Intercmbio Comercial Brasil - El Salvador

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Intercmbio Comercial Brasil - El Salvador
14/11/2007
Inteligência Comercial
Oportunidades de Negócios para os Setores de Alimentos e Bebidas
Japão – 2007
Elaborado pela:
Unidade de Inteligência Comercial - [email protected]
APEX-Brasil
Tel: +55 61 3426.0202
Fax: +55 61 3426.0263
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14/11/2007
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Índice
1. Objetivo ................................................................................................................................... 3
2. Perfil do Japão......................................................................................................................... 3
3. Visão do Mercado Japonês e da Feira Foodex ....................................................................... 4
4. Principais Oportunidades Identificadas.................................................................................... 6
4.1 Bebidas Destiladas .......................................................................................................... 10
4.2 Chocolates, Balas e Confeitos ......................................................................................... 12
4.3 Café ................................................................................................................................. 15
4.4 Carne de Aves ................................................................................................................. 17
4.5 Frutas............................................................................................................................... 19
4.6 Leite e Laticínios .............................................................................................................. 21
4.7 Massas e Preparações Alimentícias ................................................................................ 23
4.8 Produtos Orgânicos ......................................................................................................... 25
4.9 Sucos ............................................................................................................................... 27
4.10 Vinhos e Vermutes......................................................................................................... 28
4.11 Produtos Funcionais ...................................................................................................... 29
5. Tarifas e Barreiras ................................................................................................................. 32
6. Canais de Distribuição........................................................................................................... 33
7. Conclusão.............................................................................................................................. 35
8. Anexos................................................................................................................................... 37
8.1 Tabela de Tarifas ............................................................................................................. 37
8.2 Contatos........................................................................................................................... 47
8.2.1 Missões Diplomáticas do Japão no Brasil ................................................................. 47
8.2.2 Missões Diplomáticas do Brasil no Japão ................................................................. 48
8.3 Feiras e Eventos .............................................................................................................. 49
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1. Objetivo
Este documento tem como objetivo auxiliar as empresas que irão participar da feira Foodex entre os dias 11 e 14
de março na cidade japonesa de Chiba. O estudo apresenta em detalhes informações sobre o mercado de
alimentos e bebidas, identifica oportunidades de negócios, apresenta características do consumidor japonês,
tendências do mercado e principais barreiras tarifárias e não-tarifárias.
2. Perfil do Japão
Localização1: O Japão é um país insular e está localizado na Ásia Oriental, entre o Oceano Pacífico Norte e o
Mar do Japão, a leste da península coreana. A localização do Japão é estratégica, pois se situa próximo da costa
nordeste da Ásia, em uma região composta por Coréia, China (nordeste), Canadá (região ocidental), EUA (Alaska
e Havaí), Rússia (região oriental) e as outras ilhas do oceano pacífico. Esta proximidade geográfica tem
contribuído para reforçar as relações comerciais com estes países.
Principais Cidades: as principais cidades do Japão são: Tóquio (capital), Yokohama e Osaka.
População (2006)2: estimativa de 127,7 milhões de habitantes.
Dados Sócio-Econômicos
• Moeda (2005) Yen;
• Inflação (2006) : 0,3%;
• PIB (2006) : US$ 4,4 trilhões
• Crescimento da economia (2006) : 2,2%;
• Renda per capita estimada (2006) : US$ 34.180 dólares;
1
2
2
2
2
Principais Setores da Economia do Japão (2006)
•
Serviços (76,2% do PIB)3: Os serviços são compostos pelos setores de: construção, transportes,
comércio, turismo, telecomunicações e IT, setor financeiro, etc;
•
Indústria (20% do PIB) : As atividades industriais englobam principalmente a indústria automobilística,
eletrônica e de máquinas-ferramentas.
•
Agricultura (1,6% do PIB) : Os principais produtos desse setor são: arroz, vegetais, frutas e laticínios.
3
3
Principais Países Fornecedores (2006)4: China (20,46%), Estados Unidos (11,75%), Arábia Saudita (6,43%),
Emirados Árabes (5,45%), e Austrália (4,82%).
4
Principais Destinos das Exportações Japonesas (2006) : Estados Unidos (22,5%), China (14,34%), Coréia do
Sul (7,78%), Taiwan (6,82%), Hong Kong (5,63%).
4
Total Importado 2006 : US$ 578,78 bilhões.
4
Total Exportado 2006 : US$ 646,44 bilhões.
1
CIA - Central Intelligence Agency
FMI – Fundo Monetário Internacional
3
Euromonitor International
4
WTA – World Trade Atlas
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3. Visão do Mercado Japonês e da Feira Foodex
Sendo a segunda maior economia do mundo (em 2006 o PIB chegou a US$ 4,4 trilhões), o PIB do Japão
é concentrado nos setores de serviços (76,2% do PIB). O Japão vem também terceirizando a sua produção em
diversos setores, demandando o suprimento principalmente dos países produtores vizinhos, como a China
(20,46% do total importado), Estados Unidos (11,75%), Coréia do Sul (4,72%), Austrália (4,82%) e Indonésia
(4,17%). Outros países fornecedores são os produtores de petróleo, como Arábia Saudita (6,43%) e Emirados
Árabes Unidos (5,45%). Apesar de o Japão ocupar o oitavo lugar no ranking dos destinos das exportações
brasileiras, o Brasil participa apenas com 0,88% nas importações mundiais japonesas.
Sua capital é Tóquio, centro político e econômico do país, mas o centro do Estado localiza-se em Quioto,
onde reside a família imperial. Prioritariamente urbana, a população usufrui de uma das mais altas expectativas de
vida do mundo (78,32 anos para os homens e 85,23 anos para as mulheres), o que tem contribuído para o
envelhecimento da população, já que tem atingido crescimento vegetativo nulo recentemente.
Após um período longo de estagnação econômica nos anos 90, o Japão vem se recuperando com um
crescimento modesto (entre 1% e 3%) do PIB nos anos 2000. Mesmo com um território equivalente a apenas 4%
do brasileiro, o Japão ocupa o 10º lugar no ranking dos países mais populosos do mundo.
O mercado japonês é um mercado privilegiado para atuação dos setores produtivos brasileiros. País com
importante perfil de consumo, começando a diminuir a retenção de poupança e com estabilidade econômica, o
Japão reúne condições adequadas à inserção de empresas brasileiras com perfil eficiente e que desejem adequar
sua oferta às demandas e às características de comercialização japonesas.
A alta demanda do consumo japonês (foi o 5º maior importador mundial em 2006) se revela através das
suas importações, que em 2006 chegaram a US$ 578,78 bilhões, valor aproximadamente quatro vezes maior que
todas as exportações do Brasil para o mundo. A participação do setor de alimentos e bebidas no total destas
importações foi de 7,78%, ou de aproximadamente US$ 45 bilhões.
A renda per capita japonesa é de US$ 34 mil e, com uma distribuição de renda bem equilibrada, o
mercado apresenta um altíssimo poder de consumo. Apesar de o Japão ser considerado um país industrializado e
desenvolvido, não é auto-sustentável no setor alimentício, sendo necessária a importação de 60% dos alimentos
consumidos pela população. Além disso, os consumidores japoneses estão cada vez mais abertos à gastronomia
estrangeira.
Altamente exigente, o consumidor busca produtos de boa qualidade e está bem informado sobre as novas
tendências e sobre os benefícios de saúde que cada produto pode proporcionar. Essa preocupação com o bemestar, alimentação saudável e prevenção de problemas de saúde tem crescido entre a população e, as empresas
que souberem comunicar a alta qualidade de seus produtos e os benefícios saudáveis que estes proporcionam,
terão êxito no mercado japonês.
Em resposta a essa necessidade constante dos japoneses de conhecerem todas as informações acerca
dos produtos que consomem, o governo japonês está planejando a criação de leis que obriguem as empresas a
implantarem um sistema de rastreabilidade dos produtos, mediante o qual o consumidor poderá saber o caminho
percorrido pelo alimento desde a sua colheita, embalagem e transporte até o momento de sua colocação na
prateleira. Alguns produtores japoneses têm se antecipado a esta exigência e já estão implantando seus sistemas
de rastreabilidade. Neste sentido, é importante que o produtor estrangeiro garanta que seus produtos são seguros,
ou seja, que não contêm aditivos, microorganismos, substâncias químicas etc.
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Uma das estratégias que podem ser utilizadas para a entrada no mercado japonês consiste na
participação em feiras especializadas. A FOODEX5 é a mais importante feira de alimentos e bebidas da Ásia e
ocorre entre os dias 11 e 14 de março na cidade japonesa de Chiba. O evento oferece aos expositores e visitantes
a possibilidade de acessar o mercado japonês de alimentos e bebidas, através do contato com mais de 95.000
visitantes (compradores profissionais) que a Feira atrai. Para a edição de 2008 são esperados 2.400 expositores
de 60 países.
Em 2007, o Brasil participou com 57 empresas, que fecharam 450 contatos, realizando negócios da ordem
de US$ 12,5 milhões e com uma previsão de movimentar mais US$ 31 milhões nos 12 meses seguintes. A APEXBrasil apóia os empresários cobrindo 80% dos custos envolvidos, que incluem a locação de área, comunicação
visual diferenciada, assessoria de imprensa no Brasil e no exterior, brindes e prêmios, área de degustação com
barista e chef de cozinha.
Saber qual a melhor forma de apresentar sua empresa e de se comportar no ambiente de negócios, bem
como conhecer os aspectos culturais em detalhes também é essencial para a entrada no mercado japonês. Os
negociadores japoneses prezam pela credibilidade, confiança e compromisso no longo prazo. A seguir,
apresentam-se algumas orientações acerca do ambiente de negócios japonês.
5
•
Para a feira, traga consigo grande número de cartões de visita, pois os japoneses sempre apresentam
seus cartões. Tais cartões devem ser impressos em inglês e, se possível, em japonês no verso. Ao
receber o cartão de seu interlocutor, tome o tempo necessário de ler o nome dele, seu cargo e o nome de
sua empresa, segurando o cartão com as duas mãos.
•
A pontualidade é estritamente necessária em compromissos agendados.
•
As relações com os japoneses possuem importante componente de forma. Nesse sentido, será
importante apresentar e descrever as atividades de sua empresa com requinte. Os documentos que
serão entregues aos seus interlocutores - de preferência em japonês - contribuirão decisivamente para
compor a imagem que terão sobre sua companhia.
•
Os japoneses, freqüentemente, inclinam a cabeça ou fazem algumas interjeições (como, por exemplo,
Hai!), durante uma conversa. Isto demonstra que o estão atentos à conversa e que compreenderam o que
está sendo dito, mas não significa que concordaram com a colocação que lhe foi feita. Será, portanto,
importante retomar, ao final de cada reunião, os pontos onde foi logrado algum tipo de entendimento.
•
Os japoneses têm certa dificuldade em dizer não e por isso será importante ficar atento a alguns sinais
como respostas evasivas ou tentativas de mudança de tópico da conversa.
•
O silêncio não deve ser interpretado como um sinal negativo, mas como um simples período de reflexão.
•
As negociações poderão levar muito tempo. Seja paciente e fique preparado para fazer muitas viagens.
•
O respeito à hierarquia é um elemento essencial ao funcionamento de uma corporação nipônica.
•
É muito importante manter uma postura e propostas moderadas.
•
Pequenos presentes tipicamente brasileiros (artesanato de qualidade ou livros com belas fotografias etc.)
são sempre bem vindos. Esses devem ser devidamente embrulhados em papel de boa qualidade, pois
para o japonês a embalagem tem quase tanta importância quanto o conteúdo.
No Anexo 3 deste estudo encontram-se listadas todas as feiras do setor de Alimentos e Bebidas no Japão
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4. Principais Oportunidades Identificadas
A partir da análise dos dados e da elaboração da Matriz de Atratividade para o setor de Alimentos e
Bebidas no Japão, foram identificadas as categorias de produto que apresentam maiores possibilidades de
sucesso na FOODEX 2008.
A Matriz de Atratividade para o setor de Alimentos e Bebidas no Japão foi desenvolvida por meio da
seguinte metodologia:
•
Foram analisadas as taxas de crescimento das exportações brasileiras das categorias de produtos6 do
setor de Alimentos e Bebidas para o Japão entre 2001 e 2006, e foi calculada a taxa média de
crescimento do período (eixo X do gráfico);
•
Foram analisadas as taxas de crescimento das importações mundiais destas categorias de produtos pelo
Japão entre 2001 e 2006, e foi calculada a taxa média de crescimento do período (eixo Y do gráfico);
•
O tamanho das bolhas representa o valor das importações mundiais destes setores pelo Japão em 2006;
Sendo assim, quanto mais alto e mais à direita do gráfico uma categoria de produtos estiver, maior a sua
atratividade no mercado japonês, devendo-se ainda observar o tamanho da bolha para se conhecer o tamanho do
mercado. Para a seleção das categorias de produtos prioritárias para a FOODEX foi considerada também a
participação no mercado de cada uma destas categorias, como se verá na Tabela 1.
É importante frisar, no entanto, que a matriz de atratividade espelha dados estatísticos e que o bom
posicionamento de uma determinada categoria de produtos dentro da matriz não garantirá o seu sucesso no
mercado japonês. Como se verá adiante, as adequações de qualidade e certificações exigidas no Japão devem
ser estritamente observadas para uma boa penetração neste mercado. Tais requisitos não estão representados no
gráfico e, desta forma, a matriz de atratividade consiste apenas em um indicativo dos setores com maiores
potenciais de sucesso junto ao consumidor japonês.
6
Para conhecer os SH6 que compõem cada categoria de produtos do setor de Alimentos e Bebidas, consultar as tabelas do item
“Barreiras Tarifárias”.
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Matriz de atratividade para setores
Mercado-alvo: Japão
Crescimento das importações mundiais do setor pelo mercadoalvo 2001/2006
20,00%
Água Mineral e Refrigerantes
Café
Demais carnes
10,00%
Massas e preparações
Sucos
alimentícias
Outros açúcares
Prod. hortícolas
Vinhos e vermutes
Açúcar e Álcool
Carne de aves
Chocolates, balas e confeitos
Leite e laticínios
Preparações
de
carnes e peixes
Produtos orgânicos
Carne suína
Peixes e
-20%
-10%
Crustáceos
0,00%
0%
Frutas
Outros produtos
de origem animal
10%
20%
Chá, mate
e especiarias
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
Carne bovina
Bebidas Destiladas
-10,00%
Fonte: GTIS. Elaboração: UIC APEX-Brasil
Crescimento das exportações brasileiras do setor para o mercado-alvo 2001/2006
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Tabela 1 – Dados de Origem da Matriz de Atratividade do Japão para Alimentos e Bebidas
DADOS DE ORIGEM DA MATRIZ ATRATIVIDADE DO JAPÃO PARA ALIMENTOS E BEBIDAS
Setor
Participação do setor
brasileiro no mercadoalvo em 2006
Outros açúcares
Demais carnes
Chá, mate e especiarias
Chocolates, balas e confeitos
Água Mineral e Refrigerantes
Outros produtos de origem animal
Bebidas Destiladas
Sucos
Açúcar e Álcool
Leite e laticínios
Café
Vinhos e vermutes
Carne de aves
Frutas
Carne bovina
Produtos hortícolas
Preparações de carnes e peixes
Carne suína*
Massas e preparações alimentícias
Produtos orgânicos
Peixes e Crustáceos
0,02%
1,87%
0,30%
0,58%
0,25%
0,29%
0,03%
15,46%
13,58%
0,63%
28,27%
0,03%
25,75%
0,06%
0,32%
0,11%
0,07%
0,02%
1,25%
6,07%
0,14%
Crescimento médio das
importações mundiais do
setor pelo mercado-alvo
2001/2006
5,46%
10,38%
-0,88%
6,12%
17,93%
2,20%
-4,75%
7,14%
8,76%
4,39%
10,99%
7,80%
5,90%
2,77%
-1,28%
0,84%
4,40%
2,48%
6,09%
3,28%
-0,38%
Crescimento médio das
Importações mundiais do
exportações brasileiras
setor pelo mercado-alvo
do setor para o mercadoem 2006
alvo 2001/2006
149.935.572
212.835.269
370.564.227
483.815.558
549.290.421
596.156.749
612.364.645
631.997.581
753.738.067
1.022.177.939
1.103.935.162
1.254.075.059
1.905.788.870
2.225.706.601
2.294.975.231
2.404.376.269
2.862.906.858
3.837.550.007
4.415.494.645
6.469.091.616
10.850.016.448
3,32%
15,51%
4,28%
10,97%
8,55%
40,93%
12,33%
6,67%
63,87%
44,19%
20,19%
13,27%
32,54%
86,87%
62,00%
-12,83%
15,32%
75,77%
6,58%
6,48%
2,24%
Fonte: GTIS. Elaboração: UIC APEX-Brasil
Após a análise da matriz, foram selecionados os setores destacados acima, pelas seguintes
características:
•
Grupo dos setores mais importados pelo Japão e com altas taxas de crescimento das importações
mundiais: massas e preparações alimentícias e produtos orgânicos
•
Grupo dos setores com importação média pelo Japão e com altas taxas de crescimento das importações
mundiais: frutas, leite e laticínios, café, vinhos e vermutes, carne de aves e frutas
•
Grupo dos setores menos importados pelo Japão, porém com altas taxas de crescimento das importações
mundiais: sucos, chocolates balas e confeitos
O setor de bebidas destiladas apresentou uma redução na participação das importações japonesas.
