Novos rumos? - Suma Economica

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Novos rumos? - Suma Economica
ISSN 0100-8595 - Edição 439 - Dezembro de 2014
Suma Economica
Revista
Consultoria e Publicações
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78 - Deze
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Equipe
Econômica
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2014
Novos
rumos?
Nesta Edição,
caderno especial
sobre Previdência
Complementar Aberta
ada do
A retocmimento
cres Previdência Privada
rna à
mo reto
Otimis
Saiba como identificar e aproveitar oportunidades, controlar
custos, diminuir riscos e avaliar os rumos da empresa.
Um orçamento operacional e de vendas bem feito precisa envolver todo o
pessoal-chave de sua empresa: finanças, RH, logística, marketing, vendas, produção
e pessoal de apoio.
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Saiba como maximizar os lucros fazendo o trade-off entre preços e quantidade
de vendas, como preparar a matriz de preços de sua empresa para atingir o
melhor resultado financeiro. Aprenda melhorar o mix de seus produtos e fazer a
estratégia de preços.
O planejamento do orçamentário é um diferencial que determina muitas vezes o
sucesso ou fracasso de uma empresa. Aprenda a calcular todos os aspectos
essenciais de seu negócio, tais como a receita à vista, o cálculo das despesas
proporcionais a venda, o prazo de recebimento, a projeção futura de resultados
e outros.
O Estado da Economia
the state of the economy
Novos rumos?
R
eeleita a presidente e anunciados os três principais
integrantes da equipe econômica, as incertezas em
relação ao futuro da economia começam a diminuir,
embora ainda seja muito cedo para avaliarmos se as metas
anunciadas serão efetivamente cumpridas.
É difícil saber até que ponto a presidente efetivamente
acredita em uma política de redução dos gastos públicos, e
do distanciamento em relação às alas do PT que continuam
acreditando que controle do orçamento e abertura da
economia é uma “política de direita”, e não do bom senso,
como prevalece atualmente, por exemplo, na China.
Controle da inflação, a médio e longo prazo, só se obtém
com um equilíbrio dos gastos públicos. A meta anunciada
de superávit primário de 1,2% do PIB significa um valor de
R$ 90 bilhões a R$ 100 bilhões em economias entre receitas e
gastos correntes. É muito dinheiro.
Porém, é quase nada em relação às despesas com os juros
a se pagar referente à dívida pública ou em comparação com
os descontroles das contas e gastos públicos. É viável e será
um primeiro passo importante, que poderá fazer com que se
recupere, gradualmente, a confiança no governo.
consideravelmente o tempo dedicado para a análise da
alocação dos recursos.
Havendo uma maior pulverização nos recursos do BNDES
através de toda a rede bancária, considerando que o banco
não possui nem estrutura e nem pessoal para a distribuição
dos recursos, a ampliação do crédito para pequenas e médias
empresas pode gerar um importante aumento na oferta de
bens e serviços na economia.
Por outro lado, se as atuais tomadoras de créditos no
BNDES ficarem privadas de recursos, certamente abrirão
uma nova era no mercado de capitais, que possui expressivos
excedentes de capital, que estão alocados em dívida pública,
por falta de alternativas.
Ainda sobre os juros, com o BCE – Banco Central Europeu
– anunciando que fará o seu “quantitative easing” de 1 trilhão
de euros, a oferta de dinheiro no mercado internacional
ficará mais abundante e as taxas de juros internacionais
continuarão baixas, com juros reais negativos na maior parte
do mundo. Atualmente só são positivos, em apenas 1% ao
ano, os juros sobre os títulos de 30 anos do Tesouro dos EUA.
Havendo confiança, e menos gastos, em um período de
18 a 24 meses a inflação pode ficar abaixo de 4,5% ao ano,
principalmente, com a redução dos preços do petróleo.
Isto abre uma enorme “janela de oportunidade” para
investimentos em infraestrutura. Há muito dinheiro
disponível no mercado internacional, a custos reais de 1% a
3% ao ano (de acordo com o risco e a fonte do dinheiro) para
projetos de longo prazo.
No curto prazo, contudo, só o aumento nos juros
será a sinalização para o controle dos preços. A Selic,
provavelmente, avançará para 12% podendo chegar a
13%. Os resultados dos juros altos, como se constatou
durante toda a década de 1980, têm efeito efêmero. Pouco
afeta a inflação.
