EUA - Grupo Esperança

Transcrição

EUA - Grupo Esperança
Hepatite C
Evaldo Stanislau Affonso de Araújo
Assistente-Doutor DMIP HC-FMUSP
Ambulatório e Laboratório de Hepatites/LIM47
Diretor Técnico do Grupo Esperança
I Encontro Nacional Movimento Social das HV
e a “Carta de Santos”, março de 2002.
Aspectos Gerais
 Histórico
 Prevalência
 Mortalidade
 Transmissão
 Conseqüências
1989
Magitude da Hepatite C
 Aproximadamente 3.9 milhões de pessoas infectadas
nos EUA
• Aproximadamente 35.000 novos casos anuais
• 85% dos novos casos se tornam crônicos
 10.000-20.000 mortes associadas ao HCV por ano
• Estima-se que triplique nos próximos 10-20 anos
 Principal causa de
•
•
•
•
Doença crônica de fígado
Cirrose
Câncer de fígado
Transplante de fígado
Global estimated attributable proportion of
cirrhosis and HCC due to HCV infection3
CDC. MMWR Morb Mortal Wkly Rep. 1998;47;1-39.
NIH Consensus Conference Statement. Disponível em: http://consensus.nih.gov/2002/
2002HepatitisC2002116html.htm. Acesso 19 de Agosto, 2008.
Rustgi VK. J Gastroenterol. 2007;42:513-521.
Capitals National household survey– 2004-2005.
Brazilian Health Ministry/ PAHO.
Anti-HCV prevalence
~ 1,5%/ 189,000,000 = 2,7 mi with Anti-HCV + !
%
20 a 69 years
2,5
1,89
2
Prevalence
10 a 19 years
1,94
1,79
1,61
1,5
1,08
1,05
1
0,5
0,81
1,10
0,69
0,32
0
North: pending data.
Prevalence of HCV genotypes during 1990-1997 and 1999-2007 in a cohort
of patients from São Paulo, Brazil.
Cavalheiro NP, Melo CE, Tengan F, Araujo ESA, Barone AA.
HCV 2008 Conference, San Antonio, USA.
2,155 samples 1990-2007
Gt 1: 1538 (71,4%)
Gt 2: 114 (5,3%)
Gt 3: 478 (22,2%)
Gt 4: 12 (0,6%)
Gt 5: 13 (0,6%)
Gt 6:
zero.
Mortalidade
14/05/2011 - 07h00
Casos de hepatites crescem 56,9% em São
Paulo em 5 anos
Do UOL Ciência e Saúde
Em São Paulo
Levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de
São Paulo no Centro de Referência e Treinamento (CRT) em
DST/Aids, aponta que, em cinco anos, houve aumento de 56,9%
no número de casos de hepatites identificados pelo serviço (...)
14/08/2005 - 09h51
Mortalidade por hepatite C é a que
mais cresce no país.
FERNANDA BASSETTE
da Folha de S.Paulo
www.uol.com.br, acesso em 25/08/2005.
Projeto Carga de Doença.
Dados MS (2009)
http://189.28.128.100/portal/arquivos/pdf/coletiva_saude_061008.pdf, acesso em 11/11/08.
Hepatites Virais
Óbitos 1980-2007.
Moléstias Infecciosas no geral reduzem.
Entre as doenças infecciosas HV aumentam mortalidade
(linha verde destacada na seta: “boca do jacaré”)
Brasil: Mortes por Causas Determinadas (CID10) &
associadas a doenças hepáticas : 2000-2006.
10.000
9.000
8.000
7.000
6.000
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
0
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
... 022 Hepatite viral
. 036 Neopl malig do fígado e vias bil intrahepát
... 080.2 Fibrose e cirrose do fígado
Fonte: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM (2006).
* Excluído álcool
Óbitos SIM por Hepatites Virais (70% VHC)
1999-2009: 20.073.
Tendência da Mortalidade anual (EUA) por
VHC (1995-2004)
Transmissão
Transmissão do VHC: parenteral.
???
HCV
Hepatite pós-transfusional: impacto
da triagem sorológica.
Mais de um milhão de novas infecções evitadas nos EUA
apenas no primeiro ano de uso da triagem sorológica !
Epidemiology of HCV infection in Brazil.
** Blood supply safe since 90’s &
NAT recently approved.
