Notas para um curso sobre a História da

Transcrição

Notas para um curso sobre a História da
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GIUSEPPE LEONARDI
Notas para um curso
sobre a História da Congregação
das Escolas de Caridade
Instituto Cavanis
KINSHASA – R. D. C.
2007
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Stampa: anno 2010
Curia generalizia dei Padri Cavanis
Via Casilina, 600
00177 ROMA
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INDICE
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 6 AGRADECIMENTOS ........................................................................................................................ 6 OS TEMPOS EM QUE FORAM SUPERIORES GERAIS OS PADRES: FRIGIOLINI, CASARA
E TRAIBER ......................................................................................................................................... 8 A VIDA DO INSTITUTO APÓS CASARA..................................................................................... 12 OS CAPITULOS GERAIS DO SÉCULO XIX................................................................................. 15 A PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX..................................................................................... 19 SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX - O INÍCIO DO SÉCULO XXI.................................... 25 ALGUNS RELIGIOSOS CAVANIS DO SÉCULO XX .................................................................. 34 MISSÕES CAVANIS (RESUMO CRONOLÓGICO DESDE O INICIO) ...................................... 41 PARTES TERRITORIAIS ................................................................................................................ 41 BREVE CRONOLOGIA DAS CONSTITUIÇÕES.......................................................................... 50 BREVE CRONOLOGIA DA PIA SOCIEDADE DO SANTO NOME DE DEUS “IRMÃS
CAVANIS” ........................................................................................................................................ 51 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................... 53 APÊNDICE 1: O PALÁCIO NATAL DOS FUNDADORES .......................................................... 54 APPENDICE 2: LA CAPELA DO CRUCIFIXO, MEMORIAL DOS FONDADORES E A IGRJA
SANTA INÊS .................................................................................................................................... 56 AGREDECIMENTOS ....................................................................................................................... 61 NOTAS .............................................................................................................................................. 62 5
INTRODUÇÃO
Este breve ensaio de história ou melhor de cronologia da Congregação foi preparado com os poucos
livros e documentos disponíveis em 2007 da comunidade em Kinshasa, República Democrática do
Congo, na nossa pequena biblioteca.Não é um estudo sério do ponto de vista da crítica histórica; e
sim uma apostila para o Curso de História da Congregação, com o primeiro grupo de noviços
Cavanis (2006-2007) em Kinshasa. Mesmo assim, este ensaio pode ainda ser uma pequena
contribuição original da Delegação Cavanis da R. D. Congo.
A Congregação, de fato, dispõe de um número suficiente de obras sobre os nossos Fundadores,
graças, sobretudo dos inesquecíveis padres F. S. Zanon e A. Servini e, temos um livro sobre Padre
Casara através Pe D .Beggiao. Os primeiros 25 anos da Província do Brasil tem sido muito bem
documentados pelo Pe Giovanni de Biasio e seus colaboradores. A história da Congregação, desde
que Casara foi Superior Geral até hoje, ainda é muito pouco conhecida, não só em casas de
formação, mas também entre os religiosos.
Nós sentimos a necessidade urgente de uma verdadeira história da Congregação, pelo menos, para o
período 1850-1950: uma história que seja muito mais profunda do que esse breve ensaio. É urgente
também retomar o estudo dos Fundadores e do segundo fundador, Pe. Sebastião Casara. É
necessário, em geral, recomeçar os estudos arquivisticos em nosso arquivo histórico da
Congregação (AIC Veneza) e, em nossas outros arquivos, principalmente nas casas mais antigas.
Ressaltamos também a importância que todas as nossas casas e partes territoriais tem ao fazer um
Diário regular para servir a história.
Este texto, modesto ensaio, devido às suas muitas fontes (biografias, outros livros, necrológios,
brochura "Dies quas fecit Dominus", recordações pessoais e arquivos do autor, velhos artigos do
autor etc., é muito desigual e é uma mistura, ou uma miscelânea de dados; o gênero literario deveria
(deve) ser unificado.
A decisão de dividir o corpo principal desta história em função dos Superiores Gerais é muito
simplista e discutiveis. Tem-se, assim, a impressão de que a história é feita pelos Superiores Gerais,
e não por simples membros e pelos Superiores Maiores nas partes territoriais; mas não foi fácil ou
conveniente trabalhar de forma diferente em função dos dados disponíveis.
Este trabalho continuará a ser expandido. Então, desde agora, agradeço aos irmãos e amigos que
colaborarem, especialmente os mais anciãos da nossa Congregação que nos enviarem comentários,
críticas, correções, dados, episódios, anedotas e outros acessórios necessários.
AGRADECIMENTOS
Agradeço o primeiro grupo de noviços Cavanis da República Democrática do Congo, Kinshasa
(Tiburcio, Théotime, Théodore, Jean Jacques, Benjamin, Blaise Pascal e Trésor). Durante o ano de
noviciado eles me seguiram e estimularam com muita atenção, paciência e amor durante o curso da
História da Congregação (2006-2007); a eles dedico este modesto ensaio, mas também o dedico a
todos os noviços, postulantes, aspirantes, professos dos seminários Cavanis e aos seus formadores.
Comemoramos recentemente (2002) o segundo centenário do Instituto. Vamos envolver todos a fim
de que, depois destes primeiros duzentos e cinco anos, nossa Congregação possa viver pelo menos
mais dois século; de modo que outras crianças e jovens educados nas nossas instituições, com
outros leigos associados ao Instituto, outros religiosos e religiosas Cavanis possam estar aqui em
02 de Maio de 2202, e nós com eles, no Céu com os nossos amados Fundadores, para celebrar o
quarto centenário e constatar que o Instituto continuou até esta data, com os meios renovados, mas
com o espírito inalterado ou melhor, sempre Instituto Cavanis.
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OS FUNDADORES E SUAS OBRAS (2)
16.01.1772 – Nascimento em Veneza, Itália, do Conde Antonio Angelo Cavanis.
19.05.1774 – Nascimento em Veneza, Itália, de seu irmão, o conde Marcantonio Cavanis (3)
1794- Antonio é ordenado Sacerdote.
1806 - Marcos também é ordenado padre .
1802 (2 de maio) – inicio da obra com a fundação da Congregação Mariana
1803 - O "ORTO" (ou seja “a horta”, como um local de recreação)
1804 – Abertura das Escolas Cavanis gratuitas na paróquia de São Trovaso.
16.07.1806 - compra do “palacio da Mosto” para as escolas
1808 - Abertura de uma tipografia (escola profissional).
1808-Fundação do Instituto Feminino (escolas e ramo feminino do Instituto), com a ajuda de
Madalena de Canossa.
1812- Primeiro projeto dos dois institutos (cfr, Positio pag. 322 – 327).
1815 e 1819 - Duas visitas do imperador do Império Austro-Húngaro. Atitudes diferentes do
Imperador e da estrutura burocratica do Estado do Império Austro-Húngaro.
1819 - Aprovação do Instituto por parte do Império Austro-Húngaro e do Patriarca de Veneza para
os dois ramos, masculino e feminino, do Instituto.
1820 - Início da vida comunitária na "CASETTA" (27 de agosto, na festa de São José de Calasanz).
O seminário, as vocações, poucas vocacões, muitas mortes entre os seminaristas, algumas
renúncias.
1823 - As regras internas da nova comunidade da “CASETTA" “(Em "Notícias ao Cardeal Patriarca
Pyrker")
1823-25 - A luta com o Império para as escolas.
1831 - As regras da comunidade dos Clérigos seculares das Escolas de Caridade, manuscrito.
1834 - Fundação da casa e da escola de Lendinara (a Congregação tem agora duas casas, e isso
permite considerá-la como uma Congregação). (4)
1834 - e seguintes- Dificuldade em Lendinara.
1835 - Pe Marcos vai a Roma e com Pe Antonio que fica em Veneza, são escritas as constituições
(volume IV da coleção dos escritos dos fundadores). Debate por correspondência entre os dois
irmãos e da elaboração das Constituições, que são apresentadas à Santa Sé.
1836 - Aprovação do Institudo masculino e das Constituições pelo Papa Gregório XVI.
1837 - A publicação da Constituição, que inclui apenas a primeira parte e não a segunda sobre o
governo e as estruturas
16- 07-1838 – Aprovação canônica da Congregação. As Constituições entram de fato em vigor com
a Ereção Canônica do Instituto.
(NB: O Intituto Feminino nunca será erigido canonicamente. Mais tarde (1861) será realizada a
fusão com as Irmãs Canossianas)
Após esta data, a fase criativa da vida de nossos Fundadores terminou e começa uma fase mais
conservadora.
No início dos anos cinqüenta do século XIX, as forças deles começam a declinar rapidamente.
11.10.1853- morte do Padre Marcos
12.03.1858- morte do Padre Antonio
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OS TEMPOS EM QUE FORAM SUPERIORES GERAIS OS PADRES: FRIGIOLINI,
CASARA E TRAIBER
Pe Vittorio Frigiolini , segundo Superior Geral
(Confira em Zanon, II, 304) (Zanon, II, pp 297 e ss). Vittorio Genésio Frigiolini. Nasceu em Varallo
(Novara, Piemonte) em 16.10.1818. Com o dom da vocação e muito piedoso desde a infância.
Extremamente cortês, gentil e humilde.
1837 – É estudante de teologia em Novara. Padre 4 anos mais tarde, dedicou-se sobretudo à
educação dos jovens. Ele era um ótimo sacerdote, muito respeitado pelo povo e pelos seus
superiores, por exemplo, o vigário geral da diocese de Novara, do qual temos duas cartas, mas ele
queria ser religioso e pensava na Companhia de Jesus.
1844 - Outubro - Lê em um jornal de Milão para o clero um artigo escrito pelo Pe Marcos do
Instituto Cavanis. Em 12.11.1844, escreveu uma carta para os Fundadores, onde pediu para entrar
na comunidade Cavanis. Pe Marcos respondeu em 16.11 aceitando-o com alegria. Foram escritas
outras cartas.
19.12.1844 - Chegada em Veneza. É muito bem recebido e aprende rapidamente o dialeto vêneto
para entender e ser entendido melhor. Falou perfeitamente o dialeto. Era um modelo de religioso e
de Cavanis. Foi diretor espiritual dos alunos e professor, por vezes, embora ele tivesse alguma
dificuldade em manter a disciplina.
13.11.1846 - profissão temporária.
1852 - Pe Vittorio Frigiolini torna-se Superior Geral (6.7.52-21.10.52), adoeceu de uma congestão
intestinal, talvez de peritonite, no dia 16.10.52 e, morreu prematuramente em 21.10.52 após 5 dias
de agonia e dolorosa doença, suportando com santa paciência e aceitação da dor, prevendo o dia de
sua morte. Ler, sobre a sua eleição / nomeação, a Positio, pp761-765. Para a doença e a morte ver
Zanon II, 401. Para a comunidade e os Fundadores foram dias de tristeza e dor verdadeira.
Pe Sebastião Casara, o “segundo” fundador (1811-1898) (Pe “Bastião”) (5)
(Foto Zanon, II, 435)
1811 (15.05.1811) nasceu em Veneza, na paróquia de Santo Estevão. Era filho de um comerciante
de alimentos que era rico, mas que mais tarde encontrou-se na miséria.
1816- Entra na escola elementar dos Cavanis.
1822 - Conclui o curso primário ou elementar e devido a uma enfermidade nos olhos, interrompe
seus estudos de 1822 até 1828. Em 08.09.1828 regressa na comunidade do Instituto Cavanise
termina os estudos ginasiais (1828-1831). O curso de filosofia e teologia de 1831 a 1837.
1828 - Regressa para a comunidade do Instituto Cavanis, prossegue os seus estudos, aos 17 anos.
Vestição do hábito em 15.07.1838. Profissão em 15.7.1838.
Teologia no Seminário Patriarcal, com grandes reconhecimentos.
1832 - Casara (Seminarista) reuniu-se (provavelmente), com o filósofo abade Rosmini, quando este
visitou o Instituto Cavanis em Veneza com o benfeitor Conde Mellerio.
1837 (23-9) – É ordenado Sacerdote no Instituto.
1838 (16-7) – Faz a profissão religiosa, com o padre Marcos.
1838 - Pe Casara visita com Pe Marcos o abade Rosmini em Milão.
1840 - Qualificação para o ensino, na Universidade de Pádua.
1840 - Professor de filosofia e teologia de nossos seminários.
1847 - sua primeira carta ao abade (filósofo) Rosmini.
1852 - Pe Vittorio Frigiolini torna-se Superior Geral (6.7.52-21.10.52) e morreu prematuramente
(ver abaixo).
1852 - Padre Casara foi nomeado Superior Geral.
1852-1863 - Pe Superior Geral é Casara por vários mandatos. Foi nomeado Superior pelo Patriarca
Aurélio Mutti, 8.11.1852, com carta ao Padre Marcos, de forma irregular, porque o patriarca não
tinha o direito de nomear o superior geral de uma Congregação de direito pontifício, ao contrário de
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quando escreve em sua carta, mesmo se o fez após consulta dos religiosos (que eram muito
positivos sobre a escolha do Pe Casara, pelo menos os da casa de Veneza). Os religiosos e os
Fundadores, porém, de bom grado aceitaram a nomeação, sem problemas e sem protestar.
1853 - Morte de Pe Marcos.
1854 - Inauguração solene da Igreja de Santa Inês.
1854 - Decreto Dimittantur opera Antonii Rosmini Serbati: as obras de Rosmini são liberados da
acusação de heresia.
1855 - É reeleito Superior Geral, com o primeiro capítulo eletivo (então chamado de Capítulo
Provincial).
1855 - Morte de Abade Rosmini.
1857 - Início da casa (Colégio Canova) e da paróquia de Possagno (6) (Treviso, Itália). Pe Casara
estava interessado na abertura desta casa especialmente para a possibilidade de organizar uma casa
de retiro, com base na segunda finalidade apostólica da Congregação (7).
1857 – Primeira publicação filosófica de Casara: " A luz do olho copóreo, etc.”.
1857 – Polemica do Pe Liberatore contra Pe Casara. Casara acusado de ontologismo.
1858 - Morte de Pe Antonio Angelo.
1858 - Pe Casara organiza novamente a Congregação Mariana, em Veneza.
1858.1861 - Capítulos Provinciais e nova reeleição de Casara.
1859 - Conselho Provincial da Igreja de Veneza e Veneto. Casara desempenha um papel importante
como organizador e conselheiro (Ver teólogo e confessor gambasin, Religião e sociedade..., Padua
1974).
1859 - primeiro Noviciado formal do Instituto Cavanis em Possagno.
1862 - anuncia a sua demissão (não se sabe o motivo).
1863 (02 - 6) - Padre Casara providencia a fusão do ramo feminino do Instituto com as Irmãs
Canossianas.
1863 - Capítulo extraordinário. Pe Casara renúncia à reeleição, talvez por humildade e para se
dedicar aos seus estudos. Padre Giovanni Battista Traiber foi eleito Superior Geral (1863-1866)
(veja abaixo).
1863 - 1866 - Pe Gian Battista Traiber é Superior Geral.
1866 - Casara é eleito Superior Geral e reeleito várias vezes durante um longo período (18661884).
1866 (11-4) A erupção de uma violenta nascente de água e de gás (um geyser) no poço artesiano de
uma cervejaria junto ao Instituto, caus graves problemas de estabilidade para a Igreja de Santa Inês.
1867 - A abolição dos institutos religiosos no Veneto, que tornara-se italiano após a terceira guerra
da Independência na Itália, e na apreensão (confisco) dos bens do Instituto e de todos os institutos
religiosos. Todos os bens em Veneza, Lendinara e Possagno são perdidos por causa da política
anticlerical italiana. A Igreja de Santa Inês também foi perdida mais uma vez.
24.09.1867 - Data de execução das leis “Siccardi" ou “leis eversivas" para o nosso Instituto. "Neste
dia consagrado à Virgem sob o título de "Mercedes", foi aplicada ao nosso Instituto,a lei de
supressão. Na dificuldade da prova, a circunstancia da situação era um novo motivo para continuar
a esperança numa proteção eficaz d’Aquela (=Maria), sob os auspícios da qual nasceu e cresceu o
nosso Instituto ".
1868 - Com a bênção de Deus e através da mediação da Virgem, iníciou a recuperação dos bens
confiscados pelo Estado italiano. Deve se acrescentar que a recuperação desses foi uma atividade na
qual Pe Casara mostrou toda a sua habilidosa diplomacia e seu compromisso.
1871 - Pe Casara obtém novamente a Igreja de Santa Inês, em "comodato perpétuo”, através do
Patriarca de Veneza; o padre Casara a faz restaurar e, em seguida, solenemente inaugurar em 1875.
As duas placas de mármore, entrando na Igreja a direita, comemoram, uma os Fundadores e os seus
trabalhos pela Igreja de Santa Ines e em geral as suas vidas; e a outra a história recente da Igreja.
1871 (13.7), Graças ao privilégio concedido pelo Papa Pio IX começou-se a celebrar na segunda
quinta-feira de julho, a festa “pro pueris” (8) de São José Calasanz para os alunos.
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1871 (07.09) - Hoje, na véspera da Natividade de Maria, foi assinada a escritura de concessão de
sua Eminencia o Cardeal Patriarca de Veneza, para a Igreja de Santa Inês, que havia sido confiscada
pelo Estado italiano. O decreto tinha vindo de Florença (então capital provisória da Itália), na
véspera da Assunção.
1872 (20.1) véspera da Festa de Santa Inês - Reabertura da nossa Igreja de Santa Inês, fechada
desde 1866 após os danos causados pela perfuração de um poço artesiano na fábrica de cerveja nas
proximidades.
1872 (18.8). - Sua Eminência Cardeal Trevisanato solenemente consagra a nossa Igreja de Santa
Inês.
1873 (8.5) - Com a bênção de Deus e a protecção da Virgem Maria, de S. Miguel e dos nossos
Santos Patronos, é recuperado no leilão o palácio das Escolas, em Veneza.
1877 (20.1) - O nosso desejo ardente foi cumprido: a bênção e e a colocação da pedra fundamental
da nova casa da comunidade do Instituto, em Veneza. Nossa alegria é centuplicadam por um
precioso autógrafo de Pio IX, onde abençoa a Congregação e os seus meritevolíssimos propósitos.
1877 (12.3) - No décimo nono aniversário da santa morte do Venerável Pe Antonio Angelo, é
apresentada ao Exc.mo Patriarca o pedido de abertura do primeiro processo sobre as virtudes e
sobre a fama de santidade dos nossos Fundadores.
1880 - início, pelos jesuítas e dominicanos, de uma luta séria contra os Rosminianos, entre eles
Casara é um dos representantes mais importantes da Itália. Sua carta ao Papa Leão XIII não obtem
resposta.
Dedica todo seu tempo livre para suas publicações filosóficas, pedagógicas e didáticas.
As polêmicas contra os Rosminiananos tornar-se cada vez mais grave. O Patriarca Domingos
Agostini é intransigente em relação a filosofia Rosminiana.
1881 (25.1) - Após muitos anos de expectativas e esperanças, a comunidade de Veneza, em júbilo,
se mudou para sua nova casa. Inauguração oficial em 20.01.1881.
1883 - Os jovens padres Miorelli (que permaneceu muito tempo na Congregação, mas saiu dela
mais tarde); Marini (que deixou a congregação em 1887) e outro, como um resultado da situação de
Pe Casara como filósofo rosminiano, mas também por causa do debate sobre a segunda parte das
Constituições, formam um grupo de oposição e difamação e criam agitações na Congregação.
1885 - Segunda e última renúncia de Pe Casara.
1885 - O seu sucessor é o Pe Domenico Sapori, Superior Geral, Pe Casara é Vigário (veja abaixo).
Muito bonita a carta de Pe Casara para Pe Sapori depois da eleição (Positio, 810): "Por agora, basta
dizer que declaro de ser o que eu quero ser: submisso, respeitoso, obediente, para que eu possa ser
de ajuda e conforto ao meu superior, e de exemplo para aos meus irmãos (...)”. Padre Sebastião
estava com 74 anos.
1885-1898 - Ele morava em Veneza, em humildade e obediência. Permaneceu conselheiro
(definidor) provincial e depois geral (quando começou-se chamar de Superior Geral o superior de
toda a Congregação, gerais os capítulos etc...) até a morte. Muito ativo na educação, estudo e
pesquisa, em publicações que continuou a produzir, na vida da comunidade, contribuindo com a
direção espiritual de irmãs, em busca de dinheiro para ajudar os "seus" pobres. Às vezes, ele se
tornou um mendigo para ajudar os mais fracos. Repetia muitas vezes: "caridade, caridade,
caridade!"
1888 - Decreto "Post obitum" da Santa Sé: 40 proposições de
Rosmini estão condenadas. Eram, na maioria, proposições de suas obras póstumas.
Controvérsia, submissão de Casara à Igreja, a sua liberdade de espírito, seus sofrimentos, as últimas
publicações filosóficas (anónimas, para não comprometer a Congregação).
1898 (09.04.) - Morreu após uma longa doença. Julgado santo por seus contemporâneos.
A missa foi celebrada pelo cardeal Giuseppe Sarto, Patriarca, mais tarde Papa (Pio X) e Santo, que
pronuncio corajosamente um discurso belissimo. No entanto, não aceitou fornecer o texto para
publicação. Os tempos eram perigosos!
Em 2008 o texto deste discurso, em fotocópia, nos foi oferecido do Arquivo secreto do
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Vaticano, junto com aquele obtido do mesmo Patriarca Cardeal Sarto, em 02 de maio de
1902, no primeiro centenário do Instituto cavanis: os dois artigos foram publicados no
número 7 em nossa coluna de história e espieitualidade “A graça dos Primeiros tempos”.
Embora não seja eu um filósofo nem um especialista em filosofia, gostaria de expressar aqui uma
modesta opinião sobre as obras de Pe Casara: foi um filósofo original e respeitável, embora não seja
um grande filósofo; grande comentarista e divulgador da filosofia Rosminiana, líder do grupo de
seguidores e simpatizantes de Rosmini em tempos difíceis. Era muito estimado como teólogo. O
Patriarca Ramazzotti quer que ele seja seu teólogo no Primeiro concilio Provincial Veneto
(Beggiao. Pág. 154: o Patriarca o reconhece pelo seu profundo conhecimento cientifico das
disciplinas teológicas). Original e inovador na pedagogia e na didática.
Alguns depoimentos sobre o nosso venerável “segundo fundador”:
O Patriarca de Veneza, o cardeal Giuseppe Sarto, mais tarde Papa (Pio X) e Santo, na audiência por
seu predecessor, Papa Leão XIII, perguntado sobre a fidelidade de Pe Casara a Igreja, disse: "Santo
Padre, gostaria de mudar minha alma para a alma do Padre Casara”.
Pe Da Col não falava da morte, mas da "passagem feliz do abençoado Pe Casara”.
Pe Chiereghin disse: "Foi a nossa glória!"
Pe Da Col escreveu: "Ele era uma cópia fiel e verdadeiro retrato dos
dois Fundadores".
Pessoas em Veneza, diziam de sua morte: "É morto um santo”!
(Pe de Biasio insere aqui este convite que julga útil para um capítulo sobre a espiritualidade Cavanis e
sobre o sentido de identidade e pertença e, sua transmissão na história da Congregação). Em 1876
Monsenhor Scotton de Treviso escrevia para Pe Casara aconselhando para unir o nosso pequeno
Instituto a qualquer Congregação que fosse semelhante; Pe Casara responde com uma longa carta
onde diz, entre outras coisas: “... além disso, o espírito dos nossos Padres e o fato de suas vidas,
creio que temos algo muito diferente das outras Ordens ou Congregações semelhantes e, talvez
identicas a nós nas suas metas. Temos somente votos simples, mas no entanto, nós observamos a
pobreza e a perfeita vida comum, assim que, em geral, não se usa dos outros pois, fomos educados
assim e não queremos, por certo, mudar. Enfim ... os nossos Padres são muito especiais para nós e
não seremos obrigados a perder o nome: somos poucos, somos pobres, somos pouco notados, mas
somos filhos dos Padres Cavanis e isto é suficiente para nos sustentar, e para nos confortar em
nossas necessidades... somos filhos dos Padres Cavanis e da paterna proteção deles e esperamos
com grande confiança os confortos que necessitamos em tantos cuidados (Veneza 20.09.1876).
O mandato do Pe Giovanni Battista Traiber (Pe Tita) (1863-1866)
(Foto em Zanon, II, 395)
Pe Giovanni Battista Traiber (Pe Tita) nasceu no belo vale de Zoldo, nas Dolomitas, no Vêneto.
Ele tinha recebido os votos (3 para ele, 3 para Pe Casara e 7 para Pe Frigiolini) durante a consulta
feita pelo Patriarca entre nossos religiosos para a nomeação do Superior que sucederia o Pe Antonio
Angelo.
P. Traiber admirava Pe Casara antes mesmo de sua nomeação como Superior (AICV 18 LZ 179).
Foi contra a aceitação de paróquias, particularmente a paróquia de Possagno (AICV, capítulo prov.
1861)
Reitor da casa de Lendinara até sua eleição para Superior.
1863 - Eleito Superior pela unanimidade dos votos. Teve como seu primeiro conselheiro e vigário
Pe Casara. Este, no entanto, permaneceu apenas um ano, então renunciou.
1863 -1866 - O problema Lendinara / Possagno tão importante durante o governo Traiber: ele
reduziu o número de religiosos em Possagno (-2) e aumentou os de Lendinara: foi criticado em
Possagno pelo executor testamentário de Canova, que chegou a apresentar um ultimato.
A disputa (interna e externa) sobre o problema da Possagno, ocupou todo o triênio Traiber, que foi,
em qualquer caso "bastante fraco e cinzento" (Beggiao, p.39). Entre Pe Casara e Pe Traiber a
tensão aumentou, mas manteve-se contudo no amor fraterno. Dá-se conta disso, através da leitura
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de poucas páginas do Diário do Instituto destes três anos, da redação do qual continuou a ocupar-se
o P. Casara durante o triênio do Pe Traiber.
Pe Traiber decidiu não aceitar uma reeleição e estava irredutível.
O capítulo no final do mandato (01.09.1866), foi feito em tempo de guerra (Terceira Guerra de
Independência Italiana: Itália aliada a Prússia contra o Império Austro-Húngaro), sem a participação
dos delegados de Lendinara e de Possagno devido à situação de guerra, realizado de forma
irregular e foi criticado por Pe Casara.
A VIDA DO INSTITUTO APÓS CASARA
Pode-se notar que, durante as décadas que se seguiram à renúncia de Pe Casara, a vida da
Congregação tornou-se muito simples e por demais tranqüila, também, sem acontecimentos e sem
que novas casas fossem abertas.
Pe Casara abriu Possagno (1857) e mais tarde estava muito ocupado e preocupado, entre outras
coisas, da supressão e do confisco dos bens da Igreja e do Instituto e, especialmente, no empenho e
no seu árduo e inteligente trabalho para recuperar os bens e reorganizar a Congregação . Após a
abertura de Possagno, a próxima casa será aberta em Porcari (1919), 62 anos depois.
Eles viviam com o que tinham, em poucos religiosos, sem se preocupar em expansão e também
sem se dedicar demais à procura de novos membros para a Congregação.
Os Capítulos Gerais foram curtos, às vezes duravam um dia, dois dias, uma tarde ou no tempo
depois do jantar; poucas viagens e contatos; poucas publicações e relações sociais. O número de
religiosos professos chegava no máximo a uma vintena.
Por tudo isso também é difícil encontrar dados abundantes deste período, exceto pela leitura do
Diário da Congregação em nosso Arquivo Geral Histórico em Veneza (AICV).
1884 (10) -1887 - Padre Domenico Sapori, Superior Geral
(foto em Zanon, II, 387)
Nascido na Arquidiocese de Bolonha (1830 ou 1831).
Uma história marcada por dificuldades tanto em sua vocação e em sua juventude, agravada ainda
pelos problemas de sua família que caiu na pobreza. Ele foi ajudado por Pe Casara, a quem foi
muito grato. Manteve-se na Congregação e se tornou um bom religioso.
Ele era religioso assíduo na educação dos jovens, descuidado de si mesmo, um amante do trabalho
e esforço, dedicado exclusivamente à vontade divina. Viveu e trabalhou em nossas casas de Veneza,
e Possagno e Lendinara. Em Possagno foi membro da primeira pequena comunidade, com o Pe Dal
Col como reitor. Ele foi o último padre Cavanis presente em Possagno, na Escola Colégio Canova,
no momento da abolição da Congregação e do confisco do Colégio Canova, foi ele que transportou
para Veneza em um carro a mobília pobre, o arquivo e a biblioteca da comunidade (1867).
Ele foi eleito Superior Geral em 1885. Foi nomeado seu vigário e diretor das escolas de Veneza Pe
Casara, em seguida, pediu-lhe para escrever a segunda parte das Constituições, sobre as estruturas
de governo.
Pe Sapori, durante seu mandato como Superior, sofreu por causa do pequeno grupo de oposição que
já tinha feito sofrer Pe Casara, especialmente quando se tratou da preparação final da segunda
parte das Constituições. Foi-lhe dado este conselho (da Congregação Romana para os Religiosos?
do Patriarca de Veneza?): "Quem tem nas mãos o bastão de comando, comande".
Durante o mandato do Pe Sapori (ou melhor, no inicio do mandato do Pe Dal Col?), houve uma
última (preciosa, comovente, significativa, mas um pouco ingenua) tentativa da Congregação,
principalmente pelos primeiros discípulos e amigos dos Fundadores ainda vivos, através de uma
carta, para obter da Santa Sé o retorno à estrutura original do Instituto, sem os votos perpétuos, sem
superior geral, sem a forma das Congregações religiosas. A resposta, como seria de esperar, foi
negativa.
12
Pe Sapori viveu os últimos anos em Lendinara, onde morreu no dia 6.12.1894, depois de uma
paralisia que o prendeu ao leito por três anos e meio.
1887-1900 - Pe Giuseppe Da Col, Superior Geral
(Foto em Zanon II, 479) (ver Positio pp.927)
Nasceu em Veneza, em 21.01.1819, viveu desde o seu nascimento na casa dos fundadores, sendo
filho de um de seus empregados. Ele teve então como educadora, além de seus próprios pais, a mãe
dos Fundadores, a Condessa Cristina, e mais tarde como conselheiro espiritual Pe Antonio. Ele
entrou na “CASETTA" em 19.05.1832, seis dias depois Pe Marcos. Vestiu o habito religioso a
15.07.1838. Profissão em 01.02.1843.
Torna-se sacerdote no mesmo ano. Ele foi enviado para Lendinara e permaneceu nesta cidade até
1857, ano em que ele foi enviado para Possagno para ser o primeiro reitor da nova casa e pároco da
paróquia Santíssima Trindade, cuja igreja paroquial é o templo do grande escultor e artista Antonio
Canova. Durante 23 anos ele foi pároco (o primeiro pároco Cavanis e mesmo primeiro padre
Cavanis engajado em uma paróquia), da paróquia de Possagno, onde ele deixou uma bela
recordação de bom pastor.
