;
agenda do presidente da Mesa do
Supremo Concílio atualizada mensalmente; artigos; cadastro de IPBs;
datas comemorativas; downloads de
resoluções do Supremo Concílio, dos
manuais, dos digestos e da Confissão
de Fé; Programa de Identidade Visual
da IPB; dúvidas esclarecidas; estudos
bíblicos; pedidos de oração; cadastro
de intercessores e de eventos, e links
com a Bíblia Online da Sociedade
Bíblica Brasileira e com os sites da
Rede Presbiteriana de Comunicação,
Secretaria Executiva, Tesouraria, Luz
para o Caminho e Editora Cultura
Cristã.
Há ainda à disposição do internauta
vídeos do programa Gente que Crê
e arquivos em PDF do jornal Brasil
Presbiteriano para consultas e download. A rede tem registrado a cada
dia mais pessoas acessando o portal
e lendo o BP ou fazendo downloads
das edições do jornal. No ano passado,
foram contabilizados cerca de 11.300
page views mensais.
BRASIL PRESBITERIANO
Com tantas novidades, parece que
BP, jornal estimado por muitos presbiterianos, tradicional veículo de informação da IPB, com a responsabilidade
de ser o órgão oficial de comunicação
da denominação há 46 anos, está sendo
deixado de lado. Não, o BP continua
sendo produzido mensalmente, com o
máximo empenho, levando aos presbiterianos as decisões oficiais, as informações das lideranças das autarquias,
juntas, comissões, conselhos, secretarias etc. da IPB, bem como notícias e
reportagens relevantes, que mostram
para todo o Brasil quem faz e constitui
a denominação.
Em 2006, foram distribuídos 126.400
exemplares do jornal para assinantes
e igrejas da denominação em todo
território nacional. A média mensal
de assinantes no ano passado foi de
aproximadamente nove mil, aumento
significativo em relação ao período
Brasil PRES­BI­TE­RIA­NO
anterior, totalizando cerca de 10.500
exemplares distribuídos por mês, atingindo a tiragem de 11.300 exemplares
mensais. O objetivo é que esses números cresçam em 2007.
Na edição, chefia de reportagem e
redação de textos está, desde setembro
de 2003, a jornalista Letícia Ferreira,
atualmente auxiliada pela estudante de
jornalismo Caroline Santana Pereira.
Também desde setembro de 2003,
a diagramação do jornal está sob a
responsabilidade de Aristides Neto,
diagramador do jornal Folha de São
Paulo. O BP é impresso na Folha
Gráfica, também da Folha de São
Paulo.
A Luz para o Caminho gerencia as
assinaturas e a distribuição do BP, desde
fevereiro de 2004, além do caderno de
classificados e anúncios no caderno
noticioso, trabalho que faz com grande
competência.
CONSELHO DELIBERATIVO
A Rede Presbiteriana de Comunicação
tem na presidência de seu Conselho
Deliberativo o presb. Gunnar Bedicks
Júnior, da IP de Americana (SP), professor e coordenador do Laboratório
de TV Digital da (UPM) Universidade
Presbiteriana Mackenzie, em São
Paulo. Para ele, é uma honra servir à
IPB por meio da Rede Presbiteriana de
Comunicação. “Agradeço a Deus por
mais esta oportunidade e também aos
membros do Conselho Deliberativo
que depositaram em mim esta confiança. O trabalho é de todos nós, conselheiros e colaboradores”.
Apesar de participar da comunicação
da IPB desde 1998, primeiramente
como membro do antigo Conselho de
Comunicação e Marketing e, recentemente, como membro do Conselho
Deliberativo da Rede Presbiteriana de
Comunicação, o presb. Gunnar diz que
ocupar a presidência da rede o aproximou mais das necessidades da denominação em relação à comunicação
e o fez ver os desafios que essa área
tem e as oportunidades que podem ser
criadas e desenvolvidas para alcançar
metas.
“A IPB pode esperar da Rede
Presbiteriana de Comunicação um
grande empenho no cumprimen-
to de nossas metas e responsabilidades. Vamos continuar trabalhando
com muita dedicação para levantarmos
recursos suficientes para manter toda a
programação”.
O secretário da rede é o presb. Jared
Ferreira de Toledo e Silva e os membros são o rev. André Mello, pastor
auxiliar na IP do Rio de Janeiro; rev.
Darly Gomes Silveira Filho, pastor
da IP de Alegre (ES); presb. Euclides
de Oliveira, publicitário, empresário de comunicação, especialista em
Marketing e Comunicação, com atuação em merchandising (TV, cinema,
rádio e teatro) e membro da IP Central
de Curitiba (PR); presb. Johnderson N.
de Carvalho, de Nova Iguaçu (RJ), e
rev. Ricardo Mota Leite, pastor da IP
Central de Uberlândia (MG).
