Museu do Brinquedo de Sintra
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Museu do Brinquedo de Sintra
setembro 2004 13 > IPM – Novos desafios > Lei Quadro dos Museus Boletim trimestral da Rede Portuguesa de Museus [ editorial ] É com grande regozijo que IPM – Novos Desafios destacamos no presente Boletim a publicação da Lei Quadro dos Museus Portugueses, A publicação da Lei Quadro dos Museus Portugueses (Lei nº 47/2004) acontecimento que marca indubitavelmente no Diário da República de 19 de Agosto completa a primeira etapa de Projecto Rede Portuguesa a rentrée museológica e vem concretizar de um longo percurso que tem por objectivo reforçar a valorização de Museus aspirações antigas dos profissionais dos e a qualificação dos museus, assegurar a salvaguarda e a fruição > Reapreciação de candidaturas museus em Portugal. pública do património à sua guarda, incentivar a formação e o reco- de museus em processo de adesão Preparada com base no conhecimento da nhecimento profissional de quantos neles trabalham. realidade museológica do país, na expe- A sua aprovação, por unanimidade, na Assembleia da República, riência recente desenvolvida pelo IPM de espelha a oportunidade da sua apresentação, constitui reconheci- criação da RPM e na atenção às orientações mento da sua valia técnica e normativa e valoriza a forma participada internacionais, a Lei n.º 47/2004, de 19 como o texto legislativo foi elaborado. de Agosto, vem ombrear com as suas con- As disposições contidas na Lei Quadro determinam a necessidade géneres europeias, beneficiando da expe- de adaptações nos museus já existentes. Trata-se de um processo riência adquirida de outros sistemas já em que tutelas e equipas técnicas se devem envolver desde já, por testados no plano museológico. Pela forma forma a completarem esse período de adaptação em prazo tão participada como decorreu a preparação curto quanto possível. > Inventário e Divulgação online do da lei, em consequência do forte empe- A Lei Quadro constitui também um referencial exigente e responsável Património Cultural Móvel Nacional: nhamento da Direcção do IPM e envol- na criação de novos museus. Ao estabelecer um conjunto de pro- por Paulo F. da Costa, vendo representantes da APOM, do ICOM, cedimentos a cumprir durante o processo de criação de novas uni- Amélia Fernandes, Elsa G. Pinho, da ANMP, directores de museus e docentes (cont. na página 2) Portugueses – Novos Conceitos > Prorrogação da Estrutura à RPM > Candidaturas ao PAQM em 2004 > Centro de Documentação da RPM: Catálogo online > Centro de Documentação – Destaques > Subsídios para a elaboração de um Programa de Conservação Preventiva, por António Ponte principais eixos de acção do IPM, Inês C. Freitas universitários, o resultado atingido espelha > Notícias Museus RPM > Outras Notícias um normativo que se pretende adequado à diversidade de situações em presença, doravante norteadas pelos conceitos intro- > Dissertações > Encontros duzidos pela lei, designadamente os de museu e de colecção visitável. (cont. na página 2) APROVADA A LEI QUADRO DOS MUSEUS PORTUGUESES (continuação da página anterior) O carácter exaustivo da lei vem promover mais rigor e o estabelecimento de responsabilidades por parte dos mais qualidade, quer para os museus, quer para o público, museus e por parte do Estado. A sensibilização das entida- e vem reforçar a divulgação, o acesso e a maior fruição des de quem dependem os museus para os requisitos exi- do património cultural. A institucionalização da RPM e gíveis para a criação deste tipo de instituições, o impulso de um sistema de credenciação de museus são elementos de qualificação, de boas práticas e de modelos a seguir, e, cruciais, potenciando a experiência em curso e introdu- em última instância, a melhoria para o público serão outras zindo uma futura figura axial: os núcleos de apoio. consequências da Lei Quadro dos Museus Portugueses. São ainda de salientar nesta lei as noções de colaboração É, assim, num momento marcado por fortes desafios, como e de parceria e o reforço da intervenção consultiva, median- é sublinhado no texto de abertura pelo Director do Instituto te a atribuição de competências a um órgão novo, o Português de Museus, que se publica este número do Bole- Conselho de Museus, que será criado em diploma próprio. tim, pleno de notícias sobre a actividade dos museus e das Para a RPM este novo quadro legislativo constituirá uma entidades de que estes dependem. possibilidade de capitalizar a experiência adquirida com o projecto iniciado em 2000, através da institucionalização Clara Camacho de uma rede de museus com regras mais claras, visando Coordenadora da Estrutura de Projecto Rede Portuguesa de Museus (continuação da página anterior) IPM – Novos desafios dades museológicas, pretende-se fundamentar a sua Ao IPM cabe agora um vasto conjunto de responsa- efectiva necessidade, assegurar a sua viabilidade e bilidades para as quais tem de assegurar capacidade garantir desde logo a existência de condições para o de resposta em tempo útil. exercício pleno das funções que deve cumprir. Desde logo a preparação do projecto de diploma que Para o IPM, a aprovação deste diploma representa cria o Conselho de Museus, órgão consultivo do um passo essencial na estratégia de alargamento e Ministro da Cultura, uma das peças legislativas que consolidação das capacidades de apoio aos museus complementa a Lei Quadro. Mas também a estrutura- portugueses, independentemente da sua tutela. ção do novo processo de credenciação de museus e Passados os anos de arranque do Instituto, obrigatória a revisão dos programas de apoio técnico e financeiro e necessariamente direccionados para os processos já existentes. de qualificação dos museus nacionais, o IPM entrou Não será descurada a questão da instalação de núcleos numa nova fase de afirmação, a partir de 2000, com de apoio a museus, instrumento essencial à concre- a criação da Estrutura de Projecto Rede Portuguesa tização de uma efectiva desconcentração, nesta área, de Museus, numa iniciativa que se deve a Raquel bem como a regulamentação ou definição de norma- Henriques da Silva. tivos previstos na Lei Quadro. O trabalho desenvolvido pela Estrutura de Projecto E para que todo esse novo quadro de atribuições possa ao longo destes anos foi essencial, pela sua qualidade, encontrar resposta no IPM, o Instituto tem de ser redi- capacidade propositiva e permanente disponibilidade, mensionado e redefinida a sua estrutura interna, por para viabilizar a institucionalização da Rede Portugue- forma a incorporar as novas responsabilidades e a sa de Museus, cuja necessidade e oportunidade são melhorar a capacidade de articulação com os museus hoje amplamente reconhecidas pela comunidade e suas tutelas, com as universidades e outras instituições museológica. de investigação e educação, com as federações e 2 | Boletim Trimestral associações de amigos dos museus, com os mecenas, É esta a nova etapa que agora encetamos, são estes com as associações profissionais e sindicais, entre os desafios com que o IPM se confrontará no futuro outros intervenientes e parceiros cujo contributo é mais próximo. decisivo para levar a bom termo os objectivos antes Manuel Bairrão Oleiro apontados. Director do IPM Lei Quadro dos Museus Portugueses – Novos Conceitos Das grandes linhas orientadoras da nova Lei Quadro dos clarificar o panorama museológico, designadamente a Museus Portugueses (Lei n.º 47/2004, de 19 e Agosto), definição do conceito de museu e a introdução do salientamos a introdução de conceitos que ajudarão a conceito de colecção visitável. ❚ Museu 1. Uma instituição de carácter permanente, com ou sem personalidade jurídica, sem fins lucrativos, dotada de uma estrutura organizacional que lhe permite: a) garantir um destino unitário a um conjunto de bens culturais e valorizá-los através da investigação, incorporação, inventário, documentação, conservação, interpretação, exposição e divulgação, com objectivos científicos, educativos e lúdicos; b) facultar acesso regular ao público e fomentar a democratização da cultura, a promoção da pessoa e o desenvolvimento da sociedade. 2. Consideram-se museus as instituições, com diferentes designações, que apresentem as características e cumpram as funções museológicas previstas na presente lei para o museu, ainda que o respectivo acervo integre espécies vivas, tanto botânicas como zoológicas, testemunhos resultantes da materialização de ideias, representações de realidades existentes ou virtuais, assim como bens de património cultural imóvel, ambiental e paisagístico. Lei-Quadro dos Museus Portugueses – Lei n.º 47/2004, Artigo 3.º Colecção visitável 1. Considera-se colecção visitável o conjunto de bens culturais conservados por uma pessoa singular ou por uma pessoa colectiva, pública ou privada, exposto publicamente em instalações especialmente afectas a esse fim, mas que não reúna os meios que permitam o pleno desempenho das restantes funções museológicas que a presente lei estabelece para o museu. 2. A colecção visitável é objecto de benefícios e de programas de apoio e de qualificação adequados à sua natureza e dimensão através do Estado, das regiões autónomas e dos municípios, desde que disponha de bens culturais inventariados nos termos do artigo 19.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro. 3. Os programas referidos no número anterior são preferencialmente estabelecidos quando seja assegurada a possibilidade de investigação, acesso e visita regular. Lei-Quadro dos Museus Portugueses – Lei n.º 47/2004, Artigo 4.º Rede Portuguesa de Museus | 3 Notícias RPM Prorrogação da Estrutura de Projecto Rede Portuguesa de Museus A Estrutura de Projecto Rede Portuguesa de Museus, qualificação de museus e promoção de acções de criada na dependência do Instituto Português de formação) foram cumpridas no período inicialmente Museus pelo Despacho Conjunto n.º 616/2000, de estipulado, tendo sido considerado determinante 17 de Maio de 2000, foi recentemente alvo de uma garantir a continuidade das suas acções em prol dos segunda prorrogação pelo Despacho Conjunto dos museus que compõem esta Rede, actualmente cento Ministros da Cultura e das Finanças n.º 455/2004, de e vinte, e de outras entidades promotoras de projectos 6 de Julho, publicado no Diário da República, II Série, de carácter museológico. N.º 176, de 28 de Julho de 2004. A prorrogação da Estrutura de Projecto por mais um As atribuições cometidas a esta Estrutura de Projecto ano foi essencial neste período em que está decorrer no Despacho de criação (definição do modelo da a revisão da lei orgânica do Instituto Português de Rede Portuguesa de Museus; concepção e aplicação Museus, que irá introduzir as atribuições relacionadas do Regulamento de Adesão à RPM; criação e execu- com a RPM e as resultantes da entrada em vigor da ção de programas de apoio técnico e financeiro à muito recente Lei Quadro dos Museus Portugueses. ❚ Reapreciação de candidaturas de museus em processo de adesão à RPM Foram reapreciadas as candidaturas de museus em pro- (Procedimento 6-b do Regulamento de Adesão à RPM). cesso de adesão à RPM, os quais, por falta de cum- Foram quinze as candidaturas reapreciadas, seis apre- primento de alguns quesitos essenciais, não estavam sentadas no ano de 2001, oito em 2002 e uma em em condições de integrar a Rede. Segundo o Regu- 2003, tendo apenas quatro museus aderido em pleno lamento de Adesão à RPM, esta situação corresponde à RPM na sequência da sua efectiva qualificação ou da a casos em que «a entidade candidata não preenche os sua abertura ao público durante o período referido. parâmetros mínimos. Se a entidade pretender qualificar- Foram remetidas Adendas aos relatórios de apreciação -se de forma voluntária, de modo a preencher os parâmetros das candidaturas daqueles museus às respectivas tutelas, mínimos, poderá comprometer-se a fazê-lo ao longo de incluindo a análise da situação actual e a decisão final um processo de um ano. A entidade entra em “processo relativamente à adesão à RPM. de adesão à RPM”, podendo beneficiar das acções de Os quatro museus que integraram a RPM, após homo- formação e do aconselhamento técnico da RPM. Findo logação do Ministro da Cultura em 14 de Junho pp., este período, a candidatura volta a ser apreciada.» foram os seguintes: • Museu do Brinquedo de Sintra (2002) • Museu Pio XII (2001) Fundação Arbués Moreira Instituto de História e Arte Cristãs Sintra Braga • Museu da Imagem em Movimento (2001) • Museu do Traje de Viana do Castelo (2002) Câmara Municipal de Leiria Câmara Municipal de Viana do Castelo Leiria Viana do Castelo O Museu do Brinquedo tinha ficado em processo de adesão Estes museus beneficiaram de consultorias especializadas à RPM por não cumprir o quesito fundamental de ao abrigo do Programa de Apoio Técnico a Museus inventário das suas vastas colecções, enquanto que o promovido pela RPM em vertentes do trabalho Museu da Imagem em Movimento, o Museu Pio XII e o museológico que evidenciavam carências significativas e Museu do Traje de Viana do Castelo ficaram nessa condição que condicionavam a sua plena adesão. por ainda se encontrarem em fase de instalação. 4 | Boletim Trimestral Apoio Técnico Museu Museu do Brinquedo de Sintra Área Ano Inventário e Documentação 2001/2002/2003 Museu da Imagem em Movimento Museu Pio XII Conservação Preventiva 2001/2003 Museu do Traje de Viana do Castelo Conservação Preventiva 2002/2003 Programação Museológica 2003 Os museus em fase de instalação puderam beneficiar do Programa de Apoio à Qualificação de Museus, tendo ainda dos Programas de Apoio à Programação Museoló- em conta que estas vertentes do trabalho museológico gica e de Apoio à Investigação e ao Estudo de Colecções são estruturais para o seu funcionamento. Museu PAQM Programa N.º Projectos/Ano Museu da Imagem em Movimento P.2 Investigação e Estudo de Colecções 1 em 2001/2 em 2002/1 em 2003 Museu Pio XII P.2 Investigação e Estudo de Colecções 1 em 2001/1 em 2002 P.1 Programação Museológica 2 em 2002/1 em 2003 ra Museu do Traje de Viana do Castelo P.2 Investigação e Estudo de Colecções 1 em 2002 Os profissionais de alguns dos museus referidos também fase de instalação e que, por conseguinte, não asseguram participaram em acções de formação organizadas pela inteiramente as condições necessárias à preservação e RPM, o que contribuiu para a sua especialização, na à divulgação das respectivas colecções. perspectiva de um desempenho mais qualificado em Com a adesão dos referidos quatro museus e a integração áreas fundamentais do trabalho museológico. na RPM do Museu Agrícola de Entre Douro e Minho e Foram nove os museus que não entraram para a RPM do Museu Nogueira da Silva no passado mês de Fevereiro, por não terem conseguido cumprir, no período esti- últimas candidaturas à adesão apresentadas, o número pulado, os quesitos necessários e fundamentais à luz do de museus que compõem a Rede ascendeu às cento e Regulamento de Adesão à RPM. Também não integraram vinte unidades, distribuídas pelas várias regiões do País a RPM dois outros museus que ainda se encontram em e de dependência tutelar diversificada. Museus integrados na RPM por Tutela Museus integrados na RPM por Região N.