Revista Fecomércio - Dezembro / Janeiro

Transcrição

Revista Fecomércio - Dezembro / Janeiro
Ano XVII nº 200 – Dezembro 2014 / Janeiro de 2015
Finanças
no verde
Para ter uma vida financeira
saudável, especialistas indicam
que planejamento é fundamental
para realizar os sonhos
Entrevista // Pág. 8
Rodrigo Rollemberg
governador eleito do DF
Empregador do Comércio:
com a Qualicorp você pode
ter acesso aos mais respeitados
planos de saúde.
Só a parceria da FECOMÉRCIO-DF com a Qualicorp proporciona
acesso ao melhor da medicina, com inúmeras vantagens para você,
Empregador do Comércio.
• Rede com os melhores hospitais, laboratórios e médicos do Brasil.1
• Livre escolha de prestadores médico-hospitalares com reembolso.2
• Confira as possibilidades de redução de carências.3
De acordo com a disponibilidade da rede médica da operadora escolhida e do plano contratado. 2 Esse benefício se dá de acordo com a operadora
escolhida e as condições contratuais do plano adquirido. 3 A disponibilidade e as características desse benefício especial podem variar conforme a
operadora escolhida e o plano contratado.
1
Planos de saúde coletivos por adesão, conforme as regras da ANS. Informações resumidas. A comercialização dos planos respeita a área de abrangência
das respectivas operadoras. Os preços e as redes estão sujeitos a alterações, por parte das respectivas operadoras, respeitadas as disposições contratuais
e legais (Lei no 9.656/98). Condições contratuais disponíveis para análise. Outubro/2014.
Amil:
ANS nº 326305
Golden Cross:
ANS nº 403911
SulAmérica:
Qualicorp
Adm. de Benefícios:
ANS nº 417173
Ligue e aproveite:
De segunda a sexta, das 9 às 21h, e aos sábados, das 10 às 16h.
www.economizecomaqualicorp.com.br
SUMÁRIO
Raphael Carmona
Compra
comportamental
É crescente a utilização
do neuromarketing para
desvendar os anseios do
consumidor
12
Mercado
aquecido
Raphael Carmona
Arte
do bem
Parceria entre artistas
de rua e comerciantes
possibilita que o grafite
se popularize em muros
pela cidade
24
Cristiano Costa
Nutrição diferenciada,
serviços de caminhada,
babá, psicologia e
adestramento são algumas
das opções para os bichos
de estimação
42
4
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
Capa
A Revista Fecomércio-DF dá dicas para você começar 2015 com as
finanças controladas
34
seções
8ENTREVISTA
16GASTRONOMIX
22GENTE
28ECONOMIA
30
AGENDA FISCAL
31
EMPRESÁRIO DO MÊS
52VITRINE
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
54
55
56
58
62
66
DOSES ECONÔMICAS
CASO DE SUCESSO
DIREITO NO TRABALHO
SEGREDOS DO
MARKETING DIGITAL
PESQUISA CONJUNTURAL
PESQUISA RELÂMPAGO
5
Contato
SCS Qd. 6, Bl. A, Ed. Newton Rossi
5º e 6º andares – Brasília -DF – 70306-911
(61) 3038-7500
www.fecomerciodf.com.br
twitter.com/fecomerciodf
Diretoria da
Fecomércio-DF
CONSELHO CONSULTIVO
Conselheiro Presidente
Alberto Salvatore Giovani Vilardo
Conselheiros
Antônio José Matias de Sousa
Jose Djalma Silva Bandeira
Laudenor de Souza Limeira
Luiz Carlos Garcia
Mitri Moufarrege
Rogerio Torkaski
DIRETORIA (TITULARES)
Presidente
Adelmir Araujo Santana
1º Vice-presidente
Miguel Setembrino Emery de Carvalho
2º Vice-presidente
Francisco Maia Farias
3º Vice-presidente
Fábio de Carvalho
VICE-PRESIDENTES
Antonio Tadeu Peron
Carlos Hiram Bentes David
Edy Elly Bender Kohnert Seidler
Francisco das Chagas Almeida
José Geraldo Dias Pimentel
Oscar Perné do Carmo
Tallal Ahmad Ismail Abu Allan
DIRETORES-SECRETÁRIOS
Vice-Presidente-Administrativo
José Aparecido da Costa Freire
2º Diretor-Secretário
Hamilton Cesar Junqueira Guimarães
3º Diretor-Secretário
Roger Benac
DIRETORES TESOUREIROS
Vice-Presidente-Financeiro
Paolo Orlando Piacesi
2º Diretor-Tesoureiro
Joaquim Pereira dos Santos
3º Diretor-Tesoureiro
Charles Dickens Azara Amaral
DIRETORES ADJUNTOS:
Hélio Queiroz da Silva
Diocesmar Felipe de Faria
Glauco Oliveira Santana
DIRETORES SUPLENTES:
Alexandre Augusto Bitencourt
Ana Alice de Souza
Antonio Carlos Aguiar
Clarice Valente Aragão
Edson de Castro
Elaine Furtado
Erico Cagali
Fernando Bezerra
Francisco Messias Vasconcelos
Francisco Sávio de Oliveira
Francisco Valdenir Machado Elias
Geraldo Cesar de Araújo
Jó Rufino Alves
Jose Fagundes Maia
Jose Fernando Ferreira da Silva
Luiz Alberto Cruz de Moraes
Milton Carlos da Silva
Miguel Soares Neto
Roberto Gomide Castanheira
Sulivan Pedro Covre
CONSELHO FISCAL:
Titulares:
Alexandre Machado Costa
Benjamin Rodrigues dos Santos
Raul Carlos da Cunha Neto
Suplentes:
Antônio Fernandes de Sousa Filho
Maria Auxiliadora Montandon de
Macedo
Henrique Pizzolante Cartaxo
DELEGADOS REPRESENTANTES
JUNTO À CNC
Delegados Titulares
1- Adelmir Araujo Santana
2- Rogerio Torkaski
Delegados Suplentes:
1 - Antônio José Matias de Sousa
2 - Mitri Moufarrege
SINDICATOS FILIADOS
Sindicato do Comércio Atacadista de Álcool e Bebidas em Geral do DF (Scaab) •
Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis
Residenciais e Comerciais do DF (Secovi) • Sindicato dos Salões de Barbeiros,
Cabeleireiros, Profissionais Autônomos na Área de Beleza e Institutos de Beleza
para Homens e Senhoras do DF (Sincaab) • Sindicato do Comércio Varejista
de Produtos Farmacêuticos do DF (Sincofarma) • Sindicato das Auto e Moto
Escolas e Centros de Formação de Condutores Classes “A”, “B” e “AB” do DF
(Sindauto) • Sindicato das Empresas de Representações, dos Agentes Comerciais
Distribuidores, Representantes e Agentes Comerciais Autônomos do DF
(Sindercom) • Sindicato das Empresas de Serviços de Informática do DF (Sindesei)
• Sindicato das Empresas de Promoção, Organização, Produção e Montagem
de Feiras, Congressos e Eventos do DF (Sindeventos) • Sindicato das Empresas
Videolocadoras do DF (Sindevídeo) • Sindicato do Comércio Atacadista do DF
(Sindiatacadista) • Sindicato do Comércio Varejista de Automóveis e Acessórios
do DF (Sindiauto) • Sindicato de Condomínios Residenciais e Comerciais do DF
(Sindicondomínio) • Sindicato do Comércio Varejista dos Feirantes do DF (Sindifeira)
• Sindicato do Comércio Varejista de Carnes Frescas, Gêneros Alimentícios, Frutas,
Verduras, Flores e Plantas de Brasília (Sindigêneros) • Sindicato dos Laboratórios
de Pesquisas e Análises Clínicas do DF (Sindilab) • Sindicato das Empresas
Locadoras de Veículos Automotores do DF (Sindiloc) • Sindicato das Empresas
de Loterias, Comissários e Consignatários e de Produtos Assemelhados do DF
(Sindiloterias) • Sindicato do Comércio Varejista de Materiais de Construção do
DF (Sindmac) • Sindicato do Comércio de Material Óptico e Fotográfico do DF
(Sindióptica)• Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório, Papelaria
e Livraria do DF (Sindpel) • Sindicato dos Supermercados do DF (Sindsuper) •
Sindicato do Comércio de Vendedores Ambulantes do DF (Sindvamb) • Sindicato do
Comércio Varejista do DF (Sindivarejista) • Sindicato dos Fotógrafos e Cinegrafistas
Profissionais Autônomos do DF (Sinfoc) • Sindicato das Empresas Locadoras
de Veículos Automotores do DF (Sindloc) • Sindicato das Empresas de Sistemas
Eletrônicos de Segurança do Distrito Federal (Siese)
SINDICATOS ASSOCIADOS
Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar)
• Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do DF
(Sindicombustíveis)
COORDENADOR DE COMUNICAÇÃO
DO SISTEMA FECOMÉRCIO-DF
Diego Recena
REVISTA FECOMÉRCIO
Diretor de Redação:
Diego Recena
DIRETOR REGIONAL
DO SESC
José Roberto Sfair Macedo
DIRETOR REGIONAL
DO SENAC
Luiz Otávio da Justa Neves
DIRETOR DE ÁREA
DE COMBUSTÍVEIS
José Carlos Ulhôa Fonseca
SUPERINTENDENTE
DA FECOMÉRCIO
João Vicente Feijão Neto
DIRETOR DA ÁREA DE HOTÉIS,
BARES, RESTAURANTES E SIMILARES
Clayton Faria Machado
DIRETORA-EXECUTIVA DO
INSTITUTO FECOMÉRCIO
Elizabet Garcia Campos
Editora-Chefe:
Taís Rocha
Editora Senac:
Ana Paula Gontijo
Editor Sesc:
Marcus César Alencar
Editor de Fotografia:
Cristiano Costa
REDAÇÃO
SCS, Quadra 6, bl. A, Ed. Jessé Freire,
5º andar - Brasília - DF - 70.306-908
(61) 3038-7527
Fotógrafo:
Raphael Carmona
Repórteres:
Andrea Ventura, Daniel Alcântara,
Fabíola Souza, Luciana Corrêa, Raíssa
Lopes, Sacha Bourdette e Sílvia Melo
Projeto Gráfico e Diagramação:
Gustavo Pinto
Capa:
Gustavo Pinto
Revisora:
Fátima Loppi
Impressão:
Ediouro Gráfica
Tiragem: 60 mil exemplares
CONTATO COMERCIAL
Joaquim Barroncas – (61) 3328.8046
[email protected]
editorial
Hora de pensar
o próximo ano
M
ais um ano se encerra e outro já desponta no horizonte.
É tempo de deliciar quitutes
natalinos, confraternizar com familiares, reunir os amigos, trocar presentes. É também tempo de fazer
planos, mas, sobretudo, de repensar
o que foi realizado ao longo dos 365
dias que estão ficando para trás.
Venho reafirmar minhas palavras proferidas na ocasião da posse,
em setembro último. Diante deste
ano que se finda, tenho a sensação
de agradecimento ao trabalho que
todos os membros da Federação do
Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal realizaram.
Revitalizamos a marca e os
meios de comunicação institucionais, expandimos o trabalho de
acompanhamento parlamentar ao
analisarmos mais de 700 matérias
de interesse dos empresários. E
com o departamento de Certificação
Digital, ampliamos os produtos,
oferecendo certificados eletrônicos
de CPF e CNPJ, além da Nota Fiscal
Eletrônica.
Neste ano profícuo em termos
de debates e ideias, muito pelas
eleições, promovemos na sede da
Fecomércio-DF sabatinas com os
candidatos ao Buriti – oportunidade que os empresários tiveram de
debater temas importantes para os
diversos setores da economia local.
Outro grande trunfo de 2014 foi
o projeto Brasília 2015, pelo qual
entregaremos ao governador eleito,
Rodrigo Rollemberg (PSB), um documento com as sugestões do Comércio para superar os problemas
da capital - problemas como falta de
segurança para as lojas de rua, falta
de investimentos, além de temas
que andam paralelos à economia,
como saúde e educação. Inclusive,
registro aqui o nosso orgulho de
abrir esta primeira edição da Revista
Fecomércio-DF do ano de 2015, com
uma entrevista com o novo governador eleito, Rodrigo Rollemberg.
Além de tudo o que fizemos neste ano, levo o sentimento forte de
motivação, com projetos novos a
serem colocados em prática e outros para serem finalizados. Tenho
a certeza de que iniciada mais uma
etapa, seguiremos firmes na defesa
dos setores de Comércio e Serviços.
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
Paulo Negreiros
Adelmir Santana
Presidente da Fecomércio-DF,
entidade que administra o Sesc,
o Senac e o Instituto Fecomércio
no Distrito Federal
7
//entrevista
Futuro de
Brasília
// Por Taís Rocha
Eleito com 812.036 votos, Rodrigo Rollemberg, do PSB, é
o governador do Distrito Federal para os próximos quatro
anos. Nesta entrevista exclusiva à Revista FecomércioDF, ele fala dos desafios que enfrentará com um governo
em situação difícil, com um déficit de mais de R$ 2
bilhões. Fala também da vocação da cidade e da maneira
como enfrentará os problemas dos mais de 2,3 milhões
de habitantes do DF.
8
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
Fotos: Cristiano Costa
RODRIGO
ROLLEMBERG
governador eleito do DF
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
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Ao que tudo indica o senhor
assumirá um governo sucateado.
Como será iniciar um
governo assim?
Será, certamente, um grande
desafio. Realmente, as informações
que temos são muito preocupantes. Há um desequilíbrio financeiro
muito grande. Isso exigirá de todos
nós uma dedicação maior. Vai exigir
muita austeridade para que possamos organizar financeiramente o
Distrito Federal para que possamos
recuperar a qualidade dos serviços
públicos no DF.
O senhor pretende criar o
Conselho de Transparência, com a
ativa participação da sociedade. De
que outras formas pretende inovar
no modo de governar Brasília?
Nosso governo vai governar
com ética, transparência, inovação, participação popular e controle social. Vamos sim, já na primeira semana de governo, implantar o
Conselho de Transparência, composto exclusivamente de entidades
da sociedade civil. Vamos implantar nos primeiros meses o acesso
de todo cidadão ao orçamento do
DF e também disponibilizaremos
os painéis com todas as informações orçamentárias das empresas
contratadas, por quanto estão sendo contratadas. Entendemos que a
transparência é também um instrumento de combate à corrupção.
Em ocasiões anteriores, o senhor
afirmou que problemas de gestão
geram burocracia, que, por sua
vez, geram corrupção. O que fazer
para impedir esse ciclo vicioso no
DF?
Reduzir a burocracia é o grande
desafio. A burocracia é um instrumento da corrupção. Ela cria dificuldades para vender facilidade.
Temos que buscar experiências
bem-sucedidas em outros estados,
reduzir os processos, simplificar os
procedimentos, dar a eles transparência para combater de forma rigorosa a burocracia.
10
Durante a campanha, o senhor
falou em redução do número de
secretarias, atualmente em 40. O
que será mantido e o que deixará
de existir?
Estamos concluindo nossos trabalhos em relação a isso e o que eu
posso adiantar é que vamos ter por
volta de 20 secretarias – talvez um
pouco menos ou um pouco mais.
O senhor falou que comporá sua
equipe somente com pessoas
“fichas limpas”, sem loteamento
da máquina pública. Gostaria que
o senhor falasse um pouco mais
sobre isso. O que os empresários
podem esperar dos secretários,
principalmente nas áreas de
desenvolvimento econômico,
planejamento, finanças, obras
e turismo?
Queremos secretários, administradores, enfim, gestores públicos
com algumas características: competência, qualificação e com fichas
limpas. Estamos buscando construir
a nossa gestão com pessoas bastante capacitadas, experientes, que
possam efetivamente levar adiante
as políticas públicas de cada segmento. O que o setor pode esperar é
nomes capacitados para liderar essas secretarias e nomes que certamente serão bem recebidos porque
são conhecidos desses segmentos.
A Câmara Legislativa do DF passa
por mais uma crise de imagem
Propiciaremos
nos primeiros
meses o acesso
de todo cidadão ao
orçamento do DF.
A transparência
é também um
instrumento
de combate à
corrupção
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
e está bastante desgastada na
sociedade. Seu partido, contudo,
não fez nenhum deputado distrital e
o senhor precisará de maioria para
aprovar propostas importantes.
Como pretende se relacionar com
o Legislativo local sem ceder a
pressões políticas?
Pretendemos fazer isso com
muito diálogo e muito respeito. Eu
fui deputado distrital, sei da importância do mandato de um deputado
distrital, sei da importância da Câmara Legislativa do DF. Já estamos
conversando com os deputados.
Queremos valorizar a atuação dos
deputados, especialmente na efetivação de políticas públicas que melhorem a qualidade de vida da população, ao mesmo tempo mantendo
com eles um diálogo permanente,
reconhecendo a independência da
Câmara Legislativa, buscando construir uma sinergia em defesa dos
interesses de Brasília.
Levantamento recente do PNUD
– o Índice de Desenvolvimento
Humano Municipal - aponta que
há no DF uma grande disparidade
entre as cidades, no que se
refere à educação, longevidade
e renda. Plano Piloto, Lago Sul,
Sudoeste, Noroeste e Águas
Claras contrastam com Estrutural,
Recanto das Emas, Samambaia,
São Sebastião e Sobradinho 2.
Quais suas principais propostas
para diminuir essa desigualdade
social? A Estrutural, há décadas,
é uma das cidades mais pobres
do País e nenhum governo mudou
essa realidade.
Quando escolhemos o nome
da nossa coligação, “Somos todos
Brasília”, foi para sinalizar que entendemos que as diversas cidades
do DF têm que buscar uma qualidade de vida próxima à do Plano
Piloto, como infraestrutura, com
oferta de serviços, arborização, enfim, com todos os elementos que
signifiquem qualidade de vida. Esse
é o nosso grande desafio. Também
disse, e reitero que um governador, depois de eleito, deve governar
para todos. Mas ele também tem
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
que ter um olhar especial para os
locais mais pobres, mais carentes,
que precisam da presença efetiva
do governo. E é isso o que vamos
fazer. As políticas públicas, como a
construção de creches, escolas, de
infraestrutura e saneamento nas
regiões mais pobres serão prioridade.
A vocação de
Brasília é ser um
grande polo de
ciência, tecnologia,
inovação, de
serviços, turismo e
economia criativa
Existe um projeto do deputado
federal, senador eleito Ronaldo
Caiado, que pretende transferir
mais da metade da verba do FCO
destinada ao DF para Goiás. A
Fecomércio-DF se posicionou
contra a medida por acreditar que
ela compromete o desenvolvimento
de Brasília e do Entorno. Qual sua
opinião sobre isso e o que pretende
fazer a respeito desse assunto tão
importante?
Pretendo conversar com o deputado Caiado e convencê-lo de que
esse projeto é equivocado. Não é
bom para o Distrito Federal, nem é
bom para o Entorno do DF. Os 19%
a que o DF tem direito no FCO são
para o DF e a região do Entorno. Só
para se ter ideia, estou com dados
do Banco do Brasil do primeiro semestre de 2014, que apontam que
dos R$ 298.722 milhões executados
para o DF, um terço disso, ou seja,
R$ 93.245,00 foram executados na
RIDE (Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e
Entorno). Isso mostra que a Ride já
está sendo beneficiada com os recursos do FCO.
Por fim, como o senhor enxerga
as vocações de Brasília hoje e, na
sua visão, qual deve ser o papel da
capital federal nos próximos anos?
Que futuro o senhor enxerga para
esta cidade?
Eu diria que a vocação de Brasília é ser um grande polo de ciência,
tecnologia, inovação, de serviços,
turismo e economia criativa. São
essas as áreas que propiciarão o
desenvolvimento diferenciado no DF
para os próximos anos. Acredito que
é isso que devemos fazer.
11
comportamento
Fotos: Raphael Carmona
Explorando todos
os sentidos
// Por Fabíola Souza
Empresas utilizam preceitos do
neuromarketing para entender e satisfazer os
anseios do consumidor
A
forma de organizar os produtos nas estantes, prateleiras, gôndolas de mercado
ou o aroma característico de determinada loja, e as consequências no
comportamento do consumidor são
temas de uma ciência ainda pouco
difundida, o neuromarketing. União
do marketing com a ciência, ele tem
como objetivo entender os desejos,
impulsos e motivações das pessoas
por meio do estudo das reações
12
neurológicas a determinados estímulos externos.
De acordo com especialistas,
cada segmento utiliza técnicas diferentes para atrair o cliente, por isso
é necessário fazer uma pesquisa de
mercado antes de inserir algum método diferente na empresa.
