Metalworking World 3/2009

Transcrição

Metalworking World 3/2009
desvendando os segredos da natureza:
no rastro de
novas espécies
a business
magazine from
sandvikcoromant
coromant
uma
revistaand
de technology
negócios e tecnologia
da sandvik
N.º3 2009
aceleraNDO A produtividade EM SILÊNCIO
a canadian tool & DIE
desafia a crise
Economize com
O CONCEITO PIP
nada surpreende
a argentina emu:
novos caminhos
para o sucesso
Eduardo Vorchheimer,
CEO da EMU, fabricante
da Argentina.
editorial
O segredo é ser competitivo
Todas as empresas precisam melhorar constantemente sua competitividade. As vencedoras são as que encontram a melhor forma de
fazer isso!
Durante esta dura recessão, a sobrevivência
está diretamente relacionada à possibilidade
de redução de custos na produção. O segredo
é reduzir os custos de produção a longo prazo
em todos os níveis. Reduzir custos a curto
prazo – mesmo que se reduzam também os
preços, o que no panorama geral tem um efeito muito limitado – não é a solução. Portanto,
eu gostaria de sugerir que você experimentasse o programa da Sandvik Coromant que
reduz custos e, ao mesmo tempo, melhora sua
competitividade a longo prazo.
Por meio do nosso programa de redução de
custos, nossos engenheiros ajudarão a analisar
seu processo de produção para determinar onde
é possível economizar. Igualmente importante,
eles mostrarão como é possível otimizar sua
usinagem, liberando tempo e recursos, e poderão lhe dar várias sugestões, para que você possa fazer o que for mais adequado ao seu caso.
Foi isso o que fizemos para a Smith International, do Texas. Nossos engenheiros executaram um programa durante o pico da atividade
econômica e, quando veio a desaceleração,
essas melhorias permitiram trazer de volta a
produção de peças que tinha sido terceirizada.
Isso não era possível antes com o processo que
“Reduzir custos a curto
prazo não é a solução.”
eles usavam. Leia mais sobre a Smith International e sobre como um programa de redução
de custos pode gerar uma economia substancial, à página 6.
No entanto, o segredo do sucesso varia
conforme a empresa. A EMU, fornecedora da
indústria automotiva na Argentina, tem tido
muita experiência com mudanças e melhorias
não só em seu processo de produção, para
atender a demanda dos clientes, mas também
em sua base de clientes, para não ser tão dependente de um único segmento da indústria.
Essa diversificação deixou a empresa em uma
boa situação, apesar da desaceleração atual
dos negócios. Leia mais à página 7.
samir soudah
Boa leitura!
Kenneth V Sundh
Presidente da Sandvik Coromant
PS 1: Silent Tools, nosso exclusivo conceito
antivibratório, tornou-se parte integrante de muitas
máquinas novas. Ele pode reduzir o tempo de
retorno do investimento. Leia o artigo à página 24.
2 metalworking world
PS 2:
O professor japonês Masahiko Inami
inventou o sonho de qualquer criança: uma capa
invisível. Sua invenção pode tornar mais fácil estacionar
um carro, por exemplo. Leia mais à página 29.
índice
ken straiton
29
metalworking world N.º3 2009
Tecnologia
estáveis
13 melhoras
A nova e exclusiva interface iLock melhora a
estabilidade de vários conceitos de
ferramentas de corte e traz novos níveis de
segurança, maior vida útil e melhor
produtividade.
mais suave
14 aterrissagem
A fabricação de trens de pouso para aeronaves exige muita técnica e se caracteriza pela
necessidade de alta confiabilidade e robustez, além de apresentar rigorosas restrições
de peso e custos.
controle dos cavacos
23 melhor
Alguns dos problemas mais comuns das
operações de cortes e canais estão
relacionados ao controle ineficaz dos cavacos
e à dificuldade de acesso. Isso pode ser
resolvido com as novas ferramentas CoroTurn
HP.
do alumínio
34 CAMPEÃ
Com a nova fresa de topo CoroMill 790, a
usinagem em desbaste e acabamento de
alumínio tornou-se mais produtiva e foi
possível obter uma maior qualidade das
peças.
PARA USINAR PEÇAS DIFÍCEIS
38 FACILIDADE
Os motores aeronáuticos estão repletos de
peças de difícil usinagem, mas sua fabricação
fica mais fácil com as ferramentas certas.
34
4
7
notícias de usinagem
16
A CANADIAN TOOL & DIE
desafia a crise
24
produtividade
SILENCIOSA
29
ele transforma seu
sonho em realidade
30
A TROPA DE ELITE
DA NATUREZA
36
panorama da usinagem
NOVOS CAMINHOS PARA
ATRAIR FATURAMENTO NA
ARGENTINA
30
16
Metalworking World é uma revista de negócios e tecnologia da AB Sandvik Coromant,
811 81 Sandviken, Suécia. Telefone: +46 (26) 26 60 00. A Metalworking World é publicada três vezes por ano em alemão,
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martin adolfsson
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disponíveis na Metalworking World.
metalworking world 3
notícias
Motores mais
ecológicos
Novo material. Hoje, um carro
de passeio médio na União Européia
emite 160 gramas de dióxido de carbono por quilômetro. Mas, a partir de
2012, as emissões dos carros novos
na UE estarão limitadas a 120 gramas
por quilômetro, uma redução de 25%.
Em preparação para o novo regulamento, muitos dos principais fabricantes de carros da Europa estão
buscando maneiras de construir
veículos menores e de tornar os
maiores ainda mais eficientes. “As
exigências estão sempre aumentando”, observa Jürgen Zörner, gerente
de usinagem de produtos acabados
da fundição austríaca Georg Fischer
Automotive, empresa que sugeriu um
novo material para coletores, capaz
de suportar as temperaturas mais
altas dos motores menos poluentes.
Em 2007, a Georg Fischer lançou o
SiMo1000, um material que resiste a
altas temperaturas e usa 34% a menos de níquel – uma nítida vantagem
em tempos de alta do preço desse
metal. Porém, o desafio é a
dificuldade de se fabricar o novo
material de maneira eficiente.
A Georg Fischer procurou o Centro
de Aplicação Automotiva da Sandvik
Coromant em Stuttgart, na Alemanha, em busca de uma solução. A
tarefa era testar o SiMo1000 e
obter o melhor processo possível
para usinar os tubos e produzir
o furo através do qual o
coletor de escape de 4 kg a
6 kg é fixado na carcaça
do motor.
O SiMo1000 passou por
uma bateria de testes em
meados de 2007. A partir
dos resultados, a
equipe da Sandvik
Coromant sugeriu
uma nova ferramenta para trabalhar
com o material.
Baseada na
CoroDrill 880,
essa
ferramenta
pode ser
equipada com
O coletor feito com
o novo material
uma broca de
SiMo1000.
10 mm e é
capaz de realizar cinco operações
“Foi complicado,
pois o material é
endurecido por
indução.”
– desde fresamento de
bordas com rebarba até
furação – sem troca de
pastilhas.
O que convenceu a
Georg Fischer foi o fato de
o desgaste aumentar de
maneira uniforme e
contínua, reduzindo o risco
de uma parada na produção.
Esse é um fator importante
para os fornecedores da
indústria automobilística, um
setor em que as pressões de
custo são enormes.
Na fábrica da Georg Fischer
em Herzogenburg, as
máquinas estão sendo adaptadas para a nova ferramenta, que foi introduzida lentamente durante o primeiro
trimestre de 2009. Isso abriu caminho para uma área de negócios completamente nova – carcaças para turbocompressores. Os protótipos estão
sendo testados atualmente em vários
fabricantes de turbocompressores.
“Enxergamos um futuro promissor
para o SiMo1000”, destaca Zörner.
Canadá recebe
competição de jovens
educação. A cada dois anos, centenas de jovens talentosos do mundo
todo encontram-se para disputar a
WorldSkills International, em que
competem nas habilidades de seus
vários ofícios, em testes com padrões
internacionais rigorosos.
A 40.ª edição da WorldSkills
acontecerá em Calgary, no Canadá,
na primeira semana de setembro de
2009. Participarão competidores de
51 países e regiões.
4 metalworking world
“Embora o reconhecimento independente varie conforme o país anfitrião, a participação e a classificação
em uma competição WorldSkills
International representa um grande
destaque na carreira”, aponta Jennifer
Laraway, diretora de comunicações
da WorldSkills Calgary 2009.
A Sandvik Coromant é patrocinadora da parte de usinagem da competição, fornecendo ferramentas e conhecimento na área de usinagem.
Roberto Bovino, supervisor de
fábrica da CTD.
Leia mais à página 16.
Inovação
sonora
P&D. Há anos que as cordas
de violões e guitarras são
feitas de aço-carbono, um
material que desafina
facilmente. Mas agora está
começando uma nova era.
A Sandvik Materials
Technology
desenvolveu um
novo aço inoxidável
para cordas
musicais. Até
agora, os testes
mostram que
as cordas feitas
com o novo aço
são muito mais
duráveis que as
tradicionais em aço-carbono, que
oxidam com o suor e deixam de
funcionar em pouco tempo.
“Estou tocando com elas na
minha guitarra há meses e as
cordas funcionam mesmo”,
garante Phil Etheridge, gerente
de marketing do novo aço para
cordas e experiente guitarrista.
Várias empresas de música têm
se interessado pelo novo aço.
“Esse aço também pode ser
usado para
fabricar
cordas
para outros
instrumentos, como
violinos e
bandolins”,
acrescenta.
Phil Etheridge
nasa
cinco perguntas para:
… Jeff Wallace, gerente de
tecnologias de usinagem para o setor
aeroespacial da Mori Seiki, fabricante
de máquinas-ferramenta, nos EUA.
Aeroespacial. A contínua evolução da indústria aeroespacial
desafia os fabricantes com materiais de difícil usinagem.
P&D. A
Boeing, em cooperação com a NASA e outras
organizações, está desenvolvendo a aeronave Blended
Wing Body. Ela transportará entre 450 e 600 passageiros
– mesma classe que o Boeing 747. O design em formato
de arraia oferece melhor aerodinâmica, maior economia
de combustível e menos ruído. Feito de materiais compostos e plásticos, o avião também será muito mais leve.
chance
para inspiração
Feiras de negócios. A partir do
final de setembro, a Sandvik
Coromant abrirá as portas de seus
Centros de Produtividade na Europa,
a fim de ajudar as empresas a
encontrarem novos métodos para
enfrentar os desafios provocados
pela desaceleração econômica. O
objetivo é trocar idéias e discutir
desafios e oportunidades com os
fabricantes, e preparar-se para
quando o mercado melhorar.
“Não participaremos da feira EMO
2009 este ano, mas realizaremos uma
série de eventos abertos nos nossos
Centros de Produtividade, todos com
o tema ‘O desafio para a sua
empresa’”, informa Virgine Geoffrion,
gerente de comunicações de
marketing da Sandvik Coromant,
região Europa.
“Nossos especialistas estarão à
disposição para responder perguntas
e apresentar as mais recentes
aplicações e soluções, que permitirão
reduzir custos e tempos de produção
de maneira eficiente e permanente.
Ao participarem desses eventos,
os clientes estarão preparados para
os novos desafios que terão pela
frente”, completa.
Há vários Centros de
Produtividade ao redor da
Europa. Para obter
informações sobre os
centros participantes
e as datas, entre em
contato com seu
representante local
da Sandvik
Coromant ou visite
a nossa webpage em
www.coromant.
sandvik.com/br.
1. Com a crise econômica atual, como os fabricantes estão
encarando os investimentos em máquinas?
“Atualmente, um número
crescente de fabricantes enxerga a
alta tecnologia como uma possível
solução para a desaceleração da
usinagem geral. Graças a isso,
nossos centros de usinagem de 5
eixos e máquinas multitarefas
estão ganhando popularidade.”
2. Quais são os seus maiores
desafios no setor aeroespacial?
“As peças das turbinas a gás e
outros componentes aeroespaciais
são feitos sobretudo de ‘superligas’
– ligas à base de níquel, titânio e aço
inoxidável. Essas ligas são difíceis de
usinar e de manipular. A vida útil da
ferramenta e o custo por peça são
Jeff Wallace
os principais quesitos a considerar
ao buscar novas tecnologias que superem esses problemas.”
3. Como a Mori Seiki trabalha com a Sandvik Coromant em
relação a isso?
“Estamos em um ciclo de desenvolvimento contínuo: a Sandvik
Coromant desenvolve novas tecnologias de usinagem e nós
tentamos aproveitar essa tecnologia. Ao mesmo tempo, a Mori
Seiki desenvolve novas tecnologias de máquinas, que por sua vez
impulsionam as tecnologias de ferramentas.”
4. Qual será o próximo grande desafio dos fabricantes do
setor aeroespacial?