* poverty, unsafe injections,
dental care, health associated, tattoo, etc.
Brasil: modo de infecção (1999-2009).
IDOSOS
Dia 09/05/2011, Santos, SP, Brasil: segunda consulta, paciente 62 anos.
Atenção para idade!
 Cidade de São Paulo:
• Prevalência geral de Anti-HCV: 1,4 %.
• Prevalência entre 50-59 anos: 3,8%.
Poynard T et al. Lancet, 1997: 825.
Brasil: Doença Hepática Crônica por Faixa Etária
2.500
Pró-atividade: intervir antes que o problema aumente !
2.000
1.500
1.000
500
0
Menor 1
ano
1a4
anos
5 a 14
anos
15 a 24
anos
25 a 34
anos
35 a 44
anos
45 a 54
anos
55 a 64
anos
65 a 74
anos
75 anos
e mais
... 022 Hepatite viral
. 036 Neopl malig do fígado e vias bil intrahepát
... 080.2 Fibrose e cirrose do fígado
Fonte: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM (2006).
* Excluído álcool
Mortalidade anual (EUA) por VHC
(faixas etárias): idosos!
Epidemiologia inaparente
Hoje
Ontem
Notificações Brasil: faixas etárias/sexo
(2008/2009).
Projeção da População Brasileira
até 2050 (IBGE)
2020: 200 milhões = 10% >65a: 20 milhões = 4% HCV : 800.000 potenciais cirróticos!
(somente nessa faixa etária!)
Impactos Assistenciais
Brasil: impacto das internações por doença hepática
vs TODAS as outras doenças (2007)
Doença hepática permanece
mais tempo e custa muito !
9,16
Duração da Estadia
(média)
5,8
576,63
Valor Médio por
Episódio (R$)
672,35
576,63
Valor Médio da
AIH (R$)
648,91
0
100
200
300
400
500
Brasil (Média) Associado a Doença Hepática (Média)
(other than liver disease)
Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) .
600
700
800
Impacto Econômico: VHC > TODAS OS
OUTROS AGRAVOS nos EUA
SNF:skilled nurse facility;ER: emergency room;OP: outpatient
Davis KL et al.J Clin Gastroenterol Volume 45, Number 2, February 2011.
Hepatocarcinoma (HCC): entre os CA é a
mortalidade que mais cresce nos EUA.
Impacto DIRETO do VHC
HCC e Hepatite C – Brasil.
98% associados a cirrose hepática
Percepção do aumento da incidência do HCC no Brasil
Lista de espera para transplante de fígado
HCFMUSP/São Paulo/2009.
7%
1%
2% 1% 1%
10%
HCV
51%
10%
17%
HCV
ALCOHOL
HBV
CRIPTOGENETIC
AUTOIMMUNE
PBC
HBV+HCV (1%)
HBV+HDV (1%)
SBC
Progressão anual dos transplantes de órgãos
no Brasil entre 2000-2010. Fonte: ABTO.
Progressão anual dos transplantes de
órgãos/milhão de habitantes no Brasil entre
2000-2010. Fonte: ABTO.
Gastos com Drogas Anti-Rejeição (2000-2007).
Milhões (R$)
100,00
89,38
90,00
80,00
63,99
62,49
70,00
61,52
54,47
60,00
43,21
50,00
35,35
32,99
40,00
30,00
20,13
20,00
28,56
29,60
31,32
29,63
27,20
11,16
2,22
10,00
0,00
0,00
2000
0,00
0,00
2001
2002
0,16
2003
0,50
2004
1,64
2005
Tacrolimus 1/5 mg cápsula
Ciclosporin 100mg sol.oral-10/25/50/100 mg por cápsula
Anti-Hep B Immunoglobulin - 100/1000 UI inj
Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS).
0,54
2006
0,80
2007
Aspectos Clínicos
Dia-a-dia com diferentes perspectivas !
Dia-a-dia administrador
Dia-a-dia médico
História Natural da Hepatite C
Crônica e assintomática.
Crônica e sintomática.