Entretanto, é um segmento potencial, pois as exportações brasileiras deste setor cresceram 12,33% entre 2001 e
2006. Além disso, existem muitos brasileiros, descendentes de japoneses, vivendo atualmente no Japão (por volta
de 302 mil brasileiros, dados de 2005), sendo esse um público-alvo principalmente para a venda de cachaça.
A participação de cada uma das categorias selecionadas para a Feira de FOODEX na importação total de
alimentos e bebidas pelo Japão pode ser verificada no gráfico a seguir.
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Participação de cada setor na importação de alimentos do Japão
1,1%
1,4% 2,5%
Bebidas Destiladas
Chocolates, balas e confeitos
4,2%
Café
4,9%
2,3%
9,8%
Carne de aves
Frutas
Leite e laticínios
Massas e preparações
alimentícias
Produtos orgânicos
55,3%
14,4%
Sucos
Vinhos e vermutes
1,4%
2,8%
Outros alimentos
Fonte: WTA (World Trade Atlas) - Elaboração: UIC/APEX-Brasil
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4.1 Bebidas Destiladas (total importado: US$ 612,36 milhões)
7
O mercado apresentou declínio nas vendas em 2006 e já se encontra consolidado. A Asahi Breweries Ltd.
e a Kirin Brewery Co Ltd. controlam quase 60% do mercado, com a Suntory Ltd. na terceira posição,
representando 8,6%, de acordo com estimativas de 2005.
Mudanças nos hábitos alimentares têm provocado transformações no setor, em especial a preocupação
com a saúde. Em função disso, bebidas com baixo teor alcoólico estão surgindo e encontrando mercado. De
acordo com estimativas internacionais (Euromonitor e dados oficiais do Governo Japonês), vinhos e coolers/ice
devem estar entre os produtos com maior crescimento da demanda. Em termos de volume vendido, a variação
deverá alcançar 13,2% e 27,1%, respectivamente, até 2011.
Outra mudança observada foi um crescimento no consumo feminino. A maior participação das mulheres
no consumo de bebidas alcoólicas tem impulsionado a venda de espumante, vinho rose, shochu, dentre outras,
foram propiciadas e deverão crescer.
O shochu é a terceira bebida mais consumida internamente. Também tem origem japonesa e nada mais é
que um “spirit” (cooler, ice), de baixo custo, normalmente feito à base de arroz, batata doce ou “barley”. E,
diferentemente do sake, vem misturada com sucos de frutas ou outras bebidas mais fracas. A preferência por
shochu se dá ao sul da Ilha, enquanto ao norte se prefere o sake. As bebidas alcoólicas com sabor e os “spirits”
lideraram o consumo litro/per capita entre 2000 e 2005.
Outras bebidas alcoólicas como vodka, licor, scotch whisky, têm consumo menos significativo, sendo o
público composto geralmente por homens mais velhos. A demanda por essas bebidas denominadas premium
demonstra a polarização do consumo no país, pois ao mesmo tempo em que se mostram dispostos a investir em
produtos caros, os japoneses também compram produtos mais acessíveis como a cerveja.
O Brasil é apenas o 29º maior fornecedor de bebidas destiladas para o Japão, com importações que
alcançaram aproximadamente US$ 215 mil, em 2006. No gráfico abaixo, pode-se observar o desempenho dos
cinco países que mais exportaram bebidas destiladas para o Japão em 2006: Reino Unido, França, Coréia do Sul,
Estados Unidos e China.
7
Dados retirados do Euromonitor International (Alcoholic Drinks – Japan, Consumer Lifestyles - Japan), de sites do Governo Japonês:
http://www.mizuho-sc.com/english/ebond/government.html e dados do World Trade Atlas.
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Principais fornecedores de Bebidas Destiladas para o Japão
100%
80%
Total Imp.
US$ 682,7 mi
Total Imp.
US$ 621,3 mi
Total Imp.
US$ 612,4 mi
US$ 95,1 mi
US$ 85,9 mi
US$ 78 mi
US$ 19,3 mi
US$ 19,9 mi
US$ 20,4 mi
US$ 63,1 mi
US$ 64,4 mi
US$ 71,4 mi
US$ 117,3 mi
US$ 107,3 mi
US$ 108,3 mi
US$ 196,7 mi
US$ 174,9 mi
US$ 160,5 mi
US$ 191 mi
US$ 168,9 mi
US$ 173,6 mi
2004
2005
60%
40%
20%
0%
Reino Unido
França
Coréia do Sul
Estados Unidos
2006
China
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Outros
Fonte: GTIS. Elaboração: UIC
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4.2 Chocolates, Balas e Confeitos (total importado: US$ 483,82 milhões)8
O setor de açúcares e produtos de confeitaria está perto de atingir a maturidade, apresentando pequena
variação positiva em 2006. Estima-se que até o ano de 2015 haja um crescimento de menos de 1% em valores
constantes, com exceção para os produtos mais saudáveis. Dentre os produtos mais populares estão os chicletes,
as balas gelatinosas e mastigáveis. As pastilhas estão em segundo plano, correspondendo a apenas 5% do
consumo total do setor, em 2006.
As escolhas dos consumidores se tornam mais seletivas à medida que esses se preocupam com a saúde,
o que motivou o bom desempenho das alternativas mais saudáveis dos produtos de confeitaria e variantes com
propriedades medicinais, em 2006. Um exemplo são os produtos ricos em vitaminas ou sem açucares, que
contêm adoçantes em sua composição.
Outro exemplo claro foi o crescimento das power mints, especialmente a Mintia, uma menta (hortelã) com
propriedades funcionais que ajudam a manter o bom hálito. As power mints tiveram a maior variação em termos
de volume: 21,1% (2001-2006). Deve-se levar em consideração a estratégia promocional bem sucedida. A Asahi
Food & Healthcare fez propagandas da Mintia com jovens mulheres, localizadas em estações de trem e metrô,
conseguindo dobrar a sua participação no mercado no período de 2005 a 2006.
Além do aumento da preocupação com a alimentação mais saudável, mudanças demográficas têm
alterado a característica do consumo no setor. A queda na taxa de natalidade da população japonesa tem sido
acompanhada pela queda nas vendas dos produtos populares entre as crianças. De acordo com projeções do
Euromonitor, a variação no número de crianças deverá atingir 21% em 2015, se comparada aos índices de 1990,
representando apenas 7% da população.
O consumo dos jovens e pessoas que gostam de acompanhar as novas tendências, no entanto, tem sido
alvo dos fabricantes. A Kanebo Foods lançou pastilhas, chicletes e balas mastigáveis que dispersam aromas por
meio da transpiração. A Bourbone já incluiu produtos de confeitaria que ajudam no tratamento da “Febre do Feno”.
A maior parte dos produtos, entretanto, gomas chamadas popularmente de “Gumi”, são menos doces que os
produtos originais e normalmente com sabor de frutas, sendo vistas como mais saudáveis. Algumas têm vitaminas
e, como os produtos da Kasugai Seika, por exemplo, chegam a conter a co-enzima Q10.
A organização do setor não mudou muito nos últimos anos. Os maiores fabricantes de produtos de
confeitaria são empresas locais, como a Morinaga & Co Ltd., a Kanro Co Ltd., a Meiji Seika Kaisha Ltd., a dentre
outras. A marca estrangeira Frisk, no entanto, tem uma participação de 4,5% no mercado, ocupando o nono lugar,
e é a única a possuir produtos com embalagens planas e fáceis de carregar, no ano de 2005.
O setor de chocolates apresentou um desempenho positivo em 2006, com forte crescimento no valor total
das vendas em comparação a 2005. A superação da estagnação sofrida pela economia japonesa por mais de
uma década auxiliou esse desempenho, bem como a procura por produtos de chocolate que contém componentes
benéficos à saúde.
Como o ritmo de vida japonês está cada vez mais estressante, um componente popular na composição
dos produtos de chocolate, no período de 2005-2006, foi o GABA, Ácido Gama Amino Butírico, o qual tem efeitos
inibidores de ansiedade e ajuda a relaxar. A resposta ao GABA foi tão satisfatória que empresas como a Ezaki
Glico e a Coca-Cola Japonesa lançaram um café pronto para consumo fortificado com o ácido, em abril de 2006.
8
Para elaboração desta seção foram uitlizados dados do Euromonitor International (Sugar Confectionery – Japan, Consumer Lifestyles Japan) e dados do World Trade Atlas.
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A ação foi seguida por outras empresas, como a Lotte, que lançou o “Cacao No Megumi + Relax”, contendo GABA
e extrato de chá verde em sua composição. Outra inovação são produtos com polyphenol e com a co-enzima Q10.
Além das inovações, o preço por unidade quase não sofreu alterações em 2006. Os chocolates em
tabletes e embalados em selflines/softlines, no entanto, sofreram uma queda nos preços devido à forte competição
entre revendedores e fabricantes, mas com variação no volume total de vendas de 1,1% para o mesmo período.
Os produtos de chocolate premium e embalagens especiais para períodos festivos encontram maior aceitação
entre os japoneses, dispostos a pagar mais caro pelos mesmos.
Atualmente, além da apresentação dos produtos em tabletes ou em embalagens plásticas flexíveis
comuns, existem os saquinhos plásticos com zip ou fecho e os recipientes plásticos semelhantes aos usados para
os produtos de confeitaria.
No segmento de chocolates, os produtos ao leite correspondem à maior parte das vendas, contando com
55% das mesmas em 2006. Entretanto, o interesse nas propriedades do cacau fez com que os chocolates mais
concentrados (amargo ou meio amargo) aumentassem suas vendas em 6%, alcançando 32% das vendas dos
produtos em barra. Os chocolates brancos correspondem a apenas 9%.
A conveniência deverá ser um diferencial competitivo na hora da compra. A tendência é que cresça a
demanda pelos produtos em embalagens com zip e em recipientes plásticos, os quais ficam protegidos e podem
ser consumidos aos poucos, diferentemente das embalagens plásticas usuais e individuais.
Em contraposição à forte queda na taxa de natalidade, os chocolates acompanhados de pequenos
brinquedos devem ter o maior crescimento anual de todo o setor, 2%, em parte explicado pelo aumento da renda
disponível para gastos com as crianças. O aumento no consumo deste tipo de chocolate irá afetar as vendas de
outros chocolates voltados para o público infantil, como produtos com formato de pirulito e embalagens com
chocolate líquido.
Os gêneros alimentícios em geral necessitam passar por algumas adequações para atender as exigências
do consumo e barreiras técnicas colocadas pelo mercado japonês, como as limitações impostas no mundo ao
cultivo do cacau (principal insumo desses produtos). Para maiores informações sobre barreiras técnicas no
mercado japonês, consultar o item 5, “Tarifas e Barreiras”, ou as “Barreiras Tarifárias”, subitem 8.1 desse estudo.
Outra característica desse mercado é que o japonês possui um paladar diferenciado. O açúcar é diferente,
é menos doce, havendo assim a necessidade das empresas brasileiras adaptarem o produto para o paladar
japonês. O mercado de dekasseguis é um mercado que já registra participação de empresas brasileiras, a
exemplo da Garoto, Riclan, Montivergine e Embaré.
O Brasil ocupa o 18º lugar no ranking de países exportadores de chocolates, balas e confeitos para o
mercado japonês, ao lado do Reino Unido e da Finlândia. Suas exportações foram de apenas US$ 3,12 milhões
em 2006, ou seja, a performance não é das melhores se comparada à de Cingapura que alcançou uma venda de
US$ 107 milhões no mesmo ano, ficando em primeiro lugar no ranking.
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Inteligência Comercial
Principais fornecedores de Chocolates, Balas e Confeitos para o Japão
100%
Total Imp.
US$ 465,1mi
Total Imp.
US$ 463,8 mi
Total Imp.
US$ 483,8 mi
90%
80%
US$ 197,4 mi
US$ 182 mi
US$ 184,2 mi
US$ 24,5 mi
US$ 25,6 mi
70%
60%
US$ 24,9 mi
50%
40%
US$ 29,2 mi
US$ 42,3 mi
US$ 37,1 mi
US$ 39,1 mi
US$ 39,3 mi
US$ 46,9 mi
US$ 41,1 mi
US$ 37,6 mi
30%
US$ 39,1 mi
US$ 57,2 mi
US$ 52,4 mi
US$ 49 mi
20%
10%
US$ 107,4 mi
US$ 85,7 mi
US$ 70,7 mi
0%
2004
Cingapura
Bélgica
2005
França
Estados Unidos
Austrália
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2006
China
Outros
Fonte: GTIS. Elaboração: UIC
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4.3 Café (total importado: US$ 1,10 bilhões)9
Apesar do bom e velho costume japonês de tomar chá, o consumo de café pelos japoneses vem
aumentando ao longo dos anos. A principal oportunidade nesta área é para o café premium, já que os
consumidores japoneses estão dispostos a pagar um pouco mais por um café de excelente qualidade, aroma e
alto valor agregado. Visando esse mercado, empresas como a Nestlé e a Starbucks têm investido bastante no
mercado japonês.
É muito comum no Japão que as indústrias ofereçam não só o café, mas também outros produtos
relacionados como: máquinas de café, filtros, açúcar, creme etc. Isto porque os consumidores preferem preparar
seu café em casa, utilizando tanto as máquinas com filtros de café como as máquinas de café expresso. A
porcentagem de japoneses que possuem uma máquina de café em casa aumentou de 10% em 2002 para 12%
em 2003.
Apesar de o café moído ser bem recebido pelos japoneses pelo excelente sabor, o café instantâneo ainda
apresenta uma posição dominante na venda de café. A competição entre as empresas que oferecem esse produto
reduziu seu preço no mercado, mas agora a tendência é de que a competição se volte mais para o sabor do que
para o preço.
Inovações, nesse caso, são bem vistas, como a mais recente criação de um café instantâneo que vem
com açúcar sem calorias e que melhora as condições intestinais, café elaborados com vitaminas e açúcar à base
de oligossacarídeos, limão, gengibre. Pode-se destacar também a venda de café instantâneo que vem com
copinhos de papel na mesma embalagem.