Para o rev. Ricardo, a Rede
Presbiteriana de Comunicação deve
manter a IPB contextualizada no
mundo da comunicação e tecnologia
sem perder a identidade reformada. “É
a modernização sem vulgarização”,
afirma. No entanto, ele acredita que a
rede precisa de mais apoio por parte
da liderança da denominação porque
o reconhecimento de sua importância
dará ainda mais disposição e prazer de
trabalhar aos seus integrantes. “Sonho
ver a mensagem cristã reformada mostrando a sua cara e esclarecendo, por
meio dos meios de comunicação, o que
de fato é a mensagem de Deus para o
pecador”.
O rev. Darly acredita que o principal objetivo da Rede Presbiteriana de
Comunicação é divulgar o evangelho
no Brasil e tornar a IPB cada vez mais
conhecida entre os membros da própria
denominação. “Trabalhar com a rede
é um privilégio imensurável de igual
responsabilidade”, diz. “Nossa principal qualidade é sermos uma autarquia
caminhando para a autonomia, graças
a Deus e ao empenho e competência
do nosso presidente, o presb. Gunnar
- um presbiteriano zeloso. Quanto à
programação, há muito por fazer; mas
nossa mais recente conquista, a IPB
RádioWeb, será um instrumento poderosíssimo para o fortalecimento do
presbiterianismo brasileiro na difusão
do reino de Deus”.
Março de 2007
1
Conselho Editorial
Desde fevereiro deste ano, a Rede Presbiteriana de Comunicação
pode contar com a colaboração do novo conselho editorial formado
por sete ministros presbiterianos. Esse conselho acaba de reformular
a linha editorial da produção da rede e foi nomeado também para, do
ponto de vista teológico, doutrinário, normativo e tradicional da IPB,
acompanhar, analisar, opinar e apoiar em toda a produção, além de
sugerir, criticar e opinar em aspectos técnico-jornalísticos.
Rev. Valdeci da Silva Santos
Coordenador do Conselho Editorial
Fotos: Letícia Ferreira
Brasil PRES­BI­TE­RIA­NO
Março de 2007
Pastor da Igreja Evangélica
Suíça, em São Paulo,
professor e coordenador
de Teologia Pastoral e coordenador do Doutorado em
Ministério do CPAJ (Centro
Presbiteriano de Pós-graduação Andrew Jumper), em
São Paulo.
Rev. Juarez Marcondes Filho
Formado em Teologia pelo
SPS (Seminário Presbiteriano
do Sul), de Campinas (SP), é
mestre em Teologia Pastoral
pelo Seminário Teológico
Sul Americano, de Londrina
(PR), e doutor em Ministério
pela Faculdade Teológica
Sul Americana, também
de Londrina. É pastor da
IP Central de Curitiba (PR)
desde 1992 e presidente do
Conselho de Curadores do
IPM (Instituto Presbiteriano
Mackenzie), em São Paulo.
Rev. Marcos José de Almeida Lins
Diretor-presidente do IPM
desde julho de 2005 e
presidente do Sínodo de
Pernambuco e da Junta
Regional de Educação
Teológica Norte/Nordeste. É
bacharel em Teologia pelo
SPN (Seminário Presbiteriano
do Norte), do Recife (PE),
bacharel em Ciências
Contábeis pela Universidade
Católica de Pernambuco e
pós-graduado com especialização em Bíblia pelo CPAJ.
Rev. Romildo Lima de Freitas
Divulgação
0
Pastor há cinco anos da
IP do Centenário, em São
Mateus (ES), vice-presidente
do Sínodo Minas/Espírito
Santo desde 2003 e presidente do Presbitério Norte
do Espírito Santo pelo quarto
ano consecutivo. Formado
em Teologia pelo SPN e
ordenado ministro presbiteriano pelo Presbitério do Vale
São Mateus.
Rev. Ronaldo de Paula Cavalcante
Professor da UPM, tem experiência na área de Teologia
com ênfase em Teologia
Dogmática, atuando principalmente nos temas Teologia
Monástica e Escolástica,
Reforma Protestante e
Cultura, Reforma Protestante
e Humanismo e História da
Espiritualidade Cristã. É graduado em Teologia Pastoral
pela Faculdade Teológica
Batista de Brasília (DF),
mestre e doutor em Teologia
Dogmática pela Universidad
Pontifica de Salamanca, na
Espanha, fazendo estágio
pós-doutoral no IEA (Instituto
de Estudos Avançados) da
USP (Universidade de São
Paulo).
Rev. Silas Luiz de Souza
Professor de História do
Cristianismo da UPM desde
2002 e de História da
Igreja no SPS desde 1999.
Coordenador do Curso de
Bacharel em Teologia do
SPS desde 2001. Pastor
da IP Central de Americana
(SP) desde 1991. É bacharel
em Teologia pelo SPS, tem
Licenciatura em História
pela Faculdade de Filosofia
Ciências e Letras de Palmas
(PR) e é mestre e doutorando
em Ciências da Religião,
Área de Concentração em
Teologia e História pela
Universidade Metodista de
São Paulo.
Rev. Walcyr José de Paiva Gonçalves
Pastor da IP Monte Horebe
da Figueira, no Rio de
Janeiro, desde 1995.
