Informativo O Multiplicador
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Informativo O Multiplicador
ANO I - OUTUBRO 2013 Publicação Informativa da Piraí Sementes N° 01 MULTIPLICANDO IDEIAS PARA COBRIR O BRASIL DE RESULTADOS Marcos Palmeira Um defensor da adubação verde na agricultura orgânica DESTAQUE DO MÊS - ENTREVISTA COM MARCOS PALMEIRA EDITORIAL Redação: Camila Gusmão MTB: 63035/SP 3 .......................Destaque do Mês 4 .......................Notícias 28 ................Campanhas e Eventos 42 ................Endomarketing Divulgar ações de sustentabilidade na agricultura Ator Marcos Palmeira fala com o Adubar o Futuro sobre métodos de agricultura com menor agressão ao meio ambiente M A ultiplicar ações de agricultura sustentável, esse é o objetivo desse informativo que tem hoje sua primeira edição. O Multiplicador será um periódico com distribuição trimestral e cobertura nacional. Com o slogan “Multiplicando ideias para cobrir o Brasil de resultados”, o informativo é uma produção do Grupo Join Marketing e está sendo viabilizado com a parceria da Piraí Sementes. O intuito é divulgar ações de agricultura sustentável, pois, acreditamos que sendo essa a principal economia do país, torna-se cada vez mais necessário que realizemos ações e atitudes que preservem o meio ambiente, sem o qual não poderia ser realizada. Caro leitor, nessa primeira edição do informativo você pode conferir uma gama de informações desde uma entrevista com o ator Marcos Palmeira sobre sua afinidade com a agricultura orgânica, até matérias sobre um modelo de agricultura promovido pela FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), que pode aumentar em 400% a produção da mandioca, uma das mais promissoras culturas mundiais. Esperamos que todos desfrutem de uma ótima leitura e aguardamos suas opiniões para o aprimoramento desse informativo! Equipe O Multiplicador. Camila Gusmão, jornalista responsável. EXPEDIENTE: O informativo O Multiplicador é uma publicação trimestral do Grupo Join Marketing. É enviada e disponibilizada eletronicamente através do endereço no site www.pirai.com.br. • Diretor comercial e direção editorial: Luís de Sousa. • Design e editoração eletrônica: André Chiquito. • Jornalista responsável: Camila Gusmão MTB/SP: 63035. • Contato: (15) 4062.9065 - [email protected]. • Endereço: Rua Cambucy, 70 - Jardim Paulistano - Sorocaba/SP - Cep: 18040-770. • Correspondências: Grupo Join Marketing - Caixa Postal 246 - CEP: 18.010-971 - Sorocaba/SP. • Publicidade: Luís de Sousa - [email protected] - (15) 4062.9065 Além da paixão pela dramaturgia, Marcos Palmeira defende práticas agro sustentáveis como a técnica da adubação verde lém do amor pela dramaturgia, apaixonado pelos alimentos orgânicos, Marcos Palmeira é uma celebridade que levanta a bandeira da agricultura sustentável. Ele conversou com o Adubar o Futuro sobre o assunto. Para ele, a adubação verde é uma técnica que preserva o solo e seus nutrientes. “Uma agricultura orgânica permite que aquela área tenha sempre mais fertilidade e assim, mais produção, sem haver a necessidade de abrir novas áreas e causar desmatamento”, afirmou. Marcos conta que decidiu entrar no ramo após perceber que o produtor de alimentos que usa métodos sustentáveis além de não agredir o solo, não consome todo alimento que produz, gerando a oportunidade de uma melhor distribuição do alimento. Para ele, o fato de ser uma celebridade ajuda no fato da divulgação massiva de técnicas sustentáveis. “Quanto mais pessoas optarem por essa prática, mas difundida ela será. O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Então, nossa agricultura ainda precisa evoluir e muito”, completa Marcos. Para finalizar ele deixa uma mensagem de incentivo aos praticantes da adubação verde e demais adeptos à agricultura sustentável. “Através da adubação verde, removemos menos o solo preservando sua fertilidade e consequentemente teremos um produto mais saudável”. De sonho antigo para realidade. O ator Marcos Palmeira já há algum tempo cultiva alimentos orgânicos que abastecem feiras, lojas naturais e supermercados, a novidade é que no início de março de 2013, o ator concretizou o sonho antigo de abrir seu próprio armazém de produtos orgânicos. Com o mesmo nome da fazenda de Marcos, Vale das Palmeiras está localizado no bairro no Leblon, no Rio de Janeiro, e, diariamente oferece produtos orgânicos variados desde saladas verdes até cereja. foto: Ronaldo Nina > Nesta edição “Quanto mais pessoas optarem por essa prática, mas difundida ela será. O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Então, nossa agricultura ainda precisa evoluir e muito” www.fazendavaledaspalmeiras.com.br 2 3 NOTÍCIAS NOTÍCIAS Fonte: Jose Luiz Tejon Megido é coordenador do núcleo de Agronegócio da ESPM e comentarista da ‘Rádio Estadão’.SP O agronegócio significa cerca de R$ 1 trilhão do Produto Interno Bruto brasileiro Pesquisa aponta que 81,3% da população considera o agronegócio “muito importante” para a economia nacional Brasil como campeão mundial – tudo isso no reino das percepções, pois se avançamos muito ainda temos gargalos e deficiências consideráveis para sermos considerados o número um nesse setor, à frente de Estados Unidos, China e Japão, entre outros. Quanto aos setores considerados os “mais avançados” e “orgulho nacional”, o agronegócio, na média do País, ocupa o quinto lugar, atrás dos de mineração, petróleo, automobilístico, construção e eletroeletrônica, porém à frente de bancos, transporte, educação e saúde. Entretanto, no Centro-Oeste o agronegócio figura ao lado de mineração e petróleo, considerado o mais avançado e “orgulho nacional”.As profissões mais associadas ao agronegócio são as de 1) agrônomo, 2) engenheiro ambiental, 3) peão, 4) médico veterinário, 5) administrador e 6) nutricionista. Isso também é revelador sobre o conceito de “cadeia”, em que o cidadão e consumidor da cidade guarda uma visão de que o campo é originador de muitos produtos transformados e, obviamente, dos alimentos e bebidas, como core dessa função. Da mesma forma, meio ambiente, consumo de água e “estilo country” de ser são três ângulos presentes e percebidos como aspectos que marcam o agro na preocupação dos cidadãos urbanos, que também apontaram consciência a respeito da ciência, da tecnologia e da pesquisa para poder atuar na nova agropecuária. Como aspecto cultural, culinária, música, feiras e foto: Reprodução/Internet M al me quer, bem me quer? A Associação Brasileira de Agribusiness (Abag) e o Núcleo de Agronegócio da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) queriam saber o quanto a população urbana brasileira percebia como importante ou não, e em que dimensão, o agronegócio. Também sobre os agricultores e as atividades envolvendo esse macrossetor, que – integrando todos os seus elos do antes, dentro e pós-porteira das fazendas – significam algo em torno de R$ 1 trilhão do produto interno bruto. Os dados foram apresentados na pesquisa sobre a percepção da população urbana brasileira dos grandes centros populacionais sobre o agronegócio e desvendam consideráveis mudanças na imagem que o urbano faz do novo agro nacional. Os principais dados apontam para 81,3% da população considerando o agronegócio “muito importante” para a economia nacional. Nos casos em que os respondentes têm ensino superior, a importância máxima atribuída chega a 97,2%. No aspecto relativo à importância dos agricultores para a vida dos brasileiros, 83,8% avaliam essa atividade como muito importante. E o produtor figura ao lado das demais quatro atividades mais importantes, na percepção do cidadão urbano: médico (97,1%), professor (95,8%), bombeiro (94,3%) e policial (83,9%). Na Região Nordeste o agricultor recebe a avaliação máxima de 92,8%. Perguntado sobre “qual país tem o agronegócio mais desenvolvido”, o povo coloca o 4 nana, o pepino, a alface, o feijão, o arroz, até o atualmente famoso tomate, etc. A cidade percebe o agronegócio como sendo não dependente de subsídios governamentais, ou seja, uma atividade muito mais privada. E ainda coloca esse setor da economia em níveis comparativos ao segmento da construção do ponto de vista da empregabilidade. São suas percepções. A palavra “agronegócio” não é ainda decodificada pela maioria da população. Ao ser perguntado de forma espontânea, esse termo conta com 40% de “não sei dizer”. A Região Sudeste é a que menos sabe espontaneamente sobre o segmento, comparativamente às demais regiões. Entretanto, mais Qual a importância disso? Muda significativamente o olhar das lideranças do de 55% dos entrevistados declararam ter de algum próprio setor sobre si mesmas e sobre o que a ci- a muito interesse sobre o setor. dade pensa. E deveria alterar a atenção e a velocid- Na população mais jovem, de 16 a 24 anos, a desinade da gestão e da governança pública, de políticos formação acerca do agronegócio é mais acentuada e de executivos, responsáveis pelos pontos mais do que nas outras faixas etárias, o que exige das frágeis do agronegócio do País hoje: infraestrutura lideranças contemporâneas do agro uma atitude pós-porteira das fazendas, burocracia, tributação moderna da governança de redes sociais. Porque, caótica e necessário planejamento, seguro e ambi- se ao mesmo tempo é o jovem o mais desinforente propício à organização das cadeias produtivas mado, a pesquisa também revela serem as pessoas com computador e acesso à internet exatamente entre elas mesmas. Precisa mudar o jogo perde-perde, como assistimos as mais bem informadas sobre a visão da cadeia de nas relações entre produtores de trigo e moinhos, valor do agronegócio e do seu entorno. entre citricultores e processadores, por exemplo. E A cidade mudou, o campo também. Uma nova orisso vale para quase tudo: o leite, o cacau, a cevada, dem para essa governança passa a ser necessária. O o café, o frango, o suíno, o milho, a mandioca, a ba- fato novo: a cidade gosta do agronegócio! festas são ingredientes considerados pelo urbano como presentes na sua vida, vindos lá do campo. Se nos últimos 30 anos mudaram extraordinariamente a cidade, o consumidor e o cidadão, da mesma forma o agronegócio não é mais o mesmo. E a cidade grande – os 12 maiores contingentes populacionais do Brasil e, consequentemente, os 12 principais colégios eleitorais (as cidades pesquisadas) – alterou suas percepções sobre um campo antigo, atrasado, dominado por barões, coronéis e reis do gado extensivo para um novo campo com tecnologia, educação e novos profissionais e profissões. 