Aplicações de água reutilizada

Transcrição

Aplicações de água reutilizada
APLICAÇÕES
Maria Helena F. Marecos do Monte
REUTILIZAÇÃO DE AGUAS
RESIDUAIS TRATADAS
HM
1
Principais aplicações da utilização de
águas residuais tratadas
 Rega agrícola
 Rega paisagística
 Reciclagem e
reutilização industrial
 Recarga de aquíferos
 Utilizações recreativas
e ambientais
 Utilizações urbanas
não-potáveis
 Utilização indirecta ou
directa para fins
potáveis
HM
2
Marcos históricos da reutilização da água
1890 Cidade do México – Construção de canais de drenagem para
rega agrícola
1912 Golden Gate Park – rega de relvados/lagos
1926 Grand Canyon National Park – descarga de autoclismos
1942 Bethlehem Steel Co. Baltimore - arrefecimento de metais
1961 Irvine Ranch Water District – rega urbana
1969 Windhoek, Namibia – reforço de água para abastecimento
público
1969 Wagga Wagga, Australia – rega paisagística
1977 Dan Region Project, Israel – recarga de aquíferos
1984 Tokyo Metro Government Japan - descarga de autoclismos
1989 Costa Brava, Spain – rega de campos de golfe
HM
3
Principais factores condicionantes da
reutilização de águas residuais tratadas - 1
Aplicação
Rega
agrícola
Condicionantes
Viveiros de árvores e plantas
Necessidade de zona tampão
Culturas alimentares, forragens, cereais,
fibras
Comercialização das culturas
Protecção contra as geadas
Saúde pública
Controlo dos aerossóis e
Silvicultura
Drenagem
Campos de golfe
Saúde pública
Faixas separadoras e margens de autoestradas
Controlo da desinfecção
Rega
Parques públicos
paisagística
Campus escolares
Aceitação pública
Controlo dos aerossóis
Drenagem
Cemitérios
Ligações cruzadas com rede de
Jardins residenciais
água potável
HM
4
Principais factores condicionantes da
reutilização de águas residuais tratadas -2
Aplicação
Condicionantes
Água de arrefecimento
Lavagem de equipamento
Indústria
Combate contra incêndio
Construção pesada
Aerossóis
Ligações cruzadas com rede de água potável
Incrustações, corrosão, filmes biológicos
Água de processo
Recarga
de
aquíferos
Reforço dos aquíferos
Disponibilidade de locais
Barreira contra a intrusão
Contaminação das águas subterrâneas
Aumento do teor de SDT
Salina
Armazenamento
Efeitos toxicológicos devidos a compostos
orgânicos
HM
5
Principais factores condicionantes da
reutilização de águas residuais tratadas -3
Aplicação
Condicionantes
Lagos e lagoas artificiais
Usos
recreativos
e
ambientais
Eutrofização
Reforço do caudal de cursos de água
Reforço de zonas húmidas
Toxicidade para a vida aquática
Neve artificial
Descarga de autoclismos
Fontes e jogos de água ornamentais
Lavagem de veículos
Usos
urbanos não
potáveis
Ligações cruzadas com rede de água
Lavagem de ruas
potável
Lavagem de contentores de RSU
Incrustações, corrosão, filmes biológicos
Combate a incêndios
Aceitação pública
Varrimento de colectores
Saúde pública
Fusão de neve
Condicionamento de ar
HM
6
Factores mais importantes a considerar na
selecção da(s) aplicação(ões) para reutilização
de ART
 A qualidade das ART, o que depende do seu nível do
tratamento;
 O tipo de tecnologia associado ao tratamento das AR;
 O equilíbrio entre a procura e a oferta de água para reutilizar,
ou seja, entre o volume de água necessário para determinada
utilização e o volume disponível de ART;
 As infra-estruturas necessárias à concretização da reutilização,
como reservatórios para armazenamento e sistemas de
transporte e distribuição;
 A sustentabilidade económico-financeira do projecto de
reutilização;
 A mitigação dos impactes ambientais associados à
reutilização.