Como pároco, continuou a presença Cavanis em Possagno , mesmo durante os muitos anos de
supressão do Instituto, o fechamento da escola e a conseqüente ausência da comunidade Cavanis
“sensu stricto’’ de Possagno.
Alguns detalhes sobre o período do seu mandato:
1887 - Foi eleito Superior Geral, durante o período de dificuldades relacionadas com o decreto
Post Obitum e a questão Rosminiana. Foi reeleito por vários triênios (4), até 1900.
1888 (16.07) - Solene cinquentenário da Instituicão Canonica da Congregação, celebrada na
Igreja de Santa Inês por Sua Eminência o Rev.mo Cardeal Patriarca Agostini.
1891 (14.08) - Neste dia, véspera da Assunção, sob Leão XIII, a Sagrada Congregação dos Bispos e
Regulares finalmente aprovou a I e a II parte de nossas Constituições. A primeira parte já havia
sido aprovada em 1836. Mas com a decisão da mesma Congregação teve-se de adicionar a mudança
importante da perpetuidade dos votos simples.
Seguiu a publicação da segunda parte das constituições, sobre a estrutura de governo. As duas
partes foram publicadas juntas em um só volume.
1894 (31.5) - Em conformidade com as prescrições da Congregação dos Bispos e Regulares, todos
os religiosos do Instituto precisaram mudar a sua profissão temporária para Profissão Perpétua.
1893 (23.06) –Festa extraordinariamente solene de comemoração do tricentenário da morte preciosa
de São Luís Gonzaga: graças às ofertas dos alunos de Veneza foi enviado a Castiglione delle
Stiviere (cidade natal do santo, na província de Mântua) um coração de prata com os nomes de
todos os alunos, incluindo aqueles que freqüentavam as nossas escolas em Lendinara.
1894 (15.11) - O padre Cavanis Giovanni Maria Spalmach e os estudantes de teologia Augusto
Tormene e Francesco Zanon foram os primeiros que, uma vez terminado seus três anos de profissão
temporária, são vinculados ao Instituto, não com a profissão simples, mas perpétua, de acordo com
a segunda parte das novas constituições.
1853 e 1858 - Pe Da Col fez duas belas orações fúnebres (respectivamente em Veneza e Possagno)
sobre a morte de cada um dos Fundadores e escreveu uma declaração, que devia servir como
biografia do Pe Marcos (Positio 927 ss). Alguns escritos (seis cartas), do então bispo de Mântua
Giuseppe Sarto (mais tarde Papa Pio X) mostram que ele tinha uma grande estima pelo Pe Da
Col.
1896 - Neste clima de amizade, o Cardeal Patriarca Giuseppe Sarto, ordena sacerdotes, na Igreja
de Santa Inês, nossos dois diáconos Augusto Tomene e Francesco Saverio Zanon.
O Pe F.S. Zanon escreveu: "Um homem de vida santíssima, austero em seu olhar, porém, muito
doce no exercício de sua autoridade paterna, manteve, ao longo de sua vida o mais profundo
respeito e a afeição mais terna para com os nossos Fundadores".
13
Ele morreu em Veneza, em 17.12.1902. O povo de Possagno pediu e obteve o seu corpo e ele foi
enterrado em Possagno, onde se encontra.
Nota pessoal: Foi no início do primeiro mandato do Superior Pe Da Col que o avô do Pe Leonardi,
Giuseppe Leonardi, começou a frequentar a escola primária do Instituto Cavanis.
Sobre alguns dos outros companheiros e discípulos dos Fundadores:
Pe Pietro Spernich
(Foto em Zanon II, 412) ver p.912 ss Positio
Nasceu em Veneza, em 1798, ingressou no Instituto em 1817, tornando-se um dos primeiros
discípulos e companheiros dos nossos Fundadores. Com o Pe Antonio A. Cavanis foi viver na
CASETTA a partir do dia 27 de agosto de 1820 para o ano do noviciado.
No período da sua formação no seminário, em 1821, correu o risco de ser chamado a servir no
exército, mas pela graça de Deus foi demitido 24.03.1821.
Ordenado sacerdote em 1828, a Profissão Religiosa no dia 29 de outubro de 1838. Foi enviado a
Lendinara em 1837, onde permaneceu até sua morte. Ele era simples e amável, de bondade singular,
de grande devoção, amado por todos.
Cometeu um erro, por sua bondade, acolhendo na escola em Lendinara Mario Alberto, em 1839, um
rapaz pervertido, que mais tarde tornou-se político “irredentistas” (ou seja, membro de um
movimento libertador, amiude mas não sempre também anticlerical) e escritor anticlerical, que irá
mais tarde causar muitos problemas e sofrimentos para a comunidade Cavanis desta cidade. Apesar
de sua antipatia para com os sacerdotes e para os Cavanis, sempre manteve um grande respeito pelo
Pe Pietro Spernich.
Pe Spernich deu um bom testemunho, por escrito, sobre as virtudes dos Fundadores (Positio 912 ss)
Na celebracão de seu funeral o pregador desenvolveu o tema: "Vir simplex ac timens Deum”
(=homem simples e temedor de Deus). Faleceu em Lendinara em 28.05.1872.
Pe Giovanni Paoli (João Paoli)
(Positio, 918)
Nasceu em Veneza, em 1808, ingressou no Instituto de 31.07.1824 e tornou-se sacerdote em 1832.
Ele foi um dos quatro que vestiram o hábito da Congregação e professaram os votos simples em
15.07.1838 com nosso Fundador, Pe Marcos. Dedicou-se por quarenta anos na escola (professor de
gramática e retórica) e serviu mais de uma vez nos principais encargos da Congregação. Substituiu
Pe Marcos na tarefa de procurador (11). Ele deixou a escola por causa da perda quase total da visão.
Cultivou com paixão e estilo a pregação. Ele deixou um documento importante, que é um
testemunho chave sobre a vida, virtudes e pensamento dos Fundadores (Positio 918 ss).
Faleceu em Veneza em 24.05.1886.
Pe Giuseppe Rovigo
Nasceu em Grigno (Trento) em 05.10.1817, entrou cedo e muito jovem no Instituto, o I °.11. 1828.
Foi ordenado sacerdote em 1842. Professor de ciências humanas, sobretudo do latim, foi também
diretor de nossas escolas (=Prefetto delle Scuole), em Veneza, foi superior local e exerceu outros
encargos. "Ele falava pouco, mas era dotado de uma sabedoria extraordinária, prudente, sem
malícia, moderado em todas as suas ações, honesto em todos os seus sentimentos, foi o verdadeiro
modelo do educador Calasanciano como queriam os nossos santos Fundadores" (assim escreveu Pe
Antonio Dalla Venezia, em uma pequena biografia). Ele deixou um testemunho, por escrito sobre a
vida, virtudes e pensamento dos Fundadores (positio, 932). Ele tinha o costume de se preparar,
com freqüência e devoção, à morte. Faleceu em 31.10.1892.
14
Pe Vincenzo Brizzi
(Foto em Zanon, II, 505)
Nascido em Bosco della Pieve, Arquidiocese de Bolonha, em 1833. Fez a profissão religiosa em
1853 e foi ordenado sacerdote em 1856. Ele foi reitor da comunidade de Lendinara por 12 anos,
durante o qual mostrou serenidade e coragem para enfrentar as inúmeras dificuldades. Morreu entre
as lágrimas dos fiéis, em 13.01.1876.
Pe Giuseppe Marchiori (P. Beppo)
Nasceu em Veneza, em 05.07.1814, ele fez os seus estudos na escola Cavanis, entrou na
“CASETTA” e na comunidade em 1828 e tornou-se sacerdote em 23.09.1837. Ele fez sua profissão
religiosa com Pe Marcos, em Julho de 1838. Esteve ligado em estreita amizade com o Pe Casara,
com quem manteve uma freqüente e interessante correspondência. Exemplar religioso, foi vigário
da nossa casa em Veneza e empenhou-se muito com o desenvolvimento da casa de Lendinara. Ele
faleceu em 13.12.1856, ainda jovem, aos 42 anos. (Positio 765).
P. Giuseppe Bassi
(Foto em Zanon, II, 503)
Nasceu em Vattaro, arquidiocese de Trento em 1832.
Ele entrou na Congregação adolescente, com quinze anos (1847). Logo se distinguiu,
especialmente, pela formação recebida do Fundador mais ancião. Ele era um exemplo
extraordinário de todas as virtudes, especialmente a paciência. Dotado com delicadeza
extraordinária, atraia para si o entusiasmo de todos. Exercitou os principais encargos da
Congregação em Lendinara, Veneza, Possagno. Esteve ligado por uma profunda amizade com Pe
Casara com o qual manteve freqüente correspondência , entre outras coisas, sobre temas de
matemática e geometria. (12)
Dedicou-se arduamente e com muito mérito à educação dos jovens, até à véspera da sua morte, que
o golpeou subitamente em Possagno no dia 03.06.1905, após quase 60 anos vividos na
Congregação, e depois de completar 74 anos de idade.
Alguns jovens seminaristas, no início da "Casetta"
Entre os primeiros companheiros e discípulos dos veneráveis Fundadores , lembramos também os
seminaristas que morreram jovens: da doença (tuberculose, muitas vezes) e na verdadeira pobreza
das primeiras gerações de Cavanis. A leitura de seus óbitos (quase como panegíricos), escritos por
Pe Marcos é muito bonita e edificante. Encontram-se nas Memórias da Congregação, Volume I do
Epistolário.
OS CAPITULOS GERAIS DO SÉCULO XIX
Não somos beneditinos ou Franciscanos e nossa história, em comparação, é muito recente. O
Instituto Cavanis, como obra, nasceu em 1802 e, como Congregação Religiosa de direito
Pontifício, em 1838. Mas realizar em 2007 o XXXII Capítulo Geral, significa que não são crianças:
antes do Capítulo que celebraram há pouco, já tiveram 32 Capítulos Gerais ordinários, mas também
pelo menos uma dúzia de Capítulos Gerais extraordinários. O número de Capítulos Gerais
Ordinários de uma parte é menor daquilo que poderia ter sido, se pensarmos que o primeiro foi
celebrado somente em 1855, mas por outra parte, também é alto, porque até 1937 os capítulos
foram realizadas a cada três anos e não de seis em seis anos como agora.
Os fundadores não organizaram Capítulos Gerais, durante suas vidas.
Eles não tinham intenção de fundar um instituto religioso, mas sim uma cadeia de comunidades
autônomas (como "comunidades irmãs, mas não tendo nenhuma dependência mútua) (Epistolário
15
II, 358) de sacerdotes diocesanos que vivessem em comunidades com irmãos leigos, a serviço das
Igrejas locais, dependendo do bispo, com a missão especial da educação de jovens; estavam
horrorizados com as complicações estruturais e nunca tinha pensado em Capítulo Geral. Basta
recordar as palavras do Pe Antonio Ângelo: "Não gosto por nada do cargo de Superior Geralíssimo"
(o superlativo é irônico; Epistolário, IV, 217).
A forma de Congregações Religiosas, com votos simples e uma estrutura típica, lhes foi imposta
pela Santa Sé Romana em 1835 e foi aceita com obediência, mas na prática com pouco entusiasmo.
Profeticamente continuou sendo um desejo ser uma comunidade menos jurídica e mais evangélica:
unidos, não por laços de lei, mas "caridade e da vocação comum."
Pe Marcos entendia melhor do que Pe Antonio a exigência de uma certa estrutura, devido também
à sua longa carreira como funcionário público, e a sua estada em Roma, no ambiente da Cúria
Romana e, à suas numerosas viagens e contactos com outros institutos religiosos e suas cúrias
gerais e provinciais.
Pe Antonio, preferia não complicar as coisas.
Esta diversidade de idéias é bem evidência na correspondência entre os dois veneráveis irmãos, em
1835, quando Pe Marcos estava em Roma para obter a aprovação do Instituto e para preparar as
constituições, enquanto Pe Antonio se encontrada naturalmente em Veneza.
Em certo momento, a diferença de opiniões sobre a forma e as estruturas de governo do Instituto
quase os levou a um desacordo. Somente o grande amor fraterno triunfou nas dificuldades.
Nunca como nesta ocasião se adaptou melhor aos dois irmãos a metáfora que escolheram como
simbolo, a águia-imperial austríaca, duas cabeças e um coração.
O fato é que Pe Marcos era mais realista, mais "homem do mundo", no melhor sentido da palavra,
sem ser mundano. Estava sob pressão jurídica da Santa Sé, mas olhava também ele mesmo mais
longe; enquanto Pe Antonio, fechado em Veneza, na Casa Mãe, e preocupado com muitas
ocupações contingentes, estava mais preocupado com a pequenez da estrutura e da necessidade de
coisas mais urgentes do “Superior Geral" e do Capítulo Geral.
Precisa acrescentar a isso que a segunda parte da Constituição, que deveria tratar sobre o governo e
a administração, nunca foi desenvolvida por eles, mas mesmo assim a Santa Sé aprovou, com
disponibilidade, a nova Congregação.
Foi positiva a rápida aprovação formal do Instituto, em 1838, mas a falta da segunda parte foi
também um freio no desenvolvimento e uma fonte de divergências futuras, incertezas e problemas,
resolvido somente em 1891, na difícil publicação da segunda parte das Constituições. Não se
esqueça, para compreender melhor a situação, que ao longo do século XIX e durante as primeiras
décadas do século XX, a Congregação era composta por apenas uma dúzia, uma quinzena de
professos com os votos Perpétuos, com pontos altos de 18-20: nesta situação era até engraçado
conversar sobre Capítulos Gerais.
Pe Antonio Ângelo foi o primeiro Superior Geral desde 1838, data da ereção Canônica; em 1852,
quando tinha 80 anos e estava doente e cego. Sua sucessão não foi fácil no entanto, e chegou sem a
celebração de um Capítulo Geral.
Ficou claro para todos que Pe Vittorio Frigiolini era moralmente escolhido por Pe Antonio como
seu sucessor, mas não foi fácil para falar ao santo fundador, já de idade muito avançada, que o
tempo da primeira sucessão tinha chegado.
Os Religiosos foram consultados, discretamente, em seguida o Patriarca Aurélio Mutti sugeriu ao
Fundador de nomear como Superior Geral Pe Frigiolini; o santo homem, apresentou sua renúncia e
nomeou Pe Vittorio, com a aprovação do Patriarca.
Foi seguido um procedimento um pouco diferente para o terceiro Superior, Pe Sebastião Casara,
depois que Pe Frigiolini morreu de uma morte santa dois meses e meio após a nomeação.
Depois de consultar os religiosos, o Patriarca nomeou Pe Casara por decreto, de forma irregular,
porque não estava previsto no direito.
A prática dos Capítulos Gerais começou em 1855. Na primeira fase (1855-1887) esses Capítulos
são realmente chamados "Capítulo Provincial," por causa das dificuldades naturais para os
16
companheiros dos Fundadores, "os anciãos", como eram chamados, a aceitar a idéia de um nível
geral para uma comunidade tão pequena, principalmente devido à memória que tinham do projeto
original dos veneráveis Padres. Então, são chamados capítulos provinciais, mesmo se eram gerais
de fato e de direito, os Capítulos de 1855, 1858, 1861, 1883 e 1887, bem como os Capítulos
Extraordinários em 1856, 1863, 1868, 1871, 1874, 1876, 1878, 1882, 1884, 1885.(Esta distinção
entre “ordinários” e “extraordinários” deve ser revista).
A partir destas datas, podemos também entender que os Capítulos Gerais foram celebrados,
somente depois de 1866, de maneira muito irregular, e com outro número elevado de capítulos
extraordinários: não se trata só de um estilo provinciano, mas em parte, devido à falta de
experiência.
A principal razão foi a supressão da Congregação (e de todos os institutos religiosos), após a união
da região do Vêneto à Itália (1866, após a Terceira Guerra da Independência), supressão aplicada
logo as nossas casas no transcorrer de 1867, seguida pelo confisco dos bens e da perda, do ponto de
vista civil, da personalidade jurídica.
Nesta situação não era fácil de reunir-se em Capítulo Geral ordinário e eleger formalmente um
governo para o Instituto. Confiava-se completamente, além disso, no Pe Casara, o único capaz de
dirigir a Congregação, nessas circunstâncias.
Podemos lembrar também que em 1887 os "velhos" enviaram uma carta comovente e patética à
Santa Sé, reafirmando o desejo de retornar à forma primordial, sem muitas estruturas. Mas foi um
pedido feito em vão, uma guerra perdida antes de começar, e os nossos irmãos mais velhos tiveram
que se submeter.
Nesta primeira série de capítulos, o primeiro foi o de 12-17 de setembro de 1855, que terminou com
a afirmação e a reeleição do Pe Sebastião Casara. Ele passa a ser a personalidade eminente que
conhecemos e que merece o título de "segundo fundador da Congregação”, para não falar de suas
atividades férteis e preciosas como filósofo rosminiano.
No segundo capítulo, em 1858, Pe Casara foi reeleito; o capitulo propôs a distinguir o encargo de
Superior Geral daquele do reitor da Casa Mãe de Veneza e de eliminar de nosso hábito a
"pazienza", isto é o escapulário preto e o “bavero” isto é nossa antiga mantena, murça ou mozeta
preta e curta, vestindo apenas a batina preta e a faixa preta com franjas, como no início. As duas
propostas ganharam amplo apoio, mas elas nunca chegaram a nada.
O III Capítulo Geral (1861) confirmou informalmente como Superior Geral Pe Casara, as primeiras
dificuldades surgiram na aplicação das Constituições, entre outras coisas, porque Pe Casara tinha
escrito um regulamento denominado "MR5" (Manuscrito das regras 5) e não estava claro a que
Regra deviam conformar-se: aquela impressa ou a manuscrita.
O Superior foi encarregado de elaborar um manual para a educação dos jovens que realmente
escreveu mais tarde.
Segue o Capítulo Geral extraordinário de 1863, simplesmente eletivo, para substituir Pe Casara que
tinha renunciado; foi eleito em seu lugar por três anos Pe Giovanni Battista Traiber. Então há uma
série de Capítulos Extraordinários, durante o período de perseguição.
Naquele de 1868, foi decidido abandonar o próprioo hábito, mas em Veneza, pelo menos, não se fez
nada a este respeito, seguindo o desejo do Patriarca Trevisanato. No capítulo de 1871, decidiu-se
escrever a história dos Fundadores e foi encarregado Pe Giovanni Chiereghin, que veio a ser
publicado em 1883 com o titulo “Os Cavanis e a Obra Deles”, (Ver Positio 1007-08). O capítulo
geral extraordinário de 1874 foi provavelmente o mais curto de nossa história e foi realizado uma
noite após o jantar (Oh, tempos felizes!) (13), caso em que o atos são compostos por uma única
folha, assim como nos capítulos de 1876, 1878, 1882.
A habitual e quase implícita confirmação de Pe Casara (que tinha sido trazido para ao encargo de
Superior, depois de Pe. Traiber, em 1866) foi feita no ano anterior (1872), informalmente, no
capítulo local de Veneza e com a confirmação dos delegados de Possagno e Lendinara.
Isso aconteceu em outras vezes porque o tempo não foi fácil: vivia-se em dificuldades financeiras
após da supressão, do confisco dos bens e de um clima anti-clerical e de perseguição dos
17
religiosos.
É nestes anos que se coloca a preciosa atividade do Pe Casara no ambito econômico e estrutural: ele
reconstrói gradualmente a Congregação, chega a comprar de volta grande parte dos edifícios das
comunidade e das escolas, para estabelecer as bases para uma vida mais segura e mais serena.
Após a melhoria da situação político-religiosa na Itália e da economia da Congregação, finalmente
chegou-se ao tão desejado IV Capitulo Geral Ordinário, de 30 de agosto a 10 de setembro de 1883.
Por unanimidade foi reeleito Pe "Bastian" Casara. Decidiu-se retomar a observância, seja das
Constituições escritas, isto é as de 1837, e seja do Regulamento escrito por Pe Casara (MR5) e
apoiar a aprovação deste último. E foi vetado, entre outras coisas, "dar lições escolásticas para o
sexo feminino": o tempo da escola mista ainda estavam longe!
No Capítulo extraordinário em 1884, foi trabalhado a fundo sobre o regulamento que tratava sobre
as estruturas de governo, para ser enviado a Roma. Começava o período mais difícil da preparação
da segunda parte do nosso código, que foi concluído em 1891 com o lançamento das novas
Constituições (ver explicação detalhada em Charitas 1971 / 1, pp 52-57).
O novo Capítulo extraordinário de 10 de setembro 1885, reunir-se-á porque Pe Casara se demitiu
do encargo de Superior em 19 de julho precedente, mesmo sob a pressão das críticas e da divisão no
seio da comunidade sobre as novas regras.
Foi um dos capítulos mais turbulentos da nossa história e não chegou-se a um grande resultado.
Apesar disso, foi eleito Superior Pe Domenico Sapori, que permaneceu no governo apenas dois
anos, terminando o triênio em curso. Pe Casara foi reeleito em 30 de agosto de 1883.
O V Capitulo Geral Ordinário (14) de 1887 elege Superior Pe Giuseppe Da Col. Ali, falou-se
naturalmente da segunda parte das Constituições, cuja aprovação encontrava dificuldades em
Roma, da criação de um seminário Menor, infelizmente não realizado: a comunidade, por falta de
forças e pessoal queria continuar aberta como uma simples casa de acolhida, como no tempo dos
Fundadores. Falou-se, também, sobre a biografia de nossos Fundadores (Pe Chiereghin renunciava,
no momento a esta tarefa); de vida fraterna em comum com a paróquia dos “Gesuati”, de jejum e de
abstinência e de taxase de herança.
O VI Capítulo de 1891 foi a primeiro a ser definido de direito “Geral". Foi, porém, "menos geral"
do que o habitual, porque a casa de Possagno ainda estava fechada, desde 1869, assim como a
escola, (mas, Pe Da Col, com um confrade ou dois permaneceu um bom tempo na paróquia) e a
comunidades de Lendinara, sendo formada por menos de quatro membros, não podia enviar o
"discreto", isto é, o seu delegado, os Padres capítulares foram apenas seis. Foi reeleito Superior
Pe Giuseppe Da Col e foi decidido não reabrir, por falta de pessoal, a casa de Possagno, mesmo se a
sua reabertura foi desejada por todos.
No entanto, foi reaberta um ano depois (1892), como resultado da pressão constante do novo
Prefeito de Possagno e do bispo de Treviso.
O VII Capítulo Geral de 1894, ao qual participava mais uma vez para as eleicões, o delegado de
Veneza, para reeleger ao terceiro triênio o Pe Giuseppe Da Col, com a necessária confirmação da
Sagrada Congregação dos Bispos e Regulares, e era apenas um capítulo eletivo.
O VIII Capítulo Geral de 1897, o último do século, para reeleger pela quarta vez consecutiva Pe Da
Col, um grande Superior, a confirmação da Santa Sé foi concedida pelo Patriarca de Veneza, que
era o Cardeal Giuseppe Sarto. Ele fez isso de muito bom grado.
Aqui, em resumo, a história Capitular do nosso Instituto, no século XIX.
A comunidade de Veneza continua a sua vida simples, virtuosa e trabalhadora, crescendo passo a
passo; a casa de Lendinara foi fechada em 1895, a casa de Possagno foi reaberta com dois membros
e retomou a prática da educação no Colégio Canova: uma recuperação modesta, que no entanto,
viria a dar origem a uma das nossas principais comunidades e atividades.
É uma história simples, que é deduzida a partir de uma rápida leitura das atas dos Capítulos, que
naqueles anos foram sempre muito sintéticas. Basta pensar que todos os atos dos Capítulos do
século XIX, podem ser contidos em uma única caixa de arquivos, enquanto, os mais recentes, a
situação é muito diferente.
18
Os Atos do Capítulo Geral de 1979 (XXVIII) ocupam, por exemplo, oito caixas, as matérias do
XXIX Capítulo de 1985 quatro e, do Capítulo Geral extraordinário especial (1969-70) para o
“Aggionamento” pós Conciliar da Congregação e das Constituições, 18 caixas cheias.
Porém, para além destes documentos simples, pode-se reconstruir uma rica história de amor e
devoção aos jovens e à Igreja, de sacrifícios e sofrimentos, de vida fraterna num pequeno e
querido
grei. Entre as linhas destes documentos aparentemente áridos, despontam alguns verdadeiros santos
e religiosos excelentes.
Podem-se acompanhar os primeiros passos dos jovens, para citar apenas dois exemplos, Pe Sabori e
Pe Chiereghin, que se tornam num primeiro momento, quase timidamente, secretários de um
Capítulo Geral e depois Conselheiros Gerais e enfim, Superiores gerais.
Assiste-se debates quentes e apaixonados, às vezes até demasiado alterados, que nos fazem lembrar
de alguns capítulos da nossa época.
Emergem dessa leitura particularmente grande fé no Senhor, tão característica dos nossos
veneráveis Fundadores e uma grande esperança.
Nossa congregação nunca foi numerosa e não tem grandes histórias para contar, apenas como um
pequeno rebanho. No entanto, sobreviveu um século difícil, completou outro aumentando o número
de membros, entrou no seu terceiro século de vida e no terceiro milênio da Igreja, durante o
segundo mandato do Pe Pietro Fietta, entre os XXXII e o XXXIII Capítulos Gerais. Ela saiu do
Vêneto e, em 1968, da Itália, e se encontra em expansão, ainda que modestamente, em diferentes
países de acordo com o desejo de Pe Antonio e Pe Marcos. Só Deus sabe o que o futuro nos reserva,
mas nos sentimos cheios de confiança em suas mãos amorosas, também por intercessão de Nossa
Senhora do Carmo. No dia de sua Memória começará o XXXIII Capítulo Geral (16.07.2007).
A PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX
1900-1904 - Pe Giovanni Chiereghin, Superior Geral.
(Foto em Zanon, II, 458)
Nasceu em Veneza, em 07.05.1839. Vestição em 08.09.1856. Profissão 16.01.1859.
Professor de Letras. Foi por mais de dez anos, o diretor da escola, em Veneza (prefetto delle scuole
de acordo com a terminologia Cavanis de Veneza). Ele era muito rigoroso, mas também um bom
diretor e um professor apaixonado.
Durante esse tempo ele decidiu (ou melhor, decidiram) que o palácio barroco da Mosto, comprado
pelos Fundadores em 16.07.1806, não era mais suficiente para as escolas, porque as crianças e
jovens se tornaram mais numerosos.
Então, foi construído, no lugar de um jardim que existia, um grande edifício, entre, o assim dito, o
palácio Da Mosto e a Igreja Santa Inês, deixando para a recreação dos alunos um grande pátio com
árvores entre a Igreja, a casa da comunidade, o novo edifício das escolas e outras pequenas casas de
propriedade da Congregação.
O novo edifício escolar, todo em tijolos e muito simples, consistia em um andar terreo com dois
andares. Foi deixado um beco estreito entre a Igreja e o novo edifício ( "La Caleta"), mas depois foi
coberto e tornou-se um corredor. Um quarto andar foi adicionado mais tarde (anos 40 do século
XX). O pátio da escola é apenas um dos três pátios que temos nas escolas de Veneza.
Para sustentar as grandes despesas da construção, o Instituto decidiu vender o palácio dos
Fundadores, casa paterna e de seus antepassados, sobre a “Fondamenta delle Zattere al Ponte
Longo”, que até aquele momento, depois da morte de Mãe Cristina Pasqualigo Basadonna e da
entrada de Pe Marcos na comunidade, foi mantidos alugando-os. O prédio tinha sido então dividido
em vários apartamentos para ajudar economicamente as escolas gratuítas.
Vender o berço dos Fundadores foi uma decisão séria e é lamentável que este edifício não seja mais
nosso, todavia, afinal, os Fundadores certamente teria aprovado a decisão de vender até a última de
19
suas propriedades para servir as crianças. Em 1994, visitamo-no com o Conselho Geral (veja
abaixo).
Pe Chiereghin foi eleito Superior Geral em 1900 e iniciou o novo século. Exerceu apenas um
mandato.
Alguns detalhes sobre o tempo do seu mandato:
1901 (23.10) – Naquela manhã, na sala abençoada no dia anterior, começaram-se as aulas do curso
técnico com 23 alunos. "Inicio magnífico", escreve o Rev.mo Pe Chiereghin, o Superior, das
comemorações do centenário do próximo ano!
1902 (2.05) - O primeiro centenário solene do Instituto. Restauração da Capela do Crucifixo.
Pe Chiereghin escreveu em 1902 a segunda edição da biografia dos Padres Fundadores, aumentada
com o perfil de alguns Superiores e de alguns confrades padres, e confrades religiosos dos quais
existem poucos exemplares que seriam úteis para re-editar. A terceira edição foi publicada em 1909
com o titulo: “Dois Heróis da escola Popular”.
Faleceu em Veneza em 05.11.1905 aos 66 (15) anos, após longa e dolorosa enfermidade.
1904 - 1910 - Pe Vincenzo Rossi, Superior Geral
Nasceu em Villanova del Ghebbo (Adria, Rovigo) em 04.05.1862. Vestição em 08.12.1880.
Profissão 08.12.1882.
Ele era respeitado por sua docilidade de caráter e sua prudência no aconselhar. Foi mestre de
noviços por cinco anos, reitor do nosso Colégio Canova de Possagno por doze anos e Superior
Geral da Congregação por seis anos (dois mandatos)
Pessoa digna da Congregação, ele adormeceu no Senhor, fortalecido pelos sacramentos, após uma
breve doença, em Porcari (Lucca), em nossa nova casa, naquele momento ainda não “formada”
(canonicamente erigida), da qual ele foi superior informalmente, por aproximadamente um ano.
Ainda não tinha completado 59 anos.
Detalhes sobre o período de seus mandatos:
1906 (16.07) - Bênção da nova casa do noviciado em Veneza, que corresponde atualmente aos
primeiros dois andares sobre a biblioteca da assim dita “Domus Cavanis”.
Faleceu em 17.09.1920 em Porcari (Lucca), onde ele está enterrado.
1910 – 1913 - Pe Antonio dalla Venezia, Superior Geral
Nasceu em Veneza, em 12.07.61. Vestição em 27.04.1879. Profissão 01.05.1881.
