2014
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ENQUADRAMENTO ·~ ; i MARIO SOARES 1. ENQUADRAMENTO 1.1. CARACTERIZA<;AO DA FUNDA<;AO A Fundacao Mario Soares, e uma pessoa colectiva de direito privado, sem fins lucrativos instituida por escritura publica em 12 de Setembro de 1991 e reconhecida em 23 de Dezembro de 1991 pela Portaria n." 23/92, de 23 de Dezembro de 1991, publicada no Diario da Republica n." 16, II Serie, de 20 de Janeiro de 1992. Foi declarada de utilidade publica ao abrigo do decreto-Lei n." 460/77, de 7 de Novembro, por Despacho do Primeiro - Ministro de 25 de Setembro de 1992, publicado no Diario da Republica n." 234, II Serie, de I 0 de Outubro de 1992, estatuto este confirmado pelo Despacho do Secretario de Estado da Presidencia do Conselho de Ministros, n." 1921, de 14 de Janeiro de 20 l 3, publicado no Diario da Republica n." 23, Ila Serie, de 1 de Fevereiro de 2013, passando a reger-se pelo disposto na Lei-Quadro das Fundacoes, aprovada pela Lei n." 24/2012, de 9 de Julho. Os seus Estatutos originais foram publicados no Diario da Republica n." 294, III Serie, de 22 de Dezembro de 1995 e os resultantes da primeira e unica modificacao, em 2004, no Diario da Republica n." 164, III Serie, de 14 de Julho de 2004. 1.2. FINS E OBJECTIVOS A Fundacao tern por fim realizar, promover e patrocinar accces de caracter cultural, cientffico e educativo nos dominios da ciencia politica, da hist6ria contemporanea, <las relacoes internacionais e dos direitos humanos. Sem prejuizo da realizacao dos seus fins especificos, e tendo como norma permanente de actuacao a cooperacao com os departamentos culturais e educacionais <las Administracoes central, regional e local e de outras pessoas colectivas de utilidade publica, designadamente universidades, a Fundacao podera desenvolver outras actividades, e nomeadamente: constituir e organizar o arquivo pessoal do Dr. Mario Soares e todos os outros que ai sejam incorporados; constituir e montar uma biblioteca especializada nas areas da ciencia politica, da hist6ria contemporanea, <las relacoes internacionais e dos direitos humanos; manter a Casa - Museu . Centro Cultural Joao Soares; promover e realizar accoes de formacao e de debate, de fomento cultural e de divulgacao; realizar, promover ou patrocinar actividades editoriais; promover o desenvolvimento de estudos europeus e estimular a cooperacao cultural e cientifica entre Portugal e os paises africanos lus6fonos, o Brasil, a India (Goa), a Regiao Administrativa Especial de Macau e a Republica de Timar - Leste. Cjfl. '' I! l ·, MARIO SOARES 1.3 NOTA INTRODUTORIA A Fundacao Mario Soares desenvolveu em 2014 um conjunto de actividades que, no persistente contexto de depressao econ6mico-financeiro em que tiveram lugar, os seus orgaos entenderam ser adequadas a realizacao dos fins e objecto estatutarios, dando designadamente expressao ao exercicio de uma cidadania activa e continuidade a accao de preservacao da mem6ria hist6rica do Portugal contemporaneo, incluindo a decorrente do relacionamento com os paises e regioes de lingua oficial portuguesa. De entre as iniciativas e actividades realizadas pela Fundacao e sem prejuizo da mencao detalhada <las mais relevantes que e feita ao longo do presente Relat6rio, destacam-se as seguintes: - Cicio de conferencias "Vidas com sentido", com o qual a Fundacao Mario Soares tomou a iniciativa de, atraves <las sessoes que vem realizando desde 2013, evocar a mem6ria de um conjunto de Homens e Mulheres ja falecidos que, pelos seus ideais, postura civica e politica e combates em que se empenharam, souberam dar sentido as suas vidas, fazendo destas um exemplo de cidadania democratica; - Realizacao da l 6a edicao do Premio Fundacao Mario Soares, a que a Fundacao EDP tern querido associar-se desde 2011, instituido com o fim de galardoar autores, ate aos 35 anos de idade, de dissertacoes academicas ou de outros trabalhos oriundos das diversas disciplinas <las ciencias sociais, contribuindo para a investigacao e estudo da realidade hist6rica portuguesa no seculo XX. 0 Arquivo & Biblioteca prosseguiu a actividade permanente de tratamento dos acervos documentais e fotograficos relevantes para o conhecimento da hist6ria conternporanea que foram doados a Fundacao ou confiados a guarda, hem como a sua consequente divulgacao atraves, nomeadamente, do portal casacomum.org. Paralelamente, e nao obstante ter-se mantido em 2014 a reducao para metade do montante do apoio anual previsto na adenda ao Protocolo de Cooperacao celebrado com o Ministerio dos Neg6cios Estrangeiros para vigorar ate Dezembro de 2014, o Arquivo & Biblioteca levou a efeito as iniciativas previstas no piano anual de cooperacao com os paises lus6fonos. Destacam-se os projectos plurianuais em desenvolvimento em Caho Verde, relativos a criacao de uma base de dados do Centro de Documentacao Hist6rica sobre o Campo de Concentracao do Tarrafal em suporte digital e a colaboracao com o Arquivo Hist6rico Nacional, na Guine-Bissau, no ambito dos trabalhos de instalacao do Memorial da Escravatura e do Trafico Negreiro, no Cacheu, e com o INEP, em Sao Tome e Principe, com o respectivo Arquivo Historico Nacional, e em Timor-Leste, no Arquivo & Museu da Resistencia Timorense, casos em que o envolvimento e colaboracao da Fundacao Mario Soares assumiram assinalavel relevo. Para alem da prossecucao <las actividades que caracterizam os seus fins pr6prios, o Arquivo & Biblioteca assumiu nao apenas a organizacao de varias outras iniciativas da Fundacao de que o ciclo "Vidas com sentido" e as exposicoes realizadas na Fundacao sao expressao, como tambern tern vindo a prestar apoio permanente a todos os trabalhos de preparacao da instalacao do futuro Museu do Aljube =Resistencia e Liberdade, em resultado da colaboracao activa com a Camara Municipal de Lisboa e varias outras entidades. 2 ' : [ '\ MARIO SOARES A Casa-Museu . Centro Cultural Joao Soares, sita em Cortes, polo da Fundacao no concelho de Leiria, desenvolveu o conjunto de actividades que se propos realizar em 2014, apesar do escasso numero de recursos humanos que lhe esta afecto - quadro este agravado nesse ano pela perda do concurso inovador do seu Coordenador, Dr. Jorge Estrela, e, posteriormente, com o seu tragico falecimento. Importa tambem referir que as dificuldades decorrentes desta situacao foram acrescidas da reducao muito significativa do montante do apoio anteriormente atribuido pela Camara Municipal de Leiria a actividade da Casa-Museu, que, desde 2013, passou a ser concedido no regime de cofinanciamento, em funcao de um exigente processo de apresentacao e seleccao de candidaturas. De entre as muitas iniciativas realizadas, salientam-se: - a continuacao da exibicao da exposicao "Viagem de Cosme III de Medicis em Portugal no ano de 1669", da autoria do Dr. Jorge Estrela e considerada por Vitor Serrao, Professor Catedratico da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, " ... uma exposicao rara, de visita obrigatoria portanto" e que a seu ver "deveria ser vista em Lisboa pois tern um alcance cultural muito vasto ... "; - a exposicao "Rostos da Revolucao", comemorativa dos 40 anos do 25 de Abril; - o programa de visitas escolares a exposicao permanente "Seculo XX Portugues - Os Caminhos da Democracia - Joao Soares/Mario Soares", em aplicacao desde 1997; - as actividades promovidas pelos Services Educativos da Biblioteca Joao Soares, nucleo central da programacao dirigida as criancas e jovens da comunidade escolar das freguesias de Cortes e das comunidades adjacentes. Merecem ainda referencia as intervencoes de representantes da instituicao em varias iniciativas organizadas por entidades terceiras adiante reportadas e designadamente as que foram protagonizadas pela pessoa do seu Presidente. Dada a situacao econornica e financeira do pais, os subsidios para financiamento das actividades da Fundacao diminuiram significativamente em 2014, o que acarretou um resultado negativo. Nao obstante, a Fundacao nao diminuiu a sua actividade, tendo executado pontualmente todas as iniciativas e programas planeados e cumprido todos os seus fins estatutarios, E ainda de salientar que, apesar a diminuicao dos subsidios e a execucao das actividades planeadas, o patrim6nio da Fundacao continuou a ser objecto de uma gestao atenta e prudente, mantendo no final do exercicio de 2014 o mesmo nivel de valor do ano transacto. 3 ARQUIVO & BIBLIOTECA i : ; ·~' MARIO SOARES 2. ARQUIVO & BIBLIOTECA 2.1 ACTIVIDADES DO ARQUIVO As orientacoes tracadas para o Arquivo & Biblioteca da Fundacao Mario Soares incidiram, em 2014, em quatro vertentes essenciais: • Reforcar a sua capacidade tecnica; • Recuperar atrasos registados no tratamento de alguns esp61ios; • Participar em iniciativas com diferentes parceiros; • Prosseguir a cooperacao internacional. Nestes termos, definiram-se com especial cuidado as prioridades a executar, a capacidade de desempenho do quadro de pessoal existente e as possibilidades de recorrer, quando possivel, a services externos de digitalizacao. Do mesmo modo, equacionaram-se necessidades mais urgentes de equipamento, tendo em vista garantir a seguranca dos diferentes projectos em que se tern vindo a trabalhar. Como resultado destas orientacoes, foi possivel migrar para o actual sistema informatico toda a informacao que fora tratada na antiga solucao Fortis, permitindo, deste modo, preservar toda essa informacao e, ao mesmo tempo, trata-la de acordo com as regras entretanto desenvolvidas no Arquivo & Biblioteca. Com efeito, o sistema informatico desenvolvido intemamente (conjugando a unidade de trabalho com a unidade para a internet) tem-se revelado de grande estabilidade e utilidade - estando hoje perfeitamente integrado no ciclo de producao corrente do Arquivo & Biblioteca e permitindo acolher e incorporar os mais diversos formatos, estando criadas as rotinas necessarias. E certo, no entanto, que a massa de inforrnacao acumulada carecia de medidas que permitissem assegurar, por um lado, a sua gestao em tempo util e, por outro, garantissem a capacidade de c6pias de seguranca permanentemente actualizadas - esta foi uma das tarefas mais exigentes a que se procedeu durante este ano, estando hoje resolvida com estabilidade. No decurso do ano, foram ainda desenvolvidas novas ferramentas, de que se destaca a listagem de documentos seleccionados em casacomum.org: podem os nossos utilizadores recorrer a uma ferramenta de listagem de documentos por si seleccionados. Para tal, basta clicar no alfinete colocado junta de cada documento, sendo os respectivos dados incluidos numa lista, que apresenta, do lado esquerdo, a hip6tese de imprimir e, tambem, a de guardar. Procedeu-se tambem, internamente, a adaptacoes suscitadas pela utilizacao do sistema informatico, visando a sua melhoria permanente. Importa registar, ainda neste ambito essencialmente tecnico, que o Arquivo & Biblioteca desenvolveu neste ano diversas solucoes em parceria com outras entidades, de que se destacam: 5 o/7· MARIO sO'ARES • 0 desenvolvirnento de urna aplicacao informatica autonoma para a Sala de Leitura do Arquivo & Museu da Resistencia Tirnorense, permitindo que, rnesmo corn dificuldades de utilizacao local da internet, OS leitores pudessern aceder a totalidades dos fundos arquivisticos do Arquivo da Resistencia Timorense. Saliente-se ainda a institucionalizacao pelo Conselho de Ministros da Republica Democratica de Timor-Leste do Arquivo & Museu da Resistencia Timorense, que criou novas condicoes para a prossecucao dos trabalhos de tratamento e disponibilizacao publica do Arquivo da Resistencia Timorense, encontrando-se ja online mais de 18.000 docurnentos, reunindo cerca de 120.000 objectos digitais. • A criacao, no ambito <las comemoracoes do 40.0 aniversario do 25 de Abril, de uma aplicacao que disponibilizou online documentos e inforrnacao permitindo aos leitores aprofundar o seu conhecimento dos acontecimentos que derrubaram o regime fascista, ap6s 48 anos de ditadura. Podem assim os leitores aceder a uma cronologia detalhada dos acontecimentos e conhecer os principais locais onde ocorreram e, tarnbern, ver algumas das fotografias essenciais dos dias 25 e 26 de Abril de 1974, da autoria de Alfredo Cunha, Carlos Gile Mario Varela Gomes; • E, no mesmo ambito, em colaboracao com a Camara Municipal de Lisboa, foram criados mecanismos de referenciacao geografica <las instalacoes de fotografias colocadas em pontos centrais de Lisboa. Importa aqui registar, precisamente, a participacao do Arquivo & Biblioteca na evocacao do 40.0 aniversario do 25 de Abril de 1974. 0 portal casacomum.org assumiu a sua responsabilidade, preparando textos, fotografias e uma cronologia <lesses dias de esperanca. Como entao se assinalou, Portugal viveu quase 50 anos em ditadura. Com censura, tribunais de excepcao, prisoes e deportacoes, tortura, assassinatos politicos, farsas eleitorais, uma policia politica omnipresente e impune, sendo os ultimos 13 anos marcados ainda pela guerra colonial. Por tudo isso, o 25 de Abril de 1974 foi um tempo de jubilo e sonho de realizacoes, Traduziu-se em Descolonizacao, Democracia, e Desenvolvimento. E, sobretudo, foi obra colectiva, que ultrapassou em muito os sonhos de cada um. Hoje, confinados a uma situacao de negacao diaria do que o pais e os cidadaos alcancaram nestes quarenta anos, importa, ainda mais, comemorar a Revolucao de Abril, seguros dos seus valores, nao apenas com referencia a Portugal mas tambem para todos os povos que estavam submetidos ao dominio colonial. Foi neste contexto que teve lugar a realizacao em Lisboa, no Teatro Nacional D. Maria II, do Congresso que assinalou o 40.0 aniversario da Revolucao, cuja organizacao envolveu a colaboracao, ja referida no capitulo anterior, de varias instituicoes e nomeadamente da Fundacao, com a participacao activa do Arquivo & Biblioteca. 2.2 TRATAMENTO DOCUMENTAIS E DIVULGA<;AO DE ACERVOS Ao nivel dos espolios documentais ja tratados e disponibilizados na internet, merecem especial destaque os seguintes: 6 MARIO • De acordo com a prograrnacao desenhada, colocamos SOARES a consulta o arquivo pessoal de Jose da Felicidade Alves, constituido por mais de 3.700 documentos, entregues a Fundacao Mario Soares pela sua viuva Elisete Alves, em estreita colaboracao com os seus amigos Abilio Tavares Cardoso e Joao Salvado Ribeiro. A 11 de Mar90 de 2014, procedeu-se a apresentacao publica do tratamento deste relevante arquivo pessoal; • Disponibilizamos tambem os primeiros 57 numeros do Diorio da Manha, jornal de "doutrina politica e de grande informacao", dirigido por Domingos Garcia Pulido. Iniciou a sua publicacao em 4 de Abril de 1931, afirmando-se "jornal republicano", "independente de seitas e faccoes, superior a intriga dos corrilhos e liberto de sectarismos de grupo", assumindo-se mais tarde como orgao da Uniiio Nacional, que fora constituida em 30 de Junho do ano anterior; • Foi aberta a consulta a docurnentacao de reunida por Monique Chajmowiez referente a correspondencia trocada em Pequirn com Viriato da Cruz, poeta, intelectual e um dos primeiros lfderes da luta de libertacao de Angola; • As Listas do MUD recuperadas e disponibilizadas em casacomum.org sao constituidas por um total de 2.605 listas numeradas, integrando 57 .131 assinaturas, recolhidas em menos de um mes de actividade do Movimento de Unidade Democratica, nas dificeis condicoes em que (nao) se exerciam em Portugal os mais elementares direitos civicos; Mantivemos a organizacao exacta das pastas que continham as referidas "Listas" e, embora com eventuais inconvenientes de rapidez de acesso, entendemos nao separar as respectivas folhas, indicando em cada pasta o numero de assinaturas delas constantes; • Celebrando o 45.0 aniversario do Arquivo Historico de Sao Tome e Principe, conseguimos disponibilizar documentacao que ilustra a enorme riqueza documental dos seus fundos, estando designadamente ja revista a coleccao do jornal Revolucdo ( 1975-1988). Em sirnultaneo, foi organizada em Sao Tome, nas instalacoes do AHSTP, uma exposicao evocativa da sua actividade; • Foi igualmente colocada online a gravacao da proclamacao unilateral da independencia de Timor-Leste, em 28 de Novembro de 1975, Iida por Xavier do Amaral, primeiro Presidente daquele pais; • Dando seguimento a um trabalho longo de tratamento do fundo do escritor Manuel Mendes, em colaboracao com o MNAC-Museu Nacional de Arte Conternporanea do Chiado, disponibilizamos documentos e fotografias; • Evocou-se ainda o inlcio da I Guerra Mundial, designadamente atraves de uma fotografia de grandes dimensoes de Verdun, a batalha mais mortifera dessa guerra - entre 21 de Fevereiro a 18 de Dezembro de 1916, os exercitos frances e alemao sofreram cerca de 970.000 baixas; 2.3 COOPERA<;AO INTERNACIONAL Em materia de cooperacao internacional, foram as seguintes as principais accoes levadas a efeito pelo Arquivo & Biblioteca da Fundacao Mario Soares no anode 2014: 7 1 MARIO SOARES r 1 Casa Comum Esta plataforma electr6nica, disponibilizada a partir de Janeiro de 2013, continuou a crescer em conteudos disponibilizados atraves dela, reunindo, designadamente, documentacao hist6rica referente a diversos paises de lingua oficial portuguesa. Por outro !ado, o ano de 2014 foi essencial no robustecimento tecnico do portal casacomum.org, tendo sido aumentada a sua capacidade e reforcados os sistemas de c6pias de seguranca - nao se tendo verificado, durante estes dois anos de funcionamento, nenhum problema tecnico ou de seguranca relevantes. Ao mesmo tempo, criaram-se modalidades de marcacao/seleccao de documentos e producao das respectivas listagens, fornecendo assim aos seus utilizadores um instrumento desenvolvido de referenciacao. Importa ainda sublinhar que foram desenvolvidos sistemas locais de descricao e indexacao (ja instalados em Timor-Leste e com instalacao prevista a breve trecho em Sao Tome e Principe e na Guine-Bissau), conferindo assim maior autonomia e, simultaneamente, capacidade de colaboracao aos diferentes parceiros. Trata-se hoje de uma plataforma estavel e de promissor desenvolvimento futuro. Caho Verde Com a assinatura, em 2013, do protocolo de colaboracao entre a Fundacao Amilcar Cabral e a Fundacao Mario Soares, e dando seguimento a colaboracao existente com o Arquivo Hist6rico Nacional, desenvolveram-se instrumentos de formacao de pessoal e de tratamento documental. Nesse sentido, a Fundacao Mario Soares ultimou tambem, entretanto, a base de dados do Centro de Documentacao Historica sobre o Campo de Concentracao do Tarrafal, em suporte digital. Infelizmente, por razoes burocraticas locais, nao ainda possivel proceder a sua plena utilizacao, embora esteja ja assegurado o seu funcionamento no portal casacomum.org. Do mesmo modo, foram desenvolvidos informaticamente os materiais de apoio ao programa "Rota das prisoes no mundo lus6fono". As actividades desenvolvidas representaram um esforco significativo do Arquivo & Biblioteca da Fundacao Mario Soares, sendo previsivel a sua pr6xima rentabilizacao, em reforco das multiplas accoes de cooperacao estabelecidas com diferentes entidades de Cabo Verde desde 2000. Assim, e especialmente, foram adquiridos materiais de conservacao, necessanos ao acondicionamento de especies documentais e, designadamente, de registos fotograficos em tratamento na FMS. Do mesmo modo, prosseguem os contactos com a Camara Municipal do Tarrafal no ambito da iniciativa "Rota das prisoes no mundo lus6fono", em que a FMS participou em 2013. Gulne-Bissau A dificil situacao em que a Guine-Bissau tern vivido levou a interrupcao temporaria das accoes de cooperacao mantidas com o INEP-Instituto Nacional de Estudo e Pesquisa, prevendo-se, no entanto, o seu reatamento no decurso de 2015, com a nomeacao de uma nova direccao para esse organismo. 