diario_13. - Escoteiros do Brasil

Transcrição

diario_13. - Escoteiros do Brasil
DIÁRIO DO CHEFE
INFORMATIVO DA REGIÃO ESCOTEIRA DE SANTA CATARINA
13ª EDIÇÃO|DEZEMBRO 2015
1
Fonte: Página do ELO 2015- Distrito Litoral SC no Facebook
13ª Edição - Outubro 2015
ELABORAÇÃO E SELEÇÃO DE TEXTOS:
Equipe Regional de Programa
FOTOGRAFIAS:
Arquivo e Facebook
EDIÇÃO:
Janice Coutinho e Vanessa Cristina Melo Randig
DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO:
Evandro Robson Schaefer
UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL REGIÃO SANTA CATARINA
Rua Álvaro Ramos, n° 183- Trindade
CEP 88036-030 - Florianópolis - Santa Catarina
(48) 3333-0446 - (48) 3333-0436
Fonte: Página do ELO 2015 - Distrito Litoral SC no Facebook
2
EDITORIAL
Mais um ano de boas atividades chega ao fim! Foi um ano de muitas
conquistas, aventuras e desafios superados. Agora as merecidas férias!
Um tempinho que pode ser aproveitado para colocar a leitura em dia. Esta
edição do Diário do Chefe, por exemplo, vem recheada de reflexões sobre
Avaliação da Progressão Pessoal, assunto sempre muito discutido e gerador
de questionamentos.
Aproveite esta e outras leituras, faça planos, planeje as novas aventuras de
sua seção e grupo. Organize-se para um novo ano que chega repleto de novos
desafios! 2016 vêm aí cheio de oportunidades e você escotista, temos certeza,
aproveitará cada uma delas para que lobinhos (as), escoteiros (as),
seniores/guias e pioneiros (as) se desenvolvam e progridam em sua jornada
escoteira.
A Direção Regional deseja que você possa aproveitar os meses de dezembro e
janeiro
também
para
descansar,
“recarregar
as
baterias”,
aproveitar
momentos com familiares, afinal 2016 chegará e com ele vários eventos
escoteiros.
Boas férias!
Feliz 2016 e até a próxima edição!
Diretoria Regional
3
Fonte: Página dos Escoteiros de Santa Catarina no Facebook
ATIVIDADES PARA O ENSINO-APRENDIZAGEM
DO CÓDIGO MORSE
Na edição anterior do Diário do Chefe (12ª
edição – outubro 2015), oferecemos
algumas informações sobre as origens do
Código Morse, sua aplicação e algumas
pequenas dicas sobre como iniciar o
processo de seu aprendizado. Vimos, por
exemplo, que devemos desde o início buscar
a associação entre sons longos e sons curtos
ao invés de sinais gráficos, e a razão desse
princípio.
Muito bem, nessa edição, como prometido
na edição anterior, vamos apresentar a vocês
algumas
atividades
que
podem
ser
utilizadas para o ensino-aprendizado do
Código Morse.
Deve ficar claro, desde o início, é o fato de
que o aprendizado do Morse depende,
sobremaneira, da dedicação diária do
aprendiz. Quase tudo na vida, senão tudo,
exige dedicação e tempo, e isso não é
diferente com o Código Morse. Desse modo,
a dedicação diária de pelo menos 15
(quinze) a 20 (vinte) minutos torna-se
fundamental, devendo esse tempo ser
dedicado exclusiva e inicialmente à
recepção dos sinais por meio de software.
Na edição anterior indicamos o uso do
software
produzido
pelo
radioamador
G4FON,
disponível
em
http://www.g4fon.net/. Esse software pode
ser programado conforme o nível do
aprendiz,
permitindo-lhe
ajustar
a
velocidade de transmissão dos sinais, tons e
ruídos.
Certamente que aqueles mais curiosos
podem ter maior motivação para aprender o
Código Morse sem muito sacrifício. Outros
podem desejar aprender o Código Morse
para, por exemplo, obter a classe “B” de
radioamador. De forma diferente, existem
aqueles que desconhecem totalmente a
existência do Código Morse e outros que não
desejam aprendê-lo. De qualquer maneira, e
independentemente do caso, o fato é que o
uso do Código Morse pode se tornar muito
divertido, possibilitando jogos desafiantes e
ainda potencializando o desenvolvimento de
diferentes competências cognitivas. Além
disso, uma série de especialidades preveem
a aplicação do Código Morse como itens a
serem cumpridos.
Desse modo, seguem duas atividades que
podem ser desenvolvidas com o intuito de
oferecer a oportunidade aos jovens de
conhecerem e aprenderem o Código Morse,
motivando-os a prosseguir com maior
profundidade os seus estudos.
JOGOS PARA APRENDIZAGEM DO CÓDIGO
MORSE
1)
Bingo de Morse
Materiais – Cartelas (anexo “B”), fichas
“pedras” para sorteio (anexo “A”), pedrinhas
para marcar os pontos (milho, feijão, etc.),
cigarra para transmissão de Morse ou apito
caso não tenha a cigarra.
Ramo – Todos.
Duração do jogo – Varia de acordo com o
interesse dos participantes, mas sugere-se
que não exceda 20min.
Número de participantes – Quantos forem os
números das cartelas.