A professora de Marketing da
Faculdade Senac, Bárbara Marcela
Reis Marques de Velasco, acredita
que o neuromarketing está no coti-
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
diano das empresas, pois estuda as
melhores maneiras para entender o
que o consumidor quer.
“A ideia do estudo não é criar a
vontade na pessoa para consumir,
mas sim despertar nela a vontade
que já existia. Porém é uma ciência genérica e não específica por
segmentos”, explica Velasco. Para
ela, cada técnica gira em torno do
público a ser atingido. Por exemplo,
se o público a ser atingido é o infantil, o ideal é deixar as prateleiras na
altura das crianças, com brinquedos
de cores chamativas e uma música
ambiente alegre.
Velasco ressalta que tudo contribui para despertar no consumidor a
vontade de comprar, como a iluminação do ambiente, a organização
espacial dos produtos, a exposição
da vitrine, o layout da loja. “Mas o
vendedor continua sendo de extrema importância no processo da venda. O importante é deixar o cliente
à vontade. Muitas vezes um cheiro
diferente na loja ou uma música são
opções para fixar a imagem da empresa”, aponta a professora.
//Mudar para crescer
No mercado há mais de 35 anos,
o instituto de beleza Hélio Diff apostou em reformas estruturais para
atender melhor seus clientes e
consequentemente aumentar o volume de vendas. O diretor-executivo
da empresa, Gustavo Nakanishi,
explica que há três anos o empreendimento sentiu a necessidade
de inovar e por isso começou um
estudo para saber o que poderia ser
modificado. “Nosso maior aprendizado é que inovação tem que ser
um processo bem estruturado. O
mundo mudou e a velocidade de
informação é grande nos dias de
hoje”, disse o diretor.
Desde 2013, três das sete lojas
existentes já foram reformadas. A
previsão é que até 2016 todos os estabelecimentos estejam no mesmo
padrão. “A base da reforma é a mesma para todas. Fizemos primeiro
uma pesquisa de opinião com nossos clientes e decidimos as mudanças”, afirma. Segundo Gustavo, as
principais mudanças ocorreram na
parte da conveniência, onde ficam
expostos os produtos, e nos lavatórios. “Atualmente, 20% do que a loja
fatura é da venda de produtos, antes
da reforma não representava nem
5%”, comemora. O diretor conta ainda que, depois das mudanças, houve
um aumento de 11% no número de
clientes e redução de 35% no custo
operacional.
O gestor de categorias das redes
de supermercados Comper, Emerson Mendes, diz que as disposições
dos produtos são organizadas por
segmentos, como padaria, limpeza,
higiene pessoal. Nas prateleiras
existem classificações para os artigos como premium, intermediário e
básicos. “Há produtos que têm alto
giro e outros menos, mas é necessário colocar todos os produtos à disposição do cliente”, aponta. Para ele,
o consumidor está mais exigente,
avalia bem o que põe no carrinho de
compras, tanto na comparação dos
preços como na análise da qualidade do que pretende levar.
//Auxílio da Medicina
O professor de Marketing do
programa de pós-graduação em
Administração na Universidade de
Brasília (UnB), Rafael Porto, acredita
que estudos na Medicina auxiliam o
mercado a entender um pouco mais
sobre o modo como funciona o comportamento do consumidor, mas diz
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
“Fizemos primeiro
uma pesquisa de
opinião com nossos
clientes e decidimos
as mudanças”
Gustavo Nakanishi
Diretor do grupo Hélio Diff
13
que existem fatores externos que contribuem na hora de
despertar a vontade de compra no cliente, como a disposição dos produtos na vitrine e dentro do estabelecimento, a
disposição do balcão para evitar filas e o uso de descontos
em determinados produtos.
“Muitas vezes, quando o cliente vê que a loja tem fila
para pagar, desiste de entrar, do mesmo modo, quando
tem que procurar pelo produto, por não estar exposto de
forma clara”, aponta o especialista. Segundo ele, vale explorar quais aromas teriam a ver com o produto exposto e
melhorar a experiência dos consumidores na loja. Muitas
vezes, um cheiro agradável pode fazer com que se sintam
mais confortáveis e inclinados a comprar.
//Casos de sucesso
Julio Takano é proprietário da Kawahara Takano Soluções para Varejo. A empresa com sede em São Paulo atua
no mercado latino-americano de projetos para varejo há
mais de 20 anos. Segundo Takano, já foram criados mais
de 100 conceitos de lojas totalizando 954 mil m². Julio já
foi consultor de grandes marcas como Hering Store, Riachuelo, O Boticário, Walmart, entre outras.
Para ele, é necessário utilizar um método chamado
Curva ABC, que diz que, em média, aproximadamente
80% do seu faturamento são oriundos de aproximadamente 20% da sua base de produtos. “Nas lojas Hering,
por exemplo, fizemos um estudo por meio do qual os produtos deveriam ser para todos os públicos de modo que o
consumidor C deseje, o B use e o A compre para presente”, comentou Takano.
No caso da Hering, antes da consultoria, a loja utilizava
cinco mil produtos na área de vendas e 10 mil artigos estavam no estoque. Julio desceu os produtos do estoque e
colocou mais variedade dentro da loja, perto da vista dos
clientes. “Além disso, foram desenhadas mais coleções
de roupas, que são trocadas de acordo com as estações do
ano e têm começo, meio e fim”, explica.
Segundo ele, não importa se a empresa é micro, pequena ou de grande porte, o importante é estudar o público a ser atingido e os produtos mais vendidos, mas o ideal
é fazer essa análise semanal e não mensal. Além disso, o
maior segredo é unir a qualidade do produto com a capacitação da equipe de vendas e a arquitetura da loja.
14
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
Mono mon
o
o Caetan
ig
Por Rodr
O que os chefs esperam para 2015
O Gastronomix perguntou a três chefs de Brasília o que esperar da gastronomia brasiliense em 2015?
Para onde vamos? Quais as tendências? Confira as opiniões:
Simon Lau
Brasília está passando por uma
renovação. Têm chefs novos entrando
com pensamento diferente. Eles não
ficam babando no tomate-seco, como
antigamente. Escolhem produtos do
Cerrado ou locais, em feiras, frescos e de
produtores artesanais para sua cozinha
– como o Leandro Nunes (do Jambu,
na Vila Planalto). Essa mudança é um
movimento que tem mais de 10 anos
para chegar até agora. Hoje, os alunos
saem da faculdade sabendo que isso é
importante. Em 2015, o Acquavit estará
de volta ainda no primeiro semestre.
Renata Carvalho
Acho que a onda dos food trucks vai
se consolidar. Outro dia, soube que
um carro desse está custando cerca
de R$ 120 mil e que tem fila de espera.
Tem muita gente vindo para a rua.
E alguns restaurantes acabam se
adaptando a isso e trabalhando com
miniempratados, como é o caso do
Loca Como Tu Madre, que adota esse
conceito desde sua inauguração. Esse
casamento de porções menores com
preços mais acessíveis deixa o lugar
mais dinâmico, atrai um público variado
e é sinônimo de casa cheia.
Agenor Maia
Acredito que 2015 será um ano de
continuidade do movimento que
busca firmar a importância dos
ingredientes do Cerrado, tanto na
apresentação de pratos clássicos
quanto no desenvolvimento de receitas
contemporâneas, como procuro fazer
no Olivae Restaurante. A tendência de
utilizar produtos regionais e a busca de
produtores locais fazem parte de um
movimento mundial e o DF seguirá
a mesma linha, quem ganha com
produtos mais frescos e saudáveis
tende a ser o comensal.
Viagens gastronômicas
Paris
Miznon – O gastropub israelense é uma farra só. Na vitrine, diversas couves-flores ficam
expostas. Logo vem a curiosidade: é para comer? É sim. A couve-flor, assada e temperada,
acompanha os sanduíches à sua escolha - feitos com pão pita temperadinho e recheados com
vegetais ou carnes como a de cordeiro. Tudo bem gostoso como as kaftas, homus e babaganuche.
// 22 Rue des Ecouffes, 75004 Paris, França
Telefone: +33 1 42 74 83 58
Septime – O chef Bertrand Grébaut e sua jovem equipe fazem uma nova cozinha francesa:
fresca, sem frescuras, com ingredientes pouco temperados e sabor marcante. O local se
tornou um dos mais disputados de Paris. Sem reserva, não há como comer lá.
//80, Rue de Charonne
Telefone: + 33 (1) 43 67 38 29 – septime-charonne.fr
16
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
http://bloggastronomix.blogspot.com – [email protected] – www.facebook.com/sitegastronomix
Três
em um
Saia da rotina
Restaurante, armazém e
sala de aula. Não necessariamente nessa ordem. O chef
Emerson Montovani reúne no
Trio Gastronomia uma proposta
diferente de lidar com comida
e bebida. O local só funciona
mediante reservas. Em torno de
uma mesa retangular, 12 pessoas
fazem a refeição. No almoço, o
menu – com ingredientes frescos,
vinhos selecionados da adega
em uma sequência de quatro
pratos, incluindo entrada e
sobremesa. O menu custa R$
189 com a harmonização ou
R$ 125 incluindo água e café.
Na parte superior, Montovani
criou um empório com 500
produtos, adega com 120 rótulos e 50 cervejas diferentes,
além de produtos exclusivos.
da estação - varia de R$ 70 a R$ 80
incluindo entrada, prato principal
e sobremesa, além de água e café.
Os jantares são harmonizados com
// Trio Gastronomia
213 Sul, bloco A, loja 27
Telefone: (61) 3346-2845
www.triogastronomia.com.br
O Gastronomix fez uma lista com algumas das novidades
que estão surgindo pela cidade. Fiquem de olho.
Don Ruffon
A cozinha internacional é a proposta da chef
Thalita Kalix para seu restaurante. A ex-jornalista
abandonou tudo e foi estudar em Paris na Le Cordon
Bleu. De volta à cidade, montou um local onde oferece menu variado,
entre o tradicional e o contemporâneo. No almoço, de segunda às
sextas, há pratos fixos como Coq au Vin com legumes grelhados e arroz
e risoto de cogumelos. A aposta da casa é o pato com laranja (R$ 63,00).
A casa também conta com carta de cervejas especiais.
// 204 Norte, bloco A, loja 53
Telefone: (61) 3037-1020
Piauíndia
Do Condomínio Solar da Serra,
no Jardim Botânico, para a Vila
Planalto. O chef Evandro e Nicole
(e sua filha) estão levando todo o
balacobaco piauiense e indiano
para mais perto dos brasilienses.
Prometem manter seu cardápio
enxuto com frango, camarão
e carneiro, além de opções
vegetarianas. As samosas espécie de pastel com batata,
Em breve
ervilha e especiarias indianas são imperdíveis.
www.facebook.com/Piauindia
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
Nakombi
A primeira franquia
do restaurante
japonês em Brasília
abriu as portas há
pouco tempo. São 130
lugares divididos em
três ambientes (mezanino,
salão térreo e varanda externa). O
inusitado é o fato de uma Kombi
ser um dos locais onde o sushi e
sashimi são preparados.
// 404 Sul, bloco B, loja 35
Telefone: (61) 3264-6888
17
tendência
Tecnologia a
serviço
do cliente
//Por Daniel Alcântara
Estabelecimentos da cidade já se utilizam de
tablets para agilizar os pedidos à mesa e as
compras pelos consumidores
O
s tablets estão deixando de ser um aparelho individual e se transformando cada vez mais em um dispositivo que pode se traduzir
em comodidade aos clientes e lucro para os empresários. Cada
vez mais estabelecimentos investem em inovação para agilizar o
atendimento e agradar aos clientes. Nesse sentido, a empresa Tablet Commerce Tecnologia oferece, há quatro anos, cardápios online elaborados para
bares e restaurantes, que substituem o cardápio tradicional de papel, trazendo interatividade e comodidade aos clientes. O serviço funciona da seguinte
Cristiano Costa
18
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
forma: o consumidor escolhe o produto via tablet, afixado na mesa, e o
pedido vai direto para a cozinha, sem
interceptação de terceiros, o que
também evita erros.
Na opinião do diretor de Marketing da Tablet Commerce, Fernando Chiarotto, o sistema de cardápio
oferecido pela empresa é pioneiro
no Brasil e tem quatro objetivos básicos: a otimização do modelo operacional do bar ou restaurante; a redução de custos em âmbito geral; o
ganho em eficiência de atendimento
ao cliente; e o aumento expressivo
no consumo. Presente em quatro
estados brasileiros - São Paulo, Minas Gerais, Amazonas e no DF- no
leque da empresa, estão 30 estabelecimentos dos mais diversos ramos. “O primeiro restaurante a usar
o Sistema de Cardápio Digital Tablet
Commerce no DF é o Sensei Temaki
e é nosso cliente há aproximadamente dois meses. Vale ressaltar
que o restaurante bateu recorde de
vendas seguido já nos três primeiros
dias de funcionamento do cardápio
digital”, conta Chiarotto, que já está
fechando contrato com outros sete
restaurantes da cidade.
O professor do curso de Tecnologia da Informação (TI) da Faculdade Senac-DF, Edilberto Silva, acredita que quem não investe em novas
tecnologias em seu estabelecimento
pode estar perdendo a clientela para
o concorrente. “Pessoalmente, tendo como escolha, dois restaurantes
similares, por exemplo, eu me dirijo
ao que for mais eficaz. Esse serviço de tablets na mesa, a meu ver,
Viviane Cabus,
do Sensei: “o
cliente tem todos
os produtos do
restaurante em
um cardápio
completamente
digital”
tende a acelerar os pedidos, e isso
é um grande diferencial”, explica o
professor. Ele ressalta ainda que
apesar de o Brasil estar evoluindo
na área tecnológica, ainda falta muito para chegar ao melhor. “Estamos
evoluindo, mas a passos de tartaruga. Somente para exemplificar: no
Japão já é possível pagar a conta e
comprar refrigerantes apenas com
o celular de forma online. Nos Estados Unidos, o celular já é utilizado
como cartão de crédito em operações inclusive para saques em dinheiro e para pagamento de contas.
Aqui no Brasil estamos iniciando
algumas experiências neste sentido,
mas ainda muito pontuais”, conclui
Edilberto.
Os contratos são feitos por meio
da locação dos equipamentos e
software e em média o empresário
pagará entre R$ 130 e R$ 180 mensais por cada iPad/Cardápio Digital,
dependendo do número de telas e
região. Segundo a empresa, não há
taxas de adesão ou cobranças adicionais. A sócia-proprietária do Sensei Temaki, Viviane Cabus, que faz
uso do cardápio digital há dois meses
já obteve resultado que surpreendeu
a empresária. “O cliente tem todos
os produtos do restaurante em um
cardápio completamente digital. Por
exemplo, se ele buscar por bebidas,
vai ter todo o leque que o estabelecimento oferece com fotos em alta
definição. Também tem a opção de
adicionais, como gelo ou limão e sobremesas”, explica. Segundo ela, as
pessoas comem com os olhos, então o serviço instiga mais o consumo
dos produtos. “O aparelho melhora
a relação do cliente com a empresa,
não é necessário que o consumidor
pare toda hora e levante os braços
para chamar o garçom, o que agiliza
e aumenta o nível da venda”.
A proprietária da temakeria
conta ainda que os clientes ficaram
preocupados com o emprego dos
garçons. De acordo com Viviane, os
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
consumidores ficavam perguntando
se a tecnologia iria substituir a mão
de obra humana. “Alguns clientes
ficaram meio receosos com a novidade, mas, depois que a tecnologia
chegou às mesas, o lucro aumentou
sem que ninguém perdesse o emprego. Pelo contrário, todos os garçons foram mantidos e mais funcionários foram contratados, porque a
demanda de pedidos aumentou, então também precisávamos aumentar
a equipe de atendimento”, diz Viviane. O diretor de Marketing da Tablet
Commerce acredita que os cardápios
digitais permitem que os garçons
tenham mais tempo para atender e
fidelizar melhor os clientes.
A estudante Aline Teixera adorou a novidade e já aconselhou aos
amigos da faculdade. “A primeira
vez em que fui ao restaurante fiquei
um pouco confusa, mas o funcionário me ajudou e achei super moderno e fácil. Falo para os amigos sobre
a novidade e eles adoram. Acredito
que a maior vantagem é que eu posso ficar mais reservada sem ter que
chamar o garçom toda hora.”
A Fit.gourmet, loja especializada na comercialização de produtos
elaborados especialmente para
aqueles que buscam uma alimentação saudável, também apostou
nos tablets para agilizar os pedidos
dos clientes. Localizada na 108 Sul,
a loja tem um formato diferenciado,
no qual os clientes poderão escolher
os artigos por aplicativos no tablet,
sem a necessidade de ir às gôndolas
nem aos freezers.
De acordo com os proprietários
do estabelecimento, Renata Costa
e Rafael Biavati, eles pensaram no
produto no mesmo momento que
abriram a loja, dois meses atrás. “O
tablet incrementa a facilidade na visualização dos produtos e o cliente
se sente mais confortável”, explicam
os sócios. No estabelecimento, o
cliente escolhe os produtos no aparelho e já pega no caixa.
19
facilidade
Comprar
para quê?
//Por Luciana Corrêa
O mercado de aluguel de produtos abrange diversas áreas e pode facilitar a
vida de quem precisa de um bem, mas não quer necessariamente comprá-lo
N
o mundo dos negócios
ou na vida pessoal, muitas vezes é preciso utilizar certos produtos que
não estão previstos ou não são do
ramo da empresa. Ou ainda, serão
utilizados somente por um tempo
pré-determinado. Para isso, existem
empresas especializadas em aluguel
em vários ramos do comércio e que
podem ter soluções para inúmeras
necessidades. Os mais lembrados,
normalmente, são imobiliárias, lojas de roupas, móveis e carros, mas
o mercado de Brasília oferece itens
que vão além disso.
O gerente de locação da empresa
de tecnologia Microtécnica, Antônio
Clemilton, explica que há um desconhecimento sobre algumas opções
do mercado de aluguel, pois a cultura
do Brasil é de que é preciso adquirir
produtos. Só que muitas vezes não é
necessário. “Em termos coorporativos, por exemplo, dependendo do
ramo de atuação, o percentual destinado para serviços de TI pode ser
usado para alugar serviços, em vez
de o empresário ter o custo fixo. Muitas vezes a atividade fim não é a tecnologia e dificilmente o empresário
conseguirá manter um equipamento
de alta qualidade. É quando entra a
empresa especializada para fazer
isso por ele.”
A Microtécnica visa criar soluções
20
em tecnologia, mas não só para empresários. Segundo o gerente, o aluguel de notebooks, por exemplo, pode
ser eventual ou mensal e os clientes
podem aproveitar as vantagens. “Já
tivemos como clientes pessoas físicas com problema em equipamento e
precisavam de um substituto. Outros
precisam para trabalhar de forma remota, em casa”, explica. A empresa
possui telas de projeção, notebooks,
computadores, nobreak, mesa de
som, microfone, caixas de som, entre
outros itens. O aluguel pode variar de
R$ 50 a R$ 3 mil.
O gerente orienta que dependendo do tempo de utilização, no caso
de alguns produtos de saúde, vale a
pena adquirir o item em vez de locar.
“Recomendamos que se o uso de
muletas, por exemplo, ultrapassar
três meses, é melhor comprar, pois
nesse caso o custo pode ficar muito
alto”, disse Júlio. Ele conta também
que muitos clientes alugam alguns
itens não só para uso pessoal ou domiciliar, mas também para eventos
na área de saúde, faculdades, teatros.
A locação dos equipamentos na Hospitália pode variar de R$ 40 a R$ 200.
//Para a saúde
Na área de saúde, também é possível encontrar diversos itens para
alugar. De acordo com o gerente de
Vendas da marca Hospitália, Júlio
César de Sousa, os produtos mais
procurados são muletas e cadeiras
de rodas para locomoção. O Grupo
Unicom criou a marca exclusivamente para venda e locação de equipamentos para quem precisa de cuidados especiais em domicílio. “Temos
vários itens para homecare, como
cama hospitalar, andador, suporte
para soro. E a maioria dos clientes
prefere locar uma cama, por exemplo, para não ficar com ela em casa,
caso o paciente não precise mais,
mesmo que o tempo de locação seja
maior que o valor do objeto”, explica.
//Para voar
Seja a passeio, a trabalho ou para
marcar alguma data especial, em
Brasília, é possível alugar nada menos que um helicóptero. Com ele, é
possível realizar um voo local ou viagem. No caso do transporte aéreo, as
leis são rígidas e, com isso, a modalidade oferecida pela JK Táxi Aéreo é
a do fretamento de helicópteros, por
meio da qual o cliente aluga a aeronave com um piloto qualificado para
realizar o voo.
