síndrome de asperger

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síndrome de asperger
SÍNDROME DE ASPERGER: UN ESTUDIO DE CASO
ASPERGER SYNDROME: A CASE STUDY
SÍNDROME DE ASPERGER: UM ESTUDO DE CASO
Brenda Luanna Fernandes Cortes Dantas1; Joao Carlos Alchieri2.
1. Psicológa. Especializanda em Avaliação
desenvolvimento do Rio Grande do Norte.
Psicológica
pela
Faculdade
Natalense
para
o
2. Psicólogo. Pós doutorado pela Universidade de Brasília. Professor Adjunto do Departamento de
Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
[email protected]
[email protected]
Síndrome de Asperger, Estudios de casos, Adulto.
Asperger syndrome, Case study, Adult.
Síndrome de asperger, estudo de caso, adulto
RESUMEN:
El síndrome de Asperger tiene su origen relacionada con el autismo, y fue descrito por primera vez
en 1944 por el pediatra Hans Asperger. El término fue utilizado por Lorna Wing en 1981 en atención
al trabajo de Hans Asperger. El síndrome, sin embargo, no fue incluido en la cuarta edición del DSM
(DSM-IV) en 1994. Puede ser caracterizado por la ausencia de retraso en el lenguaje, con las
grandes palabras y frases floridas en repetidas ocasiones y de forma automática, con la
comprensión verbal limitada a los empleados en el uso diario, sin una comprensión de frases y
expresiones metafóricas. No tiene ningún retraso cognitivo clínicamente significativo, aislado
externa motivada por las dificultades para establecer relaciones interpersonales, y expresiones
repetitivas y estereotipadas sobre los intereses y actividades en general. Las manifestaciones de la
comunicación no verbal se ven afectadas como los gestos faciales y contacto visual. El diagnóstico
suele ser des cubierto más tarde que el autismo, al final de la niñez, la adolescencia y la edad
adulta, incluso, ya que el marco es más ligero y puede pasar desapercibida en el desarrollo
temprano. Las deficiencias en los medios de interferir en la interacción con el grupo de pares como
las crecientes expectativas y demandas de la época. El artículo presenta un estudio de caso en
relación con el síndrome de Asperger en pacientes adultos tratados en el Departamento de
Psicología Aplicada - SEPA, Universidad Federal de Rio Grande do Norte - UFRN en 2009.
ABSTRACT:
Asperger syndrome has its roots linked to autism, and first described in 1944 by pediatrician Hans
Asperger. The term was used by Lorna Wing in 1981 in deference to the work of Hans Asperger. The
syndrome, however, was not included in the fourth edition of DSM (DSM-IV) in 1994. Can be
characterized by the absence of language delay, using the big words and flowery phrases repeatedly
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and automatically, with limited verbal comprehension to those used in daily use, with no
understanding of metaphorical phrases and expressions. It has no cognitive delay is shown to be
clinically significant, isolated external motivated by difficulties in establishing interpersonal
relationships, and repetitive and stereotyped expressions about interests and activities in general.
The manifestations of nonverbal communication are affected as the facial, gestures and eye contact.
The diagnosis tends to be discovered later than autism, in late childhood, adolescence and even
adulthood, since the frame is lighter and can go unnoticed in early development. The deficiencies in
the media interfere in the interaction with the peer group as increasing expectations and demands of
the age. The article presents a case study relating to asperger syndrome in adult patients treated at
the Department of Applied Psychology - SEPA, Federal University of Rio Grande do Norte - UFRN in
2009.
