Tuberculose - Telessaúde
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Tuberculose - Telessaúde
TUBERCULOSE NA INFÂNCIA E TUBERCULOSE LATENTE Dr. Arlan de Azevedo Ferreira Prof Adjunto - Depto Pediatria / UFMT Pneumologia Pediátrica / SBP / SBPT / AMB Cuiabá, agosto de 2015 UFMT Tuberculose Diagnóstico: dificuldades e incertezas Linfonodo infartado Linfangite Infiltrado Inespecífico/ Cancro de inoculação Disseminação hematogênica Disseminação linfática Tuberculose Diagnóstico - Algoritmo Febre há mais de 15 dias, frequentemente associada a: tosse produtiva, Emagrecimento (ESTADO NUTRICIONAL), astenia, anorexia, sudorese História de contágio com adulto tuberculoso Rx de tórax: adenomegalia hilar, padrão miliar, pneumonia com evolução superior a 15 dias Prova tuberculínica > 15 mm (vacinados com BCG) ou > 10 mm (não vacinados ou vacinados > 2 anos) SIM Tratamento NÃO Investigação TUBERCULOSE Caso Clínico: JS, 25 anos, atendido no Posto de Saúde com tosse há mais de 3 semanas, tendo perdido 2 Kg nos últimos 2 meses Rx de tórax cavitação terço superior de HTD BAAR no escarro +++ >10 bacilos / 100 campos Tuberculose O que na prática se utiliza no diagnóstico de tuberculose na criança? Tuberculose Quadro Radiológico Quadro clínico DIAGNÓSTICO DE TUBERCULOSE NA CRIANÇA Estado Nutricional PPD BCG Contato com adulto com tb Critério de pontuação (MS – Brasil, 2001) Tuberculose na infância Caso Clínico: 1a situação: JS tem um filho, JS Jr, com 1 ano e 2 meses; informa que foi tratado em Goiânia por anemia profunda há um mês (transfundido). Chegou a pesar 9400 g com 9 meses de idade, mas agora está pesando 5800 g, apresentando febre diária Tuberculose na infância Caso Clínico – 1a situação – JS Jr: Solicitada internação da criança Como proceder durante a internação? Raio X de Tórax Tuberculose na infância Caso Clínico – JS Jr: • Rx de tórax – Padrão reticular fino bilateral Tuberculose na infância Tomografia Tuberculose na infância Caso Clínico – 1a situação JS Jr: Como fazer o lavado gástrico: Duas amostras em dois dias consecutivos Coleta ambulatorial Coleta criança internada Tuberculose na infância Caso Clínico – 1a situação – JS Jr: Como fazer o lavado gástrico: Lavar o estômago com 10 ml de soro fisiológico Acrescentar solução tampão básica ao suco gástrico ácido Carbonato de sódio (pó) – acrescentar 1 g para cada 10 ml de lavado gástrico obtido Tuberculose na infância Caso Clínico – 1a situação – JS Jr: Como fazer o lavado gástrico: Encaminhar para pesquisa direta – BAAR e cultura para BK (proteger da luz solar) Manter sob refrigeração Tuberculose na infância Caso Clínico – 1a situação – JS Jr: Solicitar PPD-ID: PPD-ID de JS Jr. foi – NÃO REATOR Por quê? Tuberculose na infância Por quê? JS Jr. estava gravemente desnutrido – “imudeprimido” Tuberculose na infância PPD Técnica (Mantoux) → PPD Rt23 por via intradérmica Resultados →Enduração: 0 - 4mm = Não reator (não infectados, anérgicos) >5 - Reator (infectados BK, micobactérias ambientais, vacinados com BCG) > 10mm = Reator forte (infectados, doentes ou não, BCG recente) > 15mm = Infecção pelo M. tuberculosis Tuberculose na infância • Situações de PPD não reator – Antígeno inadequadamente conservado – Erro de técnica na aplicação – Situações de imunodeficiência Tuberculose na infância Solicitado punção lombar Por quê? Tuberculose na infância • Cerca de 30% da Tuberculose miliar é acompanhada por meningoencefalite. • Punção lombar está indicada na forma miliar mesmo na presença de cicatriz de Tuberculose na infância NSC, 4 anos de