a teoria da evolução passada a limpo - Revista Nascente

Transcrição

a teoria da evolução passada a limpo - Revista Nascente
Ex-piloto
israelense conta
sobre cativeiro
na Síria
A TEORIA DA EVOLUÇÃO
PASSADA A LIMPO
Tevet / Shevat 5774
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Tevet / Shevat 5774
Tevet / Shevat 5774
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ESTERN
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Tevet / Shevat 5774
Editorial
A humanidade
A humanidade pode ser dividida em dois
(medida da quantidade de desordem) em um sis-
grandes grupos: aqueles que acreditam em um
tema isolado sempre aumenta com o tempo. Isto
Criador do Universo e aqueles que não acredi-
é frontalmente contrário ao fundamento da Teo-
tam.
ria da Evolução, que declara: “A infinita e orga-
Praticamente a única alternativa que busca
nizada variedade de espécies existentes reflete
ser lógica para os adeptos do segundo grupo é
estágios da evolução casual da mesma matéria
a “Teoria da Evolução”. Mas após 155 anos de
inerte.” O mundo caminha para a desordem e
sua exposição, existe uma grande quantidade de
não para uma ordem maior!
refutações a seus argumentos.
Nesta edição trazemos a matéria “A Teoria
da Evolução Passada a Limpo”, que traz uma
Segundo a moderna matemática, a proba-
exposição realista e abrangente sobre o tema,
bilidade de que a molécula inicial foi criada
por acaso é praticamente zero: 10-252. Mesmo
bem como argumentos lógicos e até mesmo inEsta teoria não versa sobre a Criação do
considerando-se bilhões de bilhões de anos (um
bilhão de anos equivale a 108 anos) esta pro-
Universo, mas sim sobre sua evolução. Não tenta
babilidade não sairia do “praticamente zero”.
responder “quem criou o mundo”. Não esclarece
Isso sem levar em consideração a incontável
de onde veio toda a matéria que se transfor-
sequência de casualidades necessárias até a
mou nos seres animados e inanimados. Já que a
formação do homem.
contestáveis contra a Teoria da Evolução.
Primeira Lei da Termodinâmica determina que
Outra evidência óbvia contra Darwin é o fato
“nada se perde, nada se cria”, a matéria que
de que não se encontram formas intermediári-
compõe todos os seres já existia, de alguma ma-
as em registros fósseis, ou no mundo moderno,
neira, antes da “primeira célula”.
dos estágios da suposta evolução. Apesar da
Sendo assim, a única alternativa que busca
vasta oferta de praticamente todas as espécies
ser lógica para os adeptos do segundo grupo –
de animais e plantas fossilizados, não existe
aqueles que não acreditam em um Criador – não
qualquer evidência de formas intermediárias
é de fato uma alternativa.
entre plantas e animais, entre peixes e anfíbios,
A Teoria da Evolução não nega – nem poderia – a Primeira Lei da Termodinâmica. Segundo este princípio da natureza, a quantidade de
energia disponível no Universo é constante.
O que conhecemos como “leis da natureza”,
são verdades fundamentais – princípios comprovados na teoria e na prática.
Tevet / Shevat 5774
Este é apenas um dos inúmeros argumentos
que desmantelam a Teoria da Evolução.
entre anfíbios e répteis, entre répteis e aves ou
mamíferos.
Por esses e tantos outro motivos, quanto maiores os avanços científicos, maior é o número de
adeptos na comunidade científica do grupo dos
que acreditam em um Criador.
Com tantas evidências contrárias, por que
O que conhecemos como “teorias” são
a Teoria da Evolução continua a ser tão difun-
suposições, apenas hipóteses que precisam ser
dida? Provavelmente a psicologia moderna res-
comprovadas. Uma teoria não pode contrariar
ponda ser uma “racionalização” dos homens.
uma lei científica. A Teoria da Evolução não se
Leia “A Teoria da Evolução Passada a Lim-
opõe à Primeira Lei da Termodinâmica, mas con-
po” e deixe de “racionalizar” sobre uma questão
traria a Segunda! Conforme esta lei, a entropia
que pode reorientar sua vida.
5
Nº 129
Capa:
Teoria da Evolução
Passada a Limpo
Ex-piloto
israelense conta
sobre cativeiro
na Síria
A TEORIA DA EVOLUÇÃO Torá e Ciência,
PASSADA A LIMPO pág. 20.
Tevet / Shevat 5774
45Comportamento
“Atitude É Tudo!”.
Francie Baltazar Schwartz
1
Expediente
A revista Nascente
é um órgão bimestral de divulgação da
Congregação Mekor Haim.
Rua São Vicente de Paulo, 276
CEP 01229-010 - São Paulo - SP
Tel.: 11 3822-1416 / 3660-0400
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supervisão: Rabino Isaac Dichi
diretor de redação: Saul Menaged
colaboraram nesta edição:
Ivo e Geni Koschland
e Silvia Boklis
47 Dinheiro em Xeque
“A Carta”.
A lei judaica sobre casos
monetários polêmicos do
dia a dia.
projeto gráfico e editoração: Equipe Nascente
A Nascente contém termos sagrados.
Por favor, trate-a com respeito.
6
49Mussar
“Escolha das Palavras”.
Rabino Zvi Miller
“As Pedras, o Balde e a
Falta de Tempo”.
tiragem: 11.500 exemplares
Os produtos e estabelecimentos casher
anunciados não são de responsabilidade da
Revista Nascente. Cabe aos leitores indagar
sobre a supervisão rabínica.
“As Questões do Rei”.
08 Pensando Bem I
editora: Maguen Avraham
O conteúdo dos anúncios
e os conceitos emitidos nos artigos
assinados são de inteira responsa­bilidade
de seus autores, não representando,
necessariamente, a opinião da diretoria da
Congregação Mekor Haim ou
de seus associados.
12 Era uma Vez
55 De Criança para Criança
52 Datas e Dados
Datas e horários judaicos,
parashiyot e haftarot
para os meses de tevet e
shevat.
“Ruivo”.
Chayim Walder
13Entrevista
“Noach Herz, Ex-Piloto da
Força Aérea de Israel”.
O relato de como foi o
tempo de cativeiro em
uma prisão síria.
Tevet / Shevat 5774
19 Pensando Bem II
“Pensamentos”.
20 Torá e Ciência
“A Teoria da Evolução Passada a Limpo”.
10 Portal Judaico
Brasileiro
“Um Mundo de
Judaísmo”.
42 Visão Judaica I
“Leis Sociais”.
Rabino I. Dichi
50 Visão Judaica II
“Momento de Reflexão”.
Rabino I. Dichi
38Variedades
“Maravilhas Geográficas”.
30 Nossa Gente
Acontecimentos que foram destaque na colônia.
Tevet / Shevat 5774
7
Pensando Bem I
As Pedras, o Balde e a
Falta de Tempo
Um professor
Um professor de um colégio queria de-
pedras grandes. Ele perguntou novamente:
– Agora o balde está cheio?
monstrar um importante conceito a seus alu-
Alguns hesitaram, mas a maioria respon-
nos. Ele pegou um balde, encheu-o totalmente
deu que sim.
com pedras e perguntou aos alunos:
Em seguida o professor levantou uma lata
– O balde já está cheio?
Todos responderam afirmativamente.
com areia e começou a despejá-la dentro do
Ele pegou então um saco de pedregulhos
balde. A areia preencheu os espaços vazios.
e v irou dentro do balde. Os peq uenos pe-
Pela terceira vez o professor perguntou:
– Está cheio?
dregulhos se alojaram nos espaços entre as
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Tevet / Shevat 5774
Pensando Bem I
Muitos alunos nem responderam,
pedras grandes são as coisas impor-
mas a i nda fora m ouv idos mu itos
tantes de sua vida: sua família, seus
“agora está!”.
amigos, seu crescimento pessoal. Se
Final mente, o professor pegou
você preencher sua vida com coisas
um jarro de água e derramou-a den-
pequenas, representadas pela areia e
tro do balde. A água saturou a areia.
pela água, nunca terá tempo para as
– Que lição aprendemos com esta
Aguardamos sua visita!!!
coisas importantes!
demonstração? – Perguntou o pro* * *
fessor para a classe.
Um jovem e brilhante aluno levantou a mão e respondeu:
Ent ão, q u a i s são a s “g ra ndes
– Não importa o quanto a ‘agen-
pedras” da sua vida? Passar algum
da’ das nossas vidas esteja cheia,
tempo com seus filhos, com seus pais
s empre c on s eg u i remos enc a i x a r
e cônjuge? Fazer o bem com o próxi-
novos afazeres!
mo? Usar seu tempo para estabelecer
– Nã o, n ã o é e s s e o o b j e t i v o
metas, planejamentos ou avaliar seu
– disse o professor. – O ponto é o
progresso? Ir a um seminário ou a
seguinte: a menos que você ponha
aulas para crescer espiritualmente?
a s p e d r a s g r a nde s e m p r i me i r o
Quando você estiver incomodado
lugar dentro do balde, nunca mais
com a falta de tempo para realizar
conseguirá colocá-las. Se o balde já
suas atividades, lembre-se da his-
estiver cheio de areia e água, não
tória sobre as grandes pedras e o
será possível encai xar pedras. As
balde!
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VÍDEOS DE EVENTOS
NO NOSSA GENTE
AULAS DO
RABINO ISAAC DICHI
PALESTRAS DO
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RABINO DANIEL FAOUR
VÍDEOS DO RABINO
ISAAC DICHI
AULAS DE MISHNÁ COM O
RABINO DANIEL FAOUR
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PALESTRAS DE
CLEMENT ABOULAFIA
AULAS DE GUEMARÁ COM O
RABINO DANIEL FAOUR
VÍDEOS DO RABINO
SHALOM BENAMOR
VÍDEOS DE
CLEMENT ABOULAFIA
Tevet / Shevat 5774
249
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BAR MITSVÁ
TRECHOS CANTADOS DA
TEFILÁ DE SHABAT
DICIONÁRIOS DE
HEBRAICO ILUSTRADOS
56
52
4
PIZMONIM
CANTADOS
VÍDEOS COM A
LEITURA DA TORÁ
VÍDEOS COM
AS SELICHOT
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HORÁRIO DAS
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8
14
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Tevet / Shevat 5774
Era uma vez
As Questões do Rei
Conta-se que
Conta-se que, num país longínquo, há mui-
aquele onde você está. O lugar onde você mora,
tos séculos, um rei se sentiu intrigado com al-
vive, cresce, estuda, trabalha e atua. É lá que
gumas questões. Desejando ter respostas para
você deve ser útil, prestativo e amigo.
elas, resolveu estabelecer um concurso no qual
2. A tarefa mais importante do mundo
todas as pessoas do reino poderiam participar.
não é aquela que você desejaria executar, mas
O prêmio seria uma enorme quantia em
aquela que você deve fazer. Por isso, pode ser
ouro, além de títulos de nobreza. Seria premia-
que o seu trabalho e suas obrigações não se-
do com tudo isto quem conseguisse responder
jam as mais agradáveis e bem remuneradas
a três questões:
do mundo, mas são aquelas que permitem seu
1. Qual é o lugar mais importante do mun-
lhe permitem desenvolver as potencialidades
do?
2. Qual é a tarefa mais importante do
mundo?
3. Quem é o homem mais importante do
mundo?
que existem dentro de você. Essas obrigações
lhe permitem exercitar a paciência, a compreensão, a fraternidade. Se você não tem o que
ama, importe-se que ame o que tem. Cada
Sábios e ignorantes, ricos e pobres, crian-
mínima tarefa é importante. Se você falhar,
ças, jovens e adultos se apresentaram, tentan-
ou omitir-se dela, ninguém a executará em seu
do responder as três perguntas.
lugar exatamente da maneira que você a faria.
Para desconsolo do rei, nenhum deles deu
uma resposta que o satisfizesse.
12
próprio sustento e de sua família. São as que
3. Finalmente, o homem mais importante
do mundo é aquele que precisa de você, por-
Havia um ancião de reconhecida sabedoria
que é ele que lhe possibilita a mais bela das
que não se inscreveu no concurso. A este sábio
virtudes: a caridade, a bondade. Sua prática
não importavam as fortunas nem as honrarias
é a mais alta conquista que o homem pode
da Terra.
desejar.
Apesar do desinteresse do sábio, o rei
O rei, ouvindo as respostas tão ponderadas
convocou-o para vir à sua presença e tentar
e bem fundamentadas, aplaudiu agradecido.
responder suas indagações.
Para sua própria felicidade, descobrira um
E o ancião respondeu a todas:
sentido para a sua vida, uma razão de ser para
1. O lugar mais importante do mundo é
os seus anos sobre a Terra.
Tevet / Shevat 5774
Entrevista
Uma das matérias publicadas em Israel sobre a captura de Noach Herz e a foto que foi originalmente divulgada pelo
jornal francês “Le Monde” – o primeiro sinal de vida.
Noach Herz, Ex-Piloto da
Força Aérea de Israel
Noach Herz serviu como piloto da Força Aérea Israelense em 1973,
quando eclodiu a Guerra do Yom Kipur. Ele foi capturado e permaneceu
cativo durante dezenove meses e meio em uma prisão síria.
Recentemente visitou o Brasil e concedeu a seguinte
entrevista exclusiva para a Nascente:
Tevet / Shevat 5774
13
Entrevista
Nascente: Onde você estava quan-
parativos árabes para a guerra, nem
nitivamente, foi um milagre revelado
do soube do início da Guerra de Yom
enxergou o conflito iminente às portas
que a guerra terminou com a vitória
Kipur?
de Israel. Assim, repentinamente nos
de Israel. Esta opinião era consenso
Noach: Eu havia sido liberado
vimos em uma guerra cruel e muito
em todo o exército no final da guerra.
da força aérea dois meses antes da
difícil. No início, houve um perigo
guerra, após cinco anos de serviço
eminente contra a própria existência
militar como piloto. Fui morar em um
da nação. Já naquele primeiro mo-
pequeno moshav na região da Aravá,
mento da guerra, sabíamos que havia
no Sul de Israel. O moshav chamava-
poucas chances de vencermos.
que veio a meu encontro. Os soldados
pação?