5 NOTÍCIAS NOTÍCIAS Fonte: Agrolink Modelo de agricultura promovido pela FAO aumenta produção Produzir mais com menos pode elevar em 400% a produção de mandioca “Produzir mais com menos” (Save and Grow), um modelo de agricultura ecológica pro- foto: Reprodução/Internet nos” incentiva o uso de culturas mistas e da rotação de culturas, e pressupõe uma gestão integrada de movido pela FAO, pode aumentar de forma susten- pragas que, em alternativa aos pesticidas químicos, tável a produção de mandioca até 400% e ajudar utiliza materiais de plantio sem doenças e inimigos para que este produto de base deixe de ser visto naturais das pragas, para controlar os insetos prejucomo um alimento dos pobres e passe a ser consid- diciais. erado como a cultura do século XXI, afirmou a FAO. Num guia prático recentemente publicado, onde é Resultados espetaculares descrita em pormenor a aplicação do modelo “Produzir mais com menos” em pequenas explorações de mandioca, a FAO observou que a produção total de mandioca aumentou 60 % desde 2000. Prevê ainda um maior aumento durante a presente década, à medida que os tomadores de decisões políticos reconheçam o enorme potencial da mandioca. Mas optar por uma abordagem de produção intensiva para aumentar a produção de mandioca, como a que foi explorada durante a Revolução Verde do século passado, pode causar ainda mais danos à base de recursos naturais e aumentar as emissões de gases com Além do aumento a FAO acredita que este produto de base deixe de ser visto como efeito de estufa responsáveis um alimento dos pobres e passe a ser considerado como a cultura do século XXI pelas alterações climáticas. Segundo a FAO, em vez de se fazer um uso intenso Este modelo obteve resultados espetaculares em de produtos químicos, a solução está no modelo ensaios feitos no Vietname, onde os agricultores “Produzir mais com menos”, que permite alcançar que utilizaram as tecnologias e as práticas melhouma maior produtividade, mantendo os solos em radas aumentaram a produção de mandioca de 8,5 boas condições. O modelo “Produzir mais com me- para 36 toneladas, um acréscimo de mais de 400 %. nos” minimiza as perturbações causadas pela ag- Na República Democrática do Congo, através ricultura tradicional, como o uso do arado, e reco- da formação no uso de materiais de plantação menda que se preserve uma cobertura vegetal de saudáveis, de coberturas com matérias vegetais e do cultivo intercalar de culturas, os agproteção sobre o solo. Em vez da monocultura típica nos sistemas de agri- ricultores que participaram nas escolas rurais cultura intensiva, o modelo “Produzir mais com me- tiveram aumentos de produção de até 250 %. 6 dioca pode também ter várias utilizações industriais, que lhe dão um elevado potencial para estimular o desenvolvimento industrial rural e aumentar os rendimentos no mundo rural. A mandioca está em segundo lugar, a seguir ao milho, como fonte de amido e, as variedades recentemente desenvolvidas produzem amido à base das raízes, que vai ser altamente procurado pelas indústrias. A procura pela mandioca como matéria-prima para a produção de bioetanol está também a aumentar rapidamente. Outra consideração importante é que das principais culturas em África se espera que a mandioca, que é forte e resistente, seja a menos afetada pelo avanço das alterações climáticas. Com o modelo “Produzir mais com menos” os países em vias de desenvolvimento podem assim evitar os riscos da intensificação insustentável, ao mesmo tempo em que tiram partido do potencial da mandioca em obter um maior rendimento produtivo, reduzir a fome e a pobreza rural e contribuir para o Segurança alimentar Mas, juntamente com a sua importância como uma desenvolvimento econômico nacional. fonte de alimento e de segurança alimentar, a manNa Colômbia, onde a utilização de fertilizante mineral por si só tinha falhado, a rotação do cultivo da mandioca com o feijão e o sorgo restaurou a produção. A mandioca é uma cultura altamente versátil, cultivada por pequenos agricultores em mais de 100 países. As raízes são ricas em hidratos de carbono, enquanto as suas folhas tenras contêm até 25% de proteína, além de ferro, cálcio e vitaminas A e C. Outras partes da planta podem ser usadas na alimentação de animais, e o gado criado à base de mandioca possui uma maior resistência a doenças e baixas taxas de mortalidade. Uma das razões que impulsionam o aumento da procura pela mandioca é o atual elevado nível de preços dos cereais. Isto a torna uma alternativa atrativa ao trigo e ao milho, em particular porque a mandioca pode ser processada em farinha de elevada qualidade que pode, parcialmente, substituir a farinha de trigo. 7 NOTÍCIAS NOTÍCIAS Fonte: Jornalista Camila Gusmão MTB: 63035/SP Inovação: Piraí Sementes lança novo portal na internet Orientar e abastecer o público com sementes e informações de qualidade sobre adubação verde e cobertura vegetal é o principal objetivo do site O crescimento de buscas do público por informações referentes à adubação verde e cobertura vegetal foi o principal fator que levou a Piraí Sementes a investir no novo site que está alocado no mesmo endereço eletrônico: www.pirai.com.br. Com o crescimento das visitações na busca por conteúdos específicos, o site anterior que obteve êxito necessitou ser trocado pelo atual que conta com mais suporte, ferramentas e inovação para o internauta. Além de outras novidades, as versões em inglês e espanhol em breve estarão disponíveis. Pautado em pesquisas que revelaram as deficiências encontradas atualmente pelo leitor que deseja obter informações mais aprofundadas sobre a prática de adubação verde e cobertura vegetal, outros destaques do site são os programas de relacionamento da empresa. Distintos, os três projetos visam estabel- Novo portal da Piraí Sementes ecer uma ligação direta entre empresas de agronegócio, consultores e consumiabastecido com mais subsídio e mais justificativas dores. de consumo e prática da adubação verde, é reforçar São eles: Piraí Recupera, que é voltado para quem o posicionamento da Piraí, que adotou desde 2011 precisa fazer uma recuperação específica para o o slogan e conceito ‘O resultado que garante o futusolo, que já está degradado ou mesmo que pre- ro’. Esse novo projeto pontua a Piraí Sementes como cisa de cuidados especiais; o programa Canaviável, empresa que acredita no resultado e na garantia o qual visa atender o público da cana-de-açúcar e do futuro produtivo do solo através da prática da o mercado sucroalcooleiro, no sentido de propor adubação verde”, afirmou Luís de Sousa, coordeinformações e também estabelecer uma ligação nador da Join Agro, empresa responsável pela comais direta entre as usinas e a Piraí Sementes, ten- municação e marketing da Piraí Sementes. E, ainda do como foco o uso dos produtos para a adubação acrescenta “Um dos pontos para se destacar nesse verde nas rotações e reformas nos canaviais. E, por novo projeto da Piraí é a parte dos produtos, que último, o Piraí Consultoris, que tem como objetivo está totalmente renovada, e o cliente tem muito fundamental auxiliar as empresas e engenheiros mais facilidade para comprar, o site traz essa conoque trabalham com a consultoria agronômica, es- tação de ser também um ponto de e-commerce tabelecendo assim uma relação direta afim de que muito mais forte”, finaliza Sousa. a Piraí possa dar um atendimento específico para O site vem integrar as outras ferramentas de comuesse público. nicação já existentes na empresa que são a Fan Page “A mudança mais acentuada, além do site estar 8 www.facebook.com.br/adubacaoverde e o perfil no mas, principalmente de exportação ultrapassando as metas. E, mais importante do que fazer um intwitter www.twitter.com/adubacaoverde. Segundo Luís de Sousa, essas mudanças que a Piraí vestimento na própria marca é o fato da empresa estabelecer uma relaSementes trouxe aos seus ção com o seu público e clientes é o reflexo do momento que o agronegócio “A mudança mais acentuada, além levar para esse público propósito e a missão brasileiro está passando. do site estar abastecido com mais odela, o motivo dela estar “Nós temos prognóstisubsídio e mais justificativas de comercializando aquele cos e números que comdeterminado produto, provam que estamos consumo e prática da adubação entrando uma época da verde, é reforçar o posicionamento a intenção real, e ainda estabelecer esse espíriapoteose no que tange o da Piraí, que adotou desde 2011 o to de parceria”, finalizou. agronegócio do país. Esslogan e conceito ‘O resultado que tamos com números atuais tanto de importação, garante o futuro’. Esse novo projeto pontua a Piraí Sementes como empresa que acredita no resultado e na garantia do futuro produtivo do solo através da prática da adubação verde” 9 NOTÍCIAS NOTÍCIAS Fonte: José Aparecido Donizeti Carlos – Engenheiro Agrônomo da Piraí Sementes A utilização da técnica traz benefícios como o controle de nematoides fitoparasitos A s plantas denominadas “adubos verdes” têm características recicladoras, recuperadoras, protetoras, melhoradoras e condicionadoras de solo. Englobam diversas espécies vegetais, mas a preferência pelas leguminosas está consagrada por sua capacidade de fixar nitrogênio direto da atmosfera, por simbiose. Os benefícios dessa técnica agrícola milenar são muitos, sendo que todos comprovados na pesquisa e A preferência pelas leguminosas está consagrada por sua capacidade de fixar nitrogênio direto da atmosfera por simbiose na prática. Confira na tabela abaixo os benefícios da técnica: 1. Aumenta a capacidade de armazenamento de água no solo. 2. Controla nematoides fitoparasitos com espécies não hospedeiras/antagonicas. 3. Descompacta, estrutura e areja o solo. 4. Diminui a amplitude de variação térmica diuturna do solo. 5. Fornece nitrogênio fixado diretamente da atmosfera. 6. Intensifica a atividade biológica do solo. 7. Melhora o aproveitamento e eficiência dos adubos e corretivos. 8. Produz fitomassa para cobertura morta. 9. Protege as mudas-plantas contra o vento e radiação solar. 10.Protege o solo contra os agentes da erosão e radiação solar. foto: Site Piraí Sementes Adubação verde nas fruticulturas tropical e temperada espécies inverno pode utilizar a Manejo “Os adubos verdes ideais aveia, azevém, ervilhaca, naboO consórcio dos adubos forrageiro, tremoço, com plantio verdes nas entre linhas para o consórcio não em abril e maio e manejo em julho das fruteiras pode ser realpodem ser trepadores, e agosto – é importante que, no izado durante o ano todo devem ter porte baixo e momento das rotações, elas sejam sem atrapalhar os tratos de verão ou de inverno para evitar culturais ou mesmo a colnão ter associação com pragas/doenças/nematoides. heita. Os adubos verdes pragas, doenças e O melhor manejo da biomassa podem ser de verão e de nematoides comuns a dos adubos verdes é depositar as inverno e devem estar de plantas de forma integral sobre a acordo com o regime hícultura.” superfície do solo com a roçadora, drico local para não como rolo-faca ou simplesmente “acapetirem durante os períodos de estiagem; logo, o desenvolvimento se dá mados”. nos períodos úmidos e na seca evitam as perdas de Vantagens da adubação verde água formando a cobertura morta. Os adubos verdes ideais para o consórcio não po- Destacam-se alguns dos resultados da adubação dem ser trepadores, devem ter porte baixo e não verde na fruticultura: ganho da produtividade; melter associação com pragas, doenças e nematoides horia da qualidade dos frutos; economia de insumos na produção e preservação do solo nos seus comuns a cultura. As espécies de verão que atendem esses requisitos atributos físicos, químicos e biológicos. são a mucuna-anã, o feijão-de-porco e a crotaláriabreviflora, com plantio em outubro/novembro e manejo da biomassa em março/abril. Dentre as 11. Cobre o solo com grande quantidade de massa verde em curto espaço de tempo. 