Segundo o comandante-geral e
diretor de Operações da empresa,
Adail de Paula Rodrigues, muitos
clientes são empresas que precisam fazer sobrevoo em fazendas,
filmagens comerciais ou para filmes,
construtoras, entre outras. Para la-
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
zer e viagem, o comandante explica
que nem sempre pode acatar o que
cliente pede. “Já tivemos solicitação
para pedido de casamento, idas para
almoço e viagens pelo Brasil todo,
mas existem algumas limitações
para pouso, localidade, restrição de
sobrevoo, entre outras. Precisamos,
então, saber antes o que o passageiro quer, para operar de acordo com
a legislação vigente.” A empresa
possui quatro helicópteros modelo
Esquilo, com acabamento de luxo e
capacidade para cinco passageiros
e bagagens de mão. A aeronave tem
autonomia de voo para até 600km e a
hora pode custar R$ 6.500.
Cristiano Costa
//Para nagevar
Para passeios no lago Paranoá,
as opções são variadas entre lanchas, barcos e catamarãs. As em-
presas de turismo náutico oferecem
serviços como jantares românticos,
ensaios fotográficos, traslados, passeios particulares e até comemorações para grandes grupos. O empresário Thiago Luz, dono da Lake
Tour, conta que, além dos passeios
mais tradicionais, já alugaram suas
embarcações para despedidas de
solteiro, pedidos de namoro ou casamento e até para jogar cinzas de
parentes no lago.
“O cliente pode pedir somente
a locação do barco ou de serviços
completos. Adaptamos nossa frota
ao evento de acordo com a necessidade”, explica. Thiago conta que
um barco para festas com capacidade para 120 pessoas pode custar
a partir de R$ 45 por passageiro, e
lanchas para 9 ou 11 passageiros,
R$ 550 a hora.
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
“Já tivemos solicitação
para pedido de
casamento, idas para
almoço e viagens
pelo Brasil todo, mas
existem algumas
limitações para pouso,
localidade, restrição
de sobrevoo, entre
outras”
21
//gente
Fotos: Raphael Carmona
Ralfe Braga
artista plástico
Artista
nato //Por Sílvia Melo
Cores quentes e primárias são
as características mais marcantes
das obras do artista Ralfe Braga,
de 55 anos, que começou a pintar
quando era criança para presentear
familiares. Casado com Patrícia
Vaz, mãe de dois de seus cinco filhos, o macapaense de nascimento
e brasiliense de coração está em
Brasília há 38 anos. Veio em busca
de qualificação para realizar o sonho
de trabalhar com arte, tinta e pincel.
“A remuneração era o que menos
importava. Queria estar em um
ambiente manipulando materiais de
arte”, explica. Formado em Educação Artística com Licenciatura em
Artes Plásticas pela Faculdade de
Artes de Brasília/DF e pós-graduado
em Artes Visuais-Cultura&Criação
pela Faculdade Senac-DF, Ralfe
trabalhou nas principais agências
de publicidade do DF e desenvolveu
obras para diversas instituições.
Atualmente, 90% do seu trabalho
é digital. “Sempre tive à mão o que
há de mais moderno em tecnologia,
o que proporcionou um desenvolvimento muito rápido e maduro na
arte digital”. Artista plástico, ilustrador, designer gráfico e diretor de
arte, Ralfe considera como mais importante de sua carreira o trabalho
no Estádio Nacional Mané Garrincha
para a Copa do Mundo. “Foram quase 3km de obra de arte envelopando
o interior do estádio. Coisa inédita
para uma arena de futebol”, destaca.
Detectando
o câncer //Por Sílvia Melo
A esperança para a cura do câncer pode vir do trabalho da pesquisadora brasiliense Priscila M.
Kosaka, de 34 anos, que desenvolveu um nanosensor para detecção
precoce da doença. Bacharel em
Química pela Universidade de Brasília (UnB) e doutora em Química pela
Universidade de São Paulo (USP),
Priscila mora há seis anos em Madri, onde desenvolve suas pesquisas
no Laboratório de Bionanomecânica
do Instituto de Microelectrónica de
Madrid (IMM-CSIC). “A técnica que
desenvolvemos e os ensaios realizados em laboratório simulando uma
amostra real permitiram alcançar
um limite de detecção 10 milhões de
vezes mais sensível do que os métodos atuais e uma taxa de erro de dois
22
em cada 10 mil ensaios”, destaca.
A nova técnica vai proporcionar ao
paciente um exame menos invasivo. “O câncer poderá ser detectado
com um exame de sangue, como os
que fazemos para check up todos
os anos. Na verdade, se existe um
histórico de câncer na família, o
médico poderá pedir esses biomarcadores com o exame de sangue do
checkup. Antes mesmo que apareça
algum sintoma, a doença poderá
ser detectada”, explica. Realizada
profissionalmente, a jovem afirma
que continuará trabalhando para
que novos biomarcadores de câncer
sejam descobertos e o diagnóstico
precoce seja uma realidade em
breve. “Trabalho com o que sempre
sonhei”, afirma.
Priscila Kosaka
Pesquisadora
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
Inovação em
forma de sapatos
Eunice Pinheiro
Empresária e designer
A necessidade de Eunice Pinheiro
se movimentar, criar, experimentar
e executar projetos fez com que se
tornasse empresária e abrisse sua
loja de sapatos – a Fulanitas de Tal.
Formou-se em Jornalismo porque
a profissão lhe permitia ser criativa.
Mas a necessidade voltou e Eunice começou a desenhar sapatos. No início,
eram sapatos com um ar retrô para
ela e para as amigas. Depois, para
as amigas das amigas. Sua primeira
produção para venda tinha oito pares,
vendidos rapidamente. Depois, começou a expor em feiras de moda de
Brasília. A crescente procura por seus
//Por Raíssa Lopes
sapatos fez com que abrisse um ponto
fixo de comercialização. Localizada
na 405 Norte, a loja tem nome tirado
de um bar de meninas, no bairro de
Chueca, em Madri, na Espanha, e
oferece sapatos para todos os gostos
e não só mais retrô. Para o futuro,
Eunice quer fortalecer a marca e expandir, mas sem nunca deixar de criar
e inovar. Um de seus alvos é oferecer
produtos com design e qualidade para
a classe C. Atualmente estuda um
pouco mais sobre os pés dos homens
e desenvolve uma coleção masculina
para uma marca paralela que criou - a
Pepe, por Dios.
//Sua Excelência, o gerente
À frente do Nazo Sushi Bar, na
214 Norte, há um ano, o cearence
Antonio Francinaldo Silva Dumont,
de 36 anos, veio para Brasília em
1997 em busca de novas oportunidades. Com experiência de 17 anos
na área comercial, exerceu diversos cargos como auxiliar de cozinha e de garçom, copeiro, garçom
e mâitre, até chegar à gerência de
um dos restaurantes de culinária
japonesa que aos poucos vem conquistando cada vez mais clientes.
França, como é conhecido, está
há 2 anos e meio no Nazo. Entrou
como mâitre e hoje coordena uma
equipe formada por 30 pessoas.
Qual seu papel no restaurante?
Organizar a casa, solucionar
problemas e coordenar a equipe
para que tudo funcione perfeitamente.
O que é preciso fazer para ter
sucesso na área gerencial?
Trabalhar com seriedade e ter
bom relacionamento com os funcionários, respeitando-os, independentemente do cargo que ocupa.
Qual o segredo do bom
atendimento?
O bom atendimento é essencial
para qualquer negócio prosperar.
Não adianta você entrar em um restaurante com uma excelente comida
se o atendimento for ruim. O cliente
não volta. Então nas reuniões que faço
com a equipe, peço para eles pensarem como gostariam de ser atendidos. Eles têm que se colocar no lugar
dos clientes.
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
Antonio Dumont
do Nazo Sushi Bar
23
comportamento
Grafite em
sintonia com
o comércio
//Raíssa Lopes
É crescente o número de artistas que
fazem parceria com os comerciantes
para pintar muros e fachadas de lojas
B
rasília era considerada uma cidade cinza por muitos
devido à quantidade de concreto usado em seus
prédios, ruas e monumentos. Mas o grafite - inscrições
artísticas gravadas sobre diferentes superfícies – tem
ganhado cada vez mais espaço e colorido nas ruas de todo o
DF. “Há uns cinco anos, por conta da internet, o grafite teve um
boom e apareceu em novela, clipes, propagandas, em todo tipo
de mídia”, conta Thales Fernando, artista do grafite conhecido
como Pomb.
O comércio já percebeu o apelo que a arte tem com o
público, principalmente o mais jovem, e vem contratando os
artistas para pintarem paredes, muros e fachadas. “Muitos
comerciantes procuram o grafite como forma de comunicação
ou de decoração do ambiente. Ter um trabalho assinado por um
artista agrega valor à marca, ao estabelecimento”, diz o artista
de grafite Daniel Bezerra, o Toys. Há retorno para os dois lados.
“É um ganho mútuo. A empresa ganha um ambiente bonito e
original, enquanto o artista tem a oportunidade de expor seu
trabalho”, acredita a artista Camilla Santos, a Siren.
Cristiano Costa
A loja de calçados Agittus entendeu esse apelo e lançou, este
ano, a campanha multiplataforma com o conceito “A Rua
Pede Moda, A Rua Pede Agittus”. De acordo com a agência
responsável pela campanha, Settegraal, a arte de rua foi usada
para mostrar a força da marca e que ela está em todos os
lugares. As citações à marca nas redes sociais tiveram um
incremento de 17%, e as vendas dos produtos anunciados
durante a campanha cresceram em 20%.
24
José Gonçalves Brito é proprietário de uma banca de jornal na
quadra 106 Norte, da Asa Norte. Pouco antes do Mundial de
Futebol deste ano, teve a ideia de grafitar figuras sobre o evento
em sua banca. “Os clientes elogiaram e aprovaram a ideia e
decidi desenhar na única parede que ainda estava branca”,
conta. A ação também fez com que as pichações diminuíssem
no estabelecimento.
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
Toys
Publicitário, designer e artista com base na street art,
Daniel Bezerra, mais conhecido como Toys, vive da arte do
grafite há nove anos, mas há
três começou a levar a sério
e encarar como um trabalho,
um caminho profissional que
podia ser mais bem remunerado. A relação grafite-comércio é cada vez mais forte no DF.
“As mídias sociais facilitaram a
comunicação entre o artista e
o comerciante, o que fez com
que a demanda de trabalhos
aumentasse”, conta. Quem
procura seu trabalho tem variados
propósitos e evitar a pichação no estabelecimento é um deles. “Percebo
também que muitos comerciantes
procuram o grafite como forma de
comunicação ou como decoração do
ambiente. Ter um trabalho assinado
por um artista agrega valor ao esta-
belecimento”, diz.
Toys já pintou paredes em diversos lugares do mundo. Em novembro, esteve em Buenos Aires, onde
fez alguns painéis com artistas da
cidade e participou de outros projetos
também ligados à arte. “Geralmente
sou procurado por estabelecimentos
jovens, com pegada mais alternati-
va, como bares, restaurantes, pubs,
escritórios de design, agências de
publicidade”, conta. Ele acredita que
há ganho tanto para o comerciante,
quanto para o artista. “É muito gratificante ter seu trabalho reconhecido
e quando há retorno financeiro e o
artista pode viver do que gosta, é melhor ainda”, completa.
o grafite como uma de suas vertentes. “A arte tem ganhado cada vez
mais espaço. A sociedade já percebeu que grafite não é só vandalismo,
que tem potencial e é uma linguagem contemporânea. Galerias de
arte abriram espaço para artistas de
rua e alguns ficaram famosos, como
Os Gêmeos”, afirma Fokker.
O artista conta que geralmente
é contratado para pintar painéis em
shows e outros eventos culturais. O
último foi o Viva Cultural, realizado
no Estacionamento dos Correios,
localizado no Setor Comercial Sul.
“O grande ganho em participar de
eventos assim é poder perpetuar
um pouco mais a cultura do grafite.
Ter o trabalho reconhecido é muito
bom”, conta.
Para Anderson, quem contrata
ganha uma arte exclusiva, já que o
grafite quase nunca é repetido, além
de agradar a clientela. “Há pessoas
que contratam por achar que o grafite é solução para a pichação, mas
não concordo com isso 100%. Já tive
grafite pichado. Há pichadores que
reconhecem o grafite como arte de
rua e respeitam, mas outros não. Um
não é antídoto para outro”, completa.
Cristiano Costa
Fokker
O publicitário e ilustrador da Revista Fecomércio-DF, Anderson Ribeiro, o Fokker, trabalha com grafite
desde 2000, quando foi convidado
para fazer parte do DF Zulu – grupo
pioneiro de Hip Hop no DF, que tem
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
25
Yong
Hugo Willians, o Yong, é artista, ilustrador e designer, faz grafite
há nove anos, mas somente há seis começou a ver a arte como
trabalho. Para ele, a internet ajudou a popularizar o grafite em Brasília, consequentemente, atraiu o interesse de comerciantes pelos
desenhos. “A busca cresceu, mas ainda não é comum. Alguns dos
que procuram, realmente gostam da arte. Outros querem estar vinculados à tendência para atrair o público”, afirma. Yong conta que
geralmente é contratado por estabelecimentos com público jovem,
alternativo e ligado à arte e à cultura. Mas, também, já pintou paredes de locais refinados que queriam modernizar seus ambientes.
Recentemente, foi convidado por um hostel de Buenos Aires para
decorar algumas paredes do lugar.
Para Yong, há diversos ganhos para o artista contratado por
um estabelecimento para pintar uma ou mais paredes. “O retorno
vai desde a divulgação de ter o trabalho exposto em um ambiente
muito frequentado, até a satisfação pessoal de atingir um lugar renomado”. Ele acredita que o comércio ganha a atenção e respeito
do público por ter sua marca ligada à cultura e à arte. “Além de
ganhar uma superdecoração, o retorno financeiro existe quando se
trabalha profissionalmente. O valor depende do reconhecimento e
principalmente do artista”, completa.
Pomb
Conhecido no meio do grafite como Pomb, Thales Fernando teve seu primeiro contato com a arte em 2002. Ele acredita
que o interesse dos comerciantes pela arte é rejuvenescer o
estabelecimento. “Trabalhei com marcas de café, com murais
que deveriam ter temática relacionada e com agências de publicidade”, conta.
Para Pomb, o artista ganha uma vitrine para seu trabalho e
o comércio ganha com mais criatividade com uma publicidade
menos formal. “Há retorno financeiro, pois estamos prestando
um serviço”, completa.
Sangeon
O artista visual Pedro Sangeon trabalha com intervenção urbana
desde 2002, mas começou na arte do grafite há dois anos. “Considero-me um iniciante”, conta. Sangeon acredita que o mercado
tem ganhado impulso e “pode movimentar o cenário, conforme as
pessoas vão educando o próprio olhar e conhecendo mais da importância e qualidade do grafite feito na rua”. Ele conta que já foi contratado para pintar paredes de agências de publicidade, estúdios de
fotografia, escritórios de arquitetura e, também, por particulares.
Segundo ele, o pedido, normalmente, é para realizar uma obra autoral, em que tem liberdade para criar. “Quando me contratam pelo
meu trabalho autoral, tudo fica mais fácil. Tenho a sorte de poder
criar meus próprios painéis. Às vezes recebo convites para pintar
um tema específico. Se me interessar, faço com o mesmo prazer”.
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REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
Raphael Carmona
Siren
Camilla Santos tem apenas 17
anos e já se destaca no mercado
local. Conhecida no meio artístico
como Siren, grafita desde 2013 e faz parte do Coletivo Adventures. “Tivemos clientes bem diferenciados como o Velvet Pub, a Redbull, a Pizzaria
Nova Mania, e alguns colégios. Isso mostra que qualquer empresa pode
ter um pouco de arte urbana em estabelecimentos de trabalho”, conta.
Ela acredita que a arte do grafite aproxima o cliente da empresa por dar
um ar urbano e original ao local. “É um ganho mútuo. A empresa ganha
um ambiente bonito e original, enquanto o artista tem a oportunidade de
expor seu trabalho”, completa.
O que diz
a legislação
Grafite e pichação não são a mesma coisa. Assinar e desenhar
em patrimônio público ou privado sem autorização prévia é
crime e a pena de detenção, de três meses a um ano e multa.
Já o grafite como arte é protegido pela Lei 9.605/98, que
afirma que “não constitui crime a prática de grafite realizada
com o objetivo de valorizar o patrimônio público ou privado
mediante manifestação artística, desde que consentida pelo
proprietário e, quando couber, pelo locatário ou arrendatário
do bem privado e, no caso de bem público, com a autorização
do órgão competente e a observância das condutas municipais
e das normas editadas pelos órgãos governamentais
responsáveis pela preservação e conservação do patrimônio
histórico e artístico nacional”.
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
Conheça o trabalho de
alguns dos artistas
de grafite da cidade
no Facebook:
Toys:/toysdaniel
Fokker:/zulufokker
Yong:/yongattack
Siren: /sirenarte
Pomb: /pomb.thales
Pedro Sangeon: /pedrosangeon
27
//economia
A hora e a vez
da infraestrutura
O
governo Dilma se prepara para os ajustes de 2015,
mas teve de enfrentar dois
entulhos da primeira gestão. Um foi
a mudança do indexador das dívidas
renegociadas com os estados e municípios, justa, mas aprovada em uma
hora ruim. O outro foi o descumprimento da meta fiscal de 2014, que
há muito era óbvio, mas precisava
ser comunicado formalmente ao
Congresso Nacional. Para evitar o
embate com a oposição, adotou mais
uma solução “criativa”, que implica
o seguinte: “Qualquer que seja o número, cumpriu-se a meta”. O pior é
a mensagem implícita de que a meta
de 2015 pode merecer o mesmo tratamento. Os mercados ficaram obviamente inquietos.
A movimentação de Lula e os artigos do conselheiro-mor Delfim Netto
dos últimos dias refletem, contudo, a
crescente percepção de que o modelo econômico adotado pelos últimos
governos é inconsistente e está esgotado. Isso explica, em grande medida,
a baixa da taxa de investimento e do
crescimento da indústria, além da
queda do PIB, levando, ao final, à crise fiscal que vivemos no momento.
O modelo se esgotou porque as
alavancas dos gastos públicos correntes, do crédito, da massa salarial
e dos controles de tarifas perderam
a força inicial, e porque, além do
mais, a operação do modelo leva à
apreciação cambial e à destruição da
indústria. Outra forma de mostrar a
apreciação cambial é acompanhar o
forte crescimento dos preços de serviços em relação aos dos produtos
industrializados, contidos pela onda
de produtos importados baratos pro28
O governo deverá
substituir o modelo
voltado para o
consumo por outro,
baseado na expansão
do investimento
privado em
infraestrutura
venientes da Ásia. As contas públicas
foram atingidas em duas portas de
entrada: a do maior gasto com subsídios, associados à baixa dos preços
de energia elétrica e dos empréstimos mais baratos do BNDES, e a
do tombo no crescimento da arrecadação. Hoje, em bases anuais, a
despesa cresce a uma taxa real sete
vezes maior que a da receita, algo insustentável.
O governo não tem escolha: deverá substituir o modelo voltado para
o consumo por outro, baseado na
expansão do investimento privado
em infraestrutura, prioridade óbvia,
e no qual o crescimento do PIB será
maior pelos ganhos de produtividade
que esses investimentos disseminam. Dessa forma, não perderá o
“grau de investimento” tão duramente conquistado, nem será atingido
por tudo de ruim que isso implica.
Delfim e Lula explicaram claramente a situação a Dilma e sugeriram o
nome de Henrique Meireles para o
Ministério da Fazenda, escolha certa
para conduzir a desafinada orquestra
econômica governamental.
Cristiano Costa
Raul Velloso
Doutor em Economia pela
Universidade de Yale (EE.UU).
Atualmente é consultor
econômico em Brasília
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
EMPRES
A
IA
UNICEF/BRZ/João Ripper
UNICEF/BRZ/João Ripper
UNICEF/BRZ/Manuela Cavadas
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Empresa Solidária à Infância é um programa que o UNICEF criou para mudar a realidade
de milhares de crianças e jovens. Ao fazer uma doação, sua empresa colabora com o nosso trabalho
e ajuda a levar oportunidades e direito à saúde, educação e proteção. É assim que, juntos, faremos
a nossa parte por um mundo melhor. Acesse o site, saiba mais sobre o programa e participe.
