Dezembro - AW Portuguese

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Dezembro - AW Portuguese
Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia
D e ze m b ro 2 0 0 8
uma
Nova
umanidade
H
11
Vícios e Comportamentos
de Risco
14
Adventist World
Online
22
O Resgate Final
D eze mbro 2008
A
IGREJA
EM
AÇÃO
Editorial ....................... 3
Notícias do Mundo
3 Notícias & Fotos
Janela
10 A Albânia por Dentro
SAÚDE
ARTIGO
DE
C A PA
Uma Nova Humanidade
Por Jan Paulsen ........................................................................... 16
Os desafios que enfrentamos como igreja são enormes,
mas as oportunidades também são.
DEVOCIONAL
Andando na Luz Por Ramani Kurian ................................... 12
Nossa jornada para o Céu pode ser longa, mas nunca
caminharemos sozinhos.
VIDA
ADVENTISTA
Adventist World Online Por Bill Knott .............................. 14
Agora, qualquer pessoa com um computador e acesso
à Internet pode participar da conversação global.
ESPÍRITO
DE
Temos um trabalho a fazer como seguidores de Cristo.
FUNDAMENTAIS
O Resgate Final Por Mark Finley .......................................... 22
Por vinte séculos, os cristãos têm sido confortados
pela verdade da ressurreição.
HERANÇA
Por Allan R. Handysides
e Peter N. Landless
PERGUNTAS
BÍBLICAS
Único e
Incomparável ............. 26
Por Angel Manuel Rodríguez
ESTUDO
BÍBLICO
O Poder da
Ressurreição ............... 27
Por Mark A. Finley
PROFECIA
Servindo ao Mestre Por Ellen G. White............................... 21
CRENÇAS
Vícios e
Comportamentos
de Risco....................... 11
ADVENTISTA
Uma Luz no Caminho Por Ron Laing ................................ 24
INTERCÂMBIO
MUNDIAL
29 Cartas
30 O Lugar de Oração
31 Intercâmbio de Idéias
O Lugar das
Pessoas ........................ 32
Sua arte tem sido vista por milhões. Veja como Harry Anderson
fez a diferença na vida de um de seus admiradores.
Tradução: Sonete Magalhães Costa
Adventist World (ISSN 1557-5519) é editada 12 vezes por ano, na primeira quinta-feira do mês, pela Review and Herald
Publishing Association. Copyright (c) 2005. Vol. 4, nº 12, dezembro de 2008.
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Adventist World | Dezembro 2008
www.portuguese.adventistworld.org
A Igreja em Ação
EDITORIAL
Abrindo Espaços Para a Paz
“Dá-nos paz, Senhor!”
ssa oração é tão antiga quanto a igreja cristã e, também, um de seus hinos mais antigos. Das catacumbas
da Roma do primeiro século aos altíssimos prédios de
apartamentos da vida urbana, no século 21, os crentes têm
implorado ao Senhor da paz para aquietar o “ruído externo”
e o “ruído interno” por meio do dom da paz celestial.
Almejamos calma interior para enfrentar as pressões
da vida cotidiana: conseguir e manter um emprego em
tempos de crise econômica; relacionamentos que mudam e
deterioram, às vezes, dolorosamente; o senso de que estamos
“atrás” em quase tudo: no tempo, ao completar um trabalho,
nas coisas para Deus. Milhares de vezes ao dia – ou mais – os
crentes pedem pela paz que não têm.
Oramos pela paz, esperando que esse dom, de algum
modo, traga ordem e quietude para nossa vida. Mas a Bíblia
nos lembra que a paz de Jesus não se limita a acalmar nossa
vida como a chuva que refresca a terra, na primavera. A paz
é um dos maiores dons espirituais, mas, como um de meus
amigos gosta de dizer, é também um dom “espacial”: necessita de espaço; muda as coisas de lugar, tira do lugar o que já
E
estava lá. A paz de Jesus não se limita a esconder a máscara
da ansiedade e dos conflitos que aparecem. Ela os remove;
ela os empurra para fora de nossa vida. Mas exige que tomemos a decisão de abrir espaço suficiente, colocando algumas
coisas de lado e abraçando outras.
Posso aumentar minha paz fazendo certas coisas e evitando outras. Se eu diminuir meu acesso à mídia – jornais,
rádio, televisão, telefones celulares –, descubro um espaço
abençoado em minha vida, onde a paz de Cristo pode reinar.
Se seguro minha língua quando sou tentado a responder
com raiva e orgulho, a paz de Cristo consegue mais espaço
para habitar. Quando tomo a decisão de, pela graça de Deus,
reparar relacionamentos quebrados, gasto muito menos
tempo me preocupando com as dores e injúrias do passado.
Desse modo, sou repentinamente libertado para desfrutar a
alegria de Deus – e a paz – em grande abundância.
Da próxima vez que orar pela paz em sua vida, permita
que o Espírito Santo o lembre do espaço que você precisa
abrir, para que esse maravilhoso dom de Jesus possa encontrar, para sempre, seu lar.
— Bill Knott
NOTÍCIAS DO MUNDO
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QUESTÕES FINANCEIRAS: Roy Ryan (esquerda), tesoureiroassociado da Associação Geral, e Robert E. Lemon, tesoureiro,
discutem os rendimentos e investimentos no mercado financeiro
durante a 13ª sessão do Concílio Anual, realizado em Manila, Filipinas.
F O T O S :
■ A situação financeira da Igreja
Adventista do Sétimo Dia está sob
pressão pela turbulência que sacudiu
o mercado financeiro mundial em setembro e outubro, informam os administradores financeiros da Associação
Geral, mas os líderes da igreja mundial
decidiram pela cautela ao gerir em
tempo de crise.
No dia 13 de outubro, no Concílio
Anual da Associação Geral (AG) dos
Adventistas do Sétimo Dia, foi votado
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Ajuste de Orçamento para
Tempos de Dificuldades
Financeiras
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A Igreja em Ação
NOTÍCIAS DO MUNDO
aceitar o orçamento para 2009, com
base nos níveis de entradas de 2007,
juntamente com a resolução de
permitir que a Mesa Diretiva da AG
faça ajustes internos entre as reuniões
em Manila e as próximas reuniões de
negócios em abril de 2009, que serão
realizadas na Universidade Oakwood,
de propriedade da igreja, em Huntsville, Alabama, nos Estados Unidos.
Robert E. Lemon, tesoureiro da
Associação Geral, dirigindo-se aos
delegados do Concílio Anual, lembrou
que o dízimo recebido pela igreja
mundial em 2007 somou a importância de um bilhão, setecentos e oitenta
milhões de dólares americanos, 11%
a mais do que a soma de um bilhão e
seiscentos milhões em 2006. As ofertas
para as missões mundiais em 2007
totalizaram sessenta e três milhões
de dólares americanos, um acréscimo
aproximado de 10% sobre os cinqüenta e oito milhões recebidos em 2006.
Embora muito desse acréscimo
seja resultado do aumento das ofertas
em moedas locais, Lemon disse que a
“maior parte” é atribuída à conversão
dessas moedas no desvalorizado dólar
americano.
O dízimo da igreja na Divisão
Norte-Americana (DNA) subiu cerca
de 4%; a DNA informou um acréscimo de aproximadamente 2% nas
ofertas para as missões, de acordo com
Lemon.
Comentando a situação financeira
e a necessidade de haver habilidade
para ajustar o orçamento da igreja
às variações constantes, Lemon disse
que a AG opera de modo diferente de
outras organizações.
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Adventist World | Dezembro 2008
OBRIGADO: Norman Maphosa, da Universidade Solusi (de propriedade
da igreja), no Zimbábue, expressa sua gratidão pela subvenção
concedida à igreja daquele país, que se depara, diariamente, com uma
taxa de inflação sem precedentes.
F O T O S :
“Nossos orçamentos não são projetados sobre os dólares que temos”,
disse ele, “mas sobre a antecipação das
bênçãos”. Isso significa que “não sabemos o efeito que os mercados terão
sobre receitas futuras”.
À luz dessa informação, os líderes
da Igreja já estão fazendo mudanças
para economizar. “Seguraremos tudo
o que pudermos” ao preenchermos
vagas na sede mundial, embora segurar não signifique “congelamento
total” no preenchimento das vagas que
necessitam ser supridas. Da mesma
forma, o voto aprovou a inclusão de
um aumento de 3% nas apropriações
para o orçamento de 2009, que poderá
ser adiada, ou mesmo eliminada, dependendo da realidade econômica.
A maior discussão do Concílio
Anual, no dia 13 de outubro, girou
em torno dos fundos operacionais de
investimentos de capital da Associação
Geral. Alguns desses fundos sofreram
uma queda de cerca de 30 a 40%, dias
antes do início das reuniões. Esses,
porém, representam uma parcela
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muito pequena do total dos fundos
operacionais da Igreja, em nível mundial. Roy Ryan, tesoureiro assistente,
disse que o propósito da maioria dos
investimentos do capital operacional é
gerar retorno suficiente para compensar a inflação e preservar o poder de
compra. Ryan disse não ser prudente
entrar no “jogo do mercado”.
O pastor Jan Paulsen, presidente da
Associação Geral, concordou dizendo
que a Igreja “é tão conservadora quanto possível” em seus investimentos.
Além da decisão de alterar o orçamento, foram votadas outras ações
que incluem elevar em, no mínimo,
1% ao ano as reservas do capital de
giro da Associação Geral, de 40 a 50%
das entradas do ano, sem restrições.
Outra decisão foi conceder um bilhão
de dólares americanos à União SulAfricana, assim como empréstimo de
dois milhões e meio de dólares americanos, a serem pagos em dez anos,
para a fundação do fundo de pensão
da União, conforme exigem as leis
sul-africanas. Essa decisão, segundo
Paulo Ratsara, presidente da Divisão
Sul Africana-Oceano Índico, deve finalmente unificar os planos de pensão
das duas ex-uniões.
Uma decisão adicional habilita a
igreja mundial a destinar três milhões
e meio de dólares americanos para
completar a construção da Universidade Adventista da África, com cursos
de doutorado, em Nairóbi, Quênia.
Fazer esse investimento agora, disse
Lemon, permitirá que a construção
avance com melhor padrão.
Talvez o momento mais emocionante veio com as palavras de apreciação pela concessão de trezentos mil
dólares americanos para a Divisão Sul
Africana-Oceano Índico, para serem
usados no Zimbábue, que enfrenta
uma taxa de inflação apenas vista
nos tempos da república Weimar da
Alemanha.
Norman Maphosa, da Universidade Solusi, no Zimbábue, expressou seu
agradecimento à igreja mundial pela
oferta, lembrando que a “situação está
se deteriorando” em seu país.
Em outras notícias financeiras,
os líderes da Igreja disseram que o
“dízimo extraordinário” relatado anteriormente, resultante dos proventos da
venda de um negócio de uma família,
atingiu pouco menos de cento e dois
milhões de dólares americanos, aos
quais foram adicionados outros dois
milhões e oitocentos mil dólares em
juros. Dos cento e quatro milhões de
dólares disponíveis para serem empregados, setenta e cinco milhões e setecentos mil dólares foram empregados
nas divisões do mundo, assim como
em instituições da AG e programas
que financiam o evangelismo mundial.
Outros quinze milhões e setecentos
mil dólares estão reservados para serem empregados no futuro, disseram
os líderes.
—Por Mark A. Kellner, editor de notícias,
Adventist Review, com reportagem de
Ansel Oliver, Adventist News Network,
Escrito de Manila, Filipinas
Igreja Mantém Mesma Taxa
de Crescimento
■ Pelo quinto ano consecutivo, mais
de um milhão de pessoas uniram-se
à Igreja Adventista do Sétimo Dia
mundial, segundo relatório estatístico
da Igreja, neste ano.
Os líderes disseram que, no final
do ano eclesiástico, em 30 de junho
de 2008, uma média de 2.800 pessoas
uniu-se à igreja, diariamente, elevando
o número mundial de membros a
15.780.719.
Hoje, há um adventista para cada
425 pessoas no planeta. Em 1980, a
proporção era de 1 para 1.268.
Os relatórios deste ano refletem
um decréscimo de mais de 300
mil membros na América do Sul,
segundo auditoria nos números dos
membros da Igreja naquela região.
“Enquanto auditorias anteriores
em outras divisões tenham sido
igualmente intensas, quanto mais
acurado for o total de membros, mais
positivamente poderemos olhar para
o futuro”, disse Bert Haloviak, diretor
do Departamento de Arquivos e
Estatísticas da igreja mundial. Relatar
um “número real de membros” é
essencial para preparar a região para
crescer, de acordo com os administradores da Igreja.
Entre 2003 e 2005, a igreja no Sul
da Ásia-Pacífico perdeu 400 mil membros, após auditoria no número de
membros, disse Haloviak. Entretanto,
aquela região agora tem o segundo
maior crescimento regional de 6,6%,
a maior taxa de crescimento da região
desde sua organização, em 1997, disse
o secretário executivo da igreja mundial, informa Matthew Bediako.
Bediako disse que espera que mais
duas das 13 regiões da igreja mundial
realizem similar auditoria.
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AUDITORIA SIGNIFICA CRESCIMENTO: O
secretário executivo da
igreja mundial, Matthew
Bediako, diz esperar
que outras Divisões, das
13 existentes no mundo,
realizem auditoria
nos números de seus
membros. Os líderes da
Igreja crêem que tais
auditorias geram um
total de membros mais
acurado, o que inspira
novo crescimento.
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A Igreja em Ação
NOTÍCIAS DO MUNDO
Tanto Bediako quanto Haloviak
apresentaram suas descobertas
durante os relatórios nas reuniões
administrativas do Concílio Anual da
igreja em Manila, Filipinas, dia 12 de
outubro de 2008.
