faculdade alfredo nasser instituto superior de educação curso de

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faculdade alfredo nasser instituto superior de educação curso de
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FACULDADE ALFREDO NASSER
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO
CURSO DE HISTÓRIA
A INFLUÊNCIA DO MOVIMENTO ANARQUISTA
NA MUSICA JOVEM BRASILEIRA: 1975 - 1985
Augusto da Cruz Barbosa
APARECIDA DE GOIÂNIA
2010
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AUGUSTO DA CRUZ BARBOSA
A INFLUÊNCIA DO MOVIMENTO ANARQUISTA
NA MUSICA JOVEM BRASILEIRA: 1975 - 1985
Artigo apresentado ao Instituto Superior de Educação da
Faculdade Alfredo Nasser, sob orientação do prof. Dr. Ademir
Luiz da Silva, como parte dos requisitos para conclusão do curso
de licenciatura em História.
APARECIDA DE GOIÂNIA
2010
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FOLHA DE AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DO TRABALHO
A INFLUÊNCIA DO MOVIMENTO ANARQUISTA
NA MUSICA JOVEM BRASILEIRA: 1975 - 1985
Aparecida de Goiânia,______de_____________________de 2010.
EXAMINADORES
Orientador: Prof. Dr. Ademir Luiz da Silva
Nota:___ / ___
Primeiro examinador – Prof. (a)..............................................................Nota:___ /___
Segundo examinador – Prof.(a) .............................................................Nota:___ /___
___________________________________________________________________
Média parcial – Avaliação da produção do Trabalho: ____ / ____
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A INFLUÊNCIA DO MOVIMENTO ANARQUISTA
NA MUSICA JOVEM BRASILEIRA: 1975 - 1985
Augusto da Cruz Barbosa 1
Resumo: O objetivo desse artigo é analisar o surgimento do movimento anarquista,
mapear seus principais pensadores e de que forma eles foram incorporados à cultura
brasileira por meio da chegada dos imigrantes entre o final do século XIX e o início
do século XX. Analisaremos de que forma o governo Vargas combateu os
anarquistas presentes no movimento sindical, sem, contudo, conseguir eliminar a
influência em determinadas sub-culturas proletárias, destacadamente na periferia de
São Paulo. Esses grupos, ao longo da década de 1970e 1980, inspirados pelas bandas
punks ingleses e norte-americanas desenvolveram esse estilo musical no Brasil,
relacionando suas mensagens por meio de letras que evocam idéias marcadamente
anarquistas.
Palavra-chave: Anarquismo, música jovem, punk rock
Abstract: The aim of this paper is to analyze the emergence of the anarchist
movement, to map its main thinkers and how they were incorporated into Brazilian
culture through the arrival of immigrants between the late nineteenth and early
twentieth century. We will analyze how the government fought Vargas anarchists
present in the union movement, without, however, able to eliminate the influence on
the movement in certain sub-cultures proletarian prominently on the outskirts of Sao
Paulo. These groups, over the decade 1980 to 1970e, inspired by British punk bands
and American musical style that developed in Brazil, relating their messages through
lyrics that evoke markedly anarchist ideas.
Keywords: Anarchism, youth music, punk rock
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Augusto da Cruz Barbosa é acadêmico do curso de licenciatura em História na Faculdade Alfredo Nasser.
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1. INTRODUÇÃO
O anarquismo nasceu da revolta contra as injustiças sociais que se adensaram ao longo
do desenvolvimento do processo de industrialização da Europa. Objetivamente, quando em
comparação com Idade Média e a Antiguidade, as condições imediatas de subsistência
melhoraram. Contudo, ao mesmo tempo, as exigências também. O movimento anarquista
desenvolveu-se nesse cenário surgiu o sentimento de que o ser humano merecia mais.
Os Homens e Mulheres da época se sentiram sufocados pelo regime social que eram
obrigados a viver, passaram a externar suas dores e também tomaram para si as dores dos
demais como se ela fosse a sua própria, e quando eles se convenceram de que boa parte do
sofrimento humano não é conseqüência inevitável das leis naturais ou sobrenaturais
inexoráveis, mas, pelo contrário, que vinha das realidades sociais existentes da vontade
humana e que podem ser eliminados pelo esforço humano, abria-se então o caminho para o
surgimento do anarquismo.
O anarquismo foi criado tendo como foco a luta de classes baixas de maioria
trabalhadora contra uma minoria dominante das classes mais altas. As idéias anarquistas se
transformaram em idéias que guiaram a classe trabalhadora. Isto não ocorreu
espontaneamente. O objetivo era fazer com que o anarquismo se tornasse em idéias das quais
se teriam objetivos ou, como foi dito por vários pensadores e adeptos do anarquismo, ter
hegemonia das idéias.
