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A Agricultura Familiar sempre teve um papel importante na produção agrícola do País, em especial na produção dos alimentos que são
disponibilizados para a população brasileira. Ela é
responsável por 40% de tudo que é produzido no
Brasil e gera 7 de cada 10 ocupações no meio rural.
O desenvolvimento e o fortalecimento da Agricultura Familiar, porém, contempla uma gama mais
ampla de possibilidades, que vão além das
atividades agropecuárias. As atividades relacionadas ao turismo nas áreas rurais permitem a
dinamização econômica das comunidades de agricultores familiares tradicionais.
Oferecem também um produto turístico próprio, com marcas locais diferenciadas que destacam
e valorizam a cultura e o modo de vida peculiar de
cada região do Brasil.
O Ministério do Desenvolvimento Agrário e o
Ministério do Turismo estão integrando suas ações
para fortalecer o turismo rural. A atuação conjunta
contribuirá para a criação de mais oportunidades
de geração de renda e trabalho para a Agricultura
Familiar.
Turismo Rural na Agricultura familiar
3
Índice
Mapa Geral
04
Turismo rural na agricultura familiar
Da fria região serrana gaúcha ao semi-árido baiano, passando pelos
abundantes Lagamar e Pantanal, ou encostado à Metrópole paranaense:
RS
Estrada do sabor
06
Um passeio pelas tradições italianas
cinco estados, cinco roteiros – uma amostra do potencial e diversidade
do Turismo Rural na Agricultura Familiar.
PR
Caminhos do Guajuvira
14
Bucolismo e tradição polonesa
junto à metrópole
SP
O Lagamar
20
Comunidades tradicionais em busca do
desenvolvimento sustentável
MT
Pantanal do Mato Grosso
28
Modos de vida e cultura em
harmonia com a natureza
BA
Rota do sisal
34
Tecnologias sustentáveis e associativismo
melhoram a vida no semi-árido
Informações Turísticas
Onde dormir
Utilidades & Serviços
42
Onde Comer
Turismo Rural na Agricultura familiar
5
Estrada do sabor
Um passeio pelas tradições italianas
Famosa pela produção de vinhos e, principalmente, de espumantes, Garibaldi, cidade de colonização italiana na Serra Gaúcha, desponta também como uma ótima opção
para quem deseja curtir um autêntico turismo rural. Nove pequenas propriedades se uniram para oferecer aos visitantes a Estrada do Sabor, um roteiro que adentra as “linhas” –
nome dado às estradinhas que ligam as colônias de imigrantes italianos, chegados à
região a partir de 1885. E o que não falta neste passeio é o sabor. Seja na rica culinária
passada pelas nonnas, com suas fortaias (omeletes), polenta brustolada (salteadas na
chapa), cucas e pães de ervas; ou na hospitalidade e alegria natas do povo italiano,
mantidas por seus descendentes; ou ainda nas nostálgicas histórias contadas pelos
nonnos (vovôs) que revelam as dificuldades vencidas pelos seus bisavós. O vinho e o espumante, é claro, não poderiam estar de fora. Em três das propriedades pode-se não só
desgustar vinhos de mesa e conceituados vinhos finos como conhecer todo o processo
de produção artesanal, do parreiral aos tonéis de envelhecimento, e até fazer cursos de
enologia. No percurso, quase todo em estradas asfaltadas, rodeadas por bucólicos
parreirais, arroios e vales, passa-se por vários capitéis, capelas e tradicionais casas de pedra
e de madeira.
GARIBALDI | RS
Distâncias: Porto Alegre 112 km, Caxias do Sul 36 km
Como chegar
De Porto Alegre ou do norte do Estado seguir pela BR116 e tomar a RS-122, depois a RS-470.
Turismo Rural na Agricultura familiar
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Família Brugalli
Osteria della Colombina - Família Odete Lazzari
Pai, mãe e quatro filhos jovens conduzem a produção
artesanal de embutidos – salame, copa, salsichão e linguiça
campineira – a principal atividade do sítio de 12 hectares,
que pertence à família há quatro gerações. A produção é
totalmente artesanal e começa com a criação dos porcos. A
família tem ainda cultivos de subsistência de trigo (para fazer a farinha orgânica), frutas (uvas, laranja, bergamota etc)
e legumes e verduras. Tudo cultivado de forma “ecológica”
– como eles chamam por lá o cultivo orgânico – sem uso
de agrotóxicos. Produzem também o próprio vinho de mesa
(feito com uvas da variedade americana Isabel e a francesa
Concord), a graspa (um destilado feito do bagaço da uva
fermantada) e sucos. Dona Jurema cuida ainda de fazer doces, schimia (uma espécie de geléia) e pães de ervas no forno de barro. Todas estas delícias estão à venda e algumas
podem ser apreciadas na farta degustação servida após a
visita monitorada às instalações da fábrica de embutidos.
A visita à propriedade de dona Odete é um deleite para
os olhos e para o estômago. Com muita graça na decoração, ela transformou o porão de sua casa em um salão de
degustação, onde serve almoço, jantar ou café rural típicos
italianos. Manteve o chão batido e os tijolos à vista, como
nos tempos de seus avós. O trabalho de resgate da memória atingiu também os quitutes preparados com base nas
receitas tradicionais. Pães de forma assados em forno de
barro, salame, queijos, vinhos e fortaia (omelete) abrem o
café rural, que na Colônia, segundo dona Odete, tinha mais
salgados que doces; depois vêm bolos, geléias, schmias e
compotas. Nos almoços e jantares, salame e queijos picados e polenta brustolada são os aperitivos. Segue a sopa
de capelete, moranga recheada com pien (massinha a base
de galinha cozida e desfiada, pão ralado, temperos verdes
e noz moscada – o mesmo recheio usado no capelete), galinha ao molho de tomates ou assada, massas, saladas, sobremesas, vinho, sucos e café à vontade. As quatro filhas e
um genro auxiliam no antendimento e preparo. Tudo é feito
com produtos próprios. Na propriedade de 13,2 hectares,
dona Odete planta, colhe e transforma tudo o que consome e comercializa. Os belos parreirais, pés de pêssego, peras,
romãs, a horta de verduras e temperos podem ser visitados. Há também um belvedere (mirante) e uma trilha leve e
bem sinalizada para caminhadas.
A Produção artesanal de copas e
salames da família Brugalli
O processo de fabricação de embutidos
da família Brugalli é totalmente artesanal.
Começa com a criação de porcos, que são
levados para o abate quando atingem entre
100 a 110 kg, ou 6 a 8 meses de idade. Da
carne, separa-se a paleta e pernil para a produção do salame e o lombo para a copa. Há
também produção de salsichão e linguiças.
A produção segue uma rotina semanal,
cumprida pela família - Dona Jurema, Sr. Olir
e os quatro filhos já moços Alex, Samuel,
Isaac e Tiago.
Terça-feira - a carne retorna do abate
e é colocada na câmara fria.
Quarta-feira - a carne é desossada,
moída e temperada com sal, pimenta, alho,
vinho e açúcar. Não se usa qualquer
conservante. Deixa-se a carne descansar até
o dia seguinte.
Quinta-feira - faz-se o ensacamento
em sacos feitos de raspa de couro de boi.
Depois os salames e copas são transportados e acondicionados no defumador. Uma
sala fechada, onde as peças ficam dependuradas no teto, por três dias, em média.
Sexta-feira - já no defumador, iniciase o processo com a produção de calor à
temperatura de 30° C, em média. Usa-se
carvão de laranjeira, bergamoteira ou cerejeira, também produzido na propriedade.
Numa balata de 2m X 2m faz-se um caminho com o carvão formando uma espiral. O
fogo é iniciado pela ponta externa e vai circulando até chegar ao centro. O processo
dura até o dia seguinte.
Sábado e domingo - o processo de
defumação é repetido. A copa por não conter
gordura fica somente um dia defumando.
Segunda-feira - Secagem e
maturação - do defumador, as peças são
tranferidas para o galpão de secagem para
a maturação, onde permanecem por 10 a
12 dias também dependurados.
Família Vaccaro
De janeiro a março, dá para visitar os parreirais para ver,
colher e provar as uvas maduras desta propriedade, tradicional produtora artesanal de vinhos de mesa e vinhos finos e espumantes. Mas, em qualquer época do ano, podese conhecer ou ver a explanação do nonno Sr. Augusto
Vaccaro, sobre como é o processo de vitifinificação realizado pela família há quatro gerações; provar a deliciosa
gastronomia italiana em almoço, jantar ou café rural, preparado carinhosamente pela filha, dona Natalina Vaccaro; e
ainda passear por trilhas leves que levam até uma pequena
cascata.
Turismo Rural na Agricultura familiar
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Família Debiasi
Jorge Mariani é o bisneto do fundador da Cooperativa
de Garibaldi, um dos primeiros produtores de vinhos em escala comercial. Junto com a esposa e três filhos (dois ainda
pequenos) se dedica ao cultivo de uvas convencionais e
viníferas em sua propriedade de 12 hectares e, como os bisavós, produz seu próprio vinho no porão da casa. Cerca de
60% de sua produção se refere a frutas “ecológicas” – cultivadas sem agrotóxicos, o que lhe rende um vinho também
orgânico. Ainda mantendo a tradição dos antepassados, do
bagaço da uva fermentada ele extrai a graspa (uma espécie
de cachaça de uva). Técnico enólogo formado, ao receber os
turistas, explica todas as etapas de produção dos vinhos branco e tinto e mostra com orgulho, na parte de cima da casa, a
sala e o quarto de seus bisavós com mobiliário e objetos de
época. Em seguida faz um gostoso passeio de trator pela propriedade mostrando os parreirais – alguns com mais de 100
anos – e as plantações de figo, laranja, pêssego e outras frutas empregadas na fabricação caseira de compotas vendidas lá mesmo. No final dos passeios, oferece uma degustação de vinhos, suco e produtos locais.
A produção ecológica e a educação ambiental são os lemas de Lúcia e Tranquilo Debiasi e filhos. Na propriedade de
11,5 hectares há as plantações e uma agroindústria associadas. Tranquilo explica que o ecológico, em seu conceito, é mais
que orgânico, pois trata-se de cultivo em terras desintoxicadas
durante anos, antes de receber as mudas orgânicas. A família
produz cerca de 22 mil quilos de uvas Concord e Isabel destinadas à produção de sucos, extraídos por um processo que
preserva totalmente as qualidades nutricionais da fruta. Além
das uvas, também plantam figo, pêssego, milho, batata inglesa, aipim, feijão para consumo próprio e para conservas e
compotas. Entre os doces preparados por Lúcia e a filha Juli
está a schmia de laranja com cenoura (veja receita). A schimia
é uma deliciosa pasta, semelhante à geléia de frutas. Vai muito
bem em pães e torradas, principalmente, se acompanhada
de nata ou requeijão caseiro. Entre outras produções da família, vendidas no local, estão vinagre de caqui, biscoitos, licores de rosa, maracujá, funcho e plantas medicinais. Além
de conhecer os processos de extração de sucos, tem-se uma
aula de introdução ao cultivo ecológico.
ReliquiaeVini - Família Bettú
Família Trombini
Rebô, Barbera, Terraldiga, Turiga, Merlot, Cabernet Franc
e Sauvignon, Malbec, Tannat, Chardonay, Malvasia de Candia
estão entre as mais de 30 variedades de uvas cultivadas pela
família Bettú, especializada na produção de vinhos de alta
qualidade. A produção é artesanal e muito pequena – cerca
de 5 mil a 6 mil garrafas/ano, vendidos diretamente a apreciadores de vinhos e a alguns privilegiados restaurantes do eixo
Rio-São Paulo, principalmente. Uma parte da exígua produção se destina ainda a degustações e cursos promovidos no
local por Vilmar Bettú e o irmão enólogo, Orgalindo. Os preços da garrafa de um Bettú variam de R$ 40 a R$ 220, o que
já dá a idéia do refinamento atingido por seus vinhos. Como
o pai e o avô, Vilmar faz experiências e cria novas bebidas.
Produz o Persecatum – um destilado de pêssego. O pai, Sr.