“Reduzir custos. Para conseguir isso, será necessário usar
soluções de ferramental inovadoras e centros de usinagem
extremamente robustos.”
5. Qual será a próxima grande inovação em termos
de máquinas-ferramenta para o setor aeroespacial?
“Vemos várias tecnologias inovadoras que nos
levarão a um nível maior de produtividade. Uma
inovação fundamental é o desenvolvimento de
grandes plataformas de máquinas, que terão
uma plataforma básica comum. Essas máquinas
serão adaptáveis a uma grande variedade de
aplicações, mas terão peças e componentes
comuns, o que permitirá reduzir os custos
globais.”
SABIA QUE …
… para fabricar um
a
aeronave completa,
é
necessário produzi
r 1,2
milhão de furos?
metalworking world 5
notícias
Com o aumento de
produtividade obtido, a Smith
International (EUA) reduz
custos durante a crise.
A fresa RA300
significou um
enorme aumento de
produtividade na
fabricação de uma
ferramenta de
reparo.
“retomamos a produção”
é um
fornecedor mundial de produtos e
serviços para a indústria de gás e
petróleo, voltados às operações de
perfuração e reparo. Em 2006,
durante o crescimento da demanda
mundial, a gerência da empresa
precisava aumentar a produção de
uma ferramenta de reparo em uma
A Smith international
máquina-ferramenta recémadquirida. A equipe da Smith
precisava reduzir o tempo de
máquina dessa peça de quase 50
horas para 25, a fim de atender o
aumento da demanda dos clientes.
“A primeira coisa que fizemos
foi reduzir o número de processos
para a peça de sete para um, mas
uma forma de reduzir custos
A Smith é apenas um dos muitos
exemplos de como uma empresa
pode usar o Programa de
Incremento da Produtividade (PIP)
da Sandvik Coromant para reduzir
custos durante uma recessão,
afirma Björn Pettersson, gerente
sênior de processos de vendas da
Sandvik Coromant.
“O caso da Smith ilustra a
principal questão do aumento de
produtividade: flexibilidade. Com
isso, a Smith reduziu custos
quando a economia estava aquecida e pôde escolher um caminho
6 metalworking world
que convinha à empresa para
combater a crise”, esclarece.
Pettersson aponta que os
incrementos de produtividade
durante uma recessão oferecem
diversas possibilidades. “Se uma
empresa sofre uma queda de
10% nos pedidos, podemos usar
um PIP para determinar como
reduzir os custos em 20%. Com
pequenas mudanças, é possível
otimizar a usinagem para liberar
tempo e recursos. Nós nos sentamos juntos e trabalhamos para
superar os desafios”, observa.
custos de US$ 770 mil anuais.
a maior parte do tempo ainda
“Durante o período de cresciestava no fresamento”, conta Ray
mento, terceirizamos uma parte
Stafford, supervisor de ferramensignificativa da produtas de fabricação da
ção para dar conta da
Smith. Sob o comando
demanda dos clientes.
do engenheiro de
Hoje, com a recente
vendas Neil Munson,
desaceleração, conseum representante da
guimos retomar granSandvik Coromant
de parte dessa produanalisou o processo de
ção para nossas prófresamento e executou
prias instalações. Isso
um Programa de
não teria sido possível
Incremento da
Ray Stafford
se não tivéssemos
Produtividade (PIP).
melhorado a produtividade para
“Ao fazer isso, estávamos
essa peça”, explica Stafford.
buscando ferramentas que
Porém, a redução de custos não
pudessem oferecer mais CIM
[polegadas cúbicas por minuto]. A pára por aí. Recentemente, Adrian
Martinez, programador da Smith,
Sandvik Coromant conseguiu nos
descobriu que seria possível aufornecer uma fresa R300, que
mentar ainda mais a eficiência
eliminou 14 horas do tempo do
acelerando a faixa de avanço e a
processo de fresamento mais
taxa de remoção de material no
demorado”, destaca Stafford.
(Uma fresa R300 é uma fresa com processo de fresamento mais
demorado. “De fato, isso aumenpastilha redonda positiva,
tou a vida útil da fresa R300, o
conhecida globalmente como
que é incrível. Ninguém mais tem
CoroMill 300.)
uma fresa que dure tanto tempo”,
No total, a melhora de produtiassinala Martinez.
vidade significou uma redução de
eduardo gil
Eduardo Vorchheimer,
CEO do fabricante EMU.
negócios versáteis
Buenos Aires, Argentina. A EMU é um fabricante que, durante
toda sua existência, tem se transformado constantemente para
encontrar novos negócios. Assim, quando a crise econômica abalou
o mundo em 2008, a empresa já estava preparada. “Entendemos
desde cedo que não podíamos ficar dependentes do setor
automobilístico”, explica o proprietário Eduardo Vorchheimer.
❯❯
metalworking world 7
Metalúrgicos Unidos (EMU) é um importante
fornecedor de peças usinadas sob medida para
a indústria automotiva. O peso das peças usinadas pela empresa variam de 200 g a 500 kg.
A EMU foi fundada em 1930 como Bock &
Cia (veja quadro à página 11) e foi comprada
pelos proprietários atuais, a família Vorchheimer, em meados da década de 1950.
A unidade de fabricação da EMU é uma das
poucas fábricas grandes localizadas dentro dos
limites da cidade de Buenos Aires. A maioria
das fábricas da indústria pesada fica situada
em uma área mais afastada, no enorme cinturão industrial da província de mesmo nome.
“A unidade está estrategicamente localizada
a poucas quadras da General Paz [a rodovia
que circunda Buenos Aires] e de 20 a 40
minutos dos principais clientes do setor
automotivo”, descreve Eduardo Vorchheimer,
proprietário da EMU.
A mudança sempre fez parte do jeito de fazer negócios da empresa. Inicialmente, produzia peças de bronze para aquecedores de água
residenciais. Depois, passou a produzir
pequenas quantidades de peças de parafusos
usinadas, tais como porcas, conectores e
acessórios, muitas delas torneadas ou fresadas
à mão na pequena fábrica da empresa.
Já nos últimos 15 anos, a EMU investiu na
modernização e otimização de suas instalações
com sistemas CNC (controle numérico computadorizado) de última geração, tais como
centros de usinagem horizontais, tornos com
vários fusos, CMM (máquinas de medição por
coordenadas) e centros de usinagem verticais.
Além disso, ampliou suas instalações para
3.750 m², a fim de acomodar o aumento de
dimensões e de tarefas da empresa renovada,
que passou de uma única máquina CNC em
1993 para 53 atualmente.
“Isso representou um passo enorme para
nos tornarmos uma empresa de médio porte.
Gradualmente, os grandes clientes foram nos
conhecendo e percebendo a alta qualidade do
nosso trabalho”, conta Vorchheimer.
eduardo gil
❯❯ Empresa de médio porte, a Establecimientos
Suportes de motor, uma das muitas peças
produzidas na fábrica da EMU.
A EMU passou a fornecer para importantes
fabricantes de veículos, como Toyota, Volkswagen, Ford e General Motors e, dessa forma,
estava bem posicionada para o boom de vendas domésticas de veículos iniciado em 2002.
Foram feitas novas contratações, inclusive de
vários técnicos qualificados e quatro engenheiros para atuar no local do cliente, ampliando
para 100 o total de funcionários. Também foi
acrescentado um terceiro turno.
“Quando entrei para a EMU em 2002, a
❯❯
eduardo gil
Leopoldo Ojea, diretor
da EMU.
8 metalworking world
eduardo gil
A EMU precisou de
ajuda para extrair o
máximo de eficiência de
suas várias máquinas.
Avanços por tentativa e erro
A EMU precisava de uma mudança
que lhe permitisse readaptar suas
máquinas para operações distintas
da maneira mais rápida, fácil e
segura possível. A empresa tinha
equipamentos grandes o suficiente: máquinas automáticas simples
e multifuso; fresadoras automáticas; retificadoras tangenciais e
centreless; tornos CNC com um e
com dois fusos, e centros de usinagem verticais e horizontais. O que
faltava era um conceito integral
que extraísse a melhor produção e
a máxima economia de tempo de
cada equipamento, trabalhando
com peças entre 200 g e 500 kg.
“Precisávamos estar mais
abertos à mudança em cada
terminal, e a Sandvik Coromant
nos ajudou muito nisso”, destaca
Leopoldo Ojea, diretor da EMU.
Um ano e meio de reuniões
entre os engenheiros da EMU e da
Sandvik Coromant e um período
de tentativa e erro com diferentes fresas, porta-ferramentas e
pastilhas levaram à instalação final
e à informatização dos processos.
“Buscamos e conseguimos um consenso de equipe nessas reuniões,”
assinala Alejandro Nasca, gerente
de fábrica da EMU.
No total, mais de nove processos e operações foram melhorados
durante o trabalho, e foram introduzidas ferramentas de alto desempenho, como a CoroMill 490, o
Coromant Capto e as pastilhas
GC1020, todos usados na fabricação de juntas para automóveis.
“As pastilhas com quatro arestas na CoroMill 490 ofereceram
um corte suave e reduziram as forças de corte. O sistema de portaferramenta com troca rápida
Coromant Capto foi necessário
para melhorar a estabilidade e reduzir as vibrações, que tinham sido
um problema anteriormente, e a
GC1020 é uma classe de pastilhas
bem conhecida na EMU”, diz Ariel
Arciello, engenheiro de vendas da
Sandvik Coromant Argentina.
Os resultados foram excelentes. Um estudo recente feito pelas
duas empresas mostrou que, nos
últimos 18 meses, devido ao
aumento de produtividade, a EMU
obteve uma redução de custos
substancial em sua operação,
além de uma economia anual de
cerca de 6.400 homens-horas, um
número impressionante para uma
empresa com pouco mais de 100
funcionários.
Alejandro Nasca relembra alguns dos primeiros testes, em que
os engenheiros trabalhavam para
reduzir o tempo de uma operação
em 30 segundos. “Operávamos em
370 segundos e, com os novos procedimentos, reduzimos esse tempo
para 335. Mas o Coromant Capto
forneceu a rigidez necessária e
poupou tempo”, completa.
metalworking world 9
❯❯ situação econômica na Argentina estava ape-
nas começando a melhorar”, conta Leopoldo
Ojea, diretor da empresa. Ojea tinha trabalhado durante 15 anos na gigante do setor químico DuPont, no Brasil e na Argentina, antes de
mudar-se para a EMU. “Estávamos bem posicionados para o boom automobilístico, mas
sabíamos que precisávamos diversificar,
porque naquela época tínhamos nos tornado
95% dependentes desse setor. E para diversificar, sabíamos que precisávamos de mais
flexibilidade em nossos terminais”, explica.
“Para diversificar, sabíamos que precisávamos
de mais flexibilidade em
nossos terminais.”
Leopoldo Ojea, diretor da EMU.
A EMU procurou a ajuda da Sandvik
Coromant Argentina. Ojea relembra que uma
equipe técnica da Sandvik Coromant trabalhou com os engenheiros e técnicos da EMU
por mais de três meses para reformular as linhas de máquinas e melhorar a produtividade.
“Uma equipe de nove pessoas – três da
Sandvik Coromant e seis da EMU – iniciou
sessões regulares em meados de 2007,
primeiro para estabelecer metas e posteriormente para testar diferentes opções. Finalmente, no final de 2008, eles instalaram as novas
ferramentas e programas”, explica Ariel
Arciello, engenheiro de vendas da Sandvik
Coromant Argentina.
Um das melhorias geradas pela equipe foi
um processo completo de usinagem para juntas automotivas – uma peça que normalmente
inclui o eixo e o braço de direção e permite
que a roda dianteira gire. “Estudamos o processo completo, que incluiu três máquinas diferentes, e elaboramos um novo método para
reduzir o tempo total de produção. Os resultados superaram até mesmo nossas previsões
mais otimistas em termos de produtividade e
vendas (veja quadro à página 9)”, diz Arciello.
importante porque a
crise econômica internacional já está sendo
sentida na Argentina, onde após seis anos
seguidos de crescimento médio anual de quase
9%, espera-se que essa cifra caia a menos de
2% no ano fiscal de 2009.
No entanto, o pessoal da EMU continua
otimista e com bons motivos. Para começar, a
diversificação ressaltada por Ojea já começa a
mostrar resultados. A empresa está trabalhan- ❯❯
Isso é especialmente
eduardo gil
eduardo gil
A unidade da EMU é uma das
poucas fábricas grandes
localizadas dentro dos limites
da cidade de Buenos Aires.
10 metalworking world
eduardo gil
A unidade de 3.750 m²
da EMU abriga 53
máquinas CNC.
Elias Saavedra, líder de
CNC, preparando a
célula.