Personagens – Cantador e participante.
Preparação – Imprima uma folha do anexo
“A” e recorte cada retângulo contendo a letra
e
seu
respectivo
código
fonético
internacional e código Morse. Estas fichas
serão as suas “pedras” do bingo que irão ser
6
Fonte: Página do ARSC do Centenário no Facebook
sorteadas. Imprima as cartelas do anexo “B”.
Observe que em cada anexo “B” contém 09
(nove) cartelas 3x3 e que existem 06 (seis)
anexos, ou seja, você tem em mãos 36 (trinta
e seis) cartelas. Desse modo, você pode ter
36 (trinta e seis) pessoas, cada uma com uma
cartela com combinações diferentes. Você
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poderá
preparar
outras
cartelas,
com
ação diferente da combinada, terá uma fita
tamanhos diferentes e outras combinações.
adesiva colada em seu ombro. Ao final do
Descrição do jogo – Cada participante recebe
jogo verifique quem foi o participante que
uma cartela e várias pedrinhas para marcar.
recebeu o menor número de fitas vermelhas
O cantador deverá sortear uma ficha “pedra”
no ombro. Sugere-se que não sejam usadas
e transmiti-la para os participantes com a
mais do que 05 (cinco) diferentes letras em
cigarra. Os jogadores deverão então ouvir a
cada sessão do jogo.
transmissão e identificar a letra transmitida
Descrição do jogo – Espalhe os participantes
na sua cartela. Joga-se como um bingo. Caso
no espaço de jogo, se possível com distância
o jogador tenha a letra transmitida, ele
suficiente entre eles para que não se
deverá marca-la com uma pedrinha. Vence
toquem. Coloque a venda nos olhos dos
aquele participante que conseguir preencher
participantes. O operador transmite as cinco
a cartela.
letras a serem usadas no jogo, informando
qual a letra que está sendo transmitida.
2)
O Morse mandou
Repita cada letra no máximo 06 (seis) vezes.
Esse momento deve ser usado para permitir
Materiais – Uma cigarra de transmissão de
que os participantes conheçam o som das
Morse ou apito caso não tenha a cigarra,
letras. Antes de iniciar o jogo, assegure-se
vendas para os olhos dos participantes e
que todos os participantes estão com os
vários pedaços de fitas adesivas de cor
olhos vendados, de modo a impedi-los de
vermelha para marcação de pontos.
agirem
Ramo – Lobinho e Escoteiro.
operador
Duração do Jogo – Varia de acordo com o
participante cometer um erro, ele irá ganhar
interesse dos participantes, mas sugere-se
uma fita em seu ombro costas. Ao final do
que não exceda 20min.
jogo, vence aquele que obtiver o menor
Número de participantes – Quantos forem os
número de fitas. A tabela abaixo exemplifica
números de vendas.
algumas letras que poderão ser usadas no
Personagens
–
Operador
da
cigarra
e
por
imitação.
transmitir
Toda
uma
vez
que
o
letra
e
o
jogo e suas respectivas ações. Pode-se
receptores.
acrescentar e/ou trocar as letras a serem
Preparação – Explique aos participantes que
utilizadas
o operador da cigarra de Morse irá transmitir
participantes.
uma
determinada
letra.
Ao
ouvi-la
e
identifica-la o participante deverá realizar
uma ação, previamente combinada para
aquela letra. Por exemplo, ao ouvir a letra
“A” os participantes deverão se ABAIXAR,
contudo, se ouvirem a “S” eles deverão se
SENTAR e se ouvirem a letra “C” eles deverão
se
COÇAR
e
assim
por
diante.
conforme
Aquele
participante que cometer um erro, seja por
o
nível
dos
A – di
dah
E –
dah
di
I – di
dah
M –
di
dah
N –
di
dah
T – di
dah
Abaixar
Esquerda
Índio
Morto
Nariz
Tango
Divirtam-se!
Forte 73!
Mark Caldeira
Coordenador Regional do Radioescotismo – UEB SC
não identificar a letra, seja porque realizou a
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Queridos escotistas...
Esperamos que tenham gostado
das sugestões de atividades aqui
descritas.
As fichas dos jogos aqui propostos
vocês encontrarão em um link
junto da publicação do Diário do
Chefe.
Diário do Chefe | 13ª Edição | Outubro 2015 | 6
RAMO LOBINHO
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Fonte: Página do ADL 2015 - Distrito Vale SC no Facebook
AVALIAÇÃO DA PROGRESSÃO PESSOAL NO
RAMO LOBINHO
A atmosfera da alcateia deve ser um fundo
de cena motivador, com atividades que
coloquem ao alcance das crianças a
compreensão de formas de comportamento
e modelos sociais, através de imagens e
símbolos.
As crianças irão aprender por meio das
experiências que vivem nas atividades. Essas
experiências serão diferentes para cada
criança, pois cada qual estabelece sua
relação pessoal com a realidade.
A avaliação da progressão pessoal é um
processo sistemático e contínuo que deve
estar sempre presente na vida da alcateia.
Observar a atividade e o desempenho do
jovem é de suma importância, pois são
nestes momentos que se revelam os
interesses, habilidades e conhecimentos.
Ao final da atividade, pode-se colher
informações
da
participação,
pelo
depoimento do próprio jovem, seus colegas,
dos observadores externos (escotistas, pais,
instrutores, etc).
