Potencial de abuso do midazolam intranasal em usuários de
Transcrição
Potencial de abuso do midazolam intranasal em usuários de
Ivan Mario Braun Potencial de abuso do midazolam intranasal em usuários de cocaína aspirada e voluntários normais Tese apresentada à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Doutor em Ciências Programa de Psiquiatria Orientador: Prof. Dr. Márcio Antonini Bernik São Paulo 2012 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Preparada pela Biblioteca da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo reprodução autorizada pelo autor Braun, Ivan Mario Potencial de abuso do midazolam intranasal em usuários de cocaína aspirada e voluntários normais / Ivan Mario Braun. -- São Paulo, 2012. Tese(doutorado)--Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Programa de Psiquiatria. Orientador: Márcio Antonini Bernik. Descritores: 1.Abuso de substâncias psicoativas 2.Benzodiazepinas/farmacologia 3.Benzodiazepinas/uso terapêutico 4.Midazolam 5.Administração intranasal de medicamentos USP/FM/DBD-268/12 Dedicatória: À Dra. Luciana Cristina de Abreu Durante AGRADECIMENTOS Ao meu orientador, Prof. Dr. Márcio Antonini Bernik, pelo ensino de uma metodologia de alto padrão para o assunto pesquisado e pela sua paciência em todos os momentos. Aos professores doutores: Hermano Tavares, pela sua infatigável ajuda na organização e sistematização de dados e em análises estatísticas e por toda a sua prontidão e persistência pedagógica; Arthur Guerra de Andrade, Eduardo Iacoponi, Ronaldo Laranjeira e Marcos Leite, pelo encaminhamento de voluntários; Clarice Gorenstein, pela cessão do software computadorizado para a realização do tapping test. Orlando César de Oliveira Barreto, por permitir e assessorar o uso do laboratório sob sua direção. Ao estatístico Sr. Bernardo dos Santos, pela incansável e competente ajuda. Ao Prof. Flávio Prado, pela revisão da gramática e ortografia. À bibliotecária Sra. Rita de Cássia Ortega Borges pela sua constante, dedicada e eficiente ajuda, enviando-me artigos científicos, inclusive nos momentos mais inusitados, e por padronizar as referências bibliográficas deste estudo. Às bibliotecárias Sras. Maria Umbelina dos Santos de Jesus, Erika H. Hayashi, Camila Zanini Luz Pereira e Adriana Fonseca, pelo constante apoio através do envio de artigos científicos. À Fundação de Amparo à pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), que financiou esta pesquisa (projeto no. 97/12461-8). À Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), que proporcionou bolsa de doutoramento ao autor. Esta tese está de acordo com as seguintes normas, em vigor no momento desta publicação: Referências: adaptado de International Committee of Medical Journals Editors (Vancouver). Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Divisão de Biblioteca e Documentação. Guia de apresentação de dissertações, teses e monografias. Elaborado por Anneliese Carneiro da Cunha, Maria Julia de A. L. Freddi, Maria F. Crestana, Marinalva de Souza Aragão, Suely Campos Cardoso, Valéria Vilhena. 3a ed. São Paulo: Divisão de Biblioteca e Documentação; 2011. Abreviaturas dos títulos dos periódicos de acordo com List of Journals Indexed in IndexMedicus. Sumário Lista de abreviaturas Resumo 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................... 1 1.1 O midazolam .................................................................................... 1 1.1.1 O midazolam intranasal ............................................................. 2 1.2 Abuso de benzodiazepínicos ........................................................... 3 1.3 Potencial de abuso........................................................................... 5 1.3.1 Conceito e definição ................................................................. 5 1.3.2 Potencial de abuso dos benzodiazepínicos ............................... 6 1.3.3 Potencial de abuso do midazolam ........................................... 19 1.4 Abuso de benzodiazepínicos pela via intranasal ............................ 23 1.5 Aspectos metodológicos das pesquisas de potencial de abuso em seres humanos .............................................................................. 24 1.5.1 Tipos de estudos ..................................................................... 24 1.5.2 Casuística ............................................................................... 29 1.5.3 Medidas .................................................................................. 30 1.5.3.1 Medidas subjetivas (eventos privados)............................ 30 1.5.3.2 Medidas objetivas (valiação de eventos públicos) ........... 31 1.5.3.3 Medidas fisiológicas ........................................................ 31 1.6 Justificativa do estudo .................................................................... 32 1.7 Objetivos ........................................................................................ 33 1.8 Aspectos éticos .............................................................................. 33 1.8.1 Pesquisa experimental em seres humanos ............................. 33 1.8.2 Justificativa do pagamento aos voluntários ............................. 34 1.8.3 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ......................... 35 2 MÉTODOS ............................................................................................. 36 2.1 Casuística ...................................................................................... 36 2.1.1 Critérios de inclusão ................................................................ 36 2.1.1.1 Voluntários saudáveis ..................................................... 36 2.1.1.2 Abusadores de cocaína .................................................. 36 2.1.2 Critérios de exclusão ............................................................... 37 2.1.2.1 Voluntários saudáveis ..................................................... 37 2.1.2.2 Abusadores de cocaína .................................................. 37 2.1.3 Cálculo do tamanho da amostra .............................................. 38 2.1.4 Seleção dos voluntários .......................................................... 39 2.1.5 Características clínicas da amostra ......................................... 40 2.2 Local do estudo .............................................................................. 40 2.3 Desenho do estudo ........................................................................ 41 2.3.1 Instrumentos de avaliação ....................................................... 42 2.3.2 Farmacocinética do midazolam ............................................... 45 2.4 Fluxograma do estudo ................................................................... 46 2.5 Métodos estatísticos ...................................................................... 48 3 RESULTADOS ....................................................................................... 50 3.1 Variáveis demográficas .................................................................. 50 3.2 Medidas basais de sintomas depressivos e de ansiedade ............. 51 3.3 Níveis de midazolam e metabólitos ................................................ 51 3.4 Comportamentos dos grupos ao longo do tempo ........................... 52 3.5 Correlações entre variáveis de humor, Apreciação da Substância e Vontade de Repetir o Uso da Substância ................. 85 4 DISCUSSÃO .......................................................................................... 90 5 CONCLUSÕES ...................................................................................... 95 6 ANEXOS ................................................................................................ 96 6.1 Anexo A. Critérios do DSM-IV para abuso e dependência de substância ..................................................................................... 96 6.2 Anexo B. Folha de anamnese ........................................................ 98 6.3 Anexo C. Termo de consentimento livre e esclarecido ................. 101 6.4 Anexo D. IDATE ........................................................................... 107 6.5 Anexo E. Inventário para depressão de Beck............................... 110 6.6 Anexo F. Digit-Symbol Substitution Test (DSST) ......................... 114 6.7 Anexo G. Visual Analogue Mood Scale (VAMS) .......................... 115 6.8 Anexo H. Bodily Symptoms Scale (BSS)...................................... 117 6.9 Anexo I. Escala de apreciação da substância ............................ 119 6.10 Anexo J. Vontade de Repetir o Uso da Substância ..................... 120 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................... 121 APÊNDICES 1 - Aprovação do projeto pela Comissão de Ética para Análise de Projetos de Pesquisa. 2 – Aprovação da mudança de título RESUMO Braun IM. Potencial de abuso do midazolam intranasal em usuários de cocaína e sujeitos saudáveis [Tese]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; 2012. INTRODUÇÃO: O midazolam é uma imidazobenzodiazepina usada para induzir o sono, produzir sedação antes de procedimentos dolorosos e no tratamento do estado de mal epiléptico. Seu uso pela via intranasal proporciona um rápido início de ação e esta via, em muitos casos, pode substituir as vias endovenosa e intramuscular, mais invasivas. Assim, o midazolam intranasal tem sido sugerido no tratamento extra-hospitalar de crises epilépticas e ataques de pânico. Por outro lado, os benzodiazepínicos possuem um potencial para serem abusados, principalmente em usuários de outras drogas. OBJETIVO: o presente estudo objetivou verificar o potencial de abuso do midazolam intranasal numa população experiente no uso intranasal de substâncias - abusadores de cocaína aspirada. MÉTODOS: Foram estudados 31 voluntários abusadores ou dependentes de cocaína e 34 controles saudáveis, subdivididos em quatro grupos: Abusadores de Cocaína (N = 16) e Voluntários Saudáveis (N= 17) que receberam midazolam (0,5 mg de hidrocloreto de midazolam em cada narina), e Abusadores de Cocaína (N = 15) e Voluntários Saudáveis (N = 17) que receberam o mesmo volume de um placebo ativo. As variáveis de resposta foram a Apreciação da Substância (AS) e a Vontade de Repetir o Uso da Substância (VR), avaliadas através de escalas analógicas visuais. RESULTADOS: A análise de perfis para medidas repetidas das variáveis de resposta mostrou um efeito significante da variável Tempo sobre AS (F[5;57] =3,947, p=0,004) e VR (F[5;57] =3,311, p=0,011). A variável Grupo (Abusadores de Cocaína x Voluntários Saudáveis) também teve um impacto sobre as variáveis de resposta AS e VR, sendo que os Abusadores de Cocaína tiveram pontuações mais altas tanto em AS (F [5;57] = 4,946, p = 0,030) quanto em VR (F[5;57] =5,229, p=0,026). Numa análise de regressão linear para investigar os efeitos do humor - medidos através de uma Escala Visual Analógica do Humor (VAMS) - sobre as variáveis de resposta AS e VR, os Abusadores de Cocaína apresentaram escores maiores que os Voluntários saudáveis tanto para AS (t = 3,37; p = 0,001) quanto para VR (t = 5,607; p = 0,011). Observou-se, também, um efeito dos fatores VAMS 16 (MAIS DEPRIMIDO → MAIS EUFÓRICO; t = 4,28; p < 0,001) e VAMS 12 (MAIS EXCITADO → MAIS RELAXADO; t = 2,66; p = 0,010), sobre a variável de resposta AS (R2 = 0,32): níveis maiores de euforia e relaxamento predisseram uma maior Apreciação da Substância instilada. O fator VAMS 16 (MAIS DEPRIMIDO → MAIS EUFÓRICO) teve um efeito também sobre a variável de resposta VR (t = 3,65, p < 0,001; R2 =0,24): maior euforia predisse maior vontade de repetir o uso da substância. Finalmente, uma análise de regressão linear utilizando-se AS como variável explicativa e VR como variável de resposta resultou que quanto maior a apreciação positiva da substância, maior era a vontade de repetir seu uso (F = 108, 517; p < 0,001; R2 = 0,65). CONCLUSÕES: Corroborando estudos anteriores, observou-se que sensações como relaxamento e euforia correlacionam-se com o potencial de abuso de uma substância e uma maior apreciação positiva dos efeitos de uma substância correlaciona-se com uma maior vontade de usá-la novamente. Por outro lado, conclui-se que via intranasal em si aumentaria a probabilidade de abuso em usuários de substâncias intranasais. Consequentemente, uma eventual produção e comercialização para uso intranasal de uma substância com potencial de abuso deverá levar em conta este risco adicional para populações usuárias de drogas intranasais. Descritores: Benzodiazepinas/farmacologia; Benzodiazepinas/uso terapêutico; Midazolam; Administração intranasal de medicamentos SUMMARY INTRODUCTION: Midazolam is an imidazobenzodiazepine used for sleep induction, for sedation before painful procedures and in the treatment of status epilepticus. When it is administered through the intranasal route, it has a fast beginning action and this route can many times be substituted for the more invasive intravenous and intramuscular routes. Therefore, intranasal midazolam has been suggested for the community management of epileptic seizures and panic attacks. On the other side, benzodiazepines display abuse liability, particularly in substance abusers. OBJECTIVE: The present study aimed at examining the abuse liability of intranasal midazolam in a population experienced with the intranasal abuse of substances, namely snorted cocaine abusers. METHODS: Thirty-one subjects with diagnoses of snorted-cocaine abuse or dependence have been studied, divided in four groups: Cocaine-Abusers (n = 16) and Healthy Volunteers (n = 17) that received midazolam (0.5 mg midazolam hydrochloride in each nostril), and Cocaine-Abusers (n = 15) and Healthy Volunteers (n = 17) that received the same volume of an active placebo. Response variables were Substance Liking (SL) and the Desire to Take the Substance Again (SA), assessed through visual analogue scales. RESULTS: Profile analysis for repeated measures of the response variables showed a significant effect of Time over both SL (F[5,57] =3.947, p=0.004) and SA (F[5;57] =3.311, p=0.011). Group had also a significant effect, in that Cocaine Abusers scored higher in both SL (F[5,57] = 4.946, p = 0.030) and SA (F[5;57] =5.229, p=0.026). In a linear regression analysis examining the effects of mood (measured through Visual Analogic Mood Scales – VAMS) over the response variables SL and SA, Cocaine Abusers displayed higher scores than Healthy Volunteers at both SL (t = 3.37; p = 0.01) and SA (t = 5.607; p = 0.011). It was also found that variables VAMS 16 (MORE DEPRESSED → MORE EUPHORIC; t = 4.28; p < 0.001) and VAMS 12 (MORE EXCITED → MORE RELAXED; t = 2.66; p = 0.010) had an effect over response variable SL (R 2 = 0.32): higher euphoria and relaxation scores predicted more liking of the administered substance. Factor VAMS 16 (MORE DEPRESSED → MORE EUPHORIC) had also an effect over response variable SA (t = 3.65, p < 0.001; R2 =0.24): more euphoria predicted more desire to take the drug again. Finally, in a linear regression with SL as explaining variable and SA as response variable, it was found that higher SL predicted a higher SA (F = 108.517; p < 0.001; R2 = 0.65). CONCLUSIONS: Corroborating previous findings in literature, it was observed that feelings of relaxation and euphoria after the administration of an intranasal substance are correlated with higher abuse liability and that subjects who report more liking of a substance do also report more desire to take it again. On the other hand, it is concluded that the intranasal route might per se increase the probability of abuse in intranasal-substance users. Therefore, the production and marketing for intranasal use of a substance with abuse liability should take into account this additional risk for intranasaldrug abusing populations. Descriptors: Benzodiazepines/pharmacology; Therapeutic use; Midazolam; Administration, intranasal Benzodiazepines/ 1 1 INTRODUÇÃO 1.1 O midazolam O midazolam é uma molécula do grupo das imidazobenzodiazepinas. Foi sintetizada, pela primeira vez, em 1975, por Walser e Fryer, no laboratório F. Hoffmann- La Roche, Ltd., codificada como Ro 21-3981 (Walser et al., 1976; Maisel, 1980). O sal comercializado é o hidrocloreto de midazolam {hidrocloreto de 8-cloro-6-(2-fluoro-fenil)-1-metil-4H-imidazol [1,5] [1,4] benzodiazepina}, cuja fórmula é C18H13ClFN3-HCl (Figura 1.). Figura 1. Fórmula estrutural do hidrocloreto de midazolam FONTE: Daily Med Current Medication Information. [acesso 30 jul 2012]. Disponível em: <http://dailymed.nlm.nih.gov/dailymed/drugInfo.cfm?id=44800>. É um composto cristalino, com uma cor que vai do branco ao amarelo-claro, de boa hidrossolubilidade em pH <4 e elevada lipofilia no pH fisiológico (é um dos benzodiazepínicos mais lipossolúveis). Tem um rápido início de ação após sua administração endovenosa, intramuscular, oral, intranasal ou retal. Por via oral, sofre intensa metabolização de primeira passagem e apenas 50% da dose administrada chega à circulação sistêmica. Ele é metabolizado pelo sistema enzimático do citocromo P450, resultando vários metabólitos, dos quais o 1-alfa-hidroximidazolam e o 4alfa-hidroximidazolam são ativos. O midazolam tem uma meia-vida de aproximadamente 1 hora, que pode estar aumentada em pacientes com insuficiência renal ou hepática. Usado isoladamente, possui poucos efeitos 2 colaterais (os mais frequentes são soluços, tosse, náuseas e vômitos), o que o torna um agente muito seguro no contexto de emergências. Combinado com cimetidina, sua metabolização sofre intensa redução e, com opióides, especialmente em idosos, leva a riscos de depressão respiratória e parada cardíaca. Os efeitos adversos, entretanto, podem ser rapidamente revertidos com flumazenil (Nordt; Clark, 1997). Na forma oral, pode ser usado para induzir o sono, em pacientes com insônia (Lorizio; Salsa, 1986; Monti et al., 1993). Pelas vias endovenosa e intramuscular é frequentemente utilizado, no pronto socorro, para produzir sedação antes de suturas, redução de luxações e entubação endotraqueal (Nordt; Clark, 1997) e no tratamento do estado de mal epiléptico (McMullan et al., 2010). Por via intramuscular, é utilizado também no manuseio de comportamentos agressivos (Zeller; Rhoades, 2010). 1.1.1 O midazolam intranasal Vias que levam a um efeito mais rápido dos benzodiazepínicos e que, ao mesmo tempo, sejam menos invasivas e mais fáceis de utilizar que as vias endovenosa e intramuscular, têm sido estudadas para uso em neurologia e psiquiatria: foram pesquisados o alprazolam e o triazolam para uso sublingual (Garzone; Kroboth, 1989), o midazolam em solução para absorção pela mucosa oral (Marçon et al., 2009) e comprimidos de midazolam para administração sublingual (Odou et al., 1998). Neste sentido, inclusive, já se produz o clonazepam sublingual (desde 1998 comercializado na Argentina e, atualmente, disponível em vários países 1; Dentro deste contexto, o midazolam intranasal tem sido usado como indutor anestésico e como sedativo em procedimentos dolorosos, em crianças (Weber et al., 2003; Wood, 2010); no tratamento do estado de mal 1 F. Hoffmann-LaRoche, Ltd., comunicação pessoal, 2010 3 epiléptico (McMullan et al., 2010); contra sintomas claustrofóbicos, no aparelho de ressonância magnética nuclear (Moss et al., 1993; Tschirch et al., 2007); e na sedação de pacientes agitados (TREC Collaborative Group, 2003). Além disso, há sugestões para seu uso extra-hospitalar, na forma de gotas intranasais, para o tratamento de insônia inicial (Lui et al., 1991) e de crises epilépticas (Wermeling et al., 2006; Wermeling et al., 2009; Haschke et al., 2009; Holsti et al., 2010). Propôs-se, também, o uso de gotas intranasais de midazolam no tratamento ictal de crises de ansiedade, incluindo ataques de pânico (Grove, 1990; Schweizer et al., 1992), com o objetivo de limitar a quantidade total de benzodiazepínicos à qual o paciente se exporia, já que o uso prolongado de benzodiazepínicos leva a prejuízos cognitivos (Stewart, 2005; Griffiths; Weerts, 1997; Gorenstein et al., 1994; Bernik et al., 1989). O principal fator que impede o uso extra-hospitalar do midazolam é que o hidrocloreto de midazolam só é hidrossolúvel em pH inferior a 4, o que provoca uma sensação de ardor, quando a solução entra em contato com a mucosa nasal; entretanto, já existem pesquisas visando a minimizar este efeito (Basu e Bandyopadhyay, 2010; Chiaretti et al., 2011), tornando possível que o midazolam ou outro fármaco com características similares seja produzido para uso extra-hospitalar por via intranasal, num futuro próximo, tornando sua aquisição para uso recreativo ou abuso mais fácil. 1.2 Abuso de benzodiazepínicos Os benzodiazepínicos são as drogas psiquiátricas mais frequentemente prescritas (Johnel; Fastbom, 2009; Hertz; Knight, 2006; Neutel, 2005). No Brasil, representam 50% das prescrições nesta classe de substâncias (Rodrigues et al., 2006). Galduróz et al., (2005) observaram uma prevalência de 3,3% de uso de benzodiazepínicos ao longo da vida. O potencial para os benzodiazepínicos serem abusados já foi descrito na década de sessenta do século XX (Mayo-Smith, 1997; Ross, 1993; 4 Griffiths; Roache, 1985): nos Estados Unidos, triplicou o total de internações para tratamento de abuso de benzodiazepínicos, entre 1998 e 2008 (SAMHSA, 2008). Numa pesquisa envolvendo a região de Campinas (SP), 3% das pessoas que haviam recebido diazepam, nos trinta e seis meses anteriores, usaram-no continuamente (Ribeiro et al., 2007). Num estudo feito na região de Assis (SP), em adolescentes em idade escolar, 3,8% haviam usado benzodiazepínicos, ao longo da vida, por motivos não médicos (Guimarães et al., 2004) e, no I levantamento nacional sobre o uso de álcool, tabaco e outras drogas, em universitários das 27 capitais brasileiras (Brasil, 2010), o uso não médico de benzodiazepínicos foi de 12,4% (durante a vida), 8,4% (nos últimos 12 meses) e 5,8% (nos últimos 30 dias). Pacientes com patologias psiquiátricas pré-existentes ou coexistentes, tais como quadros ansiosos graves, teriam maior propensão ao abuso (McCracken et l., 1990; Chabrol; Bonnet, 1996; Khong et al., 2004): por exemplo, o autor atendeu um paciente com um quadro grave de fobia social que aumentou, progressivamente, seu uso de midazolam até que, quando procurou tratamento, tomava cerca de 60 comprimidos diários de 15 mg. Entretanto, o abuso de benzodiazepínicos parece ocorrer, principalmente, em pacientes com história prévia de dependência de substâncias (Woods et al., 1987; Seivewright; Dougal, 1992; Busto et al. 1983; Perera et al., 1987; Roth, 1985; Roache e Griffiths, 1989; Klein; Kramer, 2004; Wesson et al., 2005; O’Brien, 2005). Assim, 75% dos abusadores de álcool e 80% dos abusadores de opiáceos usam benzodiazepínicos abusivamente (Sussman, 1993; Ng et al., 2007). Kurtz et al. (2005) relatam 57% de abuso de alprazolam e 30% de abuso de diazepam numa amostra de 143 usuários de êxtase. Num estudo da Substance Abuse and Mental Health Services Administration (SAMHSA) dos EUA, 95% dos pacientes internados por abuso de benzodiazepínicos abusavam também de outras substâncias, sendo que, em 12,9% dos pacientes, a droga de abuso principal era um benzodiazepínico (SAMHSA, 2008). No Brasil, não há pesquisas sobre o uso de múltiplas drogas (Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, 2010) e, 5 mesmo no I levantamento nacional sobre o uso de álcool, tabaco e outras drogas, em universitários das 27 capitais brasileiras (Brasil, 2010), só se faz menção à prevalência de uso de benzodiazepínicos entre universitários que haviam declarado ter bebido (álcool), nos 12 meses precedentes, que foi de 9,6%. O uso recreacional de benzodiazepínicos também vem-se estabelecendo na assim chamada cultura “clubber” (Smith et al., 2002; Gahlinger, 2004). Habitualmente, não se observa escalada do uso em voluntários sem alguma das características acima (Busto et al., 1986a; Busto et al., 1986b). Em relação ao midazolam, seu uso abusivo durante a vida foi relatado, na Tailândia, por 67,5% dos voluntários de uma amostra de 252 usuários de drogas injetáveis recrutados na comunidade, com uso diário em 57,1% (Kerr et al., 2010) e seu uso ilícito foi detectado, através do sangue, em motoristas finlandeses que dirigiam sob influência de drogas, na Finlândia (Blencowe et al., 2011) e em amostras de cabelo, na Coréia (Lee et al., 2011). Referências ao uso recreativo do midazolam também podem ser encontradas em fóruns de trocas de informações entre usuários de substâncias, na internet (BlueLight.com, 2006; Opiophile, 2006; Drugs- Forum.com , 2008). 1.3. Potencial de abuso 1.3.1 Conceito e definição O conceito de potencial se refere a algo que “está em potência, v ou seja, contendo a possibilidade de vir a ser algo” (Japiassu; Marcondes, 1996). Tem origem na palavra latina potentia, que é o estado ou qualidade de ser potente. Por sua vez, o vocábulo potente se origina de potens, 6 particípio presente do verbo posse, significando “poder, ser capaz” (Modern Language Associationb, 2011).2 Abuso provém do latim abusus, composto das palavras ab, preposição que indica afastamento e usus, equivalente à palavra portuguesa “uso” sendo, portanto, aquilo que se afasta do uso (normal, adequado) (Modern Language Associationa, 2011).3 O potencial de abuso de uma substância é sua capacidade de produzir “dependência psicológica ou fisiológica, somada à capacidade de alterar o comportamento de modo prejudicial ao indivíduo ou ao seu meio social” (Woods et al., 1987). 1.3.2 Potencial de abuso dos benzodiazepínicos Numa revisão pelo Pubmed, feita cruzando-se os unitermos abuse liability, abuse potential, benzodiazepines e uma lista de 43 benzodiazepínicos (The Tranquilliser Recovery and Awareness Place, sem data) – excetuando-se o midazolam, foram encontrados 36 estudos com benzodiazepínicos e um estudo com zolpidem, uma molécula não benzodiazepínica, mas com mecanismo de ação idêntico ao dos benzodiazepínicos. Todos os estudos em voluntários que abusavam de substâncias demonstraram positividade para o potencial de abuso de benzodiazepínicos (sendo que o potencial de abuso de benzodiazepínicos se mostrou inferior ao de outras drogas como barbitúricos e estimulantes). Entretanto, em voluntários não abusadores nem dependentes, as pesquisas sugeriram ausência de potencial de abuso (Johanson; Uhlenhuth, 1980; de Wit et al., 1984; de Wit et al., 1986b; de Wit; Griffiths, 1991; Busto et al., 2000) ou apresentaram evidências insuficientes de potencial de abuso (Bond et al., 1994; Licata et al., 2011) 2 N.A.: Adaptado e traduzido livremente para o português. 3 N.A.: Adaptado e traduzido livremente para o português. Voluntários Voluntários Abusadores de sedativos. de Abusadores sedativos. Abusadores de barbitúricos, Abusadores de benzodiazepínicos barbitúricos, ou etanol. benzodiazepínicos ou etanol. Voluntários com história de abuso Voluntários com de sedativos. história de abuso de sedativos. Griffiths et al. (1976) Griffiths et al. (1976) Griffiths et al. (1979) Griffiths et al. (1979) 19 19 7 7 N N 5 5 Pentobarbital (30 ou 90 mg ) x Pentobarbital diazepam (10 )ou (30 ou 90 mg x 20 mg) x diazepam (10 ou clorpromazina (25 20 mg) x ou 50 mg) x clorpromazina (25 placebo (todos ou 50 mg) x VO). placebo (todos VO). Pentobarbital x diazepam x etanol Pentobarbital x diazepam x etanol Drogas Drogas Diazepam (10-200 mg) x Diazepam pentobarbital (10-200 mg) x (30-600 mg) pentobarbital (30-600 mg) Estudo aberto, controlado com Estudo aberto, placebo. controlado com placebo. Estudo aberto, sem controle Estudo aberto,com placebo. sem controle com placebo. controlesem com Aberto, placebo. controle com placebo. Desenho do estudo Desenho do estudo Aberto, sem Medidas Medidas Esforço dispendido em Esforço bicicleta dispendido em estacionária, bicicleta em esquema estacionária, de RV, em em esquema troca de tokens de RV, em valendo troca de drogas. tokens valendo drogas. Esforço dispendido em Esforço bicicleta dispendido em estacionária, bicicleta em esquema estacionária, de (2 min emRF esquema de exercício de RF (2 minpor token). de exercício por token). Esforço dispendido em Esforço bicicleta dispendido em estacionária, bicicleta em esquema estacionária, de RF (15 min em esquema de RF bicicleta por de (15 min cada dose). por de bicicleta cada dose). Estudos de potencial de abuso de benzodiazepínicos (excetuando-se o midazolam). Estudos de potencial de abuso de benzodiazepínicos (excetuando-se o midazolam). Autores Autores Bigelow et al. (1976) et al. Bigelow (1976) Tabela 1. Tabela 1. continua continua Efeitos reforçadores: pentobarbital > diazepam > Efeitos reforçadores: clorpromazina placebo > pentobarbital >= diazepam clorpromazina = placebo As três substâncias apresentaram efeito reforçador. As três substâncias apresentaram efeito reforçador. Resultados Resultados Ambas as drogas apresentaram efeito reforçador. aumento do Ambas as drogas O apresentaram custo respostaOdiminuía efeito da reforçador. aumento do aquisição de droga. custo da resposta diminuía aquisição de droga. 7 7 7 Pacientes 10 internados Voluntáriospor com 19 dependência de história de abuso drogas diversas de sedativos. (todos apresentavam, associado, abuso de benzodiazepínicos) Healey; Pickens Griffiths et al. (1982) (1979) 10 7 Abusadores de barbitúricos, Voluntários benzodiazepínicos saudáveis ou etanol. Griffiths et al. (1976) Johanson; Uhlenhuth (1980) N N 11 5 Voluntários Voluntários Voluntários masculinos de Abusadores abusadores de sedativos. sedativos Diazepam (de 2 a 40 mg por Pentobarbital cápsula) (30 ou 90xmg ) x pentobarbital diazepam (10 ou (30-50 20 mg) mg) x clorpromazina (25 ou 50 mg) x placebo (todos VO). Pentobarbital x diazepam x etanol Diazepam 2, 5 e 10 mg x d-anfetamina 5 e 10 mg x placebo. Drogas Drogas Pentobarbital 200 a 900 mg, Diazepam diazepam 50xa (10-200 mg) 400 mg ou pentobarbital placebo, (30-600 mg) Duplo-cego, sem controle com Estudo aberto, placebo. controlado com placebo. Estudo aberto, sem controle com Simples-cego, placebo. controlado com placebo. controlado Aberto, semcom placebo. com controle placebo. Desenho do estudo Desenho do estudo Duplo-cego, Esforço dispendido em Estudo com bicicleta procedimento estacionária, de preferência em esquema de de droga RF (2 min de exercício por token). Estudo de preferência de Esforço droga, com dispendido em autoadminisbicicleta tração. estacionária, em esquema de RF (15 min de bicicleta por cada dose). Medidas Medidas Estudo com procedimento Esforço de preferência dispendido em de droga. bicicleta estacionária, em esquema de RV, em troca de tokens valendo drogas. Estudos de potencial de abuso de benzodiazepínicos (excetuando-se o midazolam). Estudos de potencial de abuso de benzodiazepínicos (excetuando-se o midazolam). Autores Autores Griffiths et al. (1980) et al. Bigelow (1976) Tabela 1. Tabela 1. continua continua Preferência dependia do horário da administração, da droga Efeitos reforçadores: usada para comparação pentobarbital > diazepam(o> próprio diazepam ou o clorpromazina = placebo pentobarbital) e mesmo do dia em que a droga era administrada. Resultados Resultados Quanto ao pentobarbital, os voluntários preferiram as doses Ambas as drogas apresentaram mais elevadas; noOcaso do do efeito reforçador. aumento diazepam, não houve custo da resposta diminuía preferência doses mais aquisição depelas droga. elevadas. Efeitos subjetivos semelhantes foram causados por 400 mg de pentobarbital e 200 mg de diazepam. Pentobarbital foi preferido em As três substâncias relação ao diazepam. apresentaram efeito reforçador. Não foi observada preferência pelo diazepam em relação ao placebo, mas sim pela anfetamina. continuação 8 7 8 Griffiths et al. (1984a) Griffiths et al. (1979) De Wit et al. (1984) Voluntários com história de abuso de sedativos. Dependentes de álcool no final de um tratamento Abusadores dede desintoxicação barbitúricos, etílica. benzodiazepínicos ou etanol. Dependentes de álcool no final de um tratamento de desintoxicação etílica. Voluntários com história de abuso Voluntários de sedativos. saudáveis Boissl et al. (1983) Griffiths et al. (1976) Bechelli et al. (1983) Voluntários Voluntários Voluntários com história de abuso Abusadores de de sedativos. sedativos. 