12. Recicla os nutrientes lixiviados em profundidade. 13. Recupera os solos degradados. 14. Reduz a infestação de ervas daninhas, incidência de pragas e patógenos nas culturas. 15. Supre o solo com material orgânico. 16. Desintoxica o solo com a mitigação de metais pesados, resíduos de defensivos e excesso de nutrientes, fitorremediação. 17. É matéria prima para compostagem. 18. Contribui para o sequestro de carbono. 19. Reduz os teores de alumínio trocável e libera fósforo fixado. 10 11 NOTÍCIAS NOTÍCIAS Fonte: Agrolink e Assessoria de Imprensa Fonte: Agrolink e Assessoria de Imprensa Publicação reúne experiências positivas no combate à desertificação em áreas rurais Sustentabilidade: BNDES reduz a 5,5% ao ano juros de programa para renovação de canaviais foto: Reprodução/Internet A publicação foi lançada em 17 de junho, data que marca o Dia Mundial de Combate à Desertificação O Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA) lançam a publicação Apoio a Iniciativas de Combate à Desertificação. O livro reúne experiências exitosas no meio rural de municípios brasileiros em Áreas Suscetíveis à Desertificação (ASD). Trata-se de uma síntese das atividades desenvolvidas, desafios encontrados e resultados alcançados pelos projetos. A publicação foi lançada em 17 de junho, data que marca o Dia Mundial de Combate à Desertificação, que neste ano teve como tema Convivência com a Semiaridez: Seca e Água. O livro é resultado do projeto Apoio a Iniciativas de Combate à Desertificação, desenvolvido em parceria entre o MME e o IICA. Os projetos foram selecionados por um edital. As propostas eleitas receberam até R$ 25 mil para o desenvolvimento das ações pretendidas. Um novo edital, divulgado em maio deste ano, para seleção de projetos para a segunda fase do projeto Apoio a Iniciativas de Combate à Desertificação amplia os recursos para o desenvolvimento das ações. Desta vez, cada projeto escolhido receberá de R$ 40 mil a R$ 80 mil. As iniciativas devem contemplar o desenvolvimento e/ou a difusão de boas práticas e tecnologias limpas, voltadas para o uso sustentável e integrado dos recursos naturais nas ASD. As atividades visam ampliar a contribuição da sociedade no combate à desertificação em âmbito local. O projeto reflete ainda os eixos temáticos do Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAN Brasil), que são redução da pobreza e da desigualdade, a ampliação sustentável da capacidade produtiva, preservação, conservação e manejo sustentável dos recursos naturais e gestão democrática e o fortalecimento institucional. “As atividades visam ampliar a contribuição da sociedade no combate à desertificação em âmbito local” 12 A etapa agrícola da produção de etanol representa quase 70% dos custos finais do produto remuneração do BNDES de 0,9%, além do spread do agente. A etapa agrícola da produção de etanol representa quase 70% dos custos finais do produto, razão pela qual se espera que, com menor despesa financeira no plantio, haja incremento na capacidade de investimento das usinas e produtores rurais e, consequentemente, plantio mais ambicioso, renovando ou expandindo áreas maiores. Incentivo à difusão tecnológica – Outra alteração aprovada pela Diretoria do BNDES diz respeito à participação do Banco nos itens financiáveis para médias e grandes empresas, que pode chegar a 90% para produtores que optarem por usar variedades de cana protegidas, isto é, cultivares que ainda não caíram em domínio público. A ide ia é aumentar a difusão tecnológica de novas variedades. Colheita mecanizada da cana-de-açúcar Para os produtores que utilizarem variedades de domínio público, o limite de participação do Diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou BNDES cai de 80% para 70% dos itens financiáveis. A alterações no Programa BNDES de Apoio redução visou o alinhamento às políticas operacioà Renovação e Implantação de Novos Canaviais nais do BNDES. (BNDES Prorenova). A principal delas é a redução da A iniciativa é resultado de diagnóstico elaborado pelo Departamento de Biotaxa de juros, que passa a ser combustíveis do BNDES, que fixa de 5,5% ao ano. procurou identificar as prinA mudança vai significar uma “A iniciativa é resultado cipais causas dos ganhos deredução expressiva nos cusde diagnóstico elaborado crescentes de produtividade tos de financiamento ao setor. agrícola da lavoura de cana ao pelo Departamento de Antes, as médias e grandes empresas pagavam Taxa de Biocombustíveis do BNDES, longo das últimas décadas. Juros de Longo Prazo (TJLP), que procurou identificar as Publicado na Revista BNDES Setorial nº 37, o estudo aponque está em 5% a.a., mais reprincipais causas dos tou como determinantes muneração do BNDES de 1,3% desse processo, além da baixa ganhos decrescentes de a.a., acrescidos do spread de renovação dos canado agente financeiro, negoprodutividade agrícola da taxa viais e outras causas conciado livremente pelo cliente lavoura de cana ao longo junturais, como intempéries com o seu banco. Já as micro, climáticas, uma baixa taxa de das últimas décadas” pequenas e médias empresas difusão tecnológica do setor. (MPMEs), pagavam TJLP mais foto: Reprodução/Internet As iniciativas devem contemplar o desenvolvimento e a difusão de boas práticas e tecnologias limpas, voltadas para o uso sustentável e integrado dos recursos naturais A 13 Apesar de haver significativa criação de novas variedades de cana-de-açúcar, essas ainda são pouco difundidas pelo setor, o que pode ser evidenciado pelo fato de que cerca de 40% da lavoura ainda usar variedades de domínio público. Tais variedades foram liberadas para o plantio comercial há mais de 15 anos, indicando acentuada desatualização tecnológica do canavial brasileiro. E isto tem contribuído para menores ganhos de produtividade agrícola. Estimativas realizadas pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC) mostram que as variedades lançadas nos últimos oito anos pelos programas de melhoramento de cana apresentam, em média, produtividade 11,2% superior às variedades liberadas no período 1994-2002. Isso demonstra uma correlação NOTÍCIAS positiva entre atualização tecnológica e produtividade agrícola do canavial. O BNDES Prorenova continuará com dotação de R$ 4 bilhões e os pedidos de financiamento deverão ser protocolados no BNDES até 31 de dezembro próximo. O prazo total para pagamento do empréstimo foi mantido em até 72 meses, mas com carência de até 18 meses para todos os beneficiários, independentemente do porte. Antes, esse prazo aplicava-se às médias e grandes empresas, enquanto as MPMEs tinham uma carência de acordo com a avaliação da sua capacidade de pagamento. Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Programa ABC, que também financia sementes para adubação verde, tem maior adesão em SP O Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono teve R$ 1,7 bilhão contratados entre julho e dezembro de 2012 O Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC) alcançou o melhor resultado desde que essa modalidade de financiamento foi criada. Foram contratados R$ 1,7 bilhão entre julho e dezembro do ano passado, um aumento de 523% sobre os mesmos meses de 2011. O resultado ainda ultrapassa os R$ 1,5 bilhão obtidos durante os doze meses da safra 2011/12. Ao todo, foram firmados 4,5 mil contratos e os financiamentos representam 50,5% dos recursos programados para a safra entre julho de 2012 e junho de 2013, de R$ 3,4 bilhões. Os dados foram divulgados pelo Departamento de Economia Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A região Sudeste registra os maiores volumes de financiamento, somando R$ 784,2 milhões, com destaque para São Paulo (R$ 477,2 milhões) e Minas Gerais (R$ 281,5 milhões), os dois maiores estados em total de recursos. Os empréstimos obtidos por produtores do Sul totalizaram R$ 392,5 milhões, valor próximo aos do Centro-Oeste (R$ 383,1 milhões). Lembrando que o programa ABC também financia sementes para a prática de adubação verde. “A demanda por recursos de financiamento de investimento no ABC apresenta uma tendência de crescimento nos próximos anos à medida que o foto: Reprodução/Internet NOTÍCIAS A prática de adubação verde é sustentável programa se torna mais conhecido pelos produtores rurais”, afirmou o secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller. Ainda de acordo com ele, a expectativa é de contratação de todos os recursos disponíveis para a safra. A avaliação atualizada mensalmente das contratações do crédito agrícola é realizada pelo Grupo de Acompanhamento do Crédito Rural, coordenado pela Secretaria de Política Agrícola do Mapa. “A demanda por recursos de financiamento de investimento no ABC apresenta uma tendência de crescimento nos próximos anos à medida que o programa se torna mais conhecido pelos produtores rurais”, afirmou o secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller. Ainda de acordo com ele, a expectativa é de contratação de todos os recursos disponíveis para a safra” 14 15 NOTÍCIAS NOTÍCIAS Fonte: Agência Estado Pesquisadores afirmam que aumento da produtividade daria lucro sem desmate A utilização do adubo verde é uma opção de agricultura sustentável N foto: Reprodução/Internet os últimos anos, ficou notória a discussão entre ruralistas e ambientalistas sobre o que fazer para aumentar a produção agropecuária do Brasil. Enquanto os primeiros dizem que em algum momento será necessário abrir mais áreas para aumentar a produção, os segundos afirmam que a área existente em pastagem degradada é mais do que suficiente para promover esse aumento. Vários pesquisadores calcularam o tamanho desse passivo e o potencial que ele tem para ser ocupado, mas as associações de produtores costumam argumentar que o custo seria muito alto. Agora, um grupo de pesquisadores do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) calculou que, se fosse aumentada a produtividade em cerca de 24% do pasto existente em 2007 com potencial agronômico