Apesar das oportunidades, a principal questão é: o
governo permitirá as privatizações dos projetos? E, caso
ocorram, serão rápidas as decisões e autorizações para a
realização dos negócios?
Por outro lado, a remuneração das aplicações de
curtíssimo prazo, com juros reais de 6% a 7% ao ano,
atualmente é a melhor do mundo, a alegria de qualquer
atuário. Porém, é um desestímulo aos investimentos e um
multiplicador nos custos das 30 milhões de empresas desde as de grande porte aos microempreendedores - que
precisam de crédito.
Com a “Operação Lava Jato” e a desconfiança em
torno das grandes empreiteiras e da Petrobras, que eram
a base das 30 maiores empresas tomadoras de créditos
do BNDES, é provável que um volume expressivo de
crédito passe a ser direcionado para pequenas e médias
empresas, embora não se possa subestimar a capacidade
de “lobby” dos principais interessados e da filosofia – e em
parte do interesse – da burocracia deste grande banco
público, em operar com poucas e grandes empresas.
O que concentra o risco de crédito, mas reduz
Considerando a conjuntura atual, as principais
tendências que afetarão os seus negócios são:
•
•
•
•
•
•
PIB mundial crescendo entre 3,5 % e 4,0% em 2015.
Aumento da liquidez mundial, com a Europa
colocando 1 trilhão de euros no mercado.
Juros baixíssimos no mercado internacional,
no decorrer dos próximos anos, pois não se
vislumbra no mundo grandes investimentos que
possam transformar estes recursos em ativos.
Crescimento do PIB brasileiro em torno de Zero
neste ano e entre 1,0% e 2,5% em 2015.
Dólar evoluirá, lentamente, para o patamar de
R$ 3,00. A velocidade dependerá da inflação.
Selic mantém trajetória de crescimento,
podendo ultrapassar os 12% ao ano.
Revista Suma Economica
3
Índice
Preço da energia e
seus impactos sobre
os negócios
BRIEFINGS
06
PRINCIPAIS
INDICADORES
08
Novos rumos?
Equipe econômica
agrada o mercado
ISSN 0100-8595 - Edição 439 - Dezembro de 2014
07
FATOS,
TENDÊNCIAS &
OPORTUNIDADES
Suma Economica
Revista
Pequena alta
em novembro
26
Mais importados
na indústria
CÂMBIO &
COMÉRCIO EXTERIOR
33
Suma Economica
Consumidor mantém-se
pouco confiante
35
AGRÍCOLA E
COMMODITIES
40
CENTRAL DE ATENDIMENTO AO CLIENTE:
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05
de 2014
Novos rumos?
THE STATE OF
THE ECONOMY
New directions?
16
ANÁLISE DA
CONJUNTURA
PIB Zero em 2014
e baixo crescimento
em 2015
A revista SUMA ECONOMICA é uma publicação mensal da COP EDITORA LTDA.
BANCO DE DADOS E PESQUISA ECONÔMICA:
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03
O ESTADO DA
ECONOMIA
ESTATÍSTICA
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TRADUÇÃO:
Melanie Siqueira
a do
A retomadento
crescimPrevidência Privada
Mais procura pelo crédito rural
ATUALIZAÇÃO DE
ATIVOS
38
Economica
aà
PIB japonês decepciona
DIRETOR:
Alexis Cavicchini - [email protected]
COLABORAÇÃO:
Alexis Cavichini Filho - Jorge Clapp
Revista Suma
mo retorn
ECONOMIA
INTERNACIONAL
36
Alternativas
à Argentina
orial
Estudo Set
Nesta Edição,
caderno especial
sobre Previdência
Complementar Aberta
Otimis
Movimento de prêmios
é maior neste ano
25
VENDAS DO COMÉRCIO
PRODUÇÃO
INDUSTRIAL
28
Equipe
Econômica
agrada mercado
SEGUROS
AÇÕES
20
Resgates líquidos retornam
78 - Dezembro
24
Novos
rumos?
FUNDOS DE
INVESTIMENTO
Especial
12
- Edição
18
Selic entre
12 % e 13 %
Consultoria e Publicações
EVOLUÇÃO E
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Todas as análises e estatísticas são cuidadosamente preparadas pela equipe da SUMA ECONOMICA, de acordo com os
últimos dados disponíveis no seu fechamento. Contudo, o uso destas informações para fins comerciais e de investimento
é de exclusiva responsabilidade e risco dos seus usuários.