A tendência é que nos próximos anos o café instantâneo continue com o melhor desempenho entre os
outros tipos de café, pois os consumidores gostam da combinação entre a conveniência e o sabor. Por isso, um
bom nicho a ser explorado é o café orgânico instantâneo, que ainda consegue agregar outra característica do
consumidor japonês: a preocupação com a saúde.
Os cafés em sachê foram introduzidos no mercado japonês em 2004 e são vendidos nas três maiores
lojas de departamento de Tokyo. A Nestlé foi a pioneira na introdução desse tipo de produto e atualmente
pequenas empresas também já o oferecem. Como é um produto relativamente novo no mercado japonês, o café
em sachê ainda representa muito pouco no total de vendas do setor. As vendas estimadas em 2005 foram de 120
toneladas.
Outro item da cultura japonesa que pode ser explorado pelos exportadores brasileiros é o costume de dar
presentes no final do ano, sendo esse presente chamado de “oseibo”. Muitas indústrias locais aproveitam esse
costume para desenvolver uma embalagem de presente com várias amostras de produtos. No caso do café, por
exemplo, pode ser desenvolvida embalagem com pequenas quantidades de vários tipos de café. Desta forma, a
empresa também estará fazendo a promoção comercial de sua linha de produtos.
Um diferencial competitivo é a apresentação dos produtos. Para facilitar que os japoneses apreciem suas
bebidas favoritas no carro ou quando em movimento, as embalagens de vidro foram introduzidas, bem como, em
2005, a Moringa lançou chás e cafés instantâneos em copos de papel, com boa aceitação, apresentando
crescimento em volume. As embalagens em tamanhos menores, no entanto, facilitam a compra dos novos
produtos pelos consumidores que desejam prová-los.
9
Informações retiradas do Euromonitor International (Consumer Lifestyles – Japan, Hot Drinks – Japan, Coffee – Japan) e do World Trade
Atlas.
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Como se pode observar no gráfico abaixo, o Brasil se destacou como o maior fornecedor de café para o
Japão em 2006, tendo suas importações alcançado US$ 318 milhões, aproximadamente. Em seguida vieram a
Colômbia e a Indonésia, com importações significativas e acelerado crescimento, especialmente a Indonésia.
US$
Principais fornecedores de Café para o Japão
Total Imp.
US$ 736,8 mi
Total Imp.
US$ 1,03 bi
Total Imp.
U$S 1,10 bi
US$ 243,5 Mi
US$ 256,9 Mi
100%
90%
US$ 203,6 Mi
80%
US$ 17,7 Mi
US$ 13,6 Mi
70%
US$ 32,8 Mi
US$ 93,8 Mi
US$ 76,8 Mi
US$ 67,6 Mi
US$ 87,9 Mi
US$ 73,1 Mi
US$ 91,7 Mi
US$ 248,4 Mi
US$ 239,4 Mi
US$ 287,1 Mi
US$ 318,0 Mi
US$ 55,8 Mi
60%
US$ 55,5 Mi
50%
US$ 60,4 Mi
40%
US$ 173,5 Mi
30%
20%
US$ 174,1Mi
10%
0%
2004
Brasil
Colômbia
2005
Indonésia
Etiópia
Guatemala
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2006
Vietnã
Fonte: GTIS. Elaboração:
OutrosUIC APEX-Brasil
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4.4 Carne de Aves (total importado: US$ 1,91 bilhões)10
No Japão, a preocupação com um consumo mais saudável tem impulsionado as vendas de carne de aves
que cresceram 4% em 2006, enquanto o consumo de carne suína cresceu apenas 1% e as carnes bovinas
apresentaram uma queda de 4% em suas vendas.
Segundo o World Trade Atlas, o Brasil é o segundo maior exportador de carnes de aves para o Japão,
alcançando um valor total de US$ 634.26 milhões, em 2006. No entanto, tal valor configurou uma queda de
19,14% em relação ao ano anterior.
Em 2006, a retração do mercado consumidor asiático, devido a focos da gripe aviária em países da
Europa e da Ásia, prejudicou a performance da exportação da avicultura brasileira. O setor também enfrentou uma
redução da rentabilidade das empresas exportadoras graças a uma conjuntura desfavorável do câmbio.
Os principais concorrentes brasileiros são China, Tailândia, Estados Unidos, Taiwan, dentre outros. No
entanto, em virtude da gripe aviária, a China e a Tailândia estão proibidas de exportar cortes de aves crus para o
Japão, o que provocou uma redução na oferta de produtos. Ainda, esses dois países continuam exportando cortes
cozidos, após inspeção realizada pelo Ministério de Agricultura, Florestamento e Pesca do Japão, representando
18% do consumo total no país em 2006. Em contrapartida, o Japão demonstra confiança nos cortes congelados
de aves advindos do Brasil e dos Estados Unidos.
De acordo com informações da Associação Brasileira de Exportadores de Frango (ABEF), o desempenho
por segmentos foi o seguinte em 2006:
•
Cortes de frango - Os embarques totalizaram 1,637 milhão de toneladas, com queda de 4,69% em
relação a 2005. E a receita cambial somou US$ 1,985 bilhão, com uma redução de 11,23%.
•
Frango inteiro - As exportações foram de 948.659 toneladas, com queda de 9,16%. A receita cambial,
que foi de US$ 936,923 milhões, teve redução de 13,83%.
•
Industrializados - Entre janeiro e dezembro os embarques desse segmento, de maior valor agregado,
somaram 127.245 toneladas, apontando um expressivo crescimento de 51,5%. A receita cambial foi de
US$ 280 milhões, com aumento de 52,32%.
Ademais, segundo dados do governo japonês, 60% dos produtos de carnes de aves são consumidos nos
domicílios, onde predominam os cortes domésticos. Em geral, a carne do peito do frango é preferida em relação à
carne das coxas e asas.
O gráfico da página seguinte apresenta os principais concorrentes do Brasil no fornecimento de carnes de
aves para o Japão. Através dele pode-se perceber o forte crescimento das exportações da China e da Tailândia
nos últimos anos, prejudicando a posição do Brasil como um dos principais fornecedores desta categoria de
produtos para o mercado japonês.
10
Dados
retirados
do
site
da
Associação
Brasileira
de
Exportadores
de
Frango
–
ABEF,
www.abef.com.br/Estatisticas/MercadoExterno/Atual.php, Euromonitor International (Consumer Lifestyles – Japan) e do relatório Poultry and
Products 2007 do Departamento Norte-Americano de Agricultura - USDA.
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US$
Principais fornecedores de Carnes de Aves para o Japão
100%
90%
80%
Total Imp.
US$ 1,54 bi
Total Imp.
US$ 2,02 bi
Total Imp.
U$S 1,90 bi
US$ 359,2 Mi
US$ 47,3 Mi
US$ 474,2 Mi
US$ 49,53 Mi
US$ 493,3 Mi
US$ 38,6 Mi
US$ 359,2 Mi
US$ 474,2 Mi
US$ 493,3 Mi
US$ 605,0 Mi
US$ 784,4 Mi
US$ 446,4 Mi
US$ 610,3 Mi
2004
2005
70%
60%
50%
US$ 634,2 Mi
40%
30%
20%
US$ 659,3 Mi
10%
0%
China
Brasil
Tailândia
Estados Unidos
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2006
Outros
Fonte: GTIS. Elaboração: UIC
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4.5 Frutas (total importado: US$ 2,23 bilhões)11
De acordo com estatísticas do Ministério de Agricultura, Reflorestamento e Pesca do Japão, as frutas
corresponderam a apenas 8% da produção anual agrícola japonesa em 2005. No entanto, no período de 2000 a
2005, o consumo de frutas, em especial de laranjas, tangerinas, maçãs, bananas, abacaxis e uvas, cresceu
significativamente. O consumo de maçãs atingiu um crescimento per capita de 26,84% e o de laranjas de 20,20%,
conforme mostra a tabela abaixo.
Consumo de produtos frescos (2000-2005)
(kg / per capita)
Maçã
Laranja, tangerina e mandarim
Uva
Abacaxi
Banana
Limão e lima
Outras frutas
2000
6,8
7
1,3
0,7
4
0,5
8,6
2005
8,7
8,4
1,5
0,7
0,7
4,1
9,4
% (2000-2005)
26,84
20,2
10,53
2,6
2,55
2,35
8,99
Fonte: Euromonitor International
Elaboração: UIC – Apex-Brasil
O setor agrícola é bastante protegido, com muitos subsídios e um lobby muito forte. As uniões de
cooperativas agrícolas, com grande poder político, fazem com que o governo mantenha altas tarifas de importação
para os produtos estrangeiros e subsídios para os produtores locais, especialmente os de frutas frescas. Apesar
das barreiras tarifárias, é um setor bem interessante, já que a produção japonesa é incipiente, correspondendo a
apenas 1,6% do PIB do país.
Os produtos considerados orgânicos (frutas, sucos de frutas, vegetais e carnes) têm crescente demanda,
o que impulsionou o Ministério da Agricultura do país a revisar o JAS (Japanese Agricultural Standard), as normas
para entrada de produtos orgânicos no país, com o intuito de uniformizar os padrões orgânicos já existentes.
Desde março de 2001, os alimentos devem receber o selo JAS para receberem certificação orgânica oficial12.
As importações japonesas de frutas do Brasil atingiram apenas US$ 3,01 milhões em 2006, posicionando
o Brasil em 25º lugar no ranking dos países fornecedores de frutas para o Japão. Os cinco primeiro colocados,
cujos desempenhos estão dispostos no gráfico abaixo, são: Estados Unidos, Filipinas, Nova Zelândia, China e
México.
O segmento de frutas processadas (polpas para sucos, geléias, doces e frutas desidratadas) evoluiu ao se
constatar que sem matéria-prima de boa qualidade não há competitividade para o produto final. Habituada a
11
Foram utilizados dados oficiais do Governo Japonês, relatórios do Euromonitor International (Fresh Good – Japan) e informações da
Japanese External Trade and Research Organization - JETRO, http://www.jetro.go.jp.
12
Para maiores informações sobre produtos orgânicos, ver capítulo específico contido nesse estudo.
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trabalhar com sobras da safra, a indústria não só está mais exigente em termos de qualidade, como tem se
transformado numa boa opção de renda para os produtores.
Entre os produtos processados as frutas secas se destacam por serem normalmente de fácil obtenção, por
apresentarem menor custo e maior facilidade de transporte, por manterem as características do produto in natura
e pela sua maior durabilidade. Além disso, como o consumo japonês das frutas processadas fica abaixo da média
dos maiores consumidores, existe a possibilidade de ampliação desse mercado.
O gráfico abaixo apresenta os principais fornecedores de frutas para o Japão no triênio 2004-2006. Observase a forte presença dos Estados Unidos e Filipinas como principais fornecedores desta categoria de produtos para
o mercado japonês, seguidos de Nova Zelândia, China, México e Chile. O Brasil foi apenas o 25º fornecedor de
frutas para o Japão em 2006.
Principais fornecedores de Frutas para o Japão
Total Imp.
US$ 2,33 bi
Total Imp.
US$ 2,22 bi
Total Imp.
US$ 2,31 bi
100%
90%
US$ 400,1 mi
US$ 403,8 mi
US$ 389,3 mi
80%
US$ 63,2 mi
US$ 115,1 mi
US$ 64,3 mi
US$ 113,5 mi
US$ 61,4 mi
US$ 111,1 mi
US$ 148,8 mi
US$ 137,2 mi
US$ 142,8 mi
US$ 163,8 mi
US$ 156,2 mi
US$ 149,0 mi
US$ 601,9 mi
US$ 625,4 mi
US$ 584,6 mi
US$ 838,2 mi
US$ 809,6 mi
US$ 787,1 mi
2004
2005
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Estados Unidos
Filipinas
Nova Zelândia
China
2006
México
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Chile
Outros
Fonte: GTIS.
Elaboração: UIC APEX-Brasil
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4.6 Leite e Laticínios (total importado: US$ 1,02 bilhões)13
O consumo consciente contribuiu para a queda nas vendas de leite integral e pasteurizado, 2% em valores
correntes em 2006, pois os japoneses demonstram se preocupar com as altas taxas de gordura do produto.
Apesar disso, os preços desses itens têm crescido, uma vez que estão sendo posicionados como produtos
Premium.
A tendência por hábitos alimentares mais saudáveis aumentou a procura por produtos como o leite semidesnatado, leite desnatado e produtos elaborados com leite de soja, uma vez que esse último, além de ser rico em
proteína, possui isoflavonas em sua composição. As isoflavonas são substâncias, presentes principalmente na
soja e em seus derivados, que ajudam a regular o nível de colesterol no sangue, combater sintomas da
menopausa e a osteoporose, o que atraiu o consumo das pessoas de mais idade e, em especial, das mulheres
entre 40 e 50 anos.
A procura por leite de soja cresceu tão rapidamente que, em 2005, as vendas da Marusanai´s, uma das
maiores fabricantes desse tipo de produto no Japão, alcançaram uma variação positiva de 20%. A Kibun Food
Chemifa, outra grande fabricante de produtos à base de soja no Japão, teve um crescimento em suas vendas de
11% no mesmo ano. Ainda, em 2006, a performance do leite de soja foi a mais dinâmica dos produtos do
segmento, já que houve um crescimento de 13%. De acordo com o Euromonitor International e dados oficiais do
Governo Japonês, o consumo das bebidas de soja teve um aumento de 161,4% no período de 2001 a 2006,
seguidas por outras bebidas com soja, com aumento de 92,3%, e pelos produtos elaborados com leite de vaca e
suco de frutas, cuja variação positiva foi de 24,8%.
É importante frisar, no entanto, que o governo japonês vem implementando controles cada vez mais
rígidos contra produtos fabricados a partir de soja geneticamente modificada (GMO), e que a tendência para os
próximos anos é a exclusão total deste tipo de produto das prateleiras japonesas. Sendo assim, o exportador que
queira vender produtos a base de soja para o mercado japonês deve obter certificação de que seu produto não
deriva de grãos geneticamente modificados.
Bebidas em pó com sabor também estão ganhando popularidade, em virtude do chocolate em sua
composição. Produtos com polifenol também foram lançados no intuito de atender à demanda por produtos mais
saudáveis. O leite achocolatado é consumido, em sua maioria, por crianças e mulheres. São vendidos em
embalagens com desenhos animados ou em copos de papel descartáveis, que, uma vez abertos, precisam ser
consumidos.
A tabela a seguir apresenta a evolução no consumo de leite no Japão entre 2001 e 2006, segmentado por
categorias. Através dessa tabela é possível observar a queda no consumo de leite pasteurizado o país, de
aproximadamente 3,45 bilhões de litros em 2001 foi para 3,34 bilhões de litros em 2006 (cerca de -3% no
período). Em contrapartida, o consumo de leite de soja subiu de 62 milhões de litros em 2001 para 175,6 milhões
de litros em 2006, o que representa um crescimento no período de aproximadamente 183%.
13
Seção elaborada com base em dados do Euromonitor International (Consumer Lifestyles – Japan, Milk – Japan) e World Trade Atlas.
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Vendas de produtos de leite por subsetor em termos de volume (2001-2006)
2001
2002
2003
2004
2005
2006
(milhões de litros)
Leite
Fresco / pasteurizado
3,474.9
3,450.0
3,518.1
3,494.0
3,495.3
3,471.5
3,461.3
3,437.8
3,427.2
3,403.9
3,363.5
3,340.4
24.9
24.1
23.8
23.5
23.3
23.0
-
-
-
-
-
-
960.0
908.0
920.0
866.0
900.0
842.0
915.5
854.6
907.7
844.4
891.5
826.6
52.0
54.0
58.0
60.9
63.3
64.9
81.6
62.0
95.5
73.0
111.8
85.0
164.7
131.8
189.5
154.1
213.3
175.6
19.6
22.5
26.8
32.9
35.3
37.7
Longa vida / UHT
Leite de cabra
Bebidas de leite com sabor
Produtos a base de leite de uso diário (leite achocolatado, dentre outros)
Produtos de leite com suco de frutas
Bebidas de soja
Leite de soja
Bebidas com soja
(mil toneladas)
Leite em pó
Leite em pó com sabor
9.5
9.2
9.1
8.9
8.8
8.8
12.2
12.4
12.8
13.8
14.9
16.1
Elaboração: UIC - APEX-Brasil, dados retirados do Euromonitor International, Japan - Milk Report.