para a intensificação da pecuária, até 2022 seria possível aumentar o valor da produção do setor em aproximadamente R$ 4 bilhões – 16% em relação ao valor de 2010 -, sem desmatar. Outra alternativa é o uso de adubo verde na recuperação, reforma e consórcio nas pastagens. Ao promover um aumento da média de produtividade, que é hoje de 80 kg de carne por hectare por ano, para 300 kg/ha/ano, seria possível atender à demanda de carne projetada para 2022. Por outro lado, dizem os pesquisadores, liderados pelo engenheiro florestal Paulo Barreto, se nada for feito, o aumento da produção para atender à demanda acabaria levando a um desmatamento de cerca de 12,7 milhões de hectares – com uma média anual 3,4 vezes maior que a meta estabelecida pelo governo federal até 2020 (380 mil hectares).As informações são do jornal O Estado de S.Paulo. Pelos cálculos, o esforço dependeria de um investimento de até R$ 1 bilhão por ano até aquela data. Recurso que, analisam os pesquisadores, é totalmente compatível com o que o bioma já recebe por ano em crédito rural – equivale a 70% de quanto a pecuária da região amazônica recebeu em média entre 2005 e 2009. O imposto, se bem aplicado, pode chegar a 20% do valor do imóvel por ano. Mas, na prática, como são os proprietários que informam sobre o uso da terra e não há fiscalização, ninguém acaba pagando o valor correto por ter uma terra improdutiva. Há até uma campanha para que haja um ITR sem mentira. “É preciso ter uma estratégia semelhante à que vem sendo feita com o desmatamento, de aumentar o combate justamente onde o problema está concentrado. Neste caso, “É preciso ter gente especializada localmente, o ideal é focar a fiscalização nos municípios onde há mais terras dester centros de referência em cada região, matadas não utilizadas”, afirma. “Ou espalhar fazendas-modelo para que os o proprietário vai passar a produzir proprietários possam conhecer na prática ou vai vender a terra. Isso seria uma revolução produtiva com efeito amcomo funciona”, propõe o pesquisador. “O biental.” crédito poderia ter um componente de a propriedade. Não sendo dinheiro o problema, por que então pouca gente investe em aumentar sua propriedade? Os pesquisadores defendem que algumas frentes deveriam ser atacadas para tentar barrar a especulação e paralelamente levar conhecimento aos produtores para incentivar ações de aumento de produtividade. desempenho atrelado” Muitas vezes o produtor consegue fazer um projeto para conseguir o crédito rural, mas depois não sabe como aplicá-lo. “É preciso ter gente especializada localmente, ter centros de referência em cada região, espalhar fazendas-modelo para que os proprietários possam conhecer na prática como funciona”, propõe o pesquisador. “O crédito poderia ter um componente de desempenho atrelado”, diz. Antiespeculação. Mas é com uma “frente antiespeculação”, como apelidou Barreto, que seria possível fazer a diferença. Ele se refere ao gargalo da parte fiscal. Os pesquisadores citam como exemplo a pouca eficiência da cobrança do Imposto Territorial Rural (ITR). Em teoria ele foi criado para evitar o desperdício das terras – são previstas taxas mais altas para imóveis com baixo grau de utilização. Cálculo usou mapa do IBGE Para fazer o cálculo, os pesquisadores cruzaram o mapa de áreas desmatadas com o de potencial agrícola das regiões, do IBGE, para selecionar as que têm mais aptidão para passarem pela melhoria do pasto e intensificação do gado. Com isso, eles consideraram a demanda estimada para 2022 e qual o tamanho da área que precisaria ser intensificada para chegar a esse valor. Daí se percebeu que, nesse primeiro momento, trabalhar em só 24% da área com potencial agrícola seria suficiente. Com o aprendizado, a proposta é que com o tempo seria possível replicar a experiência nas demais áreas de pasto, a fim de continuar atendendo ao aumento do consumo. Desmatamento ilegal prejudica o meio ambiente e a agricultura “Percebemos que dinheiro não falta e desmatar mais não faz o menor sentido, mas a verdade é que, apesar de as taxas estarem caindo, ele (o desmatamento) continua acontecendo, principalmente de modo especulativo, para ampliar a fronteira agrícola em busca de mais patrimônio”, afirma Barreto. É a famosa ação de desmatar para tentar consolidar 16 17 NOTÍCIAS NOTÍCIAS Fonte: Redação Sou Agro Agronegócio sustentável Estudo afirma que biodiesel de soja emite 70% menos gases de efeito estufa do que o diesel e levar biodiesel até a Europa, as emissões oscilam de 26,5 a 29,2 gCO2eq./MJ de biodiesel, aumento devido ao transporte marítimo. A conta de transportar biodiesel até Roterdã é necessária para que as estimativas sejam comparadas aos valores tomados como base pela Diretiva Europeia de Energias Renováveis. Os valores ofi- ciais mostram que o diesel mineral, também em território europeu, emite 83,8 gCO2eq./MJ de biodiesel. Assim, conclui-se que o biodiesel brasileiro produzido a partir de óleo de soja emite entre 65% e 68% menos GEE do que o diesel fóssil. foto: Reprodução/Internet de biodiesel no Brasil, seguida pelo sebo bovino e pelo óleo de algodão. A metodologia utilizada levou em consideração as emissões de CO2 equivalente ao longo de toda a cadeia produtiva, desde o plantio e cultivo da soja, passando pelo processamento do óleo, produção do biodiesel e transporte do biocombustível até o consumidor final. Entre as principais fontes agrícolas de emissão encontram-se restos culturais da soja, combustível utilizado no plantio e colheita, fertilizantes, corretivos e defensivos. O estudo também leva em consideração que na produção de óleo de soja e biodiesel entram insuPara realizar o estudo, os pesquisadores utilizaram informações de 114 propriedades mos químicos responsáveis por rurais e de cinco unidades processadoras de soja e produtoras de biodiesel emissões de GEE. Além disso, são contabilizadas emissões provenibiodiesel brasileiro produzido com soja reentes do transporte de biodiesel. duz as emissões de gases de efeito estufa (GEE) em 70%, no mínimo, em relação ao die- Transporte e emissões sel fóssil, quando consumido dentro do País. O estudo trabalha com cenários alternativos de Se entregue para consumo na Europa, emite entre entrega do produto. São apresentados valores de 65% e 68% menos gases. emissões para distâncias, por exemplo, do Mato A conclusão é de um estudo encomendado pela As- Grosso ao interior de São Paulo (Paulínia) e até o sociação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais porto de Roterdã, na Holanda. No primeiro caso, os (Abiove), em parceria com a Associação dos Produ- números indicam emissões da ordem de 24,5 gCOtores de Soja e Milho do Estado do Mato Grosso 2eq./MJ de biodiesel produzido. Já para se produzir (Aprosoja/MT) e a União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio). A pesquisa foi realizada pela Delta CO2, empresa incubada pela EsalqTec, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Es“Os valores oficiais mostram que o alq/USP). O Metodologia Os pesquisadores utilizaram informações de 114 propriedades rurais e de cinco unidades processadoras de soja e produtoras de biodiesel. Hoje, o óleo de soja representa cerca de 80% da produção total diesel mineral, também em território europeu, emite 83,8 gCO2eq./MJ de biodiesel” 18 19 NOTÍCIAS NOTÍCIAS Agricultores de Jarinu (SP) investem na técnica de adubação verde para aumentar a produção Estudo revela que manejo adequado de pastagens reduz emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa Segundo especialista a plantação terá mais produtividade além da melhoria das culturas As pastagens cobrem cerca de dois terços de toda a área agricultável do globo terrestre o uso de agrotóxico, e o agricultor conta que este tipo de manejo nasceu de uma viagem ao Chile. “O que eu vi lá e vai acontecer aqui é menos uso de agroquímico, você não vai usar tanto adubo e também no agrotóxico porque, desde que você tenha uma planta sadia, você vai reduzir esse tipo de gasto também”, conta Osvaldo Mazieiro. Em uma das propriedades da região é possível ver bem o que é rodízio de áreas. Em um ponto a adubação verde ainda está germinando. Pouco mais à frente, em outra área, o trator já passou e as propriedades do milho e da crotalária estão sendo agregadas ao solo pela decomposição. Por isso, o Sr. Roberto Tanaka, que tem Quem anda pela zona rural de Jarinu pode até imaginar que algumas roças de plantação de morangos há doze morango estão abandonadas, mas a vegetação alta engana muita gente anos, espera melhorar a produtividade. “O adubo verde dá mais nutrirodutores de morango da região de Jarinu, entes e desenvolve a planta”, comenta. maior produtora da fruta no estado de São O engenheiro agrônomo José Braga Semis só vê Paulo apostam na adubação verde para au- vantagens neste tipo de manejo, para a terra e para mentar a produtividade. Com a prática, os fruticul- o morango. “Representa uma planta mais saudável, tores reduzem o uso de agrotóxicos e também os mais resistente, pelo fato de ter um solo mais equilicustos de produção. brado. Terá uma produtividade melhor, com melhoO Sr. Mazieiro, produtor da fruta, explica que o que ria de fruta também” afirma. parece mato é adubo verde. Essas espécies são roçadas antes da plantação de morango. A prática reduz cultivadas, e que 85% dessa área seja ocupada por braquiárias. Somente no Estado de São Paulo, as braquiárias ocupam em torno de 7,6 milhões de hectares num total de 9,2 milhões de hectares com pastagens, e que aproximadamente 50% desse total já se encontrem em algum estádio de degradação. No Só no Brasil elas ocupam cerca de 210 milhões de hectares entanto, apesar de sua representatividade, esse fato não restudo realizado pelo Instituto de Zootecnia flete a excelência de produção, e frequentemente de Nova Odessa (SP) revela que a degradação da pastagem além de reduzir a produtividade as pastagens apresentam níveis de produtividade de forragem e produções causa a perda de maanimais bastante baixos, téria orgânica do solo emitindo CO2 para at- “Somente no Estado de São Paulo, reflexos de algum estádio mosfera, resultando na as braquiárias ocupam em torno de degradação, resultante de manejo inadequado. redução no sequestro de 7,6 milhões de hectares num Um exemplo prático é a do carbono pela pastatotal de 9,2 milhões de hectares Fazenda Estrela do Sul, logem. calizada em Nova Módica com pastagens, e que No Brasil as pastagens ocupam três quartos da aproximadamente 50% desse total (MG). A propriedade utiliza leguminosas tropicárea agrícola nacional, já se encontrem em algum estádio ais como o calopogônio cerca de 210 milhões para consorciação com de degradação” de hectares, assumindo gramíneas em 30% das posição de destaque suas pastagens e a sojano cenário agrícola perene em consorciação nos canaviais para alimenbrasileiro. Entretanto 30% dessas pastagens estariam degradadas. Estima-se que o Brasil tenha tação de vacas leiteiras no período da seca. mais de 120 milhões de hectares de pastagens P “O que eu vi lá e vai acontecer aqui é menos uso de agroquímico, você não vai usar tanto adubo e também no agrotóxico porque, desde que você tenha uma planta sadia, você vai reduzir esse tipo de gasto também”, conta Osvaldo Mazieiro. 