8 : i i -, '. ~ : / \ :'. ,! MARIO SOARES Ainda assim, continuou, do nosso !ado, a insercao no portal casacomum.org de numerosa documentacao de origem colonial e pos-colonial tratada e digitalizada em Bissau, em especial da documentacao da antiga Secretaria dos Neg6cios Indigenas e do ex-"museu da Guine Portuguesa" - o que representa um significativo acrescimo da visibilidade daquela instituicao na internet, promovendo o crescente interesse de investigadores de diferentes nacionalidades. Por outro lado, verificou-se a necessidade de adquirir materiais de conservacao para acondicionar numerosas especies que se encontram em tratamento na FMS. A Fundacao Mario Soares prosseguiu, entretanto, a colaboracao com a ONGD AD-Ac<;ao para o Desenvolvimento no ambito da parceria estabelecida no projecto de recuperacao de um edificio colonial na cidade de Cacheu e a constituicao ai do Memorial da Escravatura e do Trafico Negreiro. 0 falecimento subito do Engenheiro Agronomo Carlos Augusto Schwarz da Silva, fundador e Director Executivo da AD-Acs;ao para o Desenvolvimento - a que a FMS prestou significativa homenagem em 7 de Marco de 2014 perturbou naturalmente essa colaboracao, (caso do nucleo museo16gico a instalar no antigo quartel de Gadamael, completando assim o percurso historico ja realizado em Guiledje). Mas essa colaboracao nao foi interrompida - estando hoje a decorrer uma fase crucial da reconstrucao do Memorial da Escravatura e do Trafico Negreiro. Com efeito, o corpo essencial do edificio ja esta devidamente recuperado, estando a decorrer as intervencces becessarias ao seu reforco estrutural e a instalcao da respectiva cobertura. Para o efeito, a Fundacao Mario Soares tern assumida a direccao dos estudos arquitectonicos e de engenharia e de aquisicao dos materiais necessaries, designadamente as estruturas metalicas necessarias. Por outro lado, a FMS conclulu o estudo previo da exposicao permanente a instalar nesse Memorial, estando em curso a sua analise com os parceiros do projecto. A Fundacao Mario Soares preparou tambern, em colaboracao com o ISCTE, uma exposicao e catalogo referentes a evolucao do tecido urbano na GuineBissau. Sao Tome e Principe A cooperacao estabelecida com o Arquivo Historico de Sao Tome e Principe conheceu um desenvolvimento relevante. Por um lado, foi possivel organizar, nas respectivas instalacoes, uma exposicao (itinerante) e diversas telas exteriores, assinalando o 45.0 aniversario da criacao do AHSTP, em termos que evidenciassem a riqueza da documentacao a guarda deste arquivo e as suas perspectivas e projectos de desenvolvimento. Por outro lado, a FMS elaborou um projecto de arquitectura e engenharia com vista a instalacao, nos terrenos do AHSTP, de um edificio destinado a deposito de documentos, dotado de caracteristivas modernas e seguras - aguardando-se, em 2015, a aprovacao desse projecto e a necessaria mobilizacao dos meios financeiros necessaries a sua construcao, Com recurso ao portal casacomum.org, foram disponibilizadas online milhares de imagens de documentos do AHSTP, de relevante interesse historiografico sendo de sublinhar que essa medida resulta das accoes de formacao levadas a cabo (em Sao Tome e em Lisboa) com o respectivo pessoal. 9 MARIO SOARES Em sirnultaneo, a FMS forneceu ao AHSTP diverso material de conservacao e acondicionamento, melhorando assim a respectiva capacidade de intervencao. Angola A Fundacao Mario Soares participou em Luanda no 10.0 Encontro de Fundacoes da CPLP. Esta ocasiao foi aproveitada tambem para aprofundar as relacoes com diferentes instituicoes e personalidades em torno da salvaguarda da documentacao hist6rica. Neste sentido, a FMS contribufu com diversos materiais de conservacao e acondicionamento para a Associaciio Tchiweka de Documentaciio, criada em 2006. A Fundacao disponibilizou ainda manuais e procedimentos (em materia arquivfstica e informatica), reforcando a capacidade de trabalho daquela entidade, com especial relevo para a formacao do respectivo pessoal. Continuaram tarnbem a desenvolver-se esforcos no sentido da organizacao de uma exposicao em Luanda dedicada ao patrim6nio cultural (imaterial) e de outras iniciativas que apostem no reforco da nossa hist6ria comum. 0 portal casacomum.org foi entretanto enriquecido com relevante documentacao relacionada com Angola, enquanto decorre o tratamento de dois outros esp6lios ja recebidos na Fundacao, Finalmente, refira-se a digitalizacao de numerosos registos sonoros contendo importantes testemunhos sabre a realidade polftica angolana e que se preve colocar online em 2015, no ambito do 40. 0 aniversario da independencia daquele pais, Mocambique As iniciativas previstas de cooperacao com este pais foram desenhadas e debatidas com diversas entidades mas a sua concretizacao ficou largamente dependente de calendarios que nao foi possfvel a FMS alterar significativamente. Ainda assim, foram disponibilizadas no portal casacomum.org numerosos documentos relativos a Mocambique, tendo igualmente sido recebidos novas esp61ios de grande interesse hist6rico. Preve-se dar continuidade, a breve trecho, as iniciativas previstas, em especial relacionadas com a Vida e Obra de Malangatana Valente Ngwenya e a disponibilizacao em Maputo de documentacao colonial tratada pela FMS. Brasil Em rnateria de cooperacao com diversas entidades brasileiras, registaram-se deslocacoes a Lisboa, no ambito de iniciativas participadas pela FMS, de diversas personalidades academicas com que foi possivel avancar na definicao das modalidades de colaboracao mais adequadas. Registe-se, conforme previsto, a cooperacao com o Observatorio em Comunicaciio, Liberdade de Expressdo e Censura (Obcom), da Escola de Comunicacoes e Artes (ECA) da Universidade de S. Paulo, e a cooperacao com o CPDOC da Fundacao Getulio Vargas. Em ambos os casos, pretendem-se reforcar os mecanismos de intercambio de experiencias, quer ao nivel de iniciativas conjuntas, quer ao nivel de colaboracoes com entidades terceiras, 10 MARIO SOARES coma e o caso, designadamente, da recolha e tratamento de testemunhos (Historia Oral), encontrando-se ja elaborado o respectivo anteprojecto. 0 prosseguimento destas actividades esta, no entanto, em larga medida, dependente da futura mobilizacao dos meios financeiros adequados - dai, tambern, o eventual envolvimento de outras entidades nos projectos em apreco. Timor-Leste Tern prosseguido a estreita colaboracao entre a Fundacao Mario Soares e o Arquivo & Museu da Resistencia Timorense, em Dili, de acordo com oprograma de trabalho oportunamente estabelecido. Por um lado, procedeu-se ao tratamento e digitalizacao de milhares de paginas do Arquivo da Resistencia Timorense, aumentando ainda mais a sua relevancia historica, Por outro lado, disponibilizaram-se na internet ( casacomum.org) novas series documentais, enriquecendo substancialmente os espolios ja tratados. Em simultaneo, esta documentacao tern vindo a ser disponibilizada a consulta presencial nas instalacoes do AMRT. Neste ambito, instalou-se no AMRT uma versao local de descricao e classificacao documentais, acompanhada da forrnacao do pessoal necessario, que se preve venha a ser completada em Lisboa, em 2015. Procedeu-se ainda ao envio para aquela instituicao de avultados materiais de conservacao e de acondicionamento - cuja utilizacao tern sido alvo de formacao de quadros locais e organizaram-se diversas accoes de formacao em TimorLeste, assegurando-se igualmente o seu acompanhamento e coordenacao, Noutra area de actividade, a FMS apoiou a producao do catalogo do Arquivo & Museu, que sublinhamos pela relevancia dos seus conteudos e aspecto grafico, Do mesmo modo, apoiou-se a edicao (em Timor-Leste e em Portugal) do livro Timor Paraiso Violentado, da autoria de Fatima Guterres. Ainda no decurso de 20 I 4, foi organizada uma conferencia internacional dedicada ao tema "Memoria e Identidade Nacional", prevista realizar em Dili, em Janeiro de 2015, cujo programa inclui a participacao de numerosas personalidades timorenses e de especialistas de Portugal, Caho Verde, Angola e Brasil. 2.4.1 NOT AS SOBRE A COOPERA<;AO 0 apoio financeiro a cooperacao estipulado no Protocolo celebrado entre o Ministerio dos Neg6cios Estrangeiros e a Fundacao Mario Soares para vigorar no quadrienio 20072010 e posteriormente renovado para o periodo 2011-2014, sofreu, como e conhecido, uma progressiva reducao ao longo dos ultimas tres anos (a verba estipulada foi reduzida de 1/3 em 2012 e de 50% em 2013 e 2014). Por outro lado, o Protocolo nao foi renovado, tendo a sua vigencia cessado em 31 de Dezembro de 2014. Deste modo, a prossecucao das accoes de cooperacao que ha anos vinham sendo desenvolvidas, designadamente em materia de preservacao e tratamento de documentacao historica, formacao de pessoal, organizacao de exposicoes locais e introducao das novas tecnologias da informacao em varias bibliotecas e arquivos dos paises da CPLP, encontra-se seriamente ameacada, o que se afigura tanto mais grave 11 ,,. MARIO SOARES quanta, de um modo geral, Portugal nao tern cuidado, de modo continuado, do desenvolvimento dessas areas de cooperacao de grande impacto cultural e linguistico, funcao essa que a Fundacao Mario Soares assumiu ao longo dos ultimas anos. Sublinha-se, por isso, a urgencia da revisao das prioridades em vigor, em termos que permitam continuar a dar resposta as carencias e lacunas constatadas nesses campos, prestando o apoio necessario para as suprir. Ainda no ambito da cooperacao internacional, o Arquivo & Biblioteca prosseguiu a sua participacao nas actividades e programas da International Association of Labour History Institutions (IALHI). 2.5. OUTRAS INTERVEN<;OES 0 Presidente da Camara Municipal de Lisboa designou a Comissao Instaladora e o Conselho Consultivo do futuro Museu do Aljube, sendo de registar a participacao da Fundacao Mario Soares, dando continuidade ao trabalho realizado na exposicao "A Voz das Vitimas", organizada naquela antiga cadeia politica em 2011. Neste ambito, a Fundacao tern prestado apoio permanente a todos OS trabalhos de preparacao da instalacao do futuro Museu do Aljube - Resistencia e Liberdade. 0 Arquivo & Biblioteca prosseguiu a cooperacao no ambito do projecto ROSSIO, aprovado pela FCT. Apesar de ainda nao ter sido disponibilizados os fundos orcamentados, as instituicoes que constituiram o consorcio para este projecto tern desenvolvido diversas actividades, designadamente em materia de open access e de parametrizacao e agregacao dos metadados dos respectivos arquivos. Finalmente, importa acentuar o servico publico que o Arquivo & Biblioteca da Fundacao continua a prestar a comunidade, designadamente em materia de disponibilizacao online de arquivos historicos relevantes, na cedencia de imagens, em especial aos investigadores e a orgaos de comunicacao social, na organizacao de exposicoes e no funcionamento regular da Sala de Leitura, que continua a apoiar o acesso a biblioteca e arquivos da Fundacao. 12 OUTRAS ACTIVIDADES MARIO SOARES 3. OUTRAS ACTIVIDADES No ambito do cumprimento dos seus fins e objecto, definidos nos art.Ps 4° e 5°, n.0s 1 e 2, alineas c ), d), e) e f) dos estatutos, a Fundacao Mario Soares promoveu e levou a efeito em 2014 as seguintes iniciativas: 3.1 CONFERENCIAS 3.1.1 CICLO DE CONFERENCIAS " VIDAS COM SENTIDO " Foram Homens e Mulheres que pelos seus ideais, pela sua postura civica e politica, pelos combates em que se empenharam, souberam dar sentido as suas vidas. Ao tomar a iniciativa de lhes dedicar um ciclo de conferencias, a Fundacao Mario Soares pretendeu prestar homenagem a esse conjunto de figuras da nossa cidadania democratica que, embora ja falecidas, permanecem como exemplos nos dias de hoje. Iniciado em 2013, ano em que tiveram lugar as primeiras sete sessoes, o ciclo, que devera prolongar-se ainda pelo anode 2015, conheceu em 2014 a realizacao de dezanove conferencias sobre as seguintes personalidades: Antonio Lopes Cardoso (1933-2000), em 16 de Janeiro, com intervencoes de Antonio Vitorino, Manuel Poppe Lopes Cardoso e Mario Soares; Gustavo Soromenho (1907-2001), em 23 de Janeiro, com intervencoes de Maria Conceicao Silva Soromenho, Almeida Santos, Antonio Arnault e Mario Soares; Jorge Campinos (1937-1993), em 30 de Janeiro, com intervencoes de Antonio Campinas, Manuel Alegre e Mario Soares; Mario e Beatriz Cal Brandao (1910-1996 I 1914-2011 ), em 6 de Fevereiro, com intervencoes de Luisa Tiago de Oliveira, Jaime Mendes e Mario Soares; Teofilo Carvalho dos Santos (1906 -1986), em 13 de Fevereiro, com intervencoes de Adriano Moreira, Joaquim Mestre e Mario Soares; Mario Sottomayor Cardia (1941-2006), em 20 de Fevereiro, com intervencoes de Carlos Leone, Antonio Reis e Mario Soares; Jose Luis Nunes (1941-2003), em 27 de Fevereiro, com intervencoes de Jaime Gama, Jose Medeiros Ferreira e Mario Soares; Fernando de Abranches Ferrao (1908-1985), em 6 de Marco, com intervencoes de Jose Carlos Vasconcelos, Jose Miguel Ramos de Almeida e Mario Soares; Antonio Janeiro (1945-1986), em 20 de Marco, com intervencoes de Vftor Hugo Sequeira, Vitor Ramalho e Mario Soares; Jose Gomes Mota (1932-2002), em 27 de Marco, com intervencoes de Antonio Barros Veloso, Vitor Crespo e Mario Soares; 14 MARIO SOARES Francisco Marcelo Curto (1937-2001 ), em 3 de Abril, Poiares, Victor Marques e Mario Soares; com intervencoes Alvaro Monteiro (1909-1982), em 10 de Abril, com intervencoes Joao Lima, Jose Lamego e Mario Soares; de Carlos de Isabel Monteiro, Henrique de Barros (1904-2000), em 8 de Maio, com intervencoes de Antonio de Almeida Santos, Fernando Gomes da Silva, Ines Barros Baptista e Mario Soares; Carlos Caudal (1938-2009), em 15 de Maio, com intervencoes Andrade, Jose Augusto Rocha e Mario Soares; de Antonio Rocha de Aurea Rego (1936-2011), em 5 de Junho, com intervencoes Rornao, Maria Helena Correia e Mario Soares; de Maria do Carmo Artur Morgado Ferreira dos Santos Silva (1910-1980), em 2 de Outubro, intervencoes de Fernanda Mota Pinto, Miguel Veiga e Mario Soares; Jose Manuel Duarte (1924-1992), Aparicio e Mario Soares; em 9 de Outubro, com intervencoes lgrejas Caeiro (1917-2012), em 16 de Outubro, com intervencoes Jose Marreiro e Mario Soares; Jose Medeiros Ferreira (1942-2014), em 23 de Outubro, Eduardo Paz Ferreira, Maria Joao Seixas e Mario Soares. 3.1.2 3.1.2.1 OUTRAS com de Jose de Joao Lourenco, com intervencoes de CONFERENCIAS "UM ANTROPOLOGO NO PLANALTO - 0 diagnostico de Jorge Dias a polftica colonial no Norte de Mocambique" Realizada em 17 de Janeiro no Auditorio da Fundacao, a conferencia foi proferida pelo Dr. Rui Pereira, do Departamento de Antropologia da FCSH da Universidade Nova de Lisboa, e teve lugar na sequencia do enceramento da exposicao Ntaluma, escultor Makonde, que esteve em exibicao na Fundacao, 3.1.2.2 "A SITUA<;AO POLITICA perspectivas de futuro" NA CATALUNHA - Antecedentes historicos e Realizada em 9 de Dezembro no Auditorio da Fundacao, a conferencia foi proferida por Manuel Manonelles, Politologo especializado em Relacoes Internacionais, Direitos Humanos e Democratizacao, Professor na Universidade Ramon Llull, de Barcelona e Director-Geral de Relacoes Multilaterais e Europeias da Generalitat da Catalunha. Do seu vasto curriculo destaca-se ainda ter sido director do Forum Mundial de Redes da Sociedade da Sociedade Civil (Ubuntu), Assessor especial do co-presidente do Grupo de Alto Nivel <las Nacoes Unidas para a Alianca das Civilizacoes, Federico Mayor Zaragoza e Observador internacional para a Organizacao para a Seguranca e Cooperacao na Europa (OSCE). 15 r I ·\ MARIO SOARES 3.1.3 INICIATIVAS DE CIDADANIA E CULTURA 3.1.3.1 CARLOS SCHWARZ (PEPITO) Realizacao, em 7 de Marco, de uma sessao de homenagem ao Engenheiro Agr6nomo Carlos Augusto Schwarz da Silva, ou Pepito, como era geralmente conhecido, realizada, que contou com intervencoes de Antonio ("Tony") Delgado, Eduardo Costa Dias, Fatima Proenca Lui s Maita, Mario Barbosa, Henrique Schwarz e Alfredo Caldeira. Ao longo de varies testemunhos foi enaltecida a mem6ria do activista politico das lutas estudantis em Portugal, do militante da Juventude Amflcar Cabral, do deputado e do governante guineense que pautou a sua vida pelo empenhamento na melhoria das condicoes de vida das populacoes do seu pals, pela defesa do meio ambiente e pela preservacao da mem6ria hist6rica. 3.1.3.2 WILLY BRANDT, HELMUT SCHMIDT e GUNTHER GRUNWALD Realizacao, em 26 de Marco, de uma sessao de homenagem aos ex-Chanceleres Willy Brandt e Helmut Schmidt e ao ex-Presidente da Fundacao Friedrich Ebert Gunther Grunwald, sociais-democratas alemaes, em reconhecimento do apoio que, antes e imediatamente ap6s o 25 de Abril, prestaram ao Partido Socialista Portugues e do inestimavel contributo que deram para o estabelecimento da Democracia em Portugal. A iniciativa contou com a presenca do Embaixador da Alemanha em Portugal e do representante da Fundacao Friedrich Ebert em Lisboa, e com intervencces de Viriato Soromenho Marques, Thomas Fischer e de Mario Soares. 3.1.3.3 0 25 DE ABRIL VISTO DE FORA Realizacao, em 25 de Abril, de uma sessao comemorativa dos 40 anos decorridos sobre o dia em que Portugal reconquistou a Liberdade. A sessao, organizada pela Fundacao Mario Soares, contou com a participacao de Mario Soares, do ex-presidente do Brasil Luiz Inacio Lula da Silva e do jornalista frances Dominique Pouchin. 3.2 PROTOCOLOS No ambito da actividade de preservacao da mem6ria hist6rica, a Fundacao Mario Soares, celebrou em 2014 o seguinte Protocolo: • Em 5 de Dezembro, Protocolo de Doacao feita por Victor Manuel Adriao Rodrigues a Fundacao Mario Soares de diversa documentacao que se encontrava na posse do Dr. Carlos Adriao Rodrigues, constituida por c6pias em carbono de folhas dactilografadas de interrogat6rios feitos em 1961 pela PIDE/Mo9ambique ao poeta Virgilio de Lemos e a outros arguidos nos processos politicos entao movidos por aquela policia politica. 16 MARIO 3.3 SOARES PREMIO FUNDA<;AO MARIO SOARES - EDP 2014 0 Premio Fundacdo Mario Soares, constituido por uma quantia em dinheiro de €5.000,00, e atribuido anualmente desde a data da sua instituicao, em 1998, e destina-se a galardoar os autores de dissertacoes academicas ou de outros trabalhos de investigacao realizados no ambito da Hist6ria de Portugal do seculo XX. Na edicao de 2014, o Juri, constituido pelos Senhores Professores Doutores Sergio Carneiro de campos Matos (Presidente ), Investigador do Centro de Historia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Maria Alice Dias de Albergaria Samara, Investigadora do Instituto de Historia Contemporanea da Faculdade de Ciencias Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, e Miguel Cardina, Investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, deliberou por unanimidade atribuir o PREMIO FUNDA<;:AO MARIO SOARES - EDP 2014 (ex-aequo) a duas dissertacces de doutoramento: "Spinolismo: Viragem Politica e Movimentos Socials", da autoria do Prof. Doutor Francisco Felgueiras Bairrao Ruivo, e "A Igreja Catolica e os partidos democratas-cristaos em contextos de transieao para a democracia: os casos de Portugal e Espanha (1974-1982)", da autoria da Prof'. Doutora Ana Teresa Climaco de Albuquerque Leitao. 