By Heart et avec cœur, de Tiago Rodrigues
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By Heart et avec cœur, de Tiago Rodrigues
03 NOV 14 Quotidien Paris OJD : 40558 164 RUE AMBROISE CROIZAT 93528 SAINT DENIS CEDEX - 01 49 22 73 29 Surface approx. (cm²) : 434 N° de page : 24 Page 1/1 THEATRE By Heart et avec cœur, de Tiago Rodrigues Au Théâtre de la Bastille, le metteur en scène mouille sa chemise dans une implication totale chaque soir, testant sans filet un geste de resistance artistique et politique T iago Rodrigues, acteur, metteur en scene et II fait alors le pari que nous avons tous une relation intime fondateur de la compagnie Mundo Perfeito, avec les livres et pouvons en appiendre des passages par vient, a ti ente sept ans, d'être nomme du acteur cœur I Ine expérimentation qu'il va tester sur le plateau artistique du Théâtre national de Lisbonne Une A ses risques et pénis (et aux nôtres, spectateurs) puisque reconnaissance prestigieuse qui prend acte de la piece ne peut commencer que lorsque la dizaine de volontaires ont pris part sur les chaises qui les attendent son rôle sur la scene portugaise et internationale face au public La suite relève d'une alchimie entre Au Portugal, ilmonte des auteuis inédits et joue pieces et performances du nord au sud du pav s a l'etran la scene et la salle ou le performer doit aussi etre TIAGO ger il croise les collaborations, notamment un vel itable chef d'orchestre Conduire a ' RODRIGUES AIME TRAVAILLER DANS avec les Belges TG Sian ou le Libanais Rabrh la fois l'enjeu de réussite de l'exercice avec UNE LANGUE QUI N'EST ses apprentis maîs aussi eviter la monotonie, Mroue, tournant en Fuiope, en Amérique PAS SA LANGUE voire l'ennui poui le public, qui fuirait du Sud, au Mo\en Orient et en Asie MATERNELLE. « ON PERD II était en juin 2013, au Theatre cles Ab d'avoir a assister seulement a ce travail de LA TRADITION DES MOTS, besses dans le cadre des Chantiers d Euiope répétition AloisTiago Rodugues dans MAIS ON GAGNE un rôle faussement tranquille d'animateur du Theatre de la Mlle, avec Trois Doigts sous LALIIERTÉDELA évoque ses passions littéraires pour George le genou une piece subtile qu'il avait ecrite . TRANSGRESSION.» et mise en scene a partir de ses investigations Stemei, Oliver Sacks ou Boris Pasternak et ses démêles avec le pouvoir, cite François Truffaut sm le travail des censeuis duiant la politique maîs finit par inviter ses volontaires a apprendre salazarrste II v racontart de façon décalée et ludique les incroyables notes et interdits qui frappaient chaque des sonnets d'amoui de \\ ilham Shakespeare II orchestre oeuvre theatiale (lorsqu'elle n'était pas totalement interdite l'apprentissage comme un travail de chœui Revient vers le public avec qui il dialogue et qu'il interpelle « Mous comme celle de Biecht) \vec By Heart, qu'il présente au Théâtre de laBastille, Tlago avons appris au vingtième siecle que I on pouvait tout nous Rodrigues fait une nouv elle fois theatre dè toutes les idees qtu retirer notre famille, nos maisons notre pay? Beaucoup le meuvent et lm servent a entrer en relation avec les autres de gens vivent cela » MARINA DA SILVA Que signifie apprendre par cœur et avec cceui pour un acteur mars aussi pour tout un chacun9 Une interrogation qui luivientdesarelationemouvanteavecsagiand mere Can Au Theatre de la Bastille 76 rue de la Roquette dida, qui perd peu a peu la vue et lut demande de lm choisii Parlyii - 0 1 4 3 5 7 4 2 1 4 Jusquau 14 noxembre des hvies dont elle pourra apprendre des morceaux poui les Puis tournee internationale et au Theatre de la Garonne gardei enmemone lorsqu'elle ne pomra plus lue a Toulouse les 27 et 28 mars 2015 LARIEGE HE PEUT COMMENCER QUE LORSQUE LA DIZAINE DE VOLONTAIRES ONT PRIS PLACE SUR LES CHAISES QUI LES ATTENDENT FACE AU PUBLIC PHOTO DR BASTILLE2 8470091400508/GOP/OTO/1 Tous droits réservés à l'éditeur A32 IIIDDD:::!555000999111111444888999 222111---111111---222000111333!