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MACHADO, A. W.; LEITE, E. B.; SOUKI, B. Q. Fotografia Digital em Ortodontia: Parte I – Conceitos
Básicos. J Bras Ortodon Ortop Facial, Curitiba, v. 9, n. 49, p. 11-16, jan/fev, 2004
FOTOGRAFIA DIGITAL EM ORTODONTIA
PARTE I - CONCEITOS BÁSICOS
DIGITAL PHOTOGRAPHY IN ORTHODONTICS
PART I - BASIC CONCEPTS
André Wilson MACHADO*
Eugênio Batista LEITE**
Bernardo Quiroga SOUKI***
*Mestrando em Ortodontia pelo COP - PUC/MG
Av. Dom José Gaspar, 500, prédio 46, Coração Eucarístico, BH/MG
Tel: (31) 3319-4414
[email protected]
**Prof. da Disciplina de Fotografia do Mestrado em Ortodontia do COP - PUC/MG
Rua Itutinga, 20, apto. 301 - B, Minas Brasil, BH/MG
Tel: (31) 3462-8654
[email protected]
***Prof. do Curso de Mestrado em Ortodontia do COP - PUC/MG
Rua Sebastião Fabiano Dias, 210, sala 1307, Belvedere, BH/MG
Tel: (31) 3286-5108
[email protected]
MACHADO, A. W.; LEITE, E. B.; SOUKI, B. Q. Fotografia Digital em Ortodontia: Parte I – Conceitos
Básicos. J Bras Ortodon Ortop Facial, Curitiba, v. 9, n. 49, p. 11-16, jan/fev, 2004
Fotografia Digital em Ortodontia - Parte I - Conceitos Básicos
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A importância da Fotografia em Ortodontia é indiscutível. Além de ser indispensável na
documentação inicial, auxilia no diagnóstico e plano de tratamento. Embora a maioria dos
ortodontistas tenha conhecimentos básicos sobre Fotografia, quando esta se torna “digital” o
assunto passa a ser complexo, principalmente pela necessidade de se ter conhecimentos
elementares sobre informática. O objetivo dessa série de artigos é ser uma porta de entrada
para o “mundo digital” em Ortodontia. Este tema será abordado em quatro artigos. No
primeiro, serão apresentados alguns dos principais conceitos básicos relacionados à
fotografia digital para capacitar o leitor a entender a terminologia utilizada nessa área, bem
como os artigos subseqüentes. Em seguida, será realizada uma comparação entre o sistema
digital e o analógico tradicional, demonstrando assim as vantagens e desvantagens de
ambos. No terceiro, serão abordados os critérios que devem ser avaliados antes da seleção
e compra de um equipamento digital. Por último, serão sugeridos alguns equipamentos e os
ajustes que devem ser realizados, para a aquisição de fotografias clínicas em Ortodontia com
excelência.
Palavras-chave: Fotografia em Ortodontia, Fotografia Digital, Câmera Digital.
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Fotografia Digital em Ortodontia - Parte I - Conceitos Básicos
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INTRODUÇÂO
A Fotografia é uma área de fundamental importância em Ortodontia. Este é um
recurso indispensável para a documentação ortodôntica inicial, para a elaboração do
diagnóstico e do planejamento do caso, além de ser uma excelente ferramenta para auxiliar
na comunicação entre profissionais, bem como com os pacientes. Além disso, as fotografias
podem servir para publicações científicas, conferências e cursos, levando informações a um
grande número de profissionais com riqueza de detalhes (HUTCHINSON et al., 1999;
TREVISAN et al., 2003). E por fim, do ponto de vista legal, as fotografias têm grande valor,
pois constituem provas materiais das condições bucais dos pacientes (HUTCHINSON &
WILLIAMS, 1999; ZAMPIERE, 2003).
Atualmente, é impossível falar de fotografia sem se enveredar pela captura digital de
imagens. O assunto é amplo, complexo e necessita de um conhecimento específico sobre
tecnologia digital e informática.