RESUMO:
A síndrome de Asperger relacionada com o autismo, tendo descrita pela primeira vez em 1944, pelo
pediatra Hans Asperger, sendo o termo foi usado por Lorna Wing em 1981 em referência ao trabalho
original de Hans Asperger. A síndrome, no entanto, só foi incluída na quarta edição do DSM (DSMIV) em 1994. Pode ser caracterizada por ausência de atraso na linguagem, uso de palavras difíceis e
frases rebuscadas de forma repetitiva e automática, com compreensão verbal limitando-se àquelas
utilizadas no uso diário, sem entendimento do sentido metafórico de frases e expressões. Não
apresenta atraso cognitivo clinicamente significativo, extremado isolamento motivado por
dificuldade de estabelecer relações interpessoais, além de expressões repetitivas e estereotipadas
em interesses e atividades em geral. As manifestações não verbais de comunicação encontram-se
afetadas como a mímica facial, os gestos e contato visual. Seu diagnóstico tende a ser descoberto
mais tarde do que o autismo, no final da infância, adolescência e até mesmo na idade adulta, uma
vez que o quadro é mais leve, podendo passar despercebido no início do desenvolvimento. As
deficiências na comunicação social interferem na interação com o grupo de iguais aumentando
conforme as expectativas e exigências da idade. O artigo traz um estudo de caso referente à
síndrome de asperger em paciente adulto, atendido no Serviço de Psicologia Aplicada – SEPA, da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN.
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Síndrome de Asperger
Os transtornos abrangentes do desenvolvimento constituem um grupo nosológico no qual as
habilidades
sociais,
comportamental
o
desenvolvimento
esperados
não
se
da
comunicação
desenvolvem
de
e
da
maneira
linguagem
adequada.
e
o
repertório
(AMORIM,
2008),
caracterizando-se por prejuízo nos domínios de interação social, comunicação e padrões de
comportamento estereotipados e repetitivos, estimando que afetam cerca de 1% da população geral
(HOFVANDER, 2009).
Nesse aspecto, o autismo constitui parte das síndromes conhecidas como Transtornos Globais
do Desenvolvimento (TGD), e assim como ele a Síndrome de Asperger. O termo global significa que
o transtorno ou desordem afeta profundamente o processo de desenvolvimento, especialmente nas
áreas de cognição, linguagem, motora e social (MONTARDO, 2009).
Síndrome de Asperger ou “Psicopatia Autística” foi inicialmente denominada pelo pediatra
vienense Hans Asperger, que no ano de 1944 descreveu um grupo de crianças, especialmente
meninos, apresentando um padrão específico de comportamentos e déficits (Dias, 2009) .
Desconhecendo a descrição de Kanner do autismo infantil precoce publicado só um ano antes,
Asperger denominou a condição por ele descrita como "psicopatia autística", indicando um
transtorno estável de personalidade marcado pelo isolamento social. (KLIN, 2006). Resumindo as
características típicas desta alteração, destacou a aparência física das crianças, seu bom nível
intelectual, dificuldades de linguagem e de atenção, comportamento dificultoso no que concerne às
situações sociais, bem como dificuldades emocionais. O mesmo autor refere que em 1981, os
estudos originais foram revistos e algumas modificações em relação ao conceito original foram
sugeridas. Foi, então, proposta a utilização do termo Síndrome de Asperger e a ideia de que existe
um espectro de desordens autistas que Linguagem em Síndrome de Asperger inclui sujeitos com
diferentes níveis de inteligência e linguagem, mas com uma tríade de dificuldades nas áreas de
interação social, comunicação e jogo simbólico.
Na revisão dos critérios diagnósticos utilizados no Manual Diagnóstico e Estatístico de
Transtornos Mentais – DSM IV foi proposta a classificação da síndrome de Asperger, como
subcategorias dos Transtornos Globais do Desenvolvimento Tamanaha (2008). Essa seção
diagnóstica caracterizou-se pelos prejuízos severos e invasivos nas áreas de interação social e
repertório restrito de interesses e atividades.