Para garantir que as vivências/experiências
estão levando à obtenção das condutas que
prevemos nos objetivos, precisamos incluir
no programa da alcatéia, uma gama variada
de atividades e precisamos acompanhar com
atenção o desenvolvimento de cada lobinho
ou lobinha.
A vida da alcateia é organizada através do
Ciclo de Programa. Este ciclo é o período
durante o qual se prepara, se desenvolve e
se avalia o conjunto de atividades, ao
mesmo tempo em que se observa e se
reconhece o crescimento pessoal das
crianças e jovens.
Para relembrar, um Ciclo de Programa tem
5 fases:
1 – Diagnóstico da Alcatéia – pré seleção
das atividades
2 – Proposta e escolha das atividades
3 – Organização, projeto e preparação das
atividades
4 – Execução e avaliação das atividades –
acompanhamento da progressão pessoal
5 – Avaliação da progressão pessoal dos
lobinhos
Lembramos que todo o processo de
avaliação se inicia com os Escotistas. Estes
necessitam cultivar certas qualidades como
visão, tempo, paciência e amor.
•
•
•
•
Visão que permita perceber a
importância da tarefa educativa com
que está comprometido,
Tempo para conviver com o jovem
durante as atividades da seção e
enriquecer com
contatos
extra
escotismo,
Paciência para não tirar conclusões
precipitadas de atos isolados,
Amor para poder ajudar, desejando a
felicidade do jovem tanto quanto a
sua.
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RAMO LOBINHO
Sugere-se que cada escotista assuma o
acompanhamento da progressão pessoal de
até 6 jovens. Esta recomendação se refere ao
fato de que avaliar também é acompanhar,
apoiar, estimular e corrigir.
Sendo a vida da alcateia uma sucessão de
Ciclos de Programa, a articulação entre as
fases de cada ciclo é fundamental para
garantir a continuidade.
As avaliações que se faz do ciclo recém
terminado é subsídio para o diagnóstico do
ciclo que se inicia. Devemos ser realistas e
sinceros.
Para a avaliação da progressão pessoal,
sugerimos uma conversa do escotista com a
criança
acompanhada
analisando
os
progressos obtidos e as competências
conquistadas.
No
processo
de
acompanhamento e de avaliação da
progressão pessoal o guia tem um
importante
papel,
pois
nele
estão
explicitadas as propostas que o Lobismo faz
às crianças (para elas e para seus pais) e as
marcas que comprovam as suas conquistas.
As conversas entre escotistas e crianças para
avaliação / negociação dos objetivos devem
ser realizadas fora do horário das reuniões
para que não atrapalhem o ritmo da
atividade e para que as crianças não se
privem
de
participar
de
nenhuma
brincadeira.
Essas
conversas
podem
acontecer antes e/ou depois das reuniões e
assim, em poucas semanas todas elas são
atendidas. Os encontros com as crianças
devem ser agendados com antecedência
para que as famílias se organizem e, neles, a
presença do Guia de Progressão e dos selos
que porventura lhe sejam entregues é
fundamental.
Se a criança, no momento de avaliação de
sua Progressão não se sentir seguro acerca
da
aquisição
de
um
conhecimento,
habilidade ou atitude, deve ser estimulada a
realizar outras atividades que a levem neste
caminho. O contrário também vale: uma
criança que já demonstre uma competência
pode
ser
“liberada”
de
determinada
atividade que julgue inócua ou entediante,
desde que acordado com o escotista.
Tampouco se espera que todos façam
exatamente as mesmas atividades. Há a
opção de substituição de itens por
quaisquer
outros
que
julgarmos
interessantes, considerando a realidade de
cada criança. Este aspecto permite que
crianças portadoras de algum tipo de
deficiência desfrutem de todo o potencial
que o Movimento Escoteiro lhes possa
oferecer
Os pais podem ser grandes parceiros dos
escotistas no processo de acompanhamento
do desenvolvimento das crianças. O Guia de
Progressão serve como referência de nossas
expectativas.
Conversar com eles, folhear o guia e tecer
comentários sobre alguns objetivos e
atividades,
enfatizando
seu
caráter
motivador, promove a familiarização com o
material e o entendimento de como
trabalhamos com esse material. Peça-lhes
que incentivem as crianças a usarem o guia,
Diário do Chefe | 13ª Edição | Outubro 2015 | 8
RAMO LOBINHO
demonstrando interesse sobre assuntos que
elas tenham que consultar o guia para
responder.
Em reunião, todos os escotistas analisam e
registram os progressos observados para a
entrega dos distintivos das diferentes etapas
do
Caminho
da
Jângal
que
foram
conquistadas durante o ciclo.
Fotos Créditos Alcatéias:
GE Curt Hering
GE do Mar Ilhas Guará
GE Jacoritaba
GE Pedra Áurea
Lembramos a importância de se comemorar
as conquistas, para incentivar a todos.
Boas caçadas!!!
Marlene Carvalho
Diretora de Curso Básico
REFERÊNCIAS
UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL. Diretoria
Executiva Nacional (Ed.). Projeto Educativo do
Movimento Escoteiro. Curitiba: União dos
Escoteiros do Brasil, 2013. 19 p.
UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL. Diretoria
Executiva Nacional (Ed.). Programa de Jovens:
objetivos finais e intermediários. Curitiba: União
dos Escoteiros do Brasil, 2010. 33 p. Disponível
em:
<http://www.escoteiros.org.br/arquivos/programa
/objetivos_finais_e_intermediarios.pdf>.
Acesso
em: 25 nov.2015
MANUAL DO ESCOTISTA: RAMO LOBINHO: um
método de educação não formal para meninos e
meninas de 7 a 11 anos/União dos Escoteiros do
Brasil. Curitiba - 3ª Edição 2011
ESCOTISTAS EM AÇÃO – RAMO LOBINHO. União
dos Escoteiros do Brasil. Curitiba – 1ª. Edição –
outubro 2011
Diário do Chefe | 13ª Edição | Outubro 2015 | 9
RAMO ESCOTEIRO
Fonte: Página do ELO 2015 - Distrito Litoral SC no Facebook
4
AVALIAÇÃO DA PROGRESSÃO PESSOAL NO
RAMO ESCOTEIRO
Queridos escotistas do Ramo Escoteiro de
Santa Catarina novamente estabelecemos
nosso diálogo através deste “Diário do
Chefe”. A proposta desta edição é
conversarmos um pouco sobre a avaliação
da progressão pessoal no Ramo Escoteiro.
Normalmente
quando
falamos
sobre
avaliação acabamos recorrendo quase que
involuntariamente à representações desta
que nos apropriamos ao longo de nossa
trajetória escolar. Tomamos a avaliação
como um processo que gera tensão e receio
pela possibilidade do erro que pode ser
cometido, como se este fosse algo
desqualificador
do
processo
de
aprendizagem e crescimento do ser humano
e que deve ser evitado a qualquer custo.
Antes de mais nada devemos desvelar e
descontruir esses conceitos equivocados
que restringem o processo de avaliação
inerente à natureza humana em exames
quantitativos e testes a serem repetidos
pelos educandos em vistas a comprovarem
um estágio predefinido de qualificação que
tem a pretensão de ser objetivo e universal.
A avaliação é uma atividade inerente à
natureza humana. A todo o momento, como
seres inconclusos e em processo de
educação
permanente,
avaliamos
possibilidades,
ações,
posicionamentos,
afetos,
sujeitos
e
relações
sociais
estabelecidas. Sempre nos encontramos
inseridos em um processos de avaliação pois
somos seres deliberativos que decidem a
partir daquilo que avaliaram e refletiram.
Sob este prisma compreende-se a avaliação
como suporte necessário a tomada de
decisão. Ou seja, avaliamos para decidir qual
a melhor decisão a tomar para nosso próprio
futuro.
Como movimento educativo desejamos que
nossos jovens assumam seu próprio
desenvolvimento e tornem-se cidadão úteis
e participantes em suas comunidades locais
e internacionais. Para atingir tal objetivo
traçamos um conjunto de atitudes que
cremos
que
homens
e
mulheres
protagonistas
de
sua
formação
e
comprometidos com a sociedade devem
possuir. Esse conjunto de atitudes não
objetiva criar um tipo ideal de pessoa, mas
orientar nossa atividade sob uma escala de
valores
que
possa
ser
assumida
voluntariamente por homens e mulheres de
nossa sociedade.
A partir deste conjunto de valores assumidos
como princípios pessoais do egresso do
movimento escoteiro foi pensado um grupo
de competências adequadas a cada faixa
etária dos nossos jovens que pudesse dar
suporte à aquisição destes valores. Afim de
viabilizar a conquista destas competências
do segmento evolutivo foram criadas
atividades que oferecessem vivencias a fim
de garantir que nossos jovens tenham
experiências em que coloquem em prática
sua livre adesão a este conjunto de valores e
os internalize em suas atitudes. Afinal de
contas nosso Método preconiza o aprender
fazendo ou seja o aprendizado pela ação.
Vale recordar que nossa avaliação da
progressão é contínua e faz parte da vida da
Tropa em consonância com as atividades
realizadas pelas Patrulhas e pela Tropa ao
longo do Ciclo de Programa. Esta avaliação
se dá por agentes orientadores e partícipes
do processo, a saber, o próprio jovem, os
membros da Patrulha e o escotista
responsável.
Diário do Chefe | 13ª Edição | Outubro 2015 | 10
RAMO ESCOTEIRO
Escoteira, Mapas de Progressão e Aplicativos
de Progressão do Ramo Escoteiro em suas
mãos. Este acesso possibilita que ele, junto
de seus colegas, tenha ciência dos passos a
serem dados em sua progressão e que
atividades deve realizar. São instrumentos
provocativos, que despertam em nossos
garotos o desejo por realizarem atividades
atraentes,
progressivas
e
variadas
e
saberem-se reconhecidos em sua Aventura
Escoteira.
Imagem: ELO Nacional 2015 – Distrito Litoral – Créditos da foto: João R.
Sabino.
Cientes que os jovens ingressam na Tropa
escoteira por caminhos diferentes cabe a
nós, adultos educadores, auxiliá-los, junto
de sua patrulha, a conquistarem um
conjunto de competências inicias que
chamamos
competências
do
Período
Introdutório.
