Sal da Terra - SETEMBRO 2006

Transcrição

Sal da Terra - SETEMBRO 2006
IMPRESSO
Sal da Terra
Órgão de divulgação da
Sociedade Espírita Bezerra de Menezes
"Vós sois o sal da terra.(...)"
DE UTILIDADE PÚBLICA MUNICIPAL - LEI 2.665
Nº 24 - OUTUBRO/NOVEMBRO DE 2007 - LAGOA SANTA - MG
REUNIÕES PÚBLICAS ÀS QUINTAS FEIRAS (19:30 hs) DOMINGO (9:30 hs)
Na jornada evolutiva
Dos quatro cantos da Terra diariamente partem viajores humanos, aos milhares, demandando o
país da Morte. Vão-se de ilustres centros da cultura européia, de tumultuárias cidades americanas, de
velhos círculos asiáticos, de ásperos climas africanos.
Raros viveram nos montes da sublimação, vinvulados aos deveres nobilitantes. A maioria
constitui-se de menores de espírito, em luta pela outorga de títulos que lhes exaltem a personalidade.
Não chegaram a ser homens completos. Atravessaram o “maré magnum” da humanidade em contínua
experimentação. Muita vez, acomodaram-se com os vícios de toda a sorte, demorando voluntariamente
nos trilhos da insensatez. Apesar disso, porém, quase sempre se atribuíram a indébita condição de
“eleitos da Providência”; e, cristalizados em tal suposição, aplicavam a justiça ao próximo, sem se
compenetrarem das próprias faltas, esperando um paraíso de graças para si e um inferno de intérmino
formento para os outros. Quando perdidos nos intrincados meandros do matrerialismo cego, fiavam,
sem justificativa, que no túmulo se lhes encerraria a memória; e, se filiados a escolas religiosas, raros
excetuados,contavam, levianos e inconseqüentes, com privilégios que jamais nada fizeram por merecer.
Onde albergar a estranha e infinita caravana? Como designar a mesma estação de destino a
viajantes de cultura, posição e bagagens tão diversas?
Perante a Suprema Justiça, o malgache e o inglês fruem dos mesmos direitos. Provavelmente,
porém, estarão distanciados entre si, pela conduta individual, diante da Lei Divina, que distingue,
invariavelmente, a virtude e o crime, o trabalho e a ociosidade, a verdade e a simulação, a boa vontade
e a indiferença. Da contínua peregrinação do sepulcro, participam, todavia, santos e malfeitores, homens
diligentes e homens preguiçosos.
Como avaliar por bitola única recipientes heterogêneos? Considerando, porém, nossa origem
comum, não somos todos filhos do mesmo Pai? E por que motivo fulminar com inapelável condenação
os que motivo fulminar com inapelável condenação os delinqüentes, se o dicionário divino inscreve a
letras de fogo as palavras “regeneração”, “amor” e “misericórdia”? Determinaria o Senhor o cultivo
compulsório da esperança entre as criaturas, ao passo que Ele mesmo, de Sua parte, desesperaria?
Clorificaria a boa vontade, entre os homens, e conservar-se-ia no cárcere escuro da negação? O
selvagem que haja eliminado os semelhantes, a flechadas, teria recebido no mundo as mesmas
oportunidades de aprender que felicitam o europeu supercivilizado, que extermina o próximo à
metralhadora? Estariam ambos preparados ao ingresso definitivo no paraíso de bem-aventurança infindável
tão somente pelo batismo simbólico ou graças a tardio arrependimento no leito de morte?
A lógica e o bom – senso nem sempre se compadecem com argumentos teológicos imutáveis.
A vida nunca interrompe atividades naturais, por imposição de dogmas estatuídos de artifício. E, se
mera obra de arte humana, cujo termo é a bolorenta placidez dos museus, exige a paciência de anos
para ser empreendida e realizada, que dizer da obra sublime do aperfeiçoamento da alma, destinada a
glórias imarcescíveis?
Vários companheiros de ideal estranham a cooperação de André Luis, que nos tece
informações sobre alguns setores das esferas mais próximas ao comum dos mortais.
Iludidos na teoria do menor esforço, inexistente nos círculos elevados, contavam com
preeminência pessoal, sem nenhum testemunho de serviço e distantes do trabalho digno, em um céu de
gozos contemplativos, exuberante de conforto melifico. Prefeririam a despreocupação das galerias, em
beatitude permanente, onde a grandeza divina se limitaria a prodigiosos espetáculos, cujos números mais
surpreendentes estariam a cargo dos Espíritos Superiores, convertidos em jograis de vestidura brilhante.
A missão de André Luis é, porém, a de revelar os tesouros de que somos herdeiros felizes na
Eternidade, riquezas imperecíveis, em cuja posse jamais entraremos sem a indispensável aquisição de
sabedoria e de Amor.
Para isto, não lidamos em milagrosos
laboratórios de felicidade improvisada, onde se
adquiram dotes de vil preço e ordinárias asas de
cera. Somos filhos de Deus, em crescimento. Seja
nos campos de forças condensadas, quais os da
lutafísica,sejanasesferasdeenergiassutis,quais
as do plano superior, os ascendentes que nos
presidem os destinos são de ordem evolutiva, pura
e simples, com indefectível justiça a seguir-nos de
perto, à claridade gloriosa e compassiva do Divino
Amor.
A morte a ninguém propiciará
passaporte gratuito para a ventura celeste. Nunca
promoverá compulsoriamente homens a anjos.
Cada criatura transporá essa aduana da eternidade
com a exclusiva bagagem do que houver semeado,
e aprenderá que a ordem e a hierarquia, a paz do
trabalho edificante, são característicos imutáveis
da Lei, em toda parte.
Ninguém, depois do sepulcro, gozará
de um descanso a que não tenha feito jus, porque
“O Reino do Senhor não vem com aparências
externas”.
Os
companheiros
que
compreendem, na experiência humana, a escada
sublime, cujos degraus há que vencer a preço de
suor, com o proveito das bênçãos celestiais, dentro
da prática incessante do bem, não se
surpreenderão com as narrativas do mensageiro
interessado no servir por amor. Sabem eles que
não teriam recebido o dom da vida para matar o
tempo, nem a dádiva da fé para confundir os
semelhantes, absorvidos, que se acham, na
execução dos Divinos desígnios. Todavia, aos
crentes do favoritismo, presos à teia de velhas
ilusões, ainda quando se apresentem com os mais
respeitáveis títulos, as afirmativas do emissário
fraternal provocarão descontentamento e
perplexidade.
É natural, porém: cada lavrador
respira o arado campo que escolheu.
Para todos, contudo, exoramos a
bênção do Eterno: tanto para eles, quanto para
nós.
E M M A N U E L - NO MUNDO MAIOR – ANDRÉ LUIZ FRANCISCO C. XAVIER
SEBEM - Semeando o Bem!
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Sal da Terra/2007
Agentes da Infelicidade
SE DIRIGIR, AME.
Antônio Carmo Rubatino
[email protected]
Um veículo em desabalada, espaço restrito de circulação na via
pública, pessoas na calçada aguardam a oportunidade de se deslocar.De
repente, um infausto avassalador. Desgovernada a carroça metálica criada
para prover conforto e segurança, sobe abruptamente na calçada e intervém
na trajetória de duas crianças causando um déficit de vidas em seu
alvorecer, levando um pai aos estertores da agonia íntima.
Lágrimas incontidas, lamentos que ecoam pelas almas clamando
justiça, misericórdia, questionando a existência de Deus quando defrontadas
com a infelicidade avassaladora que instaura o caos, o desalento, a
desesperança e a inconformidade.
Agentes do sofrimento, interferimos na trilha dos semelhantes,
causando danos que exigem múltiplas jornadas de refazimento e
reconstrução. Somos o retrato vivo da impiedade conosco mesmos e
com os que de nós se aproximam. Vivendo em conflitos continuados,
vamos deixando registros vivos para o contato impiedoso da consciência
desperta que um dia se nos depara na jornada, trazida pela maturidade
relativa ou pela mudança na jornada, ensejada pela senectude, pela
vizinhança do portal da morte, impulsionada pela inevitável exaustão do
ciclovitaldocorpofísico.
Números estarrecedores mostram que 4% dos acidentes de trânsito
são ocasionados por problemas nos veículos, 6% decorrem de más
condições das vias e 90% originam-se de comportamentos dos motoristas,
escoimados em atos inseguros que externam imprudência – quando o
condutor do veículo tem consciência dos riscos –, imperícia – quando o
motorista não tem consciência do seu ato inseguro –, ou negligência –
quando ao conduzir o carro deixa de ter comportamento seguro. Desde
1989, o Brasil ostenta o título de líder mundial em acidentes de trânsito.
Após um desastre, vendo o mal ocasionado, é comum ao agente
causador buscar eximir-se, evocando condições adversas da via ou das
vítimas, esquivando-se do chamusco ou da revolta de testemunhas,
conduzindo-se interiormente para a margem da Lei. Fugindo do tribunal
íntimo, implacável, a ser acionado pelo tempo.
Na questão 639 de O Livro dos Espíritos, muito antes do tempo
açodado em que vivemos, os espíritos infomaram a Kardec que cada um
será penalizado, não só pelo mal que haja feito, mas também pelo
mal a que tenha dado lugar.
Quando por atitudes ou gestos intervimos na vida do próximo,
intervimos na caminhada das criaturas, nas jornadas de outros, mudando
os seus itinerários. E os espíritos lembraram a Kardec a propósito quando
na questão 781 lhes foi perguntado: Tem o homem o poder de paralisar
a marcha do progresso? Não, mas tem, às vezes, o de embaraçá-la.
Emmanuel diz que consciências encarnadas em desvario fazem os
desvarios da esfera humana1, alertando para as vantagens do autoaprimoramento capaz de tornar-nos mais infensos às mazelas da
contemporaneidade. Afinal, como viver em paz, se somos ainda agentes
do mal em múltiplas circunstâncias, distanciando-nos das trilhas seguras
da harmonia e da convivência fraterna?
Narcisa2 referindo-se às escolhas miseráveis que às vezes fazemos,
sentenciou com extraordinário senso de oportunidade: Deus criou seres
e céus, mas nós costumamos transformar-nos em espíritos diabólicos,
criando nossos infernos individuais.
A aura do amor modifica tudo, substituindo a desgraça, pela graça.
A infelicidade pela feliz idade. A miséria pela misericórdia. O desgosto,
pelo gosto. O semblante contraído pelo gesto amigo. O cenho franzido
pelo sorriso aberto. O punho fechado, pela mão estendida.
Sedirigir, ame. Não dirija sem amor.
1
2
Justiça Divina – Cap Problema Conosco– pág. 83 – FEB
Nosso Lar – Cap 30 – André Luiz / Chico Xavier – FEB
Os animais
Uma família que se constitui após as tsunamis que atingiu diversos
países do Oceano Índico, no dia 26 de dezembro de 2004, chamou atenção
do mundo não só pelo exemplo de amor, mas pelo inusitado dos envolvidos.