HCV: Progressão da Doença
Tempo: 20-30 anos
Infecção pelo VHC
60-85%1
VHC crônico
Cirrose
20%-50%2
Insuficência
Hepática
~ 20%3
~20%4
Cancer de Fígado
(HCC)
1. NIH Consensus Development Conference Statement; March 24-26, 1997.
2. Davis GL et al. Gastroenterol Clin North Am. 1994;23:603-613.
3. Koretz RL et al. Ann Intern Med. 1993;119:110-115.
4. Takahashi M et al. Am J Gastroenterol. 1993;88:240-243.
Candidatos a
Transplante
de Fígado
Sintomas, ou falta de, na hepatite C crônica.
Sintomática
37%
Patcientes (%)
Cirrosse
7%
100
80
80
60
40
20
0
56%
Assintomática
Fadiga
** ALT (TGP) normal em 2/3 pacientes (~40% dos cirróticos)!
Impactos
A ponta do iceberg:: podemos mudar a rota?
O que vemos do
problema...
HCV+
HCV?
Nos EUA > 75% dos infectados
desconhecem a sua condição
(Colvin MH, Mitchell AE, 2009)
O navio em que viajamos
de encontro ao problema:
“Titanic”...
Linha de Tempo da Hepatite C no Brasil
Duração da infecção = risco de complicação!
Duração da infecção até pico das complicações (cirrose & HCC): 22 a 50 anos.
 Gênero masculino, pior que o feminino
 Idade infecção > 50 anos pior <30/31-50 anos
Número de Pessoas
Complicações do HCV (EUA): projeção até 2030.
Ano
HCC
Adaptado de Davis GL et al Gastroenterol 2010;138:513-521
Descompensação
Mas...projeções funcionam????
SIM, funcionam !
Fenômenos distintos: pico da incidência
(agora/breve), pico das complicações (10-20 anos).
Número de Pessoas
Pico de
Incidência
Pico
Cirrose
Exposição
ao HCV
HCV
agudo
Adaptado de Davis GL et al Gastroenterol 2010;138:513-521
HCV
crônico
Cirrose
Epidemia de novos diagnósticos: HCV, HCC,
Cirrose, Indicação de transplante hepático,
mortes...
 Problema atual:
conseqüências >
infecção!
Organização da Rede de Assistência
Nos EUA, em um universo de portadores
da infecção pelo VHC, a cada 100 que
efetivamente são testados, 49 são encaminhados
para a referência,
27 vão a uma consulta, 17 fazem uma biópsia e
APENAS 10 SÃO TRATADOS.
E no Brasil ?????
Irving et al J Viral Hep 13, 2006
Brasil: PIB & assistência ao HCV .
“Cinturão do HCV” – falta capilarização.
PIB ($Reais) -2007
(do mais escuro ao claro)
+ 500,000
+ 100,000
+ 50,000
+ 10,000
+ 5,000
+ 1,000
Fonte: IBGE 2009/ DATASUS.
Estado de São Paulo ~ 70% de toda
produção SUS associada ao HCV!
(assistência &terapia)
Taxa de detecção até 31/12/2009 por
UF/Brasil.
Iniqüidade (1): acesso ao médico.
Médicos SUS
Médicos Privados
Iniqüidade (2): acesso a exames
SUS
Privado
Iniqüidade (3): acesso a terapia…
Farmácia de alto Custo
Vem do SUS
Vem do “convênio”
Faltou o
PCR, o
TSH…
Tudo
certo!!
Paciente privado tem mais acesso à terapia
no SUS que o paciente público: iniqüidade !
Abordagem Terapêutica
Eficácia (RVS) PegIFN+RBV
Categoria
RVS(%)
Geral
54-56
Genótipo 1
42-46
Genótipo 2&3
76-82
Genótipo 4
58-77
Afro-americanos
28
Cirrose
43-44
1. Manns M, et al. Lancet. 2001;358:958-965. 2. Fried M, et al. N Engl J Med. 2002;347:975-982.
3. Kamal SM, et al. Hepatology. 2007;46:1732-1740. 4. Khuroo MS, et al. Aliment Pharmacol Ther.
2004;20:931-938. 5. Conjeevaram H, et al. Gastroenterology. 2006;131:470-477.
Predição de RVS baseado na negativação do HCV-RNA
Resposta Virológica Rápida:
15% Gen 1**
66% Gen 2&3*
RVR
(eRVR)
(PegIFN A2A/RBV Gt-1 48 Sem)
RVPc
RVPp
NR
Adaptado de: Darling & Fried.Clin Liver Dis 10 (2006) 835–850.
