TÉCNICAS DE CONSERVAÇÃO DE ENERGIA NOS

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TÉCNICAS DE CONSERVAÇÃO DE ENERGIA NOS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA
III CONGRESSO CARIOCA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA – 2009
TEMAS LIVRES - PÔSTER
TÉCNICAS DE CONSERVAÇÃO DE ENERGIA NOS INDIVÍDUOS COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA
CRÔNICA – TL 001
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Adriane Schmidt Pasqualoto ; Patrícia Hübner Schumacher ; Anelise Dumke ; Eliane Roseli Winkelmann ;
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Darlene da Costa Bittencourt
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Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, Universidade do Rio
Grande do Sul – UFRGS. Ijuí – RS.
INTRODUÇAO: As técnicas de conservação de energia são ferramentas que já vem sendo utilizadas nos
programas de reabilitação pulmonar, tendo por finalidade diminuir a dispnéia, causada pela doença
pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Estes compartilham um importante sintoma, a dispnéia, que impõe
um estado progressivo de intolerância ao exercício físico limitando a realização das atividades de vida
diária. Estudos já realizados evidenciam que 78% dos indivíduos portadores da DPOC sentem dispnéia ao
realizar atividades de vida diária, e que 55 % deles necessitam de algum auxílio para realização das
mesmas. Este estudo busca conhecer a influencia das técnicas de conservação de energia nas atividades
de vida diária. OBJETIVO: Analisar o grau de dispnéia nas atividades de vida diária com e sem a utilização
de técnicas de conservação de energia nos portadores de DPOC de grau leve a grave. MATERIAIS E
MÉTODOS: A amostra foi composta por 12 indivíduos (66,4±9,7anos), portadores de DPOC leve a grave
(VEF1% 56,7±21,1) participantes do programa de reabilitação pulmonar da Clínica Escola de Fisioterapia
da Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul. Os indivíduos foram avaliados em cinco
atividades de vida diária: guardar utensílios, amarrar os calçados, escovar os dentes, pentear os cabelos
e subir escadas sem e com utilização de técnicas de conservação de energia. As variáveis analisadas
foram a freqüência respiratória (FR), saturação periférica de oxigênio (SpO2), sensação de esforço
percebido através da escala analógica de Borg. ANÁLISE ESTATÍSTICA. A análise das variáveis medidas
nos testes realizados nas duas situações foi realizada pelo teste t de Student. A comparação das
mudanças obtidas foi estudada através do teste de Mann-Whitney. Para o estudo da relação entre as
diversas variáveis foi utilizado o teste de correlação de Pearson. Um valor de p<0,05 foi aceito para
significância estatística. RESULTADOS: O uso das técnicas de conservação de energia durante as
atividades de vida diária proporcionaram uma melhora estatisticamente significativa (p<0,05). Esta foi
observada através da redução da sensação de dispnéia (p 0,01) e da FR em escovar os dentes (p=0,02),
pentear os cabelos (p=0,03), guardar utensílios (p=0,05). Também um aumento da SpO2 foi verificado
nas atividades de pentear os cabelos (p=0,01), subir escadas (p=0,01) e guardar utensílios (p=0,01). Não
ocorreram alterações na atividade de amarrar os calçados (p=0,13). CONCLUSÃO: A utilização de
técnicas de conservação de energia reduziu a sensação de dispnéia durante as atividades de vida diária
nos portadores de DPOC de grau leve a grave.
Palavras-chave: DPOC, atividade de vida diária, técnicas de conservação de energia.
INCIDÊNCIA DAS INTERCORRÊNCIAS RESPIRATÓRIAS E MORTALIDADE EM CRIANÇAS COM SÍNDROME
DE DOWN. TL - 002
Isabela Regina Lorang; Maria do Céu Pereira Gonçalves.
Universidade Estácio de Sá, Petrópolis, Rio de Janeiro.
Introdução: A mortalidade nas crianças portadoras da Síndrome de Down é elevada e está
freqüentemente associada às cardiopatias e pneumonias. As intercorrências respiratórias aumentam os
riscos desta complicação. Os fatores que contribuem e aumentam o risco destas complicações
respiratórias são vários e estão associadas à hipotonia, obesidade, disfunção imune, doença cardíaca e
hipoplasia pulmonar. A atual literatura afirma que existe alta taxa de mortalidade pelas cardiopatias e
estas apresentam estreita relação com a presença de infecções de repetição do aparelho respiratório.
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Objetivos: Este estudo visou identificar a incidência das intercorrências do sistema respiratório e
mortalidade em crianças portadoras da Síndrome de Down. Materiais e Métodos: Estudo descritivo
transversal, amostra de conveniência, ambos os sexos. A amostra foi composta de 31 crianças com SD
com idades entre recém-nato até três anos de idade, que receberam tratamento fisioterapêutico motor
com enfoque preventivo nas comorbidades respiratórias no período de 01 janeiro de 2005 e 31 maio de
2007, na cidade de Petrópolis/RJ. Análise estatística: Os dados obtidos foram tratados através do teste
Exato de Fischer. Resultados: Dos 31 pacientes, 18 (58%) apresentaram comprometimentos
respiratórios graves. Houve caso de pneumonia em 9/31 (29%) dos pacientes. Não houve casos de
pneumonia de repetição. Todos os pacientes apresentaram intercorrências respiratórias, tiveram coriza,
resfriados, secreções e tosse. Convém mencionar que estas intercorrências fazem parte do dia a dia das
crianças petropolitanas no inverno em função do clima da região. Das 31 crianças, somente 2 crianças
com cardiopatia necessitaram de internação por pneumonia, uma delas foi a óbito por complicações
respiratórias. Conclusões: A população do estudo apresentou baixa incidência de mortalidade na
proporção de 1:31. O tratamento fisioterapêutico com enfoque na prevenção das comorbidades
respiratórias nas crianças portadoras de SD mostrou-se eficiente visto que, somente duas crianças foram
hospitalizadas. Conclui-se também que a incidência de intercorrências respiratórias na população
estudada foi evelada, porém a incidência da mortalidade foi baixa nos casos com tratamento
fisioterapêutico preventivo contínuo.
Palavras-chave: Síndrome de Down; mortalidade na Síndrome de Down; intercorrências respiratórias.
INFLAMAÇÃO PULMONAR HIPERÓXICA AGUDA É PRECEDIDA POR DESEQUILÍBRIO REDOX. TL - 003
Akinori Cardozo Nagato1; Frank Silva Bezerra1; Manuella Lanzetti2; Alan Aguiar Lopes2; Tiago dos Santos
Fereira2; Marco Aurélio Santos Silva2; Eduardo Tavares Lima Trajano2; Jackson Nogueira Alves1; Luís
Cristóvão Porto2; Samuel Santos Valença2.
1 - Universidade Severino Sombra – Vassouras-RJ
2 - Universidade do Estado do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro-RJ
INTRODUÇÃO - As concentrações supra-fisiológicas de oxigênio são rotineiramente administradas em
pacientes com doenças pulmonares, cardíacas e neonatos, para prevenir ou tratar a hipoxemia. Embora
a sua suplementação seja necessária a exposição à alta concentração de oxigênio causa dano pulmonar.
Atualmente, sabe-se que a toxicidade do oxigênio está relacionada à formação de radicais livres e à
indução do dano oxidativo. Entretanto, ainda não está claro se a inflamação pulmonar hiperóxica
apresenta envolvimento com o tempo em que os pulmões permanecem sob desequilíbrio redox.
OBJETIVO - O objetivo deste estudo foi investigar o envolvimento do tempo de hiperóxia com o
equilíbrio redox e inflamação pulmonar. MATERIAIS E MÉTODOS - Para testar esta hipótese,
camundongos foram expostos à 100% de oxigênio por 12, 24 ou 48 horas em uma câmara de inalação;
enquanto o grupo controle foi exposto à normóxia sob as mesmas condições. Após a exposição ao
oxigênio, os animais foram sacrificados. O lavado broncoalveolar foi realizado e os pulmões foram
removidos para análises histológicas, bioquímicas, biologia molecular e imunohistoquímica. ANÁLISES
ESTATÍSTICAS - Os dados foram expressos em média ± erro padrão da média. Para os dados contínuos
com distribuição normal foram utilizados one-way ANOVA seguido do pós-teste de Student–Newman
Keuls. Para os dados discretos foi utilizado Kruskal-Wallis seguido do pós-teste de Dunn. Em todos os
casos foi considerado significativo p<0.05. RESULTADOS - A hiperóxia causou uma depleção (p<0,01) da
atividade da enzima superóxido dismutase. Enquanto aumentou a atividade de mieloperoxidase nos
grupos 24h (p<0,001) e 48h (p<0,05). Após 48h, a atividade da catalase aumentou consideravelmente
(p<0,001). E uma redução da relação glutationa reduzida/oxidada nos grupos 12h (p<0,01) e 24h
(p<0,05) foi obaervada. A hiperóxia induziu o aumento da expressão de TNF-α nos grupos 24 e 48h
(p<0,05). E, aumentou a expressão de IL-6 a partir de 24h. O número de macrófagos alveolares foi
37,97% menor no grupo 12h (p<0,05). Enquanto no grupo 24h houve um aumento de 87,34% (p<0,001).
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Após 48h, o número de neutrófilos alveolares aumentou 237,6% (p<0,001). Após 12 e 24h os níveis de
MDA aumentaram 93% (p<0,001) e 48% (P<0,05), respectivamente. Todos os resultados foram obtidos
resultaram da comparação entre os grupos experimentais com o grupo controle. CONCLUSÕES - Nossos
resultados indicam um efeito não desejado da hiperóxia sobre os pulmões, com evidências de que o
desequilíbrio redox precede as alterações observadas na inflamação pulmonar hiperóxica aguda.
PALAVRAS-CHAVE: Tempo de Hiperóxia – Desequilíbrio redox – Inflamação pulmonar.
HIPOTROFIA DO DIAFRAGMA EM RATOS COM DIABETES MELLITUS INDUZIDA. TL - 004
Francisco Fleury Uchoa Santos Júnior1; Emanuela Freire de Almeida1; André Accioly Nogueira
Machado1; Fabíola Maria Sabino Meireles 2; Vânia Marilande Ceccatto1
1- Instituto Superior de Ciências Biomédicas da Universidade Estadual do Ceará – Fortaleza-CE
2- Aluna do curso de fisioterapia da Faculdade Christus – Fortaleza-CE
Palavras-chaves: Diabetes Mellitus, Diafragma, Fibras Musculares
INTRODUÇÃO: Sabe-se que a Diabetes é uma condição metabólica extremamente presente no cotidiano
mundial, caracterizada por alterações na liberação/produção de insulina com repercussões
sistêmicas.OBJETIVOS:Avaliar as alterações morfométricas induzidas pelo diabetes mellitus no músculo
diafragma de ratos.MATERIAIS E MÉTODOS: O projeto foi aprovado no Comitê de Ética para o Uso de
Animais (CEUA/Universidade Estadual do Ceará - UECE) – Processo n. 08351785-5. Foram utilizados 12
ratos Wistar, machos, com massa 300g±20, divididos em dois grupos: diabético (6) e controle (6). Para a
indução do diabetes foi feita injeção intraperitoneal de estreptozotocina (65 mg/Kg). Após 48 horas,
foram incluídos os animais com glicemia superior a 11 mM (> 200 mg/dl) no grupo diabético. A glicemia
foi verificada por seis semanas. Após este período, os ratos foram anestesiados com Cetamina 60mg/Kg
e Xilasina (8mg/Kg de peso do animais), sacrificados por decaptação e feita a dissecação do músculo
diafragma. O material foi mantido em formol a 10% para armazenagem e posterior coloração com
hematoxilina/eosina. Comparou-se o peso do músculo diafragma e os dados morfométricos do grupo
diabético com o controle. Para a análise do diâmetro médio das fibras musculares foi utilizado o
software AxioVision 3.1.2.1 (Zeiss). Os valores de peso (g) foram normalizados pelo comprimento da
tíbia (mm) do animal e expressos sob a forma de média ± erro padrão (g/mm). Os valores de diâmetro
de fibra (µm) foram efetuados através da seleção de dois círculos de 1000 µm cada, por lâmina, num
total de 3 lâminas por animal. Os dados foram analisados com o auxílio do software GraphPad Prism 5.0
– San Diego, CA (USA), com p<0,05, para o teste T de amostras independentes. RESULTADOS: Os animais
diabéticos apresentaram redução do peso corporal (246,0g ± 10,4) em relação ao grupo controle (370,3g
± 7,2) ao fim do experimento. Mostraram ainda redução no peso do diafragma (0,018g/mm ± 0,00086)
em relação ao controle (0,026g/mm ± 0,0016). Com relação ao diâmetro médio das fibras musculares, o
grupo diabético também apresentou redução (44,8µm ± 0,4) em relação ao controle (57,0µm ± 0,5).