Ele foi amado por todos e se distinguia pela sua simplicidade, sua devoção e sua observância das
Constituições e Normas (Regras). Ele viveu em várias casas da Congregação e por um longo tempo
na Casa Mãe. Ele dedicou mais de quarenta anos ao ensino e por doze anos consecutivos manteve o
cargo de Diretor (prefeito) das escolas, em Veneza.
Grave no aspecto e de coração doce tinha grande fama pela exatidão.
Empenhado nos principais encargos do Instituto e, especialmente diligente em sustentá-los; e
também por três anos teve o cargo de Superior Geral.
Durante este tempo quis que fossem devidamente refundada a Congregação Mariana, por primeiro
em Possagno, depois em Veneza e este desejo permaceceu em seu coração até o último dia de sua
vida.
Alguns detalhes sobre o período do seu mandato:
1911 (09.11) Guerra da Itália para colonizar a Líbia, que era então uma província do império turco
ou ottomano).
O irmão leigo Sebastião Barbot foi deixado livre; sendo que nasceu em 1889, parecia que deveria
ser convocado para Guerra Ítalo-Turca. Foi declarado "rivedibile" (=de reserva), como se
pertencesse à classe 1890, e não à de 1889, que foram chamados à guerra. Isso aconteceu na novena
em preparação a festa de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Na noite desse mesmo dia chegou o
Superior, de Roma, com a isenção de Barbot para não refazer todo o noviciado, pois ele tinha-o
interrompido na primeira chamada ao exército. A Virgem seja sempre Bendita!
1912 (24.05) - com a intermediação de Monsenhor Pescini chegou ao Superior um venerável
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Rescrito de sua santidade Pio X, que concede o privilégio de celebrar a divina Eucaristia também
no oratório privado, onde as crianças menores das nossas escolas primárias se reúnem.
Pe Antonio Dalla Venezia foi atingido, no início da novena de Natal de 1929, por uma breve e
implacável doença em Possagno, onde viveu por quatro anos. Depois de receber os santos
sacramentos com a devoção habitual, morreu pacificamente, na véspera de Natal, nos braços do
Senhor, em nossa casa em Possagno (Treviso) no dia 24.12.1929.
1913-1922 - Pe Augusto Tormene, Superior Geral
Nasceu em Veneza em 1874. Desde o início do sacerdócio foi eleito mestre de noviços, foi reitor
diligente, por nove anos, em nosso Colégio de Possagno e por quase nove anos consecutivos
Superior Geral. Entre outras coisas, levou ao cumprimento durante esses encargos com um
resultado feliz, um pedido ao Patriarca, para que se iniciasse o processo de beatificação de nossos
Fundadores.
Esteve apertado por preocupações e sofrimentos, especialmente durante a terrível guerra que
eclodiu em toda a Europa. Lembramos dele pela sua bondade admirável.
Alguns detalhes sobre o período do seu mandato:
1915-1918 - Pouco depois de sua eleição como Superior Geral, eclodiu a I Guerra Mundial (19141918). A Itália entrou na guerra em 1915.
A guerra teve conseqüências dolorosas também para a nossa Congregação: aspirantes, noviços e
clérigos Cavanis foram chamados às armas; religiosos e seminaristas Cavanis nascidos na província
de Trento tiveram que se afastar de Veneza; também se juntou a fome em nossas comunidades
durante a guerra e também após a vitória final,em um período de grande miséria e doença fatais
(uma Epidemia). Veneza e Possagno estavam localizados, não muito longe da frente de guerra e
depois da derrota de Caporetto (1917) a frente da guerra se mudou ainda para mais perto de nossas
casas.
Pe Tormene dedicou muito tempo para visitar os "seus" soldados no quartel e nas frentes bélicas,
engajando-se para sustentar suas vidas cristã e religiosa, numa situação difícil e perigosa, sob todos
os aspectos.
No arquivo histórico existe a correspondência, muito interessante, de Tormene com os padres e os
seminaristas Cavanis, que foram convocados para o exército italiano. Devemos ler o diário de
guerra, escrito por Pe Tormene. Houve um exílio em Tortona, e em Piemonte: os padres e
seminaristas da região do Trentino, embora italianos, ainda eram súditos do Império AustroHúngaro e, como tais, devido à proximidade da frente, eram considerados pela polícia italiana,
potencialmente perigosos na guerra contra o citado império.
Em Tortona (Alessandria) foram hóspedes do beato Dom Orione, fundador dos Orionitas (Filhos
da Divina Providencia) e grande amigo do Instituto. Os diários de guerra de Pe Alessandro
Vianello (um homem santo, mais tarde, grande formador, que saiu da guerra fortemente provado no
sistema nervoso) e de outros religiosos e seminaristas Cavanis são interessantes tanto como
documentos históricos, seja como um testemunho de suas lutas para manter a fé e a vocação em
uma situação de desconforto e perigo físico e moral.
A morte trágica do bom aspirante e seminarista Nazzareno De Piante, que se afogou em um rio com
19 anos, fugindo do inimigo que o havia capturado durante a fase terminal da guerra (27.07.1918)
foi um acontecimento muito triste para a nossa comunidade (16) .
1917-1919 - Durante a fase mais triste da guerra, e até depois da vitória, os padres Agostinho
Zamattio e Giovanni D'Ambrosi, da comunidade de Possagno, acompanharam primeiro a Ca’
Rainati (TV) e depois a Marsala, na Sicília, na outra extremidade da Itália, os habitantes de
Possagno, (aproximadamente 1.400) enviados para lá como refugiados, dado que Possagno estava
praticamente no meio dos combates.
1918 (09.11) - Neste dia o Rev.mo Pe Superior Geral apresenta em primeira instancia, para a sua
Em.cia o Patriarca, o processo ordinário sobre a fama de santidade dos nossos Padres Fundadores.
Alguns dias antes havia confiado o Arquivo da congregação ao confrade Pe francesco Saverio
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Zanos com o compromisso de preparar o material necessário para a introdução da causa da
beatificação. (ver “Introduzione” no vol. I de Zanon).
1919 (02.02) - O Cardeal Patriarca anunciou que assinou, no dia anterior, vigilia da festa mariana da
Purificação de Maria Santissíma, o decreto de introdução da Causa de Beatificação dos nossos
Padres Fundadores.
1919 (11.02) - Sua Eminência o Patriarca assinou o Decreto para recolher os escritos de nossos
merecedores Fundadores Antonio Angelo e Marcos Antonio Cavanis.
1919 (24.02) - Neste dia, na Capela do Palacio Patriarcal, houve a primeira assembléia solene
"Coram Eminentissimo " da Comissão Judicial para a introdução da Causa de beatificação dos
nossos veneráveis Padres Fundadores. O postulador foi Pe Francisco Saverio Zanon, já eleito pelo
Conselho Geral (Conselho Definitorial).
1919 (16.07) - Ato de compra da "casetta" na frente das escolas, que foi o berço do Instituto (que
evidentemente fora vendido em uma data esquecida).
1919 (09.11) - Neste dia em Porcari (Lucca), em nossa nova casa, ainda informal, houve a abertura
formal do primeiro oratório para as crianças que eram cerca de trinta. Na parte da tarde, uma
pequena celebração, a bênção e a recreação. Quod felix faustumque sit! (E’ a primeira fundação de
uma casa fora do Vêneto). A fundação da casa de Porcari foi uma conseqüência positiva da guerra:
um capelão militar (Don Mário Del Carlo) conhecido do Pe Vincenzo Rossi foi hóspede dos
padres Cavanis em Veneza. Após a guerra, ele voltou para casa em Porcari, sugeriu aos ricos
proprietários de fazendas (Sra. Cherubina Toschi e família) para chamar os padres Cavanis e fundar
uma escola na aldeia.
1919 (19.11) - Depois de muitos medos e ansiedades e após a restauração quase completa do
edifício do Colégio Canova de Possagno, devastado pela guerra, o próprio colégio foi reaberto, com
a evidente proteção de Deus. Nesta mesma data foi inaugurado o seminário Menor (Pequeno
Seminário) de Possagno, com uma sede provisória no Colégio de Canova.
Em seguida os aspirantes foram transferidos para as novas instalações sob a proteção da "Santa
Virgem do Carmo".
1921 -20.12) – Arrasado por um ataque cardíaco, Pe Augusto Tormene morreu devotamente, na
tenra idade de 48 anos. O Patriarca honrou as exéquias com sua presença e fez um elogio admirável.
Nossos ex-alunos se reuniram para uma celebração para os 30 dias da morte de nosso querido
Superior e o rev.mo Pároco
Mons. Giovanni Jeremich (mais tarde bispo) exaltou suas virtudes. Seu corpo repousa em Veneza
no cemitério público de São Miguel.
1922 (06.01) - Primeira reunião para tratar do projeto de uma Associação Geral dos ex-alunos sobre
o modelo comum em instituições similares, destinadas a preservar e aumentar os frutos da primeira
educação cristã. O Dr. Giuseppe Leonardi, avô paterno de Pe Giuseppe Leonardi, foi um dos
promotores da Associação dos ex-alunos.
1922 (05.02) - Na Sala do Internato, a Associação dos nossos ex alunos, nascia, felizmente,sobre o
túmulo do nosso inesquecível Padre Superior Geral, Pe Augusto Tormene, realizou sua primeira
reunião plenária para a aprovação do Estatuto e a nomeação para a Presidência .
1922-1928 - Pe Agostinho Zamattio, Superior Geral.
Nasceu em Aviano, Udine, 25.10.1875.
Reitor em Possagno e Porcari: grande e santo homem e excelente Padre Cavanis.Em 1917-1919
com Pe Giovanni D'Ambrosi, durante a primeira guerra mundial, ele acompanhou os moradores
refugiados da paróquia de Possagno no "exílio" primeiro em Ca’ Rainati (TV) e depois dos
primeiros dias dejunho de 1918 ao dia 20 de janeiro 1919 a Marsala, na Sicília. Pe D'Ambrosi
deixou um diário interessante daqueles anos. Aproximadamente, 20 anos depois na cidade de santo
Stefano di Camastra, na província de Messina foi fundada uma casa nossa da qual foi reitor Pe
Zamattio.
Alguns detalhes sobre o período do seu mandato:
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1923 (09.01) - Neste dia, na presença do Tribunal, dos confrades e de muitos fiéis, foram exumados
os restos mortais dos Servos de Deus, os Fundadores da Congregação, para o reconhecimento legal.
1923 (30.09) - Entrada Solene dos nossos Padres, na paróquia de Pieve di Soligo (Diocese de
Ceneda, hoje Vittorio Veneto), para assumir a direção do Instituto Educacional de caridade local
Balbi - Valier. A experiência será, no entanto, breve.
1924 (23.10) - Neste dia nossos Padres, convidados, pelo Pároco, fizeram a sua entrada solene na
paróquia de Conselve (diocese de Pádua) para fundar uma nova casa para a educação dos jovens da
Vila. A experiência será, no entanto breve.
1925 (16.07) – Concluiu-se no Tribunal eclesiástico de Veneza o processo informativo para a
introdução da Causa de Beatificação dos servos de Deus Antonio Angelo e de Marcos Antonio
Cavanis. No mesmo ano foi publicada a primeira história documentada da vida dos Fundadores
preparada pelo Pe francesco Saverio Zanon com o titulo “Os Servos de Deus Pe Antonio Angelo e
Pe Marcos Antonio Condes Cavanis”.
Faleceu em Veneza em 02.05.1941. Há um excelente retrato de Pe Zamattio em Veneza, na galeria
dos retratos dos Superiores Gerais, feita pelo grande pintor veneziano Milesi.
1928-1931 - Pe Giovanni Rizzardo, Superior Geral.
Nasceu em Fietta del Grappa (Treviso), em 20.08.1881. Desde o início da adolescência distingui-se
por uma mente bem desenvolvida e uma profunda devoção. Dedicou-se plenamente à educação dos
jovens por mais de 40 anos, em Possagno e Veneza. Esta atividade escolar não o impediu de exercer
com grandes méritos os cargos mais importantes da Congregação: diretor (prefeito) das escolas em
Veneza, conselheiro geral (Definitore), e Superior Geral.
Dotado com inspiração poética, publicou poesias e salmos escrito em italiano e latim, num estilo
muito elegante. Para seu grande mérito, tinha sido, em resposta aos desejos dos nossos confrades, o
criador da Associação dos ex alunos, em 1922, ao seu desenvolvimento do qual dedicou-se
totalmente, em todos os sentidos, especialmente com o boletim "Charitas", do qual foi o fundador.
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Alguns detalhes sobre o período do seu mandato:
1930 - Durante o papado de Pio XI, houve as Emendationes (alterações) das Constituições, para
adequá-las, após a publicação do Código de Direito Canônico (1917).
Enquanto ele dedicava-se a estas atividades, e ao ensinamento de letras e de língua francesa no
colégio Canova de Possagno, uma doença breve, mas violenta o derrubava, ele recebeu a Eucaristia
de joelhos no chão e morreu pacificamente em Possagno no final do dia da Natividade da Virgem
(08-09-1943).
Bom retrato na galeria de retratos dos Superiores Gerais, em Veneza, feita pelo grande pintor
veneziano Milesi.
1931-1949- Pe Aurelio Andreatta, Superior Geral
Nasceu em Bosentino (Trento) em 07.08.1893. O nosso sacerdote (ordenou-se em 1919), professo
perpétuo, dotado por um grande talento, profundo na doutrina e no estudo da literatura, dedicou-se
por mais de 50 anos na instrução e na educação de jovens nas casas de nossa Congregação,
principalmente como professor de italiano e latim no ensino secundário.
Esta atividade na escola não o impediu de cuidar, com grande prudência e sagacidade de juízo, os
encargos de diretor das Escolas, de Conselheiro Geral, (Definitore), de Reitor e Superior Geral
durante vários anos (18).
Ele foi eleito Superior Geral em 1931, foi reeleito para um segundo triênio em 1934. Em 1937,
sendo aprovada pela Santa Sé as “Emendationes” às contituições, que sancionavam para um
sessênio o mandato do Superior Geral e dos conselheiros e Oficiais Gerais. Pe Aurélio Andreatta foi
o nosso primeiro Superior Geral a ser eleito (e depois reeleito em 1034) por um periodo de seis
anos. Apesar , da segunda guerra mundial e da divisão da itália em duas partes (de setembro de
1944 a maio de 1945), também o Capitulo geral de 1043 foi realizado regularmente.
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O período de seus mandatos foi caracterizado por uma grande abertura da congregação.
Alguns detalhes sobre o período de seus mandatos:
1934 (10.05) - Cerimônia de inauguração solene da estátua ao "Coração de Cristo Rei", em
memória do Ano Santo da Redenção, 1933-1934, no grande pátio do Colégio Canova em Possagno.
1936 (24.09) - Nesta data, com a bênção da imagem do Sagrado Coração de Jesus, dada pelo
Rev.mo Pe Aurélio Andreatta Superior Geral, foi inaugurada a Casa do Sagrado Coração de Jesus
para os Exercícios Espirituais na localidade de Col Draga (ou Coldraga) em Possagno.
1937 - Sob Papa Pio XI foram realizadas as Mutationes (mudanças) das Constituições. O fascículo
das Mutationes foi reimprimido e anexado ao texto das constituições em 1945.
1938 (16.07) - Nesta data, Festa de Nossa Senhora do Carmo, data significativa para o Instituto,
iniciaram-se as comemorações do primeiro centenário da fundação ereção canônica do Instituto,
com a celebração da Santa Missa nas casas da Congregação.
1938 (13.10) - Foi aberta pela Congregação uma nova casa do Instituto, em Santo Stefano di
Camastra (diocese de Patti, na província de Messina, na Sicília) para a educação dos jovens desta
importante cidade, a convite do pároco Inácio Perna e do prefeito.
1939 (30.04) - Entre as comemorações do primeiro centenário da fundação canônica do Instituto,
houve cerimônias solenes na igreja de Santa Inês e no Conservatório Benedetto Marcello (escola
superior de música), em Veneza.
1939 (07.05) – Conclusão solene do primeiro centenário da fundação canônica do Instituto, com
solene pontifical presidida pelo cardeal Patriarca Giovanni Adeodato Piazza.
1939 (02.06) - Nesta data foi celebrada a consagração da nossa Igreja do Sagrado Coração, na
colina de Col Draga em Possagno.
1939-1945 – A segunda guerra mundial, na qual a Itália entrou em 1940, infelizmente, como aliada
da Alemanha e Japão e por fim, foi derrotada (graças a Deus), produziu um longo período de
miséria e sofrimento. Mesmo em nossas comunidades era particularmente difícil encontrar o
alimento necessário, tanto nos seminários como especialmente na casa de Veneza, cidade
completamente isolada em sua lagoa. Graças a Deus, não houve mortes ou ferimentos em nossas
comunidades. Merece lembrar, neste contexto, o interessante diário de guerra e de prisioneiros de
guerra do Irmão Edoardo Bortolamedi.
1945 – Ficou um fato histórico a viagem de bicicleta de Pe Antonio Turetta partindo da casa de
Porcari (Toscana) até a casa Mãe de Veneza no final da guerra (1945, provavelmente mês de maio,
cerca de 350 km) para restabelecer as comunicações, numa Itália destruídas pela guerra, sem trens,
sem transportes públicos, sem telefone ou telegrafo.
1941 (19.10) - O postulantado (Seminário Menor) da Toscana foi aberto em Vicopelago (Lucca),
na "Vila do Relógio", dirigido por Pe Carlos Donati (um grande religioso Cavanis) e transferido
pouco depois para Sant’Alessio, sempre na província de Lucca, onde o Seminário Menor funcionou,
com um número significativo de candidatos, chegamos a 60, até o fechamento que ocorreu em
1952. Desses dois Seminários veio a grande parte dos religiosos da Toscana de nossa Congregação.
1943 (31.08) - Foi aberta pelo Instituto, na vila de Costasavina (diocese de Trento) uma nova casa
em “Vila Moretta ", para instalar o noviciado e o Seminário Menor (Probandato), sob proteção do
Imaculado Coração de Maria.
1944 (08.12) – Inicio dos trabalhos para a ampliação da Casa do Sagrado Coração de Possagno.
1945 (21.11) - Neste dia a congregação aceitou assumir a direção do Instituto "Dolomiti" em Borca
di Cadore (Belluno) oferecido ao Instituto pela Exc.cia o bispo Mons. Girolamo Bortignon, naquele
tempo bispo de Belluno e Feltre, para a criação de um pensionato,de escolas secundárias e
superiores e, como um local para hospedagem de férias. Poucos anos depois, com grande tristeza
do Instituto, o edifício foi comprado em leilão e tirado do Instituto pela mesmo Mons. Girolamo
Bortignon, que se tornara bispo de Pádua.
1946 (19.02) - Nesta data, festa de São José esposo de Maria, com uma cerimônia solene na Igreja
de Santa Inês, foi consagrado bispo (o primeiro e até agora o único bispo da nossa Congregação), o
Rev.mo P. Giovanni Battista Piasentini. Foi consagrado bispo pelo Exc.mo Cardeal Patriarca de
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Veneza Adeodato Giovanni Piazza tendo como co-consagrantes, S. Exc.cia Giovanni Jeremich,
Bispo auxiliar de Veneza e sua Exc.cia Antonio Mantiero, bispo de Treviso. Laus Deo.
1946 (15.11) – A Providencia, de modo inesperado e admirável, através da intervenção da Santa Sé,
favoreceu a abertura de uma casa da Congregação no bairro de Torpignattara em Roma, na rua
Casilina, 600.
1948 (03.11) - como o Instituto tinha comprado uma casa em Levico, Província de Trento, os
aspirantes da "Villa Moretta” (Costasavina, Trento), foram transferidos para a nova casa sede do
seminário, chamado “Instituto Maria Rainha”.
Pe Aurélio Andreatta morreu no hospital di Valdobbiadene (Treviso), em 07.08.1962.
SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX - O INÍCIO DO SÉCULO XXI
1949-1955 - Padre Antonio Cristelli, Superior Geral
Nasceu em Miola di Pinè (Trento) 19.01.1907. Na longa e laboriosa existência terrena colocou
seus dons de inteligência e afeto para um maior crescimento de sua Congregação. A sua vida
decorreu inteiramente nas casas de Possagno e Veneza. Ele foi ordenado sacerdote no dia
07.06.1931 em Possagno; nesta aldeia exerceu as funções de assistente disciplinar no colégio
Canova, de professor e diretor da Escola Secundária S. José de Calasanz. No entanto, onde sua
presença durou mais tempo foi na casa Mãe de Veneza, onde durante décadas ocupou a cadeira de
latim e grego em nosso Liceu Clássico, deixando a memória de uma cultura sólida e substancial,
motivo de admiração de colegas das escolas estatais da cidade.
Esta atividade no ensino, não o impediu de assumir encargos como a economia local, de formador
dos estudantes de teologia, de "Prefeito" (Diretor) na escola, de Conselheiro Geral e especialmente,
de Superior Geral da Congregação para os anos de 1949 a 1955. Sua memória, porém, continua
ligada à escola como um professor de disciplinas sacras e profanas que ensinou "para as gerações
mais jovens” por mais de 50 anos. Aparentemente rude, mas ele tinha um grande coração. Uma de
suas características era a constante e periódica raspagem da garganta.
Alguns detalhes sobre a duração do seu mandato, que viu a abertura de numerosas casas e
atividades:
1949 (20.10) - No dia 20 de outubro, começaram em Possagno , os cursos na novo Liceu Clássico
(escola secundária) com o nome de "São José de Calasanz ", no novo prédio grande, por ocasião do
terceiro centenário de sua morte.
1953- 15.10 - A Congregação aceita a direção do Orfanato "Tata Giovanni", da Fundação
homônima, em Roma, no bairro das Pirâmides. O orfanato foi fechado em 19 **.
1953 (05.08) - Fundação da casa e da escola secundária superior científica “Marianum Cavanis " de
Capezzano Pianore (Lucca, Toscana), na villa e Palácio Ducal com seu Parque et fazendas anexas, que tinha pertencido ao Duque Roberto de Borbone. Deveria ser a nova sede do Liceo
Cientifico, transferido, da casa de Porcari para aquela de Capezzano Pianore; a nova casa foi
comprada com o dinheiro da venda da fazenda do Padule, propriedade da casa de Porcari.
1954 (02.05) - As celebrações do primeiro centenário da feliz passagem de Pe Marcos Cavanis,
concluíram-se com a missa celebrada em Santa Inês pelo nosso bispo Dom Giovanni Battista
Piasentini.
1954 – A publicação das “Mutationes” das Constituições (1937), em um pequeno livro, que também
será anexado nas Constituições.
1954 (07.09) – Inicia em Chioggia (Veneza), por vontade do confrade bispo Giovanni Battista
Piasentini, Bispo desta cidade, e do padre Superior Geral, a atividade do nosso Centro de Formação
Profissional, com o objetivo de levar os jovens da região a um trabalho qualificados, onde a
atividade predominante era a pesca em pequena escala e onde havia, na época, uma situação
generalizada de miséria.
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1954 (21.11) - Neste dia, dedicado à memória da Apresentação no Templo da Virgem Maria, foi
abençoada em Chioggia e depois oficialmente inaugurado e confiado ao nosso Instituto pelo bispo
diocesano sua Ex.cia dom Giovanni Battista Piasentini, Cavanis, o Centro de Formação
Profissional, denominado “Centro Profissional Maria Imaculada”.
1955 (02.06) – Com o decreto de 2 de Junho de 1955, o presidente da República Italiana, Gronchi,
confere à nossa Congregação, pelo mérito adquirido na educação, o diploma de Primeira Classe
com direto a medalha de ouro.
Após seu mandato, Pe Antonio Cristelli continuou seu trabalho como educador muito estimado e
professor de latim e grego em Possagno e Veneza.
Atingido o limite de seus 90 anos de idade e por que as suas condições físicas tinhas se debilitado
muito nos últimos meses, os superiores lhe aconselharam e o transferiram para Possagno, por razões
climáticas e de cuidados. Ele morreu em 1° de Junho de 1996 e foi sepultado na capela do cemitério
Assim terminou a vida de um dos nossos religiosos que está entre as mais significativas da história
do Instituto, no século XX. Seu retrato na galeria dos Superiores Gerais em Veneza é do bom pintor
veneziano Novati.
1955-1961- Pe Gioachino Tomasi, Superior Geral
Nasceu em Miola di Pinè (Trento) em 09.05.1910. Aos 12 anos entrou no seminário menor Cavanis
de Possagno. Noviciado em 1928/29, professou os votos perpétuos em 1931. No dia 30 de junho de
1935 foi ordenado padre.
Graduou-se em Literatura e Língua estrangeira na Universidade de Veneza, foi padre e professor na
escola por mais de 50 anos. Ele foi também professor de Direito Canônico em nosso Seminario
Maior de Veneza. Isso não impediu que suas atividades fossem feitas com espírito ardente, nas
aberturas, nas realizações e no desenvolvimento da Congregação.
Ele exerceu numerosos encargos e, de 1955 a 1961, foi Superior Geral e aplicou-se com todos os
meios para reforçar as casas e escolas da Congregação. Depois de deixar a escola devido aos
limites de idade, assumiu o cargo de postulador da causa de beatificação do Pe Basílio Martinelli,
de cuja santidade sempre foi defensor convencido. Em quase 20 anos de trabalho assíduo foi
concluído o procedimento de investigação, entregando, em 1993, a "Positio super virtutibus" à
Congregação Romana para a causa dos Santos.
De seu velho mestre tinha aprendido a simplicidade da vida, o silêncio, a escuta, e a oração assídua.
Como P. Basílio passou dias e dias para escutar confissões dos alunos e dos fiéis sensíveis aos seus
conselhos e às suas palavras cheias de humanidade.
Alguns detalhes sobre o período do seu mandato:
1958 (24-27.09) – De 24 a 27 de setembro, na Casa do Sagrado Coração de Possagno sua Em.cia
Rev.ma o cardeal Patriarca Ângelo Giuseppe Roncalli, que mais ou menos, um mês depois seria
eleito papa da Igreja universal com o nome de João XXIII, participou de um retiro com o clero de
Veneza.
1958 (20.10 a 24.12) - Data marcante: aos vinte (20) dias do mês de outubro teve inicio a viagem de
navio de Pe Riccardo Zardinoni, encarregado pelo Superior Geral Pe GioachinoTomasi para
visitar o Brasil, respondendo assim, um convite feito pelo primeiro bispo de Ponta Grossa (Paraná),
o bispo Antonio Mazzarotto. Pe Zardinoni visitou Ponta Grossa e outras dioceses brasileiras e
retornou à Itália em 24 de dezembro daquele ano, e apresentou um precioso relatório.
1958 (21.03) - Neste dia, em Veneza, começou a celebração do primeiro centenário da morte santa
do Venerável padre Antonio Ângelo com a comemoração oficial realizada na igreja de Santa Inês.
1959 (12.04) – Conclusão do ano do primeiro centenário da passagem do Pe Antonio Cavanis, com
a presença do Cardeal Patriarca Giovanni Urbani.
As enfermidades da velhice e a característica surdez não impediram Pe Gioachino Tomasi de
trabalhar pela causa da beatificação do Padre Basilio até poucos meses antes da sua morte, que o
levou de repente. Pe Gioachino morreu serenamente em Possagno no dia 02.11.2000. Depois do
funeral, celebrado no Templo de Canova, foi sepultados na capela do cemitério em Possagno.
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1961-1967 - Pe Giuseppe Panizzolo, Superior Geral
Nasceu em Santo Ângelo de Piove de Sacco (Padova) em 26.12.1919. Muito jovem, ingressou no
Seminário Menor de Possagno (Treviso). Terminou o ano de noviciado em Veneza, emitiu a
profissão religiosa em 1938, continuou com amor e dedicação à sua formação no ensino médio e no
estudo da teologia e logo começou suas primeiras experiências como professor e educador na
escola.
Foi ordenado sacerdote em 1945 no final da II Guerra Mundial (19) e posteriormente obteve uma
licenciatura em Literatura e Filosofia na Universidade "La Sapienza" de Roma, onde tinha ido para
formar, com outros confrades, a primeira comunidade e escola de Caridade Cavanis na capital.
Distinguiu-se por ajudar os pobres (durante o difícil pós guerra, nas periferias da capital), por seu
empenho e seriedade no ensino, na formação humana e cristã que se ofereceu para meninos e jovens
do bairro Torpignattara.
Foi, em nossas casas diferentes, um professor de ciências humanas, e em Veneza, em nosso
Seminario Maior, foi professor de Sagrada Escritura na década de 60.
Foi chamado cedo para ocupar cargos de grande responsabilidade na Congregação, primeiro como
reitor da Comunidade e diretor da escola de Possagno e em 1961-1967 como Superior Geral da
Congregação: soube dar o melhor de si para os confrades, alunos e colaboradores leigos, com
espírito de sacrifício, prudência no governo, fidelidade ao ministério especifico e ao espírito do
Instituto.
Aceitou com serenidade a obediência sempre e onde os superiores queriam e, ainda mais, o peso da
responsabilidade local, como o encargo de Reitor em Roma e Veneza, de pároco e superior da
comunidade na paróquia santo Antonio de Corsico (Milão): com seu caráter jovial e otimista,
sabia inspirar coragem e esperança aos jovens, famílias, grupos e atividades da paróquia.
Ele dedicou seus últimos anos de ministério sacerdotal ao povo de Deus na paróquia dos Santos
Marcelino e Pedro ad duas Lauros, em Roma, sempre fiel à oração eucarística e mariana, mesmo
quando a doença começou a ser sentida fortemente.
Alguns detalhes sobre o período do seu mandato:
1962 (1-05) - Cerimônia de abertura, por Dom Giovanni Battista Piasentini, bispo Cavanis de
Chioggia, o Seminário Menor "Vila do Bom Pastor", em Fietta del Grappa (Treviso), em um lote e
casa doados ao Instituto pelo nosso amigo e quase confrade Pe Giovanni Andreatta, de preciosas
lembranças.
1962 (01-07) - Abertura de uma casa de hospedagem e de férias para estudantes em “Cima
Sappada” (Belluno), inicialmente prevista como uma filial da casa de Veneza. Tornou-se, depois,
uma escola secundária superior. A casa será fechada em 2006, mantendo-se propriedade do
Instituto.
1962-65 - Celebração do Concílio Vaticano II: entre outros documentos publicados, cabe lembrar o
decreto “Perfectae Charitatis”, para renovar a vida religiosa e reformular as Constituições e Normas
de todas as Instituições, no espírito do Concílio.
Durante seu mandato de Superior Geral houve também a reforma e nova constituição das escolas
“Marianum Cavanis " em Capezzano
Pianore (Lucca) e abertura, ou melhor, a nova construção da casa de Solaro (Milano).