Ao final do Período Introdutório, variável de
dois a três meses no máximo, o jovem
realiza sua promessa escoteira e recebe seu
primeiro
distintivo
de
progressão
reconhecendo em que etapa se encontra. O
primeiro distintivo que este receberá
dependerá do tipo de acesso, linear ou
direto, estabelecido
pelo
seu
Grupo
Escoteiro.
A partir de então nosso jovem continua sua
aventura escoteira conquistando novos
territórios ao lado de seus amigos. Estas
conquistas se dão em “territórios” bem
definidos,
a
saber,
as
áreas
do
desenvolvimento do ser humano. E é a partir
das atividades que vamos oferecendo aos
nossos jovens que possibilitamos, neste
processo dialógico, a conquista de novas
competências reconhecidas por ele, por seus
colegas e pelos seus escotistas.
A fim de favorecermos o constante
desenvolvimento da autonomia em nossos
jovens, colocamos os guias da Aventura
Como educadores cabe-nos a busca pela
intimidade com estes instrumentos de auto
avaliação disponíveis aos nossos jovens,
conhecimento das atividades propostas nos
Guias da Aventura Escoteira e compreender
a dinâmica interna das competências que
buscamos gerar em nossos escoteiros
através das atividades a eles oferecidas.
Uma vez realizadas as atividades propostas
no Guia garantindo a conquista da
competência proposta ou negociada uma
proposta complementar ou substitutiva de
atividade com seu escotista, o jovem deverá
receber o distintivo de reconhecimento de
sua progressão. Este indicará em que etapa
nosso jovem se encontra e reconhecerá o
caminho percorrido até ali.
Imagem: ELO Nacional 2015 – Distrito Litoral – Créditos da foto: Cris W.
Bini.
Vale recordar que nossa avaliação no
movimento escoteiro se dá por meio não de
2
Fonte: Página dos Escoteiros de Santa Catarina no Facebook
Diário do Chefe | 13ª Edição | Outubro 2015 | 11
RAMO ESCOTEIRO
provas, testes ou exames, mas através da
observação que escotistas e membros da
própria Patrulha fazem ao longo do Ciclo de
5
Programa.
ONacional
jovem
é 2015
convidado
a refletir
Fonte: Página do Facebook do Jamboree
Escoteiro
sobre as atividades que realizou, apresenta
suas conclusões aos seus amigos e com a
ajuda destes confirma ou revê aquilo que
considerou realizado. Após este movimento
senta-se com o escotista responsável por
sua progressão e estabelece com ele este
diálogo a fim de validar ou rever o caminho
percorrido. É a partir desta escuta, deste
“falar com” e de suas observações que o
escotista auxilia o jovem a estabelecer o
que precisa ser melhorado e o que já pode
ser considerado realizado. É por isso mesmo
que sempre orientamos que um adulto deve,
preferencialmente,
acompanhar
a
progressão de no máximo oito jovens. Pois
ela
exige
tempo,
disponibilidade
e
intimidade com o processo.
Para tornar claro citamos o exemplo de um
jovem que ingressa na Tropa Escoteira em
um Grupo que fez sua opção pelo acesso
linear. Após o período introdutório o jovem
realiza sua promessa e recebe o distintivo
de Pistas. Após completar a metade das
atividades propostas no primeiro Guia da
Aventura Escoteira – Pistas e Trilha, ele
receberá o distintivo de Trilha. Uma vez
realizadas todas as atividades do primeiro
Guia ele receberá o distintivo de Rumo.
Quando realizar a metade das atividades do
segundo Guia da Aventura Escoteira – Rumo
e Travessia, irá receber o distintivo de
Travessia. Por fim, ao completar todo o
segundo Guia, além de outros requisitos, o
jovem poderá conquistar a Lis de Ouro.
Imagem: http://www.gelga.qlix.com.br/slider-escoteiro3.jpg
Imagem: ELO Nacional 2015 – Distrito Litoral – Créditos da foto: Cris W.
Bini.
Ao final de cada Ciclo de Programa podemos
fazer a entrega dos distintivos de progressão
àqueles jovens que os devem receber.
Recordo que o primeiro distintivo de
progressão já é entregue no dia da Promessa
Escoteira e a partir deste percorre-se o
caminho a ser seguido.
Portanto, podemos perceber que a avaliação
da progressão pessoal do jovem no Ramo
Escoteiro encontra-se em um movimento
dialógico que favorece a construção da
autonomia do jovem por intermédio de um
processo em que, mediante atividades
realizadas sozinho ou com sua patrulha, o
jovem vai conquistando um grupo de
competências que o auxiliam a optar por
uma escala de valores positivos que levará
consigo por toda a vida tornando-o um
cidadão
comprometido
com
seu
desenvolvimento e participante em sua
comunidade local e internacional.
Diário do Chefe | 13ª Edição | Outubro 2015 | 12
RAMO ESCOTEIRO
Comprometemo-nos
como
adultos
a
colaborar com atitudes positivas que
reconheçam o desenvolvimento pessoal de
cada jovem recorrendo a orientação
individual como diálogo entre escoteiro e
escotista, no qual a palavra de nosso jovem
tem um crédito preponderante.
A todos ótimas atividades!