Augusto Bettú, desenvolveu recentemente um vinho de laranja. Seu Augusto faz outras proezas: com 90 anos é ainda
um exímio jogador de mora – um tradicional jogo italiano
que utiliza raciocínio matemático e rapidez mental. A visita
se concentra na degustação e nas explanações dos processos utilizados na bonita e aconchegante vinícola.
A alegre família Trombini trabalha unida. As três gerações
são especialistas na confecção de chapéus e cestas de palha
de trigo, uma tradição quase extinta na região. Mesmo a
pequena Marileine, de apenas 5 anos, Genésio de 7 e Guilherme de 9, já dominam as técnicas passadas pelos nonnos André
e Maria e brincam de produzir peças. Todo o processo é feito
pela própria família, desde o cultivo do trigo, a retirada das
espigas, o descascar das hastes até sobrar a fina haste de
palha usada para fazer as dressas (tranças) costuradas para
formar chapéus; e o trançado nas fôrmas das sacolas. Fazem
também cestas de vime. Vale a pena conhecer o ateliê e lojnha
da família para apreciar o trabalho ao vivo.
R E C E I TA
La Cantineta - Família Jorge Mariani
Schimia de cenoura e laranja
Ingredientes:
5 kg de cenoura | 1 kg de laranja | 6 kg de açúcar
Modo de preparo:
Lavar bem e ralar a cenoura em fiapos. Colocar numa panela com água quente até cobrir a cenoura.
Cozinhar até ficar transparente. Adicionar a laranja fatiada, com casca, sem as duas pontas, sem semente e cortada em pedacinhos.
Cinco minutos depois do reinício da fervura, colocar 1/3 do açúcar. Depois de 20 minutos, colocar mais
1/3. Mais 20 minutos e colocar o restante do açúcar. Ferver até quando começar a soltar o fundo ou
Turismo
Rural na Agricultura
atingir o ponto pouco mais consistente que uma geléia. Dispor em
potes esterilizados
e tampar.familiar
Receita de Lúcia Debiasi
11
Endereços
Família Brugalli
Linha Araújo e Souza, s/n, Zona Rural. Tel. (54)
464-1380. Email: [email protected].
Horário: agendar. Ingresso: R$ 2,50/pessoa
com degustação.
dic
dicaa
Além dos capitéis pela estrada, cada uma das comunidades tem um igreja
e um salão paroquial, local usado para reuniões e festas da comunidade. Perto da
Família Brugalli fica a Igreja de São Francisco de Assis, de 1950, cujos vitrais levam
os nomes das famílias que fizeram doações para sua construção. A cada ano, uma
senhora da comunidade é eleita para ser a zeladora da igreja, organizando-a para
a vinda do padre, que ocorre uma vez por mês.
Família José Salvagni
Aos 86 anos de idade, o bisneto de italianos Sr. José
Salvagni e sua esposa dona Antônia Arcari, de 71 anos,
estão entre os nonnos (vovôs) queridos da comunidade. Ele preserva as boas lembranças da colônia não só
em suas agradáveis histórias, contadas ao pé da varanda de sua tradicional casa de madeira, construída há
cerca de 45 anos por ele mesmo, como em um pequeno museu particular com objetos e ferramentas que
mostram a trajetória dos primeiros italianos na região.
O museu foi montado em uma antiga cozinha de madeira, retirada de seu local original em uma propriedade abandonada e remontada por Sr. Salvagni no quintal de sua casa. É neste local também que ele produz e
vende os chapéus e cestas de palha de milho, feitos com
muita habilidade e capricho. O milho vem de sua própria roça.
os brindes
O brinde espanhol:
“Arriba! Abarro! Al cientro! E
a dentro!” ou: Para cima, para
baixo, ao centro e para dentro.
O brinde italiano:
“Turvo no lé! Cesco no gué! Cuel
dela sanca no vol, e cuel dela drita
nianca. Lora, bevo mi!” ou: Turvo não
é. Cisco não tem. Aquele da esquerda não quer, e o da direita também.
Então, bebo eu”.
Osteria della Colombina
Família Odete Lazzari
Linha São Jorge, s/n, 1º. Distrito. Tel. (54) 4621895 r. 68.
E-mail: [email protected].
Horário: agendar. Ingresso: R$ 10 café rural e
R$ 15 almoço ou jantar.
Centro Cultural Georges Aubert
Um grande galpão da vinícola Georges Aubert, produtora de espumantes francesa que se transferiu para o Brasil
em 1951, virou cenário que presta homenagem à imigração italiana no Rio Grande do Sul. Belos painéis, ferramentas agrícolas, objetos do cotidiano dos primeiros imigrantes
e um tonel com uma parreira seca de 112 anos estão entre
os atrativos, mas o que mais chama a atenção é a Casa do
Artesanato, onde ficam os nonnos das diversas colônias que
se revezam na produção de artesanato ao vivo e contando
histórias. Quem desejar conhecer o processo de produção
industrial de vinhos e espumantes pode participar de uma
visita guiada às instalações, que produzem 3 milhões de
garrafas/ano. A visita é encerrada na loja de varejo da
Georges Aubert, onde é feita uma degustação e a demonstração de dois tipos de brindes, após abrir-se a garrafa com
um sabre – cortando a garrafa abaixo da rolha, método usado por Napoleão e seus soldados após a conquista daquele
país, dizem as lendas.
Família Vaccaro
Linha Santo Alexandre, s/n, 7º. Distrito. Tel.
(54) 504-4625. Horário: agendar. Ingresso:
R$ 8 a 10 café rural; R$ 15 almoço ou jantar; e
R$ 2,50 só com degustação de vinhos e
espumantes.
La Cantineta - Família Jorge Mariani
Linha Marcílio Dias, s/n, Zona Rural. Tel. (54)
459-1312 / 459-1107.
E-mail: [email protected].
Horário: agendar. Ingresso: R$ 3 com degustação.
Reliquiae Vini - Família Bettú
Estrada Geral São Gabriel, s/n, Zona Rural.Tel.
(54) 462-6807. E-mail:
[email protected]. Horário:
agendar. Ingresso: grátis.
Família Debiasi
Rua Alencar Araripe, s/n, Zona Rural. Tel. (54)
464-0408. E-mail: [email protected].
Horário: agendar. Ingresso: R$ 2,50 com
degustação.
Família Trombini
Linha Borghetto, s/n, Zona Rural. Tel. (54) 4625271 / 463-8083. Horário: diariamente 8h18h. Ingresso: R$ grátis.
Família José Salvagni
Rua Alencar Araripe, s/n, Santo Antônio do
Araripe. Tel. (54) 464-0918. Horário: agendar.
Ingresso: R$ 1,50.
Centro Cultural Georges Aubert
Av. Rio Branco, 1276, Cairu. Tel. (54) 4621155462-1106. www.georgesaubert.com.br.
Horário: diariamente 9h-17h30. Ingresso: R$
grátis com degustação. Cartões de crédito:
Dinners, MasterCard, Maestro, Visa, Visa
Electron e RedeShop.
Turismo Rural na Agricultura familiar
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Caminhos do Guajuvira
Bucolismo e tradição polonesa junto à metrópole
À primeira vista não se imagina encontrar zona rural e paisagens bucólicas em
Araucária, a 27 km de Curitiba. Na estrada de acesso vêem-se empresas de porte como
Petrobrás, Ultrafértil e suas plantas de fábrica gigantes. Porém, cerca de 70% do território
do município está na zona rural e mantém a tranquilidade e o jeito campestre característicos, que podem ser aproveitados em um gostoso roteiro batizado de Caminhos do
Guajuvira. O nome se refere à ávore cuja madeira era usada para fazer arcos pelos antigos índios da região, os tinguis, e ao bairro atual de pequenas propriedades rurais. Em 36
km, quase todo em asfalto, pode-se observar a colorida arquitetura polonesa e apreciar
os quitutes em almoços típicos e cafés rurais, feitos pelos descendentes do mais importante grupo étnico da região. O roteiro é boa oportunidade também para comprar produtos artesanais, desde objetos decorativos feitos em bambu até embutidos, licores, verduras, frutas colhidas no pé e vasos de flores. Em ocasiões festivas, como o Baile Polonês
(em maio), ou a Festa do Pêssego (1ª quinzena de dezembro) é possível assistir a apresentações do grupo de danças polonesas, o Wesoly Dom (que significa “casa alegre”). Os nomes são difíceis de pronunciar, mas as pessoas são simples e hospitaleiras.
ARAUCÁRIA | PR
Distância de Curitiba – 27 km
Como chegar
Situada próxima ao Anel Rodoviário de Curitiba, a cidade
tem várias rodovias de acesso. De Curitiba chega-se pela PR421 ou pela BR-476 (Rodov. do Xisto, na direção de Lapa) A
PR-423 liga a Campo Largo; e há acesso também pela Av. das
Araucárias (via João Bettega).
Turismo Rural na Agricultura familiar
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Armazém Iguaçu – Família Czaikowski
Há opção de conhecer o roteiro através do ônibus Linha Turismo Rural, que
tem como guia o Sr. José Czanovski, um dos proprietários de sítio da região. O
ônibus sai aos sábados, às 13h30, da Casa de Cultura, junto à Matriz, passa às
13h40 no Centro de Informações Turísticas (Av. Dr.Victor do Amaral, 1815, Centro)
e percorre todo o roteiro, fazendo paradas de 15 a 20 minutos em cada propriedade. O preço é R$ 2,50/pessoa.
Junto ao Rio Iguaçu e à linha do trem, o armazém conserva o jeito antigo com balcão cheio de doces e guloseimas
caseiras, peças de salame e queijos pendurados, ovos caipiras, verduras e legumes em grandes cestos de palha, tudo
contíguo à casa da família Czaikowski. Dona Teresa Nalepa
Czaikowski, 60 anos, neta de poloneses é cozinheira de mão
cheia e prepara deliciosos almoços (sob reserva) e quitutes
típicos poloneses servidos no balcão como o bolinho de carne, o pastel de requeijão e a broa de trigo com centeio. O
marido Henrique, de 64 anos, descendente de cracovianos,
cuida de atender os clientes e o filho, Marcos, prepara embutidos caseiros como salame, linguiças e chouriço. O apito anunciando a passagem do trem (atualmente só de carga) contribui para o clima bucólico do lugar, assim como as ruínas de
uma antiga olaria, cuja torre do forno foi destruída pela explosão de um vagão de trem há muitos anos. Esta e outras
histórias peculiares são contadas pela família que mantem
também uma chácara nas proximidades.
Café e Almoço Rural Margareth Garcia
O casal João e Margareth Garcia abrem as portas de sua
bela propriedade, que divisa o Rio Iguaçu, aos domingos. Nos
3 alqueires há criação de ovelhas, gansos, patos, galinhas todos soltos, uma atração para a criançada. Duas trilhas curtas e
fáceis levam o visitante para uma pequena reserva de
araucárias – árvore símbolo do Paraná e já quase extinta –, e
para as margens do Rio Iguaçu. A Trilha do Rio passa por uma
mata de guajuviras, palmeiras e por lagos com criação de traíras, carpa capim e húngara, boas para pesca. Mas, o grande
atrativo do sítio é o almoço com toques poloneses, preparado
por dona Margareth, neta dos primeiros imigrantes chegados
à região. Entre as delícias servidas no fogão a lenha estão o
pernil a pururuca, o risoto ou o empadão de galinha caipira, o
feijão caipira (feijão novo) temperado com linguiça e costelinha
defumada, massas caseiras como lasanha e rondelli e o típico
pierog – um pastel polonês cozido recheado com requeijão
caseiro e servido com bacon frito por cima. Saladas e legumes
da horta acompanham os pratos. Para fechar a comilança
emenda-se um café da tarde com a bebida servida bem forte
em bules de ágata, com tortas, kuke polaco (tipo de bolo recheado com goiabada e nata, coberto com massa frita de açúcar, farinha de trigo e manteiga), pudins, cubos de abóbora,
mais sucos, chás e chocolate.