Há mais de dez anos, o DSM Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders –IV e o
CIDClassificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde –10
compilaram os critérios diagnósticos para a Síndrome de Asperger, nos quais foram mencionados
prejuízos de interação social, comunicação e imaginação, interesses restritos, pensamento concreto
e literal e padrões estereotipados de comportamentos, sem importantes atrasos cognitivos e de
linguagem oral, aparentemente fazendo referência apenas à presença da fala no final do primeiro
ano de vida. Embora os sujeitos com síndrome de Asperger não apresentem atrasos importantes na
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área da linguagem, inclusive muitos deles tem uma habilidade para expressar-se verbalmente de
maneira criativa, utilizando vocabulário sofisticado e estruturas gramaticais corretas, nota-se uma
dificuldade em utilizar a linguagem efetivamente nas situações cotidianas (DIAS, 2009).
A síndrome de Asperger (SA) caracteriza-se por prejuízos na interação social, bem como
interesses e comportamentos limitados. Seu curso de desenvolvimento precoce está marcado por
uma falta de qualquer retardo clinicamente significativo na linguagem falada ou na percepção da
linguagem, no desenvolvimento cognitivo, nas habilidades de autocuidado e na curiosidade sobre o
ambiente. Interesses circunscritos intensos que ocupam totalmente o foco da atenção e tendência a
falar em monólogo, assim como falta de coordenação motora, são típicos da condição, mas não são
necessários para o diagnóstico (KLIN,2006).
Já de acordo com dados de Rabello e Baptista (2008), a Síndrome de Asperger caracteriza-se
pelo isolamento motivado por dificuldade de estabelecer relações interpessoais, mobilização
“desajeitada”; fala pedante utilizando palavras difíceis e frases rebuscadas, em forma repetitiva e
automática. A compreensão verbal limita-se àquelas utilizadas no uso diário sem entendimento do
sentido metafórico de frases e expressões. As manifestações não verbais de comunicação
encontram-se também afetadas como a mímica facial, os gestos e o contato face a face. São
comuns movimentos estereotipados, especialmente quando o paciente é criança. O campo de
interesses é restrito e peculiar a assuntos não usuais do grupo etário no qual o paciente se
enquadra.
Relações sociais são importantes para o desenvolvimento de todas as pessoas. Porém, a
socialização de pessoas com quadros que compõem o espectro autístico é restrita, em geral, ao
círculo familiar e profissional, e a maioria das famílias procura associações de pais e amigos do
autismo não somente para encontrar locais onde seus filhos possam ser atendidos, mas também
para aprender como lidar com eles e encontrar apoio emocional (MONTARDO, 2009).
O diagnóstico de SA requer a demonstração de prejuízos qualitativos na interação social e
padrões de interesses restritos. Não há critérios para o grupo dos sintomas de desenvolvimento da
linguagem e de comunicação e os critérios de início da doença diferem no sentido de que não deve
haver retardo na aquisição da linguagem e nas habilidades cognitivas e de autocuidado. Aqueles
sintomas resultam num prejuízo significativo no funcionamento social e ocupacional (KLIN 2006).
É válido ressaltar ainda, que, de acordo com López e Munguía (2008), na vida adulta, os
sujeitos com Síndrome de Asperger podem apresentar problemas relacionados com a empatia e a
modulação da interação social. Além disso, aparentemente, o transtorno segue um curso contínuo e
na maior parte dos casos se prolonga durante toda a vida. Poucos estudos foram desenvolvidos
acerca do perfil cognitivo de adultos diagnosticados com Síndrome de Asperger, principalmente se
este diagnóstico apareceu na idade adulta, e sobre como funcionam em sociedade (SPEK, 2008).
Segundo com dados encontrados em Hofvander (2009), a Síndrome de Asperger na idade adulta
pode ser diagnosticada de acordo com critérios refletindo a tríade de impedimentos graves e
crônicos nas áreas de interação social, comunicação verbal e não verbal e interesses.