Presidente dos presbitérios
São João de Meriti e Norte
Caxiense (RJ); secretário
da Mocidade, secretário
executivo e vice-presidente do Sínodo Serrano
Fluminense, e secretário
geral da Mocidade da IPB. É
graduado em Jornalismo pela
Universidade Gama Filho,
do Rio de Janeiro, bacharel
em Teologia pelo Seminário
Teológico Presbiteriano do
Rio de Janeiro e pós-graduado com especialização em
Educação Cristã pelo CPAJ.
12
Brasil PRESBITERIANO
Março de 2007
Data comemorativa
Supervisionar e desenvolver políticas são a tarefa do conselho
Cecep direciona a educação cristã na IPB
Letícia Ferreira
N
o dia 11 de março,
comemora-se o Dia
da Educação Cristã.
Para marcá-lo, o BP foi buscar saber junto ao Cecep
(Conselho de Educação
Cristã e Publicações) da IPB
o que a denominação está
desenvolvendo nessa área.
O secretário do conselho,
rev. Mauro Fernando Meister,
também professor do CPAJ
(Centro Presbiteriano de Pós
Graduação Andrew Jumper)
e da EST (Escola Superior
de Teologia), da UMP
(Universidade Presbiteriana
Mackenzie), além de coeditor da revista Fides
Reformata, em São Paulo,
contou que uma das novidades do Cecep é a realização do Primeiro Congresso
Nacional de Oficiais da
IPB.
Esse encontro será realizado de 7 a 10 de junho, em
Minas Gerais, com o tema
Liderança Bíblica: o desafio
de ser oficial no século 21.
“A idéia é reunirmos presbíteros docentes e regentes e
diáconos, com suas famílias,
e tratar de temas pertinentes ao oficialato”, afirma o
rev. Mauro Meister. “Será
um congresso de cunho bem
pastoral em que pretendemos levar a uma parcela
significativa de oficiais da
denominação os conceitos
de pastoreio corporativo,
diaconia e família, e analisar textos bíblicos referentes
a esses assuntos, além de
lançar um videocurso sobre
presbiterato, com 13 pales-
tras em seqüência sobre o
oficialato aplicado à IPB”.
Durante todo o congresso,
as ministrações devocionais
serão feitas pelo presidente do SC-IPB, rev. Roberto
Brasileiro. O tema principal será desenvolvido pelo
pastor e escritor norte-americano John Sittema, autor
do livro Coração de Pastor
publicado pela Editora
Cultura Cristã.
POLÍTICAS DE
DESENVOLVIMENTOE
PUBLICAÇÕES
Segundo o rev. Mauro
Meister esse congresso é um
dos exemplos de como o
Cecep está trabalhando em
sua principal tarefa e objetivo: desenvolver políticas de
educação cristã para a IPB.
Outro braço do Cecep são
as publicações. “Temos uma
centena de livros na agulha para serem publicados”,
conta o rev. Mauro. Ele destaca que, de alguns anos
para cá, o conselho editorial
e o editor da Editora Cultura
Cristã, rev. Cláudio Marra,
começaram a trabalhar uma
política editorial apresentando um leque de publicações
dentro da enciclopédia teológica.
Será lançada uma série
de comentários do Antigo
Testamento em português o
que, segundo o rev. Mauro,
é uma raridade: “Temos
uma série de comentários
do Novo Testamento lançada pela editora em português, mas não do Antigo
Testamento”.
Há ainda uma preocupação com livros acadêmicos,
Letícia Ferreira
Rev. Mauro Meister com o livro, em inglês,
O Deus do Sexo, de Peter Jones, editado em
português pela Cultura Cristã e com lançamento
previsto para este mês
de formação pastoral, para
os seminários, principalmente nas área de Língua e
Teologia, tanto que a editora aumentou a oferta dessa
categoria para a igreja, além
de continuar a trabalhar com
as linhas de cunho pastoral e
reflexão, para leigos, tratando de outros temas. “Entre
os livros que iremos publicar, estão dois do dr. Peter
Jones, de quem a editora
publicou Ameaça Pagã: as
obras Identidade Perdida e
O Deus do Sexo. O autor
virá para o lançamento em
março, provavelmente no
fim da primeira quinzena. O
lançamento será feito, entre
outros lugares, no Instituto
Presbiteriano Mackenzie,
em São Paulo”, informa o
rev. Mauro.
AMPLIAR O
TRABALHO
Supervisionar e direcionar a educação cristã da
denominação, conforme as
Escrituras, os símbolos de
fé e a doutrina da IPB é o
objetivo do Cecep. Na prática, o que o conselho faz, diz
o rev. Mauro Meister, é se
reunir, pesquisar e elaborar
as políticas necessárias que
fariam crescer a educação
cristã da IPB. Em segui-
da, envia os documentos ao
SC e efetiva essas políticas. Atualmente, o Cecep
está principalmente focado
na literatura teológica produzida pela Editora Cultura
Cristã e na supervisão do
material para escola dominical para a IPB, também feito
pela editora.
“Mas há alguns anos, o
Cecep vem fazendo tentativas de cumprir o seu papel
de maneira mais ampla. Nos
anos passados, realizaramse congressos de educação
cristã voltados para toda a
IPB”, conta o secretário.
