Porto de Paranaguá se consolida como maior exportador de grãos

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Porto de Paranaguá se consolida como maior exportador de grãos
Agência Estadual de Notícias -
Porto de Paranaguá se consolida como maior exportador de grãos
Porto de Paranaguá
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Postado em:25/05/2006 15:50
Enquanto o porto paranaense exportou 11,3 milhões de toneladas de granéis sólidos, em 2005, o de
Santos (SP) movimentou10,4 milhões de toneladas e o deSão Francisco (SC) 3,7 milhões de
toneladas
Números do Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior comprovam: O Porto de Paranaguá
se firma como o maior exportador de grãos da América Latina. Em 2005, os embarques dos
principais grãos – soja e milho, além de farelo - feitos pelo porto paranaense superaram os dos
Portos de Santos (SP) e de São Francisco do Sul (SC), importantes escoadores destes produtos. No
mesmo ano, Paranaguá exportou 11,3 milhões de toneladas de granéis sólidos, enquanto que
Santos movimentou, no mesmo período, 10,4 milhões de toneladas e São Francisco, 3,7 milhões de
toneladas. Desde 2003, as exportações de milho e farelo pelo Porto de Paranaguá vêm sendo
superiores em relação aos demais portos brasileiros. Os embarques de farelo, por exemplo, vêm
atingindo volumes elevados desde 2003, registrando resultados acima de 5 milhões de toneladas a
cada ano, mesmo com a retração do mercado consumidor prejudicado pela gripe aviária. Já em
Santos, por exemplo, há três anos, as exportações de farelo variam de 2,6 milhões a 3,8 milhões de
toneladas. O desequilíbrio dos mercados produtor e consumidor de grãos está fazendo com que o
Porto de Paranaguá busque novas alternativas comerciais. As exportações de produtos do
segmento da “carga geral” - como madeira, cargas frigorificadas, veículos e contêineres - têm
recebido especial atenção. Em 2005, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa)
registrou crescimento de 12% neste segmento em comparação a 2004 e de 61% em relação a 2002.
Veículos - A exportação do veículo Euro Fox é exemplo deste crescimento. Até 2002, a média de
embarque de carros era de 42 mil unidades/ano. Em 2005, com o fechamento de contrato com a
Volkswagen, a movimentação passou para 107.188 unidades exportadas no ano. Ainda segundo o
porto, o bom desempenho na exportação de carros continua em 2006. Até abril deste ano, já foram
exportadas 21.282 veículos. A expectativa é que novos contratos com empresas como a Renault
ocorram nesta administração e, desta forma, ampliem ainda mais os volumes movimentados. Os
embarques de veículos mostram como se comporta a produtividade do porto paranaenses neste
segmento. A produção mínima exigida (prancha) é de 200 carros/hora, a melhor do Brasil, e faz com
que os armadores prefiram o terminal para a movimentação de seus produtos. Para o diretor de
operações da Grimaldi, Miguel Malaguerra, a qualidade da mão-de-obra empregada e a
produtividade fazem Paranaguá estar à frente em relação às operações efetuadas anteriormente
pela empresa em Santos. “Desde que iniciamos nossas operações com o Euro Fox em Paranaguá
obtivemos altos índices de produtividade e de qualidade dos serviços”, afirma. O diretor ainda
destaca: “Valeu e continua valendo a pena exportar veículos pelo Porto de Paranaguá porque há um
grande volume de cargas movimentadas, com um índice de avarias muito baixo. Por serem
múltiplas, as operações da Grimaldi possibilitam a distribuição dos riscos das atividades e dos
custos, trazendo um equilíbrio para as operações da empresa”. Madeira - A movimentação de
produtos florestais também tem impulsionado as operações em Paranaguá. Entre janeiro a março
de 2006, o porto foi responsável por 39% de toda a exportação de madeira do País, ultrapassando
os portos do Sul e de Santos. “Mas Paranaguá quer mais e, para isso, está buscando a madeira da
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região de Palmas, onde estão 40% dos laminados produzidos no Brasil”, afirma o superintendente
da Appa, Eduardo Requião. As políticas públicas de incentivo para que a madeira do Paraná e do
Brasil saísse por Paranaguá começaram a ser criadas em 2003. Os portos de Santa Catarina
oferecem, há mais de 15 anos, benefícios aos interessados em exportar o produto. “Para atrair a
exportação de madeira pelo Porto de Paranaguá, passamos a oferecer os mesmos benefícios dos
portos catarinenses e criar o Corredor da Madeira”, explica o superintendente. Produtividade - O
crescimento da movimentação de mercadorias e a abertura de novos mercados fazem com que os
Portos do Paraná (Paranaguá e Antonina) tenham a maior produtividade por metro de faixa de cais.