Todos os dados mostraram significância estatística (p<0,05).CONCLUSÃO: O estudo revelou que, na
condição de diabetes experimental induzida, ocorreu alteração significativa na musculatura respiratória
dos ratos. Foi visto uma redução da massa muscular, evidenciado pela redução do peso do diafragma e
do diâmetro médio das fibras musculares em relação ao controle.
FISIOTERAPIA NO RECÉM-NASCIDO DE RISCO PÓS-ASFIXIA PERINATAL – TL 005
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Jolizete Luisa Vieira Rodrigues ; Maria Valdeleda Uchoa . Aluna do 8º semestre do Curso de
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Fisioterapia. Professora, Orientadora. Faculdade Christus.Hospital Geral Dr. César Cals – Fortaleza–CE.
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RESUMO Introdução: as transformações na área da neonatologia, interferem em uma maior sobrevida,
também, para os recém-nascidos (RNs) de risco. Esses bebês necessitam de uma intervenção
fisioterápica precoce, com o intuito de atingir mais rápido um cérebro ainda imaturo, que ao receber
sensações normais consegue integrá-las ao seu desenvolvimento. Objetivo: conhecer os fatores de risco
para asfixia perinatal e as condutas fisioterápicas realizadas em RNs de risco. Métodos: foi realizado um
estudo de campo, observacional documental e de natureza quantitativa. A amostra foi selecionada a
partir dos nascidos a Agosto de 2008 a Maio de 2009 (n= 20), e foram excluídos os que apresentavam
malformações, síndromes e cardiopatias. Foram acompanhados 20 RNs, durante um ano através de seus
prontuários. Análise Estatística: a amostra foi por conveniência e não probabilística, os dados foram
registrados, tabulados e analisados sofrendo tratamento estatístico, através do software Microsoft Excel
2007 e os resultados foram expressos em gráficos. Resultados: esta pesquisa demonstrou que das 20
mães 9 foram de idade de 20 a 29 anos, 10 entre 30 e 39 anos, apresentando uma prevalência de asfixia
perinatal, nas mães com idade acima de 30 anos. 12 das 20 mães avaliadas foram de parto cesáreo, 7 de
parto vaginal. Dos 20 RNs avaliados 12 foram do sexo masculino e 8 foram do sexo feminino, 15 dos 20
RNs nasceram com idade gestacional (IG) inferior a 37 semanas classificando-se com pré- termos, e 5
dos 20 nasceram com IG adequada sendo classificados como a termo, 20 RNs, 1 apresentou índice de
Apgar 0 no primeiro minuto, 6 Apgar 1, 1 Apgar 2, 3 Apgar 2 e 3 Apagr 5, todos no primeiro minuto. Já
no quinto minuto de vida 1 neonato apresentou indice de Apgar de 0, 1 Apgar 3, 1 Apgar 4, 2 Apgar 5, 3
Apgar 6, 9 Apgar 7 e 3 Apgar 8. Quanto ao peso 11 neonatos foram adequados quanto a IG, 8 foram
pequenos para a IG. As condições de nascimento dos RNs foi um dado próprio da ficha de avaliação,
onde mostrou que 6 dos bebês nasceram com morte aparente, 2 apresentaram morte aparente mais
prematuridade, 7 apenas prematuridade, 2 cianose mais prematuridade e 2 não constava no prontuário.
Dos 20 RNs, 14 sofreram intervenção sensório-motora e 13 foram submetidos a fisioterapia respiratória.
Conclusão: o desenvolvimento dos RNs asfixiados está associado a alterações adquiridas no ambiente
extra útero, devido a imaturidade do sistema nervoso central em que recebem estímulos que nem
sempre são benéficos. Este estudo mostrou que um grande percentual desses recém-nascidos
apresentam alterações em seu desenvolvimento neuropsicomotor. Fazendo-se necessário uma
intervenção da fisioterapia precoce para que os atrasos e as possíveis doenças pulmonares sejam
detectados e assim minimizados, favorecendo sua qualidade de vida.PALAVRAS-CHAVE: Recémnascidos. Asfixia. Fisioterapia precoce. Categoria: 2 – Pediatria e Neonatologia.
FATORES DE RISCO DA SÍNDROME DA APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO EM MOTORISTAS
PROFISSIONAIS DE CAMINHÃO. TL 006
Adriane Schmidt Pasqualoto; Lauren Lemos Leonhardt; Silvana Izabel Calgaro; Eliane Roseli Winkelmann;
Édina Linasse Coelho.
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ.
INTRODUÇÃO: Atualmente há uma grande prevalência de acidentes automobilísticos em nosso país,
sendo observada principalmente entre motoristas profissionais de caminhão. Os profissionais,
motoristas portadores da SAOS, apresentam taxa duas vezes mais alta de acidentes do que os não
portadores deste distúrbio, devido principalmente ao excesso de sonolência diurna. A SAOS é
considerada um problema de saúde pública no Brasil, por causar um aumento na morbidade e
mortalidade cardiovascular, bem como, acidentes de trânsito. OBJETIVO: Verificar os fatores de risco
para a síndrome da apnéia obstrutiva do sono em motoristas profissionais de caminhão. MÉTODOS: Foi
realizado um estudo descritivo transversal, composto por 50 motoristas de caminhão, da Associação dos
Caminhoneiros Autônomos de Ijuí - RS, com idade, peso, e estatura média de 43,8±12,2anos,
91,2±13,7Kg e 173±0,6cm, respectivamente. Foram avaliadas as medidas antropométricas, índice de
massa corporal (IMC), relação cintura quadril e circunferência do pescoço, assim como foi mesurado a
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pressão arterial sistêmica (PA) e indagado sobre hábito de tabagismo. Além disso foi aplicado o
questionário de Berlim (avalia de forma subjetiva a intensidade e a freqüência do ronco, a freqüência
com que as paradas respiratórias são percebidas) e através da escala de sonolência de Epworth (avalia o
2
grau de sonolência diurna). RESULTADOS: Foi verificado um IMC médio de 30,2±4,4 Kg/m sendo que a
maioria (90%) dos motoristas apresentou obesidade grau I. Da amostra, 24% estavam com relação
cintura/quadril elevada (0,94±0,1cm), sendo que a maioria (88%) apresentou uma circunferência do
pescoço acima de 40 cm (42,1±2,7). Quanto a pressão arterial 80% encontraram-se acima da
normalidade (136,4±23,8/ 90±14,7mmHg) e 26% eram tabagistas. Na análise da escala de sonolência de
Epworth observou-se que 26% apresentaram sonolência leve e moderada e pelo o questionário de Berlin
constatou-se que 76% roncavam, 66% apresentavam cansaço durante o dia e 38% relataram já ter
dormido enquanto dirigiam e cansaço ao acordar. CONCLUSÃO: Destacamos a presença de fatores risco
para a saúde dos motoristas, entre eles, a obesidade, o tabagismo e os altos níveis de pressão arterial.
Quanto aos fatores de risco para desenvolvimento da Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono,
evidenciamos um risco elevado na população estudada, o que sugere a necessidade avaliação clínica,
pelo exame de polissonografia.
Palavras chave: Síndrome da apnéia obstrutiva do sono, escala de sonolência de Epworth, questionário
de Berlin.
DESCRIÇÃO DAS ALTERAÇÕES HEMODINÂMICAS PELA CINESIOTERAPIA PASSIVA EM PACIENTES
MECANICAMENTE VENTILADOS. TL 007
Camila de Moraes Pinto 1; Carla Fidelis 1; Magda Aparecida Lopes 1; Marcos David Parada Godoy 1 e
Leonardo Cordeiro de Souza 1,2.
1.
Fisioterapeutas da Equipe Fisiocor;
2.
Fisioterapeuta da UTI do Hospital Estadual Azevedo Lima. Categoria do trabalho: Fisioterapia
em terapia intensiva; Locais do estudo: HSCG – Hospital e Clínica São Gonçalo; São Gonçalo/ RJ e HEAL –
Hospital Azevedo Lima; Niterói/ RJ.
Introdução: O fisioterapeuta na unidade hospitalar atua sobre os efeitos da hipoatividade ou inatividade
do paciente acamado, promovendo asssim, o movimento do corpo ou das partes corporais para alívio de
sintomas ou melhorar a função. Objetivo: Este estudo visa observar e descrever as alterações
hemodinâmicas (Pressão Arterial e Frequência Cardíaca) em pacientes submetidos à cinesioterapia
motora passiva, no leito em Terapia Intensiva. Materiais e métodos: Foram selecionados 06 pacientes
agudizados para grupo 1 (G1), sendo 03 homens, com idade média 61 ± 11,7 anos, com tempo médio de
VM 6,5 ± 2,6; o segundo grupo (G2) com 11 pacientes em processo de desmame ventilatório, sendo 02
homens, com idade média 71 ± 20,5 anos, com tempo médio de VM 9 ± 2,8; e o terceiro grupo (G3) com
07 pacientes, sendo 04 homens, em desmame difícil, com idade média 67 ± 21,9 anos, com tempo
médio de VM 23 ± 14,4. Todos os pacientes foram submetidos ao protocolo de 10 repetições para cada
exercício em membros superior (método diagonal principal de Kabat) e inferior (flexão, extensão,
abdução e circundução de coxofemoral e joelhos respectivamente), onde o paciente se encontrava em
decúbito dorsal com inclinação de cabeceira a 30º e as medidas dos parâmetros hemodinâmicos de
frequência cardíaca (FC) e pressão arterial média (PAM), foram registradas antes, logo após a
mobilização e após dez minutos da mobilização, para isto foi utilizado o monitor multiparâmetro Dixtal
DX 2010. Análise estatística: Os valores obtidos foram submetidos à análise estatística para mediana,
desvio padrão, teste t pareado através do softwear Origin 6.0. Resultados: Nos grupos analisados, os
resultados obtidos mostraram que não houve diferença estatística significativa (p>0,05), quando
correlacionado os parâmetros hemodinâmicos respectivamente antes e após a mobilização para FC (G1:
96,5± 24,3 e 89 ± 21,4; G2: 84± 17,9 e 83± 13,6; G3: 97± 14,4 e 95± 13,2) e PAM (G1: 104± 25,5 e 106,5±
22,3; G2: 103± 18,7 e 101± 13,4; G3: 99± 8,4 e 104± 19,2) Conclusões: De acordo com os resultados
obtidos, a mobilização passiva dos diferentes grupos analisados não resultaram em alterações
hemodinâmicas (140 mmHg < PAM < 70 mmHg) e arritmias malignas, que justificassem a contraindicação da mesma. Palavras-chaves: cinesioterapia, unidade terapia intensiva e fisioterapia
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DESCRIÇÃO DO EFEITO DA ASPIRAÇÃO TRAQUEAL NA INDUÇÃO DA HIPOXEMIA. TL - 008
Marcos David Parada Godoy1; Leonardo Cordeiro de Souza1; Mariana Gomes1, Helson Lino Leite1,
Arthur Evangelista da Silva Neto1; André Luiz da Cunha Serejo1; Vitor Savino Campos1; Josué Felipe
Rodrigues Campos1.
