Anais_II-seminario
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REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE REBRAENSP – POLO RIO GRANDE DO SUL ANAIS II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente Polo Rio Grande do Sul – REBRAENSP Polo RS II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente Polo Rio Grande do Sul – REBRAENSP Polo RS: ANAIS - Local: Porto Alegre, RS - Editor: Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Organização dos Anais: Luiza Maria Gerhardt, Wiliam Wegner, Caroline Zottele, Janete de Souza Urbanetto - Ano da publicação: 2015 2 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – REBRAENSP Polo RS Coordenação Nacional da REBRAENSP Carmen Silvia Gabriel - Universidade de São Paulo – Ribeirão Preto – USP/RP, SP Edinêis Brito Guirardello - Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, SP Janete de Souza Urbanetto - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS, RS Maria Angélica Sorgini Peterlini - Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, SP Coordenação da REBRAENSP - Polo Rio Grande do Sul (RS) Luiza Maria Gerhardt [Coordenadora] – Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, RS Wiliam Wegner [Vice Coordenador] - Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, RS Caroline Zottele [Vice Coordenadora] – Hospital Universitário de Santa Maria - HUSM, RS Coordenação do Núcleo Ijuí – REBRAENSP/Polo RS Adriane C. Bernat Kolankiewicz [Coordenadora] – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ, RS Fabiele Aozane [Vice Coordenadora] – Hospital Unimed do Noroeste, RS Coordenadora do Núcleo Porto Alegre – REBRAENSP/Polo RS Rita Timmers [Coordenadora] – Instituto de Cardiologia - IC/FUC, RS Coordenadora do Núcleo Região do Vale do Paranhana – REBRAENSP/Polo RS Claudia Capellari [Coordenadora] – Faculdades Integradas de Taquara - FACCAT, RS Coordenadora do Núcleo Região dos Vales – REBRAENSP/Polo RS Janine Koepp [Coordenadora] - Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC, RS Coordenação do Núcleo Santa Maria – REBRAENSP/Polo RS Caroline Zottele [Coordenadora] - Hospital Universitário de Santa Maria - HUSM, RS Eveline Antonello [Vice Coordenadora] – Hospital Unimed de Santa Maria, RS DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO-CIP S471a Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente-Polo RS (2. : 2014 : Porto Alegre, RS) Anais ; segurança do paciente : ampliando perspectivas [recurso eletrônico] / II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do PacientePolo RS; organização dos Anais: Luiza Maria Gerhardt, Wiliam Wegner, Caroline Zottele, Janete de Souza Urbanetto ; [organização] Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente-Polo RS. – Porto Alegre: Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2015. 201 p. Disponível online ISBN: 978-85-66106-68-8 1. Enfermagem – Eventos. 2. Segurança do paciente. I. Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente-Polo RS. II. Gerhardt, Luiza Maria III. Wegner, Wiliam. IV. Zottele, Caroline. V. Urbanetto, Janete de Souza. VI. Título. NLM: WY3 Bibliotecária responsável: Rejane Raffo Klaes – CRB 10/586 3 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS SEGURANÇA DO PACIENTE: AMPLIANDO PERSPECTIVAS Comissão Executiva Coordenadora do Núcleo de Porto Alegre: Rita Timmers Coordenadora do Núcleo Região dos Vales: Janine Koepp Coordenadora do Núcleo da Região do Vale do Paranhana: Cláudia Capellari Coordenadora do Núcleo de Santa Maria: Caroline Zottele Coordenadora da Comissão Científica: Michele Malta Coordenadora da Comissão de Secretaria: Rita Timmers Coordenadora da Comissão Social: Débora Rosilei Miquini de Freitas Cunha Coordenadores do Polo RS: Luiza Maria Gerhardt, Wiliam Wegner, Caroline Zottele Integrante da Coordenação da REBRAENSP Nacional: Janete de Souza Urbanetto Comissão Científica Comissão de Secretaria Adriana Ferreira da Rosa Cassiana Prates Gisela Maria Schebela Souto de Moura Heloisa Helena Karnas Hoefel Janete de Souza Urbanetto Luiza Maria Gerhardt Maria Cristina Lore Schilling Michele Malta Rita Catalina Aquino Caregnato Tânia Solange Bosi de Souza Magnago Wiliam Wegner Aline Carla Hennemann Gabriela Manito Guzzo, Graziella Gasparotto Baiocco, Janine Koepp Juliana Petri Tavares Patrícia Treviso Rita Timmers Comissão Social Alessandra Martins Lemes Alex Pereira Christian Negeliskii Débora Rosilei Miquini de Freitas Cunha Emiliana Costa Monique Dal Pozzo Patricia Bopsin Renata Pereira Silva Artioli 4 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS 5 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS SEGURANÇA DO PACIENTE: PACIENTE: AMPLIANDO PERSPECTIVAS PERSPECTIVAS O Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente Polo RS é realizado de dois em dois anos, e integra a área dois do seu Plano Bienal de Trabalho – Extensão às Comunidades e Sociedade. Seu objetivo é oportunizar e promover a discussão e reflexão sobre a segurança na atenção à saúde de pessoas e comunidades. Para o II Seminário foram inscritos 98 trabalhos, sendo 87 aprovados para apresentação oral. Os trabalhos foram classificados em quatro grandes áreas: ações para a segurança na prática assistencial, pesquisa, ações no ensino/educação e reflexão teórica. Na produção dos trabalhos estiveram envolvidos 260 autores, entre enfermeiros, acadêmicos de enfermagem, técnicos de enfermagem, docentes e outros profissionais da área da saúde, de várias localidades do Estado, Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro. Neste ano, o tema central do Seminário foi “Segurança do Paciente: Ampliando Perspectivas”. A REBRAENSP Polo RS se alinha com a Organização Mundial da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde, Ministério da Saúde e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) em suas iniciativas e recomendações para a expansão dos esforços e pesquisas relativos à segurança do cuidado para além da assistência hospitalar. Sem desconsiderar a complexidade do cuidado à saúde realizado nos hospitais, a necessidade de segurança também é imperativa em todos os outros níveis de atenção e tipos de serviços. Na atenção primária, nos serviços de atenção à saúde mental e no cuidado domiciliar, só para citar alguns, os pacientes têm, também, o direito ao cuidado seguro. E, consequentemente, cabe a nós, profissionais da saúde, assegurar este direito. O tema central do II Seminário evidencia a preocupação e a iniciativa da REBRAENSP Polo RS no sentido de despertar a atenção dos profissionais da saúde e fomentar a discussão sobre a segurança como um aspecto inerente a todo e qualquer cuidado à saúde. 6 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS A Comissão Executiva II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS agradece aos participantes, integrantes das Comissões, monitores, palestrantes, coordenadores de mesas, apoiadores do evento e ao Centro Universitário Metodista – IPA. Luiza Maria Gerhardt, Wiliam Wegner, Caroline Zottele Coordenadores da REBRAENSP Polo RS 7 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS Sumário 1 RELATOS DE AÇÕES PARA SEGURANÇA NA PRÁTICA ASSISTENCIAL...................................... 13 A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS DE UMA SECRETARIA DE SAÚDE ............................................................................................................................................................................. 14 A IMPORTÂNCIA DA ORIENTAÇÃO NA ALTA HOSPITALAR DE PACIENTES PEDIÁTRICOS PARA A PREPARAÇÃO DE DERIVAÇÕES FARMACÊUTICAS .................................................................... 16 A SEGURANÇA DO PACIENTE POR MEIO DE ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS DURANTE A VISITA DOMICILIAR .................................................................................................................................................. 18 A UTILIZAÇÃO DA CHECAGEM À BEIRA LEITO: SEGURANÇA E ASSISTÊNCIA AO PACIENTE . 20 AÇÕES PARA PREVENÇÂO DE QUEDAS ........................................................................................................... 22 ACREDITAÇÃO INTERNACIONAL EM UMA UNIDADE DE HEMODIÁLISE: PADRÕES PARA UMA ASSISTENCIA SEGURA ............................................................................................................................................. 24 APLICAÇÃO DE ESCALA DE AVALIAÇÃO DE RISCO DE ÚLCERA POR PRESSÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA .............................................................................................................................................................. 27 APLICAÇÃO DE UM CHECKLIST EM UNIDADE DE HEMODIÁLISE: UMA ESTRATÉGIA PARA O PROCEDIMENTO SEGURO ...................................................................................................................................... 29 ATENÇÃO MULTIPROFISSIONAL A PACIENTES PEDIÁTRICOS PORTADORES DE FIBROSE CÍSTICA........................................................................................................................................................................... 32 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE COM CATETER PLEURAL........................................................................................................................................................................ 34 AVALIAÇÃO PARA RISCO DE QUEDA: RELATO DE EXPERIÊNCIA........................................................ 36 CHECK LIST ELETRÔNICO: EXPERIÊNCIA DE UM HOSPITAL PRIVADO DE PORTO ALEGRE/RS ........................................................................................................................................................................................... 38 DESAFIOS E PERSPECTIVAS DA IMPLEMENTAÇÃO DE GERENCIAMENTO DE RISCO: RELATO DE EXPERIÊNCIA ....................................................................................................................................................... 40 EDUCAÇÃO DE PACIENTES E FAMILIARES: O DESAFIO DE SISTEMATIZAR E QUALIFICAR OS REGISTROS DE ENFERMAGEM ............................................................................................................................ 43 EDUCAÇÃO PREVENTIVA DE RISCO DE QUEDAS EM PACIENTES PEDIÁTRICOS: UM DIAGNÓSTICO MULTIFATORIAL......................................................................................................................... 45 ESCALA DE BRADEN: POSSIBILIDADE DE PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DA SEGURANÇA DO PACIENTE...................................................................................................................................................................... 47 ESTRATÉGIAS DE SEGURANÇA DO PACIENTE: HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS .................................... 49 8 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS ESTRATÉGIAS UTILIZADAS POR ENFERMEIROS PARA A REDUÇÃO DE ERROS NA ADMNISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA IINTENSIVA NEONATAL E DE PEDIATRIA ................................................................................................................................ 51 HIGIENE DAS MÃOS COMO INDICADOR DE QUALIDADE ASSISTENCIAL E SEGURANÇA DO PACIENTE...................................................................................................................................................................... 53 HIGIENE DAS MÃOS COMO PREVENÇÃO DE INFECÇÃO: UMA DAS METAS INTERNACIONAIS DE SEGURANÇA DO PACIENTE ............................................................................................................................ 55 I ENCONTRO DOS PROFISSIONAIS DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE DA 4ª COORDENADORIA REGIONAL DE SAÚDE/RS: EM FOCO A SEGURANÇA DO PACIENTE ................................................... 57 IDENTIFICAÇÃO CORRETA DOS PACIENTES: UMA DAS METAS INTERNACIONAIS DE SEGURANÇA DO PACIENTE ................................................................................................................................... 59 IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE: MAIS UMA BARREIRA DE SEGURANÇA ......................................... 61 IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE: MEDIDA DE SEGURANÇA ..................................................................... 63 EM INSTITUIÇÕES DE SAÚDE ............................................................................................................................... 63 IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE: PROPOSTA DE CONSCIENTIZAÇÃO DA GESTÃO HOSPITALAR ........................................................................................................................................................................................... 65 II ENCONTRO DOS PROFISSIONAIS DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE DA 4ª COORDENADORIA REGIONAL DE SAÚDE/RS: EM FOCO A SEGURANÇA DO PACIENTE ................................................... 67 IMPLANTAÇÃO DO GRUPO DE RISCO E SEGURANÇA: RELATO DE EXPERIÊNCIA ....................... 69 IMPLEMENTAÇÃO DE ETIQUETAS PARA IDENTIFICAÇÃO DE PACIENTES EM UNIDADE DE HEMODINÂMICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA ............................................................................................... 71 IMPLEMENTAÇÃO DE PROTOCOLOS PARA IDENTIFICAÇÃO DE INTERCORRENCIAS ASSISTENCIAIS DO SERVIÇO DE HEMOTERAPIA DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE PORTO ALEGRE .......................................................................................................................................................... 73 INCIDÊNCIA DE QUEDAS: REFLETINDO ACERCA DO PANORAMA ATUAL ...................................... 75 MEDICAÇÕES DE ALTA VIGILÂNCIA E A SEGURANÇA DO PACIENTE: IDENTIFICAÇÃO, ARMAZENAMENTO E ROTULAGEM .................................................................................................................. 77 PREVENÇÃO DA PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: RELATO DE EXPERIÊNCIA ....................................................................................... 79 RASTREABILIDADE NO SERVIÇO DE ENDOSCOPIA: PROPORCIONANDO SEGURANÇA PARA O PACIENTE...................................................................................................................................................................... 82 REFLEXÃO SOBRE UM SERVIÇO DE EMERGÊNCIA DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE E A SEGURANÇA DO PACIENTE ................................................................................................................................... 84 RELATO DE EXPERIÊNCIA DA IMPLANTAÇÃO DE MEDIDAS PARA A PREVENÇÃO DE QUEDAS EM UMA UNIDADE DE INTERNAÇÃO DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE – RS .. 86 9 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS RELATO DE EXPERIÊNCIA: MUDANÇA NA PRÁTICA PROFISSIONAL COMO MEMBRO DA REBRAENSP ................................................................................................................................................................. 88 RELATO SOBRE O INICIO DAS AÇÕES VOLTADAS À SEGURANÇA DO PACIENTE EM UM HOSPITAL DE MÉDIO PORTE ............................................................................................................................... 90 RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL INTEGRADA EM SAÚDE: RELACIONANDO UNIDADES DE APOIO PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE CRÍTICO ................................................................................. 93 SEGURANÇA DO PACIENTE EM FOCO: A EDUCAÇÃO PERMANENTE COMO FERRAMENTA DE MUDANÇAS NO PROCESSO DE TRABALHO DA ENFERMAGEM............................................................. 96 SEGURANÇA DO PACIENTE EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: RELATO DE EXPERIÊNCIA ........................................................................................................................................................................................... 98 SEGURANÇA DO PACIENTE NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE A DISPENSAÇÃO ELETRÔNICA .............................................................................100 SEGURANÇA DO PACIENTE: ESTRATÉGIAS PARA PREVENÇÃO DA RESISTÊNCIA BACTERIANA .............................................................................................................................................................102 TRATAMENTO DE ÚLCERAS POR PRESSÃO COM ALTA FREQUÊNCIA: UMA INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA................................................................................................................................................105 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: PREVENÇÃO DA INFECÇÃO DE CORRENTE SANGUÍNEA RELACIONADA À INSERÇÃO DE CATETER VENOSO CENTRAL ...........................................................107 2 PESQUISA SOBRE SEGURANÇA DO PACIENTE ............................................................................... 109 A SEGURANÇA DO PACIENTE NA CLASSIFICAÇÃO DE RISCO: PAPEL DO ENFERMEIROa .......110 A SEGURANÇA DO PACIENTE POR MEIO DA PESQUISA EM ENFERMAGEM .................................112 A SEGURANÇA NA ASSISTÊNCIA PRESTADA AOS PACIENTES SUBMETIDOS A PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS.........................................................................................................................115 ADESÃO À PRÁTICA DE HIGIENE DE MÃOS POR PROFISSIONAIS DE SAÚDE EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA .................................................................................................................117 ADESÃO AO BUNDLE DE PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA: QUALIDADE ASSISTENCIAL E SEGURANÇA PARA O PACIENTE ....................................................................................119 ADESÃO DOS PROFISSIONAIS DE TERAPIA INTENSIVA AOS CINCO MOMENTOS DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS...................................................................................................................................121 ANÁLISE DE INCIDENTES NOTIFICADOS EM HOSPITAL DE GRANDE PORTE: CONTRIBUIÇÕES PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE ................................................................................................................123 AVALIAÇÃO DO RISCO PARA ÚLCERAS POR PRESSÃO EM PACIENTES PEDIÁTRICOS HOSPITALIZADOS ....................................................................................................................................................125 BANHO DE LEITO: SEGURANÇA DO PACIENTE E AS IMPLICAÇÕES NA CARGA DE TRABALHO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM ...........................................................................................................................127 10 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS CARACTERÍSTICAS DOS PACIENTES QUE APRESENTARAM QUEDAS DURANTE A HOSPITALIZAÇÃO ....................................................................................................................................................129 CAUSAS DE EVENTOS ADVERSOS NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: REVISÃO DE LITERATURA..............................................................................................................................................................131 CHECKLIST DE CIRURGIA SEGURA: VISÃO DOS PROFISSIONAIS DE UM CENTRO CIRÚRGICO .........................................................................................................................................................................................133 CLIMA DE SEGURANÇA DO PACIENTE EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PARA ADULTOS: PERCEPÇÃO DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM .........................................................135 CLIMA DE SEGURANÇA DO PACIENTE: PERCEPÇÃO DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM .........................................................................................................................................................................................137 ERRO DE MEDICAÇÃO E FATORES DE PREVENÇÃO: REVISÃO INTEGRATIVA ............................139 ERRO DE MEDICAÇÃO NA ENFERMAGEM: ANÁLISE DOS FATORES RELACIONADOS .............141 EXISTE RELAÇÃO ENTRE O CUIDADO SEGURO E O CUIDAR DE SI?..................................................143 GERENCIAMENTO DE RISCO EM HEMODIÁLISE: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO ...........................145 HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS COMO PREVENÇÃO DE INFECÇÕES E SEGURANÇA DO PACIENTE .........................................................................................................................................................................................147 HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS E SEGURANÇA DA CRIANÇA HOSPITALIZADA ....................................149 INCIDÊNCIA DE FLEBITES DURANTE O USO E APÓS A RETIRADA DE CATETER INTRAVENOSO PERIFÉRICOa..............................................................................................................................151 LEVANTAMENTO DOS INCIDENTES OCORRIDOS EM HOSPITAL ENSINO DO INTERIOR DO RIO GRANDE DO SUL RELACIONADOS À SEGURANÇA DO PACIENTE: RELATO DE EXPERIÊNCIA .........................................................................................................................................................................................153 O ENFERMEIRO INSERIDO NA PESQUISA.....................................................................................................155 O SAFETY ATTITUDES QUESTIONNAIRE COMO INDICADOR DA CULTURA DE SEGURANÇA NAS INSTITUIÇÕES DE SAÚDE.....................................................................................................................................157 REGISTRO DE AÇÃO PSICOATIVA E DE ALTERAÇÕES DO EQUILÍBRIO NAS BULAS DE MEDICAMENTOS UTILIZADOS PELOS PACIENTES AVALIADOS QUANTO AO RISCO DE QUEDAS ........................................................................................................................................................................159 REGISTRO DE FLEBITE E TROMBOFLEBITE NAS BULAS DE MEDICAMENTOS COMUMENTE RELACIONADOS AO RISCO DE FLEBITES ......................................................................................................161 RESISTÊNCIA E SENSIBILIDADE AOS ANTIMICROBIANOS: CONTRIBUIÇÕES PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE .................................................................................................................................163 RESULTADO DA IMPLANTAÇÃO DE MEDIDAS PREVENTIVAS NO INDICADOR DE QUEDAS DE PACIENTES INTERNADOS....................................................................................................................................165 11 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS RISCO PARA QUEDA DE ADULTOS NAS PRIMEIRAS HORAS DE HOSPITALIZAÇÃO...................167 SEGURANÇA DO PACIENTE E A IDENTIFICAÇÃO POR PULSEIRA......................................................169 SEGURANÇA DO PACIENTE NA PREVENÇÃO DO TROMBOEMBOLISMO VENOSO NO PÓSOPERATÓRIO: UMA REVISÃO TEÓRICA.........................................................................................................171 SEGURANÇA DO PACIENTE NO CENTRO CIRÚRGICO: CUIDADO NA PREVENÇÃO DE EVENTOS ADVERSOS...................................................................................................................................................................173 SEGURANÇA DO PACIENTE: CHECKLIST DE CIRURGIA SEGURA ........................................................175 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: ALIADO À CIRURGIA SEGURAa........177 3 RELATOS DE AÇÕES NO ENSINO ......................................................................................................... 179 AÇÃO PEDAGÓGICA EM UNIDADE HOSPITALAR: UMA ABORDAGEM INTEGRADA ENSINO SERVIÇO .......................................................................................................................................................................180 ATUAÇÃO DE ENFERMAGEM EM UTI CORONARIANA: PERCEPÇÕES DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM SOBRE SEGURANÇA DO PACIENTE..................................................................................182 FORMAÇÃO ACADÊMICA EM CENTRO DE MATERIAIS E ESTERILIZAÇÃO: FUNDAMENTAL PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE ................................................................................................................184 GUIA CURRICULAR MULTIPROFISSIONAL DE SEGURANÇA DO PACIENTE: RELATO DE EXPERIÊNCIA ............................................................................................................................................................186 SEGURANÇA DO PACIENTE EM USO DE BALÃO INTRA-AÓRTICO: REFLEXÕES DE ACADÊMICOS SOBRE OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM ........................................................................188 SEGURANÇA DO PACIENTE: ESCOLA E HOSPITAL BUSCANDO SOLUÇÕES ...................................190 VIVÊNCIAS DE ACADÊMICAS DE ENFERMAGEM NO GRUPO DE PESQUISA SOBRE SEGURANÇA DO PACIENTE ............................................................................................................................................................192 4 REFLEXÃO TEÓRICA SOBRE SEGURANÇA DO PACIENTE .......................................................... 194 A SEGURANÇA DO PACIENTE E A FILOSOFIA LEAN – UM RELATO DE EXPERIÊNCIA .............195 COMO MINIMIZAR EVENTOS ADVERSOS EM CIRURGIA PEDIÁTRICA: REFLEXÃO TEÓRICA197 ÍNDICE DE AUTORES .................................................................................................................................. 199 12 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS 1 RELATOS DE AÇÕES PARA SEGURANÇA NA PRÁTICA ASSISTENCIAL 13 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS DE UMA SECRETARIA DE SAÚDE Juliana Mariano Santos, Raquel Granjeiro Baltar, Suzi da Silva Fariaa Introdução: o serviço de saúde é de alta complexidade, requer tecnologias avançadas, atendimento personalizado a uma demanda de clientes cada vez mais exigente, com expectativa de vida maior e, em acréscimo às doenças crônico-degenerativas, consequentemente, a racionalização na organização do trabalho em saúde exige recursos humanos e materiais que equacionem os problemas administrativos e assistenciais de maneira ágil e eficiente1. Por isso, a administração de materiais existe para abastecer, em quantidade e qualidade, os itens que o sistema produtivo requisita, o mais próximo possível do momento do uso, com o menor custo possível2. O enfermeiro, ao gerenciar os materiais, “executa atividades de controle de qualidade e de desperdício, avaliação do material, teste de novos materiais, controle dos materiais de alto custo, orientação sobre a forma de utilização adequada dos materiais”3. Além disso, a aquisição deverá ser acompanhada na pós-comercialização, pois os materiais adquiridos podem gerar algum tipo de risco ao paciente. Objetivo: o deste estudo é apresentar a experiência de enfermeiros de uma Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro na qualificação técnica de materiais para abastecimento das unidades de saúde, determinando a importância dos materiais de consumo vitais e essenciais, utilizando a Classificação XYZ e aperfeiçoando o catálogo de materiais. Método: trata-se de um estudo exploratório e descritivo, na modalidade estudo de caso. Resultados: dos 210 itens classificados, 62,2% correspondem aos materiais classificados como vitais pela equipe multidisciplinar, 27,8% são itens essenciais e 10% são itens intermediários. Conclusão: a relevância do Catálogo de materiais ficou evidenciada como uma das ferramentas gerenciais que pode auxiliar no processo de tomada de decisão, proporcionando visualizar as classes de materiais por especificação, classificação e codificação, identificando os itens imprescindíveis no estoque, para o atendimento ao paciente com segurança e melhor qualidade na assistência. Descritores: Enfermagem. Organização e Administração. Recursos Materiais em Saúde. 14 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS Referências 1 Secco LB, Rothbarth S, Dyniewicz AM. Gestão de recursos materiais e qualidade na assistência à saúde. PROENF Gestão. 2013;2(3):71-105. 2 Vecina Neto G, Ferreira Junior WC. Administração de materiais para sistemas locais de saúde. In: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. Administração. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2001. p.117-58. 3 Oliveira NC, Chaves LDP. Gerenciamento de recursos materiais: o papel da enfermeira da unidade de terapia intensiva. Rev Rene. 2009;10(4):19-27. 4 Mendes KGL, Castilho V. Determinação da importância operacional dos materiais de enfermagem segundo a Classificação XYZ. In: Rev Inst Ciênc Saúde. 2009;27(4):324-9. _________________ a Enfermeira/Assessora Técnica do Núcleo de Qualificação SES. Relatora. Email: [email protected] 15 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS A IMPORTÂNCIA DA ORIENTAÇÃO NA ALTA HOSPITALAR DE PACIENTES PEDIÁTRICOS PARA A PREPARAÇÃO DE DERIVAÇÕES FARMACÊUTICAS Fernanda Stedilea,b, Ananda Alvareza, Gabriela Beckera, Jacqueline Martinbianchoc, Giovanna Negrettoc Introdução: pacientes pediátricos são considerados “órfãos terapêuticos”, carecendo de formulações adequadas. No hospital, esse problema é sanado pela preparação de derivações farmacêuticas. Quando estes medicamentos são prescritos na alta hospitalar, torna-se essencial a orientação pelo farmacêutico ou enfermeiro, de como proceder a preparação em domicílio. Para assegurar o uso correto dos medicamentos é importante que a equipe multidisciplinar forneça informações de forma clara e objetiva, buscando o maior entendimento dos familiares e correta administração dos medicamentos prescritos. Objetivo: descrever a atuação do farmacêutico, na alta hospitalar de pacientes pediátricos, para a educação sobre o correto preparo de derivações farmacêuticas. Metodologia: relato de experiência de farmacêuticos que atuam em unidades de internação pediátricas de um hospital universitário do sul do Brasil, realizado em 2014. Resultados: para realizar a orientação sobre o preparo da derivação no domicílio, o farmacêutico elabora um material informativo que contém as etapas do processo de preparação: limpeza do local, higienização das mãos do manipulador, uso de água filtrada ou fervida fria, explicação da diluição do medicamento, a manipulação dos instrumentos de medida, a dose que será administrada, a estabilidade dos medicamentos, o local de armazenamento da derivação farmacêutica e limpeza adequada dos objetos que foram utilizados no processo de preparação. Além dessas informações, são fornecidos frascos já rotulados e seringas dosadoras identificadas, que irão auxiliar na preparação da derivação farmacêutica pediátrica no domicílio. O farmacêutico também realiza a elaboração, juntamente com o cuidador do paciente, de uma tabela com os horários mais adequados para a administração dos medicamentos, com o intuito de facilitar a adesão ao tratamento. Conclusão: a atuação do profissional farmacêutico, bem como da equipe multiprofissional, na orientação da preparação de derivações farmacêuticas na alta hospitalar de pacientes pediátricos é de grande importância, pois contribui para a administração correta da dose e, consequentemente, 16 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS um tratamento mais efetivo e seguro. O aconselhamento ao cuidador é uma importante medida de prevenção de erros e os profissionais de saúde devem estar preparados para esta atividade. Contribuições para a enfermagem: o processo de educação em pediatria envolve toda a equipe multidisciplinar, vista a complexidade dos cuidados. Nem todos os hospitais possuem farmacêutico clínico que atua nas orientações aos familiares. É de grande importância que os enfermeiros realizem as atividades de orientação aos familiares para o uso correto de medicamentos após a alta. A orientação ao cuidador auxilia no preparo e administração correta e previne possíveis erros de medicação, garantindo a continuidade do tratamento e evitando até mesmo a utilização incorreta de instrumentos de medida como colheres e seringas. Descritores: Alta do Paciente. Pediatria. Atenção Farmacêutica. Referência Santos LS, Torriani MS, Barros E. Medicamentos na prática da farmácia clínica. Porto Alegre: Artmed; 2013. _________________________ a Residentes do Programa de Residência Integrada Multiprofissional do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS. b Relatora. E-mail: [email protected] c Preceptores do Programa de Residência Integrada Multiprofissional do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS. 17 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS A SEGURANÇA DO PACIENTE POR MEIO DE ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS DURANTE A VISITA DOMICILIAR Aline Carla Hennemann¹; Leila Schmitd²; Elisabeth Paris³;Thiago Silva4; Alexander de Quadros5 Introdução: a inserção da terapia nutricional junto à avaliação e orientação na visita domiciliar possibilita ao enfermeiro desenvolver um raciocínio crítico e reflexivo. Consequentemente, o planejamento das ações, considerando o modo de vida e os recursos que este indivíduo dispõe, tange em articulações para um modelo assistencial, o discurso relativo à integralidade e à humanização do cuidado, e assume papel de destaque na orientação e reorientação. A focalização das práticas em públicos vulneráveis, limites financeiros e parcerias intersetoriais aparecem como desafio para a promoção da saúde coletiva. Objetivo: relatar a vivência de um grupo de acadêmicos de enfermagem nas orientações sobre terapia nutricional no cenário da visita domiciliar. Método: trata-se do relato de vivências de um grupo de acadêmicos de enfermagem, das Faculdades Integradas de Taquara-FACCAT, junto à disciplina de avaliação das necessidades de saúde, realizadas em uma unidade básica de saúde, onde os acadêmicos de enfermagem realizaram visita domiciliar com enfoque na orientação da terapia nutricional. Resultados: durante as visitas domiciliares, observamos as necessidades daqueles familiares em obter informações sobre a terapia nutricional para aqueles indivíduos fragilizados e debilitados, orientações que se circundaram sobre a manipulação, armazenamento, validade e temperatura ideal das dietas para serem administradas, bem como a posição adequada do paciente no leito. Conclusão: através destas vivências ressaltamos a importância do enfermeiro estar engajado neste contexto, não sendo esta uma ação exclusiva ou isolada do nutricionista, para tanto, a troca de saberes constrói novos conceitos para o cuidado, traduzidos em uma assistência segura por meio de uma visão sistêmica. Descritores: Terapia Nutricional. Enfermagem. Saúde Coletiva. Referências 18 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral, Sociedade Brasileira de Clínica Médica, Associação Brasileira de Nutrologia. Recomendações nutricionais para adultos em terapia nutricional enteral e parenteral. Projeto Diretrizes. São Paulo; 2011. Matsuba CST, Serpa LF, Ciosak SI. Terapia nutricional enteral e parenteral-Consenso e Boas Práticas de Enfermagem. São Paulo: Martinari; 2014. Carmagnani MIS, et al. Procedimentos de enfermagem: guia prático. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2013. _________________________ 1Enfermeira. Graduada pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Especialista na área Materno Infantil pelo Instituto de Educação e Pesquisa do Hospital Moinhos de Vento (IEP/HMV). Mestranda em Pediatria/Saúde da Criança pela Pontifícia Universidade Católica (PUCRS). Especializando em Docência na Saúde (UFRGS) Professor do Curso de Bacharelado em Enfermagem das Faculdades Integradas de Taquara. FACCAT. Relatora. 2Acadêmica de Enfermagem. Curso de Bacharelado em Enfermagem das Faculdades Integradas de Taquara. FACCAT 3Acadêmica de Enfermagem. Curso de Bacharelado em Enfermagem das Faculdades Integradas de Taquara. FACCAT. 4Enfermeiro. Graduado pelo Centro Universitário Metodista do Sul (IPA). Especialista em Urgência e Emergência Adulto e Pediátrico pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Mestre em Enfermagem pelo Programa de Pós Graduação em Enfermagem da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Especializando em Docência na Saúde pela Universidade do Rio Grande do Sul (UFRGS) Professor do Curso de Bacharelado em Enfermagem das Faculdades Integradas de Taquara. FACCAT. 5 Enfermeiro. Graduado pela Universidade Feevale. Mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul PUC/RS. Professor do Curso de Bacharelado em Enfermagem das Faculdades Integradas de Taquara. FACCAT. 19 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS A UTILIZAÇÃO DA CHECAGEM À BEIRA LEITO: SEGURANÇA E ASSISTÊNCIA AO PACIENTE Adriana Ferreira da Rosaa, Murilo dos Santos Graeffb, Alex Pereirac Introdução: são cada vez mais frequentes os esforços mundiais para a mitigação dos eventos adversos relacionados ao processo da assistência, entre estes podemos citar a criação da Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, pela Organização Mundial de Saúde, em 2004 e, no Brasil, mais recentemente, o Programa Nacional de Segurança do Paciente, pelo Ministério da Saúde, em 20131. Diante deste cenário, a busca de mecanismos que proporcionem a diminuição da ocorrência destes incidentes a índices aceitáveis deve ser uma constante dos profissionais da saúde1. Objetivos: relatar a experiência de implantação da checagem eletrônica da medicação à beira leito, promovendo a segurança do paciente na cadeia medicamentosa nas unidades de internação hospitalar. Metodologia: trata-se de um relato de experiência da implantação da tecnologia para a checagem da medicação à beira do leito do paciente em um hospital de médio porte em uma capital do sul do Brasil. Relato do caso: a checagem de medicamentos à beira leito resumidamente irá vincular os dados do paciente certo (conferindo pulseira de identificação), e conferir se o medicamento está prescrito para aquele paciente naquele horário. Primeiramente, buscando avaliar o que se tinha no mercado aliando ao que atenderia as necessidades da instituição, realizaram-se testes com vários dispositivos comumente utilizados para checagem à beira leito. Definiu-se como dispositivo que melhor abrangesse a necessidade, à medida que o hospital já utilizava um carro com monitor multiparâmetro, o uso de carros para medicação, que possuem além de um computador (notebook) acoplado também a possibilidade de adicionar o monitor. Assim, como resultado, temos um carro que serve para, além de checar a medicação, proporcionar vários registros à beira leito, aumentando ao máximo a presença da enfermagem junto ao paciente. Para o teste piloto, optou-se por iniciar em duas unidades de internação com uma amostragem de pacientes (em média seis pacientes por unidade), buscando identificar melhorias no processo antes de estender aos demais pacientes. Resultados: como resultados preliminares, percebeu-se um aumento da confiança dos pacientes, à medida que sentem o esforço para garantir-lhes 20 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS uma assistência com menos erros possíveis. Conclusões: considerou-se que a checagem das medicações à beira do leito traz maior confiança e tranquilidade ao paciente e família, pela certeza de que a medicação administrada está prescrita para o paciente naquele horário. O método propicia o controle das medicações em atraso e as pendentes de administração, facilitando ao enfermeiro a vigilância sobre este fluxo. Constatou-se que é imprescindível que a equipe de enfermagem tenha noções básicas em informática para que o dispositivo não se torne um obstáculo na cadeia medicamentosa. O treinamento intensivo na implantação da ferramenta é considerado determinante para facilitar e viabilizar o uso do equipamento. Palavras-chave: Segurança. Medicação. Checagem. Referência 1 Ministério da Saúde (Brasil). Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Protocolo de segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos. Brasília: ANVISA; 2014. _________ aEnfermeira pela UFSC, Especialista em Administração Hospitalar pelo IAHCS, Coordenadora de Enfermagem das Unidades de Internação do Hospital Divina Providência, Porto Alegre, RS. bEnfermeiro pela UNISC, Especialista em Cardiologia pelo IC-FUC, Analista de negócios na área T.I. cEnfermeiro pela Ulbra, Coordenador do Núcleo da Qualidade e Gestor de Risco do Hospital Divina Providência, Porto Alegre, RS. Relator. 21 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS AÇÕES PARA PREVENÇÂO DE QUEDAS Rosmari Wittmann Vieiraa, Joseane Kalata Nazarethb, Mitieli Vizcaychipi Disconzic Introdução: queda é o deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição inicial, com incapacidade de correção em tempo hábil, provocada por circunstâncias multifatoriais que comprometem a estabilidade1. A queda pode provocar uma série de consequências na vida do paciente, como lesões físicas, declínio funcional, restrição de atividades, depressão, e em alguns casos podendo levar até a morte2. Objetivo: descrever os cuidados realizados pela equipe de enfermagem de uma unidade de internação clínica-cirúrgica, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, quanto à prevenção de quedas. Metodologia: trata-se do relato de experiência de enfermeiras de uma unidade de internação clinica e cirúrgica na utilização de um protocolo de prevenção de quedas dos pacientes. O Hospital de Clínicas de Porto Alegre possui um protocolo específico para a prevenção de quedas, iniciando no momento da internação, com a entrega de folders de orientações aos pacientes e familiares. Nas unidades clínicas-cirúrgicas, o protocolo funciona da seguinte forma: no momento da admissão, a enfermeira aplica uma escala para avaliar o risco de quedas (escala de Morse), em que o paciente é pontuado de acordo com: história de quedas, diagnóstico secundário, auxílio para deambular, acesso venoso, marcha/equilíbrio e estado mental. Quando a pontuação é maior ou igual a 45 pontos, a enfermeira abre o diagnóstico de Enfermagem de “Risco de Quedas”, prescreve os cuidados, que serão realizados pela enfermagem e fisioterapia e é colocada pulseira de sinalização. A escala de Morse é reavaliada semanalmente e nas seguintes situações: mudança do estado de saúde, após cirurgia, nas transferências de unidade, nos procedimentos com sedação e se ocorrer queda3. Resultados: no decorrer destes últimos anos, a enfermagem incluiu este protocolo em seu cotidiano, este dado foi incluído na passagem de plantão, os pacientes e familiares foram envolvidos nos cuidados, com consequente redução de quedas na unidade. Conclusão: acreditamos que a avaliação pela escala de Morse no momento de admissão e as devidas reavaliações do risco, associadas à aplicação da prescrição de enfermagem e a realização da educação do paciente e familiar para prevenção de quedas, proporcionam uma internação mais tranquila e segura para o paciente, além de evitar lesões decorrentes de quedas. 22 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS Contribuições para a Enfermagem: a aplicação deste protocolo aumenta a segurança do paciente, facilita e qualifica o trabalho da enfermagem. O uso da pulseira reforça a necessidade de maior vigilância. Descritores: Segurança do Paciente. Protocolos. Assistência de Enfermagem. Referências 1 Organização Mundial da Saúde. Relatório global da OMS sobre prevenção de quedas na velhice. Genebra; 2010 [acesso em 2013 Nov 20]. Disponível em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/relatorio_prevencao_quedas_velhice.pdf 2 Menezes RL, Bachion MM. Estudo da presença de fatores de riscos intrínsecos para quedas em idosos institucionalizados. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2009;13(4):12091218. 3 Costa SGRF, Monteiro DR, Hemesath MP, Almeida MA. Caracterização das quedas do leito em pacientes internados em um hospital universitário. Rev Gaúcha Enferm. 