Sobre a EMU
florescente indústria automobilística doméstica para firmar-se como
um dos mais importantes fornecedores de produtos usinados e serviços sob medida para os grandes
fabricantes de automóveis. A fábrica, localizada em Buenos Aires,
possui instalações modernas de
mais de 3.750 m². Pensando no
futuro, a EMU planeja uma diversificação para áreas tais como veículos agrícolas, equipamentos para
perfuração de poços de gás e petróleo e ainda equipamentos ortopédicos e implantes dentários.
eduardo gil
eduardo gil
A EMU foi fundada em 1930 como
Bock & Cia. No começo a empresa
trabalhava com tornos e pequenos
dispositivos de fresamento para
produzir conectores de bronze para
a indústria de aquecedores de água
domésticos. Aos poucos, a empresa
entrou no setor de autopeças e hoje
é o mais antigo fornecedor argentino sobrevivente das fábricas originais da Ford e da GM, desde 1943.
Em meados da década de 1950, a
empresa iniciou uma transformação
já sob novos proprietários, a família
Vorchheimer, que tirou proveito da
Suportes
de motor.
metalworking world 11
eduardo gil
eduardo gil
A EMU também fabrica
coletores de escape para
a indústria automotiva.
❯❯ do com equipamentos de perfuração e serviço
e manutenção para empresas de gás e petróleo
na exploração de petróleo em terra firme no sul
da Argentina. Além disso, está usinando peças
para veículos agrícolas para os representantes
locais de alguns fabricantes, fechando contratos com equipes de carros de corrida e trabalhando até mesmo para os setores de implante
dentário e ortopedia.
Sem contar que os argentinos entendem
muito de crises econômicas. Eles passaram por
uma a cada 10 ou 15 anos durante o século
passado. “Estamos mais preparados na Argentina [para superar uma crise] do que em qualquer outro lugar. Passamos por tantos altos e
baixos na economia que isso já está integrado
às nossas estratégias, ao nosso planejamento,
ao nosso financiamento”, afirma Vorchheimer.
De fato, em 2001–2002, a Argentina foi à
falência. O governo congelou todas as contas
bancárias e os argentinos ficaram sem acesso
ao dinheiro que possuíam durante cerca de
quatro meses. Foi a pior moratória soberana da
12 metalworking world
Cristian Fichera,
operador de CNC,
trabalhando com
coletores de escape.
história mundial. No auge desse colapso
econômico, o país sofreu com um desemprego
de quase 32%, com 60% da população
vivendo abaixo da linha de pobreza (contra
índices históricos de 6% ou 7% no país).
“Se conseguimos superar a crise de 2001,
certamente podemos sobreviver e até vir a nos
fortalecer com esta nova crise. A crise de 2001
nos ensinou a ser flexíveis e proativos para
procurar novos produtos e mercados – desenvolvendo processos de usinagem inovadores
com máquinas de última geração. Temos uma
oportunidade nesta crise, assim como uma
equipe altamente capacitada para nos ajudar a
atingir custos globais competitivos”, destaca
Vorchheimer.
A Sandvik Coromant terá um papel
importante no futuro da empresa. O mesmo
grupo de trabalho que criou inovações que
beneficiaram a produção de autopeças da
EMU agora está trabalhando para readaptar e
reprogramar as máquinas para projetos nos
setores agrícola e petrolífero.
Joe Goldman
emu
O desafio
A necessidade:
A EMU precisava reduzir sua dependência da
indústria automobilística. Uma maneira foi tornar
suas máquinas mais flexíveis, permitindo que
elas usinassem várias peças.
A solução:
Alterar os métodos de corte e implementar ferramentas de alto desempenho, como a CoroMill
490, o Coromant Capto e as pastilhas GC1020.
O resultado:
Redução de custos substancial durante os
primeiros 18 meses e economia de tempo de
cerca de 6.400 horas anuais. Isso, por sua vez,
permitiu usar seus recursos para entrar em
novas áreas de negócios, como peças para os
setores agrícola e petrolífero.
eduardo gil
Todo o processo
de fabricação de
juntas automotivas (imagem) foi
aprimorado.
Tecnologia
por christer richt
Consistência: vital No
torneamento de roscas
Desafio: Atingir novos NÍVEIS de desempenho e
produtividade no torneamento de roscas.
Solução: Nova ferramenta com estabilidade
exclusiva e nova classe de pastilhas.
Consistência é fundamental para se
obter o máximo de qualidade e produtividade no torneamento de roscas. Se a qualidade da rosca não se mantiver suficientemente alta e consistente durante a produção, a usinagem deixa de ser viável economicamente. Paradas na produção e refugos provocam queda de produtividade e
encarecem qualquer situação de produção.
A qualidade está diretamente relacionada à vida útil da ferramenta. Se o desgaste
da aresta de corte não tiver um padrão
consistente e adequado, a qualidade da
rosca será a primeira vítima. Uma aresta
de corte viva e aguda desbasta e dá
acabamento à rosca. A aresta está sujeita a
temperaturas e pressões muito altas durante essa rápida operação. Portanto, é vital para o processo que a ferramenta tenha
uma vida útil consistente e previsível.
passes necessários para produzir a
rosca não for consistente com a
profundidade de corte correta, ou a
carga será excessiva ou a aresta irá esfregar,
em vez de cortar. De qualquer forma, o
resultado será uma quebra prematura.
O fracasso ou o êxito da consistência
pode ser atribuído quase sempre à
estabilidade da ferramenta ou da aplicação
e aos dados de corte da ferramenta.
O desenvolvimento da interface iLock
para melhorar a estabilidade de vários
conceitos de ferramentas de corte trouxe
novos níveis de segurança, maior vida útil
e melhor produtividade. No torneamento
de roscas, o CoroThread 266 posiciona e
mantém a pastilha absolutamente fixa.
Trata-se de um importante avanço para
essa operação, devido à vulnerabilidade
do processo a qualquer instabilidade.
A produtividade do torneamento de roscas
A deformação plástica da pastilha a altas
temperaturas é o maior desafio para a aresta no torneamento de roscas, reduzindo
a vida útil e a velocidade da ferramenta.
A principal novidade em termos de
classes de pastilhas para compensar esses
problemas é a GC1125, otimizada para
torneamento de roscas em todos os materiais. Ela é resultado de desenvolvimentos
recentes de tecnologias de substrato de
pastilhas de finos grãos para dureza ainda
maior a altas temperaturas. Além de
conferir uma vida útil consistentemente
mais alta à ferramenta, ela também amplia
o potencial, geralmente subutilizado, de se
aumentar a produtividade por meio de
velocidades de corte mais altas.
precisa ser alta para que o processo não
represente um gargalo em relação a outras
operações de torneamento. Se o número de
O CoroThread 266,
com interface
iLock, agora com o
acréscimo de
pastilhas de
16 mm.
Para o máximo de qualidade e produtividade
no torneamento de roscas, é importante que a
pastilha não se mova no assento nem se
deforme devido ao calor. Ela deve resistir às
forças de corte em todas as direções, para
criar ângulos de flanco sem erros, raios de
ponta e paralelismo.
resumo
A nova e exclusiva interface iLock
melhora a estabilidade de vários
conceitos de ferramentas de corte e
traz novos níveis de segurança, maior
vida útil e melhor produtividade.
Agora, com a disponibilidade de
pastilhas menores no programa da
CoroThread 266, as vantagens dos
novos níveis de consistência estarão
disponíveis para o torneamento de
roscas.
metalworking world 13
Tecnologia
POR Elaine McClarence
Boas aterrissagens com
as melhores práticas
O projeto e a fabricação de trens de
pouso para aeronaves exigem muita técnica, alta confiabilidade e robustez, além de
apresentar rigorosas restrições quanto ao
peso e aos custos. Isso levou ao aprimoramento do desempenho dos materiais
existentes, tais como os aços de altíssima
resistência A300M e Aermet 100; à ampliação do uso de titânio em peças estruturais
importantes e à introdução de tecnologias
de compósitos para braços e peças menos
sujeitas a tensão. Os materiais usados nos
trens de pouso têm baixa usinabilidade e
exigem soluções de usinagem de precisão
que ofereçam boa integridade superficial e
produção mínima de refugos.
Os trens de pouso costumam ser peças
grandes, com formatos de geometria complexa que exigem muito tempo de processamento. Geralmente, isso se soma à necessidade de se evitar a introdução de tensões nessas peças funcionalmente críticas.
Em particular, é necessário evitar o endurecimento da superfície e a propagação de
trincas. Outro ponto crucial é a vibração,
particularmente significativa no caso de
peças grandes, que pode provocar má
qualidade no acabamento superficial.
Todos os trens de pouso têm em comum
furos profundos para acomodar peças integrais e características de absorção de impactos para tornar as aterrissagens mais
suaves. Tipicamente, as peças dos trens de
pouso são pistões/cilindros/anéis de direção, bielas de reforço, braços de torque,
cotovelos, eixos e outras, cada uma exigindo soluções de usinagem específicas.
14 metalworking world
getty images
Desafio: Atender as exigências técnicas da fabricação de trens de pouso
para aeronaves.
Solução: Adotar uma abordagem de melhores práticas para cada característica da peça.
Processos de fabricação estáveis e produtivos requerem a escolha da máquina-ferramenta correta para cada solução de
ferramenta.
Atualmente, a produção de trens de
pouso obedece a princípios de fabricação
flexíveis e enxutos. Células de produção
compostas por tornos, centros de
usinagem e máquinas multitarefas apóiam
arranjos produtivos otimizados por um
ritmo de produção reduzido.
A Sandvik Coromant oferece um pacote
de usinagem para fabricação de trens de
pouso, que inclui ferramentas para furação
profunda, fresamento do perfil do diâme-
tro externo, furação curta e com as Silent
Tools, torneamento interno de furos profundos. As principais empresas de manufatura têm investido em novas máquinas
multitarefas que integram barras de mandrilar Silent Tools para usinagem interna,
assim como outras ferramentas para
torneamento externo e operações de
fresamento. As Silent Tools são a solução
de ponta para usinagem de furos profundos, conseguindo limitar com êxito as
vibrações em barras de mandrilar com
diâmetros de 80 mm a 300 mm – medidas
comuns na produção de trens de pouso.
As barras de mandrilar Silent Tools
oferecem bons resultados com balanços
longos e com set-ups menos estáveis. Os
balanços costumam ser de 10 a 14 vezes
maiores que a relação comprimento/
diâmetro ou mais longos. Normalmente,
barras de mandrilar Silent Tools reforçadas com metal duro são aplicadas com
balanços com mais de 10 vezes a relação
do diâmetro. No entanto, como a rigidez
do material do metal duro implica em
menor deflexão radial, são obtidas
grandes melhoras mesmo em balanços 8
vezes maiores que o diâmetro.
Para materiais exigentes, tais como o
titânio e o Aermet 100 em estado duro (58
Rockwell C), em que a velocidade de corte é relativamente baixa, os benefícios de
uma barra de mandrilar Silent Tools reforçada com metal duro são: menor quantidade de passes, reduzindo as etapas do
processo ao desbaste, e um único passe de
acabamento com perfeita combinação de
raios e passos. Em comparação com uma
barra antivibratória de aço, uma barra de
mandrilar Silent Tools reforçada com metal duro é três vezes mais forte, o que proporciona redução das forças tangenciais e
radiais, e benefícios tais como a menor
quantidade de passes e dimensões mais
exatas, além da redução do risco de refugos e melhora da vida útil da ferramenta.
As barras de mandrilar Silent Tools
passaram por um desenvolvimento de
projeto que incorporou melhorias tais
como a troca rápida das cabeças de corte
(usando a CoroTurn SL de troca rápida) e
o uso de refrigeração sob alta pressão para
favorecer a formação e eliminação de
cavacos para fora do furo.
a barra de mandrilar
corretamente. Tudo, desde a estabilidade
da máquina e da torre até o peso da barra
de mandrilar, deve ser levado em conta
durante o set-up. Sem tais considerações,
podem ocorrer vibrações inaceitáveis e
uma baixa economia da máquina.
Ao ajustar uma barra de mandrilar em
um torno com barramento plano, a máquina mais comum para usinagem de trens de
pouso, é fundamental selecionar
corretamente o peso e a dimensão do
porta-ferramenta para a barra.
Outros tipos de máquina que estão se
tornando cada vez mais importantes são as
É essencial fixar
Estudo de caso: forte economia de tempo para peça enorme
Esta peça de 1.000 kg é uma parte importante do trem de pouso da asa principal de
um grande avião de passageiros. Ela é usinada em duas etapas, desbaste e acabamento, em tornos planos Tacchi, para chegar a dimensões finais de 3.500 mm (3,5
m) de comprimento por 220 mm de diâmetro. O material da peça é o A300M, um aço
modificado caracterizado como baixa-liga
fundido a vácuo com altíssima resistência
(280 a 305 ksi). O trem de pouso completo
tem cerca de 4 m de comprimento.