Ateliê Luiz Paulo Wojcik
A pequena casinha de bambu, construída à frente da
residência, é o ateliê e show-room do artesão Luis Paulo
Wojcik, 54 anos que, como o próprio nome denuncia, é bisneto de poloneses. Ex-policial, lida com artesanato há mais
de 25 anos e como outros artesãos da região, se especializou no uso do bambu (colheres e espátulas, pentes e escovas), palha de milho (cestos variados), sementes e cipó (cortinas) e também a pinha, que cai das araucárias, com as quais
faz guirlandas e árvores de natal. Ainda relacionado ao pinheiro do Paraná, o Sr. Wojcik faz um utilíssimo descascador de pinhão, com retalhos de madeira. Faz também móveis e miniaturas de casas polonesas sob encomenda.
Sítio de Flores Silvestre Waenga
Emumapartedaáreade8alqueiresdeseusítio,oSr.Silvestre
Waenga,de54anos,bisnetodepoloneses,eafilhaCéliamantêm
estufas de flores de vasos como gerânios, fúcsia, ciclamem,
impatiens, begônias, crisântemos e diversas variedades de folhagensornamentais.Aprodução de cerca de 4 milvasos/anoévendida no local e nas feiras semanais da cidade. Outros 3 alqueires
sãoocupadoscomplantaçõesdepêssegoeorestanteéarrendadoparamilho,feijãoepastos.OSr.Waengaseorgulhadefalarcom
fluência o idioma polonês e de conservar a casa de seu bisavô
com arquitetura típica, construída há mais de 60 anos.
R E C E I TA
dic
dicaa
Broa Polonesa
Comida típica dos descendentes de poloneses, é tradicionalmente feita em forno de barro, mas aqui
vai uma versão para quem é da cidade.
Ingredientes:
1 kg de farinha de centeio | 300 g de fubá de milho (*) | 1 colher (sopa) de sal | 1 colher (sopa) de
banha | 1 colher (sopa) de fermento de pão | 500 g de batata (inglesa ou doce) cozida e amassada.
Água até dar ponto.
(*) Coloque água para ferver e faça a polenta, depois misture à massa da broa.
Modo de Preparo:
Misture e amasse todos os ingredientes. Deixe a massa descansar e crescer na bacia por 1h30 a 2h.
Coloque em forma untada e deixe crescer novamente. Coloque em forno quente e deixe assando por
Turismo Rural na Agricultura familiar
1h a 1h30.
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Endereços
Chácara Santa Rita
Centro de Guajuvira
A diversão desta chácara é colher as frutas no pé em
cestas de palha. O Sr. David Fila e a filha cuidam da propriedade de 56 mil m², que tem cerca de 1200 árvores de pêssegos, 220 mudas de parreiras de uvas brancas e rosadas,
mais ameixeiras, jaboticabeiras, laranjeiras, limoeiros e pés
de morango, entre outras frutas. Entre novembro e janeiro,
principalmente, ele oferece um sistema de “colhe-pague”,
ou seja, você leva para casa, fresquinhas, o que colher nas
fruteiras. Mesmo fora desta temporada vale visitar a propriedade para ver as floradas, provar e comprar os licores
feitos por ele mesmo.
Uma graciosa praça marca o centro de Guajuvira,
contornado pelo Rio Iguaçu e cortado pelo trilho de
trem. Algumas construções antigas e a Igreja Senhor
Bom Jesus (Praça de Guajuvira, s/n. Visitas nos horários
demissa) estão ao redor. A igrejinha original foi construída
em madeira por volta de 1922, refeita alguns anos depois e a atual, em alvenaria, data de 1972. Perto dali está
o Horto Florestal de Guajuvira (R. Manoel Gonçalves
Ferreira, s/n. Guajuvira, tel. (41) 3647-1112, seg-sex 8h-12h
e 13h30-17h30, sáb atende ao ônibus de turismo às 15h30)
onde há a produção e distribuição de mudas de plantas
nativas e exóticas (com vendas no local). Em sua área de
72 mil m² pode-se apreciar bosques e canteiros diversificados. Os mais curiosos podem marcar uma visita
monitorada, na qual terão informações sobre
compostagem, criação de minhocas, entre outras
atividades típicas do campo.
Chácara São Pedro
O tranquilo e alegre Sr. José Czanovski, 55 anos, junto com
outros três irmãos é dono da propriedade de 12 alqueires,
onde cultiva milho, feijão, tomate, pimentão, cebola, repolho
e outras verduras. Na bonita casa, que segue o estilo polonês, a irmã Maria Irene e a esposa Lodia aguardam o retorno
dos visitantes da horta e pomar com um maravilhoso café
rural polonês. Nas simpáticas mesas cobertas com toalhas
xadrez, servem a broa polonesa, assada em forno de barro,
o kuke polonês (bolo recheado com frutas cristalizadas e ricota) tortas diversas como de requeijão, frango com tomate,
torresmo e patê de torresmo, salame artesanal, queijo e requeijão caseiros, além de doces de abóbora, mel entre outros. Tudo regado a suco, café, leite e chocolate.
Casarão Bar e Mercearia e Museu Campo Redondo
O antigo armazém de secos e molhados da família Bazia
serve para os turistas salsichão, gasosa de framboesa e doces.
No galpão ao lado, dona Mari resolveu montar um pequeno
museu particular para homenagear os imigrantes chegados à
região em meados do século XIX. Conseguiu reconstituir a história da família do marido Hamilton, bisneto de poloneses até
o ano de 1860, colhendo objetos, móveis e documentos de
época. Contou também com a colaboração das famílias da comunidade que doaram ou emprestaram objetos para o acervo. Dá para conhecer um pouco do modo de vida e de trabalho destes imigrantes e da história da cidade. Ferramentas agrícolas, por exemplo, demonstram a evolução que o s poloneses trouxeram para a agricultura da época, e máquinas contam
como a cidade foi famosa como uma das maiores produtoras
de massa de tomate do país nos anos 1940.
Arquitetura colorida
A característica marcante da arquitetura polonesa é o uso de troncos de madeira falqueados e encaixados na horizontal e o colorido alegre nas paredes
em tons de azul, amarelo e rosa. Um bom local para
apreciar interna e externamente este tipo de casas é
no Parque da Cachoeira (R. Ceará, 65, Iguaçu, tel. 41614-1671, diariamente 8h-17h30). Lá fica a Aldeia Polonesa – que reúne construções típicas datadas de
1876 – casas, chiqueiro, paiol, que foram transformadas em local de cursos e oficinas para jovens. Uma
curiosidade é que quando os poloneses chegaram à
região, introduziram o costume de criar os animais
cercados. Trouxeram também diversas outras técnicas agrícolas como o arado com carroça de quatro
rodas, além de métodos que revolucionaram a agricultura da época e projetaram Araucária como grande produtor de batata, depois tomates e, atualmente,
milho e chá.
Museu e Bar Casarão Campo Redondo
Estrada do Campo Redondo, 1566, Campo
Redondo. Tel. (41) 3642-4191. Horário:
sáb-dom 10h-18h. Ingresso: grátis.
Café e Almoço
Rural Margareth Garcia
Rod. do Xisto (BR-476), km 162, Guajuvira
de Cima. Tel. (41) 3642-9737. Horário:
almoço aos domingos 12h-16h. Em outros
dias sob reserva. Ingresso: grátis. Almoço
R$ 15/pessoa.
Sítio de Flores Silvestre Waenga
Colônia Camundá (acesso pela Rod. do
Xisto, km 164), Guajuvira. Tel. (41) 99741722 / 9603-4971. Horário: sáb-dom 13h18h ou com agendamento. Ingresso:
grátis.
Armazém Iguaçu
Família Czaikowski
R. dos Expedicionários Brasileiros, 2
(acesso pela Rod. do Xisto, km 164),
Guajuvira. Tel. (41) 3647-1144. Horário:
diariamente 7h30-21h. Ingresso: grátis.
Ateliê Luiz Paulo Wojcik
R. Manoel Gonçalves Ferreira, 150,
Guajuvira. Tel. (41) 3647-1147. Horário:
diariamente 8h-18h. Ingresso: grátis.
Chácara Santa Rita – Família Fila
Estrada de Guajuvira-Campestre, s/n,
Guajuvira. Tel. (41) 9902-2832. Horário:
sáb-dom 9h-11h e 13h30-18h. Ingresso:
grátis.
Chácara São Pedro
Família Czanovski
Estrada de Guajuvira-Campestre, s/n,
Guajuvira. Tel. (41) 3642-3742. Horário:
agendar. Ingresso: grátis. Café rural: R$ 7/
pessoa.
No Parque estão situados também um grande lago,
bosques, além do Museu Tingui-Cuera e a Casa do Artesanato. O Museu reúne cerca de 580 peças que contam o cotidiano dos colonos. Na Casa do Artesanato
há exposição de peças em palha, bambu e madeira.
Turismo Rural na Agricultura familiar
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O Lagamar
Comunidades tradicionais em busca do desenvolvimento sustentável
Reconhecido como um dos cinco maiores viveiros de espécies marinhas do mundo, o
Complexo Estuarino Lagunar, ou simplesmente, Lagamar começa na Estação Ecológica JuréiaItatins, no sul paulista e segue até Paranaguá, no Paraná. São 200 km de extensão no litoral,
somando 5.800 km² de área total, composta por conjuntos de lagunas, braços de mar, baías,
estuários, ilhas e morros isolados, com praias, restingas e florestas ainda bem conservadas e
grande diversidade animal e vegetal. Só estas credenciais já somam motivos de sobra para
visitar a região, mas acrescente-se ainda a possibilidade de contato com comunidades tradicionais como remanescentes de quilombolas e caiçaras com seu modo de vida integrado à
natureza; a riqueza das manifestações populares como o Fandango; a criatividade e beleza
do artesanato feito com materiais naturais como barro, caixeta, taquara; e uma culinária
apetitosa à base de peixes, banana e mandioca (abundantes na região). Tudo isto associado
a monumentos históricos e resquícios pré-históricos de grande valor. As cidades de Cananéia,
Ilha Comprida e Iguape são ótimos pontos de apoio para incursões na região.
CANANÉIA, ILHA COMPRIDA E IGUAPE | SP
Distâncias de São Paulo:
Cananéia 257 km, Iguape 210 km, Ilha Comprida 214 km
Distâncias de Curitiba:
Cananéia 260 km, Iguape 273 km, Ilha Comprida 277 km
Como chegar:
Partindo da BR-116 (Rod. Régis Bittencourt), há dois acessos à
região do Lagamar: na altura de Pariquera-Açu, tomar a SP-226
(Rod. Prefeito Ivo Zanella) até Cananéia (acesso por ponte ou por
balsa); quem vem do norte, entrar na altura de Biguá, pela SP222 (Rod. Pref. Casimiro Teixeira), na direção de Iguape.
Turismo Rural na Agricultura familiar
21
Cananéia
Comunidades tradicionais do
Parque Estadual da Ilha do Cardoso
A ilha toda é Parque Estadual desde 1962, oferece praias belíssimas e paisagens intocadas com trilhas e cachoeiras. Outro atrativo é conhecer as atividades da população
tradicional que se distribui em poucas comunidades à beira
do oceano ou à beira do Mar Pequeno (nome dado ao canal
do estuário que a separa da Ilha de Cananéia e Ariri). No extremo Sul fica a Comunidade de Pontal do Leste que reúne
14 famílias dedicadas ao cultivo de mexilhão e pesca
artesanal. O cultivo de mexilhão foi alternativa de renda
implementada há três anos e vem obtendo sucesso. As estruturas, chamadas de espinhel, agrupam cerca de 80 sacos
com filhotes retirados das pedras do Marujá, que são mergulhados de frente ao canal por período de cinco a seis meses. A produção de cerca de 2000 kg é comercializada em
restaurantes de Cananéia e vendida para os turistas que visitam o local. O quilo bruto sai em média R$ 2,50 e o
desmariscado R$ 7.
Os visitantes podem apreciar esta iguaria e também
peixes e saladas no restaurante comunitário, montado pela
Associação de Mulheres dos Pescadores, que serve almoço
nos feriados ou quando agendado (tel. 13-3852-1163/1178).