*Shiffman ML, et al. N Eng J Med. 2007; 357(2):124-134.
**Ferenci P, et al. J Hepatology. 2005;43(3):425-433.
Terapia atual: PegIFN + RBV.
(TERAPIA GUIADA PELA RESPOSTA).
EASL 2011 – Gen 1 (&4)
EASL 2011 – Gen 2,3,5 e 6
SNP -IL28-B – IFN λ
Ge et al.Nature 2009.
Dados retrospectivos de 500 casos no LIM-47
HC-FMUSP (São Paulo, Brasil)
N= 500
Araújo ESA, Melo CE, Martins L et al. Hepatology 2010.
Preditividade de RVS IL28+IP10
IP
10
% pacientes com RVS
IL
28
69%
35%
IP-10 sérico
DARLING ET AL. HEPATOLOGY, Vol. 53, No. 1, 2011
Número de co-morbidades em uma população
HCV+.
McGinn et al, Seminar Liver Diseases, 2005.
Prevalência (%) de co-morbidades em uma
população HCV+
McGinn et al, Seminar Liver Diseases, 2005.
Evolução da Terapia
1991
1995
1998
2001
2004
2011/2
Terapia VHC
Eficácia em ensaios clínico
e centros de pesquisa
≠
Efetividade na
“vida real”
Eficácia X Acesso X
Diagnóstico correto X
Recomendação X
Receptividade X Adesão.
El-Serag HB. Gastroenterology. 2007;132:8-10.
Exemplo do impacto dos fatores de “vida real”:
Eficácia do
Remédio “a”
60%
Acesso
X 80%
Diagnóstico
correto
X 80%
Recomendação
X 85%
Receptividade
X 85%
Adesão
X 85%
Efetividade do
remédio “a”
= 21%
Peg/RBV 24-48 sem
Backus LI et al, Hepatol 2007
El-Serag HB. Gastroenterology. 2007;132:8-10.
4084 veteranos HCV +: 41% elegíveis pelos médicos;
76% aceitaram a terapia;
~50% dos elegíveis concluiu terapia (~8% do total)
Vida Real
Sub-utilização e Disparidades
 Inadequação clínica e
opção do paciente
 Inadequação do Sistema de Saúde:
acesso
problemas legais
problemas regulatórios
 Discriminação, bias, incertezas
Problemas imediatos para o Brasil:
 Inadequação clínica(segurança da terapia):
crescente (cirrose)
Maior uso de medicamentos
coadjuvantes (EPO, GM-CSF)
Maior demanda por procedimentos
prévios (ex.ligadura vv esôfago)
 Melhorar acesso
 Ação Pró-Ativa vs Reativa !
Estimativa de terapias com PegINF por região Brasil 2002-2007 (maio).
atualização2010 ~15,000 terapias
População
Norte 15.022.000
Nordeste 51.609.000
Sudeste 79.561.000
Sul
27.308.000
Centro-Oeste 13.269.000
Total 186.769.000
Estimativa de terapias Peg
Estimativa de HCV(1,4%) 2002 2003 2004
210.308
0
80
143
722.526
20
269
441
1.113.854
95
753 1.728
382.312
13
127
317
185.766
4
93
168
2.614.766
132 1.322 2.796
"30%"= 784.430
2005
45
163
820
121
70
1.219
2006 2007(até maio)
33
287
50
617
692
6.075
79
711
55
293
909
7.983
Total
587
1.561
10.163
1.366
682
14.360
"0,55%"
"1,83%"
"0,28%"
"0,22%"
"0,91%"
"0,36%"
"0,37%"
E apenas 0,5 a 1,8% dos pacientes que necessitam de terapia...
e qual a RVS ?
Estimativa da progressão do nº de terapias
VHC Brasil (RVS ~ 35%).
45000
2011: “passivo” de 44.850 não-RVS
40000
35000
30000
25000
Tratados
RVS
20000
Não-RVS
15000
10000
5000
0
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
Se não melhorarmos a taxa de RVS a ampliação da base da pirâmide
(novas terapias/inclusão) não trará maior benefício…
RVS
Não-RVS
Terapias
66.150
122.850
189.000
Estimativa de terapias com PegIFN Brasil 2004-2013 (RVS 35%-GT1)
Redução (%) na cirrose até 2020
Potencial redução das doenças hepáticas crônicas
com ampliação da terapia e melhor RVS.