Para ele, o Cecep precisa
crescer no estabelecimento
de políticas educacionais de
fato mais amplas para a IPB,
dando mais direção à denominação na área de educação cristã eclesiástica.
Na área de escola dominical, por exemplo, o rev.
Mauro acredita que o conselho deve, além das publicações das revistas, que têm
muito bom nível, proporcionar treinamento de professores. Uma solução para
isso seria a formação de parcerias com os seminários
e institutos da IPB. “Isso é
necessário porque hoje essas
iniciativas acontecem local
ou isoladamente, sem uma
política nacional da IPB, e
esse seria um dos papéis do
Cecep”.
O Cecep é presidido pelo
rev. Fernando Hamilton e
o tesoureiro é presb. Anízio
Borges.
Informações:
Editora Cultura Cristã, no
telefone (11) 3207 7099 e
e-mail [email protected].
Brasil PRESBITERIANO
Conheça a IPB
Março de 2007
13
Fenep da IPB zela pela educação de qualidade
Apoio para as escolas presbiterianas
Caroline Santana Pereira
A
Fenep (Federação
Nacional de Escolas
Presbiterianas) foi fundada em 1994 pelo Supremo
Concílio da IPB. Sua finalidade é orientar, incentivar,
inspirar e assistir às instituições educacionais presbiterianas de ensino fundamental, médio e superior. Tem
ainda como objetivo prezar
pela educação de qualidade em um ambiente evangélico, com base nas santas
Escrituras.
Segundo o rev. Lamartine
Gaspar de Oliveira, secretário executivo da Fenep, o
trabalho da federação consiste, principalmente, em
cadastrar as escolas presbiterianas e promover encontros regionais e nacionais
entre os representantes das
instituições a fim de abrir
espaço para um intercâmbio de experiências, para
que sejam levantadas dificuldades e soluções, novas
idéias, reciclagem e atualização metodológica de ensino. O próximo congresso,
Sétimo Encontro Regional
de Educadores Cristãos, será
realizado em outubro no
Recife (PE).
Para que haja uma integração entre as instituições,
o rev. Lamartine afirma
que é de suma importância
o cadastramento das entidades educacionais, afinal,
Divulgação
Rev. Lamartine Gaspar
de Oliveira, secretário
executivo da Fenep
para o quadriênio
2006/2010
muitas escolas presbiterianas
podem passar por momentos
de crise sem nenhum tipo de
assistência se não estiverem
conectadas com o trabalho
de assessoria da federação.
Atualmente, é de conhecimento da Fenep a existência
de 187 instituições de ensino presbiterianas espalhadas
pelo Brasil.
Para efetuar esse cadastro,
a instituição deve entrar em
contato via e-mail com o
secretário executivo e fazer
uma solicitação da ficha. As
igrejas que desejarem obter
informações sobre como
abrir uma escola deverão
proceder de igual maneira.
Em breve, a Fenep irá fornecer a ficha cadastral em
sua futura página na Internet,
que será lançada num curto
período de tempo.
Outra ação da Fenep é
incentivar as IPBs a investir
no ensino secular, criando
novas escolas ou expandindo
as que já existem. Todas as
etapas desse processo são
acompanhadas e orientadas
pela diretoria da federação.
Materiais específicos de
legislação escolar, previdenciária e trabalhista, tais
como guias do Ministério
da Educação, são fornecidos
pela liderança.
Contatos com a Fenep
podem ser feitos pelo e-mail
[email protected].
br ou pelo telefone (21)
2692-5894 e 2693-4837.
14
Brasil PRESBITERIANO
Março de 2007
Missões Transculturais
Missionário da APMT fala sobre evangelização naquele país
Timor Leste conta com trabalho presbiteriano
Divulgação
Letícia Ferreira
C
em é o número aproximado de missionários brasileiros no
Timor Leste, de cerca de
14 agências. A informação
é dada pelo rev. Celso Dias
Alves, missionário naquele
país pela APMT (Agência
Presbiteriana de Missões
Transculturais) da IPB,
com sua esposa Leliane e
os dois filhos: Sarah, de
12 anos, e Luigi, que completa 10 anos no próximo
mês. Para ele, isso demonstra que o país, com cerca
um milhão de habitantes,
segundo censo realizado no
ano passado, não está sendo
negligenciado em relação a
missões.
No mês passado, a APMT
enviaria mais um casal ao
país, o rev. Jessé Silveira
Fogaça e sua esposa Helen.
Esta foi, junto com mais
12 pessoas, aprovada pelo
Ministério da Educação e
Cultura brasileiro para trabalhar no Timor Leste e será
treinada durante um ano. No
final de 2007, outros dois
missionários deverão ser
enviados: Marcos Nicolli
Napoli Filho e Priscila
Raquel Rodan Pereira.
“Isso sem contar os missionários de outras nacionalidades. Acredito que o
número de missionários é
bom, porque existem também várias denominações
nacionais com os seus
obreiros”, afirma o pastor.
TRABALHO
De terça a sábado, o rev.