//agenda fiscal
Atenção aos eventos
trabalhistas no e-Social
N
este artigo vamos tratar
do arquivo denominado
“Eventos Trabalhistas” e
será transmitido à medida que ocorrerem os fatos, observando os prazos legais. A admissão
deverá ser informada antes do início das atividades laborais e o Comunicado de Acidente de Trabalho
(CAT) até o primeiro dia útil seguinte
ao da ocorrência (art.109 Decreto
2.173/97). Outros prazos complexos
estão relacionados com o Atestado
de Saúde Ocupacional (ASO/PCMSO), que são: a) Admissional: data do
atestado anterior à admissão; b) Periódico: observar a previsão na NR7;
c) Retorno ao Trabalho: no primeiro
dia da volta ao trabalho, exigível para
ausência em prazo igual ou superior
a 30 (trinta) dias por motivo de doença ou acidente, ocupacional ou não,
ou licença maternidade; d) Mudança
de Função: antes da data da mudança de função, posto de trabalho ou
de setor que implique na exposição
a agentes nocivos daquele a que
estava exposto; e) Demissional: observar grau de risco definido no Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional (PCMSO) ou até o dia
seguinte ao da demissão. O Aviso
Prévio de Férias, sempre por escrito, é o último prazo que precisamos
destacar (art. 135 da CLT) que é de,
no mínimo, 30 (trinta) dias de antecedência. Fiquem atentos, não dá
para esperar!
Joel Rodrigues
Adriano Marrocos
Contador da Fecomércio
e do IFPD e presidente do CRC/DF
Calendário – De 15 a 30/12/2014
O QUE e QUANDO pagar?
15/12
19/12
22/12
24/12
30/12
COFINS/CSLL/PIS retenção na fonte, de 16 a 30/11/2014.
Contribuição Previdenciária (contribuintes individuais, facultativos e domésticos) referente a 11/2014.
Contribuição Previdenciária (SIMPLES e Empresas em Geral, incluindo retenção de 11% e empresas desoneradas)
referente a 11/2014.
Data limite para pagamento da 2ª parcela do 13º Salário.
Contribuição Previdenciária (empregadores, inclusive empregador doméstico) referente do 13º Salário.
Imposto de Renda Retido na Fonte nos códigos 0561, 0588 e 1708 referente à 11/2014.
SIMPLES NACIONAL referente a 11/2014.
ISS e ICMS referentes a 11/2014 (observar datas específicas para o ICMS – ST e outras situações).
PIS e COFINS referente a 11/2014.
Contribuição Sindical Laboral Mensal referente a 11/2014.
3ª quota ou cota única do IRPJ e da CSLL referente ao 3º trimestre/2014 pelo Lucro Real, Presumido ou Arbitrado.
Recolhimento do Carnê Leão referente à 11/2014.
IRPJ e CSLL referente a 11/2014, por estimativa.
COFINS/CSLL/PIS retenção na fonte, de 1 a 15/12/2014.
Recolhimento da parcela do REFIS, do PAES, do PAEX, do Parcelamento do SIMPLES Nacional e do Parcelamento da
Lei 11.941/2009 (consolidado).
O QUE e QUANDO entregar?
12/12
19/12
30/12
Várias
30
Escrituração Digital do PIS/Pasep, da COFINS e da Contribuição Previdenciária (EFD CONTRIBUIÇÕES) à SRF/MF
referente a 10/2014.
Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF Mensal) à SRF/MF referente a 10/2014.
Declaração de Operações Imobiliárias (DOI) à SRF/MF referente à 11/2014.
Livro Fiscal Eletrônico (LFE) a SEF/DF referente a 11/2014: observar Portaria/SEFP nº 398 (09/10/2009).
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
//empresário do mês
Empreendedora nata
//Por Sílvia Melo
Cristiano Costa
Carla Gomes abriu
uma empresa
com R$ 500 e,
em cinco anos, o
empreendimento
está avaliado em
R$ 500 mil
D
esde criança, a publicitária
Carla Gomes, de 38 anos,
rascunhava em papéis projetos de empresas e ficava sonhando
com o próprio negócio. Começou a
trabalhar aos 14 anos, dando aulas
de Matemática para pessoas que
queriam passar em concursos. Aos
15, começou a fazer limpeza de
pele e maquiagem para aumentar
a renda. Formada em Publicidade,
Tecnólogo em Estética e também
em Administração, transformou,
em cinco anos, os R$ 500 que pegou emprestado da mãe para abrir
a própria empresa em R$ 500 mil.
Com muita determinação, coragem
e espírito empreendedor, ela inaugurou, em 2009, em Ceilândia, o
Espaço Bela Mulher – Centro Especializado em Estética.
“Detectei uma oportunidade ao
perceber que o serviço de estética é
elitizado. Pensei em democratizar
para dar acesso a todos”, afirma.
Da ideia de criação da empresa à
realização do sonho, o caminho não
foi fácil. Até diagnóstico de câncer de
tireoide junto com uma gravidez ela
teve que enfrentar. “Não me deixei
abalar, pois sabia que tinha que cuidar de muita gente ainda”, diz.
O rascunho de sua empresa
surgiu quando ainda fazia faculdade
de Administração, em 2006. “Fiz um
plano de negócio de uma empresa
de estética para apresentar como
trabalho na faculdade. Só o tirei da
gaveta quando saí, por problemas de
saúde, de uma multinacional onde
trabalhava. Estava sem dinheiro,
operada e sem emprego. Tinha que
mudar minha realidade”, afirma.
Em sua residência, aproveitou um
quarto vago e montou uma cabine
para massagens. “Como fiz cirurgia
nos dois braços, não podia fazer
massagem. Então convidei minha
vizinha esteticista, para ser minha
sócia e surgiu a empresa”, conta.
O capital inicial foi de R$ 500,
que ela pediu emprestado para a
mãe. Como não era suficiente para
comprar o material utilizado nas
massagens, ela investiu primeiro
em publicidade.
“Fiz folders e distribuí em pontos que podia encontrar clientes,
como academias, na rua e clínicas
médicas. Em uma semana, já havia
dez clientes e o espaço começou a
ficar pequeno”, explica. “Sempre
trabalhei com um preço médio, mais
barato que o das outras clínicas,
mas numa margem que não me dê
prejuízo”, destaca. A maca para a
massagem foi emprestada pela mãe
de uma amiga e os cremes, mais
caros e que traziam resultados mais
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
rápidos, foram comprados a prazo.
Ela ia pagando com as sessões de
massagens agendadas. “Tudo que
entrava eu reinvestia em materiais e
aparelhos”, diz.
Com o aumento da clientela,
que também fazia propaganda boca
a boca, ela mudou de espaço pelo
menos umas três vezes. Saiu da residência e foi para uma loja alugada
de 20m². Depois foi para uma de
50m² e, finalmente, achou o espaço
ideal, onde hoje está localizado seu
centro de estética, de 150m². A partir
da segunda mudança, começou a
contratar colaboradores, como recepcionista, esteticistas, massagistas, entre outros profissionais.
Carla já recebeu diversos prêmios, como o Mulher de Negócios
e o MPE Brasil, ambos do Sebrae, e
foi contactada por um escritor para
fazer sua autobiografia, com o objetivo de incentivar o empreendedorismo feminino. Também já recebeu
propostas de franquias e explica o
que faz as pessoas saírem de outras
cidades para procurar sua empresa
na Ceilândia. “Gestão, qualidade,
bom atendimento e profissionais
qualificados são o segredo”, diz.
31
capacitação
Fotos: Raphael Carmona
Unidade exclusiva
de Gastronomia
é inaugurada
Presidente Adelmir
Santana ao lado
de alunos da
nova unidade de
gastronomia
// Por Luciana Corrêa
Novas instalações contam com laboratórios de última geração, com
capacidade para receber mais de 220 alunos diariamente
C
@senacdf
/senacdistritofederal
32
om presença de autoridades,
servidores e convidados, o
Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac-DF) inaugurou no dia 18 de novembro a Unidade de Gastronomia,
localizada na Quadra 5 do Setor Comercial Sul. A cerimônia reuniu cerca
de 250 pessoas, que puderam conhecer os cinco laboratórios do espaço e
degustar a produção feita por alunos
e ex-alunos dos cursos de Padeiro,
Salgadeiro, Confeiteiro, Sushiman,
Auxiliar de Cozinha e Pizzaiolo.
O presidente do Senac-DF, Adelmir Santana, destacou a importância da criação da unidade e a neces-
sidade do mercado de Gastronomia
em receber profissionais com qualidade. “Nessas instalações, temos
laboratórios de última geração direcionados para que profissionais aqui
formados supram as necessidades
do mercado. Sabemos que ainda é
pouco, mas certamente estamos
cumprindo com o nosso dever. Desde sempre, o Senac se faz extremamente presente de forma efetiva na
formação na área de gastronomia do
DF”, completa.
Compareceram à inauguração o
vice-presidente da Fecomércio-DF,
Miguel Setembrino; o 2º vice-presidente, Francisco Maia; e o vice-pre-
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
sidente Financeiro, Paolo Piacesi.
Também estiveram presentes o diretor Regional do Senac-MG, Luciano de Assis Fagundes; o presidente
da Fecomércio-AL, Wilton Malta de
Almeida; o vice-presidente José Gilton Pereira Lima; o diretor de Unidades Especializadas do Departamento Nacional do Senac, José Carlos
Cirilo; e a embaixatriz da Eslováquia,
Zsuzsanna Ciganova.
O Senac atua no DF há 47 anos
e há 12 forma profissionais na área
de gastronomia. A Unidade de Gastronomia funcionará de segunda a
sexta-feira, das 7h30 às 22h30, com
capacidade para receber mais de
220 alunos diariamente, em diferentes cursos nos períodos da manhã, tarde e noite. Veja na tabela os
cursos com cargas horárias de 40 a
500 horas que iniciarão em janeiro.
Mais informações sobre a unidade e
inscrições pelo portal (www.senacdf.
com.br) ou Tele-Senac: 3313.8877.
//Professores renomados
Segundo a gerente da nova unidade, Eva Batista, a qualidade da
capacitação dos alunos é garantida pela formação dos professores
e também pelas premiações conquistadas por eles. “Três docentes
do Senac conquistaram o exclusivo
prêmio ProChef, conferido pela faculdade de culinária premier mais
conceituada do mundo, o Culinary
Institute of America (CIA). São eles:
Ana Carolina Gregório do Amaral,
Ana Paula Sabbag Amaral Batista
e Joseny Juvito de Souza”, contou.
Além desses, outros professores
também possuem capacitação internacional e especializada.
Com formação internacional,
Ana Paula Sabbag Amaral Batista
fez cursos de cozinha internacional
e confeiteiro profissional na Argentina e outros na França. A professora
Barbara Frazão de Aguiar também
se capacitou na Argentina. Os professores Ana Paula Caetano Jacques, de
Gastronomia, e Edil Reis de Andrade,
de Turismo, fizeram mestrado em
suas respectivas áreas. Além deles, a
instituição tem um docente sommelier, Antônio de Souza Farias.
Presidente Adelmir Santana inaugura
unidade de gastronomia do SCS
Adelmir Santana e o vice-presidente
da Fecomércio, Miguel Setembrino
O diretor do Senac Luiz Otávio falou da
importância da nova unidade
Adelmir Santana visitou as instalações
dos novos laboratórios
Curso
Período previsto Horário previsto
Atendente de Lanchonete 200h (gratuito)
26/01 a 10/04
13h30 às 17h30
Confeiteiro – 300h 12/01 a 06/05
12/01 a 06/05
7h30 às 11h30
13h30 às 17h30
12/01 a 06/05
18h30 às 22h30
12/01 a 06/05
12/01 a 06/05
09/02 a 04/06
12/01 a 17/07
12/01 a 17/07
12/01 a 17/07
7h30 às 11h30
13h30 às 17h30
18h30 às 22h30
7h30 às 11h30
13h30 às 17h30
18h30 às 22h30
26/01 a 29/04
7h30 às 11h30
26/01 a 29/04
18h30 às 22h30
Pizzaiolo – 200h
26/01 a 10/04
18h30 às 22h30
Salgadeiro – 240h
19/01 a 17/04
7h30 às 11h30
Sushiman – 200h
26/01 a 10/04
7h30 às 11h30
Padeiro - 300h Cozinheiro - 500h
Garçom - 250h
Agente de Alimentação Escolar – 200h
26/01 a 10/04
18h30 às 22h30
Organizador de Eventos – 200h
26/01 a 10/04
7h30 às 11h30
Recepcionista Em Meios de
Hospedagem – 200h
26/01 a 10/04
13h30 às 17h30
Recepcionista de Eventos – 200h
26/01 a 10/04
18h30 às 22h30
Camareira em Meios de Hospedagem –
200h – Incluindo Prática Supervisionada 26/01 a 10/04
26/01 a 10/04
26/01 a 10/04
7h30 às 11h30
13h30 às 17h30
18h30 às 22h30
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
33
capa
Comece 2015
com o pé direito
//Por Sacha Bourdette
Controle das finanças e planejamento garantem
um consumo saudável e a realização de sonhos
T
odo o fim de ano é a
mesma coisa, as pessoas fazem promessas
e um balanço do que foi
bom e ruim, seja uma dieta que não
foi seguida ou um sonho concretizado. É a época também de receber
a tão esperada Gratificação Natalina, conhecida popularmente como
13º salário. São compras de Natal,
viagens, lista de material escolar e
, claro, impostos como IPTU e IPVA
que surgem com a virada do ano.
Mas com tantos gastos, o bom senso e o equilíbrio entre as receitas e
despesas devem entrar em cena. É
o momento de tentar sanar a vida
financeira para que haja um ciclo
saudável para o mercado.
De acordo com a última Pesquisa
de Endividamento e Inadimplência
do Consumidor (Peic), divulgada pela
Fecomércio-DF, aponta que o número de famílias com algum tipo de
dívida entre cartão de crédito, cheque especial, financiamentos, empréstimos e carnês é de mais de 598
mil (80,8%). Já os inadimplentes, ou
seja, os que possuem algum tipo de
conta em atraso somam mais de 64
mil (8,7%). Paralelamente a esse ce-
34
nário, a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi)
aponta que apenas 32% das famílias
se preocupam em poupar.
O presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, faz um panorama da economia local. “Brasília tem a maior renda per capita do
Brasil, a melhor qualidade de vida,
mas a pior distribuição de renda e
o maior número de endividados em
relação ao resto do País. Entretanto, no caso do DF é preciso considerar que há um número maior de
servidores públicos. O segmento
influencia nas disparidades dos resultados das pesquisas, pois mais
de 55% do PIB vem desse setor”,
ressalta.
Para o presidente,
os números indicam
que há uma facilidade no crédito
ligada a uma falta de controle das
finanças pessoais. “Existe uma segurança na concessão de crédito
por se tratar de servidores públicos
combinada com o não planejamento, que é o grande responsável pelas dívidas. O 13º salário também
não é um motivo de grande alegria
para o comércio este ano. Portanto,
é preciso colocar na ponta do lápis
as despesas para que seja possível
ter dinheiro para pagamento à vista, e poder de compra e negociação”, avaliou.
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
//Orçamento planejado
A verdade é que não existe milagre pra você quitar uma dívida.
De acordo com a economista Damares Dias Gonzalez, é fundamental, entretanto, mensurar todos os
gastos ao longo de um ano. Uma
dica é fazer uma planilha de despesas mensais e anuais. É importante
colocar na tabela tudo o que você
compra ao longo do mês, do cafezinho às dívidas grandes. “Dessa
maneira, é possível saber quanto
sobra. Aconselho incluir os gastos
fixos, ou seja, os impostos, o seguro do carro, alimentação, contas de
água e luz, para não comprometer
essas despesas. O objetivo é poder
fazer uma projeção. Na planilha é
onde você consegue enxergar o que
você pode abrir mão e o que pode
reduzir ou eliminar”, explicou.
A economista sugere como otimizar os gastos e com isso poder
consumir com mais tranquilidade.
“O 13º salário, uma parte das férias
ou a restituição do Imposto de Renda podem ser opções para equilibrar e aliviar as finanças. Você tem
que viver de acordo com aquilo que
ganha, mas para obter um carro
ou casa, por exemplo, talvez seja
necessário fazer prestações. Assim, buscar as menores taxas e
negociar com o banco e operadora
do cartão de crédito podem ser alternativas para eliminar as dívidas.
Defendo que haja uma qualidade de
vida e que se reflita no orçamento.
É preciso que exista um consumo
saudável”, aconselha.
//Novos hábitos
A falta de planejamento financeiro fez com que o servidor público, Hugo De Marco Fernandes,
mudasse a maneira de organizar
as despesas. “Até 2013 sempre fui
muito desregrado, eu trabalhava
muito na base do ‘achismo’. Começava um mês e não tinha controle e
só olhava o que eu tinha de saldo.
Fotos: Raphael Carmona
Com isso, virou uma bola de neve
e de repente não conseguia mais
pagar a fatura do cartão de crédito.
Então comecei a pegar empréstimos consignados para pagar a fatura. Chegou um momento em que
eu tinha três empréstimos e cada
vez recebendo menos do meu salário. A partir desse momento decidi
que precisava me planejar”, contextualizou.
Hugo montou uma planilha em
que é possível visualizar todas as
receitas e despesas. Ele garante
que a tabela foi o ponto da virada.
“Comecei a me controlar melhor
porque também sou um pouco impulsivo e o bom é que com a planilha eu tenho que atingir as metas
do mês. Com isso, consegui quitar
os três empréstimos e cada vez
que sumia um, era como se fosse
um aumento no meu salário. Encaro que é uma mudança de comportamento”, revelou. Depois do
controle financeiro, ele já se sente
mais seguro para planejar viagens.
“Estou me planejando para ir para
a Europa em 2016. Hoje consigo
juntar, guardar e ainda gastar com
o que eu quero”, comemorou.
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
//Sintonia financeira
Para os recém-casados e bancários, Elaine Rampinelli e André
Costa Mauro, dar um passo de
cada vez os ajudou a concretizar
muitos sonhos. “Como esse ano
foi de muitos gastos e realizações
pessoais, talvez se não tivéssemos
nos organizado, o momento de felicidade poderia ter se tornado aterrorizante. Mas conseguimos iniciar
uma construção na casa, fazer a
festa do casamento e uma viagem
ao exterior”, revelou Elaine.
O economista e bancário, André,
coloca os gastos em uma planilha e
prevê as despesas futuras. “Eu procuro programar tudo e busco as melhores condições de pagamento. Tento
fazer com que o dinheiro renda mais.
Para a obra da casa, fiz três orçamentos. Estamos no fim da construção e
o acabamento é o que mais gera custo. Então como já estava acabando a
nossa reserva para a obra, resolvi fazer um empréstimo com a taxa mais
baixa possível de juros. Além disso,
estou contando com a minha gratificação que virá em março e ajudará a
aliviar o investimento que fizemos em
nossa casa”, relatou.
35
Aula de
Educação
Financeira para
os alunos da
EduSesc, em
Ceilândia
Por dentro do Sistema
Com o objetivo de conscientizar os alunos para o consumo
consciente, a escola do Sesc, a
EduSesc, inseriu neste ano a disciplina Educação Financeira. Para
a diretora pedagógica da EduSesc,
localizada em Ceilândia, Andréa
Moura André, a iniciativa apresenta
de maneira didática atividades que
estimulam a educação financeira
desde a infância. “É uma preocupação da EduSesc formar crianças
com a consciência financeira. As
turmas do 1º ao 5º ano do ensino
fundamental já discutem questões
voltadas para o que eu ganho, o
que estou gastando, o que eu posso
economizar e como aproveitar melhor o dinheiro”, relatou.
Andréa diz que a disciplina integra diversas atividades. Eles montam um cofrinho com as crianças.
Juntaram moedinhas ao longo do
ano e no final, fomos ao cinema.
Cada um pagou e recebeu o troco
da entrada. Foi uma maneira de
mostrar o resultado da economia.
36
Durante as aulas, os estudantes
ainda aprendem a fazer planilhas
para acompanhar os gastos. “É uma
tarefa interdisciplinar que consegue
abranger história, geografia, língua
portuguesa e matemática. O nosso
objetivo é que as famílias das mais
de 870 crianças da unidade também
participem”, afirmou.
Para a advogada e mãe da aluna
Camilly, Luciane Leal, a nova proposta da EduSesc é muito importante, pois incentiva a poupar para algo.
“Minha filha deixou de comprar
balinhas para poder colocar no cofrinho. Ela prefere poupar a gastar
com besteira. É uma responsabilidade muito grande. No supermercado, ela já me pergunta o valor das
coisas. No meu aniversário, juntou
R$ 20 para comprar um presente
para mim’, contou orgulhosa.
Para a pequena Camilly Leal, 8
anos, economizar significa pensar
no futuro. “Quando economizamos,
conseguimos comprar o que queremos. Tenho mesada e quando
ganhei o meu cachorro aprendi a
separar o dinheiro para comprar a
ração, os remédios e o banho dele.
O que sobra, eu guardo. Eu administro o dinheiro e já sei contar o troco”,
contou animada.