O padrão do crescimento da
Igreja demonstra que ela cresceu em
sociedades não ocidentais. Oitenta e
nove por cento do atual crescimento
da Igreja ocorreu em seis das treze
regiões mundiais: América do Sul,
Interamericana, África Central e Este,
África do Sul-Oceano Índico, Sul da
Ásia e Pacífico-Sul Asiática.
A África e a América Latina abrigam, hoje, 70% dos membros da Igreja. Dezoito por cento dos membros
residem na Ásia, 7% na América do
Norte e 5% na Europa e Oceania, disse
Haloviak aos delegados.
Bediako disse estar animado, pois
há missionários vindo de mais países
e servindo em mais países que nunca
antes. Há, no momento, mais de 2.800
missionários voluntários servindo à
Igreja em todas as regiões do mundo.
Outros líderes apresentaram seus
esforços evangelísticos como parte
da iniciativa da Igreja, denominada
“Conte ao Mundo”, como tema para
o final do qüinqüênio, em 2010. Gary
Krause, diretor do Departamento da
Missão Adventista, relatou o sucesso
da missão dos pioneiros em países em
que a igreja está sendo implantada.
Muitos outros líderes mencionaram o sucesso da implantação de templos no crescimento da Igreja. Krause
citou um estudo do Seminário Teológico Fuller, que afirma serem necessárias três pessoas para trazer uma a
Cristo nas igrejas entre um e três anos
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Adventist World | Dezembro 2008
APELO DAS EDITORAS:
Robert Smith, presidente
da Review & Herald Publishing Association, disse
que, se a Associação Geral
“nos enviasse todo
o trabalho que podemos
realizar”, as editoras,
como instituições comerciais, estariam estáveis.
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de existência. O quadro muda para
sete pessoas em igrejas entre quatro
a sete anos de idade. Oitenta e cinco
pessoas são necessárias em igrejas com
dez anos de existência ou mais.
Os líderes disseram que o crescimento da Igreja é fruto de testemunho
pessoal, escolas e outras instituições,
além do evangelismo público.
—Por Ansel Oliver, diretor-assistente de
notícias da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, com reportagem
de Manila, Filipinas
Concílio Anual Vota Mudanças
Administrativas
■ Os líderes da Associação Geral
(AG) votaram solicitar, para a próxima reunião da comissão diretiva mundial, ampla autoridade para mudar a
sistemática da Igreja na contratação
de diretores de departamentos, na
busca de mais eficiência, informam os
líderes.
“É importante que a Igreja tenha
flexibilidade e destreza para agir”,
disse o pastor Jan Paulsen, presidente
da AG, na votação desse item, no
dia 12 de outubro, pela manhã. A
decisão, disse ele, “é uma prova de que
desejamos manter a flexibilidade para
funcionarmos como uma comunidade
dinâmica, enquanto protegemos nossos valores”.
O comentário de Paulsen veio
após o Concílio Anual, durante as
primeiras reuniões de negócios da
igreja mundial, que votou solicitar
à Sessão da Associação Geral, em
2010, na cidade de Atlanta, Georgia,
Estados Unidos, permissão para que
o Conselho Executivo da Igreja possa
fazer mudanças na estrutura dos
departamentos da sede mundial, sem
que isso seja aprovado antes pelo conselho que se reúne a cada qüinqüênio.
A assembléia da AG continuará a ter
a autoridade final para revisar ou reverter os ajustes feitos pela Comissão
Administrativa durante o qüinqüênio.
A eleição dos diretores associados
dos departamentos ou secretários
associados também será transferida
da assembléia da AG para o primeiro
Concílio Anual, após a assembléia, se a
proposta for aprovada em Atlanta.
As duas propostas administrativas
resultaram de três anos de reuniões da
Comissão dos Ministérios, Estruturas
e Serviços, que conduzem uma série
de reuniões, em nível mundial, onde o
funcionamento da igreja é avaliado. O
relatório chegou ao plenário do Concílio Anual no dia em que Robert Lemon, tesoureiro da Associação Geral,
relatou que 16 milhões de membros
da Igreja Adventista do Sétimo Dia estão lidando com as incertezas do atual
mercado financeiro mundial. Lemon,
Paulsen e outros líderes enfatizaram a
necessidade de a Igreja poder agir em
tais condições com mais rapidez.
O argumento fundamental para
permitir que a Comissão Administrativa faça mudanças nos departamentos
entre as reuniões qüinqüenais é a necessidade de flexibilidade em tempos
de mudanças. A decisão de solicitar
permissão para mudar o modo como
os diretores e secretários associados
são eleitos, tem como objetivo aliviar
a pressão sobre as comissões de
nomeação, na assembléia da AG, e
sobre os diretores de departamentos
recém-eleitos, alguns dos quais têm
muito pouco tempo para escolher seus
associados.
Ao tomar essa decisão, disse
Paulsen, a igreja “não abre mão de
nada valioso”; ao contrário, reforça a
capacidade dos líderes da Igreja para
agir de forma mais dinâmica.
Ele observou que “fizemos as coisas
de um determinado modo para tanta
gente, por muito tempo, mas talvez
haja outro modo”.
O potencial do “outro modo” pode
também alcançar a operação das duas
casas editoras, de propriedade da
igreja, na América no Norte: a Review
& Herald Publishing Association
(RHPA), localizada em Hagerstown,
Maryland, e a Pacific Press Publishing
Association (PPPA), com sede em
Nampa, Idaho. Ambas têm raízes
históricas no Adventismo: a Review &
Herald foi a primeira editora da Igreja
e, por muitos anos, funcionou em
Battle Creek, Michigan e Takoma Park,
Maryland. Ambas têm se concentrado
em produzir literatura e revistas para
a Igreja mundial, assim como para a
América do Norte. A Review & Herald
publica a Adventist Review (Revista
Adventista em inglês) e várias edições
da Adventist World. A Pacific Press é
líder na publicação da Lição da Escola
Sabatina para adultos.
Paulsen, entretanto, disse no dia 13
de outubro que “a publicação também
é um negócio”, e “de tempos em tempos, temos que ponderar se estamos
administrando bem nossas editoras”.
Paulsen perguntou: “Estamos disponibilizando para a Igreja a melhor
estrutura de publicações?”
Para descobrir se esse é o caso,
Paulsen propôs – os delegados aceitaram – a criação de uma comissão para
“estudar as realidades do mundo das
publicações” com os membros, principalmente os da América do Norte.
A expectativa é que essa comissão
apresente um relatório na próxima
reunião administrativa, em abril de
2009, na Universidade Oakwood, em
Huntsville, Alabama, Estados Unidos.
Embora a proposta tenha passado com facilidade, Robert Smith,
presidente da RHPA, observou que a
Associação Geral já estudou o sistema
de publicações norte-americano anteriormente e insistiu para que a nova
comissão não “estude nossa morte
para que a cura não seja pior que a
doença”.
Smith lembrou que a RHPA fechou
o ano, em 30 de setembro, com lucro
de cem mil dólares americanos. Ele
disse que, se a Associação Geral “nos
enviasse todo o trabalho que podemos
realizar”, as editoras, como instituições
comerciais, estariam estáveis.
Dale Galusha, presidente da Pacific Press, disse à Adventist Review:
“Aceitamos oportunidades como esta,
para explorar melhores maneiras de
fortalecer a Igreja, promovendo a missão e fornecendo livros que fortalecem
a fé, além de outros materiais para os
membros da igreja.”
—Por: Mark A. Kellner, editor de notícias, de Manila, Filipinas.
Eleitos Novos Administradores
■ A Comissão Diretiva da Igreja
Adventista do Sétimo Dia elegeu
quatro novos líderes, no dia 12 de
outubro, o primeiro dia de reuniões
do Concílio Anual, realizado este ano
em Manila, Filipinas.
A comissão votou novos líderes
para o Sul da Ásia, América do Norte
e um contato com o poder legislativo,
tanto para a sede mundial da AG,
como para Washington, D.C., sede do
governo americano.
John Rathinaraj, secretário para
a igreja no Sul da Ásia, foi eleito
presidente para a região, com sede em
Hosur, próximo a Bangalore, Índia,
sendo responsável pela supervisão
administrativa da igreja na Índia,
Nepal, Butão e Maldivas. Ele substitui
Ron Watts, que pediu demissão do
cargo, há alguns meses, por problemas
de saúde na família.
Rathinaraj, 59, disse que se concentrará no crescimento da Igreja na
região, fundando igrejas e realizando
evangelismo. Ele assumiu o alvo de
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200 mil novos membros da igreja em
um ano. Serão realizadas, neste ano,
1.500 séries de evangelismo público
na região, incluindo mil reuniões de
jovens para jovens, e cem dirigidas
exclusivamente por mulheres.
“Louvo a Deus porque a igreja fez
de mim o que sou”, disse Rathinaraj,
após sua eleição. “Enquanto viver,
farei a Sua obra e servirei onde Ele
achar melhor.”
Rathinaraj disse estar muito animado com a decisão da Igreja de conceder 225 mil dólares para estabelecer
um seminário no Nepal, país com seis
mil adventistas.
Rathinaraj é mestre em História
pela Universidade Madurai, do sul da
Índia, na província de Tamil, e é graduado em Religião e Educação.
A Comissão Administrativa também escolheu G. Alexander Bryant
como secretário-associado para a
igreja mundial e secretário executivo
da igreja para a região da América
do Norte, que inclui Estados Unidos,
Canadá e Bermudas.
Bryant, 51, tornou-se adventista
aos 15 anos de idade e, no momento,
atua como presidente da Associação
dos Estados da região central, área em
que Igreja é administrada historicamente por afro-americanos na região
centro-oeste dos Estados Unidos.
“Meu objetivo será ajudar o presidente com a tremenda missão que
temos na América do Norte, em especial nas grandes cidades, e ver como
podemos penetrar, mais efetivamente,
nesses grandes centros urbanos”, disse
Bryant.
Desde que se tornou presidente
dos Estados da região central, em
1997, Bryant disse ter se concentrado
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NOTÍCIAS DO MUNDO
Acima (esquerda): LÍDER PARA O SUL
DA ÁSIA: John Rathinaraj foi eleito para
dirigir a Igreja Adventista no Sul da Ásia,
incluindo Índia, Nepal, Butão e as Ilhas
Maldivas. Rathinaraj foi um dos quatro
líderes escolhidos, durante o Concílio
Anual, para assumir novos cargos de
liderança. Esquerda: NOVA FUNÇÃO NA SEDE MUNDIAL: Foi votado que
Homer Trecartin servirá como secretário-associado para a igreja mundial,
responsável pelo Voluntariado Adventista. Acima: SECRETÁRIO DA AMÉRICA DO NORTE: G. Alexander Bryant foi eleito secretário-executivo da Igreja
Adventista na região central da América do Norte, e secretário-associado
para a igreja mundial
NOTÍCIAS DO MUNDO
em fundar igrejas, incluindo a iniciativa “Cada Um Alcançando Um”, com
o objetivo de que cada membro de
igreja seja um discípulo.
Ele disse que, em sua nova atribuição, planeja continuar estabelecendo
igrejas, bem como envolvendo os
jovens em todos os níveis da igreja.
Bryant, que é mestre em Divindade pela Universidade Andrews, em
Berrien Springs, Michigan, Estados
Unidos, disse que planeja sua transferência para a sede da igreja mundial,
em Silver Springs, Maryland, para o
final do ano.
Homer Trecartin, atual diretor de
planejamento do Departamento da
Missão Adventista, foi nomeado para
dirigir o Departamento de Voluntariado Adventista como secretárioassociado da igreja mundial. Trecartin
continuará a supervisionar o trabalho
de seu atual departamento, além de
assumir novas responsabilidades.
Trecartin, 52, que é mestre em
Administração Educacional, dirigirá
o recrutamento de voluntários para
todas as missões, abrangendo desde
estudantes a missionários por curtos
períodos ou permanentes, e os pioneiros da Missão Global.
A Comissão Administrativa ainda
elegeu Barry Bussey, advogado e
diretor de Relações Públicas e Liberdade Religiosa (RPLR) para a igreja
no Canadá, como o novo diretorassociado para a igreja mundial do
departamento RPLR. Ele será o meio
de contato da igreja no Congresso dos
Estados Unidos.
Bussey substitui James Standish,
que, no começo do ano, foi indicado
para ser diretor-executivo da Comissão
de Liberdade Religiosa para os EUA.
Em 2004, Bussey defendeu a
posição da Igreja Adventista sobre o
casamento entre pessoas do mesmo
sexo em frente à Suprema Corte do
Canadá. Também dirigiu a campanha
para que os correios do Canadá
imprimissem um selo comemorativo
ao Congresso da Associação Geral,
realizado em Toronto, em 2000.
“Ele será um participante ativo da
vida legislativa em Washington, promovendo a liberdade religiosa para todos”,
disse John Graz, diretor do RPLR. “Essa
é uma posição-chave para nós, não
apenas para a liberdade religiosa nos
EUA, mas também no mundo.”
—Reportagem de Ansel Oliver, Rede de
Notícias Adventista
Igreja Organiza Regiões
■ Em agosto, os líderes da Igreja
Adventista do Sétimo Dia citaram o
crescimento do número de membros
como fator da necessidade de flexibilidade para a reorganização da estrutura administrativa da Igreja, incluindo
uma grande região do Brasil, que tem
experimentado crescimento explosivo
no número de membros.
Os administradores informaram
à Comissão Administrativa da Igreja,
reunida no dia 14 de outubro, no
Concílio Anual, em Manila, Filipinas,
as mudanças na região amazônica do
Brasil e em algumas áreas da igreja, na
Divisão Euro-Asiática.