A solução de ferramental
Ferramenta: CoroTurn SL Troca Rápida
tipo CR (Reforçado com Metal Duro), com
comprimento de 220 mm e um balanço de
12,5 vezes o diâmetro.
Pastilhas: desbaste e acabamento –
DNMG 15408-PR 4225 (estado pré-endurecido); acabamento – DNGA 150408
7025 (estado endurecido).
Set-up da máquina: profundidade axial
de corte de 1 a 5 mm.
Velocidade da peça: 93 m/min
Taxa de remoção de material: 0,2 a
máquinas multitarefas, onde várias peças do
trem de pouso podem ser completadas em
um único set-up, em vez de vários. Nesse
sentido, a Sandvik Coromant tem trabalhado ativamente na integração direta de uma
barra de mandrilar Silent Tools nessas
máquinas, para aumentar a flexibilidade
com a troca automatizada de ferramentas e
melhorar a estabilidade.
A exigência de trens de pouso mais leves e
mais resistentes aumenta junto com a
necessidade de redução dos custos de
produção. Para enfrentar esses desafios, a
Sandvik Coromant passou da aplicação
tradicional do fresamento de perfis à
incorporação do torno-fresamento, conseguindo com isso reduzir drasticamente o tempo de
corte e também eliminar o polimento, já que o
acabamento da superfície após a aplicação do
torno-fresamento atende as rigorosas
exigências de integridade superficial.
Quer saber mais? ACESSE
www.aero-knowledge.com
CoroTurn SL tipo CR
(Carbide Reinforced Reforçado com Metal
Duro) com comprimento
de 220 mm e balanço de
12,5 vezes o diâmetro.
0,4 mm/rotação.
Isso permitiu usinar um trem de pouso por
turno, contra um trem de pouso a cada
três turnos anteriormente, proporcionando
uma redução do tempo de produção anual
de 960 horas e uma redução anual de
custos de US$ 76.830.
resumo
Os trens de pouso dos aviões têm
três funções principais: fornecer apoio para a aeronave no solo, fornecer
um chassi estável para taxiamento
antes da decolagem e após a aterrissagem, e fornecer um sistema de absorção de impactos durante a aterrissagem. Considerando que o peso da
maior aeronave comercial chega a
170 toneladas, os trens de pouso precisam ser fabricados segundo os
mais altos padrões para atender as
exigências da tarefa. Para essas peças grandes e complexas, a Sandvik
Coromant adota uma política de melhores práticas, desenvolvendo soluções de ferramentas sob medida para
otimizar os resultados da usinagem
para cada característica de peça.
metalworking world 15
Vitória em
Winnipeg
Winnipeg, Canadá. A Canadian Tool & Die Ltd mantém uma taxa
anual de crescimento de 20%, mesmo com a atual desaceleração
econômica. O segredo está em sua estratégia voltada ao cliente, ao
oferecer soluções de fabricação com tecnologia e design inteligentes.
por uma tomografia computadorizada (TC), sabe como pode ser desgastante. Você tem que ficar deitado em uma
maca dura e estreita que desliza em direção ao
centro do aparelho. É preciso ficar totalmente
imóvel durante o exame, pois qualquer movimento pode borrar as imagens e sua vida pode
depender do que o tomógrafo encontrar nos
seus órgãos, vasos sangüíneos, ossos e tecidos.
“É claro que o paciente não quer ouvir
nenhum ruído estranho nem ter a impressão de
que algo está errado”, ressalta Frank Capasso,
vice-presidente da Canadian Tool & Die Ltd
(CTD). A empresa fabrica a base metálica de
alta tolerância que mantém rígido o importante equipamento de varredura. O cliente é a
Siemens Healthcare, fornecedor mundial da
indústria de medicina.
Tais falhas são pouco prováveis, e parte do
mérito se deve à CTD, empresa familiar de
Se você já passou
16 metalworking world
fabricação industrial com sede em Winnipeg,
Manitoba, no Canadá. “É como a carcaça de
um automóvel. Se a estrutura não for boa, todos os sistemas sofisticados de ABS e GPS
não valem nada. As peças que compõem esses
equipamentos médicos não podem falhar,”
Base deslizante para
equipamentos de TC.
explica o presidente e CEO James Umlah.
A CTD passou a fabricar dispositivos médicos há cinco anos. “Estou muito animado
por estarmos entrando nesse tipo de produto”,
diz Capasso, que está na empresa há 38 anos.
Especializada em indústrias exigentes e localidades remotas, a CTD construiu sua reputação com base em peças robustas, concebidas
para evitar falhas em campo. “Somos uma empresa de fabricação para outras empresas de
fabricação. Fabricamos qualquer produto sob
medida”, destaca Umlah.
De longe, seu maior mercado são os fabricantes de equipamentos agrícolas norte-americanos, como John Deere, Case e New Holland
Equipment, para os quais fornece cubos,
rodas, fusos e outras peças. Suas aplicações
estão em grandes tratores e em equipamentos de
campo para semeadura, pulverização e outros, ❯❯
martin adolfsson
“Alguém sempre pode encontrar
uma versão mais barata dos
produtos que fabricamos, mas
não encontrará a mesma
solução pelo mesmo preço.”
James Umlah, presidente e CEO
O soldador Edwin
Dominquez com uma
roda de veículo agrícola.
metalworking world 17
martin adolfsson
Estes pinos de aço endurecidos por indução para
cilindros hidráulicos exigiam um método de corte
completamente novo.
situada ao sul de Winnipeg, a cerca de 2.400
km a noroeste de Toronto. Desde seus primórdios, com o comércio de peles, essa cidade
histórica cresceu e se tornou um importante
eixo de transporte na América do Norte e
centro do comércio de grãos e fabricação de
equipamentos agrícolas do Canadá.
A CTD é uma “beneficiária da terceirização”,
“Winnipeg e a província de Manitoba são
afirma, pois quase tudo o que ela produz cosduas jóias escondidas quando se trata de fazer
tumava ser produzido internamente pelos clinegócios. Talvez o clima não seja dos melhoentes. “A maioria resistia a terceirizar as peças
res, mas como celeiro de pessoas trabalhadoque hoje são fabricadas pela CTD porque elas
ras e altamente qualificadas, é insuperável”,
eram cruciais para suas operações.”
afirma Umlah.
A CTD também abastece um mercado
Ele descreve o chão de fábrica como uma
crescente nos setores de mineração, gás e
“ONU”, com muitos funcionários das
petróleo, equipamentos industriais e dispositiFilipinas e da Índia. Capasso, por
vos médicos. As plataformas
exemplo, entrou para a empresa
petrolíferas da região rural do
aos 16 anos de idade, antes de
Texas dependem das peças de
concluir seus estudos formais, e
cilindros hidráulicos da CTD para
passou por todos os cargos no
evitar paradas. “Quando se paga de
chão de fábrica até se tornar um
3 mil a 4 mil dólares [canadenses]
executivo de ponta. A CTD não
por hora para operar um caminhão
recorreu às demissões nem em
de serviço petrolífero e o cilindro
tempos de vacas magras.
hidráulico da plataforma móvel
Um excelente argumento de
vaza ou tem um defeito, toda a
vendas da CTD é sua capacidade
operação torna-se impraticável”,
de oferecer produtos econômicos
exemplifica Umlah.
A unidade de fabricação da
James Umlah, presidente e e de alta qualidade pontualmente.
CEO, Canadian Tool & Die.
“Alguém sempre pode encontrar ❯❯
empresa, com 30 mil m², está
❯❯ distribuídos por toda a América do Norte,
Europa, Rússia e Austrália. “Se você tomar
qualquer país do mundo que tenha agricultura,
provavelmente nossas peças agrícolas estão
sendo usadas lá”, assinala Umlah.
Pino endurecido por indução otimiza desempenho
Quando o maior fornecedor de conexões para equipamentos pesados do
Canadá procurou a Canadian Tool &
Die Ltd (CTD) para produzir pinos de
aço endurecidos por indução para
cilindros hidráulicos, “ficamos em
apuros”, conta Frank Capasso,
vice-presidente de fabricação da CTD.
A Weldco-Beales Manufacturing
Ltd precisava otimizar o desempenho
de sua tecnologia TwistAbucket, usada em escavadeiras de 25 metros de
altura na Europa, Canadá e EUA. Para
obter a resistência ao desgaste necessária, os pinos deveriam ser endurecidos por indução na parte externa,
mas precisavam ser macios na parte
interna, para ter flexibilidade. O desafio da CTD era produzir um furo através dos pinos endurecidos por indução com uma tolerância de ± 0,025
mm. O pino tinha 457 mm de comprimento por 102 mm de diâmetro e o
furo deveria ter 44,7 mm de diâmetro.
18 metalworking world
Como a parte externa dos pinos
era cerca de duas vezes mais dura
que a interna, era impossível usinar
os furos por furação. “Precisávamos
remover a camada dura da parte de
cima e de baixo do pino. Um esmeril
manual não produziria um bom acabamento, então era necessário recorrer à usinagem”, explica Capasso.
Capasso e uma equipe da Sandvik
Coromant Canada rejeitaram a
usinagem de perfil usando uma fresa
de topo inteiriça de metal duro, por
ser muito demorada.
Mas Tom Groot, representante de
vendas técnicas da Sandvik Coromant
em Winnipeg, percebeu que quando se
produz um furo através de uma peça
redonda, o perfil lateral é um raio.
“Então pensei em remover a seção
endurecida por indução realizando
usinagem em mergulho com uma fresa
tipo R210 de 4 pol [102 mm] e a nova
pastilha de classe GC1010 para
ressaltos”.
A equipe de desenvolvimento de
processos da Sandvik Coromant
desenhou a peça em 3D e mediu o
raio. Notou-se que ele ficava pouco
abaixo de 51 mm. Groot sugeriu usar
uma fresa RA210 de 4 pol [102 mm]
com a nova pastilha de classe
Tom Groot, representante de vendas técnicas da
Sandvik Coromant.
GC1010 e fresar em mergulho a área
do ressalto dos dois lados do pino
para remover o aço endurecido.
“Uma vez removida a camada
endurecida, passaríamos a usinar aço
comum e poderíamos usar técnicas
de usinagem convencionais”, explica
Groot. Em seguida, a peça poderia ser
girada 90° no centro de usinagem
horizontal e seria possível usar a
CoroDrill 880 para desbastar o furo.
A cabeça para mandrilamento de
precisão R825 foi usada para dar
acabamento no furo até o tamanho
desejado, com a tolerância exigida de
± 0,025 mm.
A nova pastilha GC1010 R210 reduziu o tempo de corte em 25%. “É uma
solução excelente. Estamos muito satisfeitos com a qualidade da pastilha.
E o suporte técnico que recebemos
da Sandvik Coromant foi impecável”,
afirma Roberto Bovino, supervisor de
fábrica da CTD.
martin adolfsson
Matrizes de estampar mecânicas são
usadas para várias operações, tais
como puncionamento da parte central
de um aro de roda, a seção que tem o
padrão de furos para parafusos que se
encaixa no eixo.
metalworking world 19
martin adolfsson
Apesar da crise atual, a
Canadian Tool & Die Ltd
continua a crescer.
Na imagem: o soldador
Chris Hew.
20 metalworking world
“Não nos consideramos
fabricantes de máquinas.
Vendemos soluções para
clientes.”
James Umlah, PRESIDENTE e CEO
metalworking world 21
martin adolfsson
Fusos usinados.
Rebecca Randall, planejadora da produção, e Ruben Pabalan, operador CNC.
Frank Capasso,
vice-presidente de
fabricação da CTD.
“O suporte técnico que recebemos da Sandvik
Coromant foi impecável.”
Frank Capasso, vice-presidente de fabricação da CTD.
❯❯ uma versão mais barata dos produtos que fa-
bricamos, mas asseguramos que não encontrará a mesma solução pelo mesmo preço.”
Tanto Capasso como Umlah consideram
que o enfoque da Sandvik Coromant no aprimoramento da produtividade contribui para
aumentar a vantagem competitiva da CTD.
“A Sandvik Coromant entende que somos
uma empresa de ‘soluções para clientes’. Afinal de contas, precisamos pensar em produção
com custo mínimo. E fazemos isso com tecnologia e design inteligentes”, enfatiza Umlah.
Recentemente, ao trabalhar com a Sandvik
Coromant para desenvolver uma nova ferramenta de corte (a nova pastilha GC1010
R210), a CTD conseguiu firmar-se junto a um
fabricante de equipamentos pesados para a
Antártida. “Precisávamos de uma classe espe-
22 metalworking world
cial de pastilhas. Parecia uma tarefa simples,
mas foi mais complicado, pois o material é endurecido por indução”, conta Roberto Bovino,
supervisor de fábrica da CTD. (Veja quadro.)