O técnico em Telecomunicação e pai da aluna Talita, de 9 anos,
Douglas Saraiva, elogia a iniciativa
da EduSesc. “Sempre tive a preocupação de ensinar a importância
da economia. Quando minha filha
nasceu, abrimos uma conta poupança para ela. Depois da disciplina
começamos a explicar mais como
funcionam as contas e a poupança. Ela entendeu até muito mais do
que eu imaginava por influência da
escola, um dia ela pegou o dinheiro
que juntava no cofrinho e pediu que
colocássemos no banco para ela”.
“Eu estou gostando muito de poder
aprender a economizar. A gente trabalha com dinheiro e até conseguimos ajudar os adultos. Eu já vejo os
preços dos brinquedos e a qualidade deles”, contou Talita.
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
“Sempre tive a
preocupação de
ensinar a importância
da economia. Quando
minha filha nasceu,
abrimos uma conta
poupança para ela.
Depois da disciplina
começamos a explicar
mais como funcionam as
contas e a poupança. Ela
entendeu até muito mais
do que eu imaginava por
influência da escola, um
dia ela pegou o dinheiro
que juntava no cofrinho
e pediu que colocássemos
no banco para ela”
Douglas Saraiva, técnico em
Telecomunicação e pai da aluna
Talita, de 9 anos
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
//Família controlada
Manter o controle diário das despesas é um
dos desafios da servidora pública Marlene Rezende. Casada e mãe de dois filhos, ela tem a
preocupação de conciliar os gastos e realizar investimentos. “É tudo controlado, quando vou ao
supermercado pego promoções, não faço aquela
compra do mês toda certinha, eu compro aquilo que estou precisando. Para as despesas fixas
tenho muito controle para não faltar, como o dinheiro reservado para pagar o plano de saúde,
luz, água, telefone e prestação do carro. Tenho
só um cartão de crédito, pago o valor total, pois
os juros são altíssimos. Uso o necessário e não
ultrapasso”, contou.
Por ter dois filhos adolescentes, ela considera um desafio poder organizar o planejamento
financeiro. “Eles sempre estudaram em colégio
particular, e agora o mais velho vai começar a
faculdade, por isso já pagamos a matrícula e estamos economizando para as próximas mensalidades. Já o meu marido passa até mal se tiver
uma conta em atraso, as dívidas só levam ao estresse”, completou.
Segundo Marlene, o valor do 13º foi para a reforma da casa. Ela revela como faz para economizar. “A obra foi toda planejada. Não faço poupança,
eu fiz um consórcio familiar, são cotas que envolvem toda a família, em que cada um paga e em
determinado mês uma pessoa resgata. Com isso,
conseguimos viajar para Buenos Aires neste ano.
Antes da viagem conversei com os meus filhos
para que controlássemos os gastos. Quero continuar economizando para quando quiser trocar de
carro ou viajar”, concluiu.
37
Perfil do consumidor
Retentivo
• Pondera na hora de consumir
• Pensa antes de comprar
• Prudente nas escolhas
• Diferencia interesse de necessidade
• Gosta de poupar
• Controla os gastos
• Tem situação financeira saudável
Controlado
//Consciente e emocional
A psicóloga Lorena Torres Noronha explica como o
descontrole financeiro pode estar associado a problemas
pessoais. “Observa-se que a desorganização emocional
acaba sendo externalizada. A pessoa emocionalmente
instável pode abalar sua casa, trabalho, as relações afetivas e, é claro, a vida financeira também. Não é raro ver
pessoas que iniciam um acompanhamento psicológico
relatarem que a vida financeira melhorou. Quando estamos abalados emocionalmente, há uma tendência a
buscarmos modos de compensação, ou seja, acabamos
fazendo dívidas para tentar suprir uma falta de ordem
afetiva e emocional”, avaliou.
De acordo com Lorena, existem vários perfis de consumidores, contudo os mais evidentes são: retentivos,
controlados, impulsivos e compulsivos. “Os retentivos
tendem a evitar a aquisição ao máximo. Dentro desse
grupo há aqueles que preferem produtos de baixo preço.
Os consumidores controlados são aqueles que conseguem avaliar a necessidade de aquisição daquele bem,
se o valor é adequado para a qualidade do objeto e se é
o momento mais oportuno. Já os impulsivos não avaliam se realmente necessitam daquele objeto e/ou se
têm condições de arcar com o valor da compra. Por fim,
a compulsividade é um problema emocional, no qual a
pessoa não consegue parar de fazer algo”, classificou.
Lorena explica também a importância de ensinar
noções de consumo para as crianças. É fundamental lembrar que as crianças não são apenas consumidoras indiretas. “Elas influenciam a compra da família, mas também
são primárias, pois através de suas mesadas e dinheiro
que ganham de presente, possuem poder econômico. Por
isso, o controle e limites são necessários”, ponderou.
38
• Precavido
• Compra com moderação sem passar
dos limites
• Reflete antes de gastar o seu dinheiro
• São pessoas mais sensatas nas
escolhas
• Pensa no futuro
• Economiza para realizar planos
Impulsivos
• Não pensa antes de comprar
• Busca uma recompensa imediata
• Tem prazer em conquistar um bem
no momento em que encontra
• Consome sem planejamento
• Compra porque gostou
• Geralmente se arrepende depois
que gastou
• Não consegue fazer reservas
econômicas
• Vive no limite
Compulsivos
• As compras são movidas pela emoção
• Costuma “se dar” presente
constantemente
• Passa dos limites
• Fica feliz ao consumir
• Frustrado quando não pode comprar
• Gasta sem pensar
• Não consegue controlar o consumo
• São pessoas mais ansiosas e
estressadas
entretenimento
Bolachões
em alta
//Por Daniel Alcântara
A venda de vinis conquista cada vez mais
adeptos e movimenta as lojas do ramo que
chegam a vender raridades por R$ 1 mil
E
ntra ano sai ano e os vinis
sempre estão nas prateleiras
das lojas especializadas em
música de todo o mundo. Em
franca ascensão, a procura por esse
tipo de fonte de música só aumenta.
Há casos de LPs raros que custam
até R$ 1 mil. Mas, a média de preço é entre R$ 30 e R$ 70. A Polysom,
única fábrica de discos da América
Latina, sediada no Rio de Janeiro,
anunciou no início do ano um aumento de 126% nas vendas dos Long
Plays, resultado do extenso catálogo
de discos que inclui Jorge Ben Jor,
Caetano Veloso, Titãs, Legião Urbana, Ed Motta e bandas mais novas
como Pitty, Cachorro Grande e até o
funkeiro Naldo Benny.
O professor de Áudiovisual e produtor de filmes e videoclipes, Alex Vidigal, é dono de uma coleção de mais
de quatro mil vinis, todos escolhidos
a dedo. O vinil é tão marcante na vida
do professor que ele virou DJ em
2002. Atualmente, ele faz mixagem
de músicas de vinis às quintas e aos
sábados em um bar na Asa Norte.
A música também faz parte do seu
cotidiano como professor e produtor de filmes. “Na hora de fazer um
filme, nem que seja institucional, eu
me guio no roteiro a partir da música. Faço algumas pesquisas no meu
acervo e o trabalho vai seguindo. A
música sempre influencia tudo que
eu faço. Se estou fazendo algo, sem-
Alex Vidigal tem
mais de 4 mil LPs
em sua coleção:
“todos, escolhidos a
dedo”, confessa
Fotos: Cristiano Costa
39
pre tem um disco tocando.”
O brasiliense Fabrício Rosendo
se considera um verdadeiro apaixonado por discos. Já perdeu a conta
de quantos vinis ele tem em casa. Os
gêneros que mais agradam o consumidor de vinis é a música brasileira
alternativa, como Marku Ribas, Moacir Santos, João Donato, Dom Salvador, Di Melo, Milton Banana, Edison
Machado, Jhonny Alf e Baden Powell.
“Sempre gostei muito de música e
esse interesse acaba indo para o lado
do vinil também. O verdadeiro amante da música não despreza nenhum
formato, pois também escuto muito
MP3, CD, YouTube”, diz.
Fabrício também aposta no crescimento do mercado de vinis em
Brasília. “De uns anos para cá as lojas têm melhorado muito seus acervos. Acredito que o número de lojas
tende a aumentar para acompanhar
o crescimento do número de consumidores”, diz.
A reportagem da Revista Fecomércio percorreu as principais lojas
especializadas da cidade e a resposta dos empresários não foi diferente:
todos acreditam que de cinco anos
para cá a procura pelo produto aumentou, até pelo público jovem, que
nasceu na época do CD. Eles creditam esse aquecimento à onda retrô
que fez as antiguidades voltarem ao
desejo de consumo.
//Berlin Discos
O proprietário da Berlin Discos,
Reinaldo Freitas, vende os LPs há
mais de 25 anos. Para ele, a indústria
musical sofreu várias mudanças ao
decorrer das décadas, mas o público
continua cativo e apaixonado. “Atualmente, as pessoas querem algo
tangível, com a melhor qualidade de
som. Hoje, todo mundo baixa músicas pela internet. Tem gente com
mais de duas mil músicas de mp3
no computador. Então, é aí que surge um novo consumidor, aquele que
quer algo novo, uma coisa que eles
40
Reinaldo Freitas,
proprietário da
Berlin Discos
possam mostrar para os colegas na
escola, por exemplo”, diz Freitas.
“Apesar de ser antigo, o LP é novidade para a garotada. Tenho muitos
clientes de 14 e 15 anos que procuram clássicos da música para tirar
uma onda com os amigos”.
Com a popularização do CD no
Brasil, na década de 1990, as pessoas começaram a abandonar os LP’s.
De acordo com Freitas, tinha cliente que chegava à sua loja e deixava
mais de mil vinis para trocar por CD.
“Nessa época, as pessoas estavam
em uma fase de transição. Teve um
tempo que até parei de vender os vinis porque não tinha público. De uns
anos para cá, entretanto, as vendas
aumentaram muito e os vinis tomaram conta das lojas de discos, o que
veio salvar esse segmento varejista.”
//Dom Pedro Discos
A caçula entre as lojas de vinis da
cidade, a Dom Pedro, localizada na
Asa Norte, tem dois anos de idade
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
e já é parada obrigatória para os devotos do bolachão que, por ventura,
se encontrem perdidos atrás de raridades do metal, punk, jazz, reggae
e lançamentos. O empresário Henrique Montenegro segue a mesma
linha de pensamento do proprietário
da Berlin Discos. Para Montenegro,
cerca de 96% dos vinis que ele tem
na loja disponíveis para venda podem
ser encontrados na internet em três
segundos. “O cliente está à procura
de algo mais sofisticado, diferenciado. Por isso a venda tem aumentado
gradativamente. A graça agora é ter
o LP”, explica.
“O interesse dos meus clientes
é completar coleção, se ele não tem
o disco, vai procurar até encontrar.
Além disso, eles apostam que a qualidade sonora é melhor, mas isso
não é importante para maioria das
pessoas. Tem muita gente que desistiu, se arrependeu, volta aqui e fala:
eu vendi meus discos e agora estou
comprando tudo de novo.”
//Modern Music
Uma loja que é quase patrimônio
cultural da capital é a Modern Music,
que completará 25 anos em 2015. O
estabelecimento nasceu como uma
loja especializada em discos novos e
importados e assim se mantém até
hoje. Atualmente, o empresário Ale-
xandre Trovão conta com um acervo
de mais de mil LPs. Na loja, há títulos
considerados raros, como os primeiros álbuns de Bossa Nova do Brasil.
Outro exemplo é o álbum do Paêbirú
lançado em 1975 por Lula Côrtes e
Zé Ramalho. Segundo Trovão, o gênero mais procurado é o rock, estilo
preferido dos clientes que vão à Modern Music.
“Muitos títulos do passado estão
sendo remasterizados para uma melhor audição. Os álbuns estão sendo
relançados em todas as mídias e formatos possíveis. Se tem uma procura maior sempre vai ter uma maior
produção”, diz.
O empreendedor diz ainda que
o maior desafio atualmente é desmistificar o vinil por boa parte da
população que acha um absurdo pagar por discos. Além de vendedor,
Alexandre também é apaixonado
pelos bolachões. “Escuto vinis desde sempre. Cresci com eles, nunca
deixei de comprá-los. Sempre foi a
minha mídia predileta. É muito bom
escutar aquele seu álbum preferido
adorando a capa, lendo os detalhes
da produção, admirando as fotos.
Haverá sempre as pessoas para
consumir músicas em diversas mídias. O vinil é apenas mais uma delas, a predileta para alguns, como é
meu caso”, conta.
// Musical Center
A Musical Center Sebo de Discos
é outro estabelecimento ponto de
encontro de apaixonados por música. O comércio existe desde 1989 e
trabalha com discos de todos os gêneros musicais. O estabelecimento
conta com cerca de oito mil vinis e
um estoque de mais de 15 mil discos.
O dono do comércio, Paulo Moreira, diz que vende de 300 a 400 vinis
mensais para a faixa etária que vai de
crianças de 10 anos a adultos de 20 e
30 anos. Segundo ele, o mercado de
vinil nunca vai acabar. “Sempre vai
ter alguém que gosta de disco ou da
cultura do vinil, até porque a qualidade dos LPs é bem superior”, diz. Outra característica marcante é a vida
útil dos discos de vinil.
Berlin Discos
Ed. Miguel Badya, loja
63, Conic (3226-3106)
Dom Pedro Discos
412 Norte, bloco C,
loja 20 (8108-7071)
Alexandre Trovão,
da Modern Music:
paixão pelos
bolachões
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
Musical Center
Sebo de Discos
215 Norte, bloco C,
loja 34 (3274-0763)
Modern Music
107 Norte, bloco A,
loja 35 (3349-6688)
41
mercado
Raphael Carmona
Tratamento
diferenciado
//Luciana Corrêa
Lojas e profissionais especializados da cidade
fazem com que ter um animal de estimação
seja mais fácil para os proprietários
Q
uem tem um animal de estimação muitas vezes não
mede gastos com produtos
e serviços para os cuidados com o bichinho. E é claro que
os empresários do mercado de pet
shops perceberam esse interesse
e começaram a colocar à disposição dos clientes produtos e serviços que vão além do banho/tosa.
Esse crescimento é apontado em
uma pesquisa feita pelo Instituto
Pet Brasil (IPB), na qual o Brasil
chega ao segundo lugar no ranking
mundial do mercado de produtos e
serviços, perdendo apenas para os
Estados Unidos.
Levantamento feito pelo instituto aponta que os gastos bási-
42
cos que os proprietários têm com
seus animais de estimação variam
com a escolha do pet. No caso dos
cães, a média mensal pode chegar
a R$ 315 para as raças de grande
porte, incluindo idas ao veterinário
para tosa, vacinas, além da ração e
banho. Os cachorros de raças pequenas podem não ultrapassar R$
133. Já os gatos podem chegar em
média a R$ 84. Os roedores, peixes
e aves são excelentes opções para
não pesar no orçamento mensal,
não passando de R$ 30.
Em Brasília, o aumento do interesse pelos produtos e serviços
extras fez com que o Kennel Club
de Brasília, responsável pelo registro de cães de raça pura, criasse a
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
primeira feira de negócios de pets
nacional, a Brasília Pet Show 2014,
que ocorreu em novembro. Segundo o diretor-geral da feira, Leonir
Bampi, foram reunidos mais de 120
estandes com petshops, canis e
ONGs de proteção aos animais com
as últimas novidades do mercado
para todos os bolsos. Leonir destacou que a ação foi inovadora, pois
possibilitou um contato maior entre
empresários e sociedade interessada. “Pudemos mostrar principalmente as novidades do mercado,
ampliar a divulgação e trocar informações sobre conscientização nos
cuidados com os animais”, conclui.
//Caminhada e babá
Com a correria do mundo moderno, não é todo mundo que tem
tempo suficiente para caminhar todos os dias com seu cão. Em Brasília, é possível contratar os serviços
uma pessoa para buscar, passear
com o cachorro e até pedir para ser
babá do animal enquanto o dono
viaja de férias. A dog walker e pet
sitter Karina Okazaki descobriu que
levava jeito com os animais e foi até
São Paulo se capacitar para lançar
seus serviços na cidade.
No caso da caminhada, ela
acontece sempre próxima à casa
do cliente e é agendada por telefone. Ela busca o animal na residência e o devolve no mesmo local. De
acordo com a exigência do dono, o
passeio pode ser feito individual ou
em grupo. “Minha maior preocupação é com a saúde e segurança do
animal. Os passeios são voltados
para a necessidade de cada cão”,
explica. Um pacote mensal, com
até cinco passeios por semana, de
30 minutos a uma hora, pode custar de R$ 60 a R$ 340. Se o dono
viajar, pode solicitar o serviço de
babá ao pet, para cão, gato, coelho,
réptil ou ave. Karina vai até o local
para alimentar, dar medicações ou
simplesmente brincar. “Faço de domingo a domingo se necessário. E
também faço pernoite na casa dos
clientes se o animal não puder ficar
sozinho”.
//Psicologia e adestramento
Ter alguém para passear e
cuidar já é de grande ajuda, mas
quando se trata do comportamento
do cão no dia a dia, por exemplo, as
dificuldades muitas vezes continuam. O comportamentalista canino,
Renato Buani, afirma que existem
técnicas e formas de ajudar na relação entre cães e donos. Ele está
no mercado há sete anos, já atendeu mais de 1.200 casos e explica
que é preciso seguir uma lógica
que o cachorro consegue absorver
e que a família conseguirá se adaptar. “Em 99% dos casos que atendemos até hoje, vamos até a casa do
cliente, para levantar uma série de
informações para adaptar melhor
a realidade do animal e do dono”,
explica.
Com formação nacional e internacional, Renato segue sempre
referências teóricas, utilizando a
literatura científica sobre o assunto
para obter os melhores resultados.
Sua empresa, a PerfectDog, oferece adestramento com psicologia
canina, que aborda filhotes a partir
de quatro meses de idade, com encontros uma vez por semana, que
podem durar de dois a três meses.
Cada consulta custa aproximadamente R$150, variando de acordo
com a localidade. Para quem se interessar em ter um companheiro e
também um cão de guarda pessoal
ou territorial (domiciliar), o treinamento passa a ser mais intensivo,
com duração de quatro meses, no
valor de R$ 800. Em alguns casos, o
animal precisa ficar em semi-internato, de dois a oito meses, com um
valor fixo de R$ 2.500. Além dos serviços de treinamento, a PerfectDog
tem a escola canina, com creche e
atividades de lazer, com funcionamento das 8h30 às 18h, para todas
as idades. Também são oferecidos
cursos de curta duração, com oito
encontros, no valor de R$ 600.
R$ 315
é a média mensal
para se manter um
cão de grande porte,
incluindo tosa e
banho, vacinas
e ração
//Cremação
Perder um ente querido não
é fácil. Quando o animal de estimação, que passa anos ao lado do
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
43
Dona de dois cães de
pequeno porte, Thaís
passou a pesquisar sobre
alimentação natural
para ajudá-los a superar
problemas de saúde
Thaís Souza
Especialista em marmitas para cães
Cristiano Costa
dono, se vai, para muitos a dor da
perda é a mesma. O cuidado existente durante a vida, o proprietário
quer dar após a morte de seu animal. Em Brasília, uma das opções
é a cremação. O único crematório
com licença ambiental para o serviço em Brasília, o Paraíso Animal,
oferece o serviço com uma atenção
especial ao sofrimento de quem
perdeu o bicho de estimação. O espaço possui uma capela para que
os donos possam se despedir do
animal e aguardar o procedimento
da cremação.
De acordo com Rafael Silva Lopes, funcionário do Paraíso Animal,
é preciso apenas que o dono ligue
para agendar um horário que eles
fazem o traslado do animal de onde
44
estiver o corpo até o crematório. A
pessoa pode acompanhar ou não o
procedimento, que é totalmente filmado, garantindo cremação individual, a entrega das cinzas em urnas
de madeira e um certificado da cremação. “O processo dura de 1h30 a 2
horas, em duas câmaras: uma para
fazer as cinzas, e uma segunda que
queima os gases gerados. Assim a
taxa de emissão de poluentes é zero.
Não atingimos o meio ambiente”,
conta Rafael. O serviço varia de R$
500 a R$ 1.800 e pode ser feito com
animais de até 100kg.
//Nutrição especial
Um dono responsável e preocupado com a saúde do seu animal
sabe que para que ele tenha uma
vida longa, a alimentação é item
essencial. Hoje, há ração para praticamente todas as espécies, com
o equilíbrio necessário para cada
organismo. Mas muitas vezes, somente a ração vendida no mercado
não é suficiente para que o pet seja
saudável. A dona de dois cães de
pequeno porte, Thais Souza, passou a pesquisar sobre alimentação
natural para ajudá-los a equilibrar
crises de epilepsia, por exemplo.