idade. Avó em tratamento de tuberculose há 1 mês. Vacinada com BCG no 1º mês de vida, apresentava tosse há 1 mês e febre eventualmente, com boa resposta a antitérmicos. Já havia sido tratada de pneumonia com amoxacilina e broncodilatador por 2 semanas, mas persistia com “chiado no peito”. Ao exame – criança emagrecida, peso abaixo do percentil 10, levemente taquipnéica, com roncos à ausculta pulmonar. Tuberculose na infância NSC - Radiografia • PPD de 8 mm Tuberculose na infância Quadro Radiológico Quadro clínico DIAGNÓSTICO DE TUBERCULOSE NA CRIANÇA Estado Nutricional PPD BCG Contato com adulto com tb Critério de pontuação (MS – Brasil, 2001) Tuberculose na infância Critério de pontuação (MS – Brasil, 2001) Interpretação: ≥ 40 pontos – Diagnóstico muito provável 30 a 35 pontos – Diagnóstico possível ≤ 25 pontos – Diagnóstico pouco provável Tuberculose na infância NSC – Critério de pontuação (MS – Brasil, 2001) • Quadro clínico – febre + sintomas (tosse e emagrecimento) por > 2 semanas – Adicionar 15 pontos • Quadro radiológico – Adenomegalia hilar + infiltrado difuso bilateral – Adicionar 15 pontos • Contato com adulto tuberculoso – Adicionar 10 pontos • PPD em vacinado há mais de 2 anos – entre 5 – 9 mm – Adicionar 5 pontos • Estado nutricional – peso abaixo do percentil 10 – + 5 pontos • TOTAL DE PONTOS DESSA CRIANÇA = 50 PONTOS DIAGNÓSTICO DE TUBERCULOSE MUITO PROVÁVEL Tuberculose na infância Caso Clínico: 2a situação: JS foi atendido por duas acadêmicas de medicina durante estágio no Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias (DIP). Tuberculose na infância Caso Clínico – 2a situação: Resultado PPD nas acadêmicas de medicina na 1a avaliação (não foi feito quando começaram o estágio): Acadêmica 1 (hígida) – PPD = 2 mm Acadêmica 2 – PPD = 0 mm Tuberculose na infância Caso Clínico – 2a situação: Como proceder com as acadêmicas? Reavaliação clínica mensal PPD com dois meses Avaliar necessidade de Rx de tórax Tratamento TBL Tuberculose na infância Caso Clínico – 2a situação: Como proceder com a acadêmica 2? Reavaliação clínica mensal PPD com dois meses Avaliar necessidade de Rx de tórax Tratamento TBL Tuberculose na infância Caso Clínico – 2a situação: Resultado PPD nas acadêmicas de medicina depois de dois meses: Acadêmica 1 (hígida) – PPD = 12 mm Conduta: INH Tuberculose latente Tuberculose na infância Caso Clínico – 2a situação: Resultado PPD nas acadêmicas de medicina depois de dois meses: Acadêmica 2 – PPD = 0 mm Conduta: Rx de tórax com 1 e 2 meses normais = manter acompanhamento por 3 meses e PPD anual Infecção Latente da Tuberculose Dr. Arlan de Azevedo Ferreira Prof Adjunto - Depto Pediatria / UFMT Pneumologia Pediátrica / SBP / SBPT / AMB Infeccção Latente da tuberculose (ILTb) Infecção latente por Mtb (TBL) É o período entre a penetração do bacilo no organismo e o aparecimento da TB doença, oferecendo a oportunidade para a adoção de medidas medicamentosas, que são denominadas atualmente de tratamento da TBL, em substituição ao termo anteriormente utilizado, quimioprofilaxia. Infeccção Latente da tuberculose (ILTb) Quimioprofilaxia primária e tratamento da tuberculose latente Quimioprofilaxia Primária Prevenção da infecção em situação de exposição (RN exposto) Tratamento da tuberculose latente Prevenção do adoecimento após infecção (PPD = ou > 5 mm) Tratamento da Tuberculose latente TT ≥ 5 mm Infectados com HIV Contatos recentes (< 2 anos) de TB pulmonar vacinados com a BCG há mais de 2 anos Indivíduos não tratados para TB e portadores de lesões sequelares na