Apesar da crise econômica, a CTD está
conquistando novos clientes e mantendo sua
taxa anual de crescimento de 20%. “A
demanda por produtos agrícolas permanece
relativamente forte”, indica Umlah. A
economia de Manitoba também é uma das
mais diversificadas e estáveis do Canadá.
O enfoque acentuado no cliente, tanto em
tempos de alta como de baixa, também está
tendo seu retorno. “Não nos consideramos
fabricantes de máquinas. Vendemos soluções
para clientes. É por isso que a nossa relação
com a Sandvik Coromant é uma combinação
tão boa”, completa Umlah.
gail helgason
Sobre a Canadian
Tool & Die
O grupo Canadian Tool & Die Ltd (CTD) é fornecedor global dos setores de fabricação industrial e agrícola. Seus principais produtos e
serviços são cubos, rodas, fusos, cilindros hidráulicos e usinagem sob medida. Empresa familiar, a CTD foi fundada por Johnnie Gatschuff
em 1947. A matriz e a principal unidade de fabricação ficam em Winnipeg, com fábricas em
West St Paul-Winnipeg e Winkler, Manitoba.
Mineração, máquinas-ferramentas, equipamentos médicos, gás e petróleo, construção e
indústria são outras áreas de excelência.
O grupo CTD emprega 400 pessoas. A rotatividade dos trabalhadores é baixa e a empresa oferece generosos programas de treinamento e benefícios. Dentre as subsidiárias da
empresa estão uma fábrica de usinagem sob
medida, a BMW MachineWorks (West St. PaulWinnipeg); uma fundição de metais, a Integra
Castings (Winkler); e a PowerPin (fabricante de
ganchos para implementos), em Fort
Qu’Appelle, Saskatchewan.
Tecnologia
por Turkka Kulmala
ELIMINANDO problemas de canais
Desafio: Melhorar o controle de cavacos e eliminar os problemas de acesso
na produção de cortes e canais.
Solução: Ferramentas otimizadas e conhecimento avançado dA aplicação,
oferecidos por uma empresa confiável.
de turbinas a gás é uma
aplicação típica de torneamento que
envolve operações complexas de cortes e
canais, além de materiais difíceis, como
aços inoxidáveis e superligas resistentes
ao calor (HRSA). Dentre os principais
problemas dessas operações, estão a
dificuldade de acesso e o controle
insatisfatório de cavacos.
Os métodos convencionais para melhorar a formação de cavacos – por exemplo,
interromper o movimento de avanço a
intervalos regulares – resultam em queda
de produtividade. Porém, as novas
ferramentas CoroTurn HP (alta pressão)
da Sandvik Coromant oferecem uma
solução eficiente e produtiva, que elevará
o controle de cavacos a um novo patamar.
Um jato preciso de refrigerante pressurizado é direcionado para a aresta de corte,
formando uma cunha hidráulica que
refrigera a pastilha, levanta os cavacos e
elimina-os de maneira eficaz. A grande
precisão e a alta pressão – de até 80 bar –
melhoram significativamente o controle
de cavacos, importante benefício para as
operações de produção interna de cortes e
canais realizadas em espaços confinados,
como na fabricação de turbinas a gás.
As ferramentas CoroTurn HP oferecem
velocidades de corte até 20% mais altas e
uma vida útil até 50% maior. A solução
também evita o entupimento por cavacos,
facilitando assim o uso de sistemas automáticos de troca de peças e ferramentas.
A fabricação
de lâmina e adaptador
CoroTurn SL70 combina o fornecimento
de refrigerante sob alta pressão com
ferramentas desenvolvidas para resolver o
O sistema
As novas ferramentas CoroTurn HP (alta
pressão) oferecem grande precisão sob alta
pressão.
As pastilhas CoroCut foram desenvolvidas para operações de canais em T,
corte reverso e saídas para retífica.
outro grande problema da produção de
cortes e canais: a acessibilidade. A
solução tradicional para os problemas de
acessibilidade em aplicações de motores
aeronáuticos é uma ferramenta específica
ou modificada, geralmente fornecida por
pequenas empresas de retificação.
Essencialmente, o sistema CoroTurn
SL70 da Sandvik Coromant oferece ferramentas standard com folgas dedicadas. A
boa acessibilidade baseia-se no formato
oval do acoplamento CoroTurn SL70 e
também na ampla variedade de hastes tipo
retas ou angulares e lâminas de corte
compridas e curtas.
Juntamente com um avançado conhecimento de aplicação, o sistema de refrigeração CoroTurn HP, as lâminas e adaptadores CoroTurn SL 70 e as novas pastilhas
CoroCut formam um pacote completo de
soluções produtivas para corte e canais com
formatos complexos em materiais difíceis.
A Sandvik Coromant também oferece um
programa standard de pastilhas CoroCut
retas ou angulares, tanto em formato
quadrado quanto com raio completo. Essas
pastilhas foram desenvolvidas para
operações de canais em T, corte reverso e
saídas para retífica, que exigem excelente
acessibilidade. Todas elas se encaixam em
porta-ferramentas CoroCut standard – sem
necessidade de ferramentas especializadas.
resumo
Alguns dos problemas mais comuns
das operações de produção de cortes
e canais estão relacionados ao controle ineficaz dos cavacos e à dificuldade de acesso. A precisa adição de
refrigerante sob alta pressão é uma
solução eficaz para controlar os
cavacos. As novas pastilhas, lâminas
e adaptadores standard da Sandvik
Coromant oferecem uma solução altamente produtiva e econômica para
aplicações que exigem boa acessibilidade e, em muitos casos, eliminam a
necessidade de ferramentas
especiais ou modificadas.
metalworking world 23
Silêncio,
por favor!
Silent Tools como item standard dE máquinas novas:
retorno MAIS RÁPIDO do investimento
Desde seu lançamento, nos anos 1960, o conceito exclusivo Silent Tools
tem permitido que os fabricantes evitem vibrações ao trabalhar com longos
balanços. Agora, esse conceito é parte integrante de muitas fresadoras,
tornos e máquinas multitarefas, proporcionando excelente redução do
tempo de retorno do investimento.
queira fabricar determinada peça atualmente não compra só a máquina-ferramenta mas também o processo”,
destaca Nils Ruud, gerente de marketing da
Sandvik Coromant Silent Tools em Trondheim, na Noruega.
A maioria dos fabricantes sabe que as
vibrações podem provocar efeitos colaterais
indesejáveis, como acabamento superficial
inadequado, precisão insuficiente, queda de
produtividade, maior desgaste da pastilha e
da máquina-ferramenta, além de ruído. “Tudo
isso torna o processo menos eficiente e diminui a qualidade. E no final, acaba afetando o
retorno do investimento”, observa Ruud.
Enquanto procuram oferecer soluções para
“Uma empresa que
24 metalworking world
As barras de mandrilar antiproblemas de usinagem e
vibratórias, criadas pelo inventor
máquinas, os fabricantes de
norueguês Lauritz Andreassen,
máquinas-ferramenta estão
geraram uma revolução no setor de
integrando cada vez mais as Silent
torneamento quando foram introTools nessas máquinas.
duzidas pela primeira vez em
“Para mim é muito simples.
1969. Desde então, essas ferraSignifica ter um processo confiável
mentas de torneamento foram aprie previsível quando se está no limoradas e sua área de utilização
mite do que é fisicamente possível. Nils Aksel Ruud
expandiu-se para incluir operações
A alternativa seria retardar os
de fresamento assim como mandriparâmetros do processo, reduzir a
lamento de acabamento e desbaste. Conhecivelocidade e o avanço e introduzir outros
do atualmente como Silent Tools, esse conprocessos demorados. No final, isso representa
ceito exclusivo é dotado de um mecanismo de
perda de produtividade, o que faz com que o
amortecimento interno que minimiza os protempo de retorno do investimento seja mais
blemas de vibração. As Silent Tools permitem
longo”, reforça Ruud.
kjell eriksson
35
Taxa de remoção de material (cm³/min)
30
25
20
As Silent Tools
aumentam a
produtividade e
oferecem a
melhor qualidade
quando se
trabalha com
balanços longos.
Esta figura
mostra a
produtividade
para vários tipos
de barras de
mandrilar de 25
mm.
15
10
5
Barras de mandrilar:
Curta, antivibratória
Longa, antivibratória
Sólida de aço
Extra-longa, antivibratória
Liga de tungstênio
0
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
Relação comprimento/diâmetro
Técnica silenciosa
Silent Tools é uma família de produtos
para operações internas de torneamento,
fresamento, mandrilamento e furação.
Todos esses produtos têm um sistema
antivibratório integrado. Assim que
surgem vibrações, o amortecedor passivo
patenteado reage contra esse movimento
indesejável, suavizando o comportamento
do porta-ferramentas antivibratório.
Barras de mandrilar antivibratórias
especiais podem ser fabricadas para
atender aplicações específicas do cliente
quando necessário. Os produtos dentro do
programa de torneamento têm diâmetros
que variam de 10 mm a 600 mm.
reduzir as vibrações consideravelmente, sem
necessidade de diminuir os parâmetros do
processo para níveis improdutivos.
“A necessidade de usar as Silent Tools
depende muito da aplicação. Em algumas
áreas, é absolutamente necessário ter um bom
controle do processo, como no mandrilamento de furos profundos, no torneamento interno
e no fresamento com balanços longos.
Se
aplicar
sdf você
sdf sdf
sdf sdfuma ferramenta antivibrasdfsdfsdf
sdfsdfsdfsd
tória
ou Silent
Tools assim que for necessário
sd sdf sd
fsdf
no fsdf
seu sdf
processo
de sd
torneamento
ou fresamendsf sdf sd fsfsd
to, poderá obter produtividade desde o
começo. É como adaptar um acelerador de
produtividade, que lhe permite ser mais
competitivo“, compara Ruud.
Uma área importante em que a tecnologia
Silent Tools é usada atualmente é a indústria
aeroespacial. A Sandvik Coromant é o principal fornecedor mundial de ferramentas de
torneamento para usinagem interna de trens
de pouso. Outra área é a de eixos de motores
a jato. Segundo Ruud, as duas áreas usam
Silent Tools de maneira nova e “arrojada”.
“Hoje em dia, os fabricantes falam em
fabricação inteligente ou usinagem completa,
para reduzir o tempo de setup e diminuir o
número de fixações. A meta geral é tornar-
“Estamos trabalhando mais dessa maneira
agora: ficando perto do fabricante de
máquinas-ferramenta que oferece aplicações
mais sofisticadas e incorporando novas características com as Silent Tools”, aponta Ruud.
“Por exemplo, pode ser um balanço ajustável
controlado a partir do controlador da máquina
ou podem ser sensores na frente da ferramenta, onde o controlador pode detectar o
diâmetro de uma parte profunda da peça e
apresentá-lo para comparação. As coisas
estão ficando mais sofisticadas, mesmo em
nossa parte mais convencional desse setor.”
Ainda há pouca conscientização sobre as
“É como adaptar um acelerador de produtividade,
que lhe permite ser mais competitivo.“
se mais produtivo, e os fabricantes procuram
equipamentos que ajudem a aplicar essa filosofia em seu próprio ambiente”, diz Ruud.
As máquinas multitarefas estão se tornando mais comuns, permitindo que o torneamento, fresamento, montagem ou fixação da
peça e toda a usinagem interna e externa
sejam feitos em um único setup. Com isso,
todas as ferramentas têm que estar presentes
simultaneamente para minimizar o tempo de
máquinas paradas e recarga. Cada vez mais, o
programa Silent Tools está sendo integrado a
essas máquinas.
Silent Tools, mas segundo Ruud, a invenção
vai se tornar cada vez mais corriqueira nas
aplicações em que as empresas ainda estão
lutando para obter maior profundidade ou
alcance. “Como membros da família Sandvik
Coromant, conseguiremos transmitir globalmente para distribuidores e vendedores
informações e recomendações sobre como
melhorar sua produtividade e competitividade
aplicando as ferramentas certas. Para muitas
aplicações e empresas de manufatura, as Silent
Tools são a primeira opção“, completa Ruud.
Henrik Emilsson
metalworking world 25
Richard surman
Inspeção final de
varetas de sucção na
fábrica romena da
Cameron, gigante do
setor de peças
petrolíferas dos EUA.
O SILÊNCIO vale OURO
Campina, Romênia. Ao assumir uma fábrica de peças petrolíferas na
Romênia em 2005, a Cameron, gigante do setor nos Estados Unidos,
substituiu equipamentos e treinou sua força de trabalho. Uma das soluções
de ferramental foi tão bem-sucedida que se tornou padrão no grupo todo.
da pequena cidade de
Campina, ao norte de Bucareste, na Romênia,
uma série de pequenas torres de bombeamento
pintadas em cores alegres nos relembra que o
país tem uma forte tradição na extração de gás
e petróleo, com uma produção significativa na
Europa. A cidade em si é sede da Cameron
Romania SA, importante fabricante de
equipamentos para perfuração e produção –
varetas de sucção, válvulas de gaveta, peças
para bocas de poço e bombas de subsolo para
os setores de petróleo e gás natural.