O fornecimento brasileiro de leite e laticínios para o Japão caiu de aproximadamente US$ 17 milhões em
2005 para US$ 6,01 milhões em 2006, o que levou o Brasil a cair seis posições, alcançando o 16º lugar no ranking
dos fornecedores do produto em questão em 2006. Como se pode observar no gráfico a seguir, os principais
países fornecedores desta categoria de produtos para o Japão são Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos.
Principais fornecedores de Leite e Laticínios para o Japão
Total Imp.
US$ 993,1 bi
Total Imp.
US$ 1,06 bi
Total Imp.
US$ 1,02 bi
100%
90%
US$ 267,4 mi
US$ 264,4 mi
US$ 246,4 mi
US$ 60,7 mi
US$ 55,9 mi
US$ 52,4 mi
US$ 61,8 mi
US$60,2 mi
US$ 62,8 mi
US$ 135,5 mi
US$ 111,1 mi
US$ 184,3 mi
US$ 185,7 mi
US$ 307,8 mi
US$ 298,1 mi
80%
70%
US$ 63,93 mi
US$ 55,1 mi
60%
US$ 64,3 mi
50%
US$ 107,1 mi
40%
US$ 156,1 mi
30%
20%
US$ 279,1mi
10%
0%
2004
Austrália
Nova Zelândia
2005
Estados Unidos
França
China
2006
Países Baixos
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4.7 Massas e Preparações Alimentícias (total importado: US$ 4,42 bilhões)14
Enquanto os pães e outros produtos de padaria sofreram um declínio nas suas vendas em 2006, os bolos
apresentaram desempenho positivo. O aumento nos preços dos ingredientes usados nos produtos de padaria
(pães, bolos, biscoitos), foi repassado ao preço final dos produtos em 2006, o que afetou um pouco as vendas.
Os produtos de padaria são variados e comercializados apenas nos sabores típicos asiáticos. No entanto,
as mudanças nos hábitos alimentares do país, como a procura por um estilo de vida mais saudável e o ritmo
acelerado da vida japonesa, têm diversificado o consumo. Um exemplo é a popularidade das embalagens
individuais, uma vez que os japoneses estão comendo cada vez menos.
Uma das mudanças é a maior preocupação com a qualidade do que se consome. Os japoneses mostramse dispostos a pagar mais caro pelos produtos frescos ou artesanais, que atingiram 60% das vendas totais, em
2006. São vendidos normalmente em padarias, pastelarias e confeitarias, alcançando melhor resultado nos pontos
de venda in-store (localizados dentro de supermercados ou lojas de departamento) do que em lojas
independentes.
Um dos produtos mais populares é o “Melon pan”, um pão redondo coberto com massa de biscoito, o qual
pode ser industrializado ou vendido em lojas artesanais, fresco. Outro produto popular é o “An pan”, pão com
recheio de “red beans”, uma espécie de feijão vermelho bastante comum no Japão.
Outra tendência é o aumento na busca por alimentos mais saudáveis, como pães integrais, de centeio e
com cereais. Ainda assim, os japoneses continuam habituados a consumir o pão branco, que, de acordo com o
Euromonitor, alcançou 80% do total vendido no setor de pães industrializados.
Para atrair as pessoas que estavam consumindo menos pão, a empresa japonesa Yamazaki Baking, uma
das mais tradicionais fabricantes de produtos alimentícios do país, voltou a usar a bromato de potássio, agente
oxidante que reage com a proteína do trigo, melhorando a textura, o aroma e o sabor do pão, o que levou a um
aumento nas vendas. O bromato de potássio foi classificado pela International Agency for Research on Cancer
(IARC), órgão ligado à Organização Mundial da Saúde (OMS), como um agente possivelmente cancerígeno para
humanos, gerando sua proibição em diversos países, mas não no Japão. De acordo com o site do International
Programme on Chemical Safety (IPCS)15 o bromato de potássio é aceito no Japão até níveis de 75 mg por quilo
de farinha utilizada na fabricação de produtos de panificação para consumo humano.
No Brasil, é proibido o emprego de bromato de potássio em qualquer quantidade, nas farinhas, no preparo
de massas e nos produtos de panificação, desde 1970, de acordo com a Resolução nº 15/70, e com a Lei nº
10.273/2001. A inobservância a essa proibição legal constitui infração sanitária, sujeitando-se o infrator às
penalidades previstas na Lei nº 6.437/77, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Os bolos apresentaram bom desempenho no mercado japonês em 2006. As embalagens com porções
individuais tendem a ter um preço unitário mais caro, mas estão ganhando popularidade por serem, normalmente,
produtos de melhor qualidade, alcançando o público feminino entre 15-35 anos de idade. No entanto, as
embalagens multi-porções continuam com boa aceitação no país e são facilmente encontradas em
supermercados e lojas de conveniência.
14
Foram utilizados dados do Euromonitor International (Baked Goods – Japan), dados do World Trade Atlas e dados da ANVISA - Agência
Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil, por meio do site http://www7.anvisa.gov.br/alimentos/bromato_potassio.pdf.
15
http://www.inchem.org
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14/11/2007
Inteligência Comercial
Crescimento das vendas de produtos de padaria por subsetor (2001-2006)
2005/06
-1.2
-1.2
-1.3
-0.7
-0.6
-1.2
1.1
1.1
1.1
-0.5
Pães
Industrializados
Artesanais
Produtos de pastelaria
Industrializados
Artesanais
Bolos
Industrializados
Artesanais
Produtos de padaria em geral
2001/06 TOTAL
-1.0
-2.2
1.7
-3.7
-2.5
-8.5
-5.1
-5.1
-5.1
-3.0
Elaboração: UIC - APEX-Brasil, dados retirados do Euromonitor International.
O Brasil é o 11º maior fornecedor de massas e preparações alimentícias para o Japão, com US$ 65,1
milhões exportados em 2006. Os maiores fornecedores desta categoria de produtos para o mercado japonês no
período de 2004 a 2006 foram China, Estados Unidos, Tailândia e Coréia do Sul, conforme se apresenta no
gráfico abaixo.
Principais fornecedores de Massas e Preparações Alimentícias para o Japão
Total Imp.
US$ 4,10 bi
Total Imp.
US$ 4,45 bi
Total Imp.
US$ 4,41 bi
100%
90%
US$ 1,16 bi
US$ 1,10 bi
US$ 141,0 mi
US$ 183,7 mi
US$ 174,5 mi
US$ 175,5 mi
US$ 283,3 mi
US$ 261,1 mi
US$ 285,4 mi
US$ 306,6 mi
US$ 925,4 mi
US$ 825,8 mi
US$ 1,28 bi
US$ 1,47 bi
US$ 1,57 bi
2004
2005
US$ 1,13 bi
80%
70%
US$ 124,4 mi
US$ 187,3 mi
60%
US$ 282,9 mi
US$ 269,3 mi
50%
US$ 813,5 mi
40%
30%
20%
10%
0%
China
Estados Unidos
Tailândia
Coréia do Sul
Itália
2006
Cingapura
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Fonte: GTIS.
Elaboração: UIC APEX-Brasil
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4.8 Produtos Orgânicos (total importado: US$ 4,42 bilhões)16
A indústria asiática de alimentos orgânicos está amadurecendo, com a produção e a demanda crescendo
com rapidez. Os maiores produtores são a Tailândia, a Índia e a China. Essa última é uma fonte global de
ingredientes orgânicos, incluindo frutas, vegetais, ervas, cereais, temperos, grãos e chás.
A demanda, no entanto, está concentrada em países secundários, que normalmente não são grandes
produtores, como Cingapura e Taiwan. Como conseqüência, existe uma forte dependência de importações.
O mercado japonês é o mais importante, pois seus consumidores apreciam o appeal de saúde e bemestar dos produtos orgânicos. Preocupados com a ingestão de produtos naturais, ricos em vitaminas e energéticos
e que beneficiem a saúde do consumidor, por exemplo, própolis, mel e açaí (e produtos derivados, em geral, semiprocessados), são muito aceitos pelos japoneses.
Em 2001, o Ministério da Agricultura, Reflorestamento e Pesca do Japão revisou o JAS (Japanese
Agricultural Standard), que são as normas para entrada de produtos orgânicos no país, com o intuito de
uniformizar os padrões orgânicos já existentes. Em março do mesmo ano o JAS System entrou em vigor e, para
receberem certificação orgânica oficial, os alimentos devem receber o selo JAS.
Apesar da demanda ser maior do que a oferta em muitos segmentos da indústria orgânica, o novo JAS
afetou profundamente esse setor. Assim, houve uma forte redução nas vendas dos produtos que não apresentam
essa certificação oficial.
Dentre os produtos orgânicos mais consumidos no Japão, podemos destacar como potenciais os chás,
cafés, sucos, cachaças, cogumelos, mel e própolis, barras de cereais e frutas e verduras congeladas. As bebidas
orgânicas configuram-se como oportunidade, já que poucos são os produtos produzidos no Japão (grande parte
corresponde ao chá verde e ao leite orgânico), sendo a maioria deles importados.
No gráfico a seguir, apresentam-se os principais países fornecedores de produtos orgânicos para o Japão
no período 2004-2006. Observa-se que o mercado é dominado pelos Estados Unidos, Filipinas, Indonésia e
Vietnã, sendo que esse último país vem apresentando um crescimento interessante no período.
16
Dados retirados do site da Foodex, www2.jma.or.jp/foodex/en/index.html; Euromonitor International (Consumer Lifestyles – Japan); e, do site
da Japanese External Trade and Research Organization, http://www.jetro.go.jp/en/market/regulations/.
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Principais fornecedores de Produtos Orgânicos para o Japão
Total Imp.
US$ 6,39 bi
Total Imp.
US$ 6,43 bi
Total Imp.
US$ 6,46 bi
100%
90%
80%
US$ 2.32 bi
US$ 2.53 bi
US$ 2.78 bi
70%
60%
US$ 531.5 mi
50%
US$ 506.8 mi
US$ 497.1 mi
US$ 408.2 mi
US$ 511.0 mi
US$ 474.1 mi
US$ 467.7 mi
US$ 467.5 mi
40%
US$ 502.7 mi
US$ 483.4 mi
US$ 484.3 mi
US$ 497.5 mi
30%
US$ 663.4 mi
US$ 688.9 mi
US$ 639.3 mi
US$ 1.38 bi
US$ 1.24 bi
US$ 1.18 bi
2004
2005
20%
10%
0%
Estados Unidos
Filipinas
Indonésia
Vietnã
Brasil
2006
China
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Fonte: GTIS.
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4.9 Sucos (total importado: US$ 632 milhões)17
De acordo com dados do Ministério da Agricultura, Reflorestamento e Pesca do Japão, as importações
japonesas de suco de frutas aumentaram aproximadamente 6,60% em volume e 17,50% em valores, para o período
de 2004-2006. As vendas de sucos de frutas foram ainda favorecidas pelo aumento da preocupação com a saúde. Os
chamados “soft drinks” (sucos, água, refrigerantes, concentrados, entre outros) são facilmente encontrados nas
proximidades das ruas.
Os sucos de fruta têm participação bem maior que os sucos de vegetais no mercado japonês. O mix de sucos
de frutas e vegetais, no entanto, vem se tornando mais popular em virtude de possuir menor teor de açúcar,
acompanhando a tendência ao consumo saudável.
Assim como as frutas orgânicas, os preparados, como sucos, deverão receber selo especial do Ministério da
Agricultura e Pecuária (selo JAS), para terem certificação orgânica oficial. Ainda, configuram boa oportunidade de
negócio os produtos processados como as polpas de frutas, sucos, frutas congeladas, polpa acéptica (mais pastosa
que a comum), frutas secas, castanha de caju e amêndoas, dentre outros, uma vez que o governo japonês aplica
barreiras fito-sanitárias aos produtos in natura.
O gráfico abaixo apresenta os principais fornecedores de sucos para o Japão entre 2004 e 2006. Observa-se
que o Brasil foi o principal fornecedor nessa categoria de produtos para o mercado japonês no período analisado,
seguido por Estados Unidos, China, Austrália e Israel. A Itália, sexto maior fornecedor de sucos para o Japão,
aumentou progressivamente sua participação no período analisado.
Principais fornecedores de Sucos para o Japão
Total Imp.
US$ 496,3 mi
Total Imp.
US$ 596,6 mi
Total Imp.
US$ 631,9 mi
US$ 143,3 mi
US$ 181,2 mi
US$ 183,9 mi
US$ 21,1 mi
US$ 22,6 mi
US$ 23,8 mi
US$ 26,1 mi
US$ 40,3 mi
US$ 41,4 mi
100%
90%
80%
70%
60%
US$ 42,3 mi
US$ 49,0 mi
US$ 49,5 mi
50%
US$ 53,2 mi
US$ 81,8 mi
US$ 81,8 mi
40%
US$ 99,6 mi
30%
US$ 102,9 mi
US$ 108,0 mi
20%
US$ 113,8 mi
10%
US$ 146,5 mi
US$ 111,7 mi
0%
2004
Brasil
17
Estados Unidos
2005
China
Austrália
Israel
2006
Itália
Outros
Fonte: GTIS.
Elaboração: UIC APEX-Brasil
Informações coletadas no relatório Consumer Lifestyles – Japan, das bases de dados Euromonitor Internacional e The Economist Unit.
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4.10 Vinhos e Vermutes (total importado: US$ 1,25 bilhões)18
O vinho de arroz, o sake, é a segunda bebida mais popular no Japão. De origem japonesa, feita à base de
arroz fermentado, koji, água e cerca de 14% de álcool, é a preferida em ocasiões especiais devido ao significado
social e religioso.
O vinho feito com uva apresenta potencial positivo no mercado japonês, com crescimento constante de 1% no
volume vendido em 2006, atingindo 1,066 milhões de litros naquele ano. As expectativas são ainda melhores em
virtude da tendência à compra de bebidas mais saudáveis. Inovações como vinhos fortificados, com o Ácido Gama
Amino Butírico, por exemplo, ou produtos orgânicos e sem aditivos ou pesticidas são mais adequados ao novo perfil
de demanda japonês.
As importações de vinho são, na sua maioria, da Europa, especialmente da França. Do Hemisfério Sul, os
vinhos chilenos e australianos são os que mais ganham popularidade, como o chileno Santa Carolina, importado pela
Suntory, a líder japonesa na produção e distribuição de bebidas alcoólicas e não alcoólicas.
A embalagem tem se mostrado como um diferencial na decisão da compra dos vinhos. Embalagens menores
favorecem uma vida mais saudável e atraem os consumidores que não bebem uma garrafa inteira e se preocupam
com a oxidação do restante. Garrafas menores, de 180ml, foram lançadas, assim como vinho em latas de 250ml. Os
espumantes são os maiores beneficiários do crescimento do consumo de vinhos no Japão e o fato dos produtores
terem investido em embalagens menores contribuiu ainda mais para o aumento da venda deste produto.
Com relação aos países fornecedores, o Brasil é apenas o 25º maior exportador de vinhos e vermutes para o
mercado japonês. A França domina o mercado japonês de vinhos e vermutes
18
Seção confeccionada com base em informações do Euromonitor International e Agência Nacional de Vigilância Sanitária- ANVISA.