A antiga União Norte Brasileira
englobava cerca de 45% do território
brasileiro, de aproximadamente 8,5
milhões de km². A área, agora dividida
entre duas uniões missões, possui
cerca de 350 mil adventistas, aos quais
serão acrescentados 45 mil novos
membros a cada ano.
O Brasil, que possui cerca de um
milhão e quatrocentos mil membros, é
o país com o maior número de adventistas no mundo.
“Temos muitas oportunidades
e queremos apoiar mais e melhor
nossos membros”, disse Erton Köhler,
presidente da Divisão Sul-Americana.
O território da antiga união
compreende, agora, a União Norte
Brasileira e a União Missão Noroeste
Brasileira.
O nome “união missão” indica que
a união recebe subvenção para seu
funcionamento, diferente da “união
associação” que é auto-sustentável.
Um fundo adicional para as missões é
fornecido pela divisão-mãe, uma das
13 regiões administrativas da Igreja no
mundo.
A Comissão Administrativa relatou
aos delegados algumas mudanças
na estrutura da Igreja na região do
Cáucaso, no Leste europeu. Os líderes
votaram dividir a União Missão Caucasiana em duas Uniões Missões: a União
Trans-Caucasiana, com sede em Tbilisi,
Geórgia, e a União Missão Caucasiana,
com sede em Rostov, Rússia.
O secretário-associado para a igreja mundial, Agustin Galícia, destacou
que a mudança foi estudada antes do
conflito na região, em agosto.
A estrutura da igreja nos países de
Belarus e Moldova será transformada
em “igrejas uniões”, com status de
associação. Essa estrutura, tipicamente
aplicada em territórios e países menores, permite que as igrejas locais
sejam organizadas diretamente pelas
divisões. Atualmente, Moldova possui
11.500 membros, divididos em 153
igrejas e duas associações.
A Missão do Extremo Oriente, na
Rússia Oriental, será transformada em
união de igrejas, com status de missão.
—Reportagem de Ansel Oliver, Rede
Adventista de Notícias
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A Igreja em Ação
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A
Albânia está localizada no sudeste
da Europa, fazendo fronteira com
a Grécia, Montenegro, Kôsovo, Macedônia e os Mares Adriático e Jônio.
Descobertas arqueológicas sugerem
que a área é habitada desde os tempos
pré-históricos.
Cercada por impérios poderosos e
inimigos entre si, a Albânia foi ocupada
várias vezes pelos gregos, romanos, ve-
A
Albânia
por Dentro
nezianos, otomanos e italianos. Durante
a II Guerra Mundial, sua população foi
forçada a falar e usar o italiano, em vez
do albanês. A Albânia é o único país
europeu que foi ocupado por países poderosos e terminou a guerra com uma
população judia maior do que antes.
Os albaneses não apenas se recusaram a fazer listas de famílias judias,
mas proveram refúgio para os judeus
dos países vizinhos, dando-lhes documentos falsos para que pudessem ser
assimilados pela população albanesa.
O cristianismo tem feito parte da
cultura albanesa desde o primeiro
século. Após 395 d.C., a Albânia
caiu sob o poder administrativo do
Império Romano Ocidental, mas os
albaneses cristãos mantiveram-se leais
a Roma. Durante o Cisma de 1054, os
cristãos do sul da Albânia ficaram sob
a jurisdição do patriarca ecumênico
de Constantinopla. Mas os do norte
se tornaram leais ao papa de Roma.
Durante a invasão otomana do século
XIV, a fé islâmica foi imposta tanto a
cristãos como a pagãos.
Após a independência do Império
Otomano, no início do século vinte,
os regimes políticos seguiram uma
prática sistemática de separação entre
Estado e religião. Na segunda metade
do século vinte, o governo praticou
a política de eliminação de religiões
organizadas de seu território. A
Albânia declarou-se, oficialmente, o
primeiro país ateu do mundo.
ALBÂNIA
Capital
Tirana
Língua Oficial:
Albanês
Religião:
Islamismo, 70%;
Ortodoxa Albanesa, 20%;
Católica Romana,10%
População:
3.619.778
Membros adventistas:
287
População adventista per capita: 1:12.612
10
Adventist World | Dezembro 2008
Embora a liberdade religiosa tenha
retornado ao país, a maior parte dos
albaneses não pratica nenhum tipo de
religião, mas se incluem em uma das
três religiões tradicionais.
Adventistas na Albânia
O primeiro albanês a tornar-se
adventista foi batizado em 1909, numa
área que, hoje, faz parte da Grécia.
Em 1932, E. Hennecke, diretor da
Missão Grega, mudou-se para Tirana,
quando foi forçado a deixar a Grécia.
Ele recebeu permissão, junto com duas
enfermeiras alemãs, para iniciar a obra
médica na Albânia. O projeto durou
poucos meses apenas, pois todos os
funcionários estrangeiros tiveram que
deixar o país. Entretanto, uma mulher
foi batizada como resultado dos seus
esforços.
Em 1938, um albanês, D. C. Lewis,
conheceu a mensagem adventista nos
Estados Unidos. Ao retornar para a
Albânia, começou a compartilhar sua
fé e quatro pessoas foram batizadas.
Durante a II Guerra Mundial, foi
perdido o contato com os adventistas
da Albânia. Após o conflito, soube-se
que Lewis morrera pouco tempo depois do fim da guerra. Por mais de 40
anos, a igreja não teve nem uma espécie de contato com nenhum de seus
membros. Em 1991, a igreja descobriu
que dois irmãos permaneceram fiéis
durante esse período de isolamento. E,
em 1992, um grupo de evangelistas, sob
a direção de David Curry, secretário
ministerial e secretário da Divisão
Trans-Européia, realizou conferências
em Tirana e Korce, o que resultou nos
primeiros batismos em 50 anos.
Em 1993, a Agência Adventista de
Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) arrendou terras do
município para a criação de um centro
comunitário, centros de saúde e unidades para microempresas.
Hoje, cerca de 300 adventistas
adoram em três igrejas na Associação/
Missão da Albânia.
S A Ú D E
N O
M U N D O
e
Vícios
Comportamentos de Risco
Os vícios e os comportamentos de
risco obviamente prejudicam nossa
saúde. Qual é a melhor maneira de
educar nossos jovens para prevenir
tais comportamentos?
ua pergunta é de importância
vital. Muitas vezes pensamos que
a educação e a informação são os
principais pilares da prevenção. Informações e fatos são importantes, mas
não são suficientes. Se a educação ou
a compreensão dos perigos do uso do
fumo fosse elemento suficientemente
convincente, os avisos nas caixas de
cigarro seriam suficientes para impedir
as pessoas de fumar. Infelizmente, não
é esse o caso.
Os avisos em rótulos são muito
necessários e, em alguns países, não há
avisos sobre os perigos do consumo
de álcool durante a gravidez, nas
garrafas de bebidas alcoólicas. Deveria
haver mais dessas coisas. Sociólogos
e psicólogos, entretanto, constataram
que, mesmo com risco de morte, como
os ataques cardíacos ou o diagnóstico
de câncer, as advertências não são
suficientes para produzir mudanças
no comportamento de saúde em
grande porcentagem das pessoas. Isso
é assustador! Será que deveríamos ler
os rótulos dos alimentos e bebidas que
consumimos? Claro que sim! É essencial sabermos o teor de sódio, gordura,
gordura trans, número de calorias,
etc., dos produtos que consumimos. Se
prestássemos mais atenção nos rótulos,
teríamos menos casos de pressão arterial alta ou diabetes.
Na área de comportamento – especificamente de dependência ou vício –,
se a educação apenas não for suficiente,
o que mais deve ser feito? Há muitos
estudos, bem conduzidos e analisados,
S
F O T O :
E D U C A Ç Ã O
D A
D N A / S A R A H
L E E
Por Allan R. Handysides e Peter N. Landless
que mostram que há poder no relacionamento, na conexão. Isso não deveria
surpreender o povo que prega que
nossa religião depende de um íntimo
relacionamento com Jesus. (Talvez, em
relação aos nossos hábitos de saúde,
pregamos mais do que praticamos!)
Então, a quem ou a que deveríamos
estar ligados? Para que as pessoas
resistam a comportamentos de risco
(álcool, drogas, experiências sexuais
pré-maritais, etc.), é necessário ter
relação significativa com uma pessoa
importante em sua vida. Podem ser os
pais, avós, professor, pastor ou outro
amigo de confiança. Há ainda um segundo e importante componente, que
é a conexão com um grupo de valores.
Encontramos esses valores na Bíblia e
exemplificados na vida de Jesus.
Qual é o resultado desse tipo de
conectividade? O desenvolvimento da
resiliência. Resiliência é a habilidade
de enfrentar circunstâncias difíceis e
situações estressantes. Resiliência é
algo desenvolvido com o tempo e nutrido por um sistema de apoio como o
encontrado nas famílias, igrejas e comunidades. Jovens que se relacionam
com pessoas importantes em sua
vida, têm mais confiança e respeito
próprio. Isso é ainda mais estimulado
pelo amor, respeito e a aceitação das
pessoas e ambientes que lhes são
caros. Tal relacionamento promove
oportunidades de ouro e métodos para
resolver o grave problema que a Igreja
Adventista enfrenta na tentativa de
conservar sua juventude.
Outros dois importantes fatores fortalecem os benefícios dos relacionamen-
tos de apoio. Um é o aconselhamento
ativo aos nossos jovens. Precisamos nos
tornar conselheiros e treinadores para
a vida, compartilhando habilidades e
conhecimentos que ajudem os jovens
a viajar pela estrada da vida. O aconselhamento necessita ser combinado com
outro ingrediente essencial: serviço.
Nossos jovens estão cansados de nossas
tentativas para entretê-los; pelo contrário, necessitam estar envolvidos no
serviço. O serviço em prol de outros
fortalece a resiliência e a habilidade de
enfrentar a vida, apesar dos problemas
que, por vezes, aparecem.
Relacionamentos significativos e
boas amizades são importantes para
a nossa saúde. Relações positivas de
amizade promovem saúde mental, o
senso de pertencer a algo ou a alguém,
respeito próprio e o fortalecimento de
propósito. Isso pode acontecer em
qualquer idade. É vital promover a
resiliência em nossa juventude.
Investir em nossas amizades fortalece
a saúde e propicia disposição por
longo tempo.
Allan R. Handysides, M.B.,
Ch.B., FRCPC, FRCSC, FACOG,
é diretor do Departamento
do Ministério da Saúde da
Associação Geral.
Peter N. Landless, M.B.,
B.Ch., M.Med., F.C.P.(SA),
F.A.C.C., é diretor-executivo
da ICPA e diretor-associado
do Ministério da Saúde.
Dezembro 2008 | Adventist World
11
D E V O C I O N A L
Q
uando muitos de vocês
estiverem lendo este artigo, já teremos entrado no
novo ano. Muitos de nós,
provavelmente, fizemos novos propósitos. Alguns já estão lutando para
cumpri-los, enquanto outros, depois
de apenas alguns dias ou semanas,
possivelmente, já os esqueceram.
Seja qual for a situação, como seguidores de Cristo, temos uma missão
a cumprir. Recebemos um chamado
especial. Paulo diz: “Vós, porém, sois
raça eleita, sacerdócio real, nação
santa, povo de propriedade exclusiva
de Deus, a fim de proclamardes as
virtudes dAquele que vos chamou das
trevas para a Sua maravilhosa luz”
(1Pe 2:9). Não estamos mais em trevas. Estamos na luz, a maravilhosa luz
que nos iluminará para realizarmos a
missão que nos foi confiada.
Estando em Trevas
Quando estamos em trevas totais,
não podemos ver as coisas ao nosso
redor. Ignoramos o que está acontecendo e não sabemos o que fazer.
Permanecer nas trevas é permanecer
em nossa condição pecaminosa. O eu
se torna nosso foco. Agradar nossos
próprios desejos, não importando o
que acontece com os outros, torna-se
o único propósito de nossa vida.
Perdemos nossa conexão com Aquele
que disse: “Vós sois a luz do mundo”
(Mt 5:14). O resultado final é que estamos atados ao mundo e nosso coração
se torna cheio de “toda a maldade e
dolo, de hipocrisias e invejas e de toda
sorte de maledicências” (1Pe 2:1).
Para sair dessa situação, necessitamos conectar-nos com a fonte de luz:
Jesus nosso Senhor. Meras palavras,
porém, são insuficientes para nos co-
12
Adventist World | Dezembro 2008
Andando
Esse é o único caminho para a liberdade e a alegria
Luz
na
nectar a Ele. Precisamos experimentar
Jesus em nossa vida, o que só é possível pelo estudo da Palavra de Deus,
pedindo a iluminação do Espírito
Santo.
Estar na Luz
Ao nos conectarmos com Jesus,
aprendemos como foi Sua vida na Terra. Ele viveu entre o povo, misturouSe com ele, atendeu suas necessidades,
curou os enfermos, confortou pessoas
desesperadas, expulsou demônios.
Nunca agiu para glória própria, mas
sempre para confortar os outros.
Quando estamos na luz, o mesmo
espírito de desprendimento inunda
nosso coração e, assim, somos capazes
de continuar a missão iniciada por
Ele. É isso que o Céu espera de nós.
Isso, porém, é escolha nossa. Nós
mesmos devemos buscar essa purificação. A menos que, pessoalmente,
sintamos essa necessidade, é impossível obtê-la e não conseguimos permanecer na luz de Jesus. Freqüentemente,
somos muito orgulhosos, arrogantes,
egoístas e inconscientes de nossas necessidades. A menos que nos submetamos ao poder purificador de Jesus,
permaneceremos na escuridão. Apenas
somos feitos novas criaturas quando
nos submetemos, voluntariamente,
à fonte de poder, nosso compassivo
Salvador. “E, assim, se alguém está em
Cristo”, diz Paulo, “é nova criatura; as
coisas antigas já passaram; eis que se
fizeram novas” (2Co 5:17).