Evandro Robson Schaefer
Assistente Regional do Ramo Escoteiro – UEB SC
REFERÊNCIAS
Dominique Bénard ; Alberto Del Brutto ; FANTINI, F. ;
Loreto González ; GONZALEZ, G. ; OLDENBURG, G. ; Juan
Palacios ; SIMAS, H. C. ; CARVALHO, M. . Manual do
Escotista Ramo Escoteiro. 1. ed. Curitiba Paraná:
Escoteiros do Brasil, 2001. v. 1. 336p .
UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL. Diretoria Executiva
Nacional (Ed.). Projeto Educativo do Movimento
Escoteiro. Curitiba: União dos Escoteiros do Brasil, 2013.
19 p.
UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL. Diretoria Executiva
Nacional (Ed.). Programa de Jovens: objetivos finais e
intermediários. Curitiba: União dos Escoteiros do Brasil,
2010.
33
p.
Disponível
em:
<http://www.escoteiros.org.br/arquivos/programa/objeti
vos_finais_e_intermediarios.pdf>.
Acesso
em:
25
nov.2015
UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL. Princípios,
Organização e Regras. 10. ed. Curitiba: União dos
Escoteiros do Brasil, 2013. 180 p.
UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL. Diretoria Executiva
Nacional (Ed.). Manual do Formador – Curso Básico. 2ed.
Curitiba: União dos Escoteiros do Brasil, 2014. 304 p.
Diário do Chefe | 13ª Edição | Outubro 2015 | 13
RAMO SÊNIOR
Fonte: Página do ELO 2015 - Distrito Litoral SC no Facebook
5
AVALIAÇÃO DA PROGRESSÃO PESSOAL DO
JOVEM
Um dos componentes do Método Escoteiro é
o desenvolvimento pessoal do jovem
avaliado através da progressão pessoal do
mesmo.
Devemos, dentre outras coisas,
incentivar o jovem a alcançar os objetivos
educativos
de
sua
faixa
etária,
compreendidos no Programa Educativo da
União dos Escoteiros do Brasil.
Para melhor orientar o jovem que realiza e o
adulto que avalia, foram desenvolvidas
competências que motivam o jovem na
busca de seu autodesenvolvimento, no que
denominamos Etapas de Progressão.
Ao avaliarmos um jovem não devemos levar
em consideração somente sua colaboração e
atitudes nas atividades escoteiras. Devemos
sim, atentar para a pessoa! Cada pessoa é
diferente. Cada uma com sua história,
diferentes
possiblidades,
diferentes
situações. Devemos, portanto, avaliar o
jovem no seu ambiente e como podemos
ajudá-lo a crescer.
A AVALIAÇÃO DA PROGRESSÃO PESSOAL É
CONTÍNUA E FAZ PARTE DA VIDA DA SEÇÃO
Quando falamos que o jovem deve ser
avaliado no seu ambiente; devemos
observá-lo no desenrolar de suas atividades
quer sejam escoteiras ou não. Só assim
poderemos avaliar seu comportamento e as
mudanças que nele ocorreram. Por isto a
progressão pessoal é contínua e integrada a
vida da seção.
O DESENVOLVIMENTO DOS JOVENS SE AVALIA
PELA OBSERVAÇÃO O QUE EXIGE TEMPO,
PACIÊNCIA E DEDICAÇÃO
Antes de avaliar o jovem, é importante
perceber a tarefa educativa do adulto no
Movimento Escoteiro; pois buscamos o
desenvolvimento integral e permanente do
jovem. Para avaliar o jovem como um todo é
preciso que o observemos. O jovem deverá
se manifestar sem receios, e com plena
confiança um nos outros. É, portanto,
importante e necessário que o ambiente da
seção, ou seja, a vida na seção, seja um
e
ambiente
agradável,
interessante
estimulante; para que assim o jovem possa
emitir a cada momento sinais de sua
progressão e conquista de seus objetivos,
bem como as dificuldades encontradas para
a conquista dos mesmos.
Para melhor desenvolver esta tarefa de
observação deve-se ter:
•
•
•
Tempo: Como dito anteriormente, é
preciso que o jovem demonstre sinais
tanto de sua conquista quando de suas
dificuldades para alcançar determinado
objetivo. Só com calma e convivência é
que tanto o processo quanto resultado
serão bem avaliados;
Paciência: não devemos e não podemos
tirar conclusões precipitadas de atos
isolados;
Dedicação:
conhecer,
acompanhar,
avaliar requer tempo e paciência como
dito anteriormente e dedicação. É
preciso que o escotista se dedique ao
jovem o qual está acompanhando e
avaliando. Para que não haja uma
sobrecarga do adulto e nem uma
subavaliação do jovem, cada escotista
deverá avaliar no máximo 06 jovens (que
não necessariamente serão da mesma
patrulha).
Pode-se dizer então que tempo, paciência e
dedicação são o tripé para a avaliação do
jovem. Para que se avalie com propriedade
e segurança um jovem é necessário reunir
informações e conquistar a confiança do
mesmo. Por isto é aconselhável que a
avaliação pessoal do jovem não seja feita
antes de 06 meses de convívio, salvo o
período introdutório, e nem superior a 12
meses. O ideal é que a cada ciclo de
programa seja feita a avaliação do jovem. E
Diário do Chefe | 13ª Edição | Outubro 2015 | 14
RAMO SÊNIOR
que esta avaliação seja feita pelo mesmo
escotista, ou seja, o escotista deverá
permanecer em sua função no mínimo, por
um ciclo.