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14/11/2007
Inteligência Comercial
Principais fornecedores de Vinhos e Vermutes para o Japão
Total Imp.
US$ 1,15 bi
Total Imp.
US$ 1,10 bi
Total Imp.
US$ 1,25 bi
100%
US$ 131,5 mi
US$ 123,4 mi
US$ 40,9 mi
US$ 35,0 mi
US$ 41,3 mi
US$ 41,4 mi
US$ 33,8 mi
US$ 47,3 mi
US$ 65,5 mi
US$ 63,1 mi
US$ 136,5 mi
US$ 129,2 mi
US$ 704,3 mi
US$ 666,3 mi
US$ 123,1 mi
90%
80%
US$ 35,5 mi
US$ 35,6 mi
US$ 51,3 mi
US$ 69,8 mi
70%
US$ 139,9 mi
60%
50%
40%
30%
US$ 798,5 mi
20%
10%
0%
2004
França
Itália
2005
Estados Unidos
Espanha
Chile
2006
Austrália
Outros
Fonte: GTIS.
Elaboração: UIC APEX-Brasil
4.11 Produtos Funcionais19
Os alimentos funcionais fazem parte de uma nova concepção de alimentos, lançada pelo Japão na década de
80, através de um programa de governo que tinha como objetivo desenvolver alimentos saudáveis para uma
população que envelhecia e apresentava uma grande expectativa de vida (ANJO, 2004) 20.
As definições variam entre os países e uma grande variedade de produtos que tem sido caracterizada como
alimentos e ingredientes funcionais muitas vezes não o são.
Segundo o conceito mais aceito, no entanto, para ser considerado como produto funcional, o alimento ou
bebida deve ser benéfico a uma ou mais funções alvo no corpo humano, de modo que seja importante tanto para o
bem-estar e a saúde, como para redução do risco de doenças. Além disso, deve se apresentar na forma de alimento
comum e poder ser consumido na alimentação cotidiana.
No Brasil, a regulamentação é feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que em 1999
publicou resoluções relacionadas aos alimentos funcionais: Resolução ANVISA/MS n.17/99, n. 18/99 e n. 19/9921. Já
no Japão, os alimentos funcionais são conhecidos como FOSHU - Foods for Specific Health Use, Alimentos para Uso
Específico de Saúde, e são alvo de crescente demanda.
19
Seção elaborada com base em dados do Euromonitor International, Organic Monitor, informações do Governo Japonês e outras fontes citadas
durante o texto.
20
ANJO, D. L. C. Alimentos funcionais em angiologia e cirurgia vascular. Jornal Vascular Brasileiro.v.3, n.2, p.145-154, 2004.
21
As resoluções podem ser acessadas pelo site http://www.anvisa.gov.br/alimentos/comissoes/tecno.htm.
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29
14/11/2007
Inteligência Comercial
O mercado é relativamente jovem, com alto potencial de crescimento e diversificação, composto por
consumidores mais exigentes e informados (MOREAS e COLLA, 2006)22. Os principais fatores que garantirão este
desenvolvimento no futuro serão: a superior qualidade dos produtos e segurança da procedência, a necessidade de
apoio científico que comprove os benefícios alegados, a ética e a responsabilidade ambiental.
Mercado para Alimentos Funcionais - FOSHU
(Milhões de pessoas)
Fonte: Japan Food Hygiene Association
Após alguns escândalos provocados pela falta de qualidade e higiene alimentares, o Governo Japonês
reformulou o JAS (Japanese Agricultural Standard), as normas para entrada de produtos agrícolas no país. A partir de
então, novas certificações passaram a ser exigidas. No caso dos alimentos classificados como FOSHU, as
certificações devem ser adquiridas junto ao Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar (MHLW)23.
Por serem vistos como de maior qualidade do que os convencionais e pelas altas exigências impostas pelo
governo, a população parece disposta a pagar mais caro pelos produtos funcionais. De acordo com estudo da Nikkei
Marketing Journal, publicado em 2004, 65% dos japoneses aceitam pagar mais por produtos com qualidade garantida.
É importante esclarecer que os alimentos funcionais não necessariamente são orgânicos. Apesar de ambos
terem qualidade superior, o fato de ser funcional nada tem a ver com o modo como é produzido. Existem alimentos
funcionais produzidos de forma convencional (com agrotóxicos, pesticidas etc).
No quadro abaixo, encontram-se listados alguns produtos considerados funcionais pelo Governo Japonês,
bem como os ingredientes contidos nos mesmos que beneficiam à saúde:
22
23
MORAES F. P. e COLLA L. M. / Revista Eletrônica de Farmácia. Vol 3 (2), p. 99-112, 2006.
Para saber como adquirir o selo FOSHU, acessar o site: http://www.nceff.com.au/pdf/Japan.pdf.
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Indicação
Alimentos que melhoram
condições gasrointestinais
Alimentos para quem tem
colesterol alto
Alimentos para quem tem
pressão alta
Alimentos para pessoas
com alto "serum
triacyglycerol"
Alimentos relacionados à
absorção de minerais
Inteligência Comercial
Fatores Funcionais
Prebióticos: Oligossacarídeos,
Rafinose, Lactulose,
Arabinose
Probióticos: Lactobacilos,
Bifidobacterium
Fibras Dietéticas
Proteína de soja e peptídios:
Alginate, Chitosan,
Sitosterol ester
Peptídeos
No. De Produtos
Tipo de produtos no
Aprovados
Mercado
336
Refrigerante, iogurte,
bolacha de biscoito,
vinagre, chocolate, sopa
em pó, leite fermentado,
cereal
28
42
Diacilglicerol e sitosterol
9
"Cesein, Calcium citrate
Isoflavone"
17
Alimentos não cariogênicos Manitol, Polifenol,
Paltinose, Xylitol
Alimentos para pessoas
Albumina de trigo, "Globin
preocupadas com a taxa de digest" , Polifenóis
açucar no sangue
6
4
Refrigerante, almôndega,
salsicha, leite de soja,
sopa, biscoito, margarina
Refrigerante, sopa, ácido
lático, grãos de soja,
"bacterium drink"
Oléo de cozinha
Refrigerantes, grãos de
soja fermentados (natto),
geléias
Chocolate, chicletes
Doces, sopas,
refrigerantes
Fonte: Site da Foodex / Eaboração: UIC APEX-BRASIL
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5. Tarifas e Barreiras
Os japoneses são muito rígidos com relação à qualidade e à procedência dos alimentos. Nesse sentido,
algumas certificações, mesmo as que não são obrigatórias, acabam se tornando diferencial competitivo para os países
interessados no mercado.
De acordo com uma pesquisa realizada no final de 2003 por uma comissão japonesa criada para fiscalizar a
qualidade dos alimentos, a Food Safety Comission24, 66% dos consumidores japoneses que preferem os produtos
nacionais aos estrangeiros o fazem apenas por se preocupar com a qualidade e segurança dos alimentos. Muitos
supermercados, inclusive, disponibilizam computadores onde os consumidores podem ver a origem dos alimentos,
data de colheita, através do “QR code”. O código QR é uma versão moderna do código de barras convencional com
capacidade de armazenar 100 vezes mais símbolos. Os dados contidos são: preservativos, aditivos, origem, e
inclusive data de distribuição do produto.
Para os exportadores, torna-se imprescindível convencer os consumidores da qualidade de seus produtos. A
solução é assegurar que os mesmos passaram pela Lei de Quarentena Animal (Animal Quarantine Law), Lei de
Quarentena para Plantas (Plant Quarantine Law) e pelas Leis Sanitárias para Alimentos do Japão (Food Sanitation
Law)25. Além disso, faz-se necessário disponibilizar a origem dos ingredientes e assegurar o procedimento usado na
produção, incluindo o sistema HACCP (Hazard Analysis and Critical Control Point), que é um sistema preventivo que
pode usado para antecipar e controlar perigos e garantir a segurança dos alimentos.
Independente do produto a ser exportado, pode-se destacar alguns fatores que facilitarão o processo de
venda no mercado japonês: (A) Listar todos os ingredientes contidos no produto a ser comercializado, com o nome
completo dos aditivos e, se possível, as percentagens e as gramas de cada ingrediente; e, (B) descrever os detalhes
do processo produtivo, desde detalhes como o que é adicionado durante a produção, a temperatura de cozimento, o
tempo de preparo e o método utilizado, bem como o processo de esterilização e de embalagem do produto. Todas as
carnes passam por inspeções obrigatórias no Japão.
Além disso, todos os alimentos e bebidas exportados para o Japão devem estar de acordo com as exigências
sanitárias26 do país. Controlada pelo Ministério de Saúde, Trabalho e Bem-Estar, essa Lei proíbe a venda de produtos
que contenham substâncias maléficas à saúde e descreve o padrão de qualidade aceito no país em termos de
embalagens, teor de aditivos, dentre outros.
A depender do tipo de produto a ser exportado, são necessárias inspeções como:
•
Plant Quarantine Law - Lei de Quarentena para Plantas para produtos como grãos, vegetais e frutas;
•
Domestic Animal Infectious Diseases Control Law - Lei voltada controle de doenças contagiosas transmitidas
por animais, para carnes e processados de origem animal.
O processo de inspeção de quarentena animal inclui várias fases. Inicialmente, o importador submete um
formulário para inspeção de importações27 e certificação da inspeção à Estação de Quarentena Animal (Animal
Quarantine Station). Depois da confirmação de que os produtos não são contrabandeados e de que estão
acompanhados de um certificado de inspeção do Governo do país de procedência, os produtos serão inspecionados
no Japão, e caso não seja encontrada nenhuma possibilidade de transmissão de doenças, receberão um certificado
chamado “import quarantine certificat”. Uma vez autorizados a serem importados, os produtos serão inspecionados
24
Para maiores informações acerca das regulamentações, vide o site: http://www.fsc.go.jp/english/index.html.
Para maiores informações sobre leis de inspeção sanitárias vide http://www.mhlw.go.jp/english/topics/importedfoods/index.html.
26
Para acessar as normas sanitárias do Japão, vide: http://www.jetro.go.jp/en/market/regulations/pdf/food-e.pdf .
27
Exemplo do formulário em questão: http://www.mhlw.go.jp/english/topics/importedfoods/1-3.html.
25
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14/11/2007
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novamente pelo Ministério da Saúde Trabalho e Bem-Estar que verificará se os mesmos estão de acordo com as
exigências sanitárias do Japão.
Com relação aos aditivos alimentares, muitos têm uso restrito ou são proibidos. É importante a leitura do
relatório Specifications on Standards for Food, Food Additives, etc. under the Food Sanitation Law elaborado pelo
Governo do Japão, para um conhecimento mais detalhado no que concerne o assunto28.
Outro tema importante são as barreiras tarifárias, dispostas no Anexo 8.1 deste estudo. Pode-se observar que
as barreiras variam bastante entre os setores analisados e dentro de um mesmo setor. Produtos como os sucos, por
exemplo, apresentam tarifas que alcançam 1000%, sendo mais recomendável par as empresas brasileiras a
exportação de outros produtos de frutas, como polpas e frutas congeladas.
O setor de bebidas destiladas apresenta tarifa de 0,00% para grande maioria de seus produtos, enquanto os
produtos orgânicos, que devem ter seu consumo aumentado nos próximos anos, apresentam tarifas que variam de
0,00% a 388,20%.
O setor de leites e laticínios também apresenta tarifas muito altas para a maioria dos produtos analisados,
enquanto as carnes de aves têm tarifa média de 7%, aproximadamente. Quanto às frutas, a maioria das tarifas
aplicadas está abaixo de 14%, o que não é tão alto para um mercado tão protegido.
6. Canais de Distribuição
Ainda que em muitos países a estratégia mais rápida para atingir o consumidor seja por meio de vendas
diretas, o mercado japonês apresenta suas peculiaridades no sistema de distribuição. A dependência de um
atacadista e a existência de vários intermediários na cadeia de suprimento faz da distribuição um sistema crítico no
mercado japonês. Por isso, além da adaptação do produto ao gosto local, a aliança com um importador, trading,
varejista ou atacadista japonês contribuirá para uma melhor penetração da empresa nesse mercado.
O sistema de distribuição japonês é fortemente marcado pelo domínio das grandes tradings, que administram
desde terminais portuários e armazéns até transportadoras e lojas de venda direta ao consumidor. A origem destes
grandes grupos empresariais remonta ao século XVIII, quando a monarquia japonesa distribuiu “cotas” entre as
famílias mais tradicionais do país, para que cada uma delas se especializasse na comercialização de determinados
tipos de produtos, como alimentos, minérios, vestuário, etc. Desta divisão realizada pela monarquia três séculos atrás
derivaram as atuais tradings japonesas, dentre as quais podemos destacar os grupos Mitsubishi, Itochu, Mitsui,
Sumitomo, Marubeni e Nishiman.
Cada etapa extra no processo de distribuição ocasiona um aumento de preço nos produtos importados, os
quais já enfrentam as tarifas de importação. O consumidor se mostra disposto, no entanto, a pagar mais caro desde
que os produtos sejam de qualidade e maior valor agregado. Além do mais, é importante frisar que a tentativa de
“queimar etapas”, desprezando o importante papel que as trading companies exercem no sistema de distribuição
japonês, não é uma estratégia eficaz de penetração neste mercado, uma vez que esses grupos empresariais dominam
praticamente todas as fases da distribuição e o desrespeito a essa hierarquia mercadológica depõe contra a imagem
do exportador brasileiro no Japão.
Ao longo dos anos, todavia, esse sistema de distribuição deverá sofrer mudanças. Os varejistas terão que
cortar custos para permanecerem competitivos no mercado e uma das estratégias para aumentar a competitividade é
exatamente eliminar os intermediários na cadeia de suprimento, passando assim a importar diretamente das empresas
fornecedoras. Vale ressaltar, no entanto, que até mesmo esta importação direta deverá passar pelas mãos de uma
trading company japonesa.
28
O relatório está disponível no site: http://www.jetro.go.jp/en/market/regulations/pdf/foodadd2004apr-en.pdf .
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14/11/2007
Inteligência Comercial
O comércio varejista japonês de alimentos é composto de supermercados, lojas de produtos gerais, lojas de
conveniência, lojas de departamento e lojas locais de produtos gerais e especializadas. A participação de cada tipo de
loja no varejo de alimentos está destacada no gráfico abaixo:
Venda de alimentos no varejo por tipo de loja
5,0%
Supermercados
9,0%
34,0%
13,0%
Lojas locais de produtos
gerais e especializados
Lojas de conveniência
Lojas de produtos gerais
Lojas de departamento
39,0%
Fonte: Site oficial da Foodex - Elaboração: UIC/APEX-Brasil
As lojas de produtos gerais, conhecidas por General Merchandise Stores (GMS), correspondem a 9% do
comércio varejista de alimentos e esta participação tende a crescer no futuro. Além de alimentos e bebidas, este tipo
de loja comercializa uma ampla variedade de itens, como roupas, utilidades domésticas, móveis e equipamentos
elétricos. A venda de alimentos nas GMSs corresponde a um terço das vendas totais. Com presença nacional através
de vários pontos de vendas e, consequentemente, uma extensiva distribuição de seus produtos, este tipo de comércio
oferece uma boa oportunidade para os exportadores. Outra peculiaridade é que a compra de produtos importados é
normalmente feita via trading, porque estas empresas querem diminuir o risco de altos estoques, o tempo de entrega e
evitar problemas de comunicação.