Noach: Nos pr imeiros dias da
guerra eu, como piloto experiente,
voei em missões tanto no norte quan-
-se “En Yoav”. No próprio dia de Yom
Kipur, surpreendi-me de ver um jipe
Nascente: Qual foi a sua partici-
Nascente: Conte um pouco do desenrolar da guerra.
to no sul. Em uma dessas missões ao
longo do Canal de Suez fui atingido
me disseram que estava por estourar
Noach: No dia mais sagrado do
mas, graças a D’us, consegui voltar
uma guerra e que eu deveria acompa-
ano, o Yom Kipur que caiu em um
para casa. No quinto dia da guerra
nhá-los para um aeroporto próximo.
Shabat, os exércitos egípcio e sírio
recebi a missão de atacar uma base
Em pouco tempo, eu estava pilotando
atacaram simultaneamente em duas
de lançamento de mísseis SA-6 nos
novamente meu avião “Skyhook”.
frentes: pelo norte e pelo sul de Israel.
subúrbios de Damasco. Esses mísseis
O nosso exército não estava em pron-
têm alcance de 30Km e atingem uma
tidão. Em pouco tempo as forças ini-
velocidade de 400Km/h. São equi-
migas atacaram as bases no Canal de
valentes aos mísseis AIM-120 norte-
Nascente: Você já esperava por
uma guerra?
Noach: Não. Definitivamente, não.
Suez, conquistando a maioria delas.
-americanos. Era o dia 10 de outubro
Ninguém esperava! A guerra foi uma
No final do primeiro dia de guerra ha-
de 1973. Nessa missão, meu avião foi
surpresa total. Na época havia uma
via no Canal mais de 50 mil soldados
atingido e eu fui capturado pelo exér-
indiferença do exército israelense
egípcios! Graças ao enorme deserto
cito sírio.
quanto a qualquer ameaça. Havia
do Sinai ao sul, a ameaça do ataque
uma concepção unânime na qual os
inimigo às cidades israelenses não era
Nascente: Conte um pouco dos de-
países árabes, após a Guerra dos Seis
tão iminente. Mas no norte, somente
talhes sobre essa missão na qual você
Dias, não mais se atreveriam a entrar
um enorme milagre salvou a cida-
foi capturado.
em guerra contra Israel. Esta teoria
de de Tiveria de uma invasão síria.
Noach: Antes de chegar ao alvo,
foi provada errônea. Houve uma enor-
Eles estavam muito, muito próximos.
seria necessário fazer um longo voo
me falha da inteligência de Israel na
Chegaram até Guesher Benot Yaacov,
rasante para não ser identif icado
época, que não detectou todos os pre-
no nordeste do Vale do Yarden. Defi-
pelos radares inimigos. Eu precisaria
GUP'S JEANS
Malharia e Confecções Pol-Sar Ltda.
“Quando te habituares com a virtude da modéstia,
acanhando-te diante de todas as pessoas, temendo o Criador e
o pecado, pairará sobre ti o espírito da Shechiná – a Presença
Divina – e o esplendor de Sua glória no Mundo Vindouro.”
Iguêret Haramban
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14
Tevet / Shevat 5774
Entrevista
voar a cerca de apenas seis metros do
que soldados sírios me encontraram.
troca de prisioneiros no dia primeiro
solo! Independente do destino, esse
Se eu tivesse sido capturado pelos
de junho de 1974.
tipo de missão está entre as mais pe-
aldeões sírios, certamente teriam me
rigosas da força aérea. Mesmo sem os
matado, como fizeram com vários co-
riscos de uma guerra, um voo rasante
legas meus que abandonaram o avião
é perigosíssimo e exige concentração
em território sírio.
Nascente: Sua esposa foi comunicada?
Noach: Si m. Comu n icaram-na
total do piloto, para não se chocar com
Após três dias em um hospital
imediatamente. Ela chorou muito,
qualquer obstáculo que se eleve mais
sírio, fui enviado, com uma perna
mas disse: “Sinto q ue Noach está
de seis metros acima do solo. Além
amputada, para a prisão MASA em
vivo!”. Ela permaneceu otimista. A
disso, como era de se esperar, o lugar
Damasco. Permaneci lá por um ano,
notícia oficial de que eu estava vivo só
em questão estava repleto de baterias
sete meses e dezessete dias, até ser
chegou depois de quatro meses e meio
de mísseis antiaéreos. Era sabido que
resgatado devido a uma negociação de
após uma visita da Cruz Vermelha à
os sírios não poupavam mísseis para
atingir aviões israelenses – principalmente em uma base de centenas de
mísseis na capital síria. Assim, essa
missão podia ser considerada como a
mais perigosa e arriscada da guerra.
Mas nós tínhamos a obrigação de
proteger o Estado! A educação que
sempre recebemos foi que a responsabilidade da sorte do país dependia
de nós. E, desta vez, estava em jogo
nosso próprio lar: viver ou, D’us nos
livre... Isso nos deu um grande incentivo e uma grande motivação naquela
oportunidade!
C
Nascente: O que aconteceu após o
M
seu avião ser atingido?
Y
CM
Noach: Em nossas missões, semMY
pre voamos em pares. O meu avião
CY
CMY
foi atingido por um míssil SA Russo e
K
caiu. Meu colega voltou para a base.
Na base, ele relatou que viu meu avião
ser atingido e cair, e que não tinha
visto nenhum paraquedas abrir... Mas
aconteceu um grande milagre comigo
e escapei com vida, embora inconsciente e gravemente ferido. Antes de
meu avião se chocar contra o solo, nos
últimos segundo, ejetei-me e o paraquedas se abriu a apenas 50 metros
do solo. Por isso, meu companheiro
não conseguiu me enxergar e eu fui
considerado desaparecido pelo exército. Nestas condições, “desaparecido”
significa “morto”. Outro milagre foi
Tevet / Shevat 5774
15
Entrevista
prisão síria. Mas, antes disso, o de-
do cativo, para conseguir obter mais
inicial de ter apenas uma perna era
partamento de inteligência já possuía
informações sobre as bases da força
algo complexo e complicado. Convi-
indícios de que eu estava vivo. O jornal
aérea, os tipos de aviões, munições,
ver com uma perna não é simples.
francês “Le Monde” havia publica-
etc. Tudo isso, é claro, sem dar míni-
Os interrogatórios, espancamentos e
do uma foto na qual eu estava num
mas condições humanas no cativeiro.
toda a tortura são coisas difíceis de
hospital sírio. Esta foto futuramente
Fui jogado em uma cela de tamanho
descrever. O medo das investigações
foi publicada em outros periódicos.
2 X 1,5 metros. Muito pouca comida,
era grande – será que viriam me le-
Mas, sem uma confirmação oficial,
muito pouca bebida. Banheiro, nem
var para mais um interrogatório? O
havia a preocupação de que os sírios
pensar! O cheiro era insuportável.
interrogador seria ainda mais cruel
fizessem-me desaparecer.
Muito frio. Muita dor. Fiquei assim
que o anterior?
durante quatro meses, sozinho, soziNascente: Você acredita que estava consciente do risco que correu
nho, sozinho. O mais difícil de tudo é
de solidão o que aconteceu?
a solidão!
Noach: Após este período, os sí-
naquela missão?
Noach: Sim, todos nós estávamos
cientes do alto risco envolvido. Mesmo
Nascente: Após os quatro meses
Nascente: Como eram os interrogatórios?
rios juntaram todos os pilotos cativos
em um quarto grande. Ficamos lá
assim, saíamos para as missões de
Noach: Muito difíceis! Um enorme
mais quinze meses até que aconteceu
coração pleno. Acredito que se a situ-
sofrimento. Com espancamentos, tor-
a troca de prisioneiros entre Israel
ação se apresentasse novamente, eu
turas e choques elétricos.
e Síria no dia 11 de Sivan de 5734.
Este período foi totalmente diferente
faria o mesmo. Hoje eu sei que existe
um Criador que cuida de todos nós, e
a mitsvá de proteger o Povo de Israel
em uma guerra é muito grande!
Nascente: Houve muitas baixas do
lado israelense na guerra?
Noach: Sim, infelizmente houve.
Nascente: Como eram seus pensamentos na prisão solitária?
do primeiro. Inventamos vários tipos
de competição e jogos de cartas para
Noach: Na época eu não sabia o
passar o tempo.
que significava ter fé em D’us. Mas eu
Sabíamos que o governo faria de
sou um otimista por natureza. Eu pen-
tudo para nos levar de volta para casa.
sava o tempo todo que tudo acabaria
Todo o tempo esperamos por uma
bem e que eu voltaria para casa.
troca de prisioneiros. Entre nós havia,
Muitos pilotos colegas meus caíram
Quando caí em cativeiro, em outu-
claro, todo tipo de especulações de
em batalhas, incluindo o meu coman-
bro, minha esposa estava grávida. Eu
quando isso aconteceria. Começamos
dante de esquadrão. Isso é algo terrí-
sabia que ela daria a luz em dezem-
a receber visitas da Cruz Vermelha
vel nas guerras.
bro. Pensei muito sobre ela e sobre o
e percebemos que o momento estava
bebê. Com quem se pareceria? Qual a
chegando. Foi nessa época que recebi
cor dos olhos?
uma mensagem por intermédio da
Nascente: Como foi na prisão?
Noach: Foi muito difícil! Inicial-
O período mais difícil foram as
mente eles tentam quebrar o espírito
primeiras seis semanas. A situação
Cruz Vermelha que eu tinha um filho
chamado Ohad.
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Entrevista
Desde o final da guerra de Yom
estávamos. Com o decorrer do tempo,
de. Cerca de sete anos depois de mi-
Kipur, o governo de Israel insistiu em
organ i zamos u m minyan para as
nha libertação, conheci o Rav Yossef
negociar uma troca de prisioneiros.
orações. Primeiro no Shabat, e depois
Bruck e a Yeshivá Netivot Olam. Foi
Passados um ano e meio, a negocia-
durante os dias de semana também.
uma recomendação de um piloto que
ção resultou frutífera e voltamos para
Havia entre nós um soldado messorati
servia sob meu comando e frequenta-
casa. Primeiramente os feridos e,
(com educação tradicional), que nos
va aquele lugar. Eu lhe afirmei que os
alguns dias depois, todos os demais.
ensinou a rezar.
procuraria na tentativa de obter respostas a perguntas que eu possuía em
Nascente: Existe alguma boa recordação do cativeiro?
Nascente: O que aconteceu logo
após a libertação?
meu interior, algumas delas da época
do cativeiro.
Noach: Lembro-me que, embora
Noach: Após a libertação eu que-
nenhum dos pilotos fosse observan-
ria voltar para o meu moshav “En
Nascente: Noach, o que você ima-
te do judaísmo, acendemos velas de
Yahav”, perto de Eilat. Mas é difícil ser
ginava quando lhe propuseram visitar
Shabat logo na primeira semana que
um agricultor sem uma perna. Então
uma yeshivá?
nos reuniram. Isso foi muito especial
eu voltei para o exército e trabalhei
Noach: Na realidade, não ima-
e emocionante. Fizemos uma vela
em cargos de escritório enquanto es-
ginei que encontraria naquele lugar
improvisada da seguinte maneira: pe-
tudava engenharia eletrônica no Ins-
algo que eu ainda não soubesse. Eu
gamos um pedaço de papel alumínio,
tituto Technion em Haifa. Continuei
estava praticamente seguro de já ter
retiramos alguns fios de cobertores,
no exército até me aposentar como
todas as “respostas certas”. Fui até lá
e com isso fizemos um pavio. De uma
tenente-coronel em 1985.
para agradar meu amigo piloto. Rece-
sopa turva, retiramos uma camada
O cativeiro para mim foi um tipo
bi uma educação exclusivamente laica
de gordura. Assim, durante alguns
de teste, no qual enfrentei enormes
em Israel. Eu tinha prontas algumas
segundos, as velas de Shabat ilumi-
dificuldades, físicas e espirituais, com
perguntas e estava seguro que choca-
naram a terrível escuridão na qual
um forte questionamento de identida-
ria os rabinos com elas. Logo quando
Tevet / Shevat 5774
17
Entrevista
cheguei à yeshivá, surpreendi-me
seguimos nos manter fiéis à terra de
uma aula para mulheres organiza-
com a agradável recepção e o bom
Israel e a Jerusalém? Por que não
das pela yeshivá. Um novo horizonte
ambiente no qual fui recebido. Isso
fomos mesclados como todos os po-
abriu-se para nós. Gostávamos muito
já era completamente contrário às
vos que perderam suas identidades?
do grande embasamento dos assuntos abordados, da sinceridade dos
minhas expectativas. A lém disso,
as pessoas não se assustaram com
Nascente: E o que você pensou,
rabinos e, principalmente, da clareza
minhas perguntas em absoluto. Es-
já que não tinha as respostas que
com que respondiam cada questiona-
clareceram-me sobre vários assuntos
imaginava ter?
mento nosso. Quando saí do exército,
com inteligência. Por outro lado, sur-
Noach: Logo entendi que muitos
passei a ter muito mais tempo para
preendentemente deixaram-me “de-
assu ntos não possu íam respostas
conhecer o judaísmo. Desde então,
vendo respostas” em alguns pontos
si mples e rápidas. Que hav ia u m
procuro crescer, estudar e conhecer
nos quais eu estava anteriormente
conteúdo profundo e extenso que eu
cada vez mais o judaísmo autêntico,
seguro.
ainda não conhecia. Questionamen-
maravilhoso.
tos novos que exigiam meditação e
Nascente : Qual resposta você
pesquisa.