|||!VVViiisssãããooo!777!LLLiiisssbbboooaaa!eee!SSSuuulll !!TTTiiirrraaagggeeemmm:::!999444777222000 !!PPPááággg:::!222555 !!PPPaaaííísss:::!PPPooorrrtttuuugggaaalll !!CCCooorrreeesss:::!CCCooorrr !!PPPeeerrriiioooddd...:::!SSSeeemmmaaannnaaalll !!ÁÁÁrrreeeaaa:::!999,,,888555!xxx!222111,,,333666!cccmmm²² !!ÂÂÂmmmbbbiiitttooo:::!IIInnnttteeerrreeesssssseee!GGGeeerrraaalll !!CCCooorrrttteee:::!111!dddeee!111 Página 32 IIIDDD:::!555000888999111111444999 222000---111111---222000111333 !!TTTiiirrraaagggeeemmm:::!111222888000000 !!PPPááággg:::!444888 !!PPPaaaííísss:::!PPPooorrrtttuuugggaaalll !!CCCooorrreeesss:::!CCCooorrr !!PPPeeerrriiioooddd...:::!SSSeeemmmaaannnaaalll !!ÁÁÁrrreeeaaa:::!111999,,,333444!xxx!222777,,,000444!cccmmm²² !!ÂÂÂmmmbbbiiitttooo:::!LLLaaazzzeeerrr !!CCCooorrrttteee:::!111!dddeee!111 A26 IIIDDD:::!555111000333333888444222 222888---111111---222000111333 !!TTTiiirrraaagggeeemmm:::!333888666555000 !!PPPááággg:::!333333 !!PPPaaaííísss:::!PPPooorrrtttuuugggaaalll !!CCCooorrreeesss:::!CCCooorrr !!PPPeeerrriiioooddd...:::!DDDiiiááárrriiiaaa !!ÁÁÁrrreeeaaa:::!111000,,,666333!xxx!333000,,,222666!cccmmm²² !!ÂÂÂmmmbbbiiitttooo:::!IIInnnfffooorrrmmmaaaçççãããooo!GGGeeerrraaalll !!CCCooorrrttteee:::!111!dddeee!111 Dez anos a falar sobre a memória e o teatro como gesto de evocação Crítica de Teatro By Heart mmmMM mmm De Tiago Rodrigues/Mundo Perfeito 23 Novembro, 21h30, Teatro Maria Matos, lotação esgotada Paraíso 1 mmmMM Espectáculo de Mala Voadora/ Association Arsène, encenação Jorge Andrade 26 Novembro, 21h30, Teatro Maria Matos , meia sala. Até dia 30 Ao longo de dez anos, mormente as diferentes intensidades e resultados do trabalho, os percursos das companhias Mala Voadora e Tiago Rodrigues/Mundo Perfeito tiveram como preocupação central a relação entre o discurso e a sua representação. Ou seja, um constante diálogo sobre o poder da palavra, atento ao seu poder efémero e consciente de que habita um contexto social e político onde a imagem, na sua velocidade e múltiplas valências, é predominante no discurso público. Percebemos que foram desenvolvendo um trabalho interrogativo sobre a possibilidade de construção de um teatro onde a palavra, mais do que evocada, é convocada como construtor potencial de imagens. Imagens que, precisamente, desenham universos e, por isso, activam uma relação de verosimilhança e proximidade que é, hoje, comummente definida como pós-dramática. Não terá sido certamente intencional mas as peças aproximam-se mais do que possivelmente imaginavam. Paraíso 1 é um ensaio sobre a possibilidade de descrição de um espaço utópico, aqui genericamente intitulado “paraíso”, espaço em branco, como a tela branca que vai surgindo inusitadamente durante o espectáculo. “A representação de uma paisagem obedece a regras específicas”, diz-se a dado momento, defendendo que a imagem perfeita, logo, a sua descrição, não passa de uma idealização, de uma imagem, portanto de uma convocação da memória. By Heart sugere que o livro, ou a forma escrita e o que a sua organização sequencial promove, é o modelo mais aproximado de um mundo reconhecível. A escrita constitui-se assim como mecanismo operativo que fixa a palavra mas não lhe corresponde, apenas se aproxima da sua liberdade. Mas se em By Heart a ideia de mundo nos parece escapar pelo modo como a realidade vai invadindo e moldando a narrativa, fruto de um exercício de deificação da palavra como reduto último da liberdade, porque da memória e do pensamento, em Paraíso 1 