HM
7
Consumo de água na agricultura
Consumo de água nos
EUA
Agricultura
Consumo de água em
Portugal
Outros sectores
Agricultura
HM
Outros sectores
8
Exemplos de casos de reutilização
de ART para rega agrícola
Exemplo de caso
Monterey, California
Cidade do Mexico
Clermont Ferrand, França
Emilia Romagna
Itália
Vitoria,
País Basco, Espanha
Drarga, Marrocos
Região Dan e Projecto
Kishon, Israel
Kuwait
Taiyuan,
China
Virginia
Australia
Aplicação
1,5 mil m3/d aplicados na rega de hortícolas, num projecto de
Investigação e Desenvolvimento (I&D) de 10 anos.
45 a 300 m3/s de águas residuais são reutilizados na rega de 85 mil ha de
culturas agrícolas.
500 mil m3/d de efluente secundário afinado em lagoas de maturação e
por desinfecção são reutilizados na rega de 750 ha de milho
1250 m3/d de efluente do tratamento das águas residuais de Castiglione,
Cesena, Casenatico, Cervia e Gatteo são reutilizadas na rega de 400 ha
de área agrícola
35 mil m3/d de águas residuais tratadas são reutilizadas para rega
agrícola.
As águas residuais de uma população de 10 mil habitantes são tratadas
em lagoas de estabilização e reutilizadas para rega agrícola
O volume de águas residuais reutilizadas representa 20% da água
utilizada na rega agrícola.
10% das águas residuais tratadas (tratamento terciário) são reutilizadas
na rega agrícola e paisagística. 25% da área agrícola é regada com água
reutilizada.
500 mil m3/d de efluente secundário proveniente de 7 ETAR é reutilizado
após recarga do aquífero nas lagoas do Rio Fen,
120 mil m3/d de efluente
armazenado no solo distribuído a 250
HM
9
agricultores para rega agrícola.
Reutilização de ART para rega agrícola
 Qualidade da água de
rega
Qualidade
da água
 Requisitos agronómicos
 Características que
afectam favorável ou
adversamente o
biossistema solo-planta
(Tratamento das
AR)
 Requisitos sanitários
Método
de rega
 Microrganismos patogénicos
 Compostos químicos
Tipo de
culturas
 Impactes ambientais
 Custo das infraestruturas
HM
10
Características das AR que mais afectam o
biossistema solo-planta
Característica
Parâmetro de avaliação
Efeito
SDT
A elevada salinidade prejudica o bom desenvolvimento de
Salinidade/Sais
Condutividade eléctrica
muitas plantas; alguns iões podem ser tóxicos para as
inorgânicos dissolvidos
Iões específicos (Na, Ca, Mg, Cl, B,
plantas (Na, B, Cl); o Na pode induzir problemas de
SO4, HCO3)
permeabilidade no solo.
Concentrações elevadas de SST podem provocar
Sólidos em suspensão
SST (SSF+SSV)
entupimentos nos equipamentos de rega.
Em efluentes tratados o teor de matéria orgânica em geral
Matéria
orgânica CBO, CQO
não causa problemas.
biodegradável
específicos
(fenóis, Resistem aos processos convencionais de tratamento.
Compostos
orgânicos Compostos
pesticidas,
hidrocarbonetos
Alguns são tóxicos a sua presença pode ser limitativa da
refractários
halogenados)
utilização do efluente para rega.
São nutrientes essenciais para o crescimento das plantas
N (N-org+ N-NH4+N-NO2+N-NO3)
a sua presença normalmente valoriza a água de rega.
P,
K
Quando aplicados no solo em quantidades excessivas
Nutrientes
podem induzir a poluição das águas subterrâneas e
superficiais.
O pH das águas residuais afecta a solubilidade dos metais
Actividade
pH
e a alcalinidade do solo.
hidrogeniónica
Alguns acumulam-se no solo ou nas plantas e são tóxicos
Elementos específicos (Cd, Cr, Cu,
Metais pesados
para as plantas e animais podem constituir factor limitante
Fe, Hg, Ni, Zn)
à utilização de águas residuais.