º de Museus % de Museus N.º de Museus % de Museus Região Administração Central 36 30% Açores 8 7% Ministério da Cultura 28 22% Alentejo 7 6% 3% Tutela Outros Ministérios e Organismos da Administração Central 3 3% Algarve 4 E.P. ou S.A. de Capitais Públicos 2 2% Centro 13 11% Universidades Públicas 3 3% Lisboa e Vale do tejo 41 34% Administração Local 50 42% Madeira 7 6% 33% 100% Junta de Freguesia 47 39% Norte 40 Ministério da Cultura 1 1% Total 120 Ministério da Defesa 2 2% Administração Regional 14 11% Açores 8 6% Madeira 6 5% Privados 20 17% Associações 5 4% em curso a preparação do Regulamento e dos formu- Fundações 9 8% lários do novo sistema de credenciação à luz da Lei Igreja Católica 4 3% Misericórdias 2 2% 120 100% Total O sistema baseado no Regulamento de Adesão à Rede Portuguesa de Museus foi suspenso em 29 de Maio de 2003 por despacho do Ministro da Cultura, estando Quadro dos Museus Portugueses, entretanto aprovada e publicada: Lei n.º 47/2004, de 19 de Agosto. Na sequência da regulamentação desta Lei Quadro, a abertura de candidaturas ao novo sistema será oportunamente publicitada. ❚ Rede Portuguesa de Museus | 5 Candidaturas ao PAQM em 2004 Foram cento e dez os projectos remetidos à RPM por do Alentejo e do Algarve (7% dos museus em ambas). parte de quarenta e dois museus cumprindo o prazo É de assinalar mais uma vez a expressividade do núme- limite (30 de Junho) para apresentação de candidaturas ro de projectos apresentados na área da comunicação ao PAQM – Programa de Apoio à Qualificação de Museus. (P4.), que tem vindo a aumentar significativamente, A administração local é a tutela que mais se destaca revelando a crescente preocupação dos museus na qua- na apresentação de candidaturas a este Programa, lificação e na diversificação dos respectivos serviços pres- correspondendo a 79% dos museus. 19% dos museus tados aos públicos, quer no domínio da sua divulgação são de tutelas privadas e, finalmente, apenas 2% dos e das suas colecções, quer no âmbito dos seus serviços museus são dependentes de empresas públicas. Os educativos. O número de projectos em áreas do traba- museus da região Norte evidenciam-se novamente na lho museológico mais internas, como a conservação apresentação de candidaturas (43 %), seguidos dos (P3.) e a investigação (P2.), é muito aproximado, sen- da região de Lisboa e Vale do Tejo (33 %), sendo do de salientar a sua relativa flutuação ao longo dos menos representadas as regiões do Centro (9,5%), anos. Distribuição dos projectos candidatados em 2004 ao PAQM: P1. Programação Museológica 4 P2. Investigação e ao Estudo das Colecções 28 P3. Conservação Preventiva 29 P3.1. Aquisição de Equipamentos para a Conservação Preventiva 15 P3.2. Aquisição de Equipamentos para Reservas 8 P3.3. Aquisição de Serviços Especializados 6 P.4 Acções de Comunicação 48 P4.1. Acções de Acolhimento e de Comunicação 27 P4.2. Apoio a Projectos Educativos 21 Total de projectos candidatados 109 Projectos candidatados ao PAQM em 2001, 2002, 2003 e 2004: PAQM 2001 2002 2003 2004 P1. Programação Museológica 6 7 8 4 P2. Investigação e Estudo das Colecções 19 27 26 28 P3. Conservação Preventiva 37 26 23 29 P.4 Acções de Comunicação 26 21 32 48 Total de projectos candidatados 88 81 89 109 Como estabelecido no Regulamento do Programa, a respectivos apoios prevista para data subsequente, através análise e a apreciação dos referidos projectos está a da celebração de acordos de colaboração entre a Rede decorrer até 30 de Setembro, estando a formalização dos Portuguesa de Museus e as entidades beneficiárias. ❚ Centro de Documentação da RPM: Catálogo online Encontra-se já disponível na página da Rede Portuguesa de Museus – http://www.rpmuseus-pt.org –, no menu CD RPM, o catálogo do Centro de Documentação, através da opção Pesquisa no catálogo. A partir dessa opção, o utilizador acede ao catálogo do fundo documental da Rede Portuguesa de Museus, que integra fontes e recursos de informação especializados nas várias áreas de actuação dos museus. É ainda possível marcar consultas ao Centro de Documentação, requisitar obras e solicitar pesquisas, bastando para tal seleccionar, a partir do menu Pesquisa, a opção Pedidos de pesquisa, sugestões e empréstimos, com ligação directa para o correio electrónico do Centro de Documentação. 6 | Boletim Trimestral Centro de Documentação As obras em destaque incidem sobre a Arquitectura de Museus. correspondem, respectivamente às actas de um colóquio dedicado A primeira obra apresenta soluções adoptadas em equipamentos à especificidade da arquitectura de museus, organizado pelo culturais do Reino Unido para assegurar a sua acessibilidade por Museu Royal de Mariemont em 1998, e ao conjunto de comuni- parte de públicos idosos ou deficientes. A segunda inclui a cações apresentadas na Conferência Delivering a successful museum contribuição de dez especialistas no que respeita à arquitectura building realizada no mesmo ano, em Leeds. De cada uma das de museus em contextos urbanos. Também com contributos de obras salienta-se a respectiva referência bibliográfica e um resumo vários especialistas, a terceira e quarta obras aqui referenciadas sumário. Destaques TÍTULO: Access for disabled people to arts premises: the journey sequence. AUTOR: C. Wycliffe Noble, Geoffrey Lord PUBLICAÇÃO: Amsterdam: Elsevier, 2004 DESC. FÍSICA: xxiii, 162 p. ISBN: 0-7506-5779-0 Resumo: A obra documenta a integração de soluções de acessibilidade para pessoas portadoras de deficiências e para idosos em catorze equipamentos culturais do Reino Unido, incluindo museus, bibliotecas, teatros e galerias. Profusamente ilustrada com fotografias e plantas, a obra regista a aplicação de opções práticas que aliam o design e as características dos edifícios às soluções de acessibilidade para a criação de edifícios inclusivos. O livro contém ainda legislação, normas e bibliografia relevantes aplicadas a esta temática. TÍTULO: The architecture of the museum: symbolic structures, urban contexts. AUTOR: ed. Michaela Giebelhausen Resumo: Com a contribuição de vários especialistas das áreas da Arquitectura, Museologia e História da Arte, esta obra estrutura-se em torno da função simbólica e urbana do museu. Nos dez ensaios aqui reunidos, os autores PUBLICAÇÃO: Manchester; New York: Manchester University Press, 2003 reflectem sobre o museu no espaço urbano, sob as perspectivas da representação cívica, da regeneração urbana, do turismo cultural e da própria cidade como DESC. FÍSICA: 249 p. COLECÇÃO: Critical perspectives in Art History museu, recorrendo a estudos de caso de grande abrangência cronológica, geográfica e temática, da Kunstkamera do Czar Pedro o Grande, em São ISBN: 0-7190-5610-1 Petersburgo à cidade modernista de Brasília, à exploração do papel do museu na cidade nas utopias literárias dos séculos XVII-XX. TÍTULO: Architecture et musée: actes du colloque organisé au Musée Royal de Mariemont les 15 et 16 janvier 1998 PUBLICAÇÃO: Tournai: La Renaissance du Livre, 2001 DESC. FÍSICA: 249 p. COLECÇÃO: L’esprit des choses ISBN: 2-8046-0482-9 Resumo: De 15 a 16 de Janeiro de 1998, foi organizado pelo Museu Royal de Mariemont (Bélgica) um Colóquio com o objectivo de reflectir sobre a relação entre museu e arquitectura. Deve o museu-edifício ser de expressão minimalista, sem influir sobre os objectos expostos ou, pelo contrário, deve a arquitectura do museu ser, ela própria, uma obra de arte, mesmo que interfira com as outras obras expostas? As actas do Colóquio publicadas apresentam as reflexões em torno dessa questão central, com contributos de arquitectos, museólogos, historiadores, críticos e gestores de arte. TÍTULO: Delivering a successful museum building Resumo: A obra reúne as comunicações apresentadas na Conferência Delivering AUTORES: ed. May Cassar a successful museum building realizada em Leeds, de 29 a 30 de Outubro de PUBLICAÇÃO: Leeds: Armouries Drive, 1999 1998, organizada pela Royal Armouries e Museums and Galleries Commission, DESC. FÍSICA: 82 p. com o apoio de Institute for Conservation e de Museums Association (Reino ISBN: 0-948092-35-1 Unido). Com o intuito de partilhar a experiência profissional na área da arquitectura de museus e face à importância dos museus na sociedade actual, o livro aborda, de forma sistemática, os vários aspectos em acção durante a concepção, a programação e a execução dos projectos arquitectónicos, desde a relação entre cliente, arquitecto e restante equipa de projecto, à problemática da conservação preventiva ou à relação estética-funcionalidade, passando pelas questões de planificação e de calendarização dos projectos, contratos e aquisição de materiais de construção. Rede Portuguesa de Museus | 7 Artigo Subsídios para a elaboração de um Programa de Conservação Preventiva António Ponte* * Museu de Vila do Conde nos propúnhamos no início do projecto, sentimos a necessidade de os redefinir de acordo com a seguinte formulação: 1. Criar uma linha de acção para intervenção imediata 1.1. Assegurar o conhecimento dos materiais que compõem as colecções 1.2. Identificar as patologias 1.3. Definir as prioridades no processo de intervenção Um museu é hoje muito mais que uma mera exposição ou aglomerado de objectos num determinado espaço. Conscientes desse facto temos vindo, desde que iniciámos a nossa acção no Museu de Vila do Conde, a levar a cabo um conjunto de iniciativas que visam a organização de um serviço administrativo e técnico com a complexidade própria de um Museu da actuali- 2. Definir uma estratégia a médio e longo prazo 2.1. Plano de Segurança e Emergência com base na legislação em vigor (Resolução do Conselho de Ministros n.º 31/89) 2.2. Plano de Manutenção dos edifícios e das colecções dade, respeitando todas as linhas de acção que uma 2.3. Monitorização Ambiental instituição deste género deve apresentar. 2.4. Espaços Técnicos – Reserva e Laboratório Dentro dessa estratégia e depois de termos sido um dos Museus a aderir à Rede Portuguesa de Museus, na 1.ª Sentimos que durante este período desenvolvemos uma fase de candidaturas, entendemos ser fundamental a importante acção, nomeadamente ao consciencializar elaboração de um documento que vise orientar a equipa as pessoas para a importância deste trabalho. Consegui- do Museu no campo da conservação preventiva. mos envolver outros serviços da autarquia, tal como a Assim, logo que foi possível, apresentámos uma Divisão de Obras Municipais, que muitas vezes colabora candidatura para financiamento deste projecto ao connosco, ou mesmo o Serviço de Ambiente, no estudo Programa de Qualificação de Museus da Rede e monitorização ambiental exterior. Portuguesa de Museus, o qual foi aprovado em 2001, O desenvolvimento de um Programa de Conservação tendo sido iniciada a sua execução em 2002. Preventiva pressupõe um profundo conhecimento Todavia, o evoluir deste trabalho motivou o ajustamento dos materiais que compõem as colecções existentes, dos objectivos previamente traçados, bem como alargou a forma como estes actuam quando expostos a o campo de acção deste estudo. Estamos conscientes de determinados elementos, nomeadamente aos factores que estes dois anos não foram suficientes para pôr em de degradação mais conhecidos, tais como a poluição prática as metodologias de trabalho ideais; foram, porém, atmosférica, a temperatura ou a humidade relativa. fundamentais para a consciencialização dos métodos e Em muitas situações as diversidades materiais implicam das práticas a implementar. Este não será, provavelmente, que de uma forma consciente sejam assumidas posições nunca um trabalho fechado. Procuraremos enriquecê- intermédias, as quais podem responder aos diferentes -lo sempre com novas informações e novos dados. materiais sem colocar em risco a integridade dos Assim, e depois de analisados os objectivos a que objectos à guarda do Museu. 