0 Juri atribuiu ainda uma MEN~AO HONROSA a dissertacao de mestrado "A Junta da Emlgracao: os discursos sobre a emigracao e os emigrantes no Estado Novo do Pos-Guerra (19471970)", da autoria da Mestre Marina Simoes Galvanese. A cerim6nia publica de entrega do Premio e das Mencao Honrosa decorreu no Auditorio da Fundacao Mario Soares, em 4 de Dezembro de 2014, com a presenca dos autores dos trabalhos vencedores, do presidente do Juri, do presidente da Fundacao Mario Soares e do Dr. Antonio de Almeida, presidente da Fundacao EDP, instituicao que apoiou a iniciativa entre 2011 e 2014. 3.4 ACTIVIDADES DE DIVULGA<;AO E FOMENTO CULTURAL Sem prejufzo da realizacao de actividades proprias da realizacao dos seus fins, a Fundacao manteve a orientacao de promover e/ou acolher nas suas instalacoes outras iniciativas, organizadas por entidades terceiras ou resultantes da cooperacao institucional com as mesmas. De entre as actividades desta natureza que tiveram lugar em 2014, destacam-se as seguintes: 3.4.1 • EXPOSI~OES Em 3 de Abril, inauguracao da exposicao "CARICATURAS DE MARIO SOARES", organizada pela Fundacao Mario Soares para exibicao na Biblioteca Municipal de Salvaterra de Magos. Esteve patente ao publico de 3 a 30 de Abril, integrando um conjunto de iniciativas de comemoracao dos 40 anos do 25 de Abril promovidas pela Camara Municipal de Salvaterra de Magos. 17 ,. MARIO SOARES • Em 8 de Abril, inauguracao da exposicao "ROSTOS DA REVOLU<;::AO", realizada pela Fundacao Mario Soares com o objectivo de, juntando a fotografia e o cartoon, permitir a revisitacao de alguns dos momentos e personagens mais marcantes da Revolucao de Abril, cuja efemeride a iniciativa pretendeu celebrar, desafiando os visitantes a melhor compreender quern fez, o que, onde, quando e porque. Acompanhados por breves notas biograficas e cronol6gicas, a exposicao apresentou desenhos de Antonio - representando um numero significativo de politicos e militares que dominavam a vida colectiva portuguesa no p6s 25 de Abril atraves de uma reinterpretacao pessoal dos seis paineis do retabulo de S. Vicente atribuidos a Nuno Goncalves - em "dialogo" com fotografias de Carlos Gil, selecionadas de entre as que constituem o seu esp6lio depositado pela familia na Fundacao e que tern vindo a ser gradualmente objecto de tratamento e reproducao por esta instituicao. Em Lisboa esteve patente ao publico na Sala de Exposicoes da Fundacao entre 8 de Abril e 30 de Junho de 2014 e na Casa-Museu . Centro Cultural Joao Soares, em Cortes, Leiria, entre 11 de Abril e 31 de Dezembro. • Em 16 de Dezembro, inauguracao da exposicao "45 ANOS DO ARQUIVO HISTORICO DE SAO TOME E PRINCIPE", organizada pelo Arquivo e Biblioteca da Fundacao Mario Soares em colaboracao com o Arquivo Hist6rico de Sao Tome e Principe (AHSTP) por ocasiao do 45° aniversario desta entidade, no ambito de uma accao de cooperacao que ambas as instituicoes tern vindo a desenvolver visando a salvaguarda da documentacao hist6rica que o AHSTP tern a sua guarda. A iniciativa, levada a efeito na cidade de Sao Tome, pretendeu assinalar os esforcos significativos que, apesar das dificuldades sentidas, tern sido desenvolvidos pelo Arquivo Hist6rico de Sao Tome e Principe no tratamento dos relevantes fundos documentais de que e detentor, enriquecidos com as importantes incorporacoes feitas no periodo posterior a independencia do pais. Continua patente ao publico desde a data da inauguracao, 3.4.2 COLABORA<;::AO COM ENTIDADES TERCEIRAS 3.4.2.1 CONGRESSO "A REVOLU<;AODE ABRIL" 0 Instituto de Historia Contemporanea da FCSH da Universidade Nova de Lisboa em parceria com o Teatro Nacional D. Maria II, a Fundaeao Mario Soares, a Camara Municipal de Lisboa, a Associaeao 25 de Abril e a Fundaeao Jose Saramago, organizaram em Lisboa um Congresso dedicado a Revolucao de Abril (1974-1975), que reuniu participantes e investigadores do processo revolucionario de 1974-75. Ao longo de quatro dias, entre 21 e 24 de Abril, a celebracao da efemeride permitiu juntar no Teatro Nacional de D. Maria II protagonistas de relevo na vida publica portuguesa para fazer um balance dos 40 anos da Democracia, de que se destacam, a titulo de mero exemplo entre muitos outros oradores, Fernando Rosas, Diogo Freitas do Amaral, Carlos Cesar, Lidia Jorge, Vasco Vieira de Almeida, Pedro Pezarat Correia, Pilar de! Rio, Jose Mariano Gago, Antonio Mega Ferreira, Jose Ribeiro e Castro, Marcelo Rebelo de Sousa, Jorge Sampaia, Adelino Gomes, Carlos Matos Gomes, Manuel Clemente, Teresa Feria, Antonio Guterres, Fernando Oliveira Batista, Antonio Costa, David Munir, Diana Andringa, Vasco Lourenco, Arnaldo Matos, Jose Pacheco Pereira, Manuela Aguiar e Mario Soares. 18 : \ : I ; ) '\I MARIO SOARES Para alern da analise <las principais mudancas ocorridas na sociedade portuguesa traduzida em intervencoes nas sessces plenarias sabre um leque muito amplo de areas e ternas - Re\10Ju91io, Significado e Balance Militares na Rua e no Poder Portugal no Mundo 0 fan do Imperio e a descolonizacao 0 sisterna polttico e os partidos A Econornia na Re olu9a0 Sociedade: rupturas e novas paradigrnas Cultura, I l Educacao e Ciencia I I I I A Cornunicacao Social na Revolucao I I I Revo!u!(ao e Religiees I Autonomias e Poder Local - os inscritos no Congresso tiveram ainda a possibilidade de participar nas sessoes paralelas, onde foram abordadas mais de quarenta tematicas distribuidas por nove paineis. 3.4.2.2 APRESENTA<;AO DE LIVROS NO AUDITORIO DA FUNDA<;AO • Em 9 de Abril, cerim6nia de apresentacao da coleccao "LIVROS PROIBIDOS", organizada conjuntamente pela Editora A Bela e o Monstro e o Jornal PUBLJCO e composta por treze titulos a publicar semanalmente. • Em 16 de Abril, sessao de lancamento do livro "A DITADURADE SALAZAREA EMIGRA<;AO - 0 ESTADOPORTUGUESEOS SEUS EMIGRANTES EM FRAN<;A (19571974)", de Victor Pereira". Apresentacao da historiadora Irene Flunser Pimentel. Edicao de Temas e Debates I Circulo de Leitores. • Em 13 de Maio, sessao de apresentacao do livro "O DIREITO AO QUOTIDIANO ESTAVEL - UMA QUESTAO DE DIREITOS HUMANOS", de Jose Fontes, com apresentacao de Alfredo Bruto da Costa e comentarios do Autor, de Mario Soares e Adriano Moreira. Edicao de Coimbra Editora. • Em 14 de Maio, sessao de lancamento do livro "O PARLAMENTO EUROPEU EXPLICADO AOS JOVENS", da autoria de Fernanda Gabriel. Comentarios de Ana Gomes e Mario Soares. Edicao de A.23 Ediciies. • Em 19 de Maio, sessao de lancamento da obra "MEU DITO, MEU ESCRITO DE CIENCIAE CIENTISTAS,COM UM MON6LOGODA CANETA",de Maria de Sousa. A sessao, dedicada ao tema «Einstein, o eclipse e Joao Lopes Soares», contou com as intervencoes de Jose Mariano Gago e Mario Soares, alem da autora. Edicao de Temas e Debates-Circulo de Leitores. • Em 11 de Junho, sessao de lancamento do livro "A EUROPA A BEIRA DO ABISMO - A CRISE DAS DIVIDAS SOBERANAS", de Tony Phillips [coordenador] e Mariana Mortagua, Edicao de Bertrand Editora. • Em 28 de Novembro, sessao de lancamento do livro "TIMOR - PARAiSO VIOLENTADO",de Fatima Guterres. Apresentacao de Luis Cardoso e Diana Andringa. Edicao de Lide! - Ediciies Tecnicas, Lda. 3.4.2.3 CONFERENCIAS REALIZADAS NA FUNDA<;AO • Em 10 de Setembro, por iniciativa da Embaixada da Guine-Bissau em Portugal, realizacao da Conferencia "Visao historica do reconhecimento de facto da Republica da Guine-Bissau pelo Estado portugues - 40 anos - Protagonistas e elementos para analise". 19 f 1 .1 i ·; \ ·; /\ -: MARIO SOARES Jr Foram oradores o Prof. Doutor Eduardo Costa Dias, o Coronel Carlos de Matos Gomes e o Embaixador Mario Cabral, tendo os debates sido moderados pelo Dr. Eduardo Monteiro. 3.4.2.4 OUTRAS INICIATN AS DE COLABORA~AO De entre as iniciativas promovidas por entidades terceiras, destacam-se as seguintes, em que o Presidente da Fundacao Mario Soares esteve presente e/ou participou: • Em 10 de Marco, na cerimonia de entrega do Premio Personalidade do Ano Martha de La Cal ao Dr. Mario Soares, que teve lugar na Sala dos Espelhos do Palacio Foz, em Lisboa. A cerimonia foi organizada pela Associacao da lmprensa Estrangeira em Portugal e presidida Pelo Presidente da Camara Municipal de Lisboa, Dr. Antonio Costa. • Em 4 de Abril, na Fundacao Calouste Gulbenkian, na sessao de Iancamento da obra "Muros da Liberdade - As lmagens esquecidas de Lisboa e o clamor de hoje", de que foram coordenadores Karl-Eckhard Carius e Viriato Soromenho Marques, numa edicao da Esfera do Caos Editores. • Em 26 de Junho, na Academia de Ciencias de Lisboa, na sessao de Homenagem a Bernardino Machado, tendo o Elogio Historico do academico sido feito pelo Dr. Mario Soares. 20 CASA-MUSEU •CENTRO CULTURAL JOAO SOARES I~ I MARIO SOARES 4. CASA-MUSED. CENTRO CULTURAL JOAO SOARES 4.1 Introdueao 0 ano de 2014 fica necessariamente assinalado na nossa mem6ria pelo facto de ter sido o ultimo em que a Casa-Museu . Centro Cultural Joao Soares ainda p6de contar com a colaboracao desinteressada e esclarecida do seu Coordenador, Dr. Jorge Estrela, que uma doenca prolongada tragicamente roubou a vida no primeiro dia de 2015. A presente Introducao, que lhe caberia fazer, e por isso muito breve e infelizmente sem referencia a novos projectos de exposicoes na linha dos que, realizados nos ultimos anos com a sua assinatura de autor ou sob sua orientacao, eram reveladores da paixao pela Historia de Arte e por Leiria, cidade de que era natural, e assumiram particular relevo na ac9ao da Casa-Museu, constituindo a sua melhor imagem externa. A Casa-Museu . Centro Cultural Joao Soares viveu em 2014 o segundo ano de actividade apos a cessacao do Protocolo que ate Dezembro de 2012 consubstanciava os termos do apoio da Camara Municipal de Leiria a esta instituicao cultural. Apesar da muito significativa alteracao, a accao da Casa-Museu continuou a caracterizar-se pela realizacao de rnultiplas iniciativas de caracter educativo, sempre em colaboracao com as escolas da regiao, privilegiando a faixa etaria infanto-juvenil, e pela manutencao do programa de visitas a sua exposicao permanente sobre a historia do Portugal contemporaneo e a implantacao da democracia. A disponibilizacao a populacao do acesso franco ao jardim e aos mais de vinte mil volumes que constituem o acervo bibliografico Biblioteca Joao Soares, ambos espacos de referencia do equipamento cultural sediado em Cortes, e tambem representativa do esforco permanente de interacao com as comunidades local e regional. Tai como ja acontecera no ano anterior, os constrangimentos resultantes de uma economia marcada pelos tempos de crise e de conjuntura negativa - cujas consequencias sao particularmente sentidas pelas instituicoes sem fins lucrativos no financiamento de projectos culturais - tiveram reflexos significativos na actividade programada, que obrigaram a Casa-Museu a uma diffcil adequacao aos meios que lhe foi possivel reunir para garantir a sua realizacao sem quebra de qualidade. E essa actividade que o Relatorio aqui apresentado pretende ilustrar. Para finalizar, a Casa-Museu. Centro Cultural Joao Soares reconhece e esta grata pelas contribuicoes de todos quantos, Mecenas, Patrocinadores e Amigos, concorreram para o cumprimento dos seus objectivos, e em especial pelos apoios recebidos da Fundacao EDP e da Camara Municipal de Leiria. 22 f' I , ' MARIO SOARES 4.2. ACTIVIDADES DE FOMENTO CULTURAL E DIVULGA<;AO 4.2.1. VISITAS GUIADAS A Casa-Museu • Centro Cultural Joao Soares rnanteve no decorrer de 2014 o seu programa de visitas guiadas, tendo recebido escolas de varios locais do pais, num total de 349 visitantes. As visitas do publico em geral representaram um total de 393 visitantes. As visitas guiadas foram organizadas em funcao das diferentes faixas etarias, tendo as destinadas a criancas de jardins-de-infancia e escolas basicas sido realizadas recorrendo a teatralizacoes (sobre a Implantacao da Republica e o 25 de Abril de 1974) para melhor cornpreensao dos conteudos a explorar. Destacam-se igualmente as visitas guiadas e orientadas para grupos seniores. 4.3. ACTIVIDADES DE ANIMA<;AO CULTURAL 4.3.1. EXPOSI<;AO PERMANENTE Ao longo de todo o ano esteve patente ao publico, com acesso gratuito, a exposicao permanente "Seculo XX Portugues - Os Caminhos da Democracia - Joao Soares • Mario Soares", sobre a historia portuguesa contemporanea, inaugurada em Dezembro de 1996. Continua a ser sentida a necessidade de modernizacao dos equipamentos e conteudos audiovisuais, nomeadamente o filme sobre o Seculo XX Portugues, considerado uma rnais-valia nas visitas escolares. 4.3.2. EXPOSI<;OES TEMPORARIAS 4.3.2.1. Exposicao " Viagem de Cosme III de Medicis em Portugal no anode 1669" A exposicao " Viagem de Cosme Ill de Medicis em Portugal no ano de 1669" permaneceu em exibicao ate meados de Mar90 de 2014. Atraves de 34 pranchas de desenhos da autoria de Pier Maria Baldi, estao 23 ; L } t \ MARIO SOARES representadas na exposicao vistas gerais de cidades, vilas e localidades portuguesas onde ocorreram paragens da comitiva de Cosme de Medicis, constituindo o mais completo conjunto iconografico sabre a paisagem rural e urbana do Portugal do seculo XVIII. 4.3.2.2. Exposieao " Rostos da Revolueao" A partir de uma obra do cartoonista Antonio, que caricaturou algumas das principais personalidades da Revolucao de Abril num contexto pr6ximo dos Paineis de Sao Vicente de Fora, a Fundacao Mario Soares organizou uma exposicao comemorativa do 40.0 aniversario do 25 de Abril de 1974, recorrendo a imagens da autoria do fotojornalista Carlos Gil que retratam pessoas e momentos daquele periodo na nossa Hist6ria. A inauguracao da exposicao decorreu nas salas de exposicoes temporarias da CasaMuseu, no dia 11 de Abril de 2014, celebrando a efemeride, 4.3.3. CONTOS AO POR-DO-SOL A Casa-Museu Joao Soares recebeu "O Nariz - Teatro de Grupo", para no final de uma tarde de Verao percorrerem os jardins da Casa-Museu com os seus "Contos ao Por-do-Sol". As hist6rias tradicionais e de autor comecaram debaixo do pinheiro manso do jardim e, acompanhados de rnusica e outros sons ex6ticos, cada contador de hist6rias foi percorrendo todo o jardim, seguido pelos espectadores, contando a sua hist6ria. Esta iniciativa do Nariz, realizada no Domingo, dia 29 de Junho, inseriu-se no ambito do protocolo de colaboracao celebrado entre ambas as instituicoes com vista ao fomento de actividades culturais da regiao. 4.3.4. FESTIVAL DE TEATRO INFANTIL Em 2014, a Casa-Museu Joao Soares realizou a XIIIa edicao do festival de teatro infantil "Viver Teatro aos Domingos" domingos do mes de permitiu as familias fantasia e de diversao, das marionetas oferece. Esta edis;ao do festival que, decorreu nos quatro Outubro. Este programa partilhar momentos de que o mundo do teatro e de teatro infantil trouxe a 24 I I MARIO SOARES Casa-Museu cerca de 780 espectadores, entre criancas e adultos de Cortese da regiao de Leiria. A grande adesao do publico nas quatro sessoes revelou uma vez mais a irnportancia e interesse desta iniciativa cultural, que merece ter continuidade. A programacao da edicao de 2014 foi a seguinte: 6 de Outubro "D. Afonso Henriques 3 em I" pela companhia Output Teatral. 12 de Outubro "O Trouxa", pela companhia 0 Nariz - Teatro de Grupo. 19 de Outubro "A Galinha Ruiva" pela companhia Teatro Bocage 26 de Outubro "A Loja dos Sonhos" pela companhia de teatro Cativar. 4.3.5. V CONGRESSO IBERO-AMERICANO DE ANIMA<;Ao SOCIOCULTURAL Realizou-se nos dias 16, 17, 18 e 19 de Outubro o V Congresso Ibero-americano de Animacao Sociocultural subordinado ao tema "Da participacao na cultura a cultura da participacao". Este congresso internacional organizado pela Rede Ibero-americana de Animacao Sociocultural (RIA) ocorre bianualmente num dos pafses pertencentes a referida rede. Pretendeu-se contribuir para o avanco da teoria e pratica em animacao e insere-se num conjunto de atividades que a RIA tern vindo a desenvolver desde 2006. Tais atividades tendem a promover a colaboracao entre investigadores, professores, estudantes e decisores com o intuito de identificar e discutir desafios e ainda solucoes de envolvimento criativo das populacoes, para os mais diversos problemas e contextos no mundo da Anirnacao. 0 V Congresso visou abordar tambern a questao da animacao enquanto didatica da participacao, apoiando o crescimento da democracia, desenvolvendo redes de trabalho e aproximacao entre as comunidades, em busca de uma melhor qualidade de vida, reforcando-se o valor da metodologia ativa, participativa e criativa - caraterfsticas desta area de intervencao, Desta forma, foi preocupacao central deste congresso proporcionar um espaco de encontro entre profissionais de varias areas, nomeadamente da educacao, das artes e da cultura, afim de, em conjunto, partilharem abordagens de intervencao e de investigacao que sejam mais participativas, sensfveis e criativas. A Casa-Museu • Centro Cultural Joao Soares foi convidada a participar no Congresso, tendo-lhe sido atribufdo um espaco destinado a informacao e divulgacao da instituicao. Paralelamente foram realizados teatros de fantoches e oficinas ternaticas, dando a conhecer o trabalho que a Casa-Museu tern desenvolvido junto de diversos publicos no ambito das iniciativas de animacao sociocultural. • 25 MARIO SOARES 4.4. ACTIVIDADES INTEGRADORAS DA COMUNIDADE LOCAL 4.4.1 PROGRAMA VIV A A VIDA Em 2014, o Programa Viva a Vida manteve os seus objectivos, cooperando com outras instituicces no ambito do projecto de dinamizacao cultural e prestacao de services, fomentando a realizacao de um conjunto de actividades e iniciativas educativas e ludicas especialmente vocacionadas para idosos. A regularidade dos encontros semanais com o Grupo "Belidade", foi mantida. Este grupo de convi vio foi criado em 20 I 0 e mantem des de entao uma forte ligacao com a Casa-Museu. E composto por pessoas com mais de 60 anos ou aposentados, residentes na freguesia de Cortes, constituido por elementos muito dinamicos e com grande envolvimento com a comunidade local. Em todas as sessoes, quer nas realizadas na CasaMuseu quer nas realizadas no decurso das visitas efectuadas ao exterior, pretendeu-se promover diferentes actividades de natureza diversa, fisicas, culturais, educacionais, e de educacao para a cidadania, com destaque para a responsabilidade cfvica, fomentando o envelhecimento activo e promovendo a solidariedade intergeracional. 