Teores excessivos de cloro livre podem causar
Cl livre
Cloro residual
queimaduras nas folhas. O cloro combinado não causa
Cl combinado
problemas.
Coliformes
fecais
Microrganismos
Helmintas
Transmissão de doenças
patogénicos
Organismos indicadores
HM
11
Salinidade
 Ce (dS/m, mmho/cm)
 SDT
 Na+, Ca2+, Mg2+, Cl-, HCO3, B3+
Ce (dS/m) x 640 = SDT (mg/L)
SDT (mg/L) x 1,56 x 10-3 = Ce (dS/m)
RNa 
Na 
Ca   Mg 
2
HM
12
Determinação da
salinidade da água do solo
Para
20% <FAL < 30%:
Ceas = 3 Cea
Ces = 1,5 Cea
Ceas = 2 Ces
HM
13
Efeito da Ce e da RNa da água sobre
a taxa de infiltração do solo
HM
14
Zona de acumulação
de sais no solo em
função do método de
rega
Controlo da salinidade
Tipo de rega
DR 
ET
1  FAL
 Drenagem do solo
 Selecção de culturas
HM
15
Controlo da salinidade a curto prazo
 Nivelação cuidadosa do
terreno;
 Calendarização
adequada das regas;
 Escolha do método de
rega que menos
prejudique as culturas;
 Outras técnicas, das
quais o agricultor deve
possuir o saber ou
receber a formação
adequada.
 Tolerância das culturas
à salinidade
 Ce < 0,7 dS/m
Não há quebra de
produção
 0,7 dS/m < Ce< 3 dS/m
Culturas moderadamente
tolerantes à salinidade
 Ce> 3 dS/m
Culturas tolerantes à
salinidade
HM
16
Classificação das plantas relativamente à
tolerância à salinidade da água de rega
HM
17
Nutrientes
MACRONUTRIENTES








MICRONUTRIENTES








Azoto (N)
Fósforo (P)
Potássio (K)
Cálcio (Ca)
Magnésio (Mg)
Enxofre (S)
Cloro (Cl)
Silício (Si)
HM
Ferro (Fe)
Manganês (Mn)
Zinco (Zn)
Cobre (Cu)
Alumínio (Al)
Cobalto (Co)
Molibdnénio (Mo)
Boro (B)
18
Mineralização do azoto orgânico
 Aminização - transformação de compostos orgânicos azotados, por acção
de microrganismos heterotróficos, em formas azotadas mais simples, mas
ainda não utilizáveis pelas plantas, como os aminoácidos;
 Amonificação - transformação, por acção de microrganismos heterotróficos,
dos produtos da aminização em compostos amoniacais (assimiláveis pelas
raízes de algumas plantas);
 Nitrificação - oxidação dos compostos amoniacais sucessivamente a
nitritos e a nitratos, por acção de bactérias autotróficas, conjuntamente
designadas por nitrificantes, e cujos géneros mais importantes são as
Nitrosomonas e Nitrobacter;
 Desnitrificação - em condições de anaerobiose, como as que ocorrem em
solos encharcados, os nitratos podem ser reduzidos, por acção das
chamadas bactérias desnitrificantes, a compostos azotados voláteis ou
pouco solúveis na água do solo, de onde se evolam para a atmosfera. O
produto final mais importante da desnitrificação é o azoto molecular N2. Os
géneros mais importantes de bactérias desnitrificantes são as
Pseudomonas, Bacillus, Micrococcus, Achromobacter e ainda Thiobacillus
HM
19
desnitrificans.