The State of the Economy
o estado da economia
New directions?
T
he President re-elected and the three main
members of the economic team announced,
uncertainties about the future of the economy
begin to decline, although it is still too early to evaluate
whether the announced targets will be effectively met.
It is difficult to know to what extent the President
actually believes in a policy to reduce public spending,
and her disengagement from PT leaders who continue to
believe that budget control and openness of the economy
is a “right-wing” policy, instead of common sense, as
currently prevails in China, for example.
Inflation control, in the medium and long term, can
only be obtained with sound public spending. Given a set
target of 1.2% of GDP for the primary surplus means R$ 90
to R$ 100 billion in savings between current revenues and
expenses. It is a lot of money.
However, it is close to nothing compared to expenditure
for interest to be paid on the public debt or compared
to public accounts spending. It is viable, and will be an
important first step, which could cause gradual trust
recovery in the current government.
Confidence and decrease in spending are the
foundation to get inflation down to 4.5% per year in a
period of 18 to 24 months – due mainly to reduction in
oil prices.
In the short term, however, increase in interest rates
will be the only signal for the control of prices. Selic will
probably advance to 12% and may reach 13%. High
interest rates, as observed throughout the 1980s, have
transient effect. They little influence inflation.
On the other hand, remuneration of short-term
investments, with real interest of 6% to 7% per year, is
currently world’s best, the joy of any actuary. However, it is
a disincentive to investment and a multiplier in cost for 30
million companies – from large ones to small entrepreneurs
– who need credit.
Operation “Lava Jato” increased mistrust around
large contractors and Petrobras, which were the basis
of the 30 largest corporate borrowers of BNDES loans.
It is thus likely that a significant volume of credit gets
directed to small and medium enterprises. Although
one cannot underestimate the ability to “lobby” of key
stakeholders, and preference of this huge public bank
to operate with few big companies. This concentrates
credit risk, but considerably reduces time devoted to
analysis to allocate resources.
This could mean a bigger spread of BNDES funds
throughout the banking network, whereas BNDES has
neither structure nor staff to distribute so many resources.
The expansion of credit to small and medium enterprises
can generate a significant increase in the supply of goods
and services in the economy.
On the other hand, if BNDES` current credit borrowers
are deprived of resources, we will certainly face a new
era in the capital market, which has significant surplus
capital that is allocated to public debt, for lack of
alternative.
Still on interest, with the ECB - European Central Bank
- announcing they will do their “quantitative easing” of
1 trillion euros – the money supply in the international
market will become more abundant and international
interest rates will remain low, with real interest negative in
most of the world. Currently only positive interest on 30year bonds of the US Treasury is positive – at 1% p.a.
This opens a huge “window of opportunity” for
investment in infrastructure. There is money available
in the international market, at actual costs of 1% to 3%
per year (according to risk and money supply) for longterm projects.
Despite opportunities, the main question is: will the
government allow privatization of projects? Moreover,
if any, will decisions and authorization to conduct
business be fast?
Considering the current situation, the main
trends that will affect your business are:
•
World GDP growing between 3.5% and 4.0%
in 2015.
•
Increased global liquidity, with Europe putting 1
trillion euros in the market.
•
Very low interest in the international market in the
coming years, for large investments that can turn
these assets into resources are not currently observed.
•
Growth of Brazilian GDP around zero this year and
between 1.0% and 2.5% in 2015.
•
Dollar evolve slowly to the level of R$ 3.00. The
speed will depend on inflation.
•
Selic maintains growth trajectory and may exceed
12% per annum.
Revista Suma Economica
5
Briefings
Comportamento da Demanda por crédito
por parte das empresas
De acordo com o Serasa Experian, a demanda das empresas por crédito, em
outubro, cresceu 12,6% frente ao mesmo mês do ano passado, mas recuou
0,7% frente ao mês de setembro. O resultado dos dez primeiros meses do
ano indica alta de 5,2%.
Por porte de empresa, as micro e pequenas empresas apresentaram uma
demanda 14,0% maior em outubro frente ao mesmo mês do ano passado, porém com recuo de 0,7% frente ao mês de setembro. No caso
das médias empresas, queda nas duas bases de comparação: de 7,4%
frente a outubro de 2013 e de 0,6% comparado a setembro deste ano.