A AUTOAVALIAÇÃO DOS JOVENS
Tão importante quando a avaliação do
jovem pelo adulto escotista que o
acompanha, é a realização da autoavaliação.
No guia do ramo estão descritos os objetivos
da progressão pessoal através de um
conjunto de atividades nas diferentes áreas
do desenvolvimento. A medida que as
atividades são realizadas, quer seja no
movimento escoteiro, ou fora, o jovem
poderá refletir sobre o resultado alcançado
através de uma análise crítica e sincera.
Como um check list, o jovem, ao final de um
ciclo de programa, ou até mesmo durante o
ciclo, poderá acompanhar as atividades que
realizou por completo ou parcialmente.
Além dos guias impressos, o jovem tem
também disponível os aplicativos oficiais de
progressão dos ramos. Disponível na versão
Android® e iOS®. O jovem tem assim, a
possibilidade de destacar as atividades que
ele julga já ter realizado, organizando suas
conquistas de especialidades, cordões de
eficiência, insígnia de interesse e da
modalidade. Pode ainda enviar suas
conquistas por e-mail, para o escotista que o
acompanha mantendo um constante e
atualizado acompanhamento.
Uma vez realizada a autoavaliação, o jovem
poderá, no conselho de patrulha e depois
com o adulto que o acompanha, debater e
rever sua autoavaliação concluindo o
processo e podendo atingir ou não uma
nova etapa de progressão.
AVALIAÇÃO DOS ESCOTISTAS COM OUTROS
AGENTES EDUCATIVOS
Como dito anteriormente, não são só as
atividades
realizadas
no
movimento
escoteiro que contribuem para a conquista
do desenvolvimento integral do jovem.
Todas as experiências vividas contribuem
para a conquista das competências do
Programa Educativo.
O Movimento Escoteiro é parte integrante do
processo educativo do jovem. Junto com
outros agentes tais como a família, a escola
e também outras instituições de educação
não
formal,
contribui
com
o
desenvolvimento integral do jovem.
Para poder conhecer e obter informações
sobre a “vida extra movimento escoteiro” do
jovem que acompanha, o escotista deverá
aproveitar os contatos informais com os pais
e outros educadores para conhecer melhor o
jovem, sempre tomando o cuidado para não
colocar
o
jovem
em
situação
de
constrangimento.
De modo geral, o término do ciclo de
programa, é o momento ideal para que
ocorra uma conversa informal e fraterna
entre o jovem e o escotista que o
acompanha com vista a avaliação final do
período. Neste momento o jovem deverá
mostrar através de sua autoavaliação quais
atividades
realizou
e
os
objetivos
alcançados. Ao escotista cabe também expor
ao jovem sua avaliação, baseado na sua
observação.
Quanto mais presente e
constante for esta observação durante o
período, melhor será a avaliação final e por
conseguinte mais correta a progressão.
Através de consenso jovem e escotista
concluirão
quais
competências
foram
conquistas pelo jovem. Caso ocorra alguma
divergência entre a opinião do adulto e
jovem, a do jovem sempre prevalecerá.
Diário do Chefe | 13ª Edição | Outubro 2015 | 15
RAMO SÊNIOR
Ninguém melhor do que o jovem para poder
concluir quais dificuldades obteve para
chegar a determinado objetivo e quanto se
esforçou para chegar a determinado
resultado, ainda que não tenha sido o ideal.
Para que tal conclusão seja a mais correta e
clara possível é de suma importância que o
jovem tenha desenvolvido corretamente
uma avaliação crítica e sincera.
Assim ao término do ciclo de programa
teremos a avaliação pessoal e progressiva
de cada jovem da seção com a conquista ou
não da etapa de progressão.
Glaucia Helena Faraco de Medeiros
Grupo Escoteiro do Ar Hercílio Luz – 022 SC Membro da
EREF – UEB SC
REFERÊNCIAS
Dominique Bénard ; Alberto Del Brutto ; GONZALEZ, G. ;
OLDENBURG, G. ; SIMAS, H. L.C. ; CARVALHO, M. . Manual
do Escotista Ramo Senior. 1. ed. Curitiba Paraná:
Escoteiros do Brasil, 2011. v. 1. 387p .
UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL. Diretoria Executiva
Nacional (Ed.). Projeto Educativo do Movimento
Escoteiro. Curitiba: União dos Escoteiros do Brasil, 2013.
19 p.
UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL. Diretoria Executiva
Nacional (Ed.). Programa de Jovens: objetivos finais e
intermediários. Curitiba: União dos Escoteiros do Brasil,
2010.
33
p.
Disponível
em:
<http://www.escoteiros.org.br/arquivos/programa/objeti
vos_finais_e_intermediarios.pdf>.
Acesso
em:
25
nov.2015
UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL. Princípios,
Organização e Regras. 10. ed. Curitiba: União dos
Escoteiros do Brasil, 2013. 180 p.
UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL. Diretoria Executiva
Nacional (Ed.). Manual do Formador – Curso Básico. 2ed.
Curitiba: União dos Escoteiros do Brasil, 2014. 304 p.