1. Unidade de Terapia Intensiva do Hospital e Clínica São Gonçalo / RJ – Equipe Fisiocor.
Categoria do trabalho: Fisioterapia em terapia intensiva.
Introdução: Varias complicações estão descritas como associadas à aspiração traqueal, entre elas
destacamos a hipoxemia. Diversas técnicas para minimizar este efeito são utilizadas, como a préoxigenação, a hiperoxigenação, a hiperinsuflação e a hiperventilação. Contudo analisamos o efeito da
aspiração traqueal sobre os valores oximétricos sem a utilização de nenhuma terapia ventilatória ou de
oxigenação suplementar. Objetivos: Analisar os efeitos sobre os valores oximétricos dos pacientes, em
ventilação mecânica, quando submetida à aspiração traqueal fechada. Materiais e Métodos: A amostra
foi composta por 11 indivíduos com idade média de 65,6 ± 3,0 anos, sendo sete homens. Foram
selecionados pacientes, com tempo médio de internação na UTI de 6,4 ± 2,5dias, em ventilação
mecânica com diagnóstico de pneumonia. As amostras foram homogeneizadas através da estratificação
da pontuação de gravidade de 5 a 9 conforme APACHE II. A aspiração foi realizada através do sistema
fechado, com cateter de tamanho 14 e com período de sustentação de 15 segundos, utilizando pressões
de sucção de 80 mmHg. Imediatamente antes e após da aspiração foi realizada a coleta de sangue
arterial, diretamente do cateter radial para medida da PAM e concomitantemente a observação dos
valores de SpO2 através do monitor multiparâmetros Dixtal Dx 2010. Nenhum parâmetro ventilatório ou
de oferta de oxigênio foi alterado, a fim de detectar as possíveis alterações nos valores oximétricos.
Estatística: os valores obtidos foram submetidos à análise estatística para media, desvio padrão e teste t
pareado através do softwear SPSS. Resultados: Os valores médios da PaO2 antes e após a aspiração,
quando comparados demonstraram variação em queda de 104,4 ± 23,8 mmHg (IC 95% 88,3 - 120,4)
para 92,9 ± 24,2 mmHg (IC 95% 76,7 - 109,2) e com significância estatística (p = 0,00005). Os valores
médios da SaO2 antes e após a aspiração, quando comparados demonstraram variação em queda de
97,5 ± 1,0 % (IC 95% 96,9 - 98,2) para 96,3 ± 2,2 % (IC 95% 94,8 - 97,8) e com diferença estatística
significativa (p = 0,01).Os valores de SpO2 não demonstraram diferença estatística significativa (p >
0,05). Conclusão: A aspiração produziu variação, em queda, nos valores oximétricos. Contudo não
detectamos um nível de significância clínica. Acreditamos que a utilização dos métodos para minimizar o
efeito da hipoxemia, durante a aspiração traqueal, estejam reservados aos pacientes que apresentem
previamente fatores predisponentes para a hipoxemia, como no caso dos pacientes com doença
pulmonar crônica. Palavras-Chave: Aspiração Traqueal, Hipóxia e Ventilação Mecânica.
COMPARAÇÃO DA EXPERIÊNCIA ENTRE FISOTERAPEUTAS DAS UTI’S E ENFERMARIAS COM
VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA EM HOSPITAIS DE PÚBLICOS DE FORTALEZA. TL -009
Isabel Cristina de Mendonça Santiago ; Fabíola Maria Sabino Meireles1; Mirizana Alves de Almeida2.
Alunas do 8º semestre do Curso de Fisioterapia. 2 Professora M.Sc., Orientadora. Hospital Geral Dr.
César Cals (HGCC); Hospital Geral de Fortaleza (HGF); Hospital de Messejana (HM); Instituto Dr. José
Frota (IJF) – Fortaleza – Ceará.
RESUMO A ventilação não invasiva (VNI) como estratégia de primeira escolha para tratar a insuficiência
respiratória aumentou nos últimos anos, mas seus benefícios dependem da conduta correta do
profissional. Este estudo comparou conhecimento e experiência dos fisioterapeutas com VNI nas
Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s) adulto e enfermarias de quatro hospitais públicos de Fortaleza, no
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período de agosto de 2007 à agosto de 2008. Foram abordados todos os fisioterapeutas das UTI’s (76), 2
não participaram, e enfermarias (58), 16 não responderam, através de questões objetivas e subjetivas.
Os dados foram tabulados e analisados através do software Microsoft Excel 2002 e os resultados foram
expressos em gráficos.
Dos 74 participantes das UTI’s, somente um não administra VNI, dos 42 das enfermarias, 22 não
administram. Nas UTI’s 58 (78%) acertaram situações em que se usa VNI como primeira escolha, nas
enfermarias 19 (45%). Quanto aos efeitos fisiológicos, nas UTI’s 64 (86%) acertaram, nas enfermarias 18
(43%). Nas UTI’s 68 (92%) acertaram as indicações, nas enfermarias 21 (50%). As contra-indicações, 71
(96%) acertaram nas UTI’s, 19 (45%) nas enfermarias. A infra-estrutura foi declarada satisfatória nas
UTI’s por 36 (49%), nas enfermarias por 8 (19%). Nas UTI’s, 68 (92%) julgam-se aptos a instalar e
monitorizar, nas enfermarias 13 (31%). Conclui-se que os fisioterapeutas das UTI’s apresentam maior
experiência quanto à administração, conhecem mais a VNI e se acham mais aptos a instalar que os das
enfermarias. Portanto, com base nesses dados percebe-se a necessidade reciclagem dos fisioterapeutas
das enfermarias, pois estes comparados aos das UTI’s apresentam deficiência no conhecimento e
administração da VNI. E já que o fisioterapeuta é o profissional diretamente envolvido nessa terapêutica,
este recurso deve ser melhor explorado nas UTI’s e enfermarias. PALAVRAS-CHAVE: Ventilação não
Invasiva. Fisioterapeuta. Suporte Ventilatório.
COMPARAÇÃO ENTRE DOIS DIFERENTES TIPOS DE UMIDIFICADORES SOBRE A MECÂNICA
RESPIRATÓRIA DE PACIENTES MECANICAMENTE VENTILADOS. TL 010
Juliana Cristina Gomes de Freitas Costa1; Valdecir Castor Galindo Filho1; Silano Souto Mendes Barros2;
Flávio Maciel Dias de Andrade1,2,3.
1- Faculdade Integrada do Recife (FIR); 2- Hospital da Restauração; 3- Pulmocardio Fisioterapia; Recife
(PE), Brasil.
Introdução: Durante a utilização de uma via áerea artificial (VAA) faz-se necessário acrescentar ao
circuito do ventilador um sistema para umidificar e aquecer o gás inalado. Nesse sentido, dois
dispositivos têm sido comumente utilizados: os umidificadores aquosos aquecidos (UAA) e os filtros
trocadores de calor e umidade (FTCU), os quais podem exercer influência sobre a mecânica respiratória.
Objetivo: Comparar os efeitos da utilização da UAA e de um modelo de FTCU sobre a mecânica
respiratória de pacientes mecanicamente ventilados. Materias e método: Este foi um ensaio clínico do
tipo crossover, randomizado, onde 17 pacientes foram submetidos a duas formas de umidificação:
Grupo UAA e Grupo FTCU, diferenciando entre eles apenas a umidificação inicialmente utilizada. Foram
analisadas as seguintes variáveis: Volume corrente expirado (VCexp), fluxos inspiratório (FI), expiratório
(FE), complacência estática (Cest), dinâmica (Cdin) e resistência do sistema respiratório (Rsr). Análise
estatística: Utilizou-se o teste Kolmogorov-Smirnov para analisar a suposição de normalidade dos dados
e na análise intragrupo aplicou-se o teste t-student para amostras pareadas, tomando-se como nível de
significância 5% (p < 0,05). Os softwares utilizados foram o GraphPad Prism 3 e o Microsoft Office Excel
2007. Resultados: Os valores médios de VCexp, FI, FE, Cdin e Rsr foram significativamente maiores no
grupo UAA. Não foi observada diferença significativa entre os valores de Cest obtidos nos dois grupos
estudados.
Conclusão: Na amostra estudada, o emprego de um modelo de FTCU modificou
diversos parâmetros de mecânica respiratória em pacientes mecanicamente ventilados. Palavras-chave:
Umidificação, filtro trocador de calor e umidade, mecânica respiratória. CATEGORIA DO TRABALHO: 1Terapia Intensiva Adulto
MECÂNICA RESPIRATÓRIA DE PACIENTES SUBMETIDOS A DUAS FORMAS DE TOSSE MANUALMENTE
ASSISTIDA. TL -011
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA
III CONGRESSO CARIOCA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA – 2009
TEMAS LIVRES - PÔSTER
Aline Rafaele Barros Silva1; Pedro Oliveira de Medeiros Correia1; Sandra Adriano Fluhr2; Eduardo Ériko
Tenório de França1,2; Flávio Maciel Dias de Andrade1,2,3
1- Universidade Católica de Pernambuco; 2- Pulmocardio Fisioterapia; 3- Hospital da Restauração; Recife
(PE), Brasil.
Introdução: A ventilação mecânica associa-se à retenção de secreções traqueobrônquicas, podendo
acarretar aumento do trabalho muscular ventilatório. Sugere-se que a tosse manualmente assistida
(TMA) promove o deslocamento de secreções traqueobrônquicas, sem consenso quanto ao papel do
incremento da pressão positiva ao final da expiração (positive end-expiratory pressure – PEEP) e do
tempo inspiratório (Tins) durante o emprego dessa manobra. Objetivos: Analisar os efeitos da aplicação
de duas formas de TMA sobre a mecânica respiratória e o papel do incremento da PEEP e do Tins sobre
o pico de fluxo expiratório (PFE). Materiais e Método: Tratou-se de um ensaio clínico, randomizado,
onde foi avaliada a complacência estática (Cest), resistência do sistema respiratório (Rsr), saturação
periférica de oxigênio (SpO2), volume corrente expirado (VCexp) e PFE de 35 pacientes de ambos os
sexos, divididos em grupo controle (submetidos à nebulização (Nbz) com soro fisiológico (SF) a 0,9%,
seguida de aspiração traqueal), grupo TMA (submetidos à Nbz com SF a 0,9% associada à TMA, seguida
de aspiração traqueal) e grupo TMAO (submetidos à Nbz com SF a 0,9% associada à TMA com
incremento da PEEP e do Tins, seguida de aspiração traqueal). Análise estatística: Para testar a suposição
de normalidade das variáveis analisadas foi aplicado o teste de Kolmogorov-Smirnov. A avaliação das
diferenças entre as proporções foi realizada através do teste Qui-quadrado. O Teste de análise de
variâncias one-way ANOVA e o pós-teste de Tukey foram aplicados para análise comparativa das
variáveis intragrupos e intergrupos. Todas as conclusões foram tomadas ao nível de significância de 5%.