Para ter uma noção geral, Anarquismo é um movimento político/cultural que propunha
uma luta contra o poder absolutista do estado e por uma sociedade mais igualitária e sem
interferências, uma sociedade baseada em consensos e na cooperação dos indivíduos no seu
estado mais precioso; o da liberdade, tendo estes dois pontos como base: A política e a
Liberdade. É considerado, também, como um movimento socialista que prega a necessidade
da busca pelos direitos e que ao longo dos anos tentou desfazer o rotulo que seus praticantes
não passavam de baderneiros e que o movimento anarquista tinha idéias de reconstrução de
uma sociedade mais justa.
Vários foram seus seguidores e defensores, de todas as partes do mundo surgiram
adeptos do anarquismo que tentaram, das mais variadas maneiras, transmitir seus
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pensamentos e tentar tirar o estereótipo de que o anarquismo era sinônimo de baderna.
O Anarquismo rompeu fronteiras e teve espaço de destaque em outro movimento que
passa de geração em geração e provoca mudanças profundas; A música é arma de libertação,
de protestos e de mensagens pacificadores, porem há um processo de marginalização, tanto da
música como dos seus adeptos. Nos anos Setenta e oitenta o Anarquismo teve influencias
profundas na musica brasileira em especial no Rock e no Punk que tentava ganhar espaço e
também protestar contra os regimes militares e do estado.
O Punk veio como uma válvula de escape para o anarquismo, pois o movimento antes
tão marginalizado e que não atingiu totalmente sua abrangência tinha uma forma de difundir
como um raio de alcance muito maior e também atingir um público mais jovem que nunca
tinha escutado sobre o anarquismo. Mas assim como o anarquismo o Punk também sofreu
com preconceitos e falta de conhecimento por parte daqueles que os ouviam pois não
representava a cultura dominante.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. O Surgimento do Anarquismo
Segundo Woodcock (2002) Algumas justificativas são encontradas para derivação dos
vocábulos anarquia, anarquismo e anarquista. Anarchos, a palavra grega original, significa
apenas "sem governante" e, assim, a palavra anarquia pode ser usada tanto para expressar a
condição negativa de ausência de governo quanto à condição positiva de não haver governo
por ser ele desnecessário à preservação da ordem. O emprego dessas três palavras num
contexto político-social que encontramos importantes variações no seu significado: tanto
anarquia como anarquista foram termos usados livremente, em seu sentido político, durante a
Revolução Francesa, com um sentido de crítica negativa e até de insulto por elementos de
diversos partidos para difamar seus oponentes, geralmente de esquerda.
Para Woodcock (2002) Ao exigir a supressão dos Enragés, aos quais chamava de
anarquistas, o girondino Brissot declarou, em 1793, ser "necessário definir essa anarquia" - e
foi o que fez: "Leis que não são cumpridas, autoridades menosprezadas e sem força; crimes
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sem castigo, a propriedade atacada, direitos individuais violados, moral do povo corrompida,
ausência de constituição, governo e justiça, tais são as características do anarquismo".
Figura 1: símbolo anarquista internacional
Segundo Jong (1979) o anarquismo nasceu na época da primeira internacional logo
após sua cisão com o congreço realizado em Haia em 1872, a maioria da primeira
internacional declarou sua adesão ao conceito libertario de luta revolucionário e estratégia a
ser seguida. Até a primeira grande guerra, o anarquismo, em suas diferentes formas, era uma
das principais forças no movimento trabalhista internacional. Notava-se manifestações do
anarquismo nos países com raíses latinas na Europa e nos descendentes europeus que viviam
no continente americano.
Para Jong (1979), com o início da Primeira Grande Guerra o anarquismo teve seu
momento de declínio em vários países, com exeção na america latina e na península ibérica,
onde continuou com seu papel até o fim dos anos 20 e também como o fim da guerra civil na
Espanha; e foi na Espanha que o anarquismo atraiu um grande número de trabalhadores e com
isso desempenhou um papel decisivo na história do país e teve seu ponto alto na revolução
social durante a guerra civil.
2.2. O que é o Anarquismo
Para compreender melhor o movimento anarquista, que se define por um movimento
político que defende uma organização social com bases no consenso e cooperação dos
indivíduos envolvidos no processo de liberdade e descentralização do poder.
Sendo assim Jong (1979) diz que anarquismo é a luta por uma sociedade aberta e
universal, auto-controlável e auto dirigida uma sociedade na qual a autoridade coercitiva é
substituída por um processo de tomada de decisões que não da margem a alienação entre os
indivíduos e as decisões tomadas e também prima por uma sociedade autônoma, livre e que
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sai em busca de seus ideais, uma sociedade que toma suas próprias decisões, um povo com
poder de decisão. O anarquismo busca a participação do povo, povo este oprimido por uma
minoria que escolhe os caminhos e destinos de uma maioria que até então não tinha voz.
Segundo Jong (1979) é importante também conhecer como o movimento surgiu. As
origens do anarquismo estão presentes diretamente na concepção individualista dos direitos
naturais e defendidos por John Locke. A sociedade, para este filósofo, inglês, era o resultado
de um contrato voluntário acordado entre indivíduos iguais em direitos e deveres. No entanto
foi só a partir do final do século XVIII que o anarquismo se estruturou como corrente política
autônoma.