Mesmo com uma faixa portuária 6 vezes menor que a de Santos, o Porto de Paranaguá movimenta
o dobro de toneladas por metro de cais. São 10,7 mil toneladas/metro em Paranaguá, contra 5,5 mil
toneladas/metro em Santos, 8,1 mil toneladas/metro em São Francisco do Sul e 3,1 mil
toneladas/metro no Porto de Rio Grande. O número de navios recebidos pelo Porto de Paranaguá
também aumenta a cada ano. Só no primeiro trimestre de 2006, o porto recebeu 548 navios, 59 a
mais que o registrado no mesmo período de 2005. No total, em 2005, o porto recebeu 2.342
embarcações. Em 2004, foram 2.204 navios; em 2003, 2.265 e, em 2002, foram apenas 2.050
embarcações. O grande número de navios faz com que os Portos de Paranaguá e Antonina atinjam
alto índice de ocupação dos berços de atracação. Para atender a demanda de todo o tipo de
cargas, o porto conta com infra-estrutura preparada para dinamizar o fluxo das operações. “Mesmo
sem receber investimentos do Governo Federal, a Appa mostra que o modelo de porto público
funciona, baseado numa visão pública dos objetivos gerenciais, provando que a eficiência não é
uma exclusividade da gestão privada”, declara Eduardo Requião. Com a retirada da dragagem de
Antonina, na administração passada, o Porto ficou com algumas limitações de calado. Mesmo
assim, o Terminal Privado Ponta do Félix, um dos mais modernos terminais frigorificados da
América do Sul, localizado em Antonina, quebrou um recorde nacional, no último mês, com a média
de embarque de 100,55 toneladas/hora.
BOX: Receita cambial chega a US$ 9,1 bilhões em
2005 O valor agregado das operações vem contribuindo para que a receita cambial do Porto de
Paranaguá tenha um crescimento importante em comparação ao demais portos do Sul. Entre os
portos desta região, os do Paraná são os que mais contribuem para a Receita Cambial brasileira,
com US$ 9,1 bilhões. Nem mesmo a soma dos três portos catarinenses (Itajaí, Imbituba e São
Francisco do Sul), US$ 7,8 bilhões, supera o volume gerado pelos terminais paranaenses. Na
comparação com o Porto de Rio Grande (RS) ocorre a mesma vantagem. Enquanto os portos do
Paraná superam US$ 9 bilhões, o terminal gaúcho registrou US$ 7,1 bilhões. “A receita cambial
recorde gerada pelos portos paranaenses é resultado de uma série de fatores, como logística
moderna aliada à qualidade dos serviços prestados, à credibilidade conquistada e ao valor agregado
dos produtos”, analisa Eduardo Requião. O incremento das operações, afirma ainda o
superintendente, é resultado também do resgate da credibilidade dos portos do Paraná. Com
medidas técnico-operacionais rígidas e transparentes, a superintendência da Administração dos
Portos de Paranaguá e Antonina mostrou que é possível mudar a imagem de um porto, antes
conhecido nos mercados nacional e internacional pela falta de qualidade de seus produtos e
serviços, transformando-o numa referência em segurança e credibilidade. Desde o início da atual
gestão, em 2003, a superintendência da autarquia conseguiu zerar as mais de duas mil reclamações
recebidas só em 2002 sobre a baixa qualidade dos produtos e a diferença do peso das cargas. O
superintendente confirma a meta de manter o Porto de Paranaguá entre os terminais mais seguros e
confiáveis do mundo. “Tolerância zero para quem tentar burlar nosso sistema de classificação de
produtos. Aqui não há espaço para quem quer usar o Porto de Paranaguá como ponto de passagem
de produtos sem qualidade sem procedência garantida”, salienta Eduardo Requião. Fontes
utilizadas na matéria: APPA – Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina SECEX - MDIC –
Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio
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