Cada um de nós deveria perguntar:
Estou experimentando um novo nascimento em minha vida diária?
Como Brilhar
Como seguidores de Jesus,
necessitamos servir nosso próximo
Ramani
Kurian
com a mesma compaixão e cuidado
mostrados por Jesus quando estava na
Terra. Apenas o serviço desprendido
é aceitável ao Senhor. “Assim brilhe
também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas
obras e glorifiquem vosso Pai que está
nos Céus” (Mt 5:16).
Isso deveria induzir-nos a examinar nossa motivação para o serviço. O
que fazemos é para glorificar a Deus,
que é digno de toda honra.
O amor é o meio pelo qual o
mundo pode ser iluminado. Sem
amor, tudo permanece em trevas.
Como seres humanos, desejamos
amar as pessoas que nos amam e nos
agradam. Cristo, porém, diz: “Amai
os vossos inimigos, fazei o bem aos
que vos odeiam …” (Lc 6:27). Cristo
nos amou quando ainda éramos Seus
inimigos (Rm 5:8). Esse é o tipo de
amor que alcança o fraco, o oprimido,
o pobre, o obstinado, o destituído
de amor – um amor que conforta e
ilumina, fazendo a diferença na vida
das pessoas.
Como seguidores de Cristo, precisamos refletir o mesmo amor, o amor
que levanta as pessoas, valorizando-as.
Aqueles que praticam esse tipo de
amor vivem na luz e sua obra nunca
passará despercebida. A Bíblia nos adverte: “ame … [seus] inimigos”, sendo
exemplos de nosso Pai celestial, que
“é benigno até para com os ingratos e
maus” (Lc 6:35).
É certo que não podemos conquistar tudo isso por nós mesmos.
Entretanto, somos privilegiados
ao obter força de Deus para seguir,
vitoriosamente, em frente, em serviço
desprendido pelos outros. Assim como
Jesus usou a força para completar Sua
missão, do mesmo modo – e muito
mais − precisamos gastar tempo em
oração e estudo da Bíblia, em busca do
poder do Céu.
Podemos estar seguros de Sua presença: “Ide, portanto, fazei discípulos
de todas as nações … e eis que estou
convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt 28:19, 20).
Devemos Lutar por Isso
Quando andamos na luz, nos
movemos em direção ao alvo eterno.
“Os que hesitam em consagrar-se
sem reservas a Deus, fazem uma fraca
obra no seguir a Cristo. Seguem-nO
a tão grande distância que a metade
do tempo não sabem se estão seguindo Suas pegadas, ou as do grande
inimigo. … A vida e o espírito de
Cristo é a única norma de excelência
e perfeição; e nossa única conduta
segura é seguir-Lhe o exemplo. Se
assim fizermos, Ele nos guiará por Seu
conselho, recebendo-nos depois em
glória. Precisamos esforçar-nos diligentemente, e estar dispostos a sofrer
muito, a fim de seguir as pisadas de
nosso Redentor. Deus está pronto
a trabalhar por nós, a dar de Seu
abundante Espírito, caso por isto nos
esforcemos, vivamos para isto, e nisto
creiamos; e então podemos andar na
luz como Ele na luz está” (Ellen G.
White, Testemunhos Para a Igreja, v. 1,
p. 408, 409).
Ramani Kurian é diretoraassociada do Ministério
da Mulher da Divisão
Sul-Asiática da Igreja
Adventista do Sétimo Dia.
Dezembro 2008 | Adventist World
13
V I D A
A D V E N T I S T A
Adventist
orld
W
online
P
or mais de três anos, os adventistas de todo o mundo têm
desfrutado de inspiradores artigos nesta revista. Sua tiragem mensal
excedeu dois milhões de cópias.
Mas você sabia que, além da revista
impressa, há outra forma de acessar
os mesmos bons artigos? Desde a
Coréia do Sul até a Carolina do Sul, os
membros da igreja estão descobrindo
as muitas atividades interativas
da Adventist World online (www.
adventistworld.org).
A revista, agora, também está disponível em seis línguas: chinês, inglês,
francês, português, espanhol e coreano.
Cerca de três mil visitantes de 128
países descobriram que não há necessidade de esperar um mês pela chegada
da revista (impressa) à caixa do correio,
ou que acabem as cópias na igreja local.
14
Adventist World | Dezembro 2008
Os mesmos artigos estão disponíveis a
um simples toque do mouse. Há ainda
um link de acesso ao premiado website
da Adventist Review (Revista Adventista
em inglês).
Além de trazer artigos e notícias,
o site contém várias atrações interessantes. Por exemplo, acesso a qualquer
uma das seis línguas no mesmo endereço. Na seção de arquivos, podem ser
acessadas as edições anteriores, baixar
cópias em PDF e imprimi-las. Nosso
Programa possibilita a busca de
conteúdo por tópico, assunto ou autor.
Se estiver interessado em escrever
para a Adventist World, encontrará
o Guia para o Escritor, para sua
conveniência. Encontrará também a
informação do e-mail, se quiser enviar
uma carta ao editor ou fazer um
pedido de oração.
E mais:
1
Escolha a língua em que deseja
acessar.
2
Acesse o premiado website da
Adventist Review.
3
Quer escrever para a Adventist
World? Entre no Guia Para
Escritores.
4
Acesse edições anteriores e
baixe os arquivos em PDF.
5
Procure orientações úteis para
ter mais saúde.
6
Leia as notícias da Igreja em
todo o mundo.
7
Deseja estudar a Bíblia?
Simplesmente clique em Estudo
Bíblico.
1
3
4
2
6
5
7
Dezembro 2008 | Adventist World
15
A R T I G O D E C A PA
O tema deste artigo foi apresentado originalmente num sermão
para líderes da Igreja no Concílio Anual de 2008, em Manila,
Filipinas. Cremos que a mensagem será de grande benefício
para os leitores em geral. – Os Editores
“De modo que, de agora em diante, a ninguém mais consideremos do ponto de vista humano. Ainda que antes tenhamos
considerado Cristo dessa forma, agora já não o consideramos
assim. Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As
coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas! Tudo
isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por
meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, ou seja,
que Deus, em Cristo, estava reconciliando consigo o mundo,
não levando em conta os pecados dos homens e nos confiou a
mensagem da reconciliação. Portanto, somos embaixadores de
Cristo, como se Deus estivesse fazendo o Seu apelo por nosso
intermédio. Por amor a Cristo lhes suplicamos: Reconciliem-se
com Deus” (2Co 5:16-20, NVI).*
E
ssa passagem da Escritura me fala poderosamente
sobre o novo tipo de humanidade que Deus criará
por meio de um processo chamado “reconciliação”.
Mas, antes de irmos adiante, quero identificar dois
“pára-choques” que apóiam e moldam a mensagem de uma
“nova humanidade”.
1. O que Deus tem feito para cada um de nós e individualmente. Por meio de Cristo, Deus amplia a salvação – completa e inesgotável – a todos que O aceitam como Salvador. Ele
diz: “Não vou manter seus pecados e transgressões contra
você. Cristo já cuidou disso; já foram pagos por Ele, quando
morreu na cruz. E isso é suficiente.” Por esse ato – com esse
propósito –, Ele diz que fomos reconciliados com Deus.
2. Deus quer que falemos ao mundo sobre Sua salvação.
Quer que você seja Sua testemunha – “embaixador”. Seu
compromisso é contar a todos os que ainda não conhecem Jesus Cristo que Deus oferece um novo começo, um
recomeço a cada homem, mulher e criança. Essa é a “nova
humanidade” oferecida por Ele, e isso é diferente de tudo o
que já fomos. Isso tem a ver com valores básicos e qualidade
de vida. Esse é o testemunho que precisamos dar ao mundo
incrédulo, diz Ele. É desejo dEle que você continue teste-
Jan Paulsen é presidente da Associação
Geral dos Adventistas do Sétimo Dia.
16
Adventist World | Dezembro 2008
uma
Nova
uma
H
Nossa vida na Terra
deve refletir nossa
esperança no Céu
munhando até que Ele venha outra vez. Na verdade, Ele não
voltará até que isso tenha sido feito.
Essa forma de “pára-choques” para a nova humanidade
– o dom pessoal da salvação em Cristo e Sua segunda vinda
– será quando a totalidade desse benefício for realizada.
Vivemos entre esses dois momentos. Deus nos diz: Por causa
do que já fiz por você, por meio da morte do Meu filho Jesus
Cristo, começarei, agora, a criar uma “nova humanidade”
para aqueles que aceitarem Jesus. Farei isso como preparação
para a segunda vinda de Meu Filho, o que será completado
quando isso acontecer.
Os adventistas do sétimo dia estão bem familiarizados
com a verdade da segunda vinda de Cristo. Isso tem nos
definido como comunidade desde nosso início, há 160 anos.
Essa é uma verdade solidamente fundamentada na Bíblia.
Portanto, sabemos que Sua segunda vinda não é uma idéia
imaginária. Sabemos que não é irreal, vaga, uma teoria
existencial. Sabemos que será um evento em tempo real,
tão real como Sua primeira vinda. Sabemos que será o fim
da História. Sabemos que somente após a segunda vinda
de Cristo, descobriremos o que realmente significa para Ele
“fazer novas todas as coisas” (Ap 21). Se isso não estiver claro
ou se você não crê nisso, você está em dificuldades com as
Escrituras.
nidade
F O T O :
J E F F
S C O G G I N S / J O H N
D U R O E – M I S S Ã O
G LO B A L / M O D I F I C A D A
D I G I TA L M E N T E
Jan Paulsen
Novos Relacionamentos
Somos o povo que se reconciliou com Deus por meio da
morte de Cristo e que está esperando a consumação dessa
reconciliação na segunda vinda de Jesus. Assim, a grande
pergunta agora é: Como isso pode moldar nosso relacionamento com outras pessoas?
Cristo diz, por meio do apóstolo: “Estou enviando vocês
e quero que sejam Meus embaixadores.” Está claro que nossa
vida e nossa missão envolvem relacionamentos com outras
pessoas, numa escala abrangente e grande. Como deve ser isso?
Reconciliação com Deus consiste em reconciliação entre
as pessoas – pessoas que, por uma razão ou outra, são estranhas e hostis umas com as outras. Não é suficiente pregar
sobre reconciliação entre um indivíduo e Deus; precisa haver
reconciliação entre as pessoas. É com isso em mente que
Deus diz: “Minha intenção é fazer de vocês uma ‘nova humanidade’” (Ef 2:11-18).
Como é essa “nova humanidade”? “Se alguém está em
Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que
surgiram coisas novas!” (2Co 5:17). A nova humanidade tem
uma nova postura no relacionamento entre outras pessoas;
nas palavras de Paulo: “de agora em diante, a ninguém mais
consideramos do ponto de vista humano” (2Co 5:16). O
mundo preconceituoso olha para o exterior – o que os olhos
alcançam – e julga baseado no que vê. Isso, diz Paulo, não
Dezembro 2008 | Adventist World
17
A R T I G O D E C A PA
acontece com o povo reconciliado. Não avaliamos as pessoas
pelo exterior: poder aquisitivo, posição social, formação
acadêmica, raça, cor da pele, língua, cultura, identidade tribal,
sexo ou idade. Somos uma igreja mundial. Qual tem sido
a postura da igreja no seu país, neste sentido? As pessoas
mudam e estamos constantemente em contato com gente que
é diferente de nós. Essas diferenças nos incomodam? Algumas
das pessoas que encontramos perderam tudo na guerra, algumas são vítimas da pobreza e outras estão apenas em busca de
melhores oportunidades para seus filhos. Nós os encontramos
aos milhares nos países mais desenvolvidos. Guerras, pobreza
ou perseguição étnica, seja nos Balcãs, na Europa Oriental,
no Sudão, no Oriente Médio, no resto da África ou na Ásia,
criaram contingentes de pessoas em movimento.
Como lidamos com essa enxurrada de “estranhos”? E se
forem adventistas? Nossos sentimentos básicos mudam? Sim,
eu sei, devemos tratar gentilmente nossos irmãos e irmãs na
fé, mas também temos a obrigação de nos relacionar com as
pessoas pelo fato de que são seres humanos – sejam da nossa
fé ou não.
Em Efésios 2:11, Paulo fala da “circuncisão” e da “incircuncisão”. O cenário é a barreira entre gentios e judeus. Os judeus
chamavam os gentios de “incircuncisos” – uma descrição
desdenhosa, nada mais que desprezo dos judeus pelos gentios.
Entre os judeus, havia um ditado: Deus criara os gentios para
ser o combustível do fogo do inferno. Até a vinda de Cristo, as
barreiras entre judeus e gentios eram absolutas. Os casamentos não podiam cruzar a linha. Até o fato de entrar na casa de
um gentio tornava o judeu impuro. Antes de Cristo, as barreiras estavam em pé. Depois de Cristo, as barreiras caíram.
Os gentios não esperavam por um Messias. Eram descritos
como: “vocês estavam sem Cristo, separados da comunidade
de Israel e estranhos às alianças da promessa” (Ef 2:12). Eles
eram considerados como sem promessa, sem esperança, sem
Deus e sem futuro. Para os gentios, a história era cíclica – não
levava a lugar algum. Em contraste, a história dos judeus era
uma marcha em direção a Deus. Mesmo nos momentos de
grande amargura e derrota, os judeus nunca duvidaram de
que o Messias viria e que o futuro seria glorioso.
