Informativo O Multiplicador

Transcrição

Informativo O Multiplicador
ANO I - OUTUBRO 2013
Publicação
Informativa da
Piraí Sementes
N° 01
MULTIPLICANDO IDEIAS PARA COBRIR O BRASIL DE RESULTADOS
Marcos Palmeira
Um defensor
da adubação verde
na agricultura orgânica
DESTAQUE DO MÊS - ENTREVISTA COM MARCOS PALMEIRA
EDITORIAL
Redação: Camila Gusmão MTB: 63035/SP
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.......................Destaque do Mês
4
.......................Notícias
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................Campanhas e Eventos
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................Endomarketing
Divulgar ações de
sustentabilidade na
agricultura
Ator Marcos Palmeira fala com o Adubar o
Futuro sobre métodos de agricultura com
menor agressão ao meio ambiente
M
A
ultiplicar ações de agricultura sustentável, esse
é o objetivo desse informativo que tem hoje sua
primeira edição. O Multiplicador será um periódico com distribuição trimestral e cobertura nacional.
Com o slogan “Multiplicando ideias para cobrir o Brasil
de resultados”, o informativo é uma produção do Grupo
Join Marketing e está sendo viabilizado com a parceria da Piraí Sementes. O intuito é divulgar ações de agricultura sustentável, pois, acreditamos que sendo essa a
principal economia do país, torna-se cada vez mais necessário que realizemos ações e atitudes que preservem
o meio ambiente, sem o qual não poderia ser realizada.
Caro leitor, nessa primeira edição do informativo você
pode conferir uma gama de informações desde uma
entrevista com o ator Marcos Palmeira sobre sua afinidade com a agricultura orgânica, até matérias sobre
um modelo de agricultura promovido pela FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), que pode aumentar em 400% a produção da
mandioca, uma das mais promissoras culturas mundiais.
Esperamos que todos desfrutem de uma ótima leitura e
aguardamos suas opiniões para o aprimoramento desse
informativo!
Equipe O Multiplicador.
Camila Gusmão, jornalista responsável.
EXPEDIENTE: O informativo O Multiplicador é uma publicação trimestral do Grupo Join Marketing.
É enviada e disponibilizada eletronicamente através do endereço no site www.pirai.com.br. • Diretor comercial e
direção editorial: Luís de Sousa. • Design e editoração eletrônica: André Chiquito. • Jornalista responsável: Camila
Gusmão MTB/SP: 63035. • Contato: (15) 4062.9065 - [email protected].
• Endereço: Rua Cambucy, 70 - Jardim Paulistano - Sorocaba/SP - Cep: 18040-770. • Correspondências: Grupo Join
Marketing - Caixa Postal 246 - CEP: 18.010-971 - Sorocaba/SP.
• Publicidade: Luís de Sousa - [email protected] - (15) 4062.9065
Além da paixão pela dramaturgia, Marcos Palmeira defende práticas agro sustentáveis como a técnica da adubação verde
lém do amor pela dramaturgia, apaixonado
pelos alimentos orgânicos, Marcos Palmeira
é uma celebridade que levanta a bandeira
da agricultura sustentável. Ele conversou com o
Adubar o Futuro sobre o assunto.
Para ele, a adubação verde é uma técnica que
preserva o solo e seus nutrientes. “Uma agricultura
orgânica permite que aquela área tenha sempre
mais fertilidade e assim, mais produção, sem haver
a necessidade de abrir novas áreas e causar desmatamento”, afirmou.
Marcos conta que decidiu entrar no ramo após
perceber que o produtor de alimentos que usa
métodos sustentáveis além de não agredir o solo,
não consome todo alimento que produz, gerando
a oportunidade de uma melhor distribuição do alimento.
Para ele, o fato de ser uma celebridade ajuda no
fato da divulgação massiva de técnicas sustentáveis. “Quanto mais pessoas optarem por essa
prática, mas difundida ela será. O Brasil é o maior
consumidor de agrotóxicos do mundo. Então,
nossa agricultura ainda precisa evoluir e muito”,
completa Marcos.
Para finalizar ele deixa uma mensagem de incentivo aos praticantes da adubação verde e demais adeptos à agricultura sustentável. “Através
da adubação verde, removemos menos o solo
preservando sua fertilidade e consequentemente
teremos um produto mais saudável”.
De sonho antigo para realidade. O ator Marcos
Palmeira já há algum tempo cultiva alimentos
orgânicos que abastecem feiras, lojas naturais e supermercados, a novidade é que no início de março
de 2013, o ator concretizou o sonho antigo de abrir
seu próprio armazém de produtos orgânicos.
Com o mesmo nome da fazenda de Marcos, Vale
das Palmeiras está localizado no bairro no Leblon,
no Rio de Janeiro, e, diariamente oferece produtos
orgânicos variados desde saladas verdes até cereja.
foto: Ronaldo Nina
> Nesta edição
“Quanto mais pessoas optarem
por essa prática, mas difundida
ela será. O Brasil é o maior
consumidor de agrotóxicos do
mundo. Então, nossa agricultura
ainda precisa evoluir e muito”
www.fazendavaledaspalmeiras.com.br
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NOTÍCIAS
NOTÍCIAS
Fonte: Jose Luiz Tejon Megido é coordenador do núcleo de Agronegócio da ESPM e comentarista da ‘Rádio Estadão’.SP
O agronegócio significa cerca de
R$ 1 trilhão do Produto Interno Bruto
brasileiro
Pesquisa aponta que 81,3% da população considera o agronegócio “muito
importante” para a economia nacional
Brasil como campeão mundial – tudo isso no reino
das percepções, pois se avançamos muito ainda
temos gargalos e deficiências consideráveis para
sermos considerados o número um nesse setor, à
frente de Estados Unidos, China e Japão, entre outros.
Quanto aos setores considerados os “mais avançados” e “orgulho nacional”, o agronegócio, na média
do País, ocupa
o quinto lugar,
atrás dos de mineração, petróleo,
automobilístico,
construção e eletroeletrônica,
porém à frente
de bancos, transporte, educação e
saúde. Entretanto,
no Centro-Oeste o
agronegócio figura ao lado de mineração e petróleo,
considerado
o
mais avançado e
“orgulho nacional”.As profissões mais associadas ao
agronegócio são as de 1) agrônomo, 2) engenheiro
ambiental, 3) peão, 4) médico veterinário, 5) administrador e 6) nutricionista. Isso também é revelador sobre o conceito de “cadeia”, em que o cidadão
e consumidor da cidade guarda uma visão de que
o campo é originador de muitos produtos transformados e, obviamente, dos alimentos e bebidas,
como core dessa função. Da mesma forma, meio
ambiente, consumo de água e “estilo country” de
ser são três ângulos presentes e percebidos como
aspectos que marcam o agro na preocupação dos
cidadãos urbanos, que também apontaram consciência a respeito da ciência, da tecnologia e da
pesquisa para poder atuar na nova agropecuária.
Como aspecto cultural, culinária, música, feiras e
foto: Reprodução/Internet
M
al me quer, bem me quer? A Associação
Brasileira de Agribusiness (Abag) e o Núcleo de Agronegócio da Escola Superior
de Propaganda e Marketing (ESPM) queriam saber
o quanto a população urbana brasileira percebia
como importante ou não, e em que dimensão, o
agronegócio. Também sobre os agricultores e as
atividades envolvendo esse macrossetor, que – integrando todos os
seus elos do antes,
dentro e pós-porteira das fazendas
– significam algo
em torno de R$ 1
trilhão do produto
interno bruto.
Os dados foram
apresentados na
pesquisa
sobre
a percepção da
população urbana brasileira dos
grandes
centros
populacionais sobre o agronegócio
e desvendam consideráveis mudanças na imagem
que o urbano faz do novo agro nacional.
Os principais dados apontam para 81,3% da população considerando o agronegócio “muito importante” para a economia nacional. Nos casos em que
os respondentes têm ensino superior, a importância máxima atribuída chega a 97,2%. No aspecto
relativo à importância dos agricultores para a vida
dos brasileiros, 83,8% avaliam essa atividade como
muito importante. E o produtor figura ao lado das
demais quatro atividades mais importantes, na percepção do cidadão urbano: médico (97,1%), professor (95,8%), bombeiro (94,3%) e policial (83,9%).
Na Região Nordeste o agricultor recebe a avaliação
máxima de 92,8%. Perguntado sobre “qual país tem
o agronegócio mais desenvolvido”, o povo coloca o
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nana, o pepino, a alface, o feijão, o arroz, até o atualmente famoso tomate, etc.
A cidade percebe o agronegócio como sendo não
dependente de subsídios governamentais, ou seja,
uma atividade muito mais privada. E ainda coloca
esse setor da economia em níveis comparativos ao
segmento da construção do ponto de vista da empregabilidade. São suas percepções.
A palavra “agronegócio” não é ainda decodificada
pela maioria da população. Ao ser perguntado de
forma espontânea, esse termo conta com 40% de
“não sei dizer”. A Região Sudeste é a que menos
sabe espontaneamente sobre o segmento, comparativamente às demais regiões. Entretanto, mais
Qual a importância disso?
Muda significativamente o olhar das lideranças do de 55% dos entrevistados declararam ter de algum
próprio setor sobre si mesmas e sobre o que a ci- a muito interesse sobre o setor.
dade pensa. E deveria alterar a atenção e a velocid- Na população mais jovem, de 16 a 24 anos, a desinade da gestão e da governança pública, de políticos formação acerca do agronegócio é mais acentuada
e de executivos, responsáveis pelos pontos mais do que nas outras faixas etárias, o que exige das
frágeis do agronegócio do País hoje: infraestrutura lideranças contemporâneas do agro uma atitude
pós-porteira das fazendas, burocracia, tributação moderna da governança de redes sociais. Porque,
caótica e necessário planejamento, seguro e ambi- se ao mesmo tempo é o jovem o mais desinforente propício à organização das cadeias produtivas mado, a pesquisa também revela serem as pessoas
com computador e acesso à internet exatamente
entre elas mesmas.
Precisa mudar o jogo perde-perde, como assistimos as mais bem informadas sobre a visão da cadeia de
nas relações entre produtores de trigo e moinhos, valor do agronegócio e do seu entorno.
entre citricultores e processadores, por exemplo. E A cidade mudou, o campo também. Uma nova orisso vale para quase tudo: o leite, o cacau, a cevada, dem para essa governança passa a ser necessária. O
o café, o frango, o suíno, o milho, a mandioca, a ba- fato novo: a cidade gosta do agronegócio!
festas são ingredientes considerados pelo urbano
como presentes na sua vida, vindos lá do campo.
Se nos últimos 30 anos mudaram extraordinariamente a cidade, o consumidor e o cidadão, da mesma forma o agronegócio não é mais o mesmo. E a
cidade grande – os 12 maiores contingentes populacionais do Brasil e, consequentemente, os 12 principais colégios eleitorais (as cidades pesquisadas)
– alterou suas percepções sobre um campo antigo,
atrasado, dominado por barões, coronéis e reis do
gado extensivo para um novo campo com tecnologia, educação e novos profissionais e profissões.