20 foto: Reprodução/Internet Fonte: Jornalista - Camila Gusmão MTB: 63035/SP com informações do http://www.infobibos.com/Artigos/2010 foto: TV Tem – afiliada da Rede Globo Fonte: TV Tem – afiliada da Rede Globo E 21 NOTÍCIAS NOTÍCIAS Fonte: Agrolink e assessoria de imprensa As sementes são partes das plantas importantes na alimentação humana Em entrevista, Paulo César Tavares de Melo, professor do Departamento de Produção Vegetal (LPV), da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ), destaca quais são essas sementes e aponta a classificação das mesmas D enquanto o grão é destinado ao consumo como alimento ou matéria-prima para a indústria. Dessa forma, a qualidade da semente é medida por seu estado fisiológico, ao passo que a qualidade do grão é aferida por sua aparência e pelas propriedades foto: Reprodução/Internet iante de um prato tipicamente brasileiro temos, essencialmente, duas sementes comestíveis – o arroz e o feijão. Porém, o consumo de sementes diretamente na alimentação é de uso muito amplo e ocorre não só por meio da semente seca, como também de forma imatura. Quais são as partes das diversas espécies das plantas que podem ser consumidas e quais são as mais importantes? (Paulo Cesar Tavares de Matos) Das seis partes das plantas (raízes, caules, folhas, flores, frutas e sementes) que são consumidas, as sementes são a fonte mais importante na alimentação humana. Desde há 11 mil anos, quando o homem passou a cultivar espécies provedoras de alimento, as sementes de cereais constituem a fonte de alimento mais importante, seguidas pelas de leguminosas e Mostruário de sementes nozes. Três espécies (trigo, milho e arroz) são consideradas os alicerces para a civilização e, até os tempos atuais, continuam sendo à físico-químicas que caracterizam sua aptidão para consumo de mesa ou transformação industrial. base da alimentação humana. Qual a diferença entre grãos e sementes? (Tavares de Matos) A diferença básica entre semente e grão é que a semente precisa estar viva, ou seja, capaz de germinar e produzir uma nova planta quando proporcionadas às condições favoráveis, Como as sementes se agrupam? (Tavares de Matos) Existem várias maneiras de agrupar as sementes utilizadas como recurso alimentar. Em geral, as classificações de chefes de cozinha ou gastrônomos contem equívocos e informações de- 22 sprovidas de fundamentação científica. Costumo adotar essa classificação de sementes comestíveis da FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations): Sementes de leguminosas – são consideradas também como sementes protéicas porque têm predominância de aminoácidos em sua composição. São consumidas predominantemente secas, mas em algumas espécies as sementes são consumidas também na fase imatura (feijão-verde ou cowpea, ervilha verde, favas, soja verde). Nessa categoria estão incluídas as seguintes culturas: feijões de todos os tipos, favas, ervilha, lentilha, soja, grão-de-bico, amendoim. Sementes de cereais – Botanicamente, os cereais pertencem à família das poáceas ou das gramíneas. As sementes são colhidas secas para serem utilizadas na alimentação humana. Fornecem a metade pistachio entre outras. Como são classificadas as sementes que oferecem predominância de elementos oleosos em sua composição como a soja, girassol, amendoim e outras com a mesma peculiaridade? (Tavares de Melo) Na classificação das sementes comestíveis da FAO, as sementes de oleaginosas como a soja, girassol, gergelim, linhaça, amendoim, mostarda, colza, algodão etc., não compreendem uma categoria à parte. Na verdade, algumas dessas espécies de plantas estão incluídas nas categorias das sementes de leguminosas e de cereais. O problema surge quando sementes oleaginosas não estão incluídas nem na categoria das leguminosas nem na dos cereais (colza, mostarda, algodão, girassol). Do meu ponto de vista, a FAO não considera as sementes de oleaginosas um recurso alimentar de consumo direto nas formas seca ou fresca (ao natural), sendo, na ver“Temos nas sementes um recurso alimentar dade, matéria-prima para a extração de óleos comestíveis. secular desde que o homem passou a praticar a agricultura. Elas são, portanto, o esteio da humanidade. Muitas vezes, o consumidor quando está diante dessa diversidade de alimentos não avalia que aquele produto que está consumindo é o mesmo que o agricultor utiliza para instalar seus cultivos.” E as sementes de especiarias são contempladas pela FAO? (Tavares de Melo) Da mesma forma, a classificação da FAO não contempla as sementes de especiarias que compreendem sementes secas de coentro, cominho, urucum, pimenta-do-reino, pimenta-da-jamaica, cardomomo, erva-doce, papoula, urucum/colorau entre outras. Para a FAO, ninguém usa de todas as calorias consumidas no mundo. As se- especiarias, ervas aromáticas, condimentos ou temmentes de cereais são a matéria-prima de farinhas peros como alimento, mas tão somente como um usadas na panificação, na pastelaria, na indústria aditivo de sabor, aroma e cor no preparo de comide massas bem como de outros alimentos, óleos das das mais diferentes etnias. de cozinha, bebidas (cerveja). Essa categoria compreende as seguintes espécies: arroz, trigo, milho, Em alguns países existem as tradições locais de consumo. O senhor pode dar um exemplo de cevada, triticale, centeio, milheto, sorgo e aveia. Nozes – botanicamente as nozes são um tipo es- uma relacionada à saúde? pecífico de fruto, mas o termo é também aplicado (Tavares de Melo) Falamos muito da soja que vai se a muitas sementes comestíveis que não são sob o transformar em óleo, farelo, mas existe a soja horponto de vista botânico nozes. De acordo com a taliça, um grão verde muito utilizado na cultura definição botânica, nozes compreendem um tipo oriental. Eles dizem que as mulheres orientais não particular de sementes. Castanhas e avelãs são ex- sofrem os efeitos da menopausa porque desde emplos de nozes segundo essa definição. Em ter- pequeninas a consomem. mos culinários, no entanto, o termo é empregado mais amplamente por incluir frutos que não são E como se dá a utilização das sementes na gasbotanicamente qualificados como nozes, mas que tronomia? tem a aparência e o uso culinário similares aos das (Tavares de Melo) Os grandes chefs exploram o exonozes. Estão incluídas nas nozes: côco, castanha do tismo e o paladar de coisas que são estranhas para Pará, castanha de caju, avelã, noz-pecã, macadamia, nós. A chia, por exemplo, é uma semente que elim- 23 NOTÍCIAS NOTÍCIAS Fonte: Aprosoja às hortaliças subutilizadas como, por exemplo, o feijão fava (Phaseolus lunatus), leguminosa riquíssima em proteína e carboidratos e muito saborosa. É importante que a população conheça essa variedade enorme de sementes? (Tavares de Melo) Temos nas sementes um recurso alimentar secular desde que o homem passou a praticar a agricultura. Elas são, portanto, o esteio da humanidade. Muitas vezes, o consumidor quando está diante dessa diversidade de alimentos não avalia que aquele produto que está consumindo é Os pesquisadores trabalham no sentido de di- o mesmo que o agricultor utiliza para instalar seus cultivos. vulgar ou resgatar recursos outrora utilizados? (Tavares de Melo) Sim, principalmente em relação Adubo verde no pós-colheita pode impedir ferrugem na próxima safra O pesquisador sugere o plantio da crotalária, uma leguminosa que é usada como adubo verde, e tem-se mostrado eficiente no controle de nematoides O pós-colheita é o período ideal para se proteger contra a ferrugem asiática nas lavouras de soja. Os cuidados destinados ao solo depois da colheita do grão refletem diretamente na produtividade e nos bons resultados da safra seguinte. Uma das formas de executar adequadamente o manejo pós-colheita é realizar o plantio de segunda safra, seja de milho, algodão, mileto ou braquiária (“Brachiaria”). Para a boa produtividade dessas culturas é necessária aplicação de herbicida que, por sua vez, elimina a planta de soja e atende a orientação do vazio sanitário. O produtor que opta pelo plantio da segunda safra, naturalmente, precisa fazer um manejo adequado. Dessa forma ao utilizar o herbicida ne- Crotalária-spectabilis cessário ele já elimina a soja tiguera que germinou após a colheita”, afirjo necessário para evitar a permanência da planta mou Leandro Zancanaro, pesquisador de soja durante o período proibitivo. da Fundação MT. “Ao plantar a crotalária o sojicultor tem que destinar Como nem todas as regiões do estado possuem os mesmos cuidados que ele teria ao cultivar uma clima favorável para o plantio da segunda safra, o segunda safra comercial. Já encontramos em Mato pesquisador sugere o plantio da crotalária, uma le- Grosso várias áreas com presença de soja ao meio guminosa que é usada como adubo verde, e tem-se da crotalária, e isso é um agente potencial para a ferrugem”, alertou Ribas. mostrado eficiente no controle de nematoides. “Além de trazer benefícios com o manejo de nema- Mesmo que o produtor não cultive a segunda safra toides e redução de plantas invasoras, o plantio da ou plante uma cultura para cobertura de solo é precrotalária pode ajudar no manejo pós-colheita”, de- ciso redobrar a atenção. “O fato de não utilizar a terra para nenhuma atividade na entressafra também stacou Zancanaro. De acordo com o diretor técnico da Aprosoja, Nery requer cuidados na destruição de todas as plantas Ribas, ao optar pelo plantio da crotalária na en- de soja”, finalizou o diretor técnico da Aprosoja. tressafra, o agricultor precisa estar atento ao mane- foto: Site Piraí Sementes ina gordura e por isso hoje está na moda. Também existem sementes caríssimas que são importadas para restaurantes estrelados e, muitas vezes, quem frequenta esses espaços não tem ideia de como é rica a nossa disponibilidade de recursos alimentares. Não é um fruto como o tomate ou uma vagem como a ervilha torta. Não são folhas como as alfaces ou como o repolho. É simplesmente semente seca ou em sua fase imatura que enriquece a culinária mundial. “Além de trazer benefícios com o manejo de nematoides e redução de plantas invasoras, o plantio da crotalária pode ajudar no manejo pós-colheita”, destacou Zancanaro. 