12 19 12 40 7 40 N N 12 5 Pentobarbital (30 ou 90 mg ) x Flurazepam diazepam (15-30 mg)(10 x ou 20 mg) x placebo. clorpromazina (25 ou 50 mg) x placebo (todos Oxazepam 480 mg VO). x diazepam 40, 80 ou 160 mg. Zopiclone 3,75 mg x triazolam 0,25 mg. Zopiclone (3,7530mg) x triazolam (0,25-2mg). x Pentobarbital diazepam x etanol Drogas Drogas Pentobarbital (200 ou 400 mg) x Diazepam diazepam (50x ou (10-200 mg) 100 mg) pentobarbital (30-600 mg) Duplo-cego, controlado com placebo. Estudo aberto, controlado Duplo-cego,com placebo. controlado com placebo Duplo-cego, aleatorizado, em crossover. Estudo aberto, sem controle com placebo. Duplo-cego, aleatorizado, em crossover. controlado Aberto, semcom placebo. com controle placebo. Desenho do estudo do Desenho estudo Simples-cego, Esforço dispendido em Procedimento bicicleta de escolha de estacionária, droga. em esquema de RF (15 min de bicicleta por Estudo de cada dose). preferência de droga. Medidas Medidas Estudo de efeitos sobre Esforço variáveis deem dispendido humor e bicicleta apreciação estacionária, positiva (drug em esquema lliking). de RV, em troca dede tokens Estudo valendo drogas. preferência de droga e Esforço vontade de em dispendido repetir o uso. bicicleta estacionária, em esquema de RF (2 min de exercício por token). Estudos de potencial de abuso de benzodiazepínicos (excetuando-se o midazolam). Estudos de potencial de abuso de benzodiazepínicos (excetuando-se o midazolam). Autores Autores Griffiths et al. (1983) et al. Bigelow (1976) Tabela 1 Tabela 1. Positividade do drug-liking para ambas as drogas maior para o diazepam. continua continua Efeitos reforçadores: pentobarbital > diazepampor > Ausência de preferência clorpromazina = placebo flurazepam 15 mg em relação ao placebo; flurazepam 30 mg escolhido menos vezes que placebo. Triazolam preferido ao zopiclone.. Efeitos de reforçamento negativo Não se observou preferência por uma das drogas nem vontade de repetir o uso do As três substâncias zopiclone. apresentaram efeito reforçador. Resultados Resultados Positividade para a apreciação positivaas dadrogas droga (drug liking) Ambas apresentaram para ambas as drogas. efeito reforçador. O aumento do custo da resposta diminuía aquisição de droga. continuação 9 7 9 Voluntários masculinos com história de abuso de múltiplas drogas. Abusadores Voluntários de barbitúricos, masculinos com benzodiazepínicos história de abuso ou de etanol. múltiplas drogas. Voluntários com história de abuso de sedativos. Roache; Griffiths (1985) Griffiths et al. (1979) Griffiths al. De Wit etetal. (1976) (1986a) Voluntários Voluntários Voluntários com história de abuso Abusadores de de sedativos. sedativos. 19 7 31 24 N N 12 5 Pentobarbital x Diazepam diazepam x etanol (10 ou 65 mg) x d,l-anfetamina 5 mg x placebo, em doses diversas e administrados em horários diferentes, em três grupos de Pentobarbital voluntários). (30 ou 90 mg ) x diazepam (10 ou 20 mg) x clorpromazina (25 ou 50 mg) x placebo (todos VO). Drogas Drogas Diazepam (10-160mg) x Diazepam oxazepam (30(10-200 mg) x 480mg) pentobarbital (30-600 mg) Triazolam (0,5 - 3,0 mg) x pentobarbital (100 - 600 mg) Estudo aberto, controlado com placebo. Estudo aberto, Simples-cego, sem controle com controlado com placebo. placebo. controlado Aberto, semcom placebo. com controle placebo. Duplo-cego, “within subjects”, controlado com placebo Desenho do estudo do Desenho estudo Duplo-cego, Esforço dispendido em bicicleta estacionária, em esquema de RF (15 min de bicicleta por cada dose). Esforço Estudo de dispendido preferência em de bicicleta droga. estacionária, em esquema de RF (2 min de exercício por token). Medidas Medidas Estudo de preferência de Esforço droga. dispendido em bicicleta estacionária, Estudo de em esquemade preferência de RV, em droga. troca de tokens valendo drogas. Estudos de potencial de abuso de benzodiazepínicos (excetuando-se o midazolam). Estudos de potencial de abuso de benzodiazepínicos (excetuando-se o midazolam). Autores Autores Griffiths et al. (1984b) et al. Bigelow (1976) Tabela 1 Tabela 1. continua continua. Efeitos reforçadores: pentobarbital > diazepam > clorpromazina = placebo As trêsde substâncias 65 mg diazepam foram apresentaram reforçador. escolhidos comefeito a mesma freqüência que o placebo; placebo foi preferido a 10 mg de diazepam Resultados Resultados Positividade do drug-liking para ambas as para o Ambas as drogas drogas maior apresentaram diazepam efeito reforçador. O aumento do custo da resposta diminuía aquisição de abuso droga. menor do Potencial de triazolam em relação ao pentobarbital. continuação 10 7 10 Voluntários com história de abuso de drogas, incluindo sedativos Voluntários com e história de abuso benzodiazepínicos. de sedativos. Dependentes de álcool em remissão há pelo menos 2 semanas x voluntários saudáveis Roache; Griffiths (1987) Ciraulo et al. (1988) Griffiths et al. (1979) Griffiths et al. (1976) Voluntários Voluntários Voluntários da comunidade de Abusadores universitária, sem sedativos. abuso de substâncias, que escolheram placebo em 5 testagens seguidas x voluntários que escolheram Abusadores diazepam emdepelo barbitúricos, menos 4 das 5 benzodiazepínicos testagens. ou etanol. 17 dependentes 12 saudáveis 29 19 9 7 N N 27 que escolheram 5 placebo x 10 que escolheram diazepam Lorazepam (1,5 - 9 mg) x meprobamato (600 - 3600 mg) Pentobarbital (30 ou 90 mg ) x diazepam (10 ou Alprazolam 20 mg) x 1 mg clorpromazina (25 ou 50 mg) x placebo (todos VO). Pentobarbital x diazepam x etanol Drogas Drogas Diazepam 5 ou 10 mg x placebo Diazepam (10-200 mg) x pentobarbital (30-600 mg) Duplo-cego, controlado com placebo, com crossover Estudo aberto, (quadrado latino). controlado com placebo. Aberto, não controlado com placebo. Estudo aberto, sem controle com placebo. controlado Aberto, semcom placebo. com controle placebo. Desenho do estudo do Desenho estudo Simples-cego, Esforço dispendido em bicicleta estacionária, em esquema Medidas de RF (2 min subjetivas depor de exercício potencial de token). abuso. Esforço dispendido em bicicleta Medidas estacionária, subjetivas de em esquema potencial de RF (15de min abuso. de bicicleta por cada dose). Medidas Medidas Estudo de preferência de Esforço droga + drug dispendido em liking. bicicleta estacionária, em esquema de RV, em troca de tokens valendo drogas. Estudos de potencial de abuso de benzodiazepínicos (excetuando-se o midazolam). Estudos de potencial de abuso de benzodiazepínicos (excetuando-se o midazolam). Autores Autores De Wit et al. (1986b) et al. Bigelow (1976) Tabela 1 Tabela 1. continua continua Efeitos reforçadores: pentobarbital > diazepam > clorpromazina = placebo Alprazolam leva a maior euforia em dependentes de álcool. Drug liking e street value ao meprobamato maiores que para o lorazepam. As três substâncias apresentaram efeito reforçador. Resultados Resultados Ausência de diferenças na preferência pelo diazepam, Ambas as drogas apresentaram quando comparado ao placebo. efeito reforçador. O aumento do Correlação positivadiminuía entre drug custo da resposta liking e escolha do diazepam. aquisição de droga. continuação 11 7 11 Voluntários masculinos com história de abuso de sedativos Evans et al. (1990) De Wit et al. (1991) Voluntários masculinos com e sem história familiar (parente em primeiro grau) de alcoolismo Voluntários bebedores sociais De Wit et al. (1989) Zolpidem (15, 30 e 45 mg) x triazolam (0,25, 0,5 e 0,75 mg) Diazepam (4 – 28 mg) x placebo Diazepam (0, 10, 20 e 40 mg) x lorazepam (0, 1,5, 3 e 6 mg) Drogas 27 (14 com Diazepam até história familiar 28 mg ou placebo de alcoolismo) 15 18 bebedores leves 12 bebedores moderados Voluntários com 14 história de uso “recreativo” ou abuso de benzodiazepínicos. Funderburk et al. (1988) N Voluntários Duplo-cego, controlado com placebo, em crossover Duplo-cego, controlado com placebo, em crossover. Duplo-cego, controlado com placebo. Duplo-cego, controlado com placebo, em crossover incompleto. Desenho do estudo POMS, ARCI (MBG) e drug liking (bipolar) Medidas subjetivas de potencial de abuso. Procedimento de escolha + autoadministração VO + medidas subjetivas Medidas subjetivas de potencial de abuso. Medidas Estudos de potencial de abuso de benzodiazepínicos (excetuando-se o midazolam). Autores Tabela 1 - continua Ausência de diferenças significativas entre os grupos. Positividade de ambas as drogas na apreciação (drug liking); ambas apresentaram também efeitos considerados desagradáveis e não apresentaram positividade para euforia na subescala MBG do ARCI. Bebedores leves escolheram diazepam em 66% das ocasiões, bebedores moderados em 100%; bebedores moderados usaram até 25 mg e apresentaram maior pontuação em medidas de euforia. Diazepam e lorazepam apresentam efeitos de drug liking semelhantes. Resultados continuação 12 12 Voluntários com história de abuso Voluntários com de substâncias, história de abuso incluindo sedativos de sedativos. Preston et al. (1992) Griffiths et al. (1979) Griffiths et al. (1976) Voluntários Voluntários Pacientes dependentesde de Abusadores opióides e sedativos. abusadores de múltiplas drogas (benzodiazepínico, Cannabis, estimulantes, álcool e cocaína, em tratamento com Abusadores metadona. de barbitúricos, benzodiazepínicos ou etanol. 19 14 7 N N 103 5 Difenidramina 100, 200 e 400 mg; Pentobarbital lorazepam, (30 oumg; 90 mg ) x 1e4 diazepam (10 ou metocarbamol 20 mg) x 2,25 e 9 mg. clorpromazina (25 ou 50 mg) x placebo (todos VO). Drogas Drogas Opióides, benzodiazepíDiazepam nicos, Cannabis, (10-200 mg) x estimulantes, pentobarbital álcool, cocaína, (30-600 mg) metaqualona, analgésicos contendo ou não barbitúricos, neurolépticos, Pentobarbital barbitúricos x diazepam x etanol (sedativos/hipnóticos), antidepressivos, anticonvulsivantes e meprobamato. Duplo-cego, controlado com Estudo placebo,aberto, em controlado crossover com placebo. Estudo aberto, sem controle com placebo. Esforço dispendido em bicicleta estacionária, em esquema de RF (2 min de exercício por ARCI, POMS, token). questionários Esforço de efeitos da dispendido em droga, incluindo bicicleta liking, no dia do estacionária, experimento e em esquema no dia seguinte; de RFmonetário (15 min valor de bicicleta atribuído à por cada dose). substância, no mesmo dia e no dia seguinte. Medidas Medidas Escalas de retrospectivo apreciação da Aberto, sem Esforço através entrevistas droga (liking). controle com dispendido em com os pacientes. placebo. bicicleta estacionária, em esquema de RV, em troca de tokens valendo drogas. Desenho do estudo do Desenho estudo Estudo Estudos de potencial de abuso de benzodiazepínicos (excetuando-se o midazolam). Estudos de potencial de abuso de benzodiazepínicos (excetuando-se o midazolam). Autores Autores Barnas et al. (1992) et al. Bigelow (1976) Tabela 1 Tabela 1. continua continua Lorazepam e metocarbamol apresentaram medidas de Efeitos reforçadores: potencial de abuso acima das pentobarbital > diazepam >não do placebo. Difenidramina clorpromazina = placebo apresentou diferenças significativas em relação ao placebo. As três substâncias apresentaram efeito reforçador. Resultados Resultados Flunitrazepam e diazepam apresentaram maiores Ambas as drogas apresentaram pontuações em escalas de do efeito reforçador. O aumento liking que outros, mas de modo custo da resposta diminuía geral os benzodiazepínicos aquisição de droga. foram menos atraentes aos olhos dos voluntários que outros sedativos/hipnóticos. continuação 13 7 13 Voluntários Abusadores de saudáveis. barbitúricos, benzodiazepínicos ou etanol. Usuários experientes de sedativos Voluntários com história de abuso de sedativos. Usuários experientes de depressores de SNC, sem critérios para dependência Bond et et al. al. (1994) Griffiths (1976) Busto et al. (1994) Zawertailo et al. (1995) Griffiths et al. (1979) Voluntários Voluntários Usuários experientes em Abusadores de uso de sedativos não sedativos. prescritos, porém que não preenchiam critérios para dependência. 20 19 28 20 7 N N 15 5 Alprazolam 0,5, 1, 2 e 4 mg; diazepam 5, 10, Pentobarbital 20 e 40 mg; (30 ou 90 mg ) x bretazenil 0,5, ou 1, 2 diazepam (10 e 4 mg 20 mg) x clorpromazina Secobarbital (25 ou mg) x 15050 mg, sertralina placebo (todos 100 e 200 mg, VO). alprazolam 1 mg, dextroanfetamina 10 mg, placebo. Flunitrazepam Pentobarbital x0,5 mg (n = 3),x1,0 mg diazepam etanol (n = 3), 1,5 mg (n = 6) e placebo (n = 5), aspirado por via nasal. Drogas Drogas Lorazepam 2 mg, buspirona 20 e Diazepam 10 mg; mg) x (10-200 secobarbital pentobarbital 100 mg mg) (30-600 Duplo-cego, em crossover, controlado com placebo. Duplo-cego, em crossover, controlado com Estudo aberto, placebo. controlado com placebo. Medidas subjetivas Estudo aberto, de potencial sem controlede com abuso, incluindo placebo. drug liking e desejo de repetir o uso da substância. controlado Aberto, semcom placebo, com em controle crossover placebo. Desenho do estudo Desenho do estudo Duplo-cego, Simples-cego, Esforço controlado dispendido com em placebo. bicicleta estacionária, em esquema de RF (2 min de exercício ARCI, POMS,por token). escala Likert bipolar Esforçode liking, dispendido em preferência de bicicleta drogas. estacionária, em esquema ARCI, POMS, de RF (15 minde escala Likert de bicicleta por liking, bipolar cada dose). Medidas Medidas ARCI, POMS, questionários Esforço de efeitos das dispendido em drogas, bicicletaescalas Likert de drug estacionária, liking (bipolar) em esquema e de de força RV, em subjetiva do troca de tokens efeito dadrogas. droga. valendo Estudos de potencial de abuso de benzodiazepínicos (excetuando-se o midazolam). Estudos de potencial de abuso de benzodiazepínicos (excetuando-se o midazolam). Autores Autores Sellers et al. (1992) et al. Bigelow (1976) Tabela 1 Tabela 1. Secobarbital, alprazolam e dextroanfetamina com medidas positivas para potencial de abuso; dextroanfetamina significativamente maior que alprazolam. continua continua Todas as drogas apresentaram positividade para liking e medidas de euforia. Diazepam Efeitos reforçadores: e alprazolam maior > pentobarbital com > diazepam potencial de abuso que clorpromazina = placebo bretazenil. Drug liking foi maior nos As três substâncias voluntários queefeito receberam apresentaram reforçador. flunitrazepam. Resultados Resultados Liking de lorazepam, secobarbital e buspirona 10 mg Ambas as drogas apresentaram superior ao de placebo e efeito reforçador. O aumento do buspirona 20 mg, apenas custo da resposta diminuíano tempo experimental aquisição de droga. de 1 hora. continuação 14 7 14 Abusadores de sedativos Mintzer ; Griffiths (1998) 14 10 Voluntários dependentes de opióides, em tratamento com metadona, com história de abuso de benzodiazepínicos e álcool Farré et al. (1998) N 26 (18 voluntários abusadores/de pendentes e álcool + 8 voluntários saudáveis) Voluntários Flunitrazepam 2, 4 e 8 mg/70kg; triazolam 0,25, 0,5 e 1 mg/70 kg Flunitrazepam 1, 2 ou 4 mg; triazolam 0,5 ou 0,75 placebo. Alprazolam 1,5 mg, diazepam 15 mg, buspirona 15 mg ou placebo Drogas ARCI, escalas analógicas visuais de drug liking (no mesmo dia e no dia seguinte), atribuição de valor monetário à substância (“Quanto você pagaria por ela?”). ARCI, POMS e 14 escalas visuais analógicas unipolares, incluindo escala de liking Escalas de sedação, sensação de “barato” (high), liking e fissura por álcool, versão reduzida da subescala MBG da ARCI. Desenho do estudo Duplo-cego, em crossover, controlado com placebo. Duplo-cego, em crossover, controlado com placebo Duplo-cego, em crossover, controlado com placebo Medidas Estudos de potencial de abuso de benzodiazepínicos (excetuando-se o midazolam). Ciraulo et al. (1997) Voluntários abusadores ou dependentes de álcool Autores Tabela 1 - continua Tanto flunitrazepam quanto triazolam com potencial de abuso, flunitrazepam mais que o triazolam, com base nas respostas do dia seguinte ao experimento. Medidas de potencial de abuso para flunitrazepam maiores que para placebo; triazolam apresentou mais efeitos sedativos que efeitos considerados agradáveis. Positividade das medidas relacionadas a potencial de abuso em usuários de álcool, para triazolam e diazepam, mas não em voluntários saudáveis. Resultados continuação 15 15 Griffiths et al. (1979) Jaffe et al. (2003) Voluntários com história de abuso de sedativos. 19 Abusadores de 7 barbitúricos, benzodiazepínicos ou etanol. Voluntários com 300 história de abuso de múltiplas drogas Griffiths et al. (1976) N N 13 5 Voluntários Voluntários Voluntários saudáveis de Abusadores sedativos. Alprazolam, clordiazepóxido, diazepam, nitrazepam, zolpidem, Pentobarbital amitriptilina, (30 ou 90 mg ) x fluoxetina, diazepam trazodone,(10 ou 20 mg) x clorfeniramina, clorpromazina difenidramina, (25 ou 50 mg) x Norex (droga placebo (todos fictícia) VO). Drogas Drogas Alprazolam 1,5 mg (dose única) Diazepam seguido mg) de 1xcp de (10-200 placebo de 6 em pentobarbital 6 h, lorazepam (30-600 mg) 1,0 mg 1 comprimido de 6 em 6 h; bromazepam 3 mg, 1 comprimido Pentobarbital de 6 em 6 h; 1xcp diazepam etanol de placebox de 6 em 6 h Questões de “sim ou não” abrangendo uso em excesso, sem prescrição, Estudo aberto, aquisição no controlado com e mercado negro placebo. uso para obter “barato”. Estudo aberto, sem controle com placebo. Esforço dispendido em bicicleta estacionária, em esquema de RF (15 min de bicicleta por cada dose). Esforço dispendido em bicicleta estacionária, Pesquisa pósem esquema comercializade RF (2 min çãoexercício por de token). Desenho do Medidas estudo do Desenho Medidas estudo Trinta questões do Duplo-cego, ARCI, escalas controlado com Aberto, sem Esforço analógicacom visual placebo, emem controle dispendido bipolar de liking crossover placebo. bicicleta estacionária, em esquema de RV, em troca de tokens valendo drogas. Estudos de potencial de abuso de benzodiazepínicos (excetuando-se o midazolam). Estudos de potencial de abuso de benzodiazepínicos (excetuando-se o midazolam). Autores Autores Busto et al. (2000) Bigelow et al. (1976) Tabela 1 Tabela 1. continua continua Potencial de abuso de benzodiazepínicos > zopiclone. Potencial de abuso de zopiclone semelhante ao dos sedativos nãoEfeitos reforçadores: benzodiazepínicos. pentobarbital > diazepam > clorpromazina = placebo As três substâncias apresentaram efeito reforçador. Resultados Resultados Ausência de potencial de abuso. as drogas apresentaram Ambas efeito reforçador. O aumento do custo da resposta diminuía aquisição de droga. continuação 16 7 16 Voluntários Voluntários Voluntários experientes em Abusadores de uso de dois ou mais sedativos. depressores do SNC, mas sem preencher critérios para dependência. Abusadores de sedativos Abusadores de barbitúricos, benzodiazepínicos ou etanol. Voluntários com história de abuso Voluntários com de sedativos história de abuso de sedativos. Mintzer; Griffiths (2005) Griffiths et al. (1976) Carter et al. (2006) Griffiths et al. (1979) 14 19 9 7 N N 14 5 Triazolam 0,5 e 1 mg/70 kg, Pentobarbital pentobarbital (30 ou 90 mg 200 )x e 400 mg/70 diazepam (10kg, ou GHB 2, 4, 20 mg) x 8, 10, 14, 16 e clorpromazina (25 18 50 g/70 kg. x ou mg) placebo (todos VO). Flunitrazepam 6 mg/70kg, triazolam Pentobarbital x 1 mg/70 kg 2 diazepam x eetanol mg/70kg Drogas Drogas Triazolam 0,125, 0,25, 0,5 e 1 mg; Diazepam meprobamato (10-200 mg) x 400, 800, 1600, 2400 pentobarbital mg; butabarbital (30-600 mg) 50, 100, 200 e 400 mg. Escala Likert bipolar liking, Estudo de aberto, procedimento de controlado com escolha de placebo. dinheiro x droga. Questionários de efeitos drogas Estudo das aberto, e drug liking sem controleno com mesmo dia e no placebo. dia seguinte ao experimento. pelos autores, Aberto, sem POMS, controleescala com Likert de liking placebo. (bipolar); atribuição de valor monetário à substância. Desenho do estudo Desenho do estudo ARCI adaptado Medidas Medidas Duplo-cego, controlado com Esforço placebo, emem dispendido crossover bicicleta estacionária, em esquema de RV, em troca de tokens valendo drogas. Duplo-cego, controlado com Esforço placebo, em dispendido em crossover bicicleta estacionária, em esquema de RF (2 min de exercício por token). Duplo-cego, controlado com Esforço placebo, em dispendido em crossover bicicleta estacionária, em esquema de RF (15 min de bicicleta por cada dose). Estudos de potencial de abuso de benzodiazepínicos (excetuando-se o midazolam). Estudos de potencial de abuso de benzodiazepínicos (excetuando-se o midazolam). Autores Autores Zawertailo et al. (2003) et al. Bigelow (1976) Tabela 1 Tabela 1. continua continua As três substâncias apresentaram positividade nas Efeitos reforçadores: medidas de potencial de abuso, pentobarbital > diazepam > na ordem pentobarbital clorpromazina = placebo> GHB > triazolam Em testes no dia do experimento, ambas as drogas As três substâncias apresentaram positividade nas apresentaram efeito reforçador. medidas de potencial de abuso mas, nos testes do dia seguinte, apenas o flunitrazepam apresentou diferenças em relação ao placebo. Resultados Resultados Triazolam apresentou potencial de abuso Ambas asmenor drogasque apresentaram butabarbital e meprobamato, efeito reforçador. O aumento do em doses equivalentes. custo da resposta diminuía aquisição de droga. continuação 17 7 17 Voluntários sem história de abuso de drogas Licata et al. (2011) 11 Usuários 12 recreativos de GHB Abanades et al. (2007) N Voluntários Zolpidem 5, 10 ou 20 mg ou placebo GHB (40-60 mg/kg), etanol (0,7 mg/kg), flunitrazepam 1,25 mg ou placebo Drogas Medidas subjetivas de potencial de abuso, incluindo drug liking + escolha entre doses da substância e quantias monetárias. Medidas subjetivas de potencial de abuso, incluindo drug liking e desejo de repetir o uso da substância. Desenho do estudo Duplo-cego, em crossover, controlado com placebo Duplo-cego, em crossover, controlado com placebo. Medidas Estudos de potencial de abuso de benzodiazepínicos (excetuando-se o midazolam). Autores Tabela 1 - Medidas subjetivas de potencial de abuso positivas para “efeitos bons”, “barato”, liking. Entretanto, não houve diferenças relativamente ao placebo no desejo de usar a substância novamente e na disposição de pagar por ela. Medidas subjetivas relacionadas ao potencial de abuso maiores para todas as drogas, comparadas ao placebo. Resultados conclusão 18 18 19 1.3.3 Potencial de abuso do midazolam Em relação ao midazolam, Woods et al. (1987), numa revisão da potencialidade de abuso dos benzodiazepínicos administrados por via oral, comentam que o triazolam e o midazolam teriam grande possibilidade de apresentar efeitos reforçadores em voluntários que abusam de sedativos, dada a observação destes efeitos em estudos com animais. Numa revisão no Pubmed, usando o termo midazolam associado a “abuse liability”, “abuse potential”, “dependence liability”, “dependence potential”, “abuse”, “dependence”, só se encontraram estudos de potencial de abuso em animais. N Abusadores de sedativos. Ratos Voluntários 22 Voluntários Desenho do estudo Medidas Resultados Desenho do Midazolam Autoadministração Estabelecimento de Possível estabelecer N Drogas Medidas Resultados estudo dependência física ao (até 25 mg/kg), oral de midazolam dependência. física. Nos tempos flumazenil (20 mg/kg), como comportamento midazolam oral em ratos experimentais de 0 e 5 minutos, 5 Diazepam Aberto, sem Esforço Ambas as drogas apresentaram CGS 8216 (antagonista adjuntivo em através de uma elevação houve preferência de midazolam (10-200 mg) x controle com dispendido em efeito reforçador. O aumento do benzodiazepínico; pentobarbital esquema de crônica e diária da droga em relação à água. placebo. bicicleta custo da resposta diminuía 10 mg/kg). polidípsia. administradaestacionária, num (30-600 mg) aquisição de droga. esquema de em polidípsia esquema induzida, com deintervalos RV, em fixos de 1 min. troca de tokens Drogas Estudos anteriores sobre potencial de abuso do midazolam Estudos de potencial de abuso de benzodiazepínicos (excetuando-se o midazolam). token). de Falk; Tang Ratos 56 Flurazepam 0,1 a Autoadministração Volume de solução (1989) 0,175 mg/ml x oral de drogas droga consumido. Griffiths et al. Voluntários com 19 Pentobarbital Estudo aberto, Esforço a ou diluídas VO (1979) história de abuso clordiazepóxido 0,10(30 90 mgem ) x água controlado com dispendido em 0,25 mg/ml x etanol diazepam (10 ou de sedativos. placebo. bicicleta 2,5% x cocaína 20 mg) x estacionária, 0,10 mg/m x midazolam clorpromazina (25 em esquema 0,05 mg/ml l, ou 50 mg) x de RF (15 min administrados a placebo (todos de bicicleta por intervalos fixos de 0,5VO). cada dose). a 5 min. continua continua Maior potencial de abuso do midazolam, do álcool e da Efeitos reforçadores: cocaína, comparados ao > pentobarbital > diazepam clordiazepóxido e ao flurazepam.. clorpromazina = placebo drogas.Midazolam mantinha sua própria Szostak et al. Ratos Não 6,25 a 20 mg/kg de Autoadministração Número totalvalendo de respostas (1987) consmidazolam endovenosa de corretas emitidas. administração. Griffiths et al. Abusadores de 7 Pentobarbital x Estudo aberto, Esforço As três substâncias ta n midazolam x soro (1976) barbitúricos, diazepam x etanol sem controle com dispendido em apresentaram efeito reforçador. total. fisiológico. Testagem benzodiazepínicos placebo. bicicleta da reaquisição da ou etanol. estacionária, autoadministração em esquema após washout com de RF (2 min soro de exercício por Bigelow et al. (1976) Falk; Tang Autores (1985) Autores Tabela 2 Tabela 1. 20 7 20 Voluntários N Voluntários saudáveis 12 Griffiths et al. (1979) Voluntários com história de abuso de sedativos. Medidas Efeitos reforçadores do Resultados midazolam em 3 dos 4 macacos, quando substituição Ambashouve as drogas apresentaram progressiva do álcool pelo efeito reforçador. O aumento do midazolam. custo da resposta diminuía Resultados continuação 19 clorpromazina (25 ou 50 mg) x placebo (todos VO). em esquema de RF (15 min de bicicleta por cada dose). continua continua placebo.Diferença entre bicicleta Procedimento de os tempos O midazolam levava os ratos a estacionária, preferência de permanência no permanecerem mais tempo no em esquema local onde haviam recebido condicionada de compartimento (2 min lugar. condicionadode à RF droga eo midazolam, em relação àquele de exercício tempo de permanência noporonde haviam recebido placebo, token). compartimento pareado em proporção crescente com a com o placebo (veículo). dose de midazolam. Pentobarbital Estudo aberto, Esforço Efeitos reforçadores: Midazolam preadministrado (30 ou 90 mg ) x controlado com dispendido em pentobarbital > diazepam >pode bloquear efeito de preferência de diazepam (10 ou placebo. bicicleta clorpromazina = placebo lugar condicionado ao propofol. 20 mg) x estacionária, aquisição de droga. em esquema de RV, 70 mg/70kg de Estudo duplo-cego, Escalas visuais tipo em likert Tanto o fentanil quanto o de etokens propofol, 50 µg/70kg de aleatorizado, de efeitos detroca drogas de midazolam e o propofol valendo fentanil, 2 mg/70 kg de controlado com analógicas drug likingdrogas.produziram efeitos positivos de midazolam EV ou placebo e em drug liking. 7 Pentobarbital x Estudo aberto, Esforço As três substâncias álcool 0,8 mg/kg VO diazepam crossover. x etanol sem controle com dispendido em apresentaram efeito reforçador. Griffiths et al. Abusadores de (1976) barbitúricos, Pain et Ratos benzodiazepínicos 138 Propofol 80 a 100 ou etanol. al.(1997) mg/ml, midazolam 10 a 20 mg/kg Thapar et al. (1995) Desenho do estudo Desenho do Midazolam (0,0125 aDrogas Autoadministração de Quantidade de substância N Medidas 0,2 mg/ml VO) midazolam em estudo administrada em esquema esquema de de reforçamento de razão 5 Diazepam Aberto, sem Esforço reforçamento de fixa. (10-200 mg) x controle com dispendido em razão fixa. Controlado pentobarbital placebo. bicicleta commg) água. (30-600 estacionária, Drogas Estudos anteriores sobre potencial de abuso do midazolam Estudos de potencial de abuso de benzodiazepínicos (excetuando-se o midazolam). Stewart et al. Macacos 4 Autores Voluntários (1994) résus com de Bigelow et al. históriaAbusadores de reforçamento (1976) sedativos. por álcool etílico e pentobarbital Autores Tabela 2 Tabela 1. 21 7 21 Babuínos 6 treinados para autoadministr ação de midazolam Macacosesquilo treinados na autoadministr ação de metoexital Babuínos 5 treinados com autoinjeção de midazolam. Macacos résus Munzar et al. (2001) Ator (2002) Gomez et al. (2002) 5 3 Número de respostas em esquema de reforçamento de razão fixa. Estudo de manutenção da administração do midazolam e de restabelecimento da autoadministração após período de abstinência com administração de soro fisiológico. Medidas Quantidade de droga obtida em esquemas de razão fixa de reforçamento Estudo de discriminação Porcentagem de de drogas e doses de respostas corretas de drogas e de reforçamento autoadministração.. positivo pelas drogas, para verificar se as drogas com discriminação semelhante à do midazolam possuíam potencial de abuso semelhante. Autoadministração de midazolam Autoadministração do midazolam Midazolam, soluções orais Estudo de preferência de de 0,025 a 0,4 mg/ml; doses de droga, com diazepam, soluções orais de autoadministração. 0,025 a 0,4 mg/ml/ Midazolam 0,32 mg/kg nas sessões de treino; midazolam 0,01, 0,032, 0,1, 0,32 e 1,0 mg/kg, nas sessões de discriminação; zolpidem 0,1, 0,32 e 1,0 mg/kg; pentobarbital 0,32 a 5,6 mg/kg; clordiazepóxido 0,32 a 3,2 mg/kg; imidazenil 0,001 a 0,32 mg/kg. Midazolam 0,3 a 3,0 µg/kg por injeção Midazolam 0,0156 mg/kg a 1,0 mg/kg Desenho do estudo Weerts et al. (1998) Drogas Voluntários Autores N Estudos anteriores sobre potencial de abuso do midazolam Tabela 2 - Tanto o diazepam quanto o midazolam mantém a sua autoadministração, mais intensa com concentrações maiores. Todas as drogas reforçadoras, discriminação nem sempre correspondeu ao potencial de reforçamento. Taxa de respostas em forma de curva de U invertido, semelhante a outras drogas de abuso como cocaína, anfetamina, canabinol e nicotina Midazolam manteve sua autoadministração , porém sem aumento espontâneo das doses autoadministradas e a autoadministração foi restabelecida após período de abstinência. Resultados conclusão 22 22 23 1.4 Abuso de benzodiazepínicos pela via intranasal Na literatura, há descrições de casos de abuso de benzodiazepínicos por via intranasal. Nos EUA, foram relatados os casos de dois sujeitos (Sheehan; Sheehan, 1991). Num subgrupo cultural de abusadores de substâncias, no Chile (Maddaleno et al., 1988) e no Reino Unido (Bond et al, 1994), já se descreveram pequenos surtos de abuso por esta via. Paparriqopoulos et al. (2008) descreveram um caso de abuso da droga benzodiazepínicos-símile zaleplon por via intranasal, num abusador de múltiplas substâncias. Nos últimos anos, em sites da internet nos quais usuários de substâncias de abuso se comunicam entre si, tem havido várias referências ao uso de diversos benzodiazepínicos por via intranasal, inclusive do midazolam (BlueLight.com., 2006; Opiophile, 2006; Drugs- Forum.com , 2008). A maioria dos estudos de potencial de abuso se refere ao uso oral; porém se sabe que outras vias de uso, com menor intervalo entre administração e efeito, podem levar a um maior abuso (Stewart; Eikelboom, 1987; Quinn et al., 1997; Singh et al., 2001; Griffiths; Johnson, 2005; Grudzinskas et al., 2006). Uma dose única de midazolam administrado por via intranasal, por exemplo, apresenta um pico de concentração após 12[4] min (Rey et al., 1990), contra 20 a 60 minutos pela via oral (Allonen et al., 1981). Em 1994, Bond et al. testaram o potencial de abuso do flunitrazepam intranasal em voluntários saudáveis (Tabela 1), não abusadores de substâncias psicoativas - em sua maioria, estudantes de pós-graduação em Medicina. Observaram positividade apenas do fator "drug-liking" (apreciação da substância) e um pequeno número de voluntários referiu desejo de usar novamente a substância. 