Aneurisma da aorta abdominal - Digimax

Transcrição

Aneurisma da aorta abdominal - Digimax
5ª Reunião de Casos
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Caso 1
• Paciente J.M., 81 anos, sexo masculino.
TC sem contraste
TC com contraste
Diagnóstico
• Aneurisma roto da aorta abdominal , parcialmente
trombosado, estendendo-se para as artérias ilíacas comuns.
Aneurisma da aorta abdominal
• Maioria envolve o segmento da aorta abaixo das artérias
renais.
• Definido pelo diâmetro da aorta de 3 cm ou mais .
• Raro antes dos 50 anos.
• Encontrado em 2-4% população acima de 50 anos.
• Incidência maior em homens.
Achados da ruptura do aneurisma
• Hematoma retroperitoneal adjacente a um aneurisma da aorta
abdominal é a imagem mais comum encontrada na ruptura.
• Sangue periaórtico pode se estender para o espaço perirrenal,
espaço pararenal ou ambos.
Imagens da literatura.
Grande aneurisma da aorta abdominal roto
com extravasamento retroperitoneal ativo.
Hematoma retroperitoneal.
Sinal de “Draped aorta sign”
• Quando a parede posterior da aorta não é facilmente
diferenciada das estruturas adjacentes, ou quando sua
parede posterior acompanha os contornos do corpo
vertebral.
Imagem da literatura.
Imagem do paciente.
Sinal do crescente hiperatenuante
• Área hiperatenuante e bem delimitada, com formato “em
crescente”, que quando identificado em um aneurisma
aórtico parcialmente trombosado indica rotura iminente.
Imagem da literatura
Trombos e calcificações
• Descontinuidade focal de uma calcificação circular na
parede aórtica é mais comumente observada em
aneurismas não-estáveis ou rompidos.
• O estudo comparativo auxilia a identificação dessas áreas
de descontinuidade focal recentes.
Imagem da literatura
Diagnóstico Diferencial
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infarto agudo do miocárdio,
ruptura de aneurisma de seio de valsalva,
acidente vascular cerebral,
abdome agudo cirúrgico,
embolia pulmonar,
pericardite,
insuficiência aórtica sem dissecção,
aneurisma da aorta sem dissecção,
dor musculoesquelética,
trombo-embolia arterial periférica
Caso 2
• Paciente S. F., 51 anos, sexo masculino.
• Indicação exame:
Suspeita de Tromboembolismo Pulmonar
• Histórico: Portador de Síndrome de Down
Dispnéia
Diagnóstico
Variação anatômica:
• Artéria subclávia direita aberrante.
Artéria subclávia direita aberrante
• Também chamada de LUSÓRIA.
• Origina-se como último ramo do arco aórtico logo após a
artéria subclávia esquerda.
• Geralmente assintomático.
• Localização: retroesofágica (80%),
entre a traquéia e o esôfago (16%)
anteriormente ao esôfago (4%)
Artéria subclávia direita aberrante
• Baixa prevalência: cerca de 1-1,5%
• Alta prevalêcia nos fetos com Síndrome de Down (30-40%)
e cardiopatias congênitas.
• Esse achado aumenta o risco do feto ser portador de
Síndrome de Down.
Diagnóstico
• Embora maioria assintomática, o diagnóstico deve ser
pensado em pacientes com sintomas de obstrução de via
aérea e esôfago (decorrente da compressão extrínseca do
esôfago).
• Esofagograma é o principal exame para confirmar o
diagnóstico.
• Ecocardiograma, TC e RM usados para detectar detalhes de
forma não- invasiva.
• Tratamento da artéria subclávia direita aberrante
sintomática é sempre cirúrgico.
Imagem da literatura
Esofagograma
Variações anatômicas vasculares
• Acrescentar fotos do TC
Diagnóstico
• Inversão da lateralidade aorto- caval em
topografia infra-renal.
• Transposição da VCI, também chamada de VCI esquerda.
• Variante que ocorre em 0,2% a 0,5% dos indivíduos.