radiografia de tórax Pacientes candidatos a transplantes ou transplantados Imunossuprimidos por outras razões (uso de prednisona ≥ 15 mg/dia ou equivalente por tempo superior a 1 mês ou candidatos ao uso de bloqueadores de TNF-α) Tratamento da Tuberculose latente TT ≥ 10 mm: Contatos recentes (< 2 anos) de TB pulmonar vacinados com a BCG há 2 anos ou menos Usuários de drogas injetáveis Pacientes com depressão da imunidade por diabetes mellitus insulinodependente, silicose, linfomas, neoplasias de cabeça, pescoço e pulmão ou procedimentos como gastrectomia, hemodiálise, by-pass gastrointestinal Populações indígenas Tratamento da Tuberculose latente Viragem tuberculínica Aumento da enduração do TT ≥ 10 mm em relação a um TT realizado entre 2 semanas e 2 anos após TT anterior Viragem tuberculínica = TRATAMENTO Trabalhadores do sistema prisional, cuidadores de idosos Pessoal de laboratórios de micobactérias Profissionais da área da saúde Contatos recentes de TB pulmonar de qualquer idade Tratamento da Tuberculose latente Efeito booster TT com enduração ≥ 10 mm que tenha aumento da enduração ≥ 6 mm em relação ao TT realizado 1-2 semanas antes Tratamento da Tuberculose latente Independente do TT HIV positivos com história de contato recente (< 2 anos) com TB pulmonar bacilífera imagem radiográfica de sequela de TB pulmonar sem história prévia de tratamento para TB, independente do valor do TT (mesmo com TT < 5 mm) Tratamento da Tuberculose latente Contatos recentes que apresentem TT negativo (< 5 mm) devem ser submetidos a um novo teste após 6-12 semanas para avaliação de viragem (conversão) tuberculínica Candidatos ao uso de bloqueadores de TNF-α devem completar pelo menos um mês de tratamento para TBL antes do início da terapia A proteção do tratamento da TBL nos contatos se estende por praticamente toda a vida (exceto em caso de reinfecção), embora seja mais marcante nos primeiros anos Tratamento da Tuberculose latente Reatores fortes ao PPD sem sinais de tuberculose ativa mas com co-morbidades (diabetes, sarcoidose, nefropatia grave, linfomas, alcoolismo, silicose) População indígena: reator forte ao PPD contactante com bacilífero, independente da idade ou estado vacinal, e sem clínica Tratamento da Tuberculose latente O tratamento da TBL está indicado para os grupos apresentados nos diapositivos anteriores, assintomáticos e com radiografia de tórax normal O medicamento atualmente indicado é a H na dose de 5 -10 mg/kg de peso até 300 mg/dia por 6 meses A possibilidade do diagnóstico de TB doença deve ser sempre afastada antes de ser iniciado o tratamento da TBL Detecção de infecção pelo bacilo da tuberculose em amostra sangúinea – (IGRA – Interferon gama release assay) Método de dosagem da Interleucina Interferon gama após estimulação de linfócitos do paciente, em tubo de ensaio, com antígenos proteicos produzidos exclusivamente pelo bacilo da tuberculose Ùtil para diferenciar se a positividade ao teste tuberculínico se deve à vacina BCG ou pela infecção pelo bacilo da tuberculose Tuberculose X BCG Detecção “in vitro” da tuberculose latente Telessaúde Mato Grosso - Tele Educa MT Núcleo Técnico Científico de Telessaúde MT www.telessaude.mt.gov.br www.youtube.com/teleeducamatogrosso [email protected] Tel: (65) 3613-5434 (65) 3613-3559 Telessaúde Mato Grosso - Tele Educa MT Núcleo Técnico Científico de Telessaúde MT www.telessaude.mt.gov.br www.youtube.com/teleeducamatogrosso [email protected] Tel: (65) 3615-7352 (65) 3661-3559/3661-2934
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