24 1.5 Aspectos metodológicos das pesquisas de potencial de abuso em humanos 1.5.1 Tipos de estudos O objetivo das pesquisas de potencial de abuso é a determinação de quais substâncias têm um poder reforçador (Skinner, 1966) que possa levar a seu uso prejudicial, de modo que medidas de controle do uso possibilitem uma otimização de seu uso médico e, ao mesmo tempo, coíbam seu uso não médico (Jaffe, 1985). Os estudos de potencial de abuso surgiram no contexto históricosocial de uma progressiva conscientização dos prejuízos advindos do abuso de drogas, em especial dos narcóticos, durante a primeira metade do século XX (Simrell,1968). Os primeiros foram conduzidos visando a encontrar substitutos da morfina que não levassem a abuso (Isbell; Eisenman, 1948; Jasinski, 1991). Baseavam-se no conceito de que o que levava à repetição do uso de uma droga seria sua capacidade de causar dependência física, cujo principal indicador seria uma síndrome de abstinência, se sua administração fosse suspensa (Epstein et al., 2006). Assim, as avaliações consistiam em (Balster; Bigelow, 2003): estudos de dose-efeito, na qual eram administradas diversas doses da droga testada em usuários crônicos de opióides, para verificar a semelhança dos efeitos aos de opióides sabidamente abusados; testes de substituição, nos quais a droga testada era administrada em dependentes de morfina, para verificar se havia prevenção dos sinais de abstinência; testes diretos de dependência, que consistiam na administração crônica da droga testada, seguida de interrupção abrupta, para verificar se ocorria síndrome de abstinência. Em todos os primeiros estudos de potencial de abuso, os parâmetros de avaliação não envolviam eventos privados, apenas alterações 25 autonômicas e comportamentos diretamente observáveis (Jasinski, 1991). Isbell, por exemplo, não incluiu o relato de eventos privados dos voluntários em sua metodologia original, apenas eventos públicos, tais como loquacidade (“talkativeness”), aumento da atividade motora e expressão de satisfação com os efeitos da droga (Isbell, 1948). Entretanto, a observação de que a Cannabis e a cocaína, drogas sabidamente abusadas, não levavam a dependência física, levou à consideração de que outros aspectos poderiam ser mais relevantes na detecção do potencial de abuso, (Jasinski et al., 1971) Em 1948, Isbell chamou a atenção para a relevância do efeito euforigênico, comentando que “a maioria das pessoas inicia o uso de drogas e fica viciada nelas porque elas produzem efeitos considerados agradáveis” e, na década de cinquenta do século XX, foi criada a primeira escala para mensuração de efeitos subjetivos, listando os efeitos do LSD (Jarvic et al. 1955). Porém, foi apenas no início da década de sessenta que se iniciou a aplicação de questionários de efeitos subjetivos para a avaliação de potencial de abuso (Jaffe; Jaffe, 1989). Em 1961, Fraser et al. publicaram um estudo usando o “Single Dose Questionnaire” (Fraser et al., 1961; Jasinski; Henningfeld, 1989; Fischman; Mello, 1989), contendo quatro subescalas: a primeira questiona se o efeito da droga foi sentido, para determinar se é psicoativa; a segunda contém uma lista de 14 substâncias para o sujeito assinalar qual delas ele acha que tem a maior probabilidade de ter sido administrada (incluindo o item “nenhuma” e “outra”); a terceira é uma lista de 14 sensações (incluindo “normal” e “com barato”) que caracteriza e quantifica sintomas; a quarta e última é uma subescala (medindo o sentimento de euforia), na qual o sujeito atribui até cinco pontos ao grau de apreciação da substância. 26 Em 1963, Hill et al. publicaram o Addiction Research Center Inventory (ARCI), um questionário composto de 505 questões divididas em quatro subescalas sensíveis aos efeitos específicos de quatro grupos de drogas, a saber: grupo morfina-benzedrina (MBG), grupo pentobarbital-clorpromazinaálcool (PCAG), grupo anfetamina (A) e uma escala específica para LSD. A ideia subjacente a esta escala era a de que uma droga teria potencial de abuso, também, se apresentasse efeitos semelhantes aos de uma droga conhecidamente abusada. Na década de setenta do século XX, o uso do ARCI estendeu a metodologia de pesquisa de efeitos subjetivos para além do potencial de abuso de opióides, passando a incluir barbitúricos, sedativos não barbitúricos, anfetaminóides e efeitos alucinógenos de canabinóides; na década de oitenta, foram incluídos os benzodiazepínicos e a nicotina e, na década de noventa, a metodologia já era utilizada para um leque de substâncias, incluindo o álcool, agonistas-antagonistas opióides, agonistas e antagonistas de serotonina e alucinógenos (Jasinski, 1991). Entretanto, como a subescala PCAG é sensível à clorpromazina, que não é uma droga de abuso, em 1977 Jasinski (apud Fischman; Mello, 1989) criou uma escala ARCI modificada (Fischman; Mello, 1989), reduzida, mais específica para a mensuração do potencial de abuso, ressaltando os itens da subescala MBG relacionados a efeitos euforigênicos. Paralelamente ao desenvolvimento da metodologia de avaliação através de questionários de efeitos subjetivos, foram introduzidas metodologias envolvendo a autoadministração das drogas testadas, principalmente a partir da década de sessenta do século XX (Comer et al., 2010), sendo as principais as seguintes (Comer et al., 2008): Acesso livre Os voluntários têm à sua disposição uma quantidade ilimitada da substância testada, sendo seus comportamentos e eventuais reações adversas cuidadosamente observados pela equipe de pesquisa. Verifica-se se os voluntários consomem mais a droga pesquisada do que um placebo. 27 Procedimentos de escolha verbal 1. Os participantes recebem uma dose única da droga testada para a administrarem para si mesmos e, mais tarde, são questionados se gostariam de administrá-la novamente; noutras sessões, recebem doses de placebo para autoadministração e, da mesma forma, são questionados se gostariam de administrá-las novamente. 2. Os voluntários recebem uma dose de uma substância ativa e, noutra sessão, de um placebo; solicita-se que prestem atenção aos efeitos de ambas as substâncias, assim como a características do veículo como, por exemplo, à cor dos comprimidos; em seguida, numa série de outras sessões, pede-se que indiquem qual das substâncias gostariam de se administrar, novamente; considera-se que, se uma das substâncias for escolhida um número de vezes significativamente superior ao da escolha do placebo, ela possui potencial de abuso. 3. Numa adaptação do procedimento de escolha, o sujeito é solicitado a optar entre uma substância (ou uma dose de substância) e valores monetários pelos quais hipoteticamente trocaria a substância. 4. Uma combinação dos dois últimos procedimentos resulta numa técnica de múltiplas escolhas, onde os voluntários decidem entre múltiplas drogas e doses e múltiplas quantias de dinheiro. Procedimentos com operantes não verbais Nestes procedimentos, os voluntários obtêm a droga testada manipulando um mouse, uma alavanca ou pedalando uma bicicleta. Em procedimentos de razão fixa (RF), os voluntários precisam emitir um número fixo de respostas para obter uma droga. Por exemplo, se precisam emitir 200 respostas para obter certa quantidade de droga, diz-se que o esquema é de RF200. A 28 frequência e o padrão das respostas, assim como o número de vezes em que a droga foi obtida são as variáveis de resposta primárias. Em procedimentos de razão progressiva (RP), o número de respostas para se obter a droga aumenta progressivamente e a variável primária é a razão máxima de esforço/droga. Apesar de opiniões favoráveis de autores relevantes na área de estudos de potencial de abuso (e.g. Fischman; Foltin, 1991; Foltin; Fischman, 1994), a validade destes métodos em pesquisas de potencial de abuso não está totalmente estabelecida e estas técnicas têm sido usadas mais na avaliação de tratamentos para transtornos de uso de substâncias e do mecanismo comportamental das dependências (Carter; Griffiths, 2009). Segundo Griffiths et al. (2003), Carter; Griffiths (2009) e as diretrizes do US Department of Health and Human Services (2010), o padrão-ouro dos estudos de potencial de abuso tem um desenho duplo-cego em crossover, sendo todos os voluntários testados em todas as condições, com sequências aleatorizadas de administração de várias doses da substância avaliada, além de um placebo e de uma droga do grupo da droga testada, com potencial de abuso bem estabelecido (controle positivo). A utilização do próprio sujeito como controle de si mesmo possibilita diminuir o tamanho da amostra, a administração de várias doses da substância testada aumenta a probabilidade de detecção do potencial de abuso e a utilização de um controle positivo diminui a probabilidade de que a ausência de sinais de potencial de abuso seja devida a uma insensibilidade dos voluntários ao grupo de drogas ao qual pertence a substância testada. Entretanto, pesquisas em crossover requerem espaçamento de um a vários dias entre as sessões experimentais, para diminuir a probabilidade de efeitos de carryover (Griffiths et al., 2003) e, mesmo assim, estes nem sempre podem ser totalmente excluídos, pois a própria sequência de administração pode levar a um efeito de carryover psicológico (Wang et al., 2006), independente de aspectos farmacocinéticos. Além disso, o desconforto causado pela necessidade de mais de uma sessão experimental 29 leva a um maior risco de perda de voluntários por desistência (Wang et al., 2006). Assim, encontram-se na literatura, também, vários estudos de potencial de abuso utilizando um desenho em grupos paralelos, seja na avaliação simultânea de mais de uma substância (Preston et al., 1987; Funderburk et al., 1988) ou na determinação de diferenças no potencial de abuso relacionadas a diferenças entre os voluntários como, por exemplo, ser ou não usuário de uma substância (McColl et al., 2008), ter diagnóstico de abuso ou de dependência (Walsh et al., 2010) ou fazer uso médico ou uso recreativo de uma droga (Comer et al., 2010). 1.5.2 Casuística Inicialmente, a maioria dos estudos foi feita em prisioneiros abusadores de narcóticos que se voluntariavam para várias pesquisas no Addiction Research Center (ARC) do Public Health Service Hospital de Lexington, Kentucky (Kleber, 1989). Esta categoria de sujeitos experimentais foi substituída, após 1976, por voluntários não provenientes do sistema prisional (Jasinski, 1991), tendo em vista considerações éticas e técnicas envolvendo a possibilidade de que a população apenada não se sentisse totalmente livre ao dar seu consentimento para as pesquisas e pudesse ser excessivamente influenciada pela possibilidade de compensação financeira ou redução de pena (Kleber, 1989). Atualmente, considera-se que o melhor tipo de amostra para estudos de potencial de abuso seja constituído de voluntários abusadores de múltiplas drogas, incluindo drogas da classe daquela que vai ser testada. Esta população teria o maior risco de desenvolver abuso de um novo composto e, por sua experiência, é a que melhor se prestaria a descrever os efeitos produzidos pela droga estudada, diminuindo a incidência de falsos positivos e falsos negativos (Balster; Bigelow, 2003; Griffiths et al. , 2003; Carter; Griffiths, 2009). 30 1.5.3 Medidas 1.5.3.1 Medidas subjetivas (eventos privados) A variável de resposta considerada mais relevante é a medida de quanto o sujeito apreciou a droga (drug liking), em escala analógica ou Likert, pois os escores de apreciação apresentam uma alta correlação com a ocorrência de abuso no contexto natural, extralaboratorial e, também, com a autoadministração da droga, em laboratório (Roache; Griffiths, 1989a; Roache; Griffiths, 1989b; Roache et al., 1995; Griffiths et al., 2003). Adicionalmente, recomenda-se a utilização de medidas complementares que tendem a covariar com a apreciação (Jaffe; Jaffe, 1989; Griffiths et al., 2003; Carter; Griffiths, 2009), tais como: subescalas para mensuração de efeitos considerados “bons” ou “ruins” pelos voluntários (que simplesmente perguntam aos voluntários se eles/as sentiram efeitos bons e/ou ruins da substância administrada e, em caso positivo, pedem que atribuam uma nota para eles; e.g. Walsh et al., 2008); medidas de quanto o sujeito gostaria de usar a substância, novamente (como no caso da subescala de apreciação, pode ser uma medida analógica ou uma escala Likert) ; esta medida pode ser aplicada em vários momentos experimentais e, também, no dia seguinte ao do experimento (para simular o contexto natural em que o sujeito procurará a droga um ou mais dias após seu uso); escalas subjetivas de humor como a Profile of Mood States (POMS – McNair et al., 1992) ou escalas analógicas de humor desenvolvidas ad hoc pelo laboratório onde está sendo feita a pesquisa (Fischman; Foltin, 1991). escalas de sintomas especificamente relacionados aos efeitos da droga pesquisada como, por exemplo, escalas de sedação; procedimentos de múltipla escolha, nos quais se dá ao sujeito a possibilidade de escolher entre doses de droga e quantias em dinheiro; quanto maior a quantia necessária para que o sujeito 31 escolha o dinheiro ao invés da droga, tanto maior se considera ser o potencial de abuso desta; atribuição de um valor em dinheiro à droga administrada, simulando as contingências naturais nas quais os usuários adquirem drogas; escalas de identificação de drogas como a ARCI ; força do efeito da droga medida pelos voluntários (e.g., escalas unipolares indo de “sem efeito” a “efeitos muito fortes”). 1.5.3.2 Medidas objetivas (avaliação de eventos públicos) As medidas diretamente observadas pelo experimentador têm a função de dar informações sobre a segurança da droga, estabelecer doses equivalentes de diferentes drogas e verificar efeitos adversos conhecidos da classe da droga estudada - como, por exemplo, sedação e relaxamento muscular em ansiolíticos e hipnóticos (Carter; Griffiths, 2009). Medidas de comprometimento cognitivo, tais como o teste de substituição de símbolos por algarismos (Digit Symbol Substitution Test – DSST; Anexo F) têm sido usadas principalmente no caso de ansiolíticos e hipnóticos, por serem efeitos colaterais bem conhecidos dessas drogas (Griffiths et al., 2003). Finalmente, medidas de desempenho psicomotor são utilizadas para avaliar diferenças nos efeitos entre drogas, quantificação de efeitos doseresposta e para verificação de efeitos adversos (Roache, 1991). 1.5.3.3 Medidas fisiológicas Medidas como, por exemplo, pressão arterial ou dilatação das pupilas, sem relação direta com a investigação de potencial de abuso, podem ser usadas para comparar efeitos da droga investigada com efeitos de compostos de conhecido potencial de abuso e para estudos sobre a segurança da droga pesquisada (Griffiths et al., 2003). 32 1.6 Justificativa do estudo Benzodiazepínicos são drogas com ampla utilização e que apresentam potencial de abuso, principalmente em pacientes com quadros graves de ansiedade e usuários de múltiplas drogas. Este potencial de abuso é maior para vias de administração com absorção mais rápida como, por exemplo, a via intranasal e há descrição de vários casos de abuso de benzodiazepínicos por via intranasal. O midazolam, um benzodiazepínico utilizado pela via intranasal como medicação sedativa e na interrupção de crises epilépticas, principalmente no contexto hospitalar, foi proposto para uso intranasal extra-hospitalar, para controle de crises epilépticas e como ansiolítico de ação rápida. Se esta formulação vier a ser produzida e comercializada em contexto extra-hospitalar, pode haver um acesso mais fácil à droga, por parte de populações com risco de desenvolver padrões de uso abusivo. O estudo da potencialidade de abuso do midazolam intranasal, assim, poderia ajudar na elaboração de diretrizes para a comercialização e uso da droga para esta via de administração. Na época em que se iniciou a presente pesquisa não se encontrou, na literatura pertinente, nenhum estudo sobre o potencial de abuso do midazolam intranasal. Após levantamento recente feito na base de dados Pubmed (United States, 2012) com os termos nasal midazolam abuse, intranasal midazolam abuse, inhaled midazolam, snorted midazolam e sniffed midazolam, o estudo publicado envolvendo parte dos resultados da presente pesquisa (Braun et al., 2008) continuava sendo o único sobre o tema. 33 1.7 Objetivos Os objetivos deste estudo foram: a) estudar o potencial de abuso de um benzodiazepínico (midazolam) pela via intranasal, em abusadores de cocaína aspirada e compará-lo ao potencial em voluntários saudáveis; b) verificar os efeitos da substância sobre o humor, a atenção, a memória e a psicomotricidade, e se causa ou não sintomas físicos. c) observar os correlatos farmacocinéticos (curva de concentrações plasmáticas do midazolam e seus principais metabólitos ativos, 4-OHmidazolam e 1-OH-midazolam) desses efeitos; d) procurar possíveis associações entre os efeitos sobre o humor e medidas de potencial de abuso. 1.8 Aspectos éticos 1.8.1 Pesquisa experimental em seres humanos Conforme a Declaração de Helsinki da Associação Médica Mundial (Associação Médica Brasileira, 2008), que estabelece as normas para a pesquisa em seres humanos, "o progresso médico fundamenta-se em pesquisas que, em algum momento, devem basear-se em experimentação envolvendo seres humanos". No experimento realizado, o uso de pessoas se justificou pelo fato de que estudos de potencial de abuso em humanos são complemento necessário daqueles executados em animais, (de Wit; Griffiths, 1991; Carter; Griffiths, 2009). Por outro lado, trata-se de substância já utilizada, amplamente, em humanos, inclusive pela via intranasal (em anestesia), admitindo-se que seja de baixo risco (Saint-Maurice et al., 1990; Wilton et al., 1988; de Santos et al., 1991; Harcke et al. 1995). Além disso, a dose utilizada foi muito pequena (15 vezes menor que comercializado usado em adultos, para induzir o sono). o comprimido 34 Finalmente, experimento semelhante já foi aprovado e realizado em instituição de renome (Bond et al., 1994). Os voluntários que aceitaram participar foram informados do seu direito de abandonar a pesquisa, a qualquer momento, e da garantia de anonimato. 1.8.2 Justificativa do pagamento aos voluntários Num relatório sobre as pesquisas em voluntários saudáveis, o Royal College of Physicians of London (1986) chama a atenção para a necessidade de não haver nenhuma coerção, visível ou encoberta, no sentido de alguém participar como voluntário numa pesquisa. Salienta, também, que os incentivos financeiros exagerados, especialmente, podem aumentar excessivamente a probabilidade de voluntários quererem participar de um experimento, incentivando "voluntários profissionais". Como exemplo, cita o caso dos estudantes que, frequentemente, têm uma renda baixa e podem sentir-se estimulados a complementá-la desta forma. Por outro lado se comenta, no mesmo relatório, que "muitos estudos, especialmente em farmacologia, são prolongados e entediantes, podendo envolver coleta de urina, múltiplas venipunções ou outros procedimentos desagradáveis". Tais fatos justificariam que "... os sujeitos deste tipo de pesquisa sejam pagos...", "... pela inconveniência ou desconforto causados". Para evitar um estímulo especial à aceitação de procedimentos de alto risco, o pagamento não deve ser proporcional ao risco envolvido: quando este estiver acima do mínimo, o estímulo à participação deve ser apenas o benefício potencial que os dados obtidos possam trazer para a humanidade. No final do relatório, resume-se que "todo pagamento de sujeitos saudáveis deve basear-se apenas em reembolso de suas despesas, no tempo despendido e no possível desconforto, porém nunca no risco". Um parecer dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA (United States, 2000) também comenta a possibilidade de pagamento a voluntários como: 36 35 a) reembolso de despesas; b) meio de reduzir seus sacrifícios financeiros; c) compensação de seu tempo e esforço; d) incentivo para facilitar um recrutamento adequado e temporalmente compatível com o início e o término do estudo. Neste estudo, foi feito um pagamento de R$ 120,00 a cada sujeito, pelo tempo gasto, pelos incômodos eventuais do experimento e para possibilitar a vinda ao hospital sem ônus. Finalmente, a proposta foi aprovada pela Comissão de Ética para Análise de Projetos de Pesquisa – CAAPesq da Diretoria Clínica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Memorando CAPPesq – 456/97; Anexo K). 1.8.3. Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Todos os voluntários assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Anexo C). 36 2. MÉTODOS 2.1. Casuística 2.1.1 Critérios de inclusão 2.1.1.1 Voluntários saudáveis Idade entre dezoito e sessenta anos; sexo masculino, na medida em que isto possibilitaria eliminar eventuais alterações relacionadas ao ciclo hormonal feminino; fluência em português escrito. 2.1.1.2 Abusadores de cocaína Idade entre dezoito e sessenta anos; preenchimento de critérios do DSM-IV (American Psychiatric Association, 1994; Anexo A) para abuso ou dependência de cocaína aspirada; sexo masculino, na medida em que isto possibilitaria eliminar eventuais alterações relacionadas ao ciclo hormonal feminino; abstinência de cocaína e outras substâncias ilícitas há pelo menos quinze dias; fluência em português escrito. 37 2.1.2 Critérios de exclusão 2.1.2.1 Voluntários saudáveis Alergia, história de reações múltiplas ou graves à substância experimental ou quaisquer outras condições clínicas que contraindicassem o uso da substância experimental; uso diário de mais de vinte cigarros, três unidades de álcool ou cinco xícaras de café; uso de substâncias que pudessem interagir com a substância experimental; uso de medicações psiquiátricas menos de duas semanas antes do experimento; diagnóstico, pela Entrevista Clínica Estruturada para o DSM-IV – Versão Clínica (SCID-I-CV; First et al., 1997; del Bem et al., 2001), de quaisquer alterações psiquiátricas que pudessem levar a incapacidade para assinar a declaração de consentimento ou comprometer a compreensão da pesquisa; presença, à anamnese ou exame físico, de alterações que pudessem ser agravadas pelo uso da substância experimental. 2.1.2.2 Abusadores de cocaína Alergia, história de reações múltiplas ou graves à substância experimental ou quaisquer outras condições clínicas que contraindicassem o uso da droga experimental; uso diário de mais de vinte cigarros, três unidades de álcool ou cinco xícaras de café; uso de substâncias que pudessem interagir com a droga experimental. uso de medicações psiquiátricas menos de duas semanas antes do experimento; 38 diagnóstico, pela Entrevista Clínica Estruturada para o DSM-IV - SCID-CV (First et al., 1997), em sua tradução autorizada para o português, de quaisquer alterações psiquiátricas que pudessem levar a incapacidade para assinar a declaração de consentimento ou comprometer a compreensão da pesquisa. presença, à anamnese ou exame físico, de alterações que pudessem ser agravadas pelo uso da substância experimental. 2.1.3 Cálculo do tamanho da amostra Como não havia estimativas de variância para todas as medidas, foi usado como referência o tempo da variação máxima em relação ao tempo inicial, no teste de Apreciação da Substância - considerado o mais importante para a detecção do potencial de abuso (Carter; Griffiths, 2009) em pesquisa anterior, com substância do mesmo grupo farmacológico do midazolam (Ciraulo et al., 1988). Foi usada a fórmula: Sendo: α = 0,05; β = 0,05; z(0.025) = 1,96; z(0.05) = 1,64; σ = 8,24 d = 7,5 Logo: 39 Como havia necessidade de um grupo para receber midazolam e um grupo para receber placebo, o resultado seria de 32,67 / 2 = 16,335 voluntários por célula, o que foi arredondado para 17 voluntários por célula. Para as quatro células, resultaram 68 voluntários. - Dezessete Abusadores de Cocaína que receberiam midazolam; - Dezessete Abusadores de Cocaína que receberiam placebo ativo; - Dezessete Voluntários Saudáveis que receberiam midazolam; - Dezessete Voluntários saudáveis que receberiam placebo ativo. Os voluntários foram aleatorizados para as quatro células através de tabelas de números pseudoaleatórios. 2.1.4 Seleção dos voluntários Cinquenta abusadores de cocaína foram encaminhados do Programa Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Substâncias do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP, do Serviço de Farmacodependência da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e da Unidade de Pesquisa em Álcool e Substâncias da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São Paulo. Dezesseis foram excluídos,por apresentarem comorbidades que teriam prejudicado a autoavaliação. Dos 34 restantes, constatou-se que três não preenchiam suficientes critérios para abuso. Restaram 31 voluntários, sendo 24 (77,42%) com diagnóstico de abuso e 7 (22,58%) com diagnóstico de dependência. Trinta e quatro voluntários saudáveis foram obtidos através de cartazes espalhados em campi paulistanos da Universidade de São Paulo, 40 na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, assim como encaminhados pelos funcionários do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP. Os voluntários foram pareados quanto à idade e nível educacional. 2.1.5 Características clínicas da amostra Após preencherem uma folha padronizada de anamnese e exame físico (Anexo B) e assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo C), os voluntários eram entrevistados com o SCID-CV (First et al., 1997) Os transtornos diagnosticados encontram-se na tabela 1. Tabela 3 - Transtornos identificados nos voluntários saudáveis (N = 34) e nos abusadores de cocaína (N = 31). Diagnóstico Voluntários saudáveis Abusadores de cocaína n n Fobia social 2 - Dependência de álcool, abstinência prolongada - 2 Transtorno obsessivocompulsivo - 1 Transtorno de ansiedade generalizada - 1 2.2. Local do estudo O estudo foi realizado no Ambulatório de Ansiedade (AMBAN) do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, numa sala especialmente montada para o experimento, na enfermaria mista. 41 2.3. Desenho do estudo Tratou-se de um estudo aleatorizado, simples-cego, em grupos paralelos, controlado com placebo ativo (como o midazolam causa uma leve sensação de ardor ao entrar em contato com a mucosa nasal, devido ao pH baixo da solução aquosa, produziu-se o mesmo efeito através de um placebo ativo, formulado na Farmácia do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, diluindo-se 50 μl de etanol a 70 GL no conteúdo de uma ampola de 30 ml de solução aquosa de NaCl a 30%.). Os voluntários eram cegos quanto a receberem midazolam ou placebo. O desempenho psicomotor e o estado de humor dos voluntários foram testados no tempo basal. Depois disso, foram informados de que fariam testes adicionais após a instilação intranasal de uma substância, que poderia ou não ter efeitos subjetivos. Foram quatro os subgrupos experimentais: a) 16 abusadores de cocaína que receberam 1 mg de hidrocloreto de midazolam IN (0,1 ml em cada narina de uma solução aquosa de 5,0 mg/ml de hidrocloreto de midazolam); b) 15 abusadores de cocaína que receberam o mesmo volume de um placebo ativo; c) 17 voluntários saudáveis que receberam 1 mg de hidrocloreto de midazolam IN (0,1 ml em cada narina de uma solução aquosa de 5,0 mg/ml de hidrocloreto de midazolam); d) 17 voluntários saudáveis que receberam o mesmo volume de um placebo ativo. Usaram-se ampolas de 5 ml de hidrocloreto de midazolam com concentração de 1mg/ml. A administração do midazolam ou do placebo ativo foi feita no tempo 0 do experimento, com uma micropipeta monocanal Clinipet®+, para se ter uma maior precisão. Cada sujeito do grupo recebeu 1 gota de 0,5 ml em cada narina, em posição de decúbito dorsal, instilada vagarosamente, segundo orientação dada no laboratório do Departamento 42 de Farmacologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo. 2.3.1. Instrumentos de avaliação Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE – Anexo D), versão brasileira (Biaggio; Natalício, 1979; Gorenstein; Andrade, 1996), que contém duas sub-escalas: a T (traço), para avaliar sintomas ansiosos presentes no decorrer da vida e a E (estado), para sintomas ansiosos presentes no momento da avaliação basal; Inventário para depressão de Beck (BDI – Anexo E), versão em português (Beck et al., 1961; Beck et al., 1982), validada para o Brasil (Gorenstein; Andrade, 1996), para avaliar sintomas depressivos basais. Em todos os tempos experimentais foram usados os seguintes instrumentos de avaliação: Visual Analogue Mood Scale (VAMS; Bond; Lader, 1974; Guimarães, 2000; Anexo G): escala visual de dezesseis itens referentes ao humor. Utilizou-se uma versão modificada no Projeto Ambulatório de Ansiedade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP4, com 19 itens. Cada item consiste de um segmento de reta de 100 mm de comprimento, situando-se numa extremidade uma palavra correspondente a um estado de humor e, na outra, uma correspondente ao estado de humor oposto. O cursor ficava posicionado no meio do segmento e o sujeito era instruído a deslocá-lo ao ponto que ele achasse que melhor correspondia ao seu estado de humor no momento, comparado ao estado normal do sujeito. Foram selecionados os itens 2 (MAIS ANSIOSO → MAIS 4 Clarice Gorenstein, comunicação pessoal (2007). 43 CALMO), 5 (MAIS ALEGRE → MAIS TRISTE) e 19 (MAIS RETRAÍDO → MAIS SOCIÁVEL). Bodily Symptoms Scale (BSS; Bond; Lader, 1974): escala analógica visual de treze itens referentes a sintomas corporais; Anexo H). Cada item consiste de um segmento de reta de 100 mm de comprimento, situando-se numa extremidade uma palavra correspondente a um sintoma somático e, na outra, uma correspondente ao estado oposto. O cursor ficava posicionado no meio do segmento e o sujeito era instruído a deslocá-lo ao ponto que ele achasse que melhor correspondia ao seu estado no momento. Foram selecionados os itens 4 (MUITOS TREMORES → NENHUM TREMOR), 9 (MUITA PALPITAÇÃO OU TAQUICARDIA → NENHUMA PALPITAÇÃO OU TAQUICARDIA) e 10 (MUITA SONOLÊNCIA → MUITA EXCITAÇÃO). Tapping test (Frith, 1967): usado para medir o nível de alerta. Originalmente, pede-se ao sujeito que bata com a ponta de um lápis numa folha de papel, o maior número de vezes que conseguir, num intervalo de 60 segundos. O teste utilizado, uma versão modificada para computador, foi cedido pelo Laboratório de Psicofarmacologia, Psicopatologia Experimental e Terapêutica Psiquiátrica do Laboratório de Investigações Médicas do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (LIM-23) Os voluntários eram orientados a dar batidelas na tecla de espaços do computador, na maior frequência que conseguissem, durante um intervalo de 60 segundos. Digit-Symbol Substitution Test (DSST; Anexo F). O DSST é um subteste do Inventário de Inteligência de Adultos de Wechsler (Wechsler, 1955). Numa folha de papel estão impressos algarismos (de 1 a 9), abaixo dos quais se situam símbolos correspondentes a cada algarismo. O sujeito é solicitado a preencher fileiras de quadrados vazios, com os algarismos situados acima deles, utilizando a legenda que se encontra no alto da folha. Avalia habilidades de codificação, destreza e velocidade motora. Foram 44 fornecidas folhas impressas com o teste, com correspondências dígitosímbolo diferentes para cada tempo experimental, visando a diminuir o efeito de aprendizado. Foi usado como referência para atribuição de pontos o número de símbolos corretamente substituídos em 90 segundos Apenas nos tempos experimentais seguintes à administração da substância, foram aplicadas as seguintes escalas: Apreciação da Substância - escala analógica visual, com um segmento de reta de 100 mm. As instruções foram para que o sujeito avaliasse o quanto gostou do efeito da substância instilada em seu nariz. Na extremidade esquerda, constava a palavra NADA e na direita a palavra MUITO (Anexo I). A resposta às questões, com uso do cursor, era registrada de modo idêntico ao descrito para a BSS. Vontade de Repetir o Uso da Substância - escala analógica visual com um segmento de reta de 100 mm. As instruções foram para que o sujeito avaliasse o quanto tinha vontade de repetir o uso da substância instilada. Na extremidade esquerda do segmento, constava a palavra NENHUMA e, na direita, a palavra MUITA (Anexo J). A resposta às questões, com uso do cursor, era registrada de modo idêntico ao descrito para a BSS. Nos tempos experimentais, os testes e escalas (com exceção do DSST - Anexo F - executado em folhas impressas), foram executados em dois notebooks programados especialmente para esta pesquisa por programadores do Serviço de Informática do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Os resultados dos questionários eram automaticamente tabulados numa planilha Excel®. 45 2.3.2. Farmacocinética do midazolam Para verificar a absorção intranasal do midazolam, foram medidas no plasma as concentrações de midazolam e de seus principais metabólitos ativos, 4-OH-midazolam e 1-OH-midazolam. Antes da administração do midazolam ou do placebo ativo e 5, 15, 30, 60, 120 e 240 minutos após esta, foram obtidas amostras de sangue através de uma agulha JelcoR curta no 22, mantida com um catéter heparinizado em veia-tronco do antebraço não dominante. Este procedimento foi executado tanto nos voluntários que receberam midazolam quanto naqueles que receberam placebo ativo, para efeito de controle. As amostras extraídas daqueles que receberam midazolam foram colocadas em tubos com fluoroxalato e centrifugadas, a seguir. Uma vez separado, o plasma foi colocado num outro conjunto de tubos com fluoroxalato, sendo congelado a 20o C até o momento do ensaio. As amostras de sangue dos voluntários que não receberam midazolam foram desprezadas de acordo com procedimentos para materiais potencialmente infectados. As amostras de sangue dos voluntários que receberam midazolam foram analisadas no laboratório do Departamento de Farmacologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo. O midazolam e seus metabólitos foram medidos através de cromatografia líquida acoplada a espectrometria de massa tandem (LC-MSMS). Para cada sujeito (N = 33), calculou-se a área sob a curva (ASC) para os níveis plasmáticos de midazolam e seus metabólitos. 