2011 Dez;32(4):676-81. ___________________ a Enfermeira do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS. Relatora. b Enfermeira do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS. c Enfermeira do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS. 23 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS ACREDITAÇÃO INTERNACIONAL EM UMA UNIDADE DE HEMODIÁLISE: PADRÕES PARA UMA ASSISTENCIA SEGURA Cinthia Dalasta Caetano Fujiia; Sonia Liandra Marques Fingerb; Stela Maris Theisen Monacoc; Marilei Salete Toniald; Adriana Magalhães da Fée; Maria Conceição da Costa Proençaf Introdução: a Acreditação hospitalar é uma avaliação feita por comissão externa e independente, que determina se a instituição de saúde atende a uma série de padrões para melhorar a segurança e a qualidade do cuidado. As seis metas internacionais de segurança incluídas no processo de avaliação são respectivamente: Meta 1: Identificar os pacientes corretamente; Meta 2: Melhorar a comunicação efetiva; Meta 3: Melhorar a segurança de medicamentos de alta vigilância; Meta 4: Assegurar cirurgias com paciente correto, procedimento correto e local de intervenção correto; Meta 5: Reduzir o risco de infecções associadas aos cuidados de saúde; Meta 6: Reduzir o risco de lesões recorrentes de quedas. Objetivo: relatar as mudanças no processo de trabalho em uma unidade de hemodiálise por ocasião do interesse de um hospital universitário em conquistar o selo da acreditação internacional por prestar uma assistência de qualidade, cumprindo a Missão Institucional (Assistência; Ensino e Pesquisa). Metodologia: trata-se de um estudo que visa relatar a experiência da enfermagem no processo da Acreditação Internacional na unidade de hemodiálise de um Hospital Universitário do sul do Brasil. O processo de implementação das normas para Acreditação foi realizado através de uma comissão local composta por técnicos de enfermagem e enfermeiros, e contou com uma comissão institucional de apoio para trabalhar as necessidades de adequação da área. Resultados: os processos de mudança envolvendo a unidade de hemodiálise foram: identificação do paciente; medicamentos: *validação do medicamento eritropoietina, armazenamento correto dos medicamentos; identificação dos medicamentos de alta vigilância; transformação do manual de rotinas em procedimentos operacionais padrão; descarte adequado de resíduos; armazenamento correto de materiais, capacitações para higienização correta de mãos; entre outros. Considerações finais: as mudanças decorrentes do processo de Acreditação Hospitalar contribuíram para um processo de trabalho mais seguro para a equipe de saúde e pacientes, focado nos melhores padrões 24 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS de qualidade na assistência ao paciente renal. Foi fundamental no processo de adoção das metas internacionais um envolvimento de toda equipe de saúde. O apoio de áreas como a assistência farmacêutica, engenharia e administração facilitaram a implementação de algumas metas, ou seja, mostrou-se essencial o comprometimento interdisciplinar. O desafio é manter o padrão de qualidade solicitado e sensibilizar os novos colaboradores que venham a compor a equipe. Descritores: Hemodiálise. Segurança. Acreditação. Referências 1 National Association of Theatre Nurses. Swab, instrument and needles count. In: NATN standards and recommendations for safe perioperative practice. Harrogate, UK; 2005. p. 233-7. 2 Operating Room Nurses Association of Canada. Surgical counts. In: Recommended standards, guidelines, and position statements for perioperative nursing practice. Mississauga: CanadianStandards Association; 2007. 3 Ministério da Saúde (Brasil). Manual brasileiro de acreditação hospitalar. 3ª Ed. Brasília, DF; 2002. 4 Oliveira DV e cols. Acreditação hospitalar como forma de atender com qualidade as necessidades dos clientes nas organizações de saúde. XXIII Encontro Nac. de Eng. de Produção. Ouro Preto, MG, Brasil, 21 a 24 de out de 2003. 5 Cassiani SHB, editor. Hospitais e medicamentos: impacto na segurança do paciente. São Paulo (SP): Yendis; 2010. _____________________ a Cinthia Dalasta Caetano Fujii – Enfermeira da unidade de hemodiálise do Hospital de Clínicas de Porto Alegre – HCPA. E-mail: [email protected] b Sonia Liandra Marques Finger – Técnica de enfermagem da unidade de hemodiálise do Hospital de Clínicas de Porto Alegre – HCPA. E-mail: [email protected] 25 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS c Stela Teisen Monaco - Técnica de enfermagem da unidade de hemodiálise do Hospital de Clínicas de Porto Alegre – HCPA. E-mail: [email protected] d Marilei Salete Tonial – Enfermeira da unidade de hemodiálise do Hospital de Clínicas de Porto Alegre – HCPA. E-mail: [email protected] e Adriana Magalhães da Fé – Acadêmica de enfermagem na Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. E-mail: [email protected] f Maria Conceição da Costa Proença – Enfermeira chefe da unidade de hemodiálise do Hospital de Clínicas de Porto Alegre – HCPA. E-mail: mproenç[email protected] 26 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS APLICAÇÃO DE ESCALA DE AVALIAÇÃO DE RISCO DE ÚLCERA POR PRESSÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA Mariana Fröhlicha, Cristiane Segattoa, Nicolli Cargnelutti Follakb, Eliane Raquel Rieth Benettic, Joseila Sonego Gomesd, Eniva Miladi Fernandes Stumme Introdução: as úlceras por pressão constituem um dos principais eventos adversos encontrados em instituições de saúde. Para os pacientes, trazem dor e sofrimento e, associadas a outras causas e infecções, podem levar à morte. Para as instituições de saúde, implicam aumento de custos e tempo de internação. Por suas consequências, a prevenção das úlceras por pressão é uma das Metas Nacionais de Segurança do Paciente. Objetivo: descrever a utilização de uma escala de avaliação do risco de desenvolver úlcera por pressão a partir de um projeto piloto e os cuidados de enfermagem instituídos. Metodologia: relato da experiência de enfermeiros na aplicação de uma escala de avaliação do risco de desenvolvimento de úlcera por pressão em pacientes internados. Resultados: a escala de avaliação de risco de úlcera por pressão utilizada foi a Escala de Braden, que avalia seis fatores: percepção sensorial, umidade, atividade, mobilidade, nutrição e fricção e cisalhamento, com classificação em sem risco, risco baixo, moderado e elevado. Em todos os pacientes admitidos na unidade é realizada inspeção da pele e aplicação da escala de Braden nas primeiras 24 horas. Se o paciente apresentar risco de desenvolver úlcera por pressão é realizada a prescrição de enfermagem conforme o protocolo de prevenção, coloca-se no leito um relógio de mudança de decúbito e identifica-se o paciente, no mural da unidade, com um bottom vermelho. A reavaliação é feita nas segundas, quartas e sextas-feiras. Se nas reavaliações o paciente apresentar úlcera por pressão, o evento é notificado ao Grupo de Prevenção e Tratamento de Lesões de Pele e inicia-se o tratamento, com reavaliações constantes. Paciente sem risco para úlcera por pressão é reavaliado novamente nas próximas 72 horas. Conclusão: com a implantação deste projeto piloto, observou-se a importância de avaliar diariamente os pacientes, pois uma úlcera por pressão pode se desenvolver em poucas horas. Destaca-se a atuação do enfermeiro neste processo, pois ele é responsável pela avaliação, definição das ações de prevenção e tratamento da úlcera por pressão. Contribuições para a Enfermagem: ações preventivas relacionadas às úlceras por 27 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS pressão diminuem custos do tratamento, tempo de permanência hospitalar, qualificam a assistência de enfermagem e favorecem a segurança do paciente. Descritores: Úlcera por Pressão. Enfermagem. Medição de Risco. Referências 1 Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente (REBRAENSP/Polo RS). Estratégias para a segurança do paciente. Manual para profissionais da saúde. Porto Alegre, RS: Edipucrs; 2013. 2 Santos CT, Oliveira MC, Pereira AGS, Suzuki LM, Lucena AF. Indicador de qualidade assistencial úlcera por pressão: análise de prontuário e de notificação de incidente. Rev Gaúcha Enferm. 2013;34(1):111-8. 3 Araújo TM, Araújo MFM, Caetano JA. O uso da escala de Braden e fotografias na avaliação do risco para úlceras por pressão. Rev Esc Enferm USP. 2012;46(4):858-64. ____________________________ a Enfermeira da Associação Hospital de Caridade de Ijuí. Email: Unijuí. Email: [email protected], [email protected] b Acadêmica de Enfermagem, Bolsista de IC PIBIC/Unijuí, [email protected]. Relatora. c Enfermeira, Mestre em Enfermagem, Hospital Universitário de Santa Maria e Unijuí. Email: [email protected] d Enfermeira, Mestre em Enfermagem, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. e Enfermeira, Doutora em Ciências, Unijuí. Email: [email protected] 28 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS APLICAÇÃO DE UM CHECKLIST EM UNIDADE DE HEMODIÁLISE: UMA ESTRATÉGIA PARA O PROCEDIMENTO SEGURO Cinthia Dalasta Caetano Fujiia, Sonia Liandra Marques Fingerb, Stela Maris Theisen Monacoc, Marilei Salete Toniald, Adriana Magalhães da Fée, Maria Conceição da Costa Proençaf Introdução: algumas iniciativas institucionais estão sendo realizadas em várias unidades do Hospital de clinicas de Porto Alegre, no sentindo de garantir a segurança do paciente, implementando a meta 4 da acreditação internacional, sendo que a mesma busca assegurar um procedimento seguro, ou seja, no paciente correto e local da intervenção correto. Objetivo: o presente trabalho visa relatar a experiência dos profissionais de enfermagem na utilização de um checklist realizado na unidade de hemodiálise para pacientes que são submetidos. Metodologia: trata-se de um estudo descritivo realizado em uma unidade de hemodiálise de um Hospital Universitário que realiza biópsia renal em pacientes transplantados. Os itens a serem questionamentos e checados pela equipe de enfermagem antes do procedimento incluem a identificação do paciente, procedimento, local do procedimento, assinatura do termo de consentimento, exames complementares, questionamento sobre alergias, avaliação, feita pela equipe médica, de risco para sangramento, verificação dos materiais da sala, necessidade de coleta de exames, ecografia, identificação do material biológico com dados do paciente e número de solicitação e encaminhamento correto. Resultados: observamos que a utilização deste checklist proporciona a equipe e ao paciente maior segurança na realização dos procedimentos, maior conhecimento sobre o paciente e garante que o material biológico que é retirado seja encaminhado para o local correto em condições de ser processado para diagnóstico. A implantação desta ferramenta também assegura que o paciente seja informado sobre o procedimento e possíveis complicações através do termo de consentimento livre e esclarecido. Considerações finais: a utilização deste checklist confere ao paciente e a equipe maior segurança na realização dos procedimentos indicados, identificando e corrigindo possíveis eventos adversos antes da realização do mesmo. Após um período de utilização do formulário verificamos a necessidade de incluir a verificação dos sinais vitais, prescrição de cuidados pós-procedimento e 29 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS registro da evolução de enfermagem. Na unidade hemodiálise intra-hospitalares citada no trabalho verificou-se que esse instrumento é fundamental dada a rotatividade de pacientes e de equipe médica que presta o atendimento, ou seja, o fluxo de procedimentos é grande e esta medida adotada na instituição vai ao encontro da segurança dos pacientes. Descritores: Acreditação Hospitalar. Procedimento Seguro. Assistência Segura. Referências 1 Vicent C. Segurança do paciente: orientações para evitar eventos adversos. São Caetano do Sul, SP: Editora YENDIS; 2010. 2 Greenberg CC, et al. Bar-coding surgical sponges to improve safety: a randomized controlled trial. Annals of Surgery. 2008;247:612-6. 3 American College of Surgeons. Statement on the prevention of retained foreign bodies after surgery. Chicago: American College of Surgeons; 2005 [acessado 2008 Fev 5]. Disponível em: http://www.facs.org/fellows_info/statements/st-51.html 4 Association of Peri-Operative Registered Nurses. Recommended practices for sponge, sharp, and instrument counts. In: Standards, recommended practices and guidelines. Denver, Colorado: AORN; 2007. p. 493-502. 5 Australian College of Operating Room Nurses and Association of Peri-Operative Registered Nurses. Counting of accountable items used during surgery. In: Standards for perioperative nurses. O’Halloran Hill, Australia: ACORN; 2006. p. 1-12. _________________________ a Enfermeira da unidade de hemodiálise do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), RS. E-mail: [email protected]. b Técnica de enfermagem da unidade de hemodiálise do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), RS. E-mail: [email protected]. c Técnica de enfermagem da unidade de hemodiálise do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), RS. E-mail: [email protected]. d Enfermeira da unidade de hemodiálise do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), RS. E-mail: 30 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS [email protected]. e Acadêmica de enfermagem na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), RS. E-mail: [email protected]. f Enfermeira chefe da unidade de hemodiálise do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), RS. E-mail: mproenç[email protected] 31 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS ATENÇÃO MULTIPROFISSIONAL A PACIENTES PEDIÁTRICOS PORTADORES DE FIBROSE CÍSTICA Fernanda Stedilea,b, Ananda Alvareza, Gabriela Beckera, Jacqueline Martinbianchoc, Giovanna Negrettoc Introdução: a atenção multiprofissional aos pacientes pediátricos com fibrose cística é hoje de grande valia no processo de educação em saúde, principalmente no autocuidado e orientação da família. É necessário que estes pacientes sejam acompanhados pela equipe multiprofissional durante a internação e esta discuta os casos, buscando um atendimento integral ao paciente e a família. Objetivo: descrever a atuação do farmacêutico no processo de educação em saúde às crianças em uso de medicamentos para tratamento de fibrose cística em um hospital universitário de Porto Alegre. Metodologia: relato de experiência de farmacêuticos que atuam em unidades de internação pediátricas de um hospital universitário do sul do Brasil no ano de 2014. Resultados: os principais cuidados farmacêuticos relacionam-se com a orientação para o uso de medicamentos que são utilizados para o tratamento das manifestações clínicas mais comuns. Pacientes com fibrose cística necessitam de tratamento com vários medicamentos, entre eles estão a terapia com enzimas, nebulizações com broncodilatadores e fluidificantes e antibióticos para controle de infecções. As orientações são realizadas durante toda a internação do paciente, juntamente com a equipe médica e multiprofissional composta de assistentes sociais, educadores físicos, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos. A atuação do farmacêutico na equipe é imprescindível, visto que os pacientes com fibrose cística necessitam ter uma boa adesão ao tratamento para manter o quadro clínico estável. Na alta hospitalar, além das informações repassadas à família sobre o armazenamento dos medicamentos utilizados, o farmacêutico elabora, juntamente com o paciente e a família, uma tabela com os horários, doses e cuidados mais adequados para a administração dos medicamentos e fisioterapias, com o intuito de auxiliar a organização no domicílio e facilitar a adesão ao tratamento. Conclusão: a atuação do profissional farmacêutico na atenção ao paciente pediátrico com fibrose cística é fundamental para uma melhor adesão ao tratamento, através do fornecimento de informações sobre os medicamentos 32 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS utilizados. A adesão à terapia medicamentosa contribui para a melhora da qualidade de vida e aumento de sobrevida dos pacientes. Também é essencial que a família esteja bem informada e amparada pela equipe multiprofissional que acompanha o paciente fibrocístico para que a farmacoterapêutica seja efetiva. Contribuição para a enfermagem: através do trabalho conjunto da equipe multiprofissional pode-se fornecer uma atenção integral no atendimento ao paciente fibrocístico, garantindo um tratamento mais seguro e efetivo. A análise dos medicamentos previamente usados em domicílio (reconciliação medicamentosa) e a validação dos medicamentos que serão utilizados durante a internação, auxiliam a equipe médica e de enfermagem no manejo dos medicamentos e garantem uma maior segurança na administração dos mesmos. Descritores: Fibrose Cística. Atenção Farmacêutica. Pediatria. Referência Martins LA, Santos L. Acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes com fibrose cística na internação pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Infarma. 2006;18(7-8):13-18. __________________ a Residentes do Programa de Residência Integrada Multiprofissional do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS. b Relatora. c E-mail: [email protected] Preceptores do Programa de Residência Integrada Multiprofissional do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS. 33 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE COM CATETER PLEURAL Ana Paula Almeida Corrêaa, Carla Walburga da Silva Bragaa,b, Luciana Foppaa, Luzia Teresinha Vianna dos Santosa, Mari Angela Victória Lourencia, Patrícia Cristina Cardosoa Introdução: a Segurança é o primeiro domínio da qualidade na assistência à saúde. Compreender que as atividades de um hospital oferecem alto risco para os pacientes, cria no enfermeiro a consciência de incorporar a cultura de Segurança do paciente no cuidado. Este trabalho destaca a atuação do enfermeiro em unidade clínica de um hospital universitário do Sul do Brasil, que utiliza cateter pleural (dispositivo flexível, tubular, totalmente implantável com reservatório subcutâneo, inserido no paciente, percutaneamente, através de técnica asséptica, pelo cirurgião torácico). Este cateter é alternativa terapêutica para o derrame pleural maligno. A despeito disso, em indivíduos com derrame pleural de repetição é utilizado tal dispositivo. Desta forma, cada vez que o paciente manifeste sinais e/ou sintomas de derrame pleural, o cateter pleural é aberto e o conteúdo drenado. Objetivo: destacar a atuação do enfermeiro nos cuidados de enfermagem do paciente com cateter pleural, contribuindo para a qualidade da assistência e segurança do paciente. Método: trata-se de um relato qualitativo descritivo, observado na prática assistencial de pacientes internados em unidade clínica de um hospital universitário do Sul do Brasil que utilizavam cateter pleural. Resultados: o enfermeiro atua no planejamento de ações e na realização da prescrição de cuidados de enfermagem ao paciente com cateter pleural, na verificação dos sinais e sintomas buscando a detecção de alterações sensoriais, respiratórias, instabilidade hemodinâmica e posterior encaminhamento/ação, se houverem; na supervisão do curativo, observação de sinais flogísticos no local de inserção do cateter pleural; na manipulação do cateter pleural, cuidados com os fluídos drenados; administração de solução com anticoagulante (heparina diluída), quando o cateter permanecer “fechado”. Considerações finais: a partir da atuação do enfermeiro na supervisão dos cuidados implantados, destacam-se a monitorização dos sinais e sintomas com vistas à identificação precoce de alterações e possibilidade de ações corretivas, atenção à integridade da pele, prevenção de infecção e 34 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS a manutenção da permeabilidade do cateter, contribuindo através destas ações para a segurança do paciente. Implicações para a enfermagem: acreditamos que o conhecimento teórico, as habilidades e atitudes do enfermeiro em sua prática, aliados às instituições que dispõem de uma política de Segurança do paciente, contribuem para o crescimento e fortalecimento da enfermagem. Descritores: Cateter. Segurança do Paciente. Cuidados de Enfermagem. Referências Khaleeq G, Musani Al. Emerging paradigms in the management of malignant pleural effusions. Respirator Medicine. 2008;(102):939-948. Porcel JM. Pearls and myths in pleural fluid analysis. Respirology. 2011 Jan;16(1):44-52. Tremblay A, Michaud G. Single-center experience with 250 tunneled pleural cateter insertions for malignant pleural effusion. Chest. 2006 Feb;129(2):362-368. Urbanetto JS, Gerhardt LM, organizadoras. Estratégias para a segurança do paciente: manual para profissionais da saúde. Porto Alegre, RS: EDIPUCRS; 2013. 132 p. Disponível em: http://www.rebraensp.com.br/noticias-8/30-livro-polo-rs ________________________ a Enfermeiros b do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS. Relatora. [email protected] 35 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS AVALIAÇÃO PARA RISCO DE QUEDA: RELATO DE EXPERIÊNCIA Simone Lysakowskia,b, Rita Catalina Aquino Caregnatoc, Aline Winter Sudbrackd Introdução: as quedas tornaram-se um problema de saúde pública, sendo a segunda principal causa de mortes por lesões acidentais ou não intencionais em todo o mundo. Na queda, existem variáveis que podem afetar o tipo e a gravidade da lesão, como: a idade, o diagnóstico médico, uso de medicações, capacidade visual, alterações neurológicas, história de quedas anteriores, vertigem e outros.1-2 As quedas podem ocasionar uma situação traumática e multifatorial, sendo inesperadas e involuntárias, causando injúrias que limitam o individuo em suas atividades e independência, comprometendo o seu bem estar físico e mental.2-3 Objetivo: relatar a avaliação de risco para queda dos pacientes internados em um hospital de grande porte. Método: relato de experiência sobre funcionamento de um formulário de avaliação do risco de queda do paciente em um hospital de grande porte, localizado na cidade de Porto Alegre. Resultado: o enfermeiro é o responsável pela avaliação do risco de queda do paciente, com o preenchimento diário e assinatura de um formulário. Ao término do preenchimento deste instrumento, caso exista risco de queda, insere-se uma figura adesiva na folha de identificação do paciente e na sua pasta (sinalizando o risco para queda). Mesmo existindo este fluxograma, se ocorrer uma queda, preenche-se o formulário de intercorrências, no qual se relata o fato e as medidas tomadas, além da evolução no prontuário do paciente. Este documento de intercorrências é entregue aos responsáveis, que analisam a ocorrência, sugerindo e que analisam a ocorrência, sugerindo e recomendando mudança nos processos, a serem executadas no sentido de aprimorar o atendimento ao paciente, evitando a queda. Conclusão: a partir do momento em que se avalia o risco de queda do paciente, incorporam-se medidas preventivas adequadas que são adotadas pelos membros da equipe de saúde, diminuindo o número de quedas. Desta forma, busca-se implantar a cultura de segurança, para estimular o envolvimento dos profissionais com estes pacientes. Descritores: Segurança do Paciente. Enfermagem. Acidentes por Quedas. 36 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS Referências 1. Organização Mundial de Saúde. The conceptual framework for the international classification for patient safety v1.1. Final technical report and technical annexes. [Internet] 2009 [acessado 2014 Mar 22]. Disponível em: http://www.who.int/patientsafety/taxonomy/en/ 2. Marin HF, Bourie P, Safran NC. Desenvolvimento de um sistema de alerta para prevenção de quedas em pacientes hospitalizados. Rev.latino-am. Enfermagem. 2000 Jul;8(3):27-32. 3. Stahlhoefer T. Quedas de pacientes no ambiente hospitalar. 2014. 91 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba – 2014. ___________________________ a Enfermeira da Organização de Procura de Órgãos – OPO2 do Hospital São Lucas da PUCRS; Mestranda do programa de pós-graduação em Ensino na Saúde da UFCSPA ([email protected]). b Relatora. c Enfermeira. Doutora em Educação. Professora Adjunta da UFCSPA e Universidade Luterana do Brasil (ULBRA/Canoas). Coordenadora do Programa REMIS da UFCSPA. d Professora Adjunta da UFCSPA. Doutora em Sociologia/ UFRGS. 37 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS CHECK LIST ELETRÔNICO: EXPERIÊNCIA DE UM HOSPITAL PRIVADO DE PORTO ALEGRE/RS Débora do Espírito Santo1,2, Renata Pereira Silva1 Introdução: a segurança do paciente tornou-se um movimento mundial. A magnitude dos erros associados aos procedimentos cirúrgicos levou a Organização Mundial de Saúde, a lançar a campanha Cirurgias Seguras Salvam Vidas, em 2008. A cirurgia segura constitui um conjunto de itens básicos com o objetivo de tornar as intervenções cirúrgicas mais seguras para o paciente. Trata-se de uma lista de verificação checklist que deve ser seguido pela equipe cirúrgica (cirurgião, anestesista e equipe de enfermagem), e deve ser aplicada em três momentos: antes da entrada do paciente, Sign in, que visa assegurar que todos os documentos e informações relevantes ou equipamentos estejam disponíveis antes do início do procedimento; antes da incisão, Time Out, tem por objetivo avaliar e assegurar que o paciente, o local cirúrgico, o procedimento e o posicionamento estão corretos e antes da saída, Check Out, garantir que todos os documentos estejam devidamente preenchidos antes da saída do paciente de sala e promover a monitorização de oximetria de pulso para o setor de transferência. O processo de verificação deve ser interdisciplinar, contando com a participação de todos os membros da equipe, sendo exigida a comunicação ativa entre todos. Método: o presente estudo é um relato de experiência. Foi realizado no Centro Cirúrgico ambulatorial de um Hospital Privado de Porto Alegre, Brasil, que possui cinco salas de cirurgia com produtividade mensal de 440 cirurgias. Resultados: este checklist eletrônico vem sendo aplicado integralmente, desde a abertura do Centro Cirúrgico ambulatorial em 2013, em todas as cirurgias realizadas de julho de 2013 até julho de 2014, 3.937 cirurgias. A execução do checklist eletrônico não exigiu a inclusão adicional de membros na equipe de enfermagem do Centro Cirúrgico ambulatorial, o qual conta com duas enfermeiras e 15 técnicos de enfermagem. Na escala diária são designados dois técnicos de enfermagem por sala cirúrgica, na qual ficam responsáveis por garantirem que as etapas do processo sejam executadas. É indispensável a participação da equipe médica neste processo. Para atingirmos nosso objetivo e implantarmos a novidade, realizamos treinamentos para toda equipe de enfermagem sobre cirurgia 38 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS segura baseado nos protocolos da Organização Mundial da Saúde. A maioria dos profissionais apresentou um excelente desempenho, não relatando dificuldade na compreensão dos conceitos apresentados. Após a implantação do checklist eletrônico notamos uma maior integração e comprometimento por parte da equipe assistencial e médica. Foi instalado um monitor de 42” em cada sala cirúrgica, no qual fica exposto, durante todo o transoperatório, em que fase o checklist do paciente se encontra, tranquilizando a equipe quanto à segurança do procedimento. O formulário eletrônico foi elaborado a partir do instrumento, já existente na instituição, porém impresso. Conclusão: o checklist eletrônico é realizado em tempo real, facilitando sua visualização e acompanhamento durante o procedimento cirúrgico, garantindo assim o seu sucesso e efetividade do processo. Com planejamento e comprometimento, torna-se possível cumprir esses itens e garantir a segurança na assistência cirúrgica. Descritores: Segurança. Lista de Checagem. _______________________ 1 Enfermeiras, Hospital Moinhos de Vento, Porto Alegre, RS. 2 Relatora. E-mail: [email protected] 39 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS DESAFIOS E PERSPECTIVAS DA IMPLEMENTAÇÃO DE GERENCIAMENTO DE RISCO: RELATO DE EXPERIÊNCIA Emanuelli Mancio Ferreira da Luza, Cloris Ineu Munhozb, Danieli Soares Diasc, Etienne da Silva Pereirad Introdução: sabe-se que o cuidado seguro resulta não somente de ações corretas dos trabalhadores de saúde, como também de processos adequados nas instituições e de políticas governamentais que regulamentem essas práticas¹. Entre as estratégias que objetivam a prevenção de danos e promoção da segurança do paciente, encontra-se a identificação correta do paciente². Essa estratégia deve ser utilizada para garantir a qualidade e segurança no cuidado em saúde, podendo ser realizada por diversos meios, dependendo do contexto laboral, porém sempre minimizando a ocorrência de falhas nesse processo. Somado à identificação do paciente, torna-se imprescindível o gerenciamento de riscos a que os pacientes encontram-se expostos, como por exemplo, alergias, quedas, flebites e úlceras por pressão. Metodologia: trata-se do relato de experiência de um “projeto piloto” da implementação do protocolo de identificação do paciente e gerenciamento de riscos, em uma unidade de Clínica Médica da Irmandade da Santa Casa de Caridade de São Gabriel, Rio Grande do Sul, Brasil. Essa unidade dispõe de 18 leitos, distribuídos em quartos semi-privativos e privativos, que assistem pacientes internados pelo Sistema Único de Saúde e por convênios hospitalares. A equipe de enfermagem da unidade é composta por uma enfermeira responsável, 13 técnicos de enfermagem e uma enfermeira supervisora noturna da Instituição, a cada 24 horas. Cada paciente possui o médico assistente responsável, além de nutricionista e fisioterapeuta. Resultados: o início da implementação da identificação correta do paciente ocorreu através de uma reunião com a equipe de enfermagem da unidade, sobre a importância da garantia da segurança do paciente. Após, foi elaborado painel, colocado na cabeceira do leito, para cada paciente, com os dados: nome completo, leito, unidade de internação e os riscos (alergias, quedas, flebites e úlceras por pressão) para serem assinalados pela equipe de enfermagem. Foi acordado que esse painel seria preenchido na internação do paciente e reavaliado diariamente. Após ser identificado algum risco a que o paciente encontra-se exposto, a equipe comunicará a enfermeira responsável para que as 40 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS condutas sejam implementadas. Também foi elaborado um protocolo de assistência com vistas à prevenção de flebites, no qual consta o controle diário das punções venosas periféricas. Com a implementação do protocolo de identificação do paciente e gerenciamento de riscos na Instituição supracitada, a segurança do paciente tornou-se um objetivo comum de todos os trabalhadores envolvidos no processo, exigindo o estabelecimento de uma linguagem comum, com vistas à comunicação efetiva na unidade. Conclusões: como desafios nessa primeira etapa, têm-se a conscientização dos trabalhadores de enfermagem sobre a importância de mudanças nas práticas assistenciais e o estímulo ao senso crítico de cada trabalhador. Entretanto, tivemos o apoio irrestrito da Coordenação de Enfermagem, enfermeiros, Provedoria e Administração hospitalar da referida Instituição, para que sejam garantidas todas as medidas de segurança do paciente, com vistas à melhoria na assistência em saúde. Como perspectivas a partir do início da implementação de uma das estratégias de segurança do paciente, será possível a continuação e fortalecimento de ações que visem o cuidado seguro. Descritores: Segurança do Paciente. Enfermagem. Unidades Hospitalares. Referências 1 Runciman W, Hibbert P, Thomson R, Schaaf TVD, Sherman H, Lewalle P. Towards an international classification for patient safety: key concepts and terms. Int J Qual Health Care. 2009 Feb;21(1):18-26. Disponível em: http://www.health.fgov. be/internet2Prd/groups/public/@public/@dg1/@acutecare/documents/ie2divers/16 534534.pdf 2 Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – REBRAENSP Polo RS. Estratégias para a segurança do paciente: manual para profissionais da saúde. Porto Alegre: EDIPUCRS; 2013. _______________________________ a Enfermeira da Irmandade da Santa Casa de Caridade de São Gabriel, RS. Mestranda em Enfermagem. Membro do Grupo de Pesquisa Trabalho, Saúde, Educação e Enfermagem do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Email: [email protected] 41 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS b Enfermeira da Irmandade da Santa Casa de Caridade de São Gabriel, RS. E-mail: [email protected]. Relatora. c Enfermeira. Coordenadora de Enfermagem da Irmandade da Santa Casa de Caridade de São Gabriel, RS. E-mail: [email protected] d Enfermeira da Irmandade da Santa Casa de Caridade de São Gabriel, RS. Especialista em Terapia Intensiva: Ênfase em Oncologia e Controle de Infecção Hospitalar pelo Centro Universitário Franciscano. E-mail: [email protected] 42 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS EDUCAÇÃO DE PACIENTES E FAMILIARES: O DESAFIO DE SISTEMATIZAR E QUALIFICAR OS REGISTROS DE ENFERMAGEM Elisabeth Lopesa, Giovana Floresb, Maria do Carmo Laurentc Introdução: a Educação de Pacientes e Familiares constitui uma das políticas do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brasil, para a qualificação do cuidado em saúde. A política define diretrizes e orienta a equipe multiprofissional, paciente e familiar para a construção compartilhada do plano terapêutico. Os profissionais educam pacientes e seus familiares na medida em que prestam cuidados específicos, quando os preparam para a alta e ou continuidade deste cuidado1. O processo educativo se desenvolve a partir da avaliação inicial das necessidades do paciente, da implementação, do acompanhamento e do registro das ações. Há indicação de que os profissionais descrevam os materiais utilizados: manuais, folders, eletrônicos e visuais, entre outros recursos. Tornar visível os registros de enfermagem do processo educativo tem sido uma das metas institucionais. As discussões sobre essa temática têm resultado em proposições de melhorias não só no sistema informatizado, como no âmbito da assistência integrada. Objetivo: descrever as melhorias realizadas na anamnese e evolução da enfermagem, incluindo itens para facilitar os registros e visualização das ações de educação para pacientes e familiares pela equipe multiprofissional, promovendo o cuidado integral. Metodologia: com base na Política de Educação de Pacientes e Familiares e no manual da Joint Commission International, o grupo de trabalho multiprofissional, com representantes da enfermagem, do Serviço de Educação em Enfermagem e da Comissão do Processo de Enfermagem, realizou a análise de elementos essenciais do registro e planejamento individualizado de educação ao paciente como: crenças e valores, grau de alfabetização, nível educacional e linguagem, barreiras emocionais e motivações, limitações físicas e cognitivas e a vontade do paciente em receber informações. Constatou que muitos destes elementos já faziam parte da anamnese de enfermagem e alguns deveriam ser incluídos. Assim, realizou adequações no sistema informatizado, criando espaço específico de conduta de educação, bem como para registro da compreensão do paciente sobre a educação recebida. Também realizou capacitações para a enfermagem com o intuito de 43 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS atualização e qualificação dos registros educativos. Posteriormente, realizou auditorias de prontuários para a avaliação dos resultados. Resultados: a partir das ações desenvolvidas junto aos profissionais, constataram-se melhorias nos registros com relação ao planejamento educativo, bem como evidenciou-se a inclusão do paciente e família nesse processo. Além disso, tornou-se visível a descrição de materiais educativos e demais recursos utilizados pelas equipes. Conclusão: a revisão dos registros de educação junto às equipes de enfermagem tem possibilitado a abertura para outras discussões que fazem parte do cuidado, aí incluída a necessidade de um processo integrado multiprofissional. Descritores: Educação em Saúde. Educação em Enfermagem. Qualidade da Assistência à Saúde. Referência 1 Manual de Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais [editado por] Consórcio Brasileiro de Acreditação de Sistemas e Serviços de Saúde. Rio de Janeiro: CBA; 2010. Seção I: Padrões com foco no Paciente – Educação de Pacientes e Familiares. p. 133-138. __________________________ a Pedagoga do Serviço de Educação em Enfermagem (SEDE), Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS. Dra. em Educação. E-mail: [email protected]. Relatora. b Enfermeira do Serviço de Educação em Enfermagem (SEDE), Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS. Mestre em Educação em Enfermagem. E-mail: [email protected] c Enfermeira Assessora de Operações Assistenciais, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS. 44 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS EDUCAÇÃO PREVENTIVA DE RISCO DE QUEDAS EM PACIENTES PEDIÁTRICOS: UM DIAGNÓSTICO MULTIFATORIAL Giovana Ely Floresa, Daiane Marques Durantb, Michele Nogueira do Amaralc, Valmir Machado Almeidad Introdução: a prevenção de quedas do paciente internado é pauta de discussões no âmbito da atenção em saúde. A Organização Mundial da Saúde e Organização PanAmericana de Saúde, em um movimento coordenado, indicaram seis Metas Internacionais de Segurança, dentre elas, a prevenção de risco de quedas no ambiente hospitalar. O Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brasil, atento às questões de segurança, formou, em meados de 2010, um grupo multiprofissional para desenvolver e implementar ações com o objetivo de prevenção e diminuição da ocorrência de quedas dos pacientes internados. Objetivos: descrever a trajetória do grupo profissional de quedas das unidades pediátricas, apresentar as atividades de formação, criação de instrumento de avaliação, registros e proposição de capacitação profissional, para avaliar o risco de quedas em crianças internadas e evitar ocorrências. Metodologia: inicialmente o grupo realizou a análise de diversas formas de classificação de risco de quedas para crianças internadas e os riscos naturais do desenvolvimento infantil, buscando subsídios na literatura, bem como em outras instituições de saúde. Realizou levantamento junto às unidades pediátricas para entender o processo de atenção ao paciente em relação à prevenção de quedas, transporte seguro e realização de testagem do instrumento de avaliação em algumas unidades piloto; para adequações pertinentes e posteriormente implantação institucional. Resultados: a partir do diagnóstico multifatorial, investigação e testagem, concluiu-se que todos os pacientes menores de três anos apresentaram risco de quedas, sendo necessário implementar medidas preventivas para toda a instituição. Para os demais pacientes, foi definida a utilização de instrumento de avaliação, ou seja, ficha de critérios para avaliação do risco de quedas em pediatria, contemplando as fases do desenvolvimento infantil e os riscos que individualmente cada criança poderá pontuar. Foi construído um Procedimento Operacional Padrão com base na Política e Plano Institucional para orientação à equipe de saúde e folder educativo para familiares dos pacientes. Foram desenvolvidas ações 45 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS educativas para as equipes objetivando sistematizar a avaliação, sinalização, acompanhamento e prevenção de ocorrência de eventos de quedas. Conclusão: a partir da experiência pode-se ressaltar a importância de discutir, avaliar e testar instrumentos que contemplem as necessidades e realidades das equipes de cuidado em relação à segurança dos pacientes. Evitar a ocorrência de quedas em pediatria e minimizar as repercussões a partir de estabelecimento de processos sistematizados permite qualificar o cuidado em saúde. Neste contexto, é imprescindível capacitar a equipe, educar a família e o paciente e envolvê-lo no processo, no sentido de alertá-lo para os fatores de risco para quedas relacionados ao ambiente e à sua condição clínica. Descritores: Segurança. Qualidade da Assistência à Saúde. Cuidado da Criança. ______________________________ a Enfermeira do Serviço de Educação em Enfermagem do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS. E-mail: [email protected]. Relatora. b Enfermeira do Serviço de Enfermagem Pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS. E-mail: [email protected] c Enfermeira do Serviço de Enfermagem Pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS. E-mail:[email protected] d Enfermeiro do Serviço de Emergência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS. E- mail: [email protected] 46 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS ESCALA DE BRADEN: POSSIBILIDADE DE PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DA SEGURANÇA DO PACIENTE Gerli Elenise Gehrke Herra, Eliane Raquel Rieth Benettib Introdução: nas instituições de saúde, em especial, no ambiente hospitalar, os pacientes encontram-se expostos a vários riscos, entre eles o desenvolvimento de úlceras por pressão. Estudos estimam que um a cada sete pacientes hospitalizados apresenta uma úlcera por pressão, e que muitos deles evoluem para o óbito em consequência de suas complicações1,2. Uma estratégia eficiente para prevenir as úlceras por pressão consiste na utilização de ferramentas de avaliação que sejam validadas. Dentre esses instrumentos destaca-se a Escala de Braden3, a qual aborda vários itens que estão diretamente ligados ao desenvolvimento das úlceras por pressão. Objetivo: relatar a experiência de enfermeiras na utilização da Escala de Braden. Metodologia: relato de experiência das vivências de enfermeiras na utilização da Escala de Braden em um hospital privado da região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Resultados: no referido hospital, a utilização da Escala de Braden constitui-se uma atividade privativa do enfermeiro. A escala é aplicada para todos os pacientes adultos, em tratamento clínico e/ou cirúrgico, mediante a internação. A avaliação do risco de o paciente desenvolver úlceras por pressão dependerá do escore da Escala de Braden. Ao somar os escores obtidos nas seis subescalas obtém-se um Escore de Risco Total, que considera pacientes “sem risco” (19 pontos ou mais), “baixo risco” (de 16 a 18 pontos), “risco moderado” (de 13 a 15 pontos) e “alto risco” (12 pontos ou menos). A reavaliação para os pacientes considerados “sem risco” e “baixo risco” ocorre a cada sete dias e, para os pacientes com “risco moderado” e “alto risco”, a cada 72 horas, conforme protocolo institucional. Considera-se que esta ferramenta de avaliação fornece subsídios para que os profissionais atuem de maneira objetiva no planejamento de ações de caráter preventivo, a fim de melhorar a qualidade da assistência, dinamizando o processo de trabalho. Conclusão: a utilização da Escala de Braden é fundamental para a atuação do enfermeiro, pois é um preditor importante na identificação das úlceras por pressão, reforça a necessidade de examinar a pele do paciente e possibilita o planejamento de ações preventivas. Contribuições: a utilização da Escala de Braden na prática clínica é 47 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS útil para predizer o desenvolvimento de úlceras por pressão ou sua recidiva, permitindo conhecer o risco individual de cada paciente e implementar, precocemente, ações de enfermagem preventivas e condizentes com esse risco. Assim, possibilita qualificar a assistência de enfermagem prestada, contribuindo significativamente para a segurança do paciente. Descritores: Úlcera por Pressão. Medição de Risco. Cuidados de Enfermagem. Referências 1. Lyder CH. Pressure ulcer prevention and management. JAMA. 2003;289:223-226. 2. Reddy M, Gill SS, Rochon PA. Preventing pressure ulcers: a systematic review. JAMA. 2006;296:974-984. 