Em 2005, a Cameron Corporation, dos
Ao nos aproximarmos
26 metalworking world
EUA, adquiriu a fábrica da Precision
Castparts Corporation na Romênia. Tendo
alternado entre empresa estatal e privada, a
fábrica produz equipamentos especializados
para o setor de gás e petróleo há mais de cem
anos. A Romênia foi um dos primeiros países
do mundo a produzir petróleo cru industrial.
O primeiro poço do país foi perfurado em
1861, usando varetas de madeira e brocas
tipo sonda.
Além do setor de energia, a Romênia tem
uma sólida tradição industrial em usinagem,
produzindo peças para turbinas a vapor e
geradores eólicos, rolamentos, além de
componentes para os setores automotivo,
aeroespacial e ferroviário e também para a
indústria doméstica de gás e petróleo.
A aquisição da fábrica pela Cameron
Corporation trouxe consigo um amplo
investimento em pessoal, ferramentas,
máquinas e instalações. Implementou-se um
extenso programa interno de treinamento e
os operadores de tornos manuais aprenderam a operar máquinas CNC (há cerca de 60
delas em operação em toda a fábrica).
richard surman
Atualmente, a fábrica de
Campina conta com 800
trabalhadores.
Na imagem, trabalhadores movimentam
válvulas de gaveta
acabadas.
Sorin Stefan, gerente de
engenharia industrial da
Cameron na Romênia.
Mudanças nos produtos, novos materiais e
ferramentas e uma abordagem dinâmica de
marketing aumentaram as vendas das
diferentes divisões da Cameron Corporation
e ampliaram o mercado externo. Dentre
seus clientes estão a Petrom, grupo integrado de gás e petróleo da Romênia, a
Turkeneft, empresa nacional de petróleo do
Turcomenistão, a Saudi Aramco e a PDO
Oman.
Sorin Stefan, gerente de engenharia industrial da Cameron, trabalha na fábrica desde
1975. Segundo ele, agora é possível
encontrar os produtos da empresa em todos
os tipos de ambiente, “dos desertos da Arábia
Saudita às águas do Mar Vermelho e do
Golfo Persa”.
“São ambientes hostis e às vezes corrosivos, que exigem os mais altos níveis de confiabilidade”, diz Stefan. Ele explica a
abordagem da empresa sobre usinagem:
“Tiramos proveito da excelente filosofia de
melhores práticas da Cameron, que abrange
segurança, manutenção, operação, ferramentas e inspeção. Assim, melhoramos constante-
mente a qualidade do nosso trabalho.”
Para isso, afirma Stefan, “precisamos das
melhores ferramentas”. É por esse motivo que
a empresa trabalha com as ferramentas da
Sandvik Coromant há vários anos. “É uma
cooperação dinâmica e muito produtiva”, destaca. Um dos resultados dessa cooperação foi
superar a “trepidação”, um problema
recorrente encontrado no mandrilamento de
furos profundos. Quanto maior o balanço,
mais facilmente as vibrações são transferidas
para a ponta da ferramenta, provocando
padrões de trepidação na superfície da peça,
perda da precisão dimensional e má qualidade
do acabamento superficial.
Constantin Stefan, gerente de vendas da
Sandvik Coromant, lembra-se de quando a
Cameron estava procurando uma solução
para a vibração na ponta da ferramenta: “A
Cameron estava tendo excesso de desgaste
nas ferramentas de corte, além de mau acabamento e muito ruído. Entrei em contato com
a equipe Silent Tools da Sandvik Coromant,
que fica na Noruega, e Steinar Heggset,
especialista de produto, visitou a Cameron e
apresentou a linha Silent Tools e suas
vantagens.”
Em seguida, a barra antivibratória Silent
Tools foi introduzida em todas as divisões da
Cameron no mundo todo e tornou-se parte da
política de melhores práticas. O resultado foi
uma redução do desperdício de peças,
❯❯
CAMERON ROMANIA SA
Em 2005, a Cameron US adquiriu a antiga
Precision Castparts Corporation na Romênia, realizando ao mesmo tempo um alto
investimento em pessoal, instalações e desenvolvimento de produtos. Hoje, a empresa conta com 800 trabalhadores em sua
fábrica de Campina. Com a inauguração de
uma nova unidade em Ploiesti este ano, um
investimento de cerca de US$ 63 milhões,
a força de trabalho total subirá para 1.100
pessoas. As vendas da empresa em 2007
foram de quase US$ 120 milhões.
metalworking world 27
Stoica Lucian, operador
de torno CNC, instala
uma barra antivibratória
em sua máquina.
❯❯ aumento da produtividade e diminuição do
ruído ambiente na fábrica.
A Romênia foi um dos primeiros países do mundo a produzir petróleo cru industrial. O primeiro
poço do país foi perfurado em 1861, usando
varetas de madeira e brocas tipo sonda.
Sorin Stefan, da Cameron, reconhece os desafios da atual crise econômica global. “Precisamos permanecer competitivos e apresentar
soluções para as exigências do setor de gás e
petróleo. Os tempos não são fáceis, mas ao
incorporar melhorias nos padrões de usinagem, como as Silent Tools, conseguimos alcançar maior produtividade, menor desperdício de peças e um melhor ambiente de trabalho para os operadores de CNC”, aponta.
Stefan enumera os pontos fortes da
Cameron: alta qualidade dos produtos, importantes soluções de engenharia, excelente rede
de suporte pós-vendas e experiência comprovada na melhoria das técnicas de extração de
petróleo. Tudo isso, segundo ele, “nos coloca
em vantagem em um mercado cada vez mais
competitivo”.
Stefan acredita que “prever as necessidades
dos clientes com melhorias na produtividade e
na qualidade” é condição essencial para se
manter uma posição de liderança na fabricação de peças para gás e petróleo.
Richard Surman
CORTE FIRME
“Quando a Cameron US adquiriu a Precision
Castparts, nós já trabalhávamos com a
empresa”, conta Constantin Stefan, da Sandvik
Coromant. “Nossa parceria já tem cerca de 17
anos. Agora ela é um dos nossos principais
clientes na Romênia. Vendemos uma gama de
ferramentas para mandrilamento e pastilhas de
torneamento para a Cameron: CoroTurn 107,
CoroTurn SL e as pastilhas de cerâmica T Max P.”
Em 2005, a Cameron estava preocupada
com os efeitos da vibração da ponta das ferramentas nas superfícies acabadas. “Nosso
desafio era fornecer uma solução que eliminasse a vibração, especialmente no mandrilamento de furos profundos, em que o longo
balanço da ferramenta de corte produzia um
padrão indesejável na superfície, reduzindo
a qualidade da mesma e provocando um ruído incômodo nas máquinas”, explica Stefan.
A resposta estava nas Silent Tools, as exclusivas ferramentas antivibratórias oferecidas pela Sandvik Coromant. “Uma equipe de
28 metalworking world
especialistas em Silent Tools sugeriu a utilização das barras antivibratórias”, diz Stefan.
A instalação dessas barras foi tão bem-sucedida que a Cameron continuou usando-as na
fábrica de Campina e as adotou como parte
da política de melhores práticas nas fábricas
da Cameron no mundo todo.
Sorin Balaban, especialista da Sandvik
Coromant que auxilia fabricantes a investirem em máquinas, explica a tecnologia das
barras antivibratórias: “A melhor solução
para eliminar vibrações indesejáveis em barras de mandrilar longas durante a usinagem
são as Silent Tools. Trata-se de um amortecedor de vibrações passivo que fica dentro
da barra de mandrilar e absorve a energia
cinética do processo de usinagem.”
Balaban destaca a importância de que as
cabeças de corte utilizadas sejam adaptadas
às barras antivibratórias, para oferecer o
maior desempenho possível ao conjunto da
ferramenta.
Constantin Stefan (dir.), gerente
de vendas da Sandvik
Coromant, com Marin Viorel
(esq.) e Ilie Gabriel, da Cameron.
jogo rápido
Texto: Carol Akiyama Foto: ken straiton
Homem invisível
Masahiko Inami, 37, é uma
importante autoridade em
robótica e tecnologia interativa,
e professor da Escola Superior
de Design de Mídias da
Universidade Keio, em Tóquio,
um novo centro de pesquisa
para incentivar inovadores de
calibre mundial na área de
mídia.
Sonhos de criança se tornam realidade com a capa mágica do Dr. Inami.
Capas invisíveis são coisa de histórias
de super-heróis e literatura fantástica,
então não é de se surpreender que,
quando Masahiko Inami apresentou sua
nova capa de camuflagem óptica, a
revista Time lhe tenha dado seu prêmio
“Melhor invenção do ano” em 2003. A
camuflagem óptica usa uma tecnologia
retrorreflexiva, um sistema de realidade
aumentada baseado em projeção, que
consiste em um projetor e uma tela
retrorreflexiva. A pessoa que ficará
transparente é coberta com um manto
feito de material retrorreflexivo. O
6 metalworking world
projetor é capaz de exibir claramente o
plano de fundo por trás da pessoa que
está coberta com o material
retrorreflexivo, tornando a pessoa
transparente. Claro que a pessoa nunca
fica invisível, apenas parece estar.
Mas a camuflagem óptica é mais do
que uma brincadeira de criança. “Há
muitas aplicações interessantes desse
conceito no mundo real. Atualmente,
estamos trabalhando com a indústria
automobilística para criar carros em
que o interior, coberto por um material
retrorreflexivo, possa parecer
transparente. Com isso, estacionar em
vagas pequenas será moleza, pois os
motoristas terão um monitor que
mostrará uma vista sem obstruções”,
adianta Inami.
Ele também espera aplicações
revolucionárias dessa invenção na
medicina. “Seria um benefício
tremendo para a cirurgia endoscópica
se fosse possível tornar o corpo
humano transparente, com exceção
da estrutura esquelética ou dos
órgãos internos”, explica.
Para ele, o mundo real dos cinco
sentidos fornece um conjunto infinito de
possibilidades de pesquisa. Por exemplo,
ele desenvolveu um dispositivo chamado
SmartTool que é um braço robótico
capaz de medir a diferença da
resistência elétrica entre superfícies
físicas. Ao ser capaz de determinar a
separação exata entre água e óleo ou
entre a gema e a clara de um ovo cozido,
essa tecnologia pode conseguir retirar
um tumor maligno em locais em que a
mão humana não consegue. De fato, o
mundo de Inami é a interface entre a
ficção científica e a realidade.
Segredos
da SELVA
getty images
Eles são a “tropa de elite” da Mãe Natureza e adentram
regiões onde o homem moderno nunca esteve, para salvar
espécies ameaçadas.
30 metalworking world
getty images
o encapuzada
Aranha -carrapat
wa)
ate
s
ide
ino
(Ric
de Atewa
ontam ao período
As aranhas-carrapato rem
milhões de anos.
300
de
is
ma
há
o,
carbonífer
sobreviveu,
s
écie
Só um punhado de esp
virgens da América
s
icai
trop
as
est
flor
a
restritas
aranha-carrapato
A
ca.
Áfri
Central e do oeste da
uma nova espécie desse
encapuzada de Atewa é
8.
200
grupo, descoberta em
Gafanhoto pr
ed
(Amyttosa insectivora ador de Atewa
)
Este parente do ga
fanhoto tem um co
mportamento reprodutivo
muito raro. A fêmea
bota
seus ovos no chão
. “Esses ovos se pa
recem
muito com semente
s e as formigas os
recolhem
junto com as outra
s sementes e os lev
am para
seus formigueiros
subterrâneos. Os pe
quenos
gafanhotos são inc
ubados ali, protegido
s dos
predadores pela pre
sença das formiga
s”, explica o cientista Piotr
Naskrecki, que de
scobriu
esse inseto raro em
2008 nas florestas
do
sudeste de Gana.
O século XIX foi um período de descobertas, em que
intrépidos exploradores navegaram os mares para encontrar e
documentar lugares pouco conhecidos e a fauna e a flora que
iam encontrando. Movidos tanto pela busca de conhecimento
quanto pela vaidade, esses homens de ação lançaram muitas
luzes sobre novos mundos.
Esse tipo de exploração caiu em desuso, declara Bruce
Beehler, uma versão moderna desses antigos aventureiros.
“Acho que as pessoas pensavam que não havia mais nada a
ser explorado. Nada poderia estar mais distante da verdade”.