35
30
30.4
Estimando que 30% dos casos estejam diagnosticados
e o tratamento se inicie em 2010.
RVS= 80%
25
20
15.2
15.6
15
10
7.8
5
1
0
ND
25%
50%
Acesso à terapia
Davis GL et al. Gastroenterol 2010: 513.
RVS= 40%
100%
Como melhorar a terapia?
 Políticas públicas
• Melhorar diagnose e inclusão
• Qualificar cuidadores (ferramentas eletrônicas).
• Abordagem multiprofissional
 Melhores drogas
Pipeline da terapia contra o VHC (até 2/3/2010)
Phase I
BI
R0622
(Roche)
Phase II
Phase II
Biocryst
IDX-184
(Idenix/ Novartis)
Registered
Preclinical
Protease
Inhibitors
GL59393 (GSK)
PSI938(Pharmasset)
Pre-reg
Filed
Telaprevir
(J&J/Vertex)
BI201335 (BI)
Medivir/Tibotec
R7128
(Roche/Pharmasset)
PSI-7851
(Pharmasset)
Phase III
Phase
III
TMC-435
(J&J/Tibotec)
Nuc-Polymerase inhibitors
INX189
(Inhibitex)
Caspase inhib (Gilead)
ITMN-191/R7227
(Roche/Intermune)
Boceprevir
(SGP)
NIM811 cyclophilin (Novartis)
Taribavirin
(Valeant)
BMS650032 (BMS)
Debio0025 Cyclophilin (Debiopharm)
SCH900518 (SGP)
Nitazoxanide
(Romark)
ABT450 (ABT)
ACH1625 (Achillion)
IDX136
(Idenix)
IDX316
(Idenix)
BMS790052 NS5A (BMS)
MK7009
(Merck)
MK5172
(Merck)
GS-9190
(Gilead)
NS5A (GSK)
AZD7259 NS5A (AZN)
ANA598
(Anadys)
BMS-791325 (nuc or
non-nuc)
(BMS)
NS5A (Presidio)
NS5A (Enanta)
filibuvir
(PFE)
VX222/916
(Vertex)
ABT333
(ABT)
MK-3281
(Merck)
BI201127 (BI)
Non-Nuc Polymerase inhibitors
NS5A (Vertex)
ABT072
(Abbott)
Others
Com os DAAs temos a expectativa de melhorar a RVS mas podem haver
algumas desvantagens e novos desafios no manuseio.
Maior RVR e RVS
(+ SOC atual)*1-3
Menor
duração da
terapia
(+ SOC
atual)2,3,6
Induzem
rápida
queda do
HCV RNA4
DAAs
Risco para
seleção de
variantes
resistentes1
*comparado com SOC apenas
SOC: standard of care; DAA: agentes antivirais diretos
Incremento
no perfil de
eventos
adversos*5
1. Michaels AJ, Nelson DR, Curr Opin Gastroenterol 2010 [Epub]
2. Hezode C, et al. N Engl J Med 2009; 360: 1839
3. Manns M, et al. 44th EASL 2009; Abstract LB 1044
4. Thompson A, et al. J Hepatol 2009; 50: 184
5. Sarrazin C, Zeuzem S. Gastroenterol 2010; 138: 447
6. Marcellin P, et al. AASLD 2009; abstract 194 (oral)
Painel consultor FDA aprova UNANIMAMENTE Boceprevir
e Telaprevir (primeiros Inibidores de Protease do VHC).

FDA Advisory Committee Unanimously
Recommends Approval of Telaprevir for People with
Hepatitis C - Vertex press release
CAMBRIDGE, Mass.--(BUSINESS WIRE)-- Vertex
Pharmaceuticals Incorporated (Nasdaq: VRTX) today
announced that the Antiviral Drugs Advisory
Committee to the U.S. Food and Drug Administration
(FDA) voted unanimously to recommend FDA
approval of telaprevir for people with genotype 1
chronic hepatitis C. The Committee recommended
by a vote of 18-0 the approval of telaprevir for those
who were not treated previously and those who were
treated previously but not cured with currently
available medicines. Telaprevir was studied in all
major subgroups of people who were treated
previously and not cured: relapsers, partial
responders and null responders. The FDA is
expected to make a decision on the approval of
telaprevir by May 23, 2011, under the Prescription
Drug User Fee Act (PDUFA). The FDA is not bound
by the Committee's recommendation, but usually
follows its advice.