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NOTÍCIAS
NOTÍCIAS
Fonte: Agrolink
Modelo de agricultura promovido pela FAO
aumenta produção
Produzir mais com menos pode elevar em 400% a produção de mandioca
“Produzir mais com menos” (Save and
Grow), um modelo de agricultura ecológica pro-
foto: Reprodução/Internet
nos” incentiva o uso de culturas mistas e da rotação
de culturas, e pressupõe uma gestão integrada de
movido pela FAO, pode aumentar de forma susten- pragas que, em alternativa aos pesticidas químicos,
tável a produção de mandioca até 400% e ajudar utiliza materiais de plantio sem doenças e inimigos
para que este produto de base deixe de ser visto naturais das pragas, para controlar os insetos prejucomo um alimento dos pobres e passe a ser consid- diciais.
erado como a cultura do século XXI, afirmou a FAO.
Num guia prático recentemente publicado, onde é Resultados espetaculares
descrita em pormenor a aplicação do modelo “Produzir
mais com menos” em pequenas explorações de mandioca, a FAO observou que a
produção total de mandioca
aumentou 60 % desde 2000.
Prevê ainda um maior aumento durante a presente
década, à medida que os tomadores de decisões políticos reconheçam o enorme
potencial da mandioca.
Mas optar por uma abordagem de produção intensiva
para aumentar a produção
de mandioca, como a que
foi explorada durante a
Revolução Verde do século
passado, pode causar ainda
mais danos à base de recursos naturais e aumentar
as emissões de gases com Além do aumento a FAO acredita que este produto de base deixe de ser visto como
efeito de estufa responsáveis um alimento dos pobres e passe a ser considerado como a cultura do século XXI
pelas alterações climáticas.
Segundo a FAO, em vez de se fazer um uso intenso Este modelo obteve resultados espetaculares em
de produtos químicos, a solução está no modelo ensaios feitos no Vietname, onde os agricultores
“Produzir mais com menos”, que permite alcançar que utilizaram as tecnologias e as práticas melhouma maior produtividade, mantendo os solos em radas aumentaram a produção de mandioca de 8,5
boas condições. O modelo “Produzir mais com me- para 36 toneladas, um acréscimo de mais de 400 %.
nos” minimiza as perturbações causadas pela ag- Na República Democrática do Congo, através
ricultura tradicional, como o uso do arado, e reco- da formação no uso de materiais de plantação
menda que se preserve uma cobertura vegetal de saudáveis, de coberturas com matérias vegetais e do cultivo intercalar de culturas, os agproteção sobre o solo.
Em vez da monocultura típica nos sistemas de agri- ricultores que participaram nas escolas rurais
cultura intensiva, o modelo “Produzir mais com me- tiveram aumentos de produção de até 250 %.
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dioca pode também ter várias utilizações industriais, que lhe dão um elevado potencial para estimular o desenvolvimento industrial rural e aumentar
os rendimentos no mundo rural.
A mandioca está em segundo lugar, a seguir ao milho, como fonte de amido e, as variedades recentemente desenvolvidas produzem amido à base das
raízes, que vai ser altamente procurado pelas indústrias.
A procura pela mandioca como matéria-prima para
a produção de bioetanol está também a aumentar
rapidamente.
Outra consideração importante é que das principais
culturas em África se espera que a mandioca, que é
forte e resistente, seja a menos afetada pelo avanço
das alterações climáticas.
Com o modelo “Produzir mais com menos” os países
em vias de desenvolvimento podem assim evitar os
riscos da intensificação insustentável, ao mesmo
tempo em que tiram partido do potencial da mandioca em obter um maior rendimento produtivo,
reduzir a fome e a pobreza rural e contribuir para o
Segurança alimentar
Mas, juntamente com a sua importância como uma desenvolvimento econômico nacional.
fonte de alimento e de segurança alimentar, a manNa Colômbia, onde a utilização de fertilizante mineral por si só tinha falhado, a rotação do cultivo
da mandioca com o feijão e o sorgo restaurou a
produção.
A mandioca é uma cultura altamente versátil, cultivada por pequenos agricultores em mais de 100
países. As raízes são ricas em hidratos de carbono,
enquanto as suas folhas tenras contêm até 25%
de proteína, além de ferro, cálcio e vitaminas A e
C. Outras partes da planta podem ser usadas na
alimentação de animais, e o gado criado à base de
mandioca possui uma maior resistência a doenças e
baixas taxas de mortalidade.
Uma das razões que impulsionam o aumento da
procura pela mandioca é o atual elevado nível de
preços dos cereais. Isto a torna uma alternativa
atrativa ao trigo e ao milho, em particular porque
a mandioca pode ser processada em farinha de elevada qualidade que pode, parcialmente, substituir
a farinha de trigo.
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NOTÍCIAS
NOTÍCIAS
Fonte: Jornalista Camila Gusmão MTB: 63035/SP
Inovação: Piraí Sementes lança novo portal
na internet
Orientar e abastecer o público com sementes e informações de qualidade sobre
adubação verde e cobertura vegetal é o principal objetivo do site
O
crescimento de buscas do público por informações referentes
à adubação verde e cobertura
vegetal foi o principal fator que levou
a Piraí Sementes a investir no novo site
que está alocado no mesmo endereço
eletrônico: www.pirai.com.br. Com o
crescimento das visitações na busca por
conteúdos específicos, o site anterior
que obteve êxito necessitou ser trocado
pelo atual que conta com mais suporte,
ferramentas e inovação para o internauta. Além de outras novidades, as versões
em inglês e espanhol em breve estarão
disponíveis.
Pautado em pesquisas que revelaram
as deficiências encontradas atualmente
pelo leitor que deseja obter informações mais aprofundadas sobre a prática
de adubação verde e cobertura vegetal,
outros destaques do site são os programas de relacionamento da empresa.
Distintos, os três projetos visam estabel- Novo portal da Piraí Sementes
ecer uma ligação direta entre empresas
de agronegócio, consultores e consumiabastecido com mais subsídio e mais justificativas
dores.
de consumo e prática da adubação verde, é reforçar
São eles: Piraí Recupera, que é voltado para quem o posicionamento da Piraí, que adotou desde 2011
precisa fazer uma recuperação específica para o o slogan e conceito ‘O resultado que garante o futusolo, que já está degradado ou mesmo que pre- ro’. Esse novo projeto pontua a Piraí Sementes como
cisa de cuidados especiais; o programa Canaviável, empresa que acredita no resultado e na garantia
o qual visa atender o público da cana-de-açúcar e do futuro produtivo do solo através da prática da
o mercado sucroalcooleiro, no sentido de propor adubação verde”, afirmou Luís de Sousa, coordeinformações e também estabelecer uma ligação nador da Join Agro, empresa responsável pela comais direta entre as usinas e a Piraí Sementes, ten- municação e marketing da Piraí Sementes. E, ainda
do como foco o uso dos produtos para a adubação acrescenta “Um dos pontos para se destacar nesse
verde nas rotações e reformas nos canaviais. E, por novo projeto da Piraí é a parte dos produtos, que
último, o Piraí Consultoris, que tem como objetivo está totalmente renovada, e o cliente tem muito
fundamental auxiliar as empresas e engenheiros mais facilidade para comprar, o site traz essa conoque trabalham com a consultoria agronômica, es- tação de ser também um ponto de e-commerce
tabelecendo assim uma relação direta afim de que muito mais forte”, finaliza Sousa.
a Piraí possa dar um atendimento específico para O site vem integrar as outras ferramentas de comuesse público.
nicação já existentes na empresa que são a Fan Page
“A mudança mais acentuada, além do site estar
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www.facebook.com.br/adubacaoverde e o perfil no mas, principalmente de exportação ultrapassando
as metas. E, mais importante do que fazer um intwitter www.twitter.com/adubacaoverde.
Segundo Luís de Sousa, essas mudanças que a Piraí vestimento na própria marca é o fato da empresa
estabelecer uma relaSementes trouxe aos seus
ção com o seu público e
clientes é o reflexo do momento que o agronegócio
“A mudança mais acentuada, além levar para esse público
propósito e a missão
brasileiro está passando.
do site estar abastecido com mais odela,
o motivo dela estar
“Nós temos prognóstisubsídio e mais justificativas de
comercializando aquele
cos e números que comdeterminado produto,
provam que estamos
consumo e prática da adubação
entrando uma época da verde, é reforçar o posicionamento a intenção real, e ainda
estabelecer esse espíriapoteose no que tange o
da Piraí, que adotou desde 2011 o to de parceria”, finalizou.
agronegócio do país. Esslogan e conceito ‘O resultado que
tamos com números atuais tanto de importação, garante o futuro’. Esse novo projeto
pontua a Piraí Sementes como
empresa que acredita no resultado
e na garantia do futuro
produtivo do solo através da
prática da adubação verde”
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NOTÍCIAS
NOTÍCIAS
Fonte: José Aparecido Donizeti Carlos – Engenheiro Agrônomo da Piraí Sementes
A utilização da técnica
traz benefícios como o
controle de nematoides
fitoparasitos
A
s plantas denominadas “adubos verdes” têm características recicladoras, recuperadoras, protetoras, melhoradoras
e condicionadoras de solo. Englobam diversas espécies vegetais,
mas a preferência pelas leguminosas está consagrada por sua capacidade de fixar nitrogênio direto da
atmosfera, por simbiose.
Os benefícios dessa técnica agrícola milenar são muitos, sendo que
todos comprovados na pesquisa e A preferência pelas leguminosas está consagrada por sua capacidade de fixar
nitrogênio direto da atmosfera por simbiose
na prática. Confira na tabela abaixo
os benefícios da técnica:
1. Aumenta a capacidade de armazenamento de água no solo.
2. Controla nematoides fitoparasitos
com espécies não hospedeiras/antagonicas.
3. Descompacta, estrutura e areja o solo.
4. Diminui a amplitude de variação térmica diuturna do solo.
5. Fornece nitrogênio fixado diretamente da atmosfera.
6. Intensifica a atividade biológica do
solo.
7. Melhora o aproveitamento e eficiência
dos adubos e corretivos.
8. Produz fitomassa para cobertura
morta.
9. Protege as mudas-plantas contra o
vento e radiação solar.
10.Protege o solo contra os agentes da
erosão e radiação solar.
foto: Site Piraí Sementes
Adubação verde nas fruticulturas tropical e
temperada
espécies inverno pode utilizar a
Manejo
“Os adubos verdes ideais aveia, azevém, ervilhaca, naboO consórcio dos adubos
forrageiro, tremoço, com plantio
verdes nas entre linhas
para o consórcio não
em abril e maio e manejo em julho
das fruteiras pode ser realpodem
ser
trepadores,
e agosto – é importante que, no
izado durante o ano todo
devem ter porte baixo e
momento das rotações, elas sejam
sem atrapalhar os tratos
de verão ou de inverno para evitar
culturais ou mesmo a colnão ter associação com
pragas/doenças/nematoides.
heita. Os adubos verdes
pragas,
doenças
e
O melhor manejo da biomassa
podem ser de verão e de
nematoides comuns a
dos adubos verdes é depositar as
inverno e devem estar de
plantas de forma integral sobre a
acordo com o regime hícultura.”
superfície do solo com a roçadora,
drico local para não como rolo-faca ou simplesmente “acapetirem durante os períodos de estiagem; logo, o desenvolvimento se dá mados”.
nos períodos úmidos e na seca evitam as perdas de
Vantagens da adubação verde
água formando a cobertura morta.