Impactes do excesso de N na
água de rega
 Percolação de iões
NO2- e NO3 Poluição das águas
subterrâneas
 “Luxury uptake”
 Retardar do
amadurecimento
 Ervas daninhas
HM
20
Microelementos e elementos tóxicos








 Os limites entre os estados de
carência, nutrição adequada e
toxicidade são muito estreitos,
principalmente no que se
refere ao B e ao Mo.
Ferro (Fe)
Manganês (Mn)
Zinco (Zn)
Cobre (Cu)
Alumínio (Al)
Cobalto (Co)
Molibdénio (Mo)
Boro (B)
 Cloro e sódio
 Revelação de toxicidade:
 Tempo de exposição
 Concentração na água de
rega
 Quantidade de água
absorvida
 Sensibilidade da planta
HM
21
Concentração de microelementos em
ART
Concentração média em
efluentes secundários
(mg/L)a
Concentração média em
efluentes secundários em
Portugal
(mg/L)b
Concentração máxima.
recomendada em água de rega
(mg/L)c
Alumínio (Al)
0,1 – 2,0
SD
5,0
Arsénio (As)
0,003
0,0059
0,1
Berílio (Be)
0,01 – 0,02
SD
0,1
0,3 – 1,8
0,76
0,5 – 2,0
Cádmio (Cd)
0,004 – 0,14
0,0021
0,01
Chumbo (Pb)
0,05 – 1,27
0,021
5-0
<0,03
0,05
Elemento
Boro (B)
Cobalto (Co)
Crómio (Cr)
0,02 – 0,7
< 0,02
0,1
Cobre (Cu)
0,02 – 3,36
0,125
0,2
Estanho (Sn)
SD
Ferro (Fe)
0,9 – 3,54
0,311
5,0
Flúor (F)
0,05 – 0,7
SD
1,0
SD
2,5
Lítio (Li)
Manganês (Mn)
0,11 – 0,14
0,058
0,2
Molibdénio (Mo)
0,001 – 0,02
0,002
0,01
Níquel (Ni)
0,002 – 0,105
0,073
0,2
0,01 – 0,02
SD
0,02
Titânio (Ti)
SD
SD
Tungsténio (W)
SD
SD
Selénio (Se)
Vanádio (V)
Zinco
0,05 – 0,1
0,030 – 8,30
0,01
HM
0,130
2.0
22
Vias de transmissão de
patogénicos na rega com ART
HM
23
Persistência de patogénicos
Tempo de sobrevivência (dia)
Patogénico
Vírus a
Enterovírus b
Bactérias
Coliformes fecais a
Salmonella spp. a
Shigella spp. a
Vibrio cholerae c
Protozoários
Cistos de E.histolytica
Helmintas
Ovos A. lumbricoides
Águas residuais
Plantas
Solo
< 120, mas geralmente < 50
< 60, mas geralmente < 15
< 100, mas geralmente <
20
< 60, mas geralmente < 30
< 30, mas geralmente < 15
< 70, mas geralmente <20
< 60, mas geralmente < 30
< 30, mas geralmente < 15
70, mas geralmente < 20
< 30, mas geralmente < 10
< 10, mas geralmente < 5
< 20, mas geralmente < 10
< 30, mas geralmente < 10
< 5, mas geralmente < 2
< 30, mas geralmente < 15
< 10, mas geralmente < 2
< 20, mas geralmente < 10
Vários meses
< 60, mas geralmente < 30
Vários meses
HM
24
Rega gota-a-gota
HM
25
Rega por microaspersão e por sulcos
HM
26
Rega por aspersão
HM
27
Planeamento da rega

Dotação de rega - volume
anual de água aplicada por há
para desenvolver uma cultura
 A necessidade de água para
rega não é constante ao longo
do ano.
 Compatibilização entre a
procura de águas residuais
para reutilizar na rega e a
oferta dos efluentes das
ETAR.
 Armazenamento em
reservatórios.