Monitores ambientais (com atendimento também em inglês
e espanhol) acompanham visitantes em roteiros de focagem
de jacaré, manguezal, praias e restingas. Há pousadas em
casas de pescadores e camping.
Pouco acima fica a Enseada da Baleia, outra comunidade pequena, em que as famílias vivem da pesca de cerco
– uma espécie de labirinto montado com taquaras no qual o
peixe entra e não consegue mais sair. No inverno salgam o
peixe para conservação. A maior comunidade é a do Marujá
com 54 famílias, e a mais estruturada com área de camping
(limitada a 170 barracas, distribuídas nos quintais das casas)
e pousadas adaptadas nas casas de pescadores. O modo de
vida deles é um exemplo: a própria comunidade realizou a
reordenação de visitantes à Ilha, impondo limitação do número de pessoas e gere, em conjunto com o Parque, os recursos naturais e as atividades de forma sustentável. Além
de pescar e observar a pesca artesanal no canal e no mar, a
salga do peixe e outras atividades tradicionais, o visitante
pode usufruir de belas praias, trilhas, cachoeiras e mergulho
em piscinas naturais (levar seu próprio equipamento).
dic
dicaa
Como circular no Lagamar
A natureza torna a circulação na região um pouco difícil, mas vale a pena.
Planeje sua estada. Peça a ajuda dos Centros de Informações Turísticas e conte com
os guias ambientais. Muitos dos passeios são feitos de barco (tradicionais ou
“voadeiras” – pequenos barcos com motor de popa), ou exigem travessia de balsas e
trânsito em estradas rurais. Informe-se sobre as variações das marés, cheque sempre
os horários de balsa (ida e volta) e as condições das estradas em caso de chuva.
Comunidade Quilombola do Mandira
A história desta comunidade começa em 1866, quando o Mandira era uma fazenda de arroz ainda escravagista.
O dono teve com uma negra um filho bastardo, que herdou um pedaço de terra, passado de geração em geração
até chegar ao Sr. Francisco de Sales Coutinho, líder da comunidade e presidente da Associação Reserva Extrativista
do Bairro Mandira. Ele lembra que os antepassados enfrentaram muitas lutas para ficarem nas terras. Até que, em 2000,
a comunidade foi reconhecida como quilombola e houve
também a decretação da reserva extrativista. Hoje, vivem
na comunidade 110 pessoas, todos parentes entre si, em
diferentes graus, e a maioria com o sobrenome Mandira,
herdado da própria terra. Além das boas histórias, a visita
ao local rende um lindo passeio de canoa pelo mangue e
os canais de águas transparentes até chegar à área de cultivo de ostras, a base da sobrevivência da comunidade. Os
viveiros podem ser vistos geralmente pela manhã, com a
maré baixa. São construídos com madeira da restinga e
sobre eles, entre duas telas, são colocados os filhotes de
ostras extraídos do mangue com cerca de 5 cm. Ficam nos
viveiros para engorda, até chegar a 8-9 cm, o tamanho para
serem comercializadas para restaurantes da capital, Baixada Santista, Litoral Norte e clientes particulares. Quem visita o local pode levar a dúzia a R$ 1,70 ou prová-las no almoço servido pelas mulheres da comunidade que inclui as
ostras in natura, gratinadas, torta de ostra ou farofa de ostra, mais peixe, pirão, salada, arroz e feijão (R$ 8/pessoa, sob
reserva). Sob encomenda pode-se levar mariscos a vinagrete
e caranguejos retirados do mangue. As mulheres também
fazem e vendem artesanato em tecido e em cipó. Próximo
dali tem passeio até a Cachoeira do Mandira e a um
Sambaqui.
Turismo Rural na Agricultura familiar
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Agrofloresta do Rio Branco – Sítio Bela Vista
Um cenário de sossego
Os 7 alqueires do Sítio Bela Vista era uma área degradada até que Marçal Estevam Bernardo, 29 anos, e sua família resolveram aplicar o sistema de agrofloresta e plantar uma horta orgânica. O sistema de plantio mistura o
cultivo de frutíferas, principalmente banana, além de cítricos, fruta do conde e outras, em meio à mata, sem derrubar árvores ou limpar as plantas rasteiras, permitindo
que a floresta vá se recompondo. A família produz e
comercializa banana-passa e licores de banana, abacaxi e
outros. Agende um almoço com a família para provar um
arroz, feijão e saladas sem agrotóxicos e, enquanto espera, faça uma gostosa trilha pela agrofloresta e tome um
banho na cachoeira próxima.
A paisagem na região do
Lagamar é um convite à tranqüilidade e à contemplação: os
extensos e largos canais têm
águas límpidas e muito calmas.
Só perturbadas, vez por outra,
por peixes saltando fora d´água,
pássaros mergulhando em busca de alimento ou por graciosos
golfinhos, muito comuns nestas
águas. O vai-e-vem dos barcos de
pescadores só embeleza o cenário formado pelas matas densas
e manguezais com a Serra do
Mar ao fundo.
Muito peixe e festa
Com a imensidão de água doce, salgada e salobra da região o que não falta na
mesa é peixe e frutos do mar. Nos restaurantes são muitas as opções como a
moqueca de marisco, de pescada, camarão; a caldeirada com vários frutos do mar;
o robalo com camarão; o bobó, entre outros. Nas casas de pescadores é tradição
os peixes serem assados na brasa enrolados na folha de bananeira. Pode ser tainha,
pescada, sargo, sororoca. E tudo acompanhado das paçocas: de amendoim com
farinha de mandioca, de banana, de indaiá. Em julho, vale a pena vir participar da
Festa da Tainha, na Ilha do Cardoso. Além de saborear o peixe em diversos modos
de preparo, pode-se participar de jogos e eventos animados ao som de forró e
fandango.
Iguape
Jovens da Juréia
A Associação Jovens da Juréia (AJJ) foi fundada em 1993
para congregar as comunidades que foram expulsas da
Juréia por ocasião da criação da restritiva Estação Ecológica Juréia-Itatins, em 1986. A idéia era reviver a cultura caiçara
e seus saberes tradicionais. E é exatamente isso o que se
pode conhecer na visita ao galpão da Associação. Lá eles
produzem e vendem artesanato, utensílios e objetos de
decoração feitos em caixeta (madeira macia da mata atlântica), taquara e outros materiais. Nas oficinas de corte e entalhes também são produzidos instrumentos musicais típicos como a viola branca, a rabeca e o tamborim. Estes são
os instrumentos usados pelo grupo para mostrar uma outra tradição – o fandango, dança trazida pelos colonizadores portugueses que freqüentou palácios e a aristocracia
brasileira e depois se tornou dança do povo. Possui muitas
variações de passos como o São Gonçalo, Sirindi, Passadinho,
Engenho e o Valsado e é animado por violeiros e cantadores.
Jovens se interessam cada vez mais por esta tradição: Pedro,
de 13 anos, toca a viola branca, e Anderson, 20 anos é escultor de rabecas. Depois de assistir a uma animada apresentação, vale um banho de mar na Praia da Juréia, pesca
na barra do Icapara ou caminhadas pelas trilhas da região.
Turismo Rural na Agricultura familiar
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Endereços
Paneleiras do Rocio
Cananéia
Comunidades do Parque Estadual da
Ilha do Cardoso
Acesso por barco de linha (3h até comunidade
do Marujá) – Dersa (13) 3851-1268, saídas
seg 13h, qua-qui 8h; retorno ter 6h, qua 13h e
sex 8h (R$ 44,70/ ida); ou por voadeiras (1h30
até Marujá) - aluguel de barcos e piloteiros no
caís de Cananéia (R$ 300 a R$ 350 ida e volta).
Tel. do Parque (13) 3851-1163. Para ficar na
Ilha, reservar hospedagem com antecedência.
A Iguart, uma associação de artesãs de Iguape reúne
mulheres de coragem que foram atrás de uma alternativa
de renda para suas famílias e produzem panelas de barro –
arte aprendida com as companheiras de outro centro produtivo do município, o bairro do Jairê. O show-room mostra toda a linha produzida, que inclui panelas, potes, frigideiras, caldeirões etc. Lá também dá para conhecer o processo de produção desde o barro, trazido do Jairê, a 60 km,
que é misturado e batido em uma tábua, enrolado em rolos de massas, moldados à mão (não usam tornos), secos à
sombra, depois queimados em forno a lenha e, por fim,
batidos com a tinta extraída do jacatirão (árvore nativa da
mata atlântica) que confere a cor preta às peças. Tanto as
peças da Iguart como das mulheres do Jairê podem ser encontradas também em lojas da cidade e no Centro Integrado de Turismo – Citur (Av. Princesa Isabel, s/n, Centro).
Comunidade Quilombola do Mandira
Acesso pela Estrada Itapitangui-Ariri (no
continente, mais próximo pela balsa de
Cubatão), 20 km do centro de Cananéia (12,5
km em estrada de terra). Horário: visitas e
almoço só com agendamento. Tel. (13) 97626773 / 9764-7356 / 3851-1753.
Ilha CComprida
omprida
Comunidades caiçaras e trilhas
Os amantes da pesca podem se deliciar nesta comunidade tradicional da Ilha Comprida. Daqui saem barcos, canoas e caiaques para pesca (e também passeios
contemplativos) no Mar Pequeno ou no oceano. De novembro a abril, pesca-se corvinas e pescadas. No inverno os
robalos de até 11 kg são a atração, além das tainhas e outros peixes. Pedrinhas, embora tradicional, é uma vila evoluída, contando com água encanada, luz, posto de saúde,
posto telefônico, escola e algumas pousadas e restaurantes
simples. É ponto de partida para a Trilha PedrinhasJuruvaúva (4km, nível fácil) que conduz o visitante pelas
belezas preservadas da Ilha como as últimas dunas do Estado de São Paulo, que atingem até 20 m de altura,
sambaquis e a vegetação típica de restinga e suas muitas
aves, entre elas o papagaio-de-cara-roxa, símbolo da Ilha.
Aproveite para conhecer o Viveiro de Mudas de Restinga,
único deste tipo de vegetação no país e um dos muitos
projetos de desenvolvimento sustentável em andamento
na Ilha. Outras opções de visita incluem a Trilha Vila NovaSítio Arthur, duas outras comunidades de pesca, com visita à Capela da Nossa Senhora da Conceição, datada de 1770,
e passagem por passarelas suspensas sobre a mata; e a Trilha da Trincheira, sítio histórico com as ruínas do Forte
Mosquera, do século XVI. A Ilha oferece ainda 74 km de praias limpas, movimentadas na parte norte e desertas ao sul.
Sítios históricos e arqueológicos
A região do Lagamar aparece em nossa história
desde o começo. Têm-se notícias de que a expedição de Gonçalo Coelho, de 1502, deixou na Ilha do
Cardoso o degredado Cosme Fernandes, que ficou
conhecido como o Bacharel de Cananéia, homem
poderoso que guerreou com Martim Afonso de Souza, o dono da capitania. Cananéia tem poucas construções históricas e já um pouco descaracterizadas,
porém vale a pena ver o casario da Rua Tristão Lobo
e a Matriz de São João Batista, construída por jesuítas (1577). Já o conjunto arquitetônico de Iguape,
com 64 prédios tombados em estilo colonial português é o maior do Estado de São Paulo e guarda belezas e curiosidades. O desenho da cidade afunilado
na direção do Porto assemelha-se ao de uma fortaleza, cujas ruas eram fechadas em caso de invasões
de piratas. As casas, todas geminadas e com comunicação pelos forros também tinham a intenção de
facilitar a fuga para o centro, junto à igreja. A região
guarda ainda resquícios pré-históricos nos
sambaquis (“samba” = concha;“qui” = monte) – montes de conchas acumulados por grupo de nômades
que aqui estiveram por volta do ano 4000 a.C.
Agrofloresta do Rio Branco – Sítio Bela Vista
Acesso pela Estrada Itapitangui-Jacupiranga
(SP-193) (no continente, mais próximo pela
balsa de Cubatão), 15 km do centro de
Cananéia (5 km em terra), Bairro Rio Branco.