Os adubos verdes ideais para o consórcio não po- Destacam-se alguns dos resultados da adubação
dem ser trepadores, devem ter porte baixo e não verde na fruticultura: ganho da produtividade; melter associação com pragas, doenças e nematoides horia da qualidade dos frutos; economia de insumos na produção e preservação do solo nos seus
comuns a cultura.
As espécies de verão que atendem esses requisitos atributos físicos, químicos e biológicos.
são a mucuna-anã, o feijão-de-porco e a crotaláriabreviflora, com plantio em outubro/novembro e
manejo da biomassa em março/abril. Dentre as
11. Cobre o solo com grande quantidade
de massa verde em curto espaço de
tempo.
12. Recicla os nutrientes lixiviados em
profundidade.
13. Recupera os solos degradados.
14. Reduz a infestação de ervas daninhas,
incidência de pragas e patógenos nas
culturas.
15. Supre o solo com material orgânico.
16. Desintoxica o solo com a mitigação
de metais pesados, resíduos de defensivos e excesso de nutrientes, fitorremediação.
17. É matéria prima para compostagem.
18. Contribui para o sequestro de carbono.
19. Reduz os teores de alumínio trocável
e libera fósforo fixado.
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NOTÍCIAS
NOTÍCIAS
Fonte: Agrolink e Assessoria de Imprensa
Fonte: Agrolink e Assessoria de Imprensa
Publicação reúne experiências positivas no
combate à desertificação em áreas rurais
Sustentabilidade: BNDES reduz a 5,5% ao
ano juros de programa para renovação de
canaviais
foto: Reprodução/Internet
A publicação foi lançada em 17 de junho, data que
marca o Dia Mundial de Combate à Desertificação
O
Instituto Interamericano de Cooperação para a
Agricultura (IICA) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA) lançam a publicação Apoio a Iniciativas
de Combate à Desertificação. O livro reúne experiências
exitosas no meio rural de municípios brasileiros em Áreas
Suscetíveis à Desertificação (ASD). Trata-se de uma síntese das atividades desenvolvidas, desafios encontrados
e resultados alcançados pelos projetos.
A publicação foi lançada em 17 de junho, data que marca
o Dia Mundial de Combate à Desertificação, que neste
ano teve como tema Convivência com a Semiaridez: Seca
e Água.
O livro é resultado do projeto Apoio a Iniciativas de Combate à Desertificação, desenvolvido em parceria entre o
MME e o IICA. Os projetos foram selecionados por um edital. As propostas eleitas receberam até R$ 25 mil para o
desenvolvimento das ações pretendidas.
Um novo edital, divulgado em maio deste ano, para
seleção de projetos para a segunda fase do projeto Apoio
a Iniciativas de Combate à Desertificação amplia os recursos para o desenvolvimento das ações. Desta vez, cada
projeto escolhido receberá de R$ 40 mil a R$ 80 mil.
As iniciativas devem contemplar o desenvolvimento e/ou
a difusão de boas práticas e tecnologias limpas, voltadas
para o uso sustentável e integrado dos recursos naturais
nas ASD. As atividades visam ampliar a contribuição da
sociedade no combate à desertificação em âmbito local.
O projeto reflete ainda os eixos temáticos do Programa de
Ação Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação
dos Efeitos da Seca (PAN Brasil), que são redução da pobreza e da desigualdade, a ampliação sustentável da capacidade produtiva, preservação, conservação e manejo
sustentável dos recursos naturais e gestão democrática e o
fortalecimento institucional.
“As atividades visam ampliar a contribuição da sociedade no
combate à desertificação em âmbito local”
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A etapa agrícola da produção de etanol representa quase 70% dos custos finais
do produto
remuneração do BNDES de 0,9%, além do
spread do agente.
A etapa agrícola da produção de etanol
representa quase 70% dos custos finais do
produto, razão pela qual se espera que, com
menor despesa financeira no plantio, haja
incremento na capacidade de investimento
das usinas e produtores rurais e, consequentemente, plantio mais ambicioso, renovando
ou expandindo áreas maiores.
Incentivo à difusão tecnológica – Outra alteração aprovada pela Diretoria do BNDES diz
respeito à participação do Banco nos itens financiáveis para médias e grandes empresas,
que pode chegar a 90% para produtores que
optarem por usar variedades de cana protegidas, isto é, cultivares que ainda não caíram
em domínio público. A ide ia é aumentar a
difusão tecnológica de novas variedades.
Colheita mecanizada da cana-de-açúcar
Para os produtores que utilizarem variedades
de domínio público, o limite de participação do
Diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou BNDES cai de 80% para 70% dos itens financiáveis. A
alterações no Programa BNDES de Apoio redução visou o alinhamento às políticas operacioà Renovação e Implantação de Novos Canaviais nais do BNDES.
(BNDES Prorenova). A principal delas é a redução da A iniciativa é resultado de diagnóstico elaborado
pelo Departamento de Biotaxa de juros, que passa a ser
combustíveis do BNDES, que
fixa de 5,5% ao ano.
procurou identificar as prinA mudança vai significar uma
“A iniciativa é resultado
cipais causas dos ganhos deredução expressiva nos cusde diagnóstico elaborado crescentes de produtividade
tos de financiamento ao setor.
agrícola da lavoura de cana ao
pelo Departamento de
Antes, as médias e grandes
empresas pagavam Taxa de Biocombustíveis do BNDES, longo das últimas décadas.
Juros de Longo Prazo (TJLP), que procurou identificar as Publicado na Revista BNDES
Setorial nº 37, o estudo aponque está em 5% a.a., mais reprincipais
causas
dos
tou como determinantes
muneração do BNDES de 1,3%
desse processo, além da baixa
ganhos decrescentes de
a.a., acrescidos do spread
de renovação dos canado agente financeiro, negoprodutividade agrícola da taxa
viais e outras causas conciado livremente pelo cliente
lavoura
de
cana
ao
longo
junturais, como intempéries
com o seu banco. Já as micro,
climáticas, uma baixa taxa de
das últimas décadas”
pequenas e médias empresas
difusão tecnológica do setor.
(MPMEs), pagavam TJLP mais
foto: Reprodução/Internet
As iniciativas devem contemplar o desenvolvimento e a difusão de boas práticas e tecnologias limpas, voltadas para o uso sustentável e integrado dos recursos naturais
A
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Apesar de haver significativa criação de novas variedades de cana-de-açúcar, essas ainda são pouco
difundidas pelo setor, o que pode ser evidenciado
pelo fato de que cerca de 40% da lavoura ainda usar
variedades de domínio público.
Tais variedades foram liberadas para o plantio comercial há mais de 15 anos, indicando acentuada
desatualização tecnológica do canavial brasileiro.
E isto tem contribuído para menores ganhos de
produtividade agrícola.
Estimativas realizadas pelo Instituto Agronômico de
Campinas (IAC) mostram que as variedades lançadas nos últimos oito anos pelos programas de melhoramento de cana apresentam, em média, produtividade 11,2% superior às variedades liberadas no
período 1994-2002. Isso demonstra uma correlação
NOTÍCIAS
positiva entre atualização tecnológica e produtividade agrícola do canavial.
O BNDES Prorenova continuará com dotação de R$
4 bilhões e os pedidos de financiamento deverão ser
protocolados no BNDES até 31 de dezembro próximo. O prazo total para pagamento do empréstimo
foi mantido em até 72 meses, mas com carência de
até 18 meses para todos os beneficiários, independentemente do porte. Antes, esse prazo aplicava-se
às médias e grandes empresas, enquanto as MPMEs
tinham uma carência de acordo com a avaliação da
sua capacidade de pagamento.
Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Programa ABC, que também financia sementes para adubação verde, tem maior
adesão em SP
O Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono teve R$ 1,7 bilhão
contratados entre julho e dezembro de 2012
O
Programa Agricultura de Baixa Emissão de
Carbono (ABC) alcançou o melhor resultado desde que essa modalidade de financiamento foi criada. Foram contratados R$ 1,7 bilhão
entre julho e dezembro do ano passado, um aumento de 523% sobre os mesmos meses de 2011.
O resultado ainda ultrapassa os R$ 1,5 bilhão obtidos durante os doze meses da safra 2011/12.
Ao todo, foram firmados 4,5 mil contratos e os financiamentos representam 50,5% dos recursos
programados para a safra entre julho de 2012 e
junho de 2013, de R$ 3,4 bilhões. Os dados foram
divulgados pelo Departamento de Economia
Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa).
A região Sudeste registra os maiores volumes de
financiamento, somando R$ 784,2 milhões, com
destaque para São Paulo (R$ 477,2 milhões) e
Minas Gerais (R$ 281,5 milhões), os dois maiores estados em total de recursos. Os empréstimos obtidos
por produtores do Sul totalizaram R$ 392,5 milhões,
valor próximo aos do Centro-Oeste (R$ 383,1 milhões). Lembrando que o programa ABC também financia sementes para a prática de adubação verde.
“A demanda por recursos de financiamento de investimento no ABC apresenta uma tendência de
crescimento nos próximos anos à medida que o
foto: Reprodução/Internet
NOTÍCIAS
A prática de adubação verde é sustentável
programa se torna mais conhecido pelos produtores rurais”, afirmou o secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller. Ainda de acordo com ele,
a expectativa é de contratação de todos os recursos
disponíveis para a safra.
A avaliação atualizada mensalmente das contratações do crédito agrícola é realizada pelo Grupo de
Acompanhamento do Crédito Rural, coordenado
pela Secretaria de Política Agrícola do Mapa.
“A demanda por recursos de financiamento de investimento
no ABC apresenta uma tendência de crescimento nos próximos
anos à medida que o programa se torna mais conhecido pelos
produtores rurais”, afirmou o secretário de Política Agrícola do
Mapa, Neri Geller. Ainda de acordo com ele, a expectativa é de
contratação de todos os recursos disponíveis para a safra”
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NOTÍCIAS
Fonte: Agência Estado
Pesquisadores afirmam que aumento da
produtividade daria lucro sem desmate
A utilização do adubo verde é uma opção de agricultura sustentável
N
foto: Reprodução/Internet
os últimos anos, ficou notória a discussão
entre ruralistas e ambientalistas sobre o
que fazer para aumentar a produção agropecuária do Brasil. Enquanto os primeiros dizem
que em algum momento será necessário abrir
mais áreas para aumentar a produção, os segundos afirmam que a área existente em pastagem
degradada é mais do que suficiente para promover esse aumento. Vários pesquisadores calcularam o tamanho desse passivo e o potencial
que ele tem para ser ocupado, mas as associações de produtores costumam argumentar que
o custo seria muito alto.
Agora, um grupo de pesquisadores do Instituto
do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) calculou que, se fosse aumentada a produtividade em cerca de 24% do pasto existente em
2007 com potencial agronômico para a intensificação da pecuária, até 2022 seria possível aumentar o valor da produção do setor em aproximadamente R$ 4 bilhões – 16% em relação ao
valor de 2010 -, sem desmatar.
Outra alternativa é o uso de adubo verde na recuperação, reforma e consórcio nas pastagens.