Este tema é relativamente novo para a Odontologia e a literatura, além de escassa,
retrata temas específicos como: opiniões pessoais (CAMPBELL, 1997; HOELTZEL, 1997;
NIAMTU, 1997), comparação entre câmeras digitais (DOLDO et al., 1999), adaptação em
câmera digital com finalidade ortodôntica (TREVISAN et al., 2003), arquivo digital
(REDMOND et al., 2000; SANDLER et al., 2002), manipulação de imagens (HALAZONETIS
et al., 2000; SANDLER & MURRAY, 2002), legalidade das fotografias digitais (MODAFFORE
& CALVIELLI, 2003; PEREIRA, 2003; ZAMPIERE, 2003) e sugestões de equipamentos
(SCHOLZ, 1998; COIMBRA & LOMHEIM, 1999; HUTCHINSON & WILLIAMS, 1999;
SANDLER & MURRAY, 2001). Como a utilização do “sistema digital” por ortodontistas e
estudantes de pós-graduação cresce a cada dia, tem-se a intenção de levar informações
básicas sobre a fotografia digital, permitindo às pessoas a aquisição de um equipamento que
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Fotografia Digital em Ortodontia - Parte I - Conceitos Básicos
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seja compatível com a sua expectativa profissional. Serão apresentados quatro artigos.
Neste, serão abordados alguns dos principais conceitos básicos relacionados à fotografia
digital. No segundo, será realizada uma comparação entre o sistema digital e o analógico
tradicional, demonstrando assim as vantagens e desvantagens de ambos. No terceiro, serão
abordados alguns critérios que devem ser avaliados antes da seleção e compra de um
equipamento digital. E por último, serão sugeridos alguns equipamentos e os ajustes que
devem ser realizados, para a aquisição de fotografias clínicas em Ortodontia com excelência.
A IMAGEM DIGITAL
A fotografia digital foi inicialmente utilizada pelos Estados Unidos e Rússia na Guerra
Fria (1960 à 1970), para registrar imagens do território inimigo em discos rígidos e
posteriormente em Compact Disks (CDS) e Digital Video Disks (DVDS) (FOTOGRAFE
MELHOR, 2003b; RAMALHO, 2003).
A imagem digital nada mais é do que uma série de dígitos binários (0 e 1)
(FOTOGRAFE MELHOR, 2003b). Ou seja, o que a câmera captura é uma longa seqüência
destes dois números que, então, se “transformam” em quadrinhos minúsculos (FOTOGRAFE
MELHOR, 2003b). Cada quadrinho, denominado pixel, representa uma intensidade de luz e
de cor que todos estes, em conjunto, irão formar a imagem digital.
De acordo com SILVER (2003), as imagens digitais podem ser produzidas por
diversos aparelhos, incluindo câmeras de vídeo e fotográficas digitais, scanners, aparelhos
de raios-X, microscópios eletrônicos, aparelhos de ultra-som e radares. Dessa forma, devese diferenciar a terminologia “imagem digital” de “fotografia digital”. Esta última é somente um
tipo de imagem digital que é adquirida com o uso de câmeras fotográficas digitais.
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Fotografia Digital em Ortodontia - Parte I - Conceitos Básicos
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PIXEL (PICTURE X ELEMENT)
A palavra pixel é a contração de picture X element (em português seria “pix” para
pintura ou imagem e “el” para elemento). Como foi descrito anteriormente, pixel é um ponto
virtual de luz e de cor, que em conjunto forma a imagem digital (BRANCO & AZZI, 2002;
FOTOGRAFE MELHOR, 2003a). A resolução (qualidade) da imagem obtida pela câmera é
diretamente proporcional a quantidade de pixel. Ou seja, quanto maior a quantidade de pixel
(quantidade de pontos na imagem), maior a definição dos detalhes da imagem (FIORELLI et
al., 1998; HUTCHINSON et al., 1999; HUTCHINSON & WILLIAMS, 1999; SANDLER et al.,
2002; FITTIPALDI, 2003; FOTOGRAFE MELHOR, 2003a). Para visualizar como a imagem é
formada por pixels, basta dar um zoom (ou seja, aproximar a imagem) em qualquer imagem
no computador (ABELSON, 1999; COIMBRA & LOMHEIM, 1999). Feito isso, será observado
que a imagem é formada por pequenos pontos (pixels) que têm um aspecto de vários
quadrados. Isto ocorre devido ao próprio formato retangular do pixel (FOTOGRAFE
MELHOR, 2003a). Este fenômeno é chamado de pixelização (Figura 1). Mais uma vez,
quanto mais pixels tiver a imagem, ou seja, quanto maior a resolução, menor as chances de
aparecer a pixelização, que retrata a péssima qualidade da imagem (FOTOGRAFE
MELHOR, 2003a).