Beehler, cientista e ornitólogo da Conservation International, tem dedicado sua carreira a explorar áreas remotas
para documentar sua fauna. “Encontramos novas espécies,
espécies raras e espécies espetaculares. Isso ajuda os políticos a
entenderem que, em vez de desmatar uma área, talvez seja
melhor transformá-la em parque nacional”, aponta.
Segundo Beehler, estima-se que existam entre 3 e 30
milhões de espécies no mundo. Somente 1,5 milhão foram
nomeadas e classificadas.
A região tropical dos Andes, a Amazônia Ocidental, o
oeste da África e a Indonésia são áreas onde se imagina que
haja milhões de espécies a serem descobertas, juntamente
com uma farmacopéia de agentes medicinais que podem conter a cura para muitas doenças.
O próprio Beehler, que tem doutorado em biologia tropical pela Universidade de Princeton, em Nova Jersey, EUA.
descobriu e nomeou uma nova espécie – um pássaro da família do beija-flor ao qual deu o nome de Melipotes carolae, em
homenagem a sua esposa, Carol. Beehler o descobriu na
Nova Guiné. “Não acontece com muita freqüência – no meu
caso, uma vez em 35 anos”, admite Beehler, rindo.
A descoberta de novas espécies tem sido um pouco mais
fácil para um de seus colegas, Piotr Naskrecki, um taxonomista polonês atualmente baseado na Universidade de
Harvard, em Massachusetts. Naskrecki estuda insetos,
❯❯
metalworking world 31
Melipotes carolae
As características únicas desse
beija-flor são as duas barbelas
pendentes de cada lado de seu
pescoço. O pássaro foi descoberto e
documentado pelo cientista Bruce
Beehler em 2005 na província de
Papua, no oeste da Nova Guiné. Ele
nunca foi visto em qualquer outro
lugar, exceto nessa pequena região.
Bruce Beehler,
cientista e
ornitólogo da
Conservation
International,
tem dedicado
sua carreira a
explorar áreas
remotas.
❯❯ principalmente no oeste da África, há vários anos.
“Ainda há muito a ser descoberto no mundo dos insetos. Ao
fazermos pesquisas em alguma floresta tropical no oeste da
África ou em praticamente qualquer outra área tropical
intocada, sabemos com certeza que encontraremos várias
novas espécies. Porém, a identificação e a categorização dessa
fauna tão diversa consomem muito tempo”, explica.
Esses cientistas são dois de apenas algumas centenas de
pesquisadores de campo ao redor do mundo que deixam de
lado suas tarefas cotidianas para partir em expedições exploratórias, ou “programas rápidos de avaliação” (RAP, na sigla
em inglês), como essas expedições são chamadas. É uma tropa
de elite de cientistas”, brinca Beehler. “O termo ‘rápido’ se refere ao fato de que ficamos fora somente durante um
mês, e tentamos publicar o relatório dentro de um ano.”
Mas ‘rápido’ também tem outro sentido, ressalta: intervenção rápida. É preciso mostrar aos governos locais o que há
em suas terras antes que eles permitam atividades tais como a extração de madeira, que destruiriam a biodiversidade.
Naskrecki explica: “Queremos evitar o que chamamos de
‘extinções de centinela’, extinções de espécies que ainda não
foram documentadas pela ciência”. Tais extinções têm esse
32 metalworking world
nome devido à Serra de Centinela, uma área no Equador onde,
em 1978, cientistas descobriram 90 espécies de plantas até
então desconhecidas – uma enormidade em termos de
diversidade biológica não catalogada. Porém, antes que
alguém pudesse documentar completamente as descobertas
dos cientistas, a área foi transformada em terra para agricultura e uma flora endêmica rara desapareceu para sempre.
“Isso acontece em uma escala enorme”, constata Naskrecki. Para Beehler e Naskrecki, isso torna seu trabalho de RAP
ainda mais urgente.
Mas a idéia de ir aos cantos mais remotos do mundo
também é uma motivação. “É um prazer sem igual. São os
lugares mais lindos do mundo; limpos, frescos e tranqüilos”,
descreve Beehler.
No entanto, há várias questões políticas com que os
cientistas têm que lidar. “Coletamos tecidos para os laboratórios analisarem. Mas como estrangeiros, precisamos ser
cautelosos com a questão do imperialismo científico e da
‘biopirataria’. Os preciosos recursos das florestas tropicais são
propriedade dos países onde estão situadas, geralmente países
pobres. Queremos contribuir para que um remédio milagroso
seja descoberto, mas também queremos assegurar que os
Albericus sp.
Um novo Mallomys
Esta rãzinha de Paiela está listada
como “espécie potencialmente
nova”, já que a documentação ainda
está por ser publicada. No entanto,
seus braços e dedos longos são
bastante raros. Ela foi encontrada a
mais de cinco metros acima do solo
da floresta, nas árvores de uma área
biologicamente rica da Nova Guiné.
Mallomys é um gênero de roedor da
família Muridae. Em 2005, a equipe
de Bruce Beehler encontrou um novo membro da família, um rato
gigante de 1,4 kg. Mais especificamente, o rato os encontrou: ele foi
descoberto enquanto vasculhava o
acampamento dos cientistas em
busca de restos de alimento.
sustentabilidade EM Foco
benefícios de tal descoberta cheguem até as pessoas e os
países que detêm essa biodiversidade”, ressalta Beehler.
Mas algum dia os cientistas não vão ficar sem lugares
novos para explorar?
“As áreas inexploradas estão diminuindo – admite – mas
ainda há muito a ser descoberto.”
A maioria dessas áreas estão situadas em regiões montanhosas isoladas, por exemplo na Indonésia, e nas florestas da
América do Sul.
“É na América do Sul que os ornitólogos
encontram a maioria das novas espécies de
pássaros todos os anos”, informa Beehler.
Essas explorações não são baratas. Naskrecki
admite que conseguir pessoal e financiamento
para viagens de RAP pode ser um problema.
“Considerando a grande quantidade de
espécies desconhecidas, precisamos de muito
mais taxonomistas e biólogos de campo. Mas
há muito poucas oportunidades disponíveis
para esse tipo de trabalho, e elas não são muito
bem remuneradas”, declara.
henrik ek
Os índices de sustentabilidade Dow
Jones rastreiam o desempenho financeiro das principais empresas voltadas
à sustentabilidade no mundo todo. O
Grupo Sandvik é uma delas.
“Estamos enfocando o nosso consumo de matéria-prima e de energia e as
emissões de CO2”, destaca Bo Berglund, responsável pelo acompanhamento do trabalho de responsabilidade
social corporativo do Grupo Sandvik.
Nos idos de 1862, quando Göran
Fredrik Göransson fundou a Sandvik,
um dos seus objetivos era criar uma
empresa que crescesse junto com a
pequena cidade de Sandviken. “Sob
essa óptica, é possível dizer que o que
se conhece hoje como sustentabilidade sempre fez parte da cultura da
Sandvik. Acreditamos que devemos ter
os mesmos altos padrões em todo o
Grupo e, por exemplo, não tirar proveito de falhas da legislação em algumas
partes do mundo”, afirma Berglund.
getty images
O Grupo Sandvik continua a promover a sustentabilidade e a reduzir seu impacto ambiental. Esses
esforços lhe deram um lugar em dois índices de
sustentabilidade da Dow Jones.
Em seu último relatório de sustentabilidade, a Sandvik lista várias metas
que estabeleceu para reduzir ainda
mais seu impacto ambiental, como:
•Reduzir o impacto do CO2 (relativo ao
volume de vendas) em 10% até 2012;
•Reduzir o uso de energia (relativo ao
volume de vendas) em 10%;
•Substituir os solventes clorados por
outras técnicas até o final de 2010.
“Temos cerca de 150 unidades de
produção no mundo todo. Elas têm a
responsabilidade de encontrar
maneiras de melhorar suas atividades
de acordo com as metas. E eu e minha
equipe temos a responsabilidade de
acompanhar esse trabalho”, diz
Berglund.
Graças a esses esforços, em 2008 o
Grupo Sandvik conquistou um lugar em
dois respeitados índices Dow Jones: o
Índice Mundial de Sustentabilidade e o
Índice de Sustentabilidade EURO
STOXX.
metalworking world 33
Tecnologia
por christer richt
Novidade no
fresamento de alumínio
Desafio: Obter maiores níveis de desempenho e qualidade ao usinar peças aeroespaciais
em alumínio com ferramentas com pastilhas intercambiáveis.
Solução: uma tecnologia exclusiva e sofisticada para projetar e fabricar uma nova
ferramenta de corte que melhora o acabamento superficial e consome menos potência
A usinagem de peças de alumínio, tais
como algumas estruturas aeroespaciais, que
envolvem desbaste e acabamento de
cavidades, cantos e bordas, exige uma
superferramenta para remoção de material
que deixe um acabamento de boa qualidade. Tradicionalmente, essa área é dominada pelas fresas de aço rápido e inteiriças de
metal duro (com arestas de corte vivas e
muito positivas), mas há algum tempo as
fresas com pastilhas intercambiáveis têm
sido consideradas como potencialmente
mais vantajosas. As ferramentas com
pastilhas intercambiáveis são robustas e
flexíveis, oferecendo boa economia. Além
disso, não exigem reafiação e oferecem alta
taxa de remoção de metal. Porém, ao cortar
alumínio, essas ferramentas não apresentam
as forças de corte comparativamente baixas
nem uma entrada suave no corte que a hélice
de uma fresa inteiriça é capaz de oferecer.
As pastilhas intercambiáveis operam com
velocidades de corte muito mais altas, o que
resulta em maior consumo de potência.
Em algumas aplicações em alumínio,
especialmente acabamento, as arestas de
corte das pastilhas intercambiáveis são
consideradas cegas, com um efeito de
arraste que rasga em vez de cortar os
cavacos. As forças de corte tendem a dobrar
34 metalworking world
radialmente as fresas de pequeno a médio
diâmetro, deixando incompatibilidades
entre os cortes das paredes.
A Sandvik Coromant até precisou desenvolver novas tecnologias e máquinas
para retificação e medição para poder desenvolver a ferramenta. Novos métodos de
P&D envolvendo cálculos aprofundados,
simulações FEM e testes, como parte do
projeto da nova geometria de pastilha,
levaram a uma nova e exclusiva combinação de características para a pastilha:
• Um ângulo de incidência otimizado,
que torna a aresta mais viva mas mantém a
resistência;
• Uma aresta de corte mais positiva, com
menor choque inicial de entrada;
• Uma geometria de formação de cavacos que produz menos atrito por contato e
melhor direcionamento dos cavacos;
• Uma fase de folga primária que
amortece as tendências de vibração.
Modelos e métodos sofisticados foram
desenvolvidos e empregados para se chegar
a essas características da pastilha, alguns
dos quais foram patenteados separadamen-
A CoroMill 790 é uma fresa de topo altamente avançada
para usinagem em desbaste e acabamento de alumínio.
Com uma classe de pastilhas com cobertura PVD, ela
também pode ser usada como uma ferramenta de
acabamento extremamente competente em operações de
fresamento radial em aços.
MODELOS SOFISTICADOS POR TRÁS DA NOVA TECNOLOGIA
Tradicionalmente, as fresas com
pastilhas intercambiáveis têm
várias vantagens em relação às
fresas inteiriças nas áreas de
médio a grande diâmetro, mas
elas tendem a ter arestas de corte
relativamente cegas e demandas
mais baixas quanto às tolerâncias
de fabricação. Essas arestas
cegas rasgam os cavacos em vez
de cortá-los efetivamente,
geralmente provocando queda de
desempenho e qualidade. As
novas e exclusivas pastilhas
intercambiáveis CoroMill 790
foram desenvolvidas para
oferecer uma nova ação de corte.
Cavaco
oriundo da
fabricação com
a nova pastilha
intercambiável
CoroMill 790.
Sofisticados modelos de cálculo, simulações e
técnicas de fabricação estão por trás da aresta
mais viva das novas pastilhas intercambiáveis
CoroMill 790.
te. Um exemplo é a aplicação da fase de
folga primária com 0,1 mm de largura (que
anteriormente não alcançava precisão superior a 0,6 mm), que acompanha a aresta em
um ângulo de um grau, na lateral da pastilha que possui a folga. Esse guia é único e
age como um tampão que amortece as tendências de vibração conforme elas surgem.
Embora cuidadosamente desenvolvida e
simulada em relação à geometria da pastilha e ao diâmetro da fresa, essa importante
característica apresentou um problema de
fabricação da pastilha.
A força de corte radial é responsável por
grande parte da deflexão da ferramenta no
fresamento de acabamento radial. A fase de
folga primária, cuidadosamente projetado,
demonstrou ter um efeito de estabilização
significativo, reduzindo a amplitude da
força que provoca trepidação na ferramenta. Combinada ao maior ângulo de saída e à
aresta de corte mais viva, a redução da
magnitude da força foi considerável.