Os supermercados possuem uma participação de 34% no comércio varejista de alimentos e são
especializados na venda de alimentos e produtos de utilidade doméstica. Os produtos perecíveis, refeições préprontas e comidas condimentadas (chilled food) correspondem a 70% de sua venda total. Como não conseguem
comprar produtos tão baratos como as GMSs, se especializaram em vender produtos de maior valor agregado, e alta
qualidade e os fornecedores estrangeiros devem estar atentos para esta característica. Assim como as GMSs, as
compras importadas dos supermercados são feitas em sua maioria por meio de tradings.
Outra oportunidade interessante para o exportador são os supermercados que vendem produtos importados,
os chamados supermercados internacionais, dos quais os principais são: Meijiya, Seijo Ishii, Kinokuniya, Peacock,
Nissin World Delicatessen, National Azabu, Hanamasa e Yamaya. Não possuem muitos pontos de venda, estão mais
concentrados em Tóquio, Osaka, Kobe e Nagoya e oferecem uma ampla variedade de alimentos importados, sendo
seu público-alvo os consumidores estrangeiros que residem no Japão.
As lojas de conveniência são canais de venda extremamente importantes no Japão devido à facilidade que
oferecem aos consumidores e à rápida expansão que vêm obtendo no varejo. Atualmente participam com 13% do
comércio varejista de alimentos. Ao lidar com este tipo de rede, o exportador deve levar em conta que, para abastecer
as lojas, serão necessárias rapidez na entrega e capacidade de produção para atender grandes volumes, já que o giro
da mercadoria é muito alto.
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14/11/2007
Inteligência Comercial
As lojas de departamento correspondem a 5% do comércio varejista de alimentos. Apesar da pouca
participação, esse tipo de canal deve ser considerado pelo exportador que comercializa produtos de alta qualidade, já
que as lojas de departamento funcionam como uma vitrine para seus produtos. Isto porque todas as lojas de
departamento têm pelo menos um andar (Depa-Chika) de comidas frescas prontas para consumo. A parte de
alimentação nas lojas atrai o público para dentro do estabelecimento.
As lojas locais de produtos gerais e especializados, conhecidas por Local General & Specialty Stores, têm alta
participação nas vendas varejistas de alimentos, correspondendo a 39% das vendas. Por este tipo de comércio ter
característica predominantemente familiar e realizar suas compras por meio de atacadistas terciários e secundários,
não são considerados clientes potenciais pelos exportadores. Entretanto, lojas especializadas em um só segmento,
como frutas, padarias ou carnes, podem ser interessantes para os distribuidores e exportadores.
7. Conclusão
Este estudo buscou levantar informações relevantes para auxiliar as empresas na preparação para a Feira de
FOODEX. Como se pôde observar, foram selecionados os setores de alimentos e bebidas mais atrativos para o
mercado japonês, considerando as reais oportunidades no país para as empresas brasileiras.
O Japão é um país atuante no mercado internacional (5º maior importador mundial em 2006), com um volume
de importações alto e com uma população numerosa, exigente, com alto poder de consumo e cada vez mais
preocupada com uma alimentação saudável. Para atender ao consumidor japonês sedento por qualidade, tornam-se
as necessárias algumas alterações no sistema de produção, no controle de qualidade, na embalagem e no design dos
produtos brasileiros. Isto faz com que as empresas aprendam muito e tragam todo esse know-how também para seu
mercado interno, com o conseqüente e natural fortalecimento comercial da empresa perante seus concorrentes locais
e também perante outros países importadores.
No entanto, o Brasil ocupa uma posição modesta nas importações japonesas: 26º lugar. Não é pela falta de
competitividade, de flexibilidade e de capacidade de produção que as empresas brasileiras ainda não ocupam lugar de
destaque nas importações deste país. Falta-lhes, acima de tudo, conhecimento de mercado, visão de longo prazo e
persistência.
Acostumados com resultados imediatos, os empresários brasileiros que desejem conquistar este mercado
terão de ser pacientes e persistentes. Isto porque a cultura de negociação japonesa tem mostrado que os
importadores precisam primeiro conquistar a confiança da empresa e, para isto, deverão enfatizar a credibilidade,
lealdade e compromisso para longo prazo. Em feiras como a Foodex, por exemplo, é desejável que a participação seja
repetitiva, permitindo uma melhor divulgação de seus produtos e a conquista de ótimos relacionamentos.
Para ganhar essa confiança, também é essencial o conhecimento de detalhes sobre os aspectos culturais em
uma negociação com empresas japonesas. Saber qual a melhor forma de apresentar sua empresa e de se comportar
no ambiente de negócios, bem como apresentar rótulos de produtos, materiais promocionais e cartões de visitas no
idioma japonês, podem fazer a diferença na conquista do cliente.
Outra forma de atingir a sensibilidade deste público-alvo é ofertar alimentos e bebidas que proporcionem
benefícios para a saúde, que sejam orgânicos e produzidos de forma sustentável. Acima de tudo, é importante não só
vender produtos de qualidade e saudáveis, mas saber comunicar bem seus atributos ao consumidor.
A aliança com um importador, varejista ou atacadista japonês também contribui para uma melhor penetração
neste mercado. O sistema de distribuição japonês é extremamente dependente de vários intermediários na cadeia de
suprimento e, dificilmente, em um primeiro momento, a empresa conseguirá realizar vendas diretas. É fundamental
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Inteligência Comercial
que o exportador brasileiro conheça quais são as principais trading companies que lidam com o seu produto, e
estabeleça contatos efetivos com essas empresas, para que consiga acessar de forma correta o mercado japonês.
Um fator positivo é que, uma vez conquistada a confiança, o resultado é uma relação duradoura, com
aprendizados constantes. Esse relacionamento com o mercado japonês irá ajudar a empresa na conquista de outros
mercados na Ásia, já que o Japão funciona como formador de tendências e opiniões para a região, influenciando os
padrões e hábitos de consumo regionais.
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Inteligência Comercial
8. Anexos
8.1 Tabela de Tarifas
Tarifas Alfandegárias Aplicadas ao Brasil pelo Japão
SETOR: Bebidas Destiladas
SH6
220820
220830
220840
220850
220860
220870
220890
Descrição
Regime
Linhas
Tarifas
Aplicadas
Aguardentes de vinho ou de bagaço de uvas
Uísques
Cachaça e caninha (rum e tafiá)
Gim e genebra
Vodca
Licores
Outras bebidas alcóolicas
Nação Mais Favorecida
Nação Mais Favorecida
Nação Mais Favorecida
Nação Mais Favorecida
Nação Mais Favorecida
Nação Mais Favorecida
Sistema Geral de Preferênci
2
6
1
1
1
2
2
0.00%
0.00%
0.00%
0.00%
0.00%
0.00%
38.48%
Total das Tarifas Ad Valorem e
Específica Aplicadas*
(Estimativa)
0.00%
0.00%
0.00%
0.00%
0.00%
0.00%
38.18%
Fonte: Market Access Map Elaboração: UIC APEX-Brasil
Tarifas Alfandegárias Aplicadas ao Brasil pelo Japão
SETOR: Chocolate, Balas e Confeitos
SH6
Descrição
Regime
Linhas
Tarifas
Aplicadas
Total das Tarifas Ad Valorem e
Específica Aplicadas
(Estimativa)
170410
Gomas de mascar, sem cacau, mesmo revestidas
de açúcar
Nação Mais Favorecida
1
24.00%
24.00%
170490
Outros produtos de confeitaria, sem cacau
Nação Mais Favorecida
3
25.00%
25.00%
Sistema Geral de Preferências
1
12.50%
12.50%
Sistema Geral de Preferências
2
12.50%
12.50%
Nação Mais Favorecida
1
10.00%
10.00%
Sistema Geral de Preferências
1
12.50%
12.50%
180610
180620
180631
180632
Cacau em pó, com adição de açúcar ou outros
edulcorantes
Outras preparações alimentícias com cacau, em
blocos ou barras, com peso > 2kg
Chocolate e outras preparações alimentícias com
cacau, recheadas, em tabletes, barras e paus
Chocolate e outras preparações alimentícias com
cacau, não recheadas, em tabletes, barras e paus
Fonte: Market Access Map Elaboração: UIC APEX-Brasil
Tarifas Alfandegárias Aplicadas ao Brasil pelo Japão
SETOR: Café
SH6
90111
90112
90121
90122
90190
210111
210112
Descrição
Café não torrado, não descafeinado
Café não torrado, descafeinado
Café torrado, não descafeinado
Café torrado, descafeinado
Cascas, películas de café e sucedâneos do café
Extratos, essências e concentrados de café
Preparações à base de extratos, essências e
concentrados de café
Linhas
Tarifas
Aplicadas
Total das Tarifas Ad Valorem e
Específica Aplicadas
(Estimativa)
Nação Mais Favorecida
Nação Mais Favorecida
Sistema Geral de Preferências
Sistema Geral de Preferências
Sistema Geral de Preferências
Sistema Geral de Preferências
1
3
1
1
1
2
0.00%
0.00%
10.00%
10.00%
0.00%
7.50%
0.00%
0.00%
10.00%
10.00%
0.00%
7.50%
Nação Mais Favorecida
6
56.57%
56.57%
Regime
Fonte: Market Access Map Elaboração: UIC APEX-Brasil
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Inteligência Comercial
Tarifas Alfandegárias Aplicadas ao Brasil pelo Japão
SETOR: Carne de Aves
SH6
020711
020712
020713
020714
020724
020725
020726
020727
020732
020733
020734
020735
020736
160210
160231
160232
160239
Linhas
Tarifas
Aplicadas
Total das Tarifas Ad
Valorem e Específica
Aplicadas (Estimativa)
Nação Mais Favorecida
1
11.90%
11.90%
Nação Mais Favorecida
1
11.90%
11.90%
Nação Mais Favorecida
2
10.20%
10.20%
Sistema Geral de Preferências
1
0.00%
0.00%
Sistema Geral de Preferências
1
0.00%
0.00%
Sistema Geral de Preferências
1
0.00%
0.00%
Sistema Geral de Preferências
1
0.00%
0.00%
Sistema Geral de Preferências
2
0.00%
0.00%
Sistema Geral de Preferências
1
4.80%
4.80%
Carnes de patos, gansos e galinhas d'angola, das
Sistema Geral de Preferências
espécies domésticas cortadas em pedaços, congeladas
2
4.80%
4.80%
Sistema Geral de Preferências
1
0.00%
0.00%
Sistema Geral de Preferências
2
0.00%
0.00%
Sistema Geral de Preferências
3
3.20%
3.20%
Descrição
Regime
Carnes de galos e galinhas da espécie doméstica, não
cortadas em pedaços, frescas ou refrigerada
Carnes de galos e galinhas da espécie doméstica não
cortadas em pedaços, congeladas
Pedaços e miudezas comestíveis, de galos e galinhas
da espécie doméstica, frescos ou refrigerados
Pedaços e miudezas comestíveis de galos e galinhas
da espécie doméstica, congelados
Carnes de peruas e de perus, da espécie doméstica,
não cortadas em pedaços, frescas ou refrigeradas
Carnes de peruas e de perus, da espécie doméstica,
não cortadas em pedaços, congeladas
Carnes de peruas e de perus, da espécie doméstica,
em pedaços e miudezas comestíveis, frescas ou
refrigeradas
Carnes de peruas e de perus, da espécie doméstica,
em pedaços e miudezas comestíveis, congeladas
Carnes de patos, gansos e galinhas d'angola, das
espécies domésticas, não cortadas em pedaços,
frescas ou refrigeradas
Fígados gordos comestíveis, de patos ou gansos, da
espécie doméstica, frescos ou refrigerados
Outras carnes e miudezas comestíveis de patos, gansos
ou galinhas d'angola, das espécies domésticas, frescas
ou refrigeradas
Outras carnes e miudezas comestíveis de patos, gansos
e galinhas d'angola, das espécies domésticas,
congeladas
Preparações alimentícias homogeneizadas de carnes,
miudezas ou sangue
Preparações alimentícias e conservas de peru
Preparações alimentícias e conservas de galos e de
galinhas
Preparações alimentícias e conservas de patos, gansos
e galinhas d'angola
Nação Mais Favorecida
1
21.30%
21.30%
Sistema Geral de Preferências
1
3.00%
3.00%
Nação Mais Favorecida
2
13.65%
13.65%
Nação Mais Favorecida
2
13.65%
13.65%
Fonte: Market Access Map Elaboração: UIC APEX-Brasil
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Inteligência Comercial
Tarifas Alfandegárias Aplicadas ao Brasil pelo Japão
SETOR: Frutas
SH6
080111
Descrição
Regime
Linhas
Tarifas
Aplicadas
Total das Tarifas Ad Valorem
e Específica Aplicadas
(Estimativa)
1
0.00%
0.00%
Cocos secos, mesmo sem casca ou ralados
Sistema Geral de Preferências
080119
Cocos frescos, mesmo sem casca ou pelados
Sistema Geral de Preferências
1
0.00%
0.00%
080121
Castanha-do-pará, fresca ou seca, com casca
Sistema Geral de Preferências
1
0.00%
0.00%
080122
Castanha-do-pará, fresca ou seca, sem casca
Sistema Geral de Preferências
1
0.00%
0.00%
080131
Castanha de caju, fresca ou seca, com casca
Nação Mais Favorecida
1
0.00%
0.00%
080132
Castanha de caju, fresca ou seca, sem casca
Nação Mais Favorecida
1
0.00%
0.00%
080211
Amêndoas frescas ou secas, com casca
Nação Mais Favorecida
1
0.00%
0.00%
080212
Amêndoas frescas ou secas, sem casca
Nação Mais Favorecida
1
0.00%
0.00%
080221
Avelãs (corylus spp.) frescas ou secas, com casca
Sistema Geral de Preferências
1
0.00%
0.00%
080222
Avelãs (corylus spp.) frescas ou secas, sem casca
Sistema Geral de Preferências
1
0.00%
0.00%
080231
Nozes frescas ou secas, com casca
Nação Mais Favorecida
1
10.00%
10.00%
080232
Nozes frescas ou secas, sem casca
Nação Mais Favorecida
1
10.00%
10.00%
080240
Castanhas (castanea spp.) frescas ou secas
Nação Mais Favorecida
2
9.60%
9.60%
080250
Pistácios frescos ou secos, mesmo sem casca ou pelados
Nação Mais Favorecida
1
0.00%
0.00%
080290
Outras frutas de casca rija, frescas ou secas, mesmo sem
casca ou peladas
Sistema Geral de Preferências
2
1.25%
1.25%
080300
Bananas frescas ou secas
Sistema Geral de Preferências
3
10.00%
10.00%
080410
Tâmaras frescas ou secas
Nação Mais Favorecida