4.4.1.1. Sessoes semanais com o Grupo "Belidade" Ao longo do ano realizaram-se sessoes todas as quintas-feiras, com o grupo da Belidade, acima referido, tendo sido abordadas diversas tematicas e realizadas varias actividades: • Sessoes sabre Hist6ria de Portugal, conduzidas pelo Professor Cortesense Manuel Moniz; • Sessoes sabre os temas relativos a celebracao de diversas efemerides (Carnaval, Pascoa, Natal, Dia da Familia, dia de S. Martinho, entre outras) e sabre outras areas de interesse dos participantes; • Passeios pedestres a locais emblematicos da freguesia de Cortes; • Participacao em duas sessoes sobre Reciclagem organizadas em colaboracao com a EB I de Cortes; • Sessoes de iniciacao a informatica na 6ptica do utilizador no ambito do Programa e-senior; • Participacao no 1 ° Encontro Inxenior no Dia Internacional do Idoso, promovido pelo Municf pio de Leiria, comemorado no dia I de Outubro, no estadio Dr. Magalhaes Pessoa- Leiria e que envolveu aulas de Gerontomotricidade e espetaculos culturais, 26 I I MARIO SOARES 4.4.1.2. Visitas de Lares e/ou Centros de Dia No dia 15 Maio, celebrando o Dia da Familia, a equipa da Casa-Museu e os elementos do Grupo da Belidade deslocaram-se a Assiste - Associacao de Solidariedade Social <las Cortes para realizarem um conjunto de actividades, desde a leitura de poemas dedicados a Familia, a partilha de saberes e sabores. No dia S de Junho a Assiste - Associacao de Solidariedade Social <las Cortes deslocou-se a Casa-Museu para, juntamente com as criancas da EB 1 <las Cortes, comemorarem o Dia do Ambiente, que contou com a presenca da Engenheira do Ambiente Paula Norte. Nos dias 6 de Agosto e 26 de Novembro, os utentes do Lar Social do Arrabal visitaram a CasaMuseu, onde tiveram lugar actividades diversas no ambito do programa Viva-a-Vida. 4.5. COOPERA(:AO COM OUTRAS ENTIDADES Em 2014, a Casa-Museu Joao Soares contou com o apoio do Muni cfpio de Leiria nas diversas actividades promovidas ao longo do ano. No ambito da cooperacao com o municfpio, a CasaMuseu manteve a cedencia da exposicao "Korrodi e o Restauro do Castelo de Leiria" patente nos Pacos Novos do Castelo de Leiria e disponibilizou, para venda, catalogos e posters sobre esta mostra. Relativamente as comemoracoes dos 40 anos do 25 de Abril, a Casa-Museu Joao Soares colaborou no evento organizado pelo Municfpio de Leiria mediante a cedencia de fotografias para a exposicao "Mostra de Cartazes - 25 de Abril 40 Anos", que esteve patente na Biblioteca Afonso Lopes Vieira. Ainda ao abrigo da cooperacao existente, a CasaMuseu participou, a convite do Municfpio, em actividades de animacao cultural, designadamente na Semana da Leitura e nos Percursos Visite Leiria - Nucleo Antigo das Cortes. Manteve-se a disponibilidade da Casa-Museu para o acolhimento e realizacao conjunta de iniciativas com entidades culturais e sociais locais que se enquadram no ambito dos fins e objectivos prosseguidos pela Fundacao Mario Soares atraves do seu polo na regiao de Leiria. 27 i, I l :'' i MARIO SOARES Ao abrigo deste principio orientador, a Casa-Museu associou-se ao Festival de Teatro ACASO, promovido pela companhia de teatro "O Nariz", de Leiria, facultando a utilizacao nao onerosa <las suas instalacoes. Em 2014, a Casa-Museu voltou a cooperar com o Instituto Politecnico de Leiria no ambito da disciplina de Economia Solidaria e Social do Curso de Educacao Social, recebendo um grupo de alunos para a realizacao de um trabalho sobre a nossa instituicao, Em 2014, a Casa-Museu deu execucao a um protocolo de colaboracao celebrado com a Escola Superior de Educacao de Coimbra, acolhendo nas suas instalacoes a realizacao um estagio curricular de uma licenciatura em Animacao Socioeducativa, que decorreu de Fevereiro a Maio de 2014. A Casa-Museu associou-se igualmente ao Instituto Portugues do Desporto e Juventude para, em 12 de Agosto, celebrar o Dia Internacional da Juventude, este ano subordinado ao tema: "A saude mental importa". A Casa-Museu cedeu gratuitamente, em 2014, o Jogo da Gloria alusivo ao 25 de Abril Associacao 25 de Abril e ao Agrupamento de Escolas de Peniche. a Destacam-se ainda as habituais parcerias com o grupo dos Screes Literarios e com o rnensario Jornal das Cortes. 4.5.1. SEROES LITERARIOS DAS CORTES De Janeiro a Maio de 2014, nos segundos sabados de cada mes, o grupo dos Screes Literarios, composto por cerca de 15 pessoas, reuniu-se na Biblioteca da Casa-Museu para encontros sobre literatura e arte. Estes encontros foram retomados na Casa-Museu, no mes de Outubro, com a normal periodicidade. 4.5.2. APRESENTA<;AO DE LIVROS A 17 de Maio de 2014, decorreu no auditorio da Casa-Museu Joao Soares, o lancamento do livro "Guarda-me contigo entre as papoilas", de Carlos Lopes Pires, apresentado pela Professora Doutora Cristina Nobre. Esta sessao contou com a declamacao de poemas, pelo autor, seguindo-se de uma sessao de aut6grafos. 28 c/)?. MARIO SOARES 4.6. A BIBLIOTECA JOAO SOARES 4.6.1. GESTAO DO FUNDO BIBLIOGRAFICO A gestao do fundo bibliografico incidiu na catalogacao de livros oferecidos a Biblioteca Joao Soares e de livros da coleccao juvenil, adquiridos no ambito dos projectos de promocao da leitura junto das escolas. Em 2014, a estagiaria Dina Prazeres participou no apoio tecnico a Biblioteca Joao Soares durante o seu estagio curricular, tendo ainda complementado essa participacao com o desempenho de varias tarefas em substituicao da funcionaria Rita Justino, durante o perfodo em que esta esteve ausente temporariamente por licenca, 4.6.1.1. Tratamentodocumental Em 2014, o tratamento documental centrou-se na coleccao de livros adquiridos para o projecto "Passaporte do Leitor" e em sucessivas ofertas efectuadas ao longo do ano que ascenderam a um total de 200 tftulos. Em Dezembro de 2014, a coleccao da Biblioteca Joao Soares totalizava 24.355 registos bibliograficos na Base de Dados dos registos de entrada, que correspondem a 10.478 registos catalogados no sistema Bibliobase. 0 acervo bibliografico da Biblioteca Joao Soares e ainda composto por 5.535 titulos que constituem o objecto da doacao Rocha Silva, e pelo espolio Jaime Fernandes, com 1. 707 titulos, cujo registo se mantem em curso. A coleccao de livros doados pela Fundacao Calouste Gulbenkian e constituida por 950 titulos. Da coleccao da Biblioteca Joao Soares fazem ainda parte cerca de 700 titulos que constituem a doacao da biblioteca particular de Margarida Neves. 4.6.1.2. Service de leitura e emprestimo A Biblioteca Joao Soares contou em 2014 com 395 visitas de leitores, que efectuaram 298 requisicoes atraves do Service de Ernprestimo Domiciliario, As requisicoes escolares no ambito da actividade "Bau das Historias" e "Itinerdncia e Sonhos no Bau das Narrativas" (1.S.B.N.) ascenderam a 478 tftulos. 0 novo programa "A Casa-Museu sai das Cortes" permitiu iniciar um conj unto de visitas mensais a Esco la EB 1 de Andreus, que incluiu o ernprestimo de 45 livros infanto-juvenis. 0 projecto de leitura publica "Bibliotlortes.com", deu origem a 10 requisicoes, Em 2014, o Service de Leitura e Emprestirno totalizou 831 titulos requisitados. 29 I I MARIO SOARES 4.6.2. SERVI<;os EDUCATIVOS DA BIBLIOTECA Os Services Educativos promoveram actividades ao longo de todo o ano, salientando-se a colaboracao com as escolas de Primeiro Cicio e os Jardins de Infancia de Cortese de Reixida. Em simultaneo, manteve-se a realizacao de oficinas para outros interessados, no regime de inscricao. 4.6.2.1. Itinerancias e Sonhos no Bau das Narrativas(l.S.B.N.) Em 2014, as sessoes designadas por "Itinerdncias e Sonhos no Bait das Narrativas (IS.B.N.)" dinamizaram as horas do conto e o bau dos livros junta de escolas e jardins de infancia, Durante as visitas quinzenais, a animacao da leitura foi organizada em funcao <las faixas etarias e <las suas caracteristicas intrinsecas. Para alem da leitura partilhada, os alunos participaram na elaboracao de trabalhos de expressao plastica. Ao longo do ano lectivo, os livros selecionados para estas sessoes respeitaram a Lista de Obras e Textos para Iniciacao a Educacao Literaria, cedida pelo Ministerio da Educacao para cada ano de escolaridade. No ambito do programa "Itinerdncias e Sonhos no Bait das Narrativas (JS.B.N)", a Biblioteca Joao Soares registou a requisicao de 523 tftulos. 4.6.2.1.1. Herois do Museu Em Janeiro de 2014, iniciou-se um conjunto de sessoes com os 3° e 4° anos de escolaridade das escolas de 1 ° Cicio de Cortes e Reixida, sob a designacao de "Her6is do Museu". Este projecto partiu de um convite realizado pelo Nucleo de Educacao do MINOM (Movimento Internacional para uma Nova Museologia), cuja representante, Ora. Ana Mercedes Stoffel Fernandes, partilhou a proposta de actividade com o Museu da Comunidade Concelhia da Batalha e Museu do Traje em Sao Bras de Alportel. Com a realizacao de uma iniciativa por mes, este programa procurou transformar os alunos <las turmas seleccionadas do passado ano lectivo em promotores oficiais do museu e dos valores da cultura, do patrim6nio e da hist6ria local. Entre os aspectos abordados, salientaram-se as exposicoes e conteudos patentes no museu. lnserida no ambito desta actividade, realizou-se ainda uma visita dos 3° e 4° anos de escolaridade da Esco la 1 ° Cicio EB 1 Cortes a 23 de Abril de 2014, com o objectivo de conhecer as varias especies de arvores e outras plantas existentes no jardim da CasaMuseu. 30 I MARIO SOARES I 4.6.2.2. A Casa-Museu visita a pediatria Em 2014, os Services Educativos da Casa-Museu Joao Soares mantiveram a colaboracao com o Service de Pediatria do Hospital Santo Andre de Leiria, dada a receptividade das criancas e respectivos encarregados de educacao relativamente a esta iniciativa. As sessoes de animacao decorreram mensalmente, na ultima segunda-feira de cada mes no periodo da manha, adaptadas aos varios grupos etarios, com o limite de 18 anos de idade. Ao longo do ano, as actividades desenvolvidas incluiram a realizacao de teatros de fantoches, elaboracao de pequenos trabalhos de expressao plastica, leitura de poesia, hist6rias e contos tradicionais. Estes encontros tern por objectivo minimizar o impacto e efeitos do internamento hospitalar nos pacientes. 4.6.2.3. A Casa-Museu sai das Cortes Constatando a crescente dificuldade das escolas em deslocarem-se com os alunos em transportes pr6prios, a equipa da Casa-Museu disponibilizou-se ao longo do ano para realizar nas escolas actividades de animacao cultural e de prornocao da leitura. As actividades permitiram ainda divulgar a accao da Casa-Museu e os seus objectivos a um publico mais alargado. 4.6.2.3.1 Escola EBl Andreus Ao longo do ano de 2014, a Casa-Museu continuou a promover sessoes mensais de animacao da leitura junto da Esco la EB 1 Andreus. Estes encontros tern-se centrado na leitura e na realizacao de actividades sobre proverbios, lengalengas e trava-linguas, enquanto actividades de animacao e promocao da leitura. Para complementar estes encontros, organizou-se um bau com cerca de 45 livros para emprestimo. 4.6.2.4. Dias Tematicos 4.6.2.4.1 Dia Mundial do Livro - 0 Sapo e um dia muito especial Durante o mes de Abril e no ambito das iniciativas realizadas no Dia Mundial do Livro, a CasaMuseu Joao Soares organizou uma actividade intitulada 0 Sapo e um dia muito especial, baseada na obra hom6nima do autor holandes Max Velthuijs. A equipa da Casa-Museu visitou 12 escolas, abrangendo um total de 599 criancas participantes nesta actividade que envolvia os mais novos na realizacao de uma surpresa para uma das personagens mais emblematicas da literatura infanto-juvenil. 31 r.I l_j r JN. ·l····__ , 1\ r · 1\»: ,-, ·, MARI 0 SOARES .1 -. '\' ,· 1 4.6.2.4.2 Dia Mundial do Ambiente Para assinalar o Dia Mundial do Ambiente, promoveu-se um encontro entre a Esco la EB 1 de Cortes e OS grupos de seniores da Belidade e da ASSISTE. A partir da leitura da obra de Sandra Serra, Gui - Uma grande lir;iio pelo sorriso do planeta Terra, as duas geracces conversaram sobre as boas praticas ecologicas e a sua crescente irnportancia na actualidade. A iniciativa contou com a presenca de Paula Norte, cuja formacao em Engenharia do Ambiente permitiu que a sessao constituisse uma ocasiao propfcia sensibilizacao para a necessidade de proteccao do meio ambiente. 4.6.2.5. Saidos da Casca - Programa Pasco a a de ocupacao de tempos livres nas ferias da Entre os dias 7 e 10 de Abril de 2014, decorreu a iniciativa "Saldos da Casco", destinada a ocupacao de tempos livres nas ferias da Pascoa. Durante uma semana preenchida com diversas oficinas, 109 criancas elaboraram objectos alusivos a epoca, A actividade incluiu uma sessao com o "grupo Belidade" durante o programa "Viva a Vida", na qua! participou o grupo LFO- Leiria Flying Objects, que promove a pratica desportiva de ultimate frisbee. 4.6.2.6 Biblioteca de Verao A XVIIa edicao do projecto de ocupacao de Tempos Livres realizou-se de 30 de Junho a 31 de Julho, envolvendo um total de 80 criancas da freguesia de Cortes e de Leiria com idades compreendidas entre os 6 e os 12 anos. Este ano subordinada a tematica "Jardim de Sabores", as criancas participantes foram incentivadas a descobrir a gastronomia e os seus sabores, procurando promover a importancia de uma alimentacao saudavel e equilibrada. Realizaram-se ainda actividades com vista a promocao da leitura, jogos diversos, salientando a aventura e curiosidade, proprias da descoberta e criatividade. Durante este mes de actividades, a Casa-Museu contou com a generosa colaboracao de cerca de 50 jovens monitores, entre os 13 e os 20 anos, que sob a orientacao da equipa da Casa-Museu, a auxiliaram na execucao das tarefas e contribuiram para uma melhor organizacao deste programa. A iniciativa terminou com a festa final, no dia 30 de Julho, para as criancas recordarem junto dos pais, familiares e amigos, os melhores momentos da sua participacao no projecto. 32 ep. . ! . i .\ MARIO SOARES 4.6.2.7. Enfeites de Natal Integrada nas atividades do ISBN, a iniciativa foi dedicada a elaboracao de um enfeite para a arvore de Natal da Casa-Museu Joao Soares. Realizada nas Esco las EB 1, Jardins-de-infancia de Cortes e de Reixida, a actividade visou assinalar a epoca e contou ainda com a visita da escola EB I de Cortes para urna sessao especial dedicada ao Dia de Reis e ao cantar tradicional das Janeiras. 4.6.2.8. Oficinas de Natal Nos dias 17, 18 e 19 de Dezembro de 2014, a Casa-Museu organizou um conjunto de oficinas de trabalhos manuais. Esta actividade, designada de "Oficinas de Natal", destinou-se a criancas dos 6 aos 12 anos que durante as manhas e as tardes dos dias mencionados prepararam diversos enfeites de Natal. Entre as sessoes realizadas, salienta-se a que promoveu o encontro entre as criancas participantes, OS seniores da Belidade e 0 grupo Os Malmequeres. Este grupo de jovens com necessidades especiais dinamizou um teatro de sombras chinesas a partir de um conto tradicional, a que se seguiu uma actividade de pintura de brinquedos de madeira e a realizacao de jogos tradicionais em madeira. Em 2014, as inscricoes para as oficinas de Natal registaram um total de 96 participantes. 4.6.2.9. Projecto "BiblioCortes.com" Em 2014, mantiveram-se disponiveis os quatro postos de leitura do projecto "BiblioCortes.com" nas associacoes das Cortes participantes: Associacao Cultural, Recreativa e Desportiva da Reixida, Associacao Cultural e Recreativa Nascente do Lis, Clube Desportivo e Recreativo de Famalicao e Centro Popular de Cultura e Recreio das Cortes. Ao longo do ano 2014, verificou-se uma adesao de 242 utilizadores com I 0 requisicoes de livros. 4.6.3. PROJECTO GULBENKIAN COFINANCIADO COM A FUNDA<;AO CALOUSTE 4.6.3.1. Passaporte do Leitor No ano lectivo de 2013/2014, a Casa-Museu Joao Soares manteve o projecto "Passaporte do Leitor", em parceria com a Escola EB2, 3 Jose Saraiva, para o segundo e ultimo ano de actividades. Este projecto destinou-se aos alunos do 6° ano de escolaridade que transitaram do 5° ano e haviam participado nas actividades do Passaporte no ano lectivo anterior. 33 r t ll r~- ~1 ; /\ ( _.. . MARIO SOARES No dia 25 de Marco de 2014, teve inicio a atividade do Passaporte do Leitor "Leituras ... onde quiseres!", integrada na Semana da Leitura 2014 da Biblioteca Escolar Jose Saraiva. Esta atividade propos a cada aluno das oito turmas participantes a elaboracao de cartazes criativos em formas de balao da Banda Desenhada, nos quais colocaram excertos dos livros sugeridos pelo Plano Nacional de Leitura e que integravam o Passaporte da turma. De seguida, os alunos seleccionaram varies locais do recinto escolar para expor os cartazes com referencias literarias. Pretendia-se que escolhessem essencialmente locais menos comuns, tais como, salas de convivio, corredores, portaria, entre outros. Esta accao teve como objectivo promover os livros do passaporte e acentuar o lado irreverente da leitura. No final da actividade, distribuiramse os novos passaportes e propos-se aos alunos a realizacao da accao "1, 2, 3 Conta la outra vez!". 0 livro selecionado foi "Rosa, minha irma Rosa", de Alice Vieira. Em Junho de 2014, procedeu-se a entrega de premios resultantes das leituras dos dois passaportes do ano lectivo. A acc;ao "1, 2, 3 Conta la outra vez" nao se realizou por falta de tempo das varias turmas. Embora tenha suscitado grande interesse por parte dos docentes da disciplina de Lingua Portuguesa que previam abordar a obra "Rosa, minha irrna Rosa" junto do 6° ano ap6s a realizacao dos exames, o tempo disponibilizado revelou-se insuficiente para a execucao desta actividade. Este projecto fomentou uma ligacao com a Biblioteca Escolar Jose Saraiva e permitiu constatar a importancia do trabalho desenvolvido no ambito da promocao da leitura junto dos jovens, alguns do quais revelaram, atraves destas iniciativas, um profundo gosto pelos livros e pela leitura. 4.7. LIGA DOS AMIGOS DA CASA-MUSEU JOAO SOARES 4.7.1. JANTARES-CONFERENCIA Coincidindo com a inauguracao da exposicao "Rostos da Revolucao'' a direccao da Liga dos Amigos da Casa-Museu Joao Soares, realizou no dia 11 de Abril de 2014 um Jantar-Conferencia com o orador convidado, Dr. Antonio Costa. A palestra intitulada: "Portugal: 40 anos depois do 25 de Abril. E agora?" reuniu empresarios, autarcas e outras individualidades da regiao de Leiria, tendo registado a presenca de mais de duas centenas e meia de participantes. 34 t i i ~ ' /1 ~ MARIO SOARES 4.8. I INFORMA<;AO ESTATISTICA PRESEN<;AS EM INICIATIVAS DA CASA-MUSEU JOAO SOARES EM 2014 ME!s AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL por ACT 0 0 0 0 349 39 12 49 21 7 372 7 8 2 0 0 0 21 17 15 41 44 26 0 27 353 19 16 22 15 21 18 25 24 242 92 0 55 1365 0 0 0 0 96 1608 505 258 341 457 0 0 0 185 168 260 2661 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL 0 0 75 168 56 50 0 0 Nacionais 67 17 16 33 69 22 20 Estrangeiros 0 2 2 0 0 0 Lllittir-es 50 33 50 19 31 a1blloe9(1e5 18 23 15 26 0 0 0 Actividade Es col ares en w !z ~ en o_ £!! ,g .a s ir <!) (.9 en w 0 ~ 5 B <( :2 w en w Iz ! :§ :D iii a~fi~o• 00 -c a. 0 "O i== -0 (3 c:: <( a. CMIS Bftll/ (/) == ::s <!) (.J 0 265 222 CMJS 0 79 110 148 77 177 0 9 28 858 84 41 1611 EXT 0 0 0 0 180 0 0 0 50 99 0 0 329 0 12 0 245 0 0 0 0 0 0 0 0 257 773 989 773 794 .£1.to ·- c: ~~ <( ~A:N,'.f,~RE'S1Dl\ WG',,A IZI~ ;.(l.tvffGG~ TOTAIS 400 388 1429 112 157 1235 298 455 ' ~ 7803 Jantares Conferencla (LACMJS); 3% --------=-"",. . Actividades do Centro Cult. no EXT; 4% _,, Actividades Centro Cult. na CMJS; 21% ___ ~-- __ Visitantes Escolares; 4% Publico Nacional; 5% Leitores da os;:------_ Serv. Educativos na CMJS; 21% Ext; 34% 35 FlJN DAt~AC) MARIO SOARES ESTATISTICA DE LEITORES NA BIBLIOTECA JOAO SOARES -2014 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 50 33 50 19 31 17 15 41 44 26 42 27 LIVROS REQUISITADOS EM 2014 Mes GERAL ESCO LARES BIBLIOCORTES Total JAN 25 140 0 165 FEY 24 0 1 25 MAR 30 140 2 172 ABR 27 0 0 27 MAI JUN JUL AGO 11 20 0 31 17 0 1 18 17 0 l 18 30 0 2 32 SET 25 0 0 25 OUT NOV 28 173 I 202 29 50 l 80 DEZ 35 0 1 36 TOTAL 298 523 10 831 36 SITUA(;AO ECONOMICA E FINANCEIRA r J i -: \ MARIO SOARES 5. SITUA~AO ECONOMICA E FINANCEIRA 5.1. SITUA<;AO PATRIMONIAL Em 31 de Dezembro de 2014, o Patrimonio Liquide da Fundacao Mario Soares ascendia a€ 4.223.437, sendo constituido por: • Fundo inicial estatutario, no montante de€ 765.655; • Outras Variacoes do Patrimonio Liq uido, no montante de € 879 .181; • Resultados Transitados, no montante de€ 2.682.557; • Resultado do Exercicio do anode 2014, no montante de E (103.955). A rubrica Outras Variaeoes do Patrimonio Liquido engloba o valor correspondente a avaliacao, pelo justo valor, no montante de 128.455 Euros, da doacao a Fundacao Mario Soares, a) de um painel artistico de placas ceramicas instalado na Casa-Museu Centro Cultural Joao Soares com o tftulo "O Cristo dos Pescadores", no montante de 49.880 Euros, e, b) de uma escultura intitulada "Construcao com Verde", tambern doada a Fundacao em Dezembro de 2011, no montante de 15 .000 Euros. Esta rubrica, compreende tambem o subsidio ao investimento atribuido a Fundacao pelo Ministerio do Equipamento, do Planeamento e da Administracao do Territ6rio (MEPAT), pelo Ministerio da Educacao (ME) e pelo Ministerio da Cultura (MC). Do Activo Liquido Total, no montante de € 4.635.417, destacam-se as seguintes rubricas: • Activos Fixos Tangiveis (liquido de amortizacoes ), a que corresponde o montante global de€ 1.652.650; • Outros Activos Financeiros, totalizando o montante de € 2.548.932, liquido de aj ustamentos. 