Tel. (13) 9708-5106 / 3851-1753. Horário:
agendar. Ingresso: R$ 2, cachoeira R$ 2,
almoço R$6/pessoa.
Iguape
Jovens da Juréia
Al. dos Guaranis, 24, Balneário Titanes II, Barra
do Ribeira, 20 km do Centro de Iguape (acesso
por balsa 10 min.). Tel. (13) 3849-1341. Email: [email protected]. Horário: agendar.
Paneleiras do Rocio
R. Manoel Camargo, 42, Bairro do Rocio. Tel. (13)
3891-6189 / 9739-9427. Horário: agendar.
Ilha Comprida
Comunidades caiçaras e trilhas
Acesso pela Balsa de Cananéia, mais 19 km pela
praia até a entrada das Dunas de Juruvaúva
(checar maré); ou pela ponte de Iguape, mais
29 km da Praia do Boqueirão pela praia ou
Estrada da Vizinhança (checar maré). Opção de
jardineira de turismo no Centro de Informações
Turísticas (Boqueirão), tel. (13) 3842-1011 ou
pela Agência Geoar Turismo, Av. Copacabana,
440, lj 12 Mini-shopping, Centro, tel.(13) 38421840; R$ 20 a R$ 25/pessoa (agendar). Aluguel
de barcos e reservas de restaurante e hospedagem: Sr. Nezinho, em Pedrinhas, tel. (13) 38439171 / 9727-6419; e Sr. Carlinhos, em Sítio
Artur, tel. (13) 9777-6681.
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Pantanal do Mato Grosso
Modos de vida e cultura em harmonia com a natureza
Mais do que uma beleza natural incontestável, o Pantanal do Mato Grosso, conhecido como Pantanal Norte, oferece oportunidades de contato com ricas e pouco divulgadas
manifestações culturais e modos de vida peculiares. Além do turismo rural tradicional,
que inclui cavalgadas, tocadas de boi, focagem de jacaré, trilhas e passeios de barco pela
planície inundada, pode-se conhecer danças típicas como o siriri e o cururu, o modo de
pescar do pantaneiro e outras atividades tradicionais das populações locais como a de
agricultores familiares dedicados à fabricação artesanal de farinha de mandioca; à apicultura, à produção de rapadura e variados doces, balas e licores a base de banana; além
do encantador artesanato em cipó e madeira. Não deixe de provar a fabulosa gastronomia
pantaneira no “Quebra-Torto”, típico e reforçadíssimo café da manhã e os saborosos peixes destas águas. Todas estas experiências têm início bem perto de Cuiabá, na pequena
Santo Antônio do Leverger e seu povoado de Mimoso, terra natal de Rondon, onde está
sendo construído seu Memorial; seguindo para Nossa Senhora do Livramento; depois
Poconé, que pode incluir uma incursão na desafiadora Rodovia Transpantaneira, com
seus 149 km e 126 pontes de madeira; e fechando em Cáceres, um paraíso de pesca.
Santo Antônio do Leverger, Nossa
Senhora do Livramento, Poconé e
Cáceres - MT
Distâncias até Cuiabá: Santo Antônio do Leverger 25 km, Nossa
Senhora do Livramento 32 km, Poconé 100 km, Cáceres 215 km.
Como chegar:
Partindo de Cuiabá, o principal eixo é a BR-070 até Cáceres. A MT040 conduz a Santo Antônio do Leverger e Mimoso, e a MT-060 à
Livramento e Poconé.
Turismo Rural na Agricultura familiar
29
dic
dicaa
Melhor época – As águas começam a baixar em março-abril e, até setembro,
abre-se um espetáculo da fauna e flora. Na época das chuvas – outubro a fevereiro –
há muito mosquito e as estradas podem ficar intransitáveis. Recomenda-se tomar
vacina contra febre amarela pelo menos dez dias antes da viagem.
Sant
ntônio do LLev
ev
er
ger
antoo AAntônio
ever
erger
Nossa Senhor
ament
Senhoraa do Livr
Livrament
amentoo
Siriri e Cururu da Comunidade de Varginha
Núcleo de Produtos da Banana
Viola de coxo, mocho e ganzá. Estes são os instrumentos de uma das tradições do Pantanal – as danças do siriri e
do cururu. A viola tem quase o mesmo formato do violão e
é feita de ximbaúva, madeira da região. As antigas tinham
cordas de tripa de macaco. O mocho parece um banco feito
de couro de boi. O ganzá é de bambu e tocado com pedaço de costela de boi. Somados à cantoria, que é um duelo
animado entre homens e mulheres, os instrumentos marcam o ritmo dos dançarinos, muito ornados com roupas
floridas, acompanhados pelos bonecos Boi da Serra, a Ema
do Pantanal, o Minhocão, personagens lendários locais. O
alegre grupo é formado principalmente por jovens, de 14 a
25 anos, que não querem deixar morrer esta tradição. Pescadores ou filhos de pescadores artesanais eles vivem às
margens do Rio Cuiabá e se apresentam nas festas da cidade, em especial a de Santo Antônio, em 12 de junho.
Cerca de 120 pequenos produtores de banana tornam
a região de Nossa Senhora do Livramento uma das grandes produtoras da fruta no Estado. Para agregar maior valor ao produto, um grupo de mulheres, lideradas por dona
Evangelina de Figueiredo Aquino, formou a associação dos
artesãos do município e produzem em tachos artesanais
doces de banana em tablete e de colher, rapadura de banana, farinha de banana (cortadas bem finas, desidratadas e
socadas no pilão), licores e as balas de banana, que ganharam fama graças à embalagem diferente – enroladas em
embira de banana trançada (palha) formando cachos ou
réstias. No show-room local é possível comprar os produtos e acompanhar sua produção.
Poc
oné
oconé
Comunidade Quilombola de Campina da Pedra
Farinheiros do Morro Grande
Em Santo Antônio pode-se provar e ver a produção de
uma das mais saborosas farinhas de mandioca do Brasil,
dizem os apreciadores. É a farinha do Morro Grande. No
povoado, pequenos agricultores familiares cultivam a mandioca e fazem seu beneficiamento ainda do jeito artesanal,
daí o sabor admirado. A mandioca é descascada, lavada,
triturada. A massa vai para a prensa hidráulica (antigamente era no tipiti), retirando o caldo, que peneirado dá o polvilho doce. A massa seca, ainda conserva bem seus nutrientes e sabor, não sendo feita qualquer lavagem. Da prensa
vai para a peneira e desta para torrar sobre bem adaptados
capôs de Kombi. O Sr. Gentil Ribeiro da Silva, a esposa
Albertina e o filho Sebastião estão entre os produtores –
fazem 70 a 100 litros de farinha por semana, vendidos ali
mesmo e na famosa Feira do Taxista, no centro de Cuiabá.
Na chácara de 24 hectares, da qual detém direito de posse,
por estarem nela desde que nasceram, eles criam também
uma vaquinha, galinhas e cavalos.
A harmonia em que vive esta comunidade de remanescentes de quilombo impressiona. Assistir seu trabalho e
seus folguedos em danças e cantos do siriri e cururu é emocionante. As 32 famílias, todas nascidas na região e parentes entre si compartilham pacificamente a escola, a igreja, o
local de festa, o posto telefônico e os 130 hectares em que
fazem roça de cana, arroz, banana, feijão, milho, criam gado
para o leite e o queijo, galinhas e porcos. Segundo o Sr. Atanásio Mendes da Silva e o irmão Rosênio, representantes
da comunidade, eles aguardam há anos a desapropriação
de uma fazenda vizinha, que contribuiria para uma maior
geração de renda para as famílias. Como a terra é pouca
para tanta gente, eles montaram um engenho bem artesanal
de rapadura. Porém, já estão precisando de mais cana do
que produzem, um novo entrave a ser vencido. Na visita ao
engenho, acompanha-se todo o processo de fabricação e
pode-se ao final provar e comprar as deliciosas rapaduras,
o furrundu (um doce típico de mamão com melado) e a rapadura de banana.
Turismo Rural na Agricultura familiar
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Endereços
Ateliê das cadeiras pantaneiras
Santo Antônio do Leverger
Siriri e Cururu da Comunidade de
Varginha
Comunidade de Varginha, 6 km do Centro. Inf.
Tel. (65) 9222-0536/ 9229-3039.
Graciosas e confortáveis cadeiras ao sol ou na varanda contrastam com a humilde casa na chácara de 2 hectares do produtor familiar Sr. José Máximo da Silva. Elas não são para seu descanso, ao contrário são o seu trabalho.Ele é um dos 15 membros
da Associação dos Artesãos de Mato Grosso, na cidade, e confecciona a típica cadeira pantaneira com cipó do Pantanal e cipó de
macaco (encontrado no Cerrado). Faz também grandes cestos
de taboca (taquara) e vende ali mesmo. O disposto Sr. Jacinto,
com a ajuda do neto, ainda cultiva uma horta com alface, couve,
maxixe, rúcula e sai vendendo de porta em porta.
Farinheiros do Morro Grande
Estrada Barreirinha-Morro Grande, s/n, Zona
Rural, 12 km do Centro. Horário: agendar
pelo tel. (65) 341-1881 ou na Pousada
Fazenda Baía da Laranja, tel. (65) 9951-3977.
Nossa Senhora do Livramento
Núcleo de Produtos da Banana
R. Manoel Feliz, 86, Centro. Tel. (65) 351-1428.
Horário: seg-sáb 7h-17h.
Các
er
es
Cácer
eres
Poconé
Comunidade Quilombola de Campina
da Pedra
Comunidade Rural da Pedra, Rod. Coente, km
34. Tel. (65) 345-2088. Horário: agendar.
Apiário Tubino
O passeio na chácara do Sr. Fernando Tubino é muito agradável. A área de 4 hectares é toda fresca e arborizada para
receber as amigas abelhas. Ele é apicultor há mais de 30 anos,
um dos pioneiros a acreditar no mel do Pantanal, cujas
floradas produzem mel de tão alta qualidade, que o Sr. Tubino
já ganhou prêmio de nível nacional. Ele cria as abelhas na
chácara até maio e depois leva as colméias para o Pantanal e
colhe de 2500 kg a 3000 kg por ano em suas 120 colméias.
Na chácara dá para fazer uma visita às colméias próximas,
com roupa e equipamento adequado, e conhecer todo o processo: da caixa de abelha até o processamento do mel e da
geléia real. Há venda do produto no local.
Galeria Naturarte
Carlos Viana Costa, 38 anos, se destaca entre os artesãos
de Cáceres em função da matéria-prima que usa em suas
obras: jacarés e cabeças de jacarés descartados da Cooperativa de Criadores de Jacaré do Pantanal (Coocrijapan), que cria
jacarés em cativeiro para abate. Com autorização especial do
Ibama, ele taxidermiza os animais montando esculturas e
painéis que já foram exportados para China, Itália, Espanha e
México. A visita a seu ateliê, situado em chácara com gostoso
pomar, propicia o contato com diversos outros tipos de artesanato do Pantanal (palha de milho, casca de coco, cipó, madeira etc), pois ele expõe obras de outros artesãos da Associação Cacerense de Artesãos (ACA), da qual é presidente, e dá
aulas para crianças, jovens e adultos da comunidade.
Ateliê das cadeiras pantaneiras
Av. dos Trabalhadores, s/n (Rod. PoconéCuiabá), Zona Rural.Tel. (65) 9975-1824.
Horário: livre.
Gastronomia reforçada e saborosa
O pantaneiro inicia seu dia na madrugada e sai para
a dura lida muito bem abastecido com o “Quebra-Torto” – uma dezena de pratos, geralmente preparados
nas cozinhas abertas e com fogão de lenha, observando a paisagem: inclui Maria Isabel (arroz com carne
seca), revirado (farinha de mandioca com carne de boi
e leite), farofa de torresmo; banana, mandioca e batata
fritas; paçoca de carne seca com banana; cambito (pão)
e bolo de fubá,acompanhados de leite queimado,mate
queimado e, para espantar o frio: pinga! As pousadas
costumam servi-lo para os turistas. No almoço e jantar,
não deixe por menos e experimente o caldo de piranha, a Mojica de pintado (peixe ensopado com mandioca e temperos verdes); a Ventrecha de pacu (costela de pacu frita), e muitas outras variações de peixes,
acompanhados de pirão, arroz e a imprescindível banana em diversos preparos – frita, em farofa, cozida etc
e também nas sobremesas servida com melado.