• Decorrendo da persistência da veia supracardinal esquerda
com regressão da direita (o oposto do que ocorre
normalmente)
Caracteriza-se por:
• um posicionamento anômalo da VCI infra-renal, à
esquerda da linha média,
• que se une então à veia renal esquerda,
• cruza a linha média para o lado oposto, onde conflui com a
veia renal direita,
• assume o trajeto normal da VCI supra-renal.
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•
•
•
Transposição da VCI.
TC demonstram a VCI (setas brancas) localizada à esquerda da aorta no plano inferior às veias renais
(imagem superior esquerda), unindo-se à veia renal esquerda (imagem superior direita) e assumindo sua
topografia habitual à direita da linha média no plano supra-renal (imagem inferior esquerda).
A imagem inferior direita comprova de modo elegante o trajeto anômalo da VCI, que cruza a linha média.
Notar a agenesia renal direita
Imagem da literatura
Imagem do paciente
• Fonte potencial de erro diagnóstico em imagens axiais,
podendo ser confundida com linfonodomegalia
paraaórtica.
• Diagnóstico deve ser feito com segurança em exames préoperatórios, (especialmente em pacientes que serão
submetidos a dissecção retroperitoneal, como na correção
de aneurismas aórticos), visando evitar lesão iatrogênica da
VCI.
Variações anatômicas vasculares
Diagnóstico
• Veia renal esquerda circum-aórtica
• A veia renal esquerda é única e pré-aórtica.
• Um desenvolvimento anômalo, leva à formação de uma
veia renal esquerda retro-aórtica.
• Sendo caracterizada em veia renal esquerda circum-aórtica,
com ramos pré-aórtico e retro-aórtico.
• Chamada também de duplicação da veia renal.
• A prevalência 1,7% - 8,7%.
• A veia renal esquerda posterior pode ser confundida com
linfonodomegalias retro-aórticos, principalmente quando
ocorrem acotovelamentos significativos no seu trajeto.
TC com contraste
US corte transversal
Imagens da literatura:
• Veia renal esquerda retro-aórtica.
• Evidenciam trajeto anômalo da veia renal esquerda, que cursa
posteriormente à aorta abdominal.
TC corte coronal
TC corte sagital
• Imagens da literatura.
• Revelam o curso atípico, retro-aórtico, da veia renal.
Imagens da literatura.
• Veia renal esquerda circum-aórtica.
• (A) TC abdominal contrastada
• (B) Reconstrução volumétrica de superfície
• Demonstram a presença de componentes pré-aórtico e retro-aórtico da veia renal esquerda,
ambos desembocando na VCI.
• (C) RM T1 pós-gadolínio .
(setas pretas: componente pré-aórtico; setas brancas: componente retro-aórtico).
Caso 3
• Paciente A. B., 69 anos, sexo feminino.
• Queixa: Dor abdominal intensa e difusa.
• Histórico:
Histerectomia e ooforectomia bilateral há 3 meses.
Relata HAS.
Nega DM e tabagismo.
Em tratamento oncológico por CA ginecológico.
Diagnóstico
• Carcinomatose peritoneal ( “Omental Cake”)
Carcinomatose peritoneal ( “Omental Cake”)
• Forma de carcinomatose peritoneal
caracterizada por infiltração do tumor no omento
maior.
• O peritôneo é um local frequente de metástases de várias
malignidades primárias.
• Dentre elas: carcinoma colorretal em homens e de ovário
em mulheres, bem como no estômago e pâncreas.
• Carcinoma do ovário é a neoplasia maligna mais comum
para produzir “Omental Cake”.
• Doença omental inicial se manifesta como uma
densificação da gordura omental.
• Nódulos de tecido mole formam dentro do omento na
medida que a doença progride.
• Um bolo omental surge quando estes nódulos coalescem
para formar uma massa espessa e difusamente substituir a
gordura normal.
• Dependendo da causa do bolo omental e a extensão da
doença por via intraperitoneal, a ascite pode ser uma
característica que acompanha.
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Imagens da literatura:
A) imagem TC: mostra infiltração inicial e nodularidade do omento (setas) e
linfonodomegalia retroperitonial (setas).
B) progressão da doença com ascite e massa semelhante bolo omental (setas).