A família é constituída por um filhote de hipopótamo, chamado Owen, e
uma tartaruga-macho gigante de 130 anos, de nome Mzee. O bebê
hipopótamo, que na ocasião pesava cerca de 300 quilos, vivia no rio Sabaki
e foi afastado dos pais naturais pelas ondas gigantes, as mesmas que ceifaram
a vida de mais de cem mil pessoas. Arrastado para o oceano, o filhote
acabou preso num recife, sendo socorrido por moradores da região, com o
auxílio de uma rede de pesca. Foi então levado para o Parque Mombasa
Haller, no Quênia, onde encontrou a tartaruga Mzee, que no início relutou
um pouco em aceita-lo, mas acabou cedendo à pressão, uma vez que o
carente Owen o seguia, insistentemente, de um lado para outro, talvez atraído
por sua cor também acinzentada. O fato é que um ano depois desse encontro
os jornais noticiavam que os membros daquela inusitada família permaneciam
mais unidos do que nunca, continuando a dormir inclusive juntos, e que o
simpático hipopótamo, agora um tanto maior, estava prestes a conhecer
uma namorada e ser transferido para uma área comum, na companhia, é
claro, do seu centenário padastro Mzee.
-*-*-*Toda criatura traz em si a centelha divina, mesmo quando ainda esteja
nos primórdios do seu processo evolutivo, como é o caso dos animais.
Com base nisso é que o poeta Casimiro Cunha, por intermédio do saudoso
médium Francisco Cândido Xavier, escreveu a belíssima poesia “Os animais”,
inserida no livro “Cartilha da Natureza”, publicação da Federação Espírita
Brasileira. A seguir,apoesianaíntegra:
“Na casa da Natureza, /O Pai espalhou com arte/As bênçãos de luz
da vida, / Que brilham em toda a parte.
Essas bênçãos generosas, /Tão ricas, tão naturais, / São notas de
amor divino/Na esfera dos animais.
Não te esqueças: no caminho, /praticando o bem que adores, /Busca
ver em todos eles/Os nossos irmãos menores.
A Providência dos Céus/Jamais esquece a ninguém; /Deus que é Pai
dos homens sábios, / Deus que é Pai dos homens sábios; / É Pai do animal
também.
A única diferença, /Em nossa situação, / É que o animal não chegou/
às vitórias da Razão.
Entretanto, observamos/ Em toda a sua existência/ Os princípios
sacrossantos/ De amor e de inteligência.
Vejamos a abelha amiga/ No grande armazém do mel, / A galinha
afetuosa, /O esforço do cão fiel.
O boi tão útil a todos, /É bondade e temperança; / O muar de força
hercúlea/Obedece a uma criança.
Ampara-os, sempre que possas, /Nas horas de tua lida./ O animal de
tuacasa/ Tem laços com tua vida.
A lei é conjunto eterno/ De deveres fraternais: /Os anjos cuidam dos
homens, /Os homens dos animais.
Dedé Estética Animal
BANHO E TOSA
Atendimento à Domicilio
Banho Carrapaticida, Banho Higiênico, Tosa com
Máquina e Tesoura, Cauterização de Pêlos, tinturas e
Clareamento, Limpeza de Tártaro e Corte de Unhas.
Contato: André Luiz
31 – 9235 – 4007 / 31 – 3681 – 4675
Sal da Terra/2007
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CRIMINALIDADE E DELINQUÊNCIA
ANÁLISE DO CRIME SOB AS ÓTICAS DA JUSTIÇA HUMANA E DA JUSTIÇA DIVINA
Marcelo Henrique Pereira - Revista Reformador – 01/2006
As dificuldades de entendimento
interpessoal e a busca desenfreada
pelo “ter” configuram os maiores
problemas da modernidade.
Havendo a previsão de regras legais
para o bom convívio social, todos
os dias, pessoas que não se
adaptam aos modelos de conduta
válidos acabam delinqüindo, isto é,
desrespeitando (através da ação
pessoal ou coletiva), as normas
vigentes. O Direito funciona como
o freio de harmonização ou
adequação das práticas humanas
ao padrão socialmente eleito,
calcado nas penas, que são
“castigos” de natureza monetária
(multas ou indenizações), ou de
cerceamento da liberdade de ir e vir
(detenção ou reclusão). Por mais
desenvolvida seja uma Sociedade,
entretanto, a justiça aplicável não
é perfeita, absoluta,definitiva. Há
entre a justiça humana e a divina
um hiato proporcional à distância
entre o nível evolutivo dos homens
e a perfeição da Divindade.
A Constituição Brasileira
(artigo 5%,XXXV a XLI e LV)
disciplina as regras gerais de
aplicação da justiça em nosso país:
nenhum ato escapa à análise do
judiciário e as condutas humanas
só podem ser consideradas
criminosas havendo lei anterior à
prática daquelas que assim as
definam. Crime, portanto, é o ato
delituoso, fato individual que viola
a lei, conduta humana que infringe
a lei penal. Da lição dos estudiosos,
temos os princípios básicos: o crime
é um fenômeno natural e social; a
responsabilidade penal cabe à
sociedade; a pena é meio de defesa
da sociedade e visa recuperar os
criminosos recuperáveis e isolar os
i
rrecuperáveis; o método de estudo
do Direito Penal é o experimental;
o criminoso é um indivíduo anormal,
e essa anormalidade decorre de
causa física ou moral; os
criminosos são classificados em
ocasionais, habituais, natos,
passionais e doentes mentais.
A pena é, assim, a retribuição
jurídica para o restabelecimento da
ordem jurídica violada. Funda-se
na culpa. Há, no Direito, a célebre
distinção entre atos culposos e
dolosos, ou, entre culpa e dolo.
Neste último, manifesta está a
intenção na ação, e o agente
efetivamente quis o resultado. No
primeiro, ao contrário, o agente
não queria o resultado, mas, de
certa forma, sua atitude –
negligente, imprudente, ou imperita
– conduziu a ele.
Os bens jurídicos tutelados
são, em ordem de importância: 1)
vida; 2) integridade física;
3)liberdade;
4)propriedade
material. De acordo com esta
gradação, são estabelecidos os
níveis de penalidades. A apreciação
jurisdicional enquadra a ação
criminosa, a intenção do agente, o
resultado obtido e a relação crimevítima e crime-sociedade,fixando as
sentenças condenatórias, conforme
a “dosimetria da pena” (dosagem
do remédio jurídico para o mal
[crime] existente).
Interessa à Doutrina Espírita
a configuração do criminoso. Em
relação à análise da conduta
humana,
são
princípios
fundamentais: 1) o mal é a ausência
do bem: 2) o ato contrário às Leis
Divinas denota o primitivismo moral
do ser, que é superado à medida
que o Espírito evolui; 3) o livrearbítrio – DIREITO do ser espiritual
– condiciona a responsabilidade e,
quanto mais esclarecido o Espírito
, maiores são a culpa/merecimento
deste; 4) as punições da Lei Divina
têm apenas o caráter educativo; 5)
o resumo da Lei está no axioma:
AMAR AO PRÓXIMO COMO A
NÓS MESMOS( questão 876 de O
Livro dos Espíritos).
Para o conceito espiritual de
crime, lembra-se aqui a questão 358
de O Livro dos Espíritos, que
pontua: Há crime sempre que
transgredis a lei de Deus (quando
os Espíritos respondem acerca de
ser ou não, o aborto,crime).
Ademais, nesta obra, são
mencionados como crimes: matar
um semelhante para se alimentar;
e o assassínio (homicídio).
Há,entretanto, atenuantes como
matar em virtude do império da
força, como no caso das guerras
(vide questão 709,746 e 749).
Num corpo são (sem
anomalias mentais), a vontade
espiritual é que governa, e a
responsabilidade pelo ato é do
Espírito,
sempre.
Com
o
tolhimento(parcial) da razão, o
grau (maior ou menor) de
consciência do ato e de
voluntariedade determinará a
culpabilidade espiritual, fechando
qualquer
possibilidade
de
ocorrência de crime totalmente
involuntário, mesmo que em
decorrência de distúrbios orgânicos
(mentais). É o axioma: “Em tudo
vede a intenção)”.
A responsabilidade (tanto do
homem – doutrina penal – quanto
do Espírito) funda-se no livre-
arbítrio.
Daí
decorre
a
imputabilidade da ação. Assim
sendo, se o agente, no momento da
prática do ato, não reunia
capacidade ou condições pessoais
que permitiam a consciência da
prática e/ou de sua ilicitude, não é
possível puni-lo. Psicologicamente
falando, há tendências criminosas
e grande parte delas está
diretamente ligada à educação (ou
à ausência dela) nas fases iniciais
da vida humana, à aquisição de
hábitos
ou
vícios,
ao
relacionamento com outros homens
e, em essência, ao próprio ambiente
social em que o indivíduo se acha
inserido. Isto, do ponto de vista
eminentemente material(vida atual).
No aspecto espiritual,
considera-se: 1) é o Espírito – e
somente ele – o responsável direto
pela prática de seus atos; 2) a
ambiência(meio) pode ser um
facilitador ou um dificultador de
sua conduta normal e isto configura
espécie de prova à qual o Espírito
se acha sujeito para, em última
análise, “domar as suas más
inclinações”; 3) a relação Espíritomeio-Espírito é maior ou menor de
acordo com a vontade espiritual,
tanto em contribuir quanto em
prejudicar; 4) a conduta criminosa
será sempre uma resultante do
estágio espiritual do Ser e de sua
capacidade (prova) de resistência
ao mal.
Não podemos convir que
alguém reencarne com a “missão de
cometer crimes, mas a escolha de
ambientes,
relacionamentos,
companhias, e o resgate de débitos
anteriores como proposta, podem
colocar as pessoas frente à
possibilidade de cometimento dos
mesmos. Isto justifica a chamada
tendência “espiritual” para a
criminalidade. Em tudo impera o
livre-arbítrio do ser, a consciência
e escolher os meios adequados para
a sua experiência reencarnatória.
Não há, pois, de nenhum modo, o
determinismo para o crime.
Todavia, uma personalidade
“habituada”,
por
várias
encarnações, ao convívio com o
crime, estará mais propensa à sua
reiterada prática, em nova
existência corporal. Relacionando
criminalidade e lei de causa e efeito,
há o resgate dos males cometidos
(crimes) em vidas pregressas,
Entretanto, ao contrário do que se
possa imaginar, o resgate não
obedece à antiqüíssima lei de Talião
(“olho por olho dente por dente”)
e o “carma” (se assim podemos
chamá-lo), não significará que o
delinqüente da vida anterior tenha
de ser a vítima nesta, ou vice-versa.
Não se paga o mal com o mal.
Em termos espirituais, a
obsessão pode levar ao cometimento
de crimes, pela maior ou menor
influenciação espiritual de um (ou
mais) ser (es) sobre outros(s). Em
muitos criminosos, numa análise
clínica e psicológica, tem-se
percebido a existência do que a
Medicina chama de “múltiplas
personalidades”, grupos de
Espíritos que “apossam-se” do ser
encarnado, sugestionando-o e
valendo-se do necessário meio
físico para a prática de atos
(criminosos) no plano da matéria.
Espiritualmente, podemos estar
diante
dos
seguintes
desdobramentos: 1) vingança do(s)
em relação ao encarnado(s) em
relação ao encarnado criminoso,
influenciando-o na execução de
delitos; 2) vingança do(s) Espírito(s)
desencarnado (s) em relação a um
(ou mais) encarnados, utilizando-se
de outro agente – o criminoso; 3)
sintonia
mental/vibratória/
psicológica entre o(s) Espírito(s)
desencarnado(s)
e
o(s)
encarnado(s), que se comprazem,
ambos, na prática da delinqüência.
Fala-se, aqui, na formação de
falanges
espirituais,
e
a
permanência – mesmo temporária –
de um ou mais elementos desta, no
plano da carne, pode ser um fator
providencial para o cometimento
dos atos desejados por todos.