Mas é preciso ter em mente que, quanto maior a quantidade de pixel, e assim uma
imagem com melhor resolução, maior será o tamanho do arquivo (em bytes) a ser salvo na
câmera, no seu cartão de memória ou no computador (COIMBRA & LOMHEIM, 1999;
FITTIPALDI, 2003).
Ao tirar uma fotografia com uma câmera digital, esta não informa a quantidade exata
de pixels da imagem. Por exemplo, se possui 1, 2, 3, 4, 5 ou mais megapixels (1 megapixel
equivale a um milhão de pixels). A câmara digital informa o número de pixels na horizontal e
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Fotografia Digital em Ortodontia - Parte I - Conceitos Básicos
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na vertical (FOTOGRAFE MELHOR, 2003a). Para se obter a quantidade total de pixels da
imagem basta multiplicar a horizontal pela vertical (Figura 2) (SWARTZ, 2000; FITTIPALDI,
2003; FOTOGRAFE MELHOR, 2003a; RAMALHO, 2003).
PPI (PIXELS PER INCH) e DPI (DOTS PER INCH)
FIGURA 1
FIGURA 2
Toda imagem, quando capturada digitalmente, é formada por ppi (ou pixels per inch,
que quer dizer pixels por polegada). Quando impressa passa a ser definida por dpi (dots per
inch, ou pontos por polegada), que deixa de ser virtual e passa a ser físico, como qualquer
impressão. Portanto, é correto dizer que tal imagem foi impressa em dpi. Mas se estiver na
tela de um computador, deve ser definida como ppi. Embora estes dois termos sejam
teoricamente diferentes, na prática são utilizados com o mesmo objetivo (ABELSON, 1999).
Quanto maior a resolução da câmera, maior a sua capacidade de capturar pixels por
polegada. Como o padrão é 72 ppi (resolução de tela de computador que é erroneamente
chamada de dpi), uma câmera com maior resolução produz uma imagem gigantesca em 72
ppi. Quando convertida para qualquer programa de edição de imagens para impressão
em 300 dpi (padrão de revista) essa imagem diminui drasticamente (FOTOGRAFE MELHOR,
2003a). Portanto, toda câmera digital captura imagens em 72 ppi, pois a maioria das imagens
geradas serão visualizadas em telas de computadores. As que têm maior resolução
produzem imagens maiores e as que têm menos, menores.
Dependendo do padrão de conversão para impressão, essa imagem terá um tamanho
limite para ser impressa com qualidade. Por exemplo, para ser impressa em jornal é 150 dpi
e em revista é 300 dpi (ABELSON, 1999; FOTOGRAFE MELHOR, 2003a). Por outro lado, a
resolução utilizada por imagens na Internet pode ser de baixa qualidade, algo em torno de 72
dpi (B & H, 2003; BOCK, 2003).
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Portanto, o número de megapixels de uma câmera não tem relação direta com
quantos dpi tem a imagem, pois esta será capturada em 72 ppi. O que importa é o tamanho
da imagem que, quando convertida para determinado dpi, gerará uma impressão de
qualidade. Assim, o número de megapixels da câmera é que determina qual o tamanho
máximo que a imagem pode ser ampliada em papel com qualidade fotográfica
(FOTOGRAFE
MELHOR,
2003b) (Quadro
1).