Noach: Na educação socialista
que recebi, obviamente não havia
dado forças e por ter terminado tudo
em paz. Sei que em uma situação tão
não soube responder que mais o impressionou?
Hoje agradeço a D’us por ter me
Nascente : Você tomou alguma
difícil, D’us nos dá forças especiais.
atitude para obter as respostas que
Se considerarmos qualquer situação
você procurava?
como uma nova experiência e prova
lugar para o Cr iador. Assi m, não
Noach: Bem, eu não tinha mui-
dos céus, superamos e crescemos em
pude dar u ma resposta honesta e
to tempo para encontrar todas as
qualquer situação. Eu tentei buscar
verdadeira para o simples fato de o
respostas rapidamente, pois ainda
em todas as coisas o bom e o positi-
povo de Israel existir apesar de todas
servia o exército. De qualquer forma,
vo. Quando a situação estava muito
as desgraças e perseguições que pas-
durante as noites eu ia com minha
difícil, não me deixei desencorajar.
sou. Como o Povo de Israel continua
esposa estudar um pouco na yeshivá.
Eu sou uma pessoa com muita espe-
existindo enquanto todos os outros
Morávamos em Machmoret, ao lado
rança. Quem quer que conquiste essa
povos e imensos impérios perderam-
de Netanya. Eu estudava com o ra-
forma de encarar a vida, creio, terá
-se e foram esquecidos... Como con-
bino e minha esposa participava de
uma vida mais tranquila e melhor!
Nascente: Há algum conselho que
você gostaria de dar?
É muito comum que, nas situações
favoráveis que vivenciamos, haja um
Noach: Há vários conselhos que
pequeno detalhe adverso, algo que
eu gostaria de dar. Mas vou mencionar
não nos agrada. Pode ser em uma vi-
ao menos um, que seria de grande va-
agem, em uma casa, em uma roupa,
lia para nossa geração. Não estamos
em um jantar, em um amigo... O con-
acostumados a valorizar o que possuí-
selho do yêtser hará – a má inclinação
mos. Reclamamos muito por pequenos
dentro de nós – é fazer com que nos
detalhes e não agradecemos por enor-
concentremos neste pequeno detalhe
mes benefícios. Devemos agradecer a
negro e passemos a enxergá-lo como
D’us por cada perna que possuímos,
se fosse enorme. Se estivermos aten-
pelos braços e por enxergarmos. Por
tos a este fato tão corriqueiro e conse-
termos comida, uma cama, coberto-
guirmos evitá-lo, valorizaremos todo
res... Devemos reclamar menos com
o bem que possuímos, reclamaremos
nossos pais, com nossos irmãos, com
menos, seremos mais queridos por
nossas esposas, maridos e filhos; com
todos e viveremos com maior alegria,
nossos amigos. Devemos agradecer-
potencializando nossas ações e su-
lhes por tudo que nos proporcionam.
cessos.
18
Foto recente de Noach Herz
Tevet / Shevat 5774
Pensando Bem II
Pensamentos
Aquele que vive sem disciplina
morre sem honra.
A vida não é um prato a ser esvaziado,
mas uma jarra a ser enchida!
Preocupação é o juro pago antecipadamente
por um débito que na maioria das vezes não vem!
Preocupação é tão eficaz quanto mascar chiclete!
Preocupação é como uma cadeira de balanço:
mantém você ocupado, mas não o leva a lugar algum.
A chave da felicidade é saber abrir mão.
Em busca da felicidade não persiga borboletas,
cuide das flores para que elas venham até você!
Fique feliz com a alegria dos demais
e D´us ficará feliz em alegrá-lo.
Felicidade não é ter o que se quer,
mas sim querer o que se tem.
Tevet / Shevat 5774
19
Torá e Ciência
A TEORIA DA
EVOLUÇÃO
PASSADA A
20
LIMPO
Tevet / Shevat 5774
A Teoria da Evolução,
exposta por Darwin há
cento e cinquenta e cinco
anos, foi uma tentativa
de desembaraçar um
confuso enigma.
Tevet / Shevat 5774
21
Torá e Ciência
A Teoria da Evolução se esforça
nhecemos como “homem”. Todas as
Teoria da Evolução?
para explicar estes dois aspectos do
formas de vida existentes na atuali-
O mundo que nos rodeia revela
nosso mundo – a infinita e organizada
dade são apenas estágios da evolução
variedade de espécies existentes.
casual da mesma matéria inerte.
O que sugere a
dois aspectos notáveis. Em primeiro
lugar, existe uma surpreendente va-
Dar w i n for mu lou a Teor ia da
A infinita variedade de espécies é
riedade de plantas e animais – cente-
Evolução baseando-se em certas des-
explicada pela grande quantidade de
nas de milhares de espécies diferen-
cobertas científicas. Sua teoria sus-
alterações ocorridas, casualmente,
tes, mas organizadas em uma ordem
tenta, em resumo, que “no princípio
em diferentes meios circundantes.
perfeita, com uma clara divisão em
houve matéria inerte”. Ele acreditava
As similaridades entre as espécies
famílias que compartilham certas
que a conjunção casual de certos
devem-se ao fato de que a vida evo-
qualidades. Cada espécie existente
produtos químicos deu origem a um
luiu a partir dos mesmos produtos
possui características invariáveis que
composto que, por sua estabilidade e
químicos.
lhe são próprias.
características superiores, adquiriu a
Como se produziram exatamente
Em segundo lugar, existe um cer-
capacidade de sobreviver, adaptar-se
estas mudanças e o que as originou?
to objetivo na existência do mundo.
e reproduzir-se. Em outras palavras,
As explicações para tais perguntas
Todos os aspectos de cada criatura,
esta substância inicial tinha a capa-
foram diferentes em cada época.
como a sua conduta, estão destina-
cidade de criar outros compostos do
As teorias de Darwin como foram
dos a um propósito específico; por
mesmo tipo por meio de processos fí-
inicialmente enunciadas foram rapi-
exemplo, a sobrevivência individual
sicos e químicos comuns. Isto é o que
damente refutadas pelas evidências
ou a continuação da espécie. Assim,
foi chamado de “a primeira célula”.
científicas.
as formas com que cada indivíduo
Por meio de sucessivas reações
A teoria atualmente em pauta é a
interage com outros em sua espécie
químicas e mudanças no meio am-
denominada “neodarwinismo” e está
têm uma razão definida. Igualmente
biente, o composto adquiriu uma
baseada no conceito das mutações,
existem motivos nas relações entre
crescente complexidade. Através de
alterações repentinas e casuais nos
espécies diferentes e, ainda, entre a
bilhões de anos, sofreu inumeráveis
códigos genéticos transmitidos a uma
vida vegetal ou animal e o seu meio.
mutações, adquiriu novas caracte-
nova geração, causadas por um “erro”
O estudo destas relações é o objetivo
rísticas, até que, finalmente, resultou
da natureza. Esses erros podem ser
da ecologia.
na estrutura físico-química que co-
evidenciados, por exemplo, no nasci-
800 Cientistas Contra Darwin
Em uma declaração intitulada “Dissidência Científica
Contra o Darwinismo” lançada
pelo Seattle Discovery Institute para a Ciência e Cultura em
2001, mais de 800 renomados
cientistas contestam a validade
científica da Teoria da Evolução
de Darwin. São cientistas de
variadas áreas: ciências biológicas, física, química, matemática,
medicina, ciência da computação
e disciplinas relacionadas. Todos
possuem doutorado e a maior
proporção é de biólogos. A lista
inclui o endosso de membros da
prestigiada Academia Nacional
de Ciências dos Estados Unidos
e da Academia Russa de Ciências. Muitos são professores ou
22pesquisadores em importantes
universidades e instituições de
pesquisas, tais como: MIT, Instituto Smithsoniano, Universidade
de Cambridge, Universidade da
Califórnia, Universidade de Princeton, Universidade da Pensilvânia, Universidade Estadual de
Ohio, Universidade da Geórgia,
Universidade de Washington e
muitas outras.
A declaração diz: “Nós
somos céticos quanto às afirmações de a capacidade da mutação
aleatória e seleção natural explicarem a complexidade da vida.
Um exame cuidadoso da evidência da teoria darwinista deveria
ser encorajado.”
A lista completa dos cientistas pode ser obtida em: http://
www.dissentfromdarwin.org/download.php.
Philip Skell, membro da National
Academy of Sciences dos EUA.
Lyle Jensen, membro da Associação
Americana para o Avanço da Ciência.
Stanley Salthe, biólogo evolucionista autor de livros didáticos.
Lev Beloussov, embriologista da
Academia Russa de Ciências Naturais.
Emil Palecek, professor de biologia molecular da Universidade Masaryk, líder
do Instituto de Biofísica da SCI.
Henry F. Schaefer, diretor do Centro de
Química Quântica computacional da
Tevet / Shevat 5774
Universidade da Geórgia.
Torá e Ciência
mento de um cordeiro com duas cabe-
sido criado pelas leis da natureza!”?
inexpressiva, minúscula probabilida-
ças, ou de uma criança sem membros,
Se alguém escuta um concerto para
de, representa somente a possibilida-
devido a alguma droga administrada
piano, pensaria, por acaso, que po-
de de que este primeiro elo hipotético
à sua mãe. Seg u ndo esta teor ia,
deria ter sido composto por um gato
houvesse sido produzido. Desde este
supõe-se que as mutações operam em
pu lando sobre as teclas em u ma
princípio até a formação do homem
conjunto com outros dois mecanis-
ordem casual? Poderiam macacos –
estende-se, por certo, uma colossal
mos: a sobrevivência do mais apto e a
adestrados para usar uma máquina
cadeia de probabilidades. Mesmo se
adaptação às mudanças do meio. São
de escrever – datilografar sozinhos
todos os outros “fatos” que validam
estes fatores que deram origem ao
as Escrituras Sagradas, mesmo num
e sustentam essa teoria fossem com-
mundo que conhecemos atualmente
lapso de milhões de anos?
provados, o que não ocorreu, seríamos
por meio da “seleção natural”.
A Teoria da Evolução sustenta
que todo ser vivo foi criado por um
capazes de negar as conclusões da matemática?
Uma crítica
processo casual, por uma série de
Além disso, é evidente que a Teo-
O maior enigma quando nos de-
erros ou acidentes nas transferências
ria da Evolução não dá uma resposta
paramos com uma nova máquina
dos códigos genéticos de uma gera-
à questão básica de quem criou a vida,
de complexo e suave funcionamento,
ção para a seguinte. Esta idéia é tão
ou seja: quem criou o primeiro átomo?
projetada para um determinado fim,
absurda quanto as antigas crenças
Hoje, sabemos que mesmo o átomo
é explicar como ela foi produzida.
pagãs, sobre as quais há muito tempo
mais simples é tão complexo, que o
Digamos que o primeiro astronauta
disse Rabi Akiva: “Tal como a cons-
homem não está em condições de com-
na Lua tivesse encontrado ali um
trução é o testemunho do construtor,
preender seus segredos.
instrumento relativamente simples.
assim o mu ndo é testemu nha do
Suponhamos que ele tivesse achado
Criador”.
A Segunda Lei da
Termodinâmica
um relógio, onde cada parte estivesse
Mesmo em termos matemáticos
integrada às outras e, juntas, produ-
modernos, os defensores da Teoria da
Voltemos a uma análise científica
zissem uma ação para um fim deter-
Evolução admitem que a probabilida-
da probabilidade da Teoria da Evolu-
minado: girar seus ponteiros num
ção do ponto de vista de uma das leis
ciclo constante. Teria ele exclamado:
de de que a molécula inicial foi criada
por acaso é uma em 10252, isto é, um
“Como é maravilhoso que isso tenha
sobre 10 seguido por 251 zeros! E esta
como uma das mais fundamentais: a
Rudolf Julius Emanuel Clausius (Polônia, 1822 – Alemanha,
1888), nascido Rudolf Gottlieb, foi
um físico e matemático considerado um dos fundadores centrais
da ciência da termodinâmica. Ele
enunciou a “Segunda Lei da Termodinâmica”: “A entropia total de um sistema
tende a aumentar com o tempo”. “Entropia” é uma
grandeza que mede a desordem de um sistema. Assim, somente processos que levem a um aumento ou
à manutenção da entropia são observados na natureza. Transformações que impliquem numa diminuição
em sua entropia jamais ocorrerão.
Esta lei é explicitamente contrária à Teoria da
Evolução. A Segunda Lei da Termodinâmica afirma
que “o mundo caminha para um estado de cada vez
mais desordem” e a Teoria da Evolução afirma que “o
mundo caminha para um estado de mais ordem”.
Em 1865, Clausius também afirmou que a energia do Universo é constante, ou seja, ninguém é capaz
Tevet
Shevat 5774
de/ “criar”
nada novo no Universo.
da natureza, comumente considerada
Vladimir L. Voeikov (Rússia, 1946)
é um biofísico de grande reputação
em todo o mundo científico. Ele é
professor de Biologia na “Lomonosov Moscow State University”.
Também é vice-presidente da cátedra
de química bioorgânica na Universidade
Estadual de Moscou e chefe do “Biophotonics Laboratory of MSU”. Além disso, é pesquisador
sênior da “M.M. Shemyakin and Yu. A. Ovchinnikov
Institute of Bioorganic Chemistry” da Academia Russa
de Ciências.
O professor Voeikov também é autor ou coautor de
mais de trezentas publicações. Entre elas, estão suas
maiores contribuições para a compreensão científica
da água, o material mais importante do mundo.
Sobre a Teoria da Evolução de Darwin, afirmou:
“A ideologia e a filosofia do neodarwinismo, que é
vendida por seus adeptos como uma base teórica
científica da biologia, dificulta seriamente o desenvolvimento da ciência e esconde dos estudantes
23
problemas reais de campo”.