3. Braden B, Bergstron N. A conceptual schema for the study of the etiology of pressure sore. Rehab Nurs. 1987;12(1):8-12. _____________________ aEnfermeira, Hospital Unimed Noroeste, Ijuí, RS. Email: [email protected]. Relatora. bEnfermeira, Hospital Universitário de Santa Maria, RS (HUSM/UFSM), Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ), Ijuí, RS. Email: [email protected] 48 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS ESTRATÉGIAS DE SEGURANÇA DO PACIENTE: HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS Lisiane dos Santos Sóriaa, Mitieli Disconzib Introdução: a higienização das mãos é reconhecida, mundialmente, como uma medida primária, prática e de baixo custo, mas muito importante no controle de infecções relacionadas à assistência à saúde. Estudos sobre o tema mostram que a adesão dos profissionais à prática da higienização das mãos, de forma constante e na rotina diária, ainda é baixa, devendo ser estimulada e conscientizada entre os profissionais de saúde. Essa medida visa à qualidade da assistência e à segurança do paciente. Desta forma, a equipe de enfermagem da unidade de adição do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brasil, vem implementando esforços para a melhoria deste indicador. Objetivo: relatar a experiência da unidade de adição através do índice de adesão à higienização das mãos dos profissionais de enfermagem. Método: trata-se de um estudo quantitativodescritivo, realizado na unidade de adição, no período de maio de 2013 a maio de 2014, por meio de observação direta dos cinco momentos, contidos no manual técnico da Vigilância Sanitária e preconizado pela Organização Mundial de Saúde1. Também foram realizadas atividades como grupos focais, fixação de cartazes, ações educativas para a equipe e os pacientes a fim de motivá-los à prática correta. Mensalmente se fixa no mural do posto de enfermagem o índice de higienização das mãos. Resultados: a observação foi realizada trimestralmente abrangendo todos os profissionais da equipe assistencial, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e outros profissionais. As taxas encontradas variam conforme o profissional, no entanto, as melhores taxas dizem respeito ao enfermeiro. Nos meses de maio de 2013 foram observadas que a taxa de higienização das mãos foi de 100%, em julho de 2013, 88%, outubro de 2013, 100%, dezembro de 2013, 100% e maio de 2014, 58%. Conclusão: a higienização das mãos é uma medida importante para reduzir a incidência de infecção hospitalar, sua taxa variou durante o período analisado, apresentando melhores resultados durante a preparação para a avaliação da Joint Commission, evidenciando que capacitações sistemáticas melhoram os indicadores e que os profissionais enfermeiros, neste estudo, ajudaram a melhorar a taxa em geral. Contribuições/implicações para enfermagem: a implicação do estudo deste tema para enfermagem para além da qualificação e melhoria dos 49 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS indicadores assistenciais é, sobretudo, impactar na qualidade da assistência ao paciente, melhorando e/ou mantendo o nível de saúde dos mesmos. Descritores: Lavagem de Mãos. Indicador. Dependência de Substâncias. Referência 1 Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Higienização das mãos em serviços de saúde. Brasília: ANVISA; 2007[acessado 2007 Jun 10]. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/hotsite/higienizacao_maos/index.htm ______________________________ a Enfermeira do Hospital de Clínicas de Porto Alegre – HCPA, RS. Email: [email protected] b Enfermeira do Hospital de Clínicas de Porto Alegre – HCPA, RS. Email: [email protected] 50 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS ESTRATÉGIAS UTILIZADAS POR ENFERMEIROS PARA A REDUÇÃO DE ERROS NA ADMNISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA IINTENSIVA NEONATAL E DE PEDIATRIA Cristiane Rochaa, João Macielb, Giovana Gomesc, Daiani Xavierd Introdução: para diminuir os erros torna-se necessário que sejam criadas estratégias, as quais podem ser planejadas pela equipe de enfermagem e colocadas em prática de acordo com a realidade de cada instituição(1). O serviço de enfermagem, ao considerar suas particularidades e finalidades, poderá escolher as melhores técnicas e mecanismos a serem aplicados, visando à promoção da segurança do paciente contribuindo para comunicação entre a equipe, paciente e instituição. Assim, atuar frente à prevenção de erros de medicação torna-se um trabalho abrangente, envolvendo todos que participam da assistência, estabelecendo, assim, uma cultura de segurança do paciente nas organizações hospitalares(2). Objetivo: conhecer as estratégias utilizados pelos enfermeiros para a redução de erros na administração de medicamentos. Metodologia: tratou-se de uma pesquisa exploratória, descritiva de cunho qualitativo. Foi realizada na Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal e na Unidade de Pediatria de um Hospital Universitário no Sul do Brasil. Participaram 13 enfermeiros. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas semi-estruturadas. Os dados foram analisados pela técnica de análise temática(3). Foram respeitados os princípios éticos da pesquisa envolvendo seres humanos, conforme a Resolução 466/12, e aprovação pela Comissão de Ética em Pesquisa na Área da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande sob o nº 45/2014. Resultados: os enfermeiros relataram como estratégias a retirada das medicações, o conhecimento sobre as medicações mais utilizadas, a educação permanente da equipe e cartazes com informações sobre as medicações afixados próximos a bancada de preparo. Conclusão: o enfermeiro no contexto da administração de medicamentos exerce um papel importante no que tange aos cuidados relacionados ao preparo, administração e avaliação do paciente após a administração de medicamentos, sendo responsável pela educação permanente de sua equipe e por todo o processo medicamentoso segundo o seu código de ética, ficando, assim, responsável por qualquer evento que ocorra durante esse processo. Contribuição/ implicações para a 51 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS enfermagem: acredita-se ter propiciado a reflexão e conscientização dos profissionais de enfermagem acerca da segurança do paciente neonatal e pediátrico quanto à administração de medicamentos, contribuindo para a realização de práticas mais seguras e humanizadas no ambiente do cuidado. Descritores: Criança. Erros de Medicação. Cuidados de Enfermagem. Referências 1 Veloso IR, Telles Filho PCP, Durão AMS. Identificação e análise de erros no preparo de medicamentos em uma unidade pediátrica hospitalar. Rev Gaúcha Enferm. 2011; 32(1):93-99. 2 Corbellini VL, Schilling MCL, Frantz SF, Godinho TG, Urbanetto JS. Eventos adversos relacionados a medicamentos: percepção de técnicos e auxiliares de enfermagem. Rev Bras Enferm. 2011;64(02):241-47, 3 Minayo, MCS, organizadora. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 29ª Ed. Petrópolis, RJ: Vozes; 2010. 4 Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012: diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Brasília: Ministério da Saúde; 2012. ________________________ aEnfermeira. Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Rio Grande, RS. Relatora. Email: [email protected] bEnfermeiro. cDoutora Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Rio Grande, RS. em Enfermagem. Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Rio Grande, RS. dEnfermeira. Doutoranda, Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Rio Grande, RS. 52 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS HIGIENE DAS MÃOS COMO INDICADOR DE QUALIDADE ASSISTENCIAL E SEGURANÇA DO PACIENTE Luciana Foppaa,b, Luzia T. Vianna dos Santosa, Patricia C. Cardosoa, Ana Paula A. Corrêaa, Mari Angela V. Lourencia Introdução: a contaminação das mãos dos profissionais de saúde pode ocorrer através do contato direto ou indireto com o paciente, através do ambiente e/ou superfícies próximas a ele1. A higiene das mãos é uma das metas internacionais de segurança do paciente e seu objetivo é reduzir o risco de infecções associadas aos cuidados de saúde. Para isso, é necessário educar os profissionais quanto à técnica correta de higiene das mãos1,2. Objetivo: relatar as medidas adotadas em um hospital para uma eficaz higienização das mãos e melhoria desse indicador como meta de qualidade assistencial. Método: relato de experiência de enfermeiras assistenciais de uma unidade de internação clínica de um hospital de Porto Alegre, Brasil, no ano de 2013. Resultados: a higienização das mãos é indicada em cinco momentos: antes do contato com o paciente, antes da realização de procedimentos assépticos, após a exposição aos fluidos corporais, após contato com o paciente e após contato com objetos próximos ao paciente3-4. Para facilitar a adesão dos profissionais de saúde, o hospital criou frascos de álcool gel de 60 ml, que podem ser carregados no bolso; os quartos também apresentam dispensadores com álcool gel e pias para lavagem das mãos. O Controle de Infecção Hospitalar faz observação da higiene das mãos, e disponibiliza as taxas sobre a adesão da equipe assistencial. No mês de junho de 2014, a taxa de todo hospital foi 57% para enfermeiros e 51% para técnicos de enfermagem, abaixo da meta institucional de 75%. Para alcançar a meta institucional, o hospital vem trabalhando junto às equipes de forma a conscientiza-las sobre a importância da higienização das mãos, colocando cartazes em locais estratégicos, oferecendo cursos de educação a distância, realizando capacitações para as equipes e divulgando os resultados das observações do Controle de Infecção Hospitalar para as unidades. Conclusões: atingir indicadores elevados de higienização das mãos consiste em uma das importantes etapas para a busca da segurança do paciente. Aumentar a adesão à higiene das mãos reduz as taxas de infecção e os custos com a internação. Contudo, ainda, é necessário intensificar as estratégias educacionais 53 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS para aumentar a prática, com vistas a alcançar a meta institucional desse indicador assistencial. Descritores: Cuidados de Enfermagem. Higiene das Mãos. Segurança do Paciente. Referências 1 Brasil. Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Segurança do paciente: higienização das mãos. Brasília: ANVISA; 2014 [acessado 2014 Ago 28]. Disponível em: www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/paciente_hig_maos.pdf 2 Nascimento CCP, et al. Indicadores de resultados da assistência: análise dos eventos adversos durante a internação hospitalar. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2008;16(4):746-751. 3 Bathke J, Cunico PA, Maziero ECS, Cauduro FLF, Sarquis LMM, Cruz EDA. Infraestrutura e adesão à higienização das mãos: desafios à segurança do paciente. Rev. Gaúcha Enferm. [serial on the Internet]. 2013 Jun[cited 2014 Sep 01]; 34(2):78-85. 4 Organização Pan-Americana da Saúde. Ministério da Saúde (BR), Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Os 5 momentos para a higienização das mãos. Brasília: ANVISA/OPAS; [data desconhecida] [acessado 2014 Ago 28]. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/hotsite/segurancadopaciente/imagenscartazes.html __________________________ a Enfermeiras da Unidade de Internação Clinica Adulto do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), RS. b Relatora. E-mail: [email protected] 54 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS HIGIENE DAS MÃOS COMO PREVENÇÃO DE INFECÇÃO: UMA DAS METAS INTERNACIONAIS DE SEGURANÇA DO PACIENTE Ana Paula A. Corrêaa, Luciana Foppaa, Luzia T. Vianna dos Santosa,b, Mari Angela V. Lourencia, Patricia Cristina Cardosoa Introdução: as infecções relacionadas à assistência a saúde incidem em acontecimentos diversos que ocorrem nos serviços de saúde. Com as infecções, há elevação dos custos no cuidado ao paciente, da média de internação, morbidade e mortalidade.(1) Os serviços de saúde adquirem produtos e adotam medidas para prevenção e controle de infecções.(2,4) A higiene das mãos é o procedimento primário e fundamental que previne a infecção.(2) Objetivo: identificar uma das estratégias para a prevenção de infecção, enquanto uma das metas internacionais de segurança do paciente. Método: relato de experiência baseado na prática assistencial de enfermeiras numa unidade de internação clínica de um hospital universitário em Porto Alegre, Brasil. Discussão/Resultado: espera-se, em consonância com o Controle Infecção Hospitalar de cada serviço de saúde, a agregação e a sensibilização dos profissionais, a adoção e implementação de medidas e indicação de insumos para a redução de infecção associada aos cuidados de saúde, dentre elas, a higienização das mãos, nos cinco momentos: antes de contato com o paciente; antes da realização de procedimento asséptico; após risco de exposição a fluídos corporais; após contato com o paciente e após contato com áreas próximas ao paciente.(1,2,3) Conclusão: a higiene das mãos, medida primária e fundamental para prevenção de infecção, é uma barreira de segurança para o paciente e até mesmo para o profissional nos serviços de saúde.(1,2,3) Imprescindível reforçar com os profissionais, que estão a frente dos cuidados do paciente, os cinco momentos e as rotinas assistenciais, sensibilizando-os para adesão às medidas. A higiene das mãos deve fazer parte de campanhas educativas, tanto fortalecendo a periodicidade como a técnica. O enfermeiro tem interface no desenvolvimento de linhas de trabalho na prevenção e no controle de infecção, tanto quanto contribuir com medidas eficazes na busca da qualidade do cuidado do paciente. 55 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS Descritores: Desinfecção das Mãos. Prevenção de Doenças. Segurança. Referências 1. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Assistência segura: uma reflexão teórica aplicada à prática. Série segurança do paciente e qualidade em serviços de saúde. Brasília: ANVISA; 2013 [acessado 2014 Ago 28]. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/hotsite/segurancadopaciente/publicacoes.html 2. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. RDC n° 42, de 25 de outubro de 2010. Dispõe sobre a obrigatoriedade de disponibilização de preparação alcoólica para fricção antisséptica das mãos, pelos serviços de saúde do país e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 out. 2010[acessado 2014 Ago 28]. 3. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Segurança do paciente em serviços de saúde – higienização das mãos. Brasília; 2009 [acessado 2014 Ago 28]. 4. Centers for Disease Control and Prevention. Guideline for hand hygiene in healthcare settings: recommendations of the Healthcare Infection Control Practices Advisory Committee and the HICPAC/SHEA/APIC/IDSA Hand Hygiene Task Force. MMWR. 2002 Oct 25[acessado 2014 Ago 28];51(RR-16):1-45. Disponível em: www.cdc.gov/mmwr/PDF/rr/rr5116.pdf ___________________________ a Enfermeiras - Unidade Internação Clinica Adulto, Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), RS. b Relatora. E-mail: [email protected] 56 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS I ENCONTRO DOS PROFISSIONAIS DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE DA 4ª COORDENADORIA REGIONAL DE SAÚDE/RS: EM FOCO A SEGURANÇA DO PACIENTE Caroline Zottelea, Gisele Heringerb, Márcia da Silva Bevilaquac, Fabiana Schirmer Corrêad, Helena Carolina Noale, Tânia Bosi de Souza Magnagof Introdução: o Programa Nacional de Segurança do Paciente visa a melhoria da qualidade da assistência prestada a todo e qualquer paciente em instituições de saúde em âmbito nacional1. Neste contexto, a promoção de discussões voltadas à segurança do paciente junto aos profissionais e gestores de instituições de saúde faz-se necessária. Nesse intuito, o Núcleo Santa Maria da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente, em parceria com a 4ª Coordenadoria Regional de Saúde do Rio Grande do Sul, propuseram o I Encontro dos profissionais da rede de atenção à saúde da região CentroOeste do Rio Grande do Sul, Brasil. Objetivos: relatar a experiência de capacitação sobre segurança do paciente aos profissionais da rede de atenção à saúde, desenvolvida por membros da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Núcleo Santa Maria em parceria com a Vigilância em Saúde da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde do Rio Grande do Sul. Metodologia: trata-se de um relato de experiência sobre a capacitação com os profissionais e gestores, em dezembro de 2013, com carga horária de oito horas. Resultados: o encontro teve como objetivo proporcionar atualização e troca de experiências entre os profissionais da saúde e gestores sobre segurança do paciente, contribuindo na qualificação do atendimento à saúde nos municípios da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde do Rio Grande do Sul. O público foi constituído por gestores e profissionais da saúde de 32 municípios, totalizando 72 profissionais (enfermeiros, médicos, administradores, psicólogos e nutricionistas) de 36 instituições. As atividades iniciaram com a apresentação dos participantes, seguida por explanações dialogadas e troca de experiências. A tônica do encontro foi a segurança do paciente, com foco no Programa Nacional de Segurança do Paciente, na cultura de segurança, nos protocolos básicos (prescrição, uso e administração de medicamentos; cirurgia segura; prevenção de quedas e úlceras por pressão) e na formação dos Núcleos de Segurança do Paciente. Ao final do encontro, foi criado um grupo de trabalho para auxiliar na elaboração dos planos de trabalho institucionais e agendada nova capacitação. 57 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS Conclusão: na avaliação do grupo, a experiência foi muito importante e oportunizou reflexões sobre a necessidade de discussão da temática no interior das instituições, de alinhamento das informações recomendadas pelo Programa Nacional de Segurança do Paciente entre os participantes, bem como a importância de implantar ações promotoras de uma assistência segura. Iniciativas como essa podem mobilizar os profissionais, construir novas possibilidades nas práticas assistenciais, minimizando riscos aos pacientes e aos profissionais. Descritores: Segurança do Paciente. Enfermagem. Educação em Saúde. Referência 1 Brasil. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Segurança do Paciente. Portaria nº 529, de 01 de abril de 2013. Diário Oficial da União. Brasília, 2013. ________________________________ a Enfermeira. Mestranda do PPGEnf da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Santa Maria, RS, Brasil. E-mail: [email protected]. Relatora. b Enfermeira. Santa Maria, RS, Brasil. c,d Enfermeira. e Enfermeira. Hospital São Francisco de Assis. Santa Maria, RS, Brasil. Mestre. Docente da Faculdade Integrada de Santa Maria. Santa Maria, RS, Brasil. f Enfermeira. Doutora. Docente do Departamento e do PPGEnf/UFSM. Santa Maria, RS, Brasil. 58 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS IDENTIFICAÇÃO CORRETA DOS PACIENTES: UMA DAS METAS INTERNACIONAIS DE SEGURANÇA DO PACIENTE Ana Paula A. Corrêaa, Luciana Foppaa, Luzia T. Vianna dos Santosa, Mari Angela V. Lourencia,b, Patricia Cristina Cardosoa Introdução: a busca pela melhoria da qualidade assistencial e pela segurança do paciente tem recebido atenção especial em âmbito global1. A enfermagem trabalha visando a prevenção de danos e diminuição de eventos adversos à saúde dos pacientes, nesse sentido, falar sobre a segurança do paciente é essencial2. As falhas no processo de identificação são consideradas importantes fatores que comprometem a segurança, por isso a identificação correta é considerada como uma das metas internacionais de segurança dos pacientes3. Objetivo: relatar como é realizada a identificação do paciente de acordo com as metas internacionais de segurança do paciente. Metodologia: trata-se de um relato de experiência baseado na prática assistencial de uma unidade de internação adulto em um hospital universitário de grande porte de Porto Alegre, Brasil, no ano de 2013. Resultados: o hospital utiliza uma pulseira de identificação, com o nome completo e o número do prontuário do paciente. A pulseira pode ser branca, caso o paciente não tenha alergia, ou laranja, se ele apresentar alergia a algum medicamento, contato com algum material hospitalar ou alimento. Esta pulseira é colocada no paciente pela equipe assistencial no momento da admissão e sua função é explicada tanto para o paciente quanto para os seus acompanhantes. Os momentos em que a pulseira de identificação deverá ser consultada pelo profissional de saúde serão: antes de algum procedimento, administração de medicamentos ou hemocomponentes e antes da coleta de exames laboratoriais. Considerações finais: a identificação do paciente de acordo com as metas internacionais de segurança é uma responsabilidade de todos os profissionais de saúde e deve ser considerada como fundamental para o cuidado seguro. A correta identificação por meio da pulseira é um método eficaz na prática assistencial para que não ocorram eventos adversos, o que facilita na busca contínua da qualidade assistencial e excelência no atendimento. 59 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS Descritores: Hospitalização. Segurança do Paciente. Sistema de Identificação de Pacientes. Referências 1 ANVISA, Ministério da Saúde. Boletim informativo sobre a segurança do paciente e qualidade assistencial em serviços de saúde. Brasília: GGTES/ANVISA; 2011. 2 Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Implantação do Núcleo de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde – Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde/Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Brasília; 2014. 3 Belela ASC, et al. Erros de medicação: definições e estratégias de prevenção. Conselho Regional de Enfermagem do Estado de São Paulo – Coren SP. Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Rebraensp Polo São Paulo; 2011. 4 Joint Commission International; Joint Commission on Accreditation of Healthcare Organizations. Padrões de acreditação da Joint Commission International para hospitais. Rio de Janeiro: Consórcio Brasileiro de Acreditação; 2008. Metas Internacionais de segurança do paciente; p.31-6. ____________________________ a Enfermeiras - Unidade de Internação Clinica Adulto do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), RS. b Relatora. E-mail: [email protected] 60 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE: MAIS UMA BARREIRA DE SEGURANÇA Rosmari Wittmann Vieiraa,b, Joseane Kalata Nazaretha, Mitieli Vizcaychipi Disconzia Introdução: a identificação do paciente é a primeira meta internacional de segurança definida pela Organização Mundial de Saúde1, e consta no Manual de Padrões Internacionais para a Acreditação Hospitalar, tendo como propósitos identificar de modo confiável o indivíduo, como sendo a pessoa para qual se destina o serviço ou tratamento, e assegurar o devido serviço ou tratamento ao indivíduo2. Objetivo: relatar experiência de enfermeiras na utilização do processo de identificação do paciente no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brasil. Metodologia: o Hospital de Clínicas de Porto Alegre apresenta uma política e um plano de identificação do paciente, nos quais define dois elementos identificadores: nome completo do paciente e o número do prontuário, cadastro único, gerado, no primeiro ingresso do paciente ao Hospital de Clínicas de Porto Alegre, mediante apresentação de um documento legal, com foto, ou certidão de nascimento. O processo de identificação do paciente é obrigatório para todos os setores do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. É dever do funcionário verifica-lo e obrigação do paciente mostrá-lo e conservá-lo. Porém, a identificação pode ocorrer de duas formas: através de pulseira de identificação ou mediante apresentação de um documento legal, com foto, ou certidão de nascimento, dependendo de onde for o atendimento. A pulseira de identificação é utilizada para a maioria dos pacientes, por exemplo: pacientes admitidos para internação hospitalar, incluindo emergência, para os pacientes que não internam, mas realizam procedimentos diagnósticos ou terapêuticos, por exemplo: na hemodinâmica, hemodiálise, radioterapia, quimioterapia, hospital dia, para os submetidos a procedimentos que envolvam punção, uso de anestésicos, sedativos ou uso do contraste na radiologia e medicina nuclear e na unidade de métodos não invasivos, os que recebem transfusão de hemocomponentes no ambulatório e para os pacientes que ficam internados no centro de pesquisa clínica. O protocolo de apresentação de um documento legal, com foto, ou a certidão de nascimento do paciente, é utilizado no momento da chegada dos pacientes que irão realizar coletas de exames em geral ou doação de sangue. Resultados: a pulseira é colocada pela enfermagem, com a função de identificar o paciente e sinalizar a presença (pulseira laranja) ou não de alergias 61 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS (pulseira branca). É realizada orientação ao paciente e familiar quanto à importância da utilização da pulseira durante o período de internação ou procedimento e os momentos obrigatórios de identificação, que são: no encontro do profissional com o paciente, antes da administração de medicamentos, hemoderivados e da realização de exames, procedimentos e cirurgias. Conclusão: a aplicação do protocolo de identificação do paciente atinge os objetivos de segurança propostos pela Organização Mundial da Saúde. Contribuições para a enfermagem: a utilização de pulseira de identificação evita erros, humaniza o atendimento e qualifica o trabalho aumentando a segurança ao paciente. Descritores: Identificação. Segurança do Paciente. Protocolos. Referências 1 Diário Oficial do Estado de São Paulo. Projeto de lei Nº 371, de 11 de abril de 2014 [Citado em 2014 Ago 20]. Disponível em: ftp://ftp.saude.sp.gov.br/ftpsessp/bibliote/informe_eletronico/2014/Iels.abr.14/Iels70 /E_PL-371_2014.pdf 2 Joint Commission International. Padrões de acreditação da Joint Commission International para hospitais. 4ª Ed. Oakbrook Terrace, Illinois; 2011. ______________________________ a Enfermeiras b do Hospital de Clínicas de Porto Alegre – HCPA. Relatora. E-mail: [email protected] 62 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE: MEDIDA DE SEGURANÇA EM INSTITUIÇÕES DE SAÚDE Mariléia Stübea, Cibele Thomé da Cruza, Nicolli Cargnelutti Follakb, Priscila Escobar Benettib, Eliane Raquel Rieth Benettic, Eniva Miladi Fernandes Stummd Introdução: a instituição de medidas de segurança do paciente tem como objetivo geral contribuir para a qualificação do cuidado em todas as instituições de saúde. Especificamente, a identificação do paciente visa reduzir a ocorrência de eventos adversos e assegura, assim, que o cuidado seja prestado à pessoa que se destina. Sua abrangência concentra-se em todos os ambientes de prestação do cuidado em que sejam realizados procedimentos terapêuticos e/ou diagnósticos, pois erros de identificação podem ocorrer, desde a admissão até a alta, em todas as fases do tratamento. Objetivo: descrever as vivências de um grupo de enfermeiros na implantação da identificação dos pacientes em uma unidade hospitalar no sul do Brasil. Metodologia: inicialmente foi criado o Programa de Segurança do Paciente, sendo coordenado por uma enfermeira. Essa organizou grupos de enfermeiros, sendo cada um responsável pelo estudo e desenvolvimento das metas de segurança do paciente conforme preconiza o Ministério da Saúde, com o intuito de monitorar e prevenir danos na assistência à saúde. Resultados: o grupo responsável pela Identificação do Paciente iniciou as atividades em unidade piloto. A equipe de enfermagem foi instrumentalizada e sensibilizada sobre a relevância do Programa de Segurança do Paciente e acolheu positivamente a iniciativa. Inúmeras instituições utilizam pulseiras de identificação. Dessa maneira, deu-se início a instituição do Programa. A equipe de enfermagem está ciente que a identificação do paciente inclui intervenções como: identificá-los corretamente, educar o paciente/acompanhante/familiar/cuidador e confirmar a identificação do paciente antes do cuidado. Além disso, todos os incidentes envolvendo identificação incorreta devem ser notificados de acordo com a legislação vigente e investigados pelo serviço de saúde. Assim, mecanismos de monitoramento e auditorias estão sendo realizados para verificação do cumprimento do protocolo. Conclusão: a identificação do paciente, 63 II Seminário da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS quando realizada corretamente, previne erros relacionados ao cuidado prestado pela equipe de profissionais de saúde. Implicações para a enfermagem: a identificação do paciente é abrangente, o que demanda da enfermagem capacitação e envolve aspectos estruturais e culturais, que culminam com a segurança do paciente. Descritores: Enfermagem. Qualidade da Assistência à Saúde. Segurança do Paciente. Referências 1 Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente - REBRAENSP/Polo RS. Estratégias para a segurança do paciente: manual para profissionais da saúde. Porto Alegre: EDIPUCRS; 2013. 2 Tase TH, Lourenção DCA, Bianchini SM, Tronchin DMR. Identificação do paciente nas organizações de saúde: uma reflexão emergente. Rev Gaúcha Enferm. 2013;34(2):196200. 3 Ministério da Saude/ANVISA/Fiocruz. Anexo 2: Protocolo de identificação do paciente. Protocolo integrante do Programa Nacional de Segurança do Paciente, 2013. 4 Ministério da Saúde. Portaria n° 529, 1° Abril de 2013: Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente. _____________________________ a Enfermeiras, Associação Hospital de Caridade de Ijuí, RS. Email: [email protected]; [email protected] b Acadêmica de Enfermagem, Bolsista de Iniciação Científica, Unijuí, RS. Email: [email protected]. Relatora. b Acadêmica de Enfermagem, Bolsista de Iniciação Científica, Unijuí, RS. Email: [email protected] c Enfermeira, Mestre em Enfermagem, Hospital Universitário de Santa Maria e Unijuí, RS. Email: [email protected] d Enfermeira, Doutora em Ciências, Unijuí, RS. Email: [email protected] 64 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE: PROPOSTA DE CONSCIENTIZAÇÃO DA GESTÃO HOSPITALAR Fabiele Aozanea, Gerli Elenise Gehrke Herrb, Adriane Cristina Bernat Kolankiewiczc Introdução: proporcionar a Segurança do Paciente é um dos propósitos dos profissionais da saúde. Para tanto, utiliza estratégias em seu campo de trabalho, que visam à prevenção de danos ao paciente. Para minimizar os riscos, uma das intervenções necessárias é a identificação correta do paciente. Com intuito de viabilizar uma atenção na qualidade assistencial, a Portaria MS/GM nº 529/2013, estabelece um conjunto de protocolos básicos, definidos pela Organização Mundial de Saúde como: prática de higiene das mãos em estabelecimentos de saúde; cirurgia segura; segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos; identificação de pacientes; comunicação no ambiente dos estabelecimentos de saúde; prevenção de quedas; prevenção de úlceras por pressão; transferência de pacientes entre pontos de cuidado; e uso seguro de equipamentos e materiais1. Objetivo: promover a reflexão de gestores de diferentes setores de uma instituição hospitalar privada sobre a prática de identificação do paciente. Metodologia: relato de experiência realizado a partir de um trabalho de conscientização aos integrantes de um núcleo de segurança e gestores de unidades. Desenvolvido em um hospital privado na região noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Enfermeiras do núcleo sentiram necessidade de abordar o tema “identificação do paciente”, junto aos gestores dos demais setores hospitalares. Foi elaborado um projeto e apresentado aos integrantes deste núcleo por meio do Microsoft power point, no mês de julho de 2014. Houve discussão e divulgação em reuniões mensais com coordenadores de outros setores do hospital e o gestor administrativo, os quais disseminaram a idéia inicial. Resultados: foi elaborado um projeto de “Identificação do Paciente”, que posteriormente foi apresentado ao Núcleo de Segurança do Paciente da instituição, por meio de explanação verbal, utilizando-se o multimídia e a visualização de um vídeo sobre a identificação correta do paciente. O projeto foi aprovado por unanimidade pelos integrantes. Para facilitar a interação deste assunto com outros setores integram neste núcleo profissionais que atuam diretamente com o gestor 65 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS administrativo do hospital, o qual possibilitou a divulgação deste projeto em outra reunião com coordenadores de outros setores, com objetivo de implementar o projeto no hospital. Conclusão: cabe a cada instituição elaborar estratégias de prevenção de eventos adversos e atribuí-las ao processo de trabalho. No momento, para a instituição da pulseira de identificação aguarda-se a aquisição de equipamentos e pulseiras que serão utilizados, bem como planejamento e capacitação a todos os colaboradores da instituição hospitalar. Contribuições/implicações para a enfermagem: a implementação da identificação do paciente poderá subsidiar os gestores e enfermeiros no planejamento de estratégias para prevenir e/ou evitar a ocorrência de eventos adversos. Descritores: Segurança do Paciente. Estratégias. Gestores de Saúde. Referência 1 Brasil. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria MS/GM nº 529, de 1 de abril de 2013[acessado 2014 Ago 15]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0529_01_04_2013.html ______________________________ aEnfermeira Assistencial no Hospital Unimed Noroeste/Rio Grande do Sul (RS). Especialista em Enfermagem em Terapia Intensiva e Gestão de Pessoas. Email: [email protected]. Relatora. bEnfermeira Assistencial no Hospital Unimed Noroeste/RS. Especialista em Enfermagem Hospitalista. cEnfermeira. Doutora em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP. Docente do Curso de Enfermagem da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. 66 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS II ENCONTRO DOS PROFISSIONAIS DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE DA 4ª COORDENADORIA REGIONAL DE SAÚDE/RS: EM FOCO A SEGURANÇA DO PACIENTE Eveline do Amaral Antonelloa, Fernanda Stock da Silvaa, Anamarta Sbeghenb, Noeli Terezinha Landerdahlb, Graziela Cauduroc, Thiana Sebben Pasad Introdução: a Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente (REBRAENSP) tem por objetivo compartilhar e promover a articulação acerca de informações e conhecimentos relacionados à Enfermagem e Segurança do Paciente1. Portanto, proporcionar trocas de conhecimentos técnico-científicos entre instituições de ensino e estabelecimentos de assistência à saúde, visando o desenvolvimento da cultura de segurança do paciente, tem sido o objetivo da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Polo RS – Núcleo Santa Maria. Nesse contexto, a Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Núcleo Santa Maria deu continuidade a parceria realizada no final de 2013, com a 4ª Coordenadoria Regional de Saúde, e participou da segunda capacitação sobre o tema segurança do paciente. Objetivos: relatar a experiência da participação dos membros da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Núcleo Santa Maria, Brasil, na segunda capacitação sobre segurança do paciente promovida pela 4ª Coordenadoria Regional de Saúde /RS. Metodologia: trata-se de um relato de experiência, sobre a participação dos membros integrantes da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Núcleo Santa Maria, em evento promovido pela 4ª Coordenadoria Regional de Saúde /RS, com carga horária de 8 horas. Resultados: o evento intitulado “Encontro dos Profissionais dos Hospitais e outros estabelecimentos de saúde da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde/RS sobre segurança do paciente: segunda etapa” ocorreu no mês de julho de 2014, na cidade de Santa Maria, RS, Brasil. Participaram do evento profissionais de 36 instituições, de 18 municípios e de diferentes categorias: 58 enfermeiros, três administradores hospitalares, 11 técnicos de enfermagem, um técnico em segurança do trabalho, um técnico em informática e dois técnicos em radiologia, totalizando 77 participantes. Os membros da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – Núcleo Santa Maria desenvolveram oficinas práticas, baseadas nos protocolos 67 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS disponibilizados pelo Ministério da Saúde2. Essas oficinas abordaram quatro temáticas distintas: prevenção de quedas, prevenção de úlcera por pressão, prática de higiene das mãos e segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos, tendo como finalidade instigar os profissionais envolvidos no cuidado direto ou indireto visando à segurança do paciente. Conclusão: esse evento foi importante para fortalecer e sensibilizar instituições e profissionais na disseminação e realização do cuidado seguro durante a assistência em saúde, mobilizando estes na formação de equipes multiprofissionais capacitadas para isso. Implicações para enfermagem: proporcionar reflexões referentes à prática segura, a fim de incentivar e reforçar a cultura de segurança do paciente nos estabelecimentos de assistência à saúde. Descritores: Enfermagem; Segurança do Paciente; Educação em Saúde. Referências 1. Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente. Acordos Básicos de Cooperação na REBRAENSP. São Paulo, SP: REBRAENSP; 2009. 2. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Fundação Oswaldo Cruz. Protocolo prevenção de quedas. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2013. p. 1-14. __________________________ a Enfermeira do Hospital Geral Unimed/Santa Maria. E-mail: [email protected]. Relatora. E-mail: [email protected] b Enfermeira do Hospital Universitário de Santa Maria/HUSM. E-mail: [email protected]; [email protected] c Enfermeira do Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo/HCAA. E-mail: [email protected] d Enfermeira. Professora Substituta do Departamento de Enfermagem da UFSM. E-mail: [email protected] 68 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS IMPLANTAÇÃO DO GRUPO DE RISCO E SEGURANÇA: RELATO DE EXPERIÊNCIA Cassia Rodrigues Selestinoa, Daniela Cavallib, Elmi Niedermeierc, Michele Beckd, Ricardo da Silveira Bastose, Suzeline Ferreiraf, Vanessa Cargneluttig Introduçã o: A Segurança do Paciente é um tema amplamente difundido nos dias atuais, devido à importâ ncia enfatizada por ó rgã os competentes internacionais, que tê m comprovado cientificamente suas evidê ncias, à preocupaçã o de serviços e instituiçõ es de saú de na busca por uma assistê ncia segura e de qualidade, e à s exigê ncias atravé s de legislaçõ es competentes. Objetivo: este trabalho tem o objetivo de relatar a experiê ncia de implantaçã o de um grupo que trabalha as questõ es de Segurança do Paciente em um hospital de mé dio porte do interior do Rio Grande do Sul, Brasil, bem como discutir dificuldades, conquistas e o desenvolvimento e aprimoramento da equipe durante a trajetó ria. Mé todo: trata-se de um relato de experiê ncia. Resultados: acreditamos que as trocas de experiê ncias entre serviços e profissionais afins sã o grandiosas oportunidades para o fortalecimento de novos projetos e protocolos. A enfermagem é a equipe que presta cuidado durante as 24 horas à beira de leito, portanto, compõ e a classe de profissionais que prestam assistê ncia direta e contı́nua a estes pacientes, presenciando muitas vezes desfechos desagradá veis. Conclusã o: polı́ticas que tê m a intençã o de primar pelo bem maior em nossa rotina profissional – o paciente – devem ser vistas como boas prá ticas, incorporadas e disseminadas por esta classe, sempre buscando fortalecimento e respaldo para esta equipe. Com este enfoque, visamos divulgar as açõ es realizadas, os projetos futuros e o cotidiano e sistemá tica de trabalho do grupo. Descritores: Segurança do Paciente. Qualidade na Assistê ncia. Cuidado Seguro. Referê ncias Cassiani RHB. A segurança do paciente e o paradoxo no uso de medicamentos. Revista Latino Americana de Enfermagem. 2005 Jan-Fev;58(1):95-99. Decesaro MN. Ocorrê ncias iatrogê nicas em unidade de terapia intensiva: queda de 69 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS pacientes durante o tempo de internaçã o. Sã o Paulo: EEUSP; 2000. Fonseca AS, Peterlini FL, Costa DA. Segurança do paciente. Sã o Paulo: Martinari; 2014. Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente - REBRAENSP/Polo RS. Estraté gias para a segurança do paciente: manual para profissionais de saú de. Porto Alegre: EDIPUCRS; 2013. Vargas MAO, Luz AMH. Prá ticas seguras no/do contexto hospitalar: é preciso pensar sobre isso e aquilo. Enfermagem em Foco. 2010;1:23-27. ___________________________ aEnfermeira Assistencial, Centro Cirú rgico/Hospital Ana Nery, Santa Cruz do Sul, RS. E- mail: [email protected] bEnfermeira Assistencial, Centro de Terapia Intensiva/Hospital Ana Nery, Santa Cruz do Sul, RS. E-mail: [email protected] cEnfermeira Assistencial, Centro Cirú rgico/Hospital Ana Nery, Santa Cruz do Sul, RS. E- mail: [email protected] dEnfermeira Assistencial, Unidade de Internaçã o/ Hospital Ana Nery, Santa Cruz do Sul, RS. E-mail: [email protected] eCoordenador de Enfermagem, Unidade de Internaçã o/Hospital Ana Nery, Santa Cruz do Sul, RS. E-mail: [email protected] fEnfermeira Comissã o de Controle de Infecçã o Hospitalar/Hospital Ana Nery, Santa Cruz do Sul, RS. E-mail: [email protected]. Relatora. gVanessa Cargnelutti Coordenadora Geral de Enfermagem/Hospital Ana Nery, Santa Cruz do Sul, RS. E-mail: [email protected] 70 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS IMPLEMENTAÇÃO DE ETIQUETAS PARA IDENTIFICAÇÃO DE PACIENTES EM UNIDADE DE HEMODINÂMICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA Cristina Costaa,b, Marielle Kulakowskia, Flaviana Schioa Introdução: este trabalho apresenta uma experiência vivenciada no setor de Hemodinâmica de um serviço privado, onde, pela vivência do acadêmico de Enfermagem, podem-se evidenciar algumas fragilidades quanto à segurança do paciente. Em conjunto com a enfermeira da unidade foram desenvolvidas medidas para garantir um melhor desempenho do setor, que é considerado uma área de alta complexidade na cardiologia intervencionista. A elevada incidência de eventos adversos, e incidentes com a ocorrência de 44.000 a 98.000 mortes por ano, como resultado da assistência à saúde(1) gerou preocupação em âmbito mundial. Objetivo: promover práticas que garantam maior segurança ao paciente de alta complexidade. Metodologia: trata-se de um relato de experiência da vivência acadêmica do curso de enfermagem do Centro Universitário Franciscano (Unifra) de Santa Maria, Brasil, para implementar, no setor de hemodinâmica, etiquetas adesivas com identificação dos pacientes. Resultados: a medida desempenhada foi a criação de etiquetas adesivas de identificação do paciente, a qual contém os dados como nome completo, procedimento que irá ser realizado, médico que fará o procedimento, convênio do paciente e, no caso do mesmo possuir alergia medicamentosa, a etiqueta a ser confeccionada será na cor amarela, ressaltando, assim, para a equipe, que o paciente é alérgico, pois no agendamento do procedimento ele ou familiar são questionados sobre existência. Já os pacientes sem história de alergias terão etiqueta na cor branca. As etiquetas adesivas são confeccionadas no dia anterior ao exame, quando a agenda de procedimentos do dia seguinte é encaminhada à enfermagem. Quando o paciente chega à unidade de hemodinâmica, a equipe de enfermagem, ao recebê-lo, já está munida da etiqueta desse paciente, e assim pode confirmar todos os dados de identificação. Ao paciente são passadas as orientações quando uso de avental próprio do serviço, e a etiqueta de identificação é colocada na parte superior esquerda do avental. Anteriormente à implementação, toda a equipe, tanto de enfermagem como médica, foi esclarecida sobre como funcionaria a dinâmica 71 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS de implementação das etiquetas, ressaltando-se que garantiria mais agilidade ao serviço, facilidade na identificação dos pacientes bem como o procedimento ao qual seriam submetidos, e destacando alguma alergia a medicamentos. Para a confecção dessa etiqueta, utilizou-se material que já existia na unidade de hemodinâmica, o qual não gerou um custo excedente à empresa, pois, tratando-se de uma clínica privada, esse fator também garantiu uma maior facilidade de aceitação pelo setor financeiro. Conclusão: tendo em vista que as práticas de segurança do paciente contribuem para melhores resultados das condutas de enfermagem, ficou evidenciado que a utilização das etiquetas adesivas qualificou e agilizou o atendimento ao paciente, evitando erros da equipe e garantindo, assim, maior segurança ao cliente. Implicações para enfermagem: para que o cuidado seja seguro, é necessário construir uma cultura de segurança, definida pelo Programa Nacional de Segurança do Paciente (2). Observou- se que a enfermagem se muniu de mais uma ferramenta para evitar erros no desempenho de suas atividades. Descritores: Segurança do Paciente. Enfermagem. Gerenciamento de Segurança. Referências 1. Kohn L, Corringan J, Donaldson M, editors. Institute of Medicine Report. To err is human: building a safer health system. Washington, DC: Institute of Medicine; 2000. 2. Ministério da Saúde (BR). Portaria n. 529, de 1º de abril de 2013: institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) [Internet]. Brasília (DF); 2013 [citado 2013 Maio 5]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0529_01_04_2013.html _____________________________ a Acadêmicas de enfermagem do Centro Universitário Franciscano - UNIFRA, Santa Maria, RS. b Relatora. 