46 2.4. Fluxograma do estudo Figura 2. Fluxogama do estudo TEMPOS PRÉ-EXPERIMENTAL E TEMPO 0 Tempo 0 Coleta de sangue Tapping test Termo de consentimento livre DSST e esclarecido BSS - VAMS Entrevista com SCIDII Questionário sócioeconômico sodemográfico IDATE Inventário de Beck 15 31 abusadores de cocaína 17 Avaliação pré- Placebo 1 71 716 Midazolam 17 Placebo MS 1,0 mg IN experimental Cateterização de veia-tronco BS S 34 voluntários saudáveis do antebraço 17 Midazolam 1,0 mg IN VA Tapping test de sangue Tapping DSST test DSST VAMS VAMS BSS BSS Escala de apreciação da Escala de substância instilada apreciação da substância instilada Escala de vontade de repetir o uso da Escala de vontade substância instilada de repetir o uso da substância instilada Encaminhamento da amostra sangue Encaminhamento da para centrifugação amostra sangue e congelamento. para centrifugação e congelamento. Tapping test de sangue Tapping DSST test DSST VAMS VAMS BSS BSS Escala de apreciação da Escala de substância instilada apreciação da substância instilada Escala de vontade de repetir o uso da Escala de vontade substância instilada de repetir o uso da substância instilada Encaminhamento da amostra sangue Encaminhamento da para centrifugação amostra sangue e congelamento. para centrifugação e congelamento. e congelamento. amostra sangue Encaminhamento da para centrifugação amostra sangue e congelamento. para centrifugação e congelamento. substância instilada Encaminhamento da amostra sangue Encaminhamento da para centrifugação amostra sangue e congelamento. para centrifugação de repetir o uso da Escala de vontade substância instilada de repetir o uso da substância instilada Encaminhamento da de repetir o uso da Escala de vontade substância instilada de repetir o uso da substância instilada Escala de vontade apreciação da Escala de substância instilada apreciação da apreciação da Escala de substância instilada apreciação da substância instilada Escala de vontade BSS Escala de VAMS BSS DSST VAMS Tapping DSST test Tapping test de sangue de sangue Coleta de amostra BSS Escala de VAMS BSS DSST VAMS Tapping DSST test Tapping test de sangue de sangue Coleta de amostra (240 min) e congelamento. amostra sangue Encaminhamento da para centrifugação amostra sangue e congelamento. para centrifugação substância instilada Encaminhamento da de repetir o uso da Escala de vontade substância instilada de repetir o uso da substância instilada Escala de vontade apreciação da Escala de substância instilada apreciação da BSS Escala de VAMS BSS DSST VAMS Tapping test DSST Tapping test de sangue de sangue Coleta de amostra e congelamento. amostra sangue Encaminhamento da para centrifugação amostra sangue e congelamento. para centrifugação substância instilada Encaminhamento da de repetir o uso da Escala de vontade substância instilada de repetir o uso da substância instilada Escala de vontade apreciação da Escala de substância instilada apreciação da BSS Escala de VAMS BSS DSST VAMS Tapping DSST test Tapping test de sangue de sangue Coleta de amostra Coleta de amostra (120 min) Coleta de amostra (60 min) Coleta de amostra Análise dos resultados do estudo de sangue Coleta de amostra de sangue Coleta de amostra Coleta(30 demin) amostra (60 min) Tempo 4 Encaminhamento do plasma para dosagem do midazolam + metabólitos Coleta demin) amostra (15 Coleta (5 demin) amostra (30 min) Tempo 3 Tempo 6 (240 min) Tempo 6 Tempo 5 (120 min) Tempo 5 Tempo 4 Análise dos resultados do estudo (15 min) Tempo 2 (5 min) Tempo 1 Tempo 3 Encaminhamento do plasma para dosagem do midazolam + metabólitos Tempo 2 Tempo 1 TEMPOS 1 A 6 TEMPOS 1 A 6 47 47 47 48 2.5. Análise Estatística Na análise das variáveis demográficas e das pontuações nos inventários pré-experimentais usaram-se, para variáveis contínuas, ANOVA de uma via e, para variáveis categóricas, teste do Χ2 com correção de continuidade para tabelas 2 X 2 . Na análise das pontuações no BDI e no IDATE, usou-se a ANOVA de uma via. Para analisarem-se as diferenças nos níveis de midazolam e metabólitos, usou-se o teste t de Student para variáveis independentes. Para a análise das diferenças de comportamento entre os grupos, realizou-se uma análise de perfis para medidas repetidas. O abuso de cocaína (1 – sim; 0 – não) e a substância administrada (1 – midazolam; 0 – placebo ativo) entraram como fatores entre grupos. O tempo entrou como fator dentre grupos. As variáveis de resposta primárias foram as médias de Apreciação da Substância e Vontade de Repetir o Uso da Substância, em relação ao tempo basal. As variáveis de resposta secundárias foram as diferenças médias em relação ao tempo basal nas pontuações de cada item do VAMS, de cada item do BSS e dos desempenhos no DSST e no tapping test. Para avaliar quais itens do VAMS influenciaram a Apreciação da Substância e a Vontade de Repetir o Uso da Substância, utilizou-se um modelo de regressão linear (Neter et al., 1996), sendo Apreciação da Substância e Vontade de Repetir o Uso da Substância as variáveis de resposta (dependentes) Os dezenove itens do VAMS e os fatores “Grupo” (abusadores de cocaína x voluntários saudáveis) e “Substância” (midazolam x placebo ativo) foram as variáveis explicativas (independentes). Usou-se como momento de referência o instante de variação máxima de VAMS 1 (MAIS ALERTA → MAIS SONOLENTO) em relação ao tempo basal. Inicialmente, as variáveis foram selecionadas pelo método passo-apasso (stepwise), por remoção para trás (backward), segundo o Critério da Informação de Akaike (AIC; Akaike, 1974), no qual o modelo que apresenta 49 o menor índice AIC é aquele que melhor se aproxima do ajuste perfeito (fitness of model). Em seguida, foram eliminadas uma a uma as variáveis não significantes, iniciando-se pelas menos significantes. Foi feita também uma análise de regressão linear na totalidade dos voluntários, tendo como variável preditora Apreciação da Substância e como variável de resposta a Vontade de Repetir o Uso da Substância. Estas análises foram feitas no pacote estatístico R 2.12 (R Development Core Team, 2010). Nessas duas últimas análises, foram excluídos 4 voluntários. Estes voluntários apresentaram escores iguais de VAMS 1 em todos os tempos, de modo que não foi possível determinar um instante de variação máxima de VAMS 1. Os testes foram realizados considerando-se um alfa de 5% Foram considerados tendências resultados com p iguais ou maiores que 0,05 e menores que 1. 50 3. RESULTADOS 3.1. Variáveis demográficas Não houve diferenças significativas entre os quatro subgrupos em relação a idade, etnia, educação, renda mensal ou religião (Tabela 4). Tabela 4 Variáveis Características demográficas da amostra. Abusadores de cocaína + placebo (N=15) Abusadores de cocaína + midazolam (N=16) Voluntários saudáveis + placebo (N=17) Voluntários saudáveis + midazolam (N=17) Teste p Idade (anos) Média [SE] Mín-Máx 29,7 [2,1] 20-47 31,5 [2,1] 21-48 27,7 [1,7] 18-43 28,5 [1,6] 20-42 F[3,61] = 0,790 NS Etnia Branca Não branca 10 (66.7%) 5 (33.3%) 12 (75%) 4 (25%) 12 (70,6%) 5 (29,4%) 12 (70,6%) 5 (29,4%) Χ = 0.261 Educação Elementar ou secundária 11 (73.3%) 7 (43,7%) 10 (58,8%) 7 (41,2%) Faculdade ou pósgraduação 4 (26.7%) 9 (56,3%) 7 (41,2%) 10 (58,8%) Mín-Máx 1429,40 [299,97] 130-3900 2418,06 [685,02] 286-10400 1589,65 [258,98] 442-5200 Religião Católica Não católica 10 (66,7%) 5 (33,3%) 6 (37,5%) 10 (62,5%) 11 (64,7%) 6 (35,3%) Renda mensal (USD, 2011) Média [SE] 2 NS Χ = 4,216 2 NS 1647,82 [351,64] 286-6500 F[3,61] = 1,027 NS 8 (47,1%) 9 (52,9%) Χ = 3,834 2 NS 51 3.2. Medidas basais de sintomas depressivos e de ansiedade Os abusadores de cocaína apresentaram pontuação mais alta, tanto em sintomas ansiosos quanto nos depressivos (Tabela 5). Tabela 5 - Medidas basais de sintomas depressivos e ansiosos da amostra. Abusadores de Variáveis cocaína + placebo (N=15) IDATETRAÇO Abusadores de cocaína + midazolam (N=16) Voluntários saudáveis + placebo (N=17) Voluntários saudáveis + midazolam (N=17) Teste p 37,8[2,3] 38,1[2,4] 34,1[1,8] 32,8[1,2] F[3,61] = 1,830 NS IDATE38,2[2,5] ESTADO 39,9[1,8] 34,4[1,6] 34,6[1,5] F[3,61] = 2,106 NS BDI 7,3[1,2] 4,6[0,9] 2,9[0,8] F[3,61] = 6,393 0,001 9,4[1,5] 3.3. Níveis de midazolam e metabólitos Para os voluntários que receberam a substância ativa (N=33), não se encontraram diferenças entre Abusadores de Cocaína e Voluntários Saudáveis na ASC nos níveis plasmáticos de midazolam, 4-OH- midazolam,1-OH-midazolam ou para a soma das substâncias (Tabela 3) . Tabela 6. Nível plasmático de midazolam e metabólitos (ng/ml) em busadores de cocaína e voluntários saudáveis. Variável Abusadores de cocaína (N = 16) Voluntários saudáveis (N = 17) Teste t (bicaudal) p Midazolam Média [EP] 1966,5 [204,5] 1534,5 [202,9] T[31] = 1,499 NS 4-OH midazolam Média [EP] 56,1 [24,6] 62,4 [28,7] T[31] = - 0,143 NS 1-OH-midazolam Média [EP] 272,5 [186,9] 76,2 [9,6] T[31] = - 1,083 NS Midazolam + 4-OH-midazolam + 1-OH-midazolam Média [EP] 2295,9[299,1] 1673,1 [225,3] T[31] = 1,676 NS 52 3.4. Comportamentos dos grupos ao longo do tempo Visual Analogue Mood Scale (VAMS) À inspeção, no VAMS 2 (MAIS ANSIOSO → MAIS CALMO), entre o 60º e o 120º minuto, o subgrupo dos voluntários saudáveis que receberam placebo fica mais calmo, em relação aos outros três subgrupos; o que também ocorre, entre o 120º e o 240º minuto, com o subgrupo dos abusadores de cocaína que receberam midazolam, comparado aos outros três subgrupos (F[5;57] = 2,75, p = 0,027; Figura 3, Tabela 7). Nos VAMS 5 (MAIS ALEGRE → MAIS TRISTE; Figura 4, Tabela 7) e 19 (MAIS RETRAÍDO → MAIS SOCIÁVEL; Figura 5, Tabela 7), não se observaram resultados significativos. Figura 3. Evolução da variável VAMS 2 - MAIS ANSIOSO → MAIS CALMO, ao longo do tempo. 20 15 D_VAMS 2 10 5 0 0 30 60 90 120 150 180 210 240 -5 -10 Voluntários normais - placebo Abusadores de cocaína - placebo TEMPO (min) Voluntários normais - midazolam Abusadores de cocaína - midazolam 270 53 Figura 4. Evolução da variável VAMS 5 (MAIS ALEGRE → MAIS TRISTE), ao longo do tempo. 8 6 4 D_VAMS 5 2 0 -2 0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 -4 -6 -8 TEMPO (min) Voluntários normais - placebo Voluntários normais - midazolam Abusadores de cocaína - placebo Abusadores de cocaína - midazolam Figura 5. Evolução da variável VAMS 19 (MAIS RETRAÍDO → MAIS SOCIÁVEL), ao longo do tempo. 12 10 8 D_VAMS 19 6 4 2 0 -2 0 30 60 90 120 150 180 210 -4 -6 TEMPO (min) Voluntários normais - placebo Voluntários normais - midazolam Abusadores d cocaína - placebo Abusadores de cocaína - normais 240 270 54 Tabela 7 - Resultados das análises de perfis para Grupo (abusadores de cocaína x voluntários normais) e Substância (midazolam x placebo), ao longo do tempo, para as questões 2, 5 e 19 da Escala Analógica de Humor. Testes multivariadosa D_VAMS 5 MAIS ALEGRE → MAIS TRISTE D_VAMS 19 MAIS RETRAÍDO → MAIS SOCIÁVEL Efeito G.L. F p F p F p Tempo (5;57) 2,241 0,063 1,860 NS 0,519 NS Tempo *abuso de cocaína (5;57) 1,162 NS 0,871 NS 0,418 NS Tempo *substância (5;57) 0,628 NS 1,092 NS 1,590 NS (5;57) 2,751 0,027 1,024 NS 1,417 NS Abuso de cocaína (1;61) 0,313 NS 0,263 NS 1,251 NS Substância (1;61) 2,433 NS 0,502 NS 0,012 NS Abuso de cocaína *substância (1;61) 0,012 NS 1,285 NS 0,341 NS Tempo *abuso de cocaína *substância a D_VAMS 2 MAIS ANSIOSO → MAIS CALMO N = 65 Foram feitas também as análises de perfil e a inspeção visual das questões restantes da escala VAMS, a título de exploração. (1;60) (1;60) Substância NSNS NS 0,0024 NS NS 0,0024 0,0024 (5;60) 0,562 (1;60) (1;60) 0,874 0,874 (5;60) 0,771 1 (5;60) (5;60) 0,562 0,562 Abuso*tempo Abuso*substância Abuso*substância Substância*tempo Abuso*tempo Abuso*tempo Abuso*substância*tempo (5;60) 4,230 Substância*tempo Substância*tempo (5;60) (5;60) 0,771 0,771 1 1 Abuso*substância*tempo Abuso*substância*tempo (5;60) (5;60)4,230 4,230 NSNS NS 0,0035 0,0035 NS (5;60) (5;60) 3,983 3,983 (1;60) 0,874 Tempo Tempo Abuso*substância NS NS 0,0035 NS NSNS (1;60) (1;60) 0,970 0,970 (5;60) 3,983 0,970 (1;60) (1;60)0,381 0,381 NS p p p Substância Substância Tempo Abuso Abuso 0,381 G.L. G.L. F F Testes Testes multivariados multivariados Abuso Efeito Efeito G.L. F Testes multivariados Efeito 10 -25 -25 Voluntários Voluntários normais normais - midazolam - midazolam Abusadores Abusadores de cocaína de cocaína - midazolam - midazolam Voluntários normais - midazolam Abusadores de cocaína - midazolam TEMPO TEMPO (min) (min) Voluntários Voluntários normais normais - placebo - placebo Abusadores Abusadores de cocaína de cocaína - placebo - placebo Voluntários normais - placebo Abusadores de cocaína - placebo Figura _ VAMS – MAIS ALERTA → MAIS SONOLENTO Figura X. DX._DVAMS 1 – 1MAIS ALERTA → MAIS SONOLENTO TEMPO (min) Figura X. D _ VAMS 1 – MAIS ALERTA → MAIS SONOLENTO -25 -20 -20 -15 -15 -20 -10 -10 -15 -10 30 60 90 120 150 180 210 240 270 0 00 -5 0 0 30 30 60 60 90 90 120120 150150 180180 210210 240240 270270 -5 -5 0 10 10 Figura 5 X. D _ VAMS 1 – MAIS ALERTA → MAIS SONOLENTO _ VAMS – MAIS ALERTA → MAIS SONOLENTO Figura 1 – 1MAIS ALERTA → MAIS SONOLENTO 5Figura 5X. DX._DVAMS D_VAMS D_VAMS 1 1 Testes Testes multivariados multivariados 15 15 D_VAMS 1 Testes multivariados Figura 6.6.Evolução dada variável VAMS 1 (MAIS → Figura Figura Evolução 6. Evolução da variável variável VAMS VAMS 1 (MAIS 1ALERTA (MAIS ALERTA ALERTA →→ MAIS SONOLENTO ), ao longo do tempo MAIS SONOLENTO ), ao longo tempo MAIS SONOLENTO ), ao longo do do tempo Tabela 8 -Resultados Resultados das análises perfis para Grupo Tabela Tabela 8 - 8 -Resultados dasdas análises análises de de perfis perfis para para Grupo Grupo (abusadores decocaína cocaína x voluntários normais) (abusadores (abusadores de de cocaína x voluntários x voluntários normais) normais) e Substância (midazolam x longo e Substância e Substância (midazolam (midazolam x placebo), x placebo), placebo), aoaoao longo longo do tempo, para a variável VAMS 1 (MAIS do do tempo, tempo, para para a variável a variável VAMS VAMS 1 (MAIS 1 (MAIS ALERTA → MAIS SONOLENTO ). ALERTA ALERTA →→ MAIS MAIS SONOLENTO SONOLENTO ). ). 15 encontra mais alerta, em relação aos outros subgrupos encontra mais alerta, relação outros trêstrês subgrupos encontra mais alerta, emem relação aos aos outros três subgrupos (F[5;60] 4,23, = 4,23, =p0,0024; = 0,0024; Tabela Tabela 8 e8Figura e 6). Figura 6).6). (F[5;60] [5;60] ==4,23, pp = 0,0024; Tabela 8 e Figura (F 55 55 VAMS VAMS 1. À 1. inspeção, À1.inspeção, entre entre o 5º oo5º e5ºoee30º oo 30º minuto, minuto, o osubgrupo osubgrupo subgrupo VAMS À inspeção, entre 30º minuto, abusadores receberam placebo dosdos abusadores de decocaína queque receberam se dos abusadores de cocaína cocaína que receberam placebo placebo sese 55 55 (5;61) (1;60) (5;61) Tempo Abuso*substância Abuso*tempo (5;61) (5;61) (5;61) (5;61) (5;61) (1;60) (1;60) 2,850 2,850 2,850 Abuso*substância*tempo Abuso*substância*tempo(5;61) (5;61) 1,783 1,783 1,783 1,953 1,953 1,953 1,271 1,271 1,271 2,910 2,910 2,910 0,102 0,102 0,102 2,831 2,831 2,831 F FF (5;61) Abuso*substância*tempo Substância*tempo Substância*tempo Substância*tempo Abuso*tempo Abuso*tempo Abuso*substância Abuso*substância Tempo Tempo (5;61) (5;61) (1;60) Substância Substância (1;60) (1;60) (1;60) (1;60) (1;60) Abuso Abuso Abuso Substância G.L. G.L. G.L. Efeito Efeito Efeito Testes Testes multivariados multivariados Testes multivariados 0,0226 0,0226 NS NS 0,0226 NS 0,0993 0,0993 0,0993 NSNS NS 0,0204 0,0204 0,0204 NS NSNS 0,0978 0,0978 0,0978 pp p Tabela Tabela 9 - 9 -Resultados Resultados dasdas análises análises de de perfis perfis para para Grupo Grupo Tabela (abusadores 9 - (abusadores Resultados análises devoluntários perfis para Grupo dedas de cocaína cocaína x voluntários x normais) normais) (abusadores de cocaína x voluntários normais) e Substância e Substância (midazolam (midazolam x placebo), x placebo), ao ao longo longo e Substância (midazolam x placebo), ao longo do do tempo, tempo, para para a variável a variável VAMS VAMS 3 (MENTE 3 (MENTE do tempo, para a variável VAMS 3 (MENTE MAIS MAIS CLARA CLARA →MAIS →MAIS CONFUSO) CONFUSO) MAIS CLARA →MAIS CONFUSO) -20 -20 -20 -15 -15 -15 -10 -10 -10 Voluntários Voluntários normais normais - midazolam - midazolam Abusadores Abusadores de cocaína de cocaína - midazolam - midazolam Voluntários normais - midazolam Abusadores de cocaína - midazolam TEMPO TEMPO (min)(min) Voluntários Voluntários normais normais - placebo - placebo Abusadores Abusadores de cocaína de cocaína - placebo - placebo Voluntários normais - placebo Abusadores de cocaína - placebo TEMPO (min) 00 0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 0 0 30 30 60 60 90 90 120120 150150 180180 210210 240240 270270 5 -5 -5 -5 0 55 1010 10 1515 15 Figura Figura 7. Evolução 7. Evolução da da variável variável VAMS VAMS 3 (MENTE 3 (MENTE MAIS MAIS CLARA CLARA Figura 7. Evolução da variável VAMS (MENTE →MAIS →MAIS CONFUSO), CONFUSO), ao ao longo longo do 3do tempo. tempo. MAIS CLARA →MAIS CONFUSO), ao longo do tempo. D_VAMS 3 D_VAMS 3 dos abusadores de cocaína que receberam placebo fica mais mais confuso, confuso, emem relação relação aosaos outros outros três três subgrupos subgrupos (F[5;61] (F[5;61] mais em relação aos outros três subgrupos = 2,85, p =p0,0226; Tabela 10 10 e Figura 8).8). (F[5;61] = confuso, 2,85, = 0,0226; Tabela e Figura = 2,85, p = 0,0226; Tabela 10 e Figura 8). D_VAMS 3 VAMS VAMS 3. À 3. inspeção, À inspeção, entre entre o 5º o 5º e oe15º o 15º minuto, minuto, o subgrupo o subgrupo VAMS 3. À inspeção, entre o 5º e o 15º minuto, o subgrupo abusadores cocaína receberam placebo dosdos abusadores de de cocaína queque receberam placebo ficafica 56 56 56 56 VAMS 4. Não houve efeitos significativos. G.L. (1;60) (1;60) (5;60) Abuso Substância Tempo F p NS (5;60) 1,740 1,340 1,732 1,340 1,732 1,231 1,732 1,231 1,231 Abuso*tempo (5;60) Substância*tempo (5;60) Abuso*substância*tempo (5;60) Substância*tempo Abuso*substância*tempo(5;60) (5;60) Abuso*substância*tempo (5;60) 1,340 1,640 1,740 1,740 0,281 1,640 1,640 0,581 0,281 (1;60) (5;60) (5;60) Abuso*substância Abuso*tempo Substância*tempo (5;60) (1;60) Abuso*tempo Tempo Abuso*substância (1;60) (1;60) (5;60) (1;60) (1;60) Abuso*substância Substância Tempo Abuso Substância 0,281 NS NSNS NS NS NS NS NS NS NS NSNS NS NSNS NS NSNS NS Efeito G.L. p NS Abuso EAH 4 – MAIS DESAJEITADO – MAISFCOORDENADO (1;60) 0,581 0,581 EAH 4 – MAIS DESAJEITADO MAIS F COORDENADO Testes multivariados Efeito G.L. –– MAIS p EAH 4 – MAIS DESAJEITADO COORDENADO Efeito Tabela 10 10 - -Resultados deperfis perfispara para Grupo Tabela Resultadosdas das análises análises de Grupo (abusadores de cocaína x voluntários normais) (abusadores de cocaína x voluntários normais) Tabela 10 - Resultados das análises de xperfis para Grupo e Substância placebo), longo e Substância(midazolam (midazolam x placebo), aoao longo (abusadores de cocaína x voluntários normais) dodo tempo, VAMS4 4(MAIS (MAIS tempo,para para aa variável variável VAMS e Substância (midazolam placebo), ao longo DESAJEITADO → MAIS MAIS x COORDENADO). DESAJEITADO → COORDENADO). do tempo, para a variável VAMS 4 (MAIS DESAJEITADO MAIS COORDENADO). Testes→ multivariados Testes multivariados VAMS 4. Não houve efeitos significativos. 57 5 10 15 10 15 -5 -10 0 -5 -15 -10 -15 -15 -10 -5 0 0 5 0 0 5 10 15 0 30 60 90 60 90 120 120 120 150 150 150 180 180 180 210 240 Abusadores de midazolam - midazolam Voluntários normais - midazolam Abusadores de midazolam - midazolam Abusadores de cocaína - placebo Voluntários normais - midazolam 240 270 Abusadores de cocaína - placebo Voluntários normais - placebo Voluntários normais - placeboTEMPO (min) 210 210 240 Abusadores de midazolam - midazolam Voluntários TEMPO (min)normais - midazolam TEMPO (min) 90 Abusadores de cocaína - placebo Voluntários normais - placebo 30 30 60 → MAIS COORDENADO), ao longo do tempo. Figura 8. Evolução da variável VAMS 4 (MAIS DESAJEITADO 57 Figura 8. Evolução da variável VAMS 4 (MAIS DESAJEITADO → MAIS COORDENADO), ao longo do tempo. →Figura MAIS COORDENADO), longo do tempo. 8. Evolução da ao variável VAMS 4 (MAIS DESAJEITADO D_VAMS 4 D_VAMS 4 VAMS 4. Não houve efeitos significativos. D_VAMS 4 57 270 270 57 (1;60) (5;60) (1;60) (5;60) Tempo Abuso*substância Abuso*tempo 0,182 0,182 0,963 0,963 0,963 Substância*tempo Substância*tempo (5;60) (5;60) Abuso*substância*tempo (5;60) Abuso*substância*tempo Abuso*substância*tempo (5;60) (5;60) 0,911 0,004 0,004 0,004 0,842 0,842 0,911 0,911 0,182 (1;60) (1;60) (5;60) (5;60) 0,842 0,001 0,001 0,001 3,701 3,701 3,701 (5;60) (5;60) (5;60) Abuso*tempo Abuso*tempo Substância*tempo Abuso*substância Abuso*substância Tempo Tempo (1;60) (1;60) (1;60) (1;60) Substância Substância Substância Abuso Abuso (1;60) Abuso NSNS NSNS NS NSNS NS NS NSNS NS NSNS NS NS NSNS 0,0590 0,0590 0,0590 G.L. 6 TRANQUILO MAIS TRANQUILO MAIS AGITADO G.L. G.L. FFAGITADO p pp EAH EAH 6 EAH MAIS 6 MAIS TRANQUILO – MAIS –F–MAIS AGITADO Efeito EfeitoEfeito Testes multivariados Testes Testes multivariados multivariados Tabela Tabela 11 11 - Resultados - Resultados dasdas análises análises de de perfis perfis para para Grupo Grupo Tabela 11 - Resultados das análises de perfis para Grupo (abusadores (abusadores de de cocaína cocaína x voluntários x voluntários normais) normais) (abusadores de cocaína x voluntários normais) e Substância e Substância (midazolam (midazolam x placebo), xxplacebo), aoao ao longo longo e Substância (midazolam placebo), longo do do tempo, tempo, para para a variável a variável VAMS VAMS 6 ( 66MAIS (( MAIS MAIS do tempo, para a variável VAMS TRANQUILO TRANQUILO → MAIS →→ MAIS AGITADO) AGITADO) TRANQUILO MAIS AGITADO) voluntários saudáveis (F[5;60] = 3,70, p = 0,0590). 0 -16 -16 -16 -14 -14 -12 -14 -12 -12 -10 -10 -10 -8 -8 -8 -6 -6 -6 -4 -4 -4 -2 -2 -2 0 0 2 22 0 4 4 0 6 66 0 90 120 90 90 TEMPO (min) 60 60 60 150 180 210 240 Voluntários Voluntários normais normais - placebo - placebo Abusadores Abusadores de cocaína de cocaína - placebo - placebo Voluntários Voluntários normais normais - midazolam - midazolam Abusadores Abusadores de cocaína de cocaína - midazolam - midazolam 270 120 120 150 150 180 180 210 210 240 240 270 270 Voluntários normais - placebo Voluntários normais - midazolam Abusadores de cocaína - placebo Abusadores de cocaína - midazolam TEMPO TEMPO (min)(min) 30 30 30 Figura Figura 9. Evolução 9. Evolução da da variável variável VAMS VAMS 6 (MAIS 6 (MAIS TRANQUILO TRANQUILO →→ Figura 9. Evolução da variável VAMS 6 (MAIS TRANQUILO → MAIS AGITADO), ao longo do tempo. MAIS AGITADO), ao longo do tempo. MAIS AGITADO), ao longo do tempo. . . . D_VAMS 6 6 D_VAMS de cocaína apresentarem níveis de agitação maior que os voluntários saudáveis (F[5;60] = 3,70, = 3,70, p =p0,0590). = 0,0590). voluntários saudáveis (F[5;60] D_VAMS 6 VAMS VAMS 6 –6Houve – Houve uma uma tendência tendência de de os os sujeitos sujeitos abusadores abusadores VAMS 6 – Houve uma tendência de os sujeitos abusadores cocaína apresentarem níveis agitação maior de de cocaína apresentarem níveis de de agitação maior queque os os 58 58 58 58 0,724 1,383 Abuso*substância*tempo (5;60) Abuso*substância*tempo Abuso*substância*tempo (5;60) (5;60) 1,383 1,383 0,724 0,724 (5;60) (5;60) (5;60) 0,931 0,931 0,931 Substância*tempo Substância*tempo Substância*tempo Abuso*tempo Abuso*tempo (5;60) (1;60) 0,072 0,072 (1;60) (1;60) 0,072 Abuso*substância Abuso*substância Abuso*substância (5;60) (5;60) (5;60) 1,953 1,953 (5;60) (5;60) 1,953 Tempo Tempo Tempo Abuso*tempo (1;60) (1;60) 0,001 (1;60) 0,001 0,001 Substância Substância Substância NS NS NS NS NS NS NS NS NS NSNS NS 0,0991 0,0991 0,0991 NSNS NS Efeito Efeito G.L. G.L. F – FF p pp EAH EAH 7 Efeito CONCENTRAÇÃO 7 CONCENTRAÇÃO MAIS MAIS FÁCIL FÁCIL CONCENTRAÇÃO CONCENTRAÇÃO G.L. EAH 7 CONCENTRAÇÃO MAIS FÁCIL ––CONCENTRAÇÃO MAIS MAIS DIFÍCIL DIFÍCIL MAIS DIFÍCIL 0,061 NS NS Abuso Abuso (1;60) (1;60) Abuso (1;60) 0,061 0,061 NS Testes multivariados Testes Testes multivariados multivariados CONCENTRAÇÃO MAIS DIFÍCIL). 8 00 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 -12 -12 -12 -10 -10 -8 -8 -6 -6 -4 -4 -2 -2 00 2 2 4 4 6 6 8 -10 D_VAMS 77 D_VAMS tempo. 0 3030 Abusadores Abusadores de cocaína de cocaína - placebo - placebo Voluntários Voluntários normais normais - placebo - placebo Abusadores de cocaína - placebo Abusadores Abusadores de cocaína de cocaína - midazolam - midazolam Voluntários Voluntários normais normais - midazolam - midazolam Abusadores de cocaína - midazolam Voluntários TEMPO TEMPO (min) (min) normais - midazolam TEMPO (min) 60 90 120 150 120 150180 150 180 90 90 120 210180 210 240 210 240 270 240 270 270 Voluntários normais - placebo 3060 60 Figura Figura 10. 10. Evolução Evolução da variável da variável VAMS VAMS 7 (CONCENTRAÇÃO 7 (CONCENTRAÇÃO MAIS MAIS FÁCIL FÁCIL – CONCENTRAÇÃO – CONCENTRAÇÃO MAIS MAIS DIFÍCIL), DIFÍCIL), ao longo ao longo do do Figura 10. Evolução da variável VAMS 7 (CONCENTRAÇÃO tempo. tempo. MAIS FÁCIL – CONCENTRAÇÃO MAIS DIFÍCIL), ao longo do Tabela Tabela 12 -12Resultados - Resultados dasdas análises análises de perfis de perfis para para Grupo Grupo (abusadores de cocaína x voluntários normais) (abusadores de cocaína x voluntários normais) Tabela 12 - Resultados das análises de perfis para Grupo e Substância (midazolam placebo), ao longo e Substância (midazolam x placebo), ao normais) longo (abusadores de cocaína xx voluntários doetempo, para a variável do tempo, para a variável VAMS 7 7 ao longo Substância (midazolam xVAMS placebo), (CONCENTRAÇÃO MAIS FÁCIL (CONCENTRAÇÃO FÁCIL – 7– do tempo, para MAIS a variável VAMS (CONCENTRAÇÃO MAIS FÁCIL – CONCENTRAÇÃO MAIS DIFÍCIL). CONCENTRAÇÃO MAIS DIFÍCIL). Variável Tempo sobre as outras variáveis (F[5;60] = 1,95, p = 0,0991). D_VAMS 7 VAMS 7. Houve apenas uma tendência a um efeito da Variável Tempo sobre as outras variáveis (F[5;60] = 1,95, = 1,95, p =p = Variável Tempo sobre as outras variáveis (F[5;60] 0,0991). 0,0991). VAMS VAMS 7. Houve 7. Houve apenas apenas umauma tendência tendência a um a um efeito efeito da da 59 59 59 59 1,713 1,001 (5;61) Substância*tempo Abuso*substância*tempo (5;61) (5;61) (5;61) Abuso*substância*tempo Abuso*substância*tempo (5;61) (5;61) Substância*tempo Substância*tempo 1,001 1,001 1,713 1,713 0,624 0,624 0,624 (5;61) (5;61) (5;61) 0,003 0,003 0,003 Abuso*tempo Abuso*tempo Abuso*tempo Abuso*substância Abuso*substância (1;60) 2,865 (5;61) (5;61)(5;61) 2,865 2,865 Tempo Tempo Tempo (1;60) (1;60) (1;60) (1;60)(1;60) 0,10 0,100,10 11 1 Substância Substância Substância Abuso*substância (1;60) (1;60)(1;60) 0,345 0,345 0,345 Abuso Abuso Abuso FF F G.L. G.L. G.L. Efeito Efeito Efeito Testes Testes multivariados multivariados Testes multivariados NS NS NS NS NS NS NS NS NS NS NS NS 0,0219 0,0219 0,0219 NS NSNS NS NSNS pp p -10 -10 -10 -8-8 -8 -6-6 -6 -4 -4-4 -2-2 -2 000 22 444 6 66 8 88 D_VAMS 8 8 D_VAMS D_VAMS 8 SATISFEITO → MAIS INSATISFEITO). 000 30 30 30 90 90 90 Voluntário Voluntárionormal normal- -midazolam midazolam Abusador Abusadorde decocaína cocaína- -midazolam midazolam Abusador Abusadorde decocaína cocaína- -placebo placebo Abusador de cocaína - midazolam 270 240 240 Voluntário Voluntárionormal normal- -placebo placebo Abusador de cocaína - placebo Tempo Tempo(min) (min) Voluntário normal - midazolam Tempo (min) 120 120 150 150 150 180 180 180210 120 Voluntário normal - placebo 60 60 60 240 210 210 Tempo. Figura Figura11. 11. Evolução Evoluçãoda davariável variávelVAMS VAMS88 (MAIS (MAISSATISFEITO SATISFEITO → → MAIS MAIS INSATISFEITO), INSATISFEITO), ao aolongo longo do tempo.SATISFEITO Figura 11. Evolução da variável VAMSdo 8 tempo. (MAIS VAMS 8 – Observa-se apenas um efeito da variável Tabela Tabela13 13-- Resultados Resultadosdas dasanálises análisesde deperfis perfispara paraGrupo Grupo (abusadores decocaína cocaína voluntários normais) (abusadores de xxvoluntários normais) Tabela 13 - Resultados das análises de perfis para Grupo (abusadores de cocaína x voluntários normais) eeSubstância (midazolam xxplacebo), ao Substância (midazolam placebo), aolongo longo e Substância (midazolam x placebo), ao longo do para VAMS 88 (MAIS dotempo, tempo, paraaavariável variável VAMS (MAIS do tempo, para variável VAMS 8 (MAIS SATISFEITO → SATISFEITO →MAIS MAISaINSATISFEITO). INSATISFEITO). → MAIS INSATISFEITO), ao longo do tempo. Tempo. Tempo. VAMS VAMS88––Observa-se Observa-seapenas apenasum umefeito efeitoda davariável variável 60 60 60 270 270 60 (1;60) (5;60) (1;60) (5;60) Substância Tempo Abuso*substância Abuso*tempo 0,675 0,543 0,543 0,612 0,612 0,612 Substância*tempo Substância*tempo (5;60) (5;60) Abuso*substância*tempo (5;60) Abuso*substância*tempo Abuso*substância*tempo (5;60) (5;60) 2,072 4,243 4,243 4,243 0,675 0,675 2,072 2,072 0,543 (1;60) (1;60) (5;60) (5;60) 10,001 10,001 10,001 3,992 3,992 3,992 (5;60) (5;60) (5;60) Abuso*tempo Abuso*tempo Substância*tempo Abuso*substância Abuso*substância Tempo Tempo (1;60) (1;60) (1;60) (1;60) (1;60) Abuso Substância Substância Abuso Abuso NS NS NS NS NS 0,0818 0,0818 NS 0,0818 0,0439 0,0439 0,0439 NS NS NS 0,0025 0,0025 0,0025 0,0502 0,0502 0,0502 EfeitoEAH 9 MAIS PREOCUPADO F INDIFERENTE –FMAIS Efeito Efeito G.L. G.L.G.L.––MAIS F pp p EAH EAH 99MAIS MAISPREOCUPADO PREOCUPADO MAIS INDIFERENTE INDIFERENTE Testes multivariados Testes Testes multivariados multivariados Tabela Tabela14 14- - Resultados Resultadosdas dasanálises análisesde deperfis perfispara paraGrupo Grupo Tabela 14 - Resultados das análises de perfis para Grupo (abusadores (abusadores de de cocaína cocaína x x voluntários voluntários normais) normais) (abusadores de cocaína x voluntários normais) eeSubstância Substância (midazolam (midazolam xxplacebo), placebo), ao aoao longo longo e Substância (midazolam x placebo), longo do dotempo, tempo, para para a a variável variável VAMS VAMS 9 9 (MAIS (MAIS do tempo, para a variável VAMS 9 (MAIS PREOCUPADO PREOCUPADO → →MAIS MAIS INDIFERENTE). INDIFERENTE). PREOCUPADO → MAIS INDIFERENTE). tendência de os voluntários saudáveis ficarem mais preo- -10 -10 -10 -5-5 00 0 -5 00 0 55 5 10 10 10 15 15 15 20 20 20 25 25 25 30 30 30 60 60 60 90 180 150 150 180 180 210 Voluntários Voluntáriosnormais normais- placebo - placebo Voluntários Voluntáriosnormais normais- midazolam - midazolam Abusadores Abusadoresdedecocaína cocaína- placebo - placebo Abusadores Abusadoresdedecocaína-midazolam cocaína-midazolam TEMPO TEMPO(min) (min) TEMPO (min) 120 120 150 Voluntários normais - placebo Voluntários normais - midazolam Abusadores de cocaína - placebo Abusadores de cocaína-midazolam 90 90 120 210 210 240 240 240 270 270 270 Figura Figura12. 12.Evolução Evoluçãoda davariável variávelVAMS VAMS99( (MAIS MAISPREOCUPADO PREOCUPADO Figura 12. Evolução da variável VAMS 9 ( MAIS PREOCUPADO → MAIS INDIFERENTE), ao longo do tempo. → MAIS INDIFERENTE), ao longo do tempo. → MAIS INDIFERENTE), ao longo do tempo. 0,0818). cupadosque queos osabusadores abusadoresde decocaína cocaínae,e,entre entreoo120º. 120º.EE cupados ocupados o240º. 240º.Minuto, Minuto, de deos osabusadores abusadores de dee, cocaína cocaína ficarem mais que os abusadores de cocaína entre o ficarem 120º. E mais indiferentes indiferentes que que os os voluntários voluntários saudáveis saudáveis (F (F = = 2,07, 2,07, pp== o 240º. Minuto, de os abusadores de cocaína ficarem [5;60] [5;60] mais indiferentes 0,0818). 0,0818). que os voluntários saudáveis (F[5;60] = 2,07, p = D_VAMS 99 D_VAMS D_VAMS 9 VAMS VAMS 99 –– Os Os abusadores abusadores de de cocaína cocaína que que receberam receberam placebo placebo encontram-se encontram-se mais mais indiferentes indiferentes do do que que os outros outros VAMS 9 – Os abusadores de cocaína que os receberam três três subgrupos, subgrupos, independentemente independentemente do do tempo tempo (F (F == placebo encontram-se mais indiferentes do que os outros [1;60] [1;60] subgrupos, independentemente tempo há (F[1;60] 4,24, pptrês 0,0439). Entre 60º ee oo 120º 120ºdo minuto, há uma= 4,24, == 0,0439). Entre oo 60º minuto, uma 4,24, pos = voluntários 0,0439). Entre o 60º e ficarem oficarem 120º minuto, há uma tendência tendência de de os voluntários saudáveis saudáveis mais maispreopreo- 61 61 61 61 (5;60) Tempo NS Abuso*substância*tempo Abuso*substância*tempo (5;60) (5;60) 1,162 1,162 NSNS Abuso*substância*tempo (5;60) 1,164 1,162 NSNS NS Substância*tempo Substância*tempo (5;60) (5;60) 1,164 (5;60) (5;60) 1,371 (5;60) 1,371 1,164 NSNS NS 0,005 0,0372 0,0372 0,0372 Abuso*tempo Abuso*tempo Substância*tempo (1;60) 0,0856 0,0856 0,0856 (1;60) (1;60) 0,005 (5;60) 0,005 1,371 NSNS NS Abuso*substância (5;60) (5;60) 2,552 3,061 3,061 NSNS NS p Abuso*substância Abuso*substância Abuso*tempo Tempo Tempo (1;60) (1;60) 3,061 0,255 0,255 0,255 2,552 2,552 (1;60) (1;60) (1;60) Substância Substância Substância Abuso Abuso (1;60) Abuso Efeito Efeito G.L. G.L. FF p p EAH EAH 1010 – MAIS – MAIS IRRITADO IRRITADO – MAIS – MAIS TOLERANTE TOLERANTE Efeito F EAH 10 – MAIS IRRITADO G.L. – MAIS TOLERANTE Testes Testes multivariados multivariados 15 0 -10-10 -10 -5 -5 -5 0 0 0 0 0 5 5 5 10 10 10 15 15 D_VAMS 10 D_VAMS D_VAMS 10 10 Testes multivariados 30 30 30 120120 120 180 210210 240 Voluntários Voluntários normais normais - midazolam - midazolam Abusadores Abusadores de cocaína de cocaína - midazolam - midazolam Abusadores Abusadores de cocaína de cocaína - placebo - placebo 240240 270 Voluntários Voluntários normais normais - placebo - placebo TEMPO TEMPO (min) (min) Abusadores de cocaína - midazolam 180180 210 Voluntários normais - midazolam 150150 150 Abusadores de cocaína - placebo TEMPO (min) 90 90 90 Voluntários normais - placebo 60 60 60 Figura Figura 13. 