0 valor das Activos Financeiros, liquido de provisoes, encontrava-se distribuido por: • Obrlgacoes e TItulos de Participaeao, no montante de E 1.208.932; • Depositos a Prazo, no montante de E 1.340.000. A Taxa de Cobertura do Activo Liquido Total pelo Patrimonio Liquido foi de 91, 11 %, nao se verificando alteracoes significativas em relacao ao exercicio anterior, sendo o acrescimo de 5,36% justificado, fundamentalmente, pelo facto do Activo Lfquido Total ter registado uma reducao no montante de E 570.672, em resultado <las depreciacoes verificadas e da previsivel diminuicao dos valores globais a receber provenientes de subsidios atribuidos. A Taxa de Cobertura do Activo Nao Corrente pelo Patrimonio Liquido e de 2,55 permitindo a Fundacao ter aplicado E 2.548.932 em produtos financeiros geradores de receitas. 38 MARIO SOARES 0 Passivo Corrente, no montante de€ 108.120 (excluindo acrescimos e diferimentos), resultou de pequenos investimentos efectuados ate ao fim do exercicio, sendo constituido pelas dividas de curto prazo a Fomecedores de Imobilizado e de Outros Bens e Services e pelos encargos sociais com pessoal referentes ao mes de Dezembro, ja liquidados em Janeiro de 2015. 5.2 RESULTADOS DO EXERCICIO 0 Resultado do Exercicio findo em 31 de Dezembro de 2014 foi de€ (103.955). Os Rendimentos, no montante de€ 921.972, foram constituidos por: a Exploracao, • Subsidios no montante de€ 498.922; • Rendimentos Financeiros, no montante de € 107 .136; • Rendimentos Sup]ementares e Outros, no montante de€ 315.914. Na rubrica Rendimentos Suplementares e Outros, incluem-se rendimentos: a) de € 107.185, montante que corresponde a contrapartidas de accoes pessoalmente desenvolvidas pelo Presidente da Fundacao ou resultantes de situacoes com ele relacionadas, e que, por sua expressa vontade, reverteram directamente a favor da instituicao, e, b) resultantes do Contrato de Prestacao de Services celebrado em Dili, a 13 de Maio de 2014, entre o Arquivo & Museu da Resistencia Timorense (AMRT) ea Fundacao Mario Soares, com o objectivo de reforcar o Arquivo da Resistencia Timorense e capacitar quadros do AMRT. Os Gastos, no montante de€ 1.025.927, corresponderam essencialmente a: • Fornecimentos e Services Externos, no montante de € 422.200, dos quais € 141.008 representaram o pagamento de Presta-roes de Servieos a colaboradores da Fundacao Mario Soares (Recibos Verdes); • Gastos com Pessoal, no montante de€ 348.750; • Gastos de Depreciaeao e de Amortizacao, no montante de E 181.511; • Outros Gastos E 73.466. 5.3 Operacionais e de Financiamento, no montante de APLICA<;AO DO RESULT ADO 0 resultado do exercicio findo em 31 de Dezembro de 2014, no montante de € (103.955), tera a seguinte aplicacao: • Resultados Transitados: € (103.955). 39 I l~i MARIO SOARES 5.4. NOTAS A Fundacao Mario Soares esta abrangida por um regime de isencao fiscal em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC), decorrente do estatuto de utilidade publica que !he foi atribuido e do interesse cultural conferido as actividades previstas nos seus estatutos. Nao existem dividas em mora ao sector publico estatal, incluindo a Seguranca Social. As contas foram auditadas pela firma de auditores "Deloitte & Associados, SROC, S.A." Em 2011, as demonstracoes financeiras foram preparadas de acordo com o referencial do Sistema Normalizacao Contabilistica (SNC), aprovado pelo DecretoLei n." 158/2009, de 13 de Julho, que integra as Normas Contabilisticas de Relato Financeiro (NCRF), adaptadas pela Comissao de Norrnalizacao Contabilfstica (CNC) a partir das Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS - anteriormente designadas por normas internacionais de contabilidade) emitidas pelo Internacional Accounting Standards Board (IASB) e adoptadas pela Uniao Europeia (EU). Em 2012, foi adoptada pela primeira vez a Norma Contabilistica de Relato Financeiro para as Entidades do Sector Nao Lucrativo (NCRF-ESNL), sendo as alteracoes de politicas contabilisticas decorrentes da adopcao do referido normativo aplicadas prospectivamente e, consequentemente, fixada a data de transicao em 1 de Janeiro de 2012, ta! como estabelecido no paragrafo 5 - "Adopcao pela primeira vez da NCRF-ESNL". Nos termos dessa norma, os efeitos reportados a data de transicao para a NCRFESNL foram registados em Fundos Patrimoniais. 40 AGRADECIMENTOS I 'J MARIO SOARES 6. AGRADECIMENTOS A Fundacao Mario Soares agradece: Ao Estado Portugues que, ao abrigo do Protocolo de Cooperacao celebrado originalmente entre a Secretaria de Estado dos Neg6cios Estrangeiros e da Cooperacao e a Fundacao, comparticipou financeiramente, em 2014, atraves do Camoes - Instituto da Cooperacao e da Lingua Portuguesa, I. P. (ex-IPAD), em projectos plurianuais de salvaguarda, tratamento e divulgacao de documentacao relevante da historia comum dos paises da Lusofonia, enquadrados no arnbito do reforco da politica de cooperacao de Portugal com os paises da CPLP na area da preservacao da memoria historica. A Camara Municipal de Lisboa, pelas manifestacoes de reconhecimento e apoio ao trabalho realizado pela Fundacao em 2014, traduzindo a continuidade de uma colaboracao ha muito existente entre ambas as instituicoes e em particular no processo de recuperacao e instalacao na antiga Cadeia do Aljube, entregue ao Municipio em 2009, do Museu. A Camara Municipal de Leiria, pelo co-financiamento de um conjunto de iniciativas desenvolvidas pela Casa-Museu . Centro Cultural Joao Soares no ano de 2014, ao abrigo da nova regulamentacao de concessao de apoios financeiros municipais a actividades culturais. 6.1 MECENAS DAS ACTIVIDADES E APOIOS A Fundacao deseja salientar o apoio que tern recebido de varias entidades, nacionais e estrangeiras, que tornaram possivel a realizacao dos seus objectivos e fins estatutarios. A todas e devida uma palavra especial de agradecimento pelos patrocinios atribuidos ao desenvolvimento e concretizacao das mais diversas iniciativas e projectos promovidos pela Fundacao Mario Soares, relevando os que, em 2014, foram concedidos pelas seguintes instituicoes: AGRICORTES - Comercio de Maquinas e Equipamentos, S.A. BANCO ESPIRITO SANTO, S.A. CAIXA ECONOMICA MONTEPIO GERAL COMISSAO EUROPEIA FUNDA<;AOCALOUSTE GULBENKIAN FUNDA<;AOEDP FUNDA<;AOILIDIO PINHO FUNDA<;AOPORTUGAL-AFRICA FUNDACION RAMON ARECES GRUPO SABSEG.PT Na impossibilidade de os nomear exaustivamente, a Fundacao expressa tambem o seu reconhecimento a todos quantos, particulares e instituicoes regionais e locais, apoiaram de alguma forma a Fundacao Mario Soares - e a Casa-Museu . Centro Cultural Joao Soares, seu polo na regiao de Leiria - concorrendo para o cumprimento dos seus objectivos ao longo do anode 2014. Importa ainda sublinhar a accao de todos os colaboradores da Fundacao Mario Soares, cuja dedicacao e profissionalismo tern contribufdo para a sua afirmacao como instituicao de direito privado sem fins lucrativos e de utilidade publica empenhada na defesa da preservacao da mem6ria historica e no exercfcio da cidadania. 42 rfo· DEMONSTRA<;OES FINANCEIRAS E ANEXO As DEMONSTRA<;OES FINANCEIRAS MARIO SOARES BALANCO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013 (Montantes expressos em Euros) 2014 Not as RUBRICAS 2013 ACTIVO Activo nao corrente Actives fixos tanglveis Total do activo nae Corrente 5 1.652.650,25 1.652.650,25 1.830.126,85 1.830.126,85 6 7 8 15 9 15.902,96 1.097,98 324.004,28 782,01 2.548.932,39 92.047,62 2.982.767,24 15.492,45 858,00 686.138,03 0,00 2.593.122,64 80.351,47 3.375.962,59 4.635.417,49 5.206.089.44 765.654,77 193.335,22 2.682.556,61 685.845,62 4.327.392,22 765.654,77 193.335,22 2.632.610,20 823.015,22 4.414.615,41 Resultado liquidodo exerclcio -103.955,03 49.946,41 TOTAL DO FUNDODECAPITAL 4.223.437,19 4.464.561,82 45.233,89 14.243,20 48.643,21 303.860,00 411.980,30 14.740,45 11.007,17 49.007,28 666.772,72 741.527,62 411.980,30 741.527,62 4.635.417,49 5.206.089.44 Activo corrente lnventflrios Clientes Outras contas a receber Diferimentos Outros actives financeiros Caixa e dep6sltos bancarlos Total do activo corrente 10 TOTAL DOACTIVO FUNDOSPATRIMONIAIS EPASSIVO Fundos Patrimoniais Fundos pr6prios Outras reservas Resultados transltados Outras vartacees nos fundos pr6prios Passivo Passivo corrente Fornecedores Estado e outros entes publicos Outras contas a pagar Diferimentos Total do passivo corrente 11 11 11 11 12 13 14 15 TOTAL DO PASSIVO TOTAL DOS FUNDOSPATRIMONIAIS EDO PASSIVO 0 anexo faz parte integrante deste balance em 31 de Dezembro de 2014. 0 Tecnico Oficial de Contas n.? 16010 Ant6nio Fernandes Pereira 44 .: ) MARIO SOARES DEMONSTRA<;AO DOS RES ULTADOS POR NATUREZAS DO EXERCiCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013 (Montantes expressos em Euros) RENDIMENTOS EGASTOS Notas Vendas e services prestados Subsidies a exporacao Custa das mercadorias vendidas e das rraterias consurridas Fornecimentos e services externos Gastos com o pessoal lmparidade de inventarios (perdas I reversees) lmparidade de investimentos nao depreciaveis I armrtaaveis (perdas I reversoes) Aumentos I reducoes de justo valor Quiros rendirnentos e ganhos Quiros gastos e perdas Resultado antes de dapraclacoea, gastos de financiamento e impostos 16 17 6 18 19 6 e 20 5 e 21 9 22 23 107.184,73 498.921,72 -3.340,99 -422.200,14 -348.750,07 -94,32 0,00 59,75 208.670,12 -70.030,62 -29.579,82 9.173,56 756.384,00 -1.777,09 -410.284,53 -371.556,04 -13.678,06 -100.000,00 3.495,89 312.851,58 -70.593,63 114.015,68 Gastos I reversoes de depreciacao Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 5 e 24 -181.511,30 -211.091,12 -184.518,12 -70.502.44 25 26 Resultado antes de impostos 107.136,09 0,00 -103.955,03 120.461,51 -12,66 49.946,41 Resultado liquido do exercicio 0,00 -103.955.03 0,00 49.946 41 Juras e rendimentos sirrilares obtidos Juras e gastos sirrilares suportados Impasto sabre o rendimento do exercicio 2014 2013 0 anexo faz parte integrante desta dernonstracao dos resultados por naturezas para o exercfcio findo em 31 de Dezembro de 2014. 0 Tecnico Oficial de Contas n." 16010 Ant6nio Fernandes Pereira 45 MARIO SOARES DEMONSTRA<;AO DAS ALTERA<;OES NOS FUNDOS PATRIMONIAIS (Montantes expressos em Euros) DEMONSTRACAO DAS ALTERACOES NOS FUNDOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 DESCRICAO Notas POSICAOEM 1 DEJAN8RODE2014 FUNDOSPATRIMONIAIS Outras Outras Reaultadoa varlaq6aa reservaa trana ltadoa nos fundos lpatrlmonlala Fundos 765 654,77 Altaraq6ea no axerclclo: irrj)uta9aode subsldios para investirnentos Atsctacao do resullado llquldo do exerclcio findo em 31 de Dezerrllro de 2013 . . 17 11 765.654 77 193.335,22 2.632_610,20 . . 0 49.946,41 193.335 22 2_662.556_61 Raaultado llquldo do eu.rclclo Total dos Fundoa Patrlmonlala 823 015,22 49 946,41 4.464 561,82 -137_169,60 -137.169,60 -49.946.41 0.00 000 4_327.392,22 . 6.fJ5.8~5 62 - Reaultado llquldo do exerclcto -103.955,03 ·103 955,03 Resuttado Integral -103_955.03 -103.955.03 765__854 77 POSICAOEM 31 DEDEZEMBRODE2014 193_335 22 2J'62.5.5s 6, aSS,8115 62 -103.955 03 4.223.437 19 DEMONSTRACAO DAS ALTERACOES NOS FUNDOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 DESCRICAO Notas POSICAOBVl1 DEJAN8RODE2013 FUNDOSPATRIMONIAIS Outras Rasultado Total Outras Resultados varlsQ6aa llquldo dos Fundoa reservaa tranoltados nos fundos do Patrlmonlals 0Mr.{IJ10111ru~ uerclclo Fundos 765 654,77 AltaraQ6es no axerclclo: lmputa9aode subsidios para investirnentos Atectacao do resultado llquido do exerclcio findo em 31 de Dezerrllro de 2012 17 193 335,22 2 679 980,35 - . - -47.370,15 193.33_522 2.6~1020 960 184,82 -47.370, 15 4 551 785,01 - -137 169,60 -137169,60 . 47.370.15 000 4_414.R15 41 Resultado llquldo do exarclclo 49 946,41 49 946,41 Resultado Integral 49 94§ 41 49_946,41 49.94§ 41 4,4!14,561 ·!r.l JRR.654.77 POSICAOEM 31 DEDEZEMBRODE2013 7651>5'\ 71 ·11l3;:ias.22 2.63k610·20 823.01522 823cQt5 22 0 anexo faz parte integrante desta demonstracao das alteracees nos fundos patrimoniais para o exercfcio findo em 31 de Dezembro de 2014. 0 Tecnico Oficial de Contas n." 16010 Ant6nio Fernandes Pereira 46 i· \) 1··,; i ;, MARIO SOARES DEMONSTRA<;AO DOS FLUXOS DE CAIXA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013 (Montantes expressos em Euros) M ETODO DIRECTO 2013 2014 Not as RUBRICAS FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS: Recebirrentos de clientes Pagarrentos a fornecedores Pagarrentos ao pessoal Recebirrentos de subsfdios a exploracao Caixa gerada pelas opera~Oes Outros recebirrentos I pagarrentos Pagarrentos de IV A Fluxos das actlvidades operaclonals 108.294,61 -441.811,44 -363.451,63 498.921,72 10.260,79 -495.714,37 -379.414,94 750.444,00 -198.046,74 -114.424,52 46.916,36 -1.517,91 48.815,47 -1.355,09 -66.964,14 -152.648.29 (1) FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO: Pagamentos respeltantes Actives fixes tangiveis Aplicayoes financeiras a: 0,00 -2.383.911,61 -4.962,66 -1.445.000,00 -2.363.911,61 -1.449.962,66 Recebimentos provenlentes de: Actives fixes tangiveis Aplicayoes financeiras Juras e rendirrentos sirrilares 0,00 2.323.768,15 111.843,86 1.508.000,00 106.307, 12 2.435.612,01 1.614.307,12 Fluxos das actlvldades de lnvestlmento 164.344,44 (2) 51.700,20 FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAM ENTO: Pagamentos respeltantes Juras e gastos sirrilares a: 0,00 Fluxos das actlvldades 0,00 0,00 0 00 0.00 11.696,15 0,00 80.351,47 92.047.62 -15.263,94 0,00 95.615,41 80.351.47 de financlamento (3) Variai;.ao de caixa e seus equlvalentes (1+2+3) Efeito das dlferen~as de cAmblo Caixa e seus equlvalentes no lniclo do exerciclo Caixa e seus equivalentes no flm do exercicio 10 10 0 anexo faz parte integrante desta dernonstracao dos fluxos de caixa para o exerclcio findo em 31 de Dezembro de 2014. 0 Tecnico Oficial de Contas n.? 16010 Ant6nio Fernandes Pereira 47 ; ; _i (-_[; ;i·,, MARIO SOARES ANEXO AS DEMONSTRACOES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 (Montantes expressos em Euros) 1. NOTA INTRODUTORIA e A Fundacao Mario Soares (adiante designada por "Fundacao") uma pessoa colectiva de direito privado e tipo fundacional, sem fins lucrativos e de utilidade publica, ligada pessoa do ex-Presidente da Republica, Dr. Mario Soares, e tern a sua sede em Lisboa, na Rua de Sao Bento, n.? 176. a A Fundacao, como projecto europeu, tern por fim realizar, promover e patrocinar accoes de caracter cultural, cientffico e educativo nos domfnios da ciencia polftica, da hist6ria conternporanea, das relacoes internacionais e dos direitos humanos. A confirrnacao do estatuto de utilidade publica da Fundacao, ao abrigo da Lei-Quadro das fundacoes, aprovada pela Lei n.? 24/2012, de 9 de Julho, consta do Despacho n." 1921/2013 do Secretario de Estado da Presidencia do Conselho de Ministros, de 14 de Janeiro de 2013, publicado no Diario da Republica - II Serie n. 0 23, de 1 de Fevereiro de 2013. A Fundacao foi constitufda em 12 de Setembro de 1991, tendo iniciado a sua actividade cultural em fins de Abril de 1996. A Casa-Museu Centro Cultural Joao Soares, em Cortes, constitui um p61o da Fundacao na regiao de Leiria. Nos termos do art." 5° dos seus Estatutos, a Fundacao desenvolvera as actividades pr6prias da realizacao dos seus fins, cabendo-lhe, nomeadamente: i) Executar, promover ou patrocinar projectos de investiqacao em domfnios concernentes aos seus fins; ii) Constituir e organizar o arquivo pessoal do Dr. Mario Soares e todos os outros que al sejam incorporados, assim coma, recuperar o edificio sito em Cortes, destinado instalac;ao da Casa-Museu Centro Cultural Joao Soares, em que se incorporam o conjunto de objectos recebidos pelo Dr. Mario Soares enquanto Presidente da Republica e uma exposlcao hist6rico-polftica sobre o Seculo XX portuques: iii) Realizar, promover ou patrocinar accoes de formacao e de debate atraves de conferenclas, seminaries e col6quios; iv) Realizar, promover ou patrocinar actividades de fomento cultural e de divulgac;ao, em especial as dirigidas juventude; v) Realizar, promover ou patrocinar actividades editoriais; vi) lnstituir premios e conceder balsas de estudo, compatfveis com os seus fins e possibilidades; vii) Subvencionar a publicacao de estudos; viii) Constituir e montar uma biblioteca especializada nas areas da ciencia polftica, da hist6ria conternporanea, das relacoes internacionais e dos direitos humanos; ix) Promover o desenvolvimento de estudos europeus, tendo em vista a nova construcao europeia e a participacao de Portugal na uniao Europeia; x) Estimular a cooperacao cultural e cientifica entre Portugal e os pafses africanos lus6fonos, Brasil, Timor-Leste, India (Goa) e Regiao Administrativa Especial de Macau. a a Aquando da sua constituicao, o fundo inicial da Fundacao ascendia a 498.798 Euros, resultante das contribuicoes em dinheiro dos fundadores. 0 Conselho de Administracao entende que estas dernonstracoes financeiras reflectem de forma verdadeira e apropriada as operacoes da Fundacao, bem come a sua poslcao, desempenho financeiro e fluxes de caixa. As dernonstracoes financeiras anexas sao apresentadas em Euros, sendo esta divisa igualmente a moeda funcional da Fundacao, dado ser a divisa utilizada preferencialmente no ambiente econ6mico em que a Fundacao opera. 48 cJ,;. ~: ~__ l i'··.J ;_ I/\;~ :\ i_ MARIO SOARES 2. REFERENCIAL FINANCEIRAS CONTABILiSTICO DE PREPARA(;AO DAS DEMONSTRACOES As demonstracoes financeiras anexas foram preparadas no quadro das disposlcoes em vigor em Portugal, efectivas para os exercfcios iniciados em 1 de Janeiro de 2012, em conformidade com o Decreto-Lei 36A/2011, de 9 de Marc;:o, e de acordo com a Norma Contabilfstica e de Relato Financeiro para Entidades do Sector Nao Lucrativo (NCRF-ESNL) - parte integrante do Sistema de Norrnalizacao Contabilfstica (SNC) incluindo a correspondente estrutura conceptual e modelos de dernonstracoes financeiras. No processo de transicao das normas contabilisticas anteriormente adoptadas pela Fundacao, consubstanciadas nas Normas Contabilfsticas e de Relato Financeiro (NCRF) para a NCRF-ESNL, a Fundacao seguiu os requisites previstos no n.? 5 da NCRF-ESNL para a adopcao pela primeira vez. Consequentemente, as altsracoes de politicas contabilfsticas decorrentes da opcao pela primeira vez da presente norma foram aplicadas prospectivamente. Para efeitos de conversao para a NCRF-ESNL, em 31 de Dezembro de 2012, foram efectuados ajustamentos de translcao, com efeitos nos fundos patrimoniais, no valor de 23.441,46 Euros, referentes ao desreconhecimento do custo amortizado dos investimentos financeiros. lnstrumentos legais da NCRF-ESNL: • Portaria n. 0 105/2011, de 14 de Marc;:o - Modelos de dernonstracoes financeiras • Portaria n. 0 106/2011, de 14 de Marc;:o - C6digo de contas • Aviso n.? 6726- B/2011, de 14 de Marc;:o - NCRF-ESNL • Decreto-Lei n.0 36 -A/2011, de 9 de Marc;:o 3. PRINCIPAIS POLiTICAS CONTABILiSTICAS As principais polfticas contabilfsticas adoptadas na preparacao das demonstracoes financeiras anexas sao as que abaixo se descrevem. Estas polfticas foram consistentemente aplicadas a todos os exercfcios apresentados, salvo indicacao em contrario. 