Release 2 - Azeite de Oliva Espanhol
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Release 2 - Azeite de Oliva Espanhol
Azeite de Oliva Espanhol A oliveira e a azeitona têm um significado especial para as regiões produtoras no Mediterrâneo. Nelas estão inscritos valores míticos, religiosos e econômicos, além dos benefícios para a saúde, já que o azeite é considerado a melhor gordura para o consumo humano. Em distintas culturas, o azeite tem sido utilizado como um excelente combustível para proporcionar luz, bálsamo, alimento e usos medicinais. A palavra azeite é oriunda do árabe Azzait, que significa suco de azeitona. A Espanha é o maior país produtor e exportador de azeites, com 308 milhões de oliveiras, 360 mil produtores, 1.750 almazaras1 e 1.050 envasadoras. As características do terreno, o clima, a variedade da azeitona, o sistema de colheita e o processo de produção dão origem aos vários tipos de azeites existentes. Tipos de Azeitonas Todas as azeitonas descendem de uma árvore selvagem, Acebuche, uma reserva genética, presente em toda área mediterrânea, e são do gênero Olea Europaea, que apresenta grande diversidade de características edafológicas2 e produtivas. Algumas se adaptam bem em solos secos, outras suportam as temperaturas muito baixas e outras as muito altas. Almazara: a palavra provém do árabe e significa “lugar de onde se extrai”. É o local onde é feito o recebimento, a lavagem, a extração, a centrifugação, a decantação do azeite. 1 Edafologia: ciência que trata da influência dos solos em seres vivos, inclusive do solo pelo ser humano com o objetivo de proporcionar o desenvolvimento das plantas. 2 1 Os diversos tipos de oliveiras têm características distintas, tais como: abundância de folhas e de floração, resistência à queda dos frutos, formatos de azeitonas, relação entre polpa e caroço, composição e características sensoriais responsáveis pelo aroma, sabor, cor e textura dos azeites obtidos de cada variedade. Entre as várias azeitonas espanholas, destacam-se por emprego em quase todos os azeites produzidos no país: Picual – conhecida também como Marteña ou Nevadillo. Está muito presente nas regiões de Andaluzia, Castilla La Mancha e Extremadura. A sua produção é próxima aos 50% do total de azeitonas produzida no país. Isto se dá devido ao seu bom comportamento diante das secas, das baixas temperaturas e ao alto rendimento da azeitona na produção do azeite. Devido ao seu alto teor de antioxidantes este azeite tem maior resistência a tornar-se rançoso. O azeite proveniente desta variedade é muito frutado, com notas de figueira, madeira, um ponto de amargor e picância. As plantações deste tipo em terreno plano têm mais corpo e sabor de madeira mais forte que as plantadas nas montanhas que são mais suaves com amargor suave. É prioritária e às vezes exclusiva nos azeites D.O. Sierra de Segura, Sierrra Magina, Priego de Cordoba e Sierra de Cazorla e participa em menor proporção em todas as Denominações Andaluzas e alguma Extremena como Aceite de Monterrubio D.O.P. Monterrubio, onde é conhecida como jabata. Hojiblanca – devido a cor do reverso da folha, é também conhecida como Lucentina. É o tipo predominante em Málaga e bastante abundante em Sevilla e Córdoba. De amadurecimento tardio, tem rendimento relativamente baixo para a produção de um azeite equilibrado em ácidos graxos, um alto conteúdo de tocoferol e médio em polifenóis, o que se exige que se mantenha protegida da luz para evitar oxidação. Frutada e herbal, na boca apresenta uma doçura seguida de ligeiro amargor, um ponto picante e retrogosto amendoado. Arbequina – é a mais conhecida e apreciada no mercado internacional. É uma variedade em expansão, cultivada na Catalunha onde é a predominante nas D.O.P. Siurana, Les Garrigues, também tem importância nos azeites com D.O.P. Aceite Del Bajo Aragón, Aceite Terra Alta. Atualmente seu cultivo está estendido pela Andaluzia, Castilla La Mancha e Valença por sua qualidade e boa adaptação aos sistemas modernos de cultivo. Os azeites são frutados, com sabor de maçã, frescos, pouco picantes quando a colheita é feita cedo ou nada picantes quando a azeitona está bem madura. Cornicabra – também conhecida como Cornezuelo por sua forma alargada e ligeiramente curvada, é a única variedade admitida na elaboração dos azeites da D.O. Montes de Toledo y Madrid. São azeites aromáticos, com muita personalidade em que se destacam os tons frutados. Seus pontos de picância e amargos são médios, com ligeiro toque de folhas verdes e amêndoas. 