13.Evolução Evolução dada variável variável VAMS VAMS 10 (MAIS (MAIS TOLERANTE TOLERANTE Figura 13. Evolução da variável VAMS 1010 (MAIS TOLERANTE → MAIS IRRITADO), ao longo do tempo. →→ MAIS IRRITADO), ao longo do tempo. MAIS IRRITADO), ao longo do tempo. Tabela Tabela 15Tabela 15 - -Resultados Resultados das das análises análises dede perfis perfis para para Grupo Grupo 15 - Resultados das análises de perfis para Grupo (abusadores (abusadores dede cocaína cocaína x voluntários x voluntários normais) normais) (abusadores de cocaína x voluntários normais) e Substância (midazolam x placebo), aolongo longo e Substância e Substância (midazolam (midazolam x placebo), x placebo), aoao longo do tempo, a variável VAMS 10 (MAIS dodo tempo, tempo, para para a para variável a variável VAMS VAMS 1010 (MAIS (MAIS TOLERANTE → MAIS IRRITADO). TOLERANTE TOLERANTE →→ MAIS MAIS IRRITADO). IRRITADO). (F[5;60] = 2,55, p = 0,0372). (F(F = 2,55, = 2,55, p= p 0,0372). = 0,0372). [5;60] [5;60] VAMS VAMS1010– –Apenas Apenasa avariável variáveltempo tempoteve teveumumefeito efeito VAMS 10 – Apenas a variável tempo teve um efeito significativo sobre as outras variáveis significativo sobre as outras variáveis significativo sobre as outras variáveis 62 6262 270270 62 (1;60) (1;60) (5;60) (1;60) Substância Tempo Abuso*substância (5;60) (1;60) (1;60) (5;60) (5;60) 1,084 0,053 0,053 0,053 1,173 1,173 1,173 0,002 0,002 0,002 0,845 0,845 0,845 F F F NS NSNS NS NSNS NS NSNS NS NS NSNS p p p Abuso*substância*tempo Abuso*substância*tempo (5;60) (5;60) 2,015 2,015 0,0899 0,0899 Substância*tempo Substância*tempo (5;60) (5;60) 2,261 0,0598 Abuso*substância*tempo (5;60) 2,261 2,015 0,0598 0,0899 Abuso*tempo Abuso*tempo (5;60) 1,084 Substância*tempo (5;60) (5;60) 1,084 2,261 NSNS 0,0598 Abuso*tempo Abuso*substância Abuso*substância Tempo Tempo (1;60) (1;60) (1;60) (1;60) G.L. G.L. Abuso Substância Substância Abuso Abuso Efeito Efeito G.L. Efeito Testes multivariados Testes Testes multivariados multivariados Tabela 16 - Resultados análises perfis para Grupo Tabela 16Tabela - Resultados dasdas análises de de perfis para Grupo 16 - Resultados das análises de perfis para Grupo (abusadores de cocaína x voluntários normais) (abusadores de cocaína x voluntários normais) (abusadores de cocaína x voluntários normais) e Substância (midazolam x placebo), e Substância (midazolam x placebo), ao ao longo e Substância (midazolam x placebo), aolongo longo tempo, para a variável VAMS – –MENTE do do tempo, para a para variável VAMS 11 11 – 11 MENTE do tempo, a variável VAMS MENTE MAIS LENTA → MENTE MAIS ACELERADA MAIS LENTA MENTE MAIS ACELERADA MAIS LENTA →→ MENTE MAIS ACELERADA tendência de os sujeitos que receberam midazolam ficarem -5 0 0 5 00 5 -15 -15 -15 -10 -10 -10 -5 -5 0 5 10 10 10 15 1515 0 90 90 90 150 180 210 240 270 Voluntários normais - midazolam Abusadores Abusadores de cocaína de cocaína - midazolam - midazolam Abusadores Abusadores de cocaína de cocaína - placebo - placebo Abusadores de cocaína - midazolam Voluntários Voluntários normais normais - midazolam - midazolam Abusadores de cocaína - placebo TEMPO TEMPO (min) (min) TEMPO (min) 120 120 150 150 180 180 210 210 240 240 270 270 120 Voluntários normais - placebo 60 60 60 Voluntários Voluntários normais normais - placebo - placebo 30 30 30 Figura Figura 14.14. Evolução Evolução da da variável variável VAMS VAMS 11 11 (MENTE (MENTE MAIS MAIS Figura 14. Evolução da variável VAMS 11 (MENTE MAIS LENTA LENTA → MENTE → MENTE MAIS MAIS ACELERADA), ACELERADA), ao ao longo longo do do tempo. LENTA → MENTE MAIS ACELERADA), ao longo do tempo.tempo. 0,0598) com com a mente a mente mais mais acelerada acelerada e daqueles e daqueles queque receberam receberam com a mente mais acelerada e mais daqueles que placebo placebo ficarem ficarem com com a mente a mente mais lenta lenta (Freceberam (F[5;60] = 2,26, = 2,26, p =p = [5;60] placebo 0,0598) 0,0598)ficarem com a mente mais lenta (F[5;60] = 2,26, p = D_VAMS 11 D_VAMS D_VAMS 11 11 VAMS VAMS 11 11 – Entre – Entre o 120º o 120º e oe240º o 240º minuto, minuto, houve houve uma uma VAMS 11 – Entre o 120º e o 240º minuto, houve uma tendência tendência de de os os sujeitos sujeitos queque receberam receberam midazolam midazolam ficarem ficarem 63 63 63 63 (5;61) (1;60) (5;61) (5;61) Tempo Abuso*substância Abuso*tempo Substância*tempo (5;61) (5;61) (5;61) (5;61) (1;60) (1;60) Abuso*substância*tempo Abuso*substância*tempo (5;61) (5;61) Abuso*substância*tempo (5;61) Substância*tempo Substância*tempo Abuso*tempo Abuso*tempo Abuso*substância Abuso*substância Tempo Tempo (5;61) (5;61) (1;60) Substância Substância (1;60) (1;60) 0,713 0,713 0,713 1,294 1,294 1,294 2,013 2,013 2,013 0,162 0,162 0,162 0,991 0,991 0,991 0,055 0,055 0,055 NS NS NS NS NS NS 0,0906 0,0906 0,0906 NS NS NS NS NS NS NS NS NS 0,0220 (1;60) 5,535 5,535 0,0220 0,0220 (1;60) (1;60) 5,535 Substância Abuso AbusoAbuso Efeito G.L. FRELAXADO EAH 12 MAIS EXCITADO –F MAIS RELAXADO Efeito EfeitoEAH G.L.G.L. p pp EAH 12 MAIS 12 MAIS EXCITADO EXCITADO – MAIS –FMAIS RELAXADO Testes Testes multivariados multivariados Testes multivariados Tabela Tabela 17 -17Resultados - Resultados dasdas análises análises de perfis de perfis para para Grupo Grupo Tabela 17 - Resultados análises de perfisnormais) para Grupo (abusadores (abusadores de cocaína dedas cocaína x voluntários x voluntários normais) (abusadores de cocaína x voluntários normais) e Substância e Substância (midazolam (midazolam x placebo), x placebo), ao longo ao longo e Substância (midazolam x placebo), ao longo do do tempo, tempo, para para a variável a variável VAMS VAMS 12 12 (MAIS (MAIS do tempo, para a variável VAMS 12 (MAIS EXCITADO EXCITADO → MAIS → MAIS RELAXADO). RELAXADO). EXCITADO → MAIS RELAXADO). 0,0906). 15 15 00 -10 -5 -5 0 0 -15 -15 -15 -10 -10 -5 0 5 55 10 1010 15 0 30 30 30 180 TEMPO TEMPO (min)(min) TEMPO (min) 150 210 240 Voluntários Voluntários normais normais - midazolam - midazolam Abusadores Abusadores de cocaína de cocaína - midazolam - midazolam Voluntários Voluntários normais normais - placebo - placebo Abusadores Abusadores de cocaína de cocaína - placebo - placebo 270 120 120 150 150 180 180 210 210 240 240 270 270 120 Abusadores de cocaína - midazolam 90 Voluntários normais - midazolam 90 90 Abusadores de cocaína - placebo 60 Voluntários normais - placebo 60 60 MAIS RELAXADO), ao longo do tempo. Figura Figura 15. 15. Evolução Evolução da variável da variável VAMS VAMS 12 12 (MAIS (MAIS EXCITADO EXCITADO → → Figura 15. Evoluçãoao dalongo variável 12 (MAIS EXCITADO → MAIS RELAXADO), doVAMS tempo. MAIS RELAXADO), ao longo do tempo. D_VAMS 12 voluntários saudáveis (F[1;60] = 5,53, p = 0,0220). Houve também também uma uma tendência, tendência, entre entre o 120º o 120º e oe240º o 240º minuto minuto de de os os abusadores detendência, cocaína ficarem mais e os abusadores de cocaína ficarem mais relaxados e também uma entre o 120º e relaxados o 240º minuto deos os abusadores de cocaína ficarem mais relaxados e os voluntários normais, mais excitados (F[5;61] voluntários normais, mais excitados (F[5;61] = 2,01, = 2,01, p =p = = 2,01, p = voluntários normais, mais excitados (F [5;61] 0,0906). 0,0906). D_VAMS 12 D_VAMS 12 VAMS VAMS 12.12. Independente Independente do do tempo, tempo, os abusadores os abusadores de de cocaína apresentaram-se mais excitados que cocaína apresentaram-se mais excitados que os os VAMS 12. Independente do tempo, os abusadores de cocaína apresentaram-se mais excitados que os voluntários saudáveis (F[1;60] voluntários saudáveis (F[1;60] = 5,53, = 5,53, p =p0,0220). = 0,0220). Houve Houve 64 64 64 64 (1;60) (5;60) Substância Tempo 1,201 0,403 1,104 0,254 1,104 0,254 (5;60) (5;60) Abuso*tempo Substância*tempo Abuso*substância*tempo (5;60) Substância*tempo (5;60) Abuso*substância*tempo (5;60) 0,015 0,403 (1;60) (5;60) Abuso*substância Abuso*tempo 1,632 0,015 1,632 1,201 (5;60) (1;60) (1;60) 0,178 0,178 TempoAbuso*substância Substância (1;60) (1;60) NS NS NS NS NS NS NS NS NS NS NS NS NS NS G.L. F CALADO p EAH 13 MAIS FALANTE – MAIS G.L. F CALADO p EAH 13 MAIS FALANTE – MAIS Abuso Abuso Efeito Efeito Testes multivariados Testes multivariados TabelaTabela 18 - 18 Resultados dasdas análises dede perfis - Resultados análises perfispara paraGrupo Grupo (abusadores de cocaína x voluntários (abusadores de cocaína x voluntáriosnormais) normais) e Substância (midazolam x placebo),ao aolongo longo e Substância (midazolam x placebo), do tempo, a variável VAMS13 13(MAIS (MAIS do tempo, parapara a variável VAMS FALANTE → MAIS CALADO). FALANTE → MAIS CALADO). VAMSVAMS 13. Não se observou nenhum efeito 13. Não se observou nenhum efeitosignificativo. significativo. 65 0 0 2 4 6 8 -10 -10-8 -8-6 -4 -6 -2 -4 -2 0 2 4 6 8 0 30 30 150 180 180 210 210 240 Voluntários normais - midazolam Abusadores de cocaína - midazolam Abusadores de cocaína - placebo 240 270 Voluntários normais - placebo Abusadores de cocaína - midazolam TEMPO TEMPO 120 150 Voluntários normais - midazolam 90 120 Abusadores de cocaína - placebo 60 90 Voluntários normais - placebo 60 Figura16. 16. Evolução da variável VAMS 13 (MAIS FALANTE → Figura Evolução da variável VAMS 13 (MAIS FALANTE → MAISCALADO), CALADO), longo do tempo. MAIS ao ao longo do tempo. 65 270 65 D_VAMS D_VAMS 13 13 Testes Testes multivariados multivariados Testes Testes multivariados multivariados Efeito 14 EAH G.L.– MAIS FATENTO MAIS ATENTO Efeito G.L.DISTRAÍDO F – MAIS p p EAH MAIS14DISTRAÍDO Efeito Efeito EAH G.L. G.L. – MAIS F F ATENTO p p EAH 14 14 MAIS MAIS DISTRAÍDO DISTRAÍDO – MAIS ATENTO Abuso Abuso (1;60) (1;60) 0,3120,312 NS NS Abuso Abuso (1;60) (1;60) 0,312 0,312 NSNS Substância (1;60) 0,955 NS Substância (1;60) 0,955 NS Substância Substância (1;60) (1;60) 0,955 0,955 NSNS Tempo (5;60) 2,041 0,0853 Tempo (5;60) 2,041 0,0853 Tempo TempoAbuso*substância (5;60) (5;60) 2,041 0,0853 (1;60) 2,041 0,181 0,0853 NS Abuso*substância (1;60) 0,181 NS Abuso*substância Abuso*substância (1;60) (1;60) 0,181 Abuso*tempo (5;60) 0,181 2,081 NSNS 0,0802 Abuso*tempo (5;60) 2,081 0,0802 Substância*tempo (5;60) (5;60) 2,081 1,593 0,0802 NS Abuso*tempo Abuso*tempo (5;60) 2,081 0,0802 Substância*tempo (5;60) (5;60) 1,5932,446 NS 0,0448 Abuso*substância*tempo Substância*tempo Substância*tempo (5;60) (5;60) 1,593 1,593 NSNS Abuso*substância*tempo (5;60) 0,0448 2,446 Abuso*substância*tempo Abuso*substância*tempo 0,0448 0,0448 (5;60) (5;60) 2,446 2,446 Tabela 19 - Resultados das análises de perfis para Grupo 19 - Resultados das análises de perfis para Grupo Tabela Tabela 19Tabela 19 - Resultados - Resultados das das análises análises de perfis perfis para para Grupo Grupo (abusadores de cocaína xde voluntários normais) (abusadores de cocaína x voluntários normais) (abusadores (abusadores de de cocaína cocaína x voluntários x voluntários normais) normais) e Substância (midazolam x placebo), ao longo e Substância (midazolam x placebo), aolongo longo e etempo, Substância (midazolam xVAMS placebo), x placebo), ao ao longo doSubstância para a(midazolam variável 14 (MAIS do tempo, para a variável VAMS 14 (MAIS do do tempo, tempo, para a variável a variável VAMS VAMS 14 14 (MAIS (MAIS DISTRAÍDO →para MAIS DISTRAÍDO → ATENTO). MAIS ATENTO). DISTRAÍDO DISTRAÍDO →→ MAIS MAIS ATENTO). ATENTO). -15 -15 -15 -15 -10 -10 -10 -10 -5 -5 -5 -5 0 0 0 00 0 0 0 5 5 5 5 1010 10 10 30 60 60 60 60 180 210 Abusadores de cocaína - placebo Voluntários Voluntários normais normais - midazolam - midazolam Abusadores de cocaína - midazolam Abusadores Abusadores de cocaína de cocaína - midazolam - midazolam Abusadores de cocaína - placebo Abusadores Abusadores de cocaína de cocaína - placebo - placebo 270 Voluntários Voluntários normais normais - placebo - placebo Voluntários normais - midazolam (min) Voluntários normais - midazolam TEMPO TEMPO (min) (min) Voluntários normais - placebo 240 Abusadores de cocaína - midazolam 150 120 150 180 210 240 270 120120 150150 180180 210210 240240 270270 120 TEMPO (min) 90 90 90 90 Voluntários normais - placebo TEMPO 30 30 30 Figura 17. Evolução da variável VAMS 14 (MAIS DISTRAÍDO 17. Evolução da variável 1414 (MAIS DISTRAÍDO Figura Figura 17. Evolução Evolução dalongo da variável variável VAMS VAMS 14 (MAIS (MAIS DISTRAÍDO DISTRAÍDO →Figura MAIS17. ATENTO), ao doVAMS tempo. MAIS ATENTO), ao ao longo do →→ → MAIS MAIS ATENTO), ATENTO), ao longo longo dotempo. do tempo. tempo. voluntários saudáveis, entre o 120º e o 240º minuto, de voluntários saudáveis, entre o 120º e oe240º minuto, dede voluntários saudáveis, entre o 120º o 240º minuto, voluntários entre 120º e oaos 240º minuto, de de ficarem maissaudáveis, distraídos, em orelação abusadores ficarem mais distraídos, emem relação aos abusadores ficarem mais distraídos, relação aos abusadores ficarem mais relação aos abusadores de dede cocaína (F = 2,08, pem = 0,0802). [5;60]distraídos, cocaína (F(F[5;60] cocaína (F == 2,08, = 2,08, 0,0802). = 0,0802). [5;60] cocaína 2,08, pp ==p0,0802). [5;60] D_VAMS D_VAMS 1414 D_VAMS D_VAMS 14 14 VAMS 14. Do 5º ao 15º minuto, observa-se que o grupo de VAMS VAMS 14.14. DoDo 5º 5º aoao 15º15º minuto, minuto, observa-se observa-se que que o grupo o grupo dede VAMS Do 5º aoque 15º minuto, observa-se abusadores de14.cocaína recebeu placeboque ficao grupo mais de abusadores cocaína que recebeu placebo mais abusadores dede cocaína que recebeu placebo ficafica mais de aos cocaína que recebeu placebo fica mais distraído,abusadores em relação outros três subgrupos (F[5;60] = distraído, relação outros três subgrupos (F distraído, emem relação aosaos outros três subgrupos (F[5;60] = = [5;60] distraído, em relação aos outros três subgrupos (F [5;60] = 2,44, p = 0,0448). Ocorreu também uma tendência dos 2,44, p= 0,0448). Ocorreu também uma tendência 2,44, p =2,44, 0,0448). Ocorreu também uma tendência dosdos p = 0,0448). Ocorreu também uma tendência dos 66 66 6666 66 1,637 2,162 (5;59) (5;59) Abuso*tempo Substância*tempo Abuso*substância*tempo (5;59) (5;59) (5;59) (5;59) (5;59) Abuso*substância*tempo Abuso*substância*tempo (5;59) (5;59) Substância*tempo Substância*tempo Abuso*tempo Abuso*tempo 2,162 2,162 1,637 1,637 1,653 1,653 1,653 3,701 3,701 3,701 (1;60) (1;60) (1;60) Abuso*substância Abuso*substância Abuso*substância 0,264 0,264 0,264 (5;59) Tempo Tempo (5;59) (5;59) 0,0701 0,0701 0,0701 NSNS NS NSNS NS 0,0591 0,0591 0,0591 NS NSNS (1;60) 2,972 2,972 NSNS NS (1;60) (1;60) 2,972 Substância Substância Substância Tempo 0,0064 (1;60) 7,976 7,976 0,0064 0,0064 (1;60) (1;60) 7,976 Abuso Abuso Abuso Efeito Efeito G.L. G.L. F– MAIS F– MAIS p pp Efeito G.L.– MAIS F INDISPOSTO EAH EAH 15 MAIS 15 MAIS BEM BEM DISPOSTO DISPOSTO INDISPOSTO EAH 15 MAIS BEM DISPOSTO INDISPOSTO Testes Testes multivariados multivariados Testes multivariados DISPOSTO → MAIS INDISPOSTO). cocaína que receberam placebo estarem mais bem Tabela - Resultados análises perfis para Grupo Tabela 20 -20Resultados dasdas análises de de perfis para Grupo Tabela 20 - Resultados das análises de perfisnormais) para Grupo (abusadores cocaína x voluntários normais) (abusadores de de cocaína x voluntários (abusadores de cocaína x voluntários normais) e Substância (midazolam x placebo), longo e Substância (midazolam x placebo), ao ao longo e Substância x placebo), ao longo tempo, para a (midazolam variável VAMS 15 (MAIS BEM do do tempo, para a variável VAMS 15 (MAIS BEM do tempo, para a variável VAMS 15 (MAIS BEM DISPOSTO → MAIS INDISPOSTO). DISPOSTO → MAIS INDISPOSTO). 0 -15 -15 -15 -10 -10 -10 -5 0 0 -5 -5 0 5 55 10 1010 15 15 15 0 0 30 60 60 60 TEMPO (min) 120 150 180 210 240 270 90 90 120 120 150 150 180 180 210 210 240 240 270 270 90 Voluntários Voluntários normais normais - midazolam - midazolam Abusadores Abusadores de cocaína de cocaína - midazolam - midazolam Abusadores Abusadores de coca'na de coca'na - placebo - placebo Abusadores de cocaína - midazolam Voluntários Voluntários normais normais - placebo - placebo Abusadores de coca'na - placebo Voluntários normais - placebo Voluntários normais - midazolam TEMPO TEMPO (min)(min) 30 30 DISPOSTO → MAIS INDISPOSTO), ao longo do tempo. = 0,0591). Figura Figura 18.18. Evolução Evolução da variável da variável VAMS VAMS 15 15 (MAIS (MAIS BEM BEM Figura 18. → Evolução da variável VAMSao 15longo (MAIS BEM DISPOSTO MAIS INDISPOSTO), do tempo. DISPOSTO → MAIS INDISPOSTO), ao longo do tempo. dispostos dispostos do do queque os os outros outros trêstrês subgrupos subgrupos (F[1;60] (F[1;60] = 2,16, = 2,16, p p dispostos do que os outros três subgrupos (F = 2,16, p = 0,0591). = 0,0591). [1;60] D_VAMS 15 D_VAMS15 15 D_VAMS VAMS VAMS 15.15. Observou-se Observou-se uma uma tendência tendência dosdos abusadores abusadores de de VAMS 15. Observou-se uma tendência dos abusadores de cocaínaquequereceberam receberamplacebo placeboestarem estaremmais maisbem bem cocaína 67 67 67 67 (5;60) (1;60) (5;60) (5;60) Abuso*substância Abuso*tempo Substância*tempo (5;60) (5;60) (5;60) (5;60) (1;60) (1;60) Abuso*substância*tempo Abuso*substância*tempo(5;60) (5;60) Abuso*substância*tempo (5;60) Substância*tempo Substância*tempo Abuso*tempo Abuso*tempo Abuso*substância Abuso*substância (5;60) (5;60) Tempo Tempo Tempo (1;60) (1;60) (1;60) Substância Substância Substância 0,698 0,698 0,698 1,053 1,053 1,053 1,132 1,132 1,132 0,061 0,061 0,061 0,511 0,511 0,511 0,173 0,173 0,173 (1;60) 0,014 0,014 (1;60) (1;60) 0,014 Abuso Abuso Abuso F F F G.L. G.L.G.L. Efeito Efeito Efeito Testes Testes multivariados multivariados Testes multivariados NSNS NS NSNS NS NSNS NS NSNS NS NS NSNS NS NSNS NS NSNS p pp Tabela 21 21 - Resultados das análises dede perfis para Grupo Tabela - Resultados das análises perfis para Grupo Tabela 21 - Resultados das análises de perfis normais) para Grupo (abusadores dede cocaína x voluntários (abusadores cocaína x voluntários normais) (abusadores de cocaína x voluntários normais) e Substância (midazolam x placebo), aoao longo e Substância (midazolam x placebo), longo e Substância (midazolam x placebo), ao longo dodo tempo, para a variável VAMS 16 (MAIS tempo, para a variável VAMS 16 (MAIS do tempo, para a variável VAMS 16 (MAIS DEPRIMIDO →→ MAIS DEPRIMIDO MAIS EUFÓRICO). DEPRIMIDO → EUFÓRICO). MAIS EUFÓRICO). VAMS 16. Não se observou nenhum efeito significativo. 0 -1 -1 0 0 -1 0 0 0 1 1 1 2 2 2 3 3 3 4 4 4 5 5 5 6 66 7 77 8 88 60 60 30 30 150 180 210 270 Voluntários Voluntários normais normais - midazolam - midazolam Abusadores Abusadores de cocaína de cocaína - midazolam - midazolam Abusadores Abusadores de cocaína de cocaína - placebo - placebo Abusadores de cocaína - midazolam Voluntários Voluntários normais normais - placebo - placebo Abusadores de cocaína - placebo 240 120120 150150 180180 210210 240240 270270 120 TEMPO (min) 90 90 90 Voluntários normais - placebo TEMPO TEMPO (min) (min)Voluntários normais - midazolam 60 30 → MAIS EUFÓRICO), ao longo do tempo. Figura Evolução variável VAMS (MAIS DEPRIMIDO Figura 19.19. Evolução da da variável VAMS 16 16 (MAIS DEPRIMIDO 19.EUFÓRICO), Evolução daao variável VAMS 16 (MAIS DEPRIMIDO → MAIS ao longo tempo. →Figura MAIS EUFÓRICO), longo do do tempo. D_VAMS 16 D_VAMS D_VAMS 1616 VAMS VAMS 16.16. Não Não se se observou observou nenhum nenhum efeito efeito significativo. significativo. 68 6868 68 (5;60) (1;60) (5;60) Tempo Abuso*substância Abuso*tempo NSNS Abuso*substância*tempo Abuso*substância*tempo (5;60) (5;60) 0,963 0,963 0,0721 0,0721 NS 0,0900 0,0900 0,0900 NSNS NS NSNS Substância*tempo Substância*tempo (5;60) (5;60) 2,151 Abuso*substância*tempo (5;60) 2,151 0,963 2,015 2,015 2,015 0,462 0,462 0,462 0,992 0,992 NS NSNS NS NS NSNS 0,0721 (5;60) (5;60) (5;60) (1;60) (1;60) (5;60) (5;60) 0,992 0,014 0,014 0,014 0,707 0,707 0,707 2,151 Substância*tempo Abuso*tempo Abuso*tempo Abuso*substância Abuso*substância Tempo Tempo Substância Substância (1;60) (1;60) (1;60) Substância (1;60) (1;60) (1;60) Abuso Abuso Abuso Efeito G.L. –FMAIS –AMISTOSO MAIS AMISTOSO –FMAIS HOSTIL Efeito Efeito EAH G.L. G.L. p pp EAH 17 EAH 17 – MAIS – 17 MAIS AMISTOSO –FMAIS HOSTIL HOSTIL Testes multivariados Testes Testes multivariados multivariados midazolam, enquanto os que receberam placebo se Tabela Tabela 22 22 - Resultados - Resultados dasdas análises análises de de perfis perfis para para Grupo Grupo Tabela 22 - Resultados das análises de perfis para Grupo (abusadores (abusadores de de cocaína cocaína x voluntários x voluntários normais) normais) (abusadores de cocaína x voluntários normais) e Substância e Substância (midazolam (midazolam x placebo), x xplacebo), ao ao longo e Substância (midazolam placebo), ao longo longo do do tempo, tempo, para para a variável a variável VAMS VAMS 17 17 (MAIS (MAIS do tempo, para a variável VAMS 17 (MAIS AMISTOSO AMISTOSO → MAIS → MAIS HOSTIL). HOSTIL). AMISTOSO → MAIS HOSTIL). -4 -2 -8 -6 0 0 -10 -10 -8 -6 -4 -2 0 0 -10 -8 -6 -4 -2 0 22 2 44 4 0 30 60 60 60 150 120 120 120 TEMPO (min) 90 90 90 210 180 180 240 210 210 Voluntários normais - midazolam 180 150 150 Voluntários Voluntários normais normais - midazolam - midazolam Abusadores Abusadores de cocaína de cocaína - midazolam - midazolam Abusadores Abusadores de cocaína de cocaína - placebo - placebo 270 240 240 Voluntários Voluntários normais normais - placebo - placebo Abusadores de cocaína - placebo Abusadores de cocaína - midazolam TEMPO TEMPO (min) (min) Voluntários normais - placebo 30 30 Figura Figura 20.20. Evolução Evolução da da variável variável VAMS VAMS 17 17 (MAIS (MAIS AMISTOSO AMISTOSO →→ Figura 20. Evolução da variável VAMS 17 (MAIS AMISTOSO → MAIS MAIS HOSTIL), HOSTIL), ao ao longo longo do do tempo. tempo. MAIS HOSTIL), ao longo do tempo. p = 0,0721). mantêm mantêm constantes constantes nesta nesta variável variável de de humor humor (F[5;60] (F[5;60] = 2,15, = 2,15, mantêm constantes nesta variável de humor (F = 2,15, [5;60] p =p0,0721). = 0,0721). D_VAMS 17 D_VAMS 17 D_VAMS 17 VAMS17. VAMS17. DoDo 120º 120º o 240º, o 240º, observa-se observa-se uma uma tendência tendência de de VAMS17. Do 120º o 240º, observa-se uma tendência aumento hostilidade sujeitos receberam de aumento da da hostilidade nosnos sujeitos queque receberam aumento da hostilidade nos sujeitos que receberam midazolam, enquanto receberam placebo midazolam, enquanto os os queque receberam placebo se se 69 69 69 270 270 69 (5;60) (1;60) (5;60) Abuso*substância Abuso*tempo NS NS Abuso*substância*tempo Abuso*substância*tempo (5;60) (5;60) 1,165 1,165 0,0715 0,0715 NS NS NS NS 0,0716 0,0716 Substância*tempo Substância*tempo (5;60) (5;60) 2,152 Abuso*substância*tempo (5;60) 2,152 1,165 2,013 2,013 2,013 3,364 3,364 0,0716 NS NS NS NS NS NS 0,0715 (5;60) (5;60) (5;60) (1;60) (1;60) 3,364 0,700 0,700 0,700 2,598 2,598 2,598 NS NS NS p p p 2,152 Substância*tempo Abuso*tempo Abuso*tempo Abuso*substância Abuso*substância (5;60) (5;60) Tempo Tempo Tempo (1;60) (1;60) (1;60) Substância Substância Substância (1;60) 2,318 2,318 (1;60) (1;60) 2,318 Abuso Abuso Abuso F FF G.L. G.L.G.L. Efeito EfeitoEfeito 0 5 0 -5 00 5 -15 -15 -15 -10 -10 -10 -5 -5 0 5 1010 10 D_VAMS 18 Testes multivariados Testes Testes multivariados multivariados 1515 15 0 30 30 60 60 60 90 90 150 180 210 270 Voluntários Voluntários normais normais - midazolam - midazolam Abusadores Abusadores de cocaína de cocaína - midazolam - midazolam Voluntários Voluntários normais normais - placebo - placebo Abusadores Abusadores de cocaína de cocaína - placebo - placebo Abusadores de cocaína - midazolam Voluntários TEMPO TEMPO (min) (min)normais - midazolam TEMPO (min) Abusadores de cocaína - placebo 240 120 120 150 150 180 180 210 210 240 240 270 270 120 90 Voluntários normais - placebo 30 MAIS MOTIVADO), ao longo do tempo. visíveis à inspeção do gráfico. Figura Figura 21. 21. Evolução Evolução da variável da variável VAMS VAMS 18 (MAIS 18 (MAIS APÁTICO APÁTICO → → Figura 21. Evolução da variável VAMS 18 (MAIS APÁTICO → MAIS MAIS MOTIVADO), MOTIVADO), ao longo ao longo do tempo. do tempo. visíveis visíveis à inspeção à inspeção do do gráfico. gráfico. D_VAMS 18 VAMS 18. As tendências que aparecem na tabela não são Tabela 23 -23Resultados dasdas análises de perfis para Grupo Tabela - Resultados análises de perfis para Grupo Tabela 23 - Resultados das análises de perfis para Grupo (abusadores de cocaína x voluntários normais) (abusadores de cocaína x voluntários normais) (abusadores de cocaína x voluntários normais) e Substância (midazolam x placebo), ao longo e Substância (midazolam x placebo), ao longo e Substância (midazolam x placebo), ao longo do do tempo, para a variável VAMS 18 ( MAIS tempo, para a variável VAMS 18 ( MAIS do tempo, para a variável VAMS 18 ( MAIS APÁTICO → MAIS MOTIVADO). APÁTICO →→ MAIS MOTIVADO). APÁTICO MAIS MOTIVADO). D_VAMS 18 VAMS VAMS 18.18. As As tendências tendências queque aparecem aparecem na na tabela tabela nãonão sãosão 70 70 70 70 71 Bodily Symptoms Scale (BSS) As análises de perfis das variáveis de sintomas corporais (Tabela 5) revelaram um impacto do fator Tempo sobre as variáveis BSS 9 (MUITA PALPITAÇÃO OU TAQUICARDIA → NENHUMA PALPITAÇÃO OU TAQUICARDIA; Gráfico 5; F[5;57] = 2,889; p = 0,022) e BSS 10 (MUITA SONOLÊNCIA → MUITA EXCITAÇÃO; Gráfico 6; F[5;57] = 4,571; p = 0,001), além de uma interação entre Grupo, Substância e Tempo para BSS 4 (MUITOS TREMORES → NENHUM TREMOR; Gráfico 4; F[5;57] = 2,672; p = 0,031). À inspeção, entre o 5º e o 15º minutos, os voluntários saudáveis têm seus tremores muito aumentados, enquanto os abusadores de cocaína não apresentam aumento tão acentuado. Houve uma tendência a um impacto do fator Substância sobre a variável BSS 9 (MUITA PALPITAÇÃO OU TAQUICARDIA → NENHUMA PALPITAÇÃO OU TAQUICARDIA; Gráfico 5; F[1;61] = 3,293; p=0,074 ). À inspeção, o gráfico sugere uma diferença aos 240 minutos, em que os abusadores de cocaína que receberam placebo teriam referido mais palpitações ou taquicardia que os outros três subgrupos. Na variável BSS 10 (MUITA SONOLÊNCIA → MUITA EXCITAÇÃO; Gráfico 6), houve uma interação quase-significativa entre os fatores Tempo e Abuso (F[5;57] = 1,973; p = 0,097), sendo que, entre o 5º e o 60º minuto, os abusadores de cocaína e os voluntários saudáveis evoluem em sentidos opostos. 72 Figura 22. Evolução da variável BSS 4 (MUITOS TREMORES → NENHUM TREMOR), ao longo do tempo. 6 4 2 D_ BSS 4 0 0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 -2 -4 -6 -8 -10 TEMPO (min) Voluntários normais - placebo Voluntários normais - midazolam Abusadores de cocaína - placebo Abusadores de cocaína - midazolam Figura 23. Evolução da variável BSS 9 (MUITA PALPITAÇÃO OU TAQUICARDIA → NENHUMA PALPITAÇÃO OU TAQUICARDIA), ao longo do tempo. 15 10 5 D_BSS 9 0 0 30 60 90 120 150 180 210 240 -5 -10 -15 Tempo (min) Voluntários normais - placebo Voluntários normais -midazolam Abusadores de cocaína - placebo Abusadores de cocaína - midazolam 270 73 Figura 24. Evolução da variável BSS 10 (MUITA SONOLÊNCIA → MUITA EXCITAÇÃO), ao longo do tempo. 20 15 D_BSS 10 10 5 0 0 30 60 90 120 150 180 210 240 -5 -10 -15 TEMPO (min) Voluntários normais - placebo Voluntários normais - midazolam Abusadores de cocaína - placebo Abusadores de cocaína - midazolam 270 74 Tabela 24 - Resultados das análises de perfis para Grupo (abusadores de cocaína x voluntários normais) e Substância (midazolam x placebo), ao longo do tempo, para as questões 4, 9 e 10 da Escala de Sintomas Corporais (BSS). Testes multivariadosa D_BSS 9 MUITA PALPITAÇÃO OU TAQUICARDIA → NENHUMA PALPITAÇÃO OU TAQUICARDIA D_BSS 10 MUITA SONOLÊNCIA → NENHUMA SONOLÊNCIA Efeito G.L. F p F p F p Tempo (5;57) 1,185 NS 2,889 0,022 4,571 0,001 Tempo *abuso de cocaína (5;57) 1,350 NS 1,365 NS 1,973 0,097 Tempo *substância (5;57) 0,662 NS 0,464 NS 0,255 NS (5;57) 2,672 0,031 0,805 NS 0,534 NS Abuso de cocaína (1;61) 0,303 NS 0,920 NS 0,744 NS Substância (1;61) 0,093 NS 3,293 0,074 0,744 NS Abuso de cocaína *substância (1;61) < 0,001 NS 0,084 NS 0,159 NS Tempo *abuso de cocaína *substância a D_BSS 4 MUITOS TREMORES → NENHUM TREMOR N = 65 Foram feitas também as análises de perfil e a inspeção visual das questões restantes da escala BSS, a título de exploração. F pp p 0,0010 (5;60) 4,755 0,0010 0,0010 (5;60) (5;60) 4,755 4,755 NENHUM CANSAÇO NENHUM NENHUM CANSAÇO CANSAÇO (1;61) (1;61) (1;61) 0,338 NSNS FÍSICO – 0,338 NS FÍSICO FÍSICO – –0,338 (1;61) (1;61) 2,466 2,466 NSNS (1;61) 2,466 NS MUITO MUITO CANSAÇO CANSAÇO MUITO CANSAÇO G.L. G.L. BSS BSS1G.L. 1 FF BSS 1 NS NS 1,114 Abuso*substância*tempo (5;60) Abuso*substância*tempo Abuso*substância*tempo(5;60) (5;60) 1,114 1,114 NS NS NS NS 0,0441 0,0441 0,421 (5;60) (5;60) 0,421 0,421 (5;60) (5;60) 2,441 2,441 (5;60) Substância*tempo Substância*tempo Abuso*tempo Abuso*tempo Substância*tempo 0,0441 (5;60) Abuso*tempo 2,441 Abuso*substância (1;61) 0,152 NS Abuso*substância Abuso*substância (1;61) (1;61) 0,152 0,152 NSNS FÍSICO FÍSICO FÍSICO Tempo Tempo Tempo Substância Substância Substância Abuso Abuso Abuso Efeito Efeito Efeito Testes multivariados Testes Testesmultivariados multivariados FÍSICO) cocaína apresentam um aumento maior do cansaço físico Tabela Tabela2525- - Resultados Resultadosdas dasanálises análisesde deperfis perfispara paraGrupo Grupo (abusadores (abusadores de de cocaína cocaína x x voluntários voluntários normais) normais) Tabela 25 - Resultados das análises de perfis para Grupo e eSubstância Substância (midazolam (midazolam x xplacebo), placebo), ao aolongo longo (abusadores de cocaína x voluntários normais) do dotempo, tempo, para paraa avariável variável BSS BSS 1( MUITO ( MUITO e Substância (midazolam x 1placebo), ao longo do tempo, para→ a→ variável BSS 1 ( MUITO CANASAÇO CANASAÇO FÍSICO FÍSICO NENHUM NENHUM CANSAÇO CANSAÇO CANASAÇO FÍSICO → NENHUM CANSAÇO FÍSICO) FÍSICO) 5 55 10 1010 15 1515 20 2020 -20-20 -20 -15-15 -15 -10-10 -10 -5-5 -5 0 00 0 00 240 210 210 Abusadores Abusadores de de cocaína cocaína - placebo - placebo 270 240 240 Abusadores Abusadores de de cocaína cocaína - midazolam - midazolam Voluntários Voluntários normais normais - midazolam - midazolam Abusadores de cocaína - midazolam TEMPO TEMPO (min) (min) TEMPO (min) 120120 120 150 150 150 180 180 180210 Voluntários Voluntários normais normais - placebo placebo Abusadores de cocaína - -placebo 909090 Voluntários normais - midazolam 60 6060 Voluntários normais - placebo 3030 30 FÍSICO → NENHUM CANSAÇO FÍSICO), ao longo do tempo. Figura Figura25. 25.Evolução Evoluçãodadavariável variávelBSS BSS1 1( MUITO ( MUITOCANASAÇO CANASAÇO FÍSICO → NENHUM CANSAÇO FÍSICO), ao longo dodotempo. FÍSICO → NENHUM CANSAÇO FÍSICO), ao longo tempo. Figura 25. Evolução da variável BSS 1 ( MUITO CANASAÇO que os voluntários saudáveis (F[5;60] = 2,44, p = 0,0441). que queososvoluntários voluntáriossaudáveis saudáveis(F(F 2,44,p p==0,0441). 0,0441). [5;60] [5;60]==2,44, D_BSS 1 D_BSS 11 D_BSS BSS BSS1 1– –Entre Entreo o120º 120ºe eo o240º 240ºminuto, minuto,ososabusadores abusadoresde de cocaína apresentam aumento maior do cansaço físico cocaína apresentam aumento maior do cansaço físico BSS 1 – Entre um oum 120º e o 240º minuto, os abusadores de 75 75 75 270 270 75 G.L. BSS BSS 2 G.L. 2 F F BSSG.L. 2 F p p p (5,61) (5,61) 1,581 1,581 NSNS -15 -15 Abuso*substância*tempo (5,61) 1,581NSNSNS Substância*tempo Substância*tempo (5;61) (5;61) 1,197 1,197 Abuso*substância*tempo Abuso*substância*tempo -15 (5;61) (5;61) 1,765 1,765 (5;61) 1,197NSNSNS Abuso*tempo Abuso*tempo Substância*tempo -25 -25 -20 -20 -25 -20 -10 -10 -10 -5 -5 (1;62) (1;62) 0,315 0,315 (5;61) 1,765NSNSNS NS 0 0 0 0-5 0 0 5 5 5 10 10 10 Abuso*substância Abuso*substância Abuso*tempo 1,792 NSNS 15 15 15 (5;(5; 61)61) 1,792 1,792 NSNSNS (1;62) 0,315 (5; 61) CABEÇA CABEÇA (1;62) (1;62) 1,483 1,483 7676 90 90 90 150 180 210 240 270 Voluntários Voluntários normais normais - midazolam - midazolam Abusadores Abusadores de cocaína de cocaína - midazolam - midazolam Abusadores Abusadores de cocaína de cocaína - placebo - placebo TEMPO TEMPO (min) (min) Abusadores de cocaína - placebo Abusadores de cocaína - midazolam Voluntários normais - midazolam 120120 150150 180180 210210 240240 270270 120 TEMPO (min) Voluntário normais - placebo 60 60 60 Voluntário Voluntário normais normais - placebo - placebo 30 30 30 Figura 26. Evolução variável BSS 2 (MUITA DOR Figura 26.26. Evolução da variável BSS (MUITA DOR Figura Evolução dada variável BSS 22 (MUITA DOR DEDEDE CABEÇA → NENHUMA DOR CABEÇA), ao longo do tempo. CABEÇA →→ NENHUMA DOR DEDE CABEÇA), longo tempo. CABEÇA NENHUMA DOR DE CABEÇA), aoao longo do do tempo. Tempo Tempo Abuso*substância Tempo Substância Substância Abuso 0,899 NSDE MUITA DOR DE CABEÇA –(1;62) AUSÊNCIA DE DOR Abuso Abuso (1;62) 0,899 0,899 NSDE NSDE MUITA MUITA DOR DOR DEDE CABEÇA CABEÇA –(1;62) AUSÊNCIA – AUSÊNCIA DEDE DOR DOR CABEÇA Substância (1;62) 1,483 NS Efeito Efeito Efeito Testes Testes multivariados multivariados Testes multivariados Tabela Tabela 26Tabela 26 - Resultados - Resultados das das análises análises dede perfis perfis para para Grupo Grupo 26 - Resultados das análises de perfis para Grupo (abusadores de cocaína x voluntários normais) (abusadores cocaína x voluntários normais) (abusadores dede cocaína x voluntários normais) e Substância (midazolam x placebo), ao longo e Substância (midazolam x placebo), aoao longo e Substância (midazolam x placebo), longo dopara tempo, para a variável 2 (MUITA DOR dodo tempo, a variável BSS 2BSS (MUITA DOR tempo, para a variável BSS 2 (MUITA DOR DE CABEÇA → NENHUMA DOR DE CABEÇA). DEDE CABEÇA →→ NENHUMA DOR DE CABEÇA). CABEÇA NENHUMA DOR DE CABEÇA). D_BSS 2 D_BSS 2 2 D_BSS BSS BSS 2 –2 Não – Não foram encontrados encontrados efeitos efeitos significativos. significativos. BSS 2 –foram Não foram encontrados efeitos significativos. 