O que significa desconhecer as alianças embasadas nas
promessas? Israel era o povo da aliança. Eles criam que Deus
os escolheu, preferindo-os dentre os outros povos. Ele disse:
“Tomar-vos-ei por meu povo e serei vosso Deus” (Êx 6:7). Isso
era privilégio e também responsabilidade. Envolvia guardar a
lei que Deus lhes dera e eles afirmaram: “Tudo o que o Senhor
falou, faremos” (Êx 24:3, 7). Esse era um sério e solene compromisso, mas deu a Israel uma consciência especial de ser o
povo escolhido de Deus. Essa era uma postura bem conhecida
de Paulo, pois era parte de sua própria herança e cultura. Era
uma postura que poderia ser um problema.
18
Adventist World | Dezembro 2008
Talvez seja melhor fazer uma pausa por um momento e
refletir no que aconteceria com você e comigo se crêssemos
que somos o povo escolhido de Deus. É errado acreditar
que somos o movimento destinado por Deus? Creio que
não, mas a grande pergunta é: O que isso provoca em nossa
auto-imagem e em nosso relacionamento com as pessoas?
Quão genuinamente abertos e atenciosos somos uns com os
outros? Podemos agir de forma inofensiva como testemunhas de Deus?
Não Mais Barreiras
Paulo continua e aqui vemos a “novidade”: “Mas agora,
em Cristo Jesus, vocês, que antes estavam longe, foram aproximados mediante o sangue de Cristo... e destruiu a barreira,
o muro de inimizade” (Ef 2:13, 14). Essa “parede divisória”
é um símbolo do Templo. Havia o pátio dos gentios; o pátio
das mulheres e o pátio dos israelitas seguido do pátio dos sacerdotes e o lugar Santo dos Santos. Tudo isso tinha relação
com o acesso à presença de Deus. Nenhum estrangeiro podia
entrar nos pátios do Templo e, se alguém de outra nação
violasse a santidade do Santo dos Santos, era morto.
Esse tipo de religião ou barreira cultural não era exclusivo aos judeus. Os gregos agiam do mesmo modo em relação
aos “bárbaros”, a quem olhavam igualmente com desdém.
Povos refugiados, estrangeiros, vindos de outras terras,
eram freqüentemente vistos com suspeita. Consciente ou
inconscientemente, podemos perguntar: “Que bagagem, em
termos criminais ou mesmo de diferentes hábitos culturais,
eles devem ter? Há um ditado: “O desconhecido faz o nãoamado.” É essa a nossa postura em relação aos estrangeiros
que invadem nosso espaço?
Mas o texto diz que o povo reconciliado com Deus se
relaciona com outros seres humanos de modo diferente.
“De agora em diante, ninguém é julgado pelo ponto de
vista mundano.” Como adventistas do sétimo dia, é fundamental termos tal convicção ao nos relacionar individualmente
com pessoas diferentes de nós. Isso é válido para o modo como
vemos qualquer pessoa, mas é ainda mais válido quando se
trata do modo como vemos as pessoas que fazem parte da nossa comunidade espiritual. Isso é verdade no que diz respeito à
maneira com que vemos alguém. Na igreja, numa comunidade
internacional e trans-cultural, a diversidade é vista e tratada
como um fator enriquecedor, não como algo negativo. A discriminação racial e o senso de superioridade racial não fazem
parte da Igreja Adventista do Sétimo Dia. O senso de respeito
ou desrespeito não deve surgir nem entre ricos e pobres, bem
educados ou não, posições públicas ou não.
Cumpre-nos tratar todas as pessoas com um senso de
dignidade e respeito, pois todos somos filhos de Deus. Em
muitos países do mundo, temos expressivo número de
M I S S I O N
D U R O E / G L O B A L
J O H N
Antes de Cristo,
as barreiras
estavam de pé.
Before Christ,
the barDepois
de Cristo,
riers were up.
as
barreiras
After
Christ, the barcaíram.
riers are down.
igrejas “étnicas” ou nacionais. São igrejas em que as pessoas, imigrantes ou refugiados, podem experimentar um
pouco da cultura do seu país natal, falar sua própria língua,
cantar seus hinos e nutrir um mínimo elo social. Essa é a
realidade que vivemos, onde as pessoas se mudam e muitas
delas são nossos irmãos e irmãs. É assim que devemos
aceitar os que vieram para nossa área, para nosso espaço.
“Portanto, vocês já não são estrangeiros nem forasteiros,
mas concidadãos dos santos e membros da família de
Deus” (Ef 2:19).
A reconciliação com Deus derruba barreiras! Ao Deus
tocar Seu povo reconciliado, Ele os abraça e, assim, o povo
“reconciliado” toca uns nos outros e se abraçam. Ser “reconciliado” é também ser receptivo e não juiz. Sim, eles podem
invadir seu espaço; sim, eles podem tomar seu emprego;
sim, eles podem comer sua comida; mas somos unidos,
como seres humanos, por valores muito maiores.
Tenho que voltar ao que já comentei várias vezes,
mencionando a inclusão dos jovens na vida de nossas congregações locais. Afirmamos: “Eles são muito novos. Não
têm experiência.” Eu digo: A experiência é superestimada.
Aproveitem as qualidades pessoais e a personalidade. A experiência virá ao ser exposta à responsabilidade. Inclusão,
afirmação e capacitação vêm primeiro. Somente depois
de fazer isso é que se chega à pergunta seguinte: Eles são
capazes de fazer isso? Em primeiro lugar, tenha certeza da
presença dos dons espirituais, dos valores pessoais e do
compromisso. Só então, vamos ajudá-los e capacitá-los.
A discussão de Paulo sobre a remoção de barreiras entre
o povo de Deus está no contexto da unidade. Imagine que
duas pessoas tenham uma rixa ou uma diferença. Como
isso pode ser resolvido? O modo mais seguro de unir os
dois lados é por meio de um mediador – alguém que ambos amem e respeitem. Cristo é assim. Ele é nossa paz. Ele
restaura relacionamentos desfeitos. Ele reconcilia (Ef 2:14).
É plano de Deus que o povo que compartilha fé e esperança
e que vive, por antecipação, a segunda vinda de Cristo seja
ligado, unido como um. Esse é o sagrado elo ministrado
pelo Espírito Santo. Essas são as palavras de Paulo: “Façam
todo o esforço para conservar a unidade do Espírito pelo
vínculo da paz” (Ef 4:3). Foi por isso que Cristo, em Seus
últimos momentos com Seus discípulos, antes de Sua
morte, enfatizou repetidamente a importância da unidade.
Ele orou: “... para que todos sejam um, Pai, como Tu és em
Mim e Eu em Ti. Que eles também estejam em Nós, para
que o mundo creia que Tu Me enviaste... Que eles sejam
levados à plena unidade” (Jo 17:21-23). O ponto catalizador é o amor ministrado pelo Espírito Santo.
Ao realçar que Cristo fez dos dois “uma nova humanidade”, Paulo escolheu a palavra “nova” (kainos), que
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A R T I G O D E C A PA
G L O B A L
M I S S I O N
significa nova qualidade (não nova em tempo), significa
“novidade” em um gênero diferente. A novidade conquistada por Cristo não é que Ele tenha transformado gentios
em judeus ou judeus em gentios. Ao tornar-se reconciliado
com Deus, você se torna alguém com algo mais do que era
antes: cidadão do reino eterno de Deus. Pessoas de ambos
os lados da linha divisória foram reconciliadas com Deus.
Por meio de Cristo, pessoas de “todos os lados” têm igual
acesso ao Pai (Fp 2:18).
Graça Perdoadora
Tudo isso demonstra o tipo de pessoas que você e eu
devemos ser. Além da palavra “amor”, a outra palavra que
mais me chama a atenção, acima de qualquer outra em
uma comunidade reconciliada, é “perdão”. É difícil encontrar qualquer outra palavra que descreva melhor a atitude
cristã do que a disposição em perdoar. Todos nós erramos;
todos nós necessitamos de perdão. Como Albert Schweitzer
escreveu: “Por que perdôo qualquer um? Devo perdoar as
mentiras dirigidas contra mim, porque minha própria vida
tem sido muitas vezes manchada por mentiras; devo perdoar o odiado, o caluniador, o fraudulento, o arrogante com
quem me encontrar, uma vez que eu mesmo, tantas vezes,
deixei de amar, odiei, fraudei e fui arrogante”.1
Temos isso em comum: somos todos pecadores e necessitamos de perdão!
O “perdão” não torna trivial o pecado; ele repara o mal
e a ferida causados por ele. Isso é verdade no relacionamento entre Deus e a humanidade e no relacionamento entre as
pessoas.
Atente para as palavras inspiradas da serva do Senhor:
“O fundamento de todo perdão é encontrado no imerecido
amor de Deus, por nossa atitude em relação aos outros, por
mostrarmos o que fizemos do nosso próprio amor... Aquele
que é implacável para com outras pessoas mostra que ele
próprio não é cúmplice da graça perdoadora de Deus”.2
“Haja paz, alegria inefável e descanso quando houver
consciência dos pecados perdoados ... ‘Ainda que eu ande
pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum,
A que se parece essa “nova humanidade”?
Que linguagem é usada na Bíblia para descrever o
relacionamento entre o povo reconciliado? “Sejam completamente humildes e dóceis, e sejam pacientes, suportando
uns aos outros com amor” (Ef 4:2, NVI); “Livrem-se de toda
amargura, indignação e ira” (Ef 4: 31); “Nada façam por
ambição egoísta ou por vaidade” (Fl 2:3); “Portanto, como
povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de ...
bondade, humildade, mansidão e paciência. Suportem-se
uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra
os outros” (Cl 3:12,13); “Tenham todos o mesmo modo de
pensar... Não retribuam mal com mal” (1Pe 3:8, 9); “Deus
nos chamou para vivermos em paz” (1Co 7:15). Viver em
paz foi a comissão que o próprio Deus nos deu quando disse: “Bem-aventurados os pacificadores” (Mt 5:9).
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Adventist World | Dezembro 2008
porque Tu estás comigo; o Teu bordão e o Teu cajado me
consolam’ (Sl 23:4).”3
Deus, que nos reconciliou com Ele em Jesus Cristo, nos
escolheu como Seus embaixadores, para sermos ministros
da reconciliação. Essa é nossa tarefa, nossa missão, até que
Ele venha outra vez, quando O veremos face a face, tão
literalmente como nos vemos e nos cumprimentamos uns
aos outros aqui hoje. Então, ouviremos de Seus lábios as
abençoadas palavras: “Muito bem, servo bom e fiel! Venha e
participe da alegria do seu Senhor” (Mt 25:23).
*As passagens bíblicas citadas neste artigo foram extraídas da Nova Versão Internacional (NVI).
1
A. Schweitzer, Civilizações e Ética, v. 2, p. 260.
2
Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 251.
3
Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 267, 268.
E S P Í R I T O
D E
P R O F E C I A
Servindo ao
Mestre
Todo talento tem
sua utilidade
É
propósito de Deus que o plano de salvação não seja
levado adiante sem a participação de agentes humanos. Ele não escolheu anjos, mas homens com paixões
semelhantes às nossas para proclamar o evangelho para a
raça humana. Paulo diz: “Temos, porém, este tesouro em
vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus
e não de nós” (2Co 4:7). O que significa que a Ele deve ser
dada a honra por esse serviço ter sido delegado aos falhos e
fracos mortais. ... É importante que todos os que têm participado dessa grande salvação comuniquem a outros o que lhes
foi comunicado.
Dê o Seu Melhor
Todos os que receberam a luz da verdade são colocados
sob solene compromisso de deixar que essa luz brilhe para
outros. Cada um, em sua humilde esfera, pode fazer algo para
o Mestre. Pode não ser capaz de dar ofertas magnificentes
para o avanço da causa de Deus, mas pode doar sua vontade,
serviço dedicado de um coração obediente. Nem todos podem
ser pregadores; nem todos podem ser generais no exército do
Senhor; todos, porém, podem ser soldados fiéis, seguindo em
humilde obediência o comando do Capitão de sua salvação.
Podem animar seus companheiros com palavras de esperança
e encorajamento e, fazendo assim, louvarão Aquele que os tem
chamado das trevas para Sua maravilhosa luz. Deus requer de
todos o que de melhor tenham para dar. …
Que cada um ansiosamente pergunte: O que tenho
feito para Jesus? ... Então, em humildade, que cada um se
entregue, sem reservas, dizendo a Deus: Eis-me aqui, Senhor;
envia-me a mim.
No grande dia, quando todas as obras serão trazidas a
julgamento, as palavras sairão dos lábios do Mestre sobre os
ouvidos atônitos do humilde e paciente obreiro: “Porque
tive fome, e Me destes de comer; tive sede, e Me destes de
beber; era forasteiro, e Me hospedastes; estava nu, e Me
vestistes.” Aqueles a quem essas palavras são dirigidas, não
têm conhecimento de que fizeram alguma coisa merecedora
de tal elogio, e perguntarão: Quando O vimos assim, Senhor? E a resposta virá: “Sempre que o fizestes a um destes
Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes. “Vinde, benditos
de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado
desde a fundação do mundo.” …
Por Ellen
G. White
Há Trabalho Para Você
Toda vez que se levantar uma igreja, o ministro não deveria considerar seu dever cumprido até que esteja totalmente
organizada e colocada em ordem para o trabalho. Cada
membro deve se tornar um missionário. A todos deve ser
dado algo para fazer de tal modo que ajude a espalhar a luz
da verdade, pois essa atividade os ajudará a crescer espiritualmente. ...
Nunca deve o obreiro que levanta pequenos grupos
aqui e ali dar a impressão àqueles que recentemente aceitaram a fé de que Deus não requer trabalho sistemático
para ajudar a sustentar a causa com seus esforços e
recursos pessoais. ...
De Graça Recebestes, de Graça Dai
Aqueles que são participantes da graça de Deus não
devem ser lentos em mostrar sua apreciação por esse dom.