Mas as sintonias também
ocorrem na sendo do Bem. Apregoase muito, em nossos dias, a
influência do Espiritismo no
progresso da Humanidade. Em
linhas gerais, a filosofia espírita
contém – no nosso entender – as
explicações
necessárias
e
verdadeiras dos fatos espirituais/
humanos. Conhecer a Doutrina,
com seus princípios e teorias, é
primordial para a melhora
individual e coletiva. Não devemos
fechar os olhos para o crime, para
a violência, para a iniqüidade, só
porque não está acontecendo
conosco, naquele momento... Se nos
calamos ante a injustiça, a
intolerância, quem sabe não será
tarde, para nós, sairmos do silêncio
quando formos a vítima. Talvez não
possamos sequer nos manifestar em
vida, porque até esta já pode ter
sido ceifado pela criminalidade.
PENSE NISSO!
P Á G. 04
Sal da Terra/2007
Mudança de sexo
A constituição do ser orgânico é
decorrência das suas necessidades
evolutivas, que são trabalhadas pelo
perispírito na condição de modelo
organizador biológico.
Trazendo impressos os
mecanismos da evolução nos tecidos
sutis da estrutura íntima, plasma, a partir
do momento da concepção, o corpo,
no qual o Espírito se movimentará
durante a vilegiatura humana, a fim de
aprimorar o caráter e resgatar os
compromissos, negativos que ficaram
na retaguarda.
Trabalhando nos códigos
genéticos do DNA,aciona as moléculas
fornecedoras das células que
programarão a forma, enquanto o
Espírito se encarrega de produzir os
fenômenos emocionais e as faculdades
psíquicas.
Assim sendo, é herdeiro de si
mesmo, promovendo os meios de
crescer interiormente através das
experiências que ocorram numa como
noutra polaridade sexual.
Em se considerando as graves
finalidades do aparelho genésico, na sua
função reprodutora, ele é repositório de
hormônios especiais, que trabalham
conjuntamente com os outros das
demais glândulas de secreção endócrina
de forma que o equilíbrio físico,
emocional e intelectual se expresse
naturalmente, sem traumas ou
disfunções que decorrem dos
problemas que ficaram por solucionar.
A libido impulsiona o indivíduo
para a realização criativa e produtiva,
quando se expressa com moderação,
sendo natural decorrência ancestral do
instinto por cuja faixa o ser transitou
durante largo período e cujas marcas
permanecem dominadoras.
A qualquer distonia de sua parte,
logo surgem distúrbios neuróticos e
comportamentais
que
afetam
perturbadoramente
o
processo
reencarnatório, a ela fortemente
vinculado.
Essa poderosa energia motora
exige cuidadosa canalização, a fim de
produzir fenômenos harmônicos, que
estimulem à ordem, à realização
dignificadora, porquanto, assim não
sendo, a sua força irrompe como caudal
desordenado que passa deixando
escombros.
O uso adequado da função sexual
– sintonia entre a psicologia e a fisiologia
da polaridade – proporciona bem estar
e facilita o crescimento espiritual, sem
gerar amarras com a retaguarda do
instinto, assim com, também com as
Entidades perversas e viciadas que a ela
se vinculam.
A sua abstinência, quando a
energia que exterioriza é trabalhada e
transformada em força inspirativa e
atuante pelos ideais de beleza, de cultura,
de sacrifício pessoal, igualmente
propicia equilíbrio e empatia, já que o
importante é o direcionamento dos seus
elementos psíquicos, que têm de ser
m o v i m e n t a d o s
incessantemente,porquanto para isso
são produzidos.
Em decorrência, é de
fundamental importância que o Espírito
reencarnado se sinta identificado com
a sua anatomia sexual, mantendo os
estímulos psicológicos em consonância
com a mesma.
Quando a ocorrência é diversa –
função emocional diferente da forma
física – encontra-se em reajustamento,
que deverá ser disciplinado, evitando a
permissão do uso indevido, que
proporciona agravantes mais severos
para o futuro.
Eis porque o respeito que os pais
devem manter em relação ao sexo dos
filhos, evitando interferir psiquicamente
no processo da sua formação, quando
o zigoto começa a definir a futura forma
consoante o mapa cármico do
reencarnante.
É natural que se tenha opção por
essa ou aquela expressão sexual para o
ser amado; no entanto, não deve ser tão
preponderante que, em se apresentando
diferente do que se deseja, o amor sofra
efeitos negativos. Outrossim, a
invigilância que pode originar-se na
genitora optando e impondo o seu desejo
sobre o ser em desenvolvimento, poderá
contribuir para alterar a constituição
molecular,
atendendo-lhes
psicocineticamente a aspiração. Não
obstante, porque fora da programação
evolutiva do Espírito, essa mudança
pode trazer-lhe prejuízos emocionais e
comportamentais.
A estrutura genética em
elaboração do corpo é constituída por
elementos poderosos embora sutis, que
atendem aos planos energéticos que
agem sobre ela. Assim, a mente do
reencarnante – conscientemente ou não
– como a dos seus genitores, interferem
expressivamente na construção da sua
anatomia, agindo diretamente nos genes
e seus cromossomos, se a vontade
atuante se fizer forte e constante. Essa
ação psíquica pode alterar, na estrutura
do DNA os pares de purinas e
pirimidinas, modificando as disposições
estabelecidas e em formação. Tal
ocorrência não é rara, antes é muito
mais numerosa do que se tem detectado,
particularmente nas vezes em que o
Espírito imprime sinais que traz de
existências transatas – suicídios,
homicídios, acidentes – ou de condutas
que se fixaram profundamente no cerne
do ser, ressurgindo agora na forma
nova.
Da mesma maneira, filhos com
anatomia diferente da herança espiritual
– em alguns casos como efeito da
preferência dos pais, especialmente da
mãe que a trabalhou psiquicamente
mantendo a aspiração exagerada do que
cultivou durante a gestação –
apresentam transtornos de expressão e
comportamento que devem ser
corrigidos na infância, a fim de se não
tornarem afligentes no período da
adolescência, quando da definição dos
órgãos e caracteres anexos ao sexo.
A orientação cuidadosa e
enriquecedora de amor reestrutura o
binômio forma-emoção, facultando a
existência saudável, sem angústias nem
desassossegos
De maneira mais grave poderá
acontecer quando os estudiosos da
engenharia genética, nos seus ensaios
ambiciosos, pretendendo interferir nas
vidas, reprogramarem, através dos
códigos genéticos do DNA, os sexos já
em vias de formação, para que se
alterem, mudando a anatomia e a função.
Nesses casos, permanecendo a
programação espiritual, que passaria a
sofrer ingerência externa, surgirão
indivíduos com complexos problemas
de conduta nessa área ,desde que
fortemente necessitados da experiência
na polaridade primitiva que foi
modificada. Encontrando-se noutra, que
lhe não responde aos anseios dos
sentimentos nem às necessidades
psíquicas,
desarticulam-se
interiormente.
Existem já incontáveis ocorrências
dessa natureza, que terminam em fugas
terríveis para as drogas que geram
dependência, que desgastam e levam à
consumpção, quando não se atiram aos
suicídios desesperados para fugirem do
conflito que os aturdem e dilaceram,
acreditando não terem solução nem
razão para viverem.
A questão sexual é muito delicada e
profunda, estando a exigir estudos
sérios, sem as soluções da vulgaridade,
apressadas e levianas, que pretendem
resolver as situações conflitivas
mediante
sugestões
para
comportamentos insensatos, que
violentam as estruturas morais do
próprio ser, que passa então a
experimentar distonia psíquica íntima
ou desprezo por si mesmo, embora
mantendo aparência de triunfo que se
encontra distante de o haver
conseguido.
No momento da concepção o
perispírito é atraído por uma força
incomparável, às células que vão
formando,
nelas
imprimindo
automaticamente, por força da Lei de
causa e efeito, o que é necessário à sua
evolução, incluindo, sem dúvida, o sexo
e suas funções relevantes.
A ingerência externa, alterandolhe a formação somente trará
inconvenientes, prejuízos e distonias
morais
A engenharia genética, à medida
que penetra nas origens da vida física,
poderá oferecer uma contribuição
valiosíssima, desde que não se imponha
a vacuidade de interferir nos quadros
superiores da realização e construção
do ser humano.
O corpo produz o corpo, que é
herdeiro de muitos caracteres ancestrais
da família, mas só o Espírito produz o
caráter, as tendências, as qualidades
morais, as realizações intelectuais, o
destino...
Eis porque, na vã tentativa de
mudar-se o sexo, na formação
embrionária ou noutro período qualquer
da existência física, desafia-se a lei de
harmonia vigente na criação, o que
provocará distúrbios sem nome na
personalidade e na vida mental de quem
lhe sofre a ingerência.
Todo o corpo merece respeito e
cuidados, carinho e zelo contínuos, por
ser a sede do Espírito, o santuário da
vida em desenvolvimento. No entanto,
na área sexual, tendo-se em vista a
finalidade reprodutora, o intercâmbio de
hormônios poderosos quão relevantes,
o ser é convidado a maior vigilância e
disciplina.
Educar o sexo mediante
conveniente disciplina mental é o desafio
para a felicidade, que todos enfrentam
e devem vencer.
As amarras aos vícios sexuais vêm
retendo milhões de homens e mulheres
na
retaguarda
das
paixões,
reencarnando-se com difíceis e
desafiadores problemas que aguardam
dolorosas soluções. E porque se não
querem sacrificar, a fim de equacionálos, permanecem em situações penosas
quanto aflitivas.
Todo abuso ao corpo e
particularmente ao sexo perpetrado
conscientemente, gera dano equivalente,
que
permanecerá
aguardando
correspondente solução por aquele que
se infligiu a desordem, passando a
sofrê-la.
Diante, portanto, de qualquer
dificuldade que se experimente, ou face
às decisões graves que aguardam
atitude decisória, sempre se poderá
perguntar ao Amor como resolvê-las, e
esse Amor que se manifesta em toda
parte, sem os condimentos das paixões
perturbadoras, responderá com
sabedoria meridiana que, atendida com
cuidado, proporcionará equilíbrio e paz,
impulsionando o Espírito pelo rumo bem
orientado, pelo qual atingirá a meta para
cujo fim se encontra reencarnado.
Joanna de Angelis / Dias Gloriosos
psicografia de Divaldo P. Franco
“SAL DA TERRA”
PUBLICAÇÃO BIMESTRAL DA SOCIEDADE
ESPÍRITA BEZERRA DE MENEZES
Editor: Nascip Gomes
Reuniões públicas toda quinta feira às 19:30 hs e aos Domingos 9:30hs.
R. Castro Figueiredo, 633 - Brant - L A G O A SANTA - 33400000- MG
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Sal da Terra/2007
CÉLULAS-TRONCO E CONGELAMENTO
DE EMBRIÕES
Marta Antunes Moura – Revista Reformador – Fevereiro/2007
Os seres pluricelulares são constituídos de diferentes tipos de
células,originarias das células-mãe,células estaminais ou células-tronco(stem
cells). São células que produzem os tecidos orgânicos pelo processo biológico de
diferenciação celular, geneticamente regulado por genes específicos. As célu-
las-tronco são, na atualidade, objeto de complexas e onerosas pesquisas científicas, consideradas úteis no controle de doenças neurodegenerativas, cardíacas,
cardíacas, metabólicas,hematológicas, renais, acidentes vasculares
cerebrais(AVCs).