Para Jong (1979) alguns observadores sugerem semelhanças entre o anarquismo e as
formas mais tradicionais de democracia, tais como o Mir russo, o pueblo espanhol, guidas das
cidades medievais, as comunidades indígenas dos Andes, etc. Esta semelhança deu origem a
várias críticas de forma bem injustas. Primeiro, os críticos do anarquismo não tomaram a
oposição anarquista ao estado com muita seriedade.
Para Costa (1986), a anarquia, para muitos, sempre foi o caos e desordem. A palavra
transformou-se em sinonimo de bagunça e alguns estudiosos de hoje nao se preocuparam em
dizer a realidade e divulgar seu significado e passado glorioso e tão pouco construtivo. A
Anarquia acumulou em quase dois séculos de inumeras distorções na cabeça dos homens que
foram alimentadas dia a dia. Os anarquistas tem como foco o indivíduo, sem representantes,
sem intermediarios.
Segundo Costa (1986), A ideia de caos esta bem distante do que pensavam Tolstoi,
Godwin, Thoreau ou Kropotkin. A palavra anarchos, em grego, pode ser usada para definir
desordem na falta de um governo, ou quando não existia necessidade dele. A base
fundamental de tudo que envolve o pensamento anarquista é a liberdade, e por isso que seus
adeptos combatem e continuaram a combater tudo que não gere liberdade e igualdade para
todos e qualquer que seja o regime dominante: monarquia, república ou qualquer outro e ao
contrário, eles não pretendem ter a verdade absoluta.
Para Costa (1986), Os Anarquistas acreditam que a verdade social seja o melhor modo
de convivência social, não é algo fixo, mas bom para todos os tempos, universalmente
aplicável. Ao invés disso, se acredita que uma vez assegurada à liberdade, a humanidade
avançará, descobrindo e realizando as coisas, gradualmente, com o menor número de
comoções e atritos. Por isso, uma das soluções era deixar sempre a porta aberta a outras
soluções que propiciem melhoras.
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2.3. Principais nomes do Anarquismo Mundial
Passando dos conceitos do Anarquismo à consolidação dos seus ideais e de seus
idealizadores, existe uma série de debates em torno da forma mais adequada para se alcançar
e se manter uma sociedade anárquica. Ultrapassa a necessidade ou não da existência de uma
moral anarquista. Nesse sentido, cada vertente do Anarquismo tem uma linha de
compreensão, análise, ação e edificação política específica, embora todas vinculadas pelos
ideais-base do Anarquismo.
Segundo Costa (1986), Luiz Mercier Vega que também usava os pseudônimos de
Santiago Perene e também Charles Ridel dedicou toda a sua existência a pesquisa histórica do
anarquismo que para ele surgiu da vontade de conhecer-se e conhecer a sociedade em que
vivia pois achava que todos tinham o direito de ser dono de seu próprio destino e para que
isso ocorresse a sociedade deve ser uma comunidade livre e fraterna de seres livres. Dizia que
o anarquismo não é uma repetição ou uma ideologia, mas sim uma inquietação e que também
o anarquismo não são organizações em torno da verdade, mas uma atenção permanente aos
problemas sociais, as manifestações de rebeldia, aos mecanismos de poder e as resistências
aos mesmos.
Para Costa (1986) boa parte da procução dos teóricos e militantes anarquistas
revelaram a atenção constante aos problemas sociais, uma busca incessante de mecanismos de
resistência ao poder em todos os seus matizes. Os fundamentos desta busca podem ser
encontrados no que alguns pensadores ligados, seja diretamento ou seja pelos laços fraternos,
ao movimento anarquista deixaram escritos ou fizeram na pratica em varias partes do mundo.
Tabela 1
Pensadores
Período
Contribuição para o Anarquismo
Benjamim Tucker
1854-1939
Grande defensor do Anarquismo individualista
Buenaventura Durruti
1896-1936
Elisée Reclus
1830-1905
Militante Anarco-sindicalista Espanhol, o mais
conhecido do século XX
Geógrafo Frances
Emma Goldman
1869-1940
Anarco-sindicalista e principal teórica feminista
Erico Matatesta
Friedrich Nietzsche
Henry David Thoreau
1853-1932
1844-1900
?
Anarquista Italiano
Leon Tolstói
1828-1910
Louise Michel
1833-1905
Autor do Livro Desobediência
Escritor russo, anarquista cristão e teórico do
Anarquismo Pacifista
Professora e militante anarquista
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Mary Wollstonecraft
1759-1797
Ativista Libertaria e precursora do feminismo
Max Stirner
Michael Alexandrovich
Bakunin
Noam Chomsky
1806-1856
Anarquista individualista
1814-1876
Conhecido anarquista socialista
Pierre Joseph Proudhon
1809-1865
Piotr Alexeyevich Kropotkin
1842-1921
Ravachol
1859-1892
Ricardo Flores Magón
Rudolf Rocker
1873-1922
1873-1958
William Godwim
1756-1836
1928-
Lingüista, Adepto do Socialismo Libertário
Considerado o 'pai' do anarquismo e do mutualismo
anarquista
Anarquista-Comunista
Anarquista Francês conhecido como um dos mais
perigosos terroristas do séc. XIX.