8 | Boletim Trimestral Depois de se conhecerem os materiais deve-se proceder à inspecção das colecções no sentido de identificar as patologias. Todavia, para além da análise dos materiais deve-se proceder à vistoria dos nossos edifícios, pois estes podem ser os meios de infecção dos objectos. Deve-se também proceder à investigação dos materiais e das formas de construção, pois estas informações podem ser preciosas para explicarem alguns dos problemas que nos surgem no dia a dia. Sempre que a equipa do Museu não possua conhe- Após o trabalho de sistematização de diagnóstico, cimentos específicos para desenvolver alguns destes estruturam-se os dados em gráfico para que se possam estudos deve, no caso dos Museus Municipais, recorrer definir qualitativa e quantitativamente quais as prio- aos serviços técnicos da autarquia para apoiarem estas ridades de intervenção a curto prazo. análises, ou quando isso não for possível dever-se-á Após esta primeira fase de trabalho, deve-se definir uma solicitar este apoio no exterior. estratégia de acção a médio e longo prazo. O estudo das colecções deve pressupor o seu enquadra- A médio prazo devemos considerar as intervenções nas mento e dar resposta a um conjunto de questões tais estruturas dos edifícios, quando o seu estado actual não como: de que época são os objectos, de que tipo, de coloca em risco a preservação das colecções, quando é onde vêm, que utilização tiveram na sua vida útil, necessário corrigir erros de construção não muito graves. de que forma chegaram ao Museu, qual o seu actual Amadurecida a questão da conservação preventiva, estado de conservação. cedo se chegou à conclusão de que qualquer estratégia Respondendo a estas questões e a outras que se podem que não incluísse um Plano de Segurança e Emer- colocar poderemos chegar a um diagnóstico de situação gência carecia de sustentação e seria um fracasso, mais fiável. À medida que vamos analisando o acervo não obedecendo aos princípios da protecção susten- podemos ir identificando as patologias existentes, as tada do património. Este problema coloca-se a dois quais merecerão numa segunda fase uma análise mais níveis: os furtos e os incêndios. profunda e um tratamento estatístico de forma a chegar O fogo é um poderosíssimo, senão o mais poderoso, a um conhecimento mais rigoroso do verdadeiro estado agente de degradação. Assim, numa perspectiva de da colecção. Com este trabalho podemos, como re- análise e de gestão de risco, devem-se examinar todas ferimos, ir detectando algumas patologias, das quais as situações de risco. Deve-se proceder ao levantamento destacamos os seguintes exemplos: exaustivo de todas as condições existentes e ausentes – Actividade de insectos xilófagos nas madeiras; do museu face à legislação em vigor, nomeadamente – Colonização de microorganismos tipo fungos; quanto à segurança contra e em caso de incêndio. – Eflorescências de sais solúveis; Devem ser contactadas as estruturas da Protecção Civil – Acidificação de fibras de suporte; locais, para que se partilhem objectivos, se calendarizem – Corrosão de metais; inspecções para identificação de lacunas de equipa- – Oxidificação dos vernizes das policromias e respectivo mentos e procedimentos, para programação de acções obscurecimento e obliteração. de formação e instrução para pessoal afecto ao Museu Por outro lado este conhecimento permite-nos ir e acções de simulação para testes de recursos e organizando acções de formação para o pessoal do competências, devendo ainda ser definidas rotinas de Museu, formando-o tanto para a detecção, como manutenção. para o tratamento destas patologias, assim como a Dever-se-á dar especial ênfase à prevenção para limpeza dos materiais do acervo. reduzir ao máximo o risco de eclosão de incêndio, Rede Portuguesa de Museus | 9 tentando obviar a intervenção dos bombeiros, sem Consideramos também fundamental a existência no prejuízo de uma estratégia de detecção, alarme e Museu de uma área que denominamos de pré-reserva, combate a qualquer sinistro. O conhecimento pro- local que se destina à climatização dos materiais antes fundo dos materiais que constituem as diversas de saírem para exposições temporárias, no Museu ou colecções e o estado em que se encontram serão fora deste, e para o mesmo processo antes de entrarem óptimas ferramentas de auxílio à definição de um definitivamente na reserva. Este espaço destina-se Plano de Emergência, à tomada de decisão quanto também ao embalamento dos materiais que sairão ao que fazer em caso de evacuação e quanto aos do Museu para cedências temporárias, sendo frequen- procedimentos após um eventual sinistro. tado pelo pessoal do Museu e por eventuais funcio- Em coerência de raciocínio deverão ser observados sob nários de empresas transportadoras. Deverá ter estrutu- os mesmos critérios outros riscos como de inundação, ras de acondicionamento dos diferentes materiais que terramoto, maremoto, roubo e vandalismo. compõem as diversas colecções. Não necessitará de A par dos estudos de segurança é de referir a neces- materiais tão específicos uma vez que se destina a sidade de se proceder à monitorização ambiental de uma utilização temporária por cada peça. duas formas. Por um lado, devemos analisar o ambiente no interior dos diferentes espaços do Museu para a partir daí definirmos procedimentos. No entanto, devemos ainda, antes disso, analisar o ambiente geral do espaço exterior onde se localiza o Museu. O fluxo de trânsito nas imediações do nosso edifício, a profusão industrial na área de localização do Museu, bem como todas as condicionantes ao ambiente geral exterior. É importante aferir a adequação dos espaços às naturezas e vulnerabilidades das colecções neles inseridas. Mais uma vez consideramos fundamental, sempre que Dentro deste serviço técnico do Museu, o laboratório possível, nos museus Municipais, o estabelecimento de conservação e restauro é também fundamental. de parcerias com outros serviços municipais, nomea- Depois de termos o conhecimento da colecção, das damente na área do ambiente, os quais terão sistema- suas patologias e deficiências, depois de termos tizadas as informações que necessitamos para estabele- identificado os serviços que serão efectuados pelo cermos os procedimentos a tomar no Museu. pessoal do Museu, estamos em condições de definir Como referimos anteriormente, o pessoal do Museu qual a área que necessitamos para laboratório, bem deverá também neste domínio beneficiar de forma- como o equipamento necessário para essas acções. ção para dar resposta às necessidades de controle Não poderemos deixar de agradecer a colaboração ambiental do museu e das suas colecções. da empresa Consertarte, a qual foi nossa consultora Depois de estudados os diferentes factores de degra- no desenvolvimento deste trabalho, indicando dação dos materiais, sistematizadas as respostas que muitas vezes os melhores caminhos para o desenvol- devemos ter para cada situação, devemos colocar os vimento deste estudo, sistematizando as necessi- materiais em segurança, tanto em exposição como em dades, referindo ainda as principais áreas onde deve- reserva. mos investir na formação de pessoal neste domínio, A reserva deverá permitir que os objectos permane- pois o Museu deve ter consciência das suas limita- çam em boas condições de segurança e de estabili- ções, não devendo hesitar em solicitar serviços ao dade, tanto do ponto de vista ambiental como de exterior sempre que estes ultrapassem as suas armazenamento, daí ser necessário dispor de diferen- competências. tes mecanismos de armazenamento. 10 | Boletim Trimestral Agosto de 2004 ❚ Inventário e Divulgação online do Património Cultural Móvel Nacional: principais eixos de acção do IPM * Direcção de Serviços de Inventário Paulo F. da Costa*, Elsa G. Pinho*, Inês C. Freitas*, Amélia Fernandes** do IPM. ** Divisão de Divulgação do IPM. MATRIZ: Informatização dos Inventários capitalização de conhecimentos, do que decorre A criação do Instituto Português de Museus, em uma evidente optimização de recursos e uma renta- 1991, teve como objectivo fundamental a estrutu- bilização de procedimentos de gestão dos bens patri- ração de um quadro institucional que permitisse moniais móveis. O Programa viu igualmente refor- ao conjunto de 29 Museus que hoje tutela moder- çada a sua componente multimédia, permitindo a nizarem-se em todas as suas áreas para melhor associação de registos vídeo e sonoros a uma peça, cumprirem as suas funções, designadamente as de para além, evidentemente, de registos fotográficos. salvaguarda, valorização e divulgação das suas Todas estas componentes contribuíram para que o colecções. Neste contexto, o inventário, a digita- MATRIZ se tenha tornado uma aplicação de lização, a gestão e a divulgação do património cul- referência do Ministério da Cultura com vista ao tural móvel daqueles Museus, bem como dos inventário, documentação e gestão do património fundos documentais a ele associados, constituem cultural móvel. um eixo estrutural da missão do Instituto Português Sendo um sector estruturante na actividade dos de Museus. museus, a digitalização dos inventários dos Museus A origem dos projectos desenvolvidos pelo IPM no no programa MATRIZ tem sido considerada como âmbito da Sociedade da Informação remonta a 1993, um projecto prioritário por parte do IPM. A importância tendo-se traduzido na progressiva informatização central atribuída a este sector decorre do facto de ele dos Museus tutelados, e na concomitante implemen- se encontrar a montante de todas as acções de divul- tação do Programa Matriz com vista à digitalização gação das colecções dos museus, quer elas se traduzam dos inventários daqueles Museus. na organização de exposições temporárias, na reorga- Objecto de uma profunda reestruturação no contex- nização de exposições permanentes e de reservas, to do trabalho desenvolvido entre os Serviços Cen- quer na produção de roteiros e de catálogos, e, trais e os Museus IPM, aquele software veio a dar evidentemente, na própria divulgação das colecções lugar, em 2000, ao Programa MATRIZ – Inventário no motor de pesquisa MatrizNet. e Gestão de Colecções Museológicas, o que consti- O indicador principal da importância atribuída pelo tuiu um passo de particular importância no incre- IPM ao sector da digitalização dos inventários revela- mento da eficácia da gestão das colecções, designa- -se nos recursos humanos e tecnológicos que a ele damente no que respeita à circulação (interna e têm vindo a ser afectos, visando o incremento da di- externa) das peças dos Museus em contexto de orga- gitalização desses inventários, quer no plano quanti- nização de exposições e de gestão de reservas, depósi- tativo, quer no plano qualitativo, e a sua consequente tos, cedências temporárias, programação de interven- disponibilização online. ções de conservação e restauro, etc.. Com a disponibilização de tais ferramentas, o módulo Normas e Boas Práticas para o Inventário de Gestão de Colecções do MATRIZ constitui-se assim A par da digitalização das colecções dos Museus que em instrumento nodal de gestão da informação tutela no MATRIZ, o IPM promove igualmente o produzida (e partilhada) pelos vários sectores de desenvolvimento e a publicação sistemática de títu- actividade do museu, e, como tal, em factor de los da colecção Normas de Inventário, com o objecRede Portuguesa de Museus | 11 tivo de divulgar procedimentos e boas práticas entre Inventário Fotográfico Nacional os museus do IPM, mas também junto de entidades Sendo responsável pela salvaguarda do património terceiras que desenvolvem os seus processos de cultural móvel sob sua tutela, ao IPM compete inventariação e digitalização de colecções. Trata-se de igualmente a produção e gestão dos correspondentes uma importante linha de actuação deste Instituto registos fotográficos, que, no seu todo, configuram procurando divulgar-se um standard de referência nesta o Inventário Fotográfico Nacional (IFN), e cuja matéria, consubstanciado na estrutura e concepção do realização, preservação e divulgação obedecem a Programa Matriz junto dos museus portugueses. critérios da mais elevada exigência técnica. Com estes objectivos, o IPM tem vindo a proceder Em 2001, o IPM implementou um programa de à publicação de Normas de Inventário para as áreas digitalização, em alta resolução, dos bancos de das Artes Plásticas e Artes decorativas (Normas Gerais, imagem do IFN, tendo para tal sido concebido e Cerâmica de Revestimento, Têxteis, Escultura e Mobiliário) implementado um Sistema de Informação do Etnologia (Alfaia Agrícola) e Arqueologia (Normas Inventário Fotográfico Nacional (SI-IFN), de modo Gerais). Encontra-se programada, até ao final de a garantir o armazenamento, a salvaguarda e a 2004, a edição dos seguintes títulos para as áreas gestão desses bancos de imagens segundo standards das Artes Plásticas e Artes Decorativas: Pintura, adoptados internacionalmente. Cerâmica e Espólio Documental. Para as áreas de Na sua articulação com a digitalização das colecções Etnologia e Arqueologia serão também publicados, dos museus, o programa de digitalização do Inven- respectivamente, os títulos referentes a Tecnologia tário Fotográfico Nacional tem-se revelado de parti- Têxtil e Cerâmica, até ao final de 2004. cular importância, permitindo uma mais célere in- A publicação de Normas de Inventário pretende por terligação entre a ficha científica de cada peça e o um lado, constituir e difundir instrumentos visando respectivo registo fotográfico de qualidade, e boas práticas no âmbito do inventário, documentação assegurando uma maior eficácia do estudo, divul- e gestão de colecções, não apenas junto dos Museus gação e gestão das colecções. Já em 2004, o programa do IPM mas igualmente junto de entidades terceiras de produção e de gestão de imagens digitais no (utilizadoras ou não do Programa MATRIZ), que em âmbito do SI-IFN foi alargado à documentação número crescente têm contactado o IPM no sentido fotográfica no espectro invisível (reflectografia de de adopção dos métodos de trabalho definidos neste infravermelhos e radiografia), o que constitui um contexto para os museus que tutela. Por outro lado, importante contributo para a mais eficiente produção esta colecção de Normas de Inventário visa promover de conhecimentos no contexto da História da Arte. a reflexão e a divulgação do trabalho desenvolvido Desde Julho de 2004, os Museus tutelados pelo IPM pelos conservadores e técnicos dos Museus no âmbito têm também acesso online à base de dados do SI-IFN, da produção do conhecimento em torno das no âmbito da implementação da Rede Corporativa tipologias de colecções mais relevantes do património Virtual (VPN) do IPM, encontrando-se projectada móvel nacional, dando igualmente conta da mais para breve o acesso público àquela mesma base de recente literatura, nacional e internacional, de dados a partir do Portal do IPM, assim abrindo enquadramento daquelas mesmas colecções. novas perspectivas de prestação do serviço público Procurando ainda uma ampla divulgação de de cedência de imagens. recomendações em áreas específicas da documentação e gestão de colecções, são também regularmente Sistema de Informação sobre Bens Móveis divulgados no Portal do IPM (www.ipmuseus.pt) Classificados formulários e demais instrumentos de enquadramento O universo de bens culturais móveis classificados com vista à mais eficiente gestão do património pelo Estado Português, desde o início da década de museológico. 1930, é actualmente constituído por cerca de 2.100 12 | Boletim Trimestral registos de peças que integram maioritariamente as resultados do trabalho em curso com vista à regula- categorias de Pintura, Mobiliário, Escultura, Cerâmica, mentação da Lei de Bases do Património no âmbito Ourivesaria e Têxteis. À classificação destes bens, dos bens móveis classificados e inventariados, é pertencentes fundamentalmente a entidades privadas, objectivo do IPM proceder à disponibilização pública, singulares ou colectivas, foram aplicados, ao longo no Portal do IPM, e nos termos da lei de protecção do tempo, critérios muito díspares, que deverão ser dos dados pessoais, da informação relativa a este entendidos à luz das diferentes conjunturas sócio- universo de bens armazenada e gerida no SI-BMCI. -políticas e da legislação emanada pelos sucessivos governos nacionais no âmbito da definição e Disponibilização online do Património Nacional salvaguarda do património cultural. MatrizNet Com a entrada em vigor da nova Lei de Bases do Património Cultural (Lei N.