ET
DR 
1  FAL
HM
28
Metodologias de controlo dos SRART
para rega agrícola
Minimização dos impactes
ambientais
Impactes ambientais
 Solo
 Método de rega
 Sodicização – redução da
capacidade de infiltração
 FAL
 Águas subterrâneas
 Drenagem do solo
 Salinização
 Faixa de protecção em
 Plantas
 Toxicidade
torno do perímetro de rega
Consequência:
Redução da produção
HM
29
Metodologias de controlo dos SRART
para rega agrícola
Minimização dos impactes
sanitários
Impactes sanitários
 Contaminação :
 Minimização de contacto
das plantas com águas
de rega
 Selecção de plantas cuja
parte consumível não
contacta com a água de
rega.
 Culturas
 Solo
 Águas subterrâneas
Consequência:
Riscos de saúde pública e
animal
HM
30
Reutilização de ART para
rega paisagística
Exemplo de caso
St. Petersburg, Florida
El Paso, Texas
El Dorado Hills, California
Chipre
Irvine Ranch Water District,
California
Denver, Colorado
Consorci de la Costa Brava,
Catalonia, Espanha
Sainte-Maxime, França
Aplicação
Cerca de 40 milhões de m3/ano reutilizados na rega de espaços
verdes residenciais e comerciais e de campos de golfe. O
projecto inclui também reutilização para combate a incêndios em
zonas não residenciais.
Rega de campos de golfe, parques municipais e recintos
escolares com efluentes secundários e terciários.
58 mil m3/d aplicados na rega de jardins residenciais e 2 campos
de golfe
60% do volume de águas residuais produzidas nas cidades de
maior dimensão são reutilizadas na rega de jardins, parques,
recintos de hotéis, campos de golfe.
41 milhões de m3/ano reutilizados para rega de parques, campos
de golfe e outros campos desportivos, recintos escolares.
41 milhões de m3/ano para rega de parques, campos de golfe,
recintos escolares.
5,7 milhões de m3/ano (15% das águas residuais produzidas)
reutilizados em 13 projectos, na rega de campos de golfe, rega
de espaços verdes urbanos, rega agrícola, recarga de aquíferos.
10000 m3/d de efluente terciário reutilizado na rega de campo de
golfe.
HM
31
Características de qualidade química de ART
importantes na reutilização para rega
paisagística
 Os requisitos de qualidade das
águas residuais a utilizar na
rega paisagística são análogos
aos da rega agrícola.
 A salinidade é a característica
mais relevante.
 As plantas seleccionadas para
um projecto paisagístico,
devem ser pelo menos
medianamente tolerantes à
salinidade
 Boro
 Compostos
geradores de odor
 SO4= > 50 mg/L
 CQO > 20 mg/L
HM
33
Riscos sanitários em SRART para rega
paisagística
 Exposição humana à água de rega e

contacto com plantas e superfícies
molhadas pela mesma;
 Espaços paisagísticos de acesso sem
restrições
 Parques públicos;
 Relvados de campos desportivos;
 Espaços verdes de ornamentação paisagística
em instalações públicas e comerciais;
 Jardins de residências individuais e
multifamiliares;
 Campos de golfe.
Ligações cruzadas entre
os sistemas de
abastecimento de água
de rega e de água para
consumo humano.
 Espaços paisagísticos de acesso
limitado:
 Faixas laterais e separadoras de auto-estradas;
 Espaços verdes de ornamentação paisagística
em instalações industriais;
 Cemitérios.
HM
34
Metodologias de controlo dos
SRART para rega paisagística
 Água de rega com qualidade
microbiológica adequada
 Tratamento apropriado
 Operação fiável
 Minimização da exposição
humana aos factores de risco.
 Gestão do processo de rega
 Minimização do contacto da água
de rega com os operadores de rega
e com o público em geral
 Evitar os métodos que originam a
formação de aerossóis
 Execução das regas durante a noite
 Estabelecimento de restrições de
acesso, como a vedação de canteiros
regados com ART
Água reutilizada
HM
35
Campos de golfe
 Sistema de
distribuição de água
 Reservatórios de
armazenamento
(lagos)
 Sistema de rega
(aspersão)
 Tee - zona onde se dá a tacada inicial para o
buraco
 Sistema de
 Green – zona do buraco (4 mm)
 Fairway – zona entre o tee e o green (1,5 cm)
drenagem
 Bunker – zona de protecção do green
 Rough - relvado envolvente
HM
36
Tolerância de relvados à salinidade
CE da água de rega
(dS/m)
Espécies de relva
Tolerância
Synodon dactlylon
Zoysia spp.