Torá e Ciência
Segunda Lei da Termodinâmica. Em
forme intermediária em todo o copo.
termos mais simples, esta lei afirma
Não teria sentido científico sustentar
que todo processo natural que opera
que um setor do copo poderia atingir,
de forma autônoma “provoca um es-
repentinamente, uma temperatura
tado de maior desordem que quando
de 100°C e outro, de 0°C. Isto é, pre-
começou”. Em outras palavras, na
cisamente, o que afirma a Teoria da
natureza todo processo espontâneo
Evolução.
aumenta sua desorganização e acarreta uma dissipação de energia.
Se jogarmos cem bilhões de bolas
modinâmica afirmar que bilhões de
de bilhar sobre uma enorme mesa, a
átomos se ordenariam por si próprios,
probabilidade de que todas formem
sem nenhuma assistência externa,
um quadrado, aleatoriamente, é zero
em uma configuração tão organizada
em comparação com a probabilidade
e improvável como o corpo humano?
de que sua configuração final não
Certamente, não! E esta anomalia não
mostre nenhu ma ordem. Segu ndo
é um fato isolado que teria ocorrido
esta lei da natureza, se desejássemos
uma vez num passado distante! Pelo
que estas bolas continuassem coli-
contrário; para que a vida seja possí-
dindo entre si perpetuamente, sem
vel, deve-se preservar um estado de
interferência alguma, elas criariam
organização, a despeito da pressão
uma situação de crescente desordem.
do meio, o qual atua de acordo com
Não podemos esperar que formem,
as leis da natureza “para dispersar a
repentinamente, por exemplo, uma li-
energia e desfazer a ordem”! O fato de
nha reta. A forma com que uma barra
que o corpo humano conserva uma
de açúcar se dissolve em uma xícara
temperatura constante quaisquer que
de chá quente é outro exemplo desta
sejam as condições do ambiente, é
lei em ação. Outro exemplo, ainda, é
um fascinante contraste com o nosso
misturar uma colherzinha de água
copo d’água.
fervente em um copo de água fria.
Por causa desta inegável singu-
Isto produziria uma temperatura uni-
laridade, um “detalhe” no Universo,
Giuseppe
Sermonti
24
Voltando às nossas bolas de bilhar: permitiria a Segunda Lei da Ter-
(Itália, 1925)
é professor
aposentado
de genética na
Universidade
de Perugia. Ele
descobriu o que é
chamado de “recombinação genética na produção de antibióticos
Penicillium e Streptomyces” e foi
vice-presidente no XIV Congresso
Internacional de Genética (Moscou,
1980). Ele é editor-chefe do “Rivista di Biologia”, uma das mais antigas revistas de biologia do mundo
ainda em publicação.
Sermonti publicou seu livro
intitulado “Por Que a Mosca Não É
um Cavalo?”, que mapeia o que ele
descreve como “um caso científico
crescente contra o neodarwinismo”. Sermonti afirma que os críticos do darwinismo não são fundamentalistas religiosos e argumenta
que, como a genética não explica
mesmo as atuais formas de vida,
mutações genéticas não podem por
si só explicar a sua origem.
Dr. Leendert Van Der Hammen, membro do Grupo de Osaka
Para o Estudo das Estruturas
Dinâmicas, defendeu o livro de
Sermonti. Ele disse que, unindo
disciplinas frequentemente estudadas isoladamente – genética,
biologia molecular, morfogenética,
física, química e matemática – Sermonti foi capaz de descobrir novas
fraquezas na teoria moderna da
evolução.
Tevet / Shevat 5774
Torá e Ciência
Eugene Paul Wigner, um dos mais
e prêmio Nobel Jacques Monod, em
distintos físicos de nosso tempo, deu a
seu trabalho “Acaso e Necessidade”,
seguinte definição à vida: “um estado
por exemplo, levantou as seguintes
de probabilidade zero”.
questões: “Se tudo é produto do aca-
Todas as tentativas de explicar
so, por que tudo sucede da mesma
esta irregularidade imutável – a tem-
for ma e de acordo com o mesmo
peratura do corpo humano – como re-
plano? Nossos ácidos nucleicos se
sultado das ações da seleção natural
formam somente uma vez. Por que
e do mero acaso, encerra uma óbvia
não duas ou três vezes? Por que é
falácia em sua lógica. Estes supostos
suficiente um único código genético
mecanismos estariam sujeitos à in-
para todo mundo? Estas são pergun-
fluência do meio, visando destruí-los.
tas muito difíceis para as quais não
Desta forma, sua existência contínua
temos respostas”.
deveria, ipso facto, requerer mecanismos ainda mais amplos de controle, e
O Elo Perdido
República Dominicana
Paradisíaco....
.... e KASHER. !!!
assim sucessivamente ad infinitum.
Conforme a Teoria da Evolução,
Se é assim, o fenômeno da vida não
baseada em estudos de fósseis, de
pode ser explicado como a persistên-
especial importância seriam os fós-
Saídas Especiais Dez-Jan
cia natural de uma anomalia termo-
seis que mostrassem características
Pacote Aéreo & Terrestre (Duplo) - á Partir de
dinâmica, e o problema permanece
intermediárias. Ou seja, que represen-
insolúvel!
tassem linhagens que compartilham
Em resumo, as leis da natureza
características mais basais e outras
provêem uma adequada explicação
mais derivadas ao mesmo tempo.
sobre como a vida se torna inanimada
Como, segundo a teoria, as espécies
após a morte, mas não podem expli-
descendem umas das outras por evo-
car como o inanimado, por si próprio
lução gradual, esses fósseis apresen-
e como resultado de uma série de aci-
tariam características de transição,
dentes, pode produzir a vida.
como se mostrassem a “evolução em
Há uma série de contradições na
Teoria da Evolução. O biólogo francês
Francis H. C.
Crick (Inglaterra,
1916 – 2004) foi
um biólogo molecular, biofísico
e neurocientista,
mais conhecido
por descobrir a
estrutura da molécula de
DNA, em 1953, com James Watson.
Ele, Watson e Maurice Wilkins foram
ganhadores do prêmio Nobel de
Fisiologia ou Medicina de 1962 “por
suas descobertas sobre a estrutura
molecular dos ácidos nucleicos e seu
significado para a transferência de
informação em material vivo”
Sobre a origem da vida, afirmou:
“O que é tão frustrante para nosso
propósito é que parece quase impossíTevet
/ Shevat
5774valor numérico para a
vel dar
qualquer
ação”.
Darwin considerou a inexistência
probabilidade de o que parece ser uma
sequência pouco provável de eventos...
Um homem honesto, dotado de todo
o conhecimento disponível para nós
agora, poderia somente afirmar que, de
certa forma, a origem da vida parece no
momento ser quase um milagre.”
Tendo isso em consideração, no
início da década de 70 Crick escreveu
que a evolução da vida sobre a Terra
não poderia ser entendida nos termos
admitidos pela teoria de Darwin. Ele
sugeriu então a teoria da “Panspermia
Direta”, a qual afirmava que a origem
da vida sobre a Terra poderia ser atribuída a criaturas de outros planetas
que transportaram as “sementes da
vida” ao nosso.
Mas o cientista deixou em aberto a
questão de quem teria criado estas hipotéticas criaturas do espaço exterior.
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25
Torá e Ciência
de fósseis intermediários como a mais
a existência do Criador e a acreditar
causa a ruína ao homem... E isso é um
evidente contestação que poderia
que nossa vida aqui não tem uma fi-
pecado contra a vontade do Eterno
ser levantada contra a sua teoria e
nalidade predeterminada. Esta teoria
Criador... Somente o descaramento
apontou como causa principal a im-
foi formulada precisamente quando
judeu pode exigir que dominemos a
perfeição de registros fósseis. Ou seja,
os movimentos agnósticos ganharam
natureza!”.
com as poucas escavações da época,
terreno na Europa. O movimento da
A razão mais importante para a
ainda não haviam sido descobertas
hascalá – o iluminismo judaico – tam-
ampla aceitação da Teoria da Evo-
grandes quantidades de fósseis in-
bém se originou nesse período. De
lução entre os seculares é o fato de
termediários – na realidade, nenhum
fato, o século XIX foi conhecido como
que ela é lecionada nas escolas – e
havia sido descoberto... Mas, segundo
o Século Ateu.
mesmo nas universidades – como um
Darwin, logo tudo seria comprovado.
A Teoria da Evolução também ser-
fato cientificamente comprovado. Ela
Hoje, passadas quinze décadas e
ve aos teóricos políticos e a distintos
é descrita por meio de impressionan-
milhares de escavações, estamos na
partidos, que se autoproclamaram
tes termos latinos e reconstruções
mesma situação – aguardando a des-
ateístas, comunistas ou nazistas, e
gráf icas. Sua natureza hipotética,
coberta de milhares de elos perdidos
a teóricos sociais. Para estes, a luta
entretanto, suas inconsistências, as
em todas as cadeias evolutivas...
de classes pode ser considerada um
questões sem respostas e as críticas
exemplo da luta natural do indivíduo
dos cientistas acerca dela são ignora-
para sobreviver. E a luta natural do
das. Acrescente o fato de que é lecio-
Por que a Teoria da Evolução é
indivíduo serve, como seleção natu-
nada por cientistas. Assim, não é de
Em vista do que foi dito ante-
ral, para aperfeiçoar a espécie. O cre-
se espantar que muita gente acredite
riormente, por que, então, parte dos
do racial de Hitler é o exemplo mais
que esta teoria seja uma verdade in-
cientistas e da população em geral,
aterrorizante de o que acontece quan-
contestável.
acredita que a Teoria da Evolução re-
do os princípios da teoria de Darwin
O público em geral, bem como
presenta um fato comprovado?
amplamente aceita?
são aplicados à sociedade humana.
muitos cientistas, sabe muito pouco
Uma das razões desta ampla acei-
Hitler propôs, entre outras atroci-
sobre os fundamentos da ciência,
tação é que muita gente está predis-
dades, a “eutanásia” para os casos
a validade das hipóteses, ou a base
posta a ela.
afetados de males incuráveis, porque
axiomática do método científico. Em
Por meio da explicação do sur-
(Mein Kampf): “A natureza não tem
consequência, muitas pessoas têm
gimento da vida como resultado das
piedade das criaturas mais fracas que
a impressão de que, se um cientista
forças naturais fortuitas, as pessoas
são destruídas, sobrevivendo apenas
diz alguma coisa, deve ser verdade.
se consideram autorizadas a negar
os mais aptos. Ir contra a natureza
Por outro lado, as pessoas tendem a
eu soubesse de alguma, fóssil ou viva,
eu certamente a teria incluído... Não
existe sequer um desses fósseis para
que se possa fazer uma argumentação
inequívoca.”
Em 1981, Patterson começou a pedir
a outros cientistas que lhe dissessem
algo que soubessem acerca da evolução; não pequenos fatos isolados,
mas pelo menos um único exemplo
que contemplasse toda a cadeia
evolutiva. Palestrando a biólogos no
Museu Americano de História Natural
na cidade de Nova Iorque, ele disse:
“Fiz essa pergunta para a equipe de
geologia do Museu de Campo de
História Natural e a única resposta que
obtive foi silêncio. Também fiz para os
membros do Seminário de Morfologia
Evolucionária na Universidade de
Chicago, um quadro muito prestigioso
de evolucionistas, e tudo que consegui
lá novamente foi um longo silêncio.
Depois, uma pessoa disse: ‘Eu só sei
de uma coisa – isso não deveria ser
ensinado na escola secundária’.”
Patterson era adepto do evolucionismo até 1980. “Então eu acordei e
concluí que toda a minha vida eu tinha
sido tapeado em aceitar o evolucionismo como uma verdade revelada de
alguma forma”, revelou.
Patterson afirmou que uma das razões
principais pelo seu ceticismo é que não
existem formas transicionais reais em
qualquer lugar do registro fóssil. Sem
esses registros fósseis transacionais, a
Tevet / Shevat 5774
teoria da evolução se desmonta.
Colin Patterson
(Inglaterra 1933
– 1998) foi um
distinto paleontólogo do “British
Museum” especialista em peixes
fósseis e membro da
“Royal Society of London for Improving Natural Knowledge”. É autor dos
livros sobre a evolução geral: “Evolução” e “Moléculas e Morfologia na
Evolução: Conflito ou Compromisso”.
Quando questionado por que não havia fósseis de transição ilustrados em
seu livro, respondeu: “Concordo plenamente com seus comentários sobre
a falta de ilustração direta de transi26ções evolucionárias em meu livro. Se
Torá e Ciência
confundir a ciência aplicada com a
do homem e ele deve ser responsável
racionais de suas ações, quando não
ciência teórica. Os surpreendentes
por seus atos. Esta é a concepção da
está em condições de admitir seus
avanços tecnológicos que a ciência
fé religiosa, em oposição à visão de
motivos reais, ou quando está reniten-
logrou não lhe outorgam crédito a
um mundo sem sentido e, portanto,
te em relação a eles. Um bom exemplo
hipóteses no terreno da biologia.
niilista.
disto é o caso de um homem hipnoti-
Ser ia de se esperar q ue u ma
zado, a quem foi ordenado tirar a ca-
Racionalizações
pessoa decidisse esta questão cru-
misa quando o hipnotizador estalasse
A maior dificuldade é entender o
cial somente com base numa análise
seus dedos futuramente. Também lhe
modo de pensar dos grandes cientis-
intelectual, pura e determinada, e só
foi dito que esquecesse que esteve
tas. Em vista dos fatos, eles devem de-
então determinasse qual o seu papel
hipnotizado. Quando o indivíduo sai
cidir se é correta a Teoria da Evolução
e o que deveria desempenhar durante
do transe, então, não se lembra que
ou se é mais lógico aceitar a existên-
sua vida. Mas, na prática, isso não
esteve hipnotizado. No entanto, quan-
cia de um Supremo Criador, que criou
ocorre. Pelo contrário! É comum que
do o hipnotizador estala seus dedos,
o mundo para um fim determinado.
os desejos do homem ditem suas de-
o homem começa a tirar sua camisa
cisões intelectuais.
sem saber por quê. Hesita por um ins-
Ao contrár io de u ma q uestão
como: “Poderia uma moeda, perfeita-
A i ncl i nação do homem para
tante mas, ao completar a ação, excla-
mente balanceada, cair 84.000 vezes
esquivar-se de responsabilidades e
ma: “Que calor, não é verdade?!”. Em
seguidas sobre o mesmo lado?” cuja
de sua dependência de D’us condicio-
seu desejo de ser lógico, uma pessoa
resposta não teria sérias implicações
nam, de certa forma, sua mente. Seus
recorre frequentemente a explicações
para ninguém, a questão da origem da
desejos lhe ensinam que “o mundo
de uma lógica duvidosa. O Talmud
vida certamente tem. Se a resposta for
não é de ninguém; pegue o que quiser
sabia tudo sobre a “racionalização”
que a teoria de Darwin não é racional,
e desfrute dele o máximo possível”. É
muito antes de sua descoberta pela
então dependemos de um Supremo
como o “suborno que cega os olhos
moderna psicologia. No tratado de
Criador que criou o mundo para um
dos sábios” (Devarim 16:19).