º 107/2001, de 8 de Setembro), que define duas formas de protecção para o património móvel – inventariação e classificação, sendo que esta última contempla três níveis distintos: bens de interesse nacional, de interesse público e de interesse municipal – tornou-se necessário proceder a um estudo mais aturado do universo conhecido e referenciado, tendo em vista a definição de uma nova política de salvaguarda dos bens Como corolário das três linhas de acção acima móveis de valor museológico. enunciadas – digitalização dos inventários dos É no contexto deste quadro legal que o IPM procede museus, digitalização do inventário fotográfico e actualmente à revisão dos bens classificados de divulgação de normas e boas práticas para o inven- modo a integrá-los nos critérios de classificação tário e gestão de colecções –, o Instituto Português previstos na lei do património cultural e consequente- de Museus desenvolveu, entre 2001 e 2002, o motor mente a hierarquizá-los em função dos níveis de de pesquisa MatrizNet: Colecções dos Museus IPM, protecção existentes. visando a divulgação online, livre de quaisquer Entendida como uma prioridade no seio das compe- restrições, das colecções de referência dos seus tências do IPM, a documentação e gestão do uni- Museus. verso de bens móveis classificados assenta igual- Acessível através do endereço www.matriznet.ipmuseus.pt, mente no tratamento informatizado da totalidade o MatrizNet consiste numa poderosa aplicação de dos processos existentes. Para este fim, foi concebido pesquisa online sobre as bases de dados do Programa e desenvolvido em 2003 o Sistema de Informação MATRIZ dos museus tutelados pelo IPM, sendo que sobre Bens Móveis Classificados e Inventariados a mesma disponibiliza actualmente registos de (SI-BMCI). Trata-se de uma aplicação utilizada para inventário relativos a um total de 30.000 peças das digitalização e consulta, por parte dos Serviços colecções dos Museus. Centrais do IPM, dos registos relativos àquele O MatrizNet pode ser consultado em dois perfis de universo de bens, assumindo-se como o instrumento utilizador (público e investigador), correspondendo fundamental para a actualização daqueles registos, estes perfis a informação mais ou menos aprofundada bem como para o carregamento e gestão de processos sobre uma mesma peça. O utilizador pode assim entretanto desenvolvidos pelo IPM no âmbito das realizar pesquisas nas colecções de um único museu, suas competências relativas à Classificação e Inven- ou, de modo transversal, por exemplo pesquisando tariação do Património Cultural Móvel. obras de um artista ou de um determinado período Consideradas as suas atribuições orgânicas e os histórico em vários museus. A pesquisa pode ser Rede Portuguesa de Museus | 13 efectuada igualmente em duas línguas, Português e de reforçar os instrumentos de comunicação e Inglês. informação ao público, tendo, até ao momento, sido O MatrizNet vem concretizar uma prioridade definida criados websites para 12 dos Museus tutelados pelo IPM. pelo IPM na estruturação da política museológica A produção de cada um dos sites é liderada directa- para os museus por este tutelados, no âmbito do mente pelos respectivos Museus, de acordo com estudo e divulgação das suas colecções. Esta acção um enquadramento global em termos de orientações está integrada no Plano Nacional da Sociedade da no âmbito da Sociedade de Informação, respon- Informação, no que respeita ao incentivo à produção dendo igualmente a uma estrutura comum de de conteúdos digitais europeus para as redes mundiais conteúdos e organização. Na definição da estrutura e à Iniciativa Internet, no que se relaciona com a básica apostou-se numa arquitectura que abarca as digitalização e disponibilização livre e sistemática áreas de actuação e de funcionamento comum a de conteúdos públicos, designadamente de museus. todos os museus. A principal opção fez-se a nível A disponibilização gradual e progressiva de da qualidade de informação dos websites e na sua informação sobre as colecções constitui-se, deste actualização de acordo com o ritmo de renovação modo, como uma etapa natural do processo de da programação dos museus. investigação, revisão crítica e digitalização dos A concepção e implementação de um website inventários no Programa MATRIZ: Inventário e constituíam áreas de saber e de trabalho relativa- Gestão de Colecções Museológicas, dando a conhecer mente virgens, que foi necessário estruturar de acor- o trabalho realizado e procurando também desta do com uma metodologia que permitiu concentrar forma, uma ampla divulgação dos acervos dos e maximizar numa base de benefício comum os museus e do nosso património cultural. esforços investidos de investigação e inovação. No O MatrizNet veio materializar uma área fundamental entanto, os resultados da aposta do IPM surtiram os do trabalho desenvolvido pelo IPM, e em especial seus resultados ainda em 2002, com a distinção do pelos museus que tutela, pondo à disposição do Website do Museu Nacional de Arqueologia com o público em geral, estudantes, investigadores e “Web d’art d’or” pelo F@imp2002, assim conferindo- profissionais de museus, informação de inventário -lhe o estatuto do melhor site do ano entre 37 concor- e informação relativa a exposições, apresentada nos rentes de instituições museológicas e patrimoniais formatos de texto, imagem, vídeo e som. de 16 países. Também o site do IPM foi incluído Para além de constituir um instrumento único na na selecção oficial do júri, tendo sido louvado pelos promoção, a nível nacional e internacional, do responsáveis do Festival o facto de o IPM considerar património cultural móvel dos museus tutelados pelo uma prioridade de programação a criação de sites IPM, com recurso à utilização das novas tecnologias autónomos para cada um dos museus tutelados. de informação, o MatrizNet assume-se como um Os sites baseiam-se numa arquitectura comum na modo privilegiado na adequação dos modos de qual transparece de imediato a missão, os conteúdos, divulgação do património cultural móvel aos canais os programas e as actividades do conjunto dos mu- de comunicação da nova Sociedade da Informação. seus, sem trair a identidade específica de cada um. Reconhecíveis por uma arquitectura comum, todos Websites dos Museus IPM os sites construíram a sua identidade quer gráfica, Num segundo plano, a disponibilização online de quer de hierarquização e disponibilização de conteú- informação relativa ao património cultural móvel dos, quer de dinâmicas de comunicação e interacti- nacional tem ainda uma expressão significativa na vidade com os seus visitantes. Museus houve que presença dos Museus do IPM na Internet, através dos criaram produtos específicos para o website, como seus próprios websites. O projecto de dotação dos jogos infantis, fóruns de discussão ou projectos site- Museus de sites autónomos insere-se numa estratégia -specific. ❚ 14 | Boletim Trimestral Notícias Museus RPM* * Notícias exclusivamente baseadas em informações enviadas Casa-Museu de Leal da Câmara pelos Museus integrados na RPM – Novas publicações nos parece ser essencial mencionar o notável trabalho de A Casa-Museu de Leal da Câmara coloca à disposição do pormenor que lhe permite contextualizar o enredo, como, público duas novas publicações: Quatro Contos por exemplo, em A Casa de meu Pai; é também este Tradicionais, de Ana de Castro Osório, ilustrados por trabalho de pormenor que possibilitou a Leal da Câmara Mestre Leal da Câmara, e o respectivo Caderno de Fichas diversas recriações oníricas, que o reaproximaram do de Trabalho. As obras foram editadas pela Câmara universo infantil, como no caso, por demais evidente, das Municipal de Sintra e financiadas pela Rede Portuguesa célebres mãos em os Dez Anõezinhos da tia Verde-Água. de Museus ao abrigo do Programa de Apoio à Qualificação Mas estes contos vão mais além: apresentam, igualmente, de Museus. um Caderno de Fichas de Trabalho, destinado a professores Quatro Contos Tradicionais junta dois nomes que importa e animadores, tendo por base os quatro contos publicados, realçar no contexto da Literatura e das Artes Plásticas do com várias fichas de trabalho para cada um deles. Portugal da primeira metade do século XX: a escritora As fichas que acompanham esta edição não têm outro Ana de Castro Osório e Leal da Câmara. Cheios de encanto, propósito senão entreabrirem portas num universo de os referidos contos constituem, por si só, hoje, um desafio trabalho vastíssimo. Deverão ser encaradas como tal, à capacidade de vivenciar o diferente e o excessivo que como simples instrumentos passíveis de serem desenvol- Leal da Câmara tão bem soube reflectir. Que outro artista vidos e que poderão fornecer pistas no campo da leitura se lembraria de ilustrar A Princesa Muda com aquela língua dita lúdica. Nesta obra, são também contemplados diversos desusada? Ou então, quem, de forma tão evidente, seria graus de dificuldade, tendo em consideração os diversos capaz de retratar a malvadez patente no olhar dos níveis de compreensão insertos no universo infantil e, elementos que compõem a temerária quadrilha de ladrões, assim, abranger um leque, tão dilatado quando possível, em a Esperteza dum Sacristão? Em todos eles, também de jovens leitores. ❚ Ecomuseu Municipal do Seixal – Ecomuseu reinstala mais serviços a obras de recuperação, o imóvel dos Escritórios/antiga na Mundet Casa da Infância da fábrica Mundet, onde já funciona, Ecomuseu Municipal do Seixal/CDI – António Silva, 1997 desde 1997, o Serviço de Inventário e Estudo de Património Industrial do EMS, vai acolher em breve o Serviço Educativo, o Centro de Documentação e Informação, o Serviço de Exposições e de Design, a Área de Investigação ‘Moinhos de Maré’ e o Serviço Administrativo. Assim, em 2005, a par das áreas de exposições (Edifícios das Caldeiras Babcock e das Caldeiras de Cozer), o Ecomuseu Municipal do Seixal ampliará os espaços da Mundet acessíveis ao público, procurando requalificar o funcionamento dos seus serviços centrais, distribuídos Núcleo da Mundet – Imóvel n.º 84 por dois núcleos (Mundet e Quinta da Trindade), mas (futuras instalações do núcleo sede do EMS) concentrados na freguesia do Seixal. Na Quinta da Trindade O EMS vai finalmente desactivar o Núcleo da Torre da permanecem o Serviço de Conservação e Inventário Geral Marinha (Núcleo Sede desde 1982) para instalar os res- (que gere as Reservas), o Serviço de Arqueologia e a Área pectivos serviços no Núcleo da Mundet, no Seixal. Sujeito de Arquitectura e Património Cultural Imóvel do EMS. Rede Portuguesa de Museus | 15 como foi prática comum até ao advento dos cemitérios na Necrópole da Quinta de S. Pedro públicos, em meados do séc. XIX. Para além do reco- O Serviço de Arqueologia do Ecomuseu Municipal nhecimento das práticas sociais associadas à morte, o promove a partir do dia 6 de Setembro a 6.ª campanha estudo antropológico desta série e dos vários ossários de escavações arqueológicas na necrópole medieval- dispersos, a cargo de uma equipa do Departamento de -moderna da Quinta de S. Pedro (Corroios). Antropologia da Universidade de Coimbra, permite-nos Os trabalhos no sítio iniciaram-se em 1994, como medida saber hoje muito mais sobre as características físicas, os de emergência para minimizar o impacto de terrapla- hábitos alimentares e vários indicadores sociais da nagens para urbanização da propriedade agrícola, população de Corroios no final da Idade Média e no as quais atingiram a envolvente da antiga ermida de início da Idade Moderna. S. Pedro, colocando à vista vários enterramentos. A inves- A intervenção arqueológica conta com o apoio do tigação arqueológica subsequente levou já à exumação Agrupamento de Corroios do Corpo Nacional de Escutas de 86 homens, mulheres e crianças, sepultados no solo e nela será possível a participação voluntária dos jovens sagrado associado ao templo cristão entre a segunda interessados, mediante inscrição prévia em ficha que metade do séc. XIII e as primeiras décadas do séc. XVII, deve ser solicitada aos serviços centrais do Ecomuseu. ❚ Ecomuseu Municipal do Seixal/CDI – Cézer Santos, 2002 – Nova campanha Arqueológica Campanha arqueológica na Quinta de S. Pedro (Corroios, Seixal) Museu do Caramulo – Amigos do Museu – Doações de Ana Hatherly Os Amigos do Museu do Caramulo são a aproximação O Museu do Caramulo recebeu quatro novas doações real ao museu e às suas actividades, assim como uma que vieram enriquecer a sua colecção de arte moderna forma de contribuição activa para o seu crescimento e contemporânea. Estas doações são o resultado de através da angariação de fundos. uma política de crescimento, altamente qualificado, A lista de vantagens dos Amigos do Museu inclui do acervo do museu, que é integralmente constituído pontos tão diversos como: entrada gratuita; oferta de por doações. As quatro obras foram doadas pela Cartão Amigos do Museu do Caramulo; desconto de própria artista, Ana Hatherly. Tratam-se de duas pinturas 10% em todos os artigos da loja e da cafetaria; envio a acrílico sobre cartão, de 1999, intituladas “Pavão da Newsletter trimestral do Museu do Caramulo por Negro”, um desenho a lápis sobre papel, de 1970 e correio; envio de convites para todas as inaugurações uma colagem de papel sobre papel, de 1997. do Museu do Caramulo; envio de convites para o Ana Hatherly já era doadora do Museu do Caramulo, salão Motorclássico; actividades específicas para os com uma peça em bronze e pedra, de 1946, da autoria Amigos do Museu do Caramulo. de António Duarte (1912-1998) intitulada “Cabeça de navegador”. Além de artista e poetisa portuguesa – Colecção Automóvel aumentada com carreira internacional, Ana Hatherly é professora A colecção automóvel do Museu do Caramulo foi catedrática da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas reforçada com quatro novos automóveis. Além dos da Universidade Nova de Lisboa e especialista em veículos já expostos no museu, o público irá agora literatura e cultura do período barroco. ❚ encontrar mais três Ferraris, o 400i, o 456 e o 308, contemplando várias épocas da marca italiana. Além dos Ferraris, deu também entrada na exposição automóvel um AC desportivo de 1927. Ainda de Informações e contactos destacar o regresso do Pegaso de 1953, após ter estado três anos na Suíça a ser restaurado. 