Sua vida longa e valiosa terminou na madrugada de 12-10- 2005, em Roma. Após o funeral solene,
realizada em Roma em nossa paróquia, seu corpo foi transladado e enterrado no cemitério de
Possagno, na capela dos Padres, onde aguarda a ressurreição feliz.
1967-79 - Pe Orfeo Mason, Superior Geral. Abertura dos Cavanis no Brasil
Nasceu em Torreselle (Pádua) em 25.05-1931 (20). Professor de história e filosofia nas escolas
secundárias superiores, principalmente em Veneza. Professor de Filosofia no Seminário Maior
durante o ano Propedêutico (1959-1960). Muito jovem, de 1960 a 1967, é formador em nosso
estudantado filosófico e teológico em Veneza, onde introduziu novos métodos, para a alegria dos
jovens religiosos e com excelentes resultados em quantidade e qualidade da formação.
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1967 - Eleição do Pe Orfeo Mason como Superior Geral para um primeiro mandato, durante o
XXVI Capítulo Geral. Um grande Preposito!
A Ele se deve a reforma da Congregação e das Constituições, após o Concílio Vaticano II, com um
belissimo Capítulo Geral Extraordinário Especial (CGEE) em três sessões, e a abertura das nossas
missões. Durante seu primeiro mandato, abriu as casas e as seguintes atividades (ver seções
especiais sobre as novas partes territoriais):
na Itália: Abertura da paróquia em Corsico (Milão)
no Brasil: envio dos primeiros missionários, abertura da casa de Castro e da delegação do Brasil, a
coordenação da Catequese de Ponta Grossa, início do seminário em Castro, as escolas maternas, etc.
em Castro e Ortigueira, vice paróquia de Castro e a paróquia de Realeza.
Durante seu segundo mandato, abriu as casa e as seguintes atividades:
na Itália: Abertura da casa internato em Asiago (Vivenza).
no Brasil: Constituição da Região Brasil, paróquia em Pérola d'Oeste, Pastoral Universitária e
Casa Oásis para estudantes universitários em Ponta Grossa.
Alguns detalhes sobre o período do seu mandato:
1968 - Transferência de nosso Seminário Maior de Veneza a Roma, onde os nossos seminaristas
foram estudar em universidades romanas, especialmente na Pontifícia Universidade Lateranense.
Formador Pe Guilherme Incerti, vice-formador Pe Giuseppe Leonardi.
1968 (03.04) – Pe Mason fez sua viagem exploratória para o Brasil.
1968 (01.07) - Nesta data, a nova sede da Casa Cavanis de Sappada (Belluno), foi inaugurada no
povoado "Kratten", substituindo a sede original do povoado de Cima Sappada.
1968 (12) - Abertura no Brasil (final de 1968) com a casa de Castro e mais tarde Ortigueira,
Realeza, Ponta Grossa, Pérola d'Oeste, etc.
1969-1970 - Em nossa Congregação celebramos o Capitulo Geral Extraordinário Especial (CGEE
ou CGSS, sigla em italiano) em três sessões para renovar o Instituto e para formular as novas
Constituições.
Elas foram diferenciadas em Constituições e Diretório. Importantes, mas infelizmente esquecidos
hoje, os decretos do CGEE. Entre as novidades: a educação não significa apenas escola, mas
também meios educativos em geral. Abertura para as paróquias e missões.
A renovação da Congregação e suas Constituições, embora feita em obediência às decisões do
Concílio Vaticano II e da Santa Sé, provocou na Congregação um pequeno, mas forte e doloroso
movimento de oposição que se opõe às alterações das Constituições, à abertura de paróquias , ao
fechamento da casa de Solaro (Milão), substituída pela paróquia de Corsico (Milão), à idéia de que
a atividade característica da Congregação não é só a escola, mas todos os meios de educativos.
Houve também um recurso à Santa Sé, que respondeu duramente ao grupo de oposição, lembrandolhe que a reforma fora imposta pela Santa Sé. A resposta concluía com a frase "... et statim
acquiescant” (...que se acalmem rápido).
1969 (28.09) – Nesta data a nossa Congregação abriu na cidade de Corsico (Milão), a paróquia de
S. Antônio de Pádua, em que Pe Giorgio Dal Pos tornou-se o primeiro pároco.
1970 (03.09) – Neste dia terminou o Capítulo Geral Extraordinário
Especial em Possagno para a renovação da Congregação e sua adaptação ao Concílio Vaticano II.
No dia 08 de dezembro sucessivo (1971) foram publicados os Decretos do Capítulo, as
Constituições e o Diretório ad experimentum.
1971 - Após o Capítulo (CGEE), houve o decreto e a publicação no livro: "Decretos, Constituições
e Diretório" contendo as novas Constituições e Diretório, que entraram em vigor "ad
experimentum” no dia 02-05-1971.
1972 (12.11) – Abertura, em Veneza, do bicentenário do nascimento dos nossos Veneráveis Padres
Fundadores, com a celebração solene, presidida pelo Superior Geral Rev.mo, Pe Orfeo Mason, que
realizou o discurso comemorativo na igreja de Santa Inês.
1973 (10.05) - Durante o ano do bicentenário do nascimento dos nossos Veneráveis Padres
Fundadores, na Basílica de São Marcos, o Patriarca S. Em.cia Cardeal Albino Luciani (mais tarde,
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Papa Giovanni Paulo I) celebrou a Eucaristia para os alunos das escolas católicas de Veneza, e
durante a homilia, ilustrou a vida e a obra dos dois Padres. Na tarde do mesmo dia a comemoração
oficial foi realizada no Palazzo Ducale.
1973 (20.05) - Neste dia foi celebrada na igreja de Santa Inês em Veneza, a conclusão do
bicentenário do nascimento dos nossos Veneráveis Fundadores, com solene celebração presidida
por S. Em.cia Rev.mo Cardeal Gabriele Garonne, Prefeito da Congregação para a Educação
Católica, que durante a homilia ilustrou o trabalho dos dois irmãos ”fundamentada sobre a ardente
caridade."
1973- XXVII Capítulo Geral. O Capitulo analisou a situação das Constituições e do Diretório,
durante os 10 anos ad experimentum. Reeleição de Pe Orfeo Mason como Superior Geral para um
segundo mandato.
1975 (01.06) - Neste dia realizou-se a inauguração oficial da casa de Asiago que foi chamado de
"Soggiorno Cosulich dei Padri Cavanis", um internato para estudantes do ensino secundário
superior, casa que numa parte considerável, foi presente generoso das irmãs Maria, Elena e Luisa
Cosulich de Veneza. A casa foi fechada, mesmo ficando de propriedade do Instituto, durante o
mandato do Pe Giuseppe Leonardi.
1979 – XXVIII Capítulo Geral. Aprovados pelo Capítulo as Constituições e Diretório (estas últimas
são chamadas de "Normas" a partir desta data, com as alterações que são enviadas para a Santa Sé
para aprovação.
1979 (24.11) - Neste dia, na igreja de Santa Inês, com uma cerimônia solene, o premio "Anjo de
ouro", instituído pelo Centro de Cultura Cosulich de Veneza foi entregue ao "Instituto por méritos
excepcionais adquiridos durante longos anos de ensino fecundo a serviço da juventude Veneziana.
Após o fim do seu segundo mandato Pe Mason viveu principalmente na casa Mãe de Veneza, até
1989. Ele continuou a ensinar história e filosofia em nossas escolas e dedicou-se à direção espiritual
para muitos pesssoas, especialmente dos jovens. Ele se juntou ao Movimento de Renovação
Carismática e acompanhou numerosos grupos deste movimento da Igreja. Foi mestre de noviços,
incluindo o primeiro grupo de noviços da Região Equador, em Possagno, na Casa do Sagrado
Coração. Mais tarde ele foi enviado por Pe Leonardi para o Equador como Reitor do Noviciado e do
Seminário Maior de Quito.
Está vivo e atua como diretor da casa para reuniões e retiros Espirituais em Valle Hermoso
(Equador).
1979-1989 - Pe Guglielmo Incerti, Superior Geral
Nasceu em Casaloldo (Mântua), a 11.12.1932 (21). Professor de Letras. Vice Mestre e mais tarde
Mestre em nosso Seminário Maior (ou teológico), primeiro em Veneza (1959-1967?) depois em
Roma (1968-1970). Reitor da casa de Torpignattara a Roma (1968-1970?). Primeiro Superior
Regional do Brasil, reitor da casa de Castro, Paraná, diretor do Seminário Menor; grande formador,
na Itália e no Brasil.
1979 - Eleição do Pe Guglielmo Incerti como Superior Geral para um primeiro mandato, durante o
XXVIII Capítulo Geral.
Teve dois mandatos, sendo o segundo infelizmente interrompido prematuramente; seu tempo de
governo corresponde a um período de grande expansão da Congregação, mas é necessário destacar
de maneira especial o grande interesse deste Superior Geral pelas vocações, a formação e os
seminários.
Foi o primeiro dos Superiores Gerais "vindos do Brasil”, que juntos, ocuparam, cinco mandatos
(1979-2007).
Em seu primeiro mandato (1979-1985) abriu as seguintes casas e atividades (ver seções especiais
sobre as novas partes territoriais):
1. No Brasil: Seminário Maior e Noviciado em Ponta Grossa; P. Leonardi tornou-se Assessor
Nacional da Pastoral Universitária, em Brasília; da Paróquia de Nossa Senhora da Misericórdia, em
Belo Horizonte
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2. No Equador: Início da presença Cavanis e de atividades; primeira casa no centro de Santa Cruz,
em Esmeraldas, Delegação do Equador ; escola Nuevo Ecuador em Esmeraldas.
Em seu segundo mandato (1985-1989) abriu as casas e as seguintes atividades:
1. Na Itália: paróquia dos Santos Marcelino e Pedro, em Roma; Paróquia Santíssima Trindade em
Possagno (provisório).
2. No Brasil: o Brasil se torna vice-Região; Seminário Maior Antonio e Marcos Cavanis - Instituto
Teológico Cavanis, em Belo Horizonte; Paróquia de Nossa Senhora de Lourdes, em Planalto.
3. No Equador: Seminário Maior em Quito (primeira sede em San Juán); Seminário Menor Virgem
de Fátima, em Esmeraldas.
Alguns detalhes sobre o período de seus dois mandatos:
1981 (12.03) – Com o Decreto da Congregação para os Religiosos e Institutos Seculares são
aprovadas as Constituições e Normas da nossa Congregação, adequadas ao Concílio Vaticano II.
Na mesma data, anúncio do quinto (observação Pe de Biasio: “porquê quinto? Parece-me bem que o
Superior Geral Pe Aurélio Andreatta realizou dois anos marianos, aqule da celebração do
centenário da Instituição Canônica da Congregação de 16 de julho de 1938 a 16 de julho de 1939
(durante o qual todos os discursos-exortações da sexta feiras que o Superior Geral-Reitor fazia na
comunidade de Veneza tinha como tema “A Nossa Mãe Celeste”), e aquele de 11 de outubro de
1944 a 11 de outubro de 1945 com a intenção de invocar a proteção de Nossa Senhora e dos Padres
Fundadores sobre todas as pessoas e os bens da Congregação durante os graves perigos da guerra.
Melhor seria, fazer uma tabela estatística de todos os nossos Anos Marianos, talvez indicando
também as intenções e a finalidade)“Ano Mariano" para ser celebrado em todas as casas da
Congregação de 12 de março 1981 a 02 de maio de 1982, por ocasião do 180 º aniversário da
Congregação Mariana em Santa Inês, iniciada pelos Padres Fundadores .
1983 - Novo Código de Direito Canônico.
1984 (04.05) - Pe Leonardi assume como pároco na paróquia Nossa Senhora Mãe da Misericórdia
na periferia de Belo Horizonte (Minas Gerais).
1985 (04.05) - O Cardeal Arcebispo de Milão, Carlo Maria Martini, consagrou a igreja de Santo
Antonio em Corsico, Milão. Pároco Pe Pietro Luigi Pennacchi.
1985 (18.05) - Abertura em Possagno na diocese de Treviso, do processo diocesano para a causa
de beatificação do Servo de Deus, nosso religioso, Pe Basílio Martinelli.
1985 - Reeleição de Pe Guglielmo Incerti como Superior Geral para um segundo mandato, durante
o XXIX Capítulo Geral.
1985 (16.11) - Neste dia, foram promulgados os Decretos sobre as virtudes heróicas dos nossos
Fundadores, Pe Antonio Angelo e Pe Marcos Antonio Cavanis, na presença do Papa Giovanni
Paulo II, os quais foram declarados Veneráveis. Dies signanda albo lapillo.
1986 (17.04) - Celebração na Basílica de São Marcos, em Veneza, em que foi feita a proclamação
da heroicidade das virtudes de nossos Fundadores. A celebração foi presidida pelo Cardeal Patriarca
MARCO CÈ
1988 (16.03) - Conclusão, no templo de Possagno, do processo diocesano para a beatificação do
Servo de Deus Pe Basílio Martinelli, com a solene celebração presidida pelo Bispo de Treviso, sua
Exc.cia Dom Antonio Mistrorigo, que, durante a homilia, destacou as virtudes do Servo de Deus .
1988 (16.07) - Neste dia, aniversário de 150 anos da aprovação Ca-nônica da Congregação, na
Capela do Sagrado Coração de Possa-gno na presença dos confrades, dos noviços, dos seminaristas
e re-presentantes de nossas casas e atividades da Itália, do Brasil e do E-quador, o Rev.mo Superior
Geral, Pe Guglielmo Incerti confiou to-da a Congregação à Virgem Maria, rezando o ato de
"Consagração".
1988 (01.10) - Exumação e transferência do corpo do Servo de Deus Pe Basílio Martinelli, da
capela do cemitério de Possagno para a capela do Colégio Canova, em seguida, concelebração
solene, presidida pelo Superior Geral Rev.mo, Pe Guglielmo Incerti.
1988 (05?) - Uma doença obriga o Superior Pe Incerti a anunciar, antecipando em dois anos, o
próximo Capítulo Geral, que foi celebrado em 1989 em vez de 1991.
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1989 (12.02) - Na cidade de Roma, a nossa Congregação aceita, nesta data, a Paróquia dos Santos
Marcelino e Pietro "ad duas Lauros" apresentando como nosso primeiro pároco, o Pe Antonio
Armini, romano.
Depois de seu segundo mandato como Superior Geral, Pe Guglielmo Incerti trabalhou por muito
tempo como formador e superior Regional no Equador. Vive ainda em Possagno, Treviso.
1989-1995 - Pe. José Leonardi, Superior Geral
Nasceu em Veneza, no dia 20.06.1939. Ele entrou na Congregação no dia 28.10.1958. Profissão
temporária: 07.12.1959. Profissão perpétua: 08.12.1962. Diaconato: 21.12.1963. Sacerdote:
21.06.1964.
Ele viveu nas casas de Veneza, Possagno Sacro Cuore, RomaTata Giovanni, Roma Casilina, Castro,
Ponta Grossa, Belo Horizonte, Brasília, Chioggia, Pozzuoli, Kinshasa. Ele desenvolveu o seu
carisma Cavanis na escola como professor de aplicações científicas nas nossas escolas do ensino
secundário, de Roma (1959-1973), professor de paleontologia vertebrada, geologia do Brasil, e
geologia histórica para geólogos e de geologia para estudantes de engenharia na Universidade
Federal do Paraná, em Curitiba (Paraná, Brasil); Metodologia científica na Universidade do Estado
do Paraná, em Ponta Grossa (UEPG), de Sagrada Escritura no seminário Maior,IFITEME, EM
Ponta Grossa, professor de Religião em nossas escolas de Veneza e professor Exegese do
Pentateuco e outros matérias Instituto Teológico de São Eugênio de Mazenod, em Kinshasa e
professor de introdução à Sagrada Escritura, no Seminário Maior arquidiocesano Santo André
Kaggwa de Kinshasa e professor de Fundamentos bíblicos da Missão da Faculdade de Missiologia
(IASM) em Kinshasa, Secretário do Capítulo Geral Especial Extraordinário (1969-1970); vice
Mestre (SOCIUS) do nosso Seminário Maior, em Roma (1968-1970), mestre do nosso Seminário
Maior em Roma (1970-1973), responsável da Pastoral Universitária de Ponta Grossa (1974-1984),
pároco, durante um curto período, em Belo Horizonte (Nossa Senhora Mãe da divina Misericórdia
,1984-1985), secretário nacional da Pastoral Universitária do Brasil (1984 - 1989), membro do
Conselho Provincial do Brasil (1988-89), pároco e reitor em Pozzuoli, paróquia de S. Artema
08.1996.2003) , reitor da casa de Veneza (2003-2005), formador e mestre de noviços em Kinshasa,
República Democrática do Congo (29.09.2005-?) Superior Delegado da Delegação na RDC (2007
...).
Em 1970 ele foi convidado pelo Pe Carlo Martini S.J. para ser professor de exegese do Antigo
Testamento, no Instituto Bíblico Pontifício de Roma. Paleontólogo dos vertebrados.
Aproximadamente 150 publicações científicas.
1989 (22.07) – Eleito Superior Geral durante o XXX Capítulo Geral. E foi o primeiro Superior
Geral do Brasil (naturalizado brasileiro em 1979).
Seu mandato foi marcado por uma pausa na Congregação. Ocupou-se mais com a formação
permanente e a reorganização, da modernização e informatização (com seus colaboradores,
especialmente Pe Pietro Luigi Pennacchi) da Congregação do que de uma maior expansão
geográfica.
Introduzidiu na Congregação, com pouco sucesso, o sistema de avaliação / planejamento de três
anos e seis anos. Não aceitou novas paróquias durante seu mandato.
Introduziu, na Itália, a idéia e a prática do redimensionamento.
Ele preparou com os seus colegas, incluindo especialmente Pe Hugo del Debbio, secretário geral e
canonisa, a legislação (direito próprio) para o nível intermediário de governo e abriu o caminho para
a divisão da Congregação em partes territoriais.
Introduziu-se o termo "Pars Italiae", agora obsoleto, para acostumar os religiosos Cavanis italiano
(e vivendo na Itália) a idéia de que eles não eram a Congregação, mas uma de suas partes, e para
preparar a criação oficial da Província Italiana. Publicou o
Projeto Educativo Cavanis (PCE, 1990) e a Ratio Institutionis Cavanis (RIC, 1993).
Durante seu mandato (1989-1995) abriu as casas e as seguintes atividades (ver seção especial sobre
as novas partes territoriais):
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1. No Brasil: o novo edifício do Cenáculo Cavanis, Castro; escola "Antonio e Marcos Cavanis",
Castro, o novo edifício da Casa do Menor Irmãos Cavanis "de Ponta Grossa;
2. No Equador e na Colômbia: início das atividades no Colégio Borja III, em Quito, a compra de
uma fazenda em Valle Hermoso, Noviciado, em Quito, Cotocollao; doação Borja III, em Quito, a
compra do terreno para construir um seminário em Bogotá, na Colômbia; novo Seminário Maior
em Quito, Cotocollao; propriedade da Escola Nova Equador em Esmeraldas; paróquia de Nossa
Senhora do Vale em Valle Hermoso; do Centro de Saúde de Esmeraldas; casa de Retiros, "Oasis
Cavanis Rainha da Paz" em Valle Hermoso.
Alguns detalhes sobre o período do seu mandato:
1989 (01.03.12) - Em Roma, San Pantaleo, nós celebramos a primeira reunião (da Fundação) da
Família Calasanz, com a participação de quase todos os Institutos que fazem parte. Pelo Instituto
Cavanis participaram o Superior Geral Pe Giuseppe Leonardi e os padres Danilo Baccin, Aldo
Servini e Antonio Armini.
1991 (01) - Por P. Mário Merotto, o e Superior Geral fazem uma grande viagem pela a Colômbia,
de carro, para fazer um reconhecimento do país, a fim de encontrar um lugar para começar obra
nossa. Partiram de Quito, viajaram pela seguinte rota: Pasto, Popayan, Cali, Armênia, Pereira,
Manizales, Medellín, Sincelejo, Cartagena das Indias, Barranquilla, Santa Marta, Bucaramanga,
Tunja, Bogotá.
Na última cidade a capital, decidiram, com a ajuda do Provincial dos padres Escolápios, a compra
de um terreno para construir o seminário teológico. O reitor já havia explorado em outra ocasião
(1984), o departamento de Tolima.
1991-1992 - Em resposta à delegação do XXX Capítulo Geral, o Superior Geral realizou uma
primeira viagem exploratória em 5 países Africano (Camarões, Gabão, Angola, Senegal, GuinéBissau). Ele deveria ir também a Kinshasa, mas o aeroporto de Ndjili estava fechado por causa da
guerra, que o forçou a fazer uma grande volta de Luanda para Addis Abeba até Dakar.
1993 (28.11) - Em Roma, celebra-se a segunda reunião da Família Calasanz, na Cúria Geral dos
Escolápios em San Pantaleon, perto do túmulo e as relíquias de São José de Calasanz, nosso comum
Padroeiro, e perto do santuário de Frascati.
Pelos Cavanis participaram ,o Superior Geral e todo o Conselho Geral.
1994 – Apresenta o projeto para fazer uma viagem exploratória para a Ásia, Filipinas; votação do
Conselho foi contrário.
1994 (09.07) – Durante a conclusãol do ano Cavanis, na Capela da casa do Sagrado Coração, em
Possagno, foi entrega oficialmente à Congregação o oitavo e último volume de "Epistolário e
Memórias", dos Veneráveis Fundadores, obra valiosa, publicada por Pe Aldo Servini. A publicação
da Obra foi iniciada durante o primeiro mandato de Pe Guglielmo Incerti.
1995 – XXXI Capítulo Geral, novas alterações e Normas por ocasião da publicação do Código de
Direito Canônico e para a introdução do nível intermédio de governo (províncias, vice-províncias,
regiões).
No final de seu mandato, ele foi convidado para ser. 1) Secretário da União dos Superiores Gerais
(USG), 2) Diretor Espiritual do Movimento Internacional dos Estudantes Católicos (MIEC).
Atualmente é mestre de noviços e dos religiosos Cavanis em Kinshasa (RD Congo).
1995-2007 Pe Pietro Fietta, Superior Geral.
Nasceu em Fellette (Romano Ezzelino, Vicenza) em 05-08-1948. Entrou no Seminário Cavanis com
11 anos. Noviciado em Possagno. Estudos de filosofia e teologia na Pontifícia Laterana, em Roma.
Ordenação sacerdotal em 1975, e foi imediatamente enviado para o Brasil, em Castro, onde se
dedicou por 18 anos na formação no seminário Menor. Dedicou-se também como reitor da casa,
como pároco na Paróquia São Judas Tadeu e depois como diretor do "Cenáculo Cavanis”. Professor
de Filosofia e Teologia no Seminário Maior IFITEME de Ponta Grossa (Paraná).
Ele foi eleito conselheiro da pró Provincial e, mais tarde, Superior pró Provincial por dois mandatos
(1988-1994). Depois,f oi a Roma, onde começou a freqüentar o curso de Teologia Moral na
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Academia Alfonsiniana. Nesse ano foi também professor de religião em nossas escolas em Roma e
formador no estudantado de Roma (1994-1995).
Foi eleito Superior Geral, durante o XXXI Capítulo Geral em agosto de 1995 e foi reeleito para um
segundo mandato no XXXII Capítulo Geral em Agosto de 2001.
Seus dois mandatos foram caracterizados principalmente por sua paternidade, a grande e corajosa
abertura de novas partes territoriais (as delegações das Filipinas, Romênia, Bolívia, República
Democrática do Congo, dando seqüência, assim, às decisões do XXX e XXXII Capítulos Gerais), e
de abrir em outras partes, mas também a divisão formal da Congregação em partes territoriais e da
publicação de Novas Constituições e Normas
Durante seu primeiro mandato (1995-2001) abriu as casas e as seguintes atividades (ver seções
especiais sobre as novas partes territoriais):
1. Na Itália: Paróquia de S. Artema em Pozzuoli (Nápoles), Paróquia de S. Lorenzo Massaciuccoli
(Lucca).
2. No Brasil: Paróquia de S. Mateus em São Mateus do Sul (Paraná); a sede da Província foi
transferida para Curitiba / Mossunguê; paróquia S. Paulo Apóstolo em Celso Ramos (Santa
Catarina); paróquia Imaculada Conceição, em Belo Horizonte; Casa da Criança e do Adolescente
de Castro; paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, em Uberlândia; paróquia Santa Lúcia, em Novo
Progresso (PA); casa de acolhida para crianças pobres na paróquia de N. S. Mãe da Divina
Misericórdia, em Belo Horizonte; Casa de acolhida Clamor Cavanis, em S Paulo; paróquia Nossa
Senhora do Rosário, em Guarantã do Norte (Mato Grosso); paróquia Santa Rita da Cássia Maringá
(PR).
3. Na Região Andina: casa Oásis Cavanis Reina da Paz em Valle Hermoso, construiu-se uma nova
ala, a capela e o noviciado; Seminário Teológico Virgen de Chiquinquirá em Bogotá (Colômbia);
escola Josephina Balsamo e Paróquia Cristo Libertador, em Santa Cruz de la Sierra (Bolívia); Casa
de acolhida
Taller de Nazaré, em Quito.
4. Delegação das Filipinas: Chegada dos dois primeiros missionários, padres Cavanis Casa em
Tagum,
5. Delegação da Roménia: a chegada dos dois primeiros missionários para Pascani.
6. Delegação Do Congo R.D.C.: primeiros contatos.
Sob o seu segundo mandato (2001-2007):
Abriu as casas e as seguintes atividades:
1. Na Itália: paróqiua em Massafra (Taranto); paróquia de San Gennaro (Lucca).
2. No Brasil: Seminário Maior de Filosofia Irmãos Cavanis em Uberlândia.
3. Na região Andina: escola Irmãos Cavanis e Seminário em Santa Cruz da Sierra (Bolívia);
paróquia Santa Madalena em Eten (Chiclayo, Peru);
A Região Equador é rebatizada e passa a ser chamada “Região Andina"; paróquia S. Diego, em
Bogotá; escola em Santo Domingo dos Colorados, (Equador).
4. Delegação das Filipinas: Seminário (Aspirantado e Noviciado), em Tibungco; quase Paróquia S.
José em Bráulio-Dujali; escola em Tibungco, com a comunidade “fraternidade Cavanis Gesú Buon
Pastore”, com Catarina e Vera.
5. Delegação do Congo: Seminário e Noviciado em Kinshasa; casa de acolhida Cavanis, em
Kinshasa.
Alguns detalhes sobre o período do segundo mandato:
1996 (10.02) - Aprovado por parte da Santa Sé, do novo texto das Constituições e Normas.
1996 (02.05) - Aceitação pelo Instituto da paróquia de Sta. Artema em Pozzuoli (ou Puteoli ver Ac
28,14) e, inicio de funções do pároco, Pe. Giuseppe Leonardi:
1996 (19.05) - O Superior Geral, Pe. Pietro Fietta, promulga, com o consentimento do seu
Conselho, o decreto que contém a fundação canônica das seguintes partes territoriais da
Congregação das Escolas de Caridade-Instituto Cavanis:
Congregazione delle Scuole de Carità - Província de Italia.
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Congregação das Escolas de Caridade – Província Antonio e Marcos Cavanis do Brasil
Congregação de las Escuelas de Caridad - Instituto Cavanis - Região Andina.
1997 (02.02) – Transferimento da sede da Cúria Geral da Congregação das Escolas de Caridade, da
casa Mãe de Veneza, à própria sede na rua Casilina, 600 em Roma.
1998 (05-07) – Inicio das funções de P. Franco Cadorin como pároco na nova paróquia em S.
Lorenzo Massaciuccoli (Lucca, Itália).
2006-2007 - Comissão para uma nova reforma das Constituições e Normas, como a preparação para
o XXXIII Capítulo Geral.
O fim do seu segundo mandato coincide com o XXXIII Capítulo Geral, que começou em 16-062007. Atualmente está nas Filipinas.
ALGUNS RELIGIOSOS CAVANIS DO SÉCULO XX
Pe Basílio Martinelli
O nosso padre, religioso professo, nasceu em Calceranica, arquidiocese de Trento, a 27-12-1872.
Era dotado de uma extraordinária doçura da alma e atraia a alma de todos, especialmente das
crianças. Formado em Letras clássicas na Universidade de Pádua, ensinou por mais de 50 anos
latim e grego em nossas ecolas de veneza e Possagno. Particularmente distinto em ouvir as
confissões dos nossos alunos, foi objeto de admiração e exemplo para todos a respeito da
observância das normas, na humildade, e simplicidade.
Mostrou-se um devoto assíduo da Virgem Maria e do Santo Rosário. Exerceu por vários anos o
cargo de mestre de noviços e professor em Porcari, Veneza e especialmente, em Possagno,
destacou-se na educação e formação de jovens no ensino das Letras, depois de ter passado setenta
anos na Congregação, cheio de virtude e méritos, tendo recebido os sacramentos, morreu no Senhor
em Possagno na casa de nossa Congregação em 16.03.1962.
É Servo de Deus e seu processo de beatificação está em andamento. A Positio sobre sua vida e suas
virtudes, publicado pelo Postulador, Pe Gioachino Tomasi, foi entregue à Congregação para o
Culto dos Santos em Roma, em 1993. Seus restos mortais foram transladados do cemitério de
Possagno a uma tomba na capela do Colégio Canova (22).
Pe Francisco Savério Zanon
Veneziano, que nasceu em 1873, Francisco Xavier Zanon emitiu a profissão Perpétua em 1894 e,
foi ordenado sacerdote em 1896 pela imposição das mãos do Patriarca Giuseppe Sarto, mais tarde
Papa Pio X. Ele faleceu em 29.12.1954.
Além de suas funções como professor de teologia e filosofia aos seminaristas, foi professor de
ciências no Instituto, autor de dezenas de publicações científicas em meteorologia, geofísica,
astronomia, botânica, sobre o ambiente da Laguna Veneta , e até mesmo manuais didáticos de
ciências para escolas secundárias.
Foi membro do conselho do Museu Cívico de História Natural de Veneza; do Núcleo italiano da
Atimografia física; da sociedade Sismológica italiana de Meteorologia; do Ateneu Veneto em
Veneza; da Comissão para a bibliografia de Veneza; diretor da biblioteca e do Observatório
Geofísico do Seminário Patriarcal; Examinador pró Sinodal, Juiz pró sinodal, censor eclesiástico,
diretor do observatório de Meteorologia e Bioclimatologia do hospital ao mar de Veneza.
Tinha uma paixão extraordinária para a ciência, uma memória excepcional e uma capacidade
especial de análise e síntese. Infelizmente, ele não acreditava na evolução biológica, que era
contrária à filosofia tomista e da Sagrada Escritura. No entanto, estava aberto ao debate e respeitava
as idéias diferentes de seus alunos e colegas. No entanto, não era um biólogo. Mas gostaria de
desenvolver um elo entre a filosofia tomista e ciências físicas, químicas e matemáticas. Trabalhou
uma vida inteira, mas a intenção era certamente prematura. De qualquer modo, ele estava
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profundamente convencido que a ciência leva a Deus.