Por exemplo,
uma
câmera
de
4
Megapixels, consegue uma imagem com qualidade fotográfica até o tamanho máximo de 13
x 18 cm. Isso quer dizer que a imagem capturada com 2.240 x 1.680 pixels (padrão de
câmeras de 4 Megapixels) terá de um tamanho muito maior que 13 x 18 cm em 72 ppi. Mas
quando convertida para 300 dpi, sua qualidade se adequará aos 300 pontos por polegada, o
que faz com que o tamanho diminua para se obter qualidade. O processo é o mesmo na
fotografia tradicional. Qualquer foto se ampliada além do tamanho que um filme suporta
revelará pontos de cor. Quanto maior a ampliação, maior os pontos e menor a qualidade da
imagem.
De acordo com ABELSON (2000b), o termo “qualidade fotográfica” pode ser definido
como uma imagem com qualidade equivalente àquelas produzidas e processadas por filmes
fotográficos convencionais. O importante é ter em mente que o padrão para proporcionar
impressões com tal qualidade é a resolução de 300 dpi (ABELSON, 1999; ABELSON, 2000b;
RITTO, 2002; FOTOGRAFE MELHOR 2003a).
Tamanho
1Mp (1.280 x 960)
10x15
Excelente
2Mp (1.600 x 1.200) Qualid. Fotográfica
13x18
Boa
20x25
Ruim
Excelente
Boa
3Mp (2.048 x 1.536) Qualid. Fotográfica Qualid. Fotográfica
Muito Boa
4Mp (2.240 x 1.680) Qualid. Fotográfica Qualid. Fotográfica
Excelente
5Mp (2.560 x 1.920) Qualid. Fotográfica Qualid. Fotográfica Qualid. Fotográfica
QUADRO 1 - Resolução e tamanho de impressão de fotos
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CCD (CHARGE COUPLED DEVICE)
Este é um componente de fundamental importância para a câmera digital, pois é o
dispositivo encarregado pela captura da imagem (FOTOGRAFE MELHOR, 2003b). O CCD
(ou chip) captura os impulsos luminosos e os convertem em impulsos elétricos que
posteriormente serão convertidos na imagem (Figura 3) (BOCK, 2001; BRANCO & AZZI,
2002; ASKEY, 2003a; FITTIPALDI, 2003; FOTOGRAFE MELHOR, 2003b). Em outras
palavras, o CCD gera os pixels. Por isso, quanto maior a capacidade do CCD da câmera,
maior quantidade de pixels por esta será capturada, gerando imagens muito mais ricas em
detalhes e com cores mais fiéis. Porém, este chip captura apenas a intensidade da luz,
gerando imagens monocromáticas, (ou seja, cada pixel com um único tom de cinza) e por
isso, necessita de um sistema de filtros nas cores básicas vermelho, verde e azul (de onde
vem à terminologia RGB, do inglês red, green and blue) para proporcionar cor à imagem final
(ASKEY, 2003a; FOTOGRAFE MELHOR, 2003b).
A tecnologia dos CCDs, assim como todos os componentes da câmera digital, estão
em constante evolução. A Fujifilm desenvolveu o Super CCD que se caracteriza pela criação
de pixels artificiais na imagem para aumentar a sua resolução final (FOTOGRAFE MELHOR
2003a). E mais recentemente, foi lançado um novo CCD, pela Foveon X3 Technology, que já
captura a imagem com as três cores, ou seja, cada pixel possui três cores. Este novo
sistema promete revolucionar ainda mais o mundo da Fotografia Digital.
FIGURA 3
MONITOR ou LCD (LIQUID CRYSTAL DISPLAY)
É a tela de cristal líquido (Figura 4), parecida com aquelas utilizadas por telefones
celulares, que serve para visualizar a cena a ser fotografada (BRANCO & AZZI, 2002;
ASKEY, 2003b; FITTIPALDI, 2003; FOTOGRAFE MELHOR, 2003a) (diferente do pequeno
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visor óptico utilizado pelas câmeras analógicas), observar o resultado imediato (FIORELLI et
al., 1998; SANDLER & MURRAY, 2001; BRANCO & AZZI, 2002; SANDLER et al., 2002;
SANDLER & MURRAY, 2002; TREVISAN et al., 2003), alterar as configurações da câmera e
ainda serve para realizar vídeos digitais (ASKEY, 2003b).