San’hedrin (63b) está escrito: “O Povo
fim determinado, e espera de nós que
Este estranho fato, de que o in-
de Israel praticou a idolatria somente
cumpramos alguma função. A acei-
telecto de uma pessoa e sua lógica
para poder cometer abertamente pe-
tação de que a vida tem um sentido
sejam distorcidos por seus desejos,
cados relativos à sexualidade”. Admi-
e uma finalidade implica em admitir
também foi observado pela psicologia
tindo que o verdadeiro Criador fosse
que o homem não é uma ocorrência
moderna. A psicologia criou o termo
uma estátua qualquer, estariam então
acidental. Se a vida possui um sentido,
“racionalização” para o processo pelo
autorizados, pela estátua, a cometer
então existem consequências às ações
qual uma pessoa idealiza explicações
tais atos imorais.
David Berlinski (Nova Ior-
que, 1942) é um filósofo judeu
americano, educador e escritor de livros de matemática.
Foi assistente de pesquisa em
biologia molecular na Universidade Columbia, pesquisador
do International Institute for Applied
Systems Analysis (IIASA) na Áustria e do Institut
des Hautes Études Scientifiques (IHES) na França.
É um crítico mordaz do darwinismo. Entre muitas
outras declarações, afirmou:
“A Teoria da Evolução de Darwin é o grande
elefante branco do pensamento contemporâneo.
É grande, quase completamente inútil, e objeto de
temor supersticioso.”
“O darwinismo não é uma condição suficiente para um fenômeno como o nazismo, mas eu
Tevet acho
/ Shevat
5774
que
é certamente uma condição necessária.”
Sir Fred Hoyle (Inglaterra,
1915 – 2001) é outro cético proeminente da Teoria da Evolução. Foi um astrônomo famoso
por sua pesquisa sobre as origens do Universo. Hoyle sustentava que “acreditar que a primeira
célula se originou por acaso é como
acreditar que um tornado pudesse passar violentamente por um depósito de ferro velho cheio de
peças de avião e formar um Boeing 747! Em vez
disso, com sua teoria de “genes chovendo do
espaço”, Hoyle teoriza que, onde haja grandes
lacunas no registro fóssil, significa que novo
material genético foi incorporado nas espécies
existentes para produzir estruturas mais complexas. Ele crê que o criador destes genes do
espaço não é D’us, mas alguma vida extraterrestre superinteligente.
27
Torá e Ciência
A base psicológica do suposto
conflito entre ciência e religião é o se-
Este sim é um argumento sincero!
guinte: o desejo subconsciente do ho-
Finalmente, observamos a ironia
mem de evitar a responsabilidade por
nesta proposição material para a vida,
suas ações e negar um objetivo à vida.
que rejeita a possibilidade de qual-
Por meio do processo de racionaliza-
quer força sobrenatural no mundo.
ção ele procura obter explicações que
Esta visão é extremamente “convin-
contradigam a crença religiosa.
cente” por causa do desejo do homem
August Weismann foi um famoso
de libertar-se de sua dependência de
biólogo alemão. Segundo algumas opi-
D’us e considerar a si mesmo o “mes-
niões, foi o segundo teórico evolucionis-
tre do Universo”. Mas o que conse-
ta mais notável depois de Charles Da-
guiria com isso? Segundo esta teoria
rwin. Em seu livro “A Onipotência da
seria de fato o homem um mestre do
Seleção Natural”, Weismann escreve:
Universo? Ao invés de elevar-se, cer-
“Devemos aceitar o princípio da seleção
tamente se degradaria, convertendo-
natural porque oferece a única expli-
-se em um aparato químico criado
cação da finalidade do mundo natural
pelo mero acaso; um robô que se des-
sem que necessitemos tomar consciên-
taca no mundo inanimado somente
cia de que foi criado por uma força que
pelo seu grau de complexidade...
Michael Denton (Austrá-
28
assim o quis e o fez intencionalmente”.
lia, 1943), PhD
em Bioquímica pelo King’s
College de
Londres, também
tem desafiado a fé
darwiniana. O seu livro “Evolução:
Uma Teoria em Crise” demonstra
que os alicerces intelectuais da
evolução têm erodido aos poucos e
que somente um filosófico “desejo
de acreditar” em Darwin permanece.
“Novas descobertas de biologia estão nos levando muito perto de uma
refutação lógico-formal das pretensões darwinianas” – afirma Denton.
Denton demonstra não somente que não há nenhuma evidência
fóssil de quaisquer mudanças entre
os diferentes tipos de animais, mas
também que é impossível imaginar
como essas mudanças radicais
pudessem ter acontecido passo a
passo por meio da seleção natural.
Mencionando evidência dos
fósseis, embriologia, taxonomia e
biologia molecular, Denton demonstra que a “grande pretensão” de
Darwin – todas as formas de vida
são inter-relacionadas e evoluíram
de um célula simples – não tem sido
apoiada por nenhuma evidência empírica desde 1859, quando Darwin
publicou “A Origem das Espécies”.
Denton investiga cuidadosamente, por exemplo, o absurdo de
um mamífero terrestre gradualmente
evoluindo numa baleia e da implausibilidade de uma escama reptiliana
se transformar numa pena, ou de
um tosco ovo anfíbio se tornar um
ovo reptiliano muito mais complexo.
Mais importante ainda, Denton
demonstra como a biologia molecular está trazendo problemas fatais
para a evolução. Os cientistas que
investigam a estrutura das proteínas e do DNA comparam o “soletrar
químico” dessas estruturas em diferentes espécies. As sequências das
unidades químicas não demonstram
nenhum traço das árvores genealógicas que a evolução ensina.
Segundo Denton, se esta ciência
fosse conhecida um século atrás,
provavelmente a ideia de evolução
orgânica nunca teria sido aceita.
Murray Eden, professor emérito no MIT – Instituto de Tecnologia
de Massachusetts, disse que “o
livro de Denton deveria ser leitura
requerida para quem ainda acredita naquilo que lhe foi ensinado na
Tevet / Shevat 5774
faculdade sobre evolução”.
Torá e Ciência
Considerações finais
Outro aspecto do estudo da ciência
Muitos cientistas estão dispostos,
é que, quanto mais uma pessoa apren-
erroneamente, a sair dos limites de
de da obra da natureza, tanto mais
suas disciplinas. Este fato tem sido
sente veneração pelas maravilhosas
a causa da cautela com que mui-
realizações de D’us. Deste modo, seu
tos sábios judeus consideraram as
conhecimento acerca do Criador e sua
ciências ao longo da história. Não por
fé Nele se fortalecem. As palavras do
se oporem à ciência, mas por estarem
Rei David (Tehilim 8:3-4): “Quando
cientes da facilidade que é para uma
considero Teus céus, obra de Teus
pessoa ceder aos seus próprios dese-
dedos, e a Lua e as estrelas que Tu
jos. A questão da atitude da Torá para
criaste, o que é o homem para que ten-
com as ciências é muito ampla para
has lembrança dele?” encontram eco
ser tratada aqui em profundidade,
nas palavras pronunciadas por Albert
portanto, concluiremos considerando
Einstein, quando afirmou: “A essência
apenas alguns pontos-chave:
da minha religião é um sentimento de
Quando D’us disse a Adam: “En-
humildade e admiração pelo infinito
cha a Terra e domine-a”, ordenou-lhe
e supremo poder metafísico, que se
um preceito que visava utilizar seus
revela em pobres fatos compreensíveis
recursos criativos a fim de modificar
para nossas infantis e débeis mentes”.
o meio e utilizar as leis da natureza
Em Hilchot Yessodê Hatorá, Maimôni-
como instrumentos para servir a D’us.
des escreve: “Qual é o caminho do
Os dados científicos são frequen-
amor e temor a D’us? Quando o homem
temente necessários para resolver
observa Suas grandiosas e admiráveis
problemas de halachá, a lei judaica.
proezas e criaturas, vê por meio delas
Elaborar o calendário judaico e deter-
Sua imensa e infinita sabedoria. Imedi-
minar as horas do dia, por exemplo,
atamente louva-O, exalta-O e adora-O,
requer conhecimentos de astronomia.
sentindo uma intensa satisfação por
Também é necessário grande conhe-
conhecer D’us”.
cimento de medicina para assuntos
relacionados com o transplante de
órgãos ou para estabelecer quem não
deve jejuar em Yom Kipur.
Dean H.
Kenyon (EUA,
1939) é PhD em
biofísica pela
Universidade de
Stanford e professor emérito de biologia na Universidade
Estadual de São Francisco.
É autor de “Predestinação Bioquímica” e de “Sobre Pandas e Pessoas”,
obras polêmicas sobre o “Design
Inteligente”.
Até o ano de 1976, Dean
Kenyon era partidário da Teoria
da Evolução. Neste ano recebeu
de presente o livro “A Criação da
Tevet
/ Shevat
Vida:
Uma5774
Abordagem Cibernética à
baseado no artigo de Tzvi Inbal no livro
“El Hamecorot”
Publicado com autorização
Teoria da Evolução”, de Artur Ernest
Wilder-Smith, um químico orgânico britânico contrário à Teoria da
Evolução. A partir de então, Kenyon
passou a dar atenção a outras inúmeras obras científicas contrárias à
Teoria da Evolução. Com o tempo,
tornou-se, ele mesmo, um grande
crítico da Teoria da Evolução.
De acordo com Kenyon, muitos cientistas hesitam em reconhecer ou estudar os problemas da Teoria da Evolução porque elas “abririam a porta para a possibilidade
(ou a necessidade) de uma origem
sobrenatural da vida”. Assim, eles
continuam procurando por soluções
naturalísticas.
Jacob Schipper
e Família
Parabenizam a Congregação
Mekor Haim pelo empenho na
divulgação da herança
judaica
99625-2394
29
Nossa Gente
Nascimentos
• Mazal tov pelo berit milá para as famílias: R. Ariel Dana, R. Uri Epelbaum, Danilo Waissman, Henry Hefetz e Mauricio Dayan.
• Mazal tov pelo nascimento da filhinha para as famílias: R. Beni Sasson, Alex Dayan, André Frank e Shlomo Chammah.
No berit milá do filho do R. Ariel Dana
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No berit milá do filho do R. Uri Epelbaum
Veja 11 fotos e 1 vídeo no Nossa Gente do Portal
No berit milá do filho de Joseph Kassab
30
Tevet / Shevat 5774
Mais fotos e vídeos em breve no Portal
Bar Mitsvá
• Mazal tov aos jovens benê mitsvá: Aharon Yossef
Rosenberg, Allan Messod Barcessat, Asher Motoryn, Eduardo
Szajman, Elie Ventura, Rafael Khebzou, Rodrigo Bacellar e
Shmuel Meir Hacohen Kullock.
Shlomo Guz ao lado de
seu pai, R. Alexandre
No bar mitsvá de Rodrigo Bacellar
Tevet / Shevat 5774
31
Veja 11 fotos e 2 vídeos no Nossa Gente do Portal, www.revistanascente.com.br
Nossa Gente
No bar mitsvá de Aharon Yossef Rosenberg
Veja 3 fotos no Nossa Gente do Portal, www.revistanascente.com.br
Na formatura da primeira turma do curso do centro de capacitação de morim “Machon Horaá” em São Paulo. O curso durou dois anos e meio,
teve coordenação da Midrashá Yerushaláyim de Israel, e foi ministrado por diretores e professores de escolas judaicas da cidade.
Veja 8 fotos e 4 vídeos no Nossa Gente do Portal
Nossa Gente
Casamentos
• Mazal tov pelos noivados para as famílias: Aboulafia e Barzilai (Raymond e Miriam), Silver, Somerstein e Schmuely (Netanel e Rachel),
Azulay e Sassoun (Yeshayáhu e Rinat).
• Mazal tov pelos casamentos para as famílias: Sassoun e Laniado (Shay Ariel e Ruth), Barzilai e Hassid (Moshe e Batsheva), Michanie
e Saydman (Eliahu e Hedva), Magid e Smolarsky (Abir e Natasha), Hazan, Reitzfeld e Dayan (Ralph e Jessica), Arazi e Khaski (Josh e Liza),
Fanet e Beer (Simche e Suri), Michaan e Marcovich (David e Rivcá), Brand e Benzecry (Yossi e Dvora Léa), Pollach e Majowka (Iair e Yehudit),
Super e Khafif (Pinny e Chaia), Farber e Wajchman (Yaakov Aaron e Rivky), Gandelman e Schwarc (Henrique e Anie), Sobel e Fridlin (Moti e
Ilana), Zylbersztejn e Piha (Daniel e Sabrina), Sutton e Mizrahi (Raphael e Denise), Tawil e Mohadeb (Shimon e Yamila), Homsany e Tawachi
(Teofilo e Natalie), Hussni e Matatoff (Edi e Leah), Frankel e Deweik (Ariel e Adriana), Neiman e Wigder (Hershy e Yocheved).