As células-tronco são classificadas em dois tipos básicos: embrionárias e
adultas. As embrionárias são denominadas totipontentes porque podem originar
qualquer tecido do organismo, além da placenta e dos anexos placentários. Na
fase inicial de desenvolvimento, o embrião é conhecido como blastocisto, o qual
possui células pluripotentes com a propriedade de formar todos os tecidos, exceto
a placenta e anexos. As células-tronco adultas, de diferenciação limitada, são
encontradas nos órgãos do corpo, sendo que as mais utilizadas nas terapias são
as da medula óssea, placenta e do cordão umbilical.
É mais apropriado o uso de células-tronco adultas cuja terapia, além de
não contrariar os princípios da bioética, revela mínima possibilidade de rejeição
biológica. Neste sentido, é oportuno destacar a impressionante capacidade das
células-tronco localizadas na medula óssea: elas podem diferenciar-se nos nove
tipos celulares que circulam no sangue e, também, nas células localizadas nos
órgãos linfóides (envolvidos nos mecanismos de imunidade). A renovação celular no sangue é tão intensa que, diariamente, entram na corrente sanguínea cerca de oito mil células novas, provenientes da medula óssea.
O processo de extração de células-tronco embrionárias encontra barreiras éticas devido à morte dos embriões (blastocistos). Esses embriões, quando
congelados em nitrogênio líquidos por mais de três anos, são considerados excedentes ou inviáveis pelas clínicas de fertilização in vitro, ou são formados especificamente para fins de terapias médicas. No Brasil, a Lei Federal 11.105, de 24
de março 2005, regulamenta as pesquisas na área, permitindo o uso de célulastronco embrionárias para pesquisas e terapia. Durante os trâmites de elaboração dessa lei, causou-nos surpresa a afirmação de alguns colegas da área de
saúde que, na tentativa de justificarem a realização de pesquisas com embriões
congelados, alegavam (e alegam), como pretensa verdade absoluta, a não-existência de vida no blastocisto, reduzido a mero conceito de simples agrupamento
de células, um pré-embrião.
Em sentido diametralmente oposto, o Espírito André Luiz informa:
É importante considerar, todavia, que nós, os desencarnados, na esfera
que nos é própria, estudamos, presentemente, a estrutura mental das células, de
modo a iniciarmo-nos em aprendizado superior, com mais amplitude de conhecimento, acerca dos fluidos que nos integram o clima de manifestação, todos eles
de origem mental e todos entretecidos na essência da matéria primária, o Hausto
Corpuscular de Deus, de que se compõe a base do Universo Infinito”.
Ora, se uma célula, germinal ou somática tem estrutura mental, é óbvio
que, onde há elementos mentais, existe também vida.
A discussão sobre a destruição dos embriões congelados não é,
portanto, banal, que deva ser relegada a plano secundário, sobretudo pelo espírita que, a priori, sabe que a união do Espírito ao corpo começa na concepção:
“[...] Desde o instante da concepção, o Espírito designado para habitar
P Á G. 05
certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai apertando até o instante em que a criança vê a luz [...]”.
Os Espíritos Superiores também esclarecem que a ligação, do laço
fluídico perispiritual ao corpo em formação, não é tão superficial como se supõe
à primeira vista:
“[...] à medida que o gérmen [embrião] se desenvolve, o laço se encurta.
Sob a influência do princípio vito-material do gérmen, o perispírito, que possui
certas propriedades da matéria, se une, molécula a molécula, ao corpo em formação, donde o poder dizer-se que o Espírito, por intermédio do seu perispírito,
se enraíza, de certa maneira, nesse gérmen, como uma planta na terra [...]”.
É preferível, do ponto de vista espiritual, que os casais inférteis, desejosos
de serem pais, adotem uma criança ou, se fizerem opção pelos métodos da
reprodução assistida, faça a inseminação de todos os embriões congelados, não
se comprometendo com a morte de nenhum deles. É preferível, igualmente, que
os enfermos se fortaleçam moralmente e suportem as suas doenças provacionais,
do que serem beneficiados por terapias responsáveis pela destruição de embriões.
Devemos ter fé em Deus e em Jesus, guia e modelo da Humanidade. Os
Benfeitores espirituais trabalham incessantemente em benefício do progresso
terrestre, nos diferentes campos do saber humano. É por isso que recebemos
como auspiciosa a recente publicação da revista Nature (julho de 2006) que faz
referência aos promissores resultados de pesquisa realizada por uma equipe de
cientistas americanos. Esses pesquisadores conseguiram produzir duas linhagens de células-tronco embrionárias sem causar a morte dos embriões utilizados. O método empregado está em fase experimental, ainda revela-se incipiente,
mas representa um avanço científico de valor.Trabalhos dessa natureza demonstram que não nos encontramos no Planeta por conta e risco próprios, mas
submetidos a uma direção de ordem superior, sábia, amorosa e justa. Deus concede a todos nós, em caráter particular e coletivo, a proteção de Espíritos guardiões
que, sob a orientação de Jesus, velam pelo progresso humano, guiando-nos como
faz um pai em relação aos filhos; protegendo-nos na senda do bem, consolandonos nas aflições e nos levantando o ânimo nas provas da vida.
Aguardemos, pois, confiantes, os avanços da Ciência. É medida de bom
senso deixar de lado discussões infrutíferas que questionam a existência, ou
inexistência, de um Espírito ligado ao embrião congelado, assim como consultar
médiuns para solucionar tal dúvida. Os métodos científicos não fornecem garantias a respeito. Detectam apenas se os embriões são viáveis ou inviáveis, do ponto
de vista biológico. O Espiritismo, por outro lado, esclarece que há, sim, possibilidade de ser rompida a ligação que mantém unidos a alma e o corpo, caso o
reencarnante, por vontade própria, recuar por temer as provas que escolheu. Nesse sentido, ocorre um aborto espontâneo ou nascimento de natimorto, se a desistência ocorreu respectivamente, no primeiro ou últimos trimestres da gestação. Na
situação dos embriões congelados, deduzimos que a integridade (higidez) e a viabilidade do blastocisto, detectadas por técnicas científicas apropriadas, são evidências que falam a favor da presença de um Espírito unido ao corpo em formação.
Necessitamos, na verdade, estudar com mais afinco os postulados da Doutrina Espírita, orientação segura que nos auxilia agir como pessoas de bem, responsáveis e conscientes, aptas a fazer escolhas mais acertadas sem medo de
denegrir a consciência e de comprometer a felicidade que nos aguarda nos dias
futuros. É preciso, em suma, saber exercitar o “[...] daí, pois, a César o que é de
César e a Deus, o que é de Deus” (Mateus, 22:21), pois como nos lembra, acertadamente, o apóstolo Paulo: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as
coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam”. (I Conrítios, 10:23).
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P Á G. 06
Sal da Terra/2007
Motivação para o Culto no Lar
Marcelo de Oliveira Orsini
Em toda e qualquer empreitada em que nos engajamos em nossas vidas,
urge, acima de tudo, a motivação. Ela é a mola propulsora que nos impulsiona
adiante, encorajando-nos a prosseguir, mesmo que as condições se façam
adversas aos objetivos traçados. Considerando-se a metodologia espírita para a
prática do Culto do Evangelho no Lar como um dos nossos possíveis projetos
para nossas vidas, devemos crer que, igualmente nesse caso, precisamos
encontrar a motivação.
O Culto deve ser descomplicado, aprazível, tranqüilizador para o espírito,
de sorte que, após realizá-lo, possamos nos sentir mais fortalecidos, esclarecidos
e consolados. Seria conveniente que encontrássemos, em analogias simples, o
estímulo a que nos afeiçoemos ao seu exercício em família. Vejamos, pois, alguns
exemplos: Temos o hábito rotineiro de tomar o banho diário de chuveiro após um
dia de trabalho, com o fito de retirar as impurezas que cobrem o corpo e limpar
o suor, causando uma sensação física de bem-estar.Ao abrirmos a torneira,
geralmente colocamos nossa mão para medir a temperatura da água, porque no
cérebro está registrada nossa preferência, que é uma referência de temperatura
percebida pela pele. Se a água estiver mais fria ou mais quente do que o desejado,
reajustamos o seu fluxo, a fim de obtermos o resultado esperado. O processo de
tomar uma referência e ajustar o que se está medindo de acordo com ela chamase realimentação. De modo semelhante, quando nos sentamos para almoçar e
levamos o garfo com a comida à boca, podemos nos valer dos condimentos
colocados à mesa para moldar o tempero do prato ao nosso gosto, mais ou
menos salgado, mais ou menos apimentado. Novamente, a realimentação.
Deixando de lado esses exemplos materiais, raciocinemos agora sobre as
nossas carências morais, porque, afinal de contas, são as leis morais que regem
o espírito e não as leis físicas ou químicas. A moral, que é a regra de bem
proceder, que são os bons costumes, tem a ver com nossos relacionamentos
com o próximo. O amor ao próximo é o maior mandamento da lei de Deus,
pois é semelhante ao amor a Deus, segundo Jesus. Sendo assim, o espírito
que se preocupa com sua moral, cuida dos seus relacionamentos interpessoais,
para que sejam cada vez melhores e, conseqüentemente, zela pelos “próximos”
com quem trava contato. Ou seja, está atento ao seu relacionamento com
Deus. Mas como é possível saber se seus pensamentos e ações estão de acordo
com a Lei Divina? Como “medir” se sua moralidade está precisando de passar
por um processo de realimentação, sofrer um “reajuste”? Para isso, é
imprescindível o essencial: a referência correta. E a referência precisa para
nossa conduta ética e moral são os ensinos crísticos, que foram capitulados no
Evangelho do Senhor.
Deduzimos, portanto, que precisamos conhecer essa referência tão
importante, a fim de que tenhamos condições de estimar o quanto estamos
pensando e agindo dentro ou fora dos seus preceitos. Nada melhor para isso do
que nos aderirmos, por obediência e humildade para com Deus, a uma disciplina
de estudo e reflexão, que conhecemos como Culto do Evangelho no Lar.
Realizando o Culto semanalmente em família, ou a sós, podemos conhecer aos
poucos os princípios da Lei, conforme foram transmitidos pelo Mestre Jesus,
para posterior meditação acerca de nossa posição moral com relação a ela. O
Culto se pratica de trinta a sessenta minutos por semana, sempre no mesmo dia
e horário. Ora, a semana possui 10.080 minutos, dos quais estamos dedicando
apenas 0,6% para nosso encontro com o Evangelho. Será que esse cálculo nos
dá alguma motivação? Mas números são apenas números. Precisamos de mais
combustível mental para apoiar nossa decisão pelo Culto. Aí entram alguns dos
princípios fundamentais do Espiritismo, como imortalidade da alma,vida futura,
plano espiritual,lei de causa e efeito e reencarnação, todos apontando para
um futuro em que vamos herdar felicidade ou descontentamento, de acordo
com nossa conduta na Terra ainda encarnados. É isso mesmo: o que vamos
receber de herança somos nós mesmos! O grau evolutivo dos nossos espíritos
indicará os lugares que habitaremos após nosso desencarne, assim como o tipo
de entidade espiritual que irá conviver conosco. É a lei de atração e de afinidade.
Neste ponto, vamos agregar outro princípio importantíssimo trazido por Kardec:
a fé raciocinada. Precisamos dela para compreendermos, com inteligência,as
razões pelas quais devemos nos esforçar para modificar nosso íntimo para melhor.
Que recompensa teremos, se nos dedicarmos a este esforço, que exigirá muito
de nós? O apóstolo Pedro perguntou isso a Jesus1 e ele lhe prometeu a vida
eterna, que podemos compreender como sendo a felicidade de estar imantado
ao Cristo em vibração.