76 76 Efeito G.L. G.L. BSS BSS 3G.L. 3BSSF3F F p p p 1,365 0,921 (5;61) Substância*tempo Abuso*substância*tempo (5;61) 0,921 0,921 Abuso*substância*tempo Abuso*substância*tempo(5;61) (5;61) 2,585 2,585 1,365 1,365 (5;61) (5;61) (5;61) (5;61) Substância*tempo Substância*tempo Abuso*tempo Abuso*tempo 2,585 0,012 0,012 (5;61) (1;62) (1;62) Abuso*tempo 0,012 4,316 4,316 (1;62) (5;61) (5;61) Abuso*substância Abuso*substância Abuso*substância Tempo Tempo 4,316 (5;61) Tempo NSNS NS NSNS NS 0,0348 0,0348 0,0348 NSNS NS 0,020 0,020 0,020 Abuso (1;62) 3,775TONTURA 0,0567 Abuso Abuso (1;62) (1;62) 3,775 0,0567 0,0567 MUITA TONTURA OU VERTIGEM – NENHUMA TONTURA MUITA MUITA TONTURA TONTURA OU OU VERTIGEM VERTIGEM – NENHUMA –3,775 NENHUMA TONTURA OU VERTIGEM OU OU VERTIGEM VERTIGEM Substância 0,233 NSNSNS Substância Substância (1;62) (1;62)(1;62)0,233 0,233 Efeito Efeito Testes Testes multivariados multivariados Testes multivariados TONTURA OU VERTIGEM). cocaína diminuem a tontura ou vertigem e os voluntários Tabela Tabela 2727 - -Resultados Resultados das das análises análises dede perfis perfis para para Grupo Grupo Tabela 27 - Resultados das análises de perfisnormais) para Grupo (abusadores (abusadores dede cocaína cocaína x voluntários x voluntários normais) (abusadores de cocaína x voluntários normais) e Substância e Substância (midazolam (midazolam x placebo), x placebo), aoao longo longo e Substância (midazolam dodo tempo, tempo, para para a variável a variável BSS BSS 3x(MUITA 3placebo), (MUITA ao longo do tempo, para a variável BSS 3 (MUITA TONTURA TONTURA OU OU VERTIGEM VERTIGEM →→ NENHUMA NENHUMA TONTURA OU VERTIGEM → NENHUMA TONTURA TONTURA OU OU VERTIGEM). VERTIGEM). -35-35 -35 -30-30 -30 -25-25 -25 -20-20 -20 -15-15 -15 -10-10 -10 6060 60 9090 90 TEMPO (min) 120120 150 270 270270 120 150150 180 180180210210210240 240240 Abusadores de cocaína - placebo Abusadores Abusadores de de cocaína cocaína - placebo - placebo Abusadores Abusadores de de cocaína cocaína -midazolam -midazolam Voluntários Voluntários normais normais - midazolam - midazolam Abusadores de cocaína -midazolam TEMPO (min) (min) Voluntários normais - placeboTEMPO Voluntários normais - midazolam 30 30 30 Voluntários Voluntários normais normais - placebo - placebo 0 00 0 00 -5 -5-5 5 55 10 1010 15 15 15 longo do tempo. Figura Figura 27.27. Evolução Evolução dada variável variável BSS BSS 3 (MUITA 3 (MUITA TONTURA TONTURA OU OU Figura 27.→ Evolução da variável BSS 3 OU (MUITA TONTURA ao OU VERTIGEM VERTIGEM → NENHUMA NENHUMA TONTURA TONTURA OU VERTIGEM), VERTIGEM), ao VERTIGEM → NENHUMA TONTURA OU VERTIGEM), ao longo dodo tempo. longo tempo. saudáveis aumentam (F[5;61] = 2,58, p = 0,00348). saudáveis saudáveis aumentam aumentam (F(F = 2,58, = 2,58, p= p 0,00348). = 0,00348). [5;61] [5;61] D_BSS3 - D_BSS3 D_BSS3 - BSS BSS 3– 3 Entre – Entre o 15º o 15º eo e 30º o 30º minuto, minuto, osos abusadores abusadores dede cocaína diminuem a tontura vertigem e os voluntários cocaína diminuem a tontura vertigem os voluntários BSS 3 – Entre o 15º eouoou 30º minuto,e os abusadores de 77 7777 77 0,0813 (1;61) – 0,301 MAL-ESTAR (5;61) AUSÊNCIA DE 4,101 Tempo 0,0028 NS NÁUSEAS OU 0,0028 (5;61) (5;61) 4,101 4,101 0,0028 AUSÊNCIA AUSÊNCIA DEDE Abuso*substância (1;61) 0,092 NS (1;61) (1;61) 0,301 NSNS MAL-ESTAR MAL-ESTAR – –0,301 Substância Abuso*substância*tempo Abuso*substância*tempo(5;61) (5;61) 1,091 1,091 NSNS Abuso*tempo Abuso*tempo (5;61) (5;61)(5;61) 1,937 1,937 NSNS NS Substância*tempo 1,627 MAL-ESTAR MAL-ESTAR Substância*tempo Substância*tempo (5;61) (5;61)(5;61) 1,627 1,627 NSNS NS Abuso*substância*tempo 1,091 MAL-ESTAR Abuso*substância Abuso*substância (1;61) (1;61)(5;61) 0,092 0,092 NSNS Abuso*tempo 1,937 NS NÁUSEAS NÁUSEAS OUOU Tempo Tempo p p p (1;(1; 61)61)OU 3,145 3,145 0,0813 0,0813 MUITAS MUITAS NÁUSEAS NÁUSEAS OU F F (1; 61) OU 3,145 MUITAS NÁUSEAS G.L. BSS BSS 5G.L. 5 Abuso Substância Substância Abuso Abuso Efeito Efeito F G.L. BSS 5 Efeito Testes multivariados Testes Testes multivariados multivariados BSS 5 – Ocorreu apenas efeito da variável Tempo Tabela Tabela 2828 - Resultados - Resultados das das análises análises dede perfis perfis para para Grupo Grupo Tabela 28 - Resultados das análises de perfis para Grupo (abusadores de cocaína x voluntários normais) (abusadores de cocaína x voluntários normais) (abusadores de cocaína x voluntários normais) e Substância (midazolam x placebo), aoao longo e Substância (midazolam x placebo), longo e Substância (midazolam x placebo), ao longo dodo tempo, para a variável BSS 5 (MUITAS tempo, para a variável BSS 5 (MUITAS do tempo, para a variável BSS 5 (MUITAS NÁUSEAS OUOU MAL-ESTAR NONO ESTÔMAGO → →→ NÁUSEAS MAL-ESTAR ESTÔMAGO NÁUSEAS OU MAL-ESTAR NO ESTÔMAGO NENHUMA NÁUSEA OUOU MAL-ESTAR NONONO NENHUMA NÁUSEA MAL-ESTAR NENHUMA NÁUSEA OU MAL-ESTAR ESTÔMAGO). ESTÔMAGO). ESTÔMAGO). 78 -25-25 -20-20 -25 -20 -15-15 -15 -10-10 -10 -5 -5 0 0 0 0-5 0 0 5 5 5 10 10 10 15 15 15 20 20 20 30 30 30 90 90 90 270 Voluntários Voluntários normais normais - midazolam - midazolam Abusadores Abusadores de cocaína de cocaína - midazolam - midazolam Abusadores Abusadores de cocaína de cocaína - placebo - placebo 240240 Voluntários Voluntários normais normais - placebo - placebo Abusadores de cocaína - midazolam TEMPO TEMPO (min) (min) Abusadores de cocaína - placebo 240 210210 210 180180 180 Voluntários normais - midazolam 150150 150 TEMPO (min) 120120 120 Voluntários normais - placebo 60 60 60 (F[5;61] = 4,10, p = 0,0028). Figura Figura 28.28. Evolução Evolução dada variável variável BSS BSS 5 5 (MUITAS (MUITAS NÁUSEAS NÁUSEAS OUOU Figura 28. Evolução da variável BSS 5 (MUITAS NÁUSEAS OU MAL-ESTAR NO ESTÔMAGO → NENHUMA NÁUSEA OU MAL-ESTAR NO ESTÔMAGO → NENHUMA NÁUSEA OU MAL-ESTAR NO ESTÔMAGO → NENHUMA NÁUSEA OU MAL-ESTAR NO ESTÔMAGO), longo do tempo. MAL-ESTAR ESTÔMAGO), aoao longo tempo. MAL-ESTARNO NO ESTÔMAGO), ao longo dodotempo. (F[5;61] (F[5;61] = 4,10, = 4,10, p =p 0,0028). = 0,0028). D_BSS5 D_BSS5 BSS BSS 5 –5 Ocorreu – Ocorreu apenas apenas efeito efeito dada variável variável Tempo Tempo D_BSS5 7878 270270 78 F F G.L.6 BSS G.L. G.L. BSS BSS 6 6 p p F p AbusoMUITA SALIVAÇÃO(1; 61) 0,014 NS – BOCA MUITO SECA Efeito (5;61) (1;61) Abuso*substância 0,682 NS 1,432 1,432NSNS (1;61) (1;61) 0,682 0,682 NSNS (5;61) 1,752 NS (5;61) (5;61) 1,432 NS Abuso*substância*tempo Abuso*substância*tempo(5;61) (5;61) 0,290 0,290NSNS Substância*tempo Substância*tempo (5;61) (5;61) 0,568 0,568 NSNSNS Abuso*substância*tempo (5;61) 0,290 Abuso*tempo Abuso*tempo (5;61) 1,752 1,752 NSNSNS Substância*tempo (5;61) (5;61) 0,568 Abuso*substância Abuso*substância Abuso*tempo Tempo Tempo 0,373 NS 0,373 0,373NSNS Tempo (1;61) (1;61) (1;61) Substância Substância Substância Abuso Abuso (1; 61) 61) MUITO 0,014 0,014NS NS MUITA MUITA SALIVAÇÃO SALIVAÇÃO – (1; BOCA – BOCA MUITO SECA SECA Efeito Efeito Testes multivariados Testes Testes multivariados multivariados Tabela Tabela 29Tabela 29 - Resultados - Resultados das das análises análises dede perfis perfis para para Grupo Grupo 29 - Resultados das análises de perfis para Grupo (abusadores de cocaína x voluntários normais) (abusadores de cocaína x voluntários normais) (abusadores de cocaína x voluntários normais) e Substância (midazolam x placebo), aoao longo e Substância (midazolam x placebo), e Substância (midazolam x placebo), aolongo longo dodo tempo, a para variável BSS 6BSS (MUITA tempo, para a variável BSS 6 (MUITA do para tempo, a variável 6 (MUITA SALIVAÇÃO → BOCA MUITO SECA). SALIVAÇÃO →→ BOCA MUITO SECA). SALIVAÇÃO BOCA MUITO SECA). 0 -10-10 -10 -5 -5 -5 0 0 0 0 0 5 5 5 10 10 10 15 15 60 60 30 30 90 90 90 210 180180 180 240 210210 Abusadores Abusadores de cocaína de cocaína - midazolam - midazolam Abusadores Abusadores de cocaína de cocaína - placebo - placebo 240240 270 Voluntários Voluntários normais-midazolam normais-midazolam TEMPO TEMPO (min) (min) Abusadores de cocaína - midazolam Voluntários normais-midazolam 150150 150 TEMPO (min) 120120 120 Voluntários Voluntários normais normais - placebo - placebo Abusadores de cocaína - placebo Voluntários normais - placebo 60 30 Figura 29. Evolução variável BSS 6 (MUITA SALIVAÇÃO Figura 29. Evolução da variável BSS (MUITA SALIVAÇÃO Figura 29. Evolução dada variável BSS 6 6(MUITA SALIVAÇÃO → →→ BOCA MUITO SECA), ao longo do tempo. BOCA MUITO SECA), ao longo do tempo. BOCA MUITO SECA), ao longo do tempo. D_BSS6 BSS - Não ocorreu nenhum efeito significativo. D_BSS6 D_BSS6 BSS BSS- Não - Não ocorreu ocorreu nenhum nenhum efeito efeito significativo. significativo. 79 7979 270270 79 G.L. G.L. BSS BSS 7 BSS 7G.L.7F F F p p p (1;61) (5;62) (5;62) Abuso*substância Abuso*tempo Substância*tempo 0,013 NS 0,051 Abuso*substância*tempo (5;62) 0,594 0,594 NSNS NS NS Abuso*substância*tempo Abuso*substância*tempo(5;62) (5;62) 0,594 1,913 3,730 3,730 0,051 0,051 3,730 0,013 0,013 NSNS 1,913 1,913 NSNS (5;62) (5;62) 0,0114 (5;62) (5;62) Substância*tempo Substância*tempo Abuso*tempo Abuso*tempo (1;61) (1;61) 3,256 NS 0,0114 3,256 3,256 0,0114 0,112 0,112 0,112 NSNS (5;61) (5;61) (5;61) (1;61) (1;61) Tempo Abuso*substância Abuso*substância Tempo Tempo Substância Substância (1;61) Substância (1; 61) 0,019 SUOR MUITO INTENSO SEM SUOR Abuso Abuso Abuso (1; (1; 61) 61) 0,019 0,019 NSNSNS SUOR SUOR MUITO MUITO INTENSO INTENSO SEM SEM SUOR SUOR Efeito Efeito Efeito Testes Testes multivariados multivariados Testes multivariados fatores Tempo e Abuso entre o 120º e o 240º minuto, no Tabela Tabela 3030 - -Resultados Resultados das das análises análises dede perfis perfis para para Grupo Grupo Tabela 30 - Resultados das análises de perfis normais) para Grupo (abusadores dede cocaína x voluntários (abusadores cocaína x voluntários normais) (abusadores de cocaína x voluntários normais) e Substância (midazolam x placebo), aoao longo e Substância (midazolam x placebo), longo e Substância (midazolam x placebo), ao longo dodo tempo, para a variável BSS 7 (SUOR MUITO tempo, para a variável BSS 7 (SUOR MUITO do tempo, para a variável BSS 7 (SUOR MUITO INTENSO →→ SEM INTENSO SEM SUOR). INTENSO →SUOR). SEM SUOR). -5 -5 -5 0 00 0 00 5 55 10 10 10 -25-25 -25 -20-20 -20 -15-15 -15 -10 -10-10 6060 60 90 90 90 Voluntários normais - midazolam Voluntários Voluntários normais normais - midazolam - midazolam Abusadores Abusadores de cocaína de cocaína - midazolam - midazolam Abusadores Abusadores de cocaína de cocaína - placebo - placebo Abusadores de cocaína - midazolam TEMPO TEMPO (min) (min) TEMPO (min) 120 240 240240 270 120120 150 150150180180180210 210210 Voluntários Voluntários normais normais - placebo - placebo Abusadores de cocaína - placebo Voluntários normais - placebo 303030 INTENSO → SEM SUOR), ao longo do tempo. 3,73, p = 0,051). Figura Figura 30.30. Evolução Evolução dada variável variável BSS BSS 7 (SUOR 7 (SUOR MUITO MUITO Figura 30. da variável BSS 7do (SUOR MUITO INTENSO INTENSO →Evolução → SEM SEM SUOR), SUOR), aoao longo longo do tempo. tempo. sentido sentido dede que que osos abusadores abusadores dede cocaína cocaína ficam ficam mais mais sem sem sentido de que os abusadores de cocaína ficam mais sem suor e os voluntários normais aumentam o suor == suor e os voluntários normais aumentam o suor(F(F [5;62] [5;62] = suor e os voluntários normais aumentam o suor (F [5;62] 3,73, 3,73, p= p 0,051). = 0,051). D_BSS7 D_BSS7 D_BSS7 BSS BSS 7– 7 Ocorreu – Ocorreu apenas apenas efeito efeito dada variável variável tempo tempo (F(F == [5;61] [5;61] BSS 7 – Ocorreu apenas efeito da variável tempo (F 3,25, p 0,0114) = 0,0114) e uma tendência a um interação entre 3,25, p= e uma tendência a um interação entre osos= [5;61] 3,25, p e= Abuso 0,0114) e entre umaotendência interação entre fatores Tempo entre 120º eo minuto, no fatores Tempo e Abuso o 120º e a240º oum 240º minuto, no os 80 270270 8080 80 BSS 8. Observou-se uma interação entre o fator Abuso e o p Abuso 2,712 NS VISÃO MUITO TURVA – VISÃO G.L. G.L. F F MUITO p pNÍTIDA BSS BSS 8 8 (1;62) F 0,183 1,400 (1;62) (5;59) (5;59) Abuso*tempo Substância*tempo Abuso*substância*tempo (5;59) NS 0,0499 NS NS 0,183 0,183 NSNS 1,400 1,400 NSNS (5;59) (5;59) (5;59) (5;59) Substância*tempo Substância*tempo Abuso*substância*tempo Abuso*substância*tempo(5;59) (5;59) NS 0,0499 2,377 2,377 0,0499 0,512 0,512 NSNS 2,377 0,512 1,168 1,168 NSNS Abuso*tempo Abuso*tempo (1;62) (1;62) (5;59) (5;59) 1,168 1,880 1,880 NSNS Abuso*substância Abuso*substância Abuso*substância Tempo Tempo (1;62) (1;62) (5;59) Substância Substância Tempo Substância (1;62) 1,880 Abuso Abuso (1;62) 2,712 2,712 NSNS NS VISÃO VISÃO MUITO MUITO TURVA TURVA –(1;62) VISÃO – VISÃO MUITO MUITO NÍTIDA NÍTIDA Efeito Efeito Efeito Testes G.L.8 Testes multivariados multivariados BSS Testes multivariados dodo tempo, tempo, para para a variável a variável BSS BSS 8 (VISÃO 8 (VISÃO MUITO MUITO TURVA TURVA →VISÃO →VISÃO MUITO MUITO NÍTIDA). NÍTIDA). Tabela 31 - Resultados das análises de perfis para Grupo (abusadores de cocaína x voluntários normais) Tabela Tabela 3131 - -Resultados Resultados das das análises análises dede perfis perfis para para Grupo Grupo e Substância (midazolam x placebo), ao longo (abusadores (abusadores dede cocaína cocaína x voluntários x voluntários normais) normais) do tempo, para a variável BSS 8 (VISÃO MUITO e Substância e Substância (midazolam (midazolam x placebo), x placebo), aoao longo longo TURVA →VISÃO MUITO NÍTIDA). visão e os abusadores de cocaína têm um aumento da 30 30 -30-30 -25-25 -30 -25 -20-20 -20 -15-15 -10-10 -15 -5 -5 -10 30 0 0 0 0 0-5 0 5 5 5 210 210210 240 270 Voluntários Voluntários normais normais - midazolam - midazolam Abusadores Abusadores de cocaína de cocaína - midazolam - midazolam Abusadores Abusadores de cocaína de cocaína - placebo - placebo 240240 Voluntários Voluntários normais normais - placebo - placebo TEMPO TEMPO (min) (min) Abusadores de cocaína - midazolam 180180 180 Abusadores de cocaína - placebo 150150 150 TEMPO (min) 120120 120 Voluntários normais - midazolam 90 90 90 Voluntários normais - placebo 60 60 60 →VISÃO →VISÃO MUITO MUITO NÍTIDA), NÍTIDA), aoao longo longo dodo tempo. tempo. Figura 31. Evolução da variável BSS 8 (VISÃO MUITO TURVA →VISÃO MUITO NÍTIDA), ao longo do8tempo. Figura Figura 31.31. Evolução Evolução dada variável variável BSS BSS 8(VISÃO (VISÃO MUITO MUITO TURVA TURVA visão visão e os e(F os abusadores abusadores dede cocaína cocaína têm têm um um aumento aumento dada nitidez [5;59] = 2,377, p = 0,0499). nitidez nitidez (F(F = 2,377, = 2,377, p= p 0,0499). = 0,0499). [5;59] [5;59] D_BSS8 BSS BSS 8. 8. Observou-se Observou-se uma uma interação interação entre entre o fator o fator Abuso Abuso eo eo Tempo, de no sentido de que entre o 60º e o 120º minuto Tempo, de no sentido que entre o 60º e 120º o da 120º minuto Tempo, de no sentido dede que entre 60º eo minuto os voluntários saudáveis têm ouma queda nitidez de voluntários saudáveis têm uma queda nitidez osos voluntários saudáveis têm uma queda dada nitidez dede 270270 D_BSS8 D_BSS8 81 8181 81 82 82 Apreciação da Substância e Vontade de Repetir o Uso da Substância Apreciação da Substância e Vontade de Repetir o Uso da Substância As análises de perfis não mostraram interação entre os fatores Grupo, As análises de perfis não mostraram interação entre os fatores Grupo, Substância ee Tempo Tempo para paraasasvariáveis variáveisde deresposta resposta Apreciação Substância Apreciação da da SubstânciaeeVontade VontadededeRepetir Repetir o Uso Substância. Isoladamente, o fator Substância o Uso dada Substância. Isoladamente, o fator Tempo teve teve um um efeito efeitosobre sobreasasvariáveis variáveis resposta Apreciação Tempo de de resposta Apreciação da da 3,947,p p= =0,004) 0,004) e Vontade Repetir o Uso Substância (F(F[5,57] [5,57]= =3,947, e Vontade de de Repetir o Uso da da Substância Substância (F(F[5,57] 3,311,p p= =0,011) 0,011) e ambas variáveis de resposta Substância e ambas as as variáveis de resposta [5,57]= =3,311, = 4,946, = 0,030), valores foram impactadas impactadaspelo pelofator fatorGrupo Grupo (F[1,61] = 4,946, p =p0,030), comcom valores foram (F[1,61] maiores queque para Voluntários Saudáveis, maiores para para Abusadores AbusadoresdedeCocaína Cocaína para Voluntários Saudáveis, porém (Figuras 32 32 e 33 e Tabela 32).32). porémnão nãopelo pelofator fatorSubstância Substância (Figuras e 33 e Tabela Figura variável Apreciação da da Substância ao longo do tempo Figura32. 32.Progressão Progressãodada variável Apreciação Substância ao longo do tempo 40 40 35 APRECIAÇÃO SUBSTÂNCIA APRECIAÇÃO DADA SUBSTÂNCIA 35 30 30 25 25 20 20 15 15 10 10 5 5 0 00 0 30 30 60 60 90 90 120 150 120(min) TEMPO Voluntários normais - placebo Abusadores de cocaína - placebo Voluntários normais - placebo Abusadores de cocaína - placebo 150 180 180 210 240 210 270 240 TEMPOVoluntários (min) normais - midazolam Abusadores de cocaína - midazolam Voluntários normais - midazolam Abusadores de cocaína - midazolam 270 83 Figura 33. Progressão de Vontade de Repetir o uso da substância, ao longo do tempo, de acordo com os subgrupos. VONTADE DE REPETIR O USO DA SUBSTÂNCIA 35 30 25 20 15 10 5 0 0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 TEMPO (min) Voluntários normais - placebo Voluntários normais - midazolam Abusadores de cocaína- placebo Abusadores de cocaína - midazolam O fator Tempo teve um efeito sobre o DSST (F[5,57] = 6,26, p < 0,001) e encontrou-se, também, uma interação entre Substância e Tempo para as variações no desempenho (Figura 34; Tabela 32), mostrando que foi pior naqueles que receberam midazolam (F[5,57] = 3,09, p = 0,015). Para o tapping test, houve impacto apenas do fator Tempo (F[5,57] = 3,54, p=0.007): o gráfico sugere uma melhora do desempenho no teste, ao longo do tempo (Figura 35; Tabela 32). 84 Figura 34. Desempenho no Digit-Symbol Substitution Test (DSST) ao longo do tempo. 14 12 10 D_DSST 8 6 4 2 0 0 30 60 90 -2 120 150 180 210 240 270 TEMPO (min) Voluntários normais - placebo Voluntários normais - midazolam Abusadores de cocaína - placebo Abusadores de cocaína - midazolam Figura 35. Desempenho no Tapping Test, ao longo do tempo. 35 30 25 20 D_TAP 15 10 5 0 -5 -10 0 30 60 90 120 150 180 210 240 TEMPO (min) Voluntários normais - placebo Voluntários normais - midazolam Abusadores de cocaína - placebo Abusadores de cocaín - midazolm 270 85 Tabela 32 - Resultados das análises de perfis para Grupo (abusadores de cocaína x voluntários normais) e Substância (midazolam x placebo), ao longo do tempo, para Apreciação da Substância, Vontade de Repetir o uso da substância e dos desempenhos no tapping test e no DSST, ao longo do tempo, de acordo com os subgrupos. Testes multivariados Apreciação Vontade de Variações no da repetir o uso DSST a partir substância da do tempo substância basal Variações no Tapping test a partir do tempo basal Efeito G.L. F Tempo (5;57) 3,95 F p F p F p P 0,004 3,311 0,011 6,261 <0,001 3,540 0,007 Tempo*abuso (5;57) 1,29 de cocaína NS 1,433 NS 0,530 NS 0,708 NS Tempo* substância (5;57) 0,72 NS 1,068 NS 3,090 0,015 1,558 NS Tempo*abuso (5;57) 1,66 de cocaína*substância NS 0,944 NS 0,251 NS 0,473 NS Abuso de cocaína (1;61) 4,95 0,030 5,229 0,026 0,758 NS 0,098 NS Substância (1;61) 0,14 NS 0,061 NS 1,543 NS 1,569 NS Abuso de cocaína* substância (1;61) 0,001 NS 0,050 NS 1,249 NS <0,001 NS 3.5. Correlações entre variáveis de humor, Apreciação da Substância e Vontade de Repetir o Uso da Substância Estas análises foram feitas usando-se como referência o momento em que os voluntários apresentaram a maior variação na questão 1 do VAMS (MAIS ALERTA → MAIS SONOLENTO), que foi considerado o item que melhor representa a ação sedativa do midazolam. Como quatro voluntários mantiveram constante a pontuação no VAMS 1 ao longo dos tempos experimentais, para estas análises foram utilizados 61 voluntários (15 abusadores de cocaína que receberam placebo, 14 abusadores de cocaína que receberam midazolam, 16 voluntários saudáveis que receberam placebo 86 e 16 voluntários saudáveis que receberam midazolam). As variáveis demográficas dos subgrupos não apresentaram diferenças significativas entre si (Tabela 33). Tabela 33 - Características demográficas da amostra de 61 voluntários. Abusadores Abusadores Voluntários Voluntários de cocaína de cocaína saudáveis saudáveis + + + + placebo midazolam placebo midazolam (N=15) (N=14) (N=16) (N=16) Teste p Idade Média [SE] 29,7[8,0] 31,5[9,1] 26,7[5,9] 28,3[6,8] F[3,57] = 1,1 NS Etnia Brancos 10 (66,7%) 11 (78,6%) 12 (75%) 11 (68,8%) Χ2 = 0,688 NS Não-brancos 5 (33,3%) 3 (21,4%) 4 (25%) 5 (31,3%) 5 (35,7%) 9 (56,2%) 6 (37,5%) 2 Χ = 2,162 NS 9 (64,3%) 7 (43,8%) 10 (62,5%) Educação Fundamental ou Intermediária 11 (73,3%) Faculdade ou pós4 (26,7%) graduação Renda mensal (USD) Média [SE] 1429,40 [299,97] 2268,57 [709,77] 1624,00 [273,27] 1687,44 [371,97] F[3,57] = 0,660 NS Religião Católica 10 (66,7%) 6 (42,9%) 10 (62,5%) 7 (43,8%) Χ2 = 2,811 Não-católica 5 (33,3%) 8 (57,1%) 6 (37,5%) 9 (56,2%) NS As medidas basais das variáveis de humor IDATE também não apresentaram diferenças significativas entre os 4 subgrupos; o BDI apresentou-se diferente nos 4 subgrupos F[3,61] = 5,847, p = 0,001, sendo que os abusadores de cocaína apresentaram médias maiores que os voluntários saudáveis, como ocorreu na amostra completa de 65 voluntários (Tabela 34). 87 Tabela 34 - Medidas basais de sintomas depressivos e ansiosos da amostra de 61 voluntários. Abusado- Abusadores de res de cocaína cocaína + + Placebo Midazolam (N=15) (N=14) IDATETRAÇO Voluntários saudáveis + Placebo (N=16) Voluntários saudáveis + Midazolam (N=16) Teste p 37,8[2,3] 38,4[2,8] 34,4[1,9] 33,1[1,2] F[3,61] = 1,544 NS IDATE- 38,2[2,5] ESTADO 39,6[1,8] 35,2[1,5]] 34,5[1,6] F[3,61] = 1,659 NS BDI 7,6[1,2] 4,9[1,2] 3,1[0,9] F[3,61] = 5,847 0,001 9,4[1,5] Apreciação da Substância Em relação à variável de resposta Apreciação da Substância, observou-se um efeito do fator VAMS 16 (MAIS DEPRIMIDO → MAIS EUFÓRICO; t = 4,28; p < 0,001), com coeficiente de regressão positivo: maior euforia predizia uma maior apreciação da substância. O fator VAMS 12 (MAIS EXCITADO → MAIS RELAXADO; t = 2,66; p = 0,010) também teve um efeito sobre esta variável de resposta, com coeficiente de regressão positivo e R2 = 0,32, de modo que um maior relaxamento predizia escores maiores na variável de resposta Apreciação da Substância (Tabela 35). Foi observado um efeito de grupo, com Abusadores de Cocaína apresentando pontuações maiores que os Voluntários Saudáveis (t = 3,37; p = 0,001) 88 Tabela 35 - Efeitos dos fatores VAMS 12 (MAIS EXCITADO → MAIS RELAXADO) e VAMS 16 (MAIS DEPRIMIDO → MAIS EUFÓRICO) sobre a variável de resposta Apreciação da Substância. Variávela Média [EP] Teste t p Intercepto 7,540 [4,321] 1,74 0,086 Abusadores de cocaína x Voluntários saudáveis 20,814 [6,170] 3,37 0,001 VAMS 12 (MAIS EXCITADO → MAIS RELAXADO) 0,350 [0,1315] 2,66 0,010 VAMS 16 (MAIS DEPRIMIDO → MAIS EUFÓRICO) 1,032 [0,241] 4,28 < 0,001 a N = 61 R² = 0.32 Vontade de Repetir o Uso da Substância Em relação à variável de resposta Vontade de Repetir o Uso da Substância observou-se, também, um efeito do fator VAMS 16 (t = 3,65, p < 0,001), com coeficiente de regressão positivo e R2 = 0,24. Maior euforia predizia maior Vontade de Repetir o Uso da Substância (Tabela 36). Foi observado um efeito de grupo, com Abusadores de Cocaína apresentando pontuações maiores que os Voluntários Saudáveis ( Média = 14,809 [5,607]; p = 0,011). Tabela 36 - Efeito do fatores VAMS 16 (MAIS DEPRIMIDO → MAIS EUFÓRICO) sobre a variável de resposta Vontade de Repetir o Uso da Substância. Variável a Média [EP] Teste t p Intercepto 8,076 [4,004] 2,17 0,034 14,809 [5,607] 2,64 0,011 0,847 [0,232] 3,65 < 0,001 Abusadores de cocaína x Voluntários saudáveis VAMS 16 (MAIS DEPRIMIDO → MAIS EUFÓRICO) N = 61 R² = 0.24 89 Finalmente, o fator Apreciação da Substância teve um efeito sobre a variável de resposta Vontade de Repetir o Uso da Substância, com coeficiente de regressão positivo (F = 108,517; p < 0,001; R2 = 0,65): quanto maior a Apreciação da Substância, tanto maior a Vontade de Repetir o Uso da Substância (Figura 36; Tabela 37). Figura 36. Previsão da Vontade de Repetir o Uso da Substância a partir da Apreciação da Substância. 90 Vontade de repetir o uso da substância 80 70 60 50 40 30 20 10 0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 Apreciação da substância Tabela 37 - Efeito do fator Apreciação da Substância sobre a variável de resposta Vontade de Repetir o Uso da Substância. Fator Apreciação da Substância N = 63 Coeficiente de regressão R2 F p 0,75 0,65 108,517 < 0,001 90 4. DISCUSSÃO Num primeiro momento, foram testados dois fatores em relação ao potencial de abuso do midazolam: a história prévia de abuso de substância IN e a substância midazolam. A escolha dos voluntários recaiu sobre abusadores de cocaína IN, devido à sua familiaridade com os efeitos subjetivos de uma substância administrada por via intranasal. Usaram-se medidas subjetivas de potencial de abuso que são, segundo a literatura, altamente correlacionadas com testes comportamentais objetivos da capacidade reforçadora de substâncias de abuso (Carter; Griffiths, 2009). Em relação às medidas de Apreciação da Substância e Vontade de Repetir o Uso da Substância, não houve interações entre os fatores Tempo, Substância e Abuso, para estas variáveis de resposta. Elas foram impactadas pelo fator Tempo (o que era esperado pela variação das concentrações dos fármacos ao longo do tempo) e pelo fator Grupo (a apreciação e a vontade de repetir o uso foram maiores nos abusadores de cocaína intranasal), mas não pelo fator Substância. Isto significa que, neste experimento, a apreciação do efeito da substância e a vontade de repetir o uso da substância não dependeram de ter sido instilada, nos voluntários, a substância ativa ou o placebo, mas sim da história prévia de abuso de substância. Este achado está possivelmente relacionado a efeitos condicionados da via de administração (Weiss et al., 2000) e existem fortes evidências sobre a importância de estímulos interoceptivos nos mecanismos reforçadores do consumo de drogas (Wise; Kiyatkin, 2011). A implicação disso é que a própria via de administração intranasal poderia aumentar os riscos de abuso de uma substância administrada por esta via. Nesta linha de raciocínio, ficou clara a propriedade de se ter decidido pelo uso de um placebo ativo, neste estudo: a substância escolhida leva a sensações de ardor similares àquelas que ocorrem com o midazolam intranasal. Ao nosso saber, tal metodologia não havia sido usada anteriormente. 91 Entre as questões da VAMS, foram escolhidas a priori as de número 2 (MAIS ANSIOSO → MAIS CALMO), 5 (MAIS ALEGRE → MAIS TRISTE) e 19 (MAIS RETRAÍDO → MAIS SOCIÁVEL), acreditando-se que estes efeitos estivessem entre os de fácil detecção pelos abusadores de cocaína, tendo em vista os efeitos desta droga (Foltin; Haney, 2004). Das questões do BSS, foram escolhidas as de número 4 (MUITOS TREMORES → NENHUM TREMOR), 9 (MUITA PALPITAÇÃO OU TAQUICARDIA → NENHUMA PALPITAÇÃO OU TAQUICARDIA) e 10 (MUITA SONOLÊNCIA → MUITA EXCITAÇÃO). Considerou-se que estas avaliariam bem possíveis efeitos do midazolam sobre sintomas corporais de ansiedade. Tanto nestas questões do VAMS e do BSS quanto nas restantes, analisadas a posteriori, a título de exploração, não se observaram padrões consistentes de diferenças entre os subgrupos, ao longo do tempo. Este resultado negativo pode ter sido devido ao fato de que uma substância com potencial de abuso pode levar a efeitos distintos e mesmo antagônicos, ao longo do tempo da testagem (Mello, 1989). Por outro lado, a análise de regressão para as variáveis de abuso em função das variáveis de humor mostrou que, quando o sujeito estava num estado mais eufórico, a apreciação da substância e a vontade de repetir o seu uso eram maiores, o que está completamente de acordo com a literatura, que considera a sensação subjetiva de euforia a que mais frequentemente se correlaciona ao potencial de abuso (Carter; Griffiths, 2009; Griffiths et al., 2003; Jasinski; Henningfeld, 1989). Especificamente em relação à vontade de usar a substância, uma maior sensação de relaxamento psíquico também apresentou valor preditivo e, sabidamente, o consumo de drogas se associa, também, a expectativas de reforçamento negativo (Wiers, 2008) que, assim como o reforçamento positivo, estaria associado à liberação de dopamina (Flaten et al., 2011). A correlação da vontade de repetir o uso de uma substância com uma apreciação positiva de seu efeito pode parecer evidente e é sugerida pela 92 literatura, porém não houve nenhum estudo anterior que tentasse estabelecer uma correlação numérica entre estas variáveis1. As concentrações plasmáticas encontradas do midazolam e seus metabólitos foram da mesma ordem de grandeza de outros estudos com a mesma dose e via de administração (Haschke et al., 2009) o que sugere que, se houve alguma droga deglutida, sua proporção foi baixa e a absorção ocorreu basicamente através da mucosa nasal. Por sua vez, estas concentrações foram iguais em abusadores de cocaína e voluntários saudáveis, o que exclui que quaisquer diferenças encontradas nas variáveis de resultado tenham sido influenciadas por diferenças nas concentrações plasmáticas da substância pesquisada. A ausência de efeitos subjetivos evidentes da droga pode ter sido devida à baixa dose utilizada (para evitar uma sedação excessiva), apesar de que o menor aprendizado ao longo das testagens, no DSST, dos voluntários que receberam midazolam intranasal, mostra que a dose foi suficiente para exercer efeito no sistema nervoso central. Foram limitações deste estudo o pequeno tamanho da amostra e a amostra exclusivamente masculina, que impediu generalizações para o sexo feminino. O desenho simples-cego também pode ter sido limitante, apesar de que a autoavaliação das variáveis de resposta minimizou vieses dos avaliadores. Ainda se poderia argumentar que a autoavaliação pelos voluntários poderia ter sido enviesada pelas contingências experimentais e o conteúdo das instruções, que davam a entender que eles poderiam sentir efeitos subjetivos após a administração de uma substância por via intranasal. Esta informação pode, de fato, ter aumentado o efeito placebo. Por outro lado, omiti-la poderia ter prejudicado a auto-observação dos voluntários. Além disso, esta situação simulou, de certa forma, as contingências naturais: quando o indivíduo vai adquirir uma substância de abuso ou mesmo quando 1 Griffiths, comunicação pessoal (2011). 93 esta é oferecida a ele(a), existe uma expectativa em relação a sentir efeitos psíquicos. A compreensão dos testes também poderia ter diferenciado os dois grupos uma vez que, para obter-se voluntários saudáveis, colocaram-se cartazes no campus da USP. Entretanto o grupo de abusadores de cocaína não se mostrou diferente do grupo de voluntários saudáveis, em relação ao nível educacional. Finalmente, no grupo dos abusadores de cocaína houve mais sintomas depressivos, e dois voluntários tiveram diagnóstico de dependência de álcool; estes fatores poderiam ter influenciado as respostas, prejudicando as conclusões sobre diferenças nas medidas de potencial de abuso. Entretanto, a prevalência destas comorbidades é mais alta na população de abusadores de cocaína (Falck et al., 2002; Bierut et al., 2008) e a exclusão desses voluntários teria resultado numa amostra que não seria representativa da população considerada. Perspectivas para estudos futuros Doses IN mais elevadas podem apresentar outros efeitos em relação ao placebo ativo, não descobertos neste estudo de dose única. De fato, numa situação de uso recreativo, de rua, é improvável que os usuários se limitassem apenas a doses “terapêuticas” moderadas, como as usadas neste estudo. Um desenho alternativo seria um estudo cruzado, seguido de uma “múltipla escolha” (Foltin; Fischman, 1994), no qual os voluntários receberiam primeiro a substância ativa e, depois, o placebo ativo ou viceversa. Em seguida, seriam questionados sobre qual gostariam de repetir. Porém, as ações distintas do midazolam IN e do placebo ativo poderiam não ter sido verificados, dado a um potencial efeito de carry-over inerente a esse desenho. Estudos com diferentes populações, tais como abusadores de benzodiazepínicos e pacientes ansiosos, poderiam acrescentar mais dados 94 num eventual processo decisório sobre a produção de novas formulações de absorção mais rápida de benzodiazepínicos. Levantamentos epidemiológicos envolvendo dados reais sobre o abuso de midazolam também poderiam proporcionar informações complementares relevantes para a avaliação do potencial de abuso do midazolam (Balster; Bigelow, 2003). 