Celso ministra aulas de por-
tuguês. Algumas destas são
dadas para crianças abrigadas pela casa que dirigia o
missionário da Assembléia
de Deus Edgard Gonçalves
Brito, morto em novembro
de 2006, hoje dirigida pela
irmã dele. “Uso a Bíblia
como livro texto e, com
isso, sou um divulgador
da Palavra em português
aqui”, celebra.
Ele é responsável por um
programa de rádio com
duração de uma hora, aos
domingos, sobre a Palavra
de Deus. É em português
e está no ar há dois anos e
meio.
Nas tardes de domingo, a
casa do pastor se enche de Rev. Celso Dias Alves e família evangelizando no
crianças para uma reunião Timor Leste
de evangelização, liderada profundo enraizamento da os principais motivos que
pela esposa dele e com par- obra presbiteriana naquele levaram o rev. Celso e sua
ticipação ativa dos filhos, local, como a distribuição esposa a escolherem aquele
programação que já dura do devocionário Cada Dia, país como campo de trabatrês anos. Segundo ele, produzido pela Luz para o lho missionário. O pastor lá
metade da população leste- Caminho.
chegou em 28 de junho de
timorense tem menos de 12
Leliane, aos sábados, dá 2003 e conta que o procesanos de idade. As reuniões aulas de culinária em casa e so de adaptação da famísão feitas na língua tetum, a já atendeu diversas turmas. lia foi muito difícil. “As
mais falada pelo povo, com Também já ministrou aulas crianças se adaptaram mais
ensino também da língua de português, é formada em rapidamente, mas em muiportuguesa. “Com a che- Letras, e em breve voltará a tas coisas continuam resisgada dos novos missioná- essa atividade, na casa da tentes. Eu e minha esposa
rios deveremos trabalhar família, para senhoras do tivemos maior dificuldade,
mais com jovens e adul- bairro. A missionária tam- mas hoje, em termos gerais,
tos, especialmente com o bém realizou várias classes podemos dizer que estamos
campo aberto que temos de cinco dias com crianças, adaptados”, afirma.
junto aos nossos alunos e para evangelização.
No início, houve probleex-alunos de português. Já ADAPTAÇÃO
mas quanto à regulamendistribuímos mais de cem
O ensino da língua por- tação da família no país,
Bíblias e temos feito uma tuguesa como uma porta segundo acredita o pastor,
boa semeadura”, comemo- para entrar no país e man- devidos à inexperiência
ra o rev. Celso. Ele informa ter contato direto com o do governo timorense em
que já atendeu aproximada- povo, além da necessidade gerir a nação. No entanto,
mente cem alunos de por- de ajuda do Timor Leste o próprio governo tomou a
tuguês e pretende imple- nos primeiros passos como iniciativa de melhorar esses
mentar ações para um mais nação independente foram trâmites e hoje não há mais
problema. Pretendem registrar a APMT no Timor Leste
como uma ONG, como
outras missões já fizeram,
para facilitar o trabalho.
Segundo o rev. Celso, a
realidade do dia-a-dia no
Timor Leste é mesmo muito
difícil como se imagina: “é
um país tribal, com fortíssima influência política de
uma igreja católica medieval, que tem métodos medievais, como a perseguição a
missionários brasileiros no
interior do país”. Por exemplo, ele cita um acontecimento de 18 de fevereiro,
quando missionários tiveram que chamar a polícia
ou teriam sua propriedade
invadida por seguidores da
igreja católica. Além disso,
o sincretismo religioso é
grande e a devoção do povo
é orientada por sacerdotes
animistas.
A violência tem sido vista
de perto pela família do rev.
Celso. Ele diz que, quando explodiu a crise, ele, a
esposa e os filhos foram
a única família de missionários e de brasileiros que
resolveram permanecer em
casa: “Vimos nosso bairro
ser invadido por uma multidão que entrou destruindo
e roubando as casas vazias.
Estavam armados com espadas, facões, arcos e flechas
e outras armas tradicionais.
Deus nos protegeu e nada
de mal nos aconteceu. A
instabilidade política ainda
existe em Timor Leste e,
neste ano que é de eleição,
não sabemos o que pode
acontecer”.
Aniversário
Março de 2007
15
Divulgação
Brasil PRESBITERIANO
IP de Nilópolis
40 anos
Por rev. Lamartine Gaspar de Oliveira
“No processo de plantar e colher, não existe
atalho”.
Em 2 de abril de 1962 dá-se início a trajetória.
A Primeira IP de Nilópolis (RJ) recebe, como
membro oriundo da IP do Riachuelo, a irmã
viúva Abigail Amélia da Silva, uma sonhadora que passou a residir na Rua Coronel José
Muniz, 504, e logo resolveu criar em sua casa
uma escola primária. A igreja, que havia começado um trabalho em 1945 na casa da irmã Nair
da Silva, local onde recebera a irmã Abigail,
planejou a compra de um terreno para a construção de um templo.
A irmã Abigail orou fervorosamente para que o
trabalho fosse perto de sua casa e, para isso,
trabalhou intensamente. Ela veio a falecer, mas
o terreno foi comprado bem em frente a sua
casa, onde hoje se encontra localizada a igreja,
no número 461, organizada dia 18 de março
de 1967. O primeiro pastor foi o rev. Gerson
Perestrello Casanova, já falecido. Há quase
uma década, a igreja é pastoreada pelo rev.