1
0.00%
0.00%
080420
Figos frescos ou secos
Sistema Geral de Preferências
1
3.00%
3.00%
080430
Abacaxis frescos ou secos
Nação Mais Favorecida
2
12.10%
12.10%
080440
Abacates frescos ou secos
Sistema Geral de Preferências
2
0.00%
0.00%
080450
Goiabas, mangas e mangostões, frescos ou secos
Sistema Geral de Preferências
3
0.00%
0.00%
080510
Laranjas frescas ou secas
Nação Mais Favorecida
2
24.00%
24.00%
080520
Tangerinas, mandarinas, satsumas; clementinas "wilkings" e
Nação Mais Favorecida
outros cítricos híbridos e semelhantes, frescos ou secos
1
17.00%
17.00%
080530
Limões e limas, frescos ou secos
N/C*
N/C*
N/C*
080540
Pomelos ("grapefruit"), frescos ou secos
Nação Mais Favorecida
2
10.00%
10.00%
080550
Limões e limas, frescos ou secos
Nação Mais Favorecida
2
0.00%
0.00%
080590
Outros cítricos frescos ou secos
Nação Mais Favorecida
1
0.00%
0.00%
080610
Uvas frescas
Nação Mais Favorecida
2
12.40%
12.40%
080620
Uvas secas
Sistema Geral de Preferências
1
0.00%
0.00%
080711
Melancias frescas
Nação Mais Favorecida
1
6.00%
6.00%
080719
Melões frescos
Nação Mais Favorecida
2
6.00%
6.00%
080720
Mamões (papaias) frescos
Sistema Geral de Preferências
1
0.00%
0.00%
080810
Maçãs frescas
Nação Mais Favorecida
1
17.00%
17.00%
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39
14/11/2007
Inteligência Comercial
Tarifas Alfandegárias Aplicadas ao Brasil pelo Japão
SETOR: Frutas (Continuação)
SH6
080810
Descrição
Regime
Linhas
Tarifas
Aplicadas
Total das Tarifas Ad Valorem
e Específica Aplicadas
(Estimativa)
Maçãs frescas
Nação Mais Favorecida
1
17.00%
17.00%
080820
Pêras e marmelos frescos
Nação Mais Favorecida
1
4.80%
4.80%
080910
Damascos frescos
Nação Mais Favorecida
1
6.00%
6.00%
080920
Cerejas frescas
Nação Mais Favorecida
1
8.50%
8.50%
080930
Pêssegos, incluídos os "brugnons" e as nectarinas, frescos
Nação Mais Favorecida
1
6.00%
6.00%
080940
Ameixas e abrunhos, frescos
Nação Mais Favorecida
1
6.00%
6.00%
081010
Morangos frescos
Nação Mais Favorecida
1
6.00%
6.00%
081020
Framboesas, amoras e amoras-framboesas, frescas
Sistema Geral de Preferências
1
3.00%
3.00%
081030
Groselhas frescas, inclusive o "cassis"
Sistema Geral de Preferências
1
3.00%
3.00%
081040
Airelas, mirtilos e outras frutas gênero vaccinium, frescos
Sistema Geral de Preferências
1
3.00%
3.00%
081050
Quivis ("kiwis"), frescos
Nação Mais Favorecida
1
6.40%
6.40%
081060
Duriões frescos
Sistema Geral de Preferências
1
2.50%
2.50%
081090
Outras frutas frescas
Sistema Geral de Preferências
1
2.50%
2.50%
Nação Mais Favorecida
2
10.80%
10.80%
Sistema Geral de Preferências
2
3.90%
3.90%
Nação Mais Favorecida
6
14.27%
14.27%
Nação Mais Favorecida
1
17.00%
17.00%
N/C*
N/C*
081110
081120
081190
081210
081220
081290
081310
Morangos congelados, não cozidos ou cozidos em água ou
vapor, mesmo adicionados de açúcar ou de outros
edulcorantes
Framboesas, amoras, groselhas, congeladas, não cozidas
ou cozidas em água ou vapor, mesmo adicionadas de açúcar
ou de outros edulcorantes
Outras frutas congeladas, não cozidas ou cozidas em água
ou vapor, mesmo adicionadas de açúcar ou de outros
edulcorantes
Cerejas conservadas transitoriamente, mas impróprias para
alimentação neste estado
Morangos conservados transitoriamente, mas impróprios
para alimentação neste estado
Outras frutas conservadas transitoriamente, mas impróprias
para alimentação neste estado
Damascos secos
N/C*
Sistema Geral de Preferências
1
6.00%
6.00%
Nação Mais Favorecida
1
9.00%
9.00%
081320
Ameixas secas
Sistema Geral de Preferências
1
0.00%
0.00%
081330
Maças secas
Nação Mais Favorecida
1
9.00%
9.00%
081340
Pêras e outras frutas secas
Sistema Geral de Preferências
3
4.27%
4.27%
081350
Misturas de frutas secas ou de frutas de casca rija
Sistema Geral de Preferências
2
4.50%
4.50%
Sistema Geral de Preferências
1
0.00%
4.27%
Cascas de cítricos, de melões ou de melancias, frescas,
secas, congeladas ou conservadas temporariamente
* Dados não fornecidos pelo país
081400
Fonte: Market Access Map Elaboração: UIC APEX-Brasil
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40
14/11/2007
Inteligência Comercial
Tarifas Alfandegárias Aplicadas ao Brasil pelo Japão
SETOR: Massas e Preparações Alimentícias
SH6
190110
190120
190190
190211
190219
190220
190230
Descrição
Linhas
Tarifas Aplicadas
Total das Tarifas Ad
Valorem e Específica
Aplicadas (Estimativa)
Nação Mais Favorecida
5
156.52%
156.52%
Nação Mais Favorecida
17
89.89%
89.89%
Sistema Geral de Preferências
1
4.50%
4.50%
Nação Mais Favorecida
1
Nação Mais Favorecida
5
Nação Mais Favorecida
8
Nação Mais Favorecida
Regime
Preparações para alimentação de crianças acondicionadas
para venda a retalho
Misturas e pastas, para preparação de produtos de padaria,
pastelaria
Outras preparações alimentícias de farinhas, sêmolas,
amidos, féculas ou de extratos de malte sem cacau ou
contendo menos de 40% de cacau en peso
Massas alimentícias, não cozidas nem recheadas, contendo
ovos
Outras massas alimentícias, não cozidas, nem recheadas,
nem preparadas de outro modo
Massas alimentícias recheadas, mesmo cozidas ou
preparadas de outro modo
Outras massas alimentícias
4
22.55%
22.55%
1
Ad Valorem 0.0%
Específica 103.78 $/Ton
3.46%
1
9.60%
9.60%
Nação Mais Favorecida
5
13.26%
13.26%
Nação Mais Favorecida
5
12.54%
12.54%
190300
Tapioca e seus sucedâneos preparados a partir de féculas,
Nação Mais Favorecida
em flocos, grumos, grãos, pérolas ou formas semelhantes
190420
20.99%
13.82%
"Couscous"
Sistema Geral de Preferências
Produtos à base de cereais, obtidos por expansão ou por
torrefação (por exemplo: flocos de milho)
Preparações alimentícias obtidas de flocos de cereais e
misturas
18.55%
13.82%
190240
190410
Ad Valorem 0.0%
Específica 259.44 $/Ton
Ad Valorem 0.0%
Específica 268.43 $/Ton
190430
Trigo burgol ("bulgur")
Nação Mais Favorecida
1
Ad Valorem 0.0%
Específica735.08 $/Ton
1000.00%
190490
Outros cereais em grãos, pré-cozidos ou preparados de
outro modo
Nação Mais Favorecida
4
29.13%
29.13%
190510
Pão denominado "knackebrot"
Sistema Geral de Preferências
1
4.50%
4.50%
190520
Pão de especiarias
Sistema Geral de Preferências
1
9.00%
9.00%
N/C*
N/C*
190531
Bolachas e biscoitos, adicionados de edulcorantes,
"waffles"
Bolachas e biscoitos adicionados de edulcorantes
Nação Mais Favorecida
1
20.40%
20.40%
190532
"waffles" e "wafers"
Sistema Geral de Preferências
1
15.00%
15.00%
190540
Torradas, pão torrado e produtos semelhantes torrados
Sistema Geral de Preferências
1
4.50%
4.50%
Sistema Geral de Preferências
3
14.17%
14.17%
Sistema Geral de Preferências
2
10.50%
10.50%
N/C*
N/C*
190530
190590
200110
200120
200190
200210
200290
200310
200320
200390
200410
N/C*
Outros produtos de padaria, pastelaria ou da indústria de
biscoitos, mesmo com adição de cacau
Pepinos e pepininhos, preparados ou conservados em
vinagre ou em ácido acético
Cebolas preparadas ou conservadas em vinagre ou em
ácido acético
Outros produtos hortícolas, frutas e outras partes
comestíveis de plantas, preparados ou conservados em
vinagre ou em ácido acético
Tomates inteiros ou em pedaços, preparados ou
conservados em vinagre ou em ácido acético
Sucos de tomates e outros tomates preparados ou
conservados, exceto em vinagre ou em ácido acético
Cogumelos preparados ou conservados, exceto em vinagre
ou em ácido acético
Trufas preparadas ou conservadas, exceto em vinagre ou
em ácido acético
Outros cogumelos, preparados ou conservados, exceto em
vinagre ou ácido acético
Batatas preparadas ou conservadas, congeladas, exceto em
vinagre ou ácido acético
N/C*
Sistema Geral de Preferências
7
6.97%
6.97%
Sistema Geral de
Preferências
1
7.60%
7.60%
Sistema Geral de Preferências
1
7.60%
7.60%
Nação Mais Favorecida
4
11.77%
11.77%
Sistema Geral de Preferências
2
5.05%
5.05%
Nação Mais Favorecida
3
11.17%
11.17%
Nação Mais Favorecida
3
10.37%
10.37%
Copyright © 2006 APEX-Brasil
Todos os direitos reservados
41
14/11/2007
Inteligência Comercial
Tarifas Alfandegárias Aplicadas ao Brasil pelo Japão
SETOR: Massas e Preparações Alimentícias
SH6
Descrição
Regime
Linhas
Tarifas Aplicadas
Total das Tarifas Ad
Valorem e Específica
Aplicadas (Estimativa)
Sistema Geral de Preferências
1
9.00%
9.00%
Sistema Geral de Preferências
1
9.60%
9.60%
Sistema Geral de Preferências
1
9.60%
9.60%
Sistema Geral de Preferências
3
7.97%
7.97%
Nação Mais Favorecida
2
20.40%
20.40%
Sistema Geral de Preferências
1
9.60%
9.60%
Nação Mais Favorecida
1
16.00%
16.00%
Sistema Geral de Preferências
2
3.60%
3.60%
Nação Mais Favorecida
2
12.45%
12.45%
Sistema Geral de Preferências
4
9.05%
9.05%
Sistema Geral de Preferências
2
9.00%
9.00%
Nação Mais Favorecida
2
27.65%
27.65%
200791
Outros produtos hortícolas preparados ou conservados,
exceto em vinagre ou em ácido acético, congelados
Produtos hortícolas homogeneizados, preparados ou
conservados, não congelados
Batatas preparadas ou conservadas, exceto em vinagre ou
ácido acético, não congeladas
Ervilhas preparadas ou conservadas, exceto em vinagre ou
ácido acético, não congeladas
Feijão em grão, preparado ou conservado, exceto em
vinagre ou ácido acético, não congelado
Outros feijões preparados ou conservados, exceto em
vinagre ou em ácido acético, não congelados
Aspargos preparados ou conservados, exceto em vinagre ou
ácido acético, não congelados
Azeitonas preparadas ou conservadas, exceto em vinagre ou
ácido acético, não congeladas
Milho doce, preparado ou conservado, exceto em vinagre ou
ácido acético, não congelado
Outros produtos hortícolas preparados ou conservados,
exceto em vinagre ou em ácido acético, não congelados
Produtos hortícolas, frutas e cascas, conservados em
açúcar
Preparações homogeneizadas de frutas, obtidas por
cozimento
Doces, geleias, "marmelades", purês e pastas de cítricos
Nação Mais Favorecida
6
18.82%
18.82%
200799
Geleias, doces, purês e "marmelades", de outras frutas
Nação Mais Favorecida
6
18.82%
18.82%
200811
Amendoins preparados ou conservados
Nação Mais Favorecida
4
21.92%
21.92%
13
5.08%
5.08%
200490
200510
200520
200540
200551
200559
200560
200570
200580
200590
200600
200710
200820
Outras frutas de casca rija e outras sementes, preparadas
ou conservadas
Abacaxis preparados ou conservados
Nação Mais Favorecida
3
32.60%
32.60%
200830
Cítricos preparados ou conservados
Nação Mais Favorecida
4
22.98%
22.98%
200840
Pêras preparadas ou conservadas
Sistema Geral de Preferências
2
6.45%
6.45%
200850
Damascos preparados ou conservados
Sistema Geral de Preferências
2
6.00%
6.00%
200860
Cerejas preparadas ou conservadas
Sistema Geral de Preferências
1
6.00%
6.00%
200870
Pêssegos preparados ou conservados
Sistema Geral de Preferências
2
9.60%
9.60%
200880
Morangos preparados ou conservados
Nação Mais Favorecida
4
14.75%
14.75%
200891
Palmitos preparados ou conservados
Sistema Geral de Preferências
1
7.50%
7.50%
200892
Misturas de frutas preparadas ou conservadas
Sistema Geral de Preferências
1
3.00%
3.00%
200899
Outras frutas e partes de plantas, preparadas ou
conservadas
Sistema Geral de Preferências
15
5.57%
5.57%
210111
Extratos, essências e concentrados de café
Sistema Geral de Preferências
2
7.50%
7.50%
Sistema Geral de Preferências
2
7.50%
7.50%
Sistema Geral de Preferências
1
5.00%
5.00%
Sistema Geral de Preferências
1
3.00%
3.00%
200819
210112
210120
210130
Preparações à base de extratos, essências e concentrados
de café
Extratos, essências, concentrados de chá ou mate e
preparações à base destes produtos
Chicória torrada e outros sucedâneos torrados do café e
respectivos extratos, essências e concentrados
Sistema Geral de Preferências
210210
Leveduras vivas
Sistema Geral de Preferências
1
10.00%
10.00%
210220
Leveduras mortas e outros microorganismos
monocelulares mortos
Sistema Geral de Preferências
1
0.00%
0.00%
210230
Pós para levedar, preparados
Sistema Geral de Preferências
1
5.30%
5.30%
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42
14/11/2007
Inteligência Comercial
Tarifas Alfandegárias Aplicadas ao Brasil pelo Japão
SETOR: Massas e Preparações Alimentícias
SH6
Descrição
Regime
Linhas
Tarifas Aplicadas
Total das Tarifas Ad
Valorem e Específica
Aplicadas (Estimativa)
210310
Molho de soja
Sistema Geral de Preferências
1
6.00%
6.00%
210320
"Ketchup" e outros molhos de tomate
Nação Mais Favorecida
2
19.15%
19.15%
210330
Farinha de mostarda e mostarda preparada
Nação Mais Favorecida
2
8.25%
8.25%
210390
Maionese e outros condimentos e temperos compostos
Sistema Geral de Preferências
3
4.80%
4.80%
210410
Preparações para caldos e sopas; caldos e sopas
preparados
Nação Mais Favorecida
2
7.70%
7.70%
210420
Preparações alimentícias compostas, homogeneizadas
Sistema Geral de Preferências
1
6.00%
6.00%
210500
Sorvetes, mesmo contendo cacau
Concentrados de proteínas e substâncias protéicas
texturizadas
Nação Mais Favorecida
7
24.00%
24.00%
Nação Mais Favorecida
6
183.83%
183.83%
Outras preparações alimentícias
Sistema Geral de Preferências
4
12.50%
12.50%
210610
210690
* Dados não fornecidos pelo país
Fonte: Market Access Map Elaboração: UIC APEX-Brasil
Copyright © 2006 APEX-Brasil
Todos os direitos reservados
43
14/11/2007
Inteligência Comercial
Tarifas Alfandegárias Aplicadas ao Brasil pelo Japão
SETOR: Produtos Orgânicos
SH6
Descrição
Regime
Linhas
Tarifas Aplicadas
Total das Tarifas Ad
Valorem e Específica
Aplicadas (Estimativa)
051199
Outs.Prod.D/Origem Animal,Improp.P/Alim.Hum.
Sistema Geral de Preferências
1
0.00%
0.00%
071231
Cogumelos "Agaricus" Secs, Mmo.Cortad.Etc.