Ao promover um aumento da média de produtividade, que é hoje de 80 kg de carne por hectare por ano, para 300 kg/ha/ano, seria possível
atender à demanda de carne projetada para
2022. Por outro lado, dizem os pesquisadores,
liderados pelo engenheiro florestal Paulo Barreto, se nada for feito, o aumento da produção
para atender à demanda acabaria levando a
um desmatamento de cerca de 12,7 milhões de
hectares – com uma média anual 3,4 vezes maior
que a meta estabelecida pelo governo federal
até 2020 (380 mil hectares).As informações são do
jornal O Estado de S.Paulo.
Pelos cálculos, o esforço dependeria de um investimento de até R$ 1 bilhão por ano até aquela data.
Recurso que, analisam os pesquisadores, é totalmente compatível com o que o bioma já recebe por
ano em crédito rural – equivale a 70% de quanto a
pecuária da região amazônica recebeu em média
entre 2005 e 2009.
O imposto, se bem aplicado, pode chegar a 20% do
valor do imóvel por ano. Mas, na prática, como são
os proprietários que informam sobre o uso da terra
e não há fiscalização, ninguém acaba pagando o
valor correto por ter uma terra improdutiva. Há até
uma campanha para que haja um ITR sem mentira.
“É preciso ter uma estratégia semelhante à que vem
sendo feita com o desmatamento, de aumentar o
combate justamente onde o problema está concentrado. Neste caso,
“É preciso ter gente especializada localmente, o ideal é focar a fiscalização nos
municípios onde há mais terras dester centros de referência em cada região,
matadas não utilizadas”, afirma. “Ou
espalhar fazendas-modelo para que os
o proprietário vai passar a produzir
proprietários possam conhecer na prática
ou vai vender a terra. Isso seria uma
revolução produtiva com efeito amcomo funciona”, propõe o pesquisador. “O
biental.”
crédito poderia ter um componente de
a propriedade.
Não sendo dinheiro o problema, por que então
pouca gente investe em aumentar sua propriedade? Os pesquisadores defendem que algumas
frentes deveriam ser atacadas para tentar barrar a
especulação e paralelamente levar conhecimento
aos produtores para incentivar ações de aumento
de produtividade.
desempenho atrelado”
Muitas vezes o produtor consegue fazer um projeto para conseguir o crédito rural, mas depois não
sabe como aplicá-lo. “É preciso ter gente especializada localmente, ter centros de referência em cada
região, espalhar fazendas-modelo para que os proprietários possam conhecer na prática como funciona”, propõe o pesquisador. “O crédito poderia ter
um componente de desempenho atrelado”, diz.
Antiespeculação. Mas é com uma “frente antiespeculação”, como apelidou Barreto, que seria possível
fazer a diferença. Ele se refere ao gargalo da parte
fiscal. Os pesquisadores citam como exemplo a
pouca eficiência da cobrança do Imposto Territorial
Rural (ITR). Em teoria ele foi criado para evitar o desperdício das terras – são previstas taxas mais altas
para imóveis com baixo grau de utilização.
Cálculo usou mapa do IBGE
Para fazer o cálculo, os pesquisadores cruzaram
o mapa de áreas desmatadas com o de potencial
agrícola das regiões, do IBGE, para selecionar as que
têm mais aptidão para passarem pela melhoria do
pasto e intensificação do gado. Com isso, eles consideraram a demanda estimada para 2022 e qual
o tamanho da área que precisaria ser intensificada
para chegar a esse valor.
Daí se percebeu que, nesse primeiro momento, trabalhar em só 24% da área com potencial agrícola
seria suficiente. Com o aprendizado, a proposta é
que com o tempo seria possível replicar a experiência nas demais áreas de pasto, a fim de continuar
atendendo ao aumento do consumo.
Desmatamento ilegal prejudica o meio ambiente e a agricultura
“Percebemos que dinheiro não falta e desmatar
mais não faz o menor sentido, mas a verdade é que,
apesar de as taxas estarem caindo, ele (o desmatamento) continua acontecendo, principalmente de
modo especulativo, para ampliar a fronteira agrícola em busca de mais patrimônio”, afirma Barreto.
É a famosa ação de desmatar para tentar consolidar
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NOTÍCIAS
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Fonte: Redação Sou Agro
Agronegócio sustentável
Estudo afirma que biodiesel de soja emite 70% menos gases de efeito estufa do
que o diesel
e levar biodiesel até a Europa, as emissões oscilam
de 26,5 a 29,2 gCO2eq./MJ de biodiesel, aumento
devido ao transporte marítimo.
A conta de transportar biodiesel até Roterdã é necessária para que as estimativas sejam comparadas aos valores tomados como base pela Diretiva
Europeia de Energias Renováveis. Os valores ofi-
ciais mostram que o diesel mineral, também em
território europeu, emite 83,8 gCO2eq./MJ de biodiesel. Assim, conclui-se que o biodiesel brasileiro
produzido a partir de óleo de soja emite entre 65%
e 68% menos GEE do que o diesel fóssil.
foto: Reprodução/Internet
de biodiesel no Brasil, seguida
pelo sebo bovino e pelo óleo
de algodão.
A metodologia utilizada levou
em consideração as emissões
de CO2 equivalente ao longo de
toda a cadeia produtiva, desde
o plantio e cultivo da soja, passando pelo processamento do
óleo, produção do biodiesel e
transporte do biocombustível
até o consumidor final.
Entre as principais fontes agrícolas de emissão encontram-se
restos culturais da soja, combustível utilizado no plantio
e colheita, fertilizantes, corretivos e defensivos. O estudo
também leva em consideração
que na produção de óleo de
soja e biodiesel entram insuPara realizar o estudo, os pesquisadores utilizaram informações de 114 propriedades mos químicos responsáveis por
rurais e de cinco unidades processadoras de soja e produtoras de biodiesel
emissões de GEE. Além disso, são
contabilizadas emissões provenibiodiesel brasileiro produzido com soja reentes do transporte de biodiesel.
duz as emissões de gases de efeito estufa
(GEE) em 70%, no mínimo, em relação ao die- Transporte e emissões
sel fóssil, quando consumido dentro do País.
O estudo trabalha com cenários alternativos de
Se entregue para consumo na Europa, emite entre entrega do produto. São apresentados valores de
65% e 68% menos gases.
emissões para distâncias, por exemplo, do Mato
A conclusão é de um estudo encomendado pela As- Grosso ao interior de São Paulo (Paulínia) e até o
sociação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais porto de Roterdã, na Holanda. No primeiro caso, os
(Abiove), em parceria com a Associação dos Produ- números indicam emissões da ordem de 24,5 gCOtores de Soja e Milho do Estado do Mato Grosso 2eq./MJ de biodiesel produzido. Já para se produzir
(Aprosoja/MT) e a União Brasileira do Biodiesel e
Bioquerosene (Ubrabio). A pesquisa foi realizada
pela Delta CO2, empresa incubada pela EsalqTec, da
Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Es“Os valores oficiais mostram que o
alq/USP).
O
Metodologia
Os pesquisadores utilizaram informações de 114
propriedades rurais e de cinco unidades processadoras de soja e produtoras de biodiesel. Hoje, o óleo
de soja representa cerca de 80% da produção total
diesel mineral, também em
território europeu, emite
83,8 gCO2eq./MJ de biodiesel”
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NOTÍCIAS
NOTÍCIAS
Agricultores de Jarinu (SP) investem na técnica de adubação verde para aumentar a
produção
Estudo revela que manejo adequado de
pastagens reduz emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa
Segundo especialista a plantação terá mais produtividade além da melhoria
das culturas
As pastagens cobrem cerca de dois terços de toda a área agricultável do globo
terrestre
o uso de agrotóxico, e o agricultor conta que este tipo de manejo
nasceu de uma viagem ao Chile.
“O que eu vi lá e vai acontecer
aqui é menos uso de agroquímico, você não vai usar tanto adubo
e também no agrotóxico porque,
desde que você tenha uma planta sadia, você vai reduzir esse tipo
de gasto também”, conta Osvaldo
Mazieiro.
Em uma das propriedades da
região é possível ver bem o que
é rodízio de áreas. Em um ponto
a adubação verde ainda está germinando. Pouco mais à frente, em
outra área, o trator já passou e as
propriedades do milho e da crotalária estão sendo agregadas ao
solo pela decomposição. Por isso,
o Sr. Roberto Tanaka, que tem
Quem anda pela zona rural de Jarinu pode até imaginar que algumas roças de
plantação de morangos há doze
morango estão abandonadas, mas a vegetação alta engana muita gente
anos, espera melhorar a produtividade. “O adubo verde dá mais nutrirodutores de morango da região de Jarinu, entes e desenvolve a planta”, comenta.
maior produtora da fruta no estado de São O engenheiro agrônomo José Braga Semis só vê
Paulo apostam na adubação verde para au- vantagens neste tipo de manejo, para a terra e para
mentar a produtividade. Com a prática, os fruticul- o morango. “Representa uma planta mais saudável,
tores reduzem o uso de agrotóxicos e também os mais resistente, pelo fato de ter um solo mais equilicustos de produção.
brado. Terá uma produtividade melhor, com melhoO Sr. Mazieiro, produtor da fruta, explica que o que ria de fruta também” afirma.
parece mato é adubo verde. Essas espécies são roçadas antes da plantação de morango. A prática reduz
cultivadas, e que
85% dessa área seja
ocupada por braquiárias. Somente no
Estado de São Paulo,
as braquiárias ocupam em torno de
7,6 milhões de hectares num total de 9,2
milhões de hectares
com pastagens, e
que
aproximadamente 50% desse total já se encontrem
em algum estádio
de degradação. No
Só no Brasil elas ocupam cerca de 210 milhões de hectares
entanto, apesar de
sua representatividade,
esse fato não restudo realizado pelo Instituto de Zootecnia
flete
a
excelência
de
produção,
e
frequentemente
de Nova Odessa (SP) revela que a degradação
da pastagem além de reduzir a produtividade as pastagens apresentam níveis de produtividade
de forragem e produções
causa a perda de maanimais bastante baixos,
téria orgânica do solo
emitindo CO2 para at- “Somente no Estado de São Paulo, reflexos de algum estádio
mosfera, resultando na
as braquiárias ocupam em torno de degradação, resultante
de manejo inadequado.
redução no sequestro
de 7,6 milhões de hectares num
Um exemplo prático é a
do carbono pela pastatotal
de
9,2
milhões
de
hectares
Fazenda Estrela do Sul, logem.
calizada em Nova Módica
com pastagens, e que
No Brasil as pastagens
ocupam três quartos da aproximadamente 50% desse total (MG). A propriedade utiliza leguminosas tropicárea agrícola nacional,
já
se
encontrem
em
algum
estádio
ais como o calopogônio
cerca de 210 milhões
para consorciação com
de degradação”
de hectares, assumindo
gramíneas em 30% das
posição de destaque
suas pastagens e a sojano cenário agrícola
perene
em
consorciação
nos canaviais para alimenbrasileiro. Entretanto 30% dessas pastagens estariam degradadas. Estima-se que o Brasil tenha tação de vacas leiteiras no período da seca.
mais de 120 milhões de hectares de pastagens
P
“O que eu vi lá e vai acontecer aqui é menos uso de agroquímico, você não
vai usar tanto adubo e também no agrotóxico porque, desde que você
tenha uma planta sadia, você vai reduzir esse tipo de gasto também”,
conta Osvaldo Mazieiro.