Lamartine Gaspar de Oliveira.
A ata de organização registra os dois primeiros
presbíteros: Ely da Silveira Pires e Walter Pinto
da Fonseca, os dois primeiros diáconos: Carlos
da Rocha Calixto e Miguel Ferreira Neto, a primeira tesoureira: irmã Lenita Baldow Válega, e
a primeira recepção por pública profissão de fé,
da jovem Maria Edwirges Baldow.
Passaram-se 40 anos e hoje a igreja pode
contar as mais ricas e preciosas bênçãos. A IP
de Nilópolis organizou uma filha, a IP do Paiol,
pastoreada pelo rev. Ismael Maria Mendes. Tem
também projetos para mais duas frentes de
trabalho, onde não há nenhum trabalho pres-
biteriano. Alegres, os membros sustentam um
casal de missionários e auxiliam um bacharel
em teologia e um seminarista.
Para a comemoração dos 40 anos, o tema
escolhido é Partindo 40 bolos para contar 40
anos. A igreja receberá, no dia 10 de março, o
Presbitério de Nilópolis, com uma grande solenidade, contando com a participação do rev.
Joel Rodrigues Ferreira, pastor da igreja mãe e
pregador da ocasião. No dia 1º de abril, o presidente do Supremo Concílio da IPB, rev. Roberto
Brasileiro, se fará presente.
Brasil PRESBITERIANO
Março de 2007
17
Informativo
Publicação oficial por determinação da Comissão Executiva do Supremo Concílio da IPB
Processo Nacional de Avaliação dos Cursos Teológicos
Resumo dos resultados do Processo Nacional de Avaliação para conhecimento de todos os presbitérios.
1ª
2ª
3ª
4ª
5ª
6ª
7ª
8ª
Médias Gerais
2002
Seminário Total (%)
2003
2004
2005
2006
Seminário Total (%) Seminário
Total (%) Seminário Total (%) Seminário Total (%)
STPS
JMC
SPS
STNe
SPBC
SPRDNE
SPB
SPN
STPS
JMC
SPS
SPRDNE
STNe
SPBC
SPB
SPN
55.6
55
55
54
54
50
48
45
52.1
52.3
50.6
50.0
49.5
48.9
46.5
44.5
40.3
47.8
STPS
SPRDNE
STNe
SPS
JMC
SPB
SPBC
SPN
55.8
54.5
50.7
49.8
49.7
47.9
47.3
46.9
50.3 STNe
STPS
JMC
SPRDNE
SPB
SPBC
SPN
SPS
61,4
57.6
56.6
50.9
50.2
49.3
48.3
47.4
STNe
JMC
STPS
SPRDNE
SPB
SPN
SPS
SPBC
45.0
Legenda:
STPS – Seminário Teológico Presbiteriano Ashbell Green Simonton – Rio de Janeiro (às vezes referido, no relatório, como STPRAGS).
JMC – Seminário Teológico Presbiteriano Rev. Jose Manoel da Conceição – São Paulo.
SPS – Seminário Presbiteriano do Sul – Campinas.
STNe – Seminário Teológico Presbiteriano do Nordeste – Terezina.
SPBC – Seminário Teológico Brasil Central – Goiânia.
SPRDNE – Seminário Teológico Presbiteriano Reverendo Denoel Nicodemos Eller – Belo Horizonte.
SPB – Seminário Teológico Presbiteriano de Brasília – Brasília.
SPN – Seminário Teológico Presbiteriano do Norte – Recife.
69.1
61.3
60.9
57.1
55.6
55.4
55.4
55.1
58.7
Comemoração
Reformados franceses foram os responsáveis também
pela realização da primeira Santa Ceia no Novo Mundo
Letícia Ferreira
U
ma cabana rústica, no
centro da ilha então
chamada de Serigipe
(hoje Ilha de Villegagnon),
na Baía de Guanabara, Rio de
Janeiro, foi o cenário do primeiro culto protestante realizado no Brasil - e mesmo nas
Américas ou Novo Mundo,
no dia 10 de março de 1557,
uma quarta-feira. Cercada
pela exuberante flora e fauna
brasileiras e dos então chamados “selvagens”, habitantes locais, cerca de algumas
centenas de pessoas assistiram ao culto, ministrado pelo
recém chegado pastor huguenote (como eram chamados
os protestantes franceses logo
após a Reforma do século 16),
Pierre Richier.
O sapateiro Jean de Léry, um
dos protestantes que saiu, em
1556, de Genebra, na Suíça,
para auxiliar na colonização
francesa do Rio de Janeiro,
região chamada pelos colonizadores de França Antártica,
escreveu um relato notável
do tempo que passou na Baía
de Guanabara, a que chamou
Viagem à Terra do Brasil.
É uma narrativa agradável e
muito esclarecedora sobre o
Brasil ainda em descobrimento e as reflexões protestantes
sobre o Novo Mundo e o
modo de vida dos indígenas e
colonizadores.