Particularmente inovadoras são as suas publicações sismológica aplicada à meteorologia cujos
dados foram publicados no Boletim do Instituto Veneto de Ciências, Letras e Artes, como, aliás,
continua sendo feito até hoje, no Instituto de Meteorológico do Instituto Cavanis atualmente
dirigido por Pe Pedro Luis Pennacchi (23). Uma continuidade que dura mais de 150 anos!
Na vida da Congregação Pe Zanon não tinha cargos no governo, também por seu caráter bastante
rude, que nem sempre era bem aceito na comunidade, mesmo se todos o estimavam por suas outras
virtudes, incluindo o grande espírito de oração.
Foi especialmente valioso da vida dos Veneráveis Fundadores Antonio e Marcos Cavanis.
Publicou sobre estes e sobre outros religiosos Cavanis vários livros, especialmente "Os Servos de
Deus Pe Antonio Angelo e Pe Marcos Antonio condes Cavanis. História documentada de suas
vidas", a biografia dos Fundadores. Foi o primeiro postulador geral da causa de beatificação deles.
Pe (Mons) Giovanni Battista Piasentini
Nasceu em Veneza, em 1899, entrou para o Instituto como postulante, em 1916, em Veneza, onde
também foi ordenado sacerdote em 1924. La sua carreira eclesiástica foi rápido e atingiu seu ponto
culminante na consagração episcopal em Veneza, em 1946. Durante os seis anos de episcopado na
histórica cidade de Anagni (Lazio), da qual ele foi eleito bispo em 1946, foi capaz de expressar a
sua firmeza e bondade de um pastor ativo, zeloso e prudente, deixando claro o seu apostolado entre
o clero e nas almas dos fiéis que apreciaram e correspondiam ao seu amor de Pastor. Transferido em
1952, como bispo de Chioggia (Veneza), assumiu o compromisso de uma diocese cheia de
problemas espirituais e materiais, e imediatamente começou uma verdadeira reconstrução. Claro
sinal de que tem feito muitas obras no campo religioso, social, educacional e numerosos edifícios
projetados e levados ao término nos seus 25 anos de episcopado naquela diocese, durante os quais
ele trabalhou, incansavelmente e, sem limites de dedicação em conformidade com o seu lema
episcopal "Spiritu ferventes”.
Mas, antes de ser bispo, foi educador e professor em nossos Institutos de Veneza e Possagno e neste
ministério também cumulou seus dotes de inteligência e energia física, paixão e amor para os
jovens. Provou ser um pregador vigoroso e também um formador de consciências.
Assumiu, durante a sua estadia na Congregação, várias encargos incluindo a de decano do Colégio
Canova por nove anos, da Casa de Exercícios Espirituais de Coldraga de Possagno e Prefeito das
escolas de Veneza.
Deve ser lembrado também de sua profunda e férvida devoção Eucarística, bem como sua especial
devoção à Virgem Maria e ao Sagrado Coração de Jesus, do qual temos uma provas a construção
do edifício, por sua iniciativa, da Casa do Sagrado Coração, em Coldraga, Possagno.
Ele terminou a sua longa vida sobre a terra com a idade de oitenta e oito no Colégio Canova de
Possagno, onde havia se retirado em 1976, após deixar a diocese por limites deidade, em 31 de
agosto de 1987.
O seu funeral realizou-se de forma solene no Templo de Canova, na presença de Dom Antonio
Mistrorigo, bispo de Treviso e numerosos confrades e padres. A segunda celebração solene fúnebre
aconteceu na catedral de Chioggia. A santa Missa foi concelebrada pelo cardeal Marco Cé, Patriarca
de Veneza, de bispos de Triveneto com muitos sacerdotes e fiéis. O elogio foi pronunciado pelo
bispo de Chioggia, Mons.Sennen Corrà. O corpo foi sepultado na catedral de Chioggia, onde em
2006 foi erguido um monumento.
Pe Aldo Servini
Nasceu em Pádua no dis 12.09.1911, entrou ainda menino em nosso seminário Menor em Possagno,
onde frequentou os estudos primários, concluído em Veneza os com estudos superiores e
teológicos, até o sacerdócio. Emitiu os primeiros votos em 1929 e foi ordenado sacerdote em 1936.
Depois de ter conseguido o doutorado em Ciências Naturais na Universidade de Pádua, ensinava
com paixão e competência em várias casas da Congregação por os 25 anos em Veneza e por alguns
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anos em Capezzano Pianore (Lucca).
Dedicou-se com uma atenção particular aos Museus de História Na-tural em nossas escolas e era
um apaixonado colecionador de coisas naturais, um ótimo tassinomista, um hábil empalhador,
preparador e armazenador.
Ele passou os últimos 25 anos de sua vida em Roma, em sua grande tarefa de indagador e de
postulador da causa de beatificação dos nossos Fundadores.
Além do ensino, exerceu o sua atividade de animador, como assistente da Ação Católica, o
movimento de escoteiros, do movimento Oasis e, dos ex-alunos do Instituto.
Publicou um livro de devoção para os alunos: "pregare". Para o Capítulo Especial de 1969-1970,
preparou, com Pe Giuseppe Leonardi, o volume “Spírito e finalità”, uma antologia dos escritos dos
Fundadores.
Participou ativamente neste Capitulo Especial, sobretudo, como membro da comissão para as novas
Constituições.
Desde 1970 ele tem servido como Postulador da Congregação. Com amor, paciência,
meticulosidade e inteligência construiu a obra monumental da "Positio" para um conhecimento mais
profundo dos Padres Fundadores e também publicou oito volumes do Epistolário (coleção de cartas
e outros documentos) dos Fundadores.
Viu coroados seus trabalhos com o decreto da Santa Sé, que proclamou a heroicidade dos Padres
Fundadores (1985). Ele organizou e sistematizou com critérios científicos, o Arquivo Histórico da
Congregação (AICV) no qual passou todo anos inteiros em suas pesquisas sobre os Fundadores em
particular e, sobre a Congregação em geral. Tornou-se a “memória personificada" da Congregação.
Ainda, produziu consideráveis manuais escolares, no campo de ciências matemáticas, químicas e
naturais.
Surpreendido por uma doença grave, confortado pelos sacramentos e da assistência dos confrades,
voou para os braços de Deus, na casa de Roma no dia 4 de fevereiro 1996. Seu corpo está sepultado
na capela do cemitério em Possagno.
Pe Riccardo Janeselli
Três vezes por dia, todos os dias as 8, 14 e, às 19horas, Pe Riccardo Janeselli, já velho,
pacientemente, subia os degraus para seu observatório no último andar do Instituto Cavanis em
Veneza, para fazer observações meteorológicas, controlar os instrumentos e manter em ordem as
gravações.
Muito tempo passou desde o Verão de 1919, quando o Pe Augusto Tormene, Superior Geral, depois
de celebrar missa na igreja paroquial de Bosentino (Trento), pergunta ao menino do coro, Ricardo,
de 11 anos se ele queria se tornar um padre Cavanis! Ricardo respondeu "sim". Ficou
impressionado com a primeira missa solene celebrada poucos dias antes em Bosentino pelos novos
sacerdotes, o Pe. Aurélio Andreatta, Pe Mário Janeselli e Pe Luis Janeselli. A Grande Guerra tinha
terminado recentemente. O Trentino era unido à Itália. Ricardo, com seus companheiros Angelo
Sighel (24), Gioachino Sighel (25) e Antonio Cristelli (26) chegaram em Possagno em dezembro de
1919.
Nasceu em Bisentino em 23.11.1907. Ele fez seus estudos ginasiais no Colégio Canova; o
noviciado, o Liceu e o curso de Teologia em Veneza. Em Veneza foi ordenado sacerdote em 1931.
Em 1935, Pe Ricardo consegue, na Universidade de Pádua seu doutorado em matemática pura com
uma tese em Astronomia e no ano seguinte seu doutorado em Física, com uma tese sobre a aurora
polar. O exame de qualificação para o ensino de Matemática e Física foram feitas em dois
momentos sucessivos, em Roma (1940). Pe Ricardo já ensinava nas escolas secundárias, mas, após
a certificação, começou a ensinar no Liceu superior, principalmente em Veneza, e somente nos anos
1938-1939 em Possagno. De 1927-1968 teve sempre a cadeira de Matemática e Física.
Ele ensinava com grande paixão, mas também com um estilo muito particular, que dava vida aos
episódios e era muito engraçadas (brincava) com os alunos. Seus ex-alunos contam muitas vezes,
sempre com simpatia.
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Além do ensino, o Pe Ricardo se dedicou à pesquisa. Nos primeiros tempos o seu interesse estava
voltado mais à astronomia, mas a partir dos anos 50, voltou-se para a meteorologia com um número
considerável de publicações científicas. 44 no total.
Em 1958 Pe Ricardo tomou conta do gradiente de campo da eletricidade atmosférica em Veneza e
teve a idéia de fundar um laboratório de meteorologia, que substituiu aquele do Seminário da
Patriarcal, fechado há anos. Com a aprovação do Pe Federico Grigolo, que era então Reitor da casa
Mãe e com o apoio do Pe Giosué Gazzola, ecônomo, um dos grandes foros do teto da ala sul das
escolas, acima da escola primária, agora se tornou o ensino médio, foi transformada em um
laboratório com uma esplanada, a 21 metros acima do nível do mar.
A partir desse momento ele podia ver da estrada e dos canais as características dos painéis giratórios
dos anemômetro, para a investigação sobre a velocidade e direção do vento, o funil do pluviômetro,
que é o estudo da precipitação, as antenas de ferramentas diversos. Além dos já mencionados, o
observatório meteorológico, um barômetro de mercúrio e barógrafo para o estudo da pressão, um
psicrômetro, para o estudo da umidade relativa do ar e pressão de vapor, uma termogrografo para o
registro de umidade relativa e da temperatura, com quatro termômetros, um instrumento para medir
a radioatividade no ar.
Todos os dias Pe Riccardo registrava os dados e todos os messes os organizava em gráficos. No
final do ano os dados eram organizados, interpretados, ilustrado com gráficos e apresentados ao
Instituto Veneto de Ciências, Letras e Artes. Deste prestigiado Instituto também são publicadas
anualmente nos Anais.
Mesmo nesta época de tecnologia avançada nos quai os satélites perscrutam a atmosfera de uma
forma abrangente e detalhada, tanto que na TV podemos ver as formações de nuvens em
movimento, em uma escala local e planetária, a formação de frentes e as projeções
computadorizadas, o trabalho humilde e paciente de estações meteorológicas têm uma função
preciosa e insubstituível.
É uma rede que cobre todo o planeta com sua grade, que permite a acumular os dados através dos
séculos e poder comparar e compreender melhor a nossa atmosfera e sua inter-relação com a terra.
Entre as descobertas de Pe Ricardo recordamos as seguintes: a observação de que a temperatura
média em Veneza é singularmente constante no curso dos anos, cerca de 13,6 graus, que a
precipitação é baixa, cerca de 850 mm por ano.
E ainda: perto da cidade das lagoas deve ser uma célula esta-cionária de alta pressão. A pressão
aqui é maior do que normalmente é prevista, com uma média em torno de 1016, em vez de 1013
milibares. Nos últimos anos da década de 80 e nos primeiros da década de 90 do século passado
houve períodos de pressão extraordinariamente elevadas, uma situação possivelmente ligados ao
buraco de ozônio na Antártida, produzidos pela poluição atmosférica.
Os ventos de Veneza estão concentrados no segundo quadrante, com predominância de vento
"bora" do Norte a oeste, durante os meses de Inverno e do vento "Scirocco" do sul a leste na
Primavera e no Verão, como pode ser visto nas belas impressões que resumem graficamente os
resultados estatísticos nas publicações do nosso Pe Riccardo.
Em seus últimos anos, já oitenta e dois, Pe Ricardo continuava também com profundas
investigações em âmbito matemático na teoria dos números, especialmente em frações contínuas.
De menino do coro Bosentino, o Senhor cuidou de um educador e pesquisador no quadro da
Congregação das Escolas de Caridade. Para Pe Riccardo estudo dos ventos e nebulosidade
significou contemplar e ilustrar a glória do Criador, que cavalga os ventos (Sl 104,3) e caminhar
sobre as nuvens do céu (Dn 7, 13), que lança os relâmpagos (Sl 18:15) e faz ouvir Sua voz como
um trovão (Sl 29)
Isto significa também aplicar na prática o número 60 da Constituição 60 (27) da nossa
Congregação, que diz: "Os padres reunidos são congregados sacerdotes são consagrados
testemunhas e portadores da Palavra de Deus também em toda forma de pesquisa e transmissão da
cultura".
Esperamos que em nossas escolas não se limite apenas em transmitir o que está nos livros dos
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outros, mas o que você dá vem de nossa busca pessoal da realidade, e que os alunos das nossas
escolas possam ver-nos como apaixonados amantes da ciências e das letras e levem a si mesmos
uma profunda paixão. Para que nossas casas religiosas sejam centros de cultura no mundo (28).
Ele saiu em silêncio, assim como ele vivia. No 25 de Agosto 1994, festa de São José de Calasanz,
foi levado num verão quentíssimo, depois de poucos dias de febre. Repousa no cemitério de São.
Miguel, em Veneza, à espera da ressurreição.
O Irmão e Diácono Aldo Menghi: um mártir da sua missão
No dia 16 de Julho de 1995, o primeiro dia do XXXI Capítulo Geral da Congregação e da festa de
Nossa Senhora do Carmo, à qual nós Cavanis somos particularmente devotos, foi para todos um dia
de luto, mas também de orgulho. Um dos nossos foi assassinado na Missão: o Irmão e Diácono (29)
Aldo Menghi.
Aldo nasceu em Roma (28.12.44), rua Merulana, entre S. João Latrão e Santa Maria Maior.
Conheceu nossa Congregação em nosso Instituto Tata Giovanni , Pirâmides, em Roma, onde tinha
feito uma parte de seus estudos.
Ele entrou no seminário menor de Possagno, Treviso, em 1957, decidiu tornar-se um irmão leigo.
Fez seus primeiros votos em 1962 em Possagno e a profissão Perpétua em Roma em 1966. Ele
viveu muitos anos em Veneza, na casa Mãe, de 1962 a 1968 e novamente de 1971 a 1974, seja para
completar sua formação religiosa, e seja mais tarde, para freqüentar cursos para enfermeiros
profissionais no hospital civil de S. João e Paulo.
Enquanto isso, ele prestava os seus humilde serviço na comunidade, tanto como enfermeiro, seja em
diversas funções de apoio da escola e na comunidade religiosa, e também como sacristão.
Em 1974 decidiu tornar-se um missionário. Após a preparação adequada recebido na C.E.I.A.L
(30) de Verona, partiu para o Brasil (1975). Por ocasião de sua partida recebeu o crucifixo do
missionário das mãos do Papa Paulo VI, na Basílica de S. Pedro. Ele estava muito orgulhoso desta
celebração e mantinha a foto do seu encontro com o Papa entre os mais estimados.
No Brasil viveu sobretudo em Realeza, no estado do Paraná, perto da fronteira com a Argentina,
uma pequena cidade no meio dos campos verdes, em uma paróquia com muitas capelas no interior;
primeiro entre as florestas de araucária e, desmatadas recentemente e muitas arvores queimadas
para depois se transformar em campos de soja e trigo. Na paróquia de Cristo Rei, irmão Aldo foi
uma ajuda preciosa: como enfermeiro, exercendo um trabalho indispensável para os pobres;
trabalhou com os jovens; ajudou na formação das lideranças da paróquia; durante o tempo de livre
plantou árvores ao longo das estradas ensolaradas fora da cidade, talvez a imitação das estradas na
região do Vêneto, como em Terraglio.
Após oito anos de atividades no Brasil, o irmão de Aldo, foi enviado para o Equado,r no final de
1983, como segundo membro da comunidade Cavanis. Lá, o Instituto estava iniciando sua
expansão, iniciando em Esmeraldas, só com a presença de Pe Merotto.
Esmeraldas é uma cidade com cerca de 100.000 habitantes, situada ao norte do Equador, às margens
do Oceano Pacífico.
Coincidentemente eu estava em Esmeraldas, no dia de sua chegada: Eu tina chegado do Brasil, há
poucas semanas, para um mês de conferências e cursos a serem realizados em escolas e
universidades católicas da cidade. Posso vê-lo ainda, cheio de entusiasmo e boa vontade, com sua
ênfase meio Romanesco e meio Veneziano, com o seu idioma Português, que começou a misturarse com palavras em espanhol, com uma barba como missionário e sua testa sempre úmidos de suor.
Aldo começou o seu trabalho apostólico e de serviços aos mais humildes em um mês muito quente
e úmido, nesta cidade da costa do Pacífico, nos confins do mundo, onde o calor é o pão de cada dia.
Ele trabalhou em Esmeraldas até seus últimos dias, em muitas funções, funções, todas preciosas.
Por um tempo, ele foi diretor e membro único da equipe exclusiva de uma casa de exercícios
espirituais; ajudou no nosso seminário menor; foi sacristão e catequista na paróquia; e também foi
ecônomo da comunidade, entre muitas dificuldades para a sobrevivência.
Ele foi eleito "Comisionado" de todos os escoteiros católicos da província de Esmeraldas, uma
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posição importante na organização.
A sua atividade principal, pela qual foi muito amado, era com os mais pobres. Também organizou
um consultório e uma farmácia gratuita para os miseráveis e, com a ajuda das nossas casas italianas,
com o sistema de apadrinhamento à distancia de crianças. Ele andou por meio de "Las Lomas", ou
seja, os bairros pobres da paróquia nas montanhas à beira do precipício com seu carro (fuoristrada)
cheio de bananas, pedido de presente no porto e outros alimentos e outros donativos para serem
distribuídos.
Visitava com coragem apostólica as casas mais pobres e ambientes mais inóspitos, consolando os
aflitos, curando os doentes, dando alimento aos famintos. Em suma, ajudava a todos. Perto do final
ele abriu um restaurante popular gratuito, onde comiam dezenas de crianças e muitas outras
pessoas pobres.
Ele havia pedido há algum tempo para se tornar diácono permanente; então ele freqüentou os
cursos de teologia na Universidade Católica local, e tinha recebido pela imposição das mãos do
bispo deste Vicariato Apostólico, a ordenação diaconal em abril de 1994. Ele estava muito feliz e
orgulhosamente vestiu a estola nas cerimônias litúrgicas, no entanto, ele continuou o seu serviço
com mais entusiasmo, que agora podia justamente ser chamado de "diácono", no sentido estrito.
Diácono Aldo foi visto vivo pela última vez em torno pelos nossos no dia 22 de junho, quando se
encerrou a reunião do novo Conselho Pastoral de Nossa Senhora de Fátima, em Las Palmas, um
bairro de Esmeraldas. Pe Rodrigo Pacheco, Cavanis e equatoriano, pároco, havia participado da
reunião.Diác. Aldo e Pe Mario Merotto, reitor da casa, mas agora vive em Valle Hermoso, estava
presente na ocasião.
Após a reunião, Aldo, como sempre foi buscar o jipe, que ficou estacionado em frente a casa
durante o dia para os jovens e os pobres, para trazer, no pátio da igreja para a noite, antes de ir
dormir no seminário, onde tina seu quarto. Os dois padres foram, em vez, dormir na casa paroquial.
Eles foram acordados momentos depois, pelos paroquianos em lágrimas, anunciando a morte de
'Hermanito"(irmão mais novo, um título que é dado por afeição no Equador para os homens que não
são padres) e eles disseram que tinham encontrado na saída da cidade na estrada que vai a Quito.
Após um momento de descrença, descobriu que o Diác. Aldo e o carro não estava em casa, os
Padres Mário e Rodrigo foram, como referido, no outro extremo da cidade. Eles encontraram uma
multidão de pessoas e carros de polícia à beira da estrada, perto de um depósito de lixo.
O Diác. Aldo estava no jipe, meio encostado sobre a janela, morto, mas ainda estava quente.
Acredita-se que morreu por volta das 23h de 16 de julho. Tinham recebido pelo menos dois tiros na
cabeça.
Foi descartada a possibilidade de roubo, porque não tinha sido roubado sua carteira, nem o relógio,
nem o carro.
Excluiu ainda um problema de ordem política, uma vez que o Diác. Aldo não estava envolvido
politicamente e que no Equador a situação era calma.
Acredita-se que o Irmão Aldo foi preso enquanto se prepara para levar o jipe para o pátio da igreja
para passar a noite.Uma senhora da paróquia que o conhecia, disse à polícia que o viu, pouco
depois das 22h, enquanto atravessava a toda a velocidade na avenida principal de Esmeraldas e se
dirigiu para a saída da cidade, ao volante do jipe, que um homem apontava uma arma para sua
cabeça.
Supõe-se que eles haviam esperado no jipe ou nas proximidades e que ele tinha sido forçado a
embarcar e sair da cidade; teria matado logo depois em algum lugar mais calmo e escuro, perto do
depósito de lixo. Entre parênteses quero chamar a atenção que o mataram "fora da cidade" (Mt
21,39), como o Senhor e que, como ele, de uma forma ou de outra, o "rejeitaram" (Sl 118,22; Mt 21
, 42, Atos 4:11), associando à sua morte.
Seu trabalho pastoral, o colocou em contato com os ambientes da máfia local, especialmente os
adolescentes das gangues (pandillas) que infestam o bairro. Talvez ele tinha batido a
susceptibilidade de criminosos ligados ao tráfico de drogas, bem como o seu empenho e seu caráter
pouco levado a diplomacia. Certamente tinha inimigos nestes ambientes. Já tinha sido assaltado
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pelo menos duas vezes e em um caso foi ferido no braço com uma faca.
Não sabemos ainda qual foi o motivo exato, e quais foram as circunstâncias exatas da morte do
Diác. Aldo. Não sei se algum dia faremos sabendo. A polícia faz suas investigações. O episcopado
equatoriano assim como a Conferência dos Religiosos e a embaixada de Itália insistem junto ao
governo do Equador sejam feitos esclarecimentos dos fatos; agora procura-se um jovem que é
suspeito de ter atraído o diác. Aldo para uma armadilha onde os outros o mataram (31).
Sabemos que foi morto de forma violenta, logo após uma reunião pastoral, enquanto, como um
Cavanis verdadeiro, estava desen-volvendo há quase 12 anos, com amor e paixão, em um
ambiente difícil e violento, composto por favelas e sob um clima equatorial pesante e insalubres,
um difícil trabalho pastoral para os marginalizados e muitas vezes completamente desligados: os
doentes, velhos e, especialmente, crianças e adolescentes. Ele sabia do perigo que estava envolvido
devido seu trabalho pastoral e muitas vezes com medo. Havia também me manifestado algumas
vezes. Durante uma visita minha a Esmeraldas, eu perguntei se ele estava cansado de Esmeraldas e
propus uma transferência, apesar da falta de pessoal. Ele respondeu que seu desejo era permanecer
lá. Sua vida foi muito boa e foi uma boa morte como missionário!
O assassinato do Diác. Aldo levantou no meio do povo de Esmeraldas e do clero local uma onda de
indignação e tristeza que têm repercutido a nível de Conferência dos Bispos do Equador e da
Conferência dos Religiosos.
A multidão que visitou, uma verdadeira procissão, seus restos mortais na igreja de Las Palmas, foi
calculado em cerca de 20.000 pessoas. A cerimônia fúnebre foi concelebrada por 31 sacerdotes,
com o Vigário Geral, com sede vacante, Pe João Bressan. Entre as cenas emocionantes foram dados
testemunhos sobre a vida e a atividade pastoral e a generosa assistência do Diác. Aldo.
Um professor da cidade, representante dos Educadores Católicos, falou formalmente do martírio.
Um boletim de noticias da agência Ansa ressaltou em todos os principais jornais italianos. A
Congregação, recebeu dezenas de cartas e telegramas de participa-ção e de condolências de bispos,
superiores gerais, sacerdotes reli-giosos e amigos. No entanto, a maior consolação vem do Senhor.
Apesar de estarmos orgulhosos da vida e da morte de nosso irmão, a sua morte que chegou maneira
trágica tem sido difícil para nós aceitar esta provação. No entanto a aceitamos com o amor das mãos
de Deus, perdoando o assassino ou os assassinos, como nos ensina o Senhor Jesus: "Em verdade,
em verdade, vos digo, se o grão de trigo que cai na terra e não morre, fica sozinho, mas se morrer dá
muito fruto. Quem ama a sua vida perde e quem odeia a sua vida neste mundo a conservará para a
vida eterna ... Agora minha alma está perturbada; e, o que dizer? Pai, salva-me desta hora? Mas é
por isso que eu vim a esta hora! Pai, glorifica o teu nome "(Jo 12, 24-27) (Artigo de 13.01.1996).
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MISSÕES CAVANIS (RESUMO CRONOLÓGICO DESDE O INICIO)
Nos anos 40 do século XX, primeiros contatos com os bispos brasileiros de Minas Gerais.
1958 - A primeira viagem exploratória de Pe Ricardo Zardinoni no Brasil.
1968 – Viagem de Pe Orfeo Mason no Brasil, para a preparação da abertura.
1968 - Inauguração da primeira casa Cavanis em Castro, Colégio Santa Cruz, - Paraná, Brasil.
1980 – Viagem exploratório de Pe Leonardi na Bolívia.
1982 – Abertura da primeira casa em Esmeraldas, na costa do Pacífico no Equador.
1989- XXX Capítulo Geral: delega ao Superior Geralr para estudar a possibilidade de abrir casas na
Ásia e África.
1991 - janeiro - Viagens exploratório em 5 países Africano (Camarões, Angola, Gabão, GuinéBissau, Senegal) - decisão do Conselho não abrir para o momento em África.
1993 – Proposta, por parte de Pe Leonardi, para uma viagem exploratória às Filipinas - rejeição de
sua sugestão. Foram perdidos, infelizmente, quase 10 anos.
1995- XXXI Capítulo Geral - decisão de abrir casas Cavanis na Ásia e África.
1997 - Abertura de um seminário teológico em Bogotá, Colômbia.
1998 - Primeira expansão missionária na região amazônica do Brasil, por iniciativa da Província do
Brasil: Paróquia de Novo Progresso, no Estado do Pará, Diocese de Itaituba.
2000 - Abertura da ilha de Mindanao, nas ilhas Filipinas.
2000 – Abertura em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia.
2000 - Abertura em Pascani, Romênia.
2001 - Segunda abertura missionária brasileira em guarantã do Norte, Estado de Mato Grosso,
Brasil, Diocese de Sinop.
2004 - Abertura da R. D. do Congo Kinshasa (primeiros contatos em 2000).
PARTES TERRITORIAIS
A Província Italiana
A história do território italiano corresponde, à maior parte da historia da Congregação. Os
Fundadores e Pe Casara consideravam como província todas as casas italiano juntas, ou melhor, do
Veneto (Veneza, Lendinara, e mais tarde Possagno) sob os diversos estados e governos. Eles
esperavam ansiosamente para a fundação de outras províncias, em outros estados italianos ou não, e
a propagação da Congregação em todo o mundo. Na verdade se falava Superior Provincial, o
capítulo provincial, etc. Pelo menos até 1887.
O restante de 167 anos (1802-1969) não havia casas ou trabalho fora dos limites da península
italiana, até a fundação canônica da casa de Castro, em 09/08/1969; devemos também notar que
durante vários anos após esta data, os religiosos Cavanis no Brasil eram todos religiosos italianos,
até os primeiros votos perpétuos e ordenação de Cavanis autóctones. Mesmo depois da Fundação
decastro e de outras casas e de outras delegações, os religiosos da Itália continuaram a sentir e
considerar a Itália como "a Congregação", com um ou dois apêndices missionários no Brasil e no
Equador. No entanto, estas já eram reconhecidas como delegações, regiões e o Brasil como Pro província ou Vice - Província.
O XXX Capítulo Geral (1989) declarou que era hora de introduzir nas Constituições e Normas o
nível intermediário de governo e dividir toda a Congregação em partes territoriais. A fim de facilitar
a aceitação (não é fácil, ao mesmo tempo) de tal decisão por parte dos religiosos residentes na Itália,
no sessênio seguinte, no mano a mano foi preparada a legislação, e se introduziu o termo "Pars
Italiae", que foi bem acolhido, talvez por causa de seu sabor latino.
O XXXI Capítulo (1995) decretou a divisão de toda a Congregação e o Superior Geral, Pe. Pietro
Fietta em 19.05.1996, com o consentimento do seu Conselho, decretou e promulgou a fundação
canônico das partes territoriais da Congregação das Escolas de Caridade - Instituto Cavanis: entre
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eles, e em primeiro lugar: a Congregação das Escolas de Caridade - Província Italiana.
Em termos de cronologia e nomenclatura, a primeira parte do território constituído como tal, tem
um nome próprio, respectivamente, foram a Brasileira e os países Andinos (ex-Equador), mas, o
ntembe te (32), do ponto de vista moral e histórico, a província italiana é a mais velha, esta é e
continua ser a alma mater das outras partes territoriais. Lembramos aqui apenas alguns dados sobre
os Capítulos e os seus Superiores Provinciais da Nova Província italiana:
Primeiro Capítulo Provincial da Província italiana: Possagno, Dezembro de 1996 (27-31) Eleição
do primeiro Superior Provincial da Itália: Pe Natale Sossai.
Segundo Capítulo Provincial: Possagno, 27-31.12.1999; reeleição de Pe Natale Sossai.
Terceiro Capítulo Provincial: Possagno, setembro 2002; eleição do Superior Provincial, Pe Antonio
Armini.
Capítulo Quatro Provincial, Possagno, julho-agosto de 2005, eleição do Superior Provincial, Pe
Giuseppe Moni. Antes do Capítulo Provincial, Pe Antonio Armini e seu Vigário, Pe Giuseppe
Leonardi receberam a obediência do Superior Geral, respectivamente, o envio para as Filipinas e
para o Congo.
Cronologia da Província Brasil
1881 - Correspondência de Pe Sebastiano Casara com um Abade (bispo Gregório Lipparoni)
rosminiano do Rio de Janeiro.
1947-1948 - Primeira troca de correspondência com o bispo de Guaxupé Brasil (Minas Gerais),
pedindo ao Instituto para abrir casas em sua diocese; no entanto, o instituto decidiu não aceitar o
convite para abrir casas no Brasil. Pecado!
1958 - Primeira viagem exploratória ao Brasil, por Pe Ricardo Zardinoni, de venerada memória, a
pedido do Superior Geral Pe Gioachino Tomasi.