Teórico mexicano veja magonismo.
Anarco-Sindicalista
Desenvolveu a primeira expressão do pensamento
anarquista moderno
Fonte: Livro: O que é o Anarquismo
Costa (1986) detalha alguns nomes do anarquismo e suas colaborações:
Willian Godwin (1756-1836) nunca se definui como um anarquista, mas sem duvida
exerceu uma grande influência entre os militantes do século XIX.
Max Stirner (1806-1856) era alemão; seu verdadeiro nome foi Johann Caspar Schmidt.
Recebeu dos historiadores o nome de “O egoista”. Escreveu o livro de 1840 a 1850 que deu
bases ao individualismo anarquista do sec. XIX.
Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865) e mais conhecido hoje pelo que Marx disse dele
do que realmente pelo que escreveu e fez.
Michael Alexandrovich Bakunin (1814-1876) filho de familia aristocratas abandonou
a russia em 1839. Fundador de diversas organizações clandestinas. Grande figura do
Anarquismo.
Piotr Alexeyevich Kropotkin (1842-1921) Educado a servir o exército virou oficial na
Sibéria onde desenvolveu sua sensibilidade pelo estado humilhante e miserável
do ser
humano. Desenvolveu idéias do comunismo-anárquico.
Leon Tolstoi (1829-1910) Desenvolveu o anarquismo cristão. Influenciando desde
cedo pelos escritores Proudhon, Bahunin e Kropotkin.Apos alguns anos tornou-se um
pacifista e um apaixonado das virtudes de uma sociedade simples.
Errico Malestra (1853-1932) Caso a parte entre os anarquistas Italianos. Teve uma
vida
tão
aventureira
quanto
Bakunin.
Sua
maior
obra
foi
Anarquia.
Emma Goldman (1869-1940) Nasceu na Rússia e emigrou ainda jovem para os
Estados Unidos. Primeira mulher a defender o Anarquismo. Foi uma das maiores defensoras
da emancipação e dos direitos da mulher.
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2.4. Bakunin - O Anarquista mais brilhante.
Segundo Costa (1986), Michail Alexandrovich Bakunin nasceu no dia 30 de maio de
1814 na pequena chácara de Premugino, província russa de Tver; faleceu em 1 de julho de
1876 em Berna, na Suíça. Era filho de um proprietário de terras e desde 1837 começou a
estudar a filosofia hequeliana. Em 1840 inicia o curso de filosofia na Universidade de Berlim,
onde logo começou sua atividade política, criticando a filosofia especulativa preferindo a
teoria da ação política. De 1843 a 1848 viajou pela Europa, onde acabou conhecendo Karl
Marx e Proudhon em uma de suas passagens por Paris. Participou do Congresso Eslavo no
que tinha em mente o pan-eslavismo (Praga, 1848) e no mesmo ano participou da Revolução
Proletária em Paris. Em 1849 foi preso e condenado a morte por uma insurreição em Dresden,
mas a pena foi anulada e foi entregue ao governo russo, ficando preso em São Petersburgo e
depois exilado no Sibéria (1857). Fugiu para o Japão e depois mudou para Suíça.
Conta Costa (1986) que por volta de 1863 tentou montar uma campanha em prol do
anarquismo para irem a Polônia, mas não obteve nada. Em 1868 fundou a Aliança
Internacional da Democracia Social, que queria fazer a união com a Associação Internacional
de Trabalhadores, no qual disputou a liderança dessa última com Karl Marx, mas em 1872
acabaram se desentendendo no Congresso de Haia. A expulsão de Bakunin da Associação
Internacional de Trabalhadores, se deu por divergências políticas com Marx.
Na obra de 1872, Bakunin faz oposição o Comitê, pois identifica a fonte de todo
problema na centralização da autoridade e do Estado, pois criavam obstáculo ao
desenvolvimento das pessoas e das Nações. A paz e a realidade devem estar diante das coisas
para realização do homem, pois querem uma descentralização das coisas para o
desenvolvimento dos homens.
A participação de Bakunin em atividades políticas, a partir de 1870, acabou
influenciando e mais pessoas, e nesse período começou a criticar o comunismo de Estado,
com propostas anti-autoritárias de socialismo. Com o fracasso da Comuna de Paris, as duas
tendências começaram uma briga que a cada ano se agravava, de um lado os comunistas de
Estado ou socialistas autoritários, como eram chamados pelos socialistas libertários, na época.