24 25 NOTÍCIAS NOTÍCIAS Fonte: Grupo Cultivar – Assessoria de Imprensa Uso de sementes de qualidade auxilia no controle de plantas daninhas Pode aumentar em até 30% a produtividade U m dos principais desafios dos produtores alta eficácia; a necessidade de controle das plantas de algodão no Brasil é o manejo das plantas daninhas até o final do ciclo da cultura; a seleção daninhas nas lavouras. Quando o agricultor de plantas daninhas resistentes aos principais hernão adota as práticas recomendadas, essas plantas bicidas utilizados; o manejo de plantas voluntárias prejudicam a qualidade das fibras, e reduzem em de culturas antecessoras resistente ao glifosato, que germinam junto com a cultura de algodão; o alto até 30% a produtividade. A ABRASEM ouviu os especialistas em manejo de custo dos programas de manejo; e a destruição das plantas daninhas Prof. Dr. Pedro Jacob Christoffole- soqueiras de algodão após a colheita da cultura. ti, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Principais plantas daninhas presentes na cultura do (ESALQ), e Prof. Dr. Anderson Luis Cavenaghi, do algodão: Centro Universitário de Várzea Grande (UNIVAG), do Mato Grosso, e os produtores de algodão Ângelo • Trapoerada (Commelina benghalensis L.) Massambani, do Mato Grosso, e João Carlos Jacob- • Caruru (Amaranthus hybridus L.) sen, da Bahia, sobre a importância da adoção de • Capim Pé de Galinha (Eleusine indica) boas práticas agrícolas nesta cultura, que tem car- • Leitero ou Amendoim-bravo (Euphorbia heterophylla) acterísticas diferentes da soja e do milho. Além da correta implantação da cultura e utilização • Picão Preto (Bidens pilosa). de sementes de boa qualidade, o professor Christoffoleti, da ESALQ, explica que a principal recomenda- Anderson Cavenaghi, da UNIVAG, do Mato Grosso, ção para fazer o controle das plantas daninhas na explica que pelas características da cultura do alcultura do algodão é a adoção do manejo integra- godão e a necessidade de colheita no limpo para do. Esse manejo começa com o estabelecimento se obter fibras com menores índices de impureza, da cultura ‘no limpo’, ou seja, quando ela emerge é necessária uma maior quantidade de aplicações em uma área sem a presença simultânea das plan- nesta cultura quando comparada às culturas de soja tas daninhas. Para isso, é necessário adotar práticas de préplantio adequadas, como por “Além das plantas daninhas mais comuns, como exemplo, a formação de palPicão Preto e Leitero, no Mato Grosso os hada na superfície que elimina produtores algumas vezes precisam combater o boa parte da germinação das plantas daninhas. crescimento de soja e milho voluntários, já que o algodão costuma ser plantado na segunda safra Christoffoleti ressalta que a no Estado”, explica Massambani. ferramenta mais utilizada no manejo de plantas daninhas é o uso de herbicidas, aplicados em diferentes momentos da cultura. “Os herbicidas e milho. podem ser úteis tanto no manejo pré-plantio, como Ângelo H. Massambani, engenheiro agrônomo na após a implantação da cultura com herbicidas resid- região de Sapezal, no Mato Grosso, diz que o problema das plantas invasoras ainda é uma das maiores uais e pós-emergentes”, diz. Para ele, os principais desafios encontrados pelos preocupações dos cotonicultores no Estado. “Além cotonicultores brasileiros no manejo das plantas das plantas daninhas mais comuns, como Picão Predaninhas são a baixa competitividade da cultura de to e Leitero, no Mato Grosso os produtores algumas algodão no início do ciclo, que requer manejo de vezes precisam combater o crescimento de soja e 26 milho voluntários, já que o algodão costuma ser plantado na segunda safra no Estado”, explica Massambani. Segundo ele, a batalha contra as plantas invasoras inicia antes do plantio do algodão e só termina após a colheita. Os produtores da Bahia também sofrem com a invasão das plantas daninhas em suas lavouras, segundo João Carlos Jacobsen, cotonicultor nas regiões de Barreiras e Formosa do Rio Preto, na Bahia. “Adotamos programas de controles adequados baseados no uso dos herbicidas disponíveis no mercado. Mas, em alguns casos, precisamos capinar a lavoura e utilizar jatos dirigidos. Porém, essas são práticas de emergência, que os produtores aderem em último caso”, explica Jacobsen. Impacto na produtividade e na qualidade do algodão Cavenaghi destaca que existem programas de manejo de plantas daninhas muito eficientes, mas que é difícil atingir um controle total da comunidade infestante de plantas daninhas. “O sucesso do controle depende de um conjunto de fatores como o uso de doses recomendadas dos herbicidas, tecnologia de aplicação utilizada, momento correto de aplicação, entre outros. No entanto, um manejo feito de forma inadequada, pode provocar perdas em média de 30%, mas, em alguns casos, pode até inviabilizar a colheita.” O professor Christoffoleti reforça ainda que as plantas daninhas na cultura do algodão não afetam apenas a produtividade, mas também interferem na qualidade da fibra e no processo de colheita, e alerta que elas podem ser hospedeiras de pragas e doenças. Para o engenheiro agrônomo e vice-presidente da ABRASEM, Claudio Manuel da Silva, faz parte do papel da associação promover discussões como essa entre os produtores. “É importante para todo o setor que eles conheçam novas técnicas e recebam dicas de especialistas que pesquisam arduamente o tema, viajam o mundo em busca de novas soluções e têm muito a contribuir.” Ele reforça que as boas práticas agrícolas em qualquer cultura começam na instalação da cultura corretamente. “É muito importante que o produtor use sementes certificadas ou fiscalizadas e faça a semeadura na época recomendada”, reforça. Biotecnologia pode facilitar o manejo Para os dois pesquisadores, a introdução da biotecnologia na cultura do algodão já trouxe facilidades ao produtor em relação ao manejo, tornando-o mais flexível. Eles acreditam que, com a pesquisa e o desenvolvimento de novos eventos combinados, a tendência é que no futuro os programas de manejo sejam mais simples. Cavenaghi acredita que a biotecnologia na cultura do algodão é muito bem recebida pelos produtores e que novos eventos proporcionarão um número maior de ferramentas e planos de controle aos cotonicultores. “Esta tecnologia já está sendo adotada pelos produtores e o surgimento de novos eventos possibilitará o uso de herbicidas com diferentes mecanismos de ação, podendo dificultar o surgimento de plantas resistentes quando utilizados de forma adequada”. Para o professor Christoffoleti, há duas tendências futuras na cultura do algodão. A primeira centrada na implantação de sistemas de manejo de plantas daninhas diversificados, inserindo junto com o herbicida recomendado para a cultura biotecnológica, herbicidas com mecanismo de ação alternativo, com ação residual ou pós-emergente. E a segunda com foco no desenvolvimento de culturas biotecnológicas com múltiplas possibilidades de uso de herbicidas de diferentes mecanismos de ação. “A biotecnologia poderá facilitar o manejo de plantas daninhas, simplificando-o, reduzindo custos e aumentando a segurança de aplicação de herbicidas”. Os produtores do Mato Grosso e da Bahia também acreditam que a adoção da biotecnologia já trouxe muitos benefícios e que novos eventos podem tornar as técnicas de manejo ainda mais simples e eficientes. “Um programa eficiente de controle de plantas invasoras é baseado no uso de variedades com biotecnologia e no manejo adequado de herbicidas pré-emergentes e pós-emergentes. Assim, é possível explorar ao máximo o potencial produtivo da cultura”, explica Ângelo H. Massambani. “Sem dúvida, a biotecnologia é uma facilitadora para os produtores de algodão, torna o manejo mais simples e flexível. Precisamos de novos eventos que eliminem a necessidade das operações de capina e do uso de jato dirigido, que são complexas, lentas e não trazem benefícios aos produtores”, finaliza João Carlos Jacobsen. 27 CAMPANHAS E EVENTOS CAMPANHAS E EVENTOS Fonte: Adubar o Futuro – Camila Gusmão MTB 63035/SP Fonte: Piraí Sementes Fumicultura Piraí Sementes realiza campanha “É Hora de… devolver ao solo a produtividade” foto: Join Agro Piraí Sementes leva prática de adubação verde à ExpoAfubra 2013 Campanha teve como objetivo fomentar a preservação e a prevenção de doenças no solo por meio da produção agrícola sustentável com a utilização da adubação verde A primeira campanha da Piraí Sementes em 2013: “É Hora de… devolver ao solo a produtividade” teve como objetivo fomentar a preservação e a prevenção de doenças no solo por meio da produção agrícola sustentável com a utilização da adubação verde. O intuito do programa foi revelar os objetivos e segredos de cada semente que faz parte da campanha. Vejamos alguns exemplos: A Crotalária-spectabilis controla o nematoide nas culturas da cana-de-açúcar e da soja, além da fruticultura e hortaliças. Já a Mucuna-preta tem alta produção de biomassa e auxilia no controle de plantas daninhas nas multiculturas e plantações de tabaco. “A Crotalária-spectabilis controla o nematoide nas culturas da cana-de-açúcar e da soja, além da fruticultura e hortaliças” A cadeia produtiva do setor de tabaco movi- investidores e comerciantes do setor. mentou R$ 4,5 bilhões na safra 2011/ 2012, Com a campanha “O futuro da produtividade é gauma produção de 727,5 mil toneladas em rantido com o cuidado do solo”, a Piraí Sementes 324,6 mil hectares de área, um faturamento 11% levou seus produtos para a Expoagro Afubra 2013 maior que à safra anterior. Números como esse e esteve a disposição para atender e difundir ao revelam a importância dessa cultura no país. É por produtor a prática da Adubação Verde e cobertura esse motivo e principalmente pela manutenção de vegetal, seus benefícios ao solo e retorno na produum solo produtivo que a Piraí Sementes participou tividade que é numerosa, hoje são mais de 2,5 milhões de empregos mais uma vez da Exgerados pela cultura. poagro Afubra, em Rio O Brasil, que é o maior Pardo, no estado do “Com a campanha ‘O futuro da exportador de tabaco Rio Grande do Sul. produtividade é garantido com o do mercado mundial, Promovida pela Ascuidado do solo’ a Piraí Sementes está na frente de países sociação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), levou seus produtos para a Expoagro como a Índia, Estados Unidos e Malawi. A feia exposição é conAfubra 2013 e esteve a disposição ra acontece no Sul do hecida como a maior feira agropecuária para atender e difundir ao produtor a país, pois é a região que mais produz fumo e é do país voltada para prática da Adubação Verde e responsável por 96% a agricultura familiar cobertura vegetal.” da produção nacional e tem como objetivo (Paraná, Santa Catarina fortalecer o homem e Rio Grande do Sul). do campo juntamente com seus familiares, assim como disseminar novas tecnologias, insumos e serviços para os produtores, 28 29 CAMPANHAS E EVENTOS CAMPANHAS E EVENTOS Fonte: Piraí Sementes