Nas grandes, houve queda de 0,5% quando comparado a outubro do ano
passado. No resultado acumulado, as grandes empresas mantêm a liderança na
demanda por crédito, com alta de 6,5% entre janeiro e outubro.
Na análise setorizada, a demanda das empresas industriais cresceu em 8,6% frente ao mesmo mês
do ano anterior. Também nas empresas de comércio e nas de serviços houve alta nesta base de comparação,
de 8,6% e 14,6%, respectivamente. No resultado acumulado, após os dados de outubro o setor de serviços
manteve a liderança, com alta de 7,4%.
Crescimentos significativos em todas as regiões do país frente ao mês de outubro do ano passado, com destaque para o Centro-Oeste e para o Norte. O resultado nos dez primeiros meses do ano aponta para um crescimento de dois dígitos nas regiões Norte e Centro-Oeste, mas com as outras regiões também apresentando
bons resultados nesta base de comparação.
Freio emergente
A Organização Mundial de Comércio divulgou em novembro um relatório que mostra a preocupação de que
o comportamento da economia dos países emergentes possa impactar na recuperação do PIB e do comércio
global, que podem crescer em um ritmo mais lento do que o esperado.
Para a OMC, os EUA continuarão o processo de recuperação de sua economia, contrastando com o fraco
desempenho da Zona do Euro. Porém, a preocupação gira em torno dos dados para os países emergentes,
sobretudo com o Brasil e com a estagnação da economia chinesa.
Dados sobre a inadimplência das empresas
A inadimplência das empresas registrou alta de 4,4% em outubro tanto na comparação com setembro quanto contra o mesmo mês do ano passado. Os dados
são da Serasa Experian. O resultado acumulado do ano aponta para uma aceleração de 7,1%.
A conjuntura econômica atual têm prejudicado as vendas e a geração de
caixa por parte das empresas. Além disso, os juros altos encarem o crédito
e aumentam as despesas.
6
Revista Suma Economica
Fatos, Tendências & Oportunidades
facts, trends and opportunities
Por Alexis Cavicchini, Editor
Commodities e minério de ferro
Exceto pelo complexo de alimentos protéicos (soja e carnes) os preços dos produtos da agropecuária estão sofrendo com
um novo ciclo de baixa. É difícil precisar por quanto demorará a pressão sobre os preços dos alimentos, pois a demanda na
Ásia continua se expandindo. Porém, no curto prazo as expectativas continuam de queda.
Em relação ao minério de ferro, com o preço abaixo de US$ 70 a tonelada, é imensa a quantidade de minas (em todo o
mundo) que opera no nível de break-even ou abaixo. Portanto, a oferta tende a ser reduzir. Porém, a rentabilidade da Vale
sofrerá por, pelo menos, mais um ou dois anos.
Preço da energia e seus impactos sobre os negócios
O preço do barril de petróleo alcançou US$ 70 dólares. É possível que se estabilize neste patamar ou continue caindo até
os U$ 60 por barril. Neste patamar, seria antieconômica a prospecção de novos poços de óleo e gás de xisto nos EUA, que
são jazidas de curto período de exploração (o pico de extração é de 18 a 24 meses).
Certamente, este é o principal objetivo da OPEP ao não reduzir a oferta de petróleo: afastar novos concorrentes.
A situação, contudo, não é fácil para os grandes produtores de petróleo, no longo prazo.
As tecnologias para energias alternativas estão evoluindo muito depressa. O custo da energia solar e da gerada pelos
moinhos a vento já estão mais baratos do que a gerada por térmicas, movidas a diesel. E, pelas estimativas da indústria,
dentro de cinco anos, o avanço tecnológico permitirá que estas novas energias sejam produzidas a um custo 30% inferior ao
atual. O que forçaria uma baixa no preço do petróleo para US$ 49 por barril, para continuar competitivo.
Portanto, é provável que no decorrer dos próximos anos, o custo da energia se mantenha no patamar atual, ou caia. O que
irá gerar um aumento expressivo na demanda por energia.
O faturamento bruto das empresas do setor tende a aumentar expressivamente em função deste aumento de demanda.
Porém, as margens de lucros por unidades de energia serão menores.
