Psicodrama e Subjetividade(s)
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Psicodrama e Subjetividade(s)
19º CONGRESSO BRASILEIRO DE PSICODRAMA “A Humanidade no século 21” DEBATEDORA MARILIA J. MARINO Texto disparador: Subjetividade, subjetividades... como o Psicodrama enquanto abordagem teórico – metodológica em ciências psicossociais se coloca, frente aos paradigmas que abordam a construção do ser humano diante dos desafios de existir? O que diz Moreno? O que dizem os psicodramatistas contemporâneos? Que implicações trazem para a ação profissional nas áreas da saúde, da educação, do trabalho, da cultura? São indagações que os debatedores pretendem abordar, considerando os tempos atuais atravessados por mudanças contundentes, na própria experiência do tempo, das relações, das comunicações, dos sentidos e significados que envolvem a vida pessoal, social e planetária... Ideias- chave: Na perspectiva Moreniana o ser humano se constrói, “existe” em relação. Assim,subjetividade como mundo interior de cada um e intersubjetividade como mundo relacional – compartilhado, são duas faces da mesma moeda.“Dobra” na constituição de um “si mesmo” atravessado pelas marcas de um tempo sócio-histórico, de uma cultura, no ter que dar conta de ser. “Quem sou eu?” Não pode ser pensado sem as perguntas complementares: “Quem é você, Quem somos nós” Subjetividade(s) remetem-nos a essas marcas simbólicas que nos afetam e nos constituem como linguagem, advindas das relações do universo familial, dos diferentes grupos sociais, das instituições que dão forma à vida societária e também da própria busca do sujeito quanto ao seu lugar no mundo, nos sentido(s) construídos e re-construídos face aos projetos de vida (pessoal-profisssiona). Chaves fundamentais estão disponibilizadas no acervo de conceitos sociopsicodramáticos, como: espontaneidade-criatividade, papéis, matriz de identidade (olhar sobre o desenvolvimento humano que desencadeia as ricas técnicas básicas à disposição do psicodramatista em sua atuação). Mas de forma especial ter em vista a metáfora do Palco para se pensar a vida e para pensar subjetividade-subjetividades pode trazer novas visadas diante dos desafios do que aparece nos dias de hoje: subjetividades blackblocs, fissuradas em computador, workholics, corruptas na política, compassivas, dedicadas, éticas etc. Visitamos os estudos de Coelho Jr e Figueiredo (2004) em busca das figuras da intersubjetividade na constituição subjetiva e nelas, para além delas, o lugar do Psicodrama. Os autores propõem 4 matrizes paradigmáticas frente à questão da Intersubjetividade: a Trans-subjetiva da fenomenologia existencial de Scheler, Heidegger e MerleauPonty; a Traumática de Lévinas; a Interpessoal-pragmatismo social e interacionismo simbólico de Mead e finalmente a Intrapsíquica de Freud, Fairbain e Winnicott. A Tese dos autores é que cada uma delas traz uma dimensão singular que se complementa na outra. Seria essa também a perspectiva do Psicodrama de Moreno e contemporâneos? A metáfora do palco em relação à vida e àpsyche caracteriza um olhar singular, uma matriz? Indagações provocativas que abordaremos em nossa exposição, aguardando o debate. Referências: DUARTE JR. Nelson E.e FIGUEIREDO, L. CLÁUDIO – Figuras da intersubjetividade na constituição subjetiva: dimensões da alteridade, in Revista Interações,v.9 no. 17, São Paulo, jun. 2004. MARINO, Marilia J. – Vir a ser psicodramatista: caminho de singularização em coexistência. Tese de Doutorado, PUC-SP, 2010.n/p MORENO, Zerka – No espírito de 2000 (Artigo 26) in HORVATIN, Toni e SCHREIBER, Edward (org.) – A quintessência de Zerka: artigos de Zerka Moreno sobre psicodrama, sociometria e psicoterapia de grupo. São Paulo: Ágora, 2008.
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