Fonte: ETEC - Jundaí Piraí lança programas de relacionamento Doação de Sementes Neste ano, a Piraí lançou três programas de relacionamento para seu público Adubo Verde ajuda Etec de Jacareí em experimento no II Fórum Florestal de seus produtos aos produtores com o solo de baixa fertilidade, infestação de pragas e doenças ou numa situação em que o produtor não consegue definir o que fazer. • Piraí Consultoris: Para o mercado de consultores e empresas de consultorias, a Piraí vem com esta novidade que visa dar orientação e soluções para os diversos desafios destes profissionais. • Programa Canaviável: Com o cenário e desafio que nosso país tem para as próximas décadas é que nasceu este programa que visa por meio do trabalho de vanguarda já obtido, da experiência adquirida pela Piraí nestes 40 anos e pela excelência das suas sementes, dar assistência e ser a parceira das usinas e unidades produtivas da cadeia do setor da cana-de-açúcar. foto: Claudiana B. Santos/Etec Jacareí “Programa Canaviável: Com o cenário e desafio que nosso país tem para as próximas décadas motivou o nascimento deste programa.” Alunos plantando as sementes 30 foto: Claudiana B. Santos/Etec Jacareí • Piraí Recupera: Programa voltado para dar assistência por meio C onfira o depoimento da Engenheira Florestal, Claudiana B. Santos, Coordenadora do Curso Técnico em Florestas da ETEC – Conego José Bento de Jacareí (SP) sobre a doação de sementes realizada pela Piraí para o II Fórum Florestal. “Em novembro (22 a 24) passado foi realizado em nossa escola (ETEC – Cônego José Bento) ‘Escola Agrícola de Jacareí’, o II Fórum Florestal que contou com várias palestras e uma prática de campo realizada no último dia. Essa prática de campo foi encabeçada pelo Instituto Socioambiental – ISA, na pessoa do Sr. Eduardo Malta Campos Filho, e constava da recupeAlunos plantando as sementes ração de uma área de preservação permanente às margens do Rio Paraíba do Sul que margeia os fundos de nossa escola. A prática foi muito interessante onde realizamos a muvuca de sementes para recuperação da área, onde são misturadas sementes de vários tipos (florestais, adubação, cipós, agrícolas), com o intuito maior de simular o crescimento natural de uma floresta. A doação de sementes da Piraí foi de suma importância para o sucesso da nossa prática, pois quase não havia sementes “A doação de sementes da de adubo verde. Infelizmente, nosso plantio teve a visita de algumas capivarPiraí foi de suma as, que chegam livremente pelo rio. Essas capivaras andaram importância para o sucesso comendo as mudas e algumas plantas que vão germinando, da nossa prática, pois quase no inicio do plantio contávamos com a presença delas e adinão havia sementes de adubo cionamos 30% a mais de sementes para suprir essas visitas. O que parece que deu um pouco de resultado, pois alguns verde.” feijões estão com aproximadamente 30 cm e já com vagens. Estamos monitorando o plantio e aguardamos que as espécies florestais ainda germinem, pois sabemos que elas demoram um pouco mais. Agradeço novamente à Piraí Sementes pela prontidão em nos atender e fazer com que nossa prática fosse mais diversificada”. foto: Claudiana B. Santos/Etec Jacareí Conheça um pouco sobre cada um deles: Estufa de estudos 31 CAMPANHAS E EVENTOS CAMPANHAS E EVENTOS Fonte: Vívian Lessa – Do Agrodebate Etanol Total de áreas degradadas no MT poderiam contribuir com a produção de cana no país A penas a utilização de áreas degradadas no que o crescimento da produção depende das forMato Grosso poderia ampliar em quase oito mas de escoamento. As áreas identificadas para vezes a produção de cana-de-açúcar. A par- o cultivo da cana-de-açúcar estão nos municípios ticipação atual do estado, embora pequena para o de Barra do Garças, Poxoreu e Nova Xavantina, país, poderia exercer grande influência na produção Araguaiana, Novo São Joaquim, Santo Antonio do do Centro-Oeste, que se destaca entre as demais Leste e Tesouro. “O que não justificaria a implantação de outro alcoolduto que passa pelos estados do regiões brasileiras no cultivo da cana. De acordo com relatórios da coordenadoria de Geo- Paraná e Mato Grosso do Sul. O que ligaria a lugar processamento (Cogeo) da Secretaria de Meio Am- nenhum, ou seja, sem passar por regiões produtobiente (Sema), foi identificada uma área de 1,493 ras”, acrescenta Santos. No total, são dois projetos milhão de hectares no centro-leste mato-grossense de construção de alcoolduto contemplando Mato que poderia ser incorporada aos 224 mil hectares Grosso. já utilizadas pelo setor. Desta forma, elevaria para O diretor-executivo do Sindalcool-MT lembra que o 1,717 milhão de hectares que, consequentemente, sistema é a única alternativa de crescimento, coniria aumentar de 892,8 milhões de litros para 6,8 bil- siderando que os demais modais de transporte são hões de litros a produção de etanol no estado. Mas caros. “Para se ter noção, o custo com alcoolduto é o potencial oferecido pelo estado na produção de 30% menor do que o rodoviário. Enquanto gastamos cerca cana esbarra nas de R$ 0,17 questões ambipelo litro ental e logística. do etanol O Zoneamento “ É evidente o descolamento da produção do somente no Agroecológico Centro-Oeste para as demais regiões brasileiras. frete, no alda Cana-deSem dúvida é a nova fronteira da bioenergia do coolduto o açúcar limita a custo ficaria expansão da culBrasil”, pontua o presidente da Associação dos em torno de tura no estado Produtores de Bionergia de Mato Grosso do Sul R$ 0,05 o linas regiões das (Biosul), Roberto Holanda Filho. tro”. A instabacias do Pantalação deste nal, Amazônica e meio de Alto Paraguai. O transpor te crescimento da produção em Mato Grosso ficaria atrelado à logísti- não beneficiaria somente Mato Grosso, mas os deca, ou seja, a forma com que o produto será levado mais estados do Centro-Oeste brasileiro – responaos grandes centros consumidores. A alternativa sável por manter a produção de álcool no Brasil. encontrada pelos produtores é a implantação do É evidente o descolamento da produção do Centroalcoolduto, ferramenta para o transporte do etanol. Oeste para as demais regiões brasileiras. Sem dúvida “Com a produção garantida pela iniciativa privada, é a nova fronteira da bioenergia do Brasil”, pontua o o prolongamento de um ramal entre Terminal Cane- presidente da Associação dos Produtores de Bionerdo (Goiás) até Nova Olímpia, em Mato Grosso, seria gia de Mato Grosso do Sul (Biosul), Roberto Holanda fundamental e necessário para os investimentos no Filho. Ele explica que essa condição de crescimento setor”, avalia o diretor-executivo do Sindicato das gera uma demanda por logística, principalmente Indústrias Sucroalcooleiras de Mato Grosso (Sindal- por modais de transportes mais eficientes que o cool-MT), Jorge dos Santos. Esse é um dos projetos rodoviário. Mas, diferentemente de Mato Grosso, apresentados pela Petrobras Transporte. Ele afirma Mato Grosso do Sul não tem tantos problemas com 32 o escoamento da produção. “Isso porque estamos mais próximos dos grandes centros”, diz. Ele acredita que o setor necessitará do alcoolduto somente no futuro justamente por prever novos investimentos. Atualmente somam 22 indústrias em Mato Grosso do Sul e mais duas estão em construção. O presidente da Biosul lembra que o estado cresceu muito nos últimos sete anos. “Desde 2005 passamos de uma produção de 1,6 milhão de litros de etanol para 500 milhões de litros. A produção de cana passou de 9 milhões de toneladas para 33 milhões de toneladas neste período”. Para o setor, Filho acredita que falta uma política pública para o etanol, assim como ocorre com a gasolina. “O governo precisa definir o papel do etanol na matriz energética”, afirma. O coordenador do projeto de melhoramento genético da cana da Universidade Federal do Mato Grosso, Antonio Iaia, também concorda que precisa haver um maior comprometimento do setor público que resulte no fomento da produção de etanol no país. Conforme ele, a atividade está na berlinda por não contar com outras alternativas de crescimento se não apelar para o governo. “Não há como competir com a gasolina que é subsidiada pelo governo”. Sobre os impasses do setor ele pontua que os problemas ambientais também desestimulam a produção de cana no país. “Principalmente em Mato Grosso, o Zoneamento da cana inviabilizou o plantio em áreas já ocupadas pela cultura, como a Bacia Amazônica, do Alto Paraguai e Pantanal”. Para ele, o projeto de lei não teve cunho científico e nem técnico, se destacando portanto o interesse político. Para Iaia, sem ferir o meio ambiente há como expandir a produção de cana no país. “Mas precisamos que sejam feitos estudos. 33 CAMPANHAS E EVENTOS CAMPANHAS E EVENTOS Fonte: Adubar o Futuro – Jornalista: Camila Gusmão MTB: 63035/SP Fonte: Adubar o Futuro – Jornalista: Camila Gusmão MTB: 63035/SP Crotalária x Dengue Germinando o futuro sustentável Um agente natural contra o Aedes Aegypti Piraí doa sementes de adubo verde para projeto de pesquisa da UFSCAR D O projeto é uma proposta de manejo agroecológico com ênfase nas técnicas de adubação verde para o assentamento Santo Antônio, em Piratininga. A prática da adubação verde foi inserida em três lotes e levada a transição agroecológica por meio de sementes coletadas dos experimentos e doada aos agricultores. As sementes foram plantadas consorciadas com milho para incorporação no solo e sucessão com o cultivo do feijão. Segundo Rafael Virgínio dos Santos, aluno da UFSCAR (Universidade Federal de São Carlos), há pouca disponibilidade de sementes atualmente no mercado. “O papel da Piraí Sementes se torna de fundamental importância para o desenvolvimento científico e tecnológico e também para o trabalho Local da pesquisa realizada por alunos da UFSCAR de extensionistas e pesquisadores do ricultores. “Ao doar sementes para pesquisa, a Piraí país. Tanto por englobar uma questão histórica de Sementes contribui com a difusão de tecnologias e tradições e práticas culturais de recuperar os solo, mecanismos de desenvolvimentos limpos e justos, melhorar a produtividade das culturas, contribuir e culturalmente aceitos, no caso do assentamento com a qualidade do meio ambiente por evitar o Santo Antônio em Piratininuso de fertilizantes de sínga”, finalizou. tese, quanto por aumenO estudo está sendo realtar os teores de matéria izado pelo Curso Especial de orgânica no solo, dentre Bacharelado em Agronomia outros muitos benefícios”, com Ênfase em Agroecoloafirma. gia e Sistemas Rurais SusSegundo Santos, os resultentáveis da UFSCAR e conta tados mais expressivos com a orientação do professão esperados futurasor Dr. Manoel Baltasar Bapmente com a formação tista da Costa. de sementes para os agfoto:s Rafael Santos foto: Join Agro urante os próximos meses a Piraí Sementes