Nação Mais Favorecida
1
9.00%
9.00%
080450
Mangas Frescas Ou Refrigeradas
Sistema Geral de Preferências
3
0.00%
0.00%
090111
Cafe Nao Torrado,Nao Descafeinado,Em Grao
Nação Mais Favorecida
1
0.00%
0.00%
110814
Fecula De Mandioca
Nação Mais Favorecida
1
388.20%
388.20%
120100
Outras Especies De Soja Mesmo Triturada
Nação Mais Favorecida
2
0.00%
0.00%
120810
Farinha De Soja
Sistema Geral de Preferências
1
0.00%
0.00%
150710
Oleo De Soja Em Bruto, Mesmo Degomado
Nação Mais Favorecida
1
Ad Valorem 0.00%
Específica 104.21 $/Ton
5.13%
170111
Acucar D/Cana Bruto S/Aromatiz.Ou Corante
Nação Mais Favorecida
1
0.00%
0.00%
Ad Valorem 0.00%
Específica 367.54 $/Ton
54.77%
170199
Outs.Acucs.Ñ Citad.Ant.E Sacarina Quim./Pura
Nação Mais Favorecida
1
180400
Manteiga, Gordura E Oleo, De Cacau
Nação Mais Favorecida
1
0.00%
0.00%
180500
Cacau Po,S/Acucar Ou Outro Edulcorante
Sistema Geral de Preferências
1
10.50%
10.50%
190300
Tapioca E Sucedaneos Floc.,Grum.,Graos Etc.
Nação Mais Favorecida
1
9.60%
9.60%
230400
Outros Residuos Da Extracao Do Oleo D/Soja
Nação Mais Favorecida
1
0.00%
0.00%
030410
File D/Outros Peixes Fresc.Refr.Congelado
Nação Mais Favorecida
8
3.19%
3.19%
030419
File D/Outros Peixes Frescos Refrigerados
N/C*
N/C*
030613
Outs Camaroes Cong. Exceto Os Inteiros
1
1.00%
1.00%
N/C*
Nação Mais Favorecida
051199
Outs.Prod.D/Origem Animal,Improp.P/Alim.Hum.
Sistema Geral de Preferências
1
0.00%
0.00%
080119
Outros Cocos, Frescos
Sistema Geral de Preferências
1
0.00%
0.00%
080300
Bananas, Frescas Ou Secas
Sistema Geral de Preferências
3
10.00%
10.00%
080430
Abacaxis (Ananases), Frescos Ou Secos
Nação Mais Favorecida
2
12.10%
12.10%
080720
Mamoes (Papaias), Frescos
Sistema Geral de Preferências
1
0.00%
0.00%
081090
Outras Frutas Frescas
Nação Mais Favorecida
1
6.00%
6.00%
090190
Casca,Pelicula De Cafe, Sucedaneos Do Cafe
Sistema Geral de Preferências
1
2.50%
2.50%
180100
Cacau Inteiro Ou Partido Bruto Ou Torrado
Nação Mais Favorecida
1
0.00%
0.00%
180310
Pasta De Cacau Nao Desengordurada
Sistema Geral de Preferências
1
3.50%
3.50%
180610
Cacau Po,C/Acucar Ou Outro Edulcorante
Sistema Geral de Preferências
1
12.50%
12.50%
190420
Prep. Aliment.Obtid.D/Proc.D/Cereais (Flocos)
Nação Mais Favorecida
5
12.54%
12.54%
200799
Geleias E "Marmelades"
Nação Mais Favorecida
6
18.82%
18.82%
210111
Cafe Soluvel Descafeinado
Sistema Geral de Preferências
2
7.50%
7.50%
210320
"Ketchup" e outros molhos de tomate
Nação Mais Favorecida
2
19.15%
19.15%
* Dados não fornecidos pelo país
Fonte: Market Access Map Elaboração: UIC APEX-Brasil
Copyright © 2006 APEX-Brasil
Todos os direitos reservados
44
14/11/2007
Inteligência Comercial
Tarifas Alfandegárias Aplicadas ao Brasil pelo Japão
SETOR: Sucos
SH6
Descrição
Regime
Linhas
200911
Sucos de laranjas, congelados, não fermentados
Nação Mais Favorecida
1
200912
Sucos de laranja não congelados, com valor brix =<
20
Nação Mais Favorecida
1
200919
Outros sucos de laranjas, não fermentados
Nação Mais Favorecida
1
200920
Sucos de pomelos ("grapefruit"), não fermentados
200921
Suco de pomelo ("grapefruit") com valor brix =< 20
200929
200930
Outros sucos de pomelo ("grapefruit"), não
fermentados
Sucos de outros cítricos, não fermentados
N/C*
N/C*
22.53%
Nação Mais Favorecida
1
Ad Valorem 29.80%
Específica 198.90$/Ton
29.80%
N/C*
N/C*
N/C*
200939
Outros sucos de outros cítricos, não fermentados
Nação Mais Favorecida
1
200940
Sucos de abacaxis (ananases), não fermentados
200941
Suco de abacaxi (ananás) com valor brix =< 20
Nação Mais Favorecida
1
200949
Outros sucos de abacaxi, não fermentados
Nação Mais Favorecida
1
200950
2
200970
Sucos de tomates, não fermentados
Nação Mais Favorecida
Sucos de uvas (inclusive os mostos de uvas), não
N/C*
fermentados
Suco de uvas (inclusive os mostos de uvas) com
Nação Mais Favorecida
valor brix =< 30
Outros sucos de uvas (inclusive os mostos de uvas),
Nação Mais Favorecida
não fermentados
Sucos de maças, não fermentados
N/C*
200971
Suco de maçã com valor brix =< 20
Nação Mais Favorecida
1
200979
Outros sucos de maçã, não fermentados
Nação Mais Favorecida
1
200980
Sucos de outras frutas ou de produtos hortícolas, não Sistema Geral de
fermentados
Preferências
Misturas de sucos, não fermentados
29.80%
N/C*
1
200990
29.80%
22.53%
Nação Mais Favorecida
200969
29.80%
3
Suco de outros cítricos com valor brix =< 20
200961
Ad Valorem 29.80%
Específica 198.90$/Ton
Ad Valorem 29.80%
Específica 198.90$/Ton
Ad Valorem 29.80%
Específica 198.90$/Ton
Total das Tarifas Ad Valorem e
Específica Aplicadas
(Estimativa)
Nação Mais Favorecida
200931
200960
Tarifas Aplicadas
N/C*
Nação Mais Favorecida
Ad Valorem 29.80%
Específica 198.90$/Ton
Ad Valorem 29.80%
Específica 198.90$/Ton
N/C*
1
1
1000.00%
1000.00%
N/C*
Ad Valorem 29.80%
Específica 198.90$/Ton
Ad Valorem 29.80%
Específica 198.90$/Ton
25.55%
25.55%
N/C*
N/C*
Ad Valorem 29.80%
Específica 198.90$/Ton
Ad Valorem 29.80%
Específica 198.90$/Ton
N/C*
Ad Valorem 29.80%
Específica 198.90$/Ton
Ad Valorem 29.80%
Específica 198.90$/Ton
29.80%
29.80%
1000.00%
1000.00%
N/C*
1000.00%
1000.00%
1
7.60%
7.60%
1
Ad Valorem 29.80%
Específica 198.90$/Ton
29.80%
* Dados não fornecidos pelo país
Fonte: Market Access Map Elaboração: UIC APEX-Brasil
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Todos os direitos reservados
45
14/11/2007
Inteligência Comercial
Tarifas Alfandegárias Aplicadas ao Brasil pelo Japão
SETOR: Vinhos, Vermutes e Vinagres
SH6
Descrição
Regime
Linhas
Tarifas Aplicadas
Total das Tarifas Ad Valorem
e Específica Aplicadas
(Estimativa)
Sistema Geral de Preferências
1
Ad Valorem 29.80%
Específica 1259.15$/Ton
33.58%
220410
Vinhos espumantes e espumosos
220421
Outros vinhos; mostos de uvas, cuja fermentação tenha sido
impedida por adição de álcool, em recipientes com
Nação Mais Favorecida
capacidade =< 2 litros
1
Ad Valorem 29.80%
Específica 68.58$/Ton
30.74%
220429
Outros vinhos; mostos de uvas, cuja fermentação tenha sido
impedida por adição de álcool, em recipientes com
Sistema Geral de Preferências
capacidade > 2 litros
1
Ad Valorem 29.80%
Específica 207.55$/Ton
27.32%
220430
Outros mostos de uvas
Sistema Geral de Preferências
1
0.00%
0.00%
220510
Vermutes e outros vinhos de uvas frescas, aromatizados, em
Sistema Geral de Preferências
recipientes com capacidade =< 2 litros
1
Ad Valorem 29.80%
Específica 435.86$/Ton
13.14%
220590
Outros vermutes e vinhos de uvas frescas, aromatizados
Sistema Geral de Preferências
1
Ad Valorem 29.80%
Específica 435.86$/Ton
12.47%
Sistema Geral de Preferências
1
Ad Valorem 29.80%
Específica 266.36$/Ton
16.88%
Sistema Geral de Preferências
1
4.80%
4.80%
220600
220900
Sidra e outras bebidas fermentadas e misturas de bebidas
fermentadas
Vinagres e sucedâneos obtidos a partir do ácido acético,
para uso alimentar
Fonte: Market Access Map Elaboração: UIC APEX-Brasil
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Todos os direitos reservados
46
14/11/2007
Inteligência Comercial
8.2 Contatos
8.2.1 Missões Diplomáticas do Japão no Brasil
Embaixada do Japão no Brasil
SES – Avenida das Nações, quadra 811, lote 39
CEP: 70425-900 Brasília – DF
Tel: (61) 3442-4200 / Fax: (61) 3443-9685, 3242-0738
Site: www.br.emb-japan.go.jp/
Consulado Geral do Japão em Belém
Av. Magalhães Barata, 651 - 7 o. andar
Edif. Belém Office Center
CEP: 66063-240 Belém – PA
Tel.: (91) 3249-3344 / Fax: (91) 3249-3655
Consulado Geral do Japão em Manaus
R. Fortaleza, 416 – Adrianópolis
CEP: 69057-080 Manaus – AM
Tel.: (92) 3232-2000, 3232-8582 / Fax: (92) 3232-6073
Consulado Geral do Japão em Recife
R. Padre Carapuceiro, 733 – 14 o. andar
Ed. Empresarial Center I, Boa Viagem
CEP: 51020-280 Recife – PE
Tel.: (81) 3465-9115 / Fax: (81) 3465-9140
Consulado Geral do Japão no Rio de Janeiro
Praia do Flamengo, 200 – 10 o. andar
CEP: 22210-901 Rio De Janeiro - RJ
Tel.: (21) 3461-9595 / Fax: (21) 2285-7717
Consulado Geral do Japão em São Paulo
Av. Paulista 854 – 3 o. andar
CEP: 01310-913 São Paulo - SP
Tel.: (11) 3254-0100 / Fax: (11) 3254-0110
Consulado Geral do Japão em Curitiba
Rua Marechal Deodoro, 630 – Ed. CCI, 18o. andar
CEP: 80010-912 Curitiba - PR
Tel.: (41) 3322-4919 / Fax: (41) 3222-0499
Escritório Consular do Japão em Porto Alegre
Av. João Obino, 467 – Petrópolis
CEP: 90470-150 Porto Alegre - RS
Tel.: (51) 3334-1299 / Fax: (51) 3334-1742
JETRO – Japan External Trade and Research Organization
Av. Paulista 854, 8º andar, conj. 82,
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14/11/2007
Inteligência Comercial
CEP: 01310-913 São Paulo - SP
Tel.: (11) 3141-0788 / Fax: (11) 3253-3351
Site: www.jetro.go.jp/brazil
JICA – Japan International Cooperation Agency
Escritório Anexo da Embaixada do Japão
SCS quadra 1, bloco F, Edifício Camargo Corrêa, 12º andar
Caixa Postal 09942, CEP: 70397-900 Brasília – DF
Tel.: (61) 3321-6465 / Fax: (61) 3321-7565
Site: www.jica.org.br
Câmara de Comércio e Indústria Japonesa no Brasil
Av. Paulista, 475 – 13 o. andar, Edifício Kyoei Paulista
CEP: 01311-908 São Paulo - SP
Tel.: (11) 3287-6233 / Fax: (11) 3284-9424
Site: www.camaradojapao.org.br
Federação das Associações de Províncias do Japão no Brasil
Rua São Joaquim 381, 3º andar – Liberdade
CEP: 01508-001 São Paulo - SP
Tel: (11) 3277-8569 / Fax: (11) 3207-5224
Site: www.kenren.org.br
8.2.2 Missões Diplomáticas do Brasil no Japão
Embaixada do Brasil
Kita Aoyama 2-11-12
Minato-ku, Tokyo 107-8633 Japão
Tel: (03) 3404-5211 / Fax: (03) 3404-5846
Site: www.brasemb.or.jp
Consulado-Geral do Brasil em Tokyo
Gotanda Fuji Bldg. 2F
Higashi Gotanda 1-13-12
Shinagawa-ku, Tokyo 141-0022 Japão
Tel. (03) 5488-5451 / Fax (03) 5488-5458
Site: www.consbrasil.org
Consulado-Geral do Brasil em Nagoya
Shirakawa Daihachi Bldg. 2F
Marunouchi 1-10-29
Naka-ku, Nagoya-shi, Aichi-ken 460-0002 Japão
Tel.: (052) 222-1107, 222-1108 / Fax: (052) 222-1079
Site: www.cgnagoya.org
Câmara de Comércio Brasileira no Japão
T 105-0004
Tokyo-to, Minato-ku, Shimbashi 1-17-1 Shinko Buildibg 3F
Tel (03) 3597-5310 / Fax (03) 3597-5311
Site: http://www.ccbj.jp/
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8.3 Feiras e Eventos
Evento
Inteligência Comercial
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Setor
Data
Frequência
Cidade
Local
Website
Chiba
Makuhari Messe - Nippon
Convention Center
http://www.eventseye.com/fairs/trade_fair_event_106
3.html
BIENAL
Osaka
MyDome Osaka
http://www.jma.or.jp/CONVENTION/en/
Oct. 2008 (?)
ANUAL
Tokyo
Tokyo International
Exhibition Center *
http://www.biofach-japan.com/main/Page.html
Feira Internacional de
Máquinas e Equipamentos
para Indústria Alimentícia.
June 2008 (?)
ANUAL
Tokyo
Tokyo International
Exhibition Center *
http://www.fooma.or.jp/ENG/
HI JAPAN
Conferência sobre
Ingredientes Saudáveis
(Health Ingredients
Conference).
Oct. 2008 (?)
ANUAL
Tokyo
IFIA JAPAN
Feira de ingredientes e
condimentos alimentares
asiáticos (inclui outros setores
alimentícios).
May 2008 (?)
ANUAL
Tokyo
Tokyo International
Exhibition Center *
http://ejkrause.com/ifiajapan/
INTERNATIONAL BIO
EXPO JAPAN
Exibição e Conferência
Internacional na área de
biotecnologia em alimentos,
meio-ambiente e outros.
02.07 - 04.07 2008
ANUAL
Tokyo
Tokyo International
Exhibition Center *
http://www.bio-expo.jp/english/index.phtml
NATURAL PRODUCTS
EXPO JAPAN
Exposição de Produtos
Naturais.
Oct. 2008 (?)
ANUAL
Tokyo
Tokyo International
Exhibition Center *
http://www.naturalproductsjapan.com/
23.01 - 28.01 2008
ANUAL
Tokyo
Isetan Department Store
http://www.salonduchocolat.fr/
FOODEX JAPAN
Exibição Internacional de
Comidas e Bebidas.
11.03 - 14.03 2008
ANUAL
INTER-FOOD OSAKA
Exibição Internacional de
Alimentos.
Oct. 2008 (?)
BIOFACH JAPAN
Exibição de Produtos
Orgânicos.
FOOMA JAPAN
SALON DU CHOCOLAT Exposição de Chocolates.
TOKYO
-
http://www.hi-events.com/content/default.aspx
* Também conhecido como "Tokyo Big Sight".
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Tabela elaborada a partir de dados do site: http://www.eventseye.com/
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