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foto: Reprodução/Internet
Fonte: Jornalista - Camila Gusmão MTB: 63035/SP com informações do http://www.infobibos.com/Artigos/2010
foto: TV Tem – afiliada da Rede Globo
Fonte: TV Tem – afiliada da Rede Globo
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NOTÍCIAS
Fonte: Agrolink e assessoria de imprensa
As sementes são partes das plantas importantes na alimentação humana
Em entrevista, Paulo César Tavares de Melo, professor do Departamento de
Produção Vegetal (LPV), da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
(USP/ESALQ), destaca quais são essas sementes e aponta a classificação das
mesmas
D
enquanto o grão é destinado ao consumo como
alimento ou matéria-prima para a indústria. Dessa
forma, a qualidade da semente é medida por seu estado fisiológico, ao passo que a qualidade do grão
é aferida por sua aparência e pelas propriedades
foto: Reprodução/Internet
iante de um prato tipicamente brasileiro
temos, essencialmente, duas sementes
comestíveis – o arroz e o feijão. Porém, o consumo de sementes diretamente na alimentação é
de uso muito amplo e ocorre não só por meio da
semente seca, como também
de forma imatura.
Quais são as partes das
diversas espécies das
plantas que podem ser
consumidas e quais são as
mais importantes?
(Paulo Cesar Tavares de
Matos) Das seis partes das
plantas (raízes, caules, folhas, flores, frutas e sementes) que são consumidas, as
sementes são a fonte mais
importante na alimentação
humana. Desde há 11 mil
anos, quando o homem
passou a cultivar espécies
provedoras de alimento, as
sementes de cereais constituem a fonte de alimento
mais importante, seguidas
pelas de leguminosas e
Mostruário de sementes
nozes. Três espécies (trigo,
milho e arroz) são consideradas os alicerces para a civilização e, até os tempos atuais, continuam sendo à físico-químicas que caracterizam sua aptidão para
consumo de mesa ou transformação industrial.
base da alimentação humana.
Qual a diferença entre grãos e sementes?
(Tavares de Matos) A diferença básica entre semente e grão é que a semente precisa estar viva, ou
seja, capaz de germinar e produzir uma nova planta
quando proporcionadas às condições favoráveis,
Como as sementes se agrupam?
(Tavares de Matos) Existem várias maneiras de agrupar as sementes utilizadas como recurso alimentar.
Em geral, as classificações de chefes de cozinha ou
gastrônomos contem equívocos e informações de-
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sprovidas de fundamentação científica. Costumo
adotar essa classificação de sementes comestíveis
da FAO (Food and Agriculture Organization of the
United Nations):
Sementes de leguminosas – são consideradas também como sementes protéicas porque têm predominância de aminoácidos em sua composição.
São consumidas predominantemente secas, mas
em algumas espécies as sementes são consumidas
também na fase imatura (feijão-verde ou cowpea,
ervilha verde, favas, soja verde). Nessa categoria estão incluídas as seguintes culturas: feijões de todos
os tipos, favas, ervilha, lentilha, soja, grão-de-bico,
amendoim.
Sementes de cereais – Botanicamente, os cereais
pertencem à família das poáceas ou das gramíneas.
As sementes são colhidas secas para serem utilizadas na alimentação humana. Fornecem a metade
pistachio entre outras.
Como são classificadas as sementes que oferecem predominância de elementos oleosos em
sua composição como a soja, girassol, amendoim e outras com a mesma peculiaridade?
(Tavares de Melo) Na classificação das sementes
comestíveis da FAO, as sementes de oleaginosas
como a soja, girassol, gergelim, linhaça, amendoim,
mostarda, colza, algodão etc., não compreendem
uma categoria à parte. Na verdade, algumas dessas espécies de plantas estão incluídas nas categorias das sementes de leguminosas e de cereais. O
problema surge quando sementes oleaginosas não
estão incluídas nem na categoria das leguminosas
nem na dos cereais (colza, mostarda, algodão, girassol). Do meu ponto de vista, a FAO não considera
as sementes de oleaginosas um recurso alimentar
de consumo direto nas formas seca
ou fresca (ao natural), sendo, na ver“Temos nas sementes um recurso alimentar dade, matéria-prima para a extração
de óleos comestíveis.
secular desde que o homem passou a
praticar a agricultura. Elas são, portanto, o
esteio da humanidade. Muitas vezes, o
consumidor quando está diante dessa
diversidade de alimentos não avalia que
aquele produto que está consumindo é o
mesmo que o agricultor utiliza para instalar
seus cultivos.”
E as sementes de especiarias são
contempladas pela FAO?
(Tavares de Melo) Da mesma forma,
a classificação da FAO não contempla
as sementes de especiarias que compreendem sementes secas de coentro,
cominho, urucum, pimenta-do-reino,
pimenta-da-jamaica,
cardomomo,
erva-doce, papoula, urucum/colorau
entre outras. Para a FAO, ninguém usa
de todas as calorias consumidas no mundo. As se- especiarias, ervas aromáticas, condimentos ou temmentes de cereais são a matéria-prima de farinhas peros como alimento, mas tão somente como um
usadas na panificação, na pastelaria, na indústria aditivo de sabor, aroma e cor no preparo de comide massas bem como de outros alimentos, óleos das das mais diferentes etnias.
de cozinha, bebidas (cerveja). Essa categoria compreende as seguintes espécies: arroz, trigo, milho, Em alguns países existem as tradições locais de
consumo. O senhor pode dar um exemplo de
cevada, triticale, centeio, milheto, sorgo e aveia.
Nozes – botanicamente as nozes são um tipo es- uma relacionada à saúde?
pecífico de fruto, mas o termo é também aplicado (Tavares de Melo) Falamos muito da soja que vai se
a muitas sementes comestíveis que não são sob o transformar em óleo, farelo, mas existe a soja horponto de vista botânico nozes. De acordo com a taliça, um grão verde muito utilizado na cultura
definição botânica, nozes compreendem um tipo oriental. Eles dizem que as mulheres orientais não
particular de sementes. Castanhas e avelãs são ex- sofrem os efeitos da menopausa porque desde
emplos de nozes segundo essa definição. Em ter- pequeninas a consomem.
mos culinários, no entanto, o termo é empregado
mais amplamente por incluir frutos que não são E como se dá a utilização das sementes na gasbotanicamente qualificados como nozes, mas que tronomia?
tem a aparência e o uso culinário similares aos das (Tavares de Melo) Os grandes chefs exploram o exonozes. Estão incluídas nas nozes: côco, castanha do tismo e o paladar de coisas que são estranhas para
Pará, castanha de caju, avelã, noz-pecã, macadamia, nós. A chia, por exemplo, é uma semente que elim-
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NOTÍCIAS
NOTÍCIAS
Fonte: Aprosoja
às hortaliças subutilizadas como, por exemplo, o feijão fava (Phaseolus lunatus), leguminosa riquíssima
em proteína e carboidratos e muito saborosa.
É importante que a população conheça essa variedade enorme de sementes?
(Tavares de Melo) Temos nas sementes um recurso
alimentar secular desde que o homem passou a
praticar a agricultura. Elas são, portanto, o esteio da
humanidade. Muitas vezes, o consumidor quando
está diante dessa diversidade de alimentos não
avalia que aquele produto que está consumindo é
Os pesquisadores trabalham no sentido de di- o mesmo que o agricultor utiliza para instalar seus
cultivos.
vulgar ou resgatar recursos outrora utilizados?
(Tavares de Melo) Sim, principalmente em relação
Adubo verde no pós-colheita pode impedir
ferrugem na próxima safra
O pesquisador sugere o plantio da crotalária, uma leguminosa que é usada
como adubo verde, e tem-se mostrado eficiente no controle de nematoides
O
pós-colheita é o período ideal
para se proteger contra a ferrugem asiática nas lavouras de
soja. Os cuidados destinados ao solo
depois da colheita do grão refletem
diretamente na produtividade e nos
bons resultados da safra seguinte.
Uma das formas de executar adequadamente o manejo pós-colheita é realizar o plantio de segunda safra, seja
de milho, algodão, mileto ou braquiária (“Brachiaria”). Para a boa produtividade dessas culturas é necessária
aplicação de herbicida que, por sua
vez, elimina a planta de soja e atende
a orientação do vazio sanitário.
O produtor que opta pelo plantio da
segunda safra, naturalmente, precisa
fazer um manejo adequado. Dessa
forma ao utilizar o herbicida ne- Crotalária-spectabilis
cessário ele já elimina a soja tiguera
que germinou após a colheita”, afirjo necessário para evitar a permanência da planta
mou Leandro Zancanaro, pesquisador
de soja durante o período proibitivo.
da Fundação MT.
“Ao plantar a crotalária o sojicultor tem que destinar
Como nem todas as regiões do estado possuem os mesmos cuidados que ele teria ao cultivar uma
clima favorável para o plantio da segunda safra, o segunda safra comercial. Já encontramos em Mato
pesquisador sugere o plantio da crotalária, uma le- Grosso várias áreas com presença de soja ao meio
guminosa que é usada como adubo verde, e tem-se da crotalária, e isso é um agente potencial para a
ferrugem”, alertou Ribas.
mostrado eficiente no controle de nematoides.
“Além de trazer benefícios com o manejo de nema- Mesmo que o produtor não cultive a segunda safra
toides e redução de plantas invasoras, o plantio da ou plante uma cultura para cobertura de solo é precrotalária pode ajudar no manejo pós-colheita”, de- ciso redobrar a atenção. “O fato de não utilizar a terra para nenhuma atividade na entressafra também
stacou Zancanaro.
De acordo com o diretor técnico da Aprosoja, Nery requer cuidados na destruição de todas as plantas
Ribas, ao optar pelo plantio da crotalária na en- de soja”, finalizou o diretor técnico da Aprosoja.
tressafra, o agricultor precisa estar atento ao mane-
foto: Site Piraí Sementes
ina gordura e por isso hoje está na moda. Também
existem sementes caríssimas que são importadas
para restaurantes estrelados e, muitas vezes, quem
frequenta esses espaços não tem ideia de como é
rica a nossa disponibilidade de recursos alimentares. Não é um fruto como o tomate ou uma vagem
como a ervilha torta. Não são folhas como as alfaces
ou como o repolho. É simplesmente semente seca
ou em sua fase imatura que enriquece a culinária
mundial.
“Além de trazer benefícios com o manejo de nematoides e redução de
plantas invasoras, o plantio da crotalária pode ajudar no manejo
pós-colheita”, destacou Zancanaro.
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NOTÍCIAS
NOTÍCIAS
Fonte: Grupo Cultivar – Assessoria de Imprensa
Uso de sementes de qualidade auxilia no
controle de plantas daninhas
Pode aumentar em até 30% a produtividade
U
m dos principais desafios dos produtores alta eficácia; a necessidade de controle das plantas
de algodão no Brasil é o manejo das plantas daninhas até o final do ciclo da cultura; a seleção
daninhas nas lavouras. Quando o agricultor de plantas daninhas resistentes aos principais hernão adota as práticas recomendadas, essas plantas bicidas utilizados; o manejo de plantas voluntárias
prejudicam a qualidade das fibras, e reduzem em de culturas antecessoras resistente ao glifosato, que
germinam junto com a cultura de algodão; o alto
até 30% a produtividade.