O espírita inteligente, estudioso e fiel aos princípios doutrinários age em
seu próprio benefício, transformando-se numa pessoa melhor. Se, ao ser
acometido de uma dor de cabeça encontra razões para ingerir o analgésico, é
porque está diante de um fato palpável e encontra uma solução igualmente
factível. Não obstante, quando se fala em vida futura, realidade abstrata para
muitos, só mesmo a fé pode ser a verdadeira motivadora da inconformidade do
espírito com seu estado de imperfeição. Estar vivendo no mundo material é
estar sendo desafiado a deixá-lo, por não mais sintonizar-se com ele, por desapego
mental e emocional. Vale a pena aceitar o desafio, pois o prêmio é uma felicidade
ainda desconhecida dos espíritos terrestres.
Sintamo-nos, portanto, motivados a praticar o Culto do Evangelho no Lar.
Procuremos saber a respeito desse exercício em nossa casa espírita. Se preciso
for, peçamos apoio dos companheiros abnegados para nos auxiliar a implantar o
Culto em nosso lar. Envolvamos as crianças, para que auxiliemos seu progresso
espiritual.
Jesus abençoará nossos propósitos, desde que edificantes.
1
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Sal da Terra/2007
P Á G. 07
FICHA
João Mateus, distinto pregador do Evangelho na seara espírita, na noite
em que atingiu mio século de idade no corpo físico, depois de orar
enternecidamente com os amigos, foi deitar-se. Sonhou que alcançava as portas
da vida espiritual, e, deslumbrado com a leveza de que se via possuído, intentava
alçar-se para melhor desfrutar a excelsitude do Paraíso, quando um funcionário
da passagem Celeste se aproximou, a lembrar-lhe, solícito:
- João, para evitar qualquer surpresa desagradável no avanço, convém
uma vista d’olhos em sua ficha...
E o viajante recebeu primoroso documento, em cuja face leu, espantadiço:
- João Mateus.
- Renascimento na terra em 1904.
- Berço manso.
- Pais carinhosos e amigos.
- Inteligência preciosa.
- Cérebro claro.
- Instrução digna.
- Bons livros.
- Juventude folgada.
- Boa saúde.
- Invejável noção de conforto.
- Sono calmo.
- Excelente apetite.
- Seguro abrigo doméstico.
- Constante proteção espiritual.
- Nunca sofreu acidentes de importância.
-Aos 20 anos de idade, empregou-se no comércio.
- Casou-se aos 25, em regime de escravização da mulher.
- Católico romano até os 26.
- Presenciou, sem maior atenção, 672 missas.
-Aos 27 de idade, trasnferiu-se para as fileiras espíritas.
- Compareceu a 2.195 sessões de Espiritismo, sob a invocação de Jesus.
- Realizou 1.602 palestras e pregações doutrinárias.
- Escreve cartas e páginas comoventes.
- Notável narrador.
- Polemista cauteloso.
- Quatro filhos.
- Boa mesa em casa.
- Não encontra tempo para auxiliar os filhos na procura do Cristo.
- Efetuou 106 viagens de repouso e distração.
- Grande intolerância para com os vizinhos.
- Refratário a qualquer mudança de hábitos para a prestação de serviço
aos outros.
- Nunca percebe se ofende o próximo, através da sua conduta, mas revela
extrema suscetibilidade ante a conduta alheia.
- Relaciona-se tão-somente com amigos do mesmo nível.
- Sofre horror às complicações da vida social, embora destaque
incessantemente o imperativo da fraternidade entre os homens.
- Sabe defender-se com esmero em qualquer problema difícil.
- Além dos recursos naturais que lhe renderam respeitável posição e
expressivo reconforto doméstico, sob o constante amparo de Jesus, através de
múltiplos mensageiros, conserva bens imóveis no valor de 600.000,00 e guarda
em conta de lucro particular a importância de 300.000,00.
- Para Jesus, que o procurou na pessoa de mendigos, de necessitados e
doentes, deu durante toda a vida 50,00 reais.
- Para cooperar no apostolado do Cristo, já ofereceu 100,00 reais em
obras de assistência social.
***
Débito
Quando ia ler o item referente às próprias dívidas, fortemente
impressionado, João acordou.
Era manhãzinha.
À noite, bem humorado, reuniu-se aos companheiros, relatando-lhes a
ocorrência.
Estava transformado, dizia. O sonho modificara-lhe o modo de pensar.
Consagrar-se-ia doravante a trabalho mais vivo no movimento espírita. Pretendia
renovar-se por dentro, reuniria agora palavra e ação.
Para isso, achava-se disposto a colaborar substancialmente na construção
de um lar destinado à recuperação de crianças desabrigadas que, desde muito,
desejava socorrer.
A experiência daquela noite inesquecível era, decerto, um aviso precioso.
E, sorridente, despediu-se dos irmãos de ideal, solicitando-lhes novo reencontro
para o dia seguinte. Esperava assentar as bases da obra que se propunha levar
a efeito.
Contudo, na noite imediata, quando os amigos lhe bateram à porta, vitimado
por um acidente das coronárias, João Mateus estava morto.
MOMENT
OS COM CHICO XA
VIER
MOMENTOS
XAVIER
Luz Para Amália
Sem registro de data, deve fazer mais de vinte anos que ouvi do Chico
este caso.
A notável médium espanhola Amália Dimgos Soler ficou cega. Em
extrema penúria, freqüentava uma casa de caridade em que se distribuía
sopa. Ali, as pessoas eram antes cadastradas ou fichadas, exigência
burocrática que a ocasião tornava impiedosa e que talvez se destinasse a
produzir estatísticas, como se estas tivessem importância nesses casos.
Certo dia, recolhida em seu aposento, orou pedindo Jesus que lhe
devolvesse a visão. Em comovedora lembrança dos companheiros infortúnios,
prometeu que trabalharia para construir uma casa onde os desvalidos
recebessem o prato de sopa sem que lhes fosse perguntado qualquer coisa,
nem mesmo o nome.
Ainda sentada na cama, decorridos alguns instantes, começou a ouvir
vozes. Claramente ouviu que pediam em coro. “luz , Senhor,luzpara Amália,
luz para Amália”.
Fechada na escuridão ficou algo confusa, julgou ouvir vozes humanas.
Levantando-se começou a tatear,perguntando quem estava no quarto.
Enganava-se. As vozes vinham do Mundo Espiritual. De móvel, suas
mãos a levaram até o velho guarda-roupa, que tinha um espelho.
Os olhos sem vida encheram-se de luz e ela se viu, refletida, com toda
a nitidez da visão que lhe fora restituída pelo Mestre. Daí em diante nunca
mais deixou de servir sopa a uma legião de sofredores.
Nosso Lar e o Barbeiro
Chico estava psicografando “Nosso Lar”. Numa das raras pausas
que se permitia, saiu para fazer a barba. O barbeiro era dos antigos. Metódico,
colocou-lhe a toalhinha sob o queixo, ensaboou-lhe o rosto. Esta rotina ordeira
foi interrompida na primeira raspada:
- Chico, estou sentindo muita tonteira. Parece que vou desmaiar.
Posto em descanso no relativo conforto da cadeira, olhos cerrados,
Chico inquietou-se, abriu os olhos e viu um espírito trevoso que enleava o
barbeiro, dizendo-lhe aos ouvidos:
- Corta a garganta dele, corta!
Com o fio da navalha sobre o pescoço do Chico, o pobre homem não
via nem ouvia o espírito, mas sofria as influências. Daí, aquelas sensações
estranhas, o afrouxamento dos controles. Voltou a dizer:
- Chico, não sei se vou dar conta de terminar a sua barba.
- Não se preocupe, meu irmão. Barba é assim mesmo, a gente faz
quando dá certo. Se não der hoje, a gente faz amanhã.
Naquele momento, conta o Chico depois de uma pausa na conversa,
tudo o que queria era que tirasse a navalha de seu pescoço.
Concluindo, explicou que eram as trevas querendo impedir que “Nosso
Lar” fosse concluído e viesse à luz espargir luz.
Adelino da Silveira – Livro: Momentos com Chico Xavier
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Sal da Terra/2007
Garimpo de amor
Narra antiga lenda persa que um homem residia em prospera herdade, na
cidade Golconda, com sua família, alguns camelos e outros animais, um pomar
generoso e um rio de águas cantantes que lhe passava pelos fundos da
propriedade.
A existência sorria-lhe bênçãos e nenhuma outra preocupação o afligia.
Oportunamente passou pela sua vivenda um homem religioso, que viajava
convidando as almas à reflexão e à fé. Pediu-lhe hospedagem e foi recebido
com carinho.
Após o jantar, na primeira noite da sua estada, o visitante indagou-lhe:
- És feliz, homem? Observo que sorris e desfrutas de algumas regalias da
vida. Gostaria de saber se possuis diamantes ou pedras outras preciosas, que
são as bases da felicidade?
O anfitrião, algo surpreendido, respondeu-lhe:
- Em realidade, sinto-me muito feliz. Tenho uma família saudável, que amo e
pela qual sou amado, desfrutamos todos de saúde e confiamos em Deus. Sou
negociante próspero, mas não ambicioso, dispondo do necessário para prover o
lar de tudo quanto se faz indispensável. Mas não tenho jóias, nem mesmo quaisquer
outras pedras preciosas. Apesar disso, sou feliz.
- Lamento decepcionar-te – redargüiu o viajante. – Se não possuis diamantes,
talvez jamais os hajas visto, não sabes o que é a felicidade, tampouco és realmente
feliz.
Passando a outros temas, logo depois, recolheram-se ao leito.
O homem, que se sentia feliz, começou a pensar na informação que recebera,
e pôs-se a ponderar a respeito do valor dos diamantes. Passou uma noite
maldormida.
No dia seguinte, o hóspede foi-se adiante, e, ao despedir-se, insistiu, sugerindo:
-Pensa nos diamantes, conforme te falei.
A partir dali, o homem tranqüilo passou a cobiçar diamantes. Procurou
conhecer alguns, e perdeu a paz.
Resolveu, por fim, vender a propriedade, deixou uma grande parte do dinheiro
com um cunhado, a quem confiou a família, enquanto seguiu em longa viagem
na busca de diamantes.
Vadeou rios, atravessou florestas, visitou montanhas e vales, venceu desertos,
buscando sempre diamantes, sem jamais os conseguir.
Passaram-se anos, ele envelheceu procurando diamantes, a enfermidade o
vitimou e a morte arrebatou-o, sem que houvesse alcançado a felicidade através
das pedras famosas.
Sua família, que houvera perdido o contato com ele, dispersou-se e sofreu
amargamente o abandono, a miséria, a separação...
Aquele que lhe houvera comprado a propriedade, vivia feliz e era generoso
para com todos.
Mais de um decênio transcorrido, o religioso viajante retornou à propriedade
e procurou informar-se a respeito do antigo generoso anfitrião. Foi informado
de que já não residia ali, de que houvera vendido a casa e as terras, sem que se
soubesse do destino que elegera.
Convidado a pernoitar, na mesma residência, após o jantar, enquanto
conversava com o senhor que o hospedava, observou sobre a lareira algumas
pedras que brilhavam ao crepitar das labaredas. Levantou-se, segurou algumas
delas, aproximou-as da claridade, e perguntou, emocionado:
-Onde encontraste estas gemas?