“Um deles tem esse problema e já
está sem dar crise há dois anos.
Tudo por ter passado a comer alimentos corretos”, conta aliviada.
Com o resultado positivo, Thais
criou a Theo&Leo, uma loja online
especializada em marmitas, petiscos e festas de aniversário com alimentos naturais. A ideia é substituir
a ração, com balanceamento nutricional correto para cada animal.
No caso das marmitas, ela explica
que não aceita encomendas sem
prescrição veterinária. “Em Brasília ainda não tem uma especialista
em nutrição, mas recomendo duas
do Rio de Janeiro e São Paulo, que
fazem receitas a distancia de acordo com a necessidade e perfil do
animal”, explica. A alimentação terapêutica pode sair de R$ 150 a R$
200, para um cão de 8kg, por exemplo. Para pets aniversariantes, há
diversas opções de kits de festas,
de R$ 5 a R$ 440.
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
aconteceu
Alunos recebem
Prêmio Excelência Senac
// Por Sílvia Melo
Cristiano Costa
Competição escolheu
os melhores alunos do
DF em três cursos da
instituição
O
Senac promoveu, nos dias
13 e 14 de novembro, na unidade da 903 Sul, a primeira
edição do Prêmio Excelência
Senac-DF, que identificou os melhores alunos dos cursos de Garçom,
Técnico em Enfermagem e Técnico
em Nutrição, e premiou as unidades
que se destacaram na categoria Painel de Integração e Maior Índice Técnico. Na competição, foram avaliados
quatro alunos de cada curso participantes de provas que simularam ambientes reais de trabalho. A premiação
foi dividida por categorias e os três
primeiros colocados em cada curso
receberam medalhas, certificados de
participação e Ipads e tablets.
O Prêmio Excelência Senac-DF
é um projeto pedagógico de iniciativa do Departamento Regional do
DF e teve o objetivo de desenvolver
perfis profissionais compatíveis com
a qualidade exigida pelo mundo do
trabalho e da cidadania, nos níveis e
modalidades oferecidas pelo Senac.
Na cerimônia de encerramento,
realizada no dia 14, no auditório da
unidade, mais de 400 pessoas participaram, entre alunos, professores,
servidores do Senac e convidados. O
presidente do Conselho Regional do
Senac-DF, Adelmir Santana, esteve
presente e entregou as medalhas e
prêmios aos alunos. Em seu discurso, destacou a importância da capacitação e do estudo. “Aquele que não
estiver permanentemente focado no
estudo não terá chances no mercado,
que exige cada vez mais conhecimento. Não há emprego para todos, mas
existem oportunidades. E só poderá
aproveitar essas oportunidades aquele que estiver preparado, capacitado e
sempre disposto a adquirir novos conhecimentos”, afirmou Adelmir.
O projeto começou a ser pensado
há um ano. “Em agosto, o colocamos
em prática quando os alunos dos
cursos escolhidos passaram a ser
avaliados, restando quatro competidores do curso de Garçom, quatro de
Enfermagem e quatro de Nutrição”,
explica Murilo Alencar, supervisor
pedagógico do Senac e um dos responsáveis pelo projeto.
Além da competição entre os
alunos, a programação do Prêmio
Excelência contou com apresentação
de painéis desenvolvidos pelos estudantes de todas as unidades do Senac
e também com a Sala Zen, espaço
para realização de massagens. Houve workshop sobre os três cursos que
estavam competindo para demonstrar como trabalham os profissionais.
//Vencedores
Entre os competidores das ocupações participantes, ficaram em
primeiro lugar, ganhando medalha de
ouro e um Ipad, os alunos Francisco
Vitalino (Garçom), Daniela Passaglia
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
(Enfermagem) e Ladjane Reiz (Nutrição). Os alunos classificados em segundo e terceiro lugar, além das medalhas de prata e bronze, ganharam
tablets da Sansung. Todos os classificados receberam um Certificado de
Excelência.
Entre os medalhistas de ouro,
aquele que obteve a maior pontuação
deu à unidade em que está matriculado o certificado de Maior Índice Técnico. Neste caso, a premiação ficou para
a unidade do Senac em Taguatinga
por ter a competidora Ladjane Reiz,
do curso Técnico em Nutrição, conquistado o índice técnico de 97%.
Já o prêmio Excelência, na categoria Integração, ficou com a unidade
Tecnologia do Turismo e Hospitalidade, por ter apresentado o melhor
Painel de Integração. Com o título “A
cozinha começa na feira: reconhecendo produtos e produtores”, o painel foi
produzido por alunos do curso Auxiliar de Cozinha, com orientação das
instrutoras Ana Carolina do Amaral e
Ana Paula Jacques.
@senacdf
/senacdistritofederal
45
esporte
Fotos: Cristiano Costa
Destaque
esportivo
//Por Sacha Bourdette
Em 2104, Sesc investiu
nas academias com
ampliação dos espaços
e modernização das
instalações
O
esporte foi um dos temas centrais de 2014.
Com a Copa do Mundo,
os olhos estiveram voltados para o segmento. No Sesc
não foi diferente, ao longo do ano
houve diversos eventos que reuniram atletas profissionais e toda
a família nos ginásios, piscinas e
quadras da instituição. Já nas academias de ginástica investiu-se
mais de R$ 1 milhão com a revitalização dos espaços e com a compra
de equipamentos.
Segundo o coordenador da Divisão de Esporte e Lazer do Sesc-DF,
Carlos Augusto Carvalho, a instituição mantém uma preocupação
constante no aprimoramento do
serviço. No total, são oferecidas
mais de 30 modalidades esportivas.
O objetivo é proporcionar melhoria
da qualidade de vida e estimular o
desenvolvimento de futuros atletas.
“Investimos para oferecer o que
há de melhor no segmento a nossa
clientela. Realizamos anualmente
atividades que integram saúde, esporte e lazer, como o 25 Horas Nadando e a Copa Brasília de Futsal.
O Sesc se preocupa em estimular
o número de praticantes de edu46
cação física, além de ofertar nas
academias diversas modalidades”,
ressaltou.
Mais de 20 mil alunos frequentam as academias do Sesc. Os espaços funcionam durante todo o
ano para atender aos frequentadores a preços acessíveis. Além dos
aparelhos de musculação e esteira,
há local para a prática de aulas de
ciclismo indoor, ginástica localizada, lutas esportivas, alongamento,
ioga e pilates, entre outras. Além
dos equipamentos e da infraestrutura, o Sesc conta com instrutores
capacitados que oferecem atendimento personalizado. São mais de
130 instrutores e cerca de 40 estagiários para atender aos frequentadores dos espaços.
A academia da unidade da 504
Sul foi recém-inaugurada e já mostra resultado em números. “Passamos por uma reforma estrutural
que foi concluída em julho deste
ano. Ganhamos uma nova ala de
musculação que conta com vestiários e espaços para as avaliações
físicas no térreo. Para as aulas de
lutas e danças contamos com uma
nova sala multifuncional. Temos
também aulas de natação e hidro-
ginástica. Outra novidade criada foi
o pacote fitness que inclui musculação e treinamentos funcionais.
Em quatro meses já tivemos um
aumento de 50%, ou seja, mais de
500 alunos matriculados depois da
reforma“, apontou a instrutora da
academia da 504 Sul, Nena Aparecida José Luiz.
A aposentada Maria dos Prazeres da Silva, de 70 anos, é uma
das frequentadoras do local. Ela
elogia a boa relação e o trabalho
dos instrutores do Sesc. “A assistência que tenho é perfeita. Não
dá nem para fazer os exercícios de
maneira errada. Todos têm cuidado
e educação comigo. De segunda
a sexta-feira, na parte da manhã,
faço musculação, ciclismo indoor,
abdominal, hidroginástica e alongamento. Frequento com alegria o
Sesc. Hoje posso dizer que minha
qualidade de vida é muito melhor
do que quando tinha 50 anos”, ressalta a frequentadora da unidade do
Sesc na 504 Sul há dez anos.
Para o empresário, Luiz Carlos
Ferrari de Aquino, que se exercita
na mesma unidade, a sua saúde
melhorou depois que começou a
frequentar a academia. “Entrei por
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
indicação médica e tive uma melhora considerável no
meu joelho e em exames de saúde depois que comecei
a malhar. Faço aula de alongamento, pilates e musculação. Estou muito satisfeito com o serviço do Sesc, os
instrutores são simpáticos e atenciosos. É um custo-benefício poder malhar na 504 Sul, pois fica perto da
área comercial e pago um preço acessível por ser comerciário”, revelou.
O Sesc possui academias em oito unidades, são elas:
Setor Comercial Sul (Edifício Presidente Dutra); Estação
504 Sul; 913 Sul; Gama, Guará; Ceilândia; Taguatinga
Norte; e Taguatinga Sul. As academias funcionam de
segunda a sexta-feira, das 6h às 21h. Algumas unidades também abrem aos sábados. Além das academias,
todos os serviços do Sesc estão disponíveis para toda a
comunidade, basta possuir a carteirinha da instituição.
//Diversidade esportiva
O Sesc possui diversas modalidades esportivas para
todos os gostos e idades. São mais de 30 tipos de esporte que incluem: aero jump, alongamento, futebol de
areia, basquete, capoeira, caratê, ciclismo indoor, clube
da caminhada, futebol society, futsal, ginástica laboral e
localizada, handebol, hidroginástica, ioga, jiu-jitsu, judô,
Kung-fu, muay thay, musculação, natação, pilates, tae-kwon-do, tai chi chuan, tênis, triathlon social e voleibol.
No Sesc Ceilândia foram incorporadas as novas modalidades de zumba e de educação psicomotora no futsal,
em que pai e filho fazem a aula juntos.
Além disso, a instituição possui o Projeto Sesc Triathlon +, o Programa Esportivo Social do Sesc (Pesc) e
o Sesc Olímpico, que investem na formação de futuros
atletas profissionais por meio da prática de modalidades esportivas. O objetivo é descobrir novos talentos. O
Sesc fornece todas as condições para os treinos.
//Grandes eventos
No primeiro semestre deste ano, o Sesc foi palco de
grandes eventos esportivos. A Copa Brasília de Futsal
reuniu 31 equipes de regiões administrativas do Distrito Federal. O evento foi uma parceria com a TV Globo
Brasília. Logo em seguida, foi a vez do Sesc Triathlon,
que reuniu mais de 490 atletas no Pontão do Lago Sul.
O Sesc distribuiu de premiação aos primeiros colocados
R$ 76 mil ao todo. Já em agosto, o mês mais seco do
ano na capital, animou cerca de 800 atletas, que pularam na piscina do Centro Olímpico da Universidade de
Brasília (UnB) para o revezamento 25 Horas Nadando.
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
//Serviço
Sesc Presidente Dutra
Tel.: 3319-4410
Sesc Taguatinga Norte
Tel.: 3451-9103
Sesc Estação 504 Sul
Tel.: 3217-9101
Sesc Ceilândia
Tel.: 3379-9500
Sesc 913 Sul
Tel.: 3445-4401
Sesc Gama
Tel.: 3484-9100
Sesc Taguatinga Sul
Tel.: 3451-3501
Sesc Guará
Tel.: 3383-9101
@sescdf
/sescdistritofederal
47
aprendizagem
Jovens no
mercado de
trabalho
// Por Sílvia Melo
Com o Pronatec Aprendiz, micros e pequenos empresários poderão dar
oportunidade para jovens conquistarem primeiro emprego
A
inclusão de jovens trabalhadores em situação de vulnerabilidade
social na micro e pequena empresa é resultado de parceria entre
os ministérios da Educação, do Desenvolvimento Social, do Trabalho e Emprego e da Secretaria da Micro e Pequena Empresa. Instituída pela Lei nº. 10.097/2000 e regulamentada pelo Decreto nº. 5.598/2005, a
novidade lançada pelo Governo Federal recentemente é que o programa passa
a permitir a contratação de jovens inscritos no Programa Nacional de Acesso
ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) pelas micros e pequenas empresas.
Serão contemplados adolescentes e jovens acima de 15 anos, com prioridade para aqueles em situação de vulnerabilidade social e matriculados na rede
pública de ensino. O aprendiz será contratado com vínculo empregatício formal
e receberá salário-mínimo hora da empresa, com expediente limitado entre 4
e 6 horas diárias. O credenciamento e certificação dos estudantes que serão encaminhados como aprendizes às micros
e pequenas empresas serão custeados com recursos
do programa federal.
Da mesma forma que acontece nas médias
e grandes empresas, o empregador deve assegurar ao aprendiz formação técnico-profissional
compatível com seu desenvolvimento e o programa terá duração de, no máximo, dois anos. Para
aderir ao Pronatec Aprendiz, o micro e pequeno
empresário interessado deverá acessar o site maisemprego.mte.gov.br e registrar o interesse em contratar um aprendiz.
Ao aderir à Lei da Aprendizagem, empresários do Distrito Federal passam
a contribuir para a redução do índice de desemprego na cidade. Isso acontece
porque eles dão oportunidades a jovens entre 14 e 24 anos de exercerem uma
profissão dentro de suas empresas, desenvolvendo e formando profissionais
que poderão atuar em outras áreas, seguindo carreira na empresa.
“Um dos objetivos do programa é dar a primeira oportunidade de emprego
aos jovens”, afirma Lindomar Aparecida da Silva, coordenadora do Núcleo de
Formação Inicial e Continuada do Senac-DF e responsável pelo programa de
Aprendizagem na instituição. Segundo ela, por meio do programa, as empresas
ganham um forte apoio para cumprir sua cota de aprendizes determinada pela
Ministério do Trabalho e Emprego
CARTEIRA DE TRABALHO
E
PREVIDÊNCIA SOCIAL
48
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
legislação e contribuir com a formação profissional de jovens.
De acordo com a legislação vigente, a cota de aprendizes para
empresas de médio e grande porte
é de 5%, no mínimo, e 15%, no máximo, por estabelecimento, calculada
sobre o total de empregados cujas
funções demandem formação profissional. “Atualmente o Senac-DF
atende mais de 100 empresas de
comércio, nos segmentos de supermercado, vendas, administração
em serviços de saúde, lanchonetes,
hotelaria e administrativo/pessoal”,
destaca Lindomar.
//Exemplos de parceria
Há 10 anos, a rede de supermercados Supercei participa do programa de Aprendizagem. Os 86 jovens
contratados trabalham nas 16 lojas
da rede e fazem no Senac o curso
Aprendizagem em Serviços de Supermercados. “Nos supermercados
eles aprendem a empacotar compras, repor mercadorias, fazer precificação, expor produtos, entre outras
atividades”, explica Tony Alves Pinto,
diretor de Recursos Humanos do Supercei. “O projeto é bom porque tira
os jovens da ociosidade ao mesmo
tempo em que cumpre a parte social
de capacitar para ter uma formação
e estar inserido no mercado de trabalho”, afirma Tony.
O Supercei seleciona os jovens
que participam do programa e os
encaminha para o Senac-DF, que
oferece a capacitação. Normalmente
são indicados por funcionários, amigos e vizinhos das lojas e possuem
entre 14 e 17 anos. Além do salário
previsto em lei, recebem vale-transporte e trabalham entre 3h30 e 4h
por dia. Seguindo a tendência de outras empresas, o Supercei também
contrata o jovem como funcionário
da loja, quando termina o contrato de
aprendizagem, se tiver apresentado
bom desempenho. “É importante dar
oportunidade e imputar sentimento
de responsabilidade logo cedo. Desde que implantamos o programa,
contratamos cerca de 60 a 70% dos
jovens que se destacaram e mostraram interesse em continuar”, conclui.
A empresa Juiz de Fora Serviços
Gerais Ltda. participa do programa
de Aprendizagem desde 2005 e, atualmente, possui dez aprendizes que
trabalham como auxiliares administrativos. “Damos prioridade para
os filhos dos nossos funcionários”,
afirma Bárbara Lavall Reis, advogada responsável pela contratação dos
menores. Além do salário estabelecido pela lei, a empresa fornece vale-alimentação no mesmo valor dos
demais funcionários e vale-transporte. Os jovens passam uma semana
no curso do Senac e uma semana
na empresa. Se o menor aprendiz
realizar um bom trabalho, a empresa
poderá contratá-lo. “Já contratamos
como funcionários quatro jovens que
passaram pela Aprendizagem”, destaca Bárbara.
//Como participar
O jovem interessado em participar do programa de Aprendizagem
deve procurar entidades responsáveis pela qualificação. No Instituto
Fercomércio/DF, o candidato pode
preencher uma ficha de inscrição e
aguardar o surgimento de vagas. Ele
deve ter entre 14 e 24 anos, além de
estar cursando o ensino médio ou
séries finais do ensino fundamental
ou ainda que tenha concluído o ensino médio. Para a inscrição é necessário levar a identidade, o CPF e um
comprovante de residência.
Além de inscrever o jovem e
encaminhá-lo para a seleção em
empresas que solicitam menores
aprendizes, o IF-DF oferece capacitação com os cursos de Auxiliar Administrativo e Comercial, Auxiliar de
Serviços em Postos de Combustíveis,
Auxiliar de Serviços Alimentícios, Auxiliar de Serviços de Farmácia/Balconista, Auxiliar de Serviços Hospitala-
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
res, Auxiliar de Serviços de Turismo
e Hotelaria, Auxiliar de Serviços de
Teleoperador, Auxiliar de Serviços
Imobiliários e Auxiliar de Serviços de
Limpeza e Manutenção.
No Senac-DF não é possível fazer
a inscrição diretamente nas unidades, pois a instituição é responsável
apenas pela capacitação dos jovens,
oferecendo os cursos de Aprendizagem em Serviços Administrativos,
Serviços Hoteleiros, Serviços de Supermercados, Serviços de Lojas de
Departamento e Serviços de Fast
Food. Os alunos são selecionados
pelas empresas e encaminhados
para os cursos.
Saiba mais
A Aprendizagem é um programa
de âmbito nacional que visa
qualificar adolescentes por meio
de cursos profissionalizantes que
facilitem a sua inserção no mercado
de trabalho. O aprendiz possui
Carteira de Trabalho e Previdência
Social assinada, matrícula e
frequência à escola, e contrato de
trabalho especial, já que está sujeito
à profissionalização por meio de
Programa de Aprendizagem.
Entidades de formação técnicoprofissional metódica são
responsáveis pela qualificação de
jovens no âmbito da aprendizagem,
como o Serviço Nacional de
Aprendizagem Comercial - SenacDF e o Instituto Fecomércio do
Distrito Federal (IF).
Os jovens possuem contrato
especial de trabalho por tempo
determinado, de no máximo
dois anos. São contratados por
empresas como aprendizes de ofício
previsto na Classificação Brasileira
de Ocupações (CBO), do Ministério
do Trabalho e Emprego, ao mesmo
tempo em que são matriculados
em cursos de aprendizagem,
em instituições qualificadoras
reconhecidas, responsáveis pela
certificação.
49
cultura
Raphael Carmona
Hora do
Humor
de 5ª
//Por Raíssa Lopes
Projeto de stand up comedy reúne todas as quintas na unidade da 504 Sul
artistas já consagrados e novos talentos
O
s artistas de humor da
cidade e entusiastas desse tipo de arte têm um
novo ponto de encontro, o
Humor de 5ª – projeto de stand up
comedy e humor livre realizado pelo
Sesc toda quinta-feira no Teatro Ary
Barroso (Sesc 504 Sul). Nele, artistas já consagrados no DF dividem o
palco com anônimos que se candidataram para participar do projeto e
foram selecionados por um júri especializado.
As apresentações tiveram início
em outubro. Desde então, diversos
artistas passaram pelo palco do
Teatro Ary Barroso. A atriz Adriana
Nunes, da Cia. de Comédia Os Melhores do Mundo, esteve na primeira
edição do projeto como convidada.
“O Humor de 5ª revive um tempo
em que Brasília tinha muitas portas abertas. Hoje os espaços estão
tomados e já não há muitos espaços
para quem está começando”, afirma. Adriana conta que os artistas
que se apresentaram como amadores, na verdade, não eram. “Vi artistas prontos buscando um local para
se apresentar. E o Sesc deu espaço
50
a eles. A instituição é especial para
mim porque comecei minha carreira
com meu grupo no teatro Sesc Garagem”, completa.
O comediante e escritor Arisson
Tavares foi um dos selecionados pelo
júri para participar do projeto. “Tenho dois livros de humor publicados
e vi com o projeto uma oportunidade
de levar alegria a um grupo maior
de pessoas. Sempre me divirto mais
do que o público com as apresentações”, afirmou o humorista.