A ABRASEM ouviu os especialistas em manejo de custo dos programas de manejo; e a destruição das
plantas daninhas Prof. Dr. Pedro Jacob Christoffole- soqueiras de algodão após a colheita da cultura.
ti, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Principais plantas daninhas presentes na cultura do
(ESALQ), e Prof. Dr. Anderson Luis Cavenaghi, do algodão:
Centro Universitário de Várzea Grande (UNIVAG), do
Mato Grosso, e os produtores de algodão Ângelo • Trapoerada (Commelina benghalensis L.)
Massambani, do Mato Grosso, e João Carlos Jacob- • Caruru (Amaranthus hybridus L.)
sen, da Bahia, sobre a importância da adoção de • Capim Pé de Galinha (Eleusine indica)
boas práticas agrícolas nesta cultura, que tem car- • Leitero ou Amendoim-bravo (Euphorbia heterophylla)
acterísticas diferentes da soja e do milho.
Além da correta implantação da cultura e utilização • Picão Preto (Bidens pilosa).
de sementes de boa qualidade, o professor Christoffoleti, da ESALQ, explica que a principal recomenda- Anderson Cavenaghi, da UNIVAG, do Mato Grosso,
ção para fazer o controle das plantas daninhas na explica que pelas características da cultura do alcultura do algodão é a adoção do manejo integra- godão e a necessidade de colheita no limpo para
do. Esse manejo começa com o estabelecimento se obter fibras com menores índices de impureza,
da cultura ‘no limpo’, ou seja, quando ela emerge é necessária uma maior quantidade de aplicações
em uma área sem a presença simultânea das plan- nesta cultura quando comparada às culturas de soja
tas daninhas. Para isso, é necessário adotar práticas de préplantio adequadas, como por
“Além das plantas daninhas mais comuns, como
exemplo, a formação de palPicão Preto e Leitero, no Mato Grosso os
hada na superfície que elimina
produtores algumas vezes precisam combater o
boa parte da germinação das
plantas daninhas.
crescimento de soja e milho voluntários, já que o
algodão costuma ser plantado na segunda safra
Christoffoleti ressalta que a
no Estado”, explica Massambani.
ferramenta mais utilizada no
manejo de plantas daninhas é
o uso de herbicidas, aplicados
em diferentes momentos da cultura. “Os herbicidas e milho.
podem ser úteis tanto no manejo pré-plantio, como Ângelo H. Massambani, engenheiro agrônomo na
após a implantação da cultura com herbicidas resid- região de Sapezal, no Mato Grosso, diz que o problema das plantas invasoras ainda é uma das maiores
uais e pós-emergentes”, diz.
Para ele, os principais desafios encontrados pelos preocupações dos cotonicultores no Estado. “Além
cotonicultores brasileiros no manejo das plantas das plantas daninhas mais comuns, como Picão Predaninhas são a baixa competitividade da cultura de to e Leitero, no Mato Grosso os produtores algumas
algodão no início do ciclo, que requer manejo de vezes precisam combater o crescimento de soja e
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milho voluntários, já que o algodão costuma ser
plantado na segunda safra no Estado”, explica Massambani. Segundo ele, a batalha contra as plantas
invasoras inicia antes do plantio do algodão e só
termina após a colheita.
Os produtores da Bahia também sofrem com a
invasão das plantas daninhas em suas lavouras,
segundo João Carlos Jacobsen, cotonicultor nas
regiões de Barreiras e Formosa do Rio Preto, na
Bahia. “Adotamos programas de controles adequados baseados no uso dos herbicidas disponíveis no
mercado. Mas, em alguns casos, precisamos capinar
a lavoura e utilizar jatos dirigidos. Porém, essas são
práticas de emergência, que os produtores aderem
em último caso”, explica Jacobsen.
Impacto na produtividade e na qualidade do algodão
Cavenaghi destaca que existem programas de
manejo de plantas daninhas muito eficientes, mas
que é difícil atingir um controle total da comunidade infestante de plantas daninhas. “O sucesso do
controle depende de um conjunto de fatores como
o uso de doses recomendadas dos herbicidas, tecnologia de aplicação utilizada, momento correto
de aplicação, entre outros. No entanto, um manejo
feito de forma inadequada, pode provocar perdas
em média de 30%, mas, em alguns casos, pode até
inviabilizar a colheita.”
O professor Christoffoleti reforça ainda que as plantas daninhas na cultura do algodão não afetam
apenas a produtividade, mas também interferem
na qualidade da fibra e no processo de colheita, e
alerta que elas podem ser hospedeiras de pragas e
doenças.
Para o engenheiro agrônomo e vice-presidente da
ABRASEM, Claudio Manuel da Silva, faz parte do
papel da associação promover discussões como
essa entre os produtores. “É importante para todo o
setor que eles conheçam novas técnicas e recebam
dicas de especialistas que pesquisam arduamente o
tema, viajam o mundo em busca de novas soluções
e têm muito a contribuir.” Ele reforça que as boas
práticas agrícolas em qualquer cultura começam na
instalação da cultura corretamente. “É muito importante que o produtor use sementes certificadas ou
fiscalizadas e faça a semeadura na época recomendada”, reforça.
Biotecnologia pode facilitar o manejo
Para os dois pesquisadores, a introdução da biotecnologia na cultura do algodão já trouxe facilidades
ao produtor em relação ao manejo, tornando-o
mais flexível. Eles acreditam que, com a pesquisa e o
desenvolvimento de novos eventos combinados, a
tendência é que no futuro os programas de manejo
sejam mais simples.
Cavenaghi acredita que a biotecnologia na cultura
do algodão é muito bem recebida pelos produtores
e que novos eventos proporcionarão um número
maior de ferramentas e planos de controle aos cotonicultores. “Esta tecnologia já está sendo adotada
pelos produtores e o surgimento de novos eventos
possibilitará o uso de herbicidas com diferentes mecanismos de ação, podendo dificultar o surgimento
de plantas resistentes quando utilizados de forma
adequada”.
Para o professor Christoffoleti, há duas tendências
futuras na cultura do algodão. A primeira centrada
na implantação de sistemas de manejo de plantas
daninhas diversificados, inserindo junto com o herbicida recomendado para a cultura biotecnológica,
herbicidas com mecanismo de ação alternativo,
com ação residual ou pós-emergente. E a segunda
com foco no desenvolvimento de culturas biotecnológicas com múltiplas possibilidades de uso de
herbicidas de diferentes mecanismos de ação. “A
biotecnologia poderá facilitar o manejo de plantas
daninhas, simplificando-o, reduzindo custos e aumentando a segurança de aplicação de herbicidas”.
Os produtores do Mato Grosso e da Bahia também
acreditam que a adoção da biotecnologia já trouxe
muitos benefícios e que novos eventos podem
tornar as técnicas de manejo ainda mais simples e
eficientes. “Um programa eficiente de controle de
plantas invasoras é baseado no uso de variedades
com biotecnologia e no manejo adequado de herbicidas pré-emergentes e pós-emergentes. Assim, é
possível explorar ao máximo o potencial produtivo
da cultura”, explica Ângelo H. Massambani.
“Sem dúvida, a biotecnologia é uma facilitadora
para os produtores de algodão, torna o manejo mais
simples e flexível. Precisamos de novos eventos que
eliminem a necessidade das operações de capina e
do uso de jato dirigido, que são complexas, lentas e
não trazem benefícios aos produtores”, finaliza João
Carlos Jacobsen.
27
CAMPANHAS E EVENTOS
CAMPANHAS E EVENTOS
Fonte: Adubar o Futuro – Camila Gusmão MTB 63035/SP
Fonte: Piraí Sementes
Fumicultura
Piraí Sementes realiza campanha “É Hora
de… devolver ao solo a produtividade”
foto: Join Agro
Piraí Sementes leva prática de adubação verde à ExpoAfubra 2013
Campanha teve como objetivo fomentar a preservação e a prevenção de doenças no solo por meio da produção agrícola sustentável com a utilização da
adubação verde
A primeira campanha da Piraí Sementes em 2013: “É Hora de… devolver ao solo a produtividade” teve
como objetivo fomentar a preservação e a prevenção de doenças no solo por meio da produção agrícola
sustentável com a utilização da adubação verde. O intuito do programa foi revelar os objetivos e segredos
de cada semente que faz parte da campanha.
Vejamos alguns exemplos: A Crotalária-spectabilis controla o nematoide nas culturas da cana-de-açúcar
e da soja, além da fruticultura e hortaliças. Já a Mucuna-preta tem alta produção de biomassa e auxilia no
controle de plantas daninhas nas multiculturas e plantações de tabaco.
“A Crotalária-spectabilis controla o nematoide nas culturas da
cana-de-açúcar e da soja, além da fruticultura e hortaliças”
A
cadeia produtiva do setor de tabaco movi- investidores e comerciantes do setor.
mentou R$ 4,5 bilhões na safra 2011/ 2012, Com a campanha “O futuro da produtividade é gauma produção de 727,5 mil toneladas em rantido com o cuidado do solo”, a Piraí Sementes
324,6 mil hectares de área, um faturamento 11% levou seus produtos para a Expoagro Afubra 2013
maior que à safra anterior. Números como esse e esteve a disposição para atender e difundir ao
revelam a importância dessa cultura no país. É por produtor a prática da Adubação Verde e cobertura
esse motivo e principalmente pela manutenção de vegetal, seus benefícios ao solo e retorno na produum solo produtivo que a Piraí Sementes participou tividade que é numerosa, hoje são mais de 2,5
milhões de empregos
mais uma vez da Exgerados pela cultura.
poagro Afubra, em Rio
O Brasil, que é o maior
Pardo, no estado do
“Com a campanha ‘O futuro da
exportador de tabaco
Rio Grande do Sul.
produtividade
é
garantido
com
o
do mercado mundial,
Promovida pela Ascuidado do solo’ a Piraí Sementes
está na frente de países
sociação dos Fumicultores do Brasil (Afubra),
levou seus produtos para a Expoagro como a Índia, Estados
Unidos e Malawi. A feia exposição é conAfubra
2013
e
esteve
a
disposição
ra acontece no Sul do
hecida como a maior
feira
agropecuária para atender e difundir ao produtor a país, pois é a região que
mais produz fumo e é
do país voltada para
prática da Adubação Verde e
responsável por 96%
a agricultura familiar
cobertura
vegetal.”
da produção nacional
e tem como objetivo
(Paraná, Santa Catarina
fortalecer o homem
e Rio Grande do Sul).
do campo juntamente
com seus familiares, assim como disseminar novas
tecnologias, insumos e serviços para os produtores,
28
29
CAMPANHAS E EVENTOS
CAMPANHAS E EVENTOS
Fonte: Piraí Sementes
Fonte: ETEC - Jundaí
Piraí lança programas de relacionamento
Doação de Sementes
Neste ano, a Piraí lançou três programas de relacionamento para seu público
Adubo Verde ajuda Etec de Jacareí em experimento no II Fórum Florestal
de seus produtos aos produtores com o solo de baixa fertilidade, infestação de pragas e doenças ou numa situação em que o produtor não consegue definir o que fazer.