- Entre os seixos e outras pedras no riacho – respondeu-lhe o anfitrião,
desinteressado. – Os animais pisam-nas, enquanto sorvem a água transparente,
e porque me pareceram muito originais, trouxe algumas para decorar a lareira.
- Homem de Deus! – exclamou o religioso, trêmulo, quase a desvairar.–
Estas pedras são diamantes. Amanhã, muito cedo, leva-me ao córrego...
... E passou uma noite inquieto, aflito.
Pela alva, seguiu com o proprietário na direção do regato, e quando lá
chegaram, o religioso, com olhar de lince, constatou que as águas transparentes
deslizavam sobre um leito de diamantes brutos, negros, brancos, amarelos,
desprestigiados entre calhaus sem valor.
Desse modo, descobriu-se uma das maiores minas de diamantes do mundo,
de onde saíram pedras fabulosas, algumas denominadas como Príncipe Orloff,
Ko-i-Noor, etc., que dormem em museus famosos do mundo ou brilham nas
coroas de muitos reis.
O homem, que era feliz sem conhecer diamantes, deixou-os no quintal da
residência para ir procura-los, mundo afora, sem nunca os encontrar.
.
***
O mesmo fenômeno ocorre com o amor.
As vidas possuem o amor no seu imo, mas não o conhecem. Necessitam de
alguém que as desperte para o significado profundo e o valor incomparável
desse tesouro. No entanto, muitos se referem ao amor como algo que está em
tal ou qual lugar, apresenta-se nesta ou naquela situação, sob uma ou outra
condição, indicando lugares onde raramente pode ser encontrado.
O amor radica-se no imo de todos os seres pensantes, esperando somente
ser identificado, para realizar o mister para o qual se destina.
Não exige sacrifício nem qualquer imposição externa, pois que pulsa, mesmo
quando ignorado, realizando o seu mister até o momento em que estua de beleza
e harmonia, dominando as paisagens que o agasalham.
La fontaine escreveu que “nada tem poder sobre o amor; o amor tem-no
santificado e libertadores”.
O amor converte os sentimentos humanos e sublima-os, tornando-os,
santificados e libertadores.
Gandhi afirmava que “por mais duro que alguém seja, derreterá no fogo do
amor; se não derreter, é porque o fogo não é bastante forte”.
O amor espera pacientemente no leito do rio existencial humano até o momento
em que seja descoberto, passando pelo período de desbaste da ganga externa, a
fim de que a sua luminescência esplenda em toda a sua glória estelar.
Não surge completo, acabado. Necessita ser trabalhado, aprimorado, bem
orientado.
Quanto mais é aplicado, mais se aformoseia, e quanto mais é repartido, mais
se multiplica em poder, valor e significado.
É o grande desafio para a existência humana, para a conquista do Espírito
imortal.
***
O amor é um garimpo de diamantes estelares que deve ser explorado.
Possui gemas de diferentes qualidades e valores muito diversos.
De acordo com a coragem e a decisão de quem busca encontrar as suas
riquezas insuperáveis, sempre oferece novos matizes e configurações especiais
O amor é um tesouro que mais se multiplica à medida que se reparte.
Alcança-se a plenitude humana quando se consegue amar, pois que o amor
é o alimento mais importante de nossas vidas; onde for semeado e florescerá.
Pode ser comparado a um diamante que, para poder brilhar em sua plenitude,
necessita ser escavado com o máximo de cuidado, sendo assim extraído da
pedra bruta que o envolve no seu estágio primário.
Faz-se necessário aprender a amar, porquanto o amor também se
aprende,aprimorando-se incessantemente. A mais poderosa expressão do
sentimento é o amor. Força incoercível, a tudo transforma e enriquece com a
pujança de que se constitui.
Não foi por outra razão que Jesus o transformou no mandamento maior,
aquele de mais alto significado, que abrange todas as aspirações e ideais da
criatura humana.
Livro : Garimpo de Amor – Divaldo P. Franco – Joanna de Ângelis – Espírito
EVENTOS:
NATAL DA SEBEM
A Sociedade Espírita Bezerra de Menezes, estará realizando pelo
terceiro ano consecutivo o “Natal das Crianças”. É um evento voltado a
atender as crianças de famílias carentes, com doação de brinquedos e lanches.
O ano passado foi doado cerca de 400 brinquedos, entre cestas básicas,
bicicletas e outros. Esse ano mais uma vez estaremos trabalhando em parceria
com a “Pastoral da Criança” Nossa Senhora de Fátima da Vila Fagundes.
Estaremos também atendendo as “Cartinhas do Correio”. Neste trabalho
nós vamos com nossa equipe levar o brinquedo para a criança na sua própria
casa. O PAPAI NOEL vai a caráter entregar pessoalmente o brinquedo.
Vamos fazer a entrega dos brinquedos no dia 15 de dezembro na Sebem,
realizando uma grande festa para as crianças e seus familiares.
Todas as doações podem ser entregues na Sebem (Rua Castro
Figueiredo 633-Brant – toda quinta-feira 19:30 horas e domingo 9:00 horas).
Também na Livraria Boa Nova em frente a Autopeças Lagoa Santa(86230767
– Nacip – Helena -87440738).
AJUDE-NOS A AJUDAR DOANDO UM BRINQUEDO OU UMA
CESTA BÁSCA!!!
SEBEM – SEMEANDO O BEM!
***
CURSO DE PASSES
Estaremos realizando no dia 03 de novembro na Sebem, mais um curso
de passe, com o objetivo de aprimorar conhecimentos e preparar cada mais
nossa equipe para atender os freqüentadores.
O curso será aplicado pelo nosso companheiro Olavo da União Espírita
Mineira.
Sal da Terra/2007
P Á G. 09
Aborto e obsessão
Certo professor, querendo provar aos alunos o quanto pode ser falho o
raciocínio humano, propôs à classe a seguinte situação:
“Baseados nas circunstâncias que mencionarei a seguir, que conselho daria
a uma certa senhora, grávida do quinto filho? O marido sofre de sífilis; ela, de
tuberculose. Seu primeiro filho nasceu cego. O segundo morreu. O terceiro nasceu surdo, e o quarto é tuberculoso. Ela está pensando seriamente em abortar a
quinta gravidez. Que caminho a aconselhariam a tomar?
Com base nos fatos apresentados, a maioria dos alunos concordou em
que o aborto seria a melhor alternativa. O professor, então, disse aos estudantes:
“Se vocês disserem sim à idéia do aborto, acabaram de matar o grande compositor Ludwig Van Beethoven”. (De “Be Alert to Spiritual Danger – Institute in
Basic Youth Conflictis”, apud Cecília Passarelli, “Em Defesa da Vida – Um
Manifesto contra o Aborto”).
Não é de hoje que as mensagens mediúnicas vêm alertando os espíritas
acerca do perigo do aborto, mas, ultimamente, diante, ao que parece, da possibilidade de ser aprovada uma reforma do Código Penal ampliando o elenco de
casos permitidos, as advertências surgem não só em maior número, como mais
veementes. (Consta, aliás, que Francisco C. Xavier sustentou a tese de que se o
aborto fosse consentido, como esboçado no anteprojeto da citada reforma penal,
a sociedade brasileira estaria atraindo um carma milenar!).
Compreende-se a preocupação da Espiritualidade com o futuro do Brasil
– destinado, em tese, ao desempenho de especial missão junto às demais comunidades do orbe -, quando se observa de perto, realisticamente, o que já ocorre.
De efeito:
a)Costa que em recente levantamento de opinião, a maioria dos deputados federais é a favor do aborto;
b)Pesquisa pública recente dá notícia de que a maioria dos entrevistados
era a favor do aborto;
c)O exemplo das nações ditas mais civilizadas, a repercutir entre nós, é
dos mais nefastos: nos Estados Unidos, onde o aborto é legal desde 1973, foram
realizados, nos 20 anos seguintes, 31 um milhões de abortos (o Centro de Saúde
Sexual de Nova York chegou a realizar na década de 70, trabalhando, inclusive,
sábados e domingos, cerca de 120 abortos diários...); na Rússia, o aborto é
legalizado desde 1920; no Japão, desde 1948; na maioria dos países europeus, foi
sendo liberalizado a partir da década de 60; na América Latina, o número mais
alto de abortos ocorre no Peru e no Chile – uma mulher em cada 20, na idade
entre 15 e 49 anos, conforme estatísticas de publicações norte-americanas e
congressos médicos – e o mais baixo é no México, uma em cada 40; no Brasil,
onde, inclusive, cresce assustadoramente o número de abortos entre adolescentes, dados de 1991, informam que uma mulher em cada 30, realizaria o aborto
(!); pesquisa datada de 1993 em Fortaleza indica que em 53% dos casos, as
mulheres nunca tinham casado ou tido uma união estável, e 9% eram separadas,
divorciadas ou viúvas (na Bolívia, Colômbia, Peru e Venezuela, 51% das mulheres eram casadas e já possuíam um ou dois filhos), e dados de recente pesquisa
da Faculdade de Saúde Pública da USP, permitem estimar que sejam praticados
2,5 milhões de abortos por ano, ou um total de 6.850 abortos por dia, 285 por
hora, 5 por minuto (!); em todo o mundo, enfim, somente em 4% dos países é
totalmente proibido o aborto e, em 35% dos casos, basta uma simples solicitação...;
d)O próprio Poder Judiciário tem, ultimamente, autorizado abortos seletivos: o geneticista Marcos Frigério (segundo noticiado pela revista “Época”,
ed.13.09.00), analisando 249 sentenças prolatadas por 48 juízes (calcula-se que
hoje já existam mais de 400 alvarás expedidos), mostrou que em 70% dos casos,
o feto, segundo os laudos médicos, apresentava anencefalia e nos demais, “o
bebê não teria vida depois do parto...”;
e)Margeando o direito fundamental à vida (art.quinto da Constituição) e
as construções sempre atuais da corrente concepcionista, que assegura o direito
dos nasciturnos desde a concepção (art.quarto, Código Civil), propõe-se na área
legislativa alteração do Diploma Penal (arts. 124 a 128) no sentido de: suavisar a
aplicação da pena nos crimes de eutanásia; excluir a ortotanásia (“deixar de
manter a vida de alguém por meio artificial”) do rol das figuras delituosas; inovar, incluindo no elenco das ações que fogem à tipificação (não criminosas), as
que forem realizadas com a finalidade de “preservar a saúde” da gestante – e
não quando houver perigo de vida da mulher, como dita a lei vigente e como,
aliás, admite em hipótese única a Doutrina Espírita (item 359,” O Livro dos
Espíritos”) -, as que forem dirigidas à interrupção da gravidez resultante da “vi-
Revista Visão Espírita – 02- julho 2000
Zalmino Zimmermann
olação da liberdade sexual” (não só, pois, no caso de estupro, propriamente) ou
do emprego não consentido de técnica de reprodução assistida, e as que forem
realizadas naquelas ocorrências em que houver “fundada probabilidade” de o
nasciturno apresentar graves e irreversíveis anomalias físicas ou mentais, mediante constatação e atestado firmado por dois médicos (caso do chamado aborto
eugênico, quando se detecta malformações graves, como na anencefalia, ou mal
formações funcionais responsáveis pelo retardamento mental...);
f)A igreja, quiçá por falta de unanimidade interna, não tem se feito ouvir,
como requisita este momento tão grave para a Nação, nem no Congresso,nem
fora dele.
Como se vê, o quadro é triste e perigoso.