3.1 BASES DE APRESENT ACAO As demonstracoes financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operacoes e de acordo com o regime contabilfstico do acrescimo, a partir dos livros e registos contabilfsticos da Fundacao, mantidos nos termos da norma contabilistica e de relate financeiro para entidades do sector nao lucrativo ("NCRF-ESNL") e em caso de inforrnacao al omissa, respeitando as normas contabilfsticas e de relato financeiro ("NCRF"). 3.2 ACTIVOS FIXOS T ANGiVEIS Os actives fixos tangiveis encontram-se registados ao custo de aquisic;:ao, o qual inclui o custo de compra, quaisquer custos directamente atribufveis as actividades necessaries para colocar os actives na localizacao e condtcao necessaries para operarem da forma pretendida, deduzido de depreciacoes e perdas por imparidade acumuladas. No que respeita aos bens doados a Fundacao em 1994 - terreno e ediffcio onde se encontra localizada a Casa-Museu Centro Cultural Joao Soares, sito em Cortes, Leiria, e o painel de azulejos "O Cristo dos Pescadores" nela instalado - os respectivos valores encontram-se registados com base em avaliacoes 49 c}-;. MARIO SOARES efectuadas por entidades externas e especializadas a data das doacoes, deduzidos das depreciacoes acumuladas. Os actives fixos tangiveis adquiridos ate 1 de Janeiro de 2009 (data de transicao para as NCRF), encontram-se registados pelo seu valor considerado ("deemed cosf'), ao abrigo da NCRF 3 -Adop9ao pela primeira vez das NCRF, o qual corresponde ao custo de aqutslcao ou custo de aquisicao reavaliado ao abrigo de diplomas legais, ou no case dos bens cedidos pelo Estado Portuques em 1 de Janeiro de 1995, com base em avanacao efectuada per uma entidade especializada naquela data, deduzida das depreciacoes acumuladas ate 1 de Janeiro de 2009. Os actives fixos tangiveis adquiridos ap6s a data de transicao (1 de Janeiro de 2009) encontram-se registados ao custo de aquisicao, deduzido das depreciacoes acumuladas e de perdas de imparidade acumuladas, quando aplicavel, nao tendo havido qualquer impacto com a adopcao das NCRF - ESNL. A quantia depreclavel dos actives fixes tangiveis e imputada numa base slsternatica durante a vida util dos mesmos, sendo calculada mensalmente, ap6s o memento em que estes estejam disponiveis para uso, de acordo com o rnetodo das quotas constantes lineares, aplicado consistentementede perfodo para periodo, e consideradascomo um gasto, reconhecidonos resultados. As taxas de depreciacao utilizadascorrespondemaos seguintes periodos de vida utll estimada: Anos de vida Ediflcios e Outras Construc;:Oes Equipamento Basico Equipamento Administrativo Ferramentas e Utens nios Outros activos fixos tanglveis 10- 20 4-5 4 4 3-8 Os valores residuais dos actives, as respectivas vidas uteis e o rnetodo de depreclacao utilizado sac revistos anualmente. 0 efeito de alguma alteracao a estas estimativas e reconhecido,prospectivamente,na dernonstracaodas alteracoes nos fundos patrimoniais. As despesas de manutencao e reparacao (dispendios subsequentes) que nao sao susceptiveis de gerar beneficios econ6micos futures adicionais sac registadas come gastos no periodo em que sac incorridas. 0 ganho ou a perda resultantes da alienacao ou abate de um active fixo tangivel sac determinados pela diterenca entre o justo valor do montante recebido na transaccao ou a receber e a quantia escriturada do active, sendo reconhecido em resultados no periodo em que ocorre a alienacao ou o abate nas rubricas de "Outros rendimentos operacionais"ou "Outros gastos operacionais", consoante se trate de um ganho ou de uma perda, respectivamente. 3.3 IMPARIDADE DE ACTIVOS NAO CORRENTES E efectuada uma avaliacao de imparidade a data de cada posicao financeira e sempre que seja identificado um evento ou alteracao nas circunstancias que indique que o montante pelo qual o active se encontra registado possa nao ser recuperado. Sempre que o montante pelo qual o active se encontra registado e superior a sua quantia recuperavel, e reconhecida uma perda de imparidade na dernonstracao dos resultados do periodo correspondente, na rubrica de "Perdas per imparidade". . 50 MARIO SOARES 3.4 INVENTARIOS Os inventarios encontram-se mensurados pelo seu custo ou valor realizavel lfquido, dos dois o mais baixo, considerando ainda que o custo de tnventario deve incluir todos os custos de compra, custos de conversao e outros custos incorridos para colocar os inventarlos no local e na condicao actuais. 0 valor lfquido de realizacao representa o preco de venda estimado deduzido de todos os custos estimados necessaries para concluir os lnventarios e para efectuar a sua venda. e Nas situacoes em que o valor de custo superior ao valor lfquido de realizacao, e registado um ajustamento (perda por imparidade) pela respectiva diferenca. A Fundacao utiliza o custo medic como rnetodo de custeio das safdas. 3.5 ACTIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS Os actives e os passives financeiros sao reconhecidos no balance apenas quando a Fundacao se torna uma parte das correspondentes disposlcoes contratuais, sendo utilizado para o efeito o previsto na NCRFESNL. Os actives e os passives financeiros sao assim mensurados de acordo com os seguintes criterios: (i) ao custo, menos qualquer perda por imparidade; ou (ii) ao justo valor, com as alteracoes de justo valor reconhecidas na dernonstracao das alteracoes nos fundos patrimoniais. (i) Ao custo menos perda por imparidade Sao mensurados "ao custo ou custo amortizado" os actives e os passives financeiros que apresentem as seguintes caracterfsticas: a - Sejam vista ou tenham uma maturidade definida; - Tenham associado um retorno fixo ou deterrnlnavel; e - Nao sejam um instrumento financeiro derivado ou nae incorporem um instrumento financeiro derivado. O custo amortizado e determinado atraves do rnetodo do juro efectivo. Nesta categoria incluem-se, consequentemente, os seguintes actives e passives financeiros: a) Clientes e outras contas a receber Os saldos de clientes e outras contas a receber sao registados ao custo amortizado deduzido de eventuais perdas por imparidade. Usualmente, o custo amortizado destes actives financeiros nao difere do seu valor nominal. b) Caixa e dep6sitos bancarios Os montantes incluidos na rubrica de "Caixa e dep6sitos bancarios" correspondem aos valores de caixa, dep6sitos bancarios e dep6sitos a prazo e outras aplicacoes de tesouraria vencfveis a menos de dois meses. Estes actives sao mensurados ao custo amortizado. financeiros nao difere do seu valor nominal. Usualmente, o custo amortizado destes actives 51 MARIO SOARES c) Outros actives financeiros Os montantes incluidos na rubrica de "Outros actives financeiros" correspondemaos valores de obriqacoes nao convertfveis, mensuradosao custo amortizado. Nesta rubrica estao, tarnbem, englobados os valores referentes aos dep6sitos bancarios com prazos venciveis superiores a tres meses. d) Fornecedorese outras contas a pagar Os saldos de fornecedores e outras contas a pagar sao registados ao custo amortizado. Usualmente, o custo amortizado destes passivesfinanceiros nao difere do seu valor nominal. e) Financiamentosobtidos Os financiamentosobtidos sao registados no passive ao custo amortizado. Eventuais despesas incorridas com a obtencao desses financiamentos, designadamenteos encargos com juros e despesas similares, sao reconhecidas pelo metodo do juro efectivo em resultados do exerclcio ao longo do perfodo de vida desses financiamentos.As referidas despesas incorridas, enquanto nao estiverem reconhecidas,sao apresentadasa deduzir a rubrica de "Financiamentosobtidos". Os encargos financeiros sao registados na demonstracao dos resultados de acordo com o regime da especializacao. Os emprestirnos sac classificados coma passives correntes, a nao ser que a Empresa tenha o direito incondicionalpara diferir a llquidacaodo passive por mais de 12 meses ap6s a data de relato. (ii) Ao justo valor com as alteracoes reconhecidas na demonstracao das alteracoes nos fundos patrimoniais Todos os actives e passivos financeiros nao classificados na categoria "ao custo" sao classificados na categoria "ao justo valor com as alteracoes reconhecidasna demonstracaode variacao patrimonial". Tais actives e passivos financeiros sao mensurados ao justo valor. No caso concrete da Fundacao, nao existem activos e passivos financeiros a classificar nesta categoria. lmparidadede activos financeiros Sempre que existam indicadores objectivos de que a Fundacao nae ira receber os montantes a que tinha direito de acordo com o estipulado entre as partes, e registada uma perda por imparidade na dernonstracao de resultados. Os indicadores utilizados pela Fundacao na identiflcacao de indlclos de imparidade sao os seguintes: - lncumprimentode prazo de vencimento e/ou de outras clausulas acordadas entre as partes; - Dificuldadesfinanceiras do devedor; e - Probabilidadede falencia do devedor. Sempre que se verifiquem estes indicios, e analisada a existencia de perdas por imparidade, que e determinada pela diferenca entre a quantia escriturada do activo e o seu correspondentevalor recuperavel. 52 t#· MARIO SOARES As perdas por imparidade sao registadas em resultados na rubrica de "Perdas por imparidade" no periodo em que sao determinadas. Subsequentemente, se o montante da perda por imparidade diminui, esta registada na rubrica de "Reversoes de perdas por imparidades". e revertida por resultados e Desreconhecimentode activos e passivos financeiros A Fundacao desreconhece activos financeiros apenas quando os direitos contratuais aos seus fluxos de caixa expiram, ou quando transfere para outra entidade o controlo desses activos e todos os riscos e beneficios significativos associados posse dos mesmos. a A Fundacao desreconhece passivos financeiros apenas quando a correspondente obriga9ao seja liquidada, cancelada ou expire. 3.6 SUBSiDIOS Os subsidios s6 sao reconhecidos apenas quando existe uma certeza razoavel de que a Fundacao cumprtra as condtcoes a eles associadas para a sua atribui9ao e de que os mesmos serao recebidos. a Os subsidios atribuidos Fundacao, a fundo perdido, relacionados com a aqulstcao de activos nao correntes sao inicialmente reconhecidos no balance na rubrica de "Outras variacoes nos fundos patrimoniais", sendo subsequentemente imputados numa base slsternatica na demonstracao dos resultados coma rendimentos do exercfcio, proporcionalmente as depreclacoes dos actives subjacentes, durante o periodo correspondente a vida utll dos actives com as quais se relacionam. Outros subsidies sac, de uma forma geral, reconhecidos na dernonstracao dos resultados como rendimentos numa base sisternatica e racional durante os periodos contabilisticos necessaries para as balancear com as gastos relacionados. Os subsidios do Governo que tern par finalidade compensar perdas ja incorridas ou que nao tern gastos futuros associados sao reconhecidos como rendimentos do periodo em que o recebimento se torna efectivo. 3.7 PROVISOES, PASSIVOS CONTINGENTES E ACTIVOS CONTINGENTES As provisoes sao apenas reconhecidas quando se verifica, cumulativamente, uma obriqacao presente (legal ou construtiva), como resultado de um acontecimento passado, que seja provavel um ex-fluxo de recursos, que incorporem contributos para o desenvolvimento das actividades presentes e futuras da entidade, necessario para liquida9ao dessa obriqacao e que seja possivel efectuar uma estimativa fiavel da quantia da obriqacao. A quantia reconhecida como uma provisao consiste na melhor estimativa do dispendio exigido para liquidar a obriqacao presente a data do balance, tendo em consideracao os riscos e incertezas que inevitavelmente rodeiam os acontecimentos. As provisoes sao revistas a data de cada balance e ajustadas para reflectir a melhor estimativa corrente. Se deixar de ser provavel que sera necessario um ex-fluxo de recursos para liquidar a obriqacao, a provisao revertida. e Os activos e passivos contingentes nao sao reconhecidos nas demonstracoes financeiras. Os passivos financeiros apenas sao divulgados no Anexo, a menos que seja remota a possibilidade de um ex-fluxo de recursos que incorporem contributos para o desenvolvimento das actividades presentes e futuras da 53 MARIO SOARES entidade. Os activos contingentes sao divulgados no Anexo quando for provavel um influxo para o desenvolvimento das actividades presentes e futuras da Fundacao. As obriqacoes presentes que resultam de contratos onerosos sao reconhecidas e mensuradas como provisoes. Existe um contrato oneroso quando a Fundacao parte integrante das disposicoes de um contrato ou acordo, cujo cumprimento tern associados gastos que nao e passive! evitar, os quais excedem os beneficios econ6micos derivados do mesmo. e 3.8 REDITO e 0 redito mensurado pelo justo valor da retribuicao recebida ou a receber decorrente da actividade normal da entidade. 0 redito reconhecido liquido do Impasto sabre o Valor Acrescentado (IVA), abatimentos e descontos. e 0 redito da Fundacao corresponde essencialmente donativos recebidos (Nota 17). ao reconhecimento em resultados dos subsfdios e e 0 redito proveniente da prestacao de services e venda de bens reconhecido no exercfcio a que respeita, com referencla a fase de acabamento da transaccao e/ou servico a data de relato. e O redito proveniente de juros reconhecido utilizando o rnetodo do juro efectivo, desde que seja provavel que beneffcios econ6micos fluam para a Fundacao e o seu montante possa ser mensurado com fiabilidade, utilizando como base de reconhecimento o regime do acrescimo, 3.9 IMPOSTO SOBRE 0 RENDIMENTO A Fundacao esta abrangida por um estatuto de isencao fiscal em sede de Impasto sabre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC), decorrente das actividades de caracter cultural e de utilidade publica previstas nos seus estatutos, conforme publicado em Dlario da Repualica - II Serie, n.? 183, de 8 de Agosto de 1996, e nos termos constantes da informacao n.? 548/96, da Direccao de servlcoe de IRC nele mencionada (Nota 13). 3.10 JUIZOS DE VALOR CRiTICOS E PRINCIPAi$ FONTES DE INCERTEZA ASSOCIADAS As ESTIMATIVAS Na preparacao das dernonstracoes financeiras anexas foram efectuados julzos de valor e estimativas e utilizados diversos pressupostos que afectam as quantias relatadas de activos e passivos, assim coma as quantias relatadas de rendimentos e gastos do perfodo. As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor conhecimento existente a data de aprovacao das dernonstracoes financeiras dos eventos e transaccoes em curso, assim como na experiencia de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderao ocorrer situacoes em perfodos subsequentes que, nao sendo previsfveis a data de aprovacao das demonstracoes financeiras, nao foram consideradas nessas estimativas. As alteracoes as estirnativas contabilfsticas resultam de nova lnformacao ou novas desenvolvimentos inerente aos activos e passivos, e obriqacees e beneficios futuros esperados associados aos mesmos, posteriores a data das dernonstracces financeiras, sendo aplicadas de forma prospectiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transaccoes em questao poderao diferir das correspondentes estimativas. 54 r•u r•,j J)/\1.\:.\( · .• MARIO SOARES Os principaisjufzos de valor e estimativasefectuadas na preparacaodas demonstracoesfinanceiras anexas encontram-se,quando aplicavel, descritos nas notas correspondentesdeste anexo. 3.11 ESPECIALIZACAO DOS EXERCiCIOS A Fundacao regista os seus rendimentos e gastos de acordo com o princfpio da especializacao dos exercfcios, pelo qual os rendimentos e gastos sao reconhecidos a medida que sao gerados, independentemente do momenta do respective recebimento ou pagamento. As diferenr;:as entre os montantes recebidos e pagos e os correspondentes rendimentos e gastos gerados sao registadas como "Devedores por acrescirnode rendimentos"ou "Credores por acrescimo de gastos". 3.12 ACONTECIMENTOS SUBSEQUENTES Os acontecimentos decorridos ap6s a data do balance que proporcionam informacao adicional sobre condlcoes que existiam a data do balance ("adjusting events" ou acontecimentosocorridos ap6s a data do balance que dao origem a ajustamentos) sao reflectidos nas demonstracoes financeiras. Os eventos realizados ap6s a data do balance que proporcionam tntormacao sobre condlcoes verificadas ap6s a data do balance ("non adjusting events" ou acontecimentos que tiveram lugar ap6s a data do balanc;:o que nao dao origem a ajustamentos) sao divulgados nas demonstracoes financeiras, se forem considerados materialmenterelevantes. 4. POLfTICAS CONTABILiSTICAS, ALTERACOES NAS ESTIMATIVAS CONTABILiSTICAS ER ROS E Alteracao voluntarla de politicas contabilisticas Para alem dos efeitos derivados da conversao para as NCRF, aplicadas pela primeira vez em 2010, ocorreram em 2012 alteracoes as politicas contabilfsticas utilizadas pela Fundacao por forc;:a da aplicacao do normative NCRF-ESNL,a partir de 1 de Janeiro. No decurso do periodo findo em 31 de Dezembro de 2014, nao ocorreram alteracees as polfticas contabilfsticasaplicadas. Alteracao em estimativas contabilisticas No decurso do perfodo findo em 31 de Dezembro de 2014, nae foram efectuadas alteracoes na metodologia de calculo das estimativas. correccao de erros No decurso do periodo findo em 31 de Dezembro de 2014, nae foram efectuadas correccees decorrentes de erros materiais de perfodos anteriores. 55 f. i_ J 1~- . ! i ; ,.\ MARIO SOARES 5. ACTIVOS FIXOS TANGIVEIS Durante os exercicios findos em 31 de Dezembro de 2014 e de 2013, o movimento ocorrido na rubrica de "Activos fixos tangiveis", bem como nas respectivas depreciacoes acumuladas e perdas par imparidade, foi o seguinte: 31 de Dezembro de 2014 Saldo em 01-Jan-14 Custo: Terrenos e recursos naturais Ediflcios e outras construcoes Equiparrento bastco Equiparrento adninistrativo Outros activos fixos tangfveis Deprecla!;Oes acumuladas Ediflcios e outras construcees Equiparrento baslco Equiparrento adninistrativo Outros activos fixos tangfveis I Aquisl!;Oes eeerecia!foes Aliena!toes I .Abates Perdas por Saldo em lmearldade 31-Dez-14 452.096,95 5.233.543,30 397.545,03 0,00 0,00 4.034,70 0,00 0,00 452.096,95 0,00 0,00 0,00 0,00 1.173.729,72 296.587,14 7.553.502'14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 5.233.543,30 401.579,73 1.173.729,72 4.118.019,37 0,00 4.034,70 373.589,00 167.095,59 13.348,78 934.526,82 297.240,10 5. 723.375,29 1.066,93 0,00 181.511,30 296.587,14 7.557.536,84 0,00 0,00 4.285.114,96 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 386.937,78 935.593,75 297.240,10 5.904.886,59 1.830.126,85 1.652.650,25 31 de Dezembro de 2013 Saldoem 01-Jan-13 Custo: Terrenos e recursos naturais Ediffcios e outras construcoes Equiparrento basico Equiparrento adninistrativo Outros activos fixos tangfveis Depreclacoes acumuladas Ediffcios e outras construcoes Equiparrento baslco Equiparrento adninis trativo Outros activos fixos. tangfveis AquislcOes I Deerecla!;Oes AllenacOes Abates I Perdas por Saldo em lmparldade 31-Dez-13 0,00 0,00 452.096,95 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -100.000,00 5.233.543,30 397.545,03 1.173.729,72 0,00 7.523,43 0,00 0,00 0,00 -100.000,00 296.587,14 7.553.502,14 3.950.555,62 167.463,75 14.193,21 2.680,29 180,87 184.518, 12 0,00 0,00 0,00 0,00 4.118.019,37 359.395,79 931.846,53 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 452.096,95 5.233.543,30 390.021,60 0,00 0,00 7.523,43 1.273. 