a inversão do ponto de origem permite especular sobre em que se constitui essa mesma liberdade. Aqui, é o espaço e não o texto, ou seja, o lugar e não o modo, que surge como motor de uma acção ao propor que a sua enunciação seja, em si mesma, uma acção. Nesse sentido, a estrutura autoreferencial que vai sendo construída, alicerçada que está na memória, sublinha que é o acto de enunciação, e não o de descrição, que define o tempo da própria acção. Ou seja, a sua vida. É um princípio semelhante ao que estrutura By Heart a partir de uma citação do filósofo George Steiner: “Assim que 10 pessoas sabem um poema de cor, não há nada que a KGB, a CIA ou a Gestapo possam fazer. Esse poema vai sobreviver.” O exemplo escolhido é o soneto 30, de William Shakespeare: “Quando em meu mudo e doce pensamento,/ chamo à lembrança as coisas que passaram.” O que se propõe é, afinal, que o que quer que resulte da descrição seja, em si mesmo, uma acção. A presença dos espectadores no palco de By Heart, convidados a memorizar o poema, sugere que a ausência de uma identidade própria constitui a base de uma nova organização social, onde, tal como dizem as personagens sem biografia em Paraíso 1, nos vemos no reflexo do lago “como se estivéssemos no centro do que acabámos de descrever”. Os espectáculos são, naturalmente, mais do que este mecanismo dialéctico entre texto e imagem. Mas não deixam de sofrer os dois de um mesmo dilema: a dificuldade de tomarem uma posição relativamente ao material escolhido e, inclusivamente, escolherem entre a força da palavra e a fraqueza da imagem. Em By Heart a cozedura de citações com as vidas de vários escritores, e a do próprio autor Tiago Rodrigues, na sua relação com eles, propõe uma normatividade narrativa que só peca por ser menos ambiciosa, como acontecera em Três Dedos Abaixo do Joelho. Em Paraíso 1 a profusão de efeitos sonoros e visuais parece contradizer um diálogo sobre o que de artificial existe no acto de evocação, como já haviam feito em Desempacotando a Minha Biblioteca. Tiago Bartolomeu Costa Página 26 IIIDDD:::!555000888888999999555333 222000---111111---222000111333 !!TTTiiirrraaagggeeemmm:::!222777222555999 !!PPPááággg:::!333666 !!PPPaaaííísss:::!PPPooorrrtttuuugggaaalll !!CCCooorrreeesss:::!CCCooorrr !!PPPeeerrriiioooddd...:::!DDDiiiááárrriiiaaa !!ÁÁÁrrreeeaaa:::!222333,,,555222!xxx!333222,,,333888!cccmmm²² !!ÂÂÂmmmbbbiiitttooo:::!IIInnnfffooorrrmmmaaaçççãããooo!GGGeeerrraaalll !!CCCooorrrttteee:::!111!dddeee!111 A41 IIIDDD:::!555000888333333666444000 111666---111111---222000111333!|||!AAAtttuuuaaalll !!TTTiiirrraaagggeeemmm:::!111000666777000000 !!PPPááággg:::!222777 !!PPPaaaííísss:::!PPPooorrrtttuuugggaaalll !!CCCooorrreeesss:::!CCCooorrr !!PPPeeerrriiioooddd...:::!SSSeeemmmaaannnaaalll !!ÁÁÁrrreeeaaa:::!111999,,,111888!xxx!111888,,,777222!cccmmm²² !!ÂÂÂmmmbbbiiitttooo:::!IIInnnfffooorrrmmmaaaçççãããooo!GGGeeerrraaalll !!CCCooorrrttteee:::!111!dddeee!111 Página 41 MEDIAPART By Heart 05 NOVEMBRE 2014 | PAR VÉRONIQUE KLEIN À l’heure où « partager » est synonyme d’un clic sur Face book, d’un tweet de 140 signes TTC, que mémoire signifie Giga, le metteur en scène Tiago Rodrigues, tout nouvellement nommé directeur du Théâtre National de Lisbonne Dona Maria II, propose une forme de transmission autrement sensible. Chaque soir, il propose à dix spectateurs à le rejoindre sur scène et d’apprendre pendant la durée du spectacle les 14 vers du sonnet 30 de Shakespeare. Il prévient, le spectacle ne commencera que lorsque les dix Magda Bizarro chaises qui l’entourent seront occupées. Les volontaires s’assoient, un peu intimidés. Vêtu d’un t-shirt avec la photo de Boris Pasternak côté face, et de celle de Georges Steiner dans le dos, Tiago