Não deveriam considerar seu dízimo como limite de sua
liberalidade ... Ninguém deve se esquecer de dar ofertas de
gratidão e de boa vontade ofertar ao Senhor. …
Deus dá a alguns a oportunidade de honrá-Lo com a
abundância de seus recursos; outros, se não podem fazer
mais, podem honrá-Lo da mesma forma, apenas buscando
oportunidades de oferecer um copo de água fresca ao discípulo cansado e sedento. … Aqueles que seguem as orientações de Deus com o pouco que lhes foi dado, receberão o
mesmo retorno dos que doam de sua abundância. …
Que eu possa impressionar a todos com a importância
de seguir as ordens de Deus em todas as coisas a fim de se
tornaram obreiros para Ele! Humilhemos nosso coração
diante o Senhor e, quando nos tornarmos verdadeiramente
Seus seguidores, seremos levados a confessar que fizemos
muito pouco para o querido Salvador, que tem feito tanto
por nós.
Esse artigo foi extraído de uma matéria publicada pela primeira
vez na Advent Review and Sabbath Herald (Revista do Advento e
Arauto do Sábado), hoje Adventist Review (Revista Adventista em
inglês), no dia 24 de agosto de 1886. Os adventistas do sétimo dia
crêem que Ellen G. White exerceu o dom profético bíblico durante
mais de 70 anos de ministério público.
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C R E N Ç A S
F U N D A M E N T A I S
o
Resgate
Fınal
NÚMERO 26
Palavras de
esperança para
tempo de trevas
P
Por Mark A.
Finley
Suas lágrimas falam de um
rimeiro conheci Bill, há 17 anos, em 1991.
Ao longo dos anos, desde então, conversamos
freqüentemente sobre seus temas preferidos:
visão, otimismo, combater as desigualdades, fé
em Deus e fazer a diferença neste mundo. Todos nós conhecíamos Bill e sabíamos muito bem que ele tinha paixão
pela vida e, por meio dela, tornar melhor a vida dos outros.
Nos últimos meses de sua vida, Bill e eu conversávamos
regularmente, muitas vezes, uma vez por semana. Em uma
de nossas conversas, senti que a doença de Bill era terminal
e que, provavelmente, não teria muito tempo de vida.
Aquela conversa final ficou gravada em minha mente para
sempre. Conversamos sobre o fato de que Jesus triunfaria
sobre todos os poderes do inferno e a morte, finalmente,
seria derrotada.
Gostaria de mencionar aqui algumas das idéias que
compartilhei com Bill, naquele dia, e mais algumas
reflexões.
A morte não é um mistério não decifrado. Não é um
buraco negro no chão. Não é uma longa noite sem manhã.
Jesus encontrou a “terrível ceifeira” há dois mil anos e a
venceu.
Na vida de Jesus, há três episódios em que confrontou
a morte e, embora as lições sejam antigas, ainda falam com
relevância crescente a nós no século vinte e um. Eles nunca
foram novos, sempre falando de esperança e do conforto
às novas gerações.
Mark A. Finley é vice-presidente da
Associação Geral em Silver Spring,
Maryland, Estados Unidos.
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Adventist World | Dezembro 2008
Episódio 1 – A Morte de Lázaro
Lázaro, o amigo de Jesus, sofreu um mal súbito e morreu inesperadamente. O verso mais curto da Bíblia, “Jesus
chorou” (Jo 11:35), é encontrado nessa história. Por que
Jesus chorou? Uma das razões era simplesmente esta: Ele
Se identificou com a dor das duas irmãs de Lázaro: Maria e
Marta. Suas lágrimas falam de um Salvador que compreende nossas lágrimas.
Jesus Se identifica com nossa dor. Ele compreende o
luto. Experimenta nossa tristeza. É Um conosco em nosso
sofrimento. Ele é nossa companhia na tribulação. Quando
nosso coração está partido, Seu coração também fica partido. Quando estamos magoados, Ele Se magoa também.
Quando Maria e Marta choraram, Jesus também chorou.
Ele compartilha nossas lágrimas!
Jesus não apenas chora, mas tem o divino poder de
fazer algo a respeito da morte de Lázaro. Jesus disse a
Marta: “Não te disse Eu que, se creres, verás a glória de
Deus?” (Jo 11:40).
Não tenho visto nosso amigo Bill ultimamente. Nas
catacumbas, sob Roma, nas tumbas dos pagãos estão esculpidas as seguintes palavras de tristeza: “Adeus para sempre,
meu amor.” Em contraste, nas sepulturas cristãs há palavras
de esperança. Para nós é: “Adeus, até aquela manhã.”
Creia e também verá a glória de Deus. Você não tem
visto seus queridos ultimamente. Em algumas das palavras
mais poderosas de toda a Bíblia, Jesus “clamou em alta voz:
Lázaro, vem para fora!” (Jo 11:43).
A morte foge na presença das palavras de Jesus; a
sepultura libera seus mortos diante das palavras de Jesus;
Lázaro se levanta diante das palavras de Jesus e a morte é
subjugada pelas palavras de Jesus!
Morte e Ressurreição
O salário do pecado é a morte. Mas Deus, o único que é imortal, concederá vida
eterna a Seus remidos. Até aquele dia, a morte é um estado inconsciente
para todas as pessoas. Quando Cristo, que é a nossa vida, Se
manifestar, os justos ressuscitados e os justos vivos
serão glorificados e arrebatados para o encontro
de seu Senhor. A segunda ressurreição, a
ressurreição dos ímpios, ocorrerá mil
anos mais tarde. (Rm 6:23; 1 Tm
6:15, 16; Ec 9:5, 6; Sl 146:3, 4;
Jo 11:11-14; Cl 3:4; 1 Co
15:51-54; 1 Ts 4:13-17;
Jo 5:28, 29; Ap
20:1-10.)
Salvador que compreende nossas lágrimas
Aqui há uma coisa da qual podemos ter certeza: Jesus
nunca perdeu uma batalha sobre a morte e não irá perder
a batalha contra a morte de Bill. A ressurreição de Lázaro
é um tipo da ressurreição de todos os crentes na vinda de
nosso Senhor.
Episódio 2 — O Testemunho de Jesus
A ressurreição de Jesus Cristo fala de um Salvador que
tem poder sobre a morte, inclusive a dEle. “...e Aquele que
vive; estive morto”, diz Ele, “mas eis que estou vivo pelos
séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno” (Ap 1:18). Não precisamos temer a morte, pois Jesus
tem as chaves da sepultura.
Venha comigo a um lugar chamado Calvário e a uma
colina chamada Gólgota, numa sexta-feira à tarde, há dois
mil anos. Estava escuro, negra sexta-feira. O sol recusou-se
a brilhar. Trovões soavam. Relâmpagos rasgavam o céu.
Naquela negra sexta-feira, Pedro negou seu Salvador. Judas
O traiu. Os judeus O esqueceram. Os discipulos O abandonaram e os romanos O crucificaram.
Eles retiraram da cruz Seu corpo quebrado e ensangüentado. A esperança dos discípulos estava despedaçada.
Aquela negra sexta-feira, porém, foi seguida por um
iluminado domingo de manhã. Jesus saiu da sepultura. A
morte foi vencida. O inimigo conquistador e a sepultura
não mais seguraram sua vítima.
Por que Jesus vive, nossos queridos viverão outra vez.
Episódio 3 — Jesus Conquista a Morte
Para Sempre
A vitória de Jesus fala de um conquistador com poder
final e permanente sobre a morte.
F O T O :
M AT T H E W
H E R Z E L
O apóstolo Paulo fala de nossa esperança final: “Porquanto o Senhor mesmo, dada a Sua palavra de ordem,
ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus,
descerá dos Céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão
primeiro; depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos
arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre
com o Senhor” (1Ts 4:16, 17).
Em minha última conversa com Bill, falamos sobre
a eternidade. Falamos a respeito do Céu. Dialogamos a
respeito das palavras “para sempre”. Como pastor, minhas
últimas palavras para meu amigo foram mais ou menos
assim: “Bill, você não está sozinho. Cristo está com você e,
um dia, muito em breve, você O verá face a face.”
Momentos Finais de Bill
Ao Bill enfrentar os últimos momentos de vida, sua esposa Bonnie e seus filhos Brat e Brad reuniram-se ao redor
de sua cama. Bonnie perguntou se queria que tocassem um
CD com hinos religiosos cantados por Wintley Phipps. Ela
queria que a mensagem familiar de um velho hino ocupasse a mente de Bill enquanto ele alternava entre a vida e
a morte. Logo, as familiares palavras do hino soavam pelo
quarto: “Quando andares pela tormenta, levanta a cabeça e
não tenhas medo da escuridão.”
A mensagem do hino é que, apesar do que enfrentamos,
nunca estaremos sozinhos.
Durante a vida e a morte, em Jesus, por Jesus e por causa
de Jesus, nunca estaremos sozinhos. Um dia vamos vê-Lo
voltar. Nossa esperança está na certeza de que o mesmo
Jesus que venceu a sepultura voltará, outra vez, para nos
levar para casa.
Dezembro 2008 | Adventist World
23
H E R A N Ç A
A D V E N T I S T A
E
u tinha cinco anos de idade
quando comecei a visitar meus
avós que moravam numa fazenda em Aroostook County, Maine. Meu pai havia morrido um ano antes
devido a lesões na guerra. De repente, os
pais de minha mãe tornaram-se grande
parte de minha vida. Quase semanalmente
eu os visitava na maior casa de fazenda do
estado, assim eu pensava.
Se eu ficava por mais de um dia,
vovó insistia que eu tirasse uma soneca
à tarde. O fato de eu não estar cansado,
não lhe interessava. “Crianças precisam
de sonecas”, dizia ela. Às vezes, ela
me deixava deitar na grande cama
do vovô e dela. Eu amava o cheiro do
uma
Luz no Caminho
Como um mestre da arte influenciou
a vida de outro homem
quarto deles, era um aroma de flores
da primavera em todo lugar. Na minha
mente infantil, eu achava que o cheiro
vinha das rosas do papel de parede, mas
provavelmente o cheiro vinha dos perfumes e talcos da penteadeira da vovó.
– Deite um pouquinho, mesmo que
não esteja com sono – dizia ela.
– Mas, vovó, há tantas coisas para
olhar aqui; por que querer dormir agora? – mas ela já havia fechado a porta.
Ron Laing é naturalista e
fotógrafo de renome, que
combina sua arte com
seus escritos. Seu tema
preferido continua
sendo a Nova Inglaterra, onde nasceu e
reside. Trabalhou no New England
Memorial Hospital (mais tarde Boston
Regional Medical Center), em Stoneham,
Massachusetts, por 35 anos.
24
Adventist World | Dezembro 2008
Colocando-me na Pintura
A coisa de que eu mais gostava no
quarto era uma grande gravura, numa
placa de bronze, onde se lia em letras
ornamentais: “Uma Luz no Caminho”,
o mesmo título do programa de rádio
favorito da vovó, que ela ouvia enquanto
eu dormia à tarde. Na gravura, havia uma
garotinha com cerca de quatro anos de
idade e um garoto, um pouquinho mais
velho, andando por um caminho muito
estreito, com precipícios em ambos os
lados. Um anjo, com grandes asas e braços estendidos, caminhava atrás, um ser
de luz iluminando o caminho deles.
Ele só os está guiando, pensava eu,
imaginando que Lorraine, minha irmã
e eu, fôssemos as crianças do caminho.
Nós parávamos, aqui e ali, para olhar
borboletas ou sentir o cheiro dos bemme-queres azuis, ao longo do caminho
– e corríamos cuidadosamente para
não cair no precipício.
– Acorde, dorminhoco, temos mui-
Por Ron Laing
tas coisas pra fazer antes do jantar – eu
ouvia a voz da vovó. A hora da soneca
havia terminado e eu nem havia dormido! Eu me esforçava para agir como se
tivesse acabado de acordar. Caminhava
cambaleante, esfregando os olhos, mas
nunca tive certeza de que vovó acreditasse na minha representação.
Os anos se passaram e minha esposa, Carolyn, e eu tivemos duas meninas.
Um dia, descobrimos que o artista talentoso, Harry Anderson, havia pintado
um quatro bem parecido com aquele
dependurado no quarto da vovó. Eu
pendurei uma cópia no quarto de minhas filhas, esperando que recebessem
a mesma satisfação nostálgica que
recebi do quadro de minha avó.
O Artista
Anos mais tarde, Carolyn e eu tivemos a oportunidade de encontrar Harry
Anderson. O New England Memorial
Hospital, centro médico no norte de Bos-
ton, estava fazendo uma doação monetária com o objetivo de que “fosse usado
para refletir o amor de Deus para com
os seres humanos, de modo que todos os
povos o vissem”. Anderson foi encarregado de criar uma tela com esse tema. A
administração do hospital, impressionada com minha habilidade de marceneiro,
requisitou meus serviços para ajudá-lo a
criar uma moldura apropriada.
Num dia agradável de primavera,
visitei Anderson em sua aconchegante
casa, em Connecticut. Harry era um
homem alto e gentil na mais refinada e
específica definição da palavra: gentil,
bem apessoado, talvez um pouco
tímido e reservado. A bondade em seus
olhos fez-se sentir como se eu enxergasse dentro de sua alma.
Em seguida, fomos com ele pelo
pomar florido de maçãs até seu estúdio.
À nossa frente, à luz do sol, estava um
velho prédio, deteriorado pelo tempo,
com grandes janelas em três lados. Sua
madeira vermelha, desbotada, fazia
com que se mesclasse com a paisagem.
Que lugar maravilhoso para trabalhar!