72 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS IMPLEMENTAÇÃO DE PROTOCOLOS PARA IDENTIFICAÇÃO DE INTERCORRENCIAS ASSISTENCIAIS DO SERVIÇO DE HEMOTERAPIA DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE PORTO ALEGRE Scheila Roberta de Souzaa, Carla Taborda Oliveirab, Karine Pitanac, Vanessa Fleschd Introdução: o Serviço de Hemoterapia da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Brasil, realiza em média 3000 transfusões/mês e 2000 coletas de sangue de doador/mês. A Portaria do Ministério da Saúde nº 2712, de 12 novembro de 2013, tem o objetivo de regulamentar a atividade hemoterápica no país, de acordo com os princípios e diretrizes da Política Nacional de Sangue, Componentes e Hemoderivados, no que se refere à captação, proteção ao doador e ao receptor, coleta, processamento, estocagem, distribuição e transfusão do sangue, de seus componentes e derivados, originados do sangue humano venoso e arterial, para diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças1. A Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre é formada por sete hospitais com especialidades diferentes e de referência nacional em diversas áreas, como de transplantes e pediatria. O hospital pediátrico é o único acreditado internacionalmente pela Joint Commission International Como a busca é constante na área de qualidade e segurança, a hemoterapia participa efetivamente de todas as ações. Este protocolo propiciará material para possíveis ações posteriores para a melhoria da qualidade. Objetivo: identificar e quantificar quase-falhas, intercorrências assistenciais e eventos sentinela de todos os setores da hemoterapia. Metodologia: relato de experiência. Preenchimento de protocolo de intercorrências assistenciais, sistema de informática específico de hemoterapia SBS e Banco de dados Tasy (sistema de gestão). Resultados: no período de 01/03/2013 a 01/06/2013 foram realizadas 6951 transfusões e 11281 coletas de sangue de doador. Foram identificadas 107 intercorrências assistenciais. Destas, 60,75% (65) foram registros incorretos das transfusões, 9,35% (10) ocorreram no setor de imunohematologia, 1,87% (2) foram erros de prescrição medica, 9,35% (10) localizaram-se no setor de transfusão sanguínea, 6,47%(11), no setor de doação de sangue, 0,58% (1), no setor de sorologia de doadores e 4,70% (8) foram classificadas como gerais. Não houve notificação de quase-falhas ou evento sentinela. Conclusão: 73 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS através destes levantamentos podemos identificar quais as atividades realizadas no Serviço de Hemoterapia que acreditamos que precisam de melhorias. A partir deste cenário passaremos para outra fase que será a confecção de novos protocolos, indicadores assistenciais com base em dados estatísticos. O serviço poderá construir mais ferramentas de apoio para procedimentos, sempre em busca da qualidade e segurança de todas as atividades realizadas no serviço, melhorando-se, também, as notificações das reações transfusionais que, na maioria das vezes, são subnotificadas. Contribuições/implicações para enfermagem: estes protocolos irão auxiliar diretamente o trabalho da enfermagem na hemoterapia. A partir deles a enfermagem terá maior visibilidade, já que há poucos trabalhos na área. Como a enfermagem é quem realiza a grande maioria dos procedimentos hemoterápicos, tais como instalação de transfusão sanguínea e coleta de doador de sangue, estes vão propiciar um melhor delineamento da assistência, possibilitando traçar novas estratégias para garantir a qualidade e segurança de todos envolvidos no ciclo do sangue. Descritores: Serviço de Hemoterapia. Segurança. Referência 1 Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 2712, de 12 de novembro de 2013. Redefine o regulamento técnico de procedimentos hemoterápicos. Diário Oficial da União nº 221, de 13 de novembro de 2013, Seção 1, página 106. ___________________________ a Enfermeira Líder do Serviço de Hemoterapia, Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, RS. E-mail: [email protected]. Relatora. b Enfermeira do Serviço de Hemoterapia, Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, RS. E-mail: [email protected] c Enfermeira do Serviço de Hemoterapia, Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, RS. E-mail: [email protected] d Enfermeira do Serviço de Hemoterapia, Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, RS. E-mail: [email protected] 74 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS INCIDÊNCIA DE QUEDAS: REFLETINDO ACERCA DO PANORAMA ATUAL Lisiane dos Santos Sóriaa, Mitieli Vizcaychipi Disconzia Introdução: A existência de eventos adversos – inconveniente não intencional provocado pela equipe de saúde que pode ou não apresentar incapacidade – compromete a segurança do paciente, como as quedas, constituindo um desafio para a qualidade da assistência. Define-se como queda o deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição inicial, com incapacidade de correção em tempo hábil, provocada por circunstâncias multifatoriais que comprometem a estabilidade1. Questões relativas à qualidade e segurança da assistência ganham relevância nos programas de acreditação de qualidade. Esses programas propõem a adequação dos processos a um conjunto de padrões que visam garantir a segurança. Os protocolos são ferramentas que contribuem para a sistematização da assistência de enfermagem, favorecendo a melhoria dos processos na busca pela excelência do cuidado. Diante deste cenário a unidade de adição do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brasil, tem buscado alinhar o processo para uma melhor prática no que tange ao gerenciamento de quedas, com política instituída através de ações de identificação de riscos e meta a ser alcançada, de < ou =2 quedas/1000 paciente/dia. Objetivo: sendo assim, o objetivo deste estudo é apresentar a incidência de quedas na unidade de adição e refletir acerca dos resultados deste indicador. Método: trata-se de um estudo quantitativo-descritivo, realizado no período de janeiro a julho de 2013 e 2014, por meio da utilização do cálculo de incidência de quedas. Resultados: os resultados encontrados na unidade de adição, para este período em 2013, foram uma taxa de incidência de quedas de 3,99 e, em 2014, de 3,83, refletindo uma pequena melhora se comparados os dois anos. Conclusão: conclui-se que o perfil de pacientes da unidade requer maior atenção no que tange ao paciente, visto que apresenta fatores de risco já bem descritos na literatura como uso de medicamentos psicotrópicos, alteração do nível de consciência e comorbidades associadas, fatores que incrementam o risco de queda. É possível que, para além destes, os fatores extrínsecos, que dizem respeito aos externos, como o processo de trabalho na unidade de adição, requeiram uma leitura adequada a um perfil ainda pouco estudado. Capacitações acerca da aplicação do 75 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS protocolo de quedas com toda equipe de enfermagem trazem melhores resultados do que aquelas direcionadas somente enfermeiros. Outros estudos se fazem necessários para conhecer as causas destas quedas, bem como adequar a aplicação de escalas a nossa realidade. Relevância/contribuições: estudar sobre este tema contribui para que possamos conhecer as realidades, interferir de maneira efetiva e melhorar os indicadores, garantindo um cuidado de excelência, focado na segurança do paciente. Descritores: Indicador de Risco. Taxa de Incidência. Cuidados de Enfermagem. Referência 1 Menezes RL, Bachion MM. Estudo da presença de fatores de riscos intrínsecos para quedas, em idosos institucionalizados. Ciênc. saúde coletiva. 2009;13(4):1209-1218. ___________________________________ a Enfermeiras do Hospital de Clínicas de Porto Alegre – HCPA, RS. E-mail: [email protected], [email protected] 76 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS MEDICAÇÕES DE ALTA VIGILÂNCIA E A SEGURANÇA DO PACIENTE: IDENTIFICAÇÃO, ARMAZENAMENTO E ROTULAGEM Ana Paula A. Corrêaa,b, Luciana Foppaa,; Luzia T. Vianna dos Santosa, Mari Angela V. Lourencia, Patricia Cristina Cardosoa Introdução: a enfermagem trabalha com a prevenção de danos e agravos à saúde dos pacientes, nesse sentido, a abordagem em relação à segurança do paciente é fundamental(1). As falhas no processo de utilização de medicamentos são consideradas importantes fatores contribuintes para a redução da segurança do paciente, por isso surgiu uma preocupação em relação aos medicamentos de alta vigilância, uma das metas internacionais de segurança(2,3). Objetivo: relatar como é realizado o controle de medicações de alta vigilância em acordo com o padrão internacional de segurança do paciente. Metodologia: relato de experiência de enfermeiras assistenciais de uma unidade de internação de um hospital de grande porte de Porto Alegre, Brasil, no período entre 2013 e 2014. Resultados: os medicamentos de alta vigilância são: prescritos por meio de prontuário eletrônico, o que evita erro de leitura por legibilidade; é feita dupla checagem na dispensação da farmácia e na preparação pela enfermagem; é realizada a revisão das prescrições com medicações de alta vigilância pelo farmacêutico da unidade; o local de armazenamento dessas medicações é separado das demais, em gavetas individualizadas e identificadas com etiquetas amarelas; e as medicações que não forem utilizadas para assistência do paciente no turno de trabalho devem ser estornadas para a farmácia central. Considerações finais: o cuidado com a identificação, rotulagem e manipulação dos medicamentos de alta vigilância minimizam os eventos adversos, o que melhora a qualidade assistencial para a segurança do paciente. O trabalho conjunto da equipe multiprofissional (equipe médica, farmácia e de enfermagem) traz benefícios para a segurança assistencial do paciente,e e evita que erros possam acontecer na administração de medicações de alta vigilância, que podem causar efeitos adversos ou até sentinela. Descritores: Segurança do Paciente. Vigilância. Medicamentos. 77 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS Referências 1 Silva LD, Carvalho MF. Revisão integrativa da produção científica de enfermeiros acerca de erros com medicamentos. Revista Enfermagem UERJ. 2012;20(4):519-525. 2 Souza RFF, Silva LD. Estudo exploratório das iniciativas acerca da segurança do paciente em hospitais do Rio de Janeiro. Revista Enfermagem UERJ. 2014;22(1):22-8. 3 Ministério da Saúde, Brasil (BR). Protocolo de segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos. Brasília, DF; 2013 [acesso em 2014 Set 15]. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/hotsite/segurancadopaciente/documentos/julho/Protocolo %20Identifica%C3%A7%C3%A3o%20do%20Paciente.pdf ____________________________________ a Enfermeiras - Unidade de Internação Clínica Adulto, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS. b Relatora. E-mail: [email protected] 78 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS PREVENÇÃO DA PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: RELATO DE EXPERIÊNCIA Állany Silva Kleina, Jaqueline Lopes da Rocha Santosb, Katiusse do Amaral Soaresc, Luzia Fernandes Millãod, Mariana Lopes de Campose Introdução: a unidade de terapia intensiva é uma estrutura complexa que admite pacientes graves ou com descompensação de um ou mais sistemas orgânicos, utilizando diversos recursos tecnológicos e contando com a assistência de equipe multidisciplinar1. A ventilação mecânica é uma das principais ferramentas no tratamento de pacientes críticos2. A pneumonia associada à ventilação mecânica é uma infecção pulmonar, que incide em pacientes em ventilação mecânica cuja infecção não é a razão do suporte ventilatório. A pneumonia associada à ventilação mecânica representa aproximadamente 60% das infecções hospitalares, sendo considerada um problema de saúde pública, com taxas de morbimortalidade significativas, atingindo 25 a 50% dos pacientes em ventilação mecânica. No Brasil, as pneumonias associadas à ventilação mecânica são as infecções mais frequentes em unidade de terapia intensiva3. Adotar medidas de prevenção e controle da pneumonia associada à ventilação mecânica pode contribuir significativamente para sua redução, oferecendo maior segurança aos pacientes. Objetivos: relatar a experiência de cuidados de enfermagem para prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica e avaliação da sua adesão pela equipe de enfermagem. Metodologia: trata-se de um relato de experiência sobre os cuidados implementados para prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica em pacientes na unidade de terapia intensiva central do Hospital Santa Clara do Complexo Hospitalar Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Brasil. Resultados: dos 26 pacientes internados na unidade de terapia intensiva, no mês de julho de 2014, cerca de 50% foram submetidos à ventilação mecânica. A avaliação das medidas e monitorização dos pacientes são realizadas por preenchimento de um check-list. Os indicadores avaliados são: elevação da cabeceira em 30 a 45 graus, fisioterapia respiratória diária, higiene oral diária, ausência de líquido condensado no circuito, posição do filtro em relação ao circuito e mensuração da pressão do balonete do tubo orotraqueal. A taxa de 79 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS densidade incidência de pneumonia associada à ventilação mecânica nesse mês foi de 9,5. Em estudo realizado em outro hospital, a taxa foi de 13,044. Conclusão: a pneumonia associada à ventilação mecânica resulta em aumento do tempo de ventilação mecânica, tempo de internação, além do impacto financeiro adicional. A utilização de check-list diário com medidas simples e de baixo custo para prevenção estão associadas a diminuição na taxa da pneumonia associada à ventilação mecânica. Implicações para a enfermagem: a adoção do check-list realizado diariamente qualifica e visibiliza a efetividade do cuidado de enfermagem. Descritores: Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica. Segurança do Paciente. Cuidados de Enfermagem. Referências 1. Ministério da Saúde. Resolução Nº 7, de 24 de fevereiro de 2010. Dispõe sobre os requisitos mínimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva e dá outras providências. Brasília; 2010. 2. Duarte DMP, Nascimento DCM, Souza PCS, Chiavone PA, Cardoso LTQ, Amaral JLG, et al . Ventilação mecânica no Brasil: aspectos epidemiológicos. Rev. bras. ter. intensiva. 2006;18(3):219-228. 3. Rodrigues RG, Saliba GN. Pneumonia associada à ventilação mecânica. Pneumologia Paulista. 2013;27(1):26-30. 4. Diaz MMO. Pneumonia associada à ventilação mecânica em pacientes adultos internados nas unidades de terapia intensiva de hospital público e privado. Dissertação (Mestrado em Medicina Tropical) - Universidade de Brasília, Brasília, 2011. ____________________________ aEnfermeira. Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (ISCMPA), RS. E- mail: [email protected] 80 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS b Enfermeira. Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (ISCMPA), RS. E- mail: [email protected] c Enfermeira. Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (ISCMPA), RS. E- mail: [email protected] d Profa. Dra. Enfermeira. Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), RS. E-mail: [email protected] e Acadêmica de Enfermagem. Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), RS. Relatora. E-mail: [email protected] 81 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS RASTREABILIDADE NO SERVIÇO DE ENDOSCOPIA: PROPORCIONANDO SEGURANÇA PARA O PACIENTE Roberta de Almeida da Silvaa, Rute Merlo Somensib, Rita Catalina Aquino Caregnatoc Introdução: a segurança e qualidade assistencial nos Serviços de Endoscopia estão explícitos através da Resolução da Diretoria Colegiada da Agência nacional de Vigilância Sanitária Nº 06/2013, a qual descreve os Requisitos para Boas Práticas de funcionamento.1 Dentre estes requisitos básicos, encontra-se a rastreabilidade quanto ao processo de lavagem, desinfecção e utilização dos aparelhos, a qual possibilita traçar o histórico através de registros prévios e sistemáticos.¹-² Objetivo: relatar a experiência do processo de rastreabilidade do instrumental utilizado na endoscopia. Método: tratase de um relato de experiência sobre a prática realizada no Serviço de Endoscopia, da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Brasil, iniciada no ano de 2013. Resultados: para realização da rastreabilidade utilizaram-se registros feitos em um livro, que permanece no serviço, e etiqueta adesiva do aparelho, a qual é fixada no laudo médico posteriormente, contendo o código da rastreabilidade. As informações registradas no livro são: identificação do profissional responsável pela execução do processo, código de rastreabilidade, tipo e concentração do desinfetante e sabão enzimático, nome do paciente e número do aparelho. Quanto ao processamento, registra-se a data, número da lavadora e número do ciclo diário da lavadora, gerando um código de rastreabilidade que irá auxiliar na busca pelas informações em caso de necessidade. Por exemplo, para um processamento realizado em 03 de março de 2013, máquina 01 em seu ciclo 02 do dia, temos o seguinte código: 0303130102. Destaca-se que o registro deste código em laudo médico, disponibilizado ao paciente, promove a divulgação da boa prática, transparência no trabalho realizado e segurança ao paciente. Conclusão: a experiência apresentada, sobre rastreabilidade nos instrumentais de endoscopia, demonstra que os processos de segurança assistencial dependem da análise do cenário e sua correlação com os recursos disponíveis, podendo ser realizados de forma prática e ágil. 82 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS Palavras-chave: Segurança do Paciente. Endoscopia. Referências 1. Brasil. Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Resolução RDC nº 06, 10 de março de 2013. Dispõe sobre os requisitos de boas práticas de funcionamento para os serviços de endoscopia com via de acesso ao organismo por orifícios exclusivamente naturais. Brasília, DF: ANVISA; 2013. 2. Costa C, Pinab E, Ferreira E, Ramos S, Cremers MI, Figueiredo P, et al. Reprocessamento em endoscopia digestiva: recomendações. Jornal Português de Gastroenterologia. 2012[acessado 2014 Set 10];19(5):241-250. Disponível em: http://www.iqg.com.br/uploads/biblioteca/Reprocessamento%20em%20endoscopia %20digestiva.pdf ____________________ a Enfermeira. Mestranda Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Líder de Apoio Gerencial Santa Casa de Porto Alegre, RS. Relatora. E-mail: [email protected] b Enfermeira. Mestranda UFCSPA. Gerente Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, RS. c Enfermeira. Doutora em Educação. Professora Adjunta, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e Universidade Luterana do Brasil (ULBRA/Canoas), RS. Coordenadora do Programa REMIS da UFCSPA. 83 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS REFLEXÃO SOBRE UM SERVIÇO DE EMERGÊNCIA DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE E A SEGURANÇA DO PACIENTE Rafaela Milanesia, Simone Travi Canabarrob, Rita Catalina Aquino Caregnatoc Introdução: a Segurança do Paciente é descrita, pela Organização Mundial da Saúde, como a “ausência de dano desnecessário, real ou potencial, associado à atenção a saúde”¹. Após a publicação do relatório denominado “To err is human: building a safer health system”, pelo Institute of Medicine of the National Academies, a Organização Mundial da Saúde estabeleceu a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, que vem incentivando a adoção de Metas Internacionais de Segurança do Paciente, como estratégia para orientar as boas práticas e reduzir os riscos e eventos adversos nos serviços de saúde¹. Em contraponto à prática segura, as Emergências brasileiras sofrem um processo de agravamento da superlotação, com sobrecarga da equipe e piora nas condições de atendimento aos usuários². Objetivo: fazer uma reflexão acerca do desafio em implantar o Programa de Segurança nos Serviços de Emergência do Sistema Único de Saúde. Método: trata-se de relato de experiência sobre a Emergência Clínica do Grupo Hospitalar Conceição, localizado em Porto Alegre, Brasil. Resultados: as seis primeiras Metas Internacionais de Segurança do Paciente são direcionadas a prevenir situações de erros de identificação de pacientes, falhas de comunicação, erros de medicação e em procedimentos cirúrgicos, infecções associadas ao cuidado e queda dos pacientes. Na Emergência do Grupo Hospitalar Conceição, mesmo atendendo o dobro da capacidade instalada, algumas estratégias são empregadas, a saber: pulseiras de identificação e placas nos leitos/macas; pulseiras de identificação em pacientes com alergias e/ou risco elevado para quedas; passagem de plantão por meio de rounds à beira do leito nas salas de maior complexidade; prescrição eletrônica com dispensação de medicamentos, inclusive drogas concentradas e de alta vigilância, pela Farmácia Satélite nas 24 horas; higienização das mãos; avaliação do risco de queda pela Morse Fall Scale e implantação da prescrição de cuidados de acordo com o score gerado; utilização de barras de apoio e pisos antiderrapantes nos banheiros; utilização de camas/macas com grade. Entretanto, a falta de leitos aumenta significativamente a vulnerabilidade para execução da prática 84 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS segura². Conclusão: nota-se o avanço da implantação das medidas de segurança do paciente, fato provavelmente vinculado à criação da Equipe de Gerenciamento de Risco. Entretanto, tem-se consciência de que ainda temos muito a caminhar até a efetivação das Metas Internacionais de Segurança do Paciente no contexto da Emergência. Descritores: Segurança do Paciente. Enfermagem em Emergência. Referências 1 Ministério da Saúde (Brasil), Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Assistência segura: uma reflexão teórica em serviço de saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2013. 2 Huber LR, Bordin R. Fatores determinantes da superlotação do serviço de emergência do Hospital Nossa Senhora da Conceição [trabalho de conclusão de curso de especialização]. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Curso de Especialização em Gestão em Saúde; 2005. ________________________________ a Enfermeira. Grupo Hospitalar Conceição (GHC). Especialista em Urgência, Emergência e Trauma. Mestranda em Ensino na Saúde pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), RS. Relatora. E-mail: [email protected]. b Enfermeira. Doutora em pediatria e saúde da criança. Professora Adjunta, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), RS. c Enfermeira. Doutora em Educação. Professora Adjunta Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), RS, e Universidade Luterana do Brasil, Canoas, RS. 85 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS RELATO DE EXPERIÊNCIA DA IMPLANTAÇÃO DE MEDIDAS PARA A PREVENÇÃO DE QUEDAS EM UMA UNIDADE DE INTERNAÇÃO DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE – RS Cé lia Guzinski,a Lyliam Midori Suzukib , Dé bora Rosilei Miquini de Freitas Cunhac Introduçã o: as quedas surgem como um dos acidentes mais documentados no hospital, assumindo particular destaque pelas consequências individuais que originam e pelo aumento do tempo de internamento, ampliando custos econômicos e sociais1. O presente estudo é um relato de experiê ncia da implantaçã o de medidas para a prevençã o de quedas, vivenciada por profissionais da unidade de internaçã o do Serviço de Enfermagem Cirú rgica 7º Sul do Hospital de Clı́nicas de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, durante o ano de 2012. Objetivo: este relato de experiê ncia tem como escopo descrever a experiência de aplicação prática do projeto de prevenção de quedas do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Metodologia: o processo de implantaçã o das medidas de prevençã o de quedas ocorreu atravé s de treinamentos e mobilizaçã o da equipe para implantaçã o de açõ es e recomendaçõ es a pacientes e familiares/acompanhantes tornando a unidade um ambiente mais seguro. Os instrumentos utilizados foram a escala de Morse, que por usa vez ao ser aplicada quando obtido uma pontuaçã o igual ou superior a 45 pontos o paciente recebe uma pulseira de cor amarela sinalizadora para risco de queda, bem como é realizado um processo educacional com o paciente e familiares/acompanhante. O paciente é avaliado ao chegar à unidade, bem como quando há uma alteraçã o do estado clinico, com revisã o semanal. A Escala de Morse é aplicada pelo profissional enfermeiro, poré m é de responsabilidade de toda equipe assistencial a comunicaçã o e instalaçã o de medidas de prevençã o de quedas ao identificar uma situaçã o de risco. També m fazem parte das condutas o registro da conduta de educaçã o no prontuá rio do paciente, implementaçã o do diagnó stico de risco para queda, apó s avaliaçã o, e prescriçã o dos cuidados especı́ficos, relacionados ao diagnostico, notificaçõ es de ocorrê ncia de quedas. Resultados: os resultados obtidos com esta implantaçã o foram de grande valor para os profissionais envolvidos, para a unidade de internaçã o do serviço de enfermagem cirú rgica 7º sul e para a instituiçã o. Fatores 86 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS associados ao risco aumentado exigem uma avaliaçã o multifatorial do risco de queda, que consiste na identificaçã o de fatores predisponentes e do ambiente 2,. Conclusõ es: a implantaçã o de medidas de prevençã o de quedas é uma atividade viá vel, que estimula a equipe para atuar e aperfeiçoar suas açõ es em situaçõ es crı́ticas com ê nfase em gerenciamento de risco. Acreditamos que a queda é um problema de saú de pú blica, que pode ser minimizado com açõ es preventivas e educacionais para pacientes, familiares/acompanhantes e, principalmente, profissionais da á rea da saú de. Descritores: Segurança. Acidentes por Quedas. Referê ncias Saraiva DMRF, et al. Quedas: indicador da qualidade assistencial. Nursing. Lisboa. 2008;18(235):28-35. Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – REBRAENSP Polo RS. Estratégias para a segurança do paciente: manual para profissionais da saúde. Porto Alegre: EDIPUCRS; 2013. ________________________________ aEnfermeira. Chefe da unidade de internaçã o 7º sul. Hospital de Clı́nicas de Porto Alegre (HCPA), RS. Relatora. bEnfermeira. Coordenadora do grupo de quedas. Hospital de Clı́nicas de Porto Alegre (HCPA), RS. cEnfermeira. Hospital de Clı́nicas de Porto Alegre (HCPA), RS. 87 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS RELATO DE EXPERIÊNCIA: MUDANÇA NA PRÁTICA PROFISSIONAL COMO MEMBRO DA REBRAENSP Silva APFSa, Zambrano AOb, Stoever Dc, Cassenote Ld, Marinho MGRe Introdução: a segurança do paciente é compreendida com a redução de riscos associados à atenção à saúde, visando todas as condições que caracterizam procedimentos e tratamentos. A Rede de Atenção à Saúde abrange ações voltadas para a integralidade e qualidade no cuidado seguro, buscando a capacitação mediante atuações corretas dos profissionais da área da saúde1. Assim, a segurança, no modelo brasileiro de atenção à saúde, vem sendo a preocupação atual nas políticas públicas com o objetivo de sensibilizar as instituições e serviços, visando a garantia da qualidade da assistência à saúde2 conforme os objetivos da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente. Objetivo: este estudo tem como objetivo relatar a mudança da prática profissional enquanto membro da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente. Metodologia: foi utilizado o método de relato de experiência3, realizado no mês de agosto de 2014, durante o encontro presencial dos membros ativos da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente - Núcleo Santa Maria, Brasil. O tema abordado foi a mudança da prática profissional, a partir da percepção da participação ativa de 16 membros. Resultados: frente às discussões, os resultados foram: reflexão sobre a prática cotidiana do cuidado seguro de enfermagem; maior conhecimento sobre os protocolos específicos; compartilhamento de experiências institucionais; proatividade na prevenção de riscos; convencimento da administração hospitalar a partir das metas; processos mais educativos do que punitivos diante do erro. Conclusão/implicações para a enfermagem: as reflexões, portanto, corroboram com a relevância da sensibilização dos profissionais de enfermagem quanto à operacionalização das metas, visando a qualidade da assistência segura de enfermagem. Descritores: Enfermagem. Segurança do Paciente. Qualidade da Assistência à Saúde. Referências 88 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS 1.REBRAENSP. Acordos Básicos de Cooperação na Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente. São Paulo, SP: Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente; 2009. 2.Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – REBRAENSP Polo RS. Estratégias para a segurança do paciente: manual para profissionais da saúde. Porto Alegre: EDIPUCRS; 2013. 3.Dyniewicz AM. Metodologia da pesquisa em saúde para iniciantes. 2ª Ed. São Caetano do Sul, SP: Difusão Editora; 2009. ______________________ aEnfermeira Docente. UNIFRA. Email: [email protected] bEnfermeira Especialista ITPH. Email: [email protected] cEnfermeira Gerente. HBM SM. Email: [email protected] dEnfermeira Assistencial. Cauzzo & Meirelles Policlínica. Email: [email protected] eEnfermeira Docente. UNIFRA. Relatora. Email: [email protected] 89 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS RELATO SOBRE O INICIO DAS AÇÕES VOLTADAS À SEGURANÇA DO PACIENTE EM UM HOSPITAL DE MÉDIO PORTE Aldenir Damião Araujoa, Angélica Martini Cembranelb, Cinthia Cristina Oliveskic, Cledir Tania França Garciad, Renata Copetti Casarine, Rosana Ferretti Zambraf Introdução: o cenário inseguro na prestação da assistência aos pacientes nos serviços de saúde levou os órgãos de saúde competentes a priorizarem ações voltadas à segurança do paciente. Objetivo: este estudo objetiva descrever a experiência do início das ações da gestão de riscos em um serviço de saúde hospitalar de médio porte e de alta complexidade do interior do Estado do Rio Grande do Sul. Método: trata-se de um relato de experiência referente ao período de setembro de 2013 a agosto de 2014. O processo envolveu enfermeiros assistenciais, gestores/coordenadores, direção e outras gerências da instituição. Resultados: inicialmente foi realizado um diagnóstico situacional dos processos assistenciais e administrativos e posteriormente iniciaram-se as estratégias de melhoria da qualidade. Criou-se um Núcleo de Segurança do Paciente e subcomissões, de caráter multidisciplinar, que enfatizam os processos definidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária como prioritários para melhoria bem como para a disseminação da cultura de segurança. Os principais resultados de 11 meses de trabalho foram a criação de um check-list pré-operatório e um check-list para a transferência de pacientes, os quais reduziram significativamente os erros associados a falhas na comunicação entre os profissionais. Com a criação de duas subcomissões estão sendo padronizados dois processos assistenciais. Conclusões: o maior desafio constitui-se na mudança de atitudes e da cultura de segurança por parte dos profissionais, uma vez que esta temática era desconhecida pela maioria. A experiência das ações já desenvolvidas é considerada valiosa e otimista para a continuidade do processo de gestão de riscos. Embora a educação continuada seja uma estratégia considerada básica e aliada da gestão de riscos, as ferramentas de gestão também devem estar necessariamente associadas às ações de segurança do paciente. Acredita-se que este estudo traga contribuições para outras instituições e profissionais, principalmente àqueles que estejam iniciando ações voltadas à segurança do paciente. 90 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS Descritores: Segurança do Paciente. Gerenciamento de Riscos. Educação Continuada. Referências 1 Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Implantação do núcleo de segurança do paciente em serviços de saúde. Brasília: Anvisa; 2014[acessado 2014 Ago 26]. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/hotsite/segurancadopaciente/documentos/Modulo_6__Implantacao_Nucleo_de_Seguranca.pdf 2 Montserrat-Capella D, Cho M, Lima RS. Segurança do paciente e qualidade em serviços de saúde. In: ANVISA. Assistência segura: uma reflexão teórica aplicada à prática. Brasília, DF: ANVISA; 2013. p. 13-17. 3 Brasil. Ministério da Saúde. RDC n°36/2013. Brasília, DF: ANVISA; 2013[acessado 2014 Ago 26]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2013/rdc0036_25_07_2013.html 4 Nishio EA, Franco MTG. Modelo de gestão em enfermagem. Qualidade assistencial e segurança do paciente. Rio de Janeiro: Elsevier; 2011. ______________________________ aGerente de Enfermagem - Associação Hospital de Caridade de Ijuí, RS. [email protected] bSupervisora de Enfermagem - Associação Hospital de Caridade de Ijuí, RS. [email protected] cEnfermeira do Controle de Infecção - Associação Hospital de Caridade de Ijuí, RS. [email protected] dSupervisora da Educação Continuada - Associação Hospital de Caridade de Ijuí, RS. [email protected] eSupervisora de Enfermagem - Associação Hospital de Caridade de Ijuí - [email protected] fEnfermeira Coordenadora do Programa de Segurança do Paciente - Associação Hospital de Caridade de Ijuí, RS. Relatora. [email protected] 91 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS 92 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL INTEGRADA EM SAÚDE: RELACIONANDO UNIDADES DE APOIO PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE CRÍTICO Jamile Dutra Correiaa,b Liarine Bedina, Rita Catalina Aquino Caregnatoc Introdução: o Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Saúde da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre em parceria com a Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Brasil, tem como ênfase o intensivismo, sendo direcionado a seis áreas do conhecimento, a saber: Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição e Psicologia. Cada profissão busca, nas outras áreas, apoio ao exercício profissional e ampliação do conhecimento, articulando a teoria com a prática, consolidando os conhecimentos embasados nas políticas do Sistema Único de Saúde. Objetivo: relatar a experiência da imersão prática das residentes de Enfermagem nos setores de apoio para a segurança do paciente crítico. Método: relato de experiência sobre o período de imersão prática de um mês ao ingressarem na Residência Multiprofissional Integrada em Saúde. Residentes de Enfermagem do Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Saúde/ Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre/ Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre passam pelo Centro de Materiais e Esterilização, Centro Cirúrgico e Serviço de Controle de Infecção Hospitalar antes de ingressarem na Unidade de Tratamento Intensivo. Resultados: ao ingressar na Residência Multiprofissional Integrada em Saúde, todos os residentes fazem um mês de imersão prática passando pelos serviços essenciais para o cuidado seguro ao paciente atendido na Unidade de Tratamento Intensivo. As residentes de Enfermagem passam pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar para conhecer os protocolos existentes para Prevenção da Infecção do paciente internado na Unidade de Tratamento Intensivo. Também conhecem as capacitações dos profissionais ingressantes na instituição e os profissionais das unidades de internação para conhecimento dos protocolos existentes para a prevenção da infecção e segurança do paciente. Após, as residentes passam alguns dias no Centro de Materiais e Esterilização, onde tem oportunidade de acompanhar todo o processo de preparo e esterilização dos materiais utilizados em vários momentos do atendimento ao 93 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS paciente crítico. Os enfermeiros devem conhecer o processo de preparo dos materiais usados nos cuidados do paciente crítico. A etapa seguinte é conhecer e passar alguns dias no Centro Cirúrgico, onde acompanham cirurgias de grande porte de pacientes da Unidade de Tratamento Intensivo. Observam-se os profissionais realizando escovação, paramentação, manejo dos materiais estéreis e tempos cirúrgicos. Conclusão: o paciente em situação crítica possui maior vulnerabilidade às infecções, exigindo maior cuidado e conscientização dos profissionais de saúde acerca a prevenção e controle das infecções. A vivência prática no Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, Centro de Materiais e Esterilização e Centro Cirúrgico amplia a visão dos residentes acerca da ligação existente entre as unidades que norteiam a terapia intensiva e proporcionam segurança aos pacientes. Observa-se o papel fundamental da enfermagem em todos os setores para o controle das infecções relacionadas à assistência a saúde. Considera-se importante que as residências multiprofissionais contemplem práticas de imersão em setores essenciais ao atendimento do paciente em situação crítica, preparando e estimulando os enfermeiros à formação ampliada com conhecimento pertinente das unidades de apoio para proporcionar uma prática segura na terapia intensiva. A integração dos setores contribui para todos envolvidos, para a qualificação dos serviços, segurança do paciente e desenvolvimento de competências dos residentes. Descritores: Educação. Enfermagem. Segurança do Paciente. Referências Donini, JC, Ebling, SBD, Dornelles CS, Silva SO. A atuação do (a) enfermeiro (a) no controle de infecção hospitalar: um relato de experiência. Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI. 2013;9(16):10-19. Bartolomei SRT, Lacerda RA. Trabalho do enfermeiro no centro de material e seu lugar no processo de cuidar pela enfermagem. Rev Esc Enferm USP. 2006;40(3): 412-7. __________________________ a Residentes de enfermagem do 1º ano da Residência Multiprofissional Integrada em Saúde com Ênfase em Intensivismo da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, RS. 94 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS b Relatora. cProfessora Adjunta da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, RS. Orientadora. 95 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS SEGURANÇA DO PACIENTE EM FOCO: A EDUCAÇÃO PERMANENTE COMO FERRAMENTA DE MUDANÇAS NO PROCESSO DE TRABALHO DA ENFERMAGEM Giovana Ely Floresa, Elisabeth Lopesb, Fernanda Rosa Perdominic, Maria Lúcia Scolad, Maria Rejane dos Santose, Andrea Cruzf Introdução: o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brasil, vem revisando seu processo de trabalho a partir dos padrões de segurança e qualidade da Organização Mundial da Saúde e Joint Commission International, com foco no cuidado ao paciente. Em 2013 obteve a Acreditação Internacional, sendo o primeiro hospital universitário certificado no Brasil. O Hospital de Clínicas de Porto Alegre investe continuamente em melhorias no processo assistencial com relação à qualidade e segurança do paciente. Para tanto, conta com o Serviço de Educação em Enfermagem, que desenvolve ações educativas junto às equipes de enfermagem em interface com os demais profissionais de saúde, na perspectiva da Educação Permanente em Saúde. Uma das estratégias preparatórias para a avaliação de certificação enfatizou as Metas Internacionais de Segurança do Paciente. Objetivo: apresentar as ações educativas preparatórias desenvolvidas para a equipe de enfermagem com foco nas Metas Internacionais de Segurança do Paciente considerando: Políticas, Planos, Protocolos e Procedimentos Operacionais Padrão institucionais. Metodologia: para o desenvolvimento das ações foram utilizadas, como estratégias de primeira escolha, as que privilegiam as metodologias ativas como: sensibilização dos profissionais, capacitação presencial, utilização de ensino a distância e intervenções educativas nas unidades assistenciais na modalidade de grupos focados1. Resultados: as ações educativas nas unidades permitiram a aproximação com a realidade dos profissionais, provocando a problematização sobre seu processo de trabalho, auto-análise e proposição de melhorias em relação à segurança e qualidade do cuidado. Considerando que o processo de educação em saúde é dinâmico e permanente, que a diversidade em um hospital universitário é marcante, que a mudança para uma cultura de segurança necessita de tempo para acontecer, e entendendo que os processos são desenvolvidos por sujeitos, o Serviço de Educação em Enfermagem vem 96 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS permanentemente reavaliando o processo educativo junto às equipes. Conclusão: partindo da concepção de que a qualidade do trabalho em saúde passa pela reflexãoação integrada, foram realizadas mudanças na organização e proposição da educação pelo trabalho que ultrapassaram os limites da enfermagem. As ações passaram a ter um cunho pedagógico multiprofissional e produziram mudanças significativas na coresponsabilização sobre o processo de trabalho, qualidade e segurança assistencial. Contribuições: neste contexto foram observadas melhorias quanto ao engajamento dos profissionais nas questões de segurança e envolvimento do usuário no processo de cuidado. Recomenda-se, portanto, a continuidade do trabalho integrado das equipes com vista ao fortalecimento da cultura de segurança e qualidade da assistência à saúde. Descritores: Educação em Enfermagem. Segurança. Qualidade da Assistência à Saúde. 1 Grupos focados são espaços educativos que fomentam a reflexão e discussão sobre o processo de trabalho da enfermagem a partir da definição institucional de focos de intervenção para melhoria dos processos. Política de Educação em Enfermagem do HCPA, 2013. ____________________________ a Enfermeira do Serviço de Educação em Enfermagem (SEDE), Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS. [email protected]. b Pedagoga do Serviço de Educação em Enfermagem (SEDE), Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS. [email protected] c Enfermeira do Serviço de Educação em Enfermagem (SEDE), Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS. [email protected] dEnfermeira do Serviço de Educação em Enfermagem (SEDE), Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS. [email protected] e Enfermeira do Serviço de Educação em Enfermagem (SEDE), Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS. [email protected] f Enfermeira do Serviço de Educação em Enfermagem (SEDE), Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS. [email protected] 97 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS SEGURANÇA DO PACIENTE EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: RELATO DE EXPERIÊNCIA Gabriela Del Mestre Martinsa, Amanda dos Santos Fragosoa,b, Leila Maria de Abreu Jaggic, Simone Travi Canabarrod, Rita Catalina Aquino Caregnatoe Introdução: considerando a complexidade de procedimentos e tratamentos realizados nos pacientes das Unidades de Terapia Intensiva, o potencial para o prejuízo à saúde do paciente é real. A segurança do paciente é definida como a redução do risco de danos desnecessários associados à atenção à saúde, até um mínimo aceitável.1-2 As instituições devem possuir profissionais capacitados, processos e sistemas adequados para garantir um cuidado seguro.² Objetivo: relatar a experiência de residentes de Enfermagem na segurança do paciente nas Unidades de Terapia Intensiva. Método: trata-se de um relato de experiência sobre a vivência na prática assistencial de residentes de Enfermagem do Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Saúde, com ênfase em intensivismo, da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre em parceria com a Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (ISCMPA), Brasil. Resultados: observou-se em todas as Unidades de Terapia Intensiva da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre que as estratégias mais utilizadas pela equipe de enfermagem para a segurança do paciente são: higienização das mãos nos cinco momentos; identificação do paciente com pulseira e placa no leito; pacientes com risco de queda ou alergia são identificados através de adesivos fixados nas pastas e pulseiras vermelhas; comunicação efetiva entre a equipe através da dupla checagem de informações; avaliação do risco de queda pela Morse Fall Scale; prevenção de úlcera por pressão pela escala de Braden e protocolos padronizados pela instituição; administração segura de medicamentos utilizando-se o Método 9 certos: paciente certo; medicamento certo; hora certa; via certa; dose certa; compatibilidade medicamentosa; orientação ao paciente; direito a recusar o medicamento; anotação correta; uso seguro de dispositivos intravenosos; administração segura de sangue/hemocomponentes. Conclusão: assegurar a segurança do paciente proporciona uma assistência livre de iatrogenias, 98 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS gerando relação de confiança entre paciente e profissional. Além disso, as residências visam à formação de recursos humanos qualificados, configurando uma oportunidade de formar profissionais com um perfil novo, que consigam integrar o ensino à prática diária, utilizando o conhecimento para o cuidado seguro ao paciente. Palavras-chaves: Segurança do Paciente. Cuidados de Enfermagem. Internato não Médico. Referências 1. Dez passos para a segurança do paciente. Conselho Regional de Enfermagem do Estado de São Paulo. Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente. São Paulo; 2010. 32p. 2. Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – REBRAENSP Polo RS. Estratégias para a segurança do paciente: manual para profissionais da saúde. Porto Alegre: EDIPUCRS; 2013. 132p. ___________________________ a Enfermeira residente. Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Saúde com ênfase em intensivismo (REMIS) da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), RS. [email protected] b Relatora. c Enfermeira. Especialista em gestão empresarial. Mestranda, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Gerente hospitalar do Hospital Santa Rita da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, RS. d Enfermeira. Doutora em pediatria e saúde da criança. Professora Adjunta, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). e Enfermeira. Doutora em Educação. Professora Adjunta, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Coordenadora do Programa REMIS/UFCSPA. 99 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS SEGURANÇA DO PACIENTE NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE A DISPENSAÇÃO ELETRÔNICA Andréia Barcellos Teixeira Macedoa, Ariane Graciottob, Carla Egresc, Ivanise Perboni Torresc, Rosalice dos Santos Barbosa Pradoc,d, Roberta Guimarãesc Introdução: os erros de medicação estão diretamente relacionados aos desfechos clínicos dos pacientes. Sua ocorrência, além de aumentar o tempo de internação hospitalar e os custos decorrentes da mesma, pode gerar danos significativos aos pacientes1. A administração de medicamentos é de responsabilidade da enfermagem nas 24 horas e, com o intuito de promover práticas seguras, as instituições de saúde estão investindo em meios para garantir a segurança da assistência ao paciente, reduzindo possíveis eventos adversos. O sistema automatizado de dispensa de medicação agiliza a gestão de medicamentos de forma descentralizada, essa solução ajuda as instituições no processamento e na administração dos medicamentos com segurança e eficiência2. Objetivo: relatar a percepção da equipe de enfermagem da unidade sobre a utilização do equipamento. Metodologia: trata-se de um relato de experiência dos profissionais de enfermagem de uma unidade de internação destinada a pacientes com germe multirresistente de um hospital escola do sul do Brasil. As vivências se deram no período de setembro de 2013 a setembro de 2014. Resultados: pontos positivos citados: seleção atenta e correta do medicamento; redução de exposição dos medicamentos nas bancadas, do tempo de envolvimento do enfermeiro com os controlados; controle no consumo de medicamentos e materiais, do usuário e acesso; diminuição de estorno de medicamentos; segurança no armazenamento de medicamentos de alta vigilância e psicotrópicos; sinalização nos casos de quase erros, como alteração na prescrição médica, retirada de doses erradas e medicações vencidas. Pontos de melhoria: necessidade de vários reaprazamentos on-line, liberação apenas pelo farmacêutico em caso de não conformidade, bloqueios automáticos de longo tempo da máquina, discrepância do número de medicamentos e materiais disponíveis, demora na liberação de medicamentos em urgências, ausência de alguns kits de material para preparo do medicamento, indisponibilidade de encaminhar todas as medicações do paciente para outros setores, fila e atraso no momento da retirada da medicação. Conclusão, 100 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS contribuições e implicações para a Enfermagem: frente o exposto, conclui-se que o uso do equipamento de dispensação eletrônica de medicamentos serve como estratégia para promover segurança do paciente. Por outro lado, alguns resultados esperados não foram observados neste piloto. O equipamento demanda tempo para a equipe de enfermagem, artigo raro nas condições atuais da unidade. Além do mais, observa-se que alguns processos ainda necessitam de ajustes. Descritores: Segurança do Paciente. Sistemas de Medicação. Enfermagem. Referências 1 Brasil. Ministério da Saúde. Protocolo de segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos. Brasília, DF; 2013. 2 Grifols México SA de CV. Sistema automático de distribuição para gestão de medicamentos Pyxis MEDSTATION 4000. 2014. ___________________________________ aEnfermeira, chefe. Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS. E-mail: [email protected] bEnfermeira. cTécnica Hospital de Clinicas de Porto Alegre, RS. de enfermagem. Hospital de Clinicas de Porto Alegre, RS. E-mail: Rosalice- [email protected] d Relatora. 101 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS SEGURANÇA DO PACIENTE: ESTRATÉGIAS PARA PREVENÇÃO DA RESISTÊNCIA BACTERIANA Roberta Soldatelli Pagno Paima, Elisiane Lorenzinib Introdução: a resistência antimicrobiana por bactérias patogênicas é uma ameaça crescente no tratamento de doenças infecciosas por micro-organismos multirresistentes, o que compromete a Segurança do Paciente, constituindo-se em problema de Saúde Pública.1 Objetivo: analisar a produção científica acerca do tema resistência bacteriana, visando contribuir na produção de conhecimento acerca de estratégias de prevenção da resistência bacteriana. Metodologia: estudo descritivo, na perspectiva de uma revisão narrativa da literatura, realizada em janeiro de 2014, na Biblioteca Virtual em Saúde, através da Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Resultados: no recorte temporal de 2008 a 2014, foram selecionados oito artigos que relatavam estratégias de prevenção da resistência bacteriana. O uso indiscriminado de antimicrobianos é o principal fator relacionado com a emergência de cepas microbianas resistentes, e a resistência antimicrobiana pode ser reduzida pelo uso dos mesmos de forma racional, considerando-se as propriedades farmacológicas dos antimicrobianos, a diferenciação segundo seu uso em profiláticos, empíricos e terapêuticos, bem como pelos testes de diagnósticos e testes de susceptibilidade antimicrobiana. A educação continuada da equipe multidisciplinar é uma estratégia para prevenção da resistência antimicrobiana. A higienização das mãos é a medida mais eficaz na prevenção e controle das infecções relacionadas à assistência à saúde e, também, um pilar fundamental para a redução da disseminação da resistência bacteriana.2-5 Conclusão: o uso racional de antimicrobianos, a higienização adequada das mãos, a cultura de vigilância microbiológica, a educação continuada, a desinfecção de superfícies, uso de testes de suscetibilidade, o isolamento de contato, quando indicado, e a manutenção de um banco de dados constituem-se em estratégias encontradas neste estudo para prevenir a seleção de micro-organismos resistentes. Contribuições para a enfermagem: este estudo contribui para os profissionais refletirem sobre a resistência bacteriana e suas possíveis 102 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS consequências, auxiliando-os a adotar medidas preventivas com o objetivo de contribuir para a segurança do paciente. Palavras-chave: Segurança do Paciente. Farmacorresistência Bacteriana. Infecção Hospitalar. Referências 1. World Health Organization. Antimicrobial resistance: global report on surveillance. 2014[acesso em 2014 Jun 07]. Disponível em: http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/112647/1/WHO_HSE_PED_AIP_2014.2_eng. pdf 2. Chang RL, Cho IH, Jeong BC, Lee SH. Strategies to minimize antibiotic resistance. Int. J. Environ. Res. Public Health 2013[acesso em 2013 Set 21];10 (9):4274-305. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3799537/pdf/ijerph-10-04274.pdf 3.Oliveira AC, Silva RS. Desafios do cuidar em saúde frente à resistência bacteriana: uma revisão. Revista Eletrônica de Enfermagem 2008[acesso em 2013 Jun 11];10 (1):189-97, Disponível em: http://www.fen.ufg.br/fen_revista/v10/n1/pdf/v10n1a17.pdf 4. Lorenzini E, Nunes G, Pagno RS, Costa TC; Silva EF. Enfermería y control de infecciones en la UCI neonatal: revisión integradora de la literatura. Enfermería Comunitaria (rev. digital) 2013,9(2).Disponible en: http://www.index- f.com/comunitaria/v9n2/ec9168.php 5. Paim RSP, Lorenzini E. Incidência bacteriana e resistência antimicrobiana de uma instituição hospitalar de médio porte da região nordeste do Rio Grande do Sul. Biblioteca Lascasas 2013;9(3). Disponível em: http://www.index- f.com/lascasas/documentos/lc0731.php ______________________________ aFarmacêutica. Mestre em Biotecnologia. Docente. Faculdade da Serra Gaúcha. Faculdade Fátima, Caxias do Sul, RS. Relatora. E-mail: [email protected] 103 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS bEnfermeira. Mestre em Ciências da Saúde. Doutoranda em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS. E-mail: [email protected] 104 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS TRATAMENTO DE ÚLCERAS POR PRESSÃO COM ALTA FREQUÊNCIA: UMA INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA Rafael de Almeidaa, Fernanda Duarte Siqueirab, Cristiane Giacomollic, Eniva Miladi Fernandes Stummd Introdução: úlceras por pressão são lesões teciduais localizadas, decorrentes de compressão, associadas à fricção ou cisalhamento dos tecidos moles, entre uma proeminência óssea e uma superfície rígida, comprometendo pele e tecidos subjacentes. O uso de equipamento de alta frequência é indicado para tratamento das respectivas feridas, com boa resolutividade. Objetivos: geral - avaliar o uso de um equipamento de alta frequência no tratamento de úlceras por pressão em uma Unidade de Reabilitação. Os objetivos específicos são caracterizar os pacientes participantes do estudo com variáveis de identificação, sociodemográficas e clínicas; verificar a neoformação tecidual após aplicação de alta frequência modulada de acordo com a sensibilidade do paciente e avaliar os estágios de cicatrização da úlcera por pressão no decorrer do tratamento. Metodologia: trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, transversal. Será realizada uma intervenção fisioterapêutica com pacientes com úlcera por pressão, estágios 2 e 3, assistidos em uma Unidade de Reabilitação, durante 60 dias. Os instrumentos de coleta de dados compreendem um formulário com dados de caracterização e clínicos e imagens fotográficas das úlceras por pressão dos pacientes, antes, durante a após a intervenção fisioterapêutica. Os resultados serão analisados com estatística descritiva e respeitados todos os aspectos éticos de pesquisa com pessoas. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Regional do Noroeste do EstadoUNIJUÍ, Brasil, Parecer Consubstanciado 787.068. Conclusão: os resultados dessa intervenção podem ser importantes para qualificar a assistência a pacientes com úlceras por pressão e instigar pesquisadores e profissionais da saúde para a construção de mais investigações, inclusive com outros olhares. Implicações/contribuições para a Fisioterapia e Enfermagem: esta intervenção pode ser importante para ambas as áreas da saúde, no sentido de instigar os profissionais a realizar trabalhos integrados para qualificar a assistência a pacientes com feridas. 105 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS Descritores: Úlcera por Pressão. Técnicas de Fechamento de Feridas. Fisioterapia. Referências 1 Souza DMST, Santos VLCG. Fatores de risco para o desenvolvimento de úlceras por pressão em idosos institucionalizados. Rev Lat Am Enferm. 2007;15(5):958-64. 2 Rangel EML, Caliri MHL. Uso das diretrizes para o tratamento da úlcera por pressão por enfermeiros de um hospital geral. Rev Eletr Enf. 2009;11(1):70-7. 3 Pato TR, Kawamoto CA, Riberto M, Thomaz A, Raimundo VR, Myahara KI, et al. Desenvolvimento de um protocolo de avaliação de pacientes com úlceras de pressão através da telemedicina e imagens digitais. Acta Fisiatr. 2007;14(4):204-9. 4 Medeiros ABF, Lopes CHA, Jorge MS. Análise da prevenção e tratamento das úlceras por pressão propostos por enfermeiros. Rev Esc Enferm USP. 2009;43(1):223- 38. __________________________________ a Acadêmico de Fisioterapia, Unijuí, Ijuí, RS. Email: [email protected] b Acadêmica de Enfermagem, Bolsista de Iniciação Científica PIBIC/CNPq, Unijuí, Ijuí, RS. Relatora. Email: [email protected] c Fisioterapeuta, d Enfermeira, Unijuí, Ijuí, RS. Email: [email protected] Doutora em Ciências, Unijuí, Ijuí, RS. Email: [email protected] 106 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: PREVENÇÃO DA INFECÇÃO DE CORRENTE SANGUÍNEA RELACIONADA À INSERÇÃO DE CATETER VENOSO CENTRAL Állany Silva Kleina, Jaqueline Lopes da Rocha Santosb, Katiusse do Amaral Soaresc, Mariana Lopes de Camposd, Rita Catalina Aquino Caregnatoe Introdução: os cateteres venosos centrais são indispensáveis na prática em unidades de terapia intensiva. No entanto, são importantes fontes de infecção primária da corrente sanguínea¹. O risco de infecção relacionado ao cateter venoso central está associado às práticas adotadas no momento da inserção, à localização do acesso, experiência do profissional que realiza o procedimento, tempo de permanência, tipo e manipulação do cateter, entre outros². Esses fatores constituem pontos estratégicos importantes para ações preventivas dessas infecções, proporcionando maior segurança ao paciente. Objetivos: relatar a experiência da implementação de práticas de controle de infecção de corrente sanguínea associada ao cateter venoso central. Metodologia: trata-se de um relato de experiência sobre os cuidados implementados para prevenção de infecções de corrente sanguínea associadas ao cateter venoso central em pacientes na unidade de terapia intensiva adulto do Hospital Santa Clara do Complexo Hospitalar Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Brasil. Resultados: dos 26 pacientes internados na unidade de terapia intensiva, cerca de 90% possuem cateter venoso central, sendo que no mês de julho de 2014, cerca de 10 foram submetidos à passagem de cateter venoso central. Neste mês, na unidade, ocorreram 4,5 infecções por 1000 cateteres venosos centrais/dia. O controle das medidas preventivas é realizado através da observação não participante com o preenchimento de uma ficha no acompanhamento da inserção do cateter venoso central, sendo o registro realizado por enfermeiros ou técnicos de enfermagem. Os itens avaliados são: higienização das mãos, uso de barreira estéril, número de tentativas, sítio de inserção e tipo de cobertura de curativo. As fichas são avaliadas pelo Serviço de Controle de Infecção do Hospital. Conclusão: o instrumento utilizado auxilia na avaliação da prática, na identificação de oportunidades para intervenções e redução do número de infecções, integrando cuidados em prol da segurança do paciente. Implicações para Enfermagem: a adoção de uma ficha de acompanhamento aplicada a cada inserção de 107 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS cateter venoso central é um medida preventiva que auxilia a identificar falhas no processo que podem levar à infecção de corrente sanguínea. Descritores: Infecções Relacionadas a Cateter. Segurança do Paciente. Referências 1 Castilho LD, et al. Infecções de corrente sanguínea relacionadas ao cateter venoso central em terapia intensiva: ensaio clínico randomizado aberto. Revista Nursing. 2009;12(136):429-34. 2 Fernandes AT, Ribeiro NF. Infecção do acesso vascular. In: Fernandes AT, Fernandes MA, Ribeiro NF, organizadores. Infecção hospitalar e suas interfaces na área da saúde. São Paulo: Atheneu; 2000. p. 556-79. __________________________________ aEnfermeira, Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (ISCMPA), RS. E- mail: [email protected] bEnfermeira, Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (ISCMPA), RS. E- mail: [email protected] cEnfermeira, Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (ISCMPA), RS. E- mail: [email protected] dAcadêmica de Enfermagem, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), RS. Relatora. E-mail: [email protected] eProfessora, Doutora, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), RS. E-mail: [email protected] 108 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS 2 PESQUISA SOBRE SEGURANÇA DO PACIENTE 109 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS A SEGURANÇA DO PACIENTE NA CLASSIFICAÇÃO DE RISCO: PAPEL DO ENFERMEIROa Giuliana Caldeirini Arutob, Katia Cilene Bertoncelloc, Luciana Bihain Hagemannd Introdução: a cada ano ocorrem entre 210.000 a 400.000 mortes causadas por eventos adversos em hospitais nos Estados Unidos1. No Brasil, a incidência de eventos adversos é de 7,6%, dos quais 66% são considerados evitáveis2. Nesse contexto, o Ministério da Saúde instituiu em 2013 o Programa Nacional de Segurança do Paciente, com o objetivo geral de contribuir para a qualificação do cuidado em saúde em território nacional, de qualquer natureza econômica e administrativa, de acordo com a prioridade conferida à segurança do paciente em serviços de saúde3. Objetivo: avaliar a segurança do paciente na classificação de risco de uma unidade de emergência adulto através da acurácia de enfermeiros. Metodologia: trata-se de estudo quantitativo, transversal e retrospectivo realizado entre outubro e dezembro de 2013, em um hospital escola do sul do Brasil. Foram realizadas 380 reclassificações de risco seguindo o protocolo institucional a fim de obter o real nível da classificação de risco. Resultados: observou-se que a acurácia da classificação de risco institucional é excelente através do coeficiente de concordância de Kappa. Obteve- se um valor de Kappa de Cohen de 0,786, com intervalo de confiança de 95% entre 0,732 e 0,840 com valor de hipótese nula de 0,042 (menor que o limite estimado de 0,4). Assim, sugere excelente acordo entre a avaliação e a reavaliação. Apesar de menos frequentes, os erros observados em alguns casos de subestimação do risco podem ser considerados erros graves, uma vez que podem acarretar sérios danos para os usuários, pois o erro de classificação determina um tempo de atendimento que pode ser crucial para sua condição de saúde. Conclusão: o protocolo mostrou-se confiável para determinação dos níveis de prioridade, fortalecendo a cultura da segurança do paciente nos serviços de urgência e emergência. Contribuições para a enfermagem: este estudo contribui para a detecção precoce de erros relacionados à classificação de risco e destaca o papel do enfermeiro nesse serviço, de forma a oferecer uma assistência com qualidade e com segurança ao paciente. Descritores: Segurança do Paciente. Acolhimento. Enfermagem. 110 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS Referências 1 James JT. A New, evidence-based estimate of patient harms associated with hospital care. J Patient Saf. 2013;9:122-8. 2 Mendes WV, et. al. The assessment of adverse events in hospitals in Brazil. Int J Qual Health Care. 2009;21(4):279–84. 3 Brasil. Portaria nº 529 de 1º de abril de 2013. Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Diário Oficial da União. 2013. _______________________________ a. Parte da dissertação de Mestrado apresentada em 2014 ao Programa de Mestrado Multidisciplinar em Saúde da Universidade Federal de Santa Catarina (USFC). b. Enfermeira. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFSC. E- mail: [email protected] c. Doutora em Enfermagem Fundamental. Professora Adjunta II, do Departamento de Enfermagem da UFSC. Coordenadora do Mestrado Profissional Associado à Residência Multidisciplinar em Saúde da UFSC. E-mail: [email protected] d Mestre em Saúde pela UFSC. Enfermeira Assistencial da Unidade de Emergência Adulto do HU/UFSC. E-mail: [email protected]. Relatora. 111 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS A SEGURANÇA DO PACIENTE POR MEIO DA PESQUISA EM ENFERMAGEM Jonathas Cristiano Figueiredo¹, Jane Martin², Neusa Eliane Lobchenco³, Aline Carla Hennemann4, Claudia Capellari5, Thiago Silva6 Introdução: a preocupação com a alimentação do indivíduo existe desde o período neonatal. Com o decorrer dos anos e a vida agitada, o ser humano parece não identificar a importância deste aspecto como sendo fundamental para manutenção da sua sobrevivência. Na atualidade, grande parte da produção de pesquisa fica restrita ao âmbito acadêmico, tanto em ambientes de formação, quanto em instituições ligadas a academias, como os hospitais universitários. Entendemos a importância da pesquisa para as melhores práticas na área da saúde e, para isso, é mister a formação de profissionais consumidores da mesma em seus cenários de trabalho. As evidências alcançadas devem ser condutoras de práticas mais seguras e eficazes. Objetivo: despertar o olhar científico do acadêmico de enfermagem sob a ótica da nutrição por meio de práticas baseadas em evidências, na disciplina Cuidados Nutricionais em Saúde. Método: trata-se de relato de experiência da construção de projetos, realizado por acadêmicos de enfermagem. Os projetos se concentraram em práticas baseadas em evidências. Resultados: foram construídos quatro projetos com os enfoques: Avaliação do índice de massa corporal em corredores esportivos do vale do Paranhana, Brasil; Conhecimento da equipe de enfermagem no e manuseio com sonda nasoenteral; Avaliação do nível de conhecimento dos enfermeiros atuantes nas unidades de internação dos hospitais da serra gaúcha sobre dispositivos enterais; Avaliação do índice de massa corporal de escolares na cidade de Taquara, RS. Conclusão: os projetos estão em processo de apreciação pelo Comitê de Ética em Pesquisa. A operacionalização dos projetos estimula os acadêmicos em busca de conhecimentos, desvelando oportunidade de novos eixos na enfermagem baseada em evidências, principalmente dentro de uma temática tão especifica como a terapia nutricional. No momento em que o aluno produz pesquisa, ele consome pesquisa, com isso acredita-se formar um ciclo de cuidado instrumentalizado através do conhecimento cientifico. 112 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS Palavras-chave: Pesquisa. Enfermagem. Terapia Nutricional. Referências Barbosa JAG. Enfermagem em terapia nutricional. Nursing (São Paulo). 2003 Maio;6(60):21-24. Ciosak SI, Matsuba CST, Serpa LF. Terapia nutricional enteral e parenteral – consenso de boas práticas de enfermagem. São Paulo: Martinari; 2011. Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral, Sociedade Brasileira de Clínica Médica, Associação Brasileira de Nutrologia. Recomendações nutricionais para adultos em terapia nutricional enteral e parenteral. São Paulo; 2011. _________________________________________________ ¹Acadêmico. Curso de Bacharelado em Enfermagem das Faculdades Integradas de Taquara, RS - FACCAT. Relator. ²Acadêmica. Curso de Bacharelado em Enfermagem das Faculdades Integradas de Taquara, RS - FACCAT. ³Acadêmica. Curso de Bacharelado em Enfermagem das Faculdades Integradas de Taquara, RS - FACCAT. 4Enfermeira. Graduada pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Especialista na área Materno Infantil pelo Instituto de Educação e Pesquisa do Hospital Moinhos de Vento (IEP/HMV). Mestranda em Pediatria/Saúde da Criança pela Pontifícia Universidade Católica (PUCRS). Especializando em Docência na Saúde (UFRGS) Professor do Curso de Bacharelado em Enfermagem das Faculdades Integradas de Taquara, RS - FACCAT. 5Enfermeira. Graduada pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especializanda em Docência na Saúde (UFRGS) Coordenadora do Curso de Bacharelado em Enfermagem das Faculdades Integradas de Taquara, RS - FACCAT. 6Enfermeiro. Graduado pelo Centro Universitário Metodista do Sul (IPA). Especialista em Urgência e Emergência Adulto e Pediátrico pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Mestre em Enfermagem pelo Programa de Pós Graduação em Enfermagem 113 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Especializando em Docência na Saúde pela Universidade do Rio Grande do Sul (UFRGS) Professor do Curso de Bacharelado em Enfermagem das Faculdades Integradas de Taquara, RS - FACCAT. 114 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS A SEGURANÇA NA ASSISTÊNCIA PRESTADA AOS PACIENTES SUBMETIDOS A PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS Francisco Carlos Pinto Rodriguesa, Emanuela Rosa Gomesb, Luélen Rodrigues Vallec Introdução: a segurança do paciente tanto a nível mundial quanto na América do Sul tem sido amplamente discutida, tema atual e contemporâneo. Em 2007, na XXII Reunião de Ministros da Saúde do Mercado Comum do Cone Sul, houve o primeiro movimento oficial do bloco de apoio à primeira meta da Aliança Mundial para a Segurança do Paciente “una atención limpia, es uma atención mas segura”1 Segundo a Escola Nacional de Saúde Pública2, “cerca de 10% dos pacientes internados sofrem algum tipo de evento adverso. Destes, 66% poderiam ser evitados”, apontou estudo desenvolvido pelo pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública e integrante do Centro Colaborador para a Qualidade do Cuidado e a Segurança do Paciente2 (Proqualis), Walter Mendes3. Objetivo: a pesquisa tem como objetivo geral investigar junto a um hospital de médio porte as condições de segurança na assistência prestada aos pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos. Método: trata- se de uma pesquisa qualitativa do tipo descritiva. A coleta de dados foi realizada em um hospital de médio porte localizado no interior do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. A população foi composta por profissionais de enfermagem. Foram realizadas 15 entrevistas. O status do projeto encontra-se na fase de categorização dos dados. Após a produção de dados, iniciou-se a análise e a discussão emergindo duas categorias: “A segurança do paciente submetido a procedimentos cirúrgicos” e “Consideração ética no período perioperatório”. Resultados: mediante as conclusões da pesquisa, acredita-se que existe falta de conhecimento dos profissionais de enfermagem em relação à segurança do paciente, e que a instituição pesquisada não trabalha com nenhum tipo de protocolo ou checklist voltado para a segurança do paciente. Conclusão: através desta pesquisa busca-se aprimorar os conhecimentos e aprendizagem da equipe de enfermagem sobre a segurança do paciente para que, assim, reflita em uma assistência de qualidade e humanizada no cuidado, contribuindo com a equipe e o paciente. 115 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS Descritores: Segurança do Paciente. Procedimentos Cirúrgicos. Equipe de Assistência ao Paciente. Referências 1 MERCOSUR. Mercosur/RMS/Acta n. 02/07. XXIII Reunión de Ministros de Salud del Mercosur. Montevideo; 2007. 2 Escola Nacional de Saúde Pública. Segurança do paciente: ENSP elabora protocolos. Rio de Janeiro; 2013 [acesso em 2013 Abr 08]. Disponível em: http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/site/materia/detalhe/32324 3 Ministério da Saúde (Brasil). Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Rede Nacional de Investigação de Surtos e Eventos Adversos em Serviços de Saúde (Reniss). Folder. Brasília, DF: ANVISA; 2004. _____________________________________________ a Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professor do Curso de Enfermagem da Universidade Regional Integrada de Santo Ângelo; RS. Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Enfermagem Saúde e Educação – GEPESE. Relator. E-mail: [email protected] b Acadêmica do 8º Semestre de Enfermagem, bolsista da Iniciação Cientifica da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões. E-mail: [email protected] c Acadêmica do 8º Semestre de Enfermagem, bolsista de Iniciação Cientifica da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões. E-mail: [email protected] 116 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS ADESÃO À PRÁTICA DE HIGIENE DE MÃOS POR PROFISSIONAIS DE SAÚDE EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA Giordana dos Santos Ribeiroa, Lisnéia Fabiani Bockb, Jean Mauhsc, Patrícia Trevisod Introdução: a Organização Mundial da Saúde1 considera a inserção da prática de lavagem de mãos, como sendo necessária e obrigatória aos profissionais de saúde. Sabese, que a higienização de mãos é uma medida simples e importante para a diminuição da incidência de infecções relacionadas à saúde e transmissão de patógenos. Objetivo: relacionar o impacto da técnica de abordagem individual e de observação em relação à prática de lavagem de mãos dos profissionais da saúde. Método: pesquisa documental, retrospectiva, quantitativa, realizada em um Hospital Geral Privado de Porto Alegre, Brasil, no mês de abril de 2014. Foram avaliados documentos relativos ao registro de lavagem de mãos do Serviço de Controle de Infecção deste hospital, relativos ao período de abril a setembro de 2013. Para a coleta de dados foi utilizado roteiro elaborado pelos pesquisadores. Para análise dos dados utilizou-se teste qui-quadrado e associação de variáveis, através do software estatístico, SPSS, versão 21.0. Foram analisados 819 registros relativos à de higienização de mãos de diferentes categorias profissionais que trabalhavam na UTI. Resultado: os momentos para a higienização de mãos aproveitadas/realizadas durante os três últimos meses pelos profissionais de saúde no setor, antes de iniciar a abordagem individual foi de 240 oportunidades e após iniciar a abordagem individual este número foi para 374, um aumento de 134 oportunidades. O estudo revelou que a categoria de profissionais que mais foi observada realizando a lavagem de mãos foi a de técnicos de enfermagem e a que menos foi observada foi a de médicos. A categoria que mais aderiu à prática de lavagem de mãos foi a de técnicos de enfermagem e de fisioterapeutas, e a que mostrou baixo índice de mudança de comportamento de lavagem de mãos em comparação ao período de observação e de abordagem individual foi a categoria enfermeiros, visto que o índice manteve-se alto para lavagem de mãos tanto no período de observação como no período de abordagem. 117 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS Conclusão: o estudo possibilitou identificar que a técnica de abordagem individual aumenta a prática de lavagem de mãos dos profissionais em comparação à técnica de observação. Contribuições para a Enfermagem: estes resultados levam à reflexão sobre o quão necessário é repensar ações e estratégias para a prática profissional, enquanto facilitadores no processo de educação permanente, visando à profilaxia e controle de infecção em serviços de saúde, buscando mudança de comportamento profissional em prol de boas práticas de higienização das mãos. Descritores: Lavagem de Mãos. Unidade de Terapia Intensiva. Profissional da Saúde. Referência 1 Organização Mundial da Saúde. Primeiro desafio global de segurança do paciente cuidado limpo é cuidado seguro. Diretrizes da OMS sobre a higienização das mãos na assistência à saúde. Genebra: Organização Mundial da Saúde; 2009. ______________________ a Enfermeira do Hospital Ernesto Dornelles. Porto Alegre, RS. Relatora. b,c, d Enfermeiros. Docentes do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Metodista - IPA. Porto Alegre, RS. 118 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS ADESÃO AO BUNDLE DE PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA: QUALIDADE ASSISTENCIAL E SEGURANÇA PARA O PACIENTE Ariane Monteiroa,b, Michele Borgesa, Luciana Galoa, Marcia Arsegoa, Renata Piresa, Teresa Cristina Sukiennikc Introdução: a pneumonia associada à ventilação mecânica é uma das infecções relacionadas à assistência à saúde mais comuns em unidades de terapia intensiva. O Institute for Healthcare Improvement recomenda que as unidades de terapia intensiva implementem um pacote de medidas a serem acompanhadas diariamente com o objetivo de melhorar a assistência e segurança para pacientes em ventilação mecânica. Acredita-se que um pacote de medidas de prevenção isolado não seja responsável pela redução das infecções; o processo requer atividades multidisciplinares na busca pela mudança de cultura1. Objetivo: verificar o impacto direto da adesão ao bundle de pneumonia associada à ventilação mecânica na densidade de incidência de pneumonia associada à ventilação mecânica. Metodologia: o estudo foi realizado em uma unidade de terapia intensiva geral, com 26 leitos, de um hospital terciário de Porto Alegre, RS, de janeiro a julho de 2014. Foram incluídas as fichas de observação de adequação ao bundle de prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica dos pacientes internados e em ventilação mecânica na unidade de terapia intensiva. A auditoria foi realizada diariamente pelo enfermeiro assistencial, avaliando-se os seguintes itens: 1) cabeceira elevada de 30 a 45º, através da observação direta; 2) atendimento diário de fisioterapia respiratória, através de informações do prontuário do paciente; 3) higiene oral diária, através de informações do prontuário do paciente; 4) ausência de líquido condensado no circuito do respirador, através de observação direta; 5) posição filtro-circuito do respirador através de observação direta; 6) mensuração diária da pressão do cuff do tubo orotraqueal, através de informações do prontuário do paciente. O bundle foi considerado adequado quando todas as medidas foram realizadas conforme as recomendações. Para o diagnóstico de pneumonia associada à ventilação mecânica foram utilizados os critérios brasileiros da infecção do trato respiratório publicados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Foi mensurado mensalmente a densidade de incidência de pneumonia associada à ventilação mecânica e a adesão ao bundle de 119 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS pneumonia associada à ventilação mecânica. Resultados: a meta de densidade de incidência de pneumonia associada à ventilação mecânica da unidade é de 6,91/1000vm-dia. Nos meses de março e julho, em que a densidade de incidência foi mais alta (8,85/1000vm-dia e 9,50/1000vm-dia), o percentual de adesão ao bundle foi baixo (81,5 e 70,5 respectivamente). Nos meses restantes, a densidade de incidência se manteve dentro da meta e o percentual de adesão às medidas mostrou-se mais elevado na maioria dos meses. Conclusão: observamos que a adesão ao pacote de medidas influencia diretamente na densidade de incidência de pneumonia associada à ventilação mecânica, contribuindo para a segurança do paciente, redução de custos e qualidade assistencial. Descritor: Segurança do Paciente. Referências 1 Marra AR; et al. Successful prevention of ventilator-associated pneumonia in an intensive care setting. Am J Infect Control. 2009 Oct;37(8):619-25. 2 Anvisa (Brasil). Segurança do paciente e qualidade nos serviços de saúde: critérios diagnósticos de infecção relacionada à assistência à saúde. Brasília: Anvisa; 2013. ______________________ aEnfermeiras bRelatora. cMédico do CIH, Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, RS. E-mail: [email protected] do CIH, Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, RS. 120 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS ADESÃO DOS PROFISSIONAIS DE TERAPIA INTENSIVA AOS CINCO MOMENTOS DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS Luccas Melo de Souzaa, Lisiani Meirellesb, Audrey Klingerc, Evelyn Beckerd, Maríndia Fernandes Ramose Introdução: as mãos dos profissionais da saúde são o principal veículo de infecções cruzadas na assistência à saúde. Com o aumento de novos tipos de microrganismos e da resistência antimicrobiana, a apreensão com as infecções em locais de assistência à saúde se tornou um dos mais importantes problemas para a segurança do paciente. Objetivo: identificar a adesão dos profissionais de saúde de uma Unidade de Terapia Intensiva aos cinco momentos da higienização das mãos. Metodologia: estudo transversal, analítico, com abordagem quantitativa, embasado em dados secundários obtidos em um banco de dados de um Serviço de Controle de Infecção Hospitalar. O banco de dados foi construído por observações diárias dos profissionais de uma Unidade de Terapia Intensiva de um hospital público de Porto Alegre, RS, realizadas de maio a dezembro de 2012. Resultados: foram analisadas 793 observações. Em 446 (56,2 %) não ocorreu a higienização das mãos, sendo que a adesão ficou em 43,7%. Os fisioterapeutas foram os profissionais de maior adesão à prática nos procedimentos acompanhados (53,5%), e os técnicos de enfermagem tiveram menor adesão (29,2%), com p<0,001. As ações com menor adesão à higienização das mãos foram aquelas “antes do contato com o paciente” (18,4%) e “antes de procedimento asséptico” (20,9%). A ação após contato com o paciente teve 55,6% de adesão à higienização das mãos, seguida de risco de exposição a fluído (55,6%) e após o contato com o ambiente do paciente (49,1%). Conclusões: a taxa de adesão à higienização das mãos pode ser considerada baixa, mesmo que não haja parâmetros definidos para classificação de boa ou má adesão. Os técnicos de enfermagem foram os que tiveram menor adesão, o que preocupa, pois são os profissionais com maior frequência de contato com os pacientes. Contribuições para a enfermagem: com o presente estudo, sugerem-se alternativas para melhorar a adesão à higienização das mãos: buscar novos parceiros para adesão a essa prática, criar feedback 121 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS no ambiente de trabalho, aumentar o número de treinamentos com diferentes dinâmicas, realizar pesquisas para identificar o que é considerado significativo para melhorar a adesão à higienização das mãos, implementar programas educacionais e motivacionais para a prática da higienização das mãos em todas as redes de atenção hospitalar. Descritores: Enfermagem. Infecção Hospitalar. Higiene das Mãos. Referências Brasil. Ministério da Saúde. Organização Mundial de Saúde (OMS) Organização PanAmericana da Saúde (OPAS), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Manual do observador: estratégia multimodal da OMS para a melhoria da higienização das mãos. Brasília (DF); 2008. Organização Mundial de Saúde (OMS). Diretrizes da OMS sobre higienização das mãos na assistência à saúde (versão preliminar avançada). Brasília: OMS/ANVISA; 2005. ____________________________ a Doutor em Enfermagem. Professor Adjunto da Universidade Luterana do Brasil, campus Gravataí (ULBRA Gravataí). [email protected] bAcadêmica de Enfermagem e Bolsista de Iniciação Científica da ULBRA Gravataí. Relatora. [email protected] cAcadêmica de Enfermagem e Bolsista de Iniciação Científica Voluntária da ULBRA Gravataí. [email protected] dAcadêmica de Enfermagem e Bolsista de Iniciação Científica Voluntária da ULBRA Gravataí. [email protected] eEnfermeira do Hospital Dom João Becker. [email protected] 122 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS ANÁLISE DE INCIDENTES NOTIFICADOS EM HOSPITAL DE GRANDE PORTE: CONTRIBUIÇÕES PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE Ana Cristina Pretto Bá oa, Juliana Annita Ribeiro Santib, Elisiane Lorenzinic Introdução: a ocorrência de incidentes que comprometem a segurança do paciente configura-se em desafio premente em todas as instituições que prestam serviços de assistência à saúde(1). Em resposta a essa necessidade global, a Organização Mundial da Saúde lançou, em 2004, a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente(2). Objetivo: avaliar os incidentes notificados entre os anos 2008 e 2012, em um hospital de grande porte da região Sul do Brasil. Metodologia: estudo retrospectivo de análise documental, transversal, descritivo, com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados em março de 2013, analisados e apresentados em frequência absoluta e relativa. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa Virvi Ramos, com o parecer número 224.450. Resultados: a maior frequência de notificação (64,8%) ocorreu nas unidades de internação. Os incidentes de maior prevalência foram as quedas (45,4%), os erros de medicação (16,7%) e outros incidentes (16,2%). Houve um crescimento considerável do número de incidentes notificados em 2008, 103 (13,6%), e em 2012, 239 (31,7%). Em geral, apesar do evidente crescimento do número de incidentes notificados, estudos nacionais e internacionais apontam para a presença de subnotificação ou a não notificação, devido ao medo de punição ainda presente nas situações de erros(3,4). Conclusão: identificaram-se 755 casos de notificação de incidente, representando 1,1% do total de internações. O baixo número de notificações pode estar relacionado ao sistema adotado pela instituição, no qual o profissional que notifica o incidente deve se identificar. Sugere-se que as instituições de saúde trabalhem em busca da Cultura de Segurança. Para tanto, faz-se necessário o envolvimento da direção e de todos os atores dos diversos níveis operacionais. Contribuições para a Enfermagem: considerando a falta de dados disponíveis, o que impossibilita definir, de forma exata, a magnitude do problema dos eventos adversos e incidentes com pacientes no Brasil, o 123 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS estudo contribuiu na produção de conhecimento acerca do tema amplamente discutido no cenário mundial, a Segurança do Paciente. Descritores: Segurança do Paciente. Gerenciamento de Segurança. Erros de Medicaçã o. Referê ncias 1 Lorenzini E, Santi JAR, Báo ACP. Patient safety: analysis of the incidents notified in a hospital, in south of Brazil. Rev Gaúcha Enferm. 2014 Jun;35(2):121-7. 2 World Health Organization. World alliance for patient safety. [citado 2012 Ago 15] Disponıv́ el em: http://www.who.int/patientsafety/worldalliance/en/ 3 Silva EF, Faveri F, Lorenzini E. Medication error in the exercise of nursing: an integrative review. Enfermería Global. 2014;13:330-7. 4 Garrouste-Orgeas M, Philippart F, Bruel C, Max A, Lau N, Misset B. Overview of medical errors and adverse events. Ann. Intensive Care. 2012 Feb 16;2(1):2. _____________________________ a Enfermeira, Especialista em Gestão de Riscos e Segurança Hospitalar. Caxias do Sul (RS), Brasil. Relatora. b Enfermeira, Faculdade Nossa Senhora de Fátima. Caxias do Sul (RS), Brasil. c Enfermeira, Especialista em Gerenciamento em Enfermagem, Mestre em Ciências da Saúde. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre (RS), Brasil. 124 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS AVALIAÇÃO DO RISCO PARA ÚLCERAS POR PRESSÃO EM PACIENTES PEDIÁTRICOS HOSPITALIZADOS Aline Aparecida da Silva Pierottoa, Ana Paula Amestoy de Oliveirab, Janete de Souza Urbanettoc, Juliana Pires Rodriguesd, Katy Ariane dos Santos Corrêab,e, Rayssa Thompson Duarteb, Vanessa Oliveira Machadod Introdução: as úlceras por pressão podem ocasionar danos significativos para a saúde de crianças hospitalizadas. Assim, a escala Braden Q foi criada para avaliação de fatores de risco relacionados a pacientes pediátricos, propiciando a avaliação dos profissionais da saúde para prevenção de úlceras por pressão e conduzindo o reconhecimento da etiologia desse problema. A escala é composta por sete parâmetros a serem avaliados, sendo eles: (1) mobilidade, (2) atividade, (3) percepção sensorial, (4) umidade, (5) fricção e cisalhamento, (6) nutrição e (7) perfusão e oxigenação1. Metodologia: projeto de pesquisa em fase de desenvolvimento com delineamento de coorte que será realizada com crianças com idade de um mês até 14 anos, internadas na emergência pediátrica, internação pediátrica e intensivismo pediátrico do hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Brasil. A escala Braden Q será aplicada desde a internação até a alta hospitalar. A análise dos dados será realizada por meio da estatística descritiva e inferencial. O projeto de pesquisa está em análise pela Comissão Científica da Faculdade de Enfermagem, Nutrição e Fisioterapia, e, posteriormente, será enviado ao Comitê de Ética da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Resultados: espera-se analisar o perfil das crianças hospitalizadas quanto ao risco para o desenvolvimento de úlceras por pressão, por meio da utilização da Escala Braden Q, ainda pouco conhecida e com poucas evidências de sua capacidade de predição de risco em nosso país. Conclusão: acredita-se que, ao identificar os riscos para o aparecimento das úlceras por pressão e difundir o potencial da Escala Braden Q em predizer o surgimento das mesmas, haverá a qualificação do processo assistencial prestado às crianças e adolescentes. Contribuições para enfermagem: o conhecimento desses aspectos gera uma possibilidade de criar novas práticas assistenciais, para melhor atender as necessidades dos pacientes, melhorando também as condições de trabalho do profissional, atuando com maior eficácia na assistência humanizada ao paciente. 