Rodrigues, tel un chef d’orchestre commence : Quand je fais comparoir les images passées, chacun répète, Quand, puis je fais... puis quand je fais… Jusqu’à la fin du vers. En un peu plus d'une heure, les dix volontaires vont apprendre « par cœur », « by heart » c’est-à-dire avec le cœur. L’idée n’est pas de contribuer à lutter contre les troubles de mémoire, mais bien au-delà de la problématique neurologique, de questionner la mémoire, la transmission comme arme de construction massive. Par coeur Apprendre un texte par cœur, c’est garantir sa pérennité. Personne ne peut vous voler votre mémoire. George Steiner disait « Quand dix personnes connaissent un poème par cœur, il n’y a rien que le KGB, la CIA, la Gestapo ne puissent faire. Ce poème survivra’ . C’est que qu’a mis en application la veuve du poète russe Ossip Mandelstam, Nadja Mandelstam qui invitait chaque jour dans sa cuisine dix personnes à qui elle demandait d’apprendre par cœur un poème de son mari, dont les œuvres étaient détruites. Il se trouve que l’histoire de la mémoire littéraire croise celle de Tiago. Sa grand-mère, Candicià était férue de littérature. Son fils, journaliste et son petit-fils, acteur lui amenait des cageots de livres, qu’elle plaçait sous son lit. A quatre-vingt dix ans, elle commençait à perdre la vue et a demandé à son petit-fils de lui choisir un livre qu’elle pourrait apprendre par cœur. Ainsi, devenue aveugle, elle pourrait continuer à « lire dans sa tête ». Extrayant les livres des cageots, Tiago, en même temps qu’il instruit ses dix soldats de chœur, nous fait voyager dans sa propre mémoire, de la cuisine de sa grand-mère aux citations de de Steiner,nous tient en haleine avec le début du texte de Fareinheit 451. A la fin du spectacle, les dix spectateurs volontaires récitent le sonnet dans son intégralité, comme l’on fait les dix personnes, invitées par Tiago autour du lit de la grand-mère mourante. L’acteur est au bord des larmes et la salle traversée par une même émotion à l’écoute de ces voix fragiles. La vulnérabilité est l’un des mots préféré de Tiago dans la langue française. On a le sentiment alors de former une communauté bien vivante, avec un coeur et un cerveau, de partager ensemble un moment éphémère qui s’imprime durablement dans nos corps. On s’engouffre dans le métro et l’on se surprend à avoir envie de glisser à son voisin « Quand je fais comparoir les images passées /Au tribunal muet des songes recueillisJe soupire au défaut des défuntes pensées/ Et pleure de nouveaux pleurs les jours trop tôt cueillis… » . Heureux de savoir pas cœur au moins les deux premiers vers, devenus résistants des forces poétiques. Au théâtre de la Bastille à Paris jusqu'au 14 novembre à 19h www.theatre-bastille.com/ tél: 01 43 57 42 14 11 NOV 14 Quotidien OJD : 275310 Surface approx. (cm²) : 121 80 BOULEVARD AUGUSTE-BLANQUI 75707 PARIS CEDEX 13 - 01 57 28 20 00 Page 1/1 CULTURE LHISTOIRE DU JOUR Tiago Rodrigues, un Lisboète à Paris L e hasard fait bien les choses : le 27 octobre, Tiago Rodrigues était nommé directeur du Théâtre national Dona Maria II de Lisbonne, l'équivalent portugais de la Comédie-Française. Une semaine plus tard, il arrivait à Paris, où il présente jusqu'au vendredi 14 novembre By Heart, au Théâtre de la Bastille. Il a pris possession de la petite salle, où il propose aux spectateurs de vivre une belle expérience, autour de la mémoire. Tiago Rodrigues en a eu l'idée grâce à sa grand-mère, qui habite un village du nord du Portugal. Elle aurait aimé étudier, elle n'a pas pu, parce qu'elle était pauvre. Mais elle n'a jamais cessé de lire, sa passion. Quand, récemment, sa vue a baissé et qu'elle a su que c'était irrémédiable, elle a demande à son petit-fils de lui choisir un livre qu'elle apprendrait par coeur, avant de devenir aveugle. Tiago Rodrigues a choisi les sonnets de Shakespeare. Le 25 avril, jour de ses 94 ans, sa grand-mère a récité le sonnet numéro 30. By Heart. On ne racontera pas ici comment Tiago Rodrigues entrelace cette histoire, celle dè la littérature et de l'Histoire. C'est tout l'enjeu de son spectacle, qui convie dix personnes à le rejoindre sur scène, où il mène le jeu, en français, avec une grande délicatesse, doublée un I F tt AVRII rï savoir-faire aguerri. Plus tard, on LL L.