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Figura 2: Bakunin. Fonte: http://www.google.com.br/images
2.5. Contribuição de Bakunin para o Anarquismo
Bakunin é considerado como um dos grandes anarquistas de todos os tempos e são
inúmeras as suas contribuições para o movimento que tentava sobreviver em meio a
desconfianças e perseguições.
Partindo do estado de gorila, é para o homem um processo muito difícil chegar à
consciência de sua humanidade e à realização de sua liberdade. Primeiramente, ele
não pode ter nem esta consciência, nem esta liberdade; ele nasce besta feroz e
escrava, e só se humaniza e se emancipa progressivamente no seio da sociedade que
é necessariamente anterior ao nascimento se seu pensamento, de sua palavra e de sua
vontade; e ele só pode fazê-lo pelos esforços coletivos de todos os membros
passados e presentes desta sociedade que é em conseqüência a base e o ponto de
partida natural de sua existência humana (BAKUNIN, in Obras, 1980: 46).
Para Bakunin o Estado era um dos grandes responsáveis pelas mazelas humanas, em
uma de suas obras ele externa sua opinião a respeito deste fato.
Não hesito em dizer que o Estado é o mal, mas um mal historicamente necessário,
tão necessário no passado quanto o será sua extinção completa, cedo ou tarde; tão
necessário quando foram à bestialidade primitiva e as divagações teológicas dos
homens. O estado absolutamente não é a sociedade, é apenas uma forma histórica
tão brutal quanto abstrata. Nasceu historicamente, em vários países, do casamento da
violência, da pina e do saque, isto e, da guerra e da conquista, com os deuses criados
sucessivamente pela fantasia teológica das nações. Foi desde sua origem e
permanece ainda, hoje, a sanção divina da força bruta e da iniqüidade triunfante.
(BAKUNIN, in Obras, 1980: 48).
2.6. O Anarquismo no Brasil
De acordo com Dantas (2004). O movimento anarquista chega ao Brasil com os
imigrantes europeus, por volta de 1850. No fim do Século XIX, as aspirações anarquistas no
Brasil ganharam vigor. A greve de 1917 foi comandada em sua maioria por anarquistas, a
infinidade de jornais libertários da época, inclusive atestaram a força e organização dos
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anarquistas do Brasil. No final da década de 20, o anarquismo perdeu força obtida na virada
do século XIX. Com a ascensão do estado Varguista, pode-se observar o golpe final aos
anarquistas no Brasil. O governo de Getulio Vargas, utilizando de forte repressão e medidas
populistas, conseguiu conter as instituições sindicais, grande palco de difusão do anarquismo.
Tendo esta trajetória do anarquismo pode-se constatar que é um movimento popular
que buscava uma maior interação da população, mas que não obteve grandes resultado, tem
que se destacar que suas principais ideais tentavam alcançar uma sociedade melhor para seus
principais idéias tentavam alcançar uma sociedade melhor para seus principais atuantes, ou
seja, o povo. No Brasil suas influencias chegaram a incomodar alguns políticos, porem, sua
extinção logo aconteceu com o período militar.
Tabela 2
Pensadores
Período
Natural
Antonio Avelino
Fóscolo
1864-1944
Rio de Janeiro,
RJ
Domingos Passos
Fim sec.XIX
Sabará, MG
Edgard Frederico
Leuenroth
1881-1968
Mogi Mirim, SP
Florentino de Carvalho
1889-1947
Oviedo,
Espanha
Lima Barreto
1881-1922
Rio de Janeiro,
RJ
Jaime Cubero
1926-1998
Jundiaí, SP
José Rodrigues Leite e
Oiticica
1882-1957
Oliveira, MG
Maria Lacerda de
Moura
1887-1945
Maurício Tragtenberg
1929-1998
Zélia Gattai
1916-2008
Fonte: www.portalsaofrancisco.com.br
Contribuição para o anarquismo
Brasileiro
Anarquista e Escritor brasileiro
Anarquista brasileiro, negro, operário e
carpinteiro.
Jornalista, arquivista, um dos mais
notáveis anarquistas da 1ª republica
Anarco-sindicalista nascido na Espanha e
radicado no Brasil
Cineasta e Jornalista. Simpático ao
anarquismo passou a militar na imprensa
socialista.
Intelectual, Jornalista e Militante
Brasileiro Ligado ao Movimento
Anarquista.
Professor, Dramaturgo, poeta parnasiano e
notável Anarquista Brasileiro
Foi uma anarquista individualista
Manhuaçu, MG brasileira que se notabilizou por seus
escritos feministas.