O sapateiro, mais tarde pastor, conta que, no dia da chegada da comitiva huguenote à
Franca Antártica, o grupo foi
recebido com muita alegria
pelo vice-almirante Nicolas
Durand de Villegagnon, res-
ponsável pelo governo local,
que se dizia partidário da
Reforma. “É minha intenção
fazer criar aqui um refúgio
para os fiéis perseguidos em
França, na Espanha ou em
qualquer outro país além-mar,
a fim de que sem temer o rei
nem o imperador nem quaisquer potentados, possam servir a Deus com pureza conforme a sua vontade”, disse-lhes
o vice-almirante conforme
conta Léry.
O governante mandou que
toda a sua gente se reunisse com os recém-chegados
no fortim Coligny, na época
uma cabana. Léry continua:
“O ministro Richier invocou
a Deus. Cantamos em coro
o Salmo 5 e o dito ministro,
tomando por tema estas palavras do Salmo 27: ‘Pedi ao
Senhor uma coisa que ainda
reclamarei e que é a de poder
habitar na casa do Senhor
todos os dias da minha vida’
– fez a primeira prédica no
Forte de Coligny, na América.
(...) Por fim, terminadas as
preces solenes conforme o
ritual das igrejas reformadas
de França, e sendo marcado
para elas um dia na semana,
dissolveu-se a reunião”.
Foi no dia 21 de março,
um domingo, realizada, pela
primeira vez, por protestantes
em solo brasileiro, a Ceia do
Senhor.
O historiador oficial da IPB,
rev. Alderi Souza de Matos,
acrescenta que o Salmo 5,
hino cantado nesse culto, está
até hoje nos hinários evangélicos, tendo como início da
primeira estrofe a frase: “À
minha voz, oh Deus, atende”.
“Os huguenotes só cantavam
os Salmos, que musicaram
e metrificaram, e esse hino
pertencia ao seu Saltério”,
informa. “Em alguns casos, a
mesma música foi usada para
mais de um Salmo, mas foram
feitas cerca de uma centena de
músicas”.
COMEMORAÇÃO
No dia 24 de março, essas
importantes datas para os
protestantes brasileiros serão
comemoradas pela IPB com
a inauguração de um monumento e um culto de ação de
graças, com a realização da
Santa Ceia, no Rio de Janeiro.
O culto, dirigido pelo rev.
Guilhermino Cunha, pastor da
IP do Rio de Janeiro, será realizado na Escola Naval, que
fica na Ilha de Villegagnon, às
15h. A inauguração do memorial, também seguido de um
culto de ação de graças, será
na IP do Rio de Janeiro, às
17h30.
Conturbado, interessante e
triste foi o destino da comitiva principal de protestantes
franceses chegados ao Brasil
naqueles dias em que a sede
da governadoria geral do país
era na Bahia e o governante
era Mem de Sá, sob o rei de
Portugal dom Sebastião. Conta
Jean de Léry que Villegagnon,
em 1555, cavaleiro da Ordem
de Malta, se manifestou a favor
da Reforma e se esforçou até
conseguir, principalmente
pela influência do ministro
almirante Gaspar de Coligny,
do então rei francês Henrique
II, instalar-se como colonizador no Brasil, na região da
Baía de Guanabara.
Nessa região, conta o rev.
nas Américas
Brasil PRESBITERIANO
Março de 2007
19
Arquivo Histórico Ultramarino de Lisboa, Portugal
Primeiro culto protestante
Brasil PRESBITERIANO
Março de 2007
Acervo do Museu Histórico Nacional
18
há 450 anos
Arquivo do rev. Alderi Souza de Matos
Planta do Forte Villegagnon na Enseada do
Rio de Janeiro, pelo padre Diogo Soares,
desenho aquarelado sobre papel de 1730
Chegada de Villegagnon na Baía de Guanabara em 1555,
por Chavane, litogravura colorida do século 19
Alderi, ainda não havia o
domínio português e os franceses mantinham contato com
os habitantes locais, os índios
tupinambás, há muitas décadas. “Eram velhos conhecidos e aliados. Os tupinambás
detestavam os portugueses e
tinham amizade com os franceses”, diz.
Apesar de perseguir fortemente os protestantes,
Henrique II via com bons
olhos o almirante Coligny,
que era grande simpatizante da Reforma. Portanto,
Villegagnon chegou ao Brasil
em novembro de 1555 e logo
requisitou à igreja protestante, em Genebra, que enviasse
ministros religiosos e outras
pessoas instruídas na religião
cristã para o ajudarem na
empresa. Assim foi que, entre
cerca de aproximadamente
300 pessoas, inclusive algumas mulheres, que vinham
para se instalar como colonos no Brasil, vieram os pastores Richier, então com 50
anos, e Guillaume Chartier,
de 30, além de Phillipe de
Corguilleray,
conhecido
como senhor Du Pont, líder
do grupo, Pierre Bourdon,
Matthieu Verneuil, Jean du
Bordel, André Lafon, Nicolas
Denis, Jean Gardien, Martin
David, Nicolas Raviquet,
Nicolas Carmeau, Jaques
Rousseau, Jacques Le Balleur
e Jean de Léry. “Essas pessoas vieram com dois objetivos
específicos: criar uma igreja
reformada entre os colonos
franceses e evangelizar os
Sínodo da IPB em visita à Ilha de Villegagnon, em 1907
índios”, afirma o rev. Alderi.