16 | Boletim Trimestral E-mail: [email protected] www.museu-caramulo.net/amigos.htm Olívia da Silva. Arquivo Fotográfico do MCE Museu do Carro Eléctrico – Projecto Histórias de Vida mostrada aos públicos decompõe as memórias e 16 Massarelos resulta de um projecto de recolha de apresenta os retratados nas suas facetas particulares. história oral, baseado em experiências de vida e Retratos que são meras interpretações de gostos e vivências mundanas de antigos funcionários da empresa caprichos, passados e presentes e que desafiam com portuense, hoje intitulada Sociedade de Transportes o outro a interpretação da sua própria história. Colectivos do Porto S.A. Dezasseis pessoas, dezasseis histórias e dezasseis Histórias que o Museu do Carro Eléctrico, em parceria fotografias compõem um todo, pois fora dessas janelas, com o Núcleo Português do Museu da Pessoa, onde a história é narrada em linguagem gestual, procurou retratar e que se relacionam com momentos verbalizam-se as ideias. fundamentais da vida dos trabalhadores desta empresa. O Museu do Carro Eléctrico, mediador de culturas e Estes “contadores de histórias”, ao longo das suas gerações, assumiu assim o seu papel de interveniente conversas, predispuseram-se a partilhar as suas relações junto dos seus públicos. A dimensão social e humana de trabalho, o seu orgulho e a sua saída da vida activa. deste projecto obriga à disponibilização destas Ao valorizar a história e estórias de pessoas cujas narrativas que ilustram uma população anónima que experiências passaram pelos diversos serviços e espaços também se empenhou em dar forma a um projecto. da empresa nasce a imagem de cada contador. “Vai à Janela” é o resultado do trabalho fotográfico que Carla Dias acompanhou todo o projecto. A imagem que é Museu do Carro Eléctrico ❚ Museu Escolar de Marrazes O Museu Escolar é o resultado de um projecto de escola, um conjunto bibliográfico de manuais escolares e de com o título – A Escola Através Dos Tempos, que teve educação, desde meados do mesmo século, documen- continuidade numa exposição permanente aberta ao tação gráfica, mobiliário, equipamento, têxteis, iconografia. público, na Freguesia de Marrazes, cidade de Leiria. Neste momento, o Museu luta com a falta de espaço Aquilo que foi uma simples iniciativa de professores é para as suas reservas. hoje um museu com horário normal de abertura, com Foi a Junta de Freguesia de Marrazes que disponibilizou exposição permanente distribuída por oito pequenas instalações e equipamento para a criação do Museu, salas, visitado sobretudo por grupos sénior organizados, passando as colecções para a sua tutela, mediante escolas de todos os graus de ensino e investigadores. regulamento assinado entre as duas partes (Escola e O sucesso do Museu resulta da sua temática, do trabalho Junta). Este ano, em Maio, comemoraram-se sete anos desde há doze anos a esta parte, de duas das suas de abertura do Museu ao público. fundadoras, dos amigos que começou a ter desde a Além de visitas sempre guiadas, conforme o nível etário primeira hora e dos muitos doadores, não só do ou intelectual dos seus visitantes, tem o Museu uma sala concelho de Leiria, mas de Norte a Sul do País, que, onde as crianças experimentam as técnicas de escrita através dos órgãos de informação ou depois de fazerem usadas pelos seus avós e muitos destes revivem essas uma visita, desejam doar tudo aquilo que se refere à mesmas técnicas, com saudades da sua infância. sua escolarização, dos seus antepassados ou do percurso É principalmente durante a Primavera que decorrem outras feito como professores. actividades relacionadas com algumas comemorações: As colecções do Museu contam com muitos milhares Dia do aniversário (dirigido aos diferentes públicos, ora de peças, englobando um arquivo com documentos de adultos, ora de jovens, ou de uns e de outros); Dia desde o século XIX e principalmente do Estado Novo, Internacional de Museus (dirigido aos diferentes públicos); Rede Portuguesa de Museus | 17 Dia da Literatura e Dia do Livro (este ano em parceria atribuído ao Museu equipamento de conservação com os utentes de um lar de idosos e crianças dos 5 preventiva. Com a RPM já foram assinados três proto- aos 7 anos); Outros (em parceria com a Câmara colos, os quais asseguram a 50% os honorários de dois Municipal, Dia Mundial da Criança e Aldeia do Natal; investigadores que estão a desenvolver estudos sobre a em parceria com os Bombeiros Voluntários, actividades História da Educação, um em Lisboa e outro em Leiria. lúdicas e de aprendizagem dirigidas a crianças dos Jardins Neste momento, a grande esperança da Tutela, de Infância; presença na Expo-Criança em Santarém). Fundadoras e Liga de Amigos do Museu é a concretização É um grande esforço despendido, mas que compensa do sonho sempre sonhado: A construção de um edifício pelo êxito final. de raiz para o Museu Escolar. O projecto está aprovado, Esta instituição faz parte da lista dos primeiros museus estando a decorrer os trâmites legais para se poder aceites na Rede Portuguesa de Museus. Mesmo antes, lançar a obra a concurso. já a Liga de Amigos havia assinado um protocolo com Fátima Salgueiro o Instituto Português de Museus, mediante o qual foi Presidente da Direcção do Museu Escolar – Liga de Amigos do Museu Escolar A Liga de Amigos do Museu Escolar, criada por escritura em íntima relação com as duas autarquias locais, este pública de 3 de Dezembro de 1997, que, com a Junta é o reconhecimento pelo trabalho efectuado na ajuda de Freguesia de Marrazes e a Câmara Municipal de ao desenvolvimento e afirmação do Museu que tem Leiria constitui a parceria para a gestão, sustentabilidade sido a razão fundamental da sua acção. e financiamento do Museu Escolar, acaba de ser Além de ser uma classificação que lhe permite o acesso declarada de utilidade pública por despacho do a alguns possíveis financiamentos, como o mecenato, Ministro Adjunto do Primeiro Ministro, de 8 de Junho por exemplo, é, também, um grande estímulo e um de 2004, publicado no D.R. n.º.145, II Série, de 22 estatuto de reconhecida credibilidade, que dá aos seus do referido mês. órgãos sociais mais força para continuar. Sendo, ainda, uma instituição jovem que representa Artur Pereira a feliz e eficaz ligação da comunidade ao Museu Escolar O Presidente da Liga de Amigos do Museu Escolar ❚ Museu Monográfico de Conímbriga integrado na Rede “Europa Romana” O projecto de criação de uma Rede Europeia de Museus comunidades através da sua divulgação; promover o Romanos foi promovido pelo Museo Nacional de Arte acesso e a participação dos cidadãos na cultura romana Romano de Mérida no âmbito do Programa Cultura europeia através de novos instrumentos e tecnologias. 2000. São objectivos deste projecto: promover o O Museu Monográfico de Conímbriga está integrado conhecimento e o diálogo entre os museus romanos nesta Rede Europeia de Museus, juntamente com da Europa e entre os cidadãos da Europa; favorecer outros museus europeus intimamente ligados ao o intercâmbio entre os profissionais destes museus e património cultural romano, nomeadamente: Musée as associações cívicas de amigos dos museus; difundir Saint-Raymond, Musée de L’Arles Antique, The Roman um conhecimento especializado sobre o património Baths Museum, Romisch-Germanisches Museum In Koln, cultural e sensibilizar para a sua conservação e para Muzeul de Istorie Nationala Si Arheologie Constanta, a sua valorização; favorecer a criação de novas Musei Dei Fori Imperiali, Museo Arqueológico Y Etnológico experiências entre museus e centros romanos e de Córdoba, Museo Nacional Arqueológico de Terragona contribuir para o desenvolvimento económico dessas e Museo Nacional de Arte Romano. 18 | Boletim Trimestral Informações e contactos Nos próximos dias 11 e 12 de Novembro de 2004 que fazem parte do projecto. Esta reunião intitulada José Ramón Mélida S/N decorrerá em Mérida, no Museo Nacional de Arte Europa Romana. Museus Romanos na Europa incluirá Romano, a primeira reunião organizada por esta Rede uma visita a Mérida e ao Museu Nacional de Arte de Museus, na qual se fará a apresentação dos museus Romana e está aberta a todos os interessados. ❚ 06800 – Mérida Tel.: 0034 924311690-0034 0034 924311912 Fax: 0034 924302006 E-mail: [email protected] www.mnar.es Museu Municipal de Coruche – Jornal da Exposição Permanente No seguimento do trabalho de exploração pedagógica De distribuição gratuita, este Jornal possui textos de da exposição permanente que o Museu Municipal enquadramento da exposição, o catálogo de peças, tem vindo a desenvolver, dotando-se de materiais que um conto que resume ficcionalmente a exposição e potenciem o envolvimento dos mais diversos públicos tem como enfoque um peddy-papper estruturado de com a exposição (CD’s interactivos, Maleta pedagógica, modo que a visita se possa tornar uma descoberta etc.), surge agora o Jornal da Exposição. constante. ❚ Museu Municipal de Portimão – Seminário “Os Museus e o Património Náutico e Subaquático” Teve lugar em Portimão, nos dias 18 e 19 de Junho de Portimão e o seu recém-formado Núcleo de de 2004, o Seminário “Os Museus e o Património Arqueologia Náutica e Subaquática, o Projecto IPSSIIS, Náutico e Subaquático”, numa organização da o Grupo de Estudos Oceânicos-GEO, o Centro Autarquia local, através do Museu Municipal de Português de Actividades Subaquáticas-CPAS, a Portimão, com apoio do programa INOVALGARVE. Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas- Estiveram presentes 175 participantes e 14 comunican- -FPAS e o Centro Nacional de Arqueologia Náutica e tes, que procuraram reflectir e debater sobre 3 painéis Subaquática-CNANS, temáticos: 1 - Um Olhar sobre o Arade; 2 - Património desenvolvendo o projecto ProArade 2001-2004. Subaquático e Museologia; 3 - Museus e Património Outras realidades e dimensões da investigação e Náutico. divulgação museológicas no domínio específico do No conjunto das comunicações, foram abordados os Património Náutico estiveram a cargo do Ecomuseu diferentes contextos de investigação e de intervenção, Municipal do Seixal, do Museu Etnográfico e nacionais e internacionais, no âmbito do Património Arqueológico Dr. Joaquim Manso, da Nazaré e do Naútico e Subaquático, e o modo como estas áreas Museu Municipal de Vila do Conde. se podem e devem articular com o trabalho e as Relativamente à temática dos Museus com vocação actividades dos Museus, sendo de registar a capacidade para a Arqueologia Subaquática, apresentaram-se as de inovação e de interacção museológica que estas experiências da Direcção Regional da Cultura dos tipologias patrimoniais permitem e potenciam junto Açores e do Museu do Mar de Cascais. das comunidades locais e dos públicos em geral. No plano internacional, dever-se-á destacar a Na primeira parte dos trabalhos do Seminário estiveram intervenção do Museu do Barco Viking, sediado em em evidência os contextos arqueológicos subaquáticos Roskilde, na Dinamarca, centrada no seu interessante do rio Arade e os trabalhos aí desenvolvidos ao longo e modelar programa museológico, o qual opera a dos últimos 30 anos por várias entidades locais, fusão entre a pesquisa subaquática, a construção naval, regionais e nacionais, tais como o Museu Municipal a reutilização comunitária das embarcações vikings, que desde 2001, vem Rede Portuguesa de Museus | 19 as actividades de formação e a integração de adultos estruturação e demonstração do seu projecto de evidenciando um excelente exemplo das potencialidades pesquisa, salvaguarda e divulgação do património da dimensão cultural e social do Museu. arqueológico submerso, com especial incidência nas Da Andaluzia foi apresentado o trabalho realizado metodologias de criação de circuitos e percursos pelo Centro de Arqueologia Subaquática de Cádiz, na subaquáticos orientados. Seminário “Os Museus e o Património Náutico e Subaquático” Conclusões 1. A cultura flúvio-marítima e o património náutico e subaquático assumem cada vez mais no nosso país um papel relevante na construção das memórias e da identidade colectiva das populações, merecendo uma particular atenção por parte de todas as entidades envolvidas nestas tipologias patrimoniais. 2. Os museus, instituições de investigação, de conservação e de interpretação permanentes das sociedades, são, no caso do património náutico e subaquático, lugares de excelência para o papel de mediação e de animação cultural entre as comunidades e estes seus contextos históricos. 3. No caso do Rio Arade, os últimos 30 anos têm vindo a revelar e a trazer à superfície a extraordinária riqueza e potencialidade arqueológica do seu espólio submerso, o qual justifica e exige um cuidadoso olhar e acompanhamento. 4. Deste modo, qualquer acção intrusiva no leito do Rio, como no caso de dragagens ou de construções portuárias, deverá de acordo com as disposições legais em vigor, ser antecedida de criteriosas medidas de minimização do seu impacte ambiental e arqueológico, por parte do dono da obra, no caso vertente, o Instituto dos Portos e Transportes Marítimos – IPTM. 5. O Património Náutico e Subaquático e a diversidade de modelos que a sua dinamização, fruição e divulgação permitem, e patentes no Seminário de Portimão, constituem uma adicional mais-valia ao serviço da oferta cultural das regiões e um factor da sua afirmação, promoção e desenvolvimento. 6. Os museus são parceiros privilegiados para o estabelecimento de projectos de investigação, parcerias, protocolos de colaboração, públicos e privados e estratégias de sustentabilidade, na programação de rotas e circuitos turístico-culturais inovadores e caracterizadores das referências e matrizes históricas, das comunidades ribeirinhas e do seu território. 