125 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS Descritores: Úlcera por Pressão. Criança. Referência 1 Maia ACAR, Pellegrino DMS, Blanes L, Dini GM, Ferreira LM. Tradução para a língua portuguesa e validação da escala de Braden Q para avaliar o risco de úlcera por pressão em crianças. Rev Paul Pediatr. 2011;29(3):406-414. _______________________ a Enfermeira assistencial e Preceptora PREMUS PUCRS/HSL; PREMUS PUCRS/HSL – Urgência/ Emergência; PUCRS/HSL; d c b Enfermeiras residentes Enfermeira Tutora PREMUS Enfermeiras residentes PREMUS PUCRS/HSL – Pediatria; e Relatora. E- mail: [email protected]. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). 126 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS BANHO DE LEITO: SEGURANÇA DO PACIENTE E AS IMPLICAÇÕES NA CARGA DE TRABALHO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM Gisele Möllera, Ana Maria Müller de Magalhãesb Introdução: alguns estudos vêm relacionando a ocorrência de eventos adversos com a carga de trabalho de enfermagem1,2. O cuidado com o banho de leito e a higiene corporal foram apontados como pontos críticos da carga de trabalho de enfermagem3. Objetivo: levantar características da organização do trabalho da equipe de enfermagem relacionadas ao banho de leito. Metodologia: estudo observacional com método misto e coleta de dados concomitante, realizado em unidades de internação de um hospital universitário do sul do Brasil. As informações qualitativas foram analisadas pelo relato da observação dos banhos de leito, por meio de análise de conteúdo e organizadas por categorias temáticas com recurso do programa NVivo 10. Nos dados quantitativos foi mensurado o tempo de duração do banho de leito, número de profissionais envolvidos e presença de familiares ajudantes, esses dados foram analisados por meio de estatística descritiva. A população consistiu dos pacientes internados e profissionais de enfermagem que estavam trabalhando nas unidades, durante o período de coletas de dados. A amostra constituiu-se de 67 pacientes e 62 profissionais de enfermagem. Os aspectos éticos atenderam à Resolução 466/12 do CONEP4. Resultados: encontrou-se cinco categorias temáticas, uma delas considerada categoria prévia: Riscos potenciais à segurança dos profissionais e pacientes, e as outras quatro categorias emergentes: Integralidade do cuidado; Estrutura Física; Organização do Processo de Cuidado; Satisfação do paciente. Nos dados quantitativos encontrou-se um tempo médio de duração do banho de leito de 15,02min. Em 55,2% dos banhos de leito observados estavam envolvidos dois profissionais. Conclusões e contribuições para a enfermagem: o dimensionamento do pessoal de enfermagem e os ambientes de trabalho inadequados parecem prejudicar a organização do cuidado relacionado com o procedimento e podem ocasionar eventos adversos para os profissionais e pacientes. Descritores: Higiene. Carga de trabalho. Cuidados de Enfermagem. 127 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS Referências 1 Magalhães AMM, Dall’agnol CM, Marck PB. Carga de trabalho da equipe de enfermagem e segurança do paciente - estudo com método misto na abordagem ecológica restaurativa. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2013 Jan-Fev;21(Spec):[09 telas]. 2 Duffield C, Diers D, O'Brien-Pallas L, Aisbett C, Roche M, King M, et al. Nursing staffing, nursing workload, the work environment and patient outcomes. Applied Nursing Research. 2011;24:244-255. 3 Magalhães AMM. Carga de trabalho de enfermagem e segurança de pacientes internados em um hospital universitário [tese]. Porto Alegre (RS): Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Enfermagem; 2012. 4 Ministério da Saúde (Brasil). Conselho Nacional de Saúde, Comissão Nacional de Ética em Pesquisa. Resolução Nº 466 de 12 de dezembro de 2012: diretrizes e normas reguladoras para as pesquisas envolvendo os seres humanos. Brasília (DF): MS; 2012. _________________________ a Graduada em Enfermagem, EE/UFRGS. Membro do Núcleo de Estudos sobre Gestão em Enfermagem (NEGE). Rio Grande do Sul, Brasil. E-mail: [email protected]. Relatora. bDoutora em Enfermagem. Docente da EE/UFRGS e do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF/UFRGS). Coordenadora do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Membro do NEGE. Rio Grande do Sul, Brasil. E-mail: [email protected] 128 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS CARACTERÍSTICAS DOS PACIENTES QUE APRESENTARAM QUEDAS DURANTE A HOSPITALIZAÇÃO Cristina Fontoura Bombardellia,b, Elise Silva da Silveirac, Rita de Cássia Ferreira Samueld, Janete de Souza Urbanettoe Introdução: a queda é um dos incidentes de segurança apontados pela Organização Mundial de Saúde(1) como de extrema relevância no cenário de saúde. No ambiente hospitalar, as quedas podem aumentar o tempo de internação, o custo do tratamento, causar desconforto ao paciente e acarretar ceticismo com relação à qualidade da assistência de enfermagem e à responsabilidade do profissional que atente o paciente(2). O incidente de segurança do paciente é definido como o evento ou a circunstância que possa ter resultado ou resultou em dano desnecessário ao paciente, sendo que, quando o dano ocorre, o incidente de segurança passa a denominar-se de evento adverso(3,4). O dano, por sua vez, implica em prejuízo da estrutura ou função corporal e pode ser classificado em dano físico, social ou psicológico(4). Objetivos: analisar as quedas de pacientes hospitalizados em relação aos fatores de risco da Morse Fall Scale, aspectos sócio demográficos e clínicos, bem como caracterizar as quedas quanto ao tipo, ao dano e aos fatores associados/contributivos. Método: estudo de coorte com 45 pacientes que tiveram quedas durante a hospitalização. Resultados: foram registradas 54 quedas, com a prevalência em adultos de até 61 anos (53,3%), do sexo masculino (53,3%), com força muscular reduzida nos membros superiores e inferiores. O maior percentual de quedas ocorreu nos pacientes com classificação de risco elevado pela Morse Fall Scale. O dano físico, do tipo ferimento corto-contuso, foi o mais frequente. Conclusão: o presente estudo retrata a importância da utilização de uma escala que avalie o risco para quedas nas instituições hospitalares, e é um alerta para a necessidade de avaliação das condições ambientais que possam vir a ocasionar a queda do paciente. Os fatores contributivos mais frequentes foram os ambientais, em especial a cama muito alta; e os pessoais, liderados pela perda do equilíbrio/tontura e sonolência/confusão/agitação. Descritores: Acidentes por Quedas. Segurança do Paciente. Dano ao Paciente. 129 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS Referências 1. World Health Organization. Who global report on falls prevention in older age. Geneva; 2007 [acesso em 2014 Jun 20]. Disponível em: http://www.who.int/violence_injury_prevention/puplication/other_injury_falls_preven tion.pdf 2. Paiva MCMS, Paiva SAR, Berti HW, Campana AO. Caracterização das quedas de pacientes segundo notificação em boletins de eventos adversos. Rev Esc Enferm USP. 2010;44(1):134-38. 3. Brasil. Portaria nº 529, de 1º de Abril de 2013. Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2013 [acessado 2014 Jun 18]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0529_01_04_2013.html 4. Runciman W, Hibbert P, Thomson R, Schaaf TVD, Scherman H, Lewalle P. Towards an internacional classification for patient safety: key concepts and terms. International Journal for Quality in Health Care. 2009;21(1):18-26. _________________________ a Enfermeira graduada pela Universidade Católica do Rio Grande do Sul/FAENFI. E-mail: [email protected]. b Relatora. c Enfermeira graduada pela Universidade Católica do Rio Grande do Sul/FAENFI. E-mail: [email protected]. d Enfermeira graduada pela Universidade Católica do Rio Grande do Sul/FAENFI. E-mail: [email protected]. e Enfermeira. Doutora em Ciências da Saúde pela PUCRS. Professora Adjunta do Curso de Enfermagem da FAENFI/PUCRS. Orientadora. E-mail: [email protected] 130 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS CAUSAS DE EVENTOS ADVERSOS NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: REVISÃO DE LITERATURA Ana Paula A. Corrêaa, Luciana Foppaa, Luzia T. Vianna dos Santosa, Mari Angela V. Lourencia, Patrícia Cristina Cardosoa,b Introdução: a equipe de enfermagem é responsável por prestar assistência livre de danos e agravos à saúde dos usuários dos serviços de saúde. Nesse contexto, a abordagem da segurança do paciente é fundamental. Entretanto, nem sempre é possível evitar que ocorram falhas e acidentes pela assistência prestada, ocorrendo então eventos adversos (1). Questionam-se quais os motivos que levam os profissionais a cometerem eventos adversos. Objetivo: identificar na literatura as causas mais comuns que levam os profissionais a cometerem eventos adversos. Metodologia: trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, através de pesquisa em bancos de dados Bireme utilizando como descritores: Eventos Adversos, Segurança do Paciente, Iatrogenias e Gerenciamento da Segurança. Foram selecionados artigos relacionados com o objetivo do estudo, entre o período de 2001 a 2013. Resultados: o fator humano é apontado como principal agente causador das ocorrências iatrogênicas (1,2,3). Pode estar relacionado às condições de trabalho dos profissionais, duplas jornadas de trabalho e condições de saúde (2), pouca experiência, alta demanda de tarefas, prescrição médica ilegível, ausência de qualificação profissional periódica, bem como falta de recursos humanos ou orientação adequada (3). Outros fatores determinantes na ocorrência de eventos adversos incluem: aumento da complexidade e a fragmentação da assistência, a rápida expansão do conhecimento médico, o aumento da utilização de tecnologia, muitos profissionais atendendo o mesmo paciente, gravidade da doença, ambiente propenso à distração, pressão da falta de tempo, necessidade de tomar decisões rápidas, alto volume de pacientes e carga imprevisível de atendimento (4). Considerações finais: os eventos adversos geram consequências que envolvem diretamente pacientes, profissionais e instituições. Concluímos que, para a equipe de enfermagem atuar livre de agravos à saúde dos usuários dos serviços, é necessário que haja integração de profissionais e instituições na construção de uma cultura de segurança do paciente, promovendo ações que estejam em acordo com as práticas de não punição. 131 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS Descritores: Segurança do Paciente. Gerenciamento da Segurança. Equipe de Enfermagem. Referências 1 Padilha, KG. Ocorrências iatrogênicas na UTI e o enfoque na qualidade. Rev. LatinoAmericana de Enfermagem. 2001;9(5):91-96. 2 Padilha KG. Considerações sobre as ocorrências iatrogênicas na assistência à saúde: dificuldades inerentes ao estudo do tema. Rev Esc Enferm USP. 2001;35(3):287-290. 3 Padilha KG, Kitahara PH, Gonçalves CCS, Sanches ALC. Ocorrências iatrogênicas com medicação em unidade de terapia intensiva: condutas adotadas e sentimentos expressos pelos enfermeiros. Rev Esc Enferm USP. 2002;36(1):50-57. 4 Carvalho M, Vieira AA.. Erro médico em pacientes hospitalizados. J. Pediatr. 2002;78 (4):261-268. ______________________________ a Enfermeiras - Unidade de Internação Clinica Adulto do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. b Relatora. E-mail: [email protected] 132 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS CHECKLIST DE CIRURGIA SEGURA: VISÃO DOS PROFISSIONAIS DE UM CENTRO CIRÚRGICO Dé bora Monteiro da Silvaa, Thais Silveira Martinsb, Luccas de Melo Souzac Introdução: o desafio global Cirurgias Seguras Salvam Vidas foi criado nos anos de 2007/2008, com objetivo de melhorar a segurança do cuidado cirúrgico. Neste desafio foram criadas ações como: prevenção de infecções no sítio cirúrgico, anestesia segura e indicadores da qualidade da assistência cirúrgica. Para tanto, foi criado e implementado nas instituições de saúde o check-list, lista de verificações padronizada, criada por especialistas para reduzir o risco de danos ao paciente, visando à avaliação geral, antes e depois de cada fase do ato cirúrgico, além de registrar evento adverso ocorrido na sala cirúrgica ou sala de recuperação¹. Objetivo: identificar a opinião dos profissionais de um Centro Cirúrgico de um hospital de médio porte da região da grande Porto Alegre, RS, frente à utilização do Check-List de Cirurgia Segura. Métodos: estudo transversal exploratório descritivo com abordagem quantitativa. Os dados estão sendo coletados e a população constituída de 98 técnicos de enfermagem, 10 enfermeiros, 73 cirurgiões e 10 anestesistas, com isso pretendemos entrevistar 126 profissionais. Resultados: estão descritos de forma parcial, temos 72 profissionais entrevistados até o momento. A maioria dos profissionais compreende que o Check-List de Cirurgia Segura é uma importante ferramenta para a segurança do paciente e para prevenção de erros, beneficiando e aumentando a segurança e o cuidado do paciente. Também concordam que houve melhorias na comunicação entre a equipe cirúrgica depois da utilização da ferramenta, porém relatam não possuir conhecimento suficiente quanto ao preenchimento correto. Conclusão: podemos, de forma parcial, inferir que os profissionais possuem consciência da importância da segurança do paciente durante o ato cirúrgico, porém estes profissionais não estão suficientemente orientados para o correto preenchimento do Check-List de Cirurgia Segura, tendo em vista que a grande maioria dos sujeitos respondeu que o Check-List deve ser preenchido em apenas dois momentos. A equipe reconhece que o Check-List é uma ferramenta importante para a segurança do paciente cirúrgico, porém relata não ter conhecimento suficiente sobre a importância de um preenchimento adequado, seguindo as 3 etapas preconizadas pela 133 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS Organização Mundial da Saúde2. A enfermagem possui um papel fundamental, pois representa um quantitativo significativo de pessoal envolvido neste processo e a educação continuada requer envolvimento, investimento institucional para que esta equipe possa valorizar ainda mais o Check-List, aumentando a segurança do paciente, evitando erros e beneficiando assim, o paciente, o profissional e a instituição. Descritores: Segurança. Enfermagem Perioperatória. Lista de Checagem. Referê ncias 1 Conselho Regional de Enfermagem – Sã o Paulo. Boas prá ticas. Cirurgia segura. Sã o Paulo: COREN-SP; 2011. 2 Organizaçã o Mundial da Saú de. Segundo desafio global para a segurança do paciente: cirurgias seguras salvam vidas. Rio de Janeiro: Organização Pan-Americana da Saúde; Ministério da Saúde; Agência Nacional de Vigilância Sanitária; 2009. _________________________ a Enfermeira, Professora Mestre do Curso de Enfermagem da Universidade Luterana do Brasil – ULBRA, Campus Gravataı́. E-mail: [email protected]. b Acadê mica do 9º Semestre de Enfermagem da Universidade Luterana do Brasil – ULBRA, Campus Gravataı́. E-mail: [email protected]. c Enfermeiro, Professor Doutor Do Curso de Enfermagem da Universidade Luterana do Brasil – ULBRA, Campus Gravataı́. Email: [email protected] 134 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS CLIMA DE SEGURANÇA DO PACIENTE EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PARA ADULTOS: PERCEPÇÃO DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM Verusca Soares de Souzaa, Maria Antonia Ramos Costab, Kelly Cristina Inouec, Laura Misue Matsudad Introdução: em Unidade de Terapia Intensiva, os pacientes estão expostos a riscos associados ao cuidado à saúde devido à própria gravidade clínica e, também, à alta complexidade assistencial. Com isso, o Clima de Segurança(1) percebido pela equipe de enfermagem, que atua diretamente no cuidado do paciente, pode contribuir para o planejamento e estabelecimento de ações que diminuam a ocorrência de eventos adversos. Objetivo: mensurar o Clima de Segurança de uma Unidade de Terapia Intensiva, sob a perspectiva dos profissionais de enfermagem. Método: pesquisa quantitativa, realizada em junho de 2014, com 32 profissionais de enfermagem (88,88%) da Unidade de Terapia Intensiva de um hospital de ensino do Paraná. Para coleta dos dados, utilizou-se o instrumento denominado Safety Attitudes Questionnaire(2), que contém 33 itens divididos em seis domínios, em escala tipo Likert de cinco níveis, e que considera Satisfatório escores totais acima de 75 pontos. Resultados: participaram 14 (43,75%) enfermeiros e 18 (56,25%) técnicos de enfermagem. Na análise dos domínios do Safety Attitudes Questionnaire, foram obtidos os seguintes escores totais médios: (1) Clima de Trabalho em Equipe = 77,38 pontos; (2) Clima de Segurança = 69,90 pontos; (3) Satisfação no Trabalho = 88,04 pontos; (4) Percepção do Estresse = 67,19 pontos; (5) Percepção da Gerência = 60,71 pontos; e, (6) Condições de Trabalho = 74,11 pontos. Conclusão: apesar da satisfação com aspectos relacionados ao trabalho, são reconhecidos fatores estressores que podem influenciar o desempenho profissional e baixa aprovação das ações da gerência; o que justifica o Clima de Segurança insatisfatório, percebido pelos profissionais de enfermagem da UTI. Implicações para prática: a percepção dos profissionais de enfermagem quanto ao Clima de Segurança na Unidade de Terapia Intensiva indica a necessidade de maior envolvimento da gerência e minimização de fatores estressores presentes no trabalho desses profissionais, com vistas à oportunidade de redução de eventos adversos. 135 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS Descritores: Cultura Organizacional. Segurança do Paciente. Gerenciamento de Segurança. Referências 1 Nievra VG, Sorra J. Safety culture assessment: a tool for improving patient safety in healthcare organizations. Quality and Safety in Health Care. 2003;12:17-23. 2 Carvalho REFL. Adaptação transcultural do Safety Atittudes Questionaire para o Brasil – Questionário de Atitudes de Segurança [Tese de Doutorado]. São Paulo: Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/USP; 2011. ___________________________ a Enfermeira. Mestranda em Enfermagem do Programa de Pós-graduação em Enfermagem (PSE) da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Docente da Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR) – Campus Paranavaí. Paranavaí-PR. Email: [email protected]. Relatora. b Enfermeira. Doutoranda em Enfermagem do PSE/UEM. Docente da UNESPAR – Campus Paranavaí. Paranavaí-PR. E-mail: [email protected] c Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente da Faculdade Ingá. Maringá-PR. E-mail: [email protected] d Enfermeira. Doutora em Enfermagem Fundamental. Docente do PSE/UEM. Maringá- PR. E-mail: [email protected] 136 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS CLIMA DE SEGURANÇA DO PACIENTE: PERCEPÇÃO DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEMa Adriane C. Bernat Kolankiewiczb, Greice Tosoc, Gerli Herrd, Lidiane Gollee, Paola Penof Introdução: pesquisas investigando a cultura da segurança do paciente são frequentes em âmbitos hospitalares, entretanto, há uma lacuna na literatura deste diagnóstico em hospitais brasileiros, principalmente em hospitais do interior do Estado1, justificando-se a realização deste estudo. A avaliação da cultura de segurança poderá contribuir com instituições hospitalares para o planejamento de suas ações, reforçando a importância e fortalecendo a cultura de segurança entre trabalhadores. Objetivo: avaliar a percepção do clima de segurança dos profissionais de enfermagem atuantes em hospitais do noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Método: estudo transversal, de natureza quantitativa, que se encontra em fase de coleta de dados. Está sendo realizado em duas instituições hospitalares, uma filantrópica e outra privada, do interior do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Participam do estudo: enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem que trabalham há pelo menos um mês no setor, com carga semanal de trabalho de 36 horas. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul sob parecer consubstanciado no 691.113. Resultados esperados: espera-se com este estudo colaborar com a população investigada e comunidade científica, com estes resultados, no intuito de contribuir trazendo informações referentes às atitudes e comportamentos relacionados à segurança do paciente, identificando áreas de maior necessidade e potencialidades. Conclusão: A elaboração do estudo possibilitou conhecer mais sobre segurança do paciente e a importância desta na equipe como um todo. O enfermeiro gestor dos serviços tem com o estudo importante indicador de saúde de sua instituição para, a partir desta, implementar ações necessárias, melhoria da atenção e cuidado com segurança ao paciente. Contribuições / implicações para a enfermagem: buscou-se realizar um levantamento dos fatores das organizações que dificultam a formação da cultura de segurança. Avaliar o clima de segurança da instituição fornecerá informações 137 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS importantes sobre o estado atual de segurança dos grupos ou unidades de trabalho e também da organização como um todo2. Acredita-se que este seja o ponto inicial para planejar ações, mudanças e diminuição de eventos adversos, garantindo cuidado seguro. Palavras-chave: Segurança do Paciente. Enfermagem. Cultura. Referências 1 Reis CT, Martins M, Laguardia J. A segurança do paciente como dimensão da qualidade do cuidado de saúde – um olhar sobre a literatura. Rev. Ciência & Saúde Coletiva. 2013;18(7):2029-36. 2 Carvalho REFL, Cassiani SHB. Questionário Atitudes de Segurança: adaptação transcultural do Safety Attitudes Questionnaire - Short Form 2006 para o Brasil. Rev. Latino-Am. Enfermagem [Internet]. 2012 Maio-Jun [acesso em: 2014 Jan 26];20(3):[8 telas]. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S010411692012000300020 ___________________________________ a Pesquisa bProfa., para elaboração de trabalho de conclusão de curso. Dra., Docente do Departamento de Ciências da Vida (DCVida) da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ. E-mail: [email protected] cGraduanda do Curso de Enfermagem , 10º semestre, DCVida/UNIJUÍ. E-mail: [email protected]. Relatora. d Enfa. Especialista em Enfermagem hospitalista, aluna especial do Mestrado em Atenção Integral à Saúde. E-mail: [email protected] eGraduanda do Curso de Enfermagem, 10º semestre, DCVida/UNIJUÍ. E-mail: [email protected] fGraduanda do Curso de Enfermagem, 2º semestre, DCVida/UNIJUÍ. E-mail: [email protected] 138 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS ERRO DE MEDICAÇÃO E FATORES DE PREVENÇÃO: REVISÃO INTEGRATIVA Carine Debastiania, Fabiano De Faverib, Resli Kochhann Menezesc Introdução: atualmente pode-se afirmar que a administração de medicamentos é uma das práticas mais comumente realizadas pela equipe de enfermagem no seu cotidiano hospitalar; para isso é necessário muito conhecimento científico¹,². Objetivo: o objetivo deste estudo foi identificar na literatura estratégias utilizadas para a prevenção do erro de medicação. Método: trata-se de uma revisão integrativa da literatura. A coleta de dados ocorreu no período de março e abril de 2014, nas bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências de Saúde (LILACS), Bases de dados de Enfermagem (BDENF) e Science Eletronic Library Online (SciELO). Foram utilizados os Descritores em Ciências da Saúde: Segurança do paciente and Enfermagem, Erro de medicação and Enfermagem e Segurança do paciente and Erro de medicação. Resultados: na análise do conteúdo dos artigos verificou-se que as temáticas centrais englobavam eventos adversos, segurança do paciente, o sistema de medicação e estratégias para prevenção do erro. Conclusão: esta revisão permitiu identificar como principal estratégia para a prevenção do erro de medicação a prescrição eletrônica, mas ainda há muitas barreiras para que novas estratégias sejam implementadas assim podendo ainda garantir a segurança do paciente e a melhor qualidade de atendimento. Contribuições para a enfermagem: torna-se imprescindível que a enfermagem possua uma visão ampliada do sistema de medicação e principalmente de garantia de segurança e qualidade ao processo que está sob sua responsabilidade, buscando sempre informações do fluxo de suas atividades sobre problemas que possam existir no ambiente, assim como buscando sempre novos conhecimentos para que a terapêutica medicamentosa seja realizada de forma eficiente e segura. Palavras-Chave: Erro de Medicação. Segurança do Paciente. Enfermagem. Referências 139 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS 1. Santos JO, et al. Sentimentos de profissionais de enfermagem após a ocorrência de erros de medicação. Acta Paul Enferm. 2007;20(4):483-8. 2. Corbellini VL, et al. Eventos adversos relacionados a medicamentos: percepção de técnicos e auxiliares de enfermagem. Rev Bras Enferm. 2011;64(2):241-7. ____________________________ a Enfermeira, graduada pela Faculdade Nossa Senhora de Fátima, Caxias do Sul, RS. E- mail: [email protected] b Enfermeiro do Hospital do Círculo, Caxias do Sul, RS. Mestre em Enfermagem pela Unisinos. Docente do Curso de Enfermagem da Faculdade da Serra Gaúcha, Caxias do Sul, RS. E-mail: [email protected]. Relator. c Enfermeira. Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Docente do Curso de Enfermagem da Faculdade Nossa Senhora de Fátima, Caxias do Sul, RS. Email: [email protected] 140 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS ERRO DE MEDICAÇÃO NA ENFERMAGEM: ANÁLISE DOS FATORES RELACIONADOS Nelise Delazaria, Fabiano De Faverib, Sabrina Schvadec, Taís Pastorid Introdução: atualmente, o medicamento é o principal instrumento utilizado na terapêutica médica e, nos últimos anos, o seu emprego e seus efeitos adversos nas pessoas têm um papel de destaque nas investigações, pois podem comprometer a segurança do paciente e a qualidade de assistência prestada¹. Objetivos: o objetivo deste estudo foi identificar os fatores relacionados ao erro de medicamento, segundo opinião dos enfermeiros. Metodologia: trata-se de um estudo descritivo, transversal com uma abordagem quantitativa, realizado com 44 enfermeiros de um hospital acreditado. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário auto-preenchido, sendo utilizada a escala de Likert, e os resultados analisados e apresentados através da estatística descritiva. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Faculdade Nossa Senhora de Fátima, Caxias do Sul, Brasil, sob parecer nº 114.913. Resultados: entre os fatores que podem contribuir ao erro, os mais prevalentes foram o não seguimento dos cinco certos na administração de medicamentos, a escrita do médico ilegível e a ordem verbal pouco clara, as distrações e interrupções durante o preparo e administração e ausência de padronização dos locais de armazenamento dos medicamentos. Conclusões: a complexidade inerente ao processo de administrar medicamentos exige que o erro de medicação seja visto como um fenômeno multicausal, de abordagem multidisciplinar cujo enfrentamento envolve vários profissionais e assim cada um desses, usando conhecimentos específicos, deve partilhar da responsabilidade de prevenir erros, além de identificar e corrigir fatores que contribuam para sua ocorrência. Contribuições para a enfermagem: espera-se que este estudo contribua para alertar sobre a importância do conhecimento da equipe de enfermagem sobre os fatores que contribuem aos erros de medicação, tornando-a uma influenciadora na redução de sua ocorrência e possibilitando uma correta notificação caso o erro aconteça. Esse conhecimento garante qualidade na assistência, confiança da equipe e uma prática humanizada e fundamentada cientificamente. 141 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS Descritores: Erros de Medicamento. Segurança do Paciente. Enfermagem. Referência 1 Gimenes FRE. A segurança de pacientes na terapêutica medicamentosa: análise da redação da prescrição médica nos erros de administração de medicamentos em unidades de clínica médica. (Dissertação de Mestrado em Enfermagem) Universidade de São Paulo; 2007. _________________________ a Enfermeira do Hospital Saúde, Caxias do Sul, RS. Graduada pela Faculdade Nossa Senhora de Fátima. E-mail: [email protected] b Enfermeiro do Hospital do Círculo, Caxias do Sul, RS. Mestre em Enfermagem pela Unisinos. Docente do Curso de Enfermagem da Faculdade da Serra Gaúcha, Caxias do Sul, RS. E-mail: [email protected]. Relator. c Acadêmica do curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade da Serra Gaúcha, Caxias do Sul, RS. Email: [email protected] d Acadêmica do curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade da Serra Gaúcha, Caxias do Sul, RS. E-mail: [email protected] 142 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS EXISTE RELAÇÃO ENTRE O CUIDADO SEGURO E O CUIDAR DE SI? Patricia De Gasperia, Vera Radünzb, Aline Picolottoc Introdução: os estudos realizados até o momento nos fazem crer que um fator determinante para que se desenvolva uma cultura de segurança ao cuidar de pacientes são as atitudes que o profissional tem ou deixa de ter em relação ao cuidar de si. Objetivo: com base nestas reflexões, objetivamos demonstrar que o cuidar de si influencia no cuidado seguro e de qualidade. Método: apresentamos um recorte da Tese de Doutorado “O cuidar de Si como uma dimensão da Segurança do Paciente”, caracterizado como um estudo survey. Fizeram parte desta pesquisa a equipe de enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva Adulto de um hospital de médio porte da serra gaúcha, totalizando 23 participantes. Os profissionais foram convidados a participar, e ao aceitarem procederam a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e o preenchimento do Safety Attitudes Questionnaire acrescido de questões específicas acerca do Cuidar de Si. Estes profissionais foram observados durante a execução do cuidado realizado junto aos pacientes para que pudéssemos identificar os cuidados adequados e seguros. Resultados: ao realizar a análise dos dados referentes ao cuidar de si e o cuidado adequado e seguro realizado para e com o paciente, ficou evidenciado que 78% dos profissionais que realizaram um cuidado seguro também cuidaram bem de si mesmos, e que 64% dos profissionais que não desempenham um cuidado efetivo e seguro também não realizaram um cuidar de si adequado, demonstrando que a falta de cuidado consigo mesmo pode gerar um cuidado inadequado, afetando a segurança do paciente. Conclusão: diante dos dados apresentados tornou-se claro que é difícil realizar um cuidado eficaz e seguro sem antes cuidarmos bem de nós mesmos. É preciso que o profissional de saúde desenvolva também a cultura do cuidar de si. Acredita-se que não somos integralmente capazes de administrar uma medicação corretamente, ou prevenir quedas e erros ao realizar um procedimento, quando estamos sem dormir a 15 horas, ou sem alimentação adequada ou sem nossas necessidades fisiológicas de eliminação supridas. Diante dos dados apresentados, podemos identificar que o cuidar de si está diretamente relacionado com 143 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS a realização de um cuidado seguro e de qualidade, portanto, nós, profissionais de saúde e gestores de saúde, precisamos levar em consideração nossas reais necessidades de bem-estar para, assim, estarmos aptos a cuidar do outro. Descritores: Cuidado. Segurança do Paciente. Enfermagem. Referências De Gasperi P. O cuidar de si como uma dimensão da cultura de segurança do paciente. Florianópolis. Tese [Doutorado em Enfermagem] – Universidade Federal de Santa Catarina; 2013. Radünz V. Uma filosofia para enfermeiros: o cuidar de si, a convivência com a finitude e a evitabilidade do burnout. Florianópolis. Tese [doutorado em enfermagem]. Universidade Federal de Santa Catarina, 2001. ____________________________ a Enfermeira, Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina. Docente do Centro de Ciências da Saúde da Universidade de Caxias do Sul, RS. Email: [email protected]. Relatora. b Enfermeira, Doutora em Enfermagem. Docente do Programa de Pós- Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina – PEN/UFSC. c Enfermeira AMCE/UCS, especializanda em Auditoria em Saúde. 144 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS GERENCIAMENTO DE RISCO EM HEMODIÁLISE: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO Michele Oliveiraa, Joel Kuyavab Introdução: a doença renal é considerada um problema de saúde pública mundial. Mais de um milhão de pessoas estão em diálise e outros tantos milhões apresentam algum grau de perda da função renal1. A doença renal crônica, sem uma expectativa de cura rápida, mantém-se em estado de cronicidade, submetendo o paciente ao tratamento dialítico2. As unidades de hemodiálise são locais susceptíveis à ocorrência de eventos adversos. A utilização de equipamentos complexos, pacientes críticos, alta rotatividade de pacientes e administração de medicamentos potencialmente perigosos, são alguns destes fatores3. Neste sentido, os serviços de saúde abrangem uma variabilidade de eventos adversos necessitando de enfrentamento a fim de se conhecer a magnitude da ocorrência dos mesmos. Dessa forma, para orientar as mudanças das práticas assistenciais e regulamentações, faz-se necessário investigar a fonte e causas dos riscos decorrentes do trabalho, fato este que contribui no entendimento e intervenção nos mesmos. Objetivos: identificar os riscos inerentes ao tratamento dialítico sob a ótica do enfermeiro e como este os gerencia com sua equipe e conhecer as estratégias de educação realizadas com a mesma. Metodologia: estudo descritivo exploratório de natureza qualitativa, que está sendo realizado com a equipe de enfermeiros de um centro de diálise do Rio Grande do Sul, Brasil. A inclusão seguiu os critérios de experiência na área de no mínimo um ano e aceite em participar. Será aplicada entrevista semiestruturada e, posteriormente, será efetuada a avaliação dos dados através de análise temática4. Ressalta-se que o projeto foi aprovado pelo CEP do Centro Universitário Metodista - IPA sob o nº 32779314.1.0000.5308. Resultados: a pesquisa está em andamento conforme cronograma do projeto e está na fase de coleta de dados. Contribuições e implicações para enfermagem: os serviços de diálise possuem prazos para estar em consonância com a nova diretriz da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a Resolução da Diretoria Colegiada Nº 11/20145, que orienta a criação de um plano de segurança do paciente, sendo assim identificar quais os riscos evidenciados nos ambientes de diálise será o primeiro passo para a montagem de 145 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS estratégias por parte dos enfermeiros. As instituições precisam criar mecanismos de gestão prevendo as dificuldades relacionadas à falta de segurança e erros, por meio da gestão de risco, através da criação de uma cultura de aprendizado com seus erros6. Descritores: Gerenciamento de Risco. Hemodiálise. Insuficiência Renal. Referências 1 Sociedade Brasileira de Nefrologia. São Paulo; 2012. 2 Matos EF, Lopes A. Modalidades de hemodiálise ambulatorial: breve revisão. Acta Paulista de Enfermagem. 2009;22(Especial nefrologia):569-571. 3 Sousa MRGD, et al. Eventos adversos em hemodiálise: relatos de profissionais de enfermagem. Revista Escola de Enfermagem Universidade de São Paulo. 2013;47(1):7683. 4 Minayo MC de S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 12ª edição. São Paulo: Hucitec; 2010. 5 Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC Nº 11. Dispõe sobre os requisitos de boas práticas de funcionamento para os serviços de diálise e dá outras providências. Brasília; 2014. 6 Vicent C. Segurança do paciente: orientações para se evitar eventos adversos. São Paulo: Yendis Editora; 2009. ____________________________ a Acadêmica de Enfermagem. Centro Universitário Metodista, do IPA, Porto Alegre, RS. E- mail: [email protected]. Relatora. bEnfermeiro. Mestre em Enfermagem. Professor do Centro Universitário Metodista, do IPA, Porto Alegre, RS. E-mail: [email protected] 146 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS COMO PREVENÇÃO DE INFECÇÕES E SEGURANÇA DO PACIENTE Francisco Carlos Pinto Rodriguesa, Emanuela Rosa Gomesb, Luelen Rodrigues Vallec Introdução: é através das mãos que realizamos as mais diversas formas de cuidar, por esse motivo, sendo as mãos tão importantes no cotidiano de um profissional da saúde, a higienização correta e de forma eficaz se faz necessária para a segurança do paciente, que tem objetivo a redução de danos e agravos aos pacientes na assistência à saúde1. Objetivo: nossa pesquisa tem por objetivo identificar o conhecimento da equipe de enfermagem acerca das infecções e do processo de higienização das mãos. Método: tratou-se de uma pesquisa convergente assistencial de abordagem qualitativa. Os sujeitos pesquisados foram 19 trabalhadores da equipe de enfermagem que atuam no período perioperatório de um hospital de médio porte do interior do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Como instrumento de coleta de dados utilizou-se questionário, em que se respeitaram os aspectos éticos estabelecidos pela Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. Na aplicação do questionário analisou-se qual o conhecimento da equipe sobre a higienização das mãos, procurando identificar como se dá o processo de higienização. Resultados: durante a análise, identificou-se que a técnica de lavagem é clara para equipe, porém durante a realização da higienização ainda existem várias dúvidas. A Organização Mundial da Saúde define os momentos para a realização da higienização das mãos1,2. A análise mostrou que um número X de vezes que se higienizam as mãos é suficiente – “mais ou menos dez vezes” E2; apenas 7 dos 19 pesquisados relatou que realizam a lavagem das mãos após procedimentos ou contato com paciente. Conclusão: as infecções constituem em grande prejuízo para a segurança do paciente, pois podem acarretar em prolongamento da internação, incapacidade temporária e a longo prazo, resistência microbiana, além dos prejuízos psíquicos bem como prejuízos financeiros para o paciente e o sistema de saúde, visto que as mãos constituem uma importante fonte de contaminação, e a higienização é reconhecida mundialmente como um processo de prevenção primária à infecção. Buscamos com esta pesquisa contribuir para melhoria da assistência à saúde e a segurança do paciente. 147 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS Descritores: Segurança do Paciente. Infecção Hospitalar. Equipe de Enfermagem. Referências 1 Brasil. Segundo desafio global para a segurança do paciente: cirurgias seguras salvam vidas. Organização Mundial da Saúde; tradução de Marcela Sanchez Nilo e Irma Angélica Duran. Rio de Janeiro: Organização Pan-Americana da Saúde; Ministério da Saúde; Agencia Nacional de Vigilância Sanitária; 2009. 2 Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual de segurança do paciente e qualidade em serviços de saúde: uma reflexão teórica aplicada à prática. Brasília: ANVISA; 2013. _________________________ a Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professor do Curso de Enfermagem da Universidade Regional Integrada de Santo Ângelo, RS. Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Enfermagem Saúde e Educação – GEPESE. E-mail: [email protected]. Relator. b Acadêmica do 8º semestre do Curso de Enfermagem, bolsista da Iniciação Cientifica da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões. E-mail: [email protected] c Acadêmica do 8º semestre do Curso de Enfermagem, bolsista da Iniciação Cientifica da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões. E-mail: [email protected] 148 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS E SEGURANÇA DA CRIANÇA HOSPITALIZADA Daisy Zanchi de Abreu Botenea, Eva Neri Rubim Pedrob Introdução: as evidências científicas indicam que a higienização das mãos é a medida primordial para evitar a transmissão de germes, entretanto, os achados na literatura evidenciam uma baixa adesão dos profissionais de saúde, principalmente na área pediátrica(1,2). Objetivo: analisar como a formação acadêmica e profissional sobre a higienização das mãos contribui para a consciência de uma cultura da segurança do paciente. Metodologia: trata-se de um estudo qualitativo descritivo desenvolvido nas unidades de internação pediátrica de um hospital universitário de Porto Alegre, Brasil, no período de agosto a dezembro de 2012. Participaram 16 profissionais: médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas. Para a coleta das informações, utilizou-se entrevista semiestruturada. Os dados foram organizados e processados pelo software QSR Nvivo e analisados por meio da técnica de análise temática de conteúdo. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição (nº 120.192). Resultados: elencaram-se duas categorias temáticas: "A higienização das mãos e a formação acadêmica do profissional de saúde" e "A higienização das mãos e a vida profissional". Essas evidenciaram que a formação acadêmica dos participantes do estudo contribuiu de forma incipiente para a formação de profissionais comprometidos com a segurança do paciente e promoção de um cuidado seguro, principalmente no que se refere à transmissão de infecção por meio das mãos. Evidenciaram-se lacunas durante o processo formativo dos profissionais da saúde referente à temática da higienização das mãos. No cenário de práticas, quanto à hospitalização infantil, ficaram ressaltados o conhecimento dos profissionais sobre a técnica, os momentos e as dificuldades para a real adesão à higienização das mãos. Também foi possível identificar que os esforços empreendidos pela instituição quanto à criação de uma cultura de segurança têm acontecido de forma sistemática. Considerações finais: considera-se que esses achados possam indicar a necessidade de novas abordagens durante o processo formativo, visando à impregnação e conscientização efetiva dos acadêmicos da área da saúde, principalmente da enfermagem, sobre a relevância de uma efetiva higienização das 149 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS mãos. Contribuições para enfermagem: na medida em que o estudo revela lacunas durante o processo de formação reforça a necessidade da conscientização dos profissionais da saúde quanto ao fortalecimento de uma cultura de segurança do paciente, principalmente pediátrico, nos níveis acadêmicos e profissionais. Palavras-chave: Higiene das Mãos. Segurança do Paciente. Enfermagem. Referências 1 Corrêa I, Nunes IMM. Higienización de las manos: el cotidiano del profesional de la salud en una unidad de internación pediátrica. Invest Educ Enferm. 2011;29(1):54-60. 2 Huis A, Achterberg TV, Bruin M, Grol R, Schoonhoven L, Hulsche M. A systematic review of hand hygiene improvement strategies: a behavioural approach. Implement Sci. 2012 Sep;14;7(1):92. _______________________________ a Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Metodista do IPA, Porto Alegre, RS. Email: [email protected]. Relatora. b Enfermeira. Doutora em Educação. Docente da Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS. Email: [email protected] 150 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS INCIDÊNCIA DE FLEBITES DURANTE O USO E APÓS A RETIRADA DE CATETER INTRAVENOSO PERIFÉRICOa Cibelle Grassmann Peixotob, Tássia Amanda Mayc, Janete de Souza Urbanettod Introdução: a cateterização intravenosa periférica é o procedimento invasivo mais comum realizado em pacientes hospitalizados¹. Essa cateterização, por envolver diferentes finalidades e períodos de utilização, pode representar potencial para vários incidentes de segurança², como a ocorrência de flebite, que é a “inflamação de uma veia, que pode ser acompanhada de dor, eritema, edema, endurecimento e / ou um cordão palpável”³. Objetivo: investigar a incidência de flebites e a associação de fatores de risco com flebites durante o uso e após a retirada do cateter intravenoso periférico (flebite pós-infusão) em adultos hospitalizados. Metodologia: estudo de coorte com 171 pacientes que usaram cateterização intravenosa periférica, totalizando 361 punções. A coleta dos dados foi realizada em um hospital do sul do Brasil, tendo-se utilizado um instrumento contendo variáveis sociodemográficas e relacionadas ao cateter. Para análise utilizou-se a estatística descritiva e analítica. Resultados: a maior parte dos pacientes era do sexo masculino (51,5%) e a média de idade foi de 56,96 anos. A incidência de flebites durante o uso do cateter intravenoso periférico foi 1,25% e a de pós-infusão foi 1,38%. Associou-se à flebite durante o uso do cateter intravenoso periférico o tempo de permanência do cateter e, com a flebite pós-infusão, a punção em antebraço. Os medicamentos Ceftriaxona, Claritromicina e Oxacilina associaram-se à flebite pós-infusão. Conclusões: a realização deste estudo possibilitou investigar a associação de fatores de risco e a ocorrência de flebites durante o uso e após a retirada do cateter. A frequência da flebite pós-infusão foi maior do que o número de flebites durante a permanência do cateter, sendo as de grau III e II, respectivamente, as mais frequentes. Contribuições para enfermagem: este estudo contribuiu para elucidar aspectos relacionados à ocorrência de flebite pós-infusão, visto que poucos estudos abordam o tema sob esta perspectiva. Também foi possível observar a importância da continuidade do acompanhamento do sítio de inserção, uma vez que a flebite pósretirada do cateter intravenoso periférico não é habitualmente acompanhada nas 151 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS instituições e, portanto, não são computadas no estabelecimento das taxas de incidência ou prevalência utilizadas. Descritores: Flebite. Segurança do Paciente. Enfermagem. Referências 1 Modes PSSA, Gaiva MAM, Rosa KO, Granjeiro CF. Cuidados de enfermagem nas complicações da punção venosa periférica em recém-nascidos. Rev Rene. 2011; AbrJun;12(2):324-32. 