No casamento de Vitor e Tehila Wajner
Veja 29 fotos no Nossa Gente do Portal, www.revistanascente.com.br
No casamento de Joseph e Yael Menaged nos Estados Unidos
Veja 5 fotos no Nossa Gente do Portal
No casamento de Eliahu e Hedva Michanie na Argentina
Veja 37 fotos no Nossa Gente do Portal
Nossa Gente
No casamento de Moti e Ilana Sobel
Tevet / Shevat 5774
Veja 38 fotos e 1 vídeo no Nossa Gente do Portal, www.revistanascente.com.br
Nossa Gente
Exposição de chanukiyot na Escola Maguen Avraham
Veja 32 fotos e 2 vídeos no Nossa Gente do Portal, www.revistanascente.com.br
Alunos da Escola Maguen Avraham em “siyum” e apresentação de seus estudos de Guemará
Nossa Gente
No casamento de Ishay e Ruth Sassoun
36
Tevet / Shevat 5774
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Variedades
Maravilhas
GEOGRÁFICAS
38
Tevet / Shevat 5774
As Cataratas do Iguaçu são compostas
por 275 quedas do Rio Iguaçu, que variam
de 40m até 80m de altura. Estão divididas
entre o Brasil e a Argentina, sendo apenas
20% delas no Brasil. A área total dos parques nacionais dos países corresponde a 250
mil hectares de floresta subtropical, consideradas Patrimônio Natural da Humanidade.
O Iguaçu tem vazão média em torno de
1.500m³ por segundo, variando de 500m³
nas ocasiões de seca e 8.500m³ nas cheias.
Com o alagamento do Salto de Sete Quedas em 1982 o Iguaçu passou a ter o segundo maior fluxo médio anual do mundo,
atrás apenas das Cataratas do Niágara.
Não é somente na maravilhosa diversidade da
flora, da fauna, dos frutos e das galáxias que
se constata a existência do Grande Artista do
Universo. As maravilhas geográficas também são
um incrível espetáculo para qualquer observador!
Cachoeiras Congeladas podem ser
encontradas em países com temperaturas abaixo de zero graus Celcius.
Após algum tempo sob temperaturas negativas, as águas das cachoeiras
se solidificam, formando um espetáculo
deslumbrante. Os lençois de água congelada chamam a atenção de turistas de
todo o mundo, bem como de insólitos alpinistas, que se aventuram ao desafio de
”conquistar” estas grandes maravilhas
geográficas.
Tevet / Shevat 5774
39
Antelope Canyon está localizado
no estado americano do Arizona. É um
grande desfiladeiro, com canyon que
mede até 150m de altura, é bem estreito e foi formado ao longo dos anos
por enxurradas de arenitos.
É um dos canyons mais visitados e
fotografados dos Estados Unidos.
Há duas seções do canyon: Antelope Canyon Superior (também chamado
de ”The Crack”) e Antelope Canyon
Inferior (também chamado de ”The
Corkscrew”).
40
Tevet / Shevat 5774
As Montanhas Tianzi na China
são uma verdadeira obra prima natural composta por várias montanhas. O
pico mais alto mede 1262,5m acima do
nível do mar. Do topo das montanhas
avistam-se inúmeras colinas sinuosas e
vales profundos, bem como cachoeiras
e pinheiros. O local foi nomeado como
patrimônio da humanidade pela UNESCO desde 1992.
Tevet / Shevat 5774
41
Visão Judaica I
Leis Sociais
Alguém que roubou, segundo as leis civis dos homens, deve ser
preso como punição por seu crime.
Este não é o enfoque da Torá, que visa a retificação do caráter
dos indivíduos em um ambiente saudável.
Rabino I. Dichi
Parashat Mishpatim
Parashat Mishpatim trata de leis rela-
à sociedade, também o foram. O final da Pa-
cionadas à sociedade, como leis referentes a
rashat Yitrô, que antecede Parashat Mishpa-
escravos, danos, agressões, furtos, etc.
tim, relata a outorga das Tábuas da Lei com
As primeiras palavras da parashá são
“veêle hamishpatim” – e estas são as leis.
As mitsvot da Torá estão divididas em
Aparentemente, a primeira letra da parashá,
três grupos: edot, chukim e mishpatim. Edot
a letra vav – que significa a conjunção “e” –
são as mitsvot relacionadas com aconteci-
está obsoleta, pois bastaria constar “estas
mentos passados pelo Povo de Israel, como
são as leis que porás diante deles” em vez de
comer matsot, por exemplo, que nos faz lem-
“e estas são as leis...”. Sobre isso, o comenta-
brar a Saída do Egito. Chukim são as mitsvot
rista Rashi explica que sempre que consta a
cujo motivo não pode ser compreendido pelos
palavra “veêle” é porque a Torá menciona um
homens, como as leis de purificação relativas
acréscimo à citação anterior. Neste caso es-
a “pará adumá” – a vaca vermelha. Mishpa-
pecífico, a palavra “veêle” vem explicar que,
tim são as leis lógicas, com motivos compre-
da mesma forma que as leis citadas anterior-
ensíveis pelos homens, como por exemplo
mente, na Parashat Yitrô, foram outorgadas
“não matarás”.
por D’us no Monte Sinai, estas leis, referentes
42
os Dez Mandamentos.
Cabe aqui perguntar por que esta pa-
Tevet / Shevat 5774
Visão Judaica I
rashá, que trata dos mishpatim, as
tem como se manter, já que passou
Isto porque ela, a orelha, escutou no
leis lógicas, inicia justamente com o
algum tempo sem trabalhar. Assim,
Monte Sinai que o Povo de Israel é
assunto da compra de um escravo.
esta pessoa provavelmente voltará a
escravo do Todo-Poderoso (Vayicrá
A Torá explica que um yehudi que
roubar.
25:55): Ki Li Venê Yisrael avadim –
roubou deve pagar o dobro do valor
A Torá ordena que quem roubou
Porque os filhos de Israel são Meus
do objeto. Caso a pessoa não tenha
seja vendido como escravo a uma
servos. Apesa r d isso, se a lg uém
como paga r, o t r i bu na l ra bí n ico
família que tenha educação, conhe-
quiser continuar como escravo de
deve vendê-lo como escravo e, com
cimentos da Torá e outras virtudes.
outros, que furem a sua orelha! Ou
o dinheiro arrecadado, pagar o pre-
A s si m, aq uele i nd iv íduo poderá
seja, observamos claramente que,
juízo ao proprietário do objeto.
vivenciar o que é uma família sau-
em princípio, D’us não deseja que o
dável e quais os verdadeiros valores
yehudi seja escravo, para que possa
morais.
servir somente a Ele. Portanto, o
A parashá não poderia ter iniciado com uma lei mais agradável,
O escravo yehudi, antes de tudo,
motivo de a parashá começar tra-
deve ser tratado como um ser huma-
tando das leis de escravos é para
O livro Darkê Mussar responde a
no na casa de seu patrão. Existem
transmitir a idéia de que não deve-
esta pergunta, em nome do Saba Mi-
muitas leis judaicas que regulamen-
mos esquecer de ser exclusivamente
kêlem, dizendo que se a Torá fosse
tam a relação entre o patrão e o es-
escravos de D’us.
dada por um ser humano, realmente
cravo. Além disso, a Torá ordena que
começaria com este tipo de mitsvot.
quando o escravo é libertado, seu
Como a Torá foi outorgada por D’us,
patrão deve lhe dar uma ajuda para
como por exemplo as leis relativas a
empréstimos?
e Ele é o nosso pai, que se preocu-
ensina como devemos tratá-lo.
Alguém que roubou, segundo as
O Or Hachayim, Rav Chayim Ben
Atar zt”l, traz uma explicação para
que possa recomeçar a vida.
esta parashá, utilizando uma ana-
pa com seus filhos, preocupa-se até
mesmo com um filho ladrão e nos
O Corpo, Um Escravo
Vejamos outro motivo para a parashá começar com as leis relativas
logia entre o escravo e o corpo físico
das pessoas.
No início da parashá, a Torá re-
aos escravos:
leis civis dos homens, deve ser pre-
A Torá recomendou que os es-
lata (Shemot 21:02): “Ki ticnê êved
so. Não é este o enfoque da Torá. O
cravos sejam libertados no ano de
ivri – Quando comprares um escravo
ladrão que está preso não tem bons
shemitá, o ano sabático. No entanto,
hebreu”. Segundo o Or Hachayim,
companheiros e acaba aprendendo
caso alguém deseje continuar como
esta citação pode ser entendida tam-
ainda mais coisas ru ins. Quando
escravo após este prazo, deve ter sua
bém como uma referência ao corpo
sai da pr isão, mu itas vezes nem
orelha furada pelo tribunal rabínico.
humano. O ser humano é composto
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43
Visão Judaica I
de duas partes: o corpo e a alma.
Conforme esta analogia, então, o
“Im báal ishá hu veyatseá ishtô
corpo deve ser somente um “escra-
imô – Se ele tinha mulher, sairá sua
vo” da alma, pois ela deve comandar
mulher com ele”. Segundo o Zôhar
nossos atos.
Hacadosh, a palavra “ ishá” – lite-
A Torá continua dizendo: “Shesh
ralmente mulher – signif ica uma
shanim yaavod – ele ser virá seis
alma elevada. Portanto: “Se o yehudi
anos”. Isto é comparado à vida da
possuir esta ‘alma elevada’ por seus
pessoa neste mundo, pois sabemos
méritos, ela o acompanhará (após
que os anos do homem na Terra são
a morte)”. Isto significa que alguém
em torno de seis décadas.
que conseguiu elevar sua alma, com
“Uvasheviit yetsê lachofshi chi-
seus atos neste mundo, atingirá um
nam – E no sétimo sairá livre, de
status diferenciado após a sua morte
graça”. Isto é comparado à morte,
– e sabemos que os tsadikim, os jus-
pois somente o morto é “livre”, uma
tos, são chamados de “vivos” mesmo
vez que todo o tempo que a pessoa
após a morte.
está viva deve trabalhar servindo ao
Criador.
44
consigo.
“Im adonav yiten lô ishá veyalda
lô vanim o vanot – Se o seu senhor
“Im begapô yavô begapô yetsê –
lhe der mulher e lhe der à luz filhos
Se entrar sozinho, sozinho sairá”.
ou filhas”. Ou seja: se o Todo-Pode-
Literalmente, a palavra “gapô” sig-
roso lhe conceder uma alma elevada
nifica “sua asa”. Existem muitas ex-
(sem que tenha sido seu o trabalho
plicações, que não trataremos nesta
de refinamento dela), e ele deixar
oportunidade, para o fato de a Torá
frutos na terra (suas mitsvot e bons
utilizar o termo “asa” para exprimir
atos).
que o escravo chegou solteiro. Se-
“Haishá viladeha tihyê lado­neha
gundo a analogia do Or Hachayim,
vehu yetsê begapô – A mulher e seus
as asas simbolizam as mitsvot, os
filhos serão para seu senhor e ele
preceitos da Torá, pois elas fazem
sairá sozinho”. Neste caso, a pessoa
o pássaro voar (subir), e as mits-
não atingirá o status diferenciado
vot também fazem o yehudi subir
após a morte (as regalias da “ishá”
(espiritualmente). Esta passagem,
não ficarão com ele), mas ficará com
portanto, transmite o seguinte con-
o mérito adquirido, pelas mitsvot e
ceito: se o yehudi adquirir mitsvot
bons atos, na época da Ressurreição
na Terra, sairá (morrerá) levando-as
dos Mortos.
Tevet / Shevat 5774
Comportamento
Atitude É Tudo!
Jerry era o tipo de pessoa que se adora invejar – e até odiar.
Francie Baltazar Schwartz
Jerry estava sempre
Jerry estava sempre de bom humor e em
Pode escolher entre ficar de bom humor e fi-
qualquer ocasião tinha algo positivo a dizer. Se
car de mau humor”. Eu escolho ficar de bom
alguém lhe perguntasse como vai, respondia:
humor. Cada vez que algo ruim me acontece,
“Melhor, estraga!”
posso escolher entre ser a vítima ou aprender
Era um gerente único, pois tinha uma
algo da situação. Eu escolho aprender alguma
equipe de garçons que o acompanhava em todo
coisa. Toda vez que alguém se aproxima de
restaurante que trabalhasse. A razão pela qual
mim reclamando, posso escolher incrementar
os garçons o acompanhavam era sua atitude.
suas reclamações ou posso realçar os lados po-
Ele era um motivador natural. Se um emprega-
sitivos da vida. Eu escolho salientar o positivo.
do estava tendo um dia difícil, lá estava Jerry
– Duvido! Não é tão fácil assim! – protestei.
dizendo ao funcionário como encarar o lado
– Sim, é sim! – Jerry disse. – A vida é toda
positivo da situação.
feita de escolhas. Quando você separa todo o
Observar seu estilo me deixava realmente
“entulho”, acaba percebendo que cada situação
curioso e, certo dia, aproximei-me de Jerry e
é uma escolha. Você escolhe como reagir às
perguntei-lhe:
situações. Você escolhe como as pessoas irão
– Não consigo entender! Você não pode ser
influir no seu humor. Você escolhe entre ficar
um cara positivo 100% do tempo. Como faz
de bom humor ou de mau humor. Meu lema é o
isto?
seguinte: “Você escolhe como viver sua vida”.