Os softwares utilizados foram o GraphPad Prism 3 e Microsoft Office Excel 2007. Resultados: Não foram
observadas alterações significativas na Cest, Rsr, SpO2 e VCexp nos grupos estudados em nenhum dos
momentos analisados. O PFE durante a realização das manobras no grupo TMA e TMAO foi
significativamente maior que aquele observado no grupo controle (p < 0,001), observando-se também
um PFE mais elevado durante a realização das manobras no grupo TMAO quando comparado ao grupo
TMA (p < 0,05). Conclusão: A TMA associada à elevação da PEEP e do Tins promoveu o aumento do PFE,
sem que se observassem modificações na mecânica respiratória. Palavras-chave: Tosse manualmente
assistida, PEEP, terapia de higiene brônquica. CATEGORIA DO TRABALHO: 1- Terapia Intensiva Adulto
AVALIAÇÃO MUSCULAR RESPIRATÓRIA E DE MEMBROS SUPERIORES EM PACIENTES PNEUMOPATAS.
TL 012
Carlos Eduardo Nunes Soares1; Priscila Batista Almeida1; Eduardo Ériko Tenório de França1,2; Flávio
Maciel Dias de Andrade1,2. 1- Universidade Católica de Pernambuco; 2- Pulmocardio Fisioterapia; Recife
(PE), Brasil
Introdução: A intolerância ao exercício, manifestação comum em pacientes pneumopatas, aumenta a
sensação de dispnéia, reduz a capacidade funcional e a qualidade de vida. Alguns pacientes com
pneumopatias apresentam diminuição da força da musculatura ventilatória, a qual pode associar-se à
fraqueza muscular periférica, acarretando menor tolerância ao exercício. Objetivo: Correlacionar a força
e a resistência muscular respiratória com a força de membros superiores em pacientes portadores de
pneumopatias. Materiais e Método: Tratou-se de um estudo analítico, observacional do tipo transversal,
onde foram analisados 80 voluntários, divididos em dois grupos: Grupo controle (GC), composto por 40
indivíduos sem história de doença pulmonar pregressa e/ou hábito tabágico e grupo paneumopata (GP),
composto por portadores de pneumopatias diversas. Foram avaliados a pressão inspiratória (Pimáx) e
expiratória (Pemáx) máxima, o índice de resistência à fadiga (IRF) e a força de preensão palmar. Análise
Estatística: Para testar a suposição de normalidade das variáveis quantitativas envolvidas no estudo foi
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aplicado o teste de Kolmogorov-Smirnov. Para verificar a existência de associação nas variáveis
categóricas foi utilizado o teste Qui-quadrado. Para análise intergrupos foi utilizado o teste de média
Mann-Whitney e para verificação da associação entre variáveis independentes foi utilizado o coeficiente
de correlação de Spearman. Todas as conclusões foram tomadas ao nível de significância de 5%. Os
softwares utilizados foram o GraphPad Prism 3 e o Microsoft Office Excel 2007. Resultados: Na análise
comparativa intergrupos verificaram-se valores significativamente menores em módulo de Pimáx,
Pemáx e força de preensão palmar no GP. Uma associação positiva foi observada entre os valores em
módulo de Pimáx e Pemáx com a força de preensão palmar em ambos os grupos. Conclusão: Na
população avaliada observou-se redução da força dos músculos inspiratórios, expiratórios e de membros
superiores, verificando-se uma associação positiva entre a força dos músculos ventilatórios e a força de
preensão palmar em indivíduos normais e portadores de pneumopatias. Palavras-chave: Músculos
respiratórios, disfunção muscular, pneumopatias. CATEGORIA: 4 – Fisioterapia Respiratória Ambulatorial
COMPORTAMENTO DAS PRESSÕES RESPIRATÓRIAS MÁXIMAS EM CRIANÇAS PORTADORAS DE
LEUCEMIA LINFÓIDE AGUDA. TL - 013
Bruno Leonardo Almeida Viana1; Lívia Pinheiro Siqueira2 1- Associação Piauiense de Combate ao Câncer;
2 – Novafapi; Teresina-PI
Introdução. A Leucemia é a neoplasia infantil mais incidente, sendo a Leucemia Linfóide Aguda (LLA) o
subtipo de maior prevalência. As infecções do trato respiratório estão entre as complicações mais
comuns do paciente com câncer. A atenção fisioterapêutica na função respiratória de pacientes
portadores de LLA e submetidos a tratamento quimioterápico é importante e deve ser enfatizada. A
força muscular é um parâmetro importante na avaliação do paciente oncológico, visto que a respiração
é o fenômeno fisiológico responsável pela ventilação pulmonar. A incapacidade desses músculos em
gerar força comprometerá as trocas gasosas a nível pulmonar, ocasionando complicações respiratórias.
Assim, a análise das pressões inspiratórias máximas em pacientes com LLA permite identificar a presença
de possíveis disfunções musculares respiratórias. A fisioterapia respiratória podem vir a diminuir as
intercorrências advindas de um quadro de fraqueza muscular respiratória, contribuindo efetivamente na
reinserção do paciente em suas atividades diárias, impedindo a piora do prognóstico, restaurando a
independência, o senso de dignidade a auto-estima e direcionando-os a novos objetivos. Objetivos. O
objetivo do trabalho foi analisar o comportamento da pressão inspiratória máxima (PImáx) antes e após
intervenção fisioterapêutica respiratória em pacientes portadores de LLA submetidos a quimioterapia.
Metodologia. O estudo foi do tipo longitudinal, prospectivo, exploratório e quantitativo, tendo como
sujeitos 9 crianças, sendo 5 meninos e 4 meninas, com diagnóstico de LLA , internadas no setor de
oncologia pediátrica e submetidas a tratamento quimioterápico no Hospital São Marcos (HSM), Teresina,
Piauí. Os pacientes foram submetidos à avaliação da força muscular inspiratória através de
manovacuometria e, em seguida, ao treinamento muscular respiratório com uso de Inspirômetro
incentivador a fluxo ( Lebenton, Tri-Ball®) por 10 minutos, em uma média de 5 atendimentos durante 3
semanas. Resultados. A utilização de Inspirômetro incentivador a fluxo mostrou-se eficaz no tratamento
da fraqueza muscular respiratória em pacientes com LLA, sendo obtidos resultados satisfatórios. Foram
encontrados aumentos na média das PImáx antes e após (p<0,05). Conclusão. A partir desse trabalho,
pôde-se comprovar a eficiência do uso de incentivadores inspiratórios diante da fraqueza muscular
inspiratória em pacientes com LLA submetidos a quimioterapia, bem como a importância da atuação do
fisioterapeuta nessa patologia. Palavras-chave: LLA, Força Muscular Respiratória, Fisioterapia.
ABORDAGEM VENTILATÓRIA DE POR PROFISSIONAIS DE TERAPIA INTENSIVA NA SINDROME DO
DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO. TL - 014
Márcia Cardinalle Correia Viana; Cibele Vieira Wirtzbiki; Fabíola Maria Sabino Meireles;
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Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes e Hospital Geral Dr. César Cals – Fortaleza-CE.
Palavras-chaves: Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo. Unidade de Terapia Intensiva. Ventilação
Mecânica.
INTRODUÇÃO: A Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA) tornou-se conhecida como uma
causa importante de Insuficiência Respiratória Aguda (IRA). É caracterizada pela opacificação observada
na radiografia de tórax secundária a um edema pulmonar não-hidrostático resultante de uma alteração
da permeabilidade da membrana alvéolo-capilar. Quando isso acontece faz-se necessário o uso de
suporte ventilatório que auxilie na manutenção da homeostasia, na tentativa de reverter a hipoxemia e
a fadiga dos músculos respiratórios, características estas encontradas nos pacientes portadores dessa
síndrome. Sua taxa de mortalidade é estimada entre 34% a 60%, motivo que se deve ao fato da mesma
estar associada a várias patologias.OBJETIVOS:Conhecer a abordagem ventilatória adotada por médicos
e fisioterapeutas intensivistas em pacientes com SDRA.MATERIAIS E MÉTODOS:Constou numa
abordagem quantitativa e descritiva no período de Fevereiro à Abril de 2009, em duas UTI’s de Hospitais
Públicos da rede conveniada do Estado do Ceará. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados um
questionário com perguntas objetivas baseadas no III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica
(CBVM).RESULTADOS:Dos 40 entrevistados, 36 afirmaram que realizam a manobra de recrutamento
alveolar (MRA) em pacientes com SDRA. A modalidade ventilação controlada a pressão (PCV) foi
apontada como a de escolha para 30 entrevistados. Somente 15 entrevistados utilizam a posição prona e
afirmam haver melhora na oxigenação. Dentre os 40 entrevistados, 36 fazem a titulação da PEEP e
21deles utilizam valores para pressão de platô entre 26-30 cmH2O.CONCLUSÃO:As principais estratégias
ventilatórias adotadas estão relacionadas a ventilação protetora. Há necessidade de se realizar novos
estudos científicos com a finalidade de se obter a padronização dessas estratégias utilizadas no
tratamento de pacientes com SDRA, assim como estabelecer um protocolo de atendimento a serem
seguidos pelos profissionais em cada unidade hospitalar.
CARACTERIZAÇÃO DO TIPO DE RESPIRAÇÃO, DA FUNÇÃO VENTILATÓRIA E DA POSTURA DE
ESCOLARES DE JUIZ DE FORA, MG. TL - 015
Autores: Cristina Lopes Rodrigues; Rosa Maria de Carvalho; João Vitor Durães Duarte; Fernanda Maria
Veiga Dias; Cleidiane Maria Ramos; Natália Manganeli
Universidade Federal de Juiz de Fora, Minas Gerais
Introdução: A respiração oral é a situação em que a criança substitui o padrão correto de respiração,
nasal, por um padrão oral ou misto. Esta alternância desenvolve mecanismos adaptativos do sistema
estomatognático, promovendo alterações estruturais que são acompanhadas de desequilíbrios
miofuncionais e conseqüentes alterações posturais. A função pulmonar também pode estar
comprometida, caracterizando distúrbios ventilatórios restritivos e obstrutivos.Objetivos: Caracterizar o
padrão respiratório, a postura e a função ventilatória de escolares de Juiz de Fora/MG e relacionar o
padrão respiratório com a postura e a função pulmonar. Metodologia: 47 meninas e 17 meninos, com
idade entre 9 e 12 anos, através de triagem miofuncional e técnica do espelho de Glatzel, foram
caracterizados como respiradores orais (RO) ou respiradores nasais (RN). Análise postural foi realizada
através do Software para Avaliação Postural (SAPO) e função ventilatória avaliada por meio do
espirômetro Datalink. Análise Estatística: Foram realizados Teste t de Student, prova exata de Fisher
para o sexo e correlação de Pearson entre postura e função ventilatória com e sem separação dos
grupos. Resultados: 36 crianças foram caracterizadas como RN (57%) e 28 como RO (43%). Apesar de ter
sido observada tendência do grupo RO apresentar maiores ângulos de protrusão de cabeça e ombros,
assim como menores valores de Capacidade Vital Forçada, Pico de Fluxo Expiratório e Ventilação
Voluntária Máxima, não foi encontrada significância estatística. Observou-se forte correlação entre
protrusão de cabeça e de ombros em ambos os grupos e nos RN a protrusão de ombros mostrou estar
inversamente relacionada ao Índice de Tiffeneau e ao Fluxo Expiratório Forçado entre 25 e 75% da prova
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espirométrica. Conclusão: A prevalência de RO na população estudada é elevada sem influência deste
padrão respiratório na postura e na função ventilatória. Palavras chaves: Respirador Oral. Avaliação
Postural. Espirometria.