FIGURA 4
ZOOM ÓPTICO E DIGITAL
O zoom óptico é a ampliação da imagem produzida através da alteração da distância
focal da objetiva (conjunto de lentes) da câmera (FIORELLI et al., 1998; ABELSON, 1999;
ASKEY, 2003c; FITTIPALDI, 2003; FOTOGRAFE MELHOR, 2003a). Com este tipo de
recurso, a fotografia pode ser registrada com a máxima resolução do CCD sem alterar a
qualidade final da imagem (ABELSON, 1999; ASKEY, 2003c; B & H, 2003).
O zoom digital recorta uma parte central da imagem e a amplia por um processo
(interpolação) que preenche os espaços entre os pontos (pixels) da imagem, gerando outros
pontos (pixels) de forma artificial (Figura 5). O grande problema deste recurso é que diminui
sensivelmente a qualidade final da imagem, não reproduzindo de forma fiel pequenos
detalhes e informações (ABELSON, 1999; ASKEY, 2003c; B & H, 2003; FITTIPALDI, 2003;
FOTOGRAFE MELHOR, 2003a).
Ao optar pela compra de uma câmera digital, deve-se optar pelo zoom óptico da
câmera. Além disso, é necessário senso crítico no momento da compra. Muitas vezes,
algumas empresas costumam estampar nas embalagens dos produtos e em anúncios a
quantidade total de zoom da câmera, e não o zoom óptico. Por exemplo, informam que a
câmera possui “21x zoom”, e que na verdade esta só possui “3x de zoom óptico” associado a
“7x de zoom digital”.
FIGURA 5 - A
FIGURA 5 - B
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FORMATOS DE ARQUIVOS
O formato de arquivo é a forma como a imagem será armazenada na câmera (ou no
cartão de memória) e posteriormente transferida para o computador. Existem inúmeros
formatos, porém os mais utilizados são o GIF, o JPEG e o TIFF (ABELSON, 1999; BRANCO
& AZZI, 2002).
GIF (Graphic Interface) - Formato com apenas 256 cores, utilizado em páginas da
Internet e pequenas imagens animadas (BRANCO & AZZI, 2002; COSOI, 2002;
FOTOGRAFE MELHOR, 2003a).
JPEG (Joint Photographic Experts Group) - Este é o formato mais popular e
amplamente utilizado pelas câmeras digitais. A grande desvantagem desse formato é que a
qualidade final da imagem é diminuída através de sua compressão. Em alguns casos, esta
perda é progressiva, pois, sempre que este tipo de arquivo é alterado em qualquer programa
de edição de imagens, este é submetido a um grau de compressão. Por outro lado, este tipo
de formato é o mais rápido e fácil de trabalhar nos diversos programas de edição de
imagens, além de ocupar pouco espaço (em bytes*) no cartão de memória (explicado
posteriormente) e no disco rígido do computador (BRANCO & AZZI, 2002; COSOI, 2002;
FOTOGRAFE MELHOR, 2003a).
TIFF (Tagged Image File Format) - Formato utilizado para salvar imagens com a
mínima perda de qualidade (ABELSON, 1999; BRANCO & AZZI, 2002; COSOI, 2002;
FOTOGRAFE MELHOR, 2003). A grande desvantagem é que ocupa muito espaço nos
cartões de memória e no disco rígido do computador (BRANCO & AZZI, 2002; FOTOGRAFE
MELHOR, 2003a).
*
A informação digital é armazenada em um código binário. A menor unidade desse código é representado por
um bit, que pode ser o número 0 ou 1. Byte é a unidade de medida utilizada para mensurar o tamanho de
arquivos e cada byte é composto por 8 bits. 1 Kilobyte (KB) equivale a 1.024 bytes. 1 Megabyte (MB)
representa 1.024 KB e 1 Gigabyte (GB) possui 1.024 MB.
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Fotografia Digital em Ortodontia - Parte I - Conceitos Básicos 11
O formato de escolha vai estar diretamente relacionado com a finalidade da fotografia.