Getulio Vargas, Sociólogo, Educador e Teórico Libertário
RS
e Anarquista
Escritora, fotógrafa e memorialista,
Salvador, BA participava, com a família, do movimento
político-operário anarquista
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2.7. Origem da Música
Segundo Roschel (2007) a história da música se divide em mitológica e Mecânica. A
História mitológica da música, no mundo ocidental, começou com a morte dos Titãs. Depois
da vitória dos deuses do Olimpo sobre os seis filhos de Urano (Oceano, Ceos, Crio, Hiperião,
Jápeto e Crono), mais conhecidos como Titãs, foi solicitado a Zeus que se criasse divindades
capazes de cantar as vitórias dos Olímpicos. Zeus então partilhou o leito com Mnemosina, a
deusa da memória, durante nove noites consecutivas e, no devido tempo, nasceram às nove
Musas. Entre as nove Musas estavam Euterpe (a música) e Aede, ou Arché (o canto). As nove
deusas gostavam de freqüentar o monte Parnaso, na Fócida, onde fazia parte do cortejo de
Apolo, deus da Música.
Há também, na mitologia, outros deuses ligados à história da música como Museo,
filho de Eumolpo, que era tão grande musicista que quando tocava chegava a curar doenças;
de Orfeu, filho da musa Calíope (musa da poesia lírica e considerada a mais alta dignidade
das nove musas), que era cantor, músico e poeta; de Anfião, filho de Zeus, que após ganhar
uma lira de Hermes, o mais ocupado de todos os deuses, passou a dedicar-se inteiramente à
música diz Roschel (2007)
Roschel (2007) também fala da origem mecânica e não-mitológica da música que se
divide em duas partes: a primeira, na expressão de sentimentos através da voz humana; a
segunda, no fenômeno natural de soar em conjunto de duas ou mais vozes; a primeira seria a
raiz da música vocal; a segunda, a raiz da música instrumental. Na história não-mitológica da
música são importantes os nomes de Pitágoras, inventor do monocórdio para determinar
matematicamente as relações dos sons, e o de Lassus, o mestre de Píndaro, que, perto do ano
540 antes de Cristo, foi o primeiro pensador a escrever sobre a teoria da música.
Tabela 3
Estilo
Pré - História
Música da Antiguidade
Música Medieval
Música Renascentista
Música Barroca
Música Clássica
Romantismo
Música do século XX
Período
Até ao Nascimento de Cristo
Do Nasc. de Cristo até 400 D.C.
400 - 1450
1450 - 1600
1600 - 1750
1750 - 1810
1810 - 1910
a partir de 1900
Fonte: Livro Uma Breve Historia da Música
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2.8. O Rock. |Como tudo começou
Na evolução dos tempos o homem criou formas de expressar suas vontades, emoções,
alegrias, tristezas, isso pode ser observado na pintura, na dança, na literatura, mas é na música
que o ser humano encontrou sua maior forma de expressão.
Segundo Muggiati (1973) O rock’n’roll surgiu graças a um caipira do Mississipi, um
americano típico de Detroit, um branco meio maluco da Luisiana, o filho de um lavrador do
Tennessee, um ex-trombadinha de St. Louis, um crioulo de Nova Orleans filho de violinista,
um mulato da Geórgia gênero bicha louca, dois irmãos do Kentucky filhos de cantores do
rádio, um colegial do Texas. Porem nenhum deles queria mais do que uma vida discreta e no
anonimato do interior. Mas tinham algo em comum: a força da sua música. Com eles explodiu
fenômeno do rock’n’roll e se tornaram os heróis de toda uma geração. São eles: Elvis Presley,
Bill Haley, Jerry Lee Lewis, Carl Perkins, Chuck Berry, Fats Domino, Little Richard, os
Everly Brothers e Buddy Holly.
Continua Muggiati (1973) que tudo começou quando o mundo ainda se refazia da
maior e mais sangrenta guerra da História. Mas a paz não parecia duradoura e um medo maior
tomou conta dos americanos em setembro de 1949. A partir daí os adolescentes brancos que
se fascinaram pelo jazz negro dos anos 20, ou pelo swing das big bands nos anos 30/40, não
podiam se comparar ao fenômeno de massas que explodiu na América dos anos 50: o
rock’n’roll.
Na década de 1950, o rock’n’roll estava chegando para ficar. Indícios da revolução
podiam ser detectados no número de Sete de agosto de 1954 da revista Billboard,
especializada no mercado fonográfico. Ali se anunciava um novo disco de Bill Haley, Shake,
Rattle and Roll; e o próprio conjunto Bill Haley & His Comets era anunciado como “o grupo
rítmico mais rocante (rockingest) da nação”. Numa das páginas internas do mesmo número da
Billboard, uma nota não assinada comentava o primeiro disco de um Elvis Presley, lançado
por uma pequena gravadora de Memphis, Ten-nessee.
Para Chacon (1983) o Rock é antes de tudo, som. Ao contrário de outras artes que nos
tocam a visão, a música nos atinge pela audição. Às vezes se desvia o olhar de algo que não se
agrada, no caso da musica não se tem a mesma facilidade pois seu leque de ação é muito mais
aberto, ocupando quase todo o espaço em redor, porque as notas se espalham em ondas mais
amplas do que os traços presos aos limites das molduras. Partindo deste ponto, uma nota
distorcida de guitarra parece atingir não só o ouvido e o cérebro, mas cada uma das células do
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corpo humano, fazendo do rock um dos ritmos musicais mais agitados que se conhece nas
sociedades modernas.