Agrostisstolonifera
3–8
Festuca arundinacea
Tolerante
Lolium perene
Festuca rubra var. tricophilla
Festuca rubra var. rubra
Festuca rubra var. commutata
0,7 – 3
Festuca ovina
Medianamente
tolerante
Agrophirum smithii
Poa pratensis
Poa trivialis
0,7
Poa annua
Agrotis tenuis
HM
Sensível
37
Reutilização de ART na indústria
 Indústrias grandes
 Construção ou beneficiação de:
 Instalações de tratamento
eventualmente necessário para
possibilitar a reutilização; sistemas
de distribuição; reservatórios de
armazenamento;
consumidoras de água:
 Centrais energéticas
 Pasta de papel e papel
 Refinarias de petróleo
 Têxtil
 Extracção de minérios
RECICLAGEM
 Gestão eco-eficiente
 Vantagens económicas
 Benefícios ambientais
 Aquisição e reabilitação de
equipamentos electromecânicos;
 Custos de O&M, incluindo
consumíveis e gestão de
resíduos (lamas, concentrados
de sais, por exemplo);
 Custos de pessoal ;
 Controlo de qualidade do
efluente
HM
38
Requisitos de qualidade de ART
para reutilização industrial
 Requisitos de
qualidade específicos
de cada indústria
 Prevenção de:
 Corrosão
 Inscrustação
 Protecção da saúde
pública
HM
39
Avaliação da tendência corrosiva ou
incrustante da água
 Teores elevados em SS;

 Ferro, cálcio e magnésio;
 Sulfatos e sulfureto de
hidrogénio;
 Compostos orgânicos, OD e
IR
amónia.
4<IR<5
 Índice de Langelier
IL= pHA – pHS
Índice de Estabilidade
de Ryznar
IR= 2pHS – pHA
Estabilidade da água
Fortemente incrustante
5<IR<6
Ligeiramente incrustante
6<IR<7
Ligeiramente incrustante ou
corrosiva
7<IR<7,5
Significativamente corrosiva
7,5<IR<8,5 Fortemente corrosiva
IL> 0 – água incrustante
IL<0 – água agressiva
IR>8,5
HM
Extremamente corrosiva
40
Reutilização de ART na indústria do
papel
 Usos da água na
indústria




Processo de fabrico
Arrefecimento
Lavagem
Transporte de resíduos
(águas residuais industriais)
 Higiene do pessoal fabril
 Plano Nacional de
Prevenção de Resíduos
Industriais – PNPRI
1900
625 L/kg
1950
145 L/kg
2003
HM
70 L/kg
Recirculação = 1000%
41
Reutilização de ART na indústria têxtil
HM
42
Metodologias de controlo de
reutilização de ART na indústria
 Incrustação
 Corrosão
 Controlo de qualidade da água
 Controlo de qualidade da
 Precipitação química,
 Permuta iónica
 Osmose inversa ou outros
processos de membranas
 Adição de reagentes inibidores da
incrustação(EDTA, NTA,
polímeros ou sais de sódio).
água
 Materiais de protecção
 Resinas epoxy
 Películas de poliuretano
 Adição de inibidores de
corrosão
 Aplicação de campos
magnéticos
 Cromatos de Na e Zn
 Nitratos de Ca e K
 Fosfatos de Ca e Zn
 Biofilmes
 Protecção catódica
 Biocidas (glutaraldeído, sais
de NH4, NaOCl)
HM
43
Reutilização de ART para a
recarga de aquíferos
 Impedir
ou
atenuar
o
rebaixamento
do
nível
freático
em
zonas
de
escassez
de
águas
subterrâneas ou sujeitas a
elevada
pressão
de
extracção;
 protecção de aquíferos nas
zonas costeiras contra a
intrusão salina;
 armazenamento de água no
solo para utilização futura.