De acordo com Rogero Torquato,
um dos responsáveis pelo projeto,
o Humor de 5ª tem como objetivo
abrir espaço para que novos talentos
do humor candango possam surgir,
além de criar um ambiente propício para troca de experiências entre
profissionais e amadores. “Além disso, estamos investindo na formação
de plateias para arte e cultura, uma
das missões do Sesc”, completa
Torquato.
Não haverá apresentações nos
dois primeiros meses de 2015. O
projeto voltará em março de 2015.
Quem deseja participar pode se
candidatar enviando um vídeo de
15 minutos com a ficha de inscrição
para o e-mail: humordequintasesc@
gmail.com. Fica a critério do participante escolher o gênero humorístico
e o tema a ser enviado. O requisito
é que o material tenha conteúdo cômico. Cada inscrito poderá concorrer com, no máximo, dois trabalhos
teatrais, mas somente um será selecionado para apresentação ao vivo.
Os artistas receberão R$ 500 de cachê por apresentação.
@sescdf
/sescdistritofederal
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
//vitrine - Por Taís Rocha
Casamentos
homoafetivos
O casamento entre pessoas do mesmo sexo é realidade no Brasil desde 2013.
Para atender a essa demanda, os empresários Francisco Biondo e Gabrielle
Bennet criaram a Toujours – Cerimônias e Projetos Especiais (www.toujours.
com.br), empresa brasiliense especializada em promover a união entre
pessoas do mesmo sexo. Entre os serviços prestados estão o planejamento,
projeto, assessoria jurídica, organização da cerimônia religiosa, civil,
cerimonial, além de outros serviços.
Para
ocasiões
especiais
A La Rosé, especializada em
vestidos de festas, acaba
de abrir suas portas no
Gilberto Salomão (SHIS QI
5, sobrelojas 9/15, Telefone:
3248-6409). Além de marcas
importadas que vestem
nomes como Jennifer
Lopez e Beyoncé, a loja tem
peças exclusivas da estilista
mineira Thais Tempony. Lá,
é possível encontrar vestidos
de festas, acessórios,
bolsas e clutches de vários
modelos. De acordo com
as sócias Andréa Velloso e
Tâmara Diniz, o diferencial
da loja é que todas as peças
são únicas.
NYX no
Brasília Shopping
Venâncio inaugura primeira fase com gastronomia
A primeira etapa de revitalização do Shopping Venâncio
está marcada para o início de dezembro, quando a Praça de
Alimentação será aberta, já com 80% de locação. Subway, Pacífico
Sushi, Panelinhas do Brasil e Tostex já garantiram espaço no
empreendimento. A área de alimentação está, sem dúvida,
entre as grandes contempladas pelo novo projeto de complexo
multiuso, com um investimento na ordem de R$ 200 milhões.
52
A marca norte-americana de
maquiagens, a NYX, acaba de
inaugurar sua primeira loja no
DF, no Brasília Shopping (Piso
superior, 3032-6062). Presente
em mais de 40 países, a marca
já mantém um quiosque no
Iguatemi Shopping. Além
dos preços acessíveis, outros
diferenciais dos produtos são a
alta pigmentação, vários tipos de
acabamento, do matte ao mais
brilhante, e grande variedade de
produtos e cores, com um mix
composto atualmente de mais
de 560 itens.
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
53
//doses econômicas
Um Feliz Natal e um
Próspero Ano-Novo?
S
empre que se aproximam as
festas de fim de ano as pessoas se enchem de alegria
e entusiasmo. Como parte do rito
anual, é chegada a hora de comprar
os presentes para os familiares e
amigos mais íntimos. Também é o
momento de abastecer a casa com
guloseimas e comidas típicas desta
época do ano. Mas será que o Natal
deste ano promete tanta fartura?
De acordo com cálculos da Confederação Nacional do Comércio de
Bens, Serviços e Turismo (CNC),
divulgados dia 27 de outubro, as
vendas para o período do Natal este
ano devem ser apenas 2,6% maiores que do ano passado. O número
de contratações temporárias previstas será apenas 0,7% maior que
em 2013.
No caso específico do Distrito
Federal, o Sindicato do Comércio
Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista) aponta que o crescimento
nas vendas em novembro e dezembro será mais tímido do que no ano
passado. Espera-se um aumento
de 2,5% este ano, em contraste
com os 5,3% de 2013. Em relação
ao número de trabalhadores temporários, o Sindivarejista prevê a
contratação de 4 mil funcionários
nos meses de novembro e dezembro, número menor do que o obser-
vado em 2013 (de 4,8 mil funcionários temporários contratados nos
meses de novembro e dezembro).
A economia não anda bem. A
taxa de crescimento do PIB dos últimos anos tem se mostrado baixa e
a previsão de crescimento pra este
ano é ainda menor. A taxa de desemprego, que vinha caindo, agora
está parando. O consumo das famílias não tem se mostrado tão forte
como nos últimos anos. A inflação
está alta e sem dar indícios claros
de que irá baixar para o centro da
meta do Banco Central (que é de
4,5% ao ano). E a inflação dos alimentos e do setor de serviços tem
gerado ainda mais preocupação. A
taxa de juros está em um patamar
bem acima do observado dois anos
atrás.
A presidente Dilma Rousseff
acaba de ser reeleita e ainda há dúvidas se ela será capaz de alterar o
quadro econômico deteriorado em
que se encontra o País. Torço para
que ela consiga. Isso é o que me
resta: ter esperança. Caso contrário, não só o Natal deste ano será
mais magrinho, como também teremos que mudar a dieta e seguir
o conselho do nosso secretário de
Política Econômica, Márcio Holland,
e comer mais ovos em 2015! Quem
sabe uma omelete pro Natal?
Cristiano Costa
Geovana Lorena Bertussi
Economista
Errata
Ao contrário do que foi publicado
na revista de novembro, José
Luiz Pagnussat não é assessor
econômico da Fecomércio-DF, mas
sim economista, professor da UDF
e ENAP
Parceria:
54
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
//caso de sucesso
Cristiano Costa
De informal
a profissional
//Por Sílvia Melo
Para ex-aluna do Senac,
a vida profissional
começa na terceira idade
Q
uando tinha 16 anos, o sonho de Maria de Jesus
de Almeida Liberato, de 51 anos, era ser nutricionista. A vida, porém, a fez seguir por outros
caminhos e o sonho ficou para trás. Depois de
muitos anos trabalhando por conta própria ou contratada
sem garantias da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)
ela viu a terceira idade chegando sem perspectivas de melhorar de vida. Sem profissão e desempregada, entrou em
depressão. Para ajudar a mãe, a filha caçula a inscreveu
no processo seletivo do Programa Senac de Gratuidade
(PSG). Como gosta de cozinhar, começou a fazer gratuitamente o curso Comida de Boteco. Em seguida, fez o de
Auxiliar de Cozinha, e logo depois começou o curso de Pizzaiolo. Com a profissionalização conseguiu um emprego e
agora sonha em fazer faculdade de Gastronomia.
Com muito sacrifício, a moradora de Planaltina conseguiu criar os quatro filhos. Seu primeiro emprego foi aos
16 anos, como balconista de uma padaria em Sobradinho.
Em seguida foi contratada como copeira de um banco. Casou-se nesta idade e, aos 18, teve a primeira filha. Montou
uma oficina de bicicletas em sua residência para ter renda
e ficar perto dos filhos. Com todos crescidos, conseguiu
emprego de contrato temporário, na prefeitura de Planaltina de Goiás. Trabalhava na limpeza do prédio até o dia em
que um colega da copa faltou. Foi colocada para substituí-lo e acabou virando cozinheira da prefeitura.
Após seis anos prestando serviços para a prefeitura, o
contrato acabou e ela ficou desempregada. “Eu não tinha
perspectiva. Já havia criado os filhos, não tinha emprego
nem profissão. Achava que a vida tinha parado e entrei
em depressão. Graças à minha filha, que me inscreveu
em um curso do Senac, tudo mudou”, afirma. Maria de
Jesus fez o curso Comida de Boteco em fevereiro deste
ano. De junho a setembro, fez o curso Auxiliar de Cozinha.
O estágio supervisionado foi no Restaurante do Senac que
fica no Ministério Público. “Aprendi muito lá e fiquei mais
segura quando alguém me pedia para fazer comida em
algum evento. Quando eu fazia para a prefeitura, só sabia
cozinhar o básico”, destaca.
Sempre disposta a aprender, viu que havia inscrições
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
abertas para o curso de Pizzaiolo e se matriculou também.
“Mesmo fazendo o curso, comecei a distribuir currículo
em todos os lugares. Até que um amigo me levou para
o restaurante O Grego, que fica na Asa Norte, e fui contratada”, destaca, afirmando que o dono gostou tanto do
profissionalismo dela que agora quer contratar mais profissionais formados pelo Senac. “É incrível como o Senac,
em quase um ano, mudou tanta coisa em minha vida”. A
principal mudança, segundo ela, foi na autoestima. “Hoje
tenho segurança, sou uma pessoa capacitada, tenho uma
profissão e um salário. Agradeço a todos do Senac que me
ajudaram e aconselho às pessoas a procurarem a instituição para se profissionalizar. Cada um pode construir a
própria história de sucesso”, conclui.
//Sobre os cursos
Os cursos Técnicas de Petiscos e Comida de Boteco
(40h), Auxiliar de Cozinha (200h) e Pizzaiolo (200h) fazem
parte da programação trimestral de cursos do Senac e
são oferecidos pelo Centro de Educação Profissional Tecnologia do Turismo e Hospitalidade, do SCS. Para fazer os
cursos gratuitamente, por meio do Programa Senac de
Gratuidade (PSG), é preciso acompanhar no site da instituição a publicação do edital e fazer a inscrição de acordo
com ele. Informações: 3313-8877.
@senacdf
/senacdistritofederal
55
//direito no trabalho
Não recolhimento da
contribuição social
sobre FGTS
E
m 2001, as empresas por
meio de suas representações
sindicais nacionais foram
chamadas pelo Poder Executivo
a participar da negociação de um
acordo para solucionar a questão
dos resíduos inflacionários dos Planos Verão e Collor, declarados devidos pelo Supremo Tribunal Federal.
Após negociações, foi fechado um
acordo nacional com as representações dos trabalhadores concordando em receber tal correção em
parcelas, e com as empresas concordando em fazer contribuições
temporárias e excepcionais, até que
o governo terminasse de cumprir o
acordo de parcelamento.
Com base nesse acordo, a União
apresentou um projeto que resultou na Lei Complementar 110/2001,
que estabeleceu uma contribuição
de 10% em caso de despedida do
empregado sem justa causa, e a
contribuição de 0,5% sobre a folha
de pagamento por 60 meses, conforme cálculos do governo, com a
finalidade específica de cobrir as
despesas com os expurgos inflacionários decorrentes dos planos.
Essa LC prevê que o prazo de
duração dos recolhimentos da contribuição de 0,5% seria de 60 meses (já expirado). Já a contribuição
de 10% também se encerrou em
julho de 2012. Embora previsto na
LC que as despesas com os Termos de Adesão poderiam ser diferidas contabilmente pelo prazo
de até 15 anos, o Agente Gestor do
FGTS (Caixa Econômica Federal),
56
no Ofício nº 102/2013 enviado ao
ministro da Fazenda, Guido Mantega, em 8 de maio de 2013, informa
que “(...) de fato encerraram-se em
julho/2012 os reflexos patrimoniais
provenientes do diferimento de que
trata o art. 9º da Lei complementar
nº 110/2001”.
A cobrança dessa Contribuição
Social perdura de forma irregular
e ilegal. A vinculação da criação
da contribuição de 10%, elevando
a condição desta LC à de uma lei
excepcional e sem efeitos, após
exauridos os motivos de sua edição, consta de confissão escrita dos
ministros do Trabalho e Emprego e
da Fazenda, do presidente da República, bem como do presidente
do Senado, e confirmado pelo STF,
em mensagem de 29 de março de
2001. Constam ainda nos autos da
ADI 2.556-DF registros do relator,
ministro Moreira Alves, sobre a
finalidade das contribuições instituídas pela LC nº 110/2001, que
conduz a que sejam temporárias e
excepcionais.
Por tudo que se vê, é ilegal a
cobrança dessa contribuição após
a quitação dos Termos de Adesão
firmados com os trabalhadores, ou
após o mês de junho de 2012, data
informada pela Caixa da quitação
dos valores de todos esses termos.
Portanto, essas contribuições sociais foram criadas para o pagamento dos expurgos inflacionários
nas contas do FGTS e que a LC
cumpriu sua função, uma vez que
desde junho de 2012 os expurgos
Joel Rodrigues
Lirian Sousa Soares Cavalhero
mestre em Direito pela UCB, sócia da
Ope Legis Consultoria Empresarial,
Consultora Jurídica de diversas
empresas e entidades de classe
foram quitados.
A legislação tributária determina que as contribuições com finalidade específica somente podem
ser aplicadas para o fim que foram
criadas. O Poder Executivo, quando
da criação da lei, declarou ao STF
que esses valores não eram para
o Tesouro e não configuravam Receitas Públicas. Dessa forma, como
a contribuição social de 10% sobre
o saldo do FGTS já atingiu a sua
finalidade em junho de 2012, é totalmente indevida a sua cobrança
após esse período.
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
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//segredos do marketing digital
O
final do ano está chegando. É hora de decorar a casa,
receber a família, degustar
aquele maravilhoso arroz
com passas e, acima de tudo, ver todas
as previsões para o ano vindouro. Como
não poderíamos ficar de fora dessa
brincadeira, nesta última coluna do ano
iremos contar para vocês um pouco
do que esperar para o ano de 2015 no
mundo do Marketing Digital. Essa lista
irá agregar algumas das tendências que
observamos nos últimos meses assim
como percepções de profissionais no
Brasil e no exterior.
A primeira tendência é a de sites
responsivos. O que isso significa? Significa que a partir de hoje, um empresário
não pode mais aceitar que o site de sua
empresa seja acessível apenas de um
computador ou notebook. Hoje, a navegação na web acontece através dos mais
diferentes meios, seja um computador,
um tablet ou um celular. Sites responsivos são aqueles que se adaptam automaticamente ao dispositivo do usuário
e mostrarão seu conteúdo de forma
otimizada para cada um deles. Sites
responsivos, além de passarem muita
credibilidade por parte da empresa,
também garantem que o empreendedor
não tenha que desenvolver um aplicativo
específico para cada um dos novos dispositivos que venham a surgir no futuro.
A próxima grande tendência é o minimalismo. Mais do que nunca, sites
deverão se esforçar para entregar para o
cliente exatamente aquilo que ele busca.
Sites minimalistas focam-se apenas em
um aspecto muito claro e esse aspecto
normalmente diz respeito ao diferencial
da empresa. Seu site precisará responder com muita rapidez o que é que o
cliente irá ganhar usando seu produto
ou serviço. E por falar em cliente, é muito importante saber exatamente quem
são eles e como alcança-los. Nossa próxima tendência é o Micro Targeting ou,
resumidamente, mirar naquele público
58
que realmente é seu consumidor. Como
assim? Por exemplo, se você possui um
bar na Asa Sul com uma temática mais
esportiva, seu público não é apenas
“moradores da Asa Sul”. Ele provavelmente será formado por homens, entre
18 e 35 anos, solteiros, moradores da
Asa Sul, interessados em futebol, NFL,
NBA, entre outros. Usando o Micro
Targeting, seu negócio irá dirigir a comunicação para um grupo muito menor
de pessoas, mas que terão uma possibilidade maior de consumir seu produto
ou serviço. Ferramentas como o Google
Adwords e o Facebook Ads permitem
segmentações muito precisas e são
excelentes para esse tipo de estratégia.
E, já que mencionamos os Ads, vamos falar sobre a próxima tendência,
que é o aumento do conteúdo pago em
detrimento do orgânico. Grandes redes
sociais, como o Facebook, vêm gradativamente reduzindo o alcance orgânico
de posts provenientes de páginas de
negócios. Isso faz com que, cada vez
mais, empresas precisem incorporar
os anúncios pagos em suas estratégias
de Marketing Digital. É importante ressaltar que os anúncios devem sempre
estar vinculados a um conteúdo de boa
qualidade, pois é esse último que irá efetivamente impactar seu cliente.
Para finalizar, vale ressaltar a última
tendência, que é o conteúdo em vídeo.
Atualmente, o YouTube é a segunda
maior rede social acessada no Brasil.
Todos os dias milhares de horas de
conteúdo são disponibilizadas na rede e
muitos canais já contam com milhares,
quando não milhões, de seguidores.
Conteúdos em vídeo geralmente conseguem grande engajamento e são um
excelente meio de se comunicar com os
clientes. É um investimento que vale ser
considerado para 2015.
Gostaríamos de aproveitar para
agradecer a todos que nos acompanharam neste ano e desejamos a todos um
Feliz Natal e um Próspero Ano-Novo.
Geovanna Leal
O que 2015 reserva
para o Marketing Digital
Jens Schriver
Diretor-Executivo da
ClickLab
Maximo Migliari
//Envie perguntas para
[email protected] ou
facebook.com/agencia.clicklab
Publicidade mobile em vídeo
deve crescer
50%
Aplicativos serão
responsáveis por
65%
do consumo total de mídia
digital
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
Sócio da
ClickLab
instituto fecomércio
@if_df
Instituto realiza quarta edição
do Encontro de Aprendizes do DF
Evento contou com a participação de 600
jovens aprendizes de 15 instituições diversas
//Por Fabíola Souza
Cristiano Costa
O
Instituto Fecomércio do
Distrito Federal participou do IV Encontro de
Aprendizes do DF que
contou com a participação de 600
jovens aprendizes de 15 instituições
diferentes, com 50 alunos do Programa de Aprendizagem “Aprendendo a Fazer”, do IF. O encontro,
realizado anualmente, ocorreu dia
7 de novembro, no Setor Militar
Urbano, e tem o objetivo promover
a integração dos jovens e demais
profissionais comprometidos com a
aprendizagem por meio da troca de
experiências, visando à valorização
e o fortalecimento institucional das
entidades que atuam no campo da
aprendizagem profissional.
Para a diretora-executiva do
IF, Elizabet Campos, a inserção do
jovem aprendiz no mercado de trabalho deve se realizar com o intuito
de formar jovens conscientes e capacitados para o mundo globalizado,
que está se tornando cada vez mais
competitivo e seletivo quando se trata de contratação de empregados.
“É muito importante criar oportunidades para que os jovens se insiram
no mercado de trabalho, pois não é
benéfico só para eles, mas para toda
a sociedade”, ressalta Campos.
Eliana Araújo tem dois filhos que
são alunos do “Aprendendo a Fazer”,
do IF, e afirma que o programa é
uma facilidade para os jovens se
inserirem no mercado de trabalho,
além de adquirirem mais responsabilidade em pequenas atitudes do
cotidiano. “Além de estar tranquila
sabendo onde os meus filhos estão,
é um meio deles descobrirem também o que querem de profissão para
o futuro”, diz Eliana.
Para fechar o ano de 2014
o IF cumpriu com sua missão de
contribuir para o fortalecimento,
crescimento e desenvolvimento
sustentável das empresas e do empreendedorismo, nos setores de
comércio de bens, serviços e turis-
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
mo no Distrito Federal e inseriu no
mercado de trabalho mais de quatro
mil jovens – entre aprendizes e estagiários. “Este ano foi dedicado ao
avanço do Instituto Fecomércio, que
se manteve alinhado às constantes
transformações impostas pelo mercado de trabalho. O desenvolvimento
da ciência e tecnologia está estreitamente relacionado com essas
mudanças e o IF está conseguindo
cada vez mais abrir espaços para
o crescimento de jovens talentos”,
conclui a coordenadora de Integração Empresa-escola, do Instituto
Fecomércio, Regina Malheiros.
O Instituto Fecomércio atende
mais de 400 empresas e oferece
vagas de estágios semanalmente
na sede da instituição. Em 2014, o IF
estabeleceu importantes parcerias
no campo do desenvolvimento empresarial, foram ministrados mais
de 12 cursos, formatados no modelo
In Company, para empresas públicas e privadas.
59
//sindicatos
Cristiano Costa
Para o
presidente do
Sindicato dos
Supermercados,
Antonio Tadeu
Perón, o Natal
é sempre uma
importante data
N
A cara
do Natal
//Por Fabíola Souza
Mercado comemora melhor época do ano
para vender produtos específicos e cestas para
presentear os funcionários
60
ormalmente dezembro é
um mês de muita lucratividade para a maioria dos
empresários de comércio
e serviços. Com a tradicional troca de
presentes e reuniões de confraternização, quase todos os segmentos
aguardam as festas de final de ano
para poder aumentar as vendas.