Cáceres
Apiário Tubino
Radial 1, 1500, Garcez.Tel. (65) 9961-8652.
Horário: dom-sex, agendar.
Galeria Naturarte
R. dos Cristais, 71, Vila Mariana.
Tel. (65) 223-4749 / 9905-9518.
E-mail:[email protected]
Horário: seg-sex 8h-12h e 13h30-17h,
sáb 8h-13h.
Turismo Rural na Agricultura familiar
33
Rota do sisal
Tecnologias sustentáveis e associativismo melhoram a vida no semi-árido
Mais que um roteiro rural, a região de Valente proporciona uma incursão técnicocientífica de como seu povo convive com os ciclos da seca do semi-árido, mostrando seus
saberes e modos de vida e a esperança que vem adquirindo com o uso de tecnologias
simples e sustentadas. Lá se tem um exemplo para o mundo de que o associativismo e o
cooperativismo podem melhorar os índices de desenvolvimento humano. Sua história
foi alterada a partir da união de produtores na Associação dos Pequenos Agricultores do
Estado da Bahia (Apaeb), na década de 1980. No roteiro, envolvendo os municípios de
Valente, Santa Luz e Retirolândia, pode-se conhecer todo o ciclo do sisal, desde as plantações no campo, o corte, o amaciamento da fibra, a produção do fio e dos tapetes; e ver as
curiosas paisagens da caatinga. Saber como o povo conserva a preciosa e escassa água,
como se alimenta e alimenta suas criações – caprinocultura, ovinocultura e gado – e ter
contato com as ricas manifestações culturais do samba de roda ou as cantigas dos campos de sisal. Em breve, deve estar disponível um roteiro mais extenso encampando dez
municípios da região.
Valente | BA
Distâncias:
Salvador - 215 km, Feira de Santana - 100 km.
Como chegar:
De Salvador seguir pela BR-324 para Feira de Santana.
Tomar a BR-116 norte até Serrinha e entrar na BA-409 e BA-120
Turismo Rural na Agricultura familiar
35
dic
dicaa
Passeio – A Serra da Caraconha, em Santa Luz, a 55 km de Valente (34 km em
terra), embora ainda pouco explorada, é um bom desafio para adeptos de escadala
e rapel – paredões bem verticais e livres de vegetação alcançam cerca de 80 m de
altura. É também possível subir por trilha. O prêmio para quem chega ao topo é um
panorama a perder de vista na planície semi-árida da região sisaleira. O local é afastado, portanto não vá sozinho e procure orientação na cidade.
Valente
O ciclo do sisal
Fazenda da Madeira – Escola Família Agrícola
O sisal é uma das riquezas da Bahia. Das 140 mil toneladas
exportadas entre 2003-2004, 130 mil toneladas saíram do Estado.Muitovalorizadonomercadointernacional–chegaavaler
600 dólares/tonelada beneficiada. Toda esta riqueza começa
nos muitos campos de sisal da região como o do Sr. José Elias
Lima Lopes, do Sítio do Meio, de 57 hectares, no Povoado de
Junco, a 9 km do Centro. Ele explica que planta o filhote, em 34 anos já está no ponto de corte e emitindo novos fihotes a
seus pés e espalhados ao redor. Um pé produz por cerca de 8
anos, e aí seus “filhos” e até “netos” já estão prontos para substituí-lo. O corte pode ser feito o ano todo, se não houver seca.
Depois de cortada, a folha passa pelo desfibramento, feito com
um motor ali mesmo no campo. Os resíduos (apenas 5% da
folha é fibra) são amontoados e viram comida para sua criação
decabraseovelhas,complementadascompalma,capim,farelo
de milho e soja. Em seguida, o sisal torna as paisagens mais
belas, quando as fibras são postas a secar ao sol. Sr. Elias produz cerca de 3200 kg /mês de fibra, vendidos para a Apaeb
que faz o beneficiamento na Batedeira Comunitária. Antes, os
pequenosprodutoresficavamnasmãosdeatravessadoresque
comandavam o preço a bel-prazer. Na Batedeira é feito o melhoramento da fibra. Ela é classificada, tem sua umidade
quantificada e entra numa máquina que faz um amaciamento.
Daqui sai em grandes fardos já para a indústria. Na fábrica, a
primeira etapa é o tingimento, que é feito a partir de estudos
de tendências de cores do mercado (o catálogo contém 56
cores diferentes). Nova secagem e amaciamento e chega à
área em que as fibras são emendadas em mechas de centenas de metros, parecendo longas perucas. Da máquina de
mechas, vai para a que as transforma em fios, enrolados em
grandes carretéis e, de lá, para o tear que produz tapetes em
rolos de 30 m por quase 4 m de largura. Tapetes menores e
com desenhos e acabamentos especiais são montados no
setor de Design.
A Fazenda da Madeira é um local de formação para
agricultores familiares e um centro de experimentações
de uso sustentado de energia e água, mantido pela
Apaeb. Uma visita monitorada ao Centro de Aprendizagem e Intercâmbio de Saberes (CAIS) mostra como contornar o problema de escassez de água com a captação
e conservação da água da chuva em grandes cisternas.
Demonstra também como usar a água com critério. Há,
por exemplo, o reaproveitamento das águas cinzas
(águas de chuveiros e pias, exceto as de cozinha) para
uso nas descargas. Esta água, que passa por filtragem, é
transportada para enormes caixas d´água por meio de
energia eólica, um outro experimento. A energia solar
alimenta todos os ambientes e equipamentos do Centro,
que conta com salas para cursos, área de hospedagem,
refeitório e recepção. Todas as construções foram feitas
em pedra, abundante na cidade vizinha de Santa Luz,
uma forma de prestigiar o produto local. Próximo dali, a
Escola Família Agrícola (EFA) oferece para filhos de agricultores da região sisaleira cursos de quinta a oitava séries, complementados com iniciação à zootecnia, agricultura, administração e engenharia rural. Os alunos
aprendem praticando na Fazenda, que tem criações, roças, computadores e biblioteca; e em suas propriedades,
uma vez que a escola aplica a pedagogia da alternância
– um período na escola e outro em casa implantando
seus conhecimentos.
Turismo Rural na Agricultura familiar
37
Cooperativa de artesãs - Núcleo Recreio
Fazenda Pé de Serra
Com as mãos e a ajuda dos pés (que seguram as mechas), mulheres desta e de outras oito comunidades rurais
transformam a fibra do sisal em belas bolsas, tapetes, cestos, jogos de mesa e outros objetos utilitários e de decoração. Das mais variadas idades – de Valdeane Lopes, de 27
anos, à dona Maria José Silva Oliveira, de 75 anos, elas tiram deste trabalho o sustento de suas casas. Somam 122
mulheres na Cooperativa Regional de Artesãs Fibras do Sertão (Cooperafis) que fazem peças totalmente artesanais.
Começa com a compra da fibra diretamente no motor, no
campo. Depois vem o tingimento com cores obtidas de cascas de plantas da caatinga como o pau-de-colher (castanho avermelhado), pau-de-São-João (dourado), umburana
(castanho claro), entre outras; e por fim o trançado. As peças podem ser compradas no local e na loja da Cooperafis
– Riquezas do Sertão.
A Serra do Pintado quebra a monotonia dos campos
de sisal e pastagens da fazenda de 73,8 hectares, que
Ranúsio Cunha trabalha em parceria com Renildo Batista,
outro pequeno agricultor familiar. É um dos raros acidentes
geográficos em toda a região sisaleira, caracterizada por
extensas planícies. Para usufruir a bela paisagem com
mandacarus, umbuzeiros, licurizeiros, juremas, aroeiras, contrastada pelo céu muito azul, há uma cavalgada de cerca
de 1 hora contornando toda a Serra. Os cavalos são manga-larga marchador e os cavaleiros mais experientes podem esticar o passeio visitando povoados próximos como
o de Mucambinho, onde se vê um tanque centenário,
construído por escravos, e papear com agricultores assentados da reforma agrária, conhecendo seus modos de vida.
Ranúsio disponibiliza também para passeios pela zona rural uma caminhonete Chevrolet Brasil, de 1960.
Retirolândia
Sítio Salto da Pedra
Comunidade Baixa do Couro
A típica casa rural com a cozinha de fogão a lenha, varanda e janelas de madeira foi construída pelo avô de Marlúcia
Lima Lopes, em 1901. Ela abre suas portas e o quintal com
frondosas árvores para receber visitantes interessados na
paisagem da caatinga e nos pratos típicos regionais. Sarapel,
buchada, vatapá, caruru, canjica, bolo de milho estão entre
os pitéus servidos em seu almoço. Ela tem outros talentos.
Fez magistério, deu aulas na zona rural e voltou para trabalhar na roça em companhia de seu pai, Sr. José Luís, um ótimo
contador de histórias, mais a filha e o marido. Nos 39 hectares da propriedade, Marlúcia tem produção bem diversificada
e com uso de tecnologias alternativas – “Para resistir aos tempos ruins da seca”, diz ela. Cria caprinos de leite e abelhas.
Planta o sisal do qual tira a fibra e parte da ração, e
complementa com capim de corte, milho com irrigação e diversas outras plantas que alimentam o gado como leucena,
gliricídea, algaroba, palma, capim búfalo, todas originárias da
caatinga. Para enfrentar os tempos de estiagem usa um processo de silagem destas plantas – elas são cortadas em máquinas, enroladas em lonas, cobertas com terra, que as conservam verdes por meses. Para a família e para a venda cultiva frutas como mamão, acerola, cajá, caju, tamarindo etc. Faz
reserva de água em um tanque de pedras, que ainda por cima
enfeita a paisagem, admirada em pequenas trilhas.
Jairo Ferreira de Santana, os pais e um irmão estão vencendo a briga contra a seca há mais de um ano. A horta
orgânica de quase um hectare produz sem parar coentro,
alface, abóboras, pimentões e começa a render seus primeiros frutos – banana, mamão, maracujá, sem que tenha
faltado água, embora a última ocorrência de chuva tenha
sido no início de 2004. A fazenda é um dos locais em que se
experimenta o uso da barragem subterrânea para reter a
água no solo. É uma curiosidade para os visitantes de outras regiões do Brasil e até do sertão. A tecnologia é simples: cava-se uma vala até encontrar chão firme ou pedras
– no caso da Baixa do Couro chegou-se a 2,60 metros de
profundidade em uma extensão de 46 metros. Reveste-se
esta parede com lona e torna-se a fechar a vala com terra.
Quando vem a chuva, toda a água absorvida pelo solo será
barrada pela lona, acumulando em um falso lençol freático,
que as raízes das plantas alcançam. As plantas de raízes rasas podem ser molhadas com a mesma água, que fica acumulada em uma cisterna, construída perto da barragem,
usada para medir o nível de água que está no solo. Jairo
exibe feliz a marca de 70 cm na vara de medir. O que significa que este é o nível atual de água no lençol, suficiente
para produzir ainda muitas verduras, legumes e frutas.
Turismo Rural na Agricultura familiar
39
Endereços
Valente
O ciclo do sisal
Agendar visita com a Apaeb. R. Duque de
Caxias, 78, Centro. Tel. (75) 3263-2181. Email: [email protected].
Comunidade de Algodões
A pequena comunidade rural reúne 15 famílias
que dividem a terra – cerca de 174 hectares ou 400
tarefas (como se diz na comunidade, que ainda usa
medidas antigas como as tarefas – 4.346 m² ou braças – 2,2 m lineares). Plantam sisal, palma, milho, feijão e mandioca e mantêm viva a tradição da dança –
o samba de roda ou samba do sertão, o reisado, e as
cantigas do trabalho na lavoura de sisal. Estão lá há
40 anos e como lembra o Sr. Dermival Trabuco, 65
anos, naquele tempo não tinha tv, rádio e a única diversão era reunir o povo e cantar e dançar. O costume continua nos fins de semana. Sr. Dermival cede
sua pequena e rústica casa para manter a tradição
do grupo, que também se apresenta em todos os festejos da cidade. O cavaquinho, violão, sanfona e pandeiro dão o tom da animação e os versos contam a
lida e as alegrias deste povo sofrido.