7. A salvaguarda e valorização destas tipologias patrimoniais potenciam factores de requalificação ambiental e paisagística, constituindo instrumentos decisivos da coesão e evolução do tecido económico local. ❚ Obra do Museu Municipal de Portimão – Cerimónia pública de lançamento da empreitada No dia 27 de Agosto, decorreu a cerimónia de representantes do Programa Operacional da Cultura, do consignação e lançamento da obra da empreitada de Director do Projecto do Museu de Portimão, da equipa construção do Museu de Portimão, no edifício da Antiga de Arquitectos, autores do Projecto, entre outras Fábrica de Conservas Feu. Esta cerimónia contou com a personalidades e convidados. presença da Secretária de Estado das Artes e Espectáculos, Na cerimónia, para além do Auto de Consignação à em representação da Ministra da Cultura de Portugal, empresa construtora, foi igualmente benzida a “Nova do Ministro da Cultura do Brasil, do Presidente da Câmara Pedra do Museu”, constituída por um bloco de granito Municipal de Portimão, da Coordenadora da RPM, de (Sienito de Monchique), onde foi colocada uma 20 | Boletim Trimestral embalagem de uma lata de conservas, anteriormente passado industrial e as novas funções museológicas. produzida na Fábrica, no interior da qual foram despo- Refira-se que o Museu Municipal de Portimão beneficia sitados os documentos coligidos durante a cerimónia, de financiamento do Programa Operacional da Cultura assim como um excerto de um texto do escritor portimo- (POC), estando prevista a sua abertura ao público em nense Manuel Teixeira Gomes, retirado da sua obra Maio de 2006. ❚ Regressos. O bloco será posteriormente integrado numa das paredes da Fábrica/Museu, pretendendo-se deste modo, sugerir simbolicamente a incorporação e a integração de elementos locais do Património Natural (granito) e do Património Cultural (lata de conserva, documentos e texto) no próprio edifício do futuro Museu, sublinhando deste modo a continuidade entre o seu Museu da Quinta das Cruzes – Orquestrofone Orquestrofone O Museu da Quinta das Cruzes possui nas suas complexidade que permitirá recuperar uma peça rara colecções um interessante instrumento musical – o para o património regional e que aguarda uma solução Orquestrofone, cujo valor museológico, advém não só definitiva, de exposição permanente ao público, há da raridade do objecto, mas também do seu interesse mais de 20 anos. do ponto de vista técnico e artístico. A parte mecânica deste instrumento foi restaurada no Este tipo de instrumento musical foi divulgado a partir atelier de Marc Fournier, em França, em Agosto de dos finais do século XIX e esteve, desde logo, vocacionado 1982. Porque já decorreram alguns anos e porque para exibição pública em amplos espaços. O seu com- este instrumento integra diferentes suportes materiais, plexo mecanismo de funcionamento, encoberto por alguns facilmente degradáveis, está em curso uma inter- uma enorme caixa de madeira, cuja fachada era esculpida venção de consolidação e conservação a cargo do técnico como o pórtico de um templo laico, justificou o seu des- Dinarte Machado. (“Orgue de Fête Foraine”) Fab. «Limonaire Frères» 1900, França A 275 x C 240 cm Aquisição, 1979 tino de «instrumento de feira» e de exploração comercial N.º de inv. MQC 1977 Restauro realizado pela técnica Maria José Guedes, atelier ISOPO da música. Nos dias de festa, nas praças, nas feiras era a – Biblioteca/Centro de Documentação grande sinfonia dos «orquestrions» que animavam os A Biblioteca do Museu Quinta das Cruzes reúne um acervo bailes populares, ao ritmo do «paso doble», da «polka», bibliográfico com conteúdos diversificados mas, essencial- etc. mente, versando temas relacionados com as artes decora- A apresentação do Orquestrofone nos jardins do tivas, história de arte, museologia, nas suas múltiplas fun- Museu, no final do corrente ano, integrado num espaço ções (conservação, restauro, comunicação/divulgação, anexo ao novo projecto de criação de um serviço de exposição, etc.), bem como ainda um núcleo dedicado cafetaria que se encontra em fase final de construção, à História da Madeira e à Cidade do Funchal. Este núcleo constituirá um factor de divulgação e de dinamização documental surge e foi crescendo com a necessidade de deste espaço museológico. informação sobre as colecções do próprio museu com Presentemente, decorre no Museu o restauro da vista ao seu estudo e inventariação. estrutura de madeira policromada e respectivas O fundo documental é constituído principalmente por esculturas, sob a responsabilidade e orientação da documentos impressos, dos quais se destacam as mo- especialista de restauro Maria José Guedes, do Atelier nografias e as publicações periódicas. Também possui algum ISOPO (Funchal). Trata-se de um restauro de grande material iconográfico. As monografias estão divididas em Rede Portuguesa de Museus | 21 grandes classes, segundo a tabela da CDU (Classificação de documentos, estando prevista, num futuro próximo, Decimal Universal), Arte/Museologia/Conservação/Ourivesaria/ a pesquisa no catálogo automatizado (base de dados Joalharia/Antiguidades/Cerâmica/Mobiliário/Têxteis/Estanhos/ informática Porbase). Marfins/Património/ História da Madeira. Decorrem ainda a classificação e indexação das espécies Informações e contactos Os serviços desta Biblioteca/Centro de Documentação bibliográficas, mas é objectivo criar, com a brevidade Museu da Quinta das Cruzes dirigem-se a dois tipos de utilizadores: internos (técnicos possível, um espaço próprio, adequado, com recursos e colaboradores do Museu), externos (docentes, estu- humanos e informáticos capazes de tornar a Biblioteca dantes, investigadores). Presentemente, é disponibili- mais funcional e mais exaustiva na informação que Fax: 291 741 384 zada a consulta local de documentos e a reprodução quer prestar aos seus utilizadores. ❚ E-mail: [email protected] Calçada do Pico, n.º 1 9000-206 Funchal Museu de São Roque – Novo Projecto do Serviço Educativo Vamos Conhecer a Capela de S. João Baptista Consciente da necessidade de alargar os seus serviços a no âmbito do evento Festa no Chiado, bem como do um público escolar mais vasto, o Museu de S. Roque site da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa/Museu de desenvolveu recentemente o projecto Vamos conhecer a S. Roque. Capela de S. João Baptista, especialmente vocacionado Neste âmbito, oferece o Serviço Educativo do Museu de para as crianças do primeiro ciclo do Ensino Básico, o S. Roque as seguintes actividades: qual se encontra a decorrer, desde Abril de 2004. Atendendo à diversidade do acervo deste Museu, aos Visitas Guiadas: conteúdos programáticos do nível de ensino em questão Visita à Capela de S. João Baptista e respectivo Tesouro, e à sensibilidade das crianças às quais é dirigido o projecto, conservado no Museu de S. Roque. optou-se por centrar o mesmo no reinado de D. João V. Trabalho, no Museu, com uma maleta pedagógica que Assim, através do acervo do Museu e Igreja de S. Roque, inclui um livro ilustrado (“A capela que veio de Roma”), nomeadamente a partir da Capela de S. João Baptista e uma maqueta 3D e fichas pedagógicas com jogos, espaços respectivo Tesouro, apresentam-se, de forma descontraída, para desenhos, colagens e questionários. aspectos da História da Arte do século XVIII, tendo para o efeito sido criada uma Maleta Pedagógica. Ateliers temáticos, versando os seguintes conteúdos: Com o apoio da Rede Portuguesa de Museus, foi possível Os mosaicos são como os meus puzzles – Introdução à contar com a colaboração do ilustrador Luís Costa, arte do mosaico. Usando os painéis da Capela de S. João responsável pelas ilustrações e arranjo gráfico do material, Baptista como exemplo, as crianças constróem, em grupo, da historiadora da arte Helena Mantas, autora do livro um mosaico – por Vânia Toscano (Canteira). ilustrado e conteúdos da maleta. O projecto é diariamente Vamos conhecer os mármores – A partir da Capela de acompanhado pelas monitoras Isabel Guedes, Helena S. João Baptista procura-se explicar o que é o mármore, Mantas e Magda Salvador. os diferentes tipos que existem, quais os seus nomes, Numa primeira fase, a divulgação do projecto foi efectuada cores e origem. As crianças são convidadas a decorar junto dos estabelecimentos de ensino, através do envio pequenos objectos com pedras de cores variadas – por prévio de um desdobrável informativo ilustrado, tendo, Vânia Toscano (Canteira). posteriormente, as monitoras visitado algumas das escolas, Vamos conhecer as cores – As crianças entram em contacto com vista à apresentação do projecto, o que possibilitou com os materiais usados na Pintura, nomeadamente os uma mais eficaz sensibilização para o programa em causa. pigmentos. De uma forma simples mostra-se o que é a Procedeu-se igualmente à divulgação do projecto através cor – por Catarina Alarcão (Técnica de Restauro) e João de parceria celebrada com o Centro Nacional de Cultura, Nora (Artista Plástico). ❚ 22 | Boletim Trimestral Tel.: 291 740 670 Em Agenda Ecomuseu Municipal do Seixal – Exposições fábrica, através dos registos irrepetíveis e singulares Núcleo da Mundet da fotógrafa Rosa Reis. Circuito Museológico Industrial: documentar o passado, projectar o futuro – Serviço Educativo Edifício das Caldeiras Babcock Em Setembro, no âmbito das Jornadas Europeias do Até Dezembro de 2004 Património, cujo tema é À Descoberta do Património O Circuito Museológico Industrial é apresentado aos Escondido, o Serviço Educativo convida o público juvenil visitantes a par do núcleo expositivo de interpretação e adulto e as famílias a participarem em duas visitas do próprio espaço museológico e do equipamento temáticas A pé pelo Seixal e Arrentela e Quinta da conservado in situ que por décadas produziu o vapor Trindade – património e história. No primeiro trimestre necessário à fábrica. do ano lectivo, a comunidade escolar é convidada a Produzir a Pólvora em Vale de Milhaços descobrir os núcleos urbanos antigos do Seixal e de Edifício das Caldeiras de Cozer Cortiça Arrentela, através das visitas temáticas A pé pelo Seixal Até Dezembro de 2004 e A pé pela Arrentela e continuam as actividades a Encerramento A exposição descreve ao visitante o circuito da pólvora bordo das embarcações tradicionais com as Descobertas Segundas-feiras, feriados nacionais e negra, licenciado e instalado em Vale de Milhaços a matemáticas no bote de fragata Baía do Seixal. Realizam- municipais partir de 1894, assim como o ambiente e alguns -se, ainda, as visitas temáticas Investigações arqueológicas aspectos da vida dos trabalhadores da única fábrica na Quinta de S. Pedro, no âmbito da nova campanha do concelho. Esta fábrica comemorou o seu centenário arqueológica de escavação da necrópole da Quinta Educativo em actividade, no ano de 1998, altura em que se deu de S. Pedro. Praceta Francisco Adolfo Coelho início a um projecto de musealização em contexto Para público juvenil e adulto e famílias, o Serviço original de produção, tendo sido interrompida a sua Educativo do EMS realiza passeios temáticos a bordo actividade só em 2001. A exposição decorre do das embarcações tradicionais intitulados Tripular uma E-mail: [email protected] importante espólio fotográfico do Ecomuseu constituído embarcação tradicional e uma visita à nova exposição www.cm-seixal.pt/ecomuseu ao longo dos últimos anos de funcionamento da do Núcleo Naval sobre Barcos, memórias do Tejo. ❚ Horários de Inverno (Outubro-Maio) De 3.ª a 6.ª feira, das 9 às 12h e das 14 às 17h Sábados e Domingos, das 14 às 17h Informações e inscrições Ecomuseu Municipal do Seixal/Serviço Torre da Marinha, 2840-Seixal Tel.: 21 227 62 90 Fax: 21 227 63 40 Museu do Brinquedo de Sintra – Exposição manual, pois é obrigada a resolver os problemas que Jogos no Museu lhe são apresentados. 11 de Setembro de 2004 a 30 de Janeiro de 2005 Todos os visitantes, dos mais pequenos aos mais velhos, A exposição apresenta uma vasta colecção de jogos, encontrarão algum jogo que lhes lembrará a sua infância desde o final do século XIX até ao final do século XX, e que os fará recordar bons momentos passados entre pertencentes à Fundação Arbués Moreira e ao a família e os amigos. ❚ coleccionador Frederico Cunha. Desde sempre o jogo desenvolveu na criança o espírito de equipa, ensinando-a a ganhar e, muito mais importante, a perder. A vida é recriada nos jogos que reproduzem ofícios, imitam a guerra, simulam modalidades desportivas e cenas do dia a dia. A criança desenvolve a inteligência, o desembaraço e a destreza Rede Portuguesa de Museus | 23 Museu Calouste Gulbenkian – Ciclo de conferências Artes Decorativas Europeias no Séc. XVIII carros de aparato em Paris e Roma na 1.ª Metade do O Museu Calouste Gulbenkian apresenta no próximo Século XVIII, por João Castel-Branco Pereira mês de Novembro um ciclo de quatro conferências 23 de Novembro – Los Palacios de la Corona y la Real dedicadas às Artes Decorativas Europeias no Século Fabrica de Tapices de Madrid, por Concha Herrero Carretero XVIII, no âmbito da sua actividade que privilegia temas 30 de Novembro – The Art of the Augsburg Goldsmith. Museu Calouste Gulbenkian de reflexão na área da História da Arte relacionadas Economic power, artistic design and skilful mastery in Avenida de Berna, 45A com as próprias colecções. the age of Late Baroque and Rococo, por Lorenz Seelig 9 de Novembro – Invention and Craftsmanship in As conferências terão lugar às quartas-feiras, às 18 horas, French Silver of the Rococo, por Peter Fuhring no Auditório 3 do edifício sede da Fundação Calouste E-mail: [email protected] 16 de Novembro – O Efémero Urbano. Cortejos e Gulbenkian ❚ www.museu.gulbenkian.pt Informações e contactos 1067-001 Lisboa Tel.: 21 782 34 81 e 21 782 34 55/6/7 Fax: 21 782 30 32 Museu das Comunicações – Serviço Educativo participar nos seguintes ateliers: D. Genoveva na Casa do Ano Lectivo 2004/2005 Futuro; Jogadas Filatélicas; Olha Quem Fala; Comunicar com A Casa do Futuro está ao serviço das pessoas com os 5 Sentidos. necessidades especiais. Tem-se revelado um espaço único O Serviço Pedagógico do Museu das Comunicações de convergência tecnológica e, ao mesmo tempo, “serviço preparou um conjunto de actividades contextualizadas Informações e contactos público”, onde o imaginário e o real se sobrepõem à pelas necessidades dos planos curriculares de várias disci- Museu das Comunicações distância de um toque. Criar um espaço e um tempo de plinas. O Serviço Pedagógico do Museu das Comuni- interacção simultaneamente pedagógico e lúdico é o cações está ao dispor dos Professores para planear a grande objectivo dos ateliers do Museu das Comunicações. visita de estudo mais adequada a cada matéria e grau E-mail: [email protected] A partir de Setembro, os mais pequenos vão poder de escolaridade. ❚ www.fpc.pt Rua do Instituto Universal, n.º 16 1200-225 Lisboa Museu da Imprensa – Exposições Memórias Vivas da Imprensa 25 de Abril: 500 peças Exposição permanente Até 31 de Dezembro de 2004 VI PortoCartoon-World Festival Esta mostra reúne mais de meio milhar de peças, Até 31 de Outubro de 2004 nomeadamente provas censuradas do próprio 25 de Este ano, o Festival foi subordinado ao tema “Desporto Abril. A exposição engloba jornais e revistas, livros, e Sociedade” em sintonia com o Euro 2004 e os Jogos emblemas, moedas, medalhas, peças filatélicas, discos Olímpicos de Atenas. Constituída por 226 cartoons, e panfletos que reportam aos meses de ruptura e o tema da exposição atraiu mais de 600 cartunistas de dinamismo político-social que se seguiram à “revolução”. todo o mundo, transformando-se num “Hino de Humor O Museu Nacional da Imprensa procurou reunir não ao desporto”. Esta exposição tem, neste momento, só peças emblemáticas da iconografia “revolucionária”, extensões em vários locais de grande circulação de mas também os olhares e opiniões impressas dos que pessoas na cidade do Porto: Shopping Via Catarina, estavam contra o PREC (Processo Revolucionário Em Campus S. João Shopping e estações de comboios de Curso), designadamente algumas figuras do regime Campanhã e S. Bento. deposto. 