Os produtos como azeite, bacalhau, panetones e as carnes de uma
maneira em geral, incluindo as aves,
são os artigos mais vendidos nesta
época nos supermercados. As bebidas também, inclusive o aumento
nas vendas dos vinhos é justificado
tanto para o próprio consumo do
cliente, quanto para amigos e familiares. “As sidras são campeãs de
vendas até hoje, batem em volume
qualquer outra bebida do final do
ano”, comenta o presidente do Sindicato dos Supermercados, Antonio
Tadeu Perón. Ele lembra que as
festas de final de ano não são apenas
o Natal e Ano-Novo, mas todas as comemorações, as das empresas, reuniões familiares, encontro de amigos.
Com a chegada do verão e das férias
escolares, Perón ressalta que a festa
se estende por janeiro todo.
As Cestas de Natal e as Cestas
Básicas são outros produtos que têm
muita saída nesta época. Normalmente as Cestas de Natal são recheREVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
adas com produtos mais específicos
da data e servem como presentes, já
as Cestas Básicas são as mesmas
expostas o ano todo e muitos compram para doar a famílias carentes.
O gerente da Cooperativa Central
Aurora Alimentos da unidade de
Brasília, Rodrigo Fabiano Fossalussa, afirma que estão otimistas este
ano e esperam aumento de 10% nas
vendas em 2014 na comparação com
o ano passado. Entretanto, ele afirma
que houve uma elevação de 7% nos
preços dos produtos. “A inflação foi
o principal motivo do aumento, mas
a falta de produtos suínos para esta
época do ano também ajudou na
alta do preço”, afirma Fossalussa. A
cooperativa só vende para pessoas
jurídicas, dentre elas, empresas que
compram para entregar os produtos
de presente aos funcionários. Na opinião dele, este ano deve ter a mesma
vendagem do ano passado, cerca de
25 mil kits para todo o DF.
O gerente da Super Adega, Antônio Gomes, acredita que o aumento
das vendas deve ser entre 10% ou
15% em relação ao mesmo período
de 2013. “Este ano está sendo um
pouco complicado por causa da Copa
do Mundo e das eleições, principalmente aqui em Brasília que com a
troca de parlamentares, quem não se
reelegeu voltou para a cidade natal e
os que se elegeram ainda não se mudaram para cá”, explica Gomes.
//Supermercados
Para o presidente do Sindicato
dos Supermercados, Antonio Tadeu Perón, o Natal é sempre uma
importante data, pois traz votos de
esperança e alegria, entretanto o
setor não está confiante e pretende
diminuir em 15% os estoques, na
comparação com o ano anterior.
Em relação à expectativa de vendas, o presidente acredita que devam
crescer de 8% a 10% em comparação com 2013, mas descontando a
inflação, ele acredita que a alta deva
ser de 1,5% a 2%. “A alimentação
sofre mais os efeitos da inflação,
pois os produtos importados alteram
de acordo com o dólar e a moeda
subiu mais que 10%”, explica Perón.
Para ele, os produtos importados
terão participação menor este ano na
mesa dos brasilienses.
Há 23 anos o Sindsuper-DF atende o segmento de supermercados no
Distrito Federal. Atualmente contempla 30 empresas filiadas que, juntas,
correspondem a 70% do abastecimento alimentar da cidade. O presidente da entidade ressalta duas conquistas importantes para o setor que
ocorreram recentemente. A primeira
foi a compra da sede própria. “Tem
praticamente um ano, foi em janeiro
de 2014, ficou uma sede confortável”,
completa. A outra vitória, que era um
pleito antigo da categoria, foi a aquisição da substituição tributária para
o grupo supermercadista. “Somente
a partir de abril do ano passado conseguimos que fosse implantada a
substituição tributária para produtos
alimentícios”, ressalta Perón.
O presidente acredita que depois
da medida aprovada, o Distrito Federal começou a praticar a isonomia
fiscal e consequentemente estabelecer uma concorrência leal entre os
estabelecimentos do setor. Agora o
imposto dos produtos é arrecadado
pelo fornecedor e descritos na nota,
dessa forma, todos os empresários
são obrigados a pagar os tributos
assim que adquirem a mercadoria.
“Assim você sabe que com essa parte
administrativa não precisa mais se
preocupar, o empresário só vai estar
preocupado com o atendimento, qualidade do produto e operação da sua
loja”, comemora. Entretanto Perón
avalia que a medida ainda é tímida e
precisa ser ampliada para outros artigos, como já ocorre em São Paulo,
por exemplo.
Raphael Carmona
Na Super Adega,
as vendas
de produtos
natalinos devem
ter aumento de
10% a 15%
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
61
//pesquisa conjuntural
Comércio
retraído
A
s vendas do comércio brasiliense apresentaram queda de 1,44%
em outubro na comparação com o mês anterior. Já as vendas do
setor de serviços registraram leve alta de 0,63%. No acumulado
dos últimos 12 meses (outubro 2013 x outubro 2014) as vendas tiveram
uma queda de 4,49% (comércio e serviços). É o que mostra a Pesquisa
Desempenho de vendas
Comércio
Setor
Segmento
Autopeças e Acessórios
4,25%
-6,15%
1,39%
2,67%
-1,01%
6,06%
Bares, Restaurantes e Lanchonetes
1,33%
-2,32%
-2,78%
4,36%
3,24%
-3,77%
Calçados
9,16%
-13,61%
2,85%
-0,22%
1,76%
6,02%
Farmácia e Perfumaria
-1,32%
-4,98%
-0,85%
-0,15%
0,19%
-0,97%
Floricultura
29,55%
-1,43%
-11,01%
1,54%
-12,37%
5,21%
Informática
0,85%
-11,44%
6,22%
-1,38%
2,81%
-5,00%
Livraria e Papelaria
-0,39%
-23,27%
-3,51%
15,60%
-1,98%
-2,39%
Lojas de Utilidades Domésticas
-4,33%
1,92%
2,57%
4,37%
-6,71%
-5,99%
Material de Construção
2,90%
-6,90%
-2,09%
3,69%
-1,44%
-0,79%
Mercado e Mercearia
-8,33%
0,35%
-2,56%
2,27%
-0,89%
-2,18%
Móveis e Decoração
3,45%
-2,30%
-1,56%
4,09%
-5,87%
-2,82%
Óticas
-0,79%
-12,16%
3,71%
4,16%
6,16%
-1,56%
Tecidos
-1,99%
-10,83%
0,76%
-1,79%
-3,69%
-6,57%
Vestuário
2,91%
-3,50%
-1,24%
2,68%
-7,61%
-5,17%
Total
0,20%
-4,72%
-1,20%
2,80%
-0,77%
-1,44%
-
-
-
-
6,37%
5,68%
-8,53%
-16,30%
-0,61%
19,29%
4,81%
-0,20%
-
-
-
-
6,10%
4,16%
0,76%
-13,50%
23,52%
-7,74%
2,10%
-5,52%
Casa de Eventos
-
-
-
-
5,24%
2,08%
Clínica de Estética
-
-
-
-
1,35%
2,27%
Ensino de Idiomas
-
-
-
-
3,17%
0,44%
-3,50%
-5,74%
-2,09%
2,97%
1,56%
-2,58%
-
-
-
-
2,69%
-1,42%
3,04%
-3,43%
-0,08%
3,13%
11,52%
-5,96%
-2,82%
-9,80%
1,83%
7,42%
5,01%
0,63%
-0,05%
-5,12%
-0,97%
3,16%
0,47%
-0,97%
Academia
Agências de viagem
Aluguel de Artigos para Festa
Autoescola
Serviços
Mai14 x Jun14 x Jul14 x Ago14 x Set14 x Out14 x
Abr14
Mai14
Jun14
Jul14
Ago14
Set14
Pet Shop
Reparação de Eletroeletrônicos
Salão de Beleza
Total
Total
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
62
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
Região
Comércio
Mai14 Jun14 Jul14 Ago14 Set14 Out14
x
x
x
x
x
x
Abr14 Mai14 Jun14 Jul14 Ago14 Set14
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
1,69%
-5,58%
0,00%
2,80%
-0,27%
-2,46%
Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante
9,40%
-8,08%
-0,91%
1,60%
1,94%
6,32%
Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires
e Águas Claras
-1,23%
-4,98%
-2,94%
0,24%
-0,57%
-1,57%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
-7,54%
1,78%
-3,79%
0,93%
1,03%
-1,50%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
0,46%
-1,09%
-0,92%
3,42%
-1,21%
-3,63%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
-0,21%
-9,59%
-0,27%
9,83%
-5,27%
1,46%
0,20%
-4,72% -1,20%
2,80%
-0,77% -1,44%
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
-2,75%
-20,66%
11,38%
13,67%
4,30%
1,61%
Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante
-6,09%
17,03%
-15,36%
-14,09%
4,53%
-11,05%
Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires
e Águas Claras
-4,64%
-1,52%
-1,92%
1,75%
3,43%
3,54%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
-2,11%
5,58%
-9,26%
1,40%
10,31%
-2,60%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
3,79%
-8,43%
-4,26%
14,66%
5,46%
-6,66%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
-2,15%
10,48%
-5,65%
-2,15%
4,18%
3,92%
-2,82%
-9,80%
1,83%
7,42%
5,01%
0,63%
Total
Serviços
Desempenho de vendas
Setor
Total
Total
-0,05% -5,12% -0,97% 3,16%
0,47% -0,97%
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
Conjuntural de Micro e Pequenas
Empresas do Distrito Federal, realizada pelo Instituto Fecomércio.
“O comprometimento da renda
das famílias, aliado à diminuição
do ritmo de crédito, são os principais motivos para a redução no
consumo dos brasilienses. Além
disso, muitos estão se organizando para gastar no final do ano,
com as festas e presentes típicos
da época”, explica o presidente da
Fecomércio-DF, Adelmir Santana.
O segmento de Academia puxou o índice no setor de serviços,
com um crescimento nas vendas de 5,68%, seguido pelo setor
de Aluguel de Artigos para Festa
(4,16%); Clínica Estética (2,27%);
Casa de Eventos (2,08%) e Ensino
de Idiomas (0,44%). Os demais setores pesquisados apresentaram
queda nas vendas no mês de outubro: Salão de Beleza (-5,96%);
Autoescola (-5,52%); Pet Shop
(-2,58%); Reparação de Eletroeletrônicos (-1,42%) e Agência de
Viagens (0,20%).
Vale destacar que no mês de
setembro de 2014 a pesquisa do
Instituto Fecomércio incorporou
seis novos segmentos ao estudo
do setor de serviços (Academia,
Aluguel de Artigos para Festa,
Casa de Eventos, Clínica de Estética, Ensino de Idiomas e Reparação de Eletroeletrônicos). Os segmentos inseridos não possuem
um histórico como os demais
integrantes desse levantamento
e, portanto estão sujeitos a correções durante o período de avaliação, que leva até três meses.
No comércio, apresentaram
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
queda nas vendas em outubro,
na comparação com setembro, os
segmentos de: Tecidos (-6,57%);
Lojas de Utilidades Domésticas
(-5,99%); Vestuário (-5,17%); Informática (-5,00%); Bares, Restaurantes e Lanchonetes (-3,77%);
Móveis e Decoração (-2,82%); Livraria e Papelaria (-2,39%); Mercado e Mercearia (-2,18%); Óticas
(-1,56%); Farmácia e Perfumaria
(-0,97%); Material de Construção
(-0,79%). Apenas os segmentos de
Autopeças e Acessórios (6,06%);
Calçados (6,02%); e Floricultura
(5,21%) apresentaram acréscimo
nas vendas.
Entre as formas de pagamento, o cartão de crédito foi o mais
utilizado nas compras. No comércio, a modalidade respondeu por
45,12% das vendas. No setor de
63
Mai14
x
Abr14
Jun14
x
Mai14
Autopeças e Acessórios
0,00%
-15,33%
11,81%
0,70%
3,73%
3,17%
Bares, Restaurantes e Lanchonetes
-2,45%
0,10%
1,24%
-0,91%
-1,22%
0,00%
Calçados
3,46%
6,96%
2,44%
-2,44%
2,50%
5,43%
Farmácia e Perfumaria
4,28%
3,77%
0,00%
-5,26%
0,69%
0,00%
Floricultura
0,00%
18,18%
0,00%
-4,17%
0,00%
-8,70%
Informática
-1,19%
-5,38%
3,41%
-10,87%
3,66%
1,23%
Livraria e Papelaria
0,85%
-11,11%
10,59%
-5,32%
-13,83%
-5,19%
Lojas de Utilidades Domésticas
4,10%
9,38%
-4,29%
8,96%
-9,38%
0,00%
Material de Construção
0,00%
2,79%
-2,82%
-0,58%
1,75%
1,09%
Mercado e Mercearia
0,00%
-2,87%
0,75%
-5,64%
6,97%
-2,80%
Móveis e Decoração
-2,70%
-7,79%
2,82%
-17,81%
0,00%
1,37%
Óticas
0,00%
0,00%
-3,23%
3,33%
-9,68%
7,14%
Tecidos
0,00%
10,00%
-22,73%
11,76%
0,00%
0,00%
Vestuário
1,54%
0,00%
-4,44%
3,50%
1,53%
0,40%
0,91%
-0,68%
0,76%
-2,20%
0,47%
0,19%
-
-
-
-
0,00%
-1,29%
4,00%
0,00%
11,54%
-8,62%
-13,21%
13,33%
-
-
-
-
8,40%
-4,79%
1,67%
-4,92%
0,00%
3,45%
-3,33%
3,45%
Casa de Eventos
-
-
-
-
0,00%
0,00%
Clínica de Estética
-
-
-
-
0,98%
3,75%
Ensino de Idiomas
-
-
-
-
0,00%
0,00%
-5,77%
2,04%
0,00%
3,92%
0,00%
4,59%
-
-
-
-
0,00%
-0,81%
4,12%
0,00%
2,04%
-3,00%
7,29%
-2,80%
-3,70% -0,77%
3,10%
-1,50%
0,85%
0,18%
-0,33% -0,69%
0,96%
-2,13%
0,58%
0,18%
Nível de emprego
Comércio
Setor
Segmento
Total
Academia
Agências de viagem
Aluguel de Artigos para Festa
Serviços
Autoescola
Pet Shop
Reparação de Eletroeletrônicos
Salão de Beleza
Total
Total
Jul14 x Ago14 Set14 x Out14 x
Jun14 x Jul14 Ago14 Set14
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
serviços, foi responsável por 38,29%
das compras. A Pesquisa Conjuntural de Micro e Pequenas Empresas
do DF é realizada mensalmente
64
pelo Instituto Fecomércio e tem o
apoio do Sebrae. Foram consultadas 900 empresas, das quais 594 do
comércio e 306 de serviços. A coleta
de dados foi feita entre os dias 5 e
10 de novembro de 2014 e analisou
14 segmentos do comércio e 10
segmentos de serviços.
REVISTA FECOMÉRCIO | DEZEMBRO2014 /JANEIRO 2015
Nível de emprego
Comércio
Setor
Mai14 Jun14 Jul14 Ago14 Set14 Out14
x
x
x
x
x
x
Abr14 Mai14 Jun14 Jul14 Ago14 Set14
Região
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
0,00%
0,65%
1,10%
0,12%
2,05%
-1,16%
Candangolândia, Guará e
Núcleo Bandeirante
-2,45%
1,81%
-1,76%
0,35%
-3,39%
0,00%
Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires
e Águas Claras
3,46%
-1,39%
-0,47%
-3,08%
0,32%
1,17%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
4,28%
-2,29%
4,31%
-5,34%
-1,56%
2,38%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
0,00%
4,81%
-2,30%
-0,92%
-4,44%
4,29%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
-1,19%
-8,51%
3,65%
-3,05%
3,77%
-2,79%
0,85%
-0,68%
0,76%
-1,50%
0,47%
0,19%
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
4,10%
-0,79%
3,97%
-4,99%
1,50%
-0,87%
Candangolândia, Guará e
Núcleo Bandeirante
0,00%
0,00%
0,00%
-0,29%
0,00%
4,00%
Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires
e Águas Claras
0,00%
-1,79%
1,82%
-3,52%
1,42%
-0,31%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
-2,70%
0,00%
5,56%
-0,25%
0,00%
0,79%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
0,00%
0,00%
0,00%
-0,25%
0,00%
-2,74%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
0,00%
0,00%
0,00%
-0,80%
0,00%
2,44%
1,54%
-0,77%
3,10%
-3,60%
0,85%
0,18%
0,91% -0,69% 0,96% -1,70% 0,58%
0,18%
Serviços
Total
Total
Total
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
Mês
À vista
Cheque
Cartão de
crédito
Débito
A prazo
Boleto
Formas de pagamento
Comércio
mai/14
30,68%
0,44%
44,77%
19,34%
3,26%
1,51%
jun/14
30,18%
0,43%
43,39%
21,56%
2,75%
1,69%
jul/14
29,81%
0,55%
44,30%
20,59%
3,07%
1,68%
ago/14
29,00%
0,44%
45,34%
20,35%
3,25%
1,63%
set/14
29,26%
0,55%
44,25%
21,26%
3,09%
1,59%
out/14
28,96%
0,80%
45,12%
20,72%
2,82%
1,57%
Serviços
mai/14
23,97%
1,67%
40,88%
14,86%
4,52%
14,11%
jun/14
24,51%
1,69%
47,76%
17,66%
3,98%
4,40%
jul/14
21,07%
1,69%
45,76%
15,41%
4,69%
11,37%
ago/14
22,33%
1,32%
43,51%
13,45%
4,64%
14,75%
set/14
27,61%
1,90%
38,19%
13,13%
10,21%
8,96%
out/14
22,01%
1,51%
38,29%
12,21%
10,83%
15,16%
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
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65
pesquisa
relâmpago
Fotos: Raphael Carmona
Luiz Carlos
Garcia Galvão,
presidente do
Sindicato dos
Motociclistas
Autônomos do DF
David Duarte Lima,
presidente do
Instituto Brasileiro
de Segurança no
Trânsito
Vânia Rocha,
agente de viagens
Paulo Roberto
Batista de Oliveira,
secretário de
Segurança
Pública do DF
Ruth Maria Ximenes,
comerciária
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Motociclista passa
a ser profissão
de risco
Valores de multas
foram reajustados
BOM
Com os 30% de
aumento, o profissional
poderá investir em
equipamentos de
segurança e mais
melhorias para
sua família.
RUIM
O que tem que ser feito
é investimento em
ações nas ruas, como
blitzen para coibir as
imprudências. Não é
assim que a situação vai
mudar.
BOM
Acho que o direito de
se casar tem que ser
para todos.
REGULAR
Na primeira grande
chuva, a estrutura não
suportou e choveu lá
dentro.
REGULAR
O que deveria ser
feito é melhorar a
formação e a segurança
dos motociclistas
profissionais.
REGULAR
De nada adianta
aumentar os valores das
multas se a fiscalização
continua ruim. As
multas já são altas
para desestimular as
infrações.
RUIM
Não tenho
conhecimento suficiente
para fazer juízo de valor,
mas penso que em geral
é ruim.
BOM
Apesar do aeroporto
JK não ter nível
internacional, no Brasil
ele pode ser considerado
um bom aeroporto.
BOM
Acho válido, só não
concordo com a atitude
que alguns motociclistas insistem em ter no
trânsito. Gostaria de
ver a legislação sendo
aplicada também a eles
com rigor.
RUIM
Já pagamos impostos
altos. Ninguém quer
pagar mais. Mas acho
que tem muito motorista
imprudente.
RUIM
Eu acho que a pessoa,
dependendo do delito,
não dever ter direito a
privilégio algum.
BOM
Apesar de o aeroporto ter
ficado muito bonito, acho
que é preciso refazer
algumas questões
estruturais lá, até
para a segurança dos
passageiros.
BOM
A atividade
desenvolvida pelos
motociclistas exige
treinamento e
atenção. Respeitar a
legislação de trânsito é
fundamental.
BOM
Infelizmente, no Brasil
temos mais de 50
mil mortes por ano.
Investir em educação
e fiscalização é
fundamental.
BOM
Estudos têm apontado
que a união de pessoas
nos presídios contribui
para a ressocialização
dos presos.
BOM
Brasília precisava de um
aeroporto moderno e na
situação atual ela em
breve irá se tornar um
“hub”.
BOM
Acredito que sempre foi
profissão de risco, só
faltava regulamentar
isso. Muitos são
irresponsáveis, colocam
em risco tanto a vida
deles quanto a nossa.
REGULAR
Acredito que o aumento
foi abusivo e não vemos
o retorno das multas nas
ruas, como manutenção
das vias, conserto dos
semáforos.
BOM
É um direito de todos. Não
é porque está preso que
não pode ter o direito.
BOM
Achei a reforma
excelente. Pelo menos
uma coisa funciona
neste País.
Casamentos
em presídios
Aeroporto JK é
o segundo mais
bem avaliado
18/11/10 11:29
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