Mas como explicar aos não espíritas, principalmente aos que têm a responsabilidade de governar, de legislar ou de julgar, que as Leis da Reencarnação
e de Causa e Efeito (Carma), governam a vida, impulsionando a evolução? Como
faze-los entender que o ser humano é um ser interexistencial, ou seja, que existe
simultaneamente nas dimensões física e espiritual, e que sua aprendizagem
evolutiva será muito dolorosa se não usar o seu livre-arbítrio na construção da
amorosidade?
Como mostrar que somos alma-perispírito-corpo e que nossos pensamentos, nossas intenções,nossos desejos, influem diretamente no equilíbrio do
perispírito, nos centros vitais, que respondem por toda a fisiologia orgânica, construindo ou comprometendo a higidez psíquica e física?
Como tornar claro que a maioria dos Espíritos que recebemos como filhos
são nossos credores de pretéritas existências e com quem assumimos responsabilidades graves?
Como convencer que o aborto reconhecido pelos Espíritos rejeitados como
infame ato de traição, produz as mais graves inimizades espirituais, transformando os “ex-filhos” em obsessores terríveis, que, sob impulso da vingança, perseguem e minam, especialmente, as energias psíquicas e físicas da “ex-mãe” e
“ex-pai”, como demonstra a prática mediúnica em todos os cantos?
Como fazer compreender que um Espírito rejeitado – dilacerado, muitas
vezes, seu corpo em formação e rompidos abruptamente os liames perispirituais
– passa a atuar na mulher que o expulsou de seu ventre e nos demais envolvidos,
fragilizados, todos, pelo sentimento de culpa, produzindo um complexo catálogo
de moléstias que os levam a infrutíferos tratamentos psiquiátricos e outros, se
não, ao internamento prisional?
O que fazer, para que seja entendido o fato de a taxa de ódio, de poluição
afetiva, presente na psicosfera terrestre já é suficiente para nos atormentar por
muitas décadas ou, até, séculos, e que o aborto só contribuirá para que a nossa
situação se agrave?
Realmente, situação tão complexa e delicada (haja vista, que o tema aborto
relaciona-se, necessariamente, com outros dois, que são a assistência à gestante
carente e a adoção), apresenta-se como um enorme desafio.
Imperativo, então, que ações individuais.
MARCHA NACIONAL PELA VIDA
Foi realizado no dia 15 de agosto, na Esplanada dos Ministérios, em
frente ao Congresso Nacional, em Brasília, a Primeira Marcha Cívica Nacional em Defesa da Vida – Brasil sem Aborto. Promovida por representantes da sociedade civil e entidades religiosas, com o apoio da Federação
Espírita Brasileira (FEB) e da Associação Médico-Espírita do Brasil (AMEBRASIL), buscou chamar a atenção da nação para a inconstitucionalidade
da descriminalização do aborto, já que a própria Constituição Brasileira estabelece em seu Artigo quinto, como cláusula pétrea (que só pode ser mudada com uma nova constituinte), a “inviolabilidade do direito à vida”.
Embora pouco se noticie sobre o assunto, desde 1991 está tramitando
na Câmara dos Deputados, em Brasília, o Projeto de Lei 1.135 propondo a
liberação do aborto a qualquer tempo da gestação. E no Senado Federal o
Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 1494/2004, reivindica a realização de
um plebiscito, ou seja, uma consulta popular, sobre diversos temas, estando o
aborto no topo da lista deles, o que requer cautela já que nem todos sabem que
a vida humana começa a se desenvolver a partir do momento da fecundação
do óvulo pelo espermatozóide, como comprova a ciência na atualidade.
P Á G. 10
Sal da Terra/2007
TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS
O pavor ao inevitável fenômeno da morte vem conduzindo o ser humano a
mecanismos audaciosos uns lamentáveis outros, mediante os quais pensa que seria
possível burlar a fatalidade biológica, seja pelos recursos da Ciência trabalhando
pela longevidade das células e automática reparação dos órgãos danificados ou
através das fugas espetaculares que se dão pelos transtornos neuróticos.
Atemorizado, sob a carga de enfermidades depurativas, recorre à eutanásia,
acreditando evitar as dores, ou ao suicídio, na vã tentativa do absurdo mergulho no
rio do esquecimento absoluto.
Normalmente, iludindo-se quanto à transitoriedade do arquipélago molecular
no qual habita, aliena-se dessa realidade, anestesiado os centros do discernimento
e supondo-se livre da futura disjunção orgânica.
Felizmente, a Medicina concluiu que a morte real é a que decorre da
inutilização do tronco encefálico e não mais apenas a aparente dos neurônios
cerebrais.
Portadores de morte cerebral, vitalizados através de aparelhos, têm despertado
periodicamente, demonstrando que havia irrigação de oxigênio mantenedor dos
neurônios, o que lhes permitiu a reconquista da consciência e das funções
fisiológicas aparentemente desorganizadas.
Essa salutar ocorrência ensejou estudo e avaliação mais profundos da vida
biológica e da sua cessação, oferecendo a possibilidade de novas conclusões na
área, que contribuíram para mais segura definição da ocorrência da morte.
Enquanto o Espírito se encontre vinculado ao corpo à vida nele se manifestará,
mesmo que sob a insuficiência funcional de muitos dos seus órgãos.
A interrupção dos batimentos cardíacos e a conseqüente destruição do tronco
encefálico é que caracterizarão a separação da alma do seu invólucro material,
ocorrência, portanto, propiciatória da morte do último.
Graças às incontáveis conquistas do conhecimento e do sentimento, o homem
e a mulher já merecem ter as suas dores diminuídas, realizando o processo de
evolução mediante os inestimáveis recursos do amor, que é a fonte geradora de
vida e de felicidade.
A inevitabilidade do progresso tem auxiliado os seres a encontrar os meios
mais eficazes para alcançar essa meta anelada, que é a libertação do sofrimento.
Por esse empenho, à medida que a ciência e a tecnologia ampliam o número
de instrumentos para melhores maneiras de viver, também facultam a diminuição
de muitos sofrimentos, a superação de alguns, a anulação de terríveis flagelos que
periodicamente dizimavam milhões de vidas. Ao mesmo tempo, essas conquistas
ampliaram o período de existência útil no planeta, facultando aos seres humanos
mais valiosa oportunidades para usarem com sabedoria a reencarnação.
Banida lentamente a dor física e atenuadas as aflições morais na terra, cabe
aos seus habitantes realizar profundas mudanças de comportamento ético e espiritual,
a fim de que a sua conduta não dê surgimento a novos comprometimentos, a
diferentes processos depurativos, a doenças desconhecidas e devastadoras conforme
ainda vem acontecendo...
Não raro, quando são vencidas etapas físicas e não se dá a transformação
moral efetiva do ser, permanecem seqüelas que contribuem para o surgimento de
novos processos de advertência pela dor, recurso natural da Vida para promover a
evolução, que é inestancável.
Desse modo o progresso científico alcançou a técnica dos transplantes de
órgãos, facultando a muitos enfermos a possibilidade de se recuperarem das doenças
e do desgaste a que se encontram submetidos.
Verdadeira bênção, o transplante de órgão concede oportunidade de
prosseguimento da existência física, na condição de moratória, através da qual o
Espírito continua o périplo orgânico. Afinal, a vida no corpo é meio para a plenitude
– que é a vida em si mesma, estuante e real.
Aquele que oferece conscientemente os órgãos que podem ser úteis, tendo
em mente o benefício que podem proporcionar aos seus irmãos enfermos, realiza
uma doação de alto teor moral, verdadeira caridade no seu sentido profundo,
contribuindo em favor da diminuição das dores na terra.
O receptor por sua vez, atenuadas as causa cármicas do padecimento que
sofre, já merece essa concessão divina, tendo ampliada a existência física, a fim de
reparar os males causados pelo bem que realize, ao mesmo tempo melhorando as
condições de vida no planeta.
As ocorrências normais de insucesso estão perfeitamente desenhadas no
mapa das ocorrências da lei de causa e efeito, moral, que ainda predomina no
paciente, impedindo-lhe a atual recuperação, o que não significa impropriedade ou
desqualificação da técnica.
Pode suceder alguma interferência obsessiva, na terapia do transplante, por
parte do doador rebelde, que não foi consultado antes, e ainda permanece vinculado
aos despojos materiais. Esse processo porém, somente se dará se houver
permanência de débito por parte do receptor e ocorrer uma sintonia vibratória
entre ambos, como conseqüência da situação psíquica inferior predominante no
caráter dos mesmos.
A rejeição, portanto, igualmente ocorre como fator de demérito do
beneficiário, cujo perispírito não reestruturou o órgão recebido, adaptando-o à sua
necessidade e gerando substâncias reativas, que expulsaram o corpo estranho aos
seus equipamentos
Ninguém se encontra no mundo condenado ao sofrimento sem remissão. O
amor é sempre o bálsamo luarizante que está ao alcance de todo aquele que se
disponha a usá-lo. Mesmo os seres mais empedernidos, quando alteram a disposição
mental e a emocional, procurando romper os fortes grilhões da impiedade ou do
vício, de imediato se beneficiam com vibrações do bem que está sempre ao seu
alcance.
A Divindade, por sua vez, acompanha o esforço humano pelo progresso e
pela libertação das dores, faz que periodicamente mergulhem nas pesadas camadas
da psicosfera terrestre, os missionários do amor, da sabedoria, da ciência e das
artes, para que sejam melhoradas as condições ambientais e evolutivas dos seus
habitantes.
Nesse investimento do Divino Amor, cabe aos homens observar os requisitos
básicos para tornar dignos os seus labores, credores de respeito, evitando descambar
para os interesses mesquinhos e vergonhosos a que são conduzidos por pessoas
inescrupulosas e inconseqüentes.
A venda indiscriminada de órgãos é um descaminho, que abre portas a um
comércio ignominioso, gerador de crimes hediondos, que devem estarrecer
humanidade, levando-a a abominá-los.
Tal comportamento favorece os ricos e anula os pobres, discrimina as
criaturas, elegendo-as pelos valores materiais em detrimento do significado das
suas existências.
Ao mesmo tempo, enseja a retirada apressada de órgãos antes da ocorrência
da morte real – a do tronco encefálico. Ademais, faculta que quadrilhas criminosas
seqüestrem crianças ou mendigos sem identidade, tomando-lhes os órgãos para o
nefando comércio. Esse recurso poderá responder por terríveis obsessões em que
o ser lesionado, que não foi consultado para o transplante, cobre o órgão que lhe
foi tomado sem anuência ou sofra as excruciantes dores da cirurgia a que foi
submetido, após o homicídio de que foi vítima.
Torna-se urgente uma bio-ética para os transplantes de órgãos e uma
consciente preparação dos doadores que devem ser voluntários e não compulsórios,
ficando à mercê de legisladores desinteressados dos valores reais e apenas
preocupados com as suas próprias conquista, longe do conhecimento espiritual
que é a base da vida.
O corpo é patrimônio que Deus elaborou para servir de veículo ao Espírito
na suas multifárias reencarnações, saindo da treva para a conquista da luz.
Merecedor de todo respeito, toda dignidade é instrumento-luz que a ignorância ou
a persistência no mal transforma em sombra ou depósito de miasmas para a sua
própria aflição.
Todo investimento de amor a ele direcionado enriquece de sutis vibrações
os seus equipamentos que se sutilizam e se tornam mais energizados, desenvolvendo
forças que o equilibram e revigoram.