HM
44
Reutilização de ART para a
recarga de aquíferos
 Características
qualitativas de ART mais
importantes
 Microrganismos patogénicos,
nomeadamente os vírus entéricos
 Compostos orgânicos perigosos
 Produtos farmacêuticos e de
higiene pessoal
 POP
 Disruptores endócrinos
 Metais pesados
 Salinidade
HM
45
Métodos de recarga de aquíferos
HM
46
Aplicação dos diferentes métodos de
recarga de aquíferos
Parâmetro
Recarga directa
Recarga indirecta com
Recarga indirecta por
infiltração
furos de injecção
Tipo de aquífero
Confinado e livre
Livre
Livre
Ponto de injecção
Zona saturada
Zona não saturada
Zona não saturada
Tratamento a montante
Secundário, terciário e
de afinação
Secundário
Secundário 1)
Taxa de aplicação
2 000 – 6 000 m3/furo.d
1 000 – 20 000 m3/ha.d
1 000 – 3 000 m3/furo.d
Disponibilidade de
terreno
Baixa
Elevada
Baixa
Tempo de vida médio
(anos)
25 – 50
> 100
5 – 20
Manutenção
Desinfecção e
rebaixamento de nível
Remoção de lamas e
de vegetação morta
Limpeza e desinfecção
HM
47
Reutilização de ART para usos
recreativos e ambientais
Aplicações recreativas
 Lagos de recreio
Aplicações ambientais
 Aumento de caudal de
cursos de água
 Zonas húmidas
 Arranjos paisagísticos de
empreendimentos urbanos
 Lagos de armazenamento
em campos de golfe
 Pesca
 Náutica
 Banho
 Criação ou recuperação de
habitates
HM
48
Requisitos de qualidade de ART para
reutilização em usos recreativos e ambientais
 Restricto
o piscícola
SST
Turvação
Coliformes fecais
Metais pesados
 Não restrito
Cloro residual
 Uso ambiental
NH4
 Salvaguarda dos
ecossistemas
OD
Usos ambientais
 Salvaguarda da saúde
pública
Requisitos de qualidade
Usos
recreativos
 Uso recreativo
pH
 Evitar descargas de
substâncias tóxicas para o
biota (cloro, NH4,..)
HM
49
Reutilização de ART para usos
urbanos não potáveis











Combate a incêndios;
Descarga de autoclismos;
Construção pesada;
Varrimento de colectores;
Lavagem de pavimentos, passeios e vias;
Lavagem de espaços e equipamentos de apoio à construção;
Humedecimento do solo em obras de terra;
Produção de materiais de construção (e.g. cimento e estuque);
Fontes e espelhos de água;
Sistemas de ar condicionado;
Lavagem de equipamentos e meios de transporte (veículos,
comboios e aviões).
 Fusão de neve.
HM
50
Reutilização de ART para
descargas de autoclismos
 Descargas de
autoclismos
 40% do volume de água
utilizado no interior das
habitações é destinado a
descarga de autoclismos;
 Em edifícios comerciais e
públicos chega a atingir
90% do consumo total de
água.
Tóquio: > 3000 edifícios com
rede predial de abastecimento
de água dupla.
HM
51
Reutilização de ART para
lavagem de veículos e construção pesada
HM
52
Combate a incêndios
HM
53
Controlo de SRART para usos urbanos
não potáveis
 Necessidade de tratamento de afinação, armazenamento e
transporte
 Sinalética adequada
 O&M das redes duplas
 Sistemas de controlo da pressão
 Pontos de recloragem
 Monitorização da qualidade
 Operação dos reservatórios
 Monitorização da qualidade das ART
 Função da aplicação
HM
54

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