Segundo Chacon (1983) Há outras maneiras, ainda no universo do rock, além da
agitação de "esquentar" o ambiente. As músicas lentas, intimistas, porém não menos
corpóreas, usam a relação amorosa, idealizada ou concreta, para conseguir os mesmos efeitos
do rock tradicional. É o rock-ballads: Love me tender (Elvis), Yesterday (McCartney), As
tears go by (Stones), Love of my life (Queen), Kind of love (Sundae) e muitos outros.
2.9. O Rock no Brasil
Para Moraes (2002) os jovens nascidos na primeira metade de 1960, chamados “filhos
da Revolução”, já estavam familiarizados com o Rock e com isso sentiram algum desanimo
com relação a música nacional ao ler a matéria “Vozes para os anos 80”, manchete da
jornalista Ana Maria Bahiana mostrando para o Brasil o cenário musical que estava vindo.
Para uma juventude que começa a sentir as influencia do Punk Inglês, do rock e do heavy
metal, alguns nomes como Elba Ramalho, Biafra, Tunai, Fátima Guedes e Oswaldo
Montenegro não eram muito Animadores. Mal começou a década de 80 e a revista “Somtrês”
trazia em seu encarte o “Jornal do Disco” a seguinte manchete: “O time que as gravadoras
escalaram”. Neste time só de craques constavam os nomes da época que já faziam sucesso, só
que o jovem brasileiro queria outra coisa. A MPB estava saturada, estagnada e estéril.
2.10. O Punk
Segundo Moraes (2002) o movimento punk surgiu em meados da década de 70 na
Inglaterra e foi caracterizado por atitudes chocantes e intimidantes que repercutiram na
musica, nas roupas e no modo de vida de seus seguidores. O Jovem inglês vestia roupas
rasgadas, cabelos com cortes estilos moicanos ou espetados, alem de acessórios. No inicio,
as bandas tocavam punk rock, estilo diferente das musicas da época: o heavy metal, o pop e
outros.
Para Moraes (2002) o punk quebrou o som feito pra vender discos, criando algo de
poucos acordes e letras da realidade pobre de jovens desempregados e sem futuro. Criticava o
governo, os políticos, os impostos, a pobreza, o desemprego, a falta de perspectiva e entre
outros. Bandas como Sex Pistols começavam a chamar a atenção de grandes gravadoras por
causa do novo som feito por Drogados e pessoas sem perspectivas.
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Segundo Jamys (2005) Na década de 70 bandas como Ramones, The Clash e outras, se
destacavam na mídia enquanto outras fugiam do punk que estava sendo sugado pela
discoteca, tendo o filme "Embalos de Sábado à Noite" como um marco para a queda do punk
rock moda, pois as gravadoras tentavam tirar a criatividade e a espontaneidade do subúrbio
pobre de jovens que montavam bandas em cada esquina, para se entregarem às danceterias.
A década de 80 trouxe um novo punk e para que as bandas não tivessem seus sons
sugados pelo capitalismo, precisavam de um som mais raivoso que o punk rock. Surgia assim
o Hard Core. O hardcore sendo um som mais direto, batidas rápidas e letras mais politizadas e
contestadoras, foi um novo marco para o movimento que andava cambaleando desde 1978.
Gritavam no mundo "Punk´s not dead!" (Punk não está morto!). Na Inglaterra surgiram
bandas como The Exploited (O Explorado), Varukers, Discharge e outras que até hoje
existem.
2.11. O Brasil descobre o Punk
No fim da década de 70, mais precisamente no ano de 1978 surgia no Brasil varias
bandas Punks. Ratos de Porão, Olho Seco, Cólera, Kaos 64, Desordeiros, Brigado do Ódio,
Inocentes, Estágio Zero, Hino Mortal, Armagedom, WCKaos e outras muitas punk rock
(Extermínio, Psykóze, Azilo Militar, Fogo Cruzado e etc). No Nordeste surgiam Karne Krua,
Discarga Violenta, Amnésia, Fome, Estrago, Deliquentes, Condenados, AI-5, Disunidos,
CU.S.P.E., HC-3, Terroristas, Grito Suburbano e outras. Infelizmente, muitas destas bandas
não existem e apenas Amnésia, Discarga Violenta e Cuspe continuam na cena alternativa.
A DV recentemente acabou, mas lançou sua discografia completa. A década de 90
tiveram muitas bandas dos anos 80 que foram sugadas pelo mercado ou largaram o
movimento punk, vivendo apenas do nome que na cena criou. Inocentes entrou ainda na
década de 80 para uma grande gravadora.
Os punks mudaram muito e evoluíram. Mais uma vez o famigerado mercado sonoro
abocanhou o hardcore e bandas falsas no movimento ou que usavam o estilo como
Raimundos, DFC, Os Cabeloduro e outras tantos, faziam letras sem sentido ou sem expressão,
sexistas e machistas, por integrantes que nada tinham a ver com a cena. Por outro lado, o
movimento punk havia se distribuído no Brasil inteiro.