A EFICÁCIA DO PROGRAMA ISME (INTERVENÇÃO SENSÓRIO-MOTORA ESSENCIAL) NA RECUPERAÇÃO DE
PREMATUROS. TL - 016
Maria do Céu Pereira Gonçalves. Universidade Estácio de Sá – Petrópolis – Rio de Janeiro.
Introdução: Vasta literatura mostra que os bebês que nascem prematuramente são mais susceptíveis as
lesões do S.N.C. devido à imaturidade do sistema nervoso central e a fragilidade da rede vascular
cerebral. Aproximadamente 25% a 30% dos prematuros de alto risco desenvolvem alguma forma de
disfunções neuromotoras. Objetivos: O presente estudo comparou os efeitos do programa ISME na
recuperação motora de bebês prematuros portadores de disfunções neuromotoras, quando o
diagnóstico é realizado precocemente, com um trabalho realizado em 2001. Participaram do estudo
atual 182 pré-termos nascidos abaixo de 36 semanas, que ao exame neurocomportamental (com
testagem voltada para o tônus muscular e movimentação espontânea), apresentaram sinais de lesão do
sistema nervoso central incluindo: hipertonia, resistência à movimentação passiva, sinal da roda
denteada e reflexos patológicos, todos com historia de síndrome hipóxico-isquêmica. Os pontos
primordiais de análise foram: as idades de aquisição das etapas neuroevolutivas do desenvolvimento
motor. Metodologia: O Programa foi implementado na UTIN logo após identificação dos sinais
sugestivos de Paralisia Cerebral, e foi continuado no ambulatório intervencional, até que os bebês
adquirissem a marcha ativa. Os dados obtidos na entrada (seqüencial) e pós-programa (trimestralmente)
foram tratados através de análise qualitativa e não paramétrica, tendo como referência às aquisições
motoras aprendidas, segundo a escala do Desenvolvimento de Denver II. Uma análise de variância Chi2
revelou significância estatística entre os dados de entrada e saída dos grupos em todos os trimestres da
aplicação do programa, sendo p < 0.05 em todas as avaliações. Resultados: Os dados em termos
percentuais finais foram de 173 pré-termos (95,1%) apresentando normalidade nas etapas do
desenvolvimento motor no período proposto na escala de Denver II e, aos 12 meses de idade corrigida,
apresentaram marcha ativa com padrões de postura estática e dinâmica dentro da referencia normal,
além da presença normal do mecanismo reflexo postural (reajuste automático). E 9 pré-termos (4,9%)
mantiveram persistência dos sinais patológicos não adquirindo as etapas neuroevolutivas. Estes
percentuais quando comparados aos resultados encontrados no trabalho realizado no ano de 2001,
onde participaram 69 pré-termos, sendo que 66 bebês (95,6%) apresentaram normalidade
relativamente às etapas neuroevolutivas do desenvolvimento motor em bebês prematuros portadores
de disfunções neuromotoras, e somente 3 pré-termos (4,4%) apresentaram persistência dos padrões
patológicos. Conclusão: Estes dados nos permitem concluir que o programa ISME se mostra eficaz na
recuperação motora de prematuros portadores de disfunções neuromotoras desde que o diagnóstico
seja realizado precocemente. Palavras chaves: Intervenção Sensório-Motora Essencial; Intervenção
Neonatal; Disfunções Neuromotoras na Prematuridade.
ANÁLISE DO TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO EM PACIENTES INTERNADOS NO SETOR DE
CLÍNICA MÉDICA DE UM HOSPITAL GERAL. TL - 017
Leonardo Cordeiro de Souza1, Frederico Moraes de Almeida2; Jacira Rodrigues Reis2; Enrico Goldoni
Seixas2; Isabela Murta2 e Tatiana Rodrigues Moreira2.
Faculdade Pestalozzi e Hospital e Clínica São Gonçalo - RJ. 1. Professor
da
Faculdade
Pestalozzi.
2.Acadêmicos da Iniciação Científica da Faculdade Pestalozzi. Categoria do trabalho: outros.
Introdução: Os protocolos de treinamento muscular respiratório com cargas adicionais estão bem
correlacionados à reabilitação pulmonar em nível ambulatorial, principalmente para o grupo de
pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Assim, a recuperação funcional dos
pacientes hospitalizados, poderá contribuir para a redução do tempo de hospitalização e melhoria da
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assistência prestada. Objetivo: analisar o comportamento muscular dos pacientes internados em quartos
e enfermarias de um hospital geral, submetidos a um protocolo de treinamento muscular com cargas
adicionais, através de um equipamento denominado Threshold IMT e um reeducador respiratório
volumétrico (Voldyne 5000). Metodologia: Foram avaliados 13 pacientes no total, sendo 5 homens e 8
mulheres, no grupo 1 composto por 8 pacientes, que foram submetidos ao treinamento com threshold
IMT com carga de 40% da Pimáx, com idade média de 61,1±16,6 e tempo de internação de 5,75±2,1 e o
grupo 2 composto por 5 pacientes, que foram submetidos ao treinamento com threshold IMT com carga
de 40% da Pimáx associado a reeducação respiratória com Voldyne, com idade média de 52,8±15,4 e
tempo de internação de 6±1,4. Os pacientes foram submetidos ao manovacuômetro MVD 300 da
Globalmed, com o auxílio de um bocal, conforme a descrição original de Black e Hyatt em 1969, no início
do treinamento e no dia de sua alta hospitalar. Análise estatística: Os valores obtidos foram submetidos
à análise estatística para media, desvio padrão, teste t pareado através do softwear Origin 6.0.
Resultados: No grupo 1 os valores da Pimáx foram estatisticamente significativos com p< 0,01 (43,1 ±
13,6 e 54,8 ± 21,5) e no grupo 2 os valores da Pimáx também foram estatisticamente significativos com
p< 0,04 (56,1 ± 26,3 e 64,2 ± 20,1). Conclusão: Os grupos analisados apresentaram melhora da função
muscular inspiratória, com média de 6 dias de hospitalização, demonstrando boa qualificação dos
recursos empregados no tratamento dos mesmos. Não foi observado dificuldades de realização das
técnicas entre os grupos e superioridade entre os tratamentos. Palavras chaves: fisioterapia, reabilitação
e força muscular
ANÁLISE DIGITAL DA PRESSÃO INSPIRATÓRIA EM 60 SEGUNDOS, COMO ÍNDICE PREDITIVO DE
DESMAME VENTILATÓRIO. TL - 018
Leonardo Cordeiro de Souza, Josué Felipe Rodrigues Campos, Marcos David Parada Godoy; Arthur
Evangelista da Silva Neto; Roberta Souza de Mello Azeredo; Helson Lino Leite; Vitor Savino Campos;
André Luiz Serejo; Bernardo Lopes Sertã. 1.Fisioterapeutas da Equipe Fisiocor. Categoria do trabalho:
Fisioterapia em terapia intensiva; Local do estudo: HSCG – Hospital e Clínica São Gonçalo;
Introdução: O desmame ventilatório é uma prática freqüente e atribuída aos fisioterapeutas na maior
parte do País, porém as correlações com os pacientes em ventilação crônica ainda não são muito bem
exemplificadas. A análise da força muscular (Pimáx) possui grande importância no manejo do paciente
crítico, especialmente durante o processo de desmame, onde a PImáx é utilizada como índice preditivo
de sucesso. Objetivos: analisar o comportamento dos pacientes com critérios de desmame ventilatório,
através da medida digital da PImáx, com a utilização do manovacuômetro MVD 300 da Globalmed, no
intuito de comparar o comportamento de dois grupos de pacientes, os pacientes com mais de 14 dias de
VM e os pacientes com até 7 dias de ventilação mecânica. Materiais e métodos: Foram avaliados 30
pacientes, sendo 16 homens com idade média de 56±15,3 e 14 mulheres com idade média de 57±12,6.
Grupo 1 composto por 10 pacientes, com média de tempo de ventilação mecânica de 5,3±1,2 e o grupo
2 composto por 20 pacientes, com média de tempo de ventilação mecânica de 19,8±8,7. Os pacientes
foram submetidos ao manovacuômetro utilizando uma válvula unidirecional expiratória. O método
consiste na oclusão da via aérea por 60 segundos, e o registro da pressão inspirada correspondente a
cada 0,1 segundo da tensão gerada pelo paciente. Todos os pacientes eram preparados previamente
com aspiração das vias aéreas, pré-oxigenação com FiO2 a 100% durante 2 minutos e posicionamento
com cabeceira a 45º, além da monitorização dos sinais vitais com o intuito de assegurar a execução do
exame Análise estatística: Os resultados foram considerados significativos quando p < 0,05. Os cálculos
estatísticos foram obtidos pelo programa Origin v. 6.0. Resultados: No grupo 1, seis pacientes obtiveram
sucesso no desmame, onde a partir de 10 segundos de medida alcançaram valores superiores a 25
cmH2O (r=0,99 e p<0,001), os demais pacientes deste grupo não apresentaram valores superiores a 30
cmH2O aos que obtiveram sucesso no desmame. No grupo 2, seis pacientes obtiveram sucesso no
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desmame, onde também alcançaram valores em torno de 25 cmH2O em 10 segundos (r=0,97 e
p<0,001), sendo que os demais pacientes deste grupo até o trigézimo segundo não tinha alcançado
valores acima de 30 cmH2O. Conclusão: Não foi observado durante a realização dos exames nenhum
risco aos pacientes submetidos a avaliação, e os valores avaliados e atribuidos aos pacientes submetidos
ao desmame da VM, correspondem aos já descritos na literatura. Palavras chaves: desmame, fisioterapia
e força muscular
MECÂNICA RESPIRATÓRIA DE PACIENTES SUBMETIDOS A DUAS FORMAS DE HIPERINSUFLAÇÃO
PULMONAR MECÂNICA. TL - 019
Renata Danielle de Almeida Elias1; Lyvia Nayá Bezerra da Silva1; Francimar Ferrari Ramos2; Eduardo
Ériko Tenório de França1,2; Flávio Maciel Dias de Andrade1,2,3.
1- Curso de Fisioterapia - Universidade Católica de Pernambuco; 2- Pulmocardio Fisioterapia; 3- Hospital
da Restauração; Recife (PE), Brasil.
Introdução: A retenção de secreções no interior do sistema respiratório é uma complicação freqüente
em pacientes submetidos à assistência ventilatória mecânica (AVM). As manobras de hiperinsuflação
pulmonar mecânica (ventilator hyperinsuflation - VHI) consistem na oferta altos volumes pulmonares e
baixo fluxo inspiratório, promovendo o aumento do recolhimento elástico do sistema respiratório e do
pico de fluxo expiratório (PFE), com conseqüente deslocamento de secreções traqueobrônquicas.