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Caso Clínico
M., paciente do sexo masculino, então com 48 anos, foi encaminhado em junho de 2009 por
psiquiatra, ao Serviço de Psicologia Aplicada – SEPA, da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte – UFRN. O mesmo à época trabalhava como docente na referida instituição – formado em
jornalismo - e na ocasião encontrava-se de licença para realização de avaliação funcional, solicitada
pela chefia de seu departamento. Ao todo foram realizados 12 atendimentos, encerrando-se no mês
de Outubro de 2009. Buscava trabalhar por limitações funcionais, assumindo menos turmas como
docente, esperando que um laudo atestasse que deveria trabalhar menos.
M. passou por alguns processos de psicoterapia e há cerca de seis meses havia sido
diagnosticado com Síndrome de Asperger, tendo entrado de licença, após avaliação psiquiátrica,
onde foi solicitada por este uma série de testes. Aos 20 anos de idade foi diagnosticado com
depressão, e posteriormente com transtorno bipolar. Segundo o mesmo, desde a infância era
diferente dos colegas, muito tímido, introvertido, mas a mãe não queria que lhe dessem nenhum
diagnóstico, de modo que justificava para ele sua “diferença” afirmando que o garoto era superior
aos demais, superdotado. Ele cresceu com essa verdade, e sofria preconceito e bullyng na escola.
Depois que descobriu ser portador de Síndrome de Asperger passou a se conhecer melhor e a
considerar-se uma pessoa mais humilde. No que tange aos relacionamentos interpessoais, refere
não ter vida pessoal, tendo dificuldade de relacionar-se com os demais, definindo-se como frio e
com este comportamento afastando as pessoas, de modo que estas o consideram apático. Não
mantem contato com os familiares, e afirma não ter uma rede social.
Afirma que sempre foi muito intransigente com família e amigos, mas submisso com a
sociedade. Relata estar acostumado com solidão, mas teme chegar à velhice sem ter um cuidador,
referindo não querer mais morar com alguém, nem ter um convívio doméstico com outras pessoas.
Não tem planos de modificar sua forma de relacionar-se com as pessoas, não quer aumentar
sua rede social. Considera-se uma pessoa sem reciprocidade ou troca emocional. Por vezes quer
usar da deficiência para ser maior, usá-la como uma justificativa para seus comportamentos, e tem
raiva quando alguém sente pena dele. A única coisa que gostaria de modificar seria encontrar uma
outra forma de lidar com sua raiva. Em sua rotina diária sai de casa apenas para fazer compras,
pilates e massagens. Passa a maior parte do tempo em frente ao computador, escrevendo,
estudando e desenvolvendo projetos. Seu futuro está focado basicamente no trabalho, em
detrimento de relações interpessoais.
Durante o período estava em acompanhamento psicoterápico, onde tem desenvolvido um
treinamento de habilidades sociais. Ao longo do processo avaliativo foram realizadas 12 sessões, nas
quais se realizaram sessões de escuta, com uso de testes e técnicas de avaliação, a fim de verificar
a existência de traços psicopatológicos que pudessem comprometer a execução de suas atividades
profissionais, conforme solicitado pela chefia de seu departamento.
Nas entrevistas o paciente mostrava-se ansioso em relação ao início de aplicação de testes e
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técnicas, entretanto na aplicação destes mostrou-se, de um modo geral, tranquilo, tecendo poucos
comentários e geralmente fazendo comentários acerca do pouco tempo que levava para conclui-los.
Ao longo do processo, observou-se constantemente sentimentos e manifestações de
ansiedade quanto a deixar em ordem sua situação no ambiente de trabalho, com atenção
inteiramente voltada para este âmbito em detrimento da vida social, preocupando-se com o futuro
no sentido de “estar só”, por não ter uma família próxima ou uma rede social ampla.
Ao fim do processo ficou descontente com os resultados do processo de avaliação psicológica,
que chegou a resultados indicativos de que não foram observados elementos de alterações
psicopatológicas que pudessem comprometer a execução de atividades laborais. Foi possível ainda
verificar a importância de estar envolvido em um processo psicoterápico, onde pudesse expressarse, encontrar formas mais adequadas de lidar com as situações cotidianas e com as pessoas que lhe
cercam.
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