Quando o ser está consciente da sua imortalidade e compreende a quão
valioso para as outras vidas será a doação de órgãos que lhe têm sido úteis e
preciosos, caminhando para a dissolução, podendo, no entanto, salvar outras vidas,
diminuir as angústias do seu próximo, a mesma se lhe apresenta como forma
dignificante de crescimento íntimo.
Olhos que viram belezas e irão arrancar das trevas pessoas que tateiam sem
luz; rins que filtraram o sangue da vida e poderão libertar das pesadas e perigosas
injunções das máquinas de hemodiálise; pele saudável que substituirá tecidos
queimados ou dilacerados rudemente... coração, pulmão, fígado glândulas que a
ciência poderá utilizar em momento próprio, serão incomuns benefícios para a
humanidade, desde que haja ocorrido a morte real dos doadores...
Os avanços científicos alcançarão esse patamar e outros ainda mais
desafiadores, como já ocorre com as micro cirurgias cerebrais e outras
equivalentes,prolongando a existência física para mais rápido processo de evolução
espiritual do ser humano.
Transferindo o órgão para outro corpo, automaticamente o perispírito do
encarnado passa a influenciá-lo, moldando-o às suas necessidades, o que exigirá
do paciente beneficiado a urgente transformação moral para melhor, a fim de que
seu mapa de provações seja também modificado pela sua renovação interior, gerando
novas causas desencadeadoras para a felicidade que busca e talvez ainda não mereça.
O Espírito, à medida que pensa e age, está sempre alterando a existência
corporal, porque, gerando causas, experimentará os inevitáveis efeitos que virão
oportunamente,exigindo cumprimento.
O transplante de órgãos direcionado à dignificação da vida humana e realizado
sob os auspícios de uma bio-ética trabalhada na Lei do Amor, representa grandioso
passo da humanidade que ruma para o futuro melhor, apesar de a morte, que a
todos aguarda, continuar inevitável como processo de libertação do corpo, para a
existência espiritual, esta sim, a verdadeira e eterna.
Joanna de Angelis / Dias Gloriosos / psicografado por Divaldo P. Franco
Sal da Terra/2007
P Á G. 11
EXORCISMO
Manoel P. Miranda – Divaldo Pereira Franco
O quase total desconhecimento da vida espiritual ou a ignorância a seu
respeito, respondem pelas estranhas práticas do exorcismo desde recuadas
épocas.
A presunção e vacuidade das pessoas que se acreditam
credenciadas para imporem a sua falsa autoridade sobre outrem, fazem que
transfiram o mesmo sentimento para os Espíritos sofredores ou perversos que
investem contra aqueles a quem afligem com insistente crueldade.
A obsessão é resultado do intercâmbio psíquico, emocional ou físico
entre dois seres que se amam ou que se detestam.
Na raiz do fenômeno turbulento encontram-se os componentes da
identificação vibratória que faculta o processo perturbador.
Aquele que se sentiu enganado ou traído, vitimado pelo seu opositor,
busca retribuir o mal que lhe sofreu, impondo-lhe a crueldade da perseguição
sem quartel procedente do mundo espiritual onde hoje se encontra.
Dispondo de maior campo de compreensão mental e de técnicas
sofisticadas para impor a sua vontade sobre aquele a quem detesta e deseja
martirizar, estabelece o intercâmbio nefasto, que culmina com a instalação dos
distúrbios, que se convertem em sofrimento de breve ou longo curso, sempre,
porém, afligentes.
Outras vezes, são vinculações amorosas de qualidade inferior,nas
quais ambos os cômpares intercambiam sentimentos vulgares, que os levam a
uma convivência mental de torpes satisfações ou de desejos inconfessáveis, que
a morte de um deles não mais permite realizar-se.
A obsessão somente se instala porque há receptividade do paciente
que lhe tomba nas malhas constritoras.
Qualquer tentativa de tratamento deverá iniciar-se pelo
conhecimento das razões que desencadearam o acontecimento infeliz. Como
não há razão para alguém impor a sua vontade sobre a de outrem, particularmente
no que diz respeito às ingratas obsessões, também a ninguém é facultado o
direito de afligir ao seu próximo sem incorrer em penalidade que a si mesmo se
impõe, face às soberanas leis que estabelecem o respeito à vida de todos.
A imprudência e as paixões que predominam em a natureza humana
levam o ser a tresvariar no cumprimento dos seus deveres, transformando-se
em insensato inimigo do seu companheiro de jornada, que então lhe sofre a
crueza ou a perseguição sistemática, afligindo-o, gerando-lhe situações
embaraçosas mediante as quais se sente feliz...
Essa conduta nefasta, que muitas vezes passa desconhecida pela
vítima, após o decesso tumular, mediante processos de sintonia e afinidade,
vincula-a ao seu algoz, que passa a entender o que lhe ocorrera e, não possuindo
valores ético-morais satisfatórios para compreender e perdoar toma a clava da
justiça nas mãos e se acredita com o direito de desforçar-se naquele que o
infelicitou. Tivesse outro conhecimento da vida, das suas leis e da Justiça Divina
que jamais se engana ou desvia, e se apoiaria no olvido do mal para tornar-se
feliz, liberando-se mentalmente de quem o haja atormentado e sido responsável
pela sua desdita.
A inferioridade moral da vítima, no entanto, qualidade essa peculiar
à maioria dos temperamentos humanos, impõe a vingança como sendo o melhor
mecanismo para cobrar o mal que padeceu, tornando-se, por sua vez, o
perseguidor, quando poderia continuar sendo credora de respeito pela sua situação
de credor compassivo.
Assim sendo, a prática do exorcismo redunda inútil, particularmente
no que tange aos chamados gestos sacramentais e às palavras cabalísticas, que
produzem zombaria nos Espíritos perseguidores, tanto quanto nos Espíritos nos
galhofeiros, que se comprazem acompanhando o ridículo daqueles que pretendem
expulsá-los com comportamentos esdrúxulos, sem qualquer requisito moral que
os credencie à terapêutica curativa.
Quando ocorrem resultados positivos no tratamento de obsessões
por meio desse recurso, defrontam-se as qualidades espirituais do terapeuta e
não os comportamentos estanhos que se permite, porquanto, somente as energias
elevadas, que decorrem das condutas moral e mental podem afastar os espíritos
infelizes daqueles que lhes padecem a injunção penosa. Apesar disso, para que
o processo curativo se dê corretamente, são indispensáveis a transformação
ética do paciente, as suas atividades de beneficência e de fraternidade, o
compromisso com o amor e a oração, a fim de revestir-se de valores elevados
que lhe facultem a sintonia com outras faixas vibratórias, evitando a urdidura de
novas perturbações.
Eis por que, no tratamento das obsessões, o diálogo com o enfermo
espiritual se torna essencial, a fim de elucidá-lo quanto ao mal que executa,
quando poderia ser feliz liberando o seu opositor e entregando-o à própria e à
Consciência Divina.
Prosseguindo na obstinação de fazer o mal a quem o prejudicou,
permanece sofrendo, desse modo, afligindo-se sem cessar, quando tem o direito
a desfrutar de paz e de renovação, já que todos rumamos para a felicidade que
nos está destinada.
O processo de iluminação interior é a meta fundamental de todas
as ocorrências espirituais, por proporcionar direcionamento saudável e equilibrado
a quem experimenta infortúnio, resvalando pelas rampas do ódio e das paixões
mais primitivas.
Quando Jesus exortava os Espíritos imundos e Legião a que
abandonassem aqueles a quem atormentavam, havia no Mestre a energia
libertadora que interrompe o fluxo da obsessão. Ademais, sabia o Senhor quando
se encerrava o débito do antigo algoz, liberando-o do prosseguimento na dor.
Por sua vez, as Entidades infelizes viam-no aureolado de luz e tocavam-se ante
a Sua irradiação, alterando a conduta e descobrindo a necessidade de mudança
de comportamento.
Através dos tempos, alguns seguidores da doutrina cristã,
enfrentando os Espíritos doentes e vingativos, tentaram repetir as façanhas do
Nazareno, muito distantes porém das qualidades vibratórias indispensáveis para
o cometimento superior, fracassando de imediato nos objetivos. E quando isso
acontecia, sem possuírem resistências psíquicas próprias, irritavam-se, passando
a exigências descabidas, quando não se entregavam a gritarias e pugnas verbais
injustificáveis com os obsessores, que mais se fortaleciam nos combates
estabelecidos.
Com o conhecimento do Espiritismo, graças às seguras informações
fornecidas pelos próprios desencarnados, pôde-se descobrir as saudáveis terapias
para atendimento das obsessões e das suas vítimas, atendendo-se não apenas
ao encarnado, mas também ao irmão que sofre além da cortina carnal, que lhe
sofreu a injunção perversa e ainda continua experimentando dissabores e
amarguras.
A criatura humana, sedenta sempre de novidades, sofrendo as
conseqüências da conduta arbitrária, derrapa em profundos fossos de obsessões
na atualidade, mas desejando receber ajuda sem maior esforço, adere aos
processos de exorcismo, em cenas grotescas de debates entre os presunçosos
terapeutas e os Espíritos, provocando admiração e crescente fascínio. Sucede
que, em muitos casos, aqueles que aturdem os imprevidentes, a fim de retornarem
à carga posteriormente, fingem-se de modificados e arrependidos do mal que
estão praticando, e abandonam o seu parceiro espiritual, apenas por algum tempo,
volvendo depois com maior soma de aflição e de rebeldia.
Em quaisquer situações de enfermidades espirituais as condutas
terapêuticas a adotar-se são a da compaixão e da caridade, do amor e do perdão
em relação à vítima assim como ao seu perseguidor, ambos incursos nos mesmos
soberanos códigos da Vida dos quais ninguém consegue fugir.
Com o conhecimento do Espiritismo, graças às seguras
informações fornecidas pelos próprios desencarnados, pôde-se
descobrir as saudáveis terapias para atendimento das obsessões e
das suas vítimas, atendendo-se não apenas ao encarnado, mas
também ao irmãos que sofre além da cortina carnal.
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CHICO
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AQUI A COMIDA É TO TA L M E N T E
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PRAÇA J.K. 9 – DO LADO DA IGREJA
NOSSA SENHORA DA SAÚDE
L A G O A SANTA - 36814850
P Á G. 12
Sal da Terra/2007
CASAS ESPÍRITAS EM
LAGOA SANTA
SEBEM – Socied. Esp. B.
Menezes
R. Castro Figueiredo 633 – Brant
Quarta-feira – Estudo do
Evangelho e costura – 14:00 horas
Reuniões públicas: quinta-feira –
19:30 horas - Domingo: 9:30 horas
com Evangelização Infantil
GESCAL – G.E. A Caminho da
Luz
R. 170 – Conjunto R. Lagoa Santa
Reunião pública - quarta-feira –
19:30 horas - Evangelização
Infantil – domingo 9:30 horas
Fraternidade Lar de Jesus
R. Bom Jesus – 150 . Stos Dumont
Reunião pública - quinta-feira –
20:00 horas - Evangelização
Infantil – sábado – 10:00 horas
GEJEN – G. Esp. Jesus o
Nazareno
R. Vereador Geraldo Avelar – 289
Santos Dumont
Reunião pública - terça-feira –
19:00 horas - Sábado – 17:00
horas
Grupo Espírita Raio de Luz
R. São João 50 – Centro
Reunião pública - quinta-feira20:00 horas - Evangelização Infantil
– sábado – 10:00 horas
Casa Espírita de Jesus
R. Ismar Francisco Santos – 206
Bairro VilaRica
Reunião pública segunda-feira
19:30 horas - Evangelização Infantil
– sábado 9:30 horas