Dentro, o cheiro de tinta a óleo e aguarrás era forte e havia pedaços de pano
de todas as cores que alguém possa
imaginar. A grande pintura de aproximadamente 2,40 por 3,30 m, estava
pendurada na parede. Sem falar nada,
fitamos, longamente, a obra de arte.
do, por tanto tempo, na parede do quarto
de minhas filhas e da alegria que trouxe à
nossa família. Ele ficou encantado.
– Pode me chamar de Harry – disse
ele. – Sr. Anderson é muito formal.
Venha, deixe-me mostrar alguns dos
meus trabalhos. Veja, pintar é minha
profissão, mas esculpir é meu hobby.
Na casa, vimos, com espanto, pássaros marinhos, tão reais, parecendo que
voariam se os assustássemos. Perto do
pôr-do-sol, lembramo-nos do propósito
de nossa visita. Trocamos idéias sobre
a moldura e logo decidimos a estética e
os detalhes. Ele explicou como esculpir
adequadamente a moldura, inclusive,
presenteando-me com uma ferramenta
para facilitar meu trabalho.
– Fique com essa velha ferramenta
como lembrança do dia em que
passamos juntos, disse ele, com brilho
nos olhos. Enrolamos a obra de arte,
no valor de $ 40 mil dólares, a qual foi
colocada em um tubo plástico, e me
despedi. Quase não podia esperar para
começar a construção e ver a extraordinária pintura de Anderson no saguão
do nosso hospital.
Bênção Preservada
Visitantes que viam o quadro ficavam impressionados com a poderosa
mensagem que ela transmitia. Por vinte
anos, o quadro permaneceu onde eu
a coloquei. Após cem anos de serviços
de saúde prestados à comunidade, o
hospital de 350 leitos foi fechado.
Por muitos anos, não soube o que
aconteceu com a pintura de Anderson, apenas que havia sido vendida
em um leilão. Entretanto, há alguns
anos, fiquei feliz em saber que um
amigo, médico, que fizera parte do
corpo administrativo do New England
Memorial Hospital, levou a tela para
o hospital que ele dirigia. Visitei o
hospital na recém-construída cidade
de Celebration, no centro do estado da
Flórida, EUA, e, mais uma vez, tive o
privilégio de admirar a obra de arte de
Anderson, ainda em minha moldura.
Conversei várias vezes ao telefone
com Harry, após nossa visita, inclusive
tentei persuadi-lo a ver a pintura em seu
novo lar. Ele ficou maravilhado com a
maneira como estava exposta e iluminada. Fiquei feliz com seu largo sorriso,
como que aprovando a minha moldura.
A ferramenta com que me presenteou havia tanto tempo ainda está
pendurada em minha oficina, como
lembrança diária de tudo que há de bom
nesse mundo. Harry Anderson faleceu
em novembro de 1996, com 90 anos de
idade. Como tantas outras pessoas ao
redor do mundo, a vida de nossa família
foi influenciada por seus quadros e sentimos que perdemos um amigo.
M AT T H E W
A pintura era o quarto de um doente, no hospital, tão real como se tivéssemos entrado na tela: uma jovem deitada
quietamente sobre lençóis hospitalares
brancos, tendo ao lado seu médico,
preocupado. Do outro lado da cama,
uma enfermeira observa. A figura ao
lado do médico é Jesus, cuja mão pousa
delicadamente sobre a testa da mocinha
enferma. A solenidade da cena nos impressionou, embora tenhamos sentido
uma paz inexplicável. Expressamos nossa apreciação pessoal pela pintura. Mas,
acima de tudo, sentimos que estávamos
com um grande homem.
Esse momento me pareceu oportuno
para falar-lhe sobre o quadro dependura-
H E R Z E L
O Quadro
Conheça
oArtista
Harry Anderson nasceu em Chicago, em 1906. Seu plano
era ser matemático, mas em 1925 fez um curso de arte
e descobriu seu talento e amor pela pintura. Graduou-se com honra pela Escola de Arte
Syracuse. A Review and Herald Publishing Association (Editora Adventista Americana) encomendou-lhe ilustrações religiosas. Por 35 anos, ele pintou personagens e eventos religiosos,
em cenários modernos, em lugar dos tempos bíblicos, como haviam sido pintados ao longo da
História. Ele é mais conhecido por sua grande obra na arte religiosa. Ao longo de sua carreira,
Anderson recebeu numerosos prêmios das associações de arte, incluindo o prestigiado Clube
de Diretores de Arte de Nova Iorque. Em 1994, ele foi colocado na Galeria da Fama da Sociedade dos Ilustradores. Sua contribuição artística inspirou muitas pessoas ao redor do mundo.
Dezembro 2008 | Adventist World
25
P E R G U N TA S B Í B L I C A S
O
existência e adoração de muitos deuses). O Novo Testamento
dicionário define “monoteísmo” como a doutrina
reconhece a existência de, pelo menos, outro “deus”.
que admite um só Deus; do grego, mono (“único”)
“O deus desta era cegou o entendimento dos descrentes”
e theos (“Deus”). Eruditos de todas as tradições
(2Co 4:4, NVI).
cristãs têm discutido a extensão do que esse termo inclui da
Até o primeiro mandamento pode ser lido subentendenvisão bíblica de Deus. A questão que levantam é se a Bíblia
reconhece a existência de outros deuses. Descreverei alguns
do a existência de outros “deuses”: “Não terás outros deuses
pontos dessa questão e farei alguns comentários gerais sobre
além de Mim” (Êx 20:3, NVI). O que é surpreendente acerca
os dados bíblicos.
do primeiro mandamento é que, tanto quanto se saiba, tal
1. Mototeísmo na Bíblia: Estudiosos da Bíblia acreditavam
proibição era desconhecida nas religiões antigas do Oriente
que todas as religiões, originalmente, eram monoteístas, mas,
Próximo. Tais religiões nada sabiam a respeito de um Deus
lentamente, a idéia da existência de muitos deuses entrou sor- ciumento que exigia exclusivo culto de adoração de Seu
povo. Em tais religiões, honrar a todos os deuses era uma
rateiramente no conjunto de suas crenças. Outros estudiosos
virtude benéfica para seus
argumentam que o monotepraticantes.
ísmo é o produto final de um
3. Imparidade do Senhor:
longo processo nascido da
convicção de que havia muiQuando examinamos
essa questão, temos que
tos deuses ou muitas forças
enfatizar uma coisa: a
espirituais. Mas essa abordaBíblia descreve Deus como
gem revolucionária é contráabsolutamente santo, único
ria à Bíblia. Recentemente,
e sem igual (cf. Dt 6:4; Is
estudiosos reconheceram
6:3). Ele é o Ser não criado,
que o conteúdo bíblico sobre
o Eterno (cf. Isaías 43:10;
o assunto é mais complexo
P E R G U N TA :
44:6-8). Sua natureza O
do que acreditavam antes.
O que é monoteísmo?
coloca fora do domínio
Entretanto, ainda perguntam
de Sua criação, ainda que
a si mesmos se essa comprePor
tenha escolhido habitar
ensão estreita do monoteísAngel Manuel
com Suas criaturas. Os que
mo descreve adequadamente
Rodríguez
são chamados “deuses” são,
a visão bíblica de Deus. Isso
na realidade, criaturas e,
depende de como definimos
como tais, essencialmente
o monoteísmo.
diferentes do Senhor. Eles
2. Um, porém muitos: A
foram criados por Ele por
Bíblia afirma claramente
meio de Cristo (cf Cl 1:16),
a existência de um Deus
mas escolheram rebelar-se (cf. Judas 6) e tentaram ocupar
supremo. Esse é o Deus apresentado no primeiro verso da
Bíblia, em Gênesis 1:1. Foi o Senhor quem criou todas as coi- o lugar do Senhor na vida dos humanos (Is 14:13, 14; Ef
2:1, 2). Eles se proclamaram “deuses”, mas são ainda subalsas, sem esforçar-Se, i.e., sem enfrentar forças oponentes. No
momento da Criação, Ele era o único Deus, o Senhor. Enternos ao Senhor e não podem agir independentemente
dEle,(cf. Jó 1:6-12; Cl 2:10). Essa compreensão bíblica de
contramos passagens afirmando que “não há outro (Deus)
além dEle” (Dt 4:35, NVI), que “o SENHOR é Deus em cima Deus e da natureza dos “deuses” pode não combinar com
a tradicional e estreita definição de monoteísmo, mas é
nos céus e embaixo na terra. Não há nenhum outro” (Dt
monoteísta no sentido de não reconhecer a existência de
4:39, NVI; veja também Isaías 44:6-8). Muitas outras passagens apóiam o uso do termo “monoteísmo” na compreensão nenhum outro ser que seja, em algum sentido, similar ao
Senhor Deus ou que participe de Sua natureza distinta. A
bíblica de Deus.
singularidade de Deus não nega a pluralidade de pessoas
Não podemos, porém, ignorar outras evidências que
na divindade, mas nunca deveria ser considerada como
complicam a questão; especialmente passagens como o salmo 82, onde Deus é descrito como sentado entre os “deuses” pluralidade de “deuses”. O mistério da divindade reside no
mistério de Sua imparidade.
no julgamento e pronunciando o veredicto final contra
eles: “Vocês são deuses, todos vocês são filhos do Altíssimo.
vocês morrerão como simples homens” (verso 6, NVI).
Isso é chamado “monoteísmo monárquico”, ou seja,
outros deuses estão sob a autoridade de Deus (cf. Sl 95:3);
Angel Manuel Rodríguez é diretor do Instituto de Pesquisas
isso, porém, é muito próximo ao politeísmo (crença na
Bíblicas da Associação Geral.
Único e
Incomparável
26
Adventist World | Dezembro 2008
E S T U D O
O
B Í B L I C O
Poder
da Ressurreição
Por Mark A. Finley
Alguma vez já se sentiu impotente na vida cristã? As tentações o subjugam facilmente?
Você fracassa com certa freqüência? Talvez pense: Será que o cristianismo tem algo mais
para me oferecer? Onde está o poder? Por que vivo derrotado e frustrado? Experimentei
a graça salvadora de Deus sobre meus pecados passados, mas almejo Seu poder agora,
para viver uma vida diferente, uma vida vitoriosa.
Você não está sozinho. Outros cristãos comprometidos já experimentaram o mesmo
sentimento. Na lição de hoje, descobriremos como ter acesso ao mesmo poder que
ressuscitou Jesus da morte para viver uma vida de força moral e vitoriosa.
1. Como o apóstolo Paulo descreve o dilema enfrentado pelos cristãos?
“Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em
mim; não, porém, o efetuá-lo” (Rm 7:18).
a. Em nossa carne não habita
.
b. Podemos querer o
, mas
c. Somos incapazes de
o que é bom.
2. Onde Paulo encontrou a solução para esse problema?
“Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Graças a Deus por Jesus Cristo,
nosso Senhor” (Rm 7:24, 25).
A solução para o constante fracasso na vida cristã é o relacionamento com
nosso Senhor.
Há uma resposta, apenas, para o problema do contínuo fracasso e constante
frustração sobre nossos pecados. Jesus faz do fraco, forte. Ele transforma crentes
derrotados em vitoriosos. Ele quebra as correntes que nos prendem ao pecado,
liberta-nos para servi-Lo e abençoa outras pessoas por meio do nosso testemunho.
3. Qual era o desejo espiritual mais profundo de Paulo?
“Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus,
meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo ...;
para O conhecer, e o poder da Sua ressurreição, e a comunhão dos Seus sofrimentos, conformando-me
com Ele na Sua morte” (Fl 3:8-10).
Paulo estava disposto a considerar como perda, todas as coisas.
dos Seus
O grande desejo de Paulo era conhecer
eo
em Sua
eo
da Sua
O segredo para viver uma vida cristã repleta de alegria, em lugar da vida frustrada e
fracassada, é “conhecer a Cristo e o poder de Sua ressurreição”. Umas das verdades
centrais do Novo Testamento é a ressurreição de Cristo.
Dezembro 2008 | Adventist World
27
4. Que título foi usado por Jesus para revelar-Se ao apóstolo João na ilha de Patmos?
“Não temas; Eu sou o primeiro e o último e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos
séculos dos séculos” (Ap 1:17, 18).
Jesus é o
eo
.
Jesus esteve
,
Mas agora Ele
pelos séculos dos séculos.
O cristianismo é apenas mais uma crença no mundo. Jesus Cristo está vivo. Seu poder está
à nossa disposição. Assim como nosso Senhor ressurreto venceu a sepultura e nos deu
liberdade do domínio da morte, através do poder de Sua ressurreição podemos viver nova vida.
5. Como o apóstolo Paulo descreve o efeito do poder da ressurreição em nossa vida?
“Se habita em vós o Espírito dAquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou
a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do Seu Espírito, que em
vós habita” (Rm 8:11).
a. Aquele que
ressuscitou
dentre os mortos.
b. O mesmo Espírito Santo dará
ao nosso corpo mortal.
Esta é uma verdade surpreendente. O mesmo Espírito Santo que ressuscitou Jesus da
morte física entrará em nossa vida, através da fé, e nos transformará da morte espiritual
para a vida espiritual. Teremos nova força espiritual por meio do poder do Espírito.
6. Se entregarmos a vida a Jesus e desejarmos “conhecer a Cristo e o poder da Sua
ressurreição”, que promessa nos cumpre reclamar?
“Porque, se fomos unidos com Ele na semelhança da Sua morte, certamente, o seremos também na
semelhança da Sua ressurreição” (Rm 6:5).
Se fomos unidos com Ele na semelhança da Sua morte, seremos também na
da Sua
Morrer com Cristo é entregar nossa vida completamente a Ele, é pedir-Lhe que
crucifique com Ele nossa natureza pecaminosa. Ele promete que, se morrermos com Ele,
ressuscitaremos para uma nova vida por meio do poder de Sua ressurreição.