Jerry respondeu:
Refleti sobre o que Jerry me falou. Algum
– Toda manhã eu acordo e digo para mim
tempo depois saí daquele restaurante para
mesmo: “Jerry, você tem duas opções hoje.
começar meu próprio negócio. Perdemos con-
Tevet / Shevat 5774
45
Comportamento
tato, mas frequentemente penso nele
quando faço alguma opção na vida
em vez de me acomodar com ela e
permanecer passivo.
viver ou morrer. Escolhi viver.
– Você não estava apavorado? Não
perdeu a consciência? – perguntei.
Jerry continuou:
Alguns anos depois, soube que
– Os paramédicos foram sensacio-
Jerry fez algo que nunca se deve fazer
nais. Ficaram o tempo todo dizendo
num estabelecimento comercial – cer-
que eu ia ficar bem, que ia me recupe-
ta manhã deixou a porta de trás do
rar. Mas quando me levaram para a
restaurante aberta.
sala de emergência e vi as expressões
Acabou cercado por três assaltantes armados.
nos rostos dos médicos e enfermeiras, aí realmente fiquei apavorado.
Enquanto tentava abrir o cofre,
Eu li nos olhos deles: “Este cara é um
sua mão, tremendo pelo nervosismo,
homem morto”. Então percebi que
escorregou por um instante. Os la-
precisava tomar uma atitude.
drões entraram em pânico e atiraram
– “O que é que eu vou fazer?”,
nele. Por sorte, Jerry foi socorrido de
perguntei-me. – continuou Jerry con-
forma relativamente rápida e levado
tando. – Bem, havia uma enorme en-
para o hospital.
fermeira disparando perguntas sobre
Depois de dezoito horas de cirur-
mim e ela me perguntou se eu era alér-
gia e semanas de tratamento intensi-
gico a alguma coisa. “Sim!”, respondi.
vo, Jerry recebeu alta do hospital ain-
Os médicos e enfermeiras pararam
da com fragmentos das balas em seu
seu trabalho, esperando por minha
corpo. Encontrei Jerry seis meses de-
resposta. Respirei fundo e gritei: “A
pois do assalto. Quando lhe perguntei
baaaalas!” Por cima das gargalhadas,
como estava, respondeu-me: “Melhor,
falei para eles: “Eu estou escolhendo
estraga! Quer ver minhas cicatrizes?”.
viver. Por favor, operem-me como se eu
Recusei polidamente e perguntei-lhe o que havia passado por sua cabeça na hora do assalto.
estivesse vivo, não morto.”
Jerry sobreviveu graças à habilidade dos médicos, mas também por
– A primeira coisa que me pas-
sua incrível e surpreendente atitude.
sou pela cabeça foi que deveria ter
Eu aprendi dele que diariamente te-
trancado a porta dos fundos. – Jerry
mos a escolha de viver plenamente.
respondeu. – Depois, quando estava
Atitude, afinal, é tudo.
estirado no chão, lembrei-me que
tinha duas opções: poderia escolher
46
Do semanário “Meor Hashabat”
Tevet / Shevat 5774
Dinheiro em Xeque
A Carta
Todas as dúvidas e divergências monetárias de nossos dias
podem ser encontradas em nossos livros sagrados!
Aconteceu há
Aconteceu há dois anos atrás com uma ga-
rota norte-americana de 10 anos.
Todos os dias ela chegava atrasada na es-
cola devido à sua enorme preguiça.
Recebeu conselhos. Recebeu várias advertências... Negativos... Suspensões.
Até que, num certo dia, esgotadas todas as
alternativas corretivas, a diretora expulsou a
menina da escola.
punho em papel timbrado da Casa Branca, na
qual pedia à diretora para reconsiderar o assunto e receber a aluna de volta em sua conceituada instituição de ensino.
A aluna entregou a carta para a diretora.
Após ler a carta do presidente, incrédula,
a diretora reintegrou imediatamente a aluna
à escola.
A garota voltou para casa muito contente
A garota, inconformada com a situação,
com a excelente notícia. Seu pai abraçou-a e
tomou uma medida extrema – escreveu uma
pediu para que ela lhe entregasse a carta. Uma
carta para o presidente da república.
carta escrita a mão pelo presidente dos Estados
Na carta, explicou sua situação e pediu
Unidos tem um valor inestimável para muitos
para que o presidente interviesse no assunto.
colecionadores, e eles poderiam ganhar muito
Solicitou que ele pedisse para a diretora aceitá-
dinheiro vendendo a relíquia.
-la novamente na escola...
E, por incrível que pareça, o presidente respondeu! Enviou uma carta escrita em próprio
Tevet / Shevat 5774
A garota disse ao pai que a carta ficara com
a diretora, mas que no dia seguinte a pediria
de volta.
47
Dinheiro em Xeque
A diretora, por sua vez, negou-se a
No entanto, o Gaon Rav Yitschac
devolver a carta, alegando que o ma-
Zilberstein Shlita disse que com cer-
nuscrito havia sido direcionado a ela.
teza o presidente sabe muito bem que
Como prova de seu argumento,
uma carta manuscrita sua vale muito
mostrou o que constava logo no início
dinheiro. E faz sentido dizer que sua
da carta: “Ilustríssima diretora...”.
intenção não era a de enriquecer a di-
Com isso, segundo a docente, o
retora. Ele desejava, isto sim, agradar
manuscrito obviamente lhe pertencia.
e alegrar a garota. Portanto, conclui
Mas a garota refutou o argumento,
o Rav Zilberstein, parece que a carta
alegando que o presidente escrevera
pertence à garota.
daquela forma apenas para despertar
a compaixão da diretora. Começou a
carta com um elogio à diretora para
que ela se sensibilizasse e recebesse
a aluna de volta. Porém, a carta certamente lhe pertencia, e não à diretora.
Com quem deve ficar a carta?
O veredicto
Aparentemente, diríamos que a
razão está com a professora, já que o
conteúdo da carta aparentemente era
anos
direcionado a ela.
Do semanário “Guefilte-mail”
([email protected]).
Traduzido de aula ministrada pelo
Rav Hagaon Yitschac Zilberstein Shelita
Os esclarecimentos dos casos estudados
no Shulchan Aruch Chôshen Mishpat são
facilmente mal-entendidos. Qualquer
detalhe omitido ou acrescentado pode
alterar a sentença para o outro extremo.
Estas respostas não devem ser utilizadas na
prática sem o parecer de um rabino com
grande experiência no assunto.
anos
48
Tevet / Shevat 5774
Mussar
Escolha das Palavras
Seu crescimento pessoal depende dos maravilhosos
ensinamentos do mussar.
Rabino Zvi Miller
Um Pouco de Água
Um Grande Recenseamento
Como um diamante cintilante, o coração
Quando o Tabernáculo foi completado, a
de nosso Patriarca Avraham brilhava com su-
Shechiná – a Presença Divina – repousou sobre
blime bondade por seus semelhantes. Quando
o Povo de Israel. A revelação da sagrada Pre-
três viajantes do deserto se aproximaram de
sença Divina é o prêmio máximo da vivência
seu acampamento, Avraham correu para con-
e existência humana. Em homenagem a este
vidá-los a um banquete suntuoso.
momento glorioso, o Todo-Poderoso conferiu
Naquela época, as pessoas andavam de
grandeza aos Filhos de Israel.
sandálias e os pés facilmente se sujavam de
Especificamente, Ele divulgou e documen-
pó ou areia. Sendo assim, durante o curso de
tou esta etapa maravilhosa na existência de Seu
suas palavras de boas-vindas, ele disse a seus
povo, registrando-a para a posteridade nas pa-
hóspedes: “Por favor, permitam que um pouco
lavras eternas de Sua Torá: “O Todo-Poderoso
de água seja trazido para lavarem seus pés”.
falou a Moshê no deserto do Sinai, no primeiro
À luz do amor de Avraham por praticar atos
dia do segundo mês, no segundo ano após o
de bondade, surge uma pergunta: por que ele
Êxodo do Egito: “Façam um recenseamento de
disse: “Que um pouco de água seja trazido”?
toda a assembléia dos filhos de Israel”.
A conotação da expressão “um pouco” parece
inconsistente com sua lendária generosidade.
O Todo-Poderoso marcou o dia, lugar, mês
e ano e conferiu honra, nobreza e dignidade
No entanto, em uma análise mais minu-
a eles. Isto não foi uma mera inscrição para
ciosa, esta escolha das palavras traduz uma
os anais da História. Foi uma expressão de
grande sensibilidade. Ao oferecer água a um
grande bondade, amor e compaixão Divinas.
convidado para lavar seus pés, seria descortês
Ao elevar-nos, o Todo-Poderoso nos concedeu
sugerir “uma grande quantidade de água”, pois
o maior nível de credibilidade, espiritualidade
estaria implicando que seus pés estavam mu-
e poder.
ito sujos. Já a expressão “um pouco de água”
Inversamente, quando D’us marcou a data
sugere que os pés do hóspede estavam basica-
da destruição do Templo Sagrado de Jerusalém,
mente limpos e apenas um pouco de água seria
Ele a escreveu de forma obscura e enigmática,
necessário para remover a poeira.
a fim de diminuir a nossa angústia e esconder
Avraham escolheu suas palavras com cui-
a nossa vergonha
dado para evitar até mesmo o menor constran-
Em nossas relações com os demais, temos
gimento. Mais ainda, suas palavras alegraram
a oportunidade de imitar o Todo-Poderoso. Se
os corações dos viajantes, pois implicavam que
algum amigo cometeu um deslize ou erro, po-
seus convidados eram limpos e bem-educados.
demos aliviar a sua dor, fazendo todo o possível
Que possamos filtrar nosso discurso de to-
para minimizar e esconder o evento. Já quando
das as palavras pejorativas e, habilmente, mol-
for abençoado com sucesso, podemos ampliar
dar nossas conversas de modo a ressoarem com
suas conquistas ao abertamente honrá-lo, in-
simpatia, sensibilidade e encorajamento.
centivá-lo e fortalecê-lo pelo feito que realizou.
Baseado no livro “Lev Shalom”,
do Rabino Shalom Shvadron (Israel, 1912-1997)
Tevet / Shevat 5774
Baseado no livro “Dáat Torá” ,
Rav Yerucham de Mir (Lituânia e Polônia, 1874-1936)
49
Visão Judaica II
Momento de Reflexão
Uma das mais graves proibições da Torá é o lashon hará
Rabino Isaac Dichi
A Torá nos orientou
A Torá nos orientou sobre 248 mitsvot assê
(ativas) e 365 mitsvot lô taassê (passivas).
lidade – os únicos pecados que se deve entregar
a própria vida para não os transgredir.
Nossos sábios comprovam esta colocação a
Uma das mais graves mitsvot lô taassê
é a proibição de lashon hará (maledicência,
partir dos versículos:
1) Sobre assassinato consta em Bereshit
calúnia e difamação) que se divide em três categorias:
1ª. Falar sobre a vida dos outros, invadindo sua privacidade, desrespeitando os limites
4:13 que após matar Hêvel, Cayin afirmou: “...
gadol avoni minessô” – meu pecado é muito
grande para suportar – que está no singular.
2) Sobre idolatria consta em Shemot 32:31
e desvendando seus segredos, mesmo que o
conteúdo seja verdadeiro.
2ª. Revelar os erros e a má conduta do
próximo, mesmo que seja verdade.
3ª. “Motsi shem rá” – difamar o próximo
com mentiras.
Rabênu disse ao pedir perdão: “...ana chatá
haam hazê chataá guedolá...” – rogo, pecou
este povo grande pecado – que também está
no singular.
Este terceiro e último item é o mais grave
3) Sobre as proibições ligadas com a se-
dos anteriores, a tal ponto que nossos sábios
xualidade consta em Bereshit 39:9 que Yossef
nos dizem que o caluniado não precisa perdoar
Hatsadic disse após a tentativa de sedução
aquele que o difamou.
por parte da mulher de Potifar: “...veêch eessê
Nos sos me s t re s dec l a r a m q ue e s t a
haraá haguedolá hazôt...” – e como farei esta
proibição é tão grave, ou até mais grave, do
grande maldade – que também está no singu-
que os três pecados capitais da Torá, que são:
lar.
idolatria, assassinato e crimes ligados à sexua-
50
que após o pecado do bezerro de ouro Moshê
Já sobre lashon hará (maledicência, calúnia
Tevet / Shevat 5774
Visão Judaica II
e difamação) consta no Tehilim 12:4:
usado para o bem, para aproximar
A partir de Parashat Shemot, até
“...lashon medaberet guedolot” – a lín-
as pessoas, dar-lhes uma palavra de
Parashat Tetsavê neste ano que há
gua fala com “grandes” arrogâncias
alento e incentivo.
dois meses de adar, inicia-se uma
Antes de manifestarmo-nos sobre
época que nossos sábios denominam
Nos três casos acima citados dos
os outros, é necessário refletir se es-
de “shovavim tat”. Estas palavras são
pecados capitais, o adjetivo “gran-
tamos usando este recurso tão valioso
compostas pelas iniciais das oito para-
de” aparece no singular. Porém com
para o bem, e não para causar danos
shiyot de Shemot até Tetsavê. Nos anos
relação ao lashon hará, o adjetivo
morais às pessoas.
que há um único adar, esta época se
– que está no plural.
aparece no plural – “grandes” – de-
Muitas vezes nos ocupamos de
estende somente de Parashat Shemot
monstrando que lashon hará equivale
assuntos que não nos dizem respeito,
até Parashat Mishpatim, sendo cha-
na gravidade aos três pecados capitais
intervindo assim na vida alheia sem
mada de “shovavim”. Nestas épocas há
juntos.
que seja de nossa alçada.