Objetivo: Comparar o efeito da utilização de duas formas de VHI sobre a mecânica respiratória de
pacientes sob AVM, variando-se a freqüência respiratória (FR) e promovendo a ocorrência de auto-PEEP
dinâmico.Materiais e Método: Foi realizado um estudo do tipo crossover-randomizado, onde foram
avaliados vinte e quatro pacientes submetidos a duas formas de VHI (VHI com FR = 10 ipm – VHI10 e VHI
com FR = 20 ipm – VHI20). Foram avaliadas a complacência estática (Cest), resistência do sistema
respiratório (Rsr), saturação periférica de oxigênio, freqüência cardíaca (FC) e pressão arterial média
(PAM) antes e após a VHI e após a aspiração. Durante a manobra foram mensurados a cada minuto o
PFE, volume corrente expirado (VCexp) e volume minuto (VM).Análise Estatística: Para testar a
suposição de normalidade das variáveis envolvidas no estudo foi aplicado o teste de KolmogorovSmirnov. A análise comparativa intragrupos foi realizada utilizando-se os testes One-way ANOVA,
Kruskal-Wallis e os pós-testes de Tukey e Dunns. Para análise comparativa intergrupos foram aplicados
os testes t-Student para amostras pareadas e Wilcoxon. Todas as conclusões foram tomadas ao nível de
significância de 5% e os softwares utilizados foram o GraphPad Prism 3 e Microsoft Office Excel
2007.Resultados: A FC e a PAM aumentaram significativamente durante o protocolo com VHI20, nos
momentos após a manobra e após a aspiração respectivamente. O VM, PFE, diferença PFE – pico de
fluxo inspiratório (PFI) e relação PFE/PFI foram significativamente maiores durante a aplicação da VHI20,
enquanto o VCexp foi estatisticamente superior durante a realização da VHI10. Conclusão: Na população
estudada, a presença de auto-PEEP dinâmico, obtido através do aumento da FR durante a VHI20
promoveu o aumento do VM, PFE, diferença PFE - PFI e relação PFE/PFI, enquanto a VHI10 acarretou o
aumento do VCexp. As técnicas de VHI não proporcionaram alteração significativa na Cest, Rsr e
parâmetros hemodinâmicos. Palavras-chaves: Hiperinsuflação Mecânica, Mecânica Respiratória,
Ventilação Mecânica.CATEGORIA DO TRABALHO: 1- Terapia Intensiva Adulto
ESTRESSE OXIDATIVO PERIFÉRICO E CAPACIDADE FUNCIONAL EM PACIENTES COM DPOC. TLO - 020
Nathalia Camargo Machado1; Lucas Homercher Galant1; Renata Salatti Ferrari1; Bruno da Rocha
Berger1; Luiz Carlos Corrêa da Silva2; Adriane Belló-Klein2; Mariane Borba Monteiro1; Maristela Padilha
Souza-Rabbo1; Alexandre Simões Dias1.
1 Centro Universitário Metodista do IPA, 2 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Brasil. Porto
Alegre - Rio Grande do Sul.
Introdução: O estresse oxidativo (EO) está envolvido na disfunção músculo-esquelética observada em
pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) severa. O teste de caminhada de seis
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minutos (TC6M) é amplamente utilizado para avaliar a capacidade funcional e conseqüente tolerância ao
exercício desta população. Objetivo: Avaliar a influência do EO periférico na capacidade funcional em
pacientes com DPOC. Métodos: 17 pacientes, 11 homens e 6 mulheres (64 ± 9 anos), com diagnóstico de
DPOC de classe moderada a severa de acordo com o Global Initiative for Chronic Obstructive Lung
Disease (GOLD 2008). O EO periférico foi analisado em eritrócitos através da atividade das enzimas
antioxidantes catalase (CAT) e glutationa s-transferase (GST), além da lipoperoxidação (LPO) avaliada
através da técnica de quimiluminescência (QL). A Capacidade funcional foi avaliada através do TC6M
(American Thoracic Society). Análise Estatística: Para análise dos dados foi aplicado o teste de correlação
de Pearson, além do modelo de regressão linear utilizando a distância percorrida como variável
dependente. Resultados: Os valores respectivos da GST (pmol/mg prot), CAT (pmol/mg prot) e QL
(cps/mgHb) foram de 3,2 ± 1,6, 82 ± 26 e 8814 ± 170. A distância percorrida (m) no TC6M foi de 418 ±
106. Os dados demonstraram uma correlação negativa entre a distancia percorrida e atividade da
enzima CAT. A regressão linear mostrou que o diagnóstico, a atividade antioxidante enzimática e a QL
foram as variáveis capazes de modular a performance no TC6M. Conclusão: Nossos dados sugerem que
o estresse oxidativo periférico pode induzir alterações metabólicas substanciais que podem estar
envolvidas no desenvolvimento da intolerância ao exercício apresentada por pacientes com DPOC.
Palavras-chave: DPOC, Estresse Oxidativo, Teste da Caminhada dos Seis Minutos.
AVALIAÇÃO DA PROTEÍNA C REATIVA EM PACIENTES COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA
CRÔNICA. TL - 021
Nathalia Camargo Machado1; Lucas Homercher Galant1; José Leonardo Faustini Pereira1; Matheus
Cassales1; Diego Del Duca Lima1; Luiz Carlos Corrêa da Silva2; José Artur Bogo Chies2; Mariane Borba
Monteiro1; Alessandra Peres1; Alexandre Simões Dias1.
1 Centro Universitário Metodista do IPA, 2 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Brasil. Porto
Alegre - Rio Grande do Sul.
Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) está associada a uma resposta inflamatória
anormal dos pulmões a partículas ou gases nocivos. Um marcador prognóstico de doenças inflamatórias
das vias aéreas é a dosagem da PCR (Proteína C Reativa), uma proteína de fase aguda de processo
inflamatório relatada em casos de obstruções das vias aéreas e em alguns tipos de inflamações
sistêmicas. Objetivo: Avaliar os níveis de PCR em pacientes com DPOC de acordo com a gravidade da
doença. Materiais e Métodos: Estudo transversal com 47 pacientes recrutados no Ambulatório de
Pneumologia do Complexo Hospitalar Santa Casa através dos critérios estabelecidos pela Global
Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD) estádios II – Moderado (18 pacientes, 12
mulheres e 6 homens com média idade de 66,05± 9,00), III – Severo (19 pacientes, 3 mulheres e 16
homens com média de idade 61,89± 8,25) e IV - Muito Severo (11 pacientes, 4 mulheres e 7 homens com
média de idade 62,90± 8,39). Foi realizada avaliação através de uma ficha padronizada, teste
espirométrico para avaliar o distúrbio pulmonar e a coleta de sangue por punção venosa para avaliação
da PCR por aglutinação. Análise Estatística: Teste de variância ANOVA entre os grupos classificados de
acordo com a severidade da doença. O nível de significância utilizado foi p<0,05. Resultados: Os
pacientes com DPOC moderado apresentaram uma média de PCR de 19,76±10,15 mg, os com DPOC
severa apresentaram uma média de PCR de 11,37±6,71 mg e os com DPOC muito severa apresentaram
uma média de PCR de 7,27±2,51mg, não havendo diferença estatística entre os grupos (p>0,560).
Conclusão: Houve uma redução dos níveis de PCR de acordo com a gravidade da doença sem diferença
estatística entre os grupos que não apresentou associação positiva com o uso de corticóides e
antiinflamatórios. Outras variáveis estão sendo analisadas para o entendimento da redução da PCR em
pacientes com DPOC severa e muito severa. Palavras-chave: DPOC, Proteína C Reativa, Processo
Inflamatório.
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EVOLUÇÃO CLÍNICA E ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA EM PACIENTES COM SARA INTERNADOS COM
SUSPEITA DE H1N1: ESTUDO COMPARATIVO. TL - 022
Cândida Serafim Teixeira; Luis Alfonso Meza Ortiz
Hospital Geral de Jacarepaguá ; Hospital Estadual Albert Schweitzer , Hospital de Clínicas Grande Rio ,
Hospital Memorial. - Rio de Janeiro /RJ. Descritores: Gripe suína, SARA,Fisioterapia. Categoria1: Terapia
Intensiva adulto
INTRODUÇÃO No 2º trimestre de 2009 um surto de gripe suína foi motivo de alerta internacional, A
gripe chegou ao Brasil com maior força no início do inverno. Hoje temos o maior numero de vitimas
fatais. Sabe-se que SARA tem surgimento rápido e alto grau de letalidade. Portanto, a associação destas
patologias é condição gravíssima e de prognóstico bem reservado. OBJETIVO Comparar evolução clínica
e abordagem Fisioterapêutica em pacientes internados na UTI de 4 hospitais, com suspeita de H1N1,que
evoluíram com SARA. MATERIAIS E MÉTODOS Análise de prontuários. Critério de inclusão:pacientes
entre 18 anos e 65 anos de idade, internados na UTI com suspeita de H1N1, previamente hígidos, com
evolução para IOT e SARA. Foram excluídos os pacientes fora da faixa etária, portadores de doenças
prévias. ANÁLISE ESTATÍSTICA Pesquisados 4 pacientes: 3 feminino e 1 masculino. A média de idade =
32,2 anos. O intervalo início dos sintomas - internação na UTI = 4,7 dias. 100% apresentaram febre,tosse
e rinorréia. A média da relação P/F = 148,5. A média de permanência na UTI = 17,5 dias. VNI na
internação realizada em 3 dos 4 pacientes, somente 1 evoluiu para IOT no dia posterior. Dos 4 casos:1
negativo,3 positivos,sendo 2 óbitos e 1 alta. RESULTADOS A evolução clínica foi semelhante,
independente da confirmação ou não de H1N1: todos apresentaram pelo menos 6 dos sintomas da nova
gripe; todos evoluíram com hipotensão arterial não responsiva a volume, 3 necessitando de aminas no
1º dia de internação; todos evoluíram para Pneumonia grave e SARA,tendo essa evolução se dado em
média no 2º dia de IOT. VNI não foi eficaz nos pacientes com H1N1 confirmado, tendo evoluindo para
IOT ainda no 1º dia de internação; recrutamento alveolar não foi capaz de melhorar relação P/F
significativamente; PCV foi o modo ventilatório predominante. CONCLUSÃO A letalidade da gripe suína
está relacionada às infecções oportunistas, portanto a evolução dos pacientes seguiu padrão
semelhante. A abordagem Fisioterapêutica seguiu as recomendações da AMIB, quanto às medidas de
ventilação, que são as mesmas para SARA. Pelo prognóstico ruim, observamos alto índice de letalidade
nos pacientes.
PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DE FISIOTERAPIA
RESPIRATÓRIA DA ASSOCIAÇÃO PESTALOZZI DE NITERÓI/RJ. TL - 023
GONÇALVES, Marcelo Torres; MIRANDA, Leandro Bragança; PAGLIARES, Fabiana Pereira; CARVALHO,
Jefferson Matias; PIRES, Cinthia Neves; COSTA, Cleidiane Marins.
Faculdades Pestalozzi, Niterói, Rio de Janeiro.