1968 (31.3) - Partida do Pe Orfeo Mason, Superior Geral, para o Brasil, de avião, para preparar a
tão esperada abertura de nossa Congregação neste país. Visitou as Dioceses de Caxias do Sul (Rio
Grande do Sul), Palmas (PR) Toledo (Paraná) e Ponta Grossa (PR). Depois de ter se comprometido
com o bispo de Ponta Grossa, regressou do Brasil em 26 de abril.
1968 - dezembro. Partida de navio de Nápoles, o primeiro grupo missionário Cavanis. É a primeira
partida de missionários Cavanis! Emoções na Congregação grande festa na Casa Mãe e na
comunidade de Roma, especialmente a nível de estudantado teológico. Naquela manhã, com os
confrades e amigos da comunidade de Roma e do seminário Maior os missionários foram rezar no
santuário mariano de Pompéia. Chegaram no Brasil no dia 24 de dezembro os três primeiros
religiosos Cavanis, na Diocese de Ponta Grossa (Bispo Dom Geraldo Michieletto Pellanda CP), no
Paraná. Os três religiosos, todos sacerdotes eram Pe Livio Donati (superior), Pe Mario Merotto e Pe
Francesco Giusti.
1968 (28.12) - Os três primeiros religiosos Cavanis, padres Livio Donati, Mario Merotto e
Francesco Giusti, chegaram em Castro (Paraná) e foram recebidos e apresentados ao povo por Dom
Gerald M. Pellanda, Bispo Diocesano de Ponta Grossa, que já os tinha recebido pessoalmente no
desembarque no porto de Santos no dia 24 de dezembro.
O bispo deu ao Instituto o Colégio Santa Cruz. Era um internado, em péssimas condições do ponto
de vista de construção (em "Taipa" ou "Adobe" = barro seco), instalações e pessoal.
1969 – Aceita-se um setor da paróquia Santana de Castro, Paraná, como “Reitoria" (paróquia
informal), na pereferia de Castro.
1969 (?) - A P. Mário Merotto é confiada a direção da Catequese Diocesana de Ponta Grossa.
1969 (14.06) - Dom Gerald M. Pellanda doou para o Instituto o Colégio Santa Cruz e da chácara
anexa (hoje, Cenáculo Cavanis).
1969 (09.08) - a abertura formal de um nova casa no Brasil, na cidade de Castro (Diocese de Ponta
Grossa).
1969 (23.10) - A Congregação das Escolas de Caridade foi registrada como "Estabelecimento do
direito privado brasileiro, de natureza associativa, de caridade e assistência educacional", sob o
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nome de Fundação Cavanis, no escritório de registro de Castro (Paraná) . O estatuto foi publicado
no "Diário Oficial" do Paraná, em Curitiba, a 27/10/1969.
Mais tarde, a Associação será reconhecido a nível federal (= Brasil).
1970 – Durante o Capítulo Geral Extraordinário Especial (CGSS)
foi aceita a Paróquia São Sebastião de Ortigueira, no Paraná, localizada a 140 km, norte de Castro.
Primeiro pároco Pe Francesco Giusti.
1970 – No CGSS, os Padres capitulares concordaram em transformar o colégio Santa Cruz em
Seminário; então a escola é fechada pelo fato de que ela era, como quase todas as escolas católicas
no Brasil, atendendo a classe social mais rica, os grandes latifundiários. A congregação gasta uma
grande quantia para regularizar a situação econômica dos professores e demais funcionários da
escola que até então tinha sido irregular. E 'nesse momento que a Diocese transfere ao Instituto
Cavanis a propriedade do Colégio Santa Cruz Castro, Paraná.
Com isso, dá-se inicio aos trabalhos para preparar o primeiro Seminário Menor Cavanis no Brasil.
O primeiro grupo de seminaristas brasileiros entram em castro em fevereiro de 1972.
1970 (15.02) - Pe Francesco Giusti, nomeado pároco de Ortigueira, tomou posse da primeira
paróquia brasileira confiada aos padres Cavanis.
O primeiro Vigário foi o Pe Marcello Quilici, recém-chegado da Itália, como o quarto membro da
comunidade Cavanis do Brasil.
1971 - Abertura do jardim de infância em Castro "Ninho Sorriso"; em Ortigueira jardim de infância
"Branca de Neve", a creche "Gaetana Sterni" e "Escola Branca de Neve".
1971 (19.02) - A Fundação Cavanis no Brasil recebe uma doação, por decreto do Conselho
Municipal de Castro, Paraná, um terreno de 4.272 metros quadrados, na vila de Vila Santa Cruz,
para construir uma igreja, obras pastorais e para assistência social. A igreja dedicada a São Judas
Tadeu, o “santo dos milagres", tornou-se Reitoria (paróquia informal) em fevereiro de 1972.
1972 (02.01) - Nesta data assumiram a paróquia de Cristo Rei, em Realeza no sudoeste do Paraná,
os padres Lívio Donati e Marcelo Quilicii, respectivamente, como pároco e vigário. O bispo
diocesano de Palmas, Dom Agostino José Sartori, presidiu a Eucaristia e empossou com o encargo
de pároco a Pe. Marcello. Esta paróquia tinha como finalidade específica a pastoral vocacional,
tendo em vista a futura abertura do seminário Menor em Realeza.
1973 (10.12) - Através do Decreto 176/73 do Superior Geral, ele criou a Região Cavanis do Brasil.
Primeiro Superior Regional foi nomeado o Pe Guglielmo Incerti, superior da família religiosa de
Castro.
1974 (03.06) - O bispo de Palmas confiou a nossa Congregação também a paróquia Sagrado
Coração de Jesus de Pérola d'Oeste, no sudoeste do Paraná e nesta data assumiu como pároco Pe
Angelo Zaniolo. Que estava acompanhado por Pe Giuseppe Leonardi, recém-chegado no Brasil.
Logo depois chegou ao Brasil Pe Diego Spadotto.
1974 (30.06) - Neste domingo os Cavanis do Brasil celebraram solenemente o bicentenário do
nascimento dos nossos Fundadores. Para a ocasião, foi inaugurado o seminário Santa Cruz de
Castro, no prédio antigo do colégio, completamente renovado e ampliado numa nova ala para a
resedencia da comunidade religiosa. Estavam presentes o Superior Geral, Pe. Orfeo Mason, o bispo
de Ponta Grossa, que presidiu a celebração, o bispo de Barretos, (São Paulo), as autoridades, o povo
de Castro e representantes das comunidades pastorais de Ortigueira, e Realeza e Pérola d'Oeste.
1974 (1007) - A Região Cavanis do Brasil assume a pastoral universitário da Diocese de Ponta
Grossa. Pe Giuseppe Leonardi foi nomeado coordenador desse setor de pastoral pelo bispo Dom
Gerald M. Pellanda. No ano seguinte, no mesmo mês de julho, foi inaugurado o Centro de Pastoral
Universitária "Oasis", em uma casa disponibilizada pela diocese e, posteriormente, doada para a
Congregação com esta finalidade. A casa ficou aberta e continuou a ser nossa propriedade até o
final dos anos 80. A história da expropriação injusta do Oasis pelo mesmo bispo seria longa!
A Pastoral da Universidade de Ponta Grossa foi uma das três primeiras do país, após o período de
repressão da ditadura militar que tinha destruído a JUC (Juventude Universitária Católica).
1975 (07) - Inauguração da Casa Oasis de Ponta Grossa, onde o Pe Leonardi tem a sua residência,
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como primeiro padre Cavanis residente em Ponta Grossa; mas continuou com membro da
comunidade de Castro até 1980.
1975-1976 (?) - Primeiro grupo de noviços em Castro.
1977-1979 - Inicio provisório do Seminário Menor N.S. Aparecida de Realeza.
1978 (05.02) - Pe. Mário Merotto assume a paróquia Nossa Senhora de Fátima, no bairro de Vila
Cipa em Ponta Grossa.
1979 (22.04) Inauguração da nova construção do Seminário Menor Nossa Senhora Aparecida, em
Realeza (PR).
1980 (01.06) - Neste dia, o domingo da Santíssima Trindade, foi feita a inauguração solene do
Seminário Maior e Noviciado "Antonio e Marcos Cavanis"em Ponta Grossa (Paraná). A celebração
eucarística foi presidida pelo bispo diocesano Dom Gerald M. Pellanda, assistida pelo Superior
Geral, Pe. Guglielmo Incerti e vários sacerdotes, com a presença de muitos, religiosos e numerosos
fiéis.
1983 (12) - Neste mês de dezembro, depois de uma missão exploratória no Equador, realizada por
Pe Diego Spadotto, superior regional do Brasil, e após um ano de residência de Pe Mario Merotto,
foi constituída uma nova casa religiosa no centro de Santa Cruz, em Esmeraldas, a fim de dedicar-se
à Escola "Nuevo Equador” e da paróquia do bairro de Las Palmas, na mesma cidade.
A abertura no Equador começou como atividade missionária da Região Brasil, com a participação
de padres italianos e mais tarde brasileiros.
1984 (janeiro) - Pe. Leonardi foi eleito secretário da Pastoral da Universitária do Brasil pelos
estudantes universitários católicos, reunidos no Congresso Nacional, em São Paulo. Poucos meses
depois, foi nomeado para a mesma função pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
e depois (Janeiro de 1985) seu escritório passa a ser na sede da CNBB, em Brasília. Permaneceu
como secretário nacional até sua eleição como Superior Geral em 1989.
1984 (04.05) - Pe Leonardi assume como pároco a paróquia N. S. Mãe de Misericórdia na periferia
de Belo Horizonte (Minas Gerais). Permaneceu apenas 9 meses como pároco, porque depois foi
chamado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, para Brasília. A paróquia, no entanto,
permanece até hoje Cavanis.
1985 (25.08) - Publicação dos Atos do XXIX Capítulo Geral, na qual, entre outras coisas, a
Região do Brasil foi elevada a Vice-Província "Antonio e Marcos Cavanis do Brasil".
1987 (15.02) - Dom Serafim Fernandes de Araújo, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, dá a
bênção ao novo Seminário Maior “Instituto Teológico Cananis "de Belo Horizonte.
1988 (11.02) - Aceitação provisória da paróquia Nossa Senhora de Lourdes, de Planalto, Paraná, na
Diocese de Palmas. Aceitação se tornou definitiva em 28.02.90, quando o bispo de Palmas nomeou
pároco desta paróquia Pe Marcello Quilici.
1990 (16.09) - Inauguração solene do novo edifício do Cenáculo Cavanis, Casa de Exercícios
Espirituais, encontros e retiros, em nossa "Chácara" de Castro, no Paraná, com a presença do bispo
diocesano de Ponta Grossa.
A primeira obra desta casa foi inaugurada em março de 1984, mas já pelo menos desde 1976, foram
realizados encontros com seminaristas e reuniões da pastoral universitária e de outros grupos em
uma pequena construção (Galpão).
1991 (11.03) – Iniciou em Castro, no Paraná, em um edifício próximo ao seminário Santa Cruz, o
primeiro ano escolar, da escola estadual “Antonio e Marcos Cavanis”, primário e ginásio, que teve,
a partir de 15 de Maio de 1992 como diretor um dos nossos Pe Antonio Élcio Aleixo.
1993 (12.03) - Inauguração do novo edifício da "Casa do Menor Irmãos Cavanis", construída pela
Vice-Província do Brasil em nossa paróquia na Vila Cipa em Ponta Grossa. Estavam presentes o
novo bispo diocesano, Dom Murilo S. Krieger Ramos, o Superior Geral e o Superior ViceProvincial, confrades, autoridades, crianças e adolescentes atendidos, seus familiares e o povo. A
casa de acolhida foi iniciada pelo Padre Ângelo Zaniolo, depois ampliada pelo Pe Marcello Quilici
nos anos 80 (Ver: “A serviço da Igreja e dos Jovens”, 115-119).
1994 - Aceitação da Paróquia de São José em São Paulo. Pe Giuseppe Viani foi o primeiro pároco
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Cavanis.
1995 - Abertura da "Casa da Criança Santo Antônio", para acolher crianças pobres no bairro
Califónia, em Belo Horizonte.
1996 (28.01) - Pe Mario Valcamonica assume como pároco, a nova paróquia de São Mateus, na
cidade de São Mateus do Sul, Diocese de União da Vitória, Paraná. A paróquia será devolvida
para a diocese, em janeiro de 2007.
1996 (02.02) - A Cúria Provincial do Brasil mudou sua sede para Curitiba, Paraná, no bairro
Mossunguê, onde os padres prestam serviços ao povo na paróquia de São Grato.
1996 (02.02) - Pe João Pedro Fauro assume como novo pároco na paróquia São Paulo Apóstolo,
Diocese de Lages, município de Celso Ramos, Estado de Santa Catarina- Brasil.
1996 - Abertura da "Casa da Criança e do adolescente Pe Marcello Quilici” em Castro.
1996(? )12.10 – Para o atendimento pastoral do bairro Nova Pampulha foi instituída e assumida a
paróquia Imaculada Conceição, em Belo Horizonte, Minas Gerais.
1998 (08.03) - Pe. Edoardo Ferrari começou sua função como pároco na nova paróquia de Nossa
Senhora de Guadalupe, na cidade e diocese de Uberlândia, Estado de Minas Gerais.
1998 (17.06) - Neste dia em Ortigueira, no Paraná, a Casa da Criança e do Adolescente "Pe Lívio
Donati foi doada à Associação Antonio e Marcos Cavanis - Provincia Cavanis do Brasil.
1998 (18.06) – Primeira abertura missionária no interior profundo do Brasil por parte da província
do Brasil: Paróquia Santa Luzia, em Novo Progresso, no Estado do Pará, Amazônia, Diocese de
Itaituba. Primeiro pároco Cavanis, Pe. João Holanda.
1999 (14.11) - Neste dia, enquanto os membros da Província do Brasil, com aproximadamente de
1200 pessoas provindas de nossas paróquias e casas foram levando o santuário de Aparecida do
Norte (São Paulo)numa grande peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida para se
preparar ao terceiro milênio e, para comemorar o 30o aniversário da fundação, veio a notícia de
que a “Associação Antonio e Marco Cavanis” havia sido reconhecida de Utilidade Pública Federal
(= Nacional). Isso também é uma graça da Santíssima Virgem.
2000 (09.04) - Inauguração da casa de acolhida para crianças na pa-róquia N.S. Mãe de
Misericórdia, em Belo Horizonte (Minas Gerais).
2000 – No bairro de Mossungué em Curitiba, capital do Paraná, a nossa igreja (capela) se torna
paróquia São Grato.
2000 – Abertura da casa de acolhida “Clamor Cavanis Irmão Aldo
Menghi” em nossa paróquia São José de São Paulo.
2001 (09.03). Pe Martinho Paulus assume como pároco na nova paróquia Nossa Senhora do
Rosário em Guarantã do Norte, Diocese de Sinop, Estado de Mato Grosso.
2001 (25.03) - Pe Edmilson Mendes assume como pároco a nova paróquia “Santa Rita da Cássia ",
em Maringá, Paraná.
2001 – Fundação da Casa de acolhida – Seminário Menor - Nossa Senhora do Carmo, em Guarantã
do Norte, Mato Grosso.
2002 – Abertura do nosso Seminário Maior de filosofia "Irmãos Cavanis" em Uberlândia, Minas
Gerais.
Cronologia da Região Andina
1980 (10.12) – Pe Leonardi, incentivado por Pe Guglielmo Incert, fez uma viagem de pesquisa na
Bolivia (particularmente em Santa Cruz de La Sierra, Cocha bamba, La Paz, e Chapares). No seu
regresso, Pe Leonardi apresentou uma analise completa e concreta sobre as propostas e
possibilidades dos bispos de Cocha bamba e Santa Cruz de La Sierra e do arcebispo de La Paz.
1982 (10.12) – Neste dia Pe Mário Merotto partiu para o Equador para iniciar nossa presença
missionária na cidade de Esmeraldas, localizada na costa do Oceano Pacífico. Esta foi à primeira
iniciativa missionária da nossa região Cavanis do Brasil, fora do país. Pe Mário, no inicio, ficou
hospedado com os padres Combonianos e do Vicariato Apostólico de Esmeraldas e foi logo
nominado coordenador do Secretariado de Evangelização e da Catequese.
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1983 (27.04) – Pe Mário Merotto, delegado pelo Bispo, assume a função de diretor da escola “fiscomissional” (=ajustada) Nuevo Ecuador de Esmeraldas.
1983 (12) – Neste mês de dezembro, após uma missão de levantamento de região no Equador, feita
por Pe Diego Spadotto, superior regional do Brasil, e depois de um ano de presença de Pe Mário
Merotto, foi aberta uma nova casa no Centro Santa Cruz em Esmeraldas, com a finalidade de
dedicar-se à Escola “Nuevo Equador” e a paróquia do bairro de Las Palmas na mesma cidade. A
abertura no Equador começou como uma atividade missionária da Região Brasil com a
participação de religiosos italianos e mais tarde também brasileiros.
1984 (02.05) – A partir de um pequeno grupo de aspirantes no Centro de Retiros Santa Cruz em
Esmeraldas, que por pouco tempo foi confiado ao Instituto, Iniciou a nossa primeira sede no
Equador.
1984 (25.08) – Primeira edição em espanhol sobre a vida dos fundadores, com o titulo “Antonio e
Marcos Cavanis, Pais da juventude”.
1984 (25.09) – Foi aberto em Quito o Seminário Maior da nossa comunidade equatoriana com sua
primeira sede, no bairro de San Juán. No dia 30 de Novembro sucessivo chegou a Quito, vindo do
Brasil para dirigi-lo, o P. Celestino Camuffo.
1985 (25.08) – No XXIX Capitulo Geral foi constituída a Região Equador e foi aceita formalmente
a paróquia de Las Palmas, assim como a direção do Centro de Retiros Santa Cruz e da escola Nuevo
Ecuador. A nossa comunidade equatoriana foi inscrita como pessoa jurídica com a denominação
oficial de “Congregación Misionera de las Escuelas de Caridad Antonio y Marco Cavanis”,
conferindo-nos assim o regulamento civil, a posse e a administração de bens.
1986 (12.03) – O primeiro noviço da Região Equador, o colombiano (de Barranquilla) Luis Enrique
Navarro Durán começou o seu noviciado em Possagno, Itália.
1986 (13.05) – Neste dia consagrado a Virgem de Fátima, vem registrado a compra de um edifício
situado na nossa paróquia de Las Palmas em Esmeraldas, para a fundação do Seminário menor
Nuestra Señora de Fátima, no Equador. O seminário iniciou sua atividade com o primeiro grupo de
seminaristas no dia 21 de junho de 1986.
1986 (15.11) – Na memória de Nossa Senhora das Dores, firmamos o contrato de aquisição de um
lote de terra situado no bairro de Cotocollao em Quito, Equador, como sede futura do nosso
Seminário Maior. Outros lotes de terra confinantes foram comprados em 8 de agosto de 1988 e em
7 de outubro de 1991. Em 11 de outubro de 1986 os seminaristas com o seu diretor, Pe Celestino
Camuffo, foram transferidos para a nova sede.
1989 (11.11) – Os padres Mário Merotto, Superior regional do Equador, Pe Celestino Camuffo e Pe
Antônio Vilasboas foram viver na residência que foi preparada para comunidade no Instituto Escolástico “Borja-3” em Quito.
1989 (08.12) – Aquisição de uma granja de abacaxis com 26 hectares, vizinho ao vilarejo de Vale
Hermoso, estrada Santo Domingo-Esmeraldas, no Equador, com a finalidade de construir mais
tarde uma casa para Exercícios Espirituais, segundo o carisma da Congregação.
1990 (02.05) – Colocação e benção da primeira pedra do nosso Seminário Maior de Quito, feita
pelo Superior Geral.
1990 (11.02) – Neste dia consagrado a Maria Santíssima iniciou-se o noviciado ao lado do
seminário de Cotocollao (Quito) com Pe Orfeo Mason como Mestre dos noviços e Alberto Quijije
Meza como primeiro noviço. Outros noviços da Região já haviam feito seu noviciado na Itália.
1990 (14.05) – Assinatura do contrato entre Mons. Luis Tápia Vieri e a Congregação para a doação
da parte do primeiro à segunda o Instituto Escolástico “Borja-3” em Quito e passagem da direção e
administração do mesmo Colégio, progressivamente, daquele momento até 1995.
1991 (02) – O Superior Geral, Pe Giuseppe Leonardi, realiza com Pe Mário Merotto uma grande
viagem, de carro, à Colômbia. Para conhecer o país e para individuar os lugares onde começar a
nossa obra. Partindo de Quito, percorreram o seguinte itinerário: Pasto, Popayan, Cali, Armenia,
Pereira, Manizales, Medellín, Sincelejo, Cartagena de Indias, Barranquilla, Santa Marta,
Bucaramanga, Tunja, Bogotá. Nesta última cidade, a capital, decidiram com a ajuda do provincial
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dos padres Escolápios, a compra de um terreno para a construção do seminário maior de teologia. O
superior Geral já havia visitado, em outra ocasião, a região de Tólima.
1991 (26.02) – Na presença do Superior Geral e de numerosos representantes dos diversos Institutos
da família Calasansia do Equador, foi inaugurado o novo edifício do Seminário maior “Irmãos
Cavanis” em Quito. No mesmo dia foi realizada a primeira reunião da Família Calasansia no
Equador.
1991 (06.07) – Depois de longas negociações, neste dia foi finalmente registrada a nossa
propriedade da escola “Nuevo Ecuador” no bairro de Las Palmas de Esmeraldas. Os prédios do
complexo nos foram presenteados pelo Vicariato Apostólico, quando do dia 8 de julho de 1990
já havíamos comprado da prefeitura de Esmeraldas o terreno sobre o qual foram construídos.
1991 (08.12) – Na capela do Colégio “Borja-3”, Mons. Antonio Gonzàles Zumárraga, Arcebispo de
Quito, conferiu na ocasião da festa da Imaculada Conceição de Maria, o diaconato a Rodrigo
Pacheco Guerrero e o presbiterado a Luis Enrique Navarro Durán; que recebeu o diaconato em
Esmeraldas das mãos do Mons. Enrico Bartolucci em 30 de junho de 1991. Se trata respectivamente
do primeiro sacerdote equatoriano e do primeiro sacerdote colombiano da nossa Congregação. P.
Rodrigo Pacheco Guerrero foi ordenado no dia 20 de junho de 1992 na cidade de Chillanes, diocese
de Guaranda, das mãos do seu bispo.
1992 (25.01) – P. Mario Merotto assume como pároco na paróquia de Nuestre Señora Del Valle em
Valle Hermoso, província de Pichincha, Equador, vizinho de Santo Domingo de los Colorados, sede
da Prelazia Apostólica.
1993 (11.02) – Mons. Luis Tapia Viteri, fundador e diretor do Instituto Escolático “Borja-3” de
Quito, firma um Ato de Doação à Congregação de um terreno em Calacalí.
1993 (30.07) – Em Esmeraldas na paróquia de Las Palmas, dirigida pelos padres Cavanis, Mons.
Enrico Bartolucci Vicário Apostólico, com representantes do Ministério da Saúde e autoridades
locais, inauguram o novo Centro Sanitário, realizado pela iniciativa do Irmão Aldo Menghi com a
comunidade.
1994 (14.01) – Inauguração solene, com a presença do Superior Geral, do Núncio Apostólico e de
outros bispos, do clero local e de muitas pessoas, da casa de Exercícios Espirituais “Oasis Cavanis
Reiña de La Paz”, em Valle Hermoso, Pichincha, Equador.
1995 (16.07) – Assassinato do nosso Diácono Irmão Aldo Menghi em Esmeraldas (vide sopra).
1997 (21.06) – Em Valle Hermoso, diocese de Santo Domingo de los Colorados, Equador, são
inauguradas as novas construções no Centro de Espiritualidade “Rainha da Paz”. Próximo a casa de
retiros( Exercícios Espirituais e de Encontros de Formação) foram construídos o salão
polifuncional, a capela da Ressurreição, a Igreja da Rainha da Paz e a casa para Aspirantado e
Noviciado.
1999 (13.02) – O novo Seminário Maior Cavanis “Virgen de Chiquinquirá” foi inaugurado em
Bogotá, Colômbia.
2000 (02.02) – Pe Antônio Élcio Aleixo e Pe Mário Merotto começaram a nova atividade Cavanis
em Santa Cruz de La Sierra na Bolívia, encarregaram-se da escola “Josefina Balsamo” e do cuidado
pastoral da paróquia “Cristo Liberador”.
2000 (12.03) – Inauguração em Quito, no Equador, da casa de Acolhida “Taller de Nazaret”,
situada ao lado do nosso Seminário maior.
2000 (02.05) – Pe Mário Merotto iniciou a atividade de pároco na paróquia “Cristo Liberador” em
Santa Cruz de La Sierra, Bolívia.
2001 (31.10) – O cardeal Julio Terrazas Sandoval abençoa a nova escola “Hermanos Cavanis”, as
instalações esportivas, a praça pú-blica, o monumento aos fundadores e a nova casa de formação
Ca-vanis no bairro Los Jardine” em Santa Cruz de La Sierra, Bolívia.
2002 (22.12) – Pe Antônio Élcio Aleixo inicia sua atividade como pároco na paróquia “Corpus
Christi” em Santa Cruz de La Sierra, que foi confiada aos Cavanis.
2003 (05.04) – O instituto recebe a paróquia de Santa Maddalena em Éten, diocese de Chiclayo
(Peru). O primeiro pároco Cavanis foi o Pe César Gabriel Quevedo. A paróquia, todavia foi deixada
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três ou quatro anos mais tarde.
2003 (25.08) – Na ocasião da festa de São José de Calasanz, “Região Equador” muda o a
denominação para “Região Andina” (dos Andes) e compreende as obras e os religiosos Cavanis de
quatro países ao longo da Cordilheira dos Andes: o Equador, a Colômbia, a Bolívia e o Peru.
2003 (31.08) – Em Bogotá (Colômbia), o cardeal Pedro Rubiano Saenz entrega aos Cavanis a
paróquia de San Juán Diego, visinho ao Seminário teológico. O primeiro pároco foi o Pe João da
Cunha.
2005 (27.05) – O novo Colégio Cavanis foi inaugurado em Santo Domingo de los Colorados com a
benção do bispo diocesano, Dom Wilson Abraham Moncayo Jalil.
Cronologia da delegação das Filipinas
2000 (27.05) – Pe Fernando Fietta (italiano) e o leigo Valmir Garcia (brasileiro de Belo Horizonte)
chegaram nas Filipinas para darem vida em uma nova fundação Cavanis em Tagum, na ilha de
Mindanao. Em novembro se une a eles o Pe José Valdir Siqueira, proveniente da Província Antonio
e Marcos Cavanis do Brasil.
2001 (11.03) – foi inaugurada em Tagum, a nova “Cavanis Fathers House”, na ilha de Mindanao,
nas Filipinas.
2003 (13.03) – Benção solene do novo Seminário Cavanis em Tibungco, vizinho à cidade de
Davao, principal cidade da ilha de Mindanao. O arcebispo de Davao, Mons. Fernando Capalla,
depois de dirigir algumas palavras nesta circunstância e manifestando a sua satisfação pela presença
de nossa Congregação na sua Arquidiocese, corta o nastro e abençoa os ambientes do novo
Seminário. São inúmeros os convidados, religiosas e religiosas da localidade e sobretudo muitas
crianças que fazem a sua festa.
2003 (13.07) – Inauguração da quase paróquia São José de Braulio, Dujali, confiada aos padres
Cavanis. O primeiro pároco foi Pe José Valdir Siqueira, brasileiro.
2006 (09.06) – Em Tibungco, Arquidiocese de Davao nas Filipinas, Mons. Fernando Capalla
abençoa as novas instalações da “Elementary School Antony and Mark Cavanis” dirigida pelas
leigas consagradas Caterina Gasparotto e Vera Tessari.
2006 – Viagem de pesquisa do Superior Geral P. Piero Fietta, com o P. Alvise Bellinato no
Vietnam.
2007 (06) – A companhia de cimento, proprietária do terreno, cum-pre o ato de doação do mesmo,
onde foram construídos a escola, acima citada, e o nosso seminário e noviciado em Tibungco.
Cronologia da Delegação da Romênia
2000 (22.12) – Os padres Luigi Scuttari e Arcangelo Vendrame (italianos; começaram como
iniciativa missionária da Província italiana) chegaram à Romênia para iniciarem uma nova obra
Cavanis em Pascani, diocese de Iasi.
2003 (10.11) – Pe Angelo Moretti se une aos primeiros dois missionários.
2005 (12.03) – Pe Luigi Scuttari assina em cartório o contrato de compra e venda da casa e do
terreno de 2800 m2 em Pascani, na Romênia. A satisfação é grande porque é o coroamento de 4
anos de processos judiciários e de recursos para que pudéssemos tornar propriedade daquilo que
tínhamos pagado desde o início.
Cronologia da Delegação da República Democrática do Congo
2000 (06) – Pe Alvise Bellinato faz a primeira viagem de conhecimento e visita ao Congo R.D.C. e
o Congo Brazaville. Faz contato com os respectivos arcebispos e, em Kinshasa, com alguns
possíveis aspirantes.
2002 – Visita à R.D. do Congo feita pelo Superior Geral Pe Piero Fietta (a primeira das cinco
visitas).
2002 – Primeira experiência em Roma com um grupo de aspirantes congoleses. Sem resultado.
2004 – (21.01) – Chegada na R.D. do Congo do Pe Antônio Aparecido Vilasboas (Pe Toninho,
48
brasileiro), hospedado no primeiro semestre pelos Padres Oblatas de Maria Imaculada, no Instituto
Santo Eugênio de Mazenod, em Kinshasa/Kintambo. Inicio da primeira pastoral vocacional.
2004 (10) – Abertura do primeiro seminário em Kinshasa, no bairro dos Ex-combatentes, na Rua
Kayta, na casa do Sr. Kivuvu, realizada pelo Pe Antônio Vilasboas. Início do seminário com os
seminaristas do primeiro grupo.
2005 (06) – O Seminário foi transferido para a nova casa situada no número 7 da Rua “Chemin de
La Forêt, Bairro Joli Parc” em Ma Campagne.
2005 (09) – Abertura da “Casa de Acolhida Cavanis no nome de Jesus” (MAC), realizada pelo Pe
Antônio Vilasboas. Tendo como diretor o professor Adelbert Tekilazaya Mukenzi.
2005 (29.09) – Chegado do Pe Giuseppe Leonadi, ítalo-brasileiro.