95 5. CONCLUSÕES Corroborando estudos anteriores, este estudo mostrou que estados de humor como relaxamento e euforia subjetivos estão correlacionados com o potencial de abuso de uma substância. Mostrou-se também que, quando indivíduos referem ter apreciado o uso de uma substância, também manifestam mais vontade de repetir seu uso. A conclusão mais importante desta pesquisa, entretanto, é que o potencial de abuso de uma substância instilada pela via intranasal é possivelmente maior em usuários de cocaína aspirada que em voluntários saudáveis. Isto sugere que a via intranasal, por si só, aumenta a probabilidade de abuso, nesta comercialização, população. para Portanto, administração uma possível intranasal produção extra-hospitalar, e de substâncias com potencial de abuso deve levar em conta a especial sensibilidade da população de abusadores de substâncias que já utilizam esta via para a autoadministração de drogas. 96 6. ANEXOS 6.1. Anexo A - Critérios do DSM-IV para abuso e dependência de substância Abuso de substância A. Um padrão mal-adaptativo de uso de substância levando ao prejuízo ou sofrimento clinicamente significativo, manifestado por um (ou mais) dos seguintes aspectos, ocorrendo dentro de um período de 12 meses; • uso recorrente da substância, resultando em um fracasso em cumprir obrigações importantes relativas a seu papel no trabalho, na escola ou em casa; • uso recorrente da substância em situações nas quais isto representa perigo físico; • problemas legais recorrentes relacionados à substância; • uso continuado da substância, apesar de problemas sociais ou interpessoais persistentes ou recorrentes; B. Os sintomas jamais satisfizeram os critérios para Dependência de Substância. 97 97 Dependência de substância Padrão mal-adaptativo de uso de substância, levando ao prejuízo ou sofrimento clinicamente significativo, manifestado por três (ou mais) dos seguintes critérios, ocorrendo a qualquer momento no mesmo período de 12 meses: 1) tolerância, definida por qualquer um dos seguintes aspectos: a) uma necessidade de quantidades progressivamente maiores da substância para adquirir a intoxicação ou efeito desejado; b) acentuada redução do efeito com o uso continuado da mesma quantidade de substância; 2) abstinência, manifestada por qualquer dos seguintes aspectos: a) síndrome de abstinência característica para a substância; b) a mesma substância (ou uma substância estreitamente relacionada) é consumida para aliviar ou evitar sintomas de abstinência; 3) a substância é frequentemente consumida em maiores quantidades ou por um período mais longo do que o pretendido; 4) existe um desejo persistente ou esforços mal-sucedidos no sentido de reduzir ou controlar o uso da substância; 5) muito tempo é gasto em atividades necessárias para a obtenção da substância (por ex., consultas a múltiplos médicos ou fazer longas viagens de automóvel), na utilização da substância (por ex., fumar em grupo) ou na recuperação de seus efeitos; 6) importantes atividades sociais, ocupacionais ou recreativas são abandonadas ou reduzidas em virtude do uso da substância; 7) o uso da substância continua, apesar da consciência de ter um problema físico ou psicológico persistente ou recorrente que tende a ser causado ou exacerbado pela substância (por ex., uso atual de cocaína, embora o indivíduo reconheça que sua depressão é induzida por ela, ou consumo continuado de bebidas alcoólicas,embora o indivíduo reconheça que uma úlcera piorou pelo consumo do álcool); 98 6.2. Anexo B – Folha de anamnese FOLHAS DE REGISTRO PARA DADOS DEMOGRÁFICOS, ANAMNESE E EXAME FÍSICO AMBULATÓRIO DE ANSIEDADE DO INSTITUTO DE PSIQUIATRIA DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FOLHA DE IDENTIFICAÇÃO Data: 1.Nome.............................................................................................................. 2. Sobrenome ................................................................................................... 3. Idade ........... 4. Sexo feminino ( ) masculino ( ) 5. Endereço residencial ................................................................................... ........................................................................................................................... .... 6. Telefone residencial ........................... Telefone comercial ........................ 7. Endereço comercial ..................................................................................... 8. Raça ( 9. Religião ) branca católica ( ( ) negra ( ) protestante ( espírita ( ) culto afro-brasileiro ( 10. Ocupação nenhuma ( estudante ( ) 11. Estado civil divorciado ( ) ) ) outro ( ) outra ( ) ) ................ ) ) ................ não qualificada ( outra ( ) ).............................. ) separado ( ) ) ......................................................................... ) vive com a família ( ) ) instável / “bicos” ( ) ) ....................................... 13. Passado profissional outro ( ) casado/coabita ( 12. Condições de vida vive sozinho ( outra ( judia ( ) ) outra ( ) pentecostal ( qualificada ( aposentado(a) ( solteiro ( ) asiática ( estável ( )....................................................................................................... 99 14. Grau de instrução nenhum ( ) primeiro grau incompleto ( primeiro grau completo ( ) segundo grau incompleto ( segundo grau completo ( ) terceiro grau incompleto ( terceiro grau completo ( ) pós – graduação 15. Encaminhamento GREA ( USP ( ) Outros ( ) anúncio na FMUSP ) ) ) ( ) Anúncio na ) 16. Renda familiar aproximada em dólares ................................ ANAMNESE (só dados positivos) ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... I.S.D.A. (só dados positivos) ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... 100 E.F. (só dados positivos) ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... E.P. (só dados positivos) ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... ........................................................................................................................... 101 6.3. Anexo C. Termo de consentimento livre e esclarecido HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO-HCFMUSP TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO DA PESQUISA OU RESPONSÁVEL LEGAL 1. NOME: .:.................................................................................................. ........................................................... DOCUMENTO DE IDENTIDADE Nº : ........................................ SEXO : .M □ F □ DATA NASCIMENTO: ......../......../...... ENDEREÇO ................................................................... Nº ........................... APTO: .................. BAIRRO: ................................................................. CIDADE .................................................................. CEP:................................ TELEFONE: DDD (............) ................................ 2.RESPONSÁVEL LEGAL ........................................................................................................................... NATUREZA (grau de parentesco, tutor, curador etc.) .................................................................................. DOCUMENTO DE IDENTIDADE :....................................SEXO: M □ F DATA NASCIMENTO.: ....../......./...... ENDEREÇO: ............................................................................................. Nº ................... APTO: ............................. BAIRRO: ................................................................................ CIDADE: ...................................................................... CEP: .............................................. TELEFONE: DDD (............).................................................................................. □ 102 DADOS SOBRE A PESQUISA 1. TÍTULO DO PROTOCOLO DE PESQUISA Potencial do midazolam intranasal em abusadores de cocaína e voluntários saudáveis 2. PESQUISADOR : CARGO/FUNÇÃO: Ivan Mario Braun Aluno doutoramento INSCRIÇÃO CONSELHO REGIONAL Nº 57.449 UNIDADE DO HCFMUSP: Instituto de Psiquiatria 3. AVALIAÇÃO DO RISCO DA PESQUISA: RISCO MÍNIMO RISCO MÉDIO □ RISCO BAIXO □ RISCO MAIOR □ 4. DURAÇÃO DA PESQUISA : 7 meses HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO-HCFMUSP 1 – Desenho do estudo e objetivo(s): estas informações estão sendo fornecidas para sua participação voluntária neste estudo, que visa a determinar o potencial que a substância midazolam tem de estimular seu uso repetido e, portanto, de levar ao abuso ou dependência. 2 – Descrição dos procedimentos que serão realizados, com seus propósitos e identificação dos que forem experimentais e não rotineiros: a) Preenchimento dos questionários IDATE-traço/estado (verificação do nível de sintomas ansiosos no momento e ao longo da vida), Inventário de Beck para depressão (verificação do nível de sintomas depressivos), VAMS 103 (avaliação do humor), BSS (verificação de sintomas corporais de ansiedade). b) Execução dos testes DSST (substituição de dígitos por símbolos, de acordo com um código fornecido numa folha de papel, para verificação da atenção e velocidade de reação) e “tapping” (batidelas na tecla de espaços de um laptop, para verificar a velocidade de reação. c) Administração intranasal de gotas de midazolam ou placebo, através de micropipeta. d) Resposta à questão de se o voluntário gostou do efeito da substância administrada e à questão de se teria vontade de repetir o uso da substância em questão. 3 – Relação dos procedimentos rotineiros e como são realizados Coleta de sangue através de punção com agulha Jelco® de veia superficial do antebraço. A veia será mantida puncionada durante o procedimento, para evitar a repetição das picadas. 4 – Descrição dos desconfortos e riscos esperados nos procedimentos dos itens 2 e 3; O procedimento apresenta riscos mínimos: a) o midazolam é uma substância que pode causar dependência, porém não existem relatos de isto ocorrer com a administração de uma dose única, como no caso desta pesquisa. Além disso, a dose usada será 15 (quinze) vezes menor que a de um único comprimido comercializado nas farmácias. b) o midazolam, administrado pela via intranasal, pode causar um levíssimo ardor no nariz, que os voluntários relatam, mas que negam causar desconforto. 104 c) a punção venosa, como todo procedimento invasivo, apresenta risco de infecção; entretanto, serão tomadas todas as precauções de antissepsia para que isto não ocorra. 5 – Benefícios para o participante: Não há benefício direto para o participante; trata-se de estudo experimental testando a hipótese de que o midazolam administrado por via intranasal possa levar a abuso ou dependência. Os benefícios do estudo são para a sociedade, que poderá ter de exercer mais cautela na comercialização de uma medicação que poderá vir a ser produzida. O desconforto, os gastos com deslocamento e o tempo dispendido para a participação neste estudo serão simbolicamente compensados com uma quantia de R$ 120,00 (cento e vinte reais) por voluntário. 6 – Garantia de acesso: em qualquer etapa do estudo, você terá acesso aos profissionais responsáveis pela pesquisa para esclarecimento de eventuais dúvidas. O principal investigador é o Dr. Ivan Mario Braun, que pode ser encontrado no endereço, R. Ovídio Pires de Campos, 785, 3º. andar, sala do Ambulatório de Ansiedade, Telefone(s) (11) 3069-6988 e (11) 9261-4583. Se você tiver alguma consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa, entre em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) – Rua Ovídio Pires de Campos, 225 – 5º andar – tel: 3069-6442 ramais 16, 17, 18 ou 20 – email: [email protected] 7 – É garantida a liberdade da retirada de consentimento a qualquer momento e deixar de participar do estudo, sem qualquer prejuízo à continuidade de seu tratamento na Instituição; 8 – Direito de confidencialidade – As informações obtidas serão analisadas 105 em conjunto com outros pacientes, não sendo divulgado a identificação de nenhum paciente; 9 – Direito de ser mantido atualizado sobre os resultados parciais das pesquisas, quando em estudos abertos, ou de resultados que sejam do conhecimento dos pesquisadores; 10 – Despesas e compensações: não há despesas pessoais para o participante em qualquer fase do estudo, incluindo exames e consultas. Também não há compensação financeira relacionada à sua participação. Se existir qualquer despesa adicional, ela será absorvida pelo orçamento da pesquisa. 11 - Compromisso do pesquisador de utilizar os dados e o material coletado somente para esta pesquisa. HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO-HCFMUSP Acredito ter sido suficientemente informado a respeito das informações que li ou que foram lidas para mim, descrevendo o estudo ”Potencial de abuso do midazolam intranasal em usuários de cocaína e voluntários saudáveis”. Eu discuti com o Dr. Ivan Mario Braun minha decisão em participar nesse estudo. Ficaram claros para mim quais são os propósitos do estudo, os procedimentos a serem realizados, seus desconfortos e riscos, as garantias de confidencialidade e de esclarecimentos permanentes. Ficou claro também que minha participação é isenta de despesas e que tenho garantia do acesso a tratamento hospitalar quando necessário. Concordo voluntariamente em participar deste estudo e poderei retirar o meu 106 consentimento a qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem penalidades ou prejuízo ou perda de qualquer benefício que eu possa ter adquirido, ou no meu atendimento neste Serviço. ------------------------------------------------Assinatura do paciente/representante legal (para casos de pacientes menores de 18 anos, analfabetos, semi-analfabetos ou portadores de Data / / / / deficiência auditiva ou visual). ------------------------------------------------------------------------Assinatura da testemunha Data (Somente para o responsável do projeto) Declaro que obtive de forma apropriada e voluntária o Consentimento Livre e Esclarecido deste paciente ou representante legal para a participação neste estudo. ------------------------------------------------------------------------Assinatura estudo do responsável pelo Data / / 107 6.4. Anexo D. IDATE QUESTIONÁRIO DE AUTO-AVALIAÇÃO IDATE PARTES I E II Nome ..................................................................................... No ...................... Idade ......... a .......... Data do nascimento ........./........./........ Data da prova ....../ ...../...... Naturalidade .................... Estado Civil ........... Sexo .......... Pontos ................................ Nível de instrução ................................................................. Examinador ........................ Profissão ............................................................................... Ocupação atual ..................................................................... INSTRUÇÕES Nas páginas seguintes, há dois questionários para você responder. Trata-se de algumas afirmações que têm sido usadas para descrever sentimentos pessoais. Não há respostas certas ou erradas. Leia com toda a atenção cada uma das perguntas da Parte I e assinale, com um círculo, um dos números (1, 2, 3 ou 4) à direita de cada pergunta, com a Instrução do alto da página. Quando terminar, passe para a Parte II e proceda do mesmo modo, depois de ler o seu cabeçalho. NÃO VIRE A PÁGINA ANTES DE RECEBER ORDEM TRABALHE RÁPIDO, PORÉM SEM PRECIPITAÇÃO 108 Leia cada pergunta e faça um círculo ao redor do número à direita da afirmação que melhor indicar como você se sente agora, neste momento. Não gaste muito tempo numa única afirmação, mas tente dar uma resposta que mais se aproxime de como você se sente neste momento. _________________________________________________________________________ AVALIAÇÃO MUITÍSSIMO ............. 4 UM POUCO ...................... 2 BASTANTE ................ 3 ABSOLUTAMENTE NÃO ...1 _________________________________________________________________________________ 1. Sinto-me calmo(a) ................................................................ 1 2 3 4 2. Sinto-me seguro(a) ............................................................... 1 2 3 4 3. Estou tenso(a) ....................................................................... 1 2 3 4 4. Estou arrependido(a) ............................................................. 1 2 3 4 5. Sinto-me à vontade ............................................................. 1 2 3 4 6. Sinto-me perturbado(a) ......................................................... 1 2 3 4 7. Estou preocupado(a) com possíveis infortúnios ................... 1 2 3 4 8. Sinto-me descansado(a) ....................................................... 1 2 3 4 9. Sinto-me ansioso(a) .............................................................. 1 2 3 4 10. Sinto-me “em casa” ............................................................... 1 2 3 4 11. Sinto-me confiante................................................................. 1 2 3 4 12. Sinto-me nervoso(a) .............................................................. 1 2 3 4 13. Estou agitado(a) .................................................................... 1 2 3 4 14. Sinto-me uma pilha de nervos .............................................. 1 2 3 4 15. Estou descontraído(a) ......................................................... 1 2 3 4 16. Sinto-me satisfeito(a) .......................................................... 1 2 3 4 17. Estou preocupado(a) ............................................................. 1 2 3 4 18. Sinto-me superexcitado(a) e confuso(a) ............................... 1 2 3 4 19. Sinto-me alegre ..................................................................... 1 2 3 4 20. Sinto-me bem ........................................................................ 1 2 3 4 109 Leia cada pergunta e faça um círculo ao redor do número à direita da afirmação que melhor indicar como você se sente agora, neste momento. Não gaste muito tempo numa única afirmação, mas tente dar uma resposta que mais se aproxime de como você se sente neste momento. _________________________________________________________________________ AVALIAÇÃO QUASE SEMPRE ........ ........... 4 ÀS VEZES ............... 2 FREQUENTEMENTE ............... 3 QUASE NUNCA .........1 _________________________________________________________________________ 1. Sinto-me bem ..................................................................................... 1 2 3 4 2. Canso-me facilmente ......................................................................... 1 2 3 4 3. Tenho vontade de chorar ................................................................... 1 2 3 4 4. Estou arrependido (a) ......................................................................... 1 2 3 4 5. Gostaria de poder ser tão feliz quanto os outros parecem ser ......... 1 2 3 4 6. Sinto-me descansado(a) ................................................................... 1 2 3 4 7. Sou calmo(a), ponderado(a) e senhor(a) de memim mesmo(a) ....... 1 2 3 4 8. Sinto que as dificuldades estão se acumlando de tal forma que não as consigo resolver .............................................................. 1 2 3 4 9. Preocupo-me demais com as coisas sem importância ..................... 1 2 3 4 10. Sou feliz .............................................................................................. 1 2 3 4 11. Deixo me afetar muito pelas coisas ................................................... 1 2 3 4 12. Não tenho muita confiança em mim mesmo(a) ................................. 1 2 3 4 13. Sinto-me seguro (a) ............................................................................ 1 2 3 4 14. Evito ter que enfrentar crises ou problemas ...................................... 1 2 3 4 15. Sinto-me deprimido(a) ........................................................................ 1 2 3 4 16. Estou satisfeito(a) .............................................................................. 1 2 3 4 17. Às vezes, ideias sem importância me entram na cabeça e ficam-me preocupando ....................................................................... 1 2 3 4 18. Levo os desapontamentos to a sério que não consigo tirá-los da cabeça ................................................... 1 2 3 4 19. Sou uma pessoa estável .................................................................... 1 2 3 4 20. Fico tenso(a) e perturbado(a) quando penso em meus problemas do momento .............................. 1 2 3 4 110 6.5 Anexo E. Inventário para depressão de Beck ESCALA DE DEPRESSÃO DE BECK (BDI) Neste questionário existem grupos de afirmativas. Leia com atenção cada uma delas e selecione a afirmativa que melhor descreve como você se sentiu na SEMANA QUE PASSOU, INCLUINDO O DIA DE HOJE. Marque um X no quadrado ao lado da afirmativa que você selecionou. Certifique-se de ter lido todas as afirmativas antes de fazer sua escolha. □ 0 = não me sinto triste □ 1 = sinto-me triste □ 2 = sinto-me triste o tempo todo e não consigo sair disto □ 3 = estou tão triste e infeliz que não posso agüentar □ 0 = não estou particularmente desencorajado(a) frente ao futuro □ 1 = sinto-me desencorajado(a) frente ao futuro □ 2 = sinto que não tenho nada por que esperar □ 3 = sinto que o futuro é sem esperança e que as coisas não vão melhorar □ 0 = não me sinto fracassado(a) □ 1 = sinto que falhei mais do que um indivíduo médio □ 2 = quando olho para trás em minha vida, só vejo uma porção de fracassos □ 3 = sinto que sou um fracasso completo como pessoa □ 0 = obtenho tanta satisfação com as coisas como costumava fazer □ 1 = não gosto das coisas da maneira como costumava gostar □ 2 = não consigo mais sentir satisfação real com coisa alguma □ 3 = estou insatisfeito(a) ou entediado(a) com tudo 111 111 □ 0 = não me sinto particularmente culpado(a) □ 1 = sinto-me culpado(a) boa parte do tempo □ 2 = sinto-me muito culpado(a) a maior parte do tempo □ 3 = sinto-me culpado(a) o tempo todo □ 0 = não sinto que esteja sendo punido(a) □ 1 = sinto que posso ser punido(a) □ 2 = espero ser punido(a) □ 3 = sinto que estou sendo punido(a) □ 0 = não me sinto desapontado(a) comigo mesmo(a) □ 1 = sinto-me desapontado(a) comigo mesmo(a) □ 2 = sinto-me aborrecido(a) comigo mesmo(a) □ 3 = eu me odeio □ 0 = não sinto que seja pior que qualquer pessoa □ 1 = critico minhas fraquezas ou erros □ 2 = responsabilizo-me o tempo todo por minhas falhas □ 3 = culpo-me por todas as coisas ruins que acontecem □ 0 = não tenho nenhum pensamento a respeito de me matar □ 1 = tenho pensamentos a respeito de me matar mas não os levaria adiante □ 2 = gostaria de me matar □ 3 = eu me mataria se tivesse uma oportunidade □ 0 = não costumo chorar mais do que o habitual □ 1 = choro mais agora do que costumava chorar antes □ 2 = atualmente choro o tempo todo □ 3 = eu costumava chorar, mas agora não consigo, mesmo que queira 112 □ 0 = não me irrito mais agora do que em qualquer outra época □ 1 = fico incomodado(a) ou irritado(a) mais facilmente do que costumava □ 2 = atualmente sinto-me irritado(a) o tempo todo □ 3 = absolutamente não me irrito com as coisas que costumam irritar-me □ 0 = não perdi o interesse nas outras pessoas □ 1 = interesso-me menos do que costumava pelas outras pessoas □ 2 = perdi a maior parte do meu interesse pelas outras pessoas □ 3 = perdi todo o meu interesse nas outras pessoas □ 0 = tomo as decisões quase tão bem como em qualquer outra época □ 1 = adio minhas decisões mais do que costumava □ 2 = tenho maior dificuldade em tomar decisões do que antes □ 3 = não consigo mais tomar decisões □ 0 = não sinto que minha aparência seja pior do que costumava ser □ 1 = preocupo-me por estar parecendo velho(a) ou sem atrativos □ 2 = sinto que há mudanças em minha aparência que me fazem parecer sem atrativos □ 3 = considero-me feio(a) □ 0 = posso trabalhar mais ou menos tão bem quanto antes □ 1 = preciso de um esforço extra para começar qualquer coisa □ 2 = tenho que me esforçar muito até fazer qualquer coisa □ 3 = não consigo fazer trabalho nenhum □ 0 = durmo tão bem quanto de hábito □ 1 = não durmo tão bem quanto costumava □ 2 = acordo 1 ou 2 horas mais cedo do que de hábito e tenho dificuldade de voltar a dormir □ 3 = acordo várias horas mais cedo do que costumava e tenho dificuldade de voltar a dormir 113 □ 0 = não fico mais cansado(a) do que de hábito □ 1 = fico cansado(a) com mais facilidade do que costumava □ 2 = sinto-me cansado(a) ao fazer qualquer coisa □ 3 = estou cansado(a) demais para fazer qualquer coisa □ 0 = o meu apetite não está pior do que de hábito □ 1 = meu apetite não é tão bom como costumava ser □ 2 = meu apetite está muito pior agora □ 3 = não tenho mais nenhum apetite □ 0 = não perdi muito peso se é que perdi algum ultimamente □ 1 = perdi mais de 2,5 kg # estou por vontade própria □ 2 = perdi mais de 5,0 kg tentando perder peso, □ 3 = perdi mais de 7,0 kg comendo menos: □ sim □ não □ 0 = não me preocupo mais do que de hábito com minha saúde □ 1 = preocupo-me com problemas físicos como dores e aflições, ou perturbações no estômago, ou prisões de ventre □ 2 = estou preocupado(a) com problemas físicos e é difícil pensar em muito mais do que isso □ 3 = estou tão preocupado(a) em ter problemas físicos que não consigo pensar em outra coisa □ 0 = não tenho observado qualquer mudança recente em meu interesse sexual □ 1 = estou menos interessado(a) por sexo do que acostumava □ 2 = estou bem menos interessado(a) por sexo atualmente □ 3 = perdi completamente o interesse por sexo 114 6.6 Anexo F. Digit-Symbol Substitution Test (DSST) 115 6.7 Anexo G – Visual Analogue Mood Scale Nome ................................................................... N o. .......... Data................. ESCALA DE AVALIAÇÃO DO HUMOR (VAMS) 1. Avalie como você se sente em relação aos itens abaixo. Cada pergunta é respondida colocando um traço vertical na linha de resposta. 2. Considere o centro da linha como o seu normal. 3. Se você não percebe nenhuma mudança em relação ao seu normal, coloque o traço no meio da linha. 4. Se você percebeu alguma mudança, a posição da sua marca (distância do centro) indicará a natureza e a extensão da mudança. Grandes mudanças deverão ser assinaladas mais distantes do centro e pequenas mudanças próximas ao centro, na direção da alteração. 6. RESPONDA COMO VOCÊ SE SENTE, EM RELAÇÃO AO SEU MAIS ALERTA _________________________________ MAIS SONOLENTO MAIS ANSIOSO _________________________________ MAIS CALMO MENTE MAIS CLARA _________________________________ MAIS CONFUSO MAIS DESAJEITADO _________________________________ MAIS COORDENADO MAIS ALEGRE _________________________________ MAIS TRISTE MAIS TRANQÜILO _________________________________ MAIS AGITADO 116 CONCENTRAÇÃO MAIS FÁCIL _________________________________ CONCENTRAÇÃO MAIS DIFÍCIL MAIS SATISFEITO _________________________________ MAIS INSATISFEITO MAIS PREOCUPADO _________________________________ MAIS INDIFERENTE MAIS IRRITADO _________________________________ MAIS TOLERANTE MENTE MAIS LENTA _________________________________ MENTE MAIS ACELERADA MAIS EXCITADO _________________________________ MAIS RELAXADO MAIS FALANTE _________________________________ MAIS CALADO MAIS DISTRAÍDO _________________________________ MAIS ATENTO MAIS BEM DISPOSTO _________________________________ MAIS INDISPOSTO MAIS DEPRIMIDO _________________________________ MAIS EUFÓRICO MAIS AMISTOSO _________________________________ MAIS HOSTIL MAIS APÁTICO _________________________________ MAIS MOTIVADO MAIS RETRAÍDO _________________________________ MAIS SOCIÁVEL 117 6.8. Anexo H. Bodily Symptoms Scale (BSS) ESCALA DE AVALIAÇÃO DE SINTOMAS CORPORAIS (BSS) 1. Avalie como você se sente em relação aos itens abaixo. Cada pergunta é respondida colocando-se um traço vertical na linha de resposta. 2. Considere a linha como representando a gama completa de cada dimensão (isto é, todas as possibilidades de como você se sente podem ser assinaladas em algum ponto da linha). 3. Coloque o traço vertical na posição que melhor se ajusta ao que você sente. 4. Considere os extremos da linha como sensação máxima. 5. ATENÇÃO: em algumas escalas, o centro representa a ausência de sintomas enquanto que, em outras, a ausência de sintomas corresponde a uma das extremidades. As posições intermediárias representam graduações no sentido de um dos extremos. 6. RESPONDA COMO VOCÊ SE SENTE NO MOMENTO, EM RELAÇÃO A CADA ITEM. MUITO CANSAÇO FÍSICO _________________________________ NENHUM CANSAÇO FÍSICO MUITA DOR DE CABEÇA _________________________________ AUSÊNCIA DE DOR DE CABEÇA MUITA TON_________________________________ NENHUMA TURA OU VERTONTURA TIGEM OU VERTIGEM MUITOS TREMORES _________________________________ NENHUM TREMOR MUITAS NÁU- _________________________________ AUSÊNCIA SEAS OU DE NÁUSESAS MAL-ESTAR OU MAL-ESTAR NO ESTÔMAGO NO ESTÔMAGO 118 MUITA SALIVAÇÃO _________________________________ BOCA MUITO SECA SUOR MUITO INTENSO _________________________________ SEM SUOR VISÃO MUITO TURVA _________________________________ VISÃO MUITO NÍTIDA MUITA PAL_________________________________ NENHUMA PITACÃO OU PALPITAÇÃO TAQUICARDIA OU TAQUICARDIA MUITA SONOLÊNCIA _________________________________ MUITA EXCITAÇÃO 119 6.9. Anexo I. Escala de Apreciação da Substância Nome: Sujeito n o: Data: Horário: 1. Por favor, avalie como você se sente AGORA, na linha abaixo. 2. Por exemplo, se você achar que não gostou nada do efeito da substância administrada, marque a extremidade da linha voltada para a palavra NADA. Se achar que gostou muito, marque a extremidade da linha voltada para a palavra MUITO. Se a sua apreciação da substância não corresponder aos extremos, faça uma marca entre eles: quanto menos tiver gostado do efeito, mais perto sua marca ficará do NADA; quanto mais você tiver gostado do efeito, tanto mais perto sua marca ficará do MUITO. 3. Você deverá marcar em algum ponto da linha como você se sente. 4. Faça um traço perpendicular bem visível. QUANTO VOCÊ GOSTOU DA SUBSTÂNCIA? NADA ___________________________________________ MUITO 120 6.10. Anexo J. Escala de Vontade de Repetir o Uso da Substância Nome: Sujeito n o: Data: Horário: 1. Por favor, avalie o que você sente AGORA, na linha abaixo. 2. Por exemplo, se você achar que não tem nenhuma vontade de usar novamente a substância administrada, marque a extremidade da linha voltada para a palavra NENHUMA. Se achar que sente muita vontade de usar a substância novamente, marque a extremidade da linha voltada para a palavra MUITA. Se a sua vontade de usar novamente a substância não corresponder aos extremos, faça uma marca entre eles: quanto menos vontade de usá-la novamente, mais perto sua marca ficará do NENHUMA; quanto mais você tiver gostado do efeito, tanto mais perto sua marca ficará do MUITA. 3. Você deverá marcar em algum ponto da linha como você se sente. 4. Faça um traço perpendicular bem visível. QUANTO VOCÊ GOSTOU DA SUBSTÂNCIA? NADA ___________________________________________ MUITO 121 7. Referências bibliográficas Abanades S, Farré M, Barral D, Torrens M, Closas N, Langohr K, Pastor A, de La Torre R. Relative abuse liability of gamma-hydroxybutyric acid, flunitrazepam, and ethanol in club drug users. J Clin Psychopharmacol. 2007; 27(6):625-38. Akaike H. A new look at the statistical model identification. IEEE Trans Automat Contr. 1974; 19:716-23. Allonen H, Ziegler G, Klotz U. Midazolam kinetics. Clin Pharmacol Ther. 1981; 30(5):653-61. American Psychiatric Association. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais - DSM-IV-TR. Tradução e Adaptação para o português de Miguel R Jorge. 4a ed. Porto Alegre: Artes Médicas; 2002. p.176-82. Associação Médica Brasileira. Declaração de Helsinki - 2008. Princípios éticos para pesquisa médica envolvendo seres humanos. JAMB. 2008; 49(1357):31-4. Ator NA. Relation between discriminative and reinforcing effects of midazolam, pentobarbital, chlordiazepoxide, zolpidem, and imidazenil in baboons. Psychopharmacology (Berl). 2002; 163(3-4):477-87. Balster RL, Bigelow GE. Guidelines and methodological reviews concerning drug abuse liability assessment. Drug Alcohol Depend. 