A existência do ambulatório de fisioterapia respiratória é indispensável na abordagem interdisciplinar de
um centro de reabilitação física, pois de uma boa função respiratória depende a saúde físico-funcional
do ser humano. A proposta desta pesquisa foi descrever o perfil clínico-epidemiológico dos pacientes
que freqüentaram o ambulatório do segundo turno de fisioterapia respiratória da Associação Pestalozzi
de Niterói no ano de 2008. Trata-se de um estudo retrospectivo baseado na análise de prontuários. As
informações avaliadas foram: sexo, idade, município de residência e diagnóstico clínico. Após a coleta de
dados, esta pesquisa utilizou métodos estatísticos descritivos para apresentar seus resultados. Os
resultados demonstraram que 52 pacientes foram atendidos no setor com o seguinte perfil: maioria do
sexo masculino; idade entre 06 e 87 anos; residentes em Niterói e São Gonçalo; diagnóstico clínico
distribuídos entre patologias primárias pneumocardiológicas e patologias primárias neurológicas. A
pesquisa concluiu que a maioria dos pacientes atendidos apresenta patologia primária neurológica, dado
que ratifica a importância do serviço de fisioterapia respiratória no contexto da reabilitação.
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Palavras-chave: fisioterapia; reabilitação; epidemiologia descritiva. Categoria do trabalho: Fisioterapia
Respiratória Ambulatorial.
CONDIÇÃO FUNCIONAL E QUALIDADE DE VIDA NO TRANSPLANTE HEPÁTICO. TL 024
Renata Salatti Ferrari; Lucas Homercher Galant; Luiz Alberto Forgiarini Junior; Mariane Borba Monteiro;
Alexandre Simões Dias
Grupo de Pesquisa Programas Especiais em Saúde Centro Universitário Metodista IPA, Porto Alegre, RS
Resumo Introdução: As doenças hepáticas avançadas são responsáveis pelas alterações metabólicas,
desnutrição, perda da massa e da função muscular. As associações desses fatores induzem à deficiência
motora global e à inatividade física, interferindo negativamente na condição funcional. Objetivo:
Comparar a condição funcional através do teste da caminhada dos seis minutos (TC6min) e a qualidade
de vida (QV) utilizando o questionário Short Form 36 (SF-36) nos pacientes candidatos ao transplante
hepático (TxH) e aqueles submetidos ao transplante ortotópico de fígado no período pós-operatório de 3
meses. Materiais e Métodos: Estudo transversal, com amostra de conveniência, composta por 44
pacientes, divididos em dois grupos: pré-transplante (24 pacientes) e 3 meses após o TxH (20 pacientes).
Todos os indivíduos foram avaliados em um único momento. A analise estatística foi realizada através do
programa SPSS 16.0 utilizando os testes de Kolmogorov-Smirnov, t Student para amostras paramétricas
e o teste de Mann-Whitney para variáveis não paramétricas. O nível de significância adotado foi de p<
0,05. Resultados: A condição funcional, avaliada através da distância percorrida no TC6min, foi
significativamente maior no grupo 3 meses pós-transplante hepático quando comparado com o grupo
pré TxH (500,05 + 56,20 vs 425,67 + 50,95, p<0,001) Na comparação da qualidade de vida, avaliada
através do questionário SF-36, observou-se uma melhora estatisticamente significativa nos itens
capacidade funcional (p = 0,001) e no estado geral de saúde (p=0,01) no grupo submetido ao transplante
hepático avaliados 3 meses após este procedimento quando comparado ao grupo pré-transplante.
Conclusão: Os indivíduos submetido ao transplante hepático apresentam após 3 meses melhora na
distância percorrida e na qualidade de vida, especificamente na condição funcional e estado de saúde
geral quando comparados aqueles indivíduos candidatos ao transplante hepático. Descritores: Condição
Funcional, Qualidade de Vida, Transplante Hepático Categoria: 4
O Model-for-End-stage Liver Disease (MELD) interfere na Condição Funcional e na Força Muscular
Inspiratória de Candidatos ao Transplante Hepático. TL - 025
Renata Salatti Ferrari; Lucas Homercher Galant; Luiz Alberto Forgiarini Junior; Mariane Borba Monteiro;
Alexandre Simões Dias.
Grupo de Pesquisa Programas Especiais em Saúde Centro Universitário Metodista IPA, Porto Alegre, RS
Resumo Introdução: As doenças hepáticas são responsáveis pelas alterações metabólicas e
cardiorrespiratórias, perda da massa e da função muscular. A associação desses fatores determina uma
deficiência motora global, interferindo negativamente na condição funcional e na força dos músculos
respiratórios e periféricos. Objetivo: Correlacionar o escore de gravidade Model-for-End-stage Liver
Disease (MELD) com a condição funcional através da distância percorrida no teste da caminhada dos seis
minutos (TC6min) e com a força muscular respiratória em pacientes com doença hepática crônica
candidatos ao transplante ortotópico de fígado. Materiais e Métodos: Estudo transversal com amostra
de conveniência, composta por 24 pacientes que possuíam o diagnóstico de cirrose hepática, todos os
indivíduos realizaram a TC6min e a mensuração da força muscular respiratória através da
manovacuometria para obtenção da pressão inspiratória máxima (PImáx) e pressão expiratória máxima
(PEmáx). Foram utilizados os testes de Kolmogorov-Smirnov e a correlação de Pearson. Os dados foram
analisados no programa estatístico SPSS 16.00 sendo considerado significativo p< 0,05. Resultados:
Participaram do estudo, 16 homens e 8 mulheres, média de idade de 51±10,16 anos, Índice de Massa
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Corpórea (IMC) foi de 25±3,21 e MELD de 14,87±3,77. Observou-se uma correlação negativa do MELD
com a distância percorrida no TC6min (r = -0,85, p= 0,001) e com a PImáx (r = -0,69, p = 0,001 ). Houve
correlação positiva entre a distância percorrida no TC6min e a PiMáx ( r = 0,68, p = 0,001). Entretanto,
não houve correlação da PEmáx, com o MELD. Conclusão: O escore de gravidade MELD apresenta
correlação inversa com a distância percorrida no TC6min e com a força muscular respiratória (PImáx),
demonstrando ser uma variável que interfere na condição funcional e na força muscular inspiratória em
pacientes candidatos ao transplante hepático. Descritores: MELD, TC6m, PImáx. categoria: 4
A IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO DOS FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CRÔNICAS.
TL - 026
Nomes: Elaine Andrade Moura; Flaviane de Freitas Palma; Marcelle de Paula Ribeiro; Marcus Gomes
Bastos.Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, Minas Gerais.
Introdução: As Doenças Cardiovasculares (DCV) são responsáveis pela maior taxa de morbimortalidade
na maioria dos países, a principal causa do seu desenvolvimento é a síndrome metabólica, que é um
conjunto de fatores de risco que desenvolvem doenças crônicas. Nesse grupo de risco encontram-se:
diabéticos (DM), hipertensos(HAS) ,obesos, pessoas com mais de 50 anos, tabagistas, sedentários e
precedentes familiares com DM, HAS. É importante a adoção de medidas preventivas primárias e
secundárias efetivas para impedir sua progressão. Objetivo: A campanha PREVINA-SE é um trabalho
integrante de um projeto de estensão da Universidade Federal de Juiz de Fora, que atua na prevenção
de fatores de risco para Doenças Crônicas. Essa campanha tem como objetivo detectar, esclarecer e
orientar a população sobre os fatores de risco da síndrome metabólica, e se necessário, encaminha-las a
uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Material e Métodos: A última campanha foi realizada em julho de
2009 por uma equipe multidisciplinar de acadêmicos de educação física, enfermagem, farmácia,
fisioterapia, medicina e nutrição, com intuito de atender a população de Cataguases-MG. O atendimento
é composto por entrevista que questiona sobre os fatores de risco da síndrome metabólica e por
avaliação clínica e laboratorial: glicemia capilar (GC), aferição de pressão arterial, peso, altura e
circunferência abdominal (CA). Após os exames há entrega dos resultados e orientações individualizadas.
Análise estátistica: A amostra totaliza em 143 pessoas sendo escolhidos por livre demanda, contando
com o fator de exclusão idade menor que 18 anos. A idade média foi de 53 anos; 10,49% e 38,46%
apresentam DM e HAS respectivamente, e 46,15% e 53,85% apresentam antecedentes familiares com
DM e HAS respectivamente. A quantidade de sedentários foi de 74,82% e de fumantes 10,49%. As
médias da GC foram de 102,26 mg/dL e a do IMC foi de 26,54 Kg/m2, as médias das CAs foram: no sexo
feminino 94 cm e no sexo masculino de 10 cm. Resultados: Observa-se que dentre os fatores de risco, a
idade média, a porcentagem das pessoas sedentárias, a porcentagem de diabéticos e de seus
precedentes familiares, e o IMC foram bem relevantes. Ao final dos atendimentos todas as pessoas
foram orientadas ou encaminhadas a uma UBS, totalizando em 16 pessoas encaminhas. Conclusão:
Portanto, esse trabalho de prevenção se torna importante para essa população, para os serviços de
saúde e para os governos já que, através dela reduz-se o impacto social, político e financeiro sobre as
receitas do SUS.
Palavras Chaves: Doenças cardiovasculares, síndrome metabólica, prevenção.
CONDIÇÃO FUNCIONAL DE INDIVÍDUOS CANDIDATOS AO TRANSPLANTE HEPÁTICO.
TL -027
Renata Salatti Ferrari; José Leonardo Faustini Pereira; Tanara Carreira Meus Figueredo; Lucas Homercher
Galant; Luiz Alberto Forgiarini Júnior; Mariane Borba Monteiro; Alexandre Simões Dias. Grupo de
Pesquisa Programas Especiais em Saúde. Centro Universitário Metodista IPA, Porto Alegre, RS
Resumo Introdução: A doença hepática crônica resulta em grande impacto nutricional, independente de
sua etiologia, pelo fato do fígado responsabilizar-se por inúmeras via bioquímicas na produção,
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modificação e utilização de nutrientes e de outras substâncias metabolicamente importantes. Desta
forma, a doença hepática acaba levando a perda de massa e função muscular com conseqüente
diminuição da condição funcional. Objetivo: Avaliar e comparar a condição funcional através da distância
percorrida no teste de caminhada dos seis minutos (TC6M), do valor da pressão inspiratória máxima
(PIMáx) e da pressão expiratória máxima (PEMáx), em pacientes candidatos ao transplante hepático que
possuem a classe B e C, segundo o escore Child-Pugh. Materiais e Métodos: Estudo transversal, com
amostra de conveniência composta por 30 pacientes, divididos em dois grupos: Child Pugh Score B (19
pacientes) e Child Pugh Score C (11 pacientes). Todos os indivíduos foram avaliados em um único
momento. Foram utilizados os testes de Kolmogorov-Smirnov, e t student para as variáveis
paramétricas. O nível de significância adotado foi de p< 0,05. Os dados foram analisados no programa
SPSS versão 16.0. Resultados: O grupo Child Pugh Score B percorreu uma distância maior no TC6M que o
grupo C (457,78 + 40,47 vs 370 + 45,15, respectivamente; p = 0,001) , bem como apresentou maiores
valores na PIMáx (-76,26+22,08 vs -55,18+15,75 cmH20, p=0,01) e PEMáx (84,15+28,26 vs 67,00+17),
sendo que a última não apresentou diferença estatisticamente significativa p = 0,07. Conclusão: Os
indivíduos classificados no escore Child- Pugh classe B apresentaram melhor condição funcional
(distância percorrida maior no TC6M) e maiores valores na força dos músculos respiratórios do que os
indivíduos da classe C. Descritores: Child- Pugh, Transplante Hepático, Condição Funcional. Categoria do
Trabalho: 4
ESTRATÉGIAS PARA A REDUÇÃO DO TEMPO DE VENTILAÇÃO MECANICA E DE PNEUMONIA ASSOCIADA
À VENTILAÇÃO. TL - 028
Bruno Leonardo da Silva Guimarães, Sergio Nogueira Nemer, Leandro Miranda Azeredo, Jefferson Braga
Caldeira, Gilberto Marques Souza, Fernando Rodriguez, Moyzes Damasceno. Hospital de Clínicas de
Niterói, Niterói, RJ. Terapia Intensiva Palavras chave: Ventilação Mecânica, VAP, bundle.