729, 72 296.587,14 7.645.978, 71 297.059,23 5.538.857,17 2.107.121,54 373.589,00 934.526,82 297.240, 10 5.723.375,29 1.830.126,85 56 ~- MARIO SOARES A rubrica ''Terrenos e recursos naturais" tern a seguinte composicao: Terrenos e recursos naturais: Ediffcio do Arquivo & Biblioteca da Funda98o Mario Soares Casa-Museu.Centro Cultural Joi!o Soares sede da Funda91!0 Mario Soares em Lisboa 299 029,34 120 396,35 32.671,26 Total 452.096,95 Em 23 de Outubro de 1995, a Camara Municipalde Lisboa celebrou com a Fundacao um contrato pelo qual constituiu a seu favor o direito de superficie sobre o terreno onde se situam as instalacoes onde a Fundacao tern a sua sede, por um periodo de trinta anos (em 1997, o prazo foi alterado para 50 anos). Ao abrigo deste contrato, a Fundacao ficou obrigada a efectuar contraprestacoes mensais de 1.247,00 Euros, paqaveis a partir do momento em que o valor dessas contraprestacoes mensais iguale o valor das obras de recuperacaoque realizou. Durante o exercicio de 1997, por deliberacao da Camara Municipal de Lisboa datada de 16 de Setembro de 1997, a area cedida na constitulcao do direito de superficie acima referido foi rectificada de forma a incluir duas parcelas adicionais anexas a area inicial. Adicionalmente, foi prorrogado o prazo do direito de superficie da area inicial e parcelas anexas para 50 e 48 anos, respectivamente,conforme deliberacao da Camara Municipalde Lisboa datada de 12 de Novembrode 1997. A rubrica de "Edificios e outras construcoes" inclui o montante de 3.163.419,31 Euros relativo ao edificio do Arquivo & Biblioteca da Fundacao Mario Soares, cuja abertura ao publico ocorreu no exercicio de 2000. Para este investimento,foram concedidas a Fundacao cornparticlpacoeea fundo perdido pelo Minlsterio do Equipamento,do Planeamentoe da Admfnlstracao do Territ6rio (MEPAT), pelo Ministerio da Educacao (ME) e pelo Mlnisterio da Cultura (MC), nos montantes de 1.496.393,70 Euros, 748.196,85 Euros e 498.797,90 Euros, respectivamente, encontrando-se as mesmas a ser reconhecidas como rendimento, proporcionalmente as depreclacoes do investimento subsidiado. As comparticlpacoes indicadas no paraqrafo anterior constam de um protocolo assinado em 16 de Janeiro de 1998, no qual a Fundacao se compromete a nae transmitir a outrem o equipamento objecto do presente contrato, pelo periodo de cinco anos a contar da data da conclusao definitiva da obra, sob pena de devolucao das comparticipacoes(Notas 11 e 17). A rubrica de "Edificios e outras construcoes" inclui igualmente o montante de 213.593,22 Euros relative ao edificio da Casa-Museu - Centro Cultural Joao Soares, sito em Cortes, Leiria. 0 justo valor deste im6vel na data da sua doacao a Fundacao, determinado por uma entidade especializada independente,ascendeu a 128.455,43Euros e foi registado por contrapartida da rubrica de "Outras reservas" (Nota 11 ). Os restantes montantes incluidos na rubrica de "Edificios e outras construcoes" dizem principalmente respeito aos encargos ocorridos com obras de recuperacaoe beneflciacao das tnstatacoes onde se localiza a sede da Fundacao, Na rubrica de "Equipamento administrativo", por contrapartida da rubrica de "Outras reservas", encontra-se registado um painel de placas ceramicas denominado "Cristo dos Pescadores", da autoria do artista plastico Hein Semke, doado a Fundacao, cujo justo valor foi avaliado pelo Museu Nacional dos Azulejos em 49.879,79 Euros (Nota 11). No exercicio de 2011 foi doada a Fundacao uma escultura intitulada "Construcao com Verde", composta por quatro pecas distintas, em ferro, vidro, madeira, esmalte e espelho, pelo artista plastlco Carlos Manuel de Sousa Pereira Nogueira, obra de arte cujo valor foi estimado pelo crltico de arte e conservador de Museu 57 c~. MARIO SOARES Jose Luis Porfirio em 15.000,00 Euros, montante que foi registado administrativo" par contrapartida da rubrica de "Outras reservas" (Nata 11 ). na rubrica de "Equipamento Em Julho de 2012 foi alienado diverso material tnformatico em fim de vida util pelo valor de 50,00 Euros, cujo custo de aqulsicao ascendeu a 40.772,75 Euros, encontrando-se totalmente depreciado, sendo o seu valor llquido contabilistico nulo. No exercicio de 2014 foi adquirido equipamento basico no valor total de 4.034,70 Euros. Perdas por imparidade Em Outubro de 2008 a Fundacao teve a oportunidade de adquirir uma coleccao, designada par Colec9ao Ant6nio Pedro Vicente, sabre a iconografia da Republica, reunida pelo Professor Ant6nio Pedro Vicente, pelo valor de 200.000,00 Euros, com o intuito de realizar diversas exposicoes, col6quios e conferenclas no ambito da sua actividade inscrita no programa nacional de cornernoracoes do Centenario da Republica, iniciado com a publicacao, em 5 de Outubro de 2009, do livro "A Ma9onaria e a lmplanta9ao da Republica". 0 desfecho do referido programa verificou-se em 2011, na celebracao do centenaric do Ano 1 da Republica, com a apresentacao de duas exposicoes na Casa-Museu - Centro Cultural Joao Soares, intituladas "Quern fez a Repub/ica", organizada pela Fundacao em parceria com a Cultideias, Invisible Design e Mapa das ldeias, e "Enfim, a Republica!", produzida com base na Colec9ao Ant6nio Pedro Vicente. Nessa mesma ocasiao foi apresentado o cataloqo complete da referida coleccao, com textos de Mario Soares, Ant6nio Pedro Vicente, Henrique Cayatte e Alfredo Caldeira, numa edicao conjunta da Funda9ao e da lmprensa Nacional Casa da Moeda (INCM). Todavia, constatou-se que, fora do contexto das comemoracoss, o montante escriturado da coleccao excede manifestamente a sua quantia recuperavel, valor esse que se reporta a centenas de pecas que integram a coleccao e que a Fundacao se viu obrigada a adquirir em virtude da vontade manifestada pelo vendedor de, para garantia da rnanutencao da unidade da coleccao, nao aceitar a venda de apenas algumas das suas componentes. Desta forma, a Fundacao registou em 2013 uma perda por imparidade no valor de 100.000,00 Euros (Nata 21 ). 6. INVENT ARIOS Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os inventarios da Funda9ao eram detalhados conforme se segue: 31-Dez-14 31-Dez-13 Mercadorias 29.675,34 29.675,34 29.170,51 29.170,51 Perdas por irrparidades de inventarios 13.772,38 15.902,96 13.678,06 15.492,45 Os inventarios detidos pela Fundacao respeitam, essencialmente, a livros e cd's que se encontram nas instalacoes do Arquivo & Biblioteca da Fundacao Mario Soares, em Lisboa, e na Casa-Museu - Centro Cultural Joao Soares, em Leiria. 58 <-JJ-;. f ~ ] ! [' -, I ~ ·-. _; t '../ 1' .• ) - . ' /'". ( ' -- •• ~. ' :' ' ' ' i MARIO SOARES Custo das mercadorias vendidas 0 custo das mercadorias vendidas reconhecido nos exercfcios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, conforme se segue: e detalhado 31-Dez-14 29.170,51 94,32 3.751,50 29.675,34 3.340,99 Saldo inicial em 1 de Janeiro RegularizayOes corroras I DevoluyOes Saldo final em 31 de Dezembro Gusto das mercadorias vendidas 31-0ez-13 28.397,60 0,00 2.550,00 29.170,51 1.777,09 Perdas por imparidade No exercfcio de 2013 foi registada uma perda por imparidade no valor total de 13.678,06 Euros (Neta 20), reconhecida em resultados do perfodo, referente aos seguintes itens: cataloqo Enfim, a Republica!, CDROM Bento de Jesus Cerece e CD-ROM Manuel Mendes, nos valores de 1.108,26 Euros, 4.387,24 Euros e 8.182,58 Euros, respectivamente. No que se refere ao cataloqo Enfim, a Republica!, o mesmo reporta-se ao inventario complete da Cotecceo Ant6nio Pedro Vicente, com textos de Mario Soares, Antonio Pedro Vicente, Henrique Cayatte e Alfredo Caldeira, numa edlcao conjunta da Fundacao e da lmprensa Nacional Casa da moeda (INCM), lanc;:ado em 2011 aquando a reatizacao da exposicao organizada com base na referida coleccao, no ambito da celebracao do centenario do Ano 1 da Republica, Relativamente danificados. aos CD's-ROM Bento de Jesus cerece e Manuel Mendes, os mesmos encontram-se Assim, existe evldencia clara de que o valor realizavel lfquido dos bens acima mencionados e nulo. No exercfcio de 2014 foi registada uma perda por imparidade de inventarios no valor de 94,32 Euros proveniente do registo de uma regularizac;:ao relativa ao cataloqo Enfim, a Repub/ica!, aquando da contagem fisica de lnventarlos em a 31 de Dezembro de 2014 (Nota 20). 7. CLIENTES Em 31 de Dezembro de 2014 e de 2013, a rubrica "Clientes" tinha a seguinte cornposlcao: 31-Dez-14 Clientes Clientes conta corrente Perdas por imparidade acumuladas 1.097,98 1.097,98 0,00 1.097,98 31-0ez-13 858,00 858,00 0,00 858,00 A rubrica "Clientes" apresenta um prazo de vencimento inferior a doze meses. Durante os exercfcios findos em 31 de Dezembro de 2014 e de 2013, nao ocorreram movimentos na rubrica de "Perdas por imparidade acumuladas de clientes". 59 eh· , /• ; . /. i -, ! l ; l _J ;·,,~.~ i [ ..,•/\~!;./\'-. MARIO SOARES ... 8. OUTRAS CONTAS A RECEBER Em 31 de Dezembro de 2014 e de 2013, a rubrica de "Outras contas a receber" tinha a seguinte composicao: 31-Dez-14 Devedares par acresctro de rendimenlos: Juros a receber - Dep6sitas a prazo outros devedares: Conlrata Mecenalico - BPI (Nola 15) contrsto Mecenatico - BES (Nola 15) Conlralo Mecenatico - Fund. Ram6n Areces (Nola 15) Camara Municipal Lisboa - A"olocala (Nola 15) C&mara Municipal Leiria - contrato A"ograma (Nola 15) Assoclacao Divulgadora da Gasa-Museu Abel Salazar Fornecedores (Saldas Devedores) Gamlles I. P. (ex-lPAD- Minist. Neg6cias Eslrangeiras) (Nola 15) Fund. Calouste Gulbenkian - "Passaparle do Leilor" (Nola 15) Conlralo Mecenatico - Gaixa Ecan6mica Monlepio Geral (Nola 15) A"ojeclo HOPE (Nola 15) Perdas par i"l)aridade acumuladas 31-Dez-13 17.660,06 16.831,09 100.000,00 100.000,00 50.000,00 40.000,00 13.860,00 2.471,62 12,60 0,00 0,00 0,00 0,00 200.000,00 200.000,00 75.000,00 80.000,00 13.860,00 2.471,62 62,60 75.000,00 500,00 5.000,00 17.412,72 324.004,28 0,00 324.004,28 686.138,03 0,00 686.138,03 Durante os exercfcios findos em 31 de Dezembro de 2014 e de 2013, nao ocorreram movimentos em "Perdas por imparidadeacumuladas" referentes a esta rubrica. 9. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS As categorias da rubrica "Outros activos financeiros", em 31 de Dezembro de 2014 e de 2013, sao detalhadas conforme se segue: 31-Dez-14 31-Dez-13 Obriga90es EURO- Taxa Variavel Fundos Multi-Obriga90es Dep6sita bancarlos - venclveis a mais de 3 meses 1.202.464,06 6.247,04 1.340.000,00 1.433.714,06 6.247,04 1.153.000,00 Ajustarrentos por vanacao de juslo valor 2.548.711,10 221,29 2.548.932,39 2.592.961, 10 161,54 2.593.122,64 De acordo com a NCRF-ESNL, os instrumentos financeiros negociados em mercado liquido e regulamentado (Fundos Multi-Obrigai;:oes)encontram-se mensurados ao justo valor, e as respectivas variacoes reconhecidaspor contrapartidade resultados do periodo. 60 MARIO SOARES Em 31 de Dezembro de 2014 e de 2013, os actives financeiros mensurados ao justo valor deduzido das respectivas perdas por varlacao de justo valor, sao os abaixo indicados: 31-dez-14 Saldo lnicial Actives financeiros ao justo valor 161,54 161,54 Aumentos Reversoes 59,75 59,75 Saldo Final 0,00 0,00 221,29 221,29 31-dez-13 Saldo lnicial Actives financeiros ao justo valor -3.334,35 -3.334,35 Aumentos Reversoes 0,00 0,00 Saldo Final 3.495,89 3.495,89 161,54 161,54 ·10. CAIXA E SEUS EQUIVALENTES Para efeitos da dernonstracao dos fluxos de caixa, caixa e seus equivalentes inclui numerario, dep6sitos bancarios imediatamente mobllizavels (de prazo de vencimento inferior ou igual a dois meses) e aplicacoes de tesouraria no mercado rnonetario, liquidos de descobertos bancarios e de outros financiamentos de curto prazo equivalentes. Caixa e seus equivalentes em 31 de Dezembro de 2014 e de 2013, detalham-se conforme se segue: 31-Dez-14 Numerario Dep6sfos bancarlos imediatamente rnobilizaveis 11. 31-Dez-13 4.741,46 87.306,16 4.484,07 75.867,40 92.047,62 80.351 47 FUNDOS PATRIMONIAIS Fundos Pr6prios Esta rubrica representa os fundos pr6prios da Funda9ao no montante de 765.654,77 682.520,00 Euros foram realizados em nurnerario. Euros, dos quais Outras reservas a A rubrica de "Outras reservas" ascende a 193.335,22 Euros, correspondendo avaliacao, pelo justo valor, da Casa-Museu - Centro Cultural Joao Soares, de um painel de placas ceramicas doado a Fundacao e de 61 tfe· t l) ~--, .i !.)/\~~.- /\, i. \ MARIO SOARES uma escultura intitulada "Construcaocom Verde" doada a Fundacao em Dezembrode 2011, nos montantes de 128.455,43 Euros, 49.879,79 Euros e 15.000,00 Euros, respectivamente(Nata 5). Resultados transitados Par detiberacao do Conselho de Administracao, datada de 22 de Abril de 2013, foi aprovado o Relat6rio e Contas referente ao exercfcio findo em 31 de Dezembro de 2013, tendo sido tarnbern deliberado que o resultado liquido positivo referente a esse exercicio, no valor de 49.946,41 Euros, fosse integralmente transferido para a rubrica de "Resultadostransitados", perfazendo assim o montante de 2.682.556,61 Euros. Outras variacoes nos fundos patrimoniais Em 31 de Dezembro de 2014, a rubrica de "Outras variacoes nos fundos pr6prios" ascendia ao montante de 685.845,62 Euros (823.015,22 Euros em 31 de Dezembrode 2013). Esta rubrica compreende o subsidio ao investimento atribuido a Fundacao em 16 de Janeiro de 1998 pelo Ministerio do Equipamento, do Planeamento e da Admlntstracao do Territ6rio (MEPAT), pelo Ministerio da Educayao (ME) e pelo Ministerio da Cultura (MC), para financiamento da execucao do empreendimento destinado a instalacao do arquivo, biblioteca e audit6rio da Fundacao. Este subsidio ao investimento foi inicialmente reconhecido em fundos patrimoniais e subsequentemente vem sendo imputado numa base sistematica, coma rendimento durante o periodo de vida utll dos activos fixos subsidiados (20 anos) (Notas 5, 17 e 22). 12. FORNECEDORES Em 31 de Dezembro de 2014 e de 2013, a rubrica de "Fornecedores"tinha a seguinte composicao: 31-Dez-14 Fornecedores Fornecedores conta corrente 45.233,89 45.233,89 31-Dez-13 14.740,45 14.740,45 13. ESTADO E OUTROS ENTES PUBLICOS De acordo com a legislayao em vigor, as declaracoes fiscais estao sujeitas a revlsao e correccao par parte das autoridades fiscais durante um periodo de quatro anos (cinco anos para a Seguranr;;aSocial), excepto quando tenha havido prejufzos fiscais, tenham sido concedidos beneficios fiscais, ou estejam em curso inspeccoes, reclarnacoesou lrnpuqnacoes,casos estes em que, dependendo das circunstanclas,os prazos sao alargados ou suspensos. Deste modo, as declaracoes fiscais da Fundacao dos a nos de 2011 a 2014 poderao vir ainda a ser sujeitas a revisao, 0 Conselho de Admlnistracao da Fundacao entende que as eventuais correccees resultantes de revisoes e/ou inspecr;;oespar parte das autoridades fiscais aquelas declaracoes de impastos nao terao um efeito significativo nas demonstracoesfinanceiras em 31 de Dezembro de 2014 e de 2013. 62 i_ ~ t J r·"\J 1- J 1\, ( _ _;\ £. MARIO SOARE A Funda9ao esta abrangida por um estatuto de isencao fiscal em sede de lmposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC), decorrente das actividades de caracter cultural e de utilidade publica previstas nos seus estatutos, conforme publicado em Diarlo da Repubtica -11 Serie, n." 183, de 8 de Agosto de 1996, e nos termos constantes da inforrnacao n." 548/96, da Direccao de services de IRC nele mencionada. Em 31 de Dezembro de 2014, nao se encontrava em mora qualquer pagamento de dfvidas ao Estado ou outros Entes Publicos. Em 31 de Dezembro de 2014 e de 2013, a rubrica de "Estado e outros entes publlcos" apresentava a seguinte composicao: 31-Dez-14 Passivo Retenc;Oes na Fonte (IRS/IRC) Impasto sabre o valor acrescentado (IVA) Contribuic;Oes para a Seguranc;a Social 14. OUTRAS CONTAS 6.113,63 2.205,89 5.923,08 14.243,20 31-Dez-13 4.490,92 396,56 6.119,69 11.007,17 A PAGAR Em 31 de Dezembro de 2014 e de 2013, a rubrica de "Outras contas a pagar'' apresentava a seguinte cornposicao: 31-Dez-14 Credores por acrescrro de gastos: Remunerac;Oes a liquidar Electricidade Agua Comunicac;Oes Outros credores: Penhora - Vencimentos Clientes (Saldos credores) 31-Dez-13 45.116,64 3.420,61 74,25 0,00 45.116,65 2.733,83 218,80 325,00 31,71 0,00 48.643,21 0,00 613,00 49.007,28 63 i~ l. ) l·J 'i .i . r. \. ~ , \ '· ~ MARIO SOARES 15. DIFERIMENTOS Em 31 de Dezembro de 2014 e de 2013, a rubrica de "Diferimentos", apresentava a seguinte composicao: no activo e passivo correntes, 31-Dez-14 Diferimentos (Activo) Gastos a reconhecer: Aluguer de equiparnento Oiferimentos (Passlvo) Rendirnentos a reconhecer ·Subsidies: Contrato Mecenatico • BPI (Nata 8) Contrato Mecenatico ·BES (Nata 8) Contrato Mecenatico • Fund. Ram6n Areces (Nata 8) Carrara Municipal Lisboa. A'otocolo (Nata 8) Gamara Municipal Leiria • Contrato A'ograrna (Nata 8) cam5es I. P. (ex-lPAD· Minis!. Neg6cios Estrangeiros) (Nata 8) Fund. calouste Gulbenkian • "Passaporte do Leiter" (Nata 8) Contrato Mecenatico • Calxa Econ6mica Montepio Geral (Nola 8) A'ojecto HOPE (Nata 8) 31-Dez-13 782,01 782,01 0,00 0,00 100.000,00 100.000,00 50.000,00 40.000,00 13.860,00 0,00 0,00 0,00 0,00 303.860,00 200.000,00 200.000,00 75.000,00 80.000,00 13.860,00 75.000,00 500,00 5.000,00 17.412,72 666.772,72 Em Janeiro de 2007, foi celebrado um Protocolo de Cooperacao com o Ministerio dos Neg6cios Estrangeiros com vista ao referee da politica de cooperacao de Portugal, com os paises da CPLP, no ambito da preservacao da mem6ria hist6rica, pelo qual foi concedido Fundacao um apoio financeiro para o periodo 2007-2010 no montante global de 600.000,00 Euros, repartido em tranches anuais de 150.000,00 Euros cada uma. a Em 26 de Novembro de 2010, foi assinada uma Adenda ao referido Protocolo de Cooperacao celebrado com o Ministerio dos Neg6cios Estrangeiros, sendo a vigencia do mesmo prorrogada para o quadrienio seguinte, abrangendo os anos de 2011 a 2014, igualmente pelo montante global de 600.000,00 Euros e tarnbem repartido em tranches anuais de 150.000,00 Euros cada uma (Nota 8). a Em 4 de Abril de 2012, foi comunicado Fundacao pelo IPAD que a verba disponivel para esse ano nao permitia encarar a atribuicao do montante anual previsto na Adenda e que o apoio financeiro nao poderia exceder, em 2012, o valor de 100.000,00 Euros - o que levou a Fundacao a admitir que este valor pudesse vir a manter-se igual para os restantes anos (2013 e 2014), repartido em tranches anuais de valor equivalente. Consequentemente, a Fundacao procedeu em 2012 dirnlnulcao do apoio financeiro no montante de 150.000,00 Euros por contrapartida da rubrica de "Outros Devedores". No entanto, durante o exercicio de 2012, nao foi recebida a respectiva tranche do apoio financeiro previsto (100.000,00 Euros), tendo a mesma sido transferida para a Fundacao apenas em 18 de Mar90 de 2013, data em que foi reconhecido o correspondente redito (Notas 8 e 17). a Em Setembro de 2013, na sequencia do pedido de autorlzacao apresentado pela Fundacao em Janeiro desse ano relativamente lntroducao de alteracoes ao Plano lndicativo de Actividades de cooperacao para 2013 e respectivo Orcamento, o Camoes l.P. (ex-lPAD) informou que o mesmo foi autorizado no valor de 75.000,00 Euros, correspondente ao ja orcarnentado pela Fundacao para esse ano, reducao essa que teve em conta o disposto no art." 14° do Capitulo II da Lei n." 66-8/2012, de 31 de Dezembro. Tai valor manternse para o anode 2014, de acordo com a Lei do Orcamento de Estado aprovada para este ano. a 64 tJr;. : . ; .l f ' ,: ~ MARIO SOARES Em 1 de Julho de 2013, o Contrato MecenaticoPlurianual para fins culturais celebrado com o Banco BPI em 2010 (valido para o periodo 2010-2012) foi renovado para o trienio 2013-2015, mantendo-se o mesmo montante global de 300.000.00 Euros, repartido em tranches anuais de 100.000,00 Euros cada uma (Notas 8 e 17). Em Man;o de 2013, o Banco Espirito Santo atribuiu a Fundacao um apoio financeiro mediante a celebracao de um Contrato Mecenatico Plurianual para fins culturais a vigorar no trienio 2013-2015, no montante global de 300.000,00 Euros, a atribuir em tres prestacoes iguais de 100.000,00Euros (Notas 8 e 17). Em Julho de 2007, a Fundacao celebrou um Contrato Mecenatico Plurianual para fins culturais com a Fundaci6n Ram6n Areces, para vigorar no quinquenio 2007-2011, tendo sido recebida a ultima prestacao em Abril de 2011. Em Setembro de 2011, o referido contrato foi renovado para o quinquenio de 2012-2016, mantendo-se a contribulcao global de 125.000,00 Euros, a atribuir em cinco prestacoes no montante anual de 25.000,00 Euros cada uma (Notas 8 e 17). Em 7 de Novembro de 1995, foi celebrado um Protocolo entre a Fundacao e o Municfpiode Lisboa, onde se estabeleceramas formas de apoio municipal, vigorando o mesmo pelo prazo de dez anos, sucessivamente renovavel par igual periodo, se entretanto nao fosse denunciado par qualquer das partes, tendo ficado consagrada a atribulcao de um subsidio de 37.409,84 Euros par ano e prevista a actualizacao anual par acordo das partes. Em 2010 foi assinada uma adenda ao Protocolo celebrado em 7 de Novembro de 1995 entre a Fundacao e o Municfpio de Lisboa, fixando o apoio financeiro anual nele previsto no valor total de 50.000,00 Euros, para cada do remanescenteperiodo de vigencia do mesmo (2010-2015). No entanto, em Julho de 2012, dada a conjuntura econ6mica entao vigente e o esforco de contencao de despesa par parte do Municfpio, foi assinada nova adenda, no sentido de reduzir o montante do apoio a atribuir em 2012 para 40.000,00 Euros, montante anual que a Fundacao admite pudesse manter-se de 2013 a 2015. Consequentemente, a Fundacao procedeu a diminuicao do apoio financeiro no montante de 40.000,00 Euros par contrapartidada rubrica "Outros Devedores" (Notas 8 e 17). Em Julho de 2013, a Caixa Econ6mica Montepio Geral atribuiu a Fundacao um donativo no montante total de 20.000,00 Euros, destinado ao desenvolvimento de actividades culturais, designadamente a realizacao da exposicao "Viagem de Cosme Ill de Medicis em Portugal no ano de 1669" na Casa-Museu - Centro Cultural Joao Soares, e a orqanizacao e publicacao do respectivo cataloqo, tendo a primeira prestacao, no valor de 15.000,00 Euros, sido recebida nessa data e ficado diferido para 2014 o recebimento da segunda (Notas 8 e 17). Em 2014, foi celebrado nova Contrato-Programaentre a Fundacao e o Municipio de Leiria tendo par objecto a atribuicao de um auxilio financeiro para a execucao, pela Casa-Museu - Centro Cultural Joao Soares, de actividades, a realizar no Municfpio de Leiria, no montante total de 19.800,00 Euros. 