\J Mv KIL, je retrouve au Café des Anges, à côté du JOUR DE SES 94 ANS théâtre : un Lisboète à Paris, amoureux % de sa ville où il a grandi entre une mère SA GRAND-MERE médecin et un père journaliste, engagé dans la resse de aucne ui a A DÉPITE I F QONNFT P g q affronté A KLUIL LL OUNINLI ia dictature salazariste. A 37 ans, Tiago NUMÉRO 30 Rodrigues appartient à la première génération née sous la démocratie. {( BY HEART » Auteur, metteur en scène, acteur, c'est un boulimique du travail, qui a croisé sur sa route les Flamands du Tg STAN ou le Libanais Rabih Mroué, avec qui il a joué à Paris. En 2003, il a fondé une compagnie, Mundo Perfeito : un nom ironique et battant, pour un théâtre d'intervention sensible. Dans ses conversations avec le gouvernement portugais, Tiago Rodrigues a tout mis sur la table, quand il s'est agi de sa nomination au Théâtre national Dona Maria II. Il a été choisi parce qu'il représente une jeunesse liée à l'international, désireuse de renouveler le répertoire. Il prendra ses fonctions le 1er janvier 2015. Il est confiant : « Je n'ai jamais dirigé de théâtre, mais j'ai dirigé beaucoup de laboratoires de théâtre », conclut-il. Avec une pensée pour sa grand-mère, et leur amour partage des mots, By Heart, rn BRIGITTE SALINO 9 BASTILLE2 7646991400509/GCD/OTO/1 Tous droits réservés à l'éditeur Tiago Rodrigues, le miracle du coeur — Le grand théâtre du... http://blog.lefigaro.fr/theatre/2014/11/tiago-rodrigues-le-mirac... Sport24 | Evene | La Chaîne Météo | Météo Consult | Le Particulier | Cadremploi | Keljob | Kelformation | Explorimmo | Propriétés de France Retour au Figaro.fr Tous les blogs du Figaro Vos billets spectacles à prix réduits avec Ticketac.com Tiago Rodrigues, le miracle du coeur Par Armelle Héliot le 6 novembre 2014 17h49 | Réactions (0) À propos de ce blog Dans la petite salle du Théâtre de la Bastille a lieu chaque soir un événement hors norme. Un spectacle qui semble d'une simplicité fraternelle, un spectacle bref, mais si profond, si intelligent, si ambitieux et si magnifique que l'on en sort complètement remué. Le Figaro est le seul journal au mon nom d’un héros de théâtre. Tiago Rodrigues est un poète, un voyant, un artiste qui nous conduit, mine de rien sur les chemins escarpés de la mémoire et de la poésie, du sens de la littérature et de la mort, du théâtre. Les photographies sont de MAGDA BIZARRO. 1 of 5 S'abonner au flux de ce blog C’est bien en effet le Figaro de la cé dramatique de Pierre Caron de Beau première page du quotidien de sa for la liberté de blâmer, il n’est point d Traditionnellement, le théâtre a tou importante au cœur du Figaro. La vitalité de cet art est telle, que, p un blog remis sans cesse à jour est id les spectacles à l’affiche, les projets lumière tous les artistes qui constitu monde qui fascine, divertit et enseig 07/11/14 12:07 Tiago Rodrigues, le miracle du coeur — Le grand théâtre du... http://blog.lefigaro.fr/theatre/2014/11/tiago-rodrigues-le-mirac... On ne veut pas vous raconter ce moment de grâce d'une profondeur bouleversante. Il faut aller de toute urgence à 19h à la Bastille. Il faut écouter, voir, partager, participer même. L’auteur