• Piraí Consultoris: Para o mercado de consultores e empresas
de consultorias, a Piraí vem com esta novidade que visa dar orientação e
soluções para os diversos desafios destes profissionais.
• Programa Canaviável: Com o cenário e desafio que nosso
país tem para as próximas décadas é que nasceu este programa que visa
por meio do trabalho de vanguarda já obtido, da experiência adquirida
pela Piraí nestes 40 anos e pela excelência das suas sementes, dar assistência e ser a parceira das usinas e unidades produtivas da cadeia do
setor da cana-de-açúcar.
foto: Claudiana B. Santos/Etec Jacareí
“Programa Canaviável: Com o cenário e desafio
que nosso país tem para as próximas décadas
motivou o nascimento deste programa.”
Alunos plantando as sementes
30
foto: Claudiana B. Santos/Etec Jacareí
• Piraí Recupera: Programa voltado para dar assistência por meio
C
onfira o depoimento da Engenheira Florestal, Claudiana B. Santos, Coordenadora
do Curso Técnico em Florestas da ETEC –
Conego José Bento de Jacareí (SP) sobre a doação de sementes realizada pela Piraí para o II
Fórum Florestal.
“Em novembro (22 a 24) passado foi realizado
em nossa escola (ETEC – Cônego José Bento) ‘Escola Agrícola de Jacareí’, o II Fórum Florestal que
contou com várias palestras e uma prática de
campo realizada no último dia.
Essa prática de campo foi encabeçada pelo Instituto Socioambiental – ISA, na pessoa do Sr. Eduardo Malta Campos Filho, e constava da recupeAlunos plantando as sementes
ração de uma área de preservação permanente
às margens do Rio Paraíba do Sul que margeia
os fundos de nossa escola.
A prática foi muito interessante onde realizamos a muvuca de sementes para recuperação da área, onde
são misturadas sementes de vários tipos (florestais, adubação, cipós, agrícolas), com o intuito maior de
simular o crescimento natural de uma floresta.
A doação de sementes da Piraí foi de suma importância para
o sucesso da nossa prática, pois quase não havia sementes
“A doação de sementes da
de adubo verde.
Infelizmente, nosso plantio teve a visita de algumas capivarPiraí foi de suma
as, que chegam livremente pelo rio. Essas capivaras andaram
importância para o sucesso
comendo as mudas e algumas plantas que vão germinando,
da nossa prática, pois quase no inicio do plantio contávamos com a presença delas e adinão havia sementes de adubo cionamos 30% a mais de sementes para suprir essas visitas.
O que parece que deu um pouco de resultado, pois alguns
verde.”
feijões estão com aproximadamente 30 cm e já com vagens.
Estamos monitorando o plantio e aguardamos que as espécies florestais ainda germinem, pois sabemos que elas demoram um pouco mais.
Agradeço novamente à Piraí Sementes pela prontidão em nos atender e fazer com que nossa prática fosse
mais diversificada”.
foto: Claudiana B. Santos/Etec Jacareí
Conheça um pouco sobre cada um deles:
Estufa de estudos
31
CAMPANHAS E EVENTOS
CAMPANHAS E EVENTOS
Fonte: Vívian Lessa – Do Agrodebate
Etanol
Total de áreas degradadas no MT poderiam contribuir com a produção de cana
no país
A
penas a utilização de áreas degradadas no que o crescimento da produção depende das forMato Grosso poderia ampliar em quase oito mas de escoamento. As áreas identificadas para
vezes a produção de cana-de-açúcar. A par- o cultivo da cana-de-açúcar estão nos municípios
ticipação atual do estado, embora pequena para o de Barra do Garças, Poxoreu e Nova Xavantina,
país, poderia exercer grande influência na produção Araguaiana, Novo São Joaquim, Santo Antonio do
do Centro-Oeste, que se destaca entre as demais Leste e Tesouro. “O que não justificaria a implantação de outro alcoolduto que passa pelos estados do
regiões brasileiras no cultivo da cana.
De acordo com relatórios da coordenadoria de Geo- Paraná e Mato Grosso do Sul. O que ligaria a lugar
processamento (Cogeo) da Secretaria de Meio Am- nenhum, ou seja, sem passar por regiões produtobiente (Sema), foi identificada uma área de 1,493 ras”, acrescenta Santos. No total, são dois projetos
milhão de hectares no centro-leste mato-grossense de construção de alcoolduto contemplando Mato
que poderia ser incorporada aos 224 mil hectares Grosso.
já utilizadas pelo setor. Desta forma, elevaria para O diretor-executivo do Sindalcool-MT lembra que o
1,717 milhão de hectares que, consequentemente, sistema é a única alternativa de crescimento, coniria aumentar de 892,8 milhões de litros para 6,8 bil- siderando que os demais modais de transporte são
hões de litros a produção de etanol no estado. Mas caros. “Para se ter noção, o custo com alcoolduto é
o potencial oferecido pelo estado na produção de 30% menor do que o rodoviário. Enquanto gastamos cerca
cana esbarra nas
de R$ 0,17
questões ambipelo
litro
ental e logística.
do
etanol
O Zoneamento
“ É evidente o descolamento da produção do
somente no
Agroecológico
Centro-Oeste para as demais regiões brasileiras. frete, no alda
Cana-deSem dúvida é a nova fronteira da bioenergia do
coolduto o
açúcar limita a
custo ficaria
expansão da culBrasil”, pontua o presidente da Associação dos
em torno de
tura no estado
Produtores de Bionergia de Mato Grosso do Sul
R$ 0,05 o linas regiões das
(Biosul), Roberto Holanda Filho.
tro”. A instabacias do Pantalação deste
nal, Amazônica e
meio
de
Alto Paraguai. O
transpor te
crescimento da
produção em Mato Grosso ficaria atrelado à logísti- não beneficiaria somente Mato Grosso, mas os deca, ou seja, a forma com que o produto será levado mais estados do Centro-Oeste brasileiro – responaos grandes centros consumidores. A alternativa sável por manter a produção de álcool no Brasil.
encontrada pelos produtores é a implantação do É evidente o descolamento da produção do Centroalcoolduto, ferramenta para o transporte do etanol. Oeste para as demais regiões brasileiras. Sem dúvida
“Com a produção garantida pela iniciativa privada, é a nova fronteira da bioenergia do Brasil”, pontua o
o prolongamento de um ramal entre Terminal Cane- presidente da Associação dos Produtores de Bionerdo (Goiás) até Nova Olímpia, em Mato Grosso, seria gia de Mato Grosso do Sul (Biosul), Roberto Holanda
fundamental e necessário para os investimentos no Filho. Ele explica que essa condição de crescimento
setor”, avalia o diretor-executivo do Sindicato das gera uma demanda por logística, principalmente
Indústrias Sucroalcooleiras de Mato Grosso (Sindal- por modais de transportes mais eficientes que o
cool-MT), Jorge dos Santos. Esse é um dos projetos rodoviário. Mas, diferentemente de Mato Grosso,
apresentados pela Petrobras Transporte. Ele afirma Mato Grosso do Sul não tem tantos problemas com
32
o escoamento da produção. “Isso porque estamos
mais próximos dos grandes centros”, diz.
Ele acredita que o setor necessitará do alcoolduto
somente no futuro justamente por prever novos
investimentos. Atualmente somam 22 indústrias
em Mato Grosso do Sul e mais duas estão em construção. O presidente da Biosul lembra que o estado
cresceu muito nos últimos sete anos. “Desde 2005
passamos de uma produção de 1,6 milhão de litros
de etanol para 500 milhões de litros. A produção de
cana passou de 9 milhões de toneladas para 33 milhões de toneladas neste período”. Para o setor, Filho
acredita que falta uma política pública para o etanol, assim como ocorre com a gasolina. “O governo
precisa definir o papel do etanol na matriz energética”, afirma. O coordenador do projeto de melhoramento genético da cana da Universidade Federal
do Mato Grosso, Antonio Iaia, também concorda
que precisa haver um maior comprometimento do
setor público que resulte no fomento da produção
de etanol no país. Conforme ele, a atividade está na
berlinda por não contar com outras alternativas de
crescimento se não apelar para o governo. “Não há
como competir com a gasolina que é subsidiada
pelo governo”.
Sobre os impasses do setor ele pontua que os
problemas ambientais também desestimulam a
produção de cana no país. “Principalmente em Mato
Grosso, o Zoneamento da cana inviabilizou o plantio em áreas já ocupadas pela cultura, como a Bacia
Amazônica, do Alto Paraguai e Pantanal”. Para ele, o
projeto de lei não teve cunho científico e nem técnico, se destacando portanto o interesse político. Para
Iaia, sem ferir o meio ambiente há como expandir
a produção de cana no país. “Mas precisamos que
sejam feitos estudos.
33
CAMPANHAS E EVENTOS
CAMPANHAS E EVENTOS
Fonte: Adubar o Futuro – Jornalista: Camila Gusmão MTB: 63035/SP
Fonte: Adubar o Futuro – Jornalista: Camila Gusmão MTB: 63035/SP
Crotalária x Dengue
Germinando o futuro sustentável
Um agente natural contra o Aedes Aegypti
Piraí doa sementes de adubo verde para projeto de pesquisa da UFSCAR
D
O
projeto é uma proposta
de manejo agroecológico
com ênfase nas técnicas de
adubação verde para o assentamento Santo Antônio, em Piratininga. A prática da adubação
verde foi inserida em três lotes e
levada a transição agroecológica
por meio de sementes coletadas
dos experimentos e doada aos
agricultores.
As sementes foram plantadas
consorciadas com milho para incorporação no solo e sucessão
com o cultivo do feijão. Segundo
Rafael Virgínio dos Santos, aluno
da UFSCAR (Universidade Federal de São Carlos), há pouca
disponibilidade de sementes
atualmente no mercado. “O papel da Piraí Sementes se torna de
fundamental importância para o
desenvolvimento científico e tecnológico e também para o trabalho Local da pesquisa realizada por alunos da UFSCAR
de extensionistas e pesquisadores do
ricultores. “Ao doar sementes para pesquisa, a Piraí
país. Tanto por englobar uma questão histórica de Sementes contribui com a difusão de tecnologias e
tradições e práticas culturais de recuperar os solo, mecanismos de desenvolvimentos limpos e justos,
melhorar a produtividade das culturas, contribuir e culturalmente aceitos, no caso do assentamento
com a qualidade do meio ambiente por evitar o
Santo Antônio em Piratininuso de fertilizantes de sínga”, finalizou.
tese, quanto por aumenO estudo está sendo realtar os teores de matéria
izado pelo Curso Especial de
orgânica no solo, dentre
Bacharelado em Agronomia
outros muitos benefícios”,
com Ênfase em Agroecoloafirma.
gia e Sistemas Rurais SusSegundo Santos, os resultentáveis da UFSCAR e conta
tados mais expressivos
com a orientação do professão esperados futurasor Dr. Manoel Baltasar Bapmente com a formação
tista da Costa.
de sementes para os agfoto:s Rafael Santos
foto: Join Agro
urante os próximos meses a Piraí
Sementes
inicia
a Campanha Crotalária
contra a Dengue. Iremos
divulgar uma vez por mês
até o fim do ano uma matéria informativa sobre
como amenizar os casos
da doença no Brasil utilizando práticas sustentáveis.