Três navios saíram de
Honfleur, na Normandia,
comandados pelo sobrinho de
Villegagnon, Bois Le Conte,
com destino ao Brasil, no dia
19 de novembro de 1556.
A viagem durou três meses,
cheia de tormentas como tempestades, piratas e até fome
entre os passageiros.
Após serem recebidos com
aparente amabilidade por
Villegagnon, este logo começou a discordar em questões
doutrinárias dos protestantes e,
poucos dias depois da chegada
destes, segundo Léry, declarou
ter mudado de opinião sobre
Calvino, que passou a definir
como “herege transviado da
fé”.
Segundo o rev. Alderi,
Villegagnon era simpatizante da Reforma no começo e
pretendia, ao chegar ao Brasil,
que sua colônia fosse um lugar
onde protestantes e católicos
pudessem viver em harmonia.
“Há aspectos um tanto misteriosos que até hoje os historiadores não esclareceram
totalmente”, diz.
Jean de Léry, em sua narrativa, expressa a opinião de
que essa mudança teria sido
motivada por cartas recebidas por personagens importantes da religião católica,
como o cardeal de Lorena,
que censuravam e até ameaçavam Villegagnon por este
ter adotado a fé reformada.
No entanto, até hoje não se
tem certeza se o governador
da França Antártica era real-
mente convertido ao protestantismo ou fingiu ser e não se
sabem ao certo as razões, além
das conhecidas discordâncias,
por exemplo, sobre a transubstanciação do corpo de Cristo
na Santa Ceia, que o levaram a voltar-se violentamente contra os protestantes que
ele mesmo mandara chamar.
Prendeu e até torturou alguns
dos huguenotes e acabou por
expulsá-los da ilha. Antes de
completarem um ano de estadia no Brasil, foram obrigados
a deixá-lo embarcando num
navio chamado Jaques no dia
4 de janeiro de 1558. Segundo
Léry, todos e ele mesmo, tristes por deixarem a “Terra do
Brasil”, a qual haviam se afeiçoado, e por voltarem à sua
pátria onde eram perseguidos.
Para piorar, o navio era pequeno e bastante precário e a viagem já no início dava mostras
de naufrágio.
Assim sendo, alguns passageiros decidiram retornar ao
Brasil: Jean de Léry, Pierre
Bourdon, Jean du Bordel,
Matthieu Verneuil, André
Lafon e Jacques Le Balleur.
Léry desistiu de voltar por
insistência de amigos, na última hora.
Os três primeiros foram
mortos por Villegagnon por
afogamento. Léry afirma que
Nicolas de Villegagnon, "com
este ato, foi quem primeiro
derramou sangue dos filhos
de Deus” no Brasil, sendo, por
isso, apelidado “por alguém”
de “Caim da América”.
Ainda assim, a Ilha de
Serigipe passou a chamarse, como até hoje, Ilha de
Villegagnon e, atualmente, abriga a Escola Naval da
Marinha Brasileira. O Forte
Coligny foi destruído pelos
portugueses em 1560, após
a expulsão dos franceses do
Brasil e o fracasso da França
Antártica.
DESTINO DOS PIONEIROS
Como o rev. Alderi contou,
em sua coluna na edição de
janeiro do BP, Villegagnon
aprisionou os cinco huguenotes que, temerosos da precária
condição do navio que levou
de volta seus companheiros à França, retornaram ao
Brasil, e deles exigiu que res-
pondessem em poucas horas
um questionário sobre pontos teológicos. O texto que
eles prepararam e escreveu,
com tinta de pau-brasil, Jean
du Bourdel, ficou conhecido como a Confissão de Fé
da Guanabara. Assinaram
também o documento Pierre
Bourdon e Matthieu Verneuil.
“Sob alegação de heresia, na
sexta-feira 9 de fevereiro de
1558, Villegagnon ordenou a
execução de Bourdel, Bourdon
e Verneuil. André Lafon foi
poupado por vacilar nas suas
convicções e ser o único
alfaiate da colônia. Jacques Le
Balleur, que havia conseguido
fugir, mais tarde foi encarcerado na Bahia e executado
no Rio de Janeiro. A história
dos mártires calvinistas, escrita por Jean de Léry, e o texto
da confissão foram incluídos
no livro História dos Mártires
(1564), de Jean Crespin. Em
1917, sob o título A Tragédia
da Guanabara, o presbítero
Domingos Ribeiro publicou
essa narrativa em português,
junto com a tradução da confissão de fé feita por Erasmo
Braga em 1907, a pedido do
rev. Álvaro Reis. Essa obra
está prestes a ser lançada
em nova edição pela Editora
Cultura Cristã.”, escreveu o
rev. Alderi.
Jean de Léry retornou à
Genebra onde concluiu seus
estudos em Teologia e foi
ordenado pastor.
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