As petroleiras, neste cenário, tendem a ter as suas margens reduzidas. A situação da Petrobras, no curto prazo, por um
lado equilibra as suas contas, com a importação de petróleo – e derivados – a um custo menor. Porém, os seus projetos de
longo prazo na exploração das reservas do pré-sal ficarão limitados à capacidade de avanços tecnológicos e à redução de
custos por parte da empresa, o que não será fácil, em um horizonte em que os custos de capital e as facilidades de acesso a
dinheiro por parte da empresa estão limitados no mercado financeiro e de capitais no Brasil e, principalmente, no exterior.
No Brasil, o principal impacto das restrições na Petrobras será no estado do Rio de Janeiro, onde se concentram as suas
operações. Contudo, considerando que a empresa representa, atualmente, 1,6% do total da Formação Bruta de Capital Fixo
(máquinas, equipamentos etc.) no país, a onda de retração nas suas atividades atingirá todas as cadeias da produção industrial.
Revista Suma Economica
7
Principais Indicadores
main index
DESEMPENHO NA INDÚSTRIA | PERFORMANCE OF THE INDUSTRY
Na comparação com o mês anterior, em %
Em setembro, a produção industrial caiu 2,1% frente ao
mesmo mês do ano passado, mesmo com um dia útil a
mais, com destaque negativo para o fraco desempenho
das categorias de Bens de Capital (-7,9%) e Bens de
Consumo Duráveis (-7,3%).
2,9
0,7
0,7
0,4
-0,2
-0,5
-0,3
-0,2
-0,6
-1,4
-3,5
N
13
D
F
J
14
M
A
M
J
J
A
S
In September, industrial production fell 2.1% from the
same month last year, even with one more working day.
Negative emphasis on the poor performance of Capital
Goods (-7.9%) and Durable Consumer Goods (-7.3%)
categories.
VENDAS NO VAREJO | RETAIL SALES BEHAVIOUR
Em %
8,5
7,0
Em setembro, as vendas do comércio cresceram 0,5% na
comparação com o mesmo mês do ano passado.
O destaque positivo ficou para os ramos de Combustíveis
e Lubrificantes e de Equipamentos e Materiais de
Escritório, que compensaram a queda nas vendas
supermercadistas.
6,7
4,8
6,2
4,0
0,5
0,8
-0,9
-1,1
N
13
J
14
D
F
M
A
M
-1,1
J
J
A
In September, retail sales grew 0.5% compared to the
same month last year. Positive highlight included Fuels &
Lubricants and Equipment & Office Supplies. They offset
the drop in supermarket sales.
S
RENDIMENTO MÉDIO DO TRABALHO | AVERAGE INCOME IN REAL TERMS
Em R$
2.122,10
O rendimento médio do trabalhador chegou a R$ 2.122,10
em outubro, crescendo em todas as regiões do país e com
destaque para a melhora na renda do trabalhador na
indústria extrativa.
2.067,10
2.055,50
2.045,10
2.026,60 2.028,00
2.019,90 2.019,00
The average worker income reached R$ 2,122.10 in
October, growing in all regions of the country. There was
improvement inworkers' income in the extractive industry.
Mar.
2014
Abr.
Mai.
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
TAXA DE DESEMPREGO | UNEMPLOYMENT
Em %
5,0
5,0
4,9
4,9
4,9
Em outubro a taxa de desemprego aberto medida pelo IBGE
ficou em 4,7%, caindo em relação ao mês de setembro e
frente ao mesmo mês do ano passado. Houve estabilidade
quanto ao número de trabalhadores com carteira assinada.
4,9
4,8
4,7
Mar.
2014
8
Abr.
Revista Suma Economica
Mai.
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
In October, the unemployment rate measured by IBGE was
4.7%, falling against September and against last October.
Therewas stabilityin the numberofregisteredworkers.
Principais Indicadores
main index
DESEMPENHO PRIMÁRIO DO GOVERNO | PRIMARY GOVERNMENT RESULT
Em R$ milhões
28.849
16.596
4.101
12.954
14.532
3.173
-1.946
-2.196
-3.079
-10.422
-10.502
-20.399
N
13
J
14
D
F
M
O Governo Central apresentou superávit primário de
R$ 4,101 bilhões no mês de outubro, o que interrompe
uma sequência de cinco meses de déficit. O resultado
acumulado nos dez primeiros meses do ano atingiu um
déficit de R$ 11,577 bilhões, ou -0,27% do PIB.