0 referido auxflio obedece a um piano de pagamentos especffico de acordo com a complexidade e duracao do projecto, sendo efectuado em duas tranches, 30% (5.940,00 Euros) ap6s a celebracao do contrato e 70% (13.860,00 Euros) no final, mediante apresentacao e aprovacao do relat6rio final. 0 relat6rio de actividades final foi aprovado somente em 2015 e, par sua vez, o recebimento da ultima tranche tarnbern s6 se verificou em 2015. Os subsidios acima mencionados sao reconhecidos coma rendimento na demonstracao dos resultados na rubrica de "Subsfdios a exploracao", em virtude de estarem relacionados com a actividade operacional da Fundacao. 65 tfr;. c \~ r:i__1 r,J r\.'\ MARIO So'ARES 16. VEN DAS E SERVI OS PREST ADOS As vendas e services prestados reconhecidospela Fundacao nos exercicios findos em 31 de Dezembro de 2014 e de 2013, sao detalhados conforme se segue: Mercado lnterno Vendas de mercadorias Prestai;:ao de servlcos 3.644,47 103.540,26 107.184,73 Mercado lnterno Vendas de mercadorias Prestai;:ao de servlcos 31-dez-14 Mercado Externo 4.105,62 5.067,94 9.173,56 Total 0,00 0,00 0,00 31-dez-13 Mercado Externo 3.644,47 103.540,26 107.184,73 Total 0,00 0,00 0,00 4.105,62 5.067,94 9.173,56 Em 2014, as prestacoes de services efectuadas pela Fundacao respeitam, essencialmente,ao Contrato de Prestacao de Services celebrado em Dili a 13 de Maio de 2014, entre o Arquivo & Museu da Resistencia Timorense (AMRT) e a Funda9ao Mario Soares, com o objectivo de retorcar o Arquivo da Resistencia Timorense e capacitar quadros do AMRT. 66 /~ t/{;;1 · l : ' . MARIO SOARES 17. SUBSIDIOS Subsidios a exploracao Durante os exercicios findos em 31 de Dezembro de 2014 e de 2013, a Funda9ao beneficiou dos seguintes subsidios a exploracao: 31-Dez-14 Contrato fv'lecenatico - BPI ( Nota 15) Contrato fv'lecenatico - BES (Nota 15) GamOes I. P. (ex-lPAD- Minist. Neg6cios Estrangeiros) (Nola 15) Contrato fv'lecenatico - Fund. EDP Gamara Municipal Lisboa - Protocolo (Nota 15) Contrato fv'lecenatico - Fund. Ram6n Areces (Nota 15) Funda.;:ao llldio Pinho Camara Municipal Leiria - Contrato Programs (Nota 15) Projecto HOPE Joaquim Paulo Nogueira de Lalanda e Gastro Contrato fv'lecenatico - Gaixa Econ6mica Montepio Geral (Nola 15) Intelligent Life Solutions, Lda. Df namicspharma, S.A. Octapharma Gestao Estrategica e Operacional Fundacao Portugal Africa Fund. Galouste Gulbenkian Agricortes - correrclo de Maquinas e Equip., Lda. Contrato fv'lecenatico - Bespar (Nota 15) Contrato fv'lecenatico - Galp Energia Outras Entidades 100.000,00 100.000,00 75.000,00 75.000,00 40.000,00 25.000,00 25.000,00 19.800,00 17.412,72 5.159,00 5.000,00 5.000,00 3.000,00 2.000,00 1.000,00 500,00 50,00 0,00 0,00 0,00 498.921,72 31-Dez-13 100.000,00 100.000,00 175.000,00 100.000,00 40.000,00 25.000,00 50.000,00 5.940,00 0,00 0,00 15.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2.000,00 50,00 90.000,00 50.000,00 3.394,00 756.384,00 Em Abril de 2011, foi celebrado um contrato com a Fundacao EDP estabelecendo as bases de uma relacao de parceria entre as partes para o desenvolvimento de um conjunto de projectos no arnbito da Cidadania, da Ciencia, da Cultura e da Cooperacao Internacional durante o trienio de 2011-2013, com uma contribuicao no montante global de 300.000,00 Euros, repartida em seis prestacoes iguais no montante de 50.000,00 Euros, correspondentes a 100.000,00 Euros par ano, tendo sido reconhecido o redito correspondente a 2013 (Notas 7 e 8). Todavia, a 23 de Julho de 2014, foi assinado um Protocolo Mecenatlco de Cooperacao Cultural entre a Fundacao Mario Soares ea Fundacao EDP com vista a estabelecer as bases da relacao de parceria entre ambas para o desenvolvimento de um conjunto de projectos no ambito da Cidadania, da Ciencia, da Cultura e da Cooperacao Internacional, atribuindo exclusivamente para o ano de 2014 uma contribulcao no montante global de 75.000,00 Euros, valor este reconhecido coma redito do exercfcio. Em 2014, foi celebrado novo Contrato-Programa entre a Fundacao e o Municfpio de Leiria tendo por objecto a atribuicao de um auxilio financeiro para a execucao, pela Casa-Museu - Centro Cultural Joao Soares, de actividades, a realizar no Municfpio de Leiria, no montante total de 19.800,00 Euros. O subsidio designado por "Projecto HOPE" refere-se ao ultimo montante recebido da Cornissao Europeia em resultado da participacao da Fundacao num cons6rcio criado entre 13 entidades de diversos pafses para execucao do projecto "Heritage of the People's Europe", que consistia na dlsponibllizacao, atraves da Internet, de documentos relativos hist6ria conternporanea social e polltica da Europa. A Fundacao recebeu a importancia de 17.412,72 Euros em 2014, sendo o correspondente redito reconhecido no exercfcio (Notas 8 e 15). a 67 MARIO SOARES A rubrica de "Outras Entidades" corresponde a subsfdios atribufdos por diversas entidades publlcas e privadas nao destinados a actividadesespecfficas. Subsidios ao investimento Durante os exercfcios findos em 31 de Dezembro de 2014 e de 2013, o movimento dos subsidies ao investimentofoi o seguinte: Saldo inicial Subsidies ao investimente(Neta 11): MinisteriePlaneamente MinisterieEducayille MinisterieCultura 448.917,56 224.458,78 149.638,88 823.015,22 Saldo inicial Subsidies ao inveslimento (Nota 11): Ministerio Planeamente Ministerio Educayille MinisterieCultura 523.737,32 261.868,66 174.578,84 960.184,82 31-dez-14 Rendimento do exercicio (Nota 22) 74.819,76 37.409,88 24.939,96 137.169,60 31-dez-13 Rendimento do exercicio (Nota 22) 74.819,76 37.409,88 24.939,96 137.169,60 Saldo final 374.097,80 187.048,90 124.698,92 685.845,62 Saldo final 448.917,56 224.458,78 149.638,88 823.015,22 68 l '{ .i ('.l l '; .:'· MARIO SOARES 18. FORNECIMENTOS E SERVI OS EXTERNOS A rubrica "Fornecimentos e services externos" nos exercicios findos em 31 de Dezembro de 2014 e de 2013, detalhada conforme se segue: e 31-Dez-14 141.007,96 88.071,68 58.171,96 44.058,58 24.474,48 17.562,60 10.222,15 10.116,57 9.418,40 8.342,45 2.683,41 2.291,14 2.251,95 1.335,05 1.051,22 614,56 286,27 100,00 81,39 58,32 0,00 422.200,14 Honorarios Trabalhos Especializados Deslocac;:Oes e Estadas Electricidade Limpeza, Higiene e Conforto conservecao e Reparac;:ao Comunicac;:ao Rendas e Alugueres Material de Escrit6rio Ferrarnentas e Utensmos Agua Seguros Outros Servic;:os Despesas de Representac;:ao Vigill!.mcia e Seguranc;:a Publicidade e Propaganda Livros e Docurnentac;:ao Tecnica Contencioso e Notariado Outros Fluldos Combustlveis Artigos para Oferta A rubrica de "Honoraries" respeita, essencialmente, 31-Dez-13 155.778,35 107.234,15 22.704,28 44.009,36 24.411,78 7.778,97 9.828,32 12.765,32 11.275,04 3.033,03 1.453,52 2.415,44 1.868, 18 2.416,39 754,22 674,56 1.413,44 15,00 64,35 361,58 29,25 410.284,53 Varia<;ao -9,48% -17,87% 156,22% 0,11% 0,26% 125,77% 4,01% -20,75% -16,47% 175,05% 84,61% -5,15% 20,54% -44,75% 39,38% -8,89% -79,75% 566,67% 26,48% -83,87% -100,00% a servlcos prestados ao Arquivo & Biblioteca da Fundacao, A rubrica de "Trabalhos especializados" refere-se, essencialmente, a assistencla tecnica informatica, a contratos de rnanutencao de equipamentos e trabalhos de traducao e artes graficas. A rubrica de "Deslocacoes e estadas" refere-se, maioritariamente, aos custos suportados com transportes aereos. Esta rubrica registou um acrescimo significativo em cerca de 156% face a 2013, devendo-se ao Contrato de Prestacao de servtcos celebrado em Dili a 13 de Maio de 2014, entre o Arquivo & Museu da Resistencia Timorense (AMRT) e a Fundacao Mario Soares, e consequente aumento das viagens realizadas par parte dos funcionarios da Fundac;ao destacados a este projecto. e A rubrica de "Conservacao e reparacao" composta, maioritariamente, pelos custos suportados com a conservacao dos edificios da Fundacao. Em 2014 esta rubrica registou um acrescirno de 125%, aproximadamente, devido obra realizada em Outubro de 2014 em Cortes, Leiria, referente substituicao de cobertura da Casa-Museu Centro Cultural Joao Soares, com o intuito de evitar a perda de acervos documentais doados Fundacao, a a a 69 H Jt·,\ J .) ;\ i '/\ \ : MARIO SOARES 19. GASTOS COM 0 PESSOAL A rubrica de "Gastos com o pessoal" nos exercicios findos em 31 de Dezembro de 2014 e de 2013, detalhada conforme se segue: 31-Dez-14 31-Dez-13 283.339,71 55.231,05 8.919,89 1.259,42 0,00 348.750,07 Remunera90es do pessoal Encargos sobre rerruneracees Ajudas de Gusto Quiros gastos com pessoal ndermzacoes e 300.423,57 57.835,53 7.070,79 1.293,03 4.933,12 371.556,04 Em 2013, a rubrica de "lndemnizacoes" apresentava o montante de 4.933,12 Euros referentes um posto de trabalho, em Lisboa, afecto ao Arquivo & Biblioteca da Funda9ao Mario Soares. a extlncao de 0 numero medic de efectivos nos exercicios findos em 31 de Dezembro de 2014 e de 2013 foi de 18 empregados. 20. PERDAS POR IMPARIDADE EM INVENTARIOS A rubrica de "Perdas por lmparidade em lnventarios" nos exercfcios findos em 31 de Dezembro de 2014 e de 2013, detalhada conforme se segue: e 31-dez-14 Perdas Em mventarlos (Nola 6) 94,32 94,32 ReversOes Total 0,00 0,00 94,32 94,32 31-dez-13 Perdas Em inventarios (Nola 6) 13.678,06 13.678,06 ReversOes 0,00 0,00 Total 13.678,06 13.678,06 70 f l)!\.["! I)/\( ·,. ~ r. .• \ !>.I ..1..,(·. i J MARIO SOARES 21 PERDAS POR IMPARIDADE DE INVESTIMENTOS NAO DEPRECIAVEIS/AMORTIZAVEIS A rubrica de "Perdas par lmparidade de lnvestimentos Nao Depreclaveis/Amortizavels" em 31 de Dezembro de 2014 e de 2013, detalhada conforme se segue: e nos exercicios findos 31-dez-14 Perdas Em actives fixes tangfveis (Nola 5) ReversOes 0,00 0,00 Total 0,00 0,00 0,00 0,00 31-dez-13 Perdas Em actives fixes tangiveis (Nola 5) 100.000,00 100.000,00 ReversOes 0,00 0,00 Total 100.000,00 100.000,00 22. OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS 0 detalhe da rubrica de "Outros rendimentos e ganhos" nos exercicios findos em 31 de Dezembro de 2014 e de 2013, o que se indica em seguida: e 31-Dez-14 lrrputai;ae de subsidies para investimentes (Notas 11 e 17) Rendimentes em im6veis Ganhes na allsnacao de aplcacees de teseuraria correccoes Relativas a Perledes Anterieres Ganhes em inventarios 137.169,60 52.043,20 18.750,00 613,00 94,32 208.670,12 31-Dez-13 137.169,60 51.337,74 124.344,24 0,00 0,00 312.851,58 A rubrica de "Rendimentos em im6veis" no montante de 52.043,20 Euros, corresponde a rendas recebidas pelo aluguer de lnstalacoes, na sede da Fundacao, ao Gabinete do ex-Presidente da Republica, Dr. Mario Soares. 71 I~ !. : f".J I ) /\;: . .:\. < MARIO SOARES 23. OUTROS GASTOS E PERDAS 0 detalhe da rubrica de "Outros gastos e perdas" nos exerclcios findos em 31 de Dezembro de 2014 e de 2013, e conforme se segue: 31-Dez-14 31-Dez-13 61.049,24 8.249,38 612,00 120,00 70.030,62 lrll)ostos Outros gastos e perdas Quotizac;:Oes Correcc;:Oes Relativas a Per/odo Anteriores 60.851,52 9.130,11 612,00 0,00 70.593,63 Os montantes registados na rubrica de "lmpostos", de 61.049,24 Euros em 2014 e 60.851,52 Euros em 2013, dizem respeito, fundamentalmente,ao imposto sobre o valor acrescentado referente aos honoraries dos colaboradores a recibos verdes ao servico da Funda9ao, assim como ao imposto sabre o valor acrescentadonao passive! de deducao, suportado em todas as despesas decorrentes da sua actividade. 24. GASTOS I REVERS0ES DE DEPRECIAQAO 0 detalhe da rubrica de "Gastos I reversoes de depreciacao" nos exercicios findos em 31 de Dezembro de 2014 e de 2013, e conforme se segue: 3t-dez-t4 Gastos Activos focos tangfveis (Nota 5) 181.511,30 t81.51t,30 Gastos Activos fixos tanglveis (Nola 5) 184.518,12 184.518,12 Reversoes 0,00 0,00 31-dez-13 Reversoes 0,00 0,00 Total 181.511,30 181.5tt,30 Total 184.518,12 184.518,12 72 CfJ· 't;. \ . )' ['! ',j j'") i\( l \, /\I I ·,. ) MARIO SOARES 25. JUROS E RENDIMENTOS SIM/LARES OBTIDOS 0 detalhe da rubrica de "Juros e rendimentos similares obtidos" nos exercfcios findos em 31 de Dezembro de 2014 e de 2013, o seguinte: e 31-Dez-14 Juros obtidos - De outras aplicai;:Oes de meios financeiros Juros obtidos - Dep6sitos bancarios 75.537,00 31.599,09 107.136,09 31-Dez-13 89.244,79 31.216,72 120.461,51 26. JUROS E GASTOS SIM/LARES SUPORTADOS 0 detalhe da rubrica de "Juros e gastos similares suportados" nos exercfcios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, esta expresso no quadro que se segue: 31-Dez-14 Juros suportados - Diversos Juros suportados - Juros de II/brae Corrpensat6rios 0,00 0,00 0,00 31-Dez-13 9,99 2,67 12,66 27 ACONTECIMENTOS APOS A DATA DO BALAN 0 Ap6s o encerramento do exercfcio findo em 31 de Dezembro de 2014 nao ocorreram eventos materialmente relevantes que afectem a sttuacao patrimonial e o equilfbrio financeiro da Fundacso e que, consequentemente, devam ser objecto de referencla. 28. DATA DE APROVA AO DAS DEMONSTRA OES FINANCEIRAS As Dernonstracoes Financeiras e o Anexo as Dernonstracoes Financeiras para o exercfcio findo em 31 de Dezembro de 2014 foram apresentadas pelo Presidente da Fundacao ao Conselho de Adrninistracao, que as aprovou em reuniao ocorrida em 14 de Abril de 2015, constando a deliberacao da Acta respectiva nos termos da legislac;:ao em vigor. 0 TECNICO OFICIAL DE CONTAS N° 16010 Ant6nio Fernandes Pereira 73 Lisboa, 14 de Abril de 2015 0 CONSELHO DE ADMINISTRA<;AO L~~ MARIO ALBERTO NOBRE LOPES SOARES Presidente da Fundacao MARIA ISABEL BARROSO LOPES SOARES Vice-Presidente da Fundacao ?. ?. ANTONIO SERRA CAMPOS DIAS DA CUNHA Yoga! 00 (.r .. r -: ~ ~ CARLOS AUGUSTO PULIDO YALENTE MONJARDINO Yoga! JOAO JOSE RODILES E'RAUSTO DA SIL YA Yogal JOAO BARROSO SOARES Yoga! RELATORIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL Fl}NDA\:AO MARIO SOARES RELATORIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL EXERCICIO DE 2014 1. Dando cumprimento a competencia que !he e conferida pelo art? 17°, n° 1, alinea c) dos Estatutos, o Conselho Fiscal da Fund acao Mario Soares apresenta o Relat6rio Anual que diz respeito a sua actividade de fiscalizacao desenvolvida em 2014 e emite o seu Parecer sobre o respectivo Balance e Contas, bem como sobre os Resultados do Exercicio, 2. 0 Conselho Fiscal acompanhou as accoes desenvolvidas pela Fundacao ao longo de 2014, tendo constatado que foi continuada a sua missao de promotora do fomento cultural, cientifico e educativo, bem como de divulgacao da inforrnacao que se encontra disponivel . nos seus arquivos. Tambern acompanhou a realizacao de conferencias, cursos, debates, seminaries, exposicoes ea sua participacao em diversas iniciativas publicas, bem como em accoes de relevante interesse nacional, em ccoper acao nae s6 com organismos dos Paises da CPLP como com outras entidades, apesar dos constrangimentos e condicces adversas que teve de enfrentar. 3_ 0 Conselho Fiscal acornpanhou, tambem, as accoes de fomento e de animacao cultural desenvolvidas atraves da Casa-Museu . Centro Cultural [oao Soares, num contexto cada vez mais dificil face as dificuldades de ordem financeira e a carencia de apoios essenciais para o custeio das suas actividades. 4. Das iniciativas promovidas pela Fundacao no decorrer de 2014, o Conselho Fiscal destaca a realizacao do ciclo de conferencias "Vidas com Sentido" que evocaram a mem6ria de vultos cujo significativo desempenho civico e politico foi relevante na nossa hist6ria recente. Destaca, ainda, a realizacao da 16" edicao do Premio Fundacao Mario Soares e a valiosa participacao do Arquivo & Biblioteca da Fundacao em diversas actividades, dando relevo ao tratamento e divulgacao de acervos que se revestem da maior importancia para o melhor conhecimento da nossa hist6ria contemporanea, 5. 0 Conselho 6. Tenda o Conselho Fiscal analisado as Demonstracoes Financeiras relativas ao Exercicio encerrado em 31 de Dezembro de 2014, salienta o sao criteria e o grande rigor que o Conselho de Administr acao aplicou na gestao da Fundacao e que se consubstanciam, em resumo, nos seguintes valores em milhares de Euros: Fiscal entende, tambem, sublinhar o esforco feito pelo Conselho de Administracao no sentido de racionalizar as actividades da Fundacao e salvaguardar o seu patrim6nio, atraves de uma gestao prudente e da manutencao de um rigoroso controle na aplicacao dos recursos disponfveis, face a situacao economico-financeira que o Pais actualmente atravessa, Total do Activo: Fundos Pr6prios: Resultado Liquide do Exercicio: 4.635 4.223 -104 De salientar o facto de, dadas as persistentes dificuldades resultantes da desfavoravel evolucao da situacao economico-financeira do Pais, ter sido possivel minorar um Resultado Liquide do Exercicio negative, sern grande efeito na manutencao da situacao patrimonial s61ida da Fundacao. RELATÓRIO DE AUDITORIA DELOITTE & ASSOCIADOS SROC, S.A.