2 Torres MM, Andrade D, Santos CB. Punção venosa periférica: avaliação dos profissionais de enfermagem. Rev Latino-am Enfermagem 2005 Maio-Jun;13(3):299304. 3 Intravenous Nurses Society. Infusion nursing standards of practice. Journal of Infusion Nursing. 2011 [acesso em 2014 Maio 15];34(15):S65. Disponível em: http://www.ins1.org/i4a/pages/index.cfm?pageid=3310 __________________________ a Artigo baseado no Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Enfermagem da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul/PUCRS, Porto Alegre, RS, 2014. b Enfermeira pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul/PUCRS, Porto Alegre, RS. E-mail: [email protected] c Enfermeira pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul/PUCRS, Porto Alegre, RS. E-mail: [email protected] d Enfermeira. Doutora em Ciências da Saúde pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul/PUCRS. Professora Adjunta do Curso de Enfermagem da PUCRS, Porto Alegre, RS. E-mail: [email protected] 152 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS LEVANTAMENTO DOS INCIDENTES OCORRIDOS EM HOSPITAL ENSINO DO INTERIOR DO RIO GRANDE DO SUL RELACIONADOS À SEGURANÇA DO PACIENTE: RELATO DE EXPERIÊNCIA Adália Ferreira Pinheiroa, Camila Ritta Hoeltgebaumb, Fernanda Ribeiro Gallisac, Gilciane Bolzan Wansingd Introdução: a qualidade do cuidado em saúde está entre as grandes preocupações das instituições na atualidade, juntamente com a segurança do paciente1. A ocorrência de incidentes que causam danos ao paciente está cada vez mais inserida nos indicadores de resultados dos hospitais2-3. O crescimento de casos documentados de eventos adversos no cuidado à saúde tem provocado um debate sobre a segurança do paciente em âmbito internacional e, recentemente, nacionalmente4. Objetivos: relatar a experiência do levantamento dos incidentes que mais ocorreram e promover a reflexão sobre as questões relacionadas acerca do tema de segurança do paciente. Metodologia: o estudo ocorreu em um hospital de ensino de grande porte no interior do Rio Grande do Sul, Brasil, e trata-se de uma investigação baseada em revisão retrospectiva de formulários de notificação de incidentes, que acometeram os pacientes internados, elaborados pela Comissão Interna de Gerenciamento de Risco e Segurança do Paciente. Resultados: foram analisados 252 formulários no período de 12 meses. O estudo apontou que os incidentes mais evidenciados foram relacionados á falta de higiene das mãos, erro de medicação, retirada acidental de dispositivos invasivos e queda. Conclusões: espera-se que a investigação destes eventos subsidie as ações desenvolvidas pela instituição, desencadeando discussões de casos, elaboração de indicadores de qualidade e a melhoria com relação a cultura de segurança do paciente a partir da educação e do compartilhamento destes resultados em todas as áreas. Contribuições/implicações para a enfermagem: entendemos que este estudo despertará a busca constante pela atualização sobre os eventos adversos, de forma a conduzir melhor as condutas de enfermagem para seu gerenciamento, tendo em vista a melhoria da qualidade e a segurança da assistência prestada. Descritores: Enfermagem. Segurança do Paciente. Gerenciamento de Risco. 153 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS Referências 1 Silva AEBC. Segurança do paciente: desafios para a prática e a investigação em Enfermagem. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2010;12(3):422. 2 Queiroz Bezerra AL, Queiroz ES, Weber J, Tanferri de Brito Paranagua T. Reacciones adversas: indicadores de resultados según la percepción de las enfermeras de un hospital centinela. Enferm. Glob. [online]. 2012;11(27):186-197. 3 Gouvêa CSD, Travassos C. Patient safety indicators for acute care hospitals: a systematic review. Cad. Saúde Pública. 2010 Jun;26(6):1061-1078. 4 Roque KE, Melo ECP. Evaluation of adverse drug events in the hospital context. Esc Anna Nery (impr.). 2012 Jan-Mar;16(1):121-127. ______________________________________ a Enfermeira da Unidade da Área Acadêmica do Curso de Medicina, Hospital Santa Cruz, RS. E-mail: [email protected] bEnfermeira do Serviço de Educação Permanente, Hospital Santa Cruz, Santa Cruz do sul, RS. E-mail: [email protected] c Enfermeira, Gerente Assistencial, Hospital Santa Cruz, Santa Cruz do Sul, RS. E-mail: [email protected] d Enfermeira, Coordenadora de Enfermagem Noturno, Hospital Santa Cruz, Santa Cruz do Sul, RS. Relatora. E-mail: [email protected] 154 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS O ENFERMEIRO INSERIDO NA PESQUISA Gerli Elenise Gehrke Herra, Fabiele Aozaneb, Adriane Cristina Bernat Kolankiewiczc Introdução: no meio científico, as pesquisas que investigam a cultura da segurança do paciente, para a avaliação do clima de segurança no âmbito hospitalar, estão cada vez mais presentes, refletindo a necessidade do conhecimento destes fatores. Com a avaliação da cultura de segurança como positiva ou negativa, há necessidade de manter, ou adotar ações que levam a práticas seguras, melhorias na comunicação, trabalho em equipe e compartilhamento de conhecimentos1. Objetivo: relatar a experiência de enfermeiras inseridas em um projeto de pesquisa sobre segurança do paciente. Metodologia: relato de experiência de enfermeiras inseridas em uma pesquisa sobre a percepção de profissionais de enfermagem sobre o clima de segurança do paciente em duas instituições hospitalares da Região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Resultados: como enfermeiras, entendemos que a pesquisa científica é uma prática necessária na profissão, a qual agrega saberes, contribuindo e ampliando o conhecimento teórico e prático, contribuindo para que toda a prática seja baseada em evidências. Destaca-se que, em relação à cultura de segurança do paciente, é necessário o desenvolvimento de estratégias capazes de eliminar ou reduzir as barreiras de implementação. Dentre essas proporcionar condições de trabalho para a equipe de enfermagem, considerando o impacto causado pelos cuidados prestados por estes profissionais na segurança do paciente. Conclusão: as investigações sobre a cultura de segurança do paciente devem servir de subsídio para as decisões e intervenções para modificar a prática do cuidado e, consequentemente, as ações adotadas devem gerar resultados positivos, visando à diminuição dos riscos e eventos indesejáveis. Contribuições/implicações para enfermagem: a participação do profissional enfermeiro em pesquisas surge como ferramenta para o desenvolvimento de estratégias que garantam a prática segura, melhorando a qualidade da assistência e, consequentemente, fornecendo maior segurança ao paciente. Descritores: Cuidados de Enfermagem. Segurança do Paciente. Pesquisa. 155 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS Referência 1. Reis CT, Martins M, Laguardia J. A segurança do paciente como dimensão da qualidade do cuidado de saúde – um olhar sobre a literatura. Rev. Ciência & Saúde Coletiva. 2013;18(7):2029-2036. _____________________ aEnfermeira no Hospital Unimed Noroeste, Ijuí, RS. Especialista em Enfermagem Hospitalista. Relatora. E-mail: [email protected] bEnfermeira no Hospital Unimed Noroeste, Ijuí, RS. Especialista em Enfermagem em Terapia Intensiva e Gestão de Pessoas. E-mail: [email protected] cEnfermeira. Doutora em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP. Docente do Curso de Enfermagem da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Ijuí, RS. E-mail: [email protected] 156 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS O SAFETY ATTITUDES QUESTIONNAIRE COMO INDICADOR DA CULTURA DE SEGURANÇA NAS INSTITUIÇÕES DE SAÚDE Mari Angela Meneghetti Barattoa, Caroline Zotteleb, Tânia Solange Bosi de Souza Magnagoc Introdução: a avaliação das percepções e atitudes dos profissionais em relação à cultura de segurança representa um importante indicador para os gestores das instituições de saúde, pois pode evidenciar os pontos fortes e, principalmente, os frágeis, que necessitam intervenções e implementação de estratégias de melhorias. O Safety Attitudes Questionnaire é um dos instrumentos utilizados para medir a cultura de segurança nos hospitais, e é utilizado para analisar as atitudes e percepções dos profissionais por meio de seis domínios: clima de trabalho em equipe; clima de segurança; satisfação no trabalho; percepção da gestão da unidade e do hospital; condições de trabalho e reconhecimento do estresse1. A escolha do Safety Attitudes Questionnaire neste estudo é justificada por ele apresentar boas propriedades psicométricas e por poder ser adaptável a diferentes contextos nos serviços de saúde2. Objetivo: identificar as produções nacionais e internacionais que realizaram a validação do Safety Attitudes Questionnaire. Metodologia: revisão de literatura realizada em setembro de 2014, com busca de resumos disponíveis na base de dados SCOPUS. Foram incluídos artigos que realizaram a validação do Safety Attitudes Questionnaire e disponíveis na íntegra on-line. Resultados: inicialmente, utilizou-se a palavra-chave "safety attitudes questionnaire", sendo encontradas 109 publicações. Ao ser acrescentado o descritor "validation studies", reduziram-se a 30 produções. Destas, 14 estudos aplicaram o Safety Attitudes Questionnaire já validado, isolado ou em combinação com outros instrumentos. Dos 16 estudos avaliados, evidenciou-se que a validação do Safety Attitudes Questionnaire foi realizada na Índia, Suíça, Holanda, Alemanha, Turquia, Grécia, Brasil, Noruega, Suécia, China e Espanha. No Brasil e Noruega, foi validada também a versão ambulatorial. Na China, foi realizada uma revalidação com fisioterapeutas e trabalhadores da construção civil. Na Suécia, validouse o instrumento com farmacêuticos e, recentemente, a versão do Safety Attitudes Questionnaire para o bloco cirúrgico. Conclusão: o Safety Attitudes Questionnaire é um 157 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS instrumento de pesquisa utilizado para avaliar a cultura de segurança dos profissionais em vários continentes, exceto Oceania e África. A utilização da versão ambulatorial tem sido muito expressiva, visto da relevância da avaliação da cultura de segurança em outros cenários. Contribuições para a enfermagem: a utilização, pela enfermagem, de um instrumento, validado mundialmente, para mensurar e incentivar a cultura de segurança pode propiciar um ambiente mais seguro de trabalho e, assim, ser fundamental para a prevenção de eventos adversos aos pacientes. Descritores: Segurança do Paciente. Estudos de Validação. Referências 1. Sexton JB, Helmreich RL, Neilands TB, Rowan K, Vella K, Boyden J, et al. The Safety Attitudes Questionnaire: psychometric properties, benchmarking data, and emerging research. BMC health serv. res. 2006;6(44). 2. Devriendt E, Van den Heede K, Coussement J, Dejaeger E, Surmont K, Heylen D, et al. Content validity and internal consistency of the Dutch translation of the Safety Attitudes Questionnaire: an observational study. Int. j. nurs. stud. 2012;49(3):327-37. ____________________________________ a Enfermeira. Mestranda do PPGEnf da Universidade Federal de Santa Maria, RS. Relatora. Email: [email protected] b Enfermeira. Mestranda do PPGEnf da Universidade Federal de Santa Maria, RS. c Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente do Departamento e do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), RS. 158 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS REGISTRO DE AÇÃO PSICOATIVA E DE ALTERAÇÕES DO EQUILÍBRIO NAS BULAS DE MEDICAMENTOS UTILIZADOS PELOS PACIENTES AVALIADOS QUANTO AO RISCO DE QUEDAS Amanda Peres do Nascimentoa, Daniela Raphaelli Nardinb, Dayane Sennac, Vitor Pena Prazido Rosad, Janete de Souza Urbanettoe Introdução: este trabalho faz parte do projeto “Associação entre o risco e a ocorrência de queda de pacientes hospitalizados” e apresenta dados parciais do estudo da ação dos medicamentos. A prevenção de queda é uma das preocupações do Ministério da Saúde, no sentido de qualificar a assistência em saúde1. O uso de medicamentos de ação psicoativa, apesar de vários estudos abordando esta temática, ainda não é um dos fatores efetivamente considerados com relação a ocorrência de quedas durante a hospitalização. Objetivos: analisar a frequência do registro de ação psicoativa e de alteração do equilíbrio descritos nas bulas de medicamentos utilizados pelos pacientes avaliados quanto ao risco de quedas durante a hospitalização. Método: estudo descritivo, cujos medicamentos analisados foram oriundos de um banco de dados de pacientes (n= 1431) avaliados quanto ao risco de quedas durante a hospitalização em um hospital universitário do Rio Grande do Sul, Brasil. Foram analisadas as classes medicamentosas: Analgésicos, Ansiolíticos/Tranquilizantes, Anti-hipertensivos, Anticonvulsivantes, Antidepressivos, Antipsicóticos, Diuréticos e Indutores do sono. Os dados relativos à ação psicoativa e de alteração do equilíbrio foram extraídos das bulas dos medicamentos. Para a análise utilizou-se a estatística descritiva. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da Instituição (Protocolo 1272/09). Resultados: as oito classes medicamentosas analisadas totalizaram 86 medicamentos. Desses, 72 (83,7%) descreviam ação psicoativa e 77 (89,5%) alterações relacionadas ao equilíbrio. A grande maioria apresentou percentuais superiores a 80% quanto à descrição dessas alterações. As bulas dos medicamentos antipsicóticos e anticonvulsivantes descreveram ação psicoativa e alteração do equilíbrio em 100%, e nas de anti-hipertensivos identificou-se o relato de alteração de equilíbrio em 95,2%. Conclusão: os resultados, apesar de preliminares, demonstram que, na descrição dos medicamentos, a ação psicoativa e a alteração do equilíbrio estão relatadas. Esse aspecto é extremamente importante, visto 159 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS que o uso concomitante de medicamentos da mesma classe ou de classes diferentes ocorre de forma rotineira nos atendimentos em saúde, o que pode potencializar o risco para ocorrência de quedas. Esses achados podem sinalizar, para a equipe de enfermagem e de saúde, os riscos relacionados e contribuir para o planejamento do cuidado seguro. Descritores: Efeitos Colaterais e Reações Adversas Relacionados a Medicamentos. Acidentes por Quedas. Segurança do Paciente. Referência 1. Ministério da Saúde (BR). Portaria nº 529, de 1º de abril de 2013. Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Diário Oficial da União 02 abr 2013 [acesso em 2013 Maio 5]; Seção 1,(62):43. Disponível em: http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=43&data=02/04/2013 __________________________________________________________________________ aAcadêmica de Enfermagem da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS. Bolsista de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (FAPERGS). Email: [email protected] ²Acadêmica de Enfermagem da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS. Relatora. Email: [email protected] ³Acadêmica de Enfermagem da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS. Email: [email protected] dAcadêmico de Enfermagem da PUCRS. Bolsista de Iniciação Científica CNPQ. [email protected] eEnfermeira. Doutora em Ciências da Saúde. Professora do Curso de Enfermagem da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS. Email: [email protected] 160 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS REGISTRO DE FLEBITE E TROMBOFLEBITE NAS BULAS DE MEDICAMENTOS COMUMENTE RELACIONADOS AO RISCO DE FLEBITES Ana Paula Christo de Freitasa, Ana Paula Ribeiro de Oliveirab, Franciele de Oliveira Munizc, Jessica de Cássia Ramosd, Renata Martins da Silvae, Janete de Souza Urbanettof Introdução: a flebite é a inflamação de uma veia, podendo ser acompanhada de dor, eritema, edema, endurecimento e/ou um cordão palpável. É classificada em quatro tipos: mecânica, química, bacteriana e pós-infusão(1). A flebite química, que é foco desse estudo, é causada pelo tipo de droga ou fluido infundido no cateter intravenoso periférico. Fatores como pH e osmolaridade das substâncias tem um efeito significativo na incidência de flebite (2). Objetivo: analisar a frequência do registro de flebite e/ou tromboflebite descritos em bulários eletrônicos de medicamentos comumente relacionados ao risco de flebites. Método: estudo descritivo, alinhado ao projeto de pesquisa “Segurança do paciente no uso de cateter intravenoso periférico: vigilância da ocorrência de flebites e fatores relacionados”. Os medicamentos pesquisados fazem parte de um protocolo de prevenção de flebites(3) utilizado como referência por instituições de saúde, agrupados por classe medicamentosa: antibióticos do grupo das penicilinas, cefalosporinas, beta – lactâmicos e as sulfonamidas; antivirais; antiarrítmicos; sedativos-hipnóticos; analgésicos; vasoconstritores; vasodilatadores; antiepiléticos; analgésicos entorpecentes; vitaminas lipossolúveis; sedativos; antiácidos e antimicóticos. Os termos pesquisados nas bulas foram flebite e tromboflebite. A análise foi realizada por meio da estatística descritiva. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da Instituição (Protocolo 1082/07). Resultados: das 42 bulas avaliadas, 49% não descreviam nenhuma manifestação relacionada ao risco de flebite, apenas 23% utilizaram a palavra flebites, 26% tromboflebites, 2% utilizaram ambos. Dos 49 medicamentos pesquisados, 24 (48,9%) eram antibióticos. Desses, apenas 50,4% (ácido clavulânico + amoxicilina; cefoxitina; ceftazidima; claritromicina, eritromicina, imipinen. meropenen, oxacilina; piperacilina+ tazobactam; ticarcilina + ácido clavulânico; tigeciclina e vancomicina), relatavam as palavras pesquisadas. Conclusões: os achados, embora preliminares, apontam para a necessidade de estudos mais aprofundados para a 161 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS avaliação e acompanhamento da administração de medicamentos por cateteres intravenosos periféricos, uma vez que medicamentos comumente relacionados a flebites na prática clínica não apontam esse agravo na descrição de reações adversas em suas bulas. A contribuição deste estudo está em trazer à tona informações que possam fortalecer as estratégias para um cuidado seguro na administração de medicamentos. Descritores: Efeitos Colaterais e Reações Adversas Relacionados a Medicamentos. Flebite. Segurança do Paciente. Referências 1 Intravenous Nurses Society. Infusion nursing standards of practice. Journal of Infusion Nursing. 2011;34(15):106. 2 Ray H, Andrew P. Phlebitis: treatment, care and prevention. Nursing Times. 2011; 107(36):18-21. 3 Hospital Israelita Albert Einstein. Manual farmacêutico. Albert Einstein, Hospital Israelita. São Paulo; 2011-2012 [acessado 2013 Maio 27]. Disponível em: http://www.einstein.br/manualfarmaceutico/Institucional/Paginas/PadronizacaoMedi camentos.aspx?pag=Padronizacao%20de%20medicamentos ______________________________ aAcadêmica de Enfermagem da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS. Relatora. [email protected] b Acadêmica de Enfermagem da PUCRS. Bolsista de Iniciação Científica PUCRS. c Acadêmica de Enfermagem da PUCRS. d Acadêmica de Enfermagem da PUCRS. e Acadêmica de Enfermagem da PUCRS. f Enfermeira. Doutora em Ciências da Saúde pela PUCRS. Professora do Curso de Enfermagem da PUCRS. [email protected] 162 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS RESISTÊNCIA E SENSIBILIDADE AOS ANTIMICROBIANOS: CONTRIBUIÇÕES PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE Roberta Soldatelli Pagno Paima, Elisiane Lorenzinib Introdução: dentre as diversas estratégias propostas pela Organização Mundial da Saúde para promover a Segurança do Paciente, está a de reduzir o número de infecções relacionadas à assistência à saúde. O aumento da resistência antimicrobiana gera repercussões no tempo de internação, no tratamento, na redução do arsenal terapêutico e no aumento do risco relacionado ao óbito dos pacientes.1-2 Objetivo: conhecer o perfil de resistência e sensibilidade aos antimicrobianos em amostras de material de pacientes hospitalizados. Metodologia: estudo transversal, descritivo, documental e retrospectivo, realizado através da análise dos resultados dos antibiogramas das amostras de material biológico dos pacientes internados em uma instituição hospitalar de médio porte, Brasil, no período de 2007 a 2012. A pesquisa respeitou as diretrizes da Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde e foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, com o parecer número 358.841 e CAAE 19685613.4.0000.5523. Resultados: das 13.761 amostras, 29,5% foram positivas para a presença de micro-organismos. A penicilina apresentou o maior percentual de resistência, 83%. A produção de betalactamase é responsável por degradar os antibióticos β-lactâmicos e por conferir resistência a esta classe de antibióticos.3 Cefotaxima 64,7%, ceftazidima 63% e cefepime 62,9%, cefalosporinas de terceira e quarta geração, também mostraram altos índices de resistência antimicrobiana. O uso inadequado é um dos principais fatores para o desenvolvimento de resistência antimicrobiana.4 Em outro estudo, pesquisadores encontraram maior perfil de resistência para cefepime e ceftazidima, corroborando com os resultados desta pesquisa.5 Conclusão: taxas elevadas de resistência às cefalosporinas constitui-se em dado preocupante, pois são utilizadas no tratamento de microorganismos Gram-negativos, resistentes à outros fármacos. Contribuições para a enfermagem: medidas de prevenção da resistência antimicrobiana, como cuidados na administração de medicamentos, entre outras, devem ser priorizadas pelos profissionais e instituições de saúde, visto que a resistência antimicrobiana gera impactos negativos na Segurança do Paciente. 163 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS Palavras-Chave: Segurança do Paciente. Farmacorresistência Bacteriana. Infecção Hospitalar. Referências 1 World Health Organization. A crescente ameaça da resistência antimicrobiana. Opções de ação. Genebra; 2012[acessado 2013 Jun 11]. Disponível em: http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/75389/3/OMS_IER_PSP_2012.2_por.pdf 2 Lorenzini E, Santi JAR, Báo ACP. Patient safety: analysis of the incidents notified in a hospital, in south of Brazil. Rev Gaúcha Enferm. 2014 Jun;35(2):121-7. 3 Abreu AG, Marques SG, Monteiro-Neto V, Carvalho RML, Gonçalves AG. Nosocomial infection and characterization of extended-spectrum β-lactamases-producing Enterobacteriaceae in Northeast Brazil. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. 2011; 44(4):441-6. 4 Lancis IF, Garcell HG, Narbona IM, Sánchez RE, Sosias JP, Gómez GP et al. Factores asociados al uso inadecuado de cefalosporinas en pacientes hospitalizados. Rev Cubana Cir. 2010;49 (3):1-9. 5 Machado GM, Lago A, Fuentefria SRR, Fuentefria DB. Ocorrência e perfil de sensibilidade a antimicrobianos em Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter sp. em um hospital terciário, no sul do Brasil. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. 2011;44(2):168-72. _____________________________ aFarmacêutica. Mestre em Biotecnologia/ Docente. Faculdade da Serra Gaúcha. Faculdade Fátima, Caxias do Sul, RS. Relatora E-mail: [email protected] bEnfermeira. Mestre em Ciências da Saúde. Doutoranda em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS. E-mail: [email protected] 164 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS RESULTADO DA IMPLANTAÇÃO DE MEDIDAS PREVENTIVAS NO INDICADOR DE QUEDAS DE PACIENTES INTERNADOS Ana Magalhãesa, Diovane da Costaa, Francis da Costaa, Gisela Mouraa, Lyliam Suzukia, Vera Diasa Introdução: os serviços hospitalares que adotam as diretrizes de segurança do paciente implementam medidas preventivas pautadas em padrões internacionais de segurança1,2, a exemplo da meta internacional número seis, que objetiva prevenir lesões decorrentes de quedas3. A incidência de quedas no ambiente hospitalar varia conforme o tipo de paciente atendido. Os idosos, com distúrbios de marcha ou equilíbrio, alteração do nível de consciência e uso de determinados medicamentos são mais propensos a quedas, assim como as crianças. As quedas são eventos que podem causar lesões em pacientes hospitalizados. Por isto, as instituições devem identificar o risco de quedas, instituir medidas preventivas e avaliar se as mesmas estão sendo efetivas. Objetivo: analisar os resultados do indicador de quedas após a implantação do protocolo de prevenção de quedas. Metodologia: estudo de abordagem quantitativa, descritivo, realizado com base nos resultados do indicador de quedas de um hospital universitário público do sul do Brasil, no período de janeiro a julho de 2013 e de 2014. O indicador corresponde à Taxa de Incidência de quedas, calculada pelo número total de quedas de pacientes ocorridas durante o mês * 1000, dividido pelo número total de pacientes dia. A meta institucional é de ≤ 2 quedas por 1000 pacientes/dia. Medidas preventivas de quedas - orientações sobre prevenção de quedas, sinalização de segurança do ambiente, ambiente livre de obstáculos, rodas das camas travadas, transporte do paciente em maca ou cadeira, dentre outras - são instituídas para todos os pacientes. Os pacientes adultos avaliados pela escala de Morse com escores ≥ 45, os pediátricos com idade ≥ 3 anos avaliados com fatores de risco com escores ≥ 3, e pacientes com transtorno mental avaliados com Morse associada ao uso de psicotrópicos, são sinalizados com pulseira amarela. Resultados: comparando os sete primeiros meses do ano observa-se que houve uma redução na incidência de quedas, refletindo num aumento no número de unidades que alcançaram a meta, isto é, de oito unidades em 2013 para 13 unidades em 2014. Além disto, 17 de 21 unidades tiveram diminuição em suas taxas, variando de -0,11 a -2,29. 165 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS Conclusão: o monitoramento e a instalação de medidas preventivas reduziram a incidência de quedas e, consequentemente, as lesões decorrentes, conforme almejado pela Meta Internacional de Segurança número seis. Descritores: Acidente por Quedas. Metas Internacionais de Segurança. Indicadores. Referências 1 Ministério da Saúde (Brasil). Portaria 529 de 01 de abril de 2013. Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). [internet]. Brasília; 2013 [acesso 2014 Set 02] Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0529_01_04_2013.html 2 World Health Organization. World Alliance for Patient Safety: summary of the evidence on patient safety: implications for research. Geneva, Switzerland: World Health Organization; 2008 [acesso 2014 Set 02]. Disponível em: http://www.who.int/patientsafety/information_centre/Summary_evidence_on_patient_ safety.pdf 3 Joint Commission International. Padrões de acreditação da Joint Commission para hospitais. Consórcio Brasileiro de Acreditação de Sistemas e Serviços de Saúde. 4ª ed. Rio de Janeiro: CBA; 2010. ________________________ a Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS. 166 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS RISCO PARA QUEDA DE ADULTOS NAS PRIMEIRAS HORAS DE HOSPITALIZAÇÃO Carine Remora, Carla Barroca Cruzb, Amanda Peres do Nascimentoc, Vitor Pena Prazido Rosad, Janete de Souza Urbanettoe Introdução: a queda é definida como o evento em que a pessoa inadvertidamente cai ao solo ou níveis inferiores, excluindo mudança intencional da posição para repouso na mobília, parede ou outros objetos(1). O risco de quedas no meio hospitalar pode ser supervisionado por escalas validadas para este fim, como a Morse Fall Scale(2) que foi traduzida e adaptada para o Brasil, em 2013(3). Esta escala permite classificar o risco de cair dos pacientes em baixo, moderado e elevado(2,3). A investigação, nas primeiras horas de hospitalização, acerca dos riscos dos pacientes caírem tem por objetivo a identificação precoce dos fatores relacionados à queda que contribuam para a elaboração de estratégias para prevenir, alertar e reduzir este incidente, que pode tornar-se um agravo importante à saúde das pessoas. Objetivo: identificar os riscos para quedas nas primeiras horas de hospitalização e associá-los com a ocorrência de quedas. Método: estudo de coorte, realizado em um hospital de Porto Alegre, Brasil. A população do estudo foram os pacientes adultos hospitalizados e a amostra configurou-se em 556 pacientes avaliados quanto aos fatores associados ao início da hospitalização. A análise foi descritiva e analítica. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética da Instituição. A pesquisa tem financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e da Fundação de Amparo à Pesquisa no Rio Grande do Sul. Resultados: evidenciou-se que a classificação de risco elevado pela Morse Fall Scale (MFS) e, especificamente os itens história de quedas, auxílio na deambulação, marcha comprometida/cambaleante e superestimação da capacidade para deambulação, estavam associados com as quedas na hospitalização (p≤0,005). Além destes, a força muscular reduzida e o déficit visual também contribuíram para a ocorrência deste incidente de segurança. Conclusão: a identificação dos fatores de risco para quedas dos pacientes avaliados nas primeiras horas de hospitalização pode contribuir para a redução dessas ocorrências e prevenir eventuais danos. 167 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS Descritores: Acidentes por Quedas. Segurança do Paciente. Enfermagem. Referências 1. Organização Mundial de Saúde. The conceptual framework for the international classification for patient safety v1.1. Final technical report and technical annexes. [Internet] 2009 [acessado 2014 Mar 22]. Disponível em: http://www.who.int/patientsafety/taxonomy/en/ 2. Morse JM, Morse RM, Tylko SJ. Development of a scale to identify the fall-prone patient. Canadian Journal on Aging.1989;8(4):366-377. 3. Urbanetto JS, Creutzberg M, Franz F, Ojeda BS, Gustavo AS, Bittencourt HR et al. Morse Fall Scale: tradução e adaptação transcultural para a Língua Portuguesa. Rev. Esc. Enferm. USP. 2013 Jun;47(3):569-575. ___________________________ aAcadêmica de Enfermagem pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS. [email protected] bAcadêmica cBolsista de Enfermagem pela PUCRS. [email protected] de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa no Rio Grande do Sul (FAPERGS). [email protected] dBolsista de Iniciação Científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento científico e Tecnológico (CNPq). [email protected] eEnfermeira Doutora em Ciências da Saúde pela PUCRS. Professora do Curso de Enfermagem da PUCRS. [email protected] 168 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS SEGURANÇA DO PACIENTE E A IDENTIFICAÇÃO POR PULSEIRA Roberta Heidricha,b, Izamara Alvesa, Viviane Baltazara, Paulo Renato Vieiraa, Carla Marquesa, Patrícia Trevisoc Introdução: a segurança do paciente é definida como a redução do risco de danos desnecessários associados à atenção à saúde, até um mínimo aceitável¹. O processo de identificação do paciente é essencial para garantir a segurança e a qualidade da assistência nas instituições de saúde². Objetivo: descrever a importância da identificação do paciente, tanto para este quanto para os profissionais da saúde. Metodologia: revisão bibliográfica realizada em agosto de 2014. Realizada busca nas bases de dados BIREME e SCIELO. Foram encontrados 61 artigos, destes foram excluídos os artigos que não atendiam aos objetivos do estudo ou não estavam disponíveis na íntegra online e em português, resultando na utilização de quatro artigos, analisados neste estudo. Resultados: a presente revisão elucida a importância da identificação do paciente. A identificação do paciente correta resulta no atendimento mais seguro e possibilita evitar erros, visto que a assistência é um processo complexo e composto por várias etapas e, muitas vezes, envolve diferentes profissionais.³ Uma das etapas de identificação se dá por meio do uso de uma pulseira, contendo informações como nome e sobrenome, número do registro, dentre outras de acordo com a instituição de saúde. Também deve apresentar características adequadas como: cor, tamanho, durabilidade, letra e adequarse às necessidades de cada paciente. Esta prática é recomendada internacionalmente, no intuito de reduzir falhas no atendimento ao paciente1-4. Conclusão: a identificação do paciente é de fundamental importância para a segurança do cuidado. Contribuições para enfermagem: o presente estudo colaborou para o aprendizado sobre a importância da segurança e identificação do paciente, visando um atendimento seguro e qualificado pela enfermagem. Descritores: Segurança do Paciente. Enfermagem. Referências 169 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS 1. Tase TH, et al. Identificação do paciente nas organizações de saúde: uma reflexão emergente. Rev. Gaúcha Enferm. 2013;34(2):196-200. 2. WHO Collaborating Centre for Patient Safety Solutions. Solution 2: patient identification. Patient Safety Solutions. 2007 May [acesso em 2014 Ago 22];1:8-11. Disponível em: http://www. jointcommissioninternational.org/WHO-CollaboratingCen- tre-for-Patient-Safety-Solutions/. 3. Pease F, Sasso GTMD. Cultura da segurança do paciente na atenção primária à saúde. Texto Contexto Enferm. 2013;22(2):302-310. 4. Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – REBRAENSP Polo RS. Estratégias para a segurança do paciente: manual para profissionais da saúde. Porto Alegre: EDIPUCRS; 2013. ________________________________________ a Acadêmico de enfermagem do Centro Universitário Metodista do IPA, Porto Alegre, RS. b Relatora. Email: [email protected] c Mestre em Ciências da Saúde. Doutoranda em Ciências da Saúde. Docente do Curso de Graduação em Enfermagem do Centro Universitário Metodista IPA, Porto Alegre, RS. 170 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS SEGURANÇA DO PACIENTE NA PREVENÇÃO DO TROMBOEMBOLISMO VENOSO NO PÓSOPERATÓRIO: UMA REVISÃO TEÓRICA Fuzer FAMa, Gomes LMAb, Rios CSc, Silva AAd; Zambrano AOe; Silva KCOf Introdução: o tromboembolismo venoso é uma condição frequente que pode complicar a recuperação dos pacientes, sendo causa de morbimortalidade no pós-operatório, podendo ser evitado com profilaxia adequada1. Objetivo: investigar a literatura científica acerca dos cuidados preventivos para tromboembolismo venoso em pacientes no pósoperatório. Metodologia: efetuou-se uma busca sistematizada nas bases de dados Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) e Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e na Scientific Electronic Library Online (SciELO). Os critérios de inclusão foram: artigos completos, em português, disponíveis integralmente online e gratuitos. Foram excluídos: teses, dissertações, resumos, trabalhos em outros idiomas, de acesso pago. Não foi estabelecido recorte temporal com a finalidade de se obter ampla visão sobre o assunto. Utilizaram-se, na busca, os descritores “Prevenção”, “Tromboembolismo”. Resultados: dos 88 artigos encontrados, 12 atenderam os critérios de inclusão. Para prevenir o tromboembolismo venoso, a equipe de enfermagem deve atentar os riscos no cuidado profilático, tanto físicos quanto químicos, os quais, se possível, devem estar associados para garantir uma atenção efetiva ao paciente2. Os artigos abordaram tópicos frequentes no quotidiano pós-cirúrgico como: prevenção de tromboembolismo venoso, salientando a importância da prevenção, associação de cuidados assistenciais, incidências e efeitos da profilaxia no pós-operatório. Apesar das grandes evidências sobre a eficácia das medidas profiláticas, ainda há uma expressiva vulnerabilidade na prática dos profissionais. A profilaxia é o método de melhor relação custo/benefício e evita a incidência de tromboembolismo venoso, diminuindo o tempo de internação e custos com tratamentos e, consequentemente, contribui para a qualidade de vida do paciente3. Conclusão: tal temática é de suma importância para o paciente no pós-operatório, pois envolve múltiplos aspectos do cuidado. Entretanto, há poucos estudos no Brasil. Sugere-se o desenvolvimento de pesquisas no intuito de otimizar a profilaxia para o tromboembolismo venoso. Implicações para a enfermagem: este trabalho implica no 171 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS estímulo ao estudo científico da enfermagem, quanto às medidas profiláticas para prevenção de complicações geradas por trombos no pós-operatório, favorecendo a segurança do paciente. Descritores: Prevenção. Tromboembolismo venoso. Enfermagem. Referências 1. Wachter RM. Compreendendo a segurança do paciente. Porto Alegre: Artmed; 2010. p. 137-138. 2. Barreto SSM, Silva PM, Faccin CS, Theil AL, Nunes AH, Pinheiro CTS. Profilaxia para tromboembolia venosa em uma unidade de tratamento intensivo. J. Pneumo. 2000 JanFev[acesso em 2014 Set 05];26(1):15-19. Disponível em : http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102358620000001000 04&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt 3. Diogo-Filho A, Cíntia PM, Diogo DM, Larissa SPF, Priscila MD, Priscila MV. Estudo de vigilância da profilaxia do tromboembolismo venoso em especialidades cirúrgicas de um hospital universitário de nível terciário. Arq. Gastroenterol. 2009 Jan-Mar[acesso em 2014 Set 05];46(1):9-14. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S000428032009000100007 ________________________ aAcadêmica. Curso de Enfermagem, Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS. Relatora. [email protected] bAcadêmica. Curso de Enfermagem, Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS. [email protected] cAcadêmica. Curso de Enfermagem, Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS. [email protected] dAcadêmica. Curso de Enfermagem, Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS. [email protected] eEnfermeira. Especialista em psicanálise [email protected] fEnfermeira. Docente curso de Enfermagem, Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS. [email protected] 172 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS SEGURANÇA DO PACIENTE NO CENTRO CIRÚRGICO: CUIDADO NA PREVENÇÃO DE EVENTOS ADVERSOS Viviane Costaa, Patrícia Trevisob Introdução: a preocupação com a segurança do paciente é um tema de relevância crescente em âmbito global. A inclusão de indicadores de segurança nos programas de monitoramento da qualidade representa uma importante estratégia para orientar medidas que promovam a segurança do paciente.1 Objetivos: identificar situações de eventos adversos vivenciados ou presenciados por acadêmicos de enfermagem que atuam como profissionais de enfermagem de nível técnico em centro cirúrgico. Metodologia: estudo qualitativo, exploratório, descritivo. População: acadêmicos de enfermagem do Centro Universitário Metodista-IPA, Brasil, que atuam como profissionais de enfermagem de nível técnico em centro cirúrgico, amostra por critério de saturação de dados; os dados estão sendo coletados através de entrevista gravada em áudio. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Metodista-IPA sob o número de parecer 680.374 em 04 de julho de 2014. Resultados: o estudo está em fase de coleta de dados. Os resultados parciais revelam eventos adversos que podem ocorrer no perioperatório como: troca de pacientes, troca de medicações, erro na lateralidade de procedimentos cirúrgicos, queda, queimaduras, problemas decorrentes de equipamentos defeituosos ou ausentes entre outros. Conclusões: são diversas as situações de eventos adversos que podem ocorrer no período perioperatório e, portanto, faz-se necessário o seguimento rígido de protocolos de segurança buscando eliminar a ocorrência dos mesmos. Contribuições para enfermagem: o estudo permitirá elencar eventos adversos vivenciados ou presenciados por acadêmicos de enfermagem em centro cirúrgico, enquanto profissionais desta área, evidenciando a importância da adoção de medidas que visem evitar a ocorrência de eventos adversos. Descritores: Enfermagem Perioperatória. Segurança. Referência 173 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS 1 Gouvêia CSD, Travassos C. Indicadores de segurança do paciente para hospitais agudos. Cad. Saúde Pública. 2010 Jan-Jun;26(6):1061-1078. _______________________________________________ aAcadêmica do 9° Semestre do Curso de Graduação em Enfermagem do Centro Universitário Metodista – IPA, Porto Alegre, RS. Relatora. [email protected] b Enfermeira. Mestre em Ciências da Saúde. Doutoranda em Ciências da Saúde. Docente do Curso de Graduação em Enfermagem do Centro Universitário Metodista IPA, Porto Alegre, RS. 174 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS SEGURANÇA DO PACIENTE: CHECKLIST DE CIRURGIA SEGURA Marcella Salatino Rochaa, Daisy Zanchi de Abreu Boteneb Introdução: a aplicação do checklist cirúrgico foi realizada em diversos estudos de hospitais em países variados, abordando todos os contextos econômicos, mostrando-se uma ferramenta de baixo custo para minimizar a ocorrência de eventos adversos graves associados à cirurgia. Esses eventos podem ser agrupados em cinco categorias: 1) cirurgia realizada em membro ou local errado; 2) cirurgia realizada em paciente errado; 3) procedimento cirúrgico errado; 4) retenção de objeto estranho dentro do paciente após o término da cirurgia; 5) morte no intraoperatório ou no pós-operatório imediato em paciente hígido, sem patologias prévias(1). Entretanto, ainda encontram-se barreiras na aplicação dessa ferramenta de segurança em hospitais de ensino, especialmente no que se refere a treinamentos específicos e, principalmente, à aceitação da equipe médica. Objetivo: identificar o entendimento e as dificuldades apresentados na aplicação do checklist (lista de checagem) de cirurgia segura da Organização Mundial de Saúde. Metodologia: se trata de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, realizado em um centro cirúrgico de um hospital privado de Porto Alegre, Brasil. Os participantes foram 12 técnicos de enfermagem do centro cirúrgico. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética das instituições envolvidas, sob número 504.647. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada, conduzida pela pesquisadora em horário pré-agendado. Para organização e análise de dados foi utilizada a análise de temática. Resultados: elencaram-se duas categorias: “A importância do checklist” e “Dificuldades na aplicação”. Os participantes demonstraram conhecimento da importância da aplicação deste instrumento de checklist, relatando sentirem-se mais seguros quando realizam o processo. Entre as dificuldades referidas estão a falta de treinamentos específicos para área cirúrgica, a grande demanda de cirurgias e, principalmente, a falta de comprometimento de alguns profissionais perante esse processo de segurança, os quais parecem ainda não estar conscientes da importância da aplicação de checklist. Considerações finais: considera-se que a equipe de enfermagem tem papel importante no processo de verificação e orientação do instrumento de 175 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS segurança, ressaltando que a aplicação desse processo visa diminuir consideravelmente os riscos ao paciente, bem como diminuir o atrito entre os componentes da equipe provocado por eventos inesperados. Contribuições para a enfermagem: o estudo contribui para a área da enfermagem uma vez que evidencia a importância e os fatores envolvidos na aplicação do checklist cirúrgico. Os resultados geram subsídios para se compreender melhor o fenômeno e estimular a reflexão para a construção de estratégias que melhorem a sua aplicação. Descritores: Enfermagem. Segurança do Paciente. Procedimentos Cirúrgicos Operatórios. Checklist. Referência 1 World Health Organization. World conference on social determinants of health: meeting report. Rio de Janeiro: WHO; 2011[citado em 2012 Jul 8]. Disponível em: http://www.who.int/sdhconference/resources/Conference_Report.pdf ___________________________________ a Enfermeira. Graduação em Enfermagem pelo Centro Universitário Metodista (IPA), Porto Alegre, RS. Relatora. Email: [email protected] b Enfermeira. Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Docente do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Metodista (IPA), Porto Alegre, RS. Email: [email protected] 176 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: ALIADO À CIRURGIA SEGURAa Michelle Camile Schusterb, Sandra Leontina Graubec, Vivian Lemes Lobo Bitencourtd Introdução: a constante evolução do conhecimento, especialmente as inovações tecnológicas que permeiam a área da saúde, permitem a criação de técnicas menos invasivas, bem como a elaboração de novos materiais e medicamentos, procedimentos mais rápidos e seguros, garantindo deste modo um atendimento eficiente no serviço prestado. A pesquisa teve como justificativa estabelecer as intervenções de enfermagem necessárias para prevenir e controlar os principais problemas no recebimento do paciente no Centro Cirúrgico e sua permanência na Sala Operatória. Objetivo: o objetivo geral foi a elaboração de um instrumento de sistematização da assistência de enfermagem no transoperatório e, como objetivos específicos, diminuir os riscos decorrentes da utilização de materiais e equipamentos durante o procedimento cirúrgico; analisar as necessidades individuais de cada cliente e prestar assistência ao paciente e aos seus familiares. Método: para o alcance dos desígnios propostos, utilizouse de pesquisa do tipo exploratória/revisão bibliográfica com abordagem qualitativa. Foram relacionados artigos científicos de 2000 a 2010, sendo encontrados 20 artigos e destes utilizados 10 artigos. Resultados: o referido estudo proporcionou estratégias de verificação das principais complicações a que o paciente está exposto e as possíveis alterações anatômicas e fisiológicas, proporcionando ações específicas que permeiam o ato anestésico e cirúrgico. A equipe de enfermagem deve estar disposta a oferecer estratégias com o intuito de minimizar os riscos mais comuns e evitáveis ao ato cirúrgico, proporcionando sempre segurança e conforto ao paciente, para que sejam evitadas complicações referentes à hipotermia, riscos de lesões, náuseas, vômitos entre outros. Disponibilizar ao paciente apoio emocional, permanecer próximo durante os procedimentos e a indução anestésica, avalia-lo continuamente tendo uma visão holística. Quanto ao gerenciamento de enfermagem, oferecer integral segurança física ao paciente, equipamentos em condições de uso, manter a assepsia e controle do ambiente e, desta forma, ocorrerá uma melhor assistência, individualizada e humanizada, por meio de uma sistematização da assistência de enfermagem, pois é o meio pelo qual o 177 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS enfermeiro consegue atender as necessidades do paciente. Considerações finais: deve-se estabelecer um trabalho voltado para a segurança relacionado aos eventos adversos compondo, assim, um grande desafio em que cirurgias seguras salvam vidas. Sabendo-se da importância que a equipe de enfermagem tem referente ao cuidado com o paciente, é de fundamental importância que esteja em total sintonia, para desenvolver um atendimento humanizado. Descritores: Centro Cirúrgico Hospitalar. Enfermagem de Centro Cirúrgico. Assistência Perioperatória. Referências Andrade JS, Vieira MJ. Prática assistencial de enfermagem: problemas, perspectivas e necessidades de sistematização. Revista Brasileira de Enfermagem. 2005 MaioJun;58(3):261-265. Castellanos BEP, Jouglas VMG. Assistência de enfermagem peri operatória: um modelo conceitual. Rev. Esc. Enfermagem USP. 1990 Dez;24(3):359-70. Gil CA. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas; 2007. ________________________________ aTrabalho de Conclusão do Curso Especialização em Centro Cirúrgico, Centro de Materiais e Sala de Recuperação Pós Anestésica – Instituto de Educação e Pesquisa Hospital Moinhos de Vento. b Enfermeira. Hospital Unimed Noroeste, Ijuí, RS. Relatora. E-mail: [email protected] c Enfermeira. Hospital Unimed Noroeste, Ijuí, RS. E-mail: [email protected] d Enfermeira. Hospital Unimed Noroeste, Ijuí, RS. E-mail: [email protected] 178 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS 3 RELATOS DE AÇÕES NO ENSINO 179 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS AÇÃO PEDAGÓGICA EM UNIDADE HOSPITALAR: UMA ABORDAGEM INTEGRADA ENSINO - SERVIÇO Ferdinando De Contoa, Bernadete Maria Dalmolinb, Heide Elisabete Wayerbacher Hoffmannc, Cleide Maciel do Amarald Introdução: as organizações hospitalares têm na sua origem a prestação de serviços diretamente à comunidade, portanto, traz o caráter humanístico, que permanece até hoje. Alguns hospitais evoluíram na sua maneira de prestar serviços e no seu sistema de gestão, porém, algumas organizações hospitalares ainda se apoiam em sistemas gerenciais alicerçados em paradigmas tradicionais. A Universidade de Passo Fundo, Rio Grande do Sul, por seu caráter comunitário e regional e que tem sua ação alicerçada no ensino, pesquisa e extensão, propôs este trabalho que se caracteriza como uma nota prévia de uma ação extensionista. Objetivo: tem o objetivo de realizar ações educativas de ensino-serviço, de caráter interdisciplinar e interinstitucional junto a um hospital público de pequeno porte do município de Passo Fundo, Brasil. Método: relato de atividade. Resultados: a partir do diagnóstico da realidade, percebeu-se como prioridades a adequação da estrutura física, capacitação do quadro de funcionários, perfil epidemiológico dos usuários e falta de normatização e padronização de procedimentos em quase todos os serviços hospitalares. Este projeto visa, entre outras ações, reestruturar/construir Protocolos Operacionais Padrão em todas as áreas de funcionamento do hospital, bem como apoiar tecnicamente as ações de reformas, entre elas as arquitetônicas, dessa instituição de saúde. Portanto, envolve não somente cursos voltados à área da saúde especificamente, mas todos os cursos da universidade que possam contribuir com esta instituição hospitalar. A ação tem conseguido a integração ensino-serviço-comunidade, buscando fortalecer e qualificar as ações do hospital ao mesmo tempo em que pretende aprimorar a formação interdisciplinar de discentes e docentes na busca de uma formação humanística, técnica e imersa na realidade social. Considerações finais: a proposta deste projeto se deu a partir de um diagnóstico social que originou a necessidade desta parceria, na busca por soluções, com o compromisso de desenvolvimento socioeconômico, cultural, tecnológico e científico da região, visando à melhoria da qualidade de vida da população. 180 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS Descritores: Administração em Saúde. Protocolos. Avaliação em Saúde. Relações Interpessoais. ____________ aCirurgião-dentista. Doutor, professor titular III, Curso de Odontologia – Universidade de Passo Fundo, RS. bEnfermeira. Doutora, professor titular III, Curso de Enfermagem – Universidade de Passo Fundo, RS. cEnfermeira. Especialista, professora contratada, Curso de Enfermagem – Universidade de Passo Fundo, RS. dGraduanda. Acadêmica, Curso de Enfermagem - Universidade de Passo Fundo, RS. Relatora. 181 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS ATUAÇÃO DE ENFERMAGEM EM UTI CORONARIANA: PERCEPÇÕES DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM SOBRE SEGURANÇA DO PACIENTE Fabiano Pereira dos Santosa,b, Carine Feldhausa, Monique Pereira Portellaa, Priscila da Silva Mattera, Eniva Miladi Fernandes Stummc, Eliane Raquel Rieth Benettid Introdução: a segurança do paciente tem se tornado preocupação mundial para o sistema de saúde. No entanto, mesmo com avanços nesses sistemas, os indivíduos ainda estão expostos a riscos quando submetidos aos cuidados de saúde. Dessa forma, a qualidade assistencial e a segurança do paciente têm sido estudados com vistas à diminuição de erros, riscos e danos ao paciente1. Nesse contexto, como as doenças cardiovasculares representam uma das maiores causas de mortalidade², a segurança dos pacientes em Unidade de Terapia Intensiva Coronariana merece ser discutida, a fim de minimizar riscos e proporcionar segurança ao paciente. O diagnóstico de enfermagem “risco de quedas”³ é identificado em muitos pacientes de Unidade de Terapia Intensiva Coronariana, o que exige da equipe de enfermagem cuidados específicos para prevenir danos. Objetivo: descrever as percepções de acadêmicos sobre a atuação da enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva Coronariana e a segurança do paciente. Metodologia: trata-se de um relato de experiência de acadêmicos de enfermagem, realizado durante as atividades de Prática em Saúde do Adulto II, em Unidade de Terapia Intensiva Coronariana de hospital do noroeste do Rio Grande do Sul. Resultados: a admissão de uma paciente em Unidade de Terapia Intensiva Coronariana, com dor precordial e abdominal associada à hipotensão arterial, confusão mental e taquipneia, suscitou nos acadêmicos questionamentos e reflexões acerca das ações da equipe para a segurança da paciente. Foram observados e discutidos os riscos durante transporte em maca, transferência da maca para o leito e acomodação/contenção no leito. Embora os métodos utilizados atendessem a segurança da paciente, eliminando possíveis riscos de quedas do leito, evidencia-se a necessidade da instrumentalização da equipe sobre o risco de quedas e ações preventivas. Conclusão: os eventos adversos que comprometem a segurança do paciente, como as quedas, constituem um desafio para o aprimoramento da qualidade da assistência. Nesse sentido, a movimentação e contenção do paciente com risco de quedas têm de respeitar as condições do paciente e seus agravos 182 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS patológicos. Dessa forma, a instrumentalização da equipe, o uso de protocolos e escalas é importante para o gerenciamento adequado. Contribuições para a Enfermagem: é fundamental a utilização de escalas que avaliem risco de quedas e protocolos de prevenção com vistas à segurança do paciente. Descritores: Segurança do Paciente. Cuidados de Enfermagem. Acidentes por Quedas. Referências 1 Costa SGRF, et al. Caracterização das quedas do leito sofridas por pacientes internados em um hospital universitário. Rev Gaúcha Enferm. 2011;32(4):676-81. 2 Nunciaroni AT, et al. Caracterização dos diagnósticos de enfermagem de pacientes internados em uma unidade de cardiologia. Rev Gaúcha Enferm. 2012;33(1):32-41. 3 Nanda Internacional. Diagnósticos de enfermagem: definições e classificação 20122014. Tradução de Jeanne Liliane Marlene Michel. Porto Alegre: Artmed; 2013. __________________________________ a Acadêmicos de Enfermagem, Unijuí, RS. Email: [email protected], [email protected], [email protected], [email protected] b Relator c Enfermeira, Doutora em Ciências, Unijuí, RS. Email: [email protected] d Enfermeira, Mestre em Enfermagem, Hospital Universitário de Santa Maria e Unijuí, RS. Email: [email protected] 183 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS FORMAÇÃO ACADÊMICA EM CENTRO DE MATERIAIS E ESTERILIZAÇÃO: FUNDAMENTAL PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE Natália Fernandes Martins Ferreiraa, Jenifer dos Santosa, Luély Vacari Ortiza, Rita Catalina Aquino Caregnatob Introdução: na Resolução da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - RDC Nº 15, de 2012, que dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento de produtos da saúde, encontra-se o artigo 28 que se refere ao profissional responsável pelo Centro de Materiais e Esterilização devendo este possuir nível superior, para coordenar todas as atividades relacionadas ao processamento de produtos da saúde. Tradicionalmente o enfermeiro tem sido o profissional responsável por esta área crítica, entretanto esta resolução abre a possibilidade de outro profissional, com conhecimento, assumir este lugar. Alguns currículos de cursos de graduação de Enfermagem não estão contemplando o conteúdo sobre Centro de Materiais e Esterilização e Centro Cirúrgico na formação dos futuros enfermeiros, por entenderem que este conteúdo é da especialização. Atualmente existe uma dificuldade de encontrar profissionais de enfermagem para atuarem nestes setores, portanto, é fundamental que a graduação em Enfermagem desperte o interesse dos acadêmicos para no futuro atuarem nestas áreas. Objetivo: relatar a experiência do estágio em Centro de Material de Esterilização da disciplina de clínico cirúrgico da grade curricular do curso de bacharelado de Enfermagem da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. Método: trata-se de um relato de experiência sobre a prática realizada na Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, no 5º semestre do curso de graduação em Enfermagem. Resultados: na disciplina denominada clínica cirúrgica os acadêmicos vivenciam na prática o Centro de Materiais e Esterilização, visualizando tudo que foi ministrado na teoria, como o fluxo unidirecional do setor, a recepção e lavagem do material sujo, preparo e acondicionamento dos materiais, esterilização por diversos métodos (vapor e peróxido de hidrogênio), armazenamento e distribuição dos materiais. Reconhece-se a rotina das máquinas e sua manutenção, bem como os testes a fim de verificar a eficácia da esterilização. Os acadêmicos descobrem a importância deste setor de apoio para a segurança do paciente atendido em todos os setores do 184 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS hospital, e vislumbram uma possibilidade de atuar na prática como enfermeiros no futuro profissional. Conclusão: é imprescindível que os acadêmicos de enfermagem tenham, na sua formação, fundamentação teórico-prática sobre Centro de Materiais e Esterilização despertando, assim, o interesse de atuar nesta área quando forem profissionais. Também é importante a inserção e a possibilidade de realizarem estágios curriculares neste setor, proporcionando ao estudante de enfermagem uma visão ampla da assistência de saúde e despertando seu olhar para o Centro de Materiais e Esterilização como fundamental em qualquer processo para a segurança do paciente. Para garantir a presença do enfermeiro no Centro de Materiais e Esterilização deve-se valorizar este setor preparando profissionais de enfermagem que tenham habilidades e conhecimentos para atuarem no processamento de produtos da saúde, pois estes são necessários tanto no ambiente hospitalar quanto na comunidade. Caso não existam enfermeiros capacitados e com interesse de trabalhar no Centro de Materiais e Esterilização, existem outras profissões que poderão ocupar este espaço. Palavras-chave: Enfermagem. Centro de Materiais e Esterilização. Educação. ___________________ a Acadêmicas do 6º semestre do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), RS. b Professora Assistente do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), RS. 185 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS GUIA CURRICULAR MULTIPROFISSIONAL DE SEGURANÇA DO PACIENTE: RELATO DE EXPERIÊNCIA Merianny de Avila Peresa,b, Luciane Santos Silvania, Manuela Usevicius Maiaa, Júlia Schneidera, Wiliam Wegnerc Introdução: na intenção de assegurar a redução dos riscos aos quais os pacientes estão submetidos diariamente, o tema segurança do paciente vem ganhando importância no cenário mundial. A Organização Mundial de Saúde, preocupada com a formação dos profissionais da saúde, elaborou um manual para orientar o ensino do tema aos docentes da área da saúde. O Guia Curricular Multiprofissional de Segurança do Paciente(1) pretende mobilizar docentes, estudantes e profissionais da saúde para educação e formação na segurança do paciente. Objetivos: descrever e divulgar as orientações e diretrizes do Guia Curricular Multiprofissional de Segurança do Paciente e refletir sobre a formação de docentes neste contexto. Metodologia: trata-se de um relato de experiência a partir de seminário realizado em agosto de 2014 no programa de extensão universitária “Enfermagem e segurança do paciente: REBRAENSP instrumentalizando a formação profissional no Rio Grande do Sul”. Nesta atividade, professor e bolsistas desenvolveram atividade de formação pedagógica a partir da leitura e discussão do guia proposto pela Organização Mundial de Saúde. O material foi dividido em cinco partes e cada estudante sintetizou e apresentou suas considerações, havendo debate e problematização mediados pelo professor. Resultados: o Manual da Organização Mundial de Saúde está dividido em parte A e parte B. Na primeira parte, a qual é destinada aos docentes da área da saúde, se encontram os objetivos do guia, a forma como foram estruturados, estratégias para integrar a segurança do paciente ao currículo e a importância do tema. Na parte B, destinada aos educadores e estudantes, o guia aborda temas específicos que incluem o aprendizado com base nos incidentes ocorridos, gerenciamento do risco clínico, métodos de otimizar o cuidado e a importância do envolvimento com o paciente, entre outros. Dentro destas temáticas, se incentiva os estudantes da área da saúde a pensar em como incorporar os princípios da segurança do paciente em sua prática diária, havendo exemplos de como operacionalizar na prática. Conclusão: por se tratar de um tema novo, a segurança do 186 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS paciente ainda é incipiente na maioria dos cursos de graduação. Entretanto, é necessário incluir a temática de maneira transversal nos currículos da graduação. É fundamental sensibilizar os docentes, a fim de se construir uma cultura para a segurança do paciente. Contribuições/implicações para a enfermagem: o tema é vital e prático no cotidiano do processo de trabalho do enfermeiro. O desenvolvimento da cultura de segurança do paciente, já no ensino de graduação, pode ser uma base sólida para transformações no cuidado de enfermagem e mudanças na atenção à saúde. Descritores: Segurança do Paciente. Ensino. Educação em Enfermagem. Referência 1. World Health Organization. Patient safety curriculum guide: multi-professional edition. Geneva (Switzerland): World Health Organization; 2011. ________________________ a Bolsistas de Extensão e Acadêmicas de Enfermagem; Escola de Enfermagem, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (EEUFRGS), Porto Alegre. b Relatora. E-mail: [email protected] c Professor Adjunto, EEUFRGS; Membro da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente (REBRAENSP). E-mail: [email protected] 187 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS SEGURANÇA DO PACIENTE EM USO DE BALÃO INTRA-AÓRTICO: REFLEXÕES DE ACADÊMICOS SOBRE OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM Priscila da Silva Mattera, Monique Pereira Portellaa, Fabiano Pereira dos Santosa, Carine Feldhausa,b, Eliane Rieth Benettic, Eniva Miladi Fernandes Stummd Introdução: a segurança do paciente é preocupação central para sistemas de saúde, porque cuidados inseguros resultam em aumento da morbidade/mortalidade evitáveis e gastos adicionais. Ações relacionadas à segurança do paciente visam evitar danos e diminuir a morbidade/mortalidade evitáveis¹. Nesse contexto, a segurança do paciente é requisito para a qualidade do cuidado prestado em Unidade de Terapia Intensiva Coronariana, onde são utilizados recursos específicos para tratamento dos pacientes, como o balão intra-aórtico, suporte hemodinâmico em pacientes com disfunção ventricular esquerda². Considerado uma tecnologia específica, entende-se a importância de refletir sobre cuidados de enfermagem e segurança do paciente em uso de balão intra-aórtico. Objetivo: descrever e refletir acerca dos cuidados de enfermagem relacionados à manutenção do balão intra-aórtico e à segurança do paciente. Metodologia: relato de experiência de acadêmicos de enfermagem, desenvolvido durantes as atividades de Prática em Saúde do Adulto II, em Unidade de Terapia Intensiva Coronariana de hospital da região noroeste do Rio Grande do Sul. Resultados: alguns pacientes cardiopatas necessitam melhorar suas condições clínicas/hemodinâmicas para serem submetidos à intervenção cirúrgica com maior segurança, e o balão intra-aórtico proporciona isso³. Porém, demanda cuidados especializados da equipe que assiste o paciente, de modo a garantir a qualidade da assistência prestada e a segurança. A enfermagem deve atentar ao posicionamento correto do paciente no leito (decúbito dorsal, membro estendido); colocação adequada dos eletrodos de monitorização cardíaca contínua; verificação da quantidade de gás hélio no torpedo; verificação de pulsos distais por meio do doppler; avaliação de sinais vitais e local da punção arterial; acompanhamento contínuo de modo a evitar eventos adversos. Outros cuidados observados incluem a educação do paciente, profissionais e acadêmicos sobre o balão intra-aórtico, para diminuir riscos de cuidados inseguros. Conclusão: o enfermeiro deve acompanhar continuamente o paciente em uso de balão 188 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS intra-aórtico e buscar o aperfeiçoamento da prática, para garantir qualidade e segurança na assistência prestada. Contribuições para a enfermagem: a prescrição e execução de cuidados de enfermagem padronizados para pacientes com balão intra-aórtico possibilita minimizar complicações relacionadas ao uso, melhorar a qualidade da assistência de enfermagem e garantir segurança do paciente em Unidade de Terapia Intensiva Coronariana. Descritores: Cuidados de Enfermagem. Qualidade da Assistência à Saúde. Segurança do Paciente. Referências 1 Silva LD. Segurança e qualidade nos hospitais brasileiros. Rev enferm UERJ. 2013;21(4):425-6. 2 Mistura C, Maldaner CR, Silveira CL, Timm AMB, Pauletto MR, Beuter M, Roso CC. O cuidado de enfermagem ao paciente em uso de balão intra-aórtico. Rev Contexto Saúde. 2011;10(20):1107-10. 3 Machado RC, Guerra GM, Branco JNR. Validação de protocolo para assistência a pacientes com balão intra-aórtico. Acta Paul Enferm. 2012;25(esp1):13-9. ___________________________________ aAcadêmicos de Enfermagem. Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ). b c Relatora. E-mail: [email protected] Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Hospital Universitário de Santa Maria e Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ). Email: [email protected] d Enfermeira, Doutora em Ciências, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ). Email: [email protected] 189 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS SEGURANÇA DO PACIENTE: ESCOLA E HOSPITAL BUSCANDO SOLUÇÕES Denise Kriegera, Aline Soares Salvadorb,c, Marília de Oliveira Soares Lovattob, Simone Aparecida Schelbauerb, Giordana Dutra Sartord Introduçã o: o cuidado em saú de nã o é seguro como deveria ser; o problema nã o está no fato de maus profissionais trabalharem na atençã o em saú de, mas sim, de profissionais bons trabalharem em sistemas de saú de ruins que necessitam se tornar mais seguros. Essas premissas foram apontadas no estudo To Err is Human, publicado nos Estados Unidos em 2000, que deu origem à mobilizaçã o de pesquisadores do mundo todo para a segurança do paciente. No Brasil, embora as pesquisas sejam insipientes quando o tema se relaciona à s estatı́sticas sobre eventos adversos, apontam para a formaçã o de uma cultura de segurança positiva para o aprimoramento de prá ticas seguras atravé s das melhorias na comunicaçã o, no trabalho em equipe e no compartilhamento de conhecimentos.1 Fundamentada nessa perspectiva e frente à possibilidade de prevençã o dos erros de medicaçã o e risco de danos em funçã o da sua ocorrê ncia, estruturou-se uma proposta no hospital pú blico Tereza Ramos localizado na regiã o da serra catarinense, que instituiu seu Nú cleo de Segurança do Paciente no inı́cio de 2014. Objetivo: relatar a experiê ncia de implantaçã o de uma cultura voltada à segurança do paciente no referido hospital utilizando uma metodologia de educaçã o voltada à participaçã o dos envolvidos no processo. Metodologia: trata-se de um projeto de extensã o do curso de Enfermagem da Universidade do Planalto Catarinense, Brasil, em parceria com o referido Hospital. Participam dele trê s acadê micas, uma professora e profissionais do Nú cleo de Segurança do Paciente da instituiçã o hospitalar na qual será desenvolvido um programa de educaçã o permanente com previsã o de duraçã o de trê s semestres, com foco na capacitaçã o dos profissionais de enfermagem para prevenir e minimizar as falhas no processo medicamentoso. Resultados: o Nú cleo de Segurança do Paciente, em conjunto com as acadê micas, definiu como estraté gia de aprendizagem a metodologia problematizadora, que será utilizada inloco, nos setores clı́nicos e de apoio nos quais os servidores atuam. A metodologia problematizadora enfatiza a atuaçã o ativa do “educando” que, a partir da reflexã o sobre sua realidade, aprofunda conhecimentos e 190 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS procura soluçõ es para os problemas que se apresentam. A primeira etapa, com 10 horas, prevê divulgaçã o e sensibilizaçã o das equipes sobre evento adverso e notificaçã o. Serã o realizadas visitas aos setores, pelas acadê micas com os membros do Nú cleo de Segurança do Paciente, disponibilizando material explicativo e té cnicas que despertem a reflexã o para os problemas elencados em relaçã o a segurança do paciente. Conclusã o: acredita-se que o envolvimento das acadê micas possa disseminar e fortalecer as açõ es do Nú cleo de Segurança do Paciente no Hospital a fim de minimizar os danos causados durante o processo medicamentoso junto aos pacientes hospitalizados. Implicaçõ es para enfermagem: o projeto vem ao encontro das iniciativas de integraçã o ensino-serviço, fortalecendo a formaçã o do enfermeiro pautada na realidade do mundo do trabalho em Enfermagem. Descritores: Erros de Medicaçã o. Segurança do Paciente. Educaçã o. Referência 1 Reis CT, Martins M, Laguardia J. A segurança do paciente como dimensão da qualidade do cuidado de saúde – um olhar sobre a literatura. Ciênc.saúde coletiva. 2013 Jul;18(7):2029-2036. ____________________________ aEnfermeira. bAcadêmica Mestre. Professora da Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC), SC. de Enfermagem, Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC), SC. c Relatora. E-mail: [email protected] d Enfermeira. Mestre. Membro do Núcleo de Segurança do Paciente, Hospital Tereza Ramos, SC. 191 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS VIVÊNCIAS DE ACADÊMICAS DE ENFERMAGEM NO GRUPO DE PESQUISA SOBRE SEGURANÇA DO PACIENTE Carine Feldhaus a,b, Thays Cristina Berwig Rutkea, Marli Maria Loroc, Adriane Cristina Bernat Kolankiewiczc Introdução: a Organização Mundial de Saúde estima que anualmente ocorrem inúmeros danos à saúde de pacientes no mundo. Sendo assim, a preocupação com a segurança do paciente tornou-se prioridade na área da saúde1. Com vistas a melhorar a segurança do paciente nas instituições de saúde, é imprescindível implementar uma política de cultura de segurança. Para sua efetivação, é necessário o levantamento de fatores, como os organizacionais, que impedem a formação de uma cultura de segurança2. Nesse sentido, foi desenvolvido um projeto de pesquisa sobre segurança do paciente, no qual os bolsistas puderam apoderar-se do tema, interagir com a equipe de enfermagem e confrontar-se com a realidade em uma instituição hospitalar. Objetivo: descrever vivências dos acadêmicos de enfermagem, como bolsistas de um projeto de pesquisa na área de segurança do paciente. Metodologia: trata-se de um relato de experiência de acadêmicas de enfermagem, bolsistas CNPq, durante atuação no projeto de pesquisa institucional da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do SuI - UNIJUÍ, Brasil, intitulado Clima de Segurança do Paciente: Percepção da Equipe de Enfermagem. A coleta de dados foi de julho a setembro de 2014. O instrumento de coleta foi o questionário de Atitudes de Segurança, SafetyAtitudesQuestionnaire. Resultados: primeiramente, os bolsistas foram capacitados pelos pesquisadores para a aplicação do Safety AtitudesQuestionnaire, bem como discussões teóricas acerca do tema. No início das coletas, contou-se com adesão da maioria dos profissionais, porém algumas dificuldades surgiram: falta de tempo para responder o instrumento de pesquisa pela sobrecarga de trabalho; medo de sofrerem punições pelos gestores da instituição devido as suas respostas e falta de comprometimento de alguns em responder e devolver os questionários, como acordado com os sujeitos da pesquisa. Assim, as estratégias de abordagem e devolução dos questionários precisaram ser modificadas. Para tanto, fez-se necessário novamente esclarecer os objetivos do projeto, salientar sua importância, reforçar que, pela observância dos preceitos éticos, não haveria prejuízo em colaborar com a pesquisa. Dessa forma, os dados da pesquisa apontarão evidências com vistas a qualificar a atenção efetivada aos pacientes e diminuir os riscos a que 192 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS estão expostos durante a internação hospitalar. Conclusão: na perspectiva de buscar novos conhecimentos para o desenvolvimento da pesquisa, os bolsistas, na coleta de dados, vivenciaram dificuldades as quais implicaram no replanejamento e remanejamento do método de abordagem adotado, na busca de um melhor entendimento dos entrevistados acerca do projeto e a importância em participar da pesquisa. Descritores: Segurança do Paciente. Equipe de Enfermagem. Pesquisa. Referências 1 Rigobello MCG, Carvalho REFL, Cassiani SHB, Galon T, Capucho HC, Deus NN. Clima de segurança do paciente: percepção dos profissionais de enfermagem. Acta Paul Enferm. 2012;25(5):728-35. 2 Carvalho REFL. Adaptação transcultural do Safety Attitudes Questionnaire para o Brasil – Questionário de Atitudes de Segurança. 2011. Tese (Doutorado). Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto; 2011. ____________________________________ aAcadêmicas de Enfermagem da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do SuI (UNIJUÍ), Ijuí, RS. Bolsistas CNPq. bRelatora. E-mail: [email protected] cDocentes do Departamento Ciências da Vida, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do SuI (UNIJUÍ), Ijuí, RS. 193 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS 4 REFLEXÃO TEÓRICA SOBRE SEGURANÇA DO PACIENTE 194 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS A SEGURANÇA DO PACIENTE E A FILOSOFIA LEAN – UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Patricia De Gasperia, Aline Picolottob, Marcela Sanseverinoc Introdução: a equipe de enfermagem é composta pelos profissionais que estão diretamente em contato com o paciente, desenvolvendo os mais diferentes tipos de ações, desde um banho no leito até a tomada de decisões fundamentais para a correta avaliação do quadro global do paciente e o restabelecimento de suas funções vitais. Para que estas atividades possam ser desempenhadas de forma adequada, a educação continuada se torna uma ferramenta fundamental para que tenhamos um cuidado seguro e de qualidade. Objetivo: relatar a experiência ao se aplicar a Filosofia Lean em um Ambulatório Central da serra gaúcha, com o intuito de proporcionar um cuidado e um atendimento mais seguro aos pacientes. Método: trata-se de um relato de experiência vivenciada durante o ano de 2013. Resultados: inicialmente percebemos que a educação continuada era necessária, mas a questão central foi saber quais temas precisariam ser recapitulados imediatamente, uma vez que a demanda do serviço era grande e a equipe parecia em número insuficiente. Diante disto optou-se pela aplicação da Filosofia Lean, a qual prega que o líder deve maximizar os aspectos positivos da sua equipe e eliminar os desperdícios; estas atividades devem ser realizadas no Gemba, sendo necessário que o líder saia da sua sala e vivencie a práxis diária e real da sua equipe, para que assim possa fazer a observação direta de como realmente as coisas acontecem, e quais são os problemas que precisam de solução, ou seja, o Genchi Genbutsu. Com a ida ao Gemba, percebeu-se que existiam poucas pessoas aptas a exercerem a realização de espirometria e de exames oftalmológicos, o que comprometia a execução adequada destas atividades, influenciando diretamente na segurança do paciente. A partir da aplicação da Filosofia Lean, instituiu-se a Matriz de Habilidades, a qual auxiliou-nos a visualizar em quais setores precisávamos de treinamentos imediatos. Atualmente, todos os serviços oferecidos pelo ambulatório têm condições de serem executados de maneira segura e satisfatória, contando com profissionais treinados e capacitados. Conclusão: afirmamos que a segurança do paciente não é feita somente pelos profissionais que fazem o cuidado direto, mas sim por cada um que compõe as instituições de saúde. Com esta experiência fica claro que metodologias e 195 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS filosofias de gestão precisam ser empregadas pela enfermagem com o intuito de melhorar a segurança do paciente. Descritores: Segurança do Paciente. Enfermagem. Gestão em Saúde. Referências Toussaint J, Gerard RA. Uma transformação na saúde. Porto Alegre: Bookman Editora; 2012. Pinto CF. Em busca do cuidado perfeito. São Paulo: Lean Institute Brasil; 2014. Lean Institute Brasil. Lean na saúde: segurança do paciente e qualidade do cuidado [acesso em 12 de ago 2014]. Disponível em: http://www.lean.org.br/lean-na-saude.aspx _______________________ a Enfermeira, Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina. Docente do Centro de Ciências da Saúde da Universidade de Caxias do Sul, RS. Coordenadora de Enfermagem do Ambulatório Central da Universidade de Caxias do Sul - AMCE/UCS. E-mail: [email protected]. Relatora. b Enfermeira do Ambulatório Central da Universidade de Caxias do Sul -AMCE/UCS, RS. Especializanda em Auditoria em Saúde. c Acadêmica de Enfermagem da Universidade de Caxias do Sul, RS. 196 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS COMO MINIMIZAR EVENTOS ADVERSOS EM CIRURGIA PEDIÁTRICA: REFLEXÃO TEÓRICA Bruna Silveira Botelhoa,b, Camila da Costa Chagasa, Monique Lipert Behencka, Lorena Silvaa, Aline Ritta, Cristine Kasmirsckic Introdução: a ansiedade e o medo da criança ao fazer uma cirurgia podem ser minimizados pelo cuidado de enfermagem humanizado, que proporcione segurança e conforto a esse paciente1. A segurança do paciente é a ausência de danos desnecessários. Os eventos adversos são imprevistos que ocorrem na hospitalização e que causam agravos ao paciente, dano este que pode ser físico e psicológico, incluindo sofrimento, incapacidade e até morte2. Objetivos: identificar estratégias que minimizam eventos adversos em cirurgias pediátricas e ressaltar os cuidados de enfermagem. Metodologia: trata-se de uma reflexão teórica desenvolvida por meio de buscas nas bases de dados BIREME e SciELO. As questões norteadoras foram: quais são os principais eventos adversos que ocorrem no centro cirúrgico com o paciente pediátrico e como prevenilos? Foram usados 10 artigos oriundos de estudos brasileiros, publicados entre 2010 e 2014, sob os seguintes descritores: segurança do paciente, enfermagem pediátrica, centro cirúrgico. Resultados: a pesquisa mostra que, em 90% dos estudos, os eventos adversos envolvendo crianças, que ocorrem em centro cirúrgico, são os erros de medicação e quedas. Por isso Pancieri et. al3 definem o checklist como forma de garantir segurança ao paciente cirúrgico, e ressaltam que, em crianças, é essencial confirmar com o familiar a identificação, o tempo de jejum, as alergias e patologias prévias, além de peso e uso de medicações. Portanto, é importante que o enfermeiro avalie a dor da criança por meio de escalas específicas de cada faixa etária, o risco de queda, garantindo a presença de proteção nas camas e berços, evitando eventos adversos1. Conclusão: a infância é uma fase que exige atenção da família e do serviço de saúde, e ainda mais quando a criança é exposta ao ambiente hospitalar, com isso a enfermagem deve usar de artefatos que garantam a segurança e o conforto do paciente, favorecendo para que permaneça o menor tempo possível hospitalizada. Descritores: Procedimentos Cirúrgicos Operatórios. Segurança do Paciente. Criança. 197 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS Referências 1 Cumino DO, Cagno G, Gonçalves VFZ, Wajman DS, Mathias LA. Impacto do tipo de informação pré-anestésica sobre a ansiedade dos pais e das crianças. Revista Brasileira de Anestesiologia. 2013 Nov-Dez;63(6):473-482. 2 Bohomol E, Tartali JA. Eventos adversos em pacientes cirúrgicos: conhecimento dos profissionais de enfermagem. Acta paul. enferm. 2013;26(4):376-381. 3 Pancieri AP, Santos BP, Avila MAG, Braga EM. Check list cirurgia segura: análise da segurança e comunicação das equipes de um hospital escola. Revista Gaúcha Enfermagem. 2013 Out;34(1):71-78. _______________________________ a Acadêmicas do Curso de Enfermagem, 8º semestre, Centro Universitário Metodista (IPA), Porto Alegre, RS. b Relatora. c Docente do Curso de Enfermagem, Centro Universitário Metodista (IPA), Porto Alegre, RS. 198 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS ÍNDICE DE AUTORES Almeida, Rafael de 105 Botene, Daisy Zanchi de Abreu De Gasperi, Patricia 143, 195 Almeida, Valmir Machado 45 149, 175 Debastiani, Carine 139 Alvarez, Ananda 16, 32 Braga, Carla Walburga da Silva 34 Delazari, Nelise 141 Alves, Izamara 169 Campos, Mariana Lopes de 79, 107 Dias, Danieli Soares 40 Amaral, Cleide Maciel do 180 Canabarro, Simone Travi 84, 98 Dias, Vera 165 Amaral, Michele Nogueira do Capellari, Claudia 112 Disconzi, Mitieli Vizcaychipi 22, 45 Cardoso, Patricia Cristina 34, 53, 49, 61, 75 Antonello, Eveline do Amaral 55, 59, 77, 131 Duarte, Rayssa Thompson 125 67 Caregnato, Rita Catalina Aquino Durant, Daiane Marques 45 Aozane, Fabiele 65, 155 36, 82, 84, 93, 98, 107, 184 Egres, Carla 100 Araujo, Aldenir Damião 90 Cargnelutti, Vanessa 69 Faria, Suzi da Silva 14 Arsego, Marcia 119 Casarin, Renata Copetti 90 Fé, Adriana Magalhães da 24, 29 Aruto, Giuliana Caldeirini 110 Cassenote, L 88 Feldhaus, Carine 182, 188, 192 Baltar, Raquel Granjeiro 14 Cauduro, Graziela 67 Ferreira, Natália Fernandes Baltazar, Viviane 169 Cavalli, Daniela 69 Martins 184 Bá o, Ana Cristina Pretto 123 Cembranel, Angélica Martini 90 Ferreira, Suzeline 69 Baratto, Mari Angela Chagas, Camila da Costa 197 Figueiredo, Jonathas Cristiano Meneghetti 157 Corrêa, Ana Paula Almeida 34, 53, 112 Bastos, Ricardo da Silveira 69 55, 59, 77, 131 Finger, Sonia Liandra Marques Beck, Michele 69 Corrêa, Fabiana Schirmer 57 24, 29 Becker, Evelyn 121 Corrêa, Katy Ariane dos Santos Flesch, Vanessa 73 Becker, Gabriela 16, 32 125 Flores, Giovana Ely 43, 45, 96 Bedin, Liarine 93 Correia, Jamile Dutra 93 Follak, Nicolli Cargnelutti 27, 63 Behenck, Monique Lipert 197 Costa, Cristina 71 Foppa, Luciana 34, 53, 55, 59, 77, Benetti, Eliane Raquel Rieth 27, Costa, Diovane da 165 131 47, 63, 182, 188 Costa, Francis da 165 Fragoso, Amanda dos Santos 98 Benetti, Priscila Escobar 63 Costa, Maria Antonia Ramos 135 Freitas, Ana Paula Christo de 161 Bertoncello, Katia Cilene 110 Costa, Viviane 173 Fröhlich, Mariana 27 Bevilaqua, Márcia da Silva 57 Cruz, Andrea 96 Fujii, Cinthia Dalasta Caetano 24, Bitencourt, Vivian Lemes Lobo Cruz, Carla Barroca 167 29 177 Cruz, Cibele Thomé da 63 Fuzer, FAM 171 Bock, Lisnéia Fabiani 117 Cunha, Débora Rosilei Miquini de Gallisa, Fernanda Ribeiro 153 Bombardelli, Cristina Fontoura Freitas 86 Galo, Luciana 119 129 Dalmolin, Bernadete Maria 180 Garcia, Cledir Tania França 90 Borges, Michele 119 De Conto, Ferdinando 180 Giacomolli, Cristiane 105 Botelho, Bruna Silveira 197 De Faveri, Fabiano 139, 141 Golle, Lidiane 137 199 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS Gomes, Emanuela Rosa 115, 147 Lovatto, Marília de Oliveira Muniz, Franciele de Oliveira 161 Gomes, Giovana 51 Soares 190 Nardin, Daniela Raphaelli 159 Gomes, Joseila Sonego 27 Luz, Emanuelli Mancio Ferreira Nascimento, Amanda Peres do Gomes, LMA 171 da 40 159, 167 Graciotto, Ariane 100 Lysakowski, Simone 36 Nazareth, Joseane Kalata 22, 61 Graeff, Murilo dos Santos 20 Macedo, Andréia Barcellos Negretto, Giovanna 16, 32 Graube, Sandra Leontina 177 Teixeira 100 Niedermeier, Elmi 69 Guimarães, Roberta 100 Machado, Vanessa Oliveira 125 Noal, Helena Carolina 57 Guzinski, Célia 86 Maciel, João 51 Oliveira, Ana Paula Amestoy de Hagemann, Luciana Bihain 110 Magalhães, Ana Maria Müller de 125 Heidrich, Roberta 169 127, 165 Oliveira, Ana Paula Ribeiro de Hennemann, Aline Carla 18, 112 Magnago, Tânia Solange Bosi de 161 Heringer, Gisele 57 Souza 57, 157 Oliveira, Carla Taborda 73 Herr, Gerli Elenise Gehrke 47, 65, Maia, Manuela Usevicius 186 Oliveira, Michele 145 137, 155 Marinho, MGR 88 Oliveski, Cinthia Cristina 90 Hoeltgebaumb, Camila Ritta 153 Marques, Carla 169 Ortiz, Luély Vacari 184 Hoffmann, Heide Elisabete Martin, Jane 112 Paim, Roberta Soldatelli Pagno Wayerbacher 180 Martinbiancho, Jacqueline 16, 102, 163 Inoue, Kelly Cristina 135 32 Paris, Elisabeth 18 Jaggi, Leila Maria de Abreu 98 Martins, Gabriela Del Mestre 98 Pasa, Thiana Sebben 67 Kasmirscki, Cristine 197 Martins, Thais Silveira 133 Pastori, Taís 141 Klein, Állany Silva 79, 107 Matsuda, Laura Misue 135 Pedro, Eva Neri Rubim 149 Klinger, Audrey 121 Matter, Priscila da Silva 182, Peixoto, Cibelle Grassmann 151 Kolankiewicz, Adriane Cristina 188 Peno, Paola 137 Bernat 65, 137, 155, 192 Mauhs, Jean 117 Perdomini, Fernanda Rosa 96 Krieger, Denise 190 May, Tássia Amanda 151 Pereira, Alex 20 Kulakowski, Marielle 71 Meirelles, Lisiani 121 Pereira, Etienne da Silva 40 Kuyava, Joel 145 Menezes, Resli Kochhann 139 Peres, Merianny de Avila 186 Landerdahl, Noeli Terezinha 67 Milanesi, Rafaela 84 Picolotto, Aline 143, 195 Laurent, Maria do Carmo 43 Millão, Luzia Fernandes 79 Pierotto, Aline Aparecida da Silva Lobchenco, Neusa Eliane 112 Möller, Gisele 127 125 Lopes, Elisabeth 43, 96 Monaco, Stela Maris Theisen 24, Pinheiro, Adália Ferreira 153 Lorenzini, Elisiane 102, 123, 163 29 Pires, Renata 119 Loro, Marli Maria 192 Monteiro, Ariane 119 Pitana, Karine 73 Lourenci, Mari Angela Victória 34, Moura, Gisela 165 Portella, Monique Pereira 182, 53, 55, 59, 77, 131 Munhoz, Cloris Ineu 40 188 200 II SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – POLO RS Prado, Rosalice dos Santos Sartor, Giordana Dutra 190 Stumm, Eniva Miladi Fernandes Barbosa 100 Sbeghen, Anamarta 67 27, 63, 105, 182, 188 Proença, Maria Conceição da Schelbauer, Simone Aparecida Sudbrack, Aline Winter 36 Costa 24, 29 190 Sukiennik, Teresa Cristina 119 Quadros, Alexander de 18 Schio, Flaviana 71 Suzuki, Lyliam Midori 86, 165 Radünz, Vera 143 Schmitd, Leila 18 Tonial, Marilei Salete 24, 29 Ramos, Jessica de Cássia 161 Schneider, Júlia 186 Torres, Ivanise Perboni 100 Ramos, Maríndia Fernandes 121 Schuster, Michelle Camile 177 Toso, Greice 137 Remor, Carine 167 Schvade, Sabrina 141 Treviso, Patrícia 117, 169, 173 Ribeiro, Giordana dos Santos 117 Scola, Maria Lúcia 96 Urbanetto, Janete de Souza 125, Rios, CS 171 Segatto, Cristiane 27 129, 151, 159, 161, 167 Ritt, Aline 197 Selestino, Cassia Rodrigues 69 Valle, Luelen Rodrigues 115, 147 Rocha, Cristiane 51 Senna, Dayane 159 Vieira, Paulo Renato 169 Rocha, Marcella Salatino 175 Silva, AA 171 Vieira, Rosmari Wittmann 22, 61 Rodrigues, Francisco Carlos Silva, APFS 88 Wansing, Gilciane Bolzan 153 Pinto 115, 147 Silva, Dé bora Monteiro da 133 Wegner, Wiliam 186 Rodrigues, Juliana Pires 125 Silva, Fernanda Stock da 67 Xavier, Daiani 51 Rosa, Adriana Ferreira da 20 Silva, KCO 171 Zambra, Rosana Ferretti 90 Rosa, Vitor Pena Prazido 159, Silva, Lorena 197 Zambrano, AO 88, 171 167 Silva, Renata Martins da 161 Zottele, Caroline 57, 157 Rutke, Thays Cristina Berwig 192 Silva, Renata Pereira 38 Salvador, Aline Soares 190 Silva, Roberta de Almeida da 82 Samuel, Rita de Cássia Ferreira Silva, Thiago 18, 112 129 Silvani, Luciane Santos 186 Sanseverino, Marcela 195 Silveira, Elise Silva da 129 Santi, Juliana Annita Ribeiro 123 Siqueira, Fernanda Duarte 105 Santo, Débora do Espírito 38 Soares, Katiusse do Amaral 79, Santos, Fabiano Pereira dos 182, 107 188 Somensi, Rute Merlo 82 Santos, Jaqueline Lopes da Rocha Sória, Lisiane dos Santos 49, 75 79, 107 Souza, Luccas Melo de 121, 133 Santos, Jenifer dos 184 Souza, Scheila Roberta de 73 Santos, Juliana Mariano 14 Souza, Verusca Soares de 135 Santos, Luzia Teresinha Vianna Stedile, Fernanda 16, 32 dos 34, 53, 55, 59, 77, 131 Stoever, D 88 Santos, Maria Rejane dos 96 Stübe, Mariléia 63 201
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