A
M
J
J
A
S
O
The central government registered a primary surplus of
R$ 4.101 billion in October,which interrupts a sequence of
five months of deficit. The accumulated result in the first
ten months of the year reached a deficit of R$ 11.577
billion, or -0.27% ofGDP.
RESERVAS INTERNACIONAIS | INTERNATIONAL RESERVES
Em US$ milhões
379.157
376.792
375.513 375.833
373.516
368.752
As reservas internacionais brasileiras voltaram a subir,
mesmo que de forma modesta, em outubro, chegando a
US$ 375,8 bilhões. A receita de remuneração das reservas
somou US$ 245 milhões.
366.717
363.914
Brazilian international reserves rose again, though
modestly, in October, to US$ 375.8 billion. The revenue
earnings on reserves totalled US$ 245 million.
Mar.
2014
Abr.
Mai.
Jun.
Ago.
Jul.
Out.
Set.
TRANSAÇÕES CORRENTES | CURRENT TRANSACTIONS
Acumulada em 12 meses, em US$ milhões
-78.000
Em outubro, o déficit em transações correntes alcançou
US$ 8,131 bilhões, o que levou o resultado acumulado nos
dez primeiros meses do ano para US$ 70,7 bilhões.
Em 12 meses, o total atingiu US$ 84,428 bilhões, ou
-3,73% do PIB.
-79.000
-80.000
-81.000
-82.000
In October, the current account deficit reached US$ 8.131
billion, which led the accumulated result in the first ten
months of the year to US$ 70.7 billion. In 12 months, the
total reached US$ 84.428 billion, or -3.73% ofGDP.
-83.000
-84.000
-84.428
-85.000
S
13
O
N
J
14
D
F
M
A
M
J
J
A
S
O
INVESTIMENTO ESTRANGEIRO DIRETO | FOREIGN DIRECT INVESTMENT
Mês a mês, em US$ milhões
Os investimentos estrangeiros no Brasil chegaram a
US$ 4,979 bilhões no mês de outubro, insuficientes para
cobrirem o déficit na conta corrente no mês. No ano, o
ingresso de IED chegou a US$ 51,194 bilhões.
8.334
6.840
6.490
5.963
4.995
5.098
3.924
4.132
N
13
D
J
14
F
M
A
4.979
5.898
5.233
M
Foreign investment in Brazil reached US$ 4.979 billion in
October, insufficient to cover the current account deficit
in the month. For the year, FDI inflows reached US$ 51.194
billion.
4.214
J
J
A
S
O
Revista Suma Economica
9
Principais Indicadores
main index
VARIAÇÃO DA SELIC ANUAL | VARIATION OF THE ANNUAL SELIC
Acumulada em 12 meses, em %
13
O presidente do Banco Central será mantido no governo
que se inicia em janeiro de 2015. Com isso, fortalece a
corrente que acredita que a atual política monetária será
mantida no curto prazo.
11,25
12
11
10
9
The President of the Central Bank will continue in the
government starting January 2015. Having this in mind
strengthens the belief that the current monetary policy
will be maintained in the short term.
8
7
6
M
13
J
J
A
S
O N D
J F
14
M A M
J
J
A
O N
S
MEIOS DE PAGAMENTO | BROAD MONEY
M4
5.000
Em outubro de 2014, os meios de pagamento ampliados
no Brasil chegaram a R$ 4,933 trilhões, mantendo a
trajetória de alta, com grande influência dos das cotas de
fundos de investimento e dos títulos federais.
4.900
4.800
4.700
4.933
4.600
4.500
In October 2014, the expanded money supply in Brazil
reached R$ 4.933 trillion, keeping the upward trend, with
great influence of the quotas of investment funds and
government securities.
M4
4.400
4.300
4.200
M
13
J
J
A
O N D
S
J F
14
M A M
J
J
A
S
O
EVOLUÇÃO DA BOVESPA | STOCK MARKET
Fechamento do mês
62.000
Em novembro, o Ibovespa encerrou em 54664 pontos,
ligeira alta de 0,07%. Nos onze primeiros meses do ano, o
Ibovespa cresceu 6,13%, com o resultado em 12 meses
ficando em 5,44%.
60.000
58.000
56.000
54.000
52.000
54.664
In November, the Ibovespa closed at 54664 points, a slight
increase of 0.07%. In the first eleven months of the year,
the Bovespa index rose 6.13%, with the result in 12
months staying at 5.44%.