2006 (25.08) – Início da primeira experiência do Noviciado “Pe Sebastiano Casara”, com oito
noviços. Presença de Dom Edouard Kisonga, bispo auxiliar d’oeste de Kinshasa. Devido às
dificuldades políticas e do momento de guerra, o Superior Geral Pe Piero Fietta ficou impedido no
aeroporto de Paris não podendo chagar a tempo em Kinshasa. Pe Leonardi foi nomeado Mestre dos
Noviços.
2006 (14.12) – Compra do terreno de um hectare e meio da MAC.
2007 (15.02) – Compra do terreno e casa do Seminário.
2007 (28.08) – primeira profissão temporária do primeiro grupo composto de sete noviços (ver seus
nomes nos agradecimentos).
49
BREVE CRONOLOGIA DAS CONSTITUIÇÕES
1823 – Regras internas da nova comunidade da “Casetta” (Notícias ao Patriarca Card. Pyrker).
1831 – Regras manuscritas da comunidade dos padres Seculares das Escolas de Caridade.
1835 – Pe Marcos vai a Roma. De lá com Pe Antonio que permanece em Veneza, redige as
Constituições (ver vol. IV do epistolário dos fundadores) e as apresenta para a Santa Sé.
1836 – Aprovação das Constituições por parte da Santa Sé.
1837 – Publicação das Constituições. Esta inclui somente a primeira parte, não a segunda , que
deverão tratar do governo e das estruturas.
1838 (16.07) – Com a Fundação Canônica do Instituto, entram em vigor as Constituições. A
segunda parte das Constituições foi escrita por P. Sebastião Casara e por outros religiosos. Existem
em Veneza, no Arquivo Geral histórico (AICV), na casa mãe, os documentos que representam as
fases sucessivas da preparação das regras sobre estrutura e o governo da comunidade. São os
documentos chamados MR1 – MR2 – MR3 – MR4 – MR5. MR = Manuscritos das Regras.
1891 – No período do PP. Leão XIII, publicação da segunda parte das Constituições, sobre a
estrutura e o governo. As duas partes foram republicadas juntas em um único volume na tipografia
das Escolas de Caridade Cavanis.
1930 – No período do Papa Pio XI: Emendationes (= emendas), como adaptação das Constituições
depois da publicação do primeiro Código de Direito Canônico (1917). As Emendas são
imediatamente incorporadas na nova ediçãp das Constituições do mesmo ano de 1930.
1937 – No período do Papa Pio XI: Mutationes (=mudanças) (teve uma pausa devido à segunda
Guerra Mundial e o pós-guerra). Estas Mudanças estabelecem que o mandato do Pe Superior geral,
e portanto dos conselheiros e oficiais Gerais, passa a ser de seis e não mais de três anos. Os reitores
das casa serão nomeados pelo Superior Geral com o voto do seu Conselho.
1954 – O fascículo destas Mudanças, já publicados em 1937, são adicionadas às Constituições.
1962-65 – Celebração do Concílio Ecumênico Vaticano II: Decreto Perfectae Charitatis para
renovação da Vida Religiosa e reformular as Constituições e Normas de todos os Institutos no
espírito do Concílio.
1969-1970 – Na nossa Congregação: Capítulo Geral extraordinário especial. (CGSS), em três
sessões, para reformar o Instituto e para formular as novas Constituições. Essas se distinguiram
inicialmente em Constituições e Diretório.
1971 – Depois do Capítulo (CGSS), decreto e publicação, do livro: “Decretos, Constituições e
Diretório”, das novas Constituições e Diretório que entraram em vigor ad experimentum, em
02.05.1971.
1973 – XXVII Capítulo Geral. Foi examinada a situação das Constituições e Normas no período de
10 anos ad experimentum.
1979 – XXVIII Capítulo Geral. Aprovação da parte do capitulo das Constituições e diretórios
adicionados, (O Diretório recebe o nome de “Normas”). Essas foram enviadas à Santa Sé para
aprovação.
1981 – Aprovação pela Santa Sé das Constituições e Normas adicionadas.
1983 – Novo Código de Direito Canônico.
1989 – O XXX Capítulo geral decide que seja introduzida a legislação para o nível intermediário de
governo da Congregação.
1989-1995 – Durante o mandato Leonardi foi preparada a legislação (Nostra própria) para o nível
intermediário de governo.
1995 – XXXI Capítulo Geral, novas emendas às Constituições e Normas, pela ocasião da
publicação do novo Código de Direito Canônico e introdução dos níveis intermediários de governo
(província, vice-província e região).
1996 (10.02) – Aprovação pela Santa Sé do novo texto.
2006-2007 – Comissão para uma nova reforma das Constituições e Normas, como preparação ao
XXXIII Capítulo Geral.
2007 – XXXIII Capítulo Geral.
50
BREVE CRONOLOGIA DA PIA SOCIEDADE DO SANTO NOME DE DEUS “IRMÃS
CAVANIS”
PREÂMBULO
1808 (10.09) – Fundação do Instituto feminino (escola e ramo feminino do Instituto), com ajuda da
Santa Madalena di Canossa.
1819 – Aprovação do Instituto por parte do Império austro-húngaro e do patriarcado de Veneza para
os dois ramos, masculino e feminino, do Instituto.
1838 (16.07) – Fundação Canônica da Congregação (ramo masculino). As Constituições entraram
em vigor com esta fundação. O instituto feminino nunca foi reconhecido canonicamente.
1863 (02.06) – Pe Casara providencia a união do ramo feminino do Instituto com as irmãs
Canossianas.
CRONOLOGIA DA PIA SOCIEDADE DO SANTO NOME DE DEUS – “IRMÃS
CAVANIS”
1919 (09.11) – Abertura formal da nossa casa de Porcari (Lucca)
1921 – Pe Giovanni D’Ambrosi institui em Porcari uma Pia Associação feminina, cujos membros
são principalmente as senhoras e moças empregadas no Instituto e uma Congregação mariana
feminina. Cultivava-se já, em realidade, a idéia de instituir um instituto religioso feminino.
1924 – O Capítulo do Instituto Cavanis rejeita o projeto do Pe D’Ambrosi e transfere o religioso
para a casa de Veneza. Ele deixa o cuidado pastoral do pequeno rebanho ao Pe Mansueto Janeselli.
1928 – Pe Agostino Zamattio torna-se reitor da casa de Porcari. Ele é favorável ao projeto do Pe
D’Ambrosi.
1928 – (07.10) Pe Agostino Zamattio acolhe na Escola-Internato de Porcari as primeiras duas
aspirantes: Annunziata Del Carlo e Adilia Toschi.
Profissão solene 1928-1934. Outras aspirantes das províncias de Trento e de Treviso se unem a
pequena comunidade.
1934-1935 – Redução do número dos membros da comunidade devido a doenças, críticas,
dificuldade com uma outra comunidade religiosa feminina, convidada para a direção logística do
nosso internato de Porcari. Um capítulo geral do Instituto Cavanis (1935?)
decide dissolver a comunidade feminina.
As piedosas mulheres aceitam a decisão, mas sob o conselho do Pe Agostino Zamattio, continuam o
seu humilde trabalho e seus encontros de oração, com Pe Mansueto Janeselli, como diretor
espiritual.
Segue um período em que a idéia do novo instituto parece morta. Pe Aurélio Andreatta, Superior
Geral, aconselha a prudência e o espírito de espera. Consenso entre os padres Andreatta e Zamattio
e do Pe Andreatta com irmã Livia Janeselli.
1941 (15.02) – Pe Andreatta, Superior Geral, escreve um “Plano para uma fundação de Irmãs” que
envia ao Arcebispo de Lucca.
1944 – Pe Andreatta escreve a Ir. Livia Janeselli que o período da guerra não permite novas
iniciativas, mas que ele e o Conselho geral reconhecem e manifestam a sua estima a comunidade
feminina de Porcari. Nomeia Pe Giovanni D’Ambrosi diretor espiritual do grupo.
1945 (29.06) – Pe Andreatta, depois de contatos sem sucesso com o Patriarca de Veneza, o
arcebispo de Lucca e o bispo de Treviso, escreve para Ir. Livia Janeselli que nada pode ser feito e
que a experiência deve ser definitivamente concluída.
1946 (16.06) – Pe D’Ambrosi, contudo, prepara um primeiro rascunho de um documento “Primeiro
modelo sobre o caráter da Instituição”, que apresenta ao Superior e ao seu Conselho.
1946 (09.11) – Instituição de um Pia Associação, com o seu regulamento e a sua estrutura.
1947 (03.02) – Publicação da Constituição apostólica “Pia Mater Ecclesia” do Papa Pio XII sobre
os institutos seculares de vida religiosa.
1947 (02.07) – O Arcebispo de Lucca aprova as regras para o Instituto (como instituto secular)
51
organizado pelo Pe D’Ambrosi.
1948 (12.12) – As regras são aprovadas pela Congregação para os religiosos.
1949 (02.01) – Decreto de fundação canônica do Instituto secular por parte do Arcebispo de Lucca:
A celebração da fundação foi presidida pelo Superior, Pe Aurélio Andreatta. Pela ocasião ele
recebeu as profissões dos votos das primeiras irmãs. A primeira sede do Instituto foi na “Villa
dell’Orologio” em Vicopelago (Lucca). A sede geral foi mais tarde transferida, como sede definitiva, em Porcari.
1967 (06.10) – O Instituto secular tornou-se Congregação religiosa, com o nome de “Pia Sociedade
do Santo Nome de Deus”.
1968 – Missão em Suzana e mais tarde também na ilha Bigiagos (Bubaque)em Guiné Bisau.
1983 – 1987 – Trabalho de atualização das regras à luz do Concílio Ecumênico Vaticano II.
1984 (04.02) – Início das missões no Brasil.
1997 (09.02) – Início das missões no Equador.
52
BIBLIOGRAFIA
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Roma, varie date.
AA.VV. “Sancta et salubris est cogitatio pro defunctis exorare” Necrologio dei religiosi Cavanis
(dattiloscritto) Curia generale Cavanis, Venezia e Roma, varie date.
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Costituzioni, Curia generale Cavanis, Venezia 1837.
Costituzioni, Curia generale Cavanis, Venezia, 1930.
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(De Biasio, G. a cura di). I Venerabili Servi di Dio P. Antonio e Marco Cavanis. Grazie ricevute per
la loro intercessione, fama di santità e devozione. Congregazione delle Scuole di Carità –
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Diario della Congregazione (Memorie per servire alla storia della-) (manoscritto), Archivio generale
dell’Istituto Cavanis, Venezia, 1802-1838; 1850-1979; 1989-1996: Edita la parte relativa al 18021838 in Servini,A. (a cura di -)- 1985-1994
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Goffi,T., Antonio e Marco Cavanis “Nella fraternità del sangue di Cristo”, Congregazione delle
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Lorenzon, B. (ed) 1802 Cavanis padri dei giovani, 2002 Un’Utopia che continua, Congregazione
delle Scuole di Carità - Istituto Cavanis, Venezia, 2002,221 p. Lorenzon,B.,ed, “L’Ospizio arde
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Zanon, F.S. -1925- I Servi di Dio Pe Antonio Angelo e P.Marcantonio Conti Cavanis. Storia
documentata della loro vita. Emiliana, Venezia. 2 volumi. xii+582+640 p.
Zanon, F.S. – Padri educatori. La pedagogia dei Servi di Dio P. Anton’Angelo e Pe Marcantonio
fratelli conti Cavanis. Venezia, Scuola Tipografica Cavanis, 1950. 246 p.
53
APÊNDICE 1: O PALÁCIO NATAL DOS FUNDADORES
Olhamos pelas janelas góticas na direção de “Zattere”(= a longa rua entre as casas e o Canal) é o
Canal da Giudecca, temos a igreja de Santa Eufêmia, na frente. E’ a hora do Angelus e parece ouvir
os sinos daquela igreja; o “campanò” da festa acompanhado dos “fuzis e foguetes” que anunciavam
o nascimento de Antonio Angelo Cavanis (Diário do Conde Giovanni, Epistolário dos Fondadores,
vol.II,p.39). Estamos no segundo andar do palácio patricio e natal dos nossos Fundadores, perto do
“Ponte longo” dos “Gesuati” ), hóspedes da familia Pasotto, atual proprietária do palácio, que foi no
passado propriedade dos Condes Cavanis por várias gerações.
Os nossos veneráveis Fundadores o deixaram um após outro, como num êxodo, rumo à Casetta: Pe
Antonio em 1820 e Pe Marcos em 1832, depois da morte da mãe. A casa foi alugada por decênios;
somente em 1905 foi, infelizmente, vendida pelo Instituto à uma famiglia particolar. Já na entrada e
nas escadas a emoção toma conta de todos nós. Pisamos nas “pegadas dos passos” dos nossos
Padres, como também na parte mais antigas do edificio das escolas da casa Mãe, o ex Palácio da
Mosto. Mas aqui tem o gosto da novidade, o gosto quase do “proibido”, dopois de
aproximadamente noventa anos de ausência.
Algumas vezes, para entrar de alguma forma na casa dos Fundadores , ia comprar uns cartões
postais, selos ou lenços de papel nas lojinhas, num dos ex “magazeni” do palácio.
Nos reunimos na sala, conversando com o hóspede, a senhora Cecilia, admiramos os móveis e os
enfeites. Visitamos todas as salas do segundo andar, depois também do terceiro: tudo foi renovado,
dopois de um século e meio, mas as janelas góticas, os pisos de mosáico, o forro à venesiana, com
as vigas à vista, estão sempre ai. Parece-nos de ver Apollonia , Antonio e Marcos meninos correr
para a casa, para seguir as lições da Cattina (=Catarina), a mestra de familia, escrever as poesias
nesta sala, tocar música na “sala vermelha”, ajoelhar-se para rezar devotamente na pequena capela
da familia.
Parece-nos de ver o Conde Giovanni vestir a “vesta” (a toga preta de magistrado) e por a “parrucca
da vesta”, com o rabinho, para participar de alguma cerimonia formal, a condessa Cristina dar
instruções a Iseppo Gramegna, o servo, no intanto que a sua esposa, Teresa Gones, começa a
preparar o almoço na cozinha, com a ajuda da sua jovem ajudante.
O palácio veneziano
O que estamos visitando é somente a parte de Ca’ Cavanis (= o Palácio dos Cavanis).
Vamos tentar de imaginar o resto e também a estrutura geral como é possivel imaginar com boa
probabilidade na base do conhecimento de uma moradia tipica dos Venezianos nobres, depois da
queda da República Sereníssima.
Um palácio veneziano era inteiramente ocupado por uma só família, rica e/ou nobre e era
estruturado, no caso típico, no seguinte modo:
num palácio médio ou grande, o terreno era atravesado por um grande portão ou “entrada” que ia
sempre da porta da água, “la riva”, beirando o canal, à porta da rua (=calle). La “riva” era utilizada
pelos donos e pelos visitantes para entrar e sair com a gôndola, mas também para o transporte das
mercadorias. A porta da rua servia aos empregados domésticos e aos fornecedores. Aos lados da
entrada tinha os armazéns e depósitos das mercadorias, da lenha para o fogão e depois para o
carvão. Entre o terreo e o segundo andar, pelo menos na parte anterior da casa, do lado da fachada,
tinha o mezanino, introduzido mais tarde também nos palácios góticos, a partir provavelmente do
século XVI. Era geralmente ocupado pelos escritórios administrativos da família e da firma
familiar. O primeiro andar era o andar nobre ou oficial, destinado para as festas, acolhimento de
pessoas ilustres, consertos e visitas. E’ formado por uma grande sala chamada em modo tipico
“portego”, longa de 20 a 30 metros, que vai da fachada anterior e posterior. Nos dois lados tem as
salas de visitas, reuniões, música, biblioteca ecc. O “andar nobre” é sempre muito alto, até 5 ou 6
metros. O segundo andar, no entanto, mais simples, era usado como abitação da família dos
proprietários; era estruturado como o primeiro andar, com um longo “portego” como o lado dos
54
quartos para dormir, salas para as refeições (il tinello), salas de estar, cozinha. No segundo andar
tinha os aposentos dos empregados o soto para por mantimentos. Geralmente os andares eram
unidos por duas escadas simetricas; a primeira, mais simples e mais homogênea, unia todos os
andares e era a escada de serviço, perto dos “magazzeni” e das cozinhas. Chegava até o terceiro
andar, destinado aos empregados; a outra começava com uma grande escada nobre, entre a entrada
e o andar para as cerimônias oficiais e depois continuava mais simples até o andar onde moravam
os donos. No telhado se abria um terraço na parte anterior do palácio; aqui eram construidas as
“altane”, ou seja as sacadas panorâmicas em madeira e tinha os carateristicos chamines venezianos
parecidos com troncos de cono virados para baixo, hoje muito raros.
Este esquema, com as variações supra citadas, passou por diversos estilos (bizantino, gótico,
rinascimental, barroco, século 18°) sem mudar muito. Os palácios venezianos frequentemente tem
jardins, que na antiga cidade de Veneza, quando tinha muitos habitantes, eram um luxo, mas,
contrariamente aos palácios de Florença e de numerosas outras cidades, não tem pátio central, a não
ser nos casos excepcionais nos palácios maiores.
O palácio dos Cavanis
O palácio que pertencia aos Condes Cavanis é um palácio gótico da primeira metade do século XV,
não muito grande. Não tem o “mezzanino”, mas quanto a restante segue o esquema anterior. E’ um
pouco diferente pelas suas dimensões: é muito curto, é mais amplo que comprido, a fachada (cerca
30 metros) é mais comprida que as paredes laterais (15 metros); é baixo. Por conseguinte nos
diversos andares o “portego” tem, em cada um dos lados, não somente uma fila de quartos, mas
duas. Isso é pouco comum. O primeiro andar se abre do lado de “Zattere”, com uma janela
quadrilobata no “portego”, com duas janelas ogivais de cada lado; o segundo andar apresenta, no
entanto, uma janela trilobada no “portego”, com duas janelas ogivais nos dois lados. Tem um
terceiro andar que anticamente era ocupado pelos empregados.
Tem um grande jardim atrás da casa e uma dupla escada no interior da casa. As duas escadas
terminam em duas portas simétricas na fachada principal, apesar que o palácio era ocupado, no
tempo dos Fondadores e também agora, por uma so’ família.
Não tem “riva” no canal, porque o palácio não foi costruito a beira da àgua, mas numa rua
(fundamentada) ao lado do grande canal da Giudecca: não tinha, portanto, possibilidade de sair
diretamente da casa em gôndola ou de barco.
Tinha uma grande cozinha, com um amplo chaminé, no segundo andar, onde morava a família
Cavanis; também a posição do quarto dos Condes Giovanni e Cristina, no segundo pavimento no
oeste é típico.
Entre as duas janelas deste quarto é possivel ver, e nos vimos, uma lápide de mármore
comemorativa, com a inscrição (em italiano)
I.M.I.
Qui nacquero
ANTON'ANGELO ET MARCANTONIO
Conti Cavanis
Fondatori delle Scuole di Carità
Veri Padri della gioventù
Deixado o palácio depois da visita, pode-se considerar com maior profundidade o caminho eróico
dos nossos Fondadores: do palácio nobre para a pobre Casetta úmida, nada confortável e popular;
de uma condição de família relativamente modesta mas respeitada e honrada para uma de servos
dos pobres e dos jovens; de uma familia de notávell bem estar para uma pobre comunidade: Uma
escolha dos pobres e dos jovens, para seguir o Senhor, uma escolha pela qual temos muito que
aprender, também hoje, num mundo que busca somente a riqueza1
La visita al palazzo dei Fondatori di cui si parla qui, è stata realizzata dal preposito generale pro
tempore, Pe Giuseppe Leonardi, col suo Consiglio e dei membri della comunità di Venezia.
55
APPENDICE 2: LA CAPELA DO CRUCIFIXO, MEMORIAL DOS FONDADORES E A
IGRJA SANTA INÊS
A capela do Crucifixo é simples, sem estilo próprio; não é citada nas guias turísticas e artísticas da
cidade de Veneza, porque nela não tem nada de artístico para citar. A capela, anexada à igreja de
Santa Inês em Veneza, é todavia importante para o Instituto Cavanis, tanto porque no seu interior
começou a sua história, como também porque constitui o memorial dos nossos Fundadores, que
desde 1923 estão ai sepultados.
E’ importante também para a Igreja universal, que em 1985 riconheceu oficialmente o eroismo das
virtudes dos Fundadores e para a Igreja particolar de Veneza que venera dois de seus sacerdotes.
Não se conhece a data da construção: seria um estudo útil para fazer, no arquivo da antiga paróquia
de Santa Inês, que foi levado em 1810, no arquivo da paróquia vizinha de Santa Maria do Rosário,
conhecida como dos “Gesuati”. A capela era em todo caso já velha e quase em ruina no fim do
século XVIII. A Igreja de Santa Inês, no entanto, é de fato muito antiga. Foi construida e
consagrada mais ou menos perto do ano 1000. Destruída em boa parte (1) pelo grande incendio da
cidade de Veneza em 1105, foi riconstruida com traços (2) de beleza impressionante na
simplicidade dos seus muros de tijolos, com uma sequencia de pilares unidos por duplos arcos
cegos ao longo das paredes laterais e na ábside, onde pode-se notar uns enfeites de tijolinhos.
Foi reconsagrada depois da reconstrução somente em 1321. Pelos filhos do Instituto, a Igreja é
importante, entre os muito motivos, porque Antonio e Marcos Cavanis foram batizados nela e ai
viveram todas as etapas da jovem vida cristã deles com sua devota familia.
O panorama aéreo da cidade de Veneza na esplendida e gigantesca xilografia de Jacopo de Barbari
(1500), representa a nossa Igreja vista do lado sul-este, portanto do lado da ábside; pode-se ver
todavia, atrás da fachada, um porticato ou esonartece aberto, simples, constituido por uma área
coberta de telhas e por pilares, provavelmente em madeira, parecido com aquele que se vê ainda
na Igreja de são Giacometto a Rialto. Ocupava a parte do “sagrá” ou sagrado e era destinado em
parte como cemitério, com arcos junto à fachada e túmulos para enterrar os mortos no piso. O
porticato foi fechado com um portão provavelmente no século XV. Durante os trabalhos de
restauração em 1843, por iniciativa dos Fundadores, incontra-se muito túmulos debaixo do piso (3).
Mas desde os tempos mais antigos, era previsto, como cemitério de crianças, a capela do Crucifixo,
construída no pórtico, na esquerda. Durante estes trabalhos, foram tirados da capela e transportados
em outro lugar muitos esqueletos de crianças que eram misturados com as ruinas (4). A idéia
teológica que orienta este comportamento de enterrar os mortos sob o porticato da Igreja era a
seguinte: os mortos ficam fora e o interior da igreja é para a comunidade dos vivos. Entre os
primeiros e os segundos, nas antigas basílicas, como por exemplo na ilha de Torcello na laguna
veneta norte, colocava-se o mosáico do juizo universal sobre a parede interna do muro da fachada.
Não temos a intenção de contar aqui a historia completa da Igreja Santa Inês (5), mas de citar
brevemente uns momentos especiais da restauração e da reestruturação que permitam seguir a
evoluçao no tempo da capela do Crucifixo e arredores. Numerosas e pouco documentados são os
trabalhos de restauração e de reestruturação nas épocas do Gótico, do Rinascimento e do Baroco. O
acréscimo do porticato frente a Igreja deve ser atribuido, provavelmente, à época gótica. Não
sabemos quando uma casa paroquial foi acrescentada à fachada, segundo o costume muito
difundido em Veneza. Foram feitos novos trabalhos de embelezamento e restauração nos anos 1604
e no 1670 (6). Em 1733 o sacerdote Salvatore Bertella, provavelmente pároco, fez restaurar o
porticato onde se incontra a capela em questão. Outros importantes restauros e trabalhos de enfeites,
uma verdadeira “rifabbrica”, como a define Pe F. Zanon (7) foram realizados no fim do século
XVIII, a partir do 1795, e no inicio do século XIX; os trabalhos projetados nao estavam ainda
acabados em 1810, no momento da primeira espropriação da Igreja por parte de Napoleão
Bonaparte. O aspecto da Igreja foi radicalmente transformato segundo o gosto dos tempos, com um
forro da abóboda “a botte”, colunas encostadas aos velhos pilares e talvez com grandes janelas a
meia lua que existem até hoje. Segundo o testemunho do Pe F.S. Zanon, no século XVIII uma porta
56
foi introduzida do porticato da Igreja à capela. Mais tarde esta porta foi murada (1902), deixando
somente o acesso do interior da Igreja, em seguida foi reaberta. Estava aberta em todo caso em
1802, no tempo do começo da nossa Congregação Mariana, segundo aquilo que conta a descrição
da procissão da Congregação nascente (8). Aos tempos dos Fundadores a capela do Crucifixo
pertencia, como também a Igreja, à paróquia de Santa Inês; estava em condições miseráveis, quase
abandonada. Pe Zanon escreve em 1925 (9): “A esquerda, entrando no porticato desta Igreja, uma
porta, agora fechada com muro, permitia a entrada numa capela muito rústica e sem enfeite
nenhum, com as paredes revestidas de tábuas, e em outra parte de papel tudo rasgado. A capela era
dedicada ao Santo Crucifixo. Era uma salinha muito pouco atraente, mas faltando outra coisa
melhor, era necessário ficar contentes com isso. Foi nesta capela que os Fundadores usaram, como
segundo recurso, quando quiseram fundar a Congregação Mariana e dar assim inicio, sem saber, ao
nosso Instituto: A carta de 21.11.1802 (10) da nossa Congregação Mariana de Veneza aquela de
Noventa di Piave (provincia de Veneza) descreve assi mesta capela: “…uma capela perto do
porticato da Igreja Santa Inês, e que não parecia propriamente servir nem por ubicação, nem por
suas dimensões à finalidade proposta…”. O mesmo Pe Sebastiano Casara (11) define a capela “ um
Oratório abandonado e em demolição… que não gozava de nenhuma consideração”. A história da
instituição da Congregação Mariana em Santa Inês é conhecida. Vale a pena todavia lembrar que,
como sede, antes da capela do Crucifixo, foi procurada, sem sucesso, uma das capelas da paróquia
de S. Gregório, bem perto de Santa Inês, junto com a basilica de N.S. da Saúde. Devido a
necessidade de adaptar a capela do Crucifixo, o pedino ao pároco da paróquia Santa Inês foi
apresentado, não pelo Pe Antonio Cavanis, que pertencia ao clero da paróquia, mas pelo conde
Mons. Luigi Mozzi, ex-religioso da Companhia de Jesus que tinha sido suprimida pelo Papa
Clemente XIV, e inspirador da Congregação Mariana dos Cavanis. Assim contam as “Memorie”
(12): “No fim de abril do ano 1802, mons. Mozzi, antes de vijar para Vicenza para predicar ai as
Santas Missões, tendo sido informado da oportunidade de aproveitar de uma capela perto do
porticato da Igreja de Santa Inês, foi logo pedir para usar e a propor como Diretor este Sacerdote
(Pe. Antonio Cavanis) que tinha iniciado esta instituição. O pároco ficou bem contente e tendo
recebida a aprovação do Mons. Vigario general Capitular, no dia primeiro de maio, a tarde, nove
jovens fundadores da Congregação se reuniram pela primiera vez. No dia seguinte, estes jovens
foram registrados formalmente e começaram as práticas religiosas segundo a tradição, e o povo
aprovou em alta voz e com todos os favores o novo Instituto”. Continua assim a narração do Pe
Zanon (13): “No dia seguinte, dia 2 maio 1802, foi inaugurada a nova Congregação, erigida sob a
denominação principal da Assunção da Beata Virgem Maria e sob a invocação de Sao Luiz
Gonzaga. Era Domingo e a devota confraria se encontrou de manhã na sua capela (…); o pequeno
grupo saiu em procissão da capela do Crucifixo e, pela porta principal vizinha, (portanto pela porta
entre a capela e o porticato, que devia ser aberta e não fechada com o muro, n.dell’A.), entrou na
Igreja, onde o povo estava reunido”. Em seguida, quando o número dos membros da Congregação
Mariana aumentou (14) como também o número dos patronos ou benfeitores, a capela passou por
uma primiera restauração necessária (15): “ No dia em que foram oferecidas as “flores” (=
pequenos sacrificios ou coroas de flores), o oratório ficou mais decorado e de forma decorosa
porque antes era verdadeiramente indecente…”.
Até hoje não temos a sede sucessiva da Congregação Mariana e a respeito do uso feito pelos nossos
da capela do Crucifixo, que, sabemos, pertencia à paróquia e não ao Istituto, depois que o mesmo
teve sua sede no Orto e depois no palácio Da Mosto (depois de 16.07.1806), sede atual da Casa Mãe
e da Cúria Provincial da Itália. A capela em questão, foi em seguida expropriada e profanada, junto
com a Igreja, quando as paróquia de Veneza foram reduzidas por decisão do poder
napolêonico em 1810 e, ficou assim, usada de vários modos, e também destinada a ser depósito de
lenha para queimar, até a aquisição por parte da Congregação, em 1839, com o generoso
contributo, em particolar, do Conde Francesco Revedin. Sendo que tudo estava num estrado
lastimável, foram feitos trabalhos radicais de restauração, também do porticato, graças ao contributo
financeiro essencial do Marques Fagnani e do Conde Mellerio, benefeitor milanes do Instituto. O
57
projeto e a direção dos trabalhos foram do arquiteto Franco Carlo Astori, no periodo 1842-1854. Foi
construida uma nova fachada, ou melhor, uma parte saliente que occupava o espaço do porticato
precedente e da casa paroquial. Pe Casara escreve (16): ”Depois da demolição da miserável casa
paroquial que escondia toda fachada e que podia cair, descobriu-se que a fachada interna do mestre
de apoio, estava caindo e devia-se absolutamente reconstrui-la a partir da fundamentação”. Fazendo
assim, infelizmente, destruiu-se a velha fachada de estilo romanico; era o método de “restauro”
comun no século XIX. Começou-se as escavações para a fundamentação da nova fachada em
28.04.1842 (17). Esta era em estilo neoclássico, mesclado com estruturas barocas, em pedra
“Vermelho veronese ammonitico”, em pedra d’Istria (branca) e em gesso cor tijolo. Era simples e
austera , mas em total contraste com o estilo romanico da velha igreja (18). No térreo, a parte
saliente comprendia, para quem olha a fachada de esquerda para direita: a capela do Crucifixo
encaixada là dentro e iliminada por um ponto de luz, a entrada da Igreja, provavelmente a planta
oitagonal, dois cômodos “para uso de ferramentas”(19) na direita ou em todos os lados do vestiário
e a escala de acesso ao andar superior.