Bode à mesa
Os caprinos são extremamente importantes para os sertanejos e o povo do semiárido, de maneira geral. Animais resistentes e polivalentes – contribuem com o cotidiano
do semi-árido de diversas formas: fornecendo a pele para roupas, chapéus, bolsas, tapetes; o leite para o queijo, o iogurte, os doces; e a carne, muito apreciada em diversos preparos: na buchada de bode, frita e também assada na brasa. Em restaurantes de Valente e
região, este último é o preparo mais comum, sempre bem acompanhado de feijão verde,
vinagrete, arroz e farofa.
Fazenda da Madeira
Escola Família Agrícola
Fazenda da Madeira, Zona Rural, 12 km do
Centro. Tel. (75) 3263-2181. Horário:
agendar.
Cooperativa de artesãs
Núcleo Recreio
Comunidade de Recreio, Zona Rural, 4 km
do Centro. Horário: agendar na Loja
Riquezas do Sertão – R. Zuleica Lopes, 15,
(BA-120), Antonio Lopes. Tel. (75) 32632181 r. 237.
Sítio Salto da Pedra
Fazenda Salto da Pedra, 600, Zona Rural.
Tel. (75) 9121-2886 / 8105-3055. Horário:
agendar.
A planta estrangeira
A Agave sisalana, nome científico do sisal, embora dê nome a uma vasta região com 54 municípios do centro-norte baiano não é uma planta
nativa do Brasil. Originária da província de
Yukatan, no México (a espécie de lá serve para
fazer tequila), foi introduzida na Bahia no início
do século XX e teve sua expansão no final dos
anos 1930, quando ações do governo do Estado
a torna alternativa para o desenvolvimento de
regiões semi-áridas. A demanda pela fibra do sisal
cresceu muito durante a Segunda Guerra Mundial – era usada para sacarias, na cordoaria em
geral, cordas marítimas, barbantes, fios e similares. Atualmente é muito utilizada também para
tapetes, capachos, sacolas, embora sofra a concorrência de fibras sintéticas. Ao mesmo tempo
que gera riquezas, a fibra está ligada a um histórico de exploração do trabalho infantil e de mutilações de agricultores pelo uso de máquinas de
desfibragem ultrapassadas. Quadro já bastante
alterado na região de Valente pela introdução da
educação e novas técnicas de subsistência dos
pequenos agricultores familiares.
Comunidade de Algodões
Estrada Valente-Tamanduá, Algodões, 6
km do Centro.
Fazenda Pé de Serra
Estrada p/ Serra do Pintado (acesso pela
Estrada Valente-Varginha), 17 km do
Centro (em terra). Tel. (75) 3263-2174. Email:[email protected].
Horário: agendar.
Retirolândia
Comunidade Baixa do Couro
Fazenda Baixa do Couro, Zona Rural, 3 km
do Centro. Tel. (75) 8104-5901.
Turismo Rural na Agricultura familiar
41
Utilidades & Serviços | GARIBALDI RS
Garibaldi
Informações Turísticas:
RS-410, km 228, São Miguel. Tel. (54) 464-0796 / 0800510-1199 (fim de semana). www.serragaucha.com.br . Email: [email protected]. Horário: diariamente
10h-16h.
Aeroporto próximo: Porto Alegre – Aeroporto
Internacional Salgado Filho. Av. Severo Dullins, 90010, São
João, 6 km do Centro de Porto Alegre, tel. (51) 3358-2000.
Caxias do Sul – Aeroporto Regional. Final da Av. Salgado
Filho, 4 km do Centro, tel. (54) 213-2566.
Estação Rodoviária:Av. Independência, 140, Centro.Tel.
(54) 462-2088.
Bancos: BB, Banrisul, Bradesco, CEF, Itaú, Meridional,
Santander.
Caixas automáticos: todos, até 22h.
Hospital: Hospital Beneficiente São Pedro – Trav. 31 de
Outubro, s/n, Centro. Tel. (54) 462-1311.
Onde dormir
CasaCurta – R. Luiz Rogério Casacurta, 510. Tel. (54) 4622166. E-mail: [email protected] . 2 suítes e
29 aptos com calefação central, ar-cond. (em alguns
aptos.), TV, frigobar. Bar, estacionamento, restaurante,
piscina aquecida, sala de ginástica, sala de jogos,
playground, sala de lareira e leitura, salão de eventos. O
prédio da década de 1950 tem arquitetura inspirada nos
castelos franceses do Vale do Loire. Diária casal: R$ 130 a
R$ 235 (café da manhã incluído).
Hotel Mosteiro São José – R. Buarque de Macedo, 3590,
Centro. Tel. (54) 462-1703 / 4577.
www.hotelmosteirosaojose.com.br. 35 aptos, TV e
ventilador. Estacionamento, restaurante, sala de TV. No alto
de uma colina, o antigo convento do final do século XIX ,
tem jardins e pátios agradáveis, capela e um Diorama –
que conta a história de São José por meio de imagens e
ilusões de ótica. Diária casal: R$ 66 (café da manhã
incluído).
Pietá - R. João Pessoa, 47, Centro. Tel. (54) 462-1283. 64
aptos. TV e frigobar. Estacionamento. Apartamentos com
acabamento simples, alguns com banheiras de
hidromassagem. Diária casal: R$ 70 a R$ 100 (café da
manhã incluído).
Onde Comer
Osteria della Colombina - Família Odete Lazzari Linha São Jorge, s/n, 1º. Distrito. Tel. (54) 462-1895 r. 68. Email: [email protected]. Horário: agendar.
Especialidade: almoço e café típico rural. Veja roteiro.
Família Vaccaro – Linha Santo Alexandre, s/n, 7º.
Distrito. Tel. (54) 504-4625. Horário: agendar. Especialidade:
almoço e café típico rural. Veja roteiro.
Hostaria CasaCurta – R. Luiz Rogério Casacurta, 510.Tel.
(54) 462-2166. Especialidade: Massas secas e recheadas
de produção própria e sob encomenda: perdiz com
polenta e javali ao vinho. Carta de vinhos do Vale dos
Vinhedos.
Utilidades & Serviços
| ARAUCÁRIA PR
Utilidades
& Serviços
Araucária
Informações Turísticas:
Av. Dr. Victor do Amaral, 1815, Centro. Tel. (41) 3642-7773.
www.araucaria.pr.gov.br. Horário: seg-sex 8h-19h, sábdom e feriados 9h-19h.
Aeroporto próximo: Aeroporto Internacional Afonso
Penna. Av. Rocha Pombo, s/n, São Jose dos Pinhais, tel. (41)
381-1515.
Estação Rodoviária: Rodoviária de Araucária, Piso
Superior s/n, Centro, tel. (41) 3642-3939.
Bancos: BB, Bradesco, CEF, HSBC-Bamerindus, Itaú. Caixas
automáticos: BB, Bradesco, HSBC-Bamerindus.
Hospital: Hospital São Vicente de Paula. R. Prof. Alfredo
Parodi, 30, Centro, tel. (41) 3642-3299.
Onde dormir
Rihad Palace Hotel – Av. Dr. Victor do Amaral, 1660,
Centro. Tel. (41) 614-2200. www.rihadpalacehotel.com.br
/ [email protected]. 24 suítes (com
hidromassagem) e 48 aptos. com ar-cond., frigobar, TV 29”
a cabo, telefone com identificador de chamada e conexão
Internet. Estacionamento, bar, restaurante, auditório, salas
de multímidia para reuniões, heliponto, sala de ginástica,
traslado para aeroporto. Edifício moderno, inaugurado em
2001, tem facilidades para executivos. Diária casal: R$ 90 a
R$ 130 (café da manhã incluído).
Hotel Saara – BR-476 (Rodov. do Xisto), 5797, Sabiá. Tel.
(41) 3642-1944. 20 aptos. com ar-cond., frigobar, TV e
telefone. Estacionamento. Diária casal: R$ 95 (café da
manhã incluído).
Hotel Colônia – R. Dr. Victor do Amaral, 1651, Centro. Tel.
(41) 3642-2200. 28 aptos. Ar-cond, frigobar, TV, telefone.
Estacionamento. Diária casal: R$ 75 a R$ 95 (café da
manhã incluído).
Onde Comer
Café e Almoço Rural Margareth Garcia – Rod. do Xisto
(BR-476), km 162, Guajuvira de Cima.Tel. (41) 3642-9737.
Especialidade: almoço e café rural polonês. Veja roteiro.
Chácara São Pedro – Família Czanovski – Estrada de
Guajuvira-Campestre, s/n, Guajuvira.Tel. (41) 3642-3742.
Horário:agendar. Especialidade: Café rural típico polonês.
Veja roteiro.
Restaurante Costelão na Brasa – Av. Victor do Amaral,
1163, Centro. Tel. (41) 3642-2297. Especialidade: rodízio de
churrasco
Turismo Rural na Agricultura familiar
43
Utilidades & Serviços | LAGAMAR SP
Utilidades & Serviços
| PANTANAL DO MATO GROSSO MT
Utilidades
& Serviços
Cananéia
Santo Antônio do Leverger
Informações Turísticas: R.Tristão Lobo, 78, Centro, tel.
(13) 3851-1753. www.cananeia.sp.gov.br.
Aeroporto próximo: em Curitiba, Aeroporto Afonso
Penna,Av.Rocha Pombo,s/n,São Jose dos Pinhais,tel.(41)
381-1515; em São Paulo,Aeroporto de Congonhas,Av.
Washington Luis,s/n , tel.(11) 5090-9000/9195, e Aeroporto
de Cumbica, Acesso pela Rod.Dutra,28 km ou pela Rod.
Ayrton Senna,30 km,Guarulhos, tel. (11) 6445-2945.
Estação Rodoviária: Não tem estação.Ponto de
embarque R.Thales Bernardes, s/n (próximo à entrada
principal da igreja matriz), tel. (13) 3851-1715.
Bancos: Banespa. Caixa automático: Banespa (até 22h)
Hospitais: Pronto Socorro Municipal, Av. Luiz Wilson
Barbosa, s/n, Retiro das Caravelas, tel. (13) 3851-1502.
Onde dormir
Costa Azul Club – Estrada da Aroeira (Ponte), Parque
Náutico, 6 km do Centro.Tel.(13) 3851-1489 / 8288.
www.hotelcostazul.com.br/website/db/a1/.30 aptos.
com ar-cond., frigobar,TV.Estacionamento, bar, restaurante,
barco, caiaques, lancha, marina, mergulho, piscina,
playground, quadras esportivas, serviços para pescarias,
sala de convenções. È um clube e oferece passeios de barco
pelo Mar Pequeno e ilhas e diversas atividades náuticas e
de pesca. Diária casal: R$ 70 a R$ 100 (café da manhã
incluído).
Hotel Coqueiro - Av. Independência, 542. Centro Tel. (13)
3851-1255. 27 aptos., todos com ar-cond., frigobar,TV.
Estacionamento, bar, restaurante, piscina, sala de jogos,
sala de TV, churrasqueira e sauna. Local tranqüilo, na
avenida principal, próximo ao comércio e restaurantes.
Atendimento familiar. Diária casal: R$ 70 (café da manhã
incluído).
Hospedagem na Ilha do Cardoso: em Pontal do Leste,
(13) 3852-1163/1178, barraca R$ 10/pessoa, pousada R$
40/pessoa com ½ pensão; no Marujá, tel. (13) 3851-1613,
barraca R$ 10/pessoa, pousada R$ 35-45/pessoa com café.
Onde comer
Bacharel – Av. Independência, 835, Centro.Tel. (13) 38511182. Especialidade:moquecas e peixe na telha.
Kurt Kaffee – Café & Antiquário – Av. Beira-Mar, 71,
Centro.Tel. (13) 3851-1262. www.kurtkaffee.com.br.