24 | Boletim Trimestral Tel.: 21 393 51 59 RevoluSAM SAM denominada RevoluSAM. Constituída por 80 Até 31 de Dezembro de 2004 desenhos, esta é a primeira vez que as obras são No âmbito dos 30 anos do 25 de Abril, está patente expostas, numa homenagem do Museu a um dos mais ao público no Museu Nacional da Imprensa uma importantes cartunistas portugueses, nascido em Lisboa mostra de desenhos originais do grande cartunista há 80 anos. ❚ Museu de Penafiel – Exposição Rematamos esta evocação com uma nota sobre o hodierno Pauzeiros, tamanqueiros, sapateiros & ofícios correlativos fabrico industrial de paus para calçado, actividade florescente Até 30 de Outubro no vizinho concelho de Felgueiras, que veio não só substituir Na sequência de anteriores acções, com esta mostra volta o antigo fabrico manual dos modelos tradicionais, como a ser abordada no museu a temática dos ofícios e indústrias, desenvolveu diversas linhas de moderno calçado ortopédico, numa perspectiva histórica e técnica, agora versando o com forte procura no mercado internacional. sector do calçado. Reparte-se por dois núcleos, um primeiro No segundo núcleo apresenta-se documentação setecentista dedicado ao fabrico do calçado de pau, executado tradi- sobre o ofício de sapateiro, seguindo-se depois a recons- cionalmente por pauzeiros e tamanqueiros, e o segundo tituição de uma oficina de fabrico e reparação de calçado voltado para o calçado de pele, obra de sapateiros. de pele, com a chamada de atenção para algumas profissões O percurso inicia-se com uma memória fotográfica do cal- associadas, como a de gaspeadeira, essencial na preparação çado de pau no Portugal dos anos sessenta, passando de- do corte, e a de engraxador, figura característica do meio pois a mostrar alguns exemplares fabricados na Galiza, que urbano que garante a conservação quotidiana do calçado. nos ligam à tradição europeia, para, em aproximação, focar A última temática abordada prende-se com o associativismo aspectos desta actividade em Penafiel, expondo-se docu- de classe e a importância da intervenção sindical na mentos setecentistas sobre do ofício e relatórios sobre o organização e representação destes grupos profissionais. estado desta indústria no último quartel do século XIX. Apresenta-se a bandeira e espólio documental pertencente Daqui partimos para o ciclo tecnológico do fabrico, desde ao Sindicato do sector, com particular relevância para os a procura das árvores próprias para fazer o pau, em paisagem materiais da antiga Secção de Penafiel: o documento ribeirinha, ao seu abate pelo pauzeiro, corte da madeira fundador e o ficheiro de sócios. por medida e elaboração do pau para os diferentes tipos Esta exposição foi apenas possível pela colaboração de de obra já na oficina, local de trabalho e processo que se muitos penafidelenses que nos cederam o espólio documenta em imagem e reconstitui com materiais originais. apresentado e se dispuseram a retomar memórias e a Passamos então à oficina do tamanqueiro, onde se mostra recordar as suas profissões. Devemos também um como ao pau era aplicado o corte em pele, confeccionando- agradecimento ao Sindicato dos Trabalhadores do Calçado -se assim os diferentes modelos presentes: tamancos de do Distrito do Porto pelo empréstimo de espólio e ao Horário homens, socas de verniz para mulher e diferentes tipos de Museu Nacional de Etnologia/Centro de Estudos de Segunda a sexta-feira, 9h30-12h chancas para homem e criança. Estas especialidades que Etnologia pela cedência de imagens. A exposição conta valeram aos fabricantes locais vários prémios nas exposições com o apoio do Instituto Português de Museus/Rede internacionais oitocentistas e a uma empresa em particular Portuguesa de Museus, através do Programa de Apoio à Informações e contactos o privilégio de ser fornecedor da casa real, pelo que recebeu, Qualificação de Museus. Museu Municipal de Penafiel para colocar à vista do público, as armas reais que se O Serviço Educativo realiza visitas guiadas e acções de expõem. A comercialização nos estabelecimentos da cidade exploração temática no atelier experimental. Serão e a presença das bancas de calçado de pau nas feiras penafi- agendadas outras actividades para os diversos públicos. Fax: 255 711 066 delenses completam este ciclo produtivo, hoje quase extinto Teresa Soeiro E-mail: [email protected] no concelho. Mostruário de calçado de pau, miniatura em madeira Artesão: António Ferreira Aires Guichães, Irivo, Penafiel e 14h-17h30; Sábado 9h30-12h30 Entrada gratuita Rua Conde de Ferreira, s/n 4560-483 Penafiel Tel.: 255 712 760 Directora do Museu Municipal de Penafiel ❚ Rede Portuguesa de Museus | 25 Museus Municipais de Sintra – Serviço Educativo Alunos da Pré-Primária e do 1.º Ciclo do Ensino Básico. Foi com o propósito de criar um novo olhar sobre os Jogos Tradicionais: Experimentação de alguns jogos Museus Municipais que a Autarquia sintrense tradicionais no espaço exterior da Casa-Museu de Leal implementou o Serviço Educativo. Com o mote Ensinar da Câmara, tais como: tracção à corda, arco e a Brincar e a Brincar Aprender têm sido desenvolvidas gancheta, barra do lenço, andas, corridas de sacos, uma série de experiências, que embora tenham um etc.. Público-alvo: Alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico. carácter eminentemente pedagógico se inscrevem Oficina de Experimentação de Sentidos: Criação de num conceito mais alargado de educação não formal, experiências sensoriais a partir de um quadro de Leal uma vez que pretendem, antes de mais, propiciar da Câmara. Público-alvo: Alunos da Pré-Primária e do àqueles que visitam os museus um conjunto de 1º Ciclo do Ensino Básico. actividades lúdicas que abrangem diversos níveis de Tertúlia em Casa do Mestre Leal da Câmara: Recriação ensino e que são capazes de, por si só, motivarem histórica de uma reunião no atelier de Leal da Câmara. outras aprendizagens. Debate em torno de aspectos relacionados com a vida Este Serviço começou por ter lugar de forma regular e obra de Leal da Câmara e sua inserção no contexto na Casa-Museu de Leal da Câmara prevendo-se, então, sócio-político e cultural de Portugal no início do Séc. o seu alargamento a outras unidades museológicas. XX. Público-alvo: Alunos do Ensino Secundário. Neste momento, estão criadas as condições internas • Museu Anjos Teixeira que possibilitam o alargamento das actividades ao Maleta Pedagógica: Aspectos da vida e obra dos artistas Museu Anjos Teixeira. Mestres Pedro e Artur Anjos Teixeira. Público-alvo: 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico. Informações e contactos Programa de Actividades 2004-2006 Oficina de Pintura e Modelagem “O Caminho do Criar”: Serviço Educativo da Divisão • Casa-Museu de Leal da Câmara Espaço de reflexão, de criação e de experimentação, de Museus Livro Vivo: Reinterpretação/exploração no espaço da na área da expressão plástica, tendo como ponto de Casa-Museu dos contos “Os Dez Anõezinhos da Tia partida as colecções escultórica e pictórica do museu. Verde-Água “e “ A Casa de Meu Pai”, de Ana de Castro Público-alvo: Alunos do 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Tel.: 21 923 61 44/45/46/47 Osório e ilustrados por Leal da Câmara. Público-alvo: Básico. ❚ Fax: 21 923 61 50 Rua do Roseiral, n.º 20 São Pedro de Sintra 2710-501 Sintra Museu Ferreira de Castro – Exposição Retratos e caricaturas de Ferreira de Castro De autores e interesse desigual, do simples esboço ao Até Dezembro de 2004 trabalho acabado, este conjunto cobre um período Esta pequena exposição revela pela primeira vez de 50 anos, de 1924, quando Ferreira de Castro firmava dezanove representações de Ferreira de Castro. Por o seu nome na literatura e no jornalismo, até 1973, ocasião da pesquisa para ilustração do catálogo do sendo um nome já histórico e glorioso, esse mesmo Museu, em casa da viúva do escritor, Elena Muriel ano em que a UNESCO anunciava estar A Selva entre Ferreira de Castro, foi encontrado este conjunto os dez romances mais lidos em todo o mundo… iconográfico, dentro de um volumoso caixote de Muito em breve estas imagens estarão disponíveis no fotografias. De imediato, quis a pintora Elena Muriel Catálogo do Museu Ferreira de Castro. ❚ Informações e contactos Museu Ferreira de Castro Rua Consiglieri Pedroso, 34 Vila Velha que fossem integradas no espólio do seu marido, o 2710-550 Sintra que sucedeu, vindo agora a público. Tel./Fax: 21 923 88 28 26 | Boletim Trimestral Museu de Serralves Comissariado: James Lingwood – Exposições Co-Produção: Museu de Serralves, Baltic (Newcastle) Paula Rego Susan Hiller é uma das mais respeitadas artistas britânicas, De 15 Outubro de 2004 a Janeiro de 2005 cuja obra, contudo, jamais foi objecto de uma exposição Comissariado: João Fernandes e Ruth Rosengarten monográfica que traduza a importância histórica da sua Produção: Museu de Serralves obra iniciada na década de 70 a par das suas pesquisas A exposição apresentará uma selecção da obra de Paula mais recentes no domínio do vídeo, do som e da ficção. Rego produzida a partir de 1996, incidindo particularmente Partindo do conceito de arquivo como foco dinamizador na relação entre a sua pintura e o desenho, assim como dos seus projectos, a presente exposição resulta de uma na construção de situações ficcionais singulares e idiossin- co-produção com um dos mais importantes centros de cráticas. A artista apresentará pela primeira vez os desenhos arte contemporânea britânicos nos nossos dias, o Baltic, preparatórios das suas pinturas, realizando ainda uma nova em Newcastle. série de trabalhos especificamente pensados para esta André Guedes exposição a partir de um tema onde surja como referência 29 de Outubro de 2004 a Janeiro de 2005 a cidade do Porto. A exposição terá início no Museu de Exposição de obras do artista. Serralves, encontrando-se em estudo a sua itinerância por Colecção – Novas Aquisições Espanha, França e Itália. 29 de Outubro de 2004 a Janeiro de 2005 Susan Hiller: Revocar Exposição que visa mostrar algumas das novas aquisições Obras Escolhidas 1969-2004 da Colecção da Fundação de Serralves como as de 29 de Outubro de 2004 a Janeiro de 2005 Douglas Gordon, Tacita Dean e Steve McQueen. ❚ Museu do Traje de Viana do Castelo Esta exposição contou com a orientação especializada de – Exposição permanente intervêm no processo de transformação de dois elementos Tendo em vista algumas soluções para uma prática têxteis – o linho e a lã. Esta acção envolveu várias pessoas museológica mais consequente no Museu do Traje de Via- das aldeias vizinhas de Meadela, Perre, Outeiro, Santa Marta na do Castelo e na tentativa de ultrapassar problemas im- e Carreço, que cederam testemunhos em regime de depósito postos pela arquitectura do edifício onde está instalado (an- ou oferta. Foi ainda pretexto para a comunidade de Outeiro tigo Banco de Portugal), foram realizadas algumas acções volver e actualizar as práticas de cultivo do linho nas suas com vista a criar novos serviços e circuitos, designadamente diversas fases – sementeira, rega, arrinca, enlagamento, a abertura de uma área de exposição permanente. maceração das palhas a mangual e no engenho, espadelada, No ano de 2003, o Museu do Traje de Viana do Castelo fiação e tecelagem. O terreno escolhido para a sementeira beneficiou de uma consultoria técnica na área da progra- situava-se perto do Núcleo Museológico do Pão em Outeiro mação museológica ao abrigo do Programa de Apoio Téc- e algumas das actividades do ciclo de transformação das nico a Museus promovido pela Rede Portuguesa de Museus. palhas e preparação das fibras decorreram mesmo na eira Sob orientação de Benjamim Pereira, os Arquitectos Victor e no espaço envolvente daquela unidade museológica, Mestre e Sofia Aleixo elaboraram uma proposta de adaptação beneficiando da participação das pessoas e incluindo outras da galeria do primeiro piso a funções expositivas, cuja acções de carácter lúdico, de domínio festivo e alimentar. concretização favoreceu decisivamente a apresentação da Esta experiência foi documentada em vídeo, o que permitiu Tel.: 258 800 171 exposição permanente intitulada A Lã e o Linho no Traje registar os passos significativos do ciclo do linho e certos Fax: 258 800 179 do Alto Minho. aspectos imprevistos do seu percurso. ❚ Engenho Museu do Traje de Viana do Castelo Informações e contactos Museu do Traje de Viana do Castelo Benjamim Pereira e motivou um programa de recolha dos elementos materiais constitutivos da cadeia tecnológica que Praça da República 4900-520 Viana do Castelo Rede Portuguesa de Museus | 27 Outras Notícias Novas Publicações do IPM A publicação sistemática de normas de inventário, Ambos os títulos resultam do trabalho desenvolvido abrangentes das diversas categorias representativas das por especialistas das respectivas áreas, no âmbito do colecções existentes nos museus portugueses, constitui inventário e do estudo das colecções do Museu uma linha de acção prioritária do Instituto Português Nacional de Arte Antiga, tendo a sua edição sido de Museus. concretizada no âmbito de candidatura aprovada pelo A Colecção Normas de Inventário pretende difundir os Programa Operacional da Cultura. resultados de uma reflexão realizada na sequência do No contexto desta mesma candidatura serão publicadas, processo de digitalização das colecções no Programa até ao final de 2004, os seguintes títulos de Normas MATRIZ: Inventário e Gestão de Colecções Museológicas, e, de Inventário: Artes Plásticas e Artes Decorativas – ao mesmo tempo, dar resposta a uma necessidade por Pintura/Cerâmica; Espólio Documental – Arqueologia/ todos sentida, no sentido de se proceder a uma norma- Cerâmica Utilitária; Etnologia – Tecnologia Têxtil. lização da informação que a adopção de bases de dados O IPM publicou, também recentemente, dois novos informáticas para inventário de bens culturais veio impor. volumes da Colecção Inventário do Património Cultural, Neste