Diário do Chefe | 13ª Edição | Outubro 2015 | 16
RAMO PIONEIRO
Fonte: Foto do 26º Mutirão Pioneiro Nacional 2015 na Página dos Escoteiros do Brasil no Facebook
AVALIANDO A PROGRESSÃO
Entendemos por “progressão pessoal” o
avanço
que
um
jovem
atinge
paulatinamente
na
obtenção
das
competências previstas para sua fase de
desenvolvimento. Compreende todos os
aspectos de sua personalidade e incorpora
as
ideias
afins
de
crescimento
e
desenvolvimento.
O acompanhamento, que é a parte da
avaliação do escotista, não consiste
somente em recolher e acumular informação
com o objetivo de determinar o grau de
identificação ou discrepância entre a
conduta de um jovem e as competências. É
um processo amável que acompanha o
desenvolvimento, promove a participação do
jovem no clã, eleva sua autoestima e o ajuda
a melhorar o nível de conquista.
É um acompanhamento e não um controle.
O desenvolvimento dos jovens se avalia
observando
As atividades propõem aos Jovens a
conquista de competências que se referem a
todos os aspectos de sua personalidade. Isto
significa que o desenvolvimento harmônico
de um jovem também está integrado por
componentes subjetivos que admitem um
amplo grau de valorização.
Para avaliar o desenvolvimento de um
jovem, o fazemos por observação, o que
coincide com a natureza subjetiva da
progressão pessoal, mas também é com o
propósito educativo complementar do
Método Escoteiro e com o caráter voluntário
de nossos recursos humanos. Não se deve
pensar, por isso, que a avaliação por
observação seja uma avaliação de pouca
qualidade. Pelo contrário, é a mais
apropriada num processo educativo que
compreende toda a pessoa.
6
Para isso, a mestria observa a conduta de
seus jovens nas atividades de sede, externas,
como lidam com situações de conflito, seu
envolvimento com sua comunidade, família,
emprego e estudo. Nessa hora, temos que
lembrar que não são apenas e, muitas vezes
não são as atividades que propomos a eles e
as que eles desenvolvem e participam, que
os ajudarão a conquistar e aprimorar suas
competências,
e
sim,
todos
os
acontecimentos de sua vida, no convívio
familiar e entre amigos. As atividades
escoteiras são mais uma vivência, entre
tantas de sua vida. Não podemos ver os
nossos Jovens apenas como pioneiros e sim
como um Jovem que é filho, aluno,
empregado, mas que muitas vezes é
pai/mãe, professor e empregador. E mesmo
assim é um Pioneiro (Jovem em formação).
Sempre que necessário, buscando conhecer
um pouco mais os seus jovens, além de
propor atividades com esse intuito, devemos
conversar com as pessoas que o cercam,
desde família a amigos que não fazem parte
do clã. Para saber como agem e são nesses
ambientes,
porque
uma
vez
uma
competência alcançada, isso significa que
eles vivem desta forma em todos os
momentos. E a mestria tem que perceber
quais são essas competências, bem como,
quais que têm dificuldade em ser
alcançadas e porquê. Para que sejam
trabalhadas e exploradas nas atividades.
Todas essas opiniões proporcionam uma
visão mais ampla, mas não substituem a
apreciação que o escotista faz a relação
direta com o jovem. Também a opinião do
escotista revela e antecipa futuros, mas não
substitui a avaliação que o próprio jovem faz
de si mesmo.
Toda a avalição da progressão pessoal inicia
e termina com uma auto avaliação. A vida no
Clã tem que proporcionar momentos para
que os Pioneiros possam se conhecer e se
Diário do Chefe | 13ª Edição | Outubro 2015 | 17
RAMO PIONEIRO
reconhecer nas suas ações. Incentivá-los a
realizar e começar a planejar o que querem
viver daqui para frente. E a mestria é peça
motivadora para tudo isso.
Esse convívio com Jovens da mesma faixa
etária, se torna ainda mais prazeroso quando
veem no outro as suas dificuldades, anseios
e expectativas. Mas, também por terem
companheiros
para
realizarem
seus
“sonhos”.
A entrega dos distintivos, que marcam o
alcance das fases da progressão pessoal do
pioneiro, deve ser valorizada e sempre que
possível, ressaltar fatos que marcaram essa
conquista. O pioneiro tem que sentir a
satisfação que da Mestria em fazer esta
entrega e o orgulho por ele estar alcançando
seus objetivos pessoais.
Ana Filipa Nazareth Simão
Assistente Regional do Ramo Pioneiro/SC
REFERÊNCIAS
Manual do escotista: ramo pioneiro: um método de
educação não formal para jovens de 18 a 21 anos
incompletos. / União dos Escoteiros do Brasil. Curitiba:
UEB, 2012. 234p.
Diário do Chefe | 13ª Edição | Outubro 2015 | 18
REFERÊNCIAS DAS IMAGENS:
Capa
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https://www.facebook.com/photo.php?fbid=9815593185
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https://www.facebook.com/photo.php?fbid=9815588452
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https://www.facebook.com/ADLVale2015/photos/a.1649
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https://www.facebook.com/EscoteirosDoBrasilOficial/ph
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Fonte: Página do ELO 2015 - Distrito Litoral SC no Facebook
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