Armelle Héliot (1349 billets) 2 of 5 07/11/14 12:07 Tiago Rodrigues, le miracle du coeur — Le grand théâtre du... http://blog.lefigaro.fr/theatre/2014/11/tiago-rodrigues-le-mirac... Dans le coeur de Tiago Rodrigues qui est comédien, metteur en scène et vient d'être nommé à la direction du Théâtre national de Lisbonne Dona Maria II, il y a sa grand-mère Candida et au coeur de sa vie il y a un sonnet de Shakespeare. Les Sonnets de Shakespeare et tant d'autres textes. Il y a Shakespeare et tant d'autres poètes. On aurait mauvaise grâce à raconter ce moment qui émerveille et donne de la force, du courage. Rechercher Quelques photographies... en disent plus long que bien des discours...Non. Il ne s'agit pas d'un spectacle interactif. D'ailleurs Tiago Rodrigues déteste l'interactivité. Notes récentes Cela parle de mémoire, de culture, de vie, de transmission. Non c'est ailleurs. Plus haut. Incroyablement loin et au plus profond de chacun. Un miracle, on vous le répète. Cela s'intitule By heart, par coeur. Théâtre de la Bastille, à 19h jusqu'au 14 novembre (01 43 57 42 14). Tiago Rodrigues, le miracle du coeur Jean Gillibert : la mort d'un géant du Adieu à Christiane Minazzoli Bonaventure Gacon, un texte pour le Marie Gillain, étourdissante Vénus à Puissance d'Agota Kristof, lumières d DolcEVITA ou la transfiguration de Se Le Bal des vampires : le talent mène Adieu à Marie Dubois Lavaudant, Marie NDiaye, la jeunesse Tags: By Heart, Théâtre de la Bastille, Tiago Rodrigues 3 of 5 Nuage de tags 07/11/14 12:07 L’imagination au pouvoir Thomas Walgrave Mon opinion, la voici : s’il est une chose à notre époque qui puisse être utile, c’est la violence. Nous savons ce que nous pouvons attendre de nos princes. Tout ce qu’ils nous ont concédé leur a été arraché par la nécessité. Et même les concessions nous ont été jetées comme une grâce mendiée et un misérable jouet d’enfant. Ces mots, extraits d’une lettre de Georg Büchner adressée à ses parents en 1833, ont été les premiers que j’ai entendu prononcer sur une scène par Tiago Rodrigues. C’était en été 1997, lorsque Jorge Silva Melo invita la compagnie de théâtre belge tg STAN à présenter au Centro Cultural de Belém (C.C.B.) une série de spectacles et animer un atelier de deux semaines réunissant environ 25 jeunes comédiens portugais. À l’époque, tout et tous étaient jeunes : le C.C.B. avait à peine 5 ans, tg STAN un peu plus de 8, Jorge n’en avait pas encore 50. À 21 ans (le même âge qu’avait Büchner quand il écrivit la lettre en question), Tiago était le plus jeune d’entre nous. Il fréquentait encore le Conservatoire (École Supérieure de Théâtre et de Cinéma). Il n’avait sans doute pas la technique de certains de ses collègues plus âgés, mais il est entré sur cette scène de Black Box et a prononcé les mots de Büchner avec une telle clarté, une telle authenticité et une telle intelligence qu’il était impossible de ne pas le remarquer. Voilà qui allait marquer le début d’une longue idylle avec tg STAN. D’ailleurs, Tiago cosignerait près de sept spectacles avec la compagnie belge (outre quelques participations ponctuelles à diverses autres pièces), mais voilà qui est une autre histoire. 