O pesquisador Carlos
Gustavo Fiorini, da cidade de Santa Cruz das
Palmeiras (SP), explica
que a leguminosa vem
sido utilizada como um
repelente natural contra
o mosquito transmissor
da Dengue. “A Crotalária
serve de alimento para
a libélula, um inseto que
se alimenta do mosquito
transmissor da dengue”.
Fiorini que também é palestrante, escritor e eduO resultado pode ser observado em escolas de ci- cador, afirma que o grande problema encontrado
dades como Campinas; Ribeirão Preto; Matão e hoje é na conscientização e informação, tanto da
Monte Aprazível onde, com o incentivo do plantio, população, quanto nos setores de saúde. “Falei com
o número de dengue vem caindo. “Ganhei várias 27 visitadoras sanitárias e somente quatro tinham
mudas de uma fazenda que usa para equilíbrio da ótimos conhecimentos, percebi que falta treinquímica do solo e o adminamento como exemplo: veja calistrador informou que tem
ha, tampe ralos, recolham plásti“A Crotalária serve de
muita libélula e quase não
cos, e, ainda coloquem água
há mosquitos e pernilon- alimento para a libélula, um sanitária, sal, borra de café(até
gos. Constatei, também,
sobra e pó), detergentes e outinseto que se alimenta do
nas mudas que distribui
ros produtos nos pratos de flor”,
mosquito transmissor da
que a libélula já chega nas
comenta.
folhas da planta”, conta.
dengue”.
Aluno durante o processo do experimento
34
35
CAMPANHAS E EVENTOS
CAMPANHAS E EVENTOS
Fonte: Piraí Sementes
Fonte: Adubar o Futuro – Jornalista: Camila Gusmão MTB: 63035/SP
Adubação Verde
Cana-de-açúcar
Piraí lança a campanha de sementes para as culturas de verão “É hora da Crotalária”
Piraí Sementes lança o Programa Canaviável
A
Piraí Sementes lança a campanha do segundo
semestre: “É hora da Crotalária”. A empreitada
visa divulgar os adubos verdes indicados para
as culturas de verão que começam a ser produzidas
nesse período do ano. Segundo o diretor comercial
da Piraí Sementes José Aparecido Donizeti Carlos
o objetivo final da técnica de rotação com adubo
verde é a interrupção do ciclo de pragas, doenças
e nematoides, trazendo economia em defensivos
químicos, que são responsáveis pela maior fatia do
custo de produção. Como as quatro espécies de
Crotalária são indicadas para as culturas de verão,
a planta dá nome à campanha. Além da Crotalária,
são recomendadas para essa época do ano as sementes da Mucuna-anã, Feijão-de-Porco e Milheto.
“Segundo o diretor comercial da Piraí Sementes José
Aparecido Donizeti Carlos o objetivo final da técnica de
rotação com adubo verde é a interrupção do ciclo de
pragas, doenças e nematoides, trazendo economia em
defensivos químicos, que são responsáveis pela maior
fatia do custo de produção.”
J
á está disponível no site da
Piraí Sementes o formulário
para cadastro de integração
ao Programa Canaviável. Esse é
o primeiro passo do novo projeto de relacionamento da Piraí
Sementes que tem o objetivo
de fortalecer a implantação e
renovação de canaviais com adubo verde.
As áreas com cana-de-açúcar
também estão sujeitas a erosões
e degradações dos solos, o adubo verde aumenta a produtividade, gera economia, qualidade
e, ainda é sustentável, pois não
agride o solo. O manejo inadequado do solo pode, ao longo
do tempo, trazer sérias consequências, gerando esgotamento
de suas reservas orgânicas e minerais, transformando-o em terra
de baixa fertilidade e erodindo
grande parte do solo podendo
tornar a área imprópria para o
cultivo.
O Programa Canaviável nasceu
com o cenário e desafio que o Brasil está passando
e tem para as próximas décadas. A Piraí Sementes,
nesses 40 anos de trabalho, revelou a excelência
do seu produto e o mais importante, mostrou uma
maneira sustentável de produção, que não agride o
solo e permite o cultivo constante.
O objetivo principal é ser um parceiro ativo das
usinas, unidades produtivas do setor da cana-deaçúcar, clientes e produtores, auxiliando no desenvolvimento de técnicas de adubação verde para a
cultura. Faça parte do Programa Canaviável, basta
preencher o formulário no endereço http://www.
pirai.com.br/canaviavel
“As áreas com cana-de-açúcar também estão sujeitas a
erosões e degradações dos solos, o adubo verde aumenta
a produtividade, gera economia, qualidade e, ainda é
sustentável, pois não agride o solo.”
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37
CAMPANHAS E EVENTOS
CAMPANHAS E EVENTOS
Fonte: Redação Adubar o Futuro e Equipe Join
Sustentabilidade
Hortitec 2013
Adubação Verde é uma solução sustentável para a recuperação de áreas degradadas
Piraí Sementes leva para a 20ª Hortitec o conceito: “O futuro do solo garantido
com sustentabilidade” por meio da Adubação Verde.
foto: Thiago Pinel/ Emater-MG
Fonte: Emater - MG
Área degrada antes e pós adubação verde
A
técnica de adubação verde recupera solos degradados, seja ele pelo cultivo constante, ou mesmo pelo uso inadequado de
fertilizantes. A Piraí Sementes doou sementes de
feijão guandu para uma propriedade de Mutum
em Minas Gerais e o resultado foi muito positivo.
A área chegou nesse estágio de degradação devido a muitos anos de exploração sem reposição
de nutrientes ao solo, e ainda, sem manejo adequado da pastagem. Segundo Thiago Pinel da
Emater, o adubo verde foi escolhido para recuperar a área devido à fixação biológica de nitrogênio
no solo e alimento para o gado na época da seca.
“É uma fonte de proteína para o animal. Estamos
gostando muito do resultado do feijão guandu
que foi implantado em 50% da área”, conta Pinel.
Na mesma área que foi implantada o adubo verde foi plantado milho, a forrageira branchia, feijão guandu anão e eucalipto.
O estudo está sendo realizado pela Emater (Empresa
de Assistência Técnica de Extensão Rural do Estado
de Minas Gerais) em oito unidades demonstrativas
do programa estadual Minas Leite. Segundo Thiago
Pinel, ainda este ano será implantado o sistema de
integração lavoura-pecuária com o consórcio de
Leucena com pastagem, Milho silagem com pastagem, além do (Feijão) Guandu com Pastagem.
“É uma fonte de proteína para o animal. Estamos
gostando muito do resultado do feijão guandu que foi
implantado em 50% da área”, conta Pinel.
38
A
fio que nosso país tem para as próximas décadas
é que nasceu este programa que visa por meio
do trabalho de vanguarda já obtido, da experiência adquirida pela Piraí nestes 40 anos e pela excelência das suas sementes, dar assistência e
ser a parceira das usinas e unidades produtivas
da cadeia do setor da cana-de-açúcar.
Mais sobre a Adubação Verde?
A adubação verde é uma prática milenar que consiste no cultivo de plantas com elevado potencial
Estima-se que existem atualmente três milhões de de produção de massa vegetal, podendo ser utihectares de culturas intensivas espalhados no Bra- lizada em rotação, sucessão ou em consórcio com
culturas de intersil, dentre as espécies
esse econômico.
que se destacam na
prática encontram-se:
“A adubação verde é uma prática milenar
Na rotação, o
as Crotalárias, Aveiaque consiste no cultivo de plantas com
adubo
verde
amarela ou preta, as
elevado potencial de produção de massa pode ser incorMucunas e, outras espécies que fazem par- vegetal, podendo ser utilizada em rotação, porado ao solo
ou mantido em
te do portfólio variado
soda empresa atenden- sucessão ou em consórcio com culturas de cobertura
interesse econômico.”
bre a superfície
do o produtor nas culdo terreno. Inturas tanto de Inverúmeros atribuno quanto de Verão.
tos são conferidos a essa prática, como proteção
Neste ano, a Piraí estará lançando três program- do solo, melhoria de suas características físicoas de relacionamento para seu público. São eles: químicas, acréscimo de matéria orgânica, aumento na população de micro-organismos benéficos,
• Piraí Recupera: programa voltado para dar as- redução de plantas daninhas, entre muitos outros.
sistência por meio de seus produtos aos produtores com o solo com baixa fertilidade, infesta- A adubação verde também tem vários efeitos posição de pragas e doenças ou numa situação em tivos na redução do Nematoide e outras pragas nas
que o produtor não consegue definir o que fazer. culturas. Esta prática adiciona ao solo grande quantidade de matéria orgânica, que durante o processo de
• Piraí Consultoris: para o mercado de consultores decomposição proporciona o aumento na populae empresas de consultorias, a Piraí vem com esta ção de diferentes micro-organismos benéficos, inclunovidade que visa dar orientação e soluções para sive de inimigos naturais do Nematoide. Além disso,
os diversos desafios destes profission ais para os de- durante a decomposição, compostos químicos com
safios que o solo propõe através de seus produtos. atividade nematicida podem ser liberados no solo.
Piraí Sementes, empresa que há mais de 40
anos é referência no segmento de adubação verde e cobertura vegetal levou este
ano para a 20ª Edição da Hortitec (Exposição
Técnica de Horticultura, Cultivo Protegido e Culturas Intensivas) o estande “Adubação Verde:
O Futuro do Solo Garantido com Sustentabilidade”. O evento aconteceu entre os dias 19 e 21
de junho de 2013 na cidade de Holambra (SP).
• Programa Canaviável: Com o cenário e desa- Veja as fotos do evento:
39
CAMPANHAS E EVENTOS
CAMPANHAS E EVENTOS
fotos: Join Agro
Estande Pírai
Thiago Rossi, Jorge Henrique, Donizeti Carlos, Dep. Distrital/DF Joe Valle, Jorge Potascheff
Estande Pírai
Estande Pírai
40
Estande Pírai
41
ENDOMARKTING
ENDOMARKTING
Conheça a Missão, Visão e Valores da Piraí
Novos uniformes
A
O
Piraí Sementes é uma empresa dedicada à produção e comercialização de sementes para Adubação
Verde desde 1973. Conheça nossa visão, missão e valores.
42
s novos uniformes da Piraí Sementes ficaram prontos e já estão sendo confeccionados. O atual layout do uniforme foi elaborado em comemoração aos 40 anos completados em 2013, as cores do
uniforme, marrom e bege, simbolizam a terra e o solo, tonalidades também do logo da Piraí.
43
Em caso de solos com baixa fertilidade, infestação
de pragas e doenças ou em situações em que o
produtor não consegue definir o que fazer, o Piraí
Recupera é um grande aliado.
Já é sabido que os benefícios da adubação verde
para o ecossistema são enormes, pois o solo fica
sempre protegido das ações do sol e da chuva: ora
pela plantação principal, ora pelas plantas adubadoras.
a nossa missão.
E o que alimenta as plantas não é o solo, mas a vida
que existe nele. Proteger e potencializar esta vida é
Nossa equipe o ajudará fornecendo uma ‘receita’ para o tratamento do solo através de nossas sementes.
Indicaremos a dose certa de adubo verde por hectare, fazendo com que o solo receba o tratamento ideal.
ACESSE E SE CADASTRE NO PROGRAMA:
www.pirai.com.br/recupera