Introdução: A pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) está associada ao aumento da
mortalidade e morbidade, além do aumento dos custos da terapia intensiva. O “bundle” de PAV consiste
em medidas difundidas pelo “Institute for health Care Improvement”, e tem sido associado à redução do
risco de PAV. Objetivos: Avaliar implantação de um “bundle” de quatro medidas destinadas para a
redução da incidência de PAV. Materiais e Métodos: Estudo prospectivo, realizado de dezembro de 2007
a agosto de 2009 em 12 leitos de uma UTI geral do Hospital de Clínicas de Niterói. As medidas adotadas
foram as seguintes: interrupção diária da sedação associada ao teste de respiração espontânea feito
pelo fisioterapeuta, cabeceira elevada a 45 graus, profilaxia de trombose venosa e de hemorragia
digestiva. Análise Estatística: A análise foi feita através de média e percentual. Resultados: O risco total e
a taxa total média de PAV foram de 8,4% (15 pacientes em 178) e de 7,75/1000 dias de VM
respectivamente. Todos os casos de PAV ocorreram de forma tardia após o quarto dia de VM. O tempo
de VM foi o principal fator modificável para obtermos menores taxas de PAV. Foi observada uma queda
significativa do tempo médio de ventilação mecânica de 11,4 dias, de Novembro de 2006 até Novembro
de 2007 e de 7,7 dias de Dez 2007 até Agosto 2009. Conclusões: A implantação do “bundle” diário
utilizado pela equipe interdisciplinar está associada à redução do tempo de ventilação mecânica, sendo
este o fator determinante para obtenção de menores taxas de PAV.
ASSOCIAÇÃO DOS ÍNDICES PREDITIVOS DE DESMAME EM PACIENTES IDOSOS E NÃO IDOSOS. TL -029
Leandro Miranda de Azeredo(1); Sérgio Nogueira Nemer(1); Jefferson Braga Caldeira(1); Bruno
Guimarães(1); Gilberto Aluízio Marques de Souza(1); Moyzes Damasceno(1); Licínio Esmeraldo da
Silva(2); Célia Pereira Caldas(3). (1)Hospital de Clínicas de Niterói (HCN) – Niterói – RJ (2)Departamento
de Estatística da UFF – Niterói – RJ (3)
Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas (UERJ) –
Rio de Janeiro -RJ. 1 - Terapia Intensiva
Introdução: A decisão da interrupção da ventilação mecânica pode ser um procedimento clínico mais
seguro com a utilização de protocolo de avaliação diária da respiração espontânea que inclua variáveis
respiratórias que aumentem a confiabilidade na realização do desmame. Objetivos: Determinar que
variáveis respiratórias que estão associadas à predição do sucesso do desmame da ventilação mecânica
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em pacientes idosos e não idosos.Materiais e métodos: Foi realizada uma coorte retrospectiva, realizada
de janeiro de 2003 a setembro de 2005 na UTI do HCN. Participaram do estudo 191 pacientes, sendo
76,4% a população de idosos com idade igual ou maior que 60 anos. Entre os idosos, 84,2% tinham entre
60-80 anos e 15,8% acima de 80 anos. Foram analisados como variáveis independentes na regressão
logística o Apache II, Cqst,rs, FR/Vt, FR/Vt x PO.1, IWI, LIS, PaO2, FR, SaO2, VC, VM, dias de desmame e
os dias de ventilação mecânica, e como variável dependente o sucesso do desmame.Análise estatística:
A identificação das variáveis preditoras do sucesso do desmame foi realizada por meio da técnica de
regressão logística, a qual permitiu obter uma equação de regressão para o cálculo das chances do
sucesso. Resultados: A regressão logística evidenciou como preditores estatisticamente significativos
para o sucesso do desmame a complacência (Cqst,rs), a pressão de oclusão (P0.1) e o produto do índice
de respiração rápido e superficial com a pressão de oclusão (FR/Vt x P0.1) (p < 0,05). Dessa forma,
obteve-se a equação de regressão para o logaritmo da chance de sucesso no desmame: logit (p) = 2,7 –
(0,2  Cqst,rs) – (1,5  P0.1) + 0,014  (FR/VT X P0.1).Conclusão: Através da regressão logística,
encontramos como preditores estatisticamente significativos para o sucesso do desmame a
complacência, a pressão de oclusão e o produto do índice de respiração rápido e superficial com a
pressão de oclusão. Palavras chaves: idoso, desmame, ventilação mecânica.
AVALIÇÃO DOS RESULTADOS DA VENTILAÇÃO MECÂNICA EM PACIENTES IDOSOS E NÃO IDOSOS. TL 030
Leandro Miranda de Azeredo (1); Sérgio Nogueira Nemer (1); Jefferson Braga Caldeira (1); Bruno
Guimarães (1); Gilberto Aluízio Marques de Souza (1); Moyzes Damasceno (1); Licínio Esmeraldo da Silva
(2), Célia Pereira Caldas (3). (1) Hospital de Clínicas de Niterói (HCN) – Niterói – RJ (2) Departamento de
Estatística da UFF – Niterói – RJ (3) Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas (PGCM/ UERJ) –
Rio de Janeiro -RJ. 1 - Terapia Intensiva
Introdução: Com o envelhecimento e aumento da expectativa de vida, observa-se na população
brasileira maior incidência de doenças crônico-degenerativas, maior hospitalização, internação em
terapia intensiva, elevada indicação de ventilação mecânica e necessidade de desmame. Objetivos:
Avaliar as diferenças no desfecho (sucesso e insucesso) do desmame em pacientes idosos e não idosos.
Materiais e métodos: A pesquisa foi delineada através de uma coorte retrospectiva, realizada de janeiro
de 2003 a setembro de 2005 na UTI do Hospital de Clínicas de Niterói. Análise estatística: As variáveis
foram descritas em forma de médias, desvios padrão, medianas e intervalos interquartílicos. O teste do
qui-quadrado comparou proporções entre grupos independentes e avaliou a associação entre variáveis
categóricas. A intensidade da associação foi medida pelo coeficiente Phi (φ). O nível de significância
adotado foi 0,05. Resultados: Participaram do estudo 191 pacientes, sendo 76,4% a população de idosos
com idade igual ou maior que 60 anos. Entre os idosos, 84,2% tinham entre 60-80 anos e 15,8% acima de
80 anos. Como desfecho do desmame, não encontramos diferença estatisticamente significativa entre a
população de idosos e não idosos (p=0,85) e nem entre os grupos de idosos (p=0,58). O sucesso na
população de idosos e não idosos foi de 93,7% (179 casos) e o insucesso de 6,3% (12 casos). Ao
avaliarmos os dias de ventilação mecânica, não foi encontrada diferença estatisticamente significativa
(p=0,26) em relação às categorias do desfecho. Ao analisarmos o óbito versus desfecho do desmame,
encontramos associação estatística entre o resultado do desmame e a mortalidade (p=0,0002), sendo
esta associação inversamente proporcional e de moderada intensidade ( = 0,48; p< 0,0001).Conclusão:
O óbito só esteve presente no insucesso do desmame e dissociado da condição de idoso. Palavra chaves:
idoso, desmame, ventilação mecânica.
EFEITOS DA COMPRESSÃO MANUAL TORÁCICA EM PACIENTES VENTILADOS MECANICAMENTE. TL 031
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA
III CONGRESSO CARIOCA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA – 2009
TEMAS LIVRES - PÔSTER
Paulo Canuto da Silva Nascimento1, Juan Carlos de Liam1, Sara Lucia Silveira de Menezes1,3, Cristina
Márcia Dias1,4, Sandra dos Santos Constantino2, Juliana de Oliveira1,5, Fernando Silva Guimarães1,3 - 1Centro Universitário Augusto Motta, Rio de Janeiro, RJ; 2-Hospital Central da Polícia Militar, Rio de
Janeiro, RJ; 3-Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ; 4-Hospital de Força Aérea do
Galeão, Rio de Janeiro, RJ; 5-Hospital Geral de Bonsucesso, Rio de Janeiro, RJ.
Introdução: pacientes sob ventilação mecânica invasiva frequentemente necessitam de fisioterapia
respiratória com o objetivo de reexpandir áreas atelectasiadas e promover a remoção de secreções
pulmonares. Embora diversas técnicas manuais sejam comumente empregadas na prática clínica não há
estudos que suportem o seu uso para remoção de secreções pulmonares em pacientes ventilados
artificialmente. Objetivo: avaliar os efeitos da compressão manual torácica na remoção de secreção
pulmonar, no fluxo expiratório e na complacência estática do sistema respiratório de pacientes
ventilados artificialmente. Materiais e Métodos: trata-se de um estudo controlado e randomizado.
Foram incluídos 20 pacientes do CTI do Hospital Central da Polícia Militar que apresentavam infecção
respiratória e estavam sob ventilação mecânica invasiva. Durante todos os procedimentos os pacientes
foram mantidos em decúbito dorsal (35o) em ventilação controlada a volume (assisto-controlada) com
Vc = 8 mL/kg, Fluxo insp = 60 Lpm e PEEP = 5 cmH2O (os demais parâmetros não foram modificados). A
intervenção experimental consistiu de dois minutos de compressões manuais torácicas, realizadas
lentamente e na fase expiratória por um mesmo fisioterapeuta. Na intervenção controle os pacientes
apenas permaneceram sob ventilação mecânica durante dois minutos com os parâmetros já
mencionados. A ordem das intervenções foi randomizada e houve um washout de 4 horas entre cada
intervenção. A complacência estática do sistema respiratório (Cst,rs) foi medida antes e após cada
intervenção, bem como os fluxos expiratórios antes e durante a aplicação da compressão manual. A
secreção pulmonar mobilizada durante cada intervenção foi coletada para quantificação. Análise
Estatística: a distribuição dos dados foi analisada pelo teste de Kolmogorov-Smirnov e igualdade de
variâncias de Levene. De acordo com a distribuição foi utilizado teste-t pareado ou Wilcoxon. As
diferenças foram consideradas significativas quando p < 0,05. Resultados: Houve aumento da Cst,rs
após a compressão torácica [6,8 (0,72 - 9,91) vs –2,37 (-7,53 - 4,8) %; p < 0,01], aumento do pico de fluxo
expiratório (44,6±3,81 vs 60±4,1 L/min; p < 0,001) e do fluxo expiratório em 30% do volume corrente
(14,7±1,65 vs 38,4±3,5 L/min; p < 0,001) durante a compressão, além de maior eliminação de secreção
[1,0 (0,4 – 1,7) vs 1,75 (1,0 – 2,4) mL; p < 0,05] durante a manobra compressiva. Conclusão: a
compressão manual torácica aumenta os fluxos expiratórios, promovendo a desobstrução pulmonar e o
aumento da complacência do sistema respiratório de pacientes ventilados mecanicamente.
DESCRITORES: terapia intensiva, compressão manual torácica, mecânica respiratória. CATEGORIA:
Terapia Intensiva Adulto.