Especialidade: grelhados e ostras. Possui café, tabacaria,
galeria de arte, cyber café, piano bar e antiquário.
Porto Camarão – R.D. João III, s/n, Centro e Av. Independência, 661, Centro.Tel.(13) 3851-3994. Especialidade:
bobó de camarão, caldeirada de frutos do mar.
Iguape
Informações Turísticas: R. 15 de Novembro, 272, Centro. Tel.
(13) 3841-3009. www.guiadeiguape.com.br.
Aeroporto próximo: Veja acima em Cananéia.
Estação Rodoviária – Rodoviária de Iguape, s/n, Centro, tel.
(13) 3841-1209.
Bancos: Banespa, Bradesco, CEF, Nossa Caixa. Caixa automático: Banespa até 22h.
Hospitais: Unidade Mista de Saúde – R.dos Estudantes, 40,
Centro tel. (13) 3841-1016 /2631.
Onde dormir:
Solar Colonial Pousada – Largo da Basílica,30,Centro.Tel.(13)
3841-1591.13 aptos.com frigobar,telefone,TV,ventilador.
Estacionamento.Sobrado colonial tombado,fica de frente à Basílica.
Piso ainda original. Diária casal: R$ 70 (café da manhã incluído).
Silvi Hotel – R. Ana Cândida Sandoval Trigo, 515, Centro.Tel.
(13) 3841-1421. www.silvihotel.com.br. 36 aptos. com arcond.(alguns),TV, ventilador. Estacionamento. Restaurante.
Diária casal: R$ 47 a R$ 82 (café da manhã incluído).
Pousada Recanto da Juréia – Av. Dom Pedro II, 325, Barra
do Ribeira, 20 km do Centro (mais 10 min balsa).Tel. (13)
3849-1115. 16 aptos. 10 chalés com cozinha equipada) com
frigobar,TV, ventilador. Acomodações simples em duas alas,
uma com apartamentos de casal e outra com apartamentos
para 4 ou 6 pessoas com cozinha equipada e sem roupa de
cama. Diária casal:R$ 50 (café da manhã incluído).Aptos.
família: R$ 10/pessoa.
Onde comer:
Itacurumins – R. Porto do Rosário, 2, Centro.Tel. (13) 38411536. Especialidade: pescados: combinado de frutos do mar
grelhados, peixe na telha e moquecas.
Panela Velha – R. 15 de novembro, 190, Centro.Tel. (13)
3841-1869. Especialidade: pescados: caldeirada e moquecas.
Ilha Comprida
Informações Turísticas: Av.Beira Mar, 11000, Balneário Meu
Recanto.Tel.(13) 3842-1011 r.222.
www.ilhacomprida.sp.gov.br
Aeroporto próximo: Veja acima em Cananéia.
Estação Rodoviária:Shopping Ilha, Av.Copacabana, s/n,
Boqueirão Norte, tel. (13) 3821-4100.
Bancos e caixas automáticos: Banespa.
Hospitais: Pronto Socorro, Al. Bermudas, 60, Balneário Monte
Carlo, tel. (13) 3821-4100.
Onde dormir:
Nossa Senhora do Carmo – R. Francisco Guimarães, 15,
Balneário Britânia- Boqueirão.Tel. (13)3842-1214 / 1164.
www.hotelnsdocarmo.com.br. 30 aptos. com frigobar, TV,
ventilador de teto (22 com cozinha equipada). Estacionamento, piscina, sala de jogos, churrasqueira.Acomodações simples,
na avenida da praia. Diária casal: R$ 90 (café da manhã
incluído). Apto.com cozinha: R$ 120 até 4 pessoas (sem café)
Hospedagem em comunidades caiçaras – inf. Sr.
Nezinho, em Pedrinhas, tel.(13) 3843-9171 / 9727-6419; e Sr.
Carlinhos, em Sítio Artur, tel. (13) 9777-6681.
Onde comer:
Mara – Al. Zulques, 210, Boqueirão.Tel. (13) 3842-1320.
Especialidade: pescados: caldeirada e moquecas.
Informações Turísticas: Praça da Bandeira, 311,
Centro. Tel. (65) 341-1775. Horário: seg-sex 7h-13h. Email: [email protected]
Aeroporto: Aeroporto Senador Jonas Pinheiro, tel. (65) 3411151 (para aviões de médio porte). Em Cuiabá: Aeroporto
Marechal Rondon – Av. João Ponce de Arruda, s/n, Munic. de
Várzea Grande, 7 km de Cuiabá.Tel. (65) 614-2510.
Estação Rodoviária: R. Barão de Melgaço s/n, Centro.
Tel. (65) 341-1434.
Bancos: BB, Bradesco, CEF Caixa automático: BB
Hospital: Hospital Municipal – MT-040 (Rod. Palmiro
Pais de Barros), s/n , Laje. Tel. (65) 341-1629.
Onde dormir
Pousada Fazenda Baía da Laranja – Acesso pela Estr.
da Barreirinha, 12 km do Centro. Tel. (65) 9951-3977. 2
aptos. e 2 quartos com ar-cond. Estacionamento,
restaurante, sala de TV, sala de jogos. Fazenda em área
de Pantanal e à beira da Baía da Laranja com gado,
carneiros e cavalos. Oferece trilhas, passeios de jipe,
cavalgadas, tocada de boi, focagem de jacaré, observação de fauna, pesca. Programas especiais de turismo
cultural para estudantes. Preços: R$ 120/pessoa (diária
completa); R$ 35/pessoa (day-use).
de bicileta. Estacionamento bar, restaurante, piscina,
redário, mirantes (12 m e 25 m), serviço traslado
aeroporto. Área de 2800 hectares de área preservada.
Observação de aves, safári fotográfico, canoagem,
passeio a cavalo, guias bilingues. Diária casal: R$ 260 a
R$ 340 (pensão completa)
Pousada Piuval – Rodovia Transpantaneira (MT-060),
km 10. www.pousadapiuval.com.br. Tel. (65) 345-2317. 14
aptos com ar-cond. TV, Ventilador de teto, janelas teladas.
Estacionamento, bar, restaurante, Piscina, playground,
quadra vôlei, acesso à Internet. É a primeira pousada na
Transpantaneira. Tem 7 mil hectares com bela paisagem
natural. O nome vem da quantidade de piúvas (ipês roxos).
Oferece caminhadas, safáris fotográficos, passeios de barco
ou canoa, cavalgadas, pesca. Diárias com pensão completa:
variam de acordo com o número de hóspedes.
Onde Comer:
Chalana – Av. dos Trabalhadores, 150, Bairro Santa
Teresa. Tel. (65) 345-2368. Especialidade: bufê de
culinária típica: paçoca de pilão e peixe, churrasco.
Cáceres
Informações Turísticas:
Av. Cel Botelho, 458, Centro. Tel. (65) 351-1191/1200. Email: [email protected].
Informações Turísticas: R. Riachuelo, 1, Centro. Tel. (65)
223-0177 / 3214. Seg-sex 7h-18h.
www.caceres.mt.gov.br. E-mail:
[email protected]
Aeroporto: Aeroporto Municipal Nelson Martins Dantas
– R. José Miguel Sacaff, a 6 km do Centro. Em Cuiabá
(Várzea Grande).
Estação Rodoviária: Av. 7 de setembro, s/n, Centro. Tel.
(65) 223-2136.
Bancos: BB, Banco da Amazônia, Bradesco, CEF, HSBCBamerindus, Itaú, Sicred.Caixa automático: todos (até 22h).
Hospital: Hospital São Luís – Pça. Major João Carlos, 99,
Centro Tel. (65) 223-1000.
Poconé
Onde dormir:
Onde comer
Tarumeiros – Pça. da Bandeira, s/n. Tel. (65) 341-1201.
Especialidade: comida típica – Maria Isabel, pintado na
brasa, ventrecha de pacu etc.
Nossa Senhora do Livramento
Informações Turísticas: R. Salvador Marques, 348,
Centro. Tel. (65) 345-1952 / 3009. E-mail :
[email protected]. Seg-sex 7h-17h.
Aeroporto: Aeroporto Municipal Inácio Tolentino de
Barros – Av. Joaquim Murtinho, s/n, 2 km do Centro. Tel.
(65) 345-1930. E em Cuiabá (Várzea Grande), 100 km.
Estação Rodoviária – R. Justino Francisco, s/n, 1 km do
Centro. Tel. (65) 345-1677.
Bancos: BB, Bradesco postal, Sicoob Pantanal. Caixa
automático: BB (até 22h).
Hospital: Sociedade Beneficente Poconeana – Av.
Dom Aquino, 406, Centro. Tel. (65) 345-2769.
Porto Bello – Av. São Luiz, 1888, Jd. Cidade Nova. Tel.
(65) 224-1437. 20 aptos. com ar-cond. frigobar, telefone.
Estacionamento, churrasqueira, piscina, sala de TV. Diária
casal: R$ 70 (café da manhã incluído).
Pousada Dois de Ouro – Baía Comprida, acesso por
barco, ou pela Radial 1, 8 km do Centro. Tel. (65) 223-4010.
www.2deouro.com.br. 14 aptos. com ar-cond., frigobar.
Restaurante, futebol de areia, peteca, piscina, playground,
sala de jogos, sala de TV. Chácara, beira-rio, com 22
alqueires com gado de corte. Oferece pescaria, trilhas e
cavalgadas. Diária casal R$ 150 (pensão completa)
Hospedagem em barco-hotéis – Inf. na Secretaria de
Turismo, tel (65) 223-0177 / 3214.
Onde dormir:
Onde Comer:
Araras Eco Lodge – Rodovia Transpantaneira, km 32.
Tel. (65) 682-2800 / 9603-0529.
www.araraslodge.com.br. 15 aptos. com ar-cond.,
ventilador de teto, janelas teladas.
Canoagem, pescaria, caminhadas, cavalgadas e passeios
Kaskata Flutuante – R. Cel. José Dulce, s/n, beira-rio,
Centro. Tel. (65) 223-2916/ 1107. Especialidade peixes –
pintado no espeto, e jacaré – na telha, na brasa, no leite
de coco.
Turismo Rural na Agricultura familiar
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Utilidades & Serviços | VALENTE BA
Valente
Informações Turísticas: Apaeb - R. Duque de Caxias, 78,
Centro, tel. (75) 3263-2181. Horário: seg-sex 8h-18h.
www.apaeb.com.br.
Aeroporto próximo: em Salvador – Aeroporto Luís
Eduardo Magalhães, Estr. do Coco, km 0, São Cristóvão, tel.
(71) 204-1010.
Estação Rodoviária: BA-120, s/n, Centro. Tel. (75) 32632200.
Bancos e caixas automáticos: BB, Sicoob-Coopere.
Hospital: Hospital José Mota Araújo – R. Costa e Silva, s/n,
Centro, tel. (75) 3263-2248.
Onde dormir
Pousada Boi Valente – BA-120, 735, Antônio Lopes.Tel.
(75) 3263-3063. 38 aptos. ar-cond., frigobar, TV. Estacionamento, Bar, Piscina.
Onde comer:
Sítio Salto da Pedra – Fazenda Salto da Pedra, 600,
Zona Rural.Tel. (75) 9121-2886 / 8105-3055. Agendar.
Especialidade: sarapatel, buchada, vatapá, caruru e outros
pratos típicos. Veja roteiro.
Restaurante Clube Apaeb – R. da Paz, 110, Dionísio
Mota. Tel. (75) 3263-2399. Especialidade: bode na brasa e
tira-gostos de bode.
Plakinha – R. Braz do Amaral, 90, Centro. Tel. (75) 3263 –
2340. Especialidade: comida típica no almoço e pizza à
noite.
Retirolândia
Onde comer
Mãos de Fada – R. Argemiro Evaristo da Costa, s/n.
Centro. Tel. (75) 202 14 29. Especialidade: Comida típica:
sarapatel, buchada, feijoada, caruru, tira gosto de codorna,
carneiro frito.
Do Pilão – R. Enedina Ferreira de Santana, 34, Povoado
de Gibóia . Tel. (13) 202-11 78. Especialidade: Pirão de
galinha caipira, codorna e bode.

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