7. Qual o convite a todos os que respondem à promessa de nova vida?
“Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e
acharmos graça para socorro em ocasião oportuna” (Hb 4:16).
Podemos ir
ao
a fim de receber
e achar
da
Jesus deseja transformar nossas derrotas em vitórias. Ele derrotou as tentações do
pecado e venceu a morte. Ele nos convida a participar dessa vitória por meio do
Espírito, no poder da ressurreição.
28
Adventist World | Dezembro 2008
Intercâmbio Mundial
C A R TA S
Construindo o Corpo
A Cafeína é Perigosa
Bill Knott, em seu editorial “Construindo o Corpo” (Adventist World, setembro de 2008), expressou exatamente os
meus sentimentos! Que maravilha é ir
à igreja aos sábados, não porque temos
que freqüentar uma igreja, mas porque
estamos ansiosos para freqüentá-la!
Há algo em nossas reuniões que é
inexplicável para os que não conhecem
o plano rejuvenescedor de Deus para
Seu povo remanescente. Ele deseja
que todos os povos participem dessa
experiência e, para nós, é um privilégio
maravilhoso repartir essas bênçãos
com outros até que Ele venha. Então,
participaremos todos juntos da adoração ao nosso Criador e Redentor, por
toda a eternidade.
Helen L. Self
Morganton, Carolina do Norte,
E.U.A.
Escrevo em relação ao artigo “A Igreja
Mudou de Posição Sobre a Cafeína?”
(setembro de 2008), pelos Drs. Allan
Handysides e Peter Landless.
Em seus primeiros anos de ministério, Ellen White ficou doente, enquanto
cruzava o oceano. Na ocasião, ela
tomou uma xícara de chá fraco como
medicamento. Em outra ocasião,
quando doente, tomou também, como
remédio, uma xícara de café com um
ovo cru.
Após receber luz total sobre os
efeitos maléficos do chá preto e do café,
ela escreveu que ambos destroem a
saúde (veja Conselhos Sobre o Regime
Alimentar, p. 63), e citou muitos outros
efeitos nocivos. O fato de Ellen White
ter consumido uma xícara de chá fraco
e uma xícara de café com ovo cru, em
toda sua vida, não significa que indique
seu uso como medicamento.
E. J. Nichols
Chetwynd, Columbia Britânica,
Canadá
Cartas para o Editor – Envie para: [email protected]
As cartas devem ser escritas com clareza e ao ponto, com
250 palavras no máximo. Lembre-se de incluir o nome do artigo,
data da publicação e número da página em seu comentário.
Inclua, também, seu nome, cidade, estado e país de onde você
está escrevendo. Por questão de espaço, as cartas serão
resumidas. Cartas mais recentes têm maior chance de ser
publicadas. Nem todas, porém, serão divulgadas.
Animada pela Adventist World
Sou uma leitora regular da Adventist
World e realmente gosto muito dela.
Fui especialmente inspirada por alguns
dos artigos publicados, como “Empurrando Juntos”, da autoria de Ellen
White (agosto de 2006); “Uma Vez Não
é Suficiente”, por John Wesley Taylor
(agosto de 2007) e “Uma Criança os
Guiará”, por Wilona Karimabadi (janeiro de 2008).
Deus os abençoe.
Willie Banda
Katete, Zâmbia
Dezembro 2008 | Adventist World
29
Intercâmbio Mundial
O LUGAR DE ORAÇÃO
Grande é o nosso Deus! Por favor, juntem-se a nós para agradecer-Lhe. Ele
fez maravilhas por nós, estudantes da
Universidade Frot Hare, pois não temos mais exames aos sábados. Satanás
quer arruinar tudo isso, mas, por favor,
orem para que o Senhor nos sustente.
Geshom, África do Sul
Sou um refugiado da República Democrática do Congo, província de Ituri.
Estou em Uganda desde 2003, com
meus doze filhos. Necessito de suas
orações por mim e por minha família.
Piracel, Uganda
Por favor, orem para que José consiga
ir para um colégio adventista. Ele quer
ser pastor.
Via e-mail
Por favor, orem por nosso casamento
e finanças. Minha esposa decidiu
separar-se após a morte de minha mãe
(com 92 anos de idade), que morou
conosco os últimos cinco anos. Minha
esposa acaba de pedir o divórcio.
Peter, Estados Unidos
Por favor, orem para que obtenha sucesso no exame de registro profissional,
e que, algum dia, Deus me conceda um
bom emprego para que possa sustentar
minha família.
Raim, Filipinas
Por favor, orem pelo meu irmão que
sofreu um acidente e por minha
família.
Via e-mail
30
Adventist World | Dezembro 2008
Sou um jovem adventista do Zâmbia,
com 20 anos de idade, clamando por
ajuda e suas orações, pois estou me
afundando aqui. Pensei que podia ter
tudo o que desejasse neste mundo, mas
a busca pela paz e esperança eternas
levou-me aos lugares escuros dos falsos
cultos. Não encontrei respostas para
meus problemas, mas, graças a Deus,
encontrei um antigo amigo que, agora,
é adventista. Nunca mais voltarei para
o mundo.
Brighton, Zambia
Meu pedido de oração é por minha
família, especificamente pela situação
financeira de meu esposo. Estamos
atravessando um período muito difícil
e dependemos da resposta de um
trabalho para ele. Orem para permanecermos firmes na fé.
Elaine, Brasil
Sou uma órfã, do Quênia. Estamos
definhando na pobreza, sob os cuidados de nossa avó. Orem para que Deus
feche as portas da pobreza e resgate
nossa família dos ardis do diabo.
Jill, Quênia
Peço oração para que meu filho passe
nos exames. No momento, ele está
lutando com seus trabalhos de escola e
necessita que a poderosa mão de Deus
se estenda e o socorra. Por favor, orem
por ele. Obrigada.
Sherma, Estados Unidos
Por favor, unam-se a mim em oração
pelo Youth Guide Concern, um grupo
de jovens de nossa igreja, que tem
desenvolvido um trabalho de apoio aos
órfãos e idosos, tanto na igreja como
na comunidade.
Ephraim, Malawi
J E S P E R
N O E R
Orem por mim, por favor. Está sendo
criada uma situação que pode causar
muito problema à minha família. Por
favor, orem para que a situação seja
resolvida. Obrigada por suas orações.
Fannie, Estados Unidos
Pedidos de oração e agradecimentos (gratidão por resposta à
oração). Sua participação deve ser concisa e de, no máximo,
75 palavras. As mensagens enviadas para esta seção serão
editadas por uma questão de espaço. Embora oremos por todos
os pedidos nos cultos com nossa equipe durante a semana, nem
todos serão publicados. Por favor, inclua no seu pedido, seu nome
e o país onde vive. Outras maneiras de enviar o seu material:
envie fax para 00XX1(301) 680-6638, ou carta para: Intercâmbio
Mundial, Adventist World, 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring,
Maryland 20904-6600 EUA.
INTERCÂMBIO DE IDÉIAS
Minha
Oração
Leitor compartilha
oração inspirada na famosa oração de
São Francisco de Assis
Que minha vida seja uma luz para os outros, ó Senhor.
Que eu seja como uma chama ao longo do Teu caminho, é minha oração.
Que na escuridão da noite, possa eu brilhar mais forte,
Fazendo da estrada um lugar mais seguro para os que nela passam.
Que em meio a nuvens e trovões, eu seja um céu de calor.
Como o navio que necessita de um farol,
O viajante, de sua bússola,
Ó Senhor, eu necessito de Ti para encontrar o caminho.
O combustível de minha lâmpada é o Teu amor,
Minha segurança está em Tuas mãos.
Mantém acesa minha luz,
Mesmo que seja uma pequena chama,
Brilhando como fogo para Ti.
—Por Adam C. Newbold, 18, College Place, Washington, E.U.A. Esse poema foi escrito durante seu último ano do ensino médio no Walla Walla
Valley Academy, quando fazia um curso avançado de literatura.
“Eis que cedo venho…”
Nossa missão é exaltar Jesus Cristo, unindo os
adventistas do sétimo dia de todo o mundo numa só
crença, missão, estilo de vida e esperança.
Editor
Adventist World é uma publicação internacional da
Igreja Adventista do Sétimo Dia, editada pela
Associação Geral e pela Divisão Ásia-Pacífico Norte.
Editor Administrativo
Bill Knott
Editor Associado
Claude Richli
Gerente Internacional de Publicação
Chun, Pyung Duk
Comissão Editorial
Jan Paulsen, presidente; Ted N. C. Wilson, vice-presidente;
Bill Knott, secretário; Armando Miranda; Pardon K.
Mwansa; Juan Prestol; Charles C. Sandefur; Don C.
Schneider; Heather-Dawn Small; Robert S. Smith;
Robert E. Kyte, assessor jurídico
Comissão Coordenadora da Adventist World
Lee, Jairyong, presidente; Akeri Suzuki; Donald Upson;
Guimo Sung; Glenn Mitchell; Chun, Pyung Duk
Editor-Chefe
Bill Knott
Editores em Silver Spring, Maryland
Roy Adams (editor associado), Sandra Blackmer,
Stephen Chavez, Mark A. Kellner, Kimberly Luste Maran
Editores em Seul, Coréia
Chun, Jung Kwon; Choe, Jeong-Kwan
Editor Online
Carlos Medley
Coordenadora Técnica
Merle Poirier
Assistente Executiva de Redação
Rachel J. Child
Assistentes Administrativos
Marvene Thorpe-Baptiste
Alfredo Garcia-Marenko
Atendimento ao Leitor
Merle Poirier
Diretor de Arte e Diagramação
Jeff Dever, Fatima Ameen, Bill Tymeson
Consultores
Jan Paulsen, Matthew Bediako, Robert E. Lemon,
Lowell C. Cooper, Mark A. Finley, Eugene King Yi Hsu,
Gerry D. Karst, Armando Miranda, Pardon K. Mwansa,
Michael L. Ryan, Ella S. Simmons, Ted N. C. Wilson,
Luka T. Daniel, Alberto C. Gulfan, Jr., Erton Köhler,
Jairyong Lee, Israel Leito, Geoffrey G. Mbwana,
Paul S. Ratsara, Barry Oliver, Don C. Schneider,
Artur A. Stele, Ulrich W. Frikart, D. Ronald Watts,
Bertil A. Wiklander
Aos colaboradores: São bem-vindos artigos enviados
voluntariamente. Toda correspondência editorial deve ser
enviada para: 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring MD
20904-6600, EUA. Escritórios da Redação: (301) 680-6638
E-mail: [email protected]
Website: www.adventistworld.org
A menos que indicado de outra forma, todas as referências
bíblicas são extraídas da Versão João Ferreira de Almeida,
Revista e Atualizada no Brasil pela Sociedade Bíblica do
Brasil, 1993.
Adventist World é uma revista mensal editada simultaneamente na Coréia, Austrália, Indonésia, Brasil e Estados Unidos.
F O T O S :
B E V
L LOY D - R O B E R T S
Vol. 4, No. 12
Dezembro 2008 | Adventist World
31
Q U E
L U G A R
É
E S S E ?
O Lugar Das
M O O N D R A G O N
AS
M A R C O S
PESS
VIDA ADVENTISTA
Apago as luzes, fecho os olhos
e espero a chegada da familiar e suave nuvem de calor e vibração sobre mim.
Será que soa como algo
de outro mundo? Não! É
apenas minha gata, Crusty
Lou, de quase dez quilos,
ronronando e se encostando
enquanto se prepara para dormir.
Durmo de costas, para que ela possa
dormir em meu colo, seu local pre-
ferido nos últimos sete anos.
Os gatos são famosos por procurar lugares aconchegantes para suas
sonecas, e meu corpo, com quase
37° C, certamente está qualificado.
Creio, porém, que algo mais faz com
que ela me procure todas as noites,
quando vai dormir. Creio que me
procura porque quer estar comigo,
porque gosta da minha companhia,
o que me deixa muito feliz.
Enquanto me arrumava para
dormir ontem à noite, fiquei ima-
VOCÊ SABIA?
Fundado em 1899, o Cristian Record Services (CRS)
[Serviço de Registros Cristão] é um ministério da Igreja
Adventista do Sétimo Dia que provê publicações cristãs e
programas gratuitos para pessoas com deficiência visual.
A cada ano, cerca de cem mil deficientes visuais têm a
vida transformada pelos serviços da CRS, sem nenhum
custo. Todos os cegos, deficientes visuais graves ou
portadores de deficiências que impeçam a leitura de material escrito, são elegíveis para seus serviços. O Cristian
Record Services localiza-se em Lincoln, Nebraska, EUA.
Visite a página da Web: www.christianrecord.org.
FRASE
ginando se Deus fica feliz quando
procuro Sua presença. Ele me criou
para ser Sua amiga (imagine!), e
espera que eu deseje Sua presença
assim como Ele deseja a minha.
Às vezes, Ele me oferece benefícios
extras, como eu ofereço o calor de
meu colo para minha gata, mas Seu
propósito é apenas o companheirismo. Amizade com o Deus infinito?
É incrível!
—Linda J. Finster, Oklahoma,
Estados Unidos
DO
MÊS
“Quando a injustiça
pára o fluxo de
amor, procuramos o
caminho de volta
ao amor sobre a ponte
do perdão.”
—Lourdes E. Morales-Gudmundsson, em seu livro
I Forgive You, But . . . , (Eu o perdôo, mas ...), p. 22.
RE SP O S TA : Essa foto foi tirada por Marcionílio Sousa, numa igreja Adventista do Sétimo Dia da Associação Bahia Central, no Brasil. Os
jovens estão celebrando o sucesso da “Missão Calebe”, projeto em que os jovens dedicam seu período de férias para evangelizar cidades sem
presença adventista.

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