Este era formado por uma longa galeria destinada à biblioteca do Instituto, a qual conduzia à escada
depois da costrução do novo grande edificio das Escolas por parte do Pe Chiereghin, do primeiro
andar deste edificio, até os nossos tempos, quer dizer até os anos trinta do século passado, segundo
quanto lembram uns dos nossos ainda vivos (20). A Igreja foi de novo fechada em 1866, por causa
de graves rachaduras nas paredes porque cediam as fundamentações e tinha infiltração das águas, de
torba e de areia, provavelmente sob pressao do gás metano, com a formação de uma especie de
geyser, no “campo” Santa Inês. Este fenomeno, doloroso para a nossa comunidade, aconteceu
depois da perfuração de um poço artesiano por exigências de uma cervejaria. (21). A Igreja com a
capela foi de novo expropriada com todos os móveis
e os objetos sagrados, em 24 setembro 1867, desta vez pelo Estado italiano, depois da unificação do
Veneto à Itália. Essa se tornou propriedade do Demanio, somente vintisete anos depois da aquisição
por parte dos nossos. Fou recuperada novamente, desta vez em comodato, cedida pelo departamento
das Finanças do Demanio ao patriarca Trevisanato e ela a cedeu ao Instituto, em 1871. Foi reaberta
ao culto, depois de novos restauros, foram colocados os móveis em 1872. Não sabemos qual foi o
uso da capela nos anos 1854-1866, nem em 1872-1923. Parece que o imóvel não fosse restaurado
nem utilizado e que não vivesse um aspecto de capela ao menos no começo, visto que em 1850
chegou-se a preparar um profeto e um preventivo para: 1) a reestruturação do porticato na forma
oitogonale, depois realizar; e, 2) para “usar como capela a sala a esquerda do porticato“ (22), isto é
como escreve Pe Zanon, “a ex capela (sacello) do Santo Crucifixo (23), mas por falta de recursos e
para dar a prioridade aos restauros mais urgentes da Igreja, não foi feito nada. Parece que é possivel
interpretar como um profeto parcial ou mais provavilmente total da capela uma folha de Astori em
9.10.1843 (24). Também o Pe Giovanni Chiereghin no Diário da Congregação (25) fala ao menos
três vezes da “nova capela”, em 1902. De fato, por ocasião do primeiro centenário da inauguração
do Instituto, comemorado no dia 2 de maio 1902, restauru-se a capela do Crucifixo. Parece mais
provável que por fim ficou sem uso litúrgico e devocional desde 1810. Pe Zanon (26) escreve :
“Foram fechadas com muros duas portas que comunicavam com o porticato e o corredor esterno da
Igreja, foi aberta uma porta de comunicação da capela com a mesma Igreja, por cima foi colocada
uma lápide de mármore, cuja inscrição foi ditada pelo literato Abade Angelo Zaniol, professor no
Seminário Patriarcal”. Ainda hoje é possivel ler o texto desta lápide, que tem a moldura de mármore
vermelho de Verona, fica sobre a porta da capela (27), aberta em 1902 na parede este da Igreja:
QUE ESTA CAPELA,
UM DIA SEPULCRO DE INOCENTES,
ABERTA NO ANO 1802
AOS 2 DE MAIO
PELOS IRMÃOS
ANTÔNIO E MARCOS ANTÔNIO
58
DOS CONDES CAVÂNIS,
À CONGREGAÇÃO MARIANA,
DE ONDE AS “ESCOLAS DE CARIDADE”
TIVERAM OS [SEUS] AUSPÍCIOS,
[E AGORA] NO ANO 1902,
IGUALMENTE AOS 2 DE MAIO,
PELOS FILHOS DEVOTOS,
GRATÍSSIMOS AOS FUNDADORES,
COM AS OFERTAS DOS GENEROSOS
RECUPERADA À RELIGIÃO,
COM O NOME E A SANTIDADE DELES,
ESPLÊNDIDOS EXEMPLOS
DE GRANDES VIRTUDES, [que esta capela]
O RECORDE AOS PÓSTEROS!
Nesta fase de reforma, construiu-se no lado sul, em direção ao pórtico, um altar no lugar da porta
emparedada. Estava em um nicho, exatamente em frente à parede onde agora existe a tumba e a
respectiva lápide dos Fundadores (* 28). O belo forro em caixotões, estilo oitocentista, que se
aprecia agora, foi realizado provavemente nesta ocasião, mas isto precisa ainda ser demonstrado.
Um ano decisivo na história da capela do Crucifixo foi o de 1923. Os corpos dos veneráveis
Fundadores jaziam, conforme o desejo deles, numa urna de pedra sob o pavimento do presbitério da
Igreja Santa Inês, atrás do altar maior. A lápide sepulcral existe, ainda no mesmo lugar, com uma
inscrição idêntica àquela mais recente do sepulcro deles na capela do Crucifixo. O corpo do Pe.
Marcos, falecido em 1853, tinha sido transferido do cemitério municipal de São Miguel em 1854, o
do Pe. Antônio, porém, tinha sido sepultado ali diretamente depois da sua morte em 1858. Em
1923, por ocasião do início do processo de beatificação dos Fundadores, mais precisamente a nível
do Patriarcado de Veneza, foram realizados o reconhecimento canônico dos corpos dos dois Servos
de Deus, os restos mortais foram transladados do presbitério da Igreja à capela do Crucifixo. Não se
pretende descrever aqui este reconhecimento (* 29). Trata-se apenas de lembrar que foi justo na
mencionada capela onde tal coisa se realizou e, logo, os corpos foram depositados num nicho
mortuório escavado então na parede norte da capela, proeminente ao corredor que havia entre a
igreja e a escola. Este era na verdade uma viela que ficou particular (isto é, nossa), que mais tarde
foi coberta e transformada em corredor de entrada à igreja do novo edifício da escola. A parede
norte da capela é a mesma parede-mestra do flanco norte da igreja de Santa Inês.
Sobre o frontão do nicho mortuório, foi posta uma lápide de mármore bardilho, de cor cinza escuro,
um tanto fúnebre, na qual estão gravadas, em letras douradas, as mesmas frases da pedra tumbal da
sepultura do presbitério (* 30):
A+Ω
SERVI DEI
FRATRES
ANTONIUS ANGELUS
ET
MARCUS ANTONIUS
COMITES DE CAVANIS
IUVENTUTIS VERE PARENTES
ET CONGREG. KLERIC. SAECUL. SCHOL. CHARITATIS
AUCTORES
Desde então a capela do Crucifixo, memorial dos inícios da obra dos Cavânis e, de modo informal,
da fundação do Instituto, tornou-se também memorial dos dois abençoados Irmãos, cujos restos
mortais esperam aqui a ressurreição.
59
No século passado, a reforma mais importante da igreja e da capela foi porém, num segundo
momento, aquela executada pelo arquiteto F. Forlati, então Superintendente dos Monumentos (Arte
medieval e Moderna) de Veneza.
Durante esta reforma, definida na época como “restauração” e realizado em duas fases, 1937-1940,
1949, foi derrubado, por ocasião dos preparativos do centenário da fundação canônica do Instituto
(1938-1939), todo o corpo frontal com a sua vista neoclássica e isto com a precisa finalidade de
restituir à igreja seu aspecto original. Foi uma decisão muito discutível. A fachada original
românica não pôde ser encontrada (mas então não foram feitos os estudos prévios ao derrocamento
duma parede do século XIX?). Na verdade, a velha fachada autêntica tinha infelizmente sido
demolida porque insegura, depois do derrocamento da casa canônica e tinha sido reconstruída ex
novo pelos Fundadores em 1842-1843, segundo quanto sugere Zanon (* 31) e conforme quanto se
deduz do abaixo mencionado manuscrito do Casara (* 32).
Tiveram, então, que “inventar” uma fachada, abrindo na parede de 1842-1843 uma rosácea antes
feia e sem estilo, com o bordo de tijolos e o portal principal de forma retangular, ao qual foi
adaptado um portal renascentista, totalmente fora de estilo, recuperado dos depósitos da basílica de
São Marcos.
Depois da demolição do corpo proeminente, estranhamente não se refez o pórtico de madeira e
telhas para completar a restauração, mas somente se indicou a sua posição original com um
pavimento de tijolos e pedra branca ainda visível no átrio. O bordo em pedra branca indica a
margem da fachada do século XIX com suas grandes pilastras.
Foi poupada também, por motivos históricos e afetivos, naturalmente, a capela do Crucifixo,
atualmente dedicada à memória do Instituto e de seus Fundadores: da mesma forma a sua
conservação, fora dos pórticos ou corpo proeminente, foi criticada e, talvez, não sem razão, do
ponto de vista estético, mas disto nós, Cavânis, ficamos agradecidos ao Forlati. Ela foi deixada,
muito oportunamente, bem distinta do corpo principal da Igreja que è de tijolos à vista, tendo sido
rebocada, para isso, com a cor “vermelho-veneziano” (* 33). Desta vez se reduziu bastante a área da
capela, eliminando o nicho na parede que continha o altar do lado sul, que dava ao Campo Santa
Inês; o altar foi reconstruído na parede oeste, em frente à porta de entrada à igreja. Oportunamente
se reabriu a porta em direção do átrio e do Campo, para permitir a visita à tumba dos Fundadores,
entrando diretamente da rua (* 34). Não é claro se a capela originalmente, antes desta redução,
chegasse, do lado sul, ao corredor de pedra branca que representa provavelmente, no átrio atual, ou
seja no ex-pórtico, a passagem entre a porta interna e a porta externa da igreja (* 35). Foi nesta
ocasião, cerca de 1940, que se instalou, fora da parede oeste da capela, a que dá ao “Rioterà” (* 36)
Antonio Foscarini ou “dei Alboretti”, a imagem de mármore da Assunção da Santa Virgem, que foi
conservada ali até hoje e cujo significado, naquela posição, não é muito claro.
No período entre os anos 50 e 60 do século passado, a capela foi particularmente valorizada pelo
nosso Pe. Giorgio Dal Pos, na época padre sacristão de Santa Inês. De fato, reestruturada e tornada
mais acolhedora, foi aberta ao público o dia inteiro, todos os dias, tendo aberta a porta que dava pra
rua. Um letreiro na parede convidava a entrar e rezar, a receber “la perdonanza” (a remissão dos
pecados), como se diria antigamente (e inda nos tempos de minha infância); havia à disposição dos
visitantes material en várias línguas sobre os Fundadores; havia também um livro-diário onde se
podia escrever pedidos de oração e de graças, declarações de agradecimento e notas sobre os
Fundadores; convidava-se a rezar pela beatificação deles e pelas vocações sobretudo em favor do
Instituto Cavânis. Mas a seguir, a capela foi de novo fechada ao público. Ao redor do ano 1978, o
Pe. Fernando Fietta, na época ecônomo da Casa de Veneza, realizou outra série de reformas. Foram
levantados contramuros para criar assim os vãos e proteger o revestimento da umidade e da
salsugem, uma empresa difícil em Veneza; o pavimento foi refeito em cimento e coberto com
linóleo verde; substituiu-se o velho altar de estilo pré-conciliar por um altar de madeira de uma
discutível forma cilíndrica (* 37), voltado para os fiéis, mas posto ao centro da capela. Eliminou-se
o painel adamascado que servia de fundo ao belo crucifixo do século XVIII, restaurado
oportunamente pelo Pe Aldo Servini (* 38) e tendo sido descuberto um pequeno nicho, ali se
60
inseriu um crucifixo menor, também do século XVIII (* 39). A origem do mencionado nicho é
incerta; ele parece não existir nas fotografias de 1923 relativas à exumação dos corpos dos
Fundadores (* 40). Cronologicamente, a última reforma da capela foi aquela de 1994-1995.
Ela foi realizada em parte (* 41) ao final da reforma de conservação essencial da igreja Santa Inês.
Esta tinha sido executada em 1991-1994 pelo “Magistrado das Águas”, ou seja pelo Estado e em
parte (* 42) pela Cúria geral do Instituto (sob o Prepósito, Pe. José Leonardi, sendo Ecônomo geral
o Pe. Pietro Luigi Pennacchi) e pelo Comitê do Ano Cavânis, presidido pelo Pe. Diego Beggiao,
segundo o projeto da arquiteta Ir. Michelangela Ballan do Apostolado Litúrgico (* 43). Esta
reforma foi levada a término no curso do Ano Cavânis 1994, em boa parte a expensas de benfeitoras
que desejam manter-se em anonimato. Os trabalhos sistematizaram e completaram os interstícios
(com uma boa dose de esperanza, talvez vã, dada a situação meteorológica de Veneza; os quais
porém deram bons resultados até hoje [2007]), interstícios destinados a evitar a rápida decadência
dos rebocos e do pavimento por causa da umidade e da salsugem.
Foi refeito o pavimento em mármore amonítico vermelho e em branco Botticino, ambos de Verona;
foi construido um belo altar de pedra de Grosetto ao centro da capela, e esta foi circundada de
assentos, bancos de madeira de corte moderno, para favorecer a oração de pequenos grupos e
sobretudo a de nossa comunidade. Os dois bustos dos Fundadores, que infelizmente são de gesso e
não de mármore, foram levados ao exterior da capela e acomodados aos dois lados la lastra acima
mencionada, por sobre a porta de entrada da Igreja à capela. No nicho ao fundo foi instalado ainda
(* 44) outro precioso crucifixo, maior, talvez do século XVII, provavelmente em madeira de buxo
(* 45).
A capela reformada foi inaugurada e abençoado o novo altar em 16 de julho de 1995 pelo Pe
Prepósito de então - que é quem escreve - por ocasião da solene sessão inaugural do XXXI Capítulo
geral, pelas celebrações da Santa Virgem do Monte Carmelo e por ocasião da festa tipicamente
veneziana do Redentor (terceiro domingo de julho). Mais tarde a capela foi reaberta ao público. A
capela do Crucifixo não é só um minúsculo edifício, pobre e desnudo, ligado a incertos eventos
históricos. Para nós, Cavânis, ela é sobretudo uma casa de devoção e de memória, que justo por isto
sobreviveu até hoje: Ela viu, sobretudo a partir de 1923, as celebrações litúrgicas e as orações
silenciosas de muitos religiosos filhos dos Cavânis, de muitos jovens recém-professos ou de
sacerdotes recém-ordenados, de missionários de regresso de suas missões, de membros da
comunidade da Casa-mãe, de Prepósitos gerais à procura de iluminação sobre como realizar no
tempo atual o carisma de fundação, por vezes de religiosos em dificuldade, ou ainda cheios de
alegria e de gratidão. para grupos informais, tem servido a associações e movimentos como a
Juventude masculina da Ação Católica, o Oásis, organizado pelo P. Aldo Servini, nos anos 50 e a
Renovação carismática nos anos 70 e 80 do século pasado.
Aqui foram celebradas certas cerimônias íntimas, bem como certos aniversários de profissão
religiosa, ou cerimônias solenes como aquela do jubileu de ouro ou de diamante dos nossos
sacerdotes e a declaração de abertura do XXXI Capítulo geral.
Em tempos melhores e em diversas ocasiões solenes, esta capela permaneceu aberta ao público,
como o é agora, facilitando assim um contacto entre a igreja veneziana e dois de seus sacerdotes
que, como foi proclamado pela Igreja universal em 1985, exerceram heroicamente as virtudes.
É necessario relançar sempre este lugar como centro de oração e de reflexão, de conversão e de
esperança.
AGREDECIMENTOS
Agradeço aos padres † Diego Beggiao CSCh., Giuseppe Colombara CSCh., † Ugo Del Debio
CSCh., Fernando Fietta CSCh., Angelo Guariento CSCh., † Giuseppe Panizzolo CSCh., † Aldo
Servini CSCh., † Alessandro Valeriani CSCh., Don Giusto Larvette CSCh., Don Giorgio Dal Pos e
la Dra. Maria Leonardi pelas informações e o material bibliográfico que gentilmente puseram à
minha disposição para a redação deste artigo, publicado na revista Cháritas em 1995.
61
NOTAS
(1), etc, em Lingala
(2). A cronologia sobre os Fundadores e a história da Congregação durante a vida deles
desenvolvidos neste texto é muito breve, porque há muitos livros sobre o assunto.
(3). Entre eles, em família e na comunidade religiosa eram chamados de Antonio e Marcos.
(4). A casa de Lendinara merece um capítulo especial nessa história. Mas nós nos referimos aos
dois capítulos sobre este tema no livro de Pe Zanon (1925).
(5). Para a vida da Pe Casara e por seu tempo, aqui tratamos de maneira muito sintética e
orientamos os leitores ao livro "Padre Sebastião Casara", de Pe Diego Beggiao (coord.), um
excelente trabalho e, infelizmente, pouco lido.
(6). A casa de Possagno merece um capítulo especial nessa história. Mas reenviamos para a história
mais antiga, aos capítulos sobre este tema no livro de Pe Zanon (1925).
(7). Espírito e finalidade, pp.257-258.
(8). Ou seja, festa externa, fora da data litúrgica, para os alunos, dado que a festa verdadeira cai
durante as férias de verão no final de agosto.
(9). Os Nossos Santos Padroeiros.
(10). No 1885. Eu já corrigi: a data de 1885 está correta.
(11). Isso é, ecônomo e responsável das relações públicas e burocráticas da comunidade.
(12). Pe Casara pensava que tinha resolvido um problema de geometria, pela resolução tinha um
concurso e um bom prêmio em dinheiro. Mas ele mesmo percebeu, e escreveu para Pe Bassi uma
segunda carta, alertando que tinha um erro de lógica em uma passagem da sua resolução.
(13). "Oh! Grande bondade dos cavaleiros antigos! ", diria Pe Giovanni De Biasio!
(14). A numeração destes Capítulos Gerai Ordinários não é segura, tenho que verificar no AICV.
(15) .63 no necrológio.
(16) Com a vitória italiana e os Aliados, a região Trentina, (de
onde vieram muitos religiosos Cavanis) e outras regiões da língua italiana, mas também de língua
alemã, tornaram-se italianas. Foi, assim, concluída a unificação da península italiana em um único
estado, a Itália; este trabalho foi iniciado em 1848. Por esta razão, a primeira guerra mundial é
chamada, às vezes, na Itália, a quarta guerra de independência italiana.
(17). Diz o necrológio 1920. (mas está errado: é 1921!)
(18). Creio lembrar que em um Charitas confeccionaram um boletim anterior mais simples do
Instituto; o boletim "Pequenas Flores de Nossa Senhora do Carmo" do Seminário Menor de
Possagno.
(19). A procissão que o acompanhou de sua casa de família para a igreja paroquial para a primeira
missa solene foi acompanhada por jipes com soldados das forças de ocupação americanas.
(20). Falta de dados sobre a formação e os primeiros anos de sacerdócio; deve ser completado.
(21). Falta de dados sobre a formação e nos primeiros anos de sacerdócio, para ser concluído.
(22). Infelizmente, ainda não tinha (2007) em Kinshasa outros dados. Veja na Positio, editado pelo
Postulador Pe Gioachino Tomasi, a biografia, o recolhimento de seus pensamentos em vários
volumes.
(23). Depois que o falecido Pe Giulio Avi.
(24). Um ótimo Padre Cavanis, professor de ciências naturais.
(25). Grande professor de língua francesa, que o autor deste programa é muito grato e do qual
conserva boas recordações!
(26). Veja acima.
(27). Atualmente cons. N ° 51.
(28). A direção do laboratório de meteorologia depois do Pe Riccardo Janeselli foi continuado pelos
padres Giulio Avi e, depois Pedro Luis Pennacchi.
(29). Em nossa Congregação, na Itália, é dado o título de "Don" (do latim Dominus) apenas para os
diáconos.
62
(30). Conferência Episcopal Italiana para a América Latina.
(31). Na verdade, mais tarde houve ameaças de outros assassinatos na paróquia, se mantivéssemos
a pressão sobre a polícia para chegar a esclarecer o crime.
(32). Sem dúvida, em Lingala.
(33). Sinos tocando harmoniosamente.
(34). Nome popular da igreja N S. do Rosário, em cujo território se encontra o palácio natal dos
Fundadores e a nossa casa Mãe. Os "Jesuati" era uma ordem religiosa que suprimida pela
República de Veneza, antes da época dos nossos Fundadores. Não deve ser confundido com os
jesuítas.
(35). Irmã mais velha de Antonio e Marcos Cavanis.
(36). "CA" no dialeto veneziano é uma abreviação da Casa, no sentido de construção, mas também
de família.
(37). A visita ao palácio dos Fundadores, do qual se fala aqui, foi feita pelo Superior Geral pro
tempore, Pe giuseppe Leonardi, com seu Conselho e membros da comunidade de Veneza.
BIBLIOGRAFIA DO APÊNDICE 2
Anônimo -1939- A restauração da igreja Santa Inês V. e M. Caritas, 6 (4): 2-16, Veneza
Casara, S. sem data - acenos históricos a respeito da igreja Santa Inês em Veneza: fascículo
manuscrito inédito. Arquivo Geral do Instituto Cavanis em Veneza (= AICV), a correspondência da
Cúria, ou envelope 44 (Santa Inês) Cavanis, M.A. - 1802-1838 - Memórias para Server à história do
Instituto das Escolas de Caridade para os meninos de Veneza. Em Servini A. (ao cuidados de).
Epistolário e Memórias, Postulação Geral Cavanis, Roma, 1985-1994. 8 volumes. Vol. I, 1985, pág.
693.
Charitas, Revista do Instituto Cavanis,
Veneza, 1934-1995, notícias diversas, passim.
Cicogna, E.A. sem data – inscrições na igreja Santa Inês e seus contornos. Em: das inscrições
Venezianas recolhidas e ilustradas pela E. A. Cicogna. Fascículo três (3). Sem Editor, Veneza.
Diário da Congregação (Memórias para servir a história da), Arquivos Geral do Instituto Cavanis,
Veneza 1802-1838, 1850-1879-1989-1996. Editada a parte relativa a 1802-1838,em Servini A.
(ed.) -1985-1994 - epistolário e Memórias. Postulação Geral
Cavanis, Roma. Volumes. Vol. I°, 1985, pág. 693.
Fiocco, G. - 1937- “L'arte esarcale” ao longo das lagoas de Veneza. Atos R. Ist. Veneto de Ciências,
Letras e Artes, 1937-1938,97 (II), Veneza.
Franzoi, U. e Di Stefano, D. -1975 - As igrejas de Veneza. Administração Autônoma de Residência
e Turismo de Veneza, Veneza, pág. 547.
Gavagnin, E. -1989-1990 - A igreja Santa Inês, em Veneza. Tese, Universidade de Ca’ Foscari de
Veneza. Relator Prof. Renato Polacco
Livio, G. -1971-1972 - A igreja Santa Inês e sua torre sineira. Tese de Mestrado, Universidade de
Pádua. Relator Prof. G. Lorenzoni.pág.106.
Servini, A. (eds). Epistolário e Memórias. Postulação Geral Cavanis, Roma, 1985-1994. 8 volumes.
Vol. I, 1985, 693 p.
Zanon, F.S. - 1925 - Servos de Deus Pe Antonio Ângelo e Pe Marcos Antonio, Condes Cavanis.
História documentada da vida deles. Emiliana, Veneza. 2 Volume, XII, 582, pág.640.
63
NOTAS DO APÊNDICE 2
1) Ficaram em pé alcumas paredes principais, sobretudo a grande parede ao sul, que dá al Campo de
Santa Inês e a ábside, com o campanário, testemunho Lívio, 1971-1972.
2) Estilo que muitos, tradicionalmente, com um termo muito impróprio, definem românicobizantino, mas que se poderia atribuir a um estilo hexarcal, cf. Noeud, 1937 ou melhor posthexarcal, cf. Lívio, 1971-1972.
3) Zanon, 1925, v. II, p. 282.
4) Cf. Casara, ms [sine data], AICV, envoltório 44, Dossiê Santa Inês; Zanon, 1925, v. II, p. 279. A
localização destes sepulcros da capela do Crucifixo não resulta infelizmente na planta da igreja
(AICV, envoltório 44, Dossiê Santa Inês) nem no caderno correspondente sobre a localização das
sepulturas (AICV). Correspondência de Cúria, envoltório 31, fascículo 1840.
5) Sobre esta cf., p. ex., Zanon, 1925, Lívio, 1971-1972 e Gavagnin,
1989-1990.
6) Cicogna, sine data, introdução.
7) Zanon, 125, v. II, p. 278
8) Ibid., p. 201.
9) Ibid. p. 199.
10) Servini, 1985, pp. 266-267.
11) Manuscrito, sine data, cf. nota 4.
12) Início das Memórias ou Diário da Congregação de 1802, sem datação exata, in Servini, 1985, p.
327.
13) Zanon, 1925,II, p.201.
14) De 9 a 80, 30 membros efetivos e aproximadamente 50 noviços, já no primeiro ano. Cf Zanon,
1925, II, p.207, nota.
15) Carta da nossa Congregação mariana àquela [da cidade] de Noventa, 23/01/1803, in Servini,
1985, p. 275.
16) Op. Cit. cf. nota 4.
17) Ibid.
18) A construção do corpo frontal e da nova fachada por parte dos Fundadores foi sugerida
indiretamente e de passagem por Zanon, v. II, p. 282 e p. 523. Agora se pode ter uma confirmação
da caixa-arquivo de 1843 da Correspondência de Cúria, no envoltório 32 do AICV, fascículo 8, no
qual se encontram uma carta interessante do arquiteto Astori, 19/02/1843 e os seus orçamentos para
ambas as hipóteses: A) Revestir de mármore em estilo neoclássico a velha fachada, depois de ter
demolido a [casa] canônica; B) Construir uma nova fachada, sempre depois da mesma demolição,
formando um corpo frontal a ser utilizado tanto como sustento da fachada interna, como para
realizar aposentos para diversos usos, entre os quais, a da capela do Crucifixo. Infelizmente seguiuse a segunda hipótese. Não se encontrou confirmação escrita da construção da fachada e do corpo
frontal, segundo os orçamentos de Astori, mas a descrição dos materiais a serem usados, deduzida
do orçamento antes mencionado, corresponde beníssimo às fotografias da nova fachada da igreja.
Tinha sido feita também uma terceira hipótese, a de abater a velha parede e alongar a igreja até a
nova fachada, mas a hipótese foi descartada. Uma confirmação dos trabalhos operados pelos
Fundadores, ainda que não detalhada nem documentada com desenhos, encontra-se no manuscrito
do Pe. Casara, citado na nota 4. Devemos, portanto, descartar, para a construção da fachada, a data
de 1866 proposta por Lívio (1971-1972). Infelizmente não foram encontrados até agora os projetos
dos trabalhos ao lado dos orçamentos.
19) Casara, op. cit., cf. nota 4.
20) Por curiosidade podemos recordar aqui que um lasca do pavimento “alla veneziana” de uma
parte da biblioteca, foi encontrado sobre o forro da capela do Crucifixo, durante as recentes
reformas da mesma (1991-1994).
21) Vide Casara, op. cit. e Zanon op. cit.
22) Cf. AICV, envoltório 33, fascículo 1850.
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23) Zanon, op. cit. v. II, p. 282.
24) AICV, envoltório 32, fascículo de 1843, envoltório 8.
25) Nas datas 13/03/1902; 02/05/1902; 11/05/1902.
26) Zanon, op. cit. v. II, pp. 621-622.
27) Gravadas para a ocasião pelo “tagliapietra” Giuseppe Pellarin (Diário da Congregação,
09/12/1901).
28) Sobre o altar havia então o crucifixo de madeira dourada que hoje se encontra no refeitório da
comunidade de Veneza.
29) Zanon, op. cit. v. II, pp. 627-637.
30) Servos de Deus os irmãos Anton’Ângelo e Marc’Antônio Cavânis, verdadeiros [n. do tradutor:
o correto seria o advérbio verdadeiramente, “vere” em latim] pais da juventude, fundadores da
Congregação dos Clérigos seculares das Escolas de Caridade.
31) Op. cit., v. II, p. 282, p. 523.
32) Casara, op. cit., ms, nota 4.
33) O vermelho “veneziano” era uma cor muito mais apropriada do que o atual rosa-tijolo que hoje,
infelizmente, com as cores branco e marfim, andam muito de moda em Veneza, contra as tradições
das cores venezianas pelo menos dos últimos séculos.
34) Anônimo ( = Direção da Cháritas, ou seja a revista oficial do Instituto), 1939, 6 (4): 2-16.
35) È-nos difícil compreender hoje porque os padres Cavânis da época, nas figuras do Prepósito Pe.
Aurélio Andreata e do Comitê de promoção do 1° Centenário do Instituto, presidido por Luigi
Benvenuti, tenham pedido, aprovado e fixado, pelo menos no número citado, vide n° 26 da
Cháritas, a reforma Forlati na sua forma draconiana, deixando assim demolir a fachada, ainda que
fosse feia, construída com tantos sacrifícios, pouco menos de um século antes, pelos Fundadores.
Poderíamos hipotizar que já não se lembrassem mais de que a fachada tinha sido construída por
eles? Hoje, de fato, ninguém mais o recorda; mas parece improvável - ainda que não impossível que a memória já se houvesse perdido naquele tempo. Terá influído, sem dúvida, no caso, a falta do
Diário da Congregação no período 1839-1849, que é exatamente o período da construção. “Povo
sem arquivo é povo sem memoria”. Seja lá como for, pelo que se refere a mim, penso que a igreja
de Santa Inês, esteja muito melhor assim como o Forlati a quis.
36) “Rioterà” em dialeto veneziano significa “canal soterrado”. Dá-se este nome a uma rua obtida,
sobretudo no século XIX, aterrando um canal. Os Cavânis tinham nascido na Fondamenta dele
Zattere (define-se “Fondamenta” uma via veneziana que tem de um lado casas e do outro, o canal)
com vista ao Canal da Giudecca desde as janelas do palácio da família; viveram quase toda sua vida
adulta na “casetta” da comunidade, na “Fondamenta dei Arsenaloti”, que dava ao Canal de Santa
Inês, foram sepultados na capela do Crucifixo, ao lado da estreita Fondamenta de Santa Inês ou da
igreja. O canal de fato foi aterrado somente em 1863.
37) Com certa irreverência, alguém o chamava de “o tronco de açougueiro”.
38) Crucifixo que se encontra atualmente sobre o altar da sacristia da igreja de Santa Inês.
39) Que hoje se encontra sobre o altar do Santo Sacramento na igreja de Santa Inês.
40) Zanon, op. cit., v. II, p. 635.
41) Isto é a reconstrução dos interstícios, do teto, dos rebocos exteriores.
42) O pavimento, o altar, as instalações e toda a mobília.
43) Já havia feito para nós o projeto dos móveis da capela da comunidade de Córsico (MI).
44) Que, por sua vez, antes, se achava sobre o altar do Santo Sacramento de Santa Inês.
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Curia generalizia dei Padri Cavanis
Via Casilina, 600
00177 - ROMA
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