2003; 70(3 Suppl):S13-40. Barnas C, Rossmann M, Roessler H, Riemer Y, Fleischhacker WW. Benzodiazepines and other psychotropic drugs abused by patients in a methadone maintenance program: familiarity and preference. J Clin Psychopharmacol. 1992;12(6):397-402. 122 Basu S, Bandyopadhyay AK. Development and characterization of mucoadhesive in situ nasal gel of midazolam prepared with Ficus carica mucilage. AAPS PharmSciTech. 2010; 11(3):1223-31. Bechelli LP, Navas F, Pierangelo SA. Comparison of the reinforcing properties of zopiclone and triazolam in former alcoholics. Pharmacology. 1983;27(Suppl 2):235-41. Beck AT, Rush AJ, Shaw BF, Emery G. Terapia cognitiva da depressão. São Paulo: Zahar; 1982. Beck AT, Ward CH, Mendelson M, Mock J, Erbaugh J. An inventory for measuring depression. Arch Gen Psychiatry. 1961; 4:561-71. Bernik MA, Gorenstein C, Tavares SM, Gentil Filho V. Tolerancia e dependencia a benzodiazepinicos: a respeito de um caso. AMB Rev Assoc Med Bras. 1989;35(5):207-10. Biaggio AMB, Natalício L. Manual para o Inventário de Ansiedade TraçoEstado (IDATE). Rio de Janeiro: Centro Editor de Psicologia Aplicada; 1979. Bierut LJ, Strickland JR, Thompson JR, Afful SE, Cottler LB. Drug use and dependence in cocaine dependent subjects, community-based individuals, and their siblings. Drug Alcohol Depend. 2008;95(1-2):14-22. Bigelow GE, Griffiths RR, Liebson IA. Effects of response requirement upon human sedative self-administration and drug-seeking behavior. Pharmacol Biochem Behav. 1976; 5(6):681-5. Blencowe T, Raaska K, Lillsunde P. Benzodiazepines and sedative-hypnotics in blood of drivers under the influence and their association with other common illegal drug use and national sales figures. Ther Drug Monit. 2011; 33(1):64-71. 123 BlueLight.com Some basic questions on codeine, methadone, Dormicum (midazolam 15mg) and weed. [Internet]. 2006. [acesso 10 jun 2011]. Disponível em: <http://www.bluelight.ru/vb/archive/index.php/t-258440.html>. Boissl K, Dreyfus JF, Delmotte M. Studies on the dependence-inducing potential of zopiclone and triazolam. Pharmacology. 1983;27(Suppl 2):242-7. Bond A, Lader M. The use of analogue scales in rating subjective feelings. Br J Med Psychol. 1974; 47(3):211-8. Bond A, Seijas D, Dawling S, Lader M. Systemic absorption and abuse liability of snorted flunitrazepam. Addiction. 1994; 89(7):821-30. Brasil. Presidência da República. Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas. I Levantamento Nacional sobre o Uso de Álcool, Tabaco e Outras Drogas entre Universitários das 27 Capitais Brasileiras / Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas; SENAD, 2010. 284 p. Braun IM, Tavares H, de Nucci G, Bernik M. Abuse liability of intra-nasal midazolam in inhaled-cocaine abusers. Eur Neuropsychopharmacol. 2008; 18(10):723-8. Busto U, Kaplan HL, Zawertailo L, Sellers EM. Pharmacologic effects and abuse liability of bretazenil, diazepam, and alprazolam in humans. Clin Pharmacol Ther. 1994; 55(4):451-63. Busto U, Sellers EM, Naranjo CA, Cappell HD, Sanchez-Craig M, Simpkins J. Patterns of benzodiazepine abuse and dependence. Br J Addict. 1986a; 81(1):87-94. Busto U, Sellers EM, Naranjo CA, Cappell H, Sanchez-Craig M, Sykora K. Withdrawal reaction after long-term therapeutic use of benzodiazepines. N Engl J Med. 1986b;315(14):854-9. 124 Busto U, Simpkins J, Sellers EM, Sisson B, Segal R. Objective determination of benzodiazepine use and abuse in alcoholics. Br J Addict. 1983; 78(4):42935. Busto UE, Kaplan HL, Wright CE, Gomez-Mancilla B, Zawertailo L, Greenblatt DJ, Sellers EM. A comparative pharmacokinetic and dynamic evaluation of alprazolam sustained-release, bromazepam, and lorazepam. J Clin Psychopharmacol. 2000; 20(6):628-35. Carter LP, Griffiths RR. Principles of laboratory assessment of drug abuse liability and implications for clinical development. Drug Alcohol Depend. 2009; 105(Suppl 1):S14-25. Carter LP, Richards BD, Mintzer MZ, Griffiths RR. Relative abuse liability of GHB in humans: A comparison of psychomotor, subjective, and cognitive effects of supratherapeutic doses of triazolam, pentobarbital, and GHB. Neuropsychopharmacology. 2006; 31(11):2537-51. Chabrol H, Bonnet D. Usage toxicomaniaque du midazolam (Hypnovel®). Encephale. 1996;22:392. Chiaretti A, Barone G, Rigante D, Ruggiero A, Pierri F, Barbi E, Barone G, Riccardi R. Intranasal lidocaine and midazolam for procedural sedation in children. Arch Dis Child. 2011; 96(2):160-3. Ciraulo DA, Barnhill JG, Ciraulo AM, Sarid-Segal O, Knapp C, Greenblatt DJ, Shader RI. Alterations in pharmacodynamics of anxiolytics in abstinent alcoholic men: subjective responses, abuse liability, and electroencephalographic effects of alprazolam, diazepam, and buspirone. J Clin Pharmacol. 1997; 37(1):64-73. Ciraulo DA, Barnhill JG, Greenblatt DJ, Shader RI, Ciraulo AM, Tarmey MF, Molloy MA, Foti ME. Abuse liability and clinical pharmacokinetics of alprazolam in alcoholic men. J Clin Psychiatry. 1988; 49(9):333-7. 125 Comer SD, Ashworth JB, Foltin RW, Johanson CE, Zacny JP, Walsh SL. The role of human drug self-administration procedures in the development of medications. Drug Alcohol Depend. 2008; 96(1-2):1-15. Comer SD, Sullivan MA, Vosburg SK, Kowalczyk WJ, Houser J. Abuse liability of oxycodone as a function of pain and drug use history. Drug Alcohol Depend. 2010; 109(1-3):130-8. Cooper ZD, Sullivan MA, Vosburg SK, Manubay JM, Haney M, Foltin RW, Evans SM, Kowalczyk WJ, Saccone PA, Comer SD. . Effects of repeated oxycodone administration on its analgesic and subjective effects in normal, healthy volunteers. Behav Pharmacol 2012; 23:271-9. de Santos P, Chabás E, Valero R, Nalda MAComparacion de la premedicacion con midazolam por via intramuscular o intranasal en ninos. Rev Esp Anestesiol Reanim. 1991;38(1):12-5. de Wit H. Diazepam preference in males with and without an alcoholic firstdegree relative. Alcohol Clin Exp Res. 1991; 15(4):593-600. de Wit H, Griffiths RR. Testing the abuse liability of anxiolytic and hypnotic drugs in humans. Drug Alcohol Depend. 1991; 28(1):83-111. de Wit H, Pierri J, Johanson CE. Reinforcing and subjective effects of diazepam in nondrug-abusing volunteers. Pharmacol Biochem Behav. 1989; 33(1):205-13. de Wit H, Uhlenhuth EH, Johanson CE. Individual differences in the reinforcing and subjective effects of amphetamine and diazepam. Drug Alcohol Depend. 1986a; 16(4):341-60. de Wit H, Uhlenhuth EH, Hedeker D, McCracken SG, Johanson CE. Lack of preference for diazepam in anxious volunteers. Arch Gen Psychiatry. 1986b; 43(6):533-41. 126 de Wit H, Uhlenhuth EH, Johanson CE. Lack of preference for flurazepam in normal volunteers. Pharmacol Biochem Behav. 1984; 21(6):865-9. Drugs-Forum.com [Internet]. c2008. [acesso 10 jun 2011]. Disponível em: <http://www.drugs-forum.com/forum/showthread.php?t=52012>. Epstein DH, Preston KL, Jasinski DR. Abuse liability, behavioral pharmacology, and physical-dependence potential of opioids in humans and laboratory animals: lessons from tramadol. Biol Psychol. 2006; 73(1):90-9. Evans SM, Funderburk FR, Griffiths RR. Zolpidem and triazolam in humans: behavioral and subjective effects and abuse liability. J Pharmacol Exp Ther. 1990;255(3):1246-55. Falck RS, Wang J, Carlson RG, Eddy M, Siegal HA. The prevalence and correlates of depressive symptomatology among a community sample of crack-cocaine smokers. J Psychoactive Drugs. 2002;34(3):281-8. Falk JL, Tang M. Midazolam oral self-administration. Drug Alcohol Depend. 1985; 15(1-2):151-63. Falk JL, Tang M. Schedule induction of drug intake: differential responsiveness to agents with abuse potential. J Pharmacol Exp Ther. 1989; 249(1):143-8. Farré M, Terán MT, Roset PN, Mas M, Torrens M, Camí J. Abuse liability of flunitrazepam among methadone-maintained patients. Psychopharmacology (Berl). 1998; 140(4):486-95. First MB, Spitzer RL, Gibbon M, Williams JBW. Entrevista clínica estruturada para transtornos do eixo I do DSM-IV. Versão Clínica. SCID – I. Tradução e Adaptação para o português de Cristina Marta Del Bem, Antônio Waldo Zuardi, José Antônio Alves Vilela, José Alexandre de Souza Crippa. [internet]. Ribeirão Preto, SP: FMRPUSP. [acesso 30 jan 2012]. Dispoível em: <https://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:r- BBGpibCBYJ:files.getaufc.webnode.com.br/200000214- 127 2b2742c211/entrevistaSCID.pdf+Entrevista+Cl%C3%ADnica+Estruturada+p ara+Transtornos+do+Eixo+I+do+DSMIV,+Vers%C3%A3o+Cl%C3%ADnica&hl=ptBR&gl=br&pid=bl&srcid=ADGEESiltmZNufpHM1mamA661NXwT6LDi9_FOmHTWqA9MWkLYGEN6ugcXvAiO8IMKIwDWfX1KlEPKo4OwHRrHA38tIlT4nR50R5muyS3ybCc8Jd40cmVfvFWu31EIoXRK9xB 5SJIZP&sig=AHIEtbRJW9xY7WgOg-5es0EHnweZx5NHVQ>. First MB, Spitzer RL, Gibbon MSW, Williams JB. Structured clinical interview for DSM-IV axis I Disorders (SCID-I): users guide. Washington, DC: American Psychiatric Press; 1997. Fischman MW, Foltin RW. Utility of subjective-effects measurements in assessing abuse liability of drugs in humans. Br J Addict. 1991; 86(12):156370. Fischman MV, Mello NK, editors. Testing for abuse liability of drugs in humans. Proceedings of a conference. November 5-6, 1988, Princeton, NJ. NIDA Res Monogr. 1989;92:99-100. Flaten MA, Aslaksen PM, Lyby PS, Bjørkedal E. The relation of emotions to placebo responses. Philos Trans R Soc Lond B Biol Sci. 2011; 366(1572):1818-27. Foltin RW, Fischman MW. Cocaine self-administration research: treatment implications. NIDA Res Monogr. 1994;145:139-62. Foltin RW, Haney M. Intranasal cocaine in humans: acute tolerance, cardiovascular and subjective effects. Pharmacol Biochem Behav. 2004; 78(1):93-101. Fraser HF, van Horn GD, Martin WR, Wolbach AB, Isbell H. Methods for evaluating addiction liability. (A) "Attitude" of opiate addicts toward opiate-like drugs. (B) a short-term "direct" addiction test. J Pharmacol Exp Ther. 1961; 133:371-87. 128 Frith CD. The effects of nicotine on tapping: II. Life Sci. 1967; 6(3):321-6. Funderburk FR, Griffiths RR, McLeod DR, Bigelow GE, Mackenzie A, Liebson IA, Nemeth-Coslett R. Relative abuse liability of lorazepam and diazepam: an evaluation in 'recreational' drug users. Drug Alcohol Depend. 1988; 22(3):215-22. Gahlinger PM. Club drugs: MDMA, gamma-hydroxybutyrate (GHB), Rohypnol, and ketamine. Am Fam Physician. 2004;69:2619-26. Galduróz JC, Noto AR, Nappo SA, Carlini EA. Household survey on drug abuse in Brazil: study involving the 107 major cities of the country 2001. Addict Behav. 2005; 30(3):545-56. Garzone PD, Kroboth PD. Pharmacokinetics of the newer benzodiazepines. Clin Pharmacokinet. 1989; 16(6):337-64. Gomez TH, Roache JD, Meisch RA. Relative reinforcing effects of different benzodiazepine doses for rhesus monkeys. Drug Alcohol Depend. 2002; 68(3):275-83. Gorenstein C, Andrade L. Validation of a Portuguese version of the Beck Depression Inventory and the State-Trait Anxiety Inventory in Brazilian subjects. Braz J Med Biol Res. 1996; 29(4):453-7. Gorenstein C, Bernik MA, Pompéia S. Differential acute psychomotor and cognitive effects of diazepam on long-term benzodiazepine users. Int Clin Psychopharmacol. 1994; 9(3):145-53. Griffiths RR, Bigelow G, Liebson I. Human drug self-administration: doubleblind comparison of pentobarbital, diazepam, chlorpromazine and placebo. J Pharmacol Exp Ther. 1979; 210(2):301-10. Griffiths RR, Bigelow GE, Ator NA. Principles of initial experimental drug abuse liability assessment in humans. Drug Alcohol Depend. 2003; 70(3 Suppl):S41-54. 129 Griffiths RR, Bigelow GE, Liebson I, Kaliszak JE. Drug preference in humans: double-blind choice comparison of pentobarbital, diazepam and placebo. J Pharmacol Exp Ther. 1980; 215(3):649-61. Griffiths RR, Bigelow GE, Liebson I. Differential effects of diazepam and pentobarbital on mood and behavior. Arch Gen Psychiatry. 1983; 40(8):86573. Griffiths RR, Bigelow GE, Liebson I. Human sedative self-administration: effects of interingestion interval and dose. J Pharmacol Exp Ther. 1976; 197(3):488-94. Griffiths RR, Johnson MW. Relative abuse liability of hypnotic drugs: a conceptual framework and algorithm for differentiating among compounds. J Clin Psychiatry. 2005; 66(Suppl 9):31-41. Griffiths RR, McLeod DR, Bigelow GE, Liebson IA, Roache JD, Nowowieski P. Comparison of diazepam and oxazepam: preference, liking and extent of abuse. J Pharmacol Exp Ther. 1984a; 229(2):501-8. Griffiths RR, McLeod DR, Bigelow GE, Liebson IA, Roache JD. Relative abuse liability of diazepam and oxazepam: behavioral and subjective dose effects. Psychopharmacology (Berl). 1984b;84(2):147-54. Griffiths RR, Roache J. Abuse liability of benzodiazepines: a review of human studies evaluating subjective and/or reinforcing effects. In: Smith DE, Wesson DR, editors. The Benzodiazepines: current standards for medical practice. Lancaster: MTP Press; 1985. p.205-9. Griffiths RR, Weerts EM. Benzodiazepine self-administration in humans and laboratory animals: implications for problems of long-term use and abuse. Psychopharmacology (Berl). 1997; 134(1):1-37. Grove VE Jr. Sublingual benzodiazepines can relieve panic rapidly. Tex Med. 1990; 86(1):10. 130 Grudzinskas C, Balster RL, Gorodetzky CW, Griffiths RR, Henningfield JE, Johanson CE, Mansbach RS, McCormick CG, Schnoll SH, Strain EC, Wright C. Impact of formulation on the abuse liability, safety and regulation of medications: the expert panel report. Drug Alcohol Depend. 2006; 83(Suppl 1):S77-82. Guimarães FS. Escalas analógicas visuais na avaliação do humor. In: Gorenstein C, Andrade LHSGA, Zuardi AW, editores. Escalas de avaliação clínica em psiquiatria e psicofarmacologia. São Paulo: Lemos Editorial; 2000. p.29-34. Guimarães JL, Godinho PH, Cruz R, Kappann JI, Alves Tosta Junior L Consumo de drogas psicoativas por adolescentes escolares de Assis, SP. Rev Saúde Pública [online]. 2004; 38(1):130-2. [acesso 3 jul 2012]. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/rsp/v38n1/18462.pdf>. Harcke HT, Grissom LE, Meister MA. Sedation in pediatric imaging using intranasal midazolam. Pediatr Radiol. 1995;25(5):341-3. Haschke M, Suter K, Hofmann S, Witschi R, Fröhlich J, Imanidis G, Drewe J, Briellmann TA, Dussy FE, Krähenbühl S, Surber C. Pharmacokinetics and pharmacodynamics of nasally delivered midazolam. Br J Clin Pharmacol. 2010; 69(6):607-16. Healey ML, Pickens RW. Diazepam dose preference in humans. Pharmacol Biochem Behav. 1983; 18(3):449-56. Hertz JA, Knight JR. Prescription drug misuse: a growing national problem. Adolesc Med Clin. 2006; 17(3):751-69. Hill HE, Haertzen CA, Wolbach AB Jr, Miner EJ. The addiction research center inventory: standardization of scales which evaluate subjective effects of morphine, amphetamine, pentobarbital, alcohol, LSD-25, pyrahexyl and chlorpromazine. Psychopharmacologia. 1963;4:16 131 Holsti M, Dudley N, Schunk J, Adelgais K, Greenberg R, Olsen C, Healy A, Firth S, Filloux F. Intranasal midazolam vs rectal diazepam for the home treatment of acute seizures in pediatric patients with epilepsy. Arch Pediatr Adolesc Med. 2010; 164(8):747-53. Isbell H, Eisenmen AJ. Physical dependence liability of drugs of the methadon series and of 6-methyldihydromorphine. Fed Proc. 1948; 7(1 Pt 1):162. Isbell H. Methods and results of studying experimental human addiction to the newer synthetic analgesics. Ann N Y Acad Sci. 1948;51(Art 1):108-22. Jaffe JH, Bloor R, Crome I, Carr M, Alam F, Simmons A, Meyer RE. A postmarketing study of relative abuse liability of hypnotic sedative drugs. Addiction. 2004;99(2):165-73. Jaffe JH. Impact of scheduling on the practice of medicine and biomedical research. Drug Alcohol Depend. 1985; 14(3-4):403-18. Jaffe JH, Jaffe FK. Historical perspectives on the use of subjective effects measures in assessing the abuse potential of drugs. NIDA Res Monogr. 1989;92:43-72. Japiassu H, Marcondes D. Dicionário básico de filosofia. 3a ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar; 1996. p.217. Jarvik ME, Abramson HA, Hirsch MW. Comparative subjective effects of seven drugs including lysergic acid diethylamide (LSD-25). J Abnorm Psychol. 1955;51(3):657-62. Jasinski DR. History of abuse liability testing in humans. Br J Addict. 1991; 86(12):1559-62. Jasinski DR, Haertzen CA, Isbell H. Review of the effects in man of marijuana and tetrahydrocannabinols on subjective state and physiologic functioning. Ann New York Acad Sci. 1971; 191:196-205. 132 Jasinski DR, Henningfield JE. Human abuse liability assessment by measurement of subjective and physiological effects. NIDA Res Monogr. 1989;92:73-100. Johanson CE, Balster RL. A summary of the results of a drug selfadministration study using substitution procedures in rhesus monkeys. Bull Narc. 1978;30(3):43-54. Johanson CE, Uhlenhuth EH. Drug preference and mood in humans: diazepam. Psychopharmacology (Berl). 1980;71(3):269-73. Johnell K, Fastbom J. The use of benzodiazpines and related drugs amongst older people in Sweden: associated factors and concomitant use of other psychotropics. Int J Geriatr Psychiatry. 2009; 24(7):731-8. Kerr T, Kiatying-Angsulee N, Fairbairn N, Hayashi K, Suwannawong P, Kaplan K, Lai C, Wood E. High rates of midazolam injection among drug users in Bangkok, Thailand. Harm Reduct J. 2010;7:7. Khong E, Sim MG, Hulse G. Benzodiazepine dependence. Aust Fam Physician. 2004;33(11):923-6. Kleber HD. Drug abuse liability testing: human subject issues. NIDA Res Monogr. 1989;92:341-56. Klein M, Kramer F. Rave drugs: pharmacological considerations. AANA J. 2004; 72(1):61-7. Kurtz SP, Inciardi JA, Surratt HL, Cottler L. Prescription drug abuse among ecstasy users in Miami. J Addict Dis. 2005;24(4):1-16. Lee S, Han E, In S, Choi H, Chung H, Chung KH. Determination of illegally abused sedative-hypnotics in hair samples from drug offenders. J Anal Toxicol. 2011; 35(5):312-5. 133 Licata SC, Mashhoon Y, Maclean RR, Lukas SE. Modest abuse-related subjective effects of zolpidem in drug-naive volunteers. Behav Pharmacol. 2011; 22(2):160-6. Lorizio A, Salsa F. The effectiveness of oral midazolam as a hypnotic compared with lorazepam. Pharmatherapeutica. 1986;4(7):463-71. Lui CY, Amidon GL, Goldberg A. Intranasal absorption of flurazepam, midazolam, and triazolam in dogs. J Pharm Sci. 1991; 80(12):1125-9. Maddaleno M, Florenzano R, Santa Cruz X, Vidal R. Consumo de flunitrazepan via nasal en adolescentes marginales de Santiago de Chile. Rev Med Chil. 1988;116(7):691-4. Maisel GM. Midazolam: second generation benzodiazepine. Anesth Prog. 1980; 27(5):159-60. Marçon F, Mathiron D, Pilard S, Lemaire-Hurtel AS, Dubaele JM, DjedainiPilard F. Development and formulation of a 0.2% oral solution of midazolam containing gamma-cyclodextrin. Int J Pharm. 2009 Sep 11;379(2):244-50. Mayo-Smith MF. Pharmacological management of alcohol withdrawal. A meta-analysis and evidence-based practice guideline. American Society of Addiction Medicine Working Group on Pharmacological Management of Alcohol Withdrawal. JAMA. 1997; 278(2):144-51. McColl SL, Burstein AH, Reeves KR, Billing CB Jr, Stolar M, Sellers EM. Human abuse liability of the smoking cessation drug varenicline in smokers and nonsmokers. Clin Pharmacol Ther. 2008; 83(4):607-14. McCracken SG, de Wit H, Uhlenhuth EH, Johanson CE. Preference for diazepam in anxious adults. J Clin Psychopharmacol. 1990; 10(3):190-6. McMullan J, Sasson C, Pancioli A, Silbergleit R. Midazolam versus diazepam for the treatment of status epilepticus in children and young adults: a metaanalysis. Acad Emerg Med. 2010; 17(6):575-82. 134 McNair DM, Lorr M, Droppleman LF. Edits manual for the profile of mood states. San Diego, CA: Edits/Educational and Industrial Testing Service; 1992. Mello NK. Drug self-administration procedures: alcohol and marijuana. NIDA Res Monogr. 1989;92:147-70. Mintzer MZ, Griffiths RR. An abuse liability comparison of flunitrazepam and triazolam in sedative drug abusers. Behav Pharmacol. 2005; 16(7):579-84. Mintzer MZ, Griffiths RR. Flunitrazepam and triazolam: a comparison of behavioral effects and abuse liability. Drug Alcohol Depend. 1998; 53(1):4966. Modern Language Association Dictionary.com Unabridged (a) [Internet]. [acesso 20 jul 2012]. Disponível em: <http://dictionary.reference.com/browse/abuse>. Monti JM, Boussard M, Olivera S, Labraga P, Alvariño F. The effect of midazolam on transient insomnia. Eur J Clin Pharmacol. 1993;44(6):525-7. Moss ML, Buongiorno PA, Clancy VA. Intranasal midazolam for claustrophobia in MRI. J Comput Assist Tomogr. 1993;17(6):991-2. Munzar P, Yasar S, Redhi GH, Justinova Z, Goldberg SR. High rates of midazolam self-administration in squirrel monkeys. Behav Pharmacol. 2001; 12(4):257-65. Neter J, Kutner MH, Nachsteim CJ, Wasserman W. Applied Linear statistical models. 4th ed. Boston: WCB/McGraw-Hill; 1996. Neutel CI. The epidemiology of long-term benzodiazepine use. Int Rev Psychiatry. 2005; 17(3):189-97. 135 Ng WL, Mythily S, Song G, Chan YH, Winslow M. Concomitant use of midazolam and buprenorphine and its implications among drug users in Singapore. Ann Acad Med Singapore. 2007; 36(9):774-7. Nordt SP, Clark RF. Midazolam: a review of therapeutic uses and toxicity. J Emerg Med. 1997;15(3):357-65. O'Brien CP. Benzodiazepine use, abuse, and dependence. J Clin Psychiatry. 2005;66 Suppl 2:28-33. Odou P, Barthelemy C, Robert H. Development of midazolam sublingual tablets: in vitro study. Eur J Drug Metab Pharmacokinet. 1998;23(2):87-91. Opiophile Snorting benzos [Internet]. 2006. [acesso 8 jun 2012]. Disponível em: <http://forum.opiophile.org/showthread.php?2206-Snorting-Benzos>. Pain L, Oberling P, Sandner G, Di Scala G. Effect of midazolam on propofolinduced positive affective state assessed by place conditioning in rats. Anesthesiology. 1997; 87(4):935-43. Paparrigopoulos T, Tzavellas E, Karaiskos D, Liappas I. Intranasal zaleplon abuse. Am J Psychiatry. 2008; 165(11):1489-90. Perera KM, Tulley M, Jenner FA. The use of benzodiazepines among drug addicts. Br J Addict. 1987; 82(5):511-5. Preston KL, Bigelow GE, Liebson IA. Comparative evaluation of morphine, pentazocine and ciramadol in postaddicts. J Pharmacol Exp Ther. 1987; 240(3):900-10. Preston KL, Wolf B, Guarino JJ, Griffiths RR. Subjective and behavioral effects of diphenhydramine, lorazepam and methocarbamol: evaluation of abuse liability. J Pharmacol Exp Ther. 1992; 262(2):707-20. 136 Quinn DI, Wodak A, Day RO. Pharmacokinetic and pharmacodynamic principles of illicit drug use and treatment of illicit drug users. Clin Pharmacokinet. 1997; 33(5):344-400. R Development Core Team. R: a language and environment for statistical computing [Software] Vienna, Austria: R Foundation for Statistical Computing; 2010. [acesso 20 jul. 2011]. Disponível em: <http://www.Rproject.org>. Rey E, Delaunay L, Pons G, Murat I, Richard MO, Saint-Maurice C, Olive G. Pharmacokinetics of midazolam in children: comparative study of intranasal and intravenous administration. Eur J Clin Pharmacol. 1991;41(4):355-7. Royal College of Physicians. Research on healthy volunteers: a report of the Royal College of Physicians. J R Coll Physicians Lond. 1986; 20(4):243-57. Ribeiro CS, Azevedo RC, Silva VF, Botega NJ. Chronic use of diazepam in primary healthcare centers: user profile and usage pattern. São Paulo Med J. 2007; 125(5):270-4. Roache JD. Performance and physiological measures in abuse liability evaluation. Br J Addict. 1991; 86(12):1595-600. Roache JD, Griffiths RR. Abuse liability of anxiolytics and sedative/hypnotics: methods assessing the likelihood of abuse. NIDA Res Monogr. 1989b;92:123-46. Roache JD, Griffiths RR. Comparison of triazolam and pentobarbital: performance impairment, subjective effects and abuse liability. J Pharmacol Exp Ther. 1985; 234(1):120-33. Roache JD, Griffiths RR. Diazepam and triazolam self-administration in sedative abusers: concordance of subject ratings, performance and drug selfadministration. Psychopharmacology (Berl). 1989a; 99(3):309-15. 137 Roache JD, Griffiths RR. Lorazepam and meprobamate dose effects in humans: behavioral effects and abuse liability. J Pharmacol Exp Ther. 1987; 243(3):978-88. Roache JD, Meisch RA, Henningfield JE, Jaffe JH, Klein S, Sampson A. Reinforcing effects of triazolam in sedative abusers: correlation of drug liking and self-administration measures. Pharmacol Biochem Behav. 1995; 50(2):171-9. Rodrigues MA, Facchini LA, Lima MS. Modificacoes nos padroes de consumo de psicofarmacos em localidade do Sul do Brasil. Rev Saude Publica. 2006; 40(1):107-14. Ross H. Benzodiazepine abuse. Can J Psychiatry. 1993;38(1):73-4. Roth T, Hauri P, Zorick F, Sateia M, Roehrs T, Kipp J. The effects of midazolam and temazepam on sleep and performance when administered in the middle of the night. J Clin Psychopharmacol. 1985; 5(2):66-9. Saint-Maurice C, Landais A, Delleur MM, Esteve C, MacGee K, Murat I. The use of midazolam in diagnostic and short surgical procedures in children. Acta Anaesthesiol Scand Suppl. 1990;92:39-41; discussion 47. Schuster CR, Thompson T. Self administration of and behavioral dependence on drugs. Annu Rev Pharmacol. 1969;9:483-502. Schweizer E, Clary C, Dever AI, Mandos LA. The use of low-dose intranasal midazolam to treat panic disorder: a pilot study. J Clin Psychiatry. 1992; 53(1):19-22. Seevers, MH. Opiate addiction in the monkey. I. Methods of study. J Pharmacol ExpTher.1936; 56:147-56. Seivewright NA, Dougal W. Benzodiazepine misuse. Curr Opin Psychiatry. 1992; 5(3):408-11. 138 Sellers EM, Schneiderman JF, Romach MK, Kaplan HL, Somer GR. Comparative drug effects and abuse liability of lorazepam, buspirone, and secobarbital in nondependent subjects. J Clin Psychopharmacol. 1992; 12(2):79-85. Sheehan MF, Sheehan DV, Torres A, Coppola A, Francis E. Snorting benzodiazepines. Am J Drug Alcohol Abuse. 1991;17(4):457-68. Simrell EV. History of legal and medical roles in narcotic abuse in the U.S. Public Health Rep. 1968; 83(7):587-93. Singh RK, Jain R, Ray R, Gupta YK. Abuse liability of diazepam through different routes. Indian J Physiol Pharmacol. 2001; 45(2):181-90. Skinner BF. What is the experimental analysis of behavior? J Exp Anal Behav. 1966; 9(3):213-8. Smith KM, Larive LL, Romanelli F. Club drugs: methylenedioxymethamphetamine, flunitrazepam, ketamine hydrochloride, and gamma-hydroxybutyrate. Am J Health Syst Pharm. 2002; 59(11):106776. Stewart RB, Lemaire GA, Roache JD, Meisch RA. Establishing benzodiazepines as oral reinforcers: midazolam and diazepam selfadministration in rhesus monkeys. J Pharmacol Exp Ther. 1994; 271(1):20011. Stewart SA. The effects of benzodiazepines on cognition. J Clin Psychiatry. 2005;66 Suppl 2:9-13. Stewart J, Eikelboom R. Conditioned drug effects. In: Iversen LL, Iversen SD, Snyder SH, editors. Handbook of psychopharmacology. New York: Plenum Press; 1987. v.19, p.9-41. 139 Substance Abuse and Mental Health Services Administration (SAMHSA). Center for Behavioral Health Statistics and Quality. Substance Abuse Treatment Admissions for Abuse of Benzodiazepines The TEDS Reports, 2008; p. 1-5. [acesso 3 jul 2012]. Disponível em: <http://www.samhsa.gov/data/2k11/WEB_TEDS_028/WEB_TEDS028_BenzoAdmissions.htm>. Sussman N. Treating anxiety while minimizing abuse and dependence. J Clin Psychiatry. 1993; 54(Suppl):44-51. Szostak C, Finlay JM, Fibiger HC. Intravenous self-administration of the short-acting benzodiazepine midazolam in the rat. Neuropharmacology. 1987; 26(12):1673-6. Thapar P, Zacny JP, Thompson W, Apfelbaum JL. Using alcohol as a standard to assess the degree of impairment induced by sedative and analgesic drugs used in ambulatory surgery. Anesthesiology. 1995; 82(1):539. The Tranquilliser Recovery and Awareness Place [Internet] Benzodiazepine names, sem data. [acesso 8 jun 2012]. Disponível em: <http://www.nonbenzodiazepines.org.uk/benzodiazepine-names.html>. TREC Collaborative Group. Rapid tranquillisation for agitated patients in emergency psychiatric rooms: a randomised trial of midazolam versus haloperidol plus promethazine. BMJ. 2003;327(7417):708-13. Tschirch FT, Göpfert K, Fröhlich JM, Brunner G, Weishaupt D. Low-dose intranasal versus oral midazolam for routine body MRI of claustrophobic patients. Eur Radiol. 2007; 17(6):1403-10. United States. Department of Health and Human Services. Food and Drug Administration Center for Drug Evaluation and Research. Guidance for industry assessment of abuse potential of drugs: draft guidance. Silver Spring, MD; 2010. [acesso jul 2012]. Disponível em: 140 <http://www.fda.gov/downloads/Drugs/GuidanceComplianceRegulatoryInfor mation/Guidances/UCM198650.pdf>. United States. National Institutes of Health. National Library of Medicine. Pubmed.gov. [acesso 22 jul 2012]. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed . United States. National Institutes of Health. Office of Human Subjects Research. Sheet 20: Guidelines for remuneration of research subjects in the intramural research program and registration in the clinical research volunteer program database. Issued December 2000. Edited February 2009. [acesso 20 jul 2011]. Disponível em: <http://ohsr.od.nih.gov/info/pdf/InfoSheet20.pdf>. Walser A, Zenchoff G, Fryer RI. Quinazolines and 1,4-benzodiazepines. 75. 7-Hydroxyaminobenzodiazepines and derivatives. J Med Chem. 1976; 19(12):1378-81. Walsh SL, Nuzzo PA, Lofwall MR, Holtman JR Jr. The relative abuse liability of oral oxycodone, hydrocodone and hydromorphone assessed in prescription opioid abusers. Drug Alcohol Depend. 2008;98(3):191-202. Walsh SL, Donny EC, Nuzzo PA, Umbricht A, Bigelow GE. Cocaine abuse versus cocaine dependence: cocaine self-administration and pharmacodynamic response in the human laboratory. Drug Alcohol Depend. 2010;106(1):28-37. Wang D, Bakhai A. Clinical trials: a practical guide to design, analysis, and reporting [internet]. London: Remedica; 2006. [acesso jul 2012]. Disponível em: <http://books.google.com.br/books?id=zgx_YTHny5sC&printsec=frontcover& hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=true>. Wang D, Lorch U, Bakhai A. Crossover trials. In Clinical Trials – a practical guide to design, analysis and reporting [internet]. London (UK): Remedica. 141 2006; p. 91-100. [acesso 8 jun 2012]. Disponível em: <http://books.google.com.br/books?id=zgx_YTHny5sC&printsec=frontcover& hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=true>. Weber F, Wulf H, el Saeidi G. Premedication with nasal s-ketamine and midazolam provides good conditions for induction of anesthesia in preschool children. Can J Anaesth. 2003; 50(5):470-5. Wechsler D. The Measurement of adult Intelligence. Baltimore, MD: Williams & Witkins; 1939. p.229. Weerts EM, Kaminski BJ, Griffiths RR. Stable low-rate midazolam selfinjection with concurrent physical dependence under conditions of long-term continuous availability in baboons. Psychopharmacology (Berl). 1998;135(1):70-81. Weiss F, Maldonado-Vlaar CS, Parsons LH, Kerr TM, Smith DL, Ben-Shahar O. Control of cocaine-seeking behavior by drug-associated stimuli in rats: effects on recovery of extinguished operant-responding and extracellular dopamine levels in amygdala and nucleus accumbens. Proc Natl Acad Sci U S A. 2000; 97(8):4321-6. Wermeling DP, Record KA, Archer SM, Rudy AC. A pharmacokinetic and pharmacodynamic study, in healthy volunteers, of a rapidly absorbed intranasal midazolam formulation. Epilepsy Res. 2009; 83(2-3):124-32. Wermeling DP, Record KA, Kelly TH, Archer SM, Clinch T, Rudy AC. Pharmacokinetics and pharmacodynamics of a new intranasal midazolam formulation in healthy volunteers. Anesth Analg. 2006; 103(2):344-9. Wesson DR, Smith DE, Ling W, Seymour RB. Sedative-hypnotics. In: Lowinson JH, Ruiz P, Millman RB, Langrod JG, editors. Substance abuse: a comprehensive textbook. 4th ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins; 2005. p.302-13. 142 Wiers RW. Alcohol and drug expectancies as anticipated changes in affect: negative reinforcement is not sedation. Subst Use Misuse. 2008;43(3-4):42944. Wilton NC, Leigh J, Rosen DR, Pandit UA. Preanesthetic sedation of preschool children using intranasal midazolam. Anesthesiology. 1988; 69(6):972-5. Wise RA, Kiyatkin EA. Differentiating the rapid actions of cocaine. Nat Rev Neurosci. 2011;12(8):479-84. Wood M. The safety and efficacy of intranasal midazolam sedation combined with inhalation sedation with nitrous oxide and oxygen in paediatric dental patients as an alternative to general anaesthesia. SAAD Dig. 2010;26:12-22. Woods JH, Katz JL, Winger G. Abuse liability of benzodiazepines. Pharmacol Rev. 1987; 39(4):251-413. Zawertailo LA, Busto UE, Kaplan HL, Greenblatt DJ, Sellers EM. Comparative abuse liability and pharmacological effects of meprobamate, triazolam, and butabarbital. J Clin Psychopharmacol. 2003; 23(3):269-80. Zawertailo LA, Busto U, Kaplan HL, Sellers EM. Comparative abuse liability of sertraline, alprazolam, and dextroamphetamine in humans. J Clin Psychopharmacol. 1995; 15(2):117-24. Zeller SL, Rhoades RW. Systematic reviews of assessment measures and pharmacologic treatments for agitation. Clin Ther. 2010; 32(3):403-25. 143 Apêndice 1 144 Apêndice 2