FDA Panel Votes 18-0 Recommending Boceprevir
Approval for Treatment of HCV in Genotype 1
Patients - Merck press release
from Jules: of course this was the big news. The
mantra at the hearing was this is the new fantastic
era of HCV drug treatment, this is great, and
tomorrow the FDA panel is expected to put the same
stamp of approval on the Vertex HCV protease
telaprevir. Of interest today was the focus of
discussion on 2 key issues: should boceprevir get
an indication to treat null responders. During the
FDA presentation it was apparent they supported
this but the panel appeared to push back as
opinions on this appeared very mixed among the
committee members. The question is that null
responders were not prospectively studied in the
phase 3 pivotal boceprevir studies but a post study
analysis was performed by the FDA itself showing
that study patients who received a peginterferon/rbv
lead-in, that after 4 weeks the patients with <1 log
and also patients with <0.5 log reduction in viral load
who then added boceprevir about 35% with a 1 log
reduction achieved SVR and patients with a 0.5 log
reduction had a 28% SVR.
Fonte: http://www.natap.org/ , acesso em 08/05/2011.
A visão deve ser HOLÍSTICA: terapia é uma
parte mínima (e mal resolvida) do problema.
• Complicações:
• Comportamentais
• Álcool, Drogas
• Co-infecções: HIV, HBV, HVA
• Alterações Metabólicas
• NASH/NAFLD
• Diabetes
HCC:
diagnose
• Dislipidemias
e terapia
• IDOSOS
• Populações Excluídas
• Moradores de rua
• Encarcerados
• Institucionalizados
• Doença Mental
• Multidisciplinaridade
GENÉTICA
Cirrose:
diagnose
DO BRASILEIRO
e terapia
E VHC
HCV: acesso
(diagnose,prevenção,
evitar complicações*
e boa terapia)
Morte;
para a
morte não
há
solução...
Transplante:
captação e
ampliar
acesso
Ações
Gestão das Hepatites no Brasil
Departamento de DST,Aids e
Hepatites Virais
Comissões
Comissão Nacional de DST, Aids e Hepatites Virais (CNAIDS)
Comissão de Articulação com os Movimentos Sociais (CAMS)
Comitês Assessores
Comitê Técnico Assessor de Assistência
Comitê Técnico Assessor para Terapia Antirretroviral
Comitê Técnico Assessor de Pesquisa
Comitê Técnico Assessor de Epidemiologia
Comitê Técnico Assessor de Desenvolvimento Tecnológico
Comitê Técnico Assessor de Prevenção
Comitê Técnico Assessor de Controle das DST
Comitê Técnico Assessor de Gestão (COGE)
Comitê Técnico Assessor de Laboratório
Comitê Técnico de Preservativos Masculinos
Comitê Técnico Assessor de Vacinas
AIDS DST
hepatites
Acesso em 08/05/2011
Hepatites Virais ≠ HIV (1)
HIV
(HIV+HCV/
HIV+HBV)
HCV
HBV
400 mi
200 mi
40 mi
10
mi
2-4mi
Prevalência global (milhões).
Hepatites Virais ≠ HIV (2)
HIV
 Infecção crônica e incurável
 Aspectos epidemiológicos
favoráveis para intervenção
 DST
 Não existe vacina
 Terapia complexa e por tempo
indeterminado (vida toda)
 Objetivo:
estabilidade/recuperação
 Resultados e impacto
imediatos
 ADVOCACY intenso
 Visibilidade
 Mortalidade decrescente
Hepatites Virais (cr.)
 Infecção crônica e potencialmente
curável
 Epidemiologia inaparente e falta alerta
 Não-DST (HCV)
 Vacina e Imunoglobulina (VHB)
 Terapia por tempo finita
 Objetivo: cura
 Resultados e impacto a longo prazo
 ADVOCACY ainda incipiente
 Invisível
 Complexidade dos desdobramentos:
cirrose, hepatocarcinoma e
transplante.
 Mortalidade crescente
Hepatites Virais ≠ HIV (3):
Noção de vulnerabilidade completamente distinta!
Epidemiologia HCV
Epidemiologia HIV
?
?