Devido a sua facilidade de uso e a melhor relação qualidade - tamanho de arquivo, o formato
JPEG é mais comumente utilizado, e este deve ser o de escolha em Odontologia. Segundo
ASKEY (2003e), a ampla utilização desse tipo de formato está relacionado com a sua
capacidade de reduzir o tamanho do arquivo de uma fotografia, de 8 a 10 vezes, sem
nenhum tipo de perda da qualidade final da imagem que possa ser detectada pelo olho
humano a uma distância normal. Por exemplo, uma fotografia com 3 Megapixels, que no
formato JPEG possui 1,5 MB será dificilmente diferenciada da mesma fotografia no formato
TIFF que ocupa 9.2 MB. Em alguns casos, porém, como a fotografia com finalidade de
pesquisa científica, para a edição de painéis (posters ou banners), ou quando o fator
qualidade é primordial, pode-se optar pelo formato TIFF. O formato GIFF deve ser
descartado para fotografias clínicas devido a sua baixa qualidade.
CARTÃO DE MEMÓRIA
De acordo com ASKEY (2003d), o cartão de memória de uma câmera digital é o seu
filme fotográfico (Figura 6). Consiste de um componente removível que armazena todas as
imagens e vídeos digitais registrados pela câmera (ASKEY, 2003d; FOTOGRAFE MELHOR,
2003a). A grande vantagem deste recurso é a possibilidade de reutilizá-lo, ou seja, após tirar
várias fotografias, pode-se simplesmente apagá-las e voltar a registrar imagens novamente
(HUTCHINSON et al., 1999).
FIGURA 6
Os principais cartões utilizados são os seguintes: PCMCIA PC Card, Compact Flash I
e II, Smart Media, Memory Stick, Multimedia Card e Secure Digital. (ASKEY, 2003d,
FOTOGRAFE MELHOR, 2003a, RAMALHO, 2003).
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O tipo de cartão utilizado não afeta a qualidade da fotografia. As diferenças básicas
entre estes são: tamanho, peso, compatibilidade com o sistema digital utilizado, capacidade
de armazenamento e o custo.
Para acompanhar a evolução das câmeras, os cartões de memória não param de
aumentar de capacidade e diminuir de tamanho (FOTOGRAFE MELHOR, 2003b). A
capacidade de armazenamento dos cartões é expressa em Megabytes (MB). Atualmente, a
capacidade dos cartões de memória variam de 8, 16, 32, 64, 128, 256, 512 MB, podendo
chegar até 5 GB (5.000 MB) e a tendência é aumentar mais ainda. O importante é ter o
conhecimento que quanto mais Megabytes tiver o cartão maior será a quantidade e a
qualidade das fotografias por este armazenada.
TRANSFERÊNCIA DE IMAGENS (DOWNLOAD)
É a forma como as imagens são transferidas da câmera para o computador.
Equipamentos antigos utilizavam a porta serial - RS232 - (mesma utilizada por algumas
impressoras mais antigas) para realizar o download das imagens. Esta era sem dúvida uma
das principais desvantagens do sistema digital devido à lenta taxa de transferência
(ABELSON, 1999).
Atualmente, a grande maioria das câmeras digitais possui conexão USB (Universal
Serial Bus) com o computador, que é significativamente mais rápida do que a antiga porta
serial (ABELSON, 1999). A transferência das imagens pode ser realizada conectando a
própria câmera com o computador através de um cabo USB. Outra forma é através de um
leitor de cartão. Este é um dispositivo que permite a leitura de um ou mais cartões de
memória e a transferência de seu conteúdo para o computador (FITTIPALDI, 2003,
FOTOGRAFE MELHOR, 2003a). A grande vantagem deste último recurso é que não é
necessária a câmera para a transferência das imagens para o micro (ABELSON, 2000a).
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Fotografia Digital em Ortodontia - Parte I - Conceitos Básicos 13
Foi lançado no mercado, recentemente, uma nova forma de conexão da câmera com
o computador: a porta Firewire (IEEE 1394). Esta se encontra um passo à frente da USB,
devido à maior velocidade de transferência (FOTOGRAFE MELHOR, 2003a).