inicia a Campanha Crotalária contra a Dengue. Iremos divulgar uma vez por mês até o fim do ano uma matéria informativa sobre como amenizar os casos da doença no Brasil utilizando práticas sustentáveis. O pesquisador Carlos Gustavo Fiorini, da cidade de Santa Cruz das Palmeiras (SP), explica que a leguminosa vem sido utilizada como um repelente natural contra o mosquito transmissor da Dengue. “A Crotalária serve de alimento para a libélula, um inseto que se alimenta do mosquito transmissor da dengue”. Fiorini que também é palestrante, escritor e eduO resultado pode ser observado em escolas de ci- cador, afirma que o grande problema encontrado dades como Campinas; Ribeirão Preto; Matão e hoje é na conscientização e informação, tanto da Monte Aprazível onde, com o incentivo do plantio, população, quanto nos setores de saúde. “Falei com o número de dengue vem caindo. “Ganhei várias 27 visitadoras sanitárias e somente quatro tinham mudas de uma fazenda que usa para equilíbrio da ótimos conhecimentos, percebi que falta treinquímica do solo e o adminamento como exemplo: veja calistrador informou que tem ha, tampe ralos, recolham plásti“A Crotalária serve de muita libélula e quase não cos, e, ainda coloquem água há mosquitos e pernilon- alimento para a libélula, um sanitária, sal, borra de café(até gos. Constatei, também, sobra e pó), detergentes e outinseto que se alimenta do nas mudas que distribui ros produtos nos pratos de flor”, mosquito transmissor da que a libélula já chega nas comenta. folhas da planta”, conta. dengue”. Aluno durante o processo do experimento 34 35 CAMPANHAS E EVENTOS CAMPANHAS E EVENTOS Fonte: Piraí Sementes Fonte: Adubar o Futuro – Jornalista: Camila Gusmão MTB: 63035/SP Adubação Verde Cana-de-açúcar Piraí lança a campanha de sementes para as culturas de verão “É hora da Crotalária” Piraí Sementes lança o Programa Canaviável A Piraí Sementes lança a campanha do segundo semestre: “É hora da Crotalária”. A empreitada visa divulgar os adubos verdes indicados para as culturas de verão que começam a ser produzidas nesse período do ano. Segundo o diretor comercial da Piraí Sementes José Aparecido Donizeti Carlos o objetivo final da técnica de rotação com adubo verde é a interrupção do ciclo de pragas, doenças e nematoides, trazendo economia em defensivos químicos, que são responsáveis pela maior fatia do custo de produção. Como as quatro espécies de Crotalária são indicadas para as culturas de verão, a planta dá nome à campanha. Além da Crotalária, são recomendadas para essa época do ano as sementes da Mucuna-anã, Feijão-de-Porco e Milheto. “Segundo o diretor comercial da Piraí Sementes José Aparecido Donizeti Carlos o objetivo final da técnica de rotação com adubo verde é a interrupção do ciclo de pragas, doenças e nematoides, trazendo economia em defensivos químicos, que são responsáveis pela maior fatia do custo de produção.” J á está disponível no site da Piraí Sementes o formulário para cadastro de integração ao Programa Canaviável. Esse é o primeiro passo do novo projeto de relacionamento da Piraí Sementes que tem o objetivo de fortalecer a implantação e renovação de canaviais com adubo verde. As áreas com cana-de-açúcar também estão sujeitas a erosões e degradações dos solos, o adubo verde aumenta a produtividade, gera economia, qualidade e, ainda é sustentável, pois não agride o solo. O manejo inadequado do solo pode, ao longo do tempo, trazer sérias consequências, gerando esgotamento de suas reservas orgânicas e minerais, transformando-o em terra de baixa fertilidade e erodindo grande parte do solo podendo tornar a área imprópria para o cultivo. O Programa Canaviável nasceu com o cenário e desafio que o Brasil está passando e tem para as próximas décadas. A Piraí Sementes, nesses 40 anos de trabalho, revelou a excelência do seu produto e o mais importante, mostrou uma maneira sustentável de produção, que não agride o solo e permite o cultivo constante. O objetivo principal é ser um parceiro ativo das usinas, unidades produtivas do setor da cana-deaçúcar, clientes e produtores, auxiliando no desenvolvimento de técnicas de adubação verde para a cultura. Faça parte do Programa Canaviável, basta preencher o formulário no endereço http://www. pirai.com.br/canaviavel “As áreas com cana-de-açúcar também estão sujeitas a erosões e degradações dos solos, o adubo verde aumenta a produtividade, gera economia, qualidade e, ainda é sustentável, pois não agride o solo.” 36 37 CAMPANHAS E EVENTOS CAMPANHAS E EVENTOS Fonte: Redação Adubar o Futuro e Equipe Join Sustentabilidade Hortitec 2013 Adubação Verde é uma solução sustentável para a recuperação de áreas degradadas Piraí Sementes leva para a 20ª Hortitec o conceito: “O futuro do solo garantido com sustentabilidade” por meio da Adubação Verde. foto: Thiago Pinel/ Emater-MG Fonte: Emater - MG Área degrada antes e pós adubação verde A técnica de adubação verde recupera solos degradados, seja ele pelo cultivo constante, ou mesmo pelo uso inadequado de fertilizantes. A Piraí Sementes doou sementes de feijão guandu para uma propriedade de Mutum em Minas Gerais e o resultado foi muito positivo. A área chegou nesse estágio de degradação devido a muitos anos de exploração sem reposição de nutrientes ao solo, e ainda, sem manejo adequado da pastagem. Segundo Thiago Pinel da Emater, o adubo verde foi escolhido para recuperar a área devido à fixação biológica de nitrogênio no solo e alimento para o gado na época da seca. “É uma fonte de proteína para o animal. Estamos gostando muito do resultado do feijão guandu que foi implantado em 50% da área”, conta Pinel. Na mesma área que foi implantada o adubo verde foi plantado milho, a forrageira branchia, feijão guandu anão e eucalipto. O estudo está sendo realizado pela Emater (Empresa de Assistência Técnica de Extensão Rural do Estado de Minas Gerais) em oito unidades demonstrativas do programa estadual Minas Leite. Segundo Thiago Pinel, ainda este ano será implantado o sistema de integração lavoura-pecuária com o consórcio de Leucena com pastagem, Milho silagem com pastagem, além do (Feijão) Guandu com Pastagem. “É uma fonte de proteína para o animal. Estamos gostando muito do resultado do feijão guandu que foi implantado em 50% da área”, conta Pinel. 38 A fio que nosso país tem para as próximas décadas é que nasceu este programa que visa por meio do trabalho de vanguarda já obtido, da experiência adquirida pela Piraí nestes 40 anos e pela excelência das suas sementes, dar assistência e ser a parceira das usinas e unidades produtivas da cadeia do setor da cana-de-açúcar. Mais sobre a Adubação Verde? A adubação verde é uma prática milenar que consiste no cultivo de plantas com elevado potencial Estima-se que existem atualmente três milhões de de produção de massa vegetal, podendo ser utihectares de culturas intensivas espalhados no Bra- lizada em rotação, sucessão ou em consórcio com culturas de intersil, dentre as espécies esse econômico. que se destacam na prática encontram-se: “A adubação verde é uma prática milenar Na rotação, o as Crotalárias, Aveiaque consiste no cultivo de plantas com adubo verde amarela ou preta, as elevado potencial de produção de massa pode ser incorMucunas e, outras espécies que fazem par- vegetal, podendo ser utilizada em rotação, porado ao solo ou mantido em te do portfólio variado soda empresa atenden- sucessão ou em consórcio com culturas de cobertura interesse econômico.” bre a superfície do o produtor nas culdo terreno. Inturas tanto de Inverúmeros atribuno quanto de Verão. tos são conferidos a essa prática, como proteção Neste ano, a Piraí estará lançando três program- do solo, melhoria de suas características físicoas de relacionamento para seu público. São eles: químicas, acréscimo de matéria orgânica, aumento na população de micro-organismos benéficos, • Piraí Recupera: programa voltado para dar as- redução de plantas daninhas, entre muitos outros. sistência por meio de seus produtos aos produtores com o solo com baixa fertilidade, infesta- A adubação verde também tem vários efeitos posição de pragas e doenças ou numa situação em tivos na redução do Nematoide e outras pragas nas que o produtor não consegue definir o que fazer. culturas. Esta prática adiciona ao solo grande quantidade de matéria orgânica, que durante o processo de • Piraí Consultoris: para o mercado de consultores decomposição proporciona o aumento na populae empresas de consultorias, a Piraí vem com esta ção de diferentes micro-organismos benéficos, inclunovidade que visa dar orientação e soluções para sive de inimigos naturais do Nematoide. Além disso, os diversos desafios destes profission ais para os de- durante a decomposição, compostos químicos com safios que o solo propõe através de seus produtos. atividade nematicida podem ser liberados no solo. Piraí Sementes, empresa que há mais de 40 anos é referência no segmento de adubação verde e cobertura vegetal levou este ano para a 20ª Edição da Hortitec (Exposição Técnica de Horticultura, Cultivo Protegido e Culturas Intensivas) o estande “Adubação Verde: O Futuro do Solo Garantido com Sustentabilidade”. O evento aconteceu entre os dias 19 e 21 de junho de 2013 na cidade de Holambra (SP). • Programa Canaviável: Com o cenário e desa- Veja as fotos do evento: 39 CAMPANHAS E EVENTOS CAMPANHAS E EVENTOS fotos: Join Agro Estande Pírai Thiago Rossi, Jorge Henrique, Donizeti Carlos, Dep. Distrital/DF Joe Valle, Jorge Potascheff Estande Pírai Estande Pírai 40 Estande Pírai 41 ENDOMARKTING ENDOMARKTING Conheça a Missão, Visão e Valores da Piraí Novos uniformes A O Piraí Sementes é uma empresa dedicada à produção e comercialização de sementes para Adubação Verde desde 1973. Conheça nossa visão, missão e valores. 42 s novos uniformes da Piraí Sementes ficaram prontos e já estão sendo confeccionados. O atual layout do uniforme foi elaborado em comemoração aos 40 anos completados em 2013, as cores do uniforme, marrom e bege, simbolizam a terra e o solo, tonalidades também do logo da Piraí. 43 Em caso de solos com baixa fertilidade, infestação de pragas e doenças ou em situações em que o produtor não consegue definir o que fazer, o Piraí Recupera é um grande aliado. Já é sabido que os benefícios da adubação verde para o ecossistema são enormes, pois o solo fica sempre protegido das ações do sol e da chuva: ora pela plantação principal, ora pelas plantas adubadoras. a nossa missão. E o que alimenta as plantas não é o solo, mas a vida que existe nele. Proteger e potencializar esta vida é Nossa equipe o ajudará fornecendo uma ‘receita’ para o tratamento do solo através de nossas sementes. Indicaremos a dose certa de adubo verde por hectare, fazendo com que o solo receba o tratamento ideal. ACESSE E SE CADASTRE NO PROGRAMA: www.pirai.com.br/recupera