?
???
HCV
HIV
Retrocesso político, da gestão e técnico!
 2002: Portaria 263 de 5 fevereiro: PNHV.
 2005: Lei Federal 11.255 de 27 de dezembro: “Lei das
Hepatites” (define as diretrizes da política de prevenção e atenção integral à saúde da
pessoa portadora de hepatite, em todas as suas formas, no âmbito do SUS)
 2009: Integração PNHV ao Departamento de DSTAids...
 2010: Moção Brasileira OMS: Dia Mundial das Hepatites
Virais – Resolução OMS 63.18: 28 de julho ou data do
país – alerta e ações.
 2010: “Extinção” do PNHV ......
 2011: Matrizes assistenciais Departamento ??
 2011: Movimento Social das HV: Por um PNHV Forte e
Independente !!!
 2011 Mundo: OMS/ EASL/ WHA: união, alerta, ação!
International Liver Meeting EASL 2011: Health Burden of
Viral Hepatitis after the WHO Resolution: a call for action!
Europa
WHA
EASL
OMS
EUA
International Liver Meeting EASL 2011: Health Burden of
Viral Hepatitis after the WHO Resolution: a call for action!
E O BRASIL?
Europa
QUE TINHA UM PNHV?
WHA
QUE TEM ONGS ATUANTES?
QUE FOI O PRECURSOR DE TUDO E PROPOS
EASL
OMS
A RESOLUÇÃO DA OMS?
ONDE ESTAVA???? EUA
E PARA ONDE VAI????
Vigília pelas vítimas...
As vítimas famosas e as milhares de anônimas
e não-notificadas...
Neusa Maria Goulart Brizola, filha
caçula do ex-governador Leonel
Brizola, morreu ontem, aos 56
anos, na Clínica São Vicente, na
Gávea, zona sul do Rio. De
acordo com a família, Neusinha
Brizola, como era mais conhecida,
sofria de hepatite C e morreu em
decorrência de complicações da
doença.
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110428/not_imp711882,0.php, acesso em 28/04/2011.
Enquanto isso, bons exemplos: planejamento
na França para novas terapias em 2012...
Lançamento em 12 de maio de 2011 do
Plano de Ação dos EUA
PLANEJAMENTO!
PREVENÇÃO E TRATAMENTO!
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia/2011/04/28/sobe-5000-gasto-do-govern... 28/4/2011
Futuro?
FOCO ! INTEGRAÇÃO! COMPETÊNCIA!
 Interagir melhor e mais objetivamente: resultados!
• Ministério da Saúde: SAS (SNT,p.ex), SEGETS, ANS, CONEP,
Autarquias (pesquisa & desenvolvimento)
• Ministério do Trabalho e Previdência Social
• Ministério da Ciência e Tecnologia
• Movimento Social
• Academia
• Indústria Farmacêutica (transferir tecnologia, pesquisa clínica,
educação)
 Intensificar:
•
•
•
•
Estruturar, fortalecer e qualificar a Rede de Assistência
Incluir
Priorizar (idosos, populações marginalizadas, doentes mentais)
Planejar: cronograma, orçamento, metas, DAAs!
 Internacionalizar: cooperação e visibilidade.
Expectativas
 Que o CNS e o atual Ministro da Saúde reavaliem o
estado das coisas e de forma plural, prioritária e
tecnicamente adequada, dêem a questão das hepatites
virais a necessária visibilidade e atenção
 Que o CNS recomende ao MS a urgente recriação de
um PNHV efetivo que tenha planejamento temporal (e
não ações de varejo), visão holística e estratégica sob
pena de uma avalanche de ações judiciais para novas
terapias, uso inadequado das mesmas e o contínuo
incremento nas mortes decorrentes das hepatites virais.
 Que os princípios do SUS sejam respeitados na questão
das hepatites virais onde há um marcante acesso
desigual entre o paciente SUS e o paciente oriundo da
Saúde Suplementar.
Futuro!
 Há uma Esperança que Unidos Venceremos mantendo o Otimismo
e o trabalho: Força-Tarefa?
União pela vitória!
Trabalhando juntos contra o HCV: médicos, pesquisadores, governo e ONGs/
Pacientes.
(foto de encerramento do Seminário HCV 20 anos, SP, Brasil, 2009).
OBRIGADO.
[email protected]

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