um costume de se jejuar. Esta é uma
A destruição do Segundo Tem-
Mesmo quando ouvimos algo so-
ocasião propícia para o “ticun chet ne-
plo Sagrado se deu pelo motivo de
bre outras pessoas, não é justificável
urim” – que também está ligado com a
ódio gratuito, como consta na Gue-
passar para outros, pois a maioria
fala. Há muitas pessoas, inclusive, que
mará (Yomá 9b). O Ben Ish Chay, em
absoluta do que ouvimos não proce-
fazem taanit dibur – jejum da fala du-
seu livro Ben Yehoyadá sobre o Tra-
de – e estaríamos causando um mal
rante um dia ou mais nestas semanas.
tado de Guitin, e o Chafets Chayim,
incalculável. Principalmente quando
Aproveitemos estes dias para re-
na introdução de seu livro Shemirat
se trata de difamação – muitas vezes
fletir atentamente sobre este instru-
Halashon, incluem como motivo da
alardeada a um grande número de
mento tão poderoso e utilizá-lo para
destruição do Segundo Templo tam-
pessoas – que destrói o bom nome e o
estudar e ensinar Torá, fazer tefilá,
bém o pecado de lashon hará.
prestígio de alguém. Isso causa danos
para o relacionamento positivo e
irreversíveis ao próximo por muito
saudável com o semelhante e evitar
tempo – que são imperdoáveis.
quaisquer comentários sobre outrem,
Ultimamente não nos cuidamos o
suficiente com esta proibição. Sobre
ela, o Rambam escreve, em Hilchot
Não podemos omitir que os me-
principalmente quando forem pejora-
Deot (capítulo 7, parágrafo 2), que este
ios de comunicação dos dias de hoje
tivos e mal-intencionados – pior ainda
mal tem força de destruição. Nossos
– mensagens via celular como sms,
se não tiverem fundamento algum.
sábios, no Tratado de Arachin (16b),
WhatsApp e outros – incentivam o la-
Devemos lembrar, ainda, que ao
nos contam que o Todo-Poderoso cri-
shon hará. Temos que tomar muito cui-
falarmos hoje dos outros, corremos o
ou duas “proteções” na boca: uma de
dado com estes canais de transmissão
sério risco que falem de nós amanhã.
osso, os dentes, e uma de carne – os
para não serem usados nesta prática
D’us queira que possamos cum-
lábios. Já os olhos têm uma única
negativa. Por intermédio destes meios
prir à risca as leis de lashon hará.
proteção.
podemos, em alguns segundos, envi-
Dessa forma, nosso relacionamento e
ar mensagens para um número incal-
convívio com nossos semelhantes será
culável de pessoas!
producente e construtivo, amen!
Devemos nos conscientizar que
nossa fala é um instrumento para ser
Tevet / Shevat 5774
51
PARA CONTINUAR
RECEBENDO A
Datas & Dados
Tevet
5774
4 de Dezembro de 2013 a
1 de Janeiro de 2014
ROSH CHÔDESH
Terça e quarta-feira, dias 3 e 4 de dezembro.
ENVIE UM E-MAIL PARA:
[email protected]
COM A PALAVRA
“CONTINUAR”
Não se fala Tachanun no dia e em Minchá da véspera.
Acrescenta-se Yaalê Veyavô nas amidot e no Bircat Hamazon.
Acrescenta-se o Halel completo (por ser Chanucá) em Shachrit.
Acrescenta-se a oração de Mussaf.
BIRCAT HALEVANÁ
PERÍODO PARA A BÊNÇÃO DA LUA
Início (conforme costume sefaradi):
Segunda-feira, 9 de dezembro, às 20h58m
(em São Paulo, no horário de verão).
Final: Manhã de terça-feira, 17 de dezembro,
às 6h15m (em São Paulo, no horário de verão).
JEJUM 10 DE TEVET
Sexta-feira, 13 de dezembro.
Início - 04h57m. Término - 20h18m (em São Paulo, no horário de verão).
Foi nesta data que Nabucodonossor, rei da Babilônia, completou o cerco
de Jerusaléme a cidade passou a sofrer as consequências deste sítio.
Este foi o início do processo que culminou com a destruição
do Primeiro Templo e o Exílio Babilônico.
Shevat
5774
2 de Janeiro de 2014 a
31 de Janeiro de 2014
ROSH CHÔDESH
Quinta-feira, 2 de janeiro.
Não se fala Tachanun no dia e em Minchá da véspera.
Acrescenta-se Yaalê Veyavô nas amidot e no Bircat Hamazon.
Acrescenta-se Halel Bedilug em Shachrit.
Acrescenta-se a oração de Mussaf.
TU BISHVAT
Ano novo das árvores.
Quinta-feira, 16 de janeiro.
Não se recita Tachanun no dia e em
Minchá da véspera.
No dia quinze do mês de shevat comemora-se
ano novo agrícola. Costuma-se fazer uma
refeição com diversos tipos de frutas neste dia.
BIRCAT HALEVANÁ
PERÍODO PARA A BÊNÇÃO DA LUA
Início (conforme costume sefaradi):
Quarta-feira, 8 de janeiro, às 20h28m
(em São Paulo, no horário de verão).
Final: Noite de quarta-feira e madrugada de quinta, 16 de janeiro,
até as 4h04m (em São Paulo, no horário de verão).
52
Tevet / Shevat 5774
Datas & Dados
Horário de Acender as Velas de Shabat
em São Paulo
Já considerando o horário de verão
6 de dezembro
13 de dezembro
20 de dezembro
27 de dezembro
03 de janeiro
-19h23m
- 19h28m
- 19h32m
- 19h35m
-19h37m
10 de janeiro -
17 de janeiro -
24 de janeiro - 31 de janeiro - 07 de fevereiro- Próximas Comemorações Judaicas
19h39m
19h39m
19h38m
19h35m
19h32m
PARASHAT HASHAVUA
07 de dezembro -
14 de dezembro -
21 de dezembro -
28 de dezembro -
04 de janeiro
-
11 de janeiro
-
18 de janeiro
-
25 de janeiro
-
01 de fevereiro
-
08 de fevereiro
-
Parashat: Vayigash
Haftará: Vayhi Devar Hashem
Parashat: Parashat: Vaychi
Haftará: Vayicrevu Yemê David
Parashat: Shemot
Haftará: Divrê Yirmeyáhu (sefaradim)
Parashat: Vaerá
Haftará: Cô Amar Hashem Elokim
Parashat: Bô
Haftará: Hadavar Asher Diber Hashem
Parashat: Beshalach
Haftará: Vatáshar Devorá (sefaradim)
Parashat: Yitrô
Haftará: Bishnat Mot Hamêlech
Parashat: Mishpatim
Haftará: Hadavar Asher Hayá el Yirmeyáhu
Parashat: Terumá
Haftará: Hashamáyim Kiss’i
Parashat: Tetsavê
Haftará: Atá Ven Adam
HORÁRIO DAS TEFILOT
Shachrit -De segunda a sexta-feira-20 min. antes do nascer do Sol (vatikim), 06h20m (Midrash Shelomô Khafif), 06h50m
(Zechut Avot) e 07h15m (Ôhel Moshê).
Aos sábados-08h15m (principal), 08h20m (Zechut Avot), 08h40m (infanto-juvenil) e 08h45m (ashkenazim).
Aos domingos e feriados-20 min. antes do nascer do Sol, 07h30m e 08h30m.
Minchá - De domingo a quinta -18h35m e 19h00m.
Arvit - De domingo a quinta -19h15m e 20h00m.
MINCHÁ DE ÊREV SHABAT
Já considerado o horário de verão
Shir Hashirim será recitado 15 minutos antes de Minchá
06 de dezembro
13 de dezembro
20 de dezembro
27 de dezembro
03 de janeiro
10 de janeiro
17 de janeiro
24 de janeiro
31 de janeiro
07 de fevereiro
Tevet / Shevat 5774
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
19h23m
19h28m
19h32m
19h35m
19h37m
19h39m
19h39m
19h38m
19h35m
19h32m
MINCHÁ DE SHABAT
Já considerado o horário de verão
07 de dezembro
14 de dezembro
21 de dezembro
28 de dezembro
04 de janeiro
11 de janeiro
18 de janeiro
25 de janeiro
01 de fevereiro
08 de fevereiro
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
19h00m
19h00m
19h05m
19h10m
19h10m
19h15m
19h15m
19h10m
19h10m
19h05m
53
Datas & Dados
TABELA DE HORÁRIOS • TEVET / SHEVAT 5774
Acrescentar 1 hora na vigência do horário de verão
Janeiro
Dezembro
Alot
São Dia HasháPaulo char
54
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
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1
2
3
4
5
6
7
8
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10
11
12
13
14
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16
17
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30
31
3:56
3:56
3:56
3:56
3:56
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3:56
3:56
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3:57
3:57
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3:59
3:59
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4:00
4:01
4:01
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4:25
4:26
4:27
4:28
4:29
4:30
4:31
Nets
Sof Zeman Keriat Shemá Sof Zeman Amidá
Zeman Hachamá
Minchá Sof Zem. Mussaf Pêleg Haminchá Shekiá
Tefilin (nasc. Sol) de alot de alot a do nets de alot do nets Chatsot Guedolá de alot do nets do nets de alot (pôra tset tset (72m) à shekiá a tset à shekiá
a tset à shekiá à shekiá a tset do-sol)
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Tevet / Shevat 5774
De Criança para Criança
“Ruivo”
Chayim Walder
Meu nome é Nôach.
Estudo na terceira série. Sou um garoto vivo e irrequieto; talvez até demais...
Ah! Esqueci de mais uma coisa: sou ruivo!
Dizem que os ruivos têm uma natureza “ardente”, assim como a cor de seus cabelos,
que lembra o fogo incandescente.
Eu concordo com esta determinação. No meu caso, é simplesmente verdadeira. Sempre
tenho o que fazer e faço tudo com muita animação.
Até o ano passado, eu era o único ruivo da classe.
No início do ano, entrou um novo garoto na classe, chamado Rami. Quando ele apareceu, fiquei um tanto desapontado. Vocês perguntam por quê? Porque ele é ruivo. Igualzinho
a mim.
No entanto, logo decidi que, assim como havia uns vinte garotos de cabelos negros e
mais uns dez de cabelos castanhos e loiros, não prejudicaria à classe, nem a mim, mais um
ruivinho...
Ele era um garoto como eu, logo percebi.
Tevet / Shevat 5774
55
Ele sabia se expressar, brincar e se virar igualzinho a mim. Mas tinha algo diferente,
uma certa sensibilidade. Ele ficava vermelho e nervoso por cada coisinha à toa.
Logo percebi que ele sempre procurava minha companhia.
De fato, fizemos amizade. Tornamo-nos bons amigos.
Certa vez, quando estávamos brincando de queimada, Rami foi queimado uma vez atrás
da outra. A cada jogo, ele era um dos primeiros a sair. Ao ser queimado pela quarta vez,
abandonou o jogo com raiva e gritou:
– Eu sei por que vocês me queimam o tempo todo: porque eu sou ruivo!
Fiquei espantado: o que tinha a ver uma coisa com a outra? Sobre o que ele estava
falando?
Depois ele se virou para mim e exclamou, nervoso:
– Diga-me, você não percebe que somos diferentes de todos na cor do cabelo?
– Sim – eu lhe disse. – Percebo. E daí?
– E daí?! – disse ele, surpreso. – Como assim, “e daí”?! Todos tratam os ruivos como
se fossem diferentes dos demais; como se tivessem um problema.
– Problema? – perguntei-lhe. – Que problema? Pelo contrário! Sou muito feliz por ser
ruivo! Desde que nasci, meu pai me dizia, cheio de felicidade: “Você é ruivo! Você é ruivo!”.
Vendo a alegria em seus olhos, compreendi que ser ruivo é algo muito legal, e penso assim
até hoje!
– A primeira palavra que aprendi a pronunciar foi “ruivo”, para a alegria de todos os
familiares – continuei dizendo. – Sempre fui o menino especial em casa! E você diz que tem
um problema?! – perguntei-lhe, todo vermelho pelo esforço do grande “discurso” que fiz (e
também porque sou ruivo...).
56
Tevet / Shevat 5774
Rami olhou para mim com espanto. Primeiro, abriu sua boca sem falar nada, depois
disse:
– Você me surpreende. Sempre me trataram como se meu cabelo vermelho fosse um
problema. Às vezes meus pais me perdoavam e não me castigavam, porque com certeza
me portara mal por ser ruivo; afinal, alguém que tem cabelo vermelho tem temperamento
quente. Se eu ficava bravo com minha irmã menor ou batia nela, era sempre por culpa da
minha “ruividão”. Por isso, sempre senti que minha ruividão fosse um problema. E você me
diz que é bom ser ruivo? Até parece que você é feliz com isso...
– É lógico que sou! – eu disse em voz alta. – Eu sou ruivo, eu sou ruivo! – gritei. E todos
os meus amigos pararam de brincar e caíram na gargalhada.
– Está vendo? – disse-lhe. – Tire todas essas bobagens de sua cabeça! Seja feliz por
ser ruivo e verá que todos os problemas aconteciam porque “você” achava que a ruividão
é um problema; e não porque os outros pensam assim.
Depois disso, nossa amizade ficou mais forte ainda. Rami e eu somos os melhores
amigos da escola. Quase não nos separamos um do outro.
Certa vez, durante o recreio, quando estávamos caminhando juntos, ouvimos um garoto
de uma classe mais baixa dizendo:
– Estes dois ruivinhos não se separam!
Olhei com o canto dos olhos para o Rami e o vi sorrindo de felicidade. Não lhe disse
nada, mas, dentro de meu coração, senti uma alegria verdadeira.
Tradução de Guila Koschland Wajnryt
Permissões exclusivas para a Nascente
Bolsas Térmicas
Tevet / Shevat 5774
57
Leiluy Nishmat
Israel Iossef ben Isser z ’’l
Nathan Halevi ben Mercada z’’l
Nissim ben Emilie z’’l
Shmuel Mizan ben Olga z’’l
Victor Haim ben Ester z’’l
Tevet / Shevat 5774
59
60
Tevet / Shevat 5774

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