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2.12. Influencia do Anarquismo na Musica Brasileira
O Anarquismo teve influência na musica brasileira no fim da década de 70 graças a
obras de alguns dos grandes anarquistas como o Francês Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865)
que defendia a não abstenção do voto e influenciou as organizações de orientação
cooperativa; eram conhecidos pelo seu ferrenho anticlericalismo e contrários a qualquer
atividade clandestina. O coletivismo de Michael Bakunin (1814-1876): para ele a revolução
seria feita pela ação espontânea das massas, eram favoráveis às vastas organizações. O
anarco-comunismo de P. Kropotkin (1842-1921): defendia a necessidade de organização de
grupos formados somente por propagandistas da causa libertária, sem nenhum centro de
poder, cada pessoa seria juiz de suas próprias ações e exigências. O individualismo anarquista
inspirado por Max Stirner (1806-1859): segundo o qual nenhum indivíduo deverá exercer
poder sobre o outro, cada ser é único e todos deveriam combater o Estado com os meios
disponíveis.
Figura 3. Cartaz do filme
“Botinada”. Símbolo anarquista
ganha destaque na construção
estética do cartaz.
E por fim, o anarco-sindicalismo que se espalhou pela Europa e pelas Américas,
inclusive no Brasil, e que teve grande influencia, principalmente no final do século XIX e
início do século XX.
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente artigo buscou entender como um movimento social e político que
atravessou vários anos e influenciou uma geração, que da mesma forma, buscava se libertar
de um regime opressor e que buscou através da música exteriorizar seus pensamentos, suas
angustias, desejos e vontades.
O movimento Punk conseguiu buscou trazer a tona os ideais anarquismo através de
suas letras de protestos com batidas pesadas e compassadas, por onde o movimento Punk
passou se reviveu todos os sonhos dos antigos anarquistas que passaram por momentos de
extremo confronto para fazer valer seus pensamentos.
Neste sentido o anarquismo teve um papel importante no desenvolvimento do
movimento Punk no mundo, hoje estes conceitos estão difundidos com outros tantos
movimentos que com o passar dos tempos não concretizaram seus ideias.
5. REFERÊNCIAS
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Setembro de 2005. Disponível em: http://www.anarquismo.com.br/mikhil.html. Acesso em:
28 de Outubro. 2010 às 21h39min.
BAKUNIN, Michael Alexandrovich. Textos Anarquistas. Seleção e Notas de Daniel Guérin.
Tradução de Zila Bernd. Revisão de Delza Menin e Renato Deitos. Produção Jó Saldanha e
Lucia Bohrer. São Paulo: L & PM Editores, 1980.
BENNETT, Roy. Uma Breve Historia da Música. Tradução de Maria Teresa Resende
Costa. Revisão de Luiz Paulo Sampaio. Rio de Janeiro. Editora Zahar. 1986
CHACON, Paulo. O Que é Rock. São Paulo. 3ª Edição. Editora Brasiliense. 1983.
COSTA. Caio Túlio. O que é o anarquismo. 11ª edição. São Paulo: Editora Brasiliense S.A.
1986.
DANTAS, Luciano. O Anarquismo. In Contracultura. 2004. Disponível em:
http://www.contrac.hpg.ig.com.br/a_anarquismo.htm. Acessado às 22h30min em 11 de
setembro de 2010.
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São Paulo, v. 15, ano 2, março 2010.
JAMYS, Joacy. Grito Punk - Um Pouco da Historia do Punk. São Paulo, 28 Setembro de
2005. Disponível em: http://www.gritopunk.hpg.com.br/art_historiapunk.htm Acesso em: 25
de Outubro de 2010 às 21h39min.
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JONG, Rudolf de. Algumas observações sobre a concepção libertária de mudança social.
Tradução de Beatriz Vianna Boeira. In: O’DONNELL, Guillermo. O Estado Autoritário e
Movimentos Populares, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. p. 305-373
MORAES, Marcelo Leite de. Mademe Satã – O templo do Underground dos Anos 80. .
São Paulo: Lira Editora Ltda. 2002.
MUGGIATI, Roberto. Rock, De Elvis a Beatlemania (1954-1966). São Paulo. Editora
Brasiliense. 1973
ROSCHEL,
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da
Musica.
2007.
Disponível
em:
http://almanaque.folha.uol.com.br/musicaoquee.htm#. Acessado as 21:11 em 14 de Outubro
de 2010.
WOODCOCK, George. História das idéias e movimentos anarquistas-v.l : A idéia/ George
Woodcock; tradução de Júlia Tettamanzy.Capa de Ivan Pinheiro Machado. Revisão de Delza
Menin, Renato Deitos e Jó Saldanha - Porto Alegre : L&PM, 2002.