contexto, a Colecção Normas de Inventário, veio relativas à Colecção de Cruzes Processionais do Museu estabelecer princípios orientadores para o carregamento Nacional de Arte Antiga e à Colecção de Ourivesaria de dados, contando para isso com a experiência de Medieval do Museu Nacional de Machado de Castro. um universo museológico, tipológica e cronologicamente Trata-se de uma colecção iniciada em 1994, na muito diverso, mas representativo dos museus que sequência do trabalho de inventário realizado em integram o todo nacional. diversos museus do IPM, e cujo objectivo consiste na Assim, desde 1999 que o Instituto Português de Museus divulgação dos inventários das colecções dos museus publicou Normas de Inventário para as áreas das Artes e, simultaneamente, contribuir para a sua contextualização Plásticas e Artes Decorativas (Normas Gerais, Cerâmica histórico-cultural quando em contexto expositivo. de Revestimento e Têxteis), Arqueologia (Normas É desejo do IPM que os quatro títulos recentemente Gerais) e Etnologia (Alfaia Agrícola). editados possam servir de indutores ao inventário e Foram agora publicados dois novos volumes desta à documentação de colecções congéneres menos bem colecção, para a área de Artes Plásticas e Artes conhecidas, públicas ou privadas, e que daí possam Decorativas – Normas de Inventário para Escultura resultar contributos significativos para o estudo do e Normas de Inventário para Mobiliário. património cultural nacional. ❚ Actas do Encontro Reconversão e musealização de espaços industriais Em Outubro de 2002 realizou-se no Auditório da de Ciências e Técnicas do Património da Faculdade de Biblioteca Almeida Garrett, no Porto, o Colóquio de Letras da Universidade do Porto. As Actas reúnem as Museologia Industrial dedicado ao tema “Reconversão contribuições dos vários especialistas, nacionais e e musealização de espaços industriais”, cujas Actas estrangeiros, que participaram no Colóquio e as suas foram publicadas pela Associação para o Museu da reflexões em torno das experiências de reconversão de Ciência e Indústria em parceria com o Departamento espaços industriais levadas a cabo no norte do país. ❚ 28 | Boletim Trimestral Associação Portuguesa dos Museus da Igreja Católica: Objectivos e metodologia Nos dias 31 de Maio e 1 de Junho, no ambiente da de animação cultural das comunidades cristãs e da Exposição “As Formas do Espírito – Arte Sacra da sociedade, lugares de intercâmbio entre história e vida Diocese de Beja”, na Galeria de Pintura do Rei D. Luís actual, enfim estruturas de evangelização. É a hora – Palácio Nacional da Ajuda, decorreram as 1.as Jornadas para considerar um museu da igreja como instituição Nacionais dos Museus da Igreja, iniciativa inaugural pastoral de pleno direito, porque reúne bens ao serviço da Associação Portuguesa dos Museus da Igreja Católica da missão de Igreja e porque constitui instrumento [APMIC]. Com Estatutos aprovados (14-11-2002) pela de evangelização cristã, com parte integrada e Conferência Episcopal Portuguesa, teve lugar em 15 interactiva em cada igreja particular, na continuidade de Fevereiro de 2003 a reunião dos sócios fundadores da missão. Para levar por diante o “magistério pastoral que decidiu, qual primeira assembleia, escolher os da memória e da beleza” (Comissão Pontifícia para corpos directivos. Foram sócios fundadores, de Norte os Bens Culturais da Igreja) há exigências que motivam para Sul: Tesouro da Sé de Braga; Museu Pio XII, do a convergência de esforços de uma Associação, como Seminário de Braga; Tesouro da Catedral do Porto, acontece noutros países. Museu de Arte Sacra e Arqueologia do Seminário Onde há museus, eles são chamados a constituir Maior do Porto; Museu de Arte Sacra de Arouca; centros de animação cultural para a comunidade, Museu de S. Pedro da Palhaça (Aveiro); Tesouro-Museu abertos à colaboração com os análogos civis, da Catedral de Viseu; Museu de Arte Sacra e Etnologia, participando em projectos comuns. Em vez de cada dos Missionários da Consolata (Fátima); Tesouro da um lutar apenas com os seus meios, mais ou menos Sé Patriarcal (Lisboa); Museu de Arte Sacra da Catedral poderosos e influentes, a Associação pretende potenciar de Évora; Museu da Sé de Elvas (Évora); Museu de os saberes e disponibilizar meios. Arte Sacra de Santiago do Cacém e Tesouro da Igreja Apenas uma consideração do património como de S. Vicente de Cuba (Beja); e Museu Diocesano de caminho de evangelização levaria a investir em pessoas Arte Sacra do Funchal. Outros museus preparam a sua e em meios financeiros necessários. Perante tantas adesão. necessidades e problemas, diante da escassez de meios, A Direcção foi constituída por: Presidente – Carlos as opções naturais e imediatas orientam-se para outras A. Moreira Azevedo (Museu da Catedral do Porto); dimensões, que não passam pela arte. Vice-Presidente – Manuel Lourenço (Tesouro da Sé Para fazer de um museu um espaço de dinamização Patriarcal); Tesoureiro – Gonçalo Cardoso (Museu de pastoral requer um projecto, aliás como todos os meios Arte Sacra e Etnologia de Fátima); Vogal – José Paulo ao dispor da Igreja. Exige-se imaginação, ideias Leite de Abreu (Museu Pio XII de Braga). catequéticas claras para planear um calendário anual Na sua intervenção inicial, o Presidente defendeu que de iniciativas, inseridas num projecto pastoral que os objectivos desta Associação são primeiramente contemple: exposições temporárias que evidenciem: pastorais. Em tempo sensível à dimensão estética, épocas, artistas, circunstâncias históricas, espirituais, receptivo à compreensão da memória colectiva, os devoções, tradições; conferências com ciclos temáticos, Museus da Igreja servem de excelente elemento e apresentação de livros ou obras de arte, encontros e meio para um actual projecto pastoral. A arte e o debates com artistas, restauradores, historiadores; património não são fins em si mesmos, mas meios de organização de sessões catequéticas in loco. expressar o espírito humano crente. A Igreja considera A Associação pretende atirar para algumas perspectivas como sua missão valorizar e promover os bens culturais concretas que alimentem a criatividade pastoral. que os seus museus albergam. Ora é objectivo da Qualificar o pessoal que serve as instituições, melhorar APMIC contribuir para que os Museus sejam lugares os serviços pedagógicos, dignificar as instalações e os Rede Portuguesa de Museus | 29 critérios de apresentação, proceder a uma inventariação no Parlamento e constituição da Comissão bilateral. rigorosa, publicar catálogos e guias cientificamente Importa, contudo, ir dando os passos que a situação, elaborados, pensar em exposições colectivas são desde já, mantém abertos e estabelecer os contactos algumas tarefas que só de mãos dadas e com a e os protocolos que a actual legislação permite. colaboração dos organismos do Estado, dos municípios Dar o salto para o empenhamento histórico, para a e de outras instituições da sociedade civil serão espiritualidade comunicada pelas obras, para o mistério viabilizadas. que escondem, é pedagogia estética exigente. A criação A Associação será um caminho aberto para levar por da Associação só será um meio eficaz, se os diante projectos comuns e desbravar espaço de responsáveis da Igreja neste sector acreditarem nas reivindicação junto das autoridades e serviços. Os artigos suas potencialidades. Será que neste campo os 22-24 da nova Concordata, assinada a 18 de Maio, horizontes pastorais conseguirão ultrapassar o imediato abordam a temática dos bens culturais. Haverá que e o bairrista? aguardar ainda alguns meses para a ratificação do texto A Direcção da APMIC ❚ Exposição multimédia SOS Igreja – De 27 de Setembro a 30 de Novembro Igreja do Convento das Mónicas, Travessa das Mónicas, Lisboa A exposição “SOS Igreja” constitui o mais visível de Segurança nas Igrejas Prevenção Criminal três eixos que constituem o Projecto Igreja Segura, cujo objectivo final consiste em criar igrejas seguras, bem preservadas, para pleno usufruto das comunidades e do desenvolvimento religioso, cultural e socio-económico local. Através de luz, imagem, som e acções em tempo real, esta exposição itinerante fornece informação e sensibiliza, de um modo assertivo e lúdico, para os principais problemas que afectam o património histórico e artístico das igrejas portuguesas, apontando para soluções não só em termos de prevenção criminal, como em termos de conservação preventiva. ❚ Informações e contactos Museu e Arquivos Históricos de Polícia Judiciária Instituto Superior de Polícia Judiciária e Ciências Criminais Quinta do Bom Sucesso – Barro 2670-345 Loures Tel.: 21 983 40 59 Fax: 21 983 54 95 E-mail: [email protected] www.inpcc.pt www.igrejasegura.com.pt 30 | Boletim Trimestral Conservação e Restauro Conservação Preventiva CALIMERA – Instituições locais enquanto mediadoras no acesso a recursos electrónicos Nascido dos resultados da Rede de Excelência PULMAN as suas capacidades e competências e participando, activa- (http://www.pulmanweb.org), CALIMERA é uma Acção mente, em trabalhos de Investigação e Desenvolvimento. de Coordenação do Programa de Investigação para a O projecto desenvolve-se em torno dos seguintes temas Área das Tecnologias para a Sociedade de Informação da de trabalho: Tecnologias e investigação aplicadas aos União Europeia (Sexto Programa Quadro 2002/2006). A Arquivos, Bibliotecas Públicas e Museus Locais; Serviços Ana Maria Runkel: Acção de Coordenação CALIMERA iniciou-se em Dezembro locais: partilha de políticas e boas práticas; A experiência [email protected] de 2003 e tem a duração de 18 meses. Actualmente, do utilizador final (em Fevereiro do próximo ano, está Departamento de Bibliotecas e Arquivos conta com cinquenta e um parceiros de quarenta e um prevista a realização de um workshop sobre o tema em países europeus. Portugal); Disseminação, trabalho em rede e formação. São objectivos deste projecto: identificar e seleccionar O Departamento de Bibliotecas e Arquivos da Câmara [email protected] desenvolvimentos e aplicações tecnológicas, resultantes da Municipal de Lisboa é coordenador financeiro deste projecto. MDR Partners investigação europeia e nacional, adequadas às necessidades Em Portugal, conta com o apoio oficial, para além de dos Arquivos, Bibliotecas Públicas e Museus locais; garantir técnicos de várias instituições, do Conselho Superior de que as instituições culturais locais beneficiem e contribuam Bibliotecas, do Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Departamento de Bibliotecas e Arquivos para as metas do sexto programa quadro para a área da Tombo, do Instituto Português de Museus e do Instituto da Câmara Municipal de Lisboa Sociedade de Informação (IST 2002/2006), desenvolvendo Português do Livro e das Bibliotecas. ❚ Informações e contactos: http://www.calimera.org Coordenação financeira da Câmara Municipal de Lisboa Coordenação científica Rob Davies: Informação sobre acções do projecto Maria José Teixeira: [email protected] Dissertações • Na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, • Na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, a 9 de Julho de 2004, Pedro de Manuel-Prime obteve o em 2003, Maria do Rosário Palma de Melo Azevedo obteve grau de Mestre em Museologia mediante a apresentação o grau de Mestre em Museologia mediante a apresentação da dissertação Preservar e Desenvolver em Museologia, da dissertação Mediação Cultural na Contemporaneidade: contributo para o estudo do objecto e do processo museológico. Os Museus. ❚ Encontros Encontro Nacional de Centros Conferência Museum Collections on the Move de Documentação de Museus 28 a 29 de Outubro de 2004 15 de Outubro de 2004 Haia, Holanda Museu de Cerâmica de Sacavém Organização Organização Instituto Holandês para o Património Cultural Câmara Municipal de Loures/Museus de Loures Ministério Holandês da Educação, Cultura e Ciência Temas Reflexão teórica e inovação; Valor acrescentado Tema dos Centros de Documentação nos Museus; Experiências Circulação e mobilidade de colecções nacionais Informações e contactos Informações e contactos PO box 76709 Museu de Cerâmica de Sacavém 1070 KA Amsterdam, The Netherlands Urbanização Real Forte, 2685 Sacavém Tel.: +3120 3054 618 Tel.: 21 983 96 00/21 940 98 09 Fax: +3120 3054 633 Fax: 21.983 96 06/21 949 98 98 E-mail: [email protected] E-mail: [email protected] [email protected] Rede Portuguesa de Museus | 31 Estrutura de Projecto Rede Portuguesa de Museus Calçada da Memória, 14 • 1300-396 Lisboa Tel: 351. 21 361 74 90 Fax: 351. 21 361 74 99 Email: [email protected] Web Site: www.rpmuseus-pt.org DESIGN Artlandia IMPRESSÃO Facsimile 3000 Exemplares DEPÓSITO LEGAL ISSN 1645-2186 Encontros II Jornadas Henriquinas – Informações e contactos Museus e Património Cultural Paula Dias: [email protected] 11 e 12 de Novembro de 2004 Cândido Sobreiro: [email protected] Lagos Gabinete de Comunicação e Imagem Organização Universidade Fernando Pessoa Câmara Municipal de Lagos, Museu Municipal Dr. José Praça 9 de Abril, 349 Formosinho 4249-004 Porto Temas Tel.: 22 507 13 00 Painel I – Enquadramento/s Legal/ais da Realidade Fax: 22 550 82 69 Museológica Nacional Painel II – Museus em Rede I Congresso Internacional Painel III – Museus e Comunidade/Museus e Intervenção Patrimónios e Identidades Comunitária 24 a 26 de Novembro de 2004 Informações e contactos Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, Lisboa Museu Municipal de Lagos Organização Rua General Alberto da Silveira, 8600-594 Lagos Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas Tel.: 282 762 301 Temas Email: [email protected] Painel I – Patrimónios e Turismo V Colóquio Internacional de Estudos Painel II – Patrimónios e Identidades Nacionais sobre África e Ásia – Painel III – Patrimónios, Identidades e Localismos Patrimónios Partilhados Painel IV – Perspectivas Teóricas sobre o Património 17 a 20 de Novembro de 2004 Painel V – Património e Políticas Identitárias Universidade Fernando Pessoa, Porto Informações e contactos Organização Comissão Organizadora Universidade Fernando Pessoa Elsa Peralta: [email protected] Tema Património Marta Anico: [email protected] Objectivos Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas Pretende-se convocar olhares cruzados sobre os patri- Pólo Universitário do Alto da Ajuda, Rua G mónios partilhados da Europa com a África e a Ásia, 1349-055 Lisboa confrontando-os com a realidade actual desses lugares Tel.: 21 361 94 30 (ext. 3153/3193) a que a História nos ligou. Fax: 21 361 94 42