50.000
48.000
46.000
M J
13
J
J F M A M
14
A S O N D
J
J
A S O N
INFLAÇÃO | INFLATION
Em %
1,67
0,98
0,60
0,48
0,29
0,78
0,38
0,20
-0,13
-0,74
N
13
10
D
J
14
Revista Suma Economica
F
M
A
0,28
-0,27
M
-0,61
J
J
A
S
O
N
O Índice Geral de Preços (IGP-M) de novembro ficou em
0,98%, com influência dos preços no atacado agropecuários que tiveram grande aceleração. Os preços industriais
no atacado, que haviam apresentado deflação em
outubro,voltaram à trajetória de alta.
The General Price Index (IGP-M) in November stood at
0.98%, with influence of agricultural wholesale prices
that rising sharply. Wholesale industrial prices, which
presented deflation in October, returned to an upward
trajectory.
Principais Indicadores
main index
COMMODITIES | AGRICULTURAL COMMODITIES
Em US$ cents/bushel
1600
Soja | Soy
Trigo | Wheat
Em novembro, as principais commodities agrícolas em
Chicago conseguiram uma ligeira recuperação. Porém,
em Nova York a trajetória dos preços continuou os seu
histórico de oscilações dos últimos meses, desta vez com
queda em todas as commodities pesquisadas.
1400
1200
1000
1.032,14
800
In November, the main agricultural commodities in
Chicago managed a slight recovery. In NewYork, however,
the price trajectory continued to fluctuate; this time all
surveyed commodities dropped.
541,78
600
400
Set. Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov.
2013
2014
DÓLAR/REAL | PARITY US DOLLAR/REAL
Em novembro
2,65
A moeda americana continuou a sua trajetória devalorização em
novembro, chegando a ultrapassar a barreira dos R$ 2,60. O
anúncio da nova equipe econômica deu uma acalmada no
mercado, baixando o dólar a R$ 2,50, mas a declaração do
presidente do Banco Central brasileiro sobre a política de swaps
cambiais gerou diversas interpretações e o mercado levou a
moeda americana a fecharnovembro em US$ 2,56.
2,5601
2,60
2,4839
2,55
2,50
2,45
3
5
4
6
7 10 11 12 13 14 17 18 19 20 21 24 25 26 27 28
The dollar continued its appreciation curve in November, for a
moment over the barrier of R$ 2.60. The announcement of the
new economic team calmed down the market, lowering the
dollar to R$ 2.50. Nonetheless, the statement of the President of
the Brazilian Central Bank on foreign exchange swap policy
generated different interpretations and the market took the
dollarto US$ 2.56 in November.
EURO/DÓLAR | PARITY EURO/US DOLLAR
Em novembro
1,256
Após fechar outubro em US$ 1,26, o euro manteve certa
estabilidade frente ao dólar durante o mês de novembro,
oscilando entre US$ 1,24 e US$ 1,25, fechando o mês em
US$ 1,246. Novembro foi mais um mês com bons dados sobre
a economia dos EUA, que ajudaram a manter a trajetória de
valorização da moeda norte-americana.
1,254
1,2466
1,252
1,25
1,248
After closing at US$ 1.26 in October, the euro remained fairly
stable against the US dollar during November, ranging
between US$ 1.24 and US$ 1.25, closing the month at
US$ 1.246. November was another month with good data on
the US economy, which helped keep the trajectory of
appreciation ofthe US currency.
1,246
1,244
1,2496
1,242
1,24
1
3
4
5
6
7 10 11 12 13 14 17 18 19 20 21 24 25 26 27 28
BALANÇA COMERCIAL | TRADE BALANCE
Em US$ bilhões
Exportações
Importações
244
Em novembro de 2014, as exportações brasileiras
alcançaram US$ 15,646 bilhões, enquanto as
importações chegaram a US$ 17,996 bilhões, levando a
um déficit comercial de US$ 2,350 bilhões.
230,029
242
240
238
236
234
In November 2014, Brazilian exports reached US$ 15.646
billion, while imports reached US$ 17.996 billion, leading
to a trade deficit ofUS$ 2.350 billion.
232
230
228
228,457
M
13
J
J
A
S
O
N
D
J F
14
M A M
J
J
A
S
O
N
Revista Suma Economica
11