É importante lembrar que, como foi descrito anteriormente, quanto maior a resolução
da imagem (em Megapixel), mais espaço na memória esta irá ocupar. Como conseqüência, a
taxa de transferência para o computador também será mais lenta. Como exemplo, podemos
citar as imagens no formato TIFF, que como a resolução é alta, irá ocupar mais espaço no
cartão de memória e a sua taxa de transferência para o micro será mais lenta.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A história das câmeras digitais é semelhante à dos computadores, videocassetes e
DVDs. Inicialmente o preço era altíssimo e poucas pessoas faziam uso. Como o mundo
digital está em constante evolução e o acesso cada vez mais universalizado, o custo desses
equipamentos foi caindo gradualmente e atualmente já faz parte do cotidiano de milhões de
pessoas.
A utilização do sistema digital em Odontologia e, especificamente em Ortodontia, tem
sido assunto de grande interesse nos últimos anos. Entretanto, antes de adquirir um
equipamento digital e abandonar o analógico convencional, o leitor deve se familiarizar com a
terminologia utilizada que é ampla, complexa e pouco conhecida.
Espera-se que este artigo possa contribuir na familiarização dos principais conceitos
básicos da linguagem utilizada pelo mundo digital, permitindo, juntamente com os próximos
artigos, a serem publicados, a escolha mais acertada de um equipamento digital para a
obtenção de fotografias clínicas em Ortodontia com excelência.
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Fotografia Digital em Ortodontia - Parte I - Conceitos Básicos 14
Abstract:
The importance of Photography in Orthodontics is unquestionable. They not only are an
essential part of clinical documentation but also are an important tool to improve the diagnosis
and treatment planning. Although the majority of orthodontists have some knowledge
regarding general photography, when it becomes “digital”, the issue becomes confusing and
complex.
The aim of this sequence of articles is to introduce the “digital world” to the
clinician. This issue will be discussed in four papers. The intent of the first paper is to provide
a review of the basic concepts regarding the digital photography to enable the reader to
understand the terminology used in this new field and understand the further articles. In a
second article, it will be performed a comparison between the traditional analogical and the
new digital system addressing the advantages and drawbacks of both systems. In the third
article, we will describe the criteria that should be assessed before the selection and
purchase of a digital photography equipment for the orthodontists need. At last, we will
suggest a list of different digital cameras and the proper adjustments, in order to obtain
pictures with excellence in Orthodontics standards.
Keywords: Photography in Orthodontics, Digital Photography, Digital Camera.
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Fotografia Digital em Ortodontia - Parte I - Conceitos Básicos 15
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Fotografia Digital em Ortodontia - Parte I - Conceitos Básicos 18
LEGENDAS
FIGURA 1 - Efeito visual que consiste na distinção dos pixels de uma imagem com baixa
resolução, conhecido como pixelização. Esta característica também pode ser visualizada
quando aproximamos (zoom) uma determinada imagem na tela do computador.
FIGURA 2 - Esquema demonstrando como a câmera informa a quantidade de pixels
existente em uma determinada imagem. Para descobrir a quantidade total de pixels na
imagem, multiplica-se a quantidade horizontal pela vertical e obtêm-se o resultado.
FIGURA 3 - O CCD converte a energia luminosa em impulsos elétricos (pixels). Após passar
por um filtro de cor (RGB), é formada a imagem digital.
FIGURA 4 - Visor de cristal líquido (LCD) localizado na parte posterior de uma câmera
fotográfica digital.
FIGURA 5 - A. O zoom digital seleciona uma parte central da imagem e aproxima através de
um sistema que cria novos pixels artificialmente. B. Aproximação obtida através deste
recurso, que pode alterar pequenos detalhes na qualidade final da imagem.
FIGURA 6 - Cartão de memória SmartMedia localizado em um compartimento lateral de uma
câmera fotográfica digital.
QUADRO 1 - Relação entre o número de megapixels da foto e sua máxima ampliação em
papel com qualidade fotográfica (Adaptado de: FOTOGRAFE MELHOR, 2003b).
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