1 Juillet encore, cette fois en 2006. Tiago Rodrigues m’a demandé de participer à Urgências 2006, le second volet d’une série de courtes pièces jouées au Théâtre Maria Matos, écrites par une douzaine de dramaturges portugais et interprétées par un groupe de comédiens autour de la question : qu’est-ce que tu as d’urgent à me dire ? La compagnie de théâtre Mundo Perfeito avait été fondée trois ans plus tôt et Urgências était la première cristallisation d’une compagnie qui, quelques années plus tard, allait occuper une place essentielle dans le panorama du théâtre portugais et international. Autour de Tiago Rodrigues, acteur, metteur en scène et écrivain, et de Magda Bizarro, productrice, photographe et responsable financière, Mundo Perfeito produit des spectacles toujours innovateurs, qui concilient le contemporain à l’accessible, la densité à l’humeur. À un rythme vertigineux (32 productions en 10 ans!), Mundo Perfeito développe des projets qui, très souvent, commencent par l’écriture d’un nouveau texte. Résultat : un répertoire étonnant, inspiré par l’urgence de susciter le débat autour d’une série de questions pressantes. La succession de productions de Mundo Perfeito s’apparente à un processus d’apprentissage, reflétant une insatiable curiosité et une foi profonde dans le principe humaniste de l’homo universalis, l’image de l’artiste qui préfère acquérir une connaissance générale du monde plutôt que de choisir une spécialisation. Un one-man-ensemble. Cependant, la compagnie Mundo Perfeito est tout sauf une entreprise solitaire. La compagnie se veut clairement être une maison ouverte, à la recherche constante de compagnons pour son auto-proclamée "bataille contre les forces du mal", laquelle est menée grâce à une série de collaborations avec un nombre impressionnant 2 d’artistes portugais et internationaux : les Libanais Rabih Mroué et Tony Chakar dans Yesterday's Man (2007) ; João Canijo, le Congolais Faustin Linyekula, la compagnie nord-américaine Nature Theater of Oklahoma et le Croate Sergej Pristas, pour ne parler que de quelques-uns de ceux qui ont participé à plusieurs éditions de Estúdios (2008 à 2010) ; Tim Etchells, Alex Cassal, Miguel Castro Caldas, José Luís Peixoto, José Maria Vieira Mendes et Jacinto Lucas Pires, entre autres, dans Hotel Lutécia (2010) ; des compagnies comme tg STAN dans Bérénice (2005), la Companhia Maior dans Bela Adormecida (2010), les Hollandais Dood Paard dans The Jew (2011) et les Brésiliens du groupe Foguetes Maravilha dans Mundo Maravilha (2012). En outre, cette maison ouverte a accueilli une série d’hôtes réguliers. Tout au long de ces dernières années, un ensemble de comédiens a fini par faire de facto corps avec la compagnie, sans perdre pour autant sa liberté de s’engager dans d’autres projets hors de Mundo Perfeito. Refusant tout compromis, l’ensemble formé par Cláudia Gaiolas, Tónan Quito, Paula Diogo, Gonçalo Waddington et quelques autres est fondamental dans la mesure où Mundo Perfeito, pour l’essentiel, fait du théâtre vivant : spectacles enracinés à 200 pour cent dans l’ici-etmaintenant, à mille lieues des conventionnelles répétitions, fortement engagés dans la rencontre singulière entre ces acteurs et ce public, dans cet espace, ce soir-là. Cela implique une grande responsabilité (et liberté) de la part des comédiens auxquels, chaque soir, incombe le devoir de réinventer le spectacle. Par-dessus tout, c’est une manière particulièrement généreuse de faire du théâtre, en tirant parti au maximum du singulier pouvoir de ce moyen 3 de communication, générosité qui donne origine à des spectacles tout à fait accessibles, sans jamais être ni paternalistes ni populistes. Théâtre vivant. Pour Mundo Perfeito, il y a une autre façon de mêler la scène et la vie : inviter Pedro Passos Coelho (Premier ministre), João Adelino Faria (journaliste), Marcelo Rebelo de Sousa (homme politique et commentateur TV), ou Alberto João Jardim ( Président de la région autonome de Madère) à intervenir directement sur une scène. On dessine un plan de Beyrouth sur les murs du théâtre. Les odeurs et les bruits de la cuisine de O que se leva desta vida sont plus intenses que ceux d’une cuisine de la vie réelle. À leur grand étonnement, personnages et situations se révèlent à