A força de corte tangencial determina os
requisitos de potência da ferramenta. Além
disso, como o alumínio tem um ponto de
fusão baixo, as temperaturas na zona de
corte nunca sobem a níveis que ameacem
as pastilhas de metal duro, o que permite
velocidades de corte muito altas. Entretanto,
as velocidades mais altas do fuso exigem
maior potência, portanto qualquer efeito
limitador da força é de grande relevância. A
geometria da nova pastilha trouxe uma
nítida redução de potência.
A força de corte axial, direcionada para
baixo contra a superfície usinada sob a fresa de topo, portanto crítica para estruturas de
parede fina, também foi reduzida consideravelmente. Embora a espessura do cavaco não cortado seja proporcional ao
avanço e esteja completamente relacionada
às forças de corte, essas melhorias demonstraram não estar atreladas a nenhuma faixa
de avanço por dente específica.
Parte do desenvolvimento inicial da fresa
CoroMill 790 foi a capacidade de obter altíssimas taxas de remoção de metal. O
conceito iLock de posicionamento e
travamento da pastilha, seguro e preciso,
satisfaz as demandas da usinagem com alta
velocidade, necessária para o alumínio.
Peça de alumínio
típica do setor
aeroespacial,
indicada para
usinagem com a
CoroMill 790.
resumo
As fresas de topo com pastilhas intercambiáveis para usinagem de alumínio precisavam de várias melhorias:
uma aresta de corte mais viva e mais
positiva, uma entrada mais eficiente
no corte, melhor formação de cavacos e menores forças de corte. Somente com novos investimentos em
P&D e tecnologias de fabricação de
pastilhas foi possível chegar à nova
geração de arestas de corte de pastilhas para a fresa de topo CoroMill
790. A usinagem de desbaste e
acabamento de alumínio tornou-se
mais produtiva e foi possível obter
uma maior qualidade das peças de
maneira mais eficiente.
metalworking world 35
PANORAMA
futuro mais leve
Energia eólica: Com o aumento do
tamanho das lâminas dos rotores, os
fabricantes precisam encontrar uma forma
de reduzir peso sem perder resistência. A
solução está em fazer as lâminas e as
outras peças utilizando compósitos.
P&D. Ao usar compósitos, os produtores
estão tentando reduzir
o peso e melhorar a
função de seus
produtos. Eis algumas
áreas em que esses
materiais estão tendo
um papel importante.
Asas e empenagens horizontais
e verticais
Winglets
wing box (caixa
da asa) central
Aeroespacial: Graças ao esforço da indústria aeroespacial
para melhorar a capacidade de
transporte de carga e reduzir
as emissões, estima-se que o
uso de compósitos alcançará
mais da metade da estrutura
de uma aeronave.
36 metalworking world
Nariz e portas do motor
difícil de usinar
O plástico reforçado com fibra de carbono é mais resistente do que o
aço, mais leve do que o alumínio e tão forte quanto o titânio, mas é
difícil de usinar, como muitos compósitos. É possível introduzir várias
melhorias para aumentar as tolerâncias e a produtividade durante a
fabricação. Visite www.coromant.sandvik.com/br para saber mais.
MEDICINA EM ALTA
Trens de alta
velocidade: Os
compósitos são
perfeitos para as
chapas da carroceria
dos trens de alta velocidade, já que permitem reduzir o peso e
usar formas mais
aerodinâmicas.
MEDICINA. Os hospitais, especialmente
na Europa e nos EUA, estão colaborando
cada vez mais para reduzir os custos dos
equipamentos médicos. Isso significa que
os criadores de tecnologia para medicina precisam encontrar métodos de
produção mais eficientes, especialmente para produtos fabricados com materiais de difícil usinaLudger Schnieder
gem, como titânio e
ligas sofisticadas.
Na cidade de Tuttlingen, na Alemanha,
cerca de 300 empresas de tecnologia
médica produzem mais de 30 mil tipos de
instrumentos cirúrgicos, fazendo com que
essa região seja uma das mais importantes do mundo para essa indústria.
Ludger Schnieder, porta-voz do MITT,
centro de competência sem fins
lucrativos de Tuttlingen, explica
que, enquanto algumas
empresas são grandes – tais
como a Aesculap, fabricante
de instrumentos cirúrgicos e
implantes conhecida
mundialmente, com cerca de 2
mil funcionários locais; e a Karl
Storz, um dos líderes mundiais
na produção de endoscópios
rígidos e sistemas de salas de
operação – 9 em cada 10
empresas têm menos de 20
funcionários.
“Por isso é importante
colaborarmos mutuamente onde for possível compartilhar conhecimentos, assim como é
importante unirmos forças para obter melhores preços e oferecer soluções completas para clientes no mundo todo”, diz.
A Sandvik Coromant tem
um importante papel nesse
sentido. “A Sandvik
Coromant tem investido
muito em tecnologia médica
nos últimos anos, tanto em
produtos dedicados como
em know-how de processos.
Na área em torno de
Tuttlingen, oferecemos
competência especializada
sobretudo por meio do nosso
distribuidor local Otto Bitzer, que
atua na indústria de medicina há
décadas”, destaca Kenneth
Sundberg, gerente de marketing da
Sandvik Coromant Alemanha.
O mercado mundial de tecnologia
médica é estimado em US$ 260 bilhões.
A Europa é responsável por 30% desse
valor e a Alemanha, por 30% da fatia
européia.
Kjell Eriksson
TROCADORES DE CALOR
Automóveis:
Os fabricantes de carros
precisam reduzir as
emissões e o consumo
de combustível. É
possível reduzir o peso
de um carro em cerca
de 400 kg (30%) usando
compósitos.
•Sua capacidade de
absorver impactos de
colisões faz com que
esses materiais sejam
perfeitos para chapas
e estruturas da
carroceria dos
veículos.
Parceria. A Kurgankhimmash é um
fornecedor especializado na produção
de peças para as indústrias química, de
gás natural e petróleo e para trocadores
de calor. A empresa fica localizada em
Kurgan, cidade da Rússia central próxima
dos montes Urais.
No final de 2007, a equipe de produção
da Kurgankhimmash precisava encontrar
a melhor forma de produzir furos em
grades tubulares para cinco diferentes
fabricantes de ferramentas de furação.
“Precisávamos encontrar a melhor
solução global em termos de velocidade,
custo e qualidade dos furos”, explica
Alexander Dragalin, tecnólogo responsável da Kurgankhimmash. Durante o
processo a equipe testou a CoroDrill 880.
No início de 2008 entrou um grande
pedido para produção de equipamentos
para troca de calor e a equipe estava
preparada. “Precisávamos produzir uma
grande quantidade de furos com
tamanhos, comprimentos e precisões de
difícil fabricação em um curto espaço de
tempo”, conta Dragalin. Usando a
CoroDrill 880, a equipe deu conta da
tarefa, produzindo todas as peças
rapidamente e com a qualidade correta.
Dragalin comenta: “Os representantes
da Sandvik Coromant nos deram o
suporte operacional mais rápido possível.
Agora temos uma cooperação proveitosa
quando trabalhamos com nossas outras
máquinas de furação e fresamento”.
A empresa russa Kurgankhimmash já estava preparada
quando recebeu um pedido para
produzir trocadores de calor de
maneira eficiente.
Tom Erixon,
novo
presidente
da Sandvik
Coromant.
Novo presidente da
Sandvik Coromant
No dia 1.º de setembro, Tom Erixon
passou a ser o novo presidente da
Sandvik Coromant. Erixon substituirá
Kenneth V. Sundh, que foi nomeado
vice-presidente executivo da Sandvik
Tooling.
Erixon, 48, já foi presidente da
Sandvik Hard Materials, outra área de
produto dentro da Sandvik Tooling, e
também exerceu cargos executivos
dentro do Grupo Boston Consulting e
do Grupo Sandvik. Ele tem mestrado
em Direito pela Universidade de Lund
e um MBA pelo IESE, Barcelona.
metalworking world 37
a solução
dureza
máxima
O ângulo certo
Pastilhas CoroCut ANGULARES
Os discos de ventilador são feitos de
titânio e possuem canais e canais em
tulipa que precisam ser usinados. As
pastilhas CoroCut angulares foram
desenvolvidas para alcançar canais de
difícil acesso. Elas são fornecidas em
diversos formatos standard, portanto
não exigem ferramentas especiais.
o
od
c
s
di
or
lad
i
t
ven
As peças para motores de aviões estão entre as
mais difíceis de se fabricar, mas os fabricantes podem tirar vantagem das mais recentes tecnologias de processamento e das melhores ferramentas possíveis para usinar cada peça. Aqui reunimos
alguns exemplos envolvendo sete das peças mais
importantes de um motor aeroespacial.
Quer saber mais? AcESSE
www.aero-knowledge.com
EIXO
38 r
do
a
l
ti
en
v
do
ça
a
rc
ca
Silêncio, por favor!
Fique frio
Silent Tools
HPC e UHPC
O comprimento e as características internas de um
eixo fazem com que essa peça seja o desafio
perfeito para as barras antivibratórias Silent Tools.
O programa de barras de mandrilar está disponível
para diâmetros de até 250 mm e balanços de até
14 vezes o diâmetro – dimensões que não podem
ser trabalhadas com ferramentas convencionais.
Na usinagem de carcaças de ventilador feitas de titânio, o segredo
é manter a temperatura de corte baixa. Os sistemas de refrigeração sob alta pressão e sob pressão ultra-alta da Sandvik Coromant
foram concebidos para atingir o ponto exato onde o refrigerante é
mais necessário, produzindo bom controle de cavacos, aumento da
vida útil da ferramenta e melhora da produtividade.
metalworking world
rotor
Kjell Eriksson
Firmeza flexível
Usinagem com altas velocidades
CBNE Plura
Torno-fresamento com cerâmica
O fresamento de flanco (grande profundidade
axial de corte) é a opção mais rápida nas
situações em que o rotor, o software CAM e a
ferramenta assim permitem. O programa
standard de fresas de topo cônicas tipo "Ball
Nose" foi concebido especificamente para
essa operação. As fresas de topo oferecem
excelente estabilidade e alcance.
Ao usinar carcaças de turbina, normalmente é necessário remover grandes
quantidade de materiais de difícil usinagem (Inconel e Waspalloy), por meio de um
processo de fresamento em desbaste.
As pastilhas de cerâmica para torno-fresamento oferecem oportunidades de
operação a velocidades de 20 a 30 vezes maiores que as de metal duro, mas com
faixas de avanço menores, gerando ganhos de produtividade.
a turbina
carcaça d
DISCO DA TURBINA
E rotor
Produtividade equilibrada
CoroMill 316
Quando se trata de fresamento de ressaltos em um disco de
turbina em superliga, a CoroMill 316 é a opção perfeita para
pequenas profundidades de corte com tolerâncias estreitas.
Ao desbastar o canal em um rotor de titânio, o melhor
método é o fresamento a ponto com pastilhas intercambiáveis tipo "Ball Nose", que oferecem um ótimo equilíbrio entre
produtividade e economia.
DISCO
DA
TURBINA
el
et
rr
ca
Estabilidade é tudo
Torneamento facilitado
Lâminas antivibratórias
SL70
Um dos desafios da fabricação de carretéis são suas câmaras
internas profundas, geralmente com até 150 mm de profundidade. Lâminas antivibratórias com porta-ferramentas Coromant
Capto são uma solução estável, que minimiza as vibrações.
Lâminas com comprimento superior a quatro vezes a própria
largura possuem um dispositivo de amortecimento patenteado,
que permite que a profundidade de corte seja quatro vezes maior
do que sem esse amortecimento.
O sistema de ferramental modular flexível SL70, equipado
com pastilhas redondas, é indicado para operações comuns
de perfilamento e usinagem de bolsões. O sistema SL pode
ser usado para cerâmica e metal duro – de desbaste a
acabamento. Isso o torna perfeito para discos de turbina, que
têm características complexas em ligas de difícil usinagem.
metalworking world 39
Print n:o C-5000:538 POR/01
© AB Sandvik Coromant 2009:3
Apresentamos a coleção
CoroMill® deste ano.
Com o sucesso da CoroMill 490, ampliamos a linha CoroMill com
a CoroMill 316, uma fresa de topo com cabeça intercambiável para
uma ampla gama de aplicações, e a CoroMill 345, uma fresa de
facear de alto desempenho com 8 arestas de corte.
Agora temos uma CoroMill para todas as situações, todas
elas capazes de proporcionar redução de custos, aumento de
produtividade e lucro.
Então, o que a linha CoroMill pode fazer por sua produção?
Você ficará surpreso. Entre em contato conosco e saiba mais.
Think smart | Work smart | Earn smart.
www.sandvik.coromant.com/br

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