eux-mêmes, dans une salle de théâtre, plus vrais que nature, hyperréels. Dans les spectacles de Mundo Perfeito, la distance métaphorique entre scène et réalité semble être, à première vue, pratiquement nulle. C’est le mouvement opposé à ce qui se produit traditionnellement dans le théâtre de répertoire : une pièce de l’Antiquité grecque, une autre de Shakespeare, d’Ibsen ou de Molière sont mises en scène pour démontrer l’universalité de la condition humaine, à travers le temps et l’espace. Dans l’univers de Mundo Perfeito, ce n’est pas un Créonte qui nous place devant le miroir de la corruption et de l’aveuglement du pouvoir, c’est plutôt un Pedro Passos Coelho, enlevant ses chaussures et mangeant un croissant, qui devient Créonte. Situations du quotidien élevées au rang de l’universalité. C’est une manière de faire du théâtre proche peut-être de quelqu’un comme le Hongrois Bela Pinter qui s’inspire de thèmes particulièrement locaux et datés pour raconter des histoires véritablement universelles. Ici, la fiction joue le rôle principal. Ce que Mundo Perfeito fait est tout 4 sauf du théâtre documentaire. Bien au contraire, elle entraîne la réalité sur la scène, réalité impudemment manipulée et fabulée, ponctuée de "et si...", où l’imagination vagabonde en toute liberté. Il y a quelque chose d’incroyablement subversif dans ce pouvoir de l’imagination, dans cette volonté de revendiquer le droit de rêver à nouveau une réalité toute nouvelle, bien que celle-ci ait encore les mêmes ingrédients de l’ancienne. C’est quelque chose qui se rapproche de la naïveté presque infantile et provocatrice des dadaïstes (il suffit de s’attarder sur le nom de la compagnie), d’un Kurt Schwitters qui proclamerait : nous exigeons l’abolition immédiate de tous les abus dans le monde entier (extrait du manifeste An alle Bühnen der Welt). À propos du monde : même si cela peut surprendre, Mundo Perfeito, avec ses spectacles aux thèmes si particuliers est, de loin, la compagnie de théâtre portugaise la plus réputée sur le plan international. Voilà qui en dit long sur le besoin d’authenticité dans le théâtre, ainsi que sur le malentendu du soi-disant « Euro théâtre universel ». Mais la prospérité de la vie internationale de Mundo Perfeito est également un signe clair du mode opératoire original de cette structure : il s’agit d’une entité organique, située à mille lieues du mécanisme quasi martial de la compagnie de théâtre conventionnelle, avec ses généraux artistiques, ses brigades d’administrateurs, ses bureaux de production et ses experts en communication, ses troupes de comédiens et de techniciens. Au sein de la compagnie Mundo Perfeito, la table de la cuisine et la cabine technique, la salle de bain et la loge, sont intimement liées. Inutile de convoquer d’interminables réunions pour organiser les choses. Tiago a comparé le fonctionnement de Mundo Perfeito à "un petit commerce de 5 proximité, à une épicerie du coin de la rue, où l’essentiel est l’humanité, l’authenticité et l’honnêteté, où chacun sait d’où proviennent les produits et où ils vont". Mundo Perfeito est aussi une compagnie de guérilla, facile à déplacer, voyageant peu chargée, réduisant autant que possible la distance entre les rangs. Une structure totalement alignée sur les besoins du projet artistique. Dix ans de Mundo Perfeito. Un entrepôt rempli de décors. Une étagère chargée de scénarios, les répliques soulignées au stabilo. Un chemin jalonné de défis, parcouru à la vitesse d’une montagne russe, inspiré par l’impérieux désir de découvrir de nouveaux territoires, de dépasser les limites. Et là dehors il y a encore un monde entier, en attente de perfection. Thomas Walgrave Directeur artistique du festival alkantara 6