2 Grupos de Azeite Azeites de Marca: são azeites controlados analiticamente, embalados sob a égide de uma marca comercial, sendo que sua origem é desconhecida. Azeites de Produção: são azeites controlados e associados a uma origem geográfica ou a um modo particular de produção. “Azeites DOP”- tem origem em uma área geográfica delimitada, com solos e clima característico e são exclusivamente elaborados com azeitonas de oliveiras típicas da região, o modo de condução das árvores, apanha das azeitonas e extração do azeite confere tipicidade e características químicas e sensoriais únicas. “Azeites de Agricultura Biológica”- são provenientes de olivais conduzidos de acordo com o modo de produção orgânica, livre de adubos químicos e pesticidas. “Azeite Elementares ou Monovarietais”- são azeites obtidos de uma só variedade de azeitona. O conceito varietal, que está muito arraigado no caso do vinho, não tem todavia a mesma importância comercial no azeite, mas pelas circunstâncias que regem o mercado indicam que o caminho será muito similar. Azeite Varietal é aquele elaborado com uma única azeitona. O azeite refinado é o tipo mais comum do azeite, que passa por um processo de correção de defeitos que possa ter o produto, evitando excesso de acidez, eliminação de impurezas, aromas e sabores estranhos. Ao mesmo tempo este processo retira do azeite suas propriedades positivas como aroma e sabores. Para a sua obtenção a qualidade das azeitonas, seus estados de maturidade, forma de colheita não são levados em consideração devido ao processo de refinamento. A variedade da azeitona neste caso não figura na etiqueta. A demanda atual se dirige a azeites mais autênticos, pouco manipulados. O consumidor busca os azeites virgens e começa a distingui-los por sua procedência geográfica, amparada nas Denominações de Origem e pela variedade de azeitona utilizada. Começa-se a falar dos azeites de Arbequina, Hojiblanca, Cornicabra ou Picual, levando em conta a colheita temprana ou tardia que afetam nas características sensórias de aromas e sabores. Classificação do Azeite Todas as azeitonas são negras, é só deixar amadurecer. A cor do azeite vai do amarelo muito claro ao verde escuro. Os azeites mais verdes e com freqüência mais amargos são os feitos com azeitonas colhidas cedo, que ainda não terminaram seu processo de amadurecimento. Conforme vai amadurecendo a fruta, uma variação de cor vai acontecendo, o verde perde intensidade devido a perda de clorofila e vai sendo substituída por outros pigmentos pertencentes ao grupo dos carotenos, até terminarem amarelo dourado que correspondem aos azeites mais doces. Oliveiras plantadas em diferentes locais podem apresentar aromas e sabores diferentes. O 3 cheiro e o sabor dos azeites virgens advêm de algumas centenas de compostos aromáticos, dentre os quais estão identificados 105.Temperaturas superiores a 30º C, aplicadas durante o processo de extração provocam a decomposição dos compostos aromáticos além de incorporar água no azeite. Azeites amargos - são muito ricos em polifenóis que mostra toda intensidade nos frutos maduros e que em geral vão diminuindo à medida que avança o processo de maturação. A manifestação do amargor é variável. Alguns azeites, excessivamente amargos no principio, evoluem positivamente e diminuem esta propriedade. Azeites picantes - são muito apreciados e, como os amargos, se caracterizam pelo alto conteúdo de polifenóis. Note que o picante não é um sabor, mas uma sensação. O picante dos azeites se deve a duas causas: a variedade da azeitona e o momento da colheita. O picante é uma propriedade muito buscada porque proporciona uma interessante nota que se percebe agradavelmente. O caráter frutado dos azeites- que desaparece nos tipos refinados - é fator primordial em seu sabor, sendo os demais sabores básicos dos azeites: picante, amargo, doce. Frutados suaves - são os azeites de sabores e aromas combinados. As notas de frutos secos, amêndoa, pinoles, erva fresca, tomate, maçã e pêssego são predominantes. As características picância e amargor se manifestam moderadamente e em alguns casos são adstringentes. A suavidade do azeite está ligada ao momento da colheita dos frutos. São melhores quando colhidos enquanto amadurecem, sem esperar que os sabores se intensifiquem e em geral procedem de variedades aromáticas como arbequina, verdial de huévar, empeltre, la changlot ou manzanilla. Quando a colheita destas azeitonas é feita os frutos estão maduros, ocorrendo uma evolução de aromas e sabores que remetem a banana, tomates maduros, madeira ou figueira. O teor de picância suaviza o amargor. Estes azeites têm cor amarelo dourado. Este tipo de azeite dá uma nota de sabor no pão com tomate, sopas de peixes, saladas complexas com defumados, foie gras, trufas onde deve predominar o sabor dos produtos mais nobres. São insubstituíveis na confeitaria principalmente com frutas ou chocolate. Azeites frutados combinam com alimentos curados ou com ingredientes de aromas marcantes, como os queijos mais intensos e cogumelos secos, mas ficam bem com salada de folhas mais delicadas, preparações com especiarias, peixes e camarões. Frutados Intensos - nestes tipos são apreciados os sabores potentes, penetrantes e persistentes. São azeites de personalidade e quando são preparados com azeitonas maduras tem propriedades que os experts julgam como as mais interessantes. São indicados para o preparo dos gazpachos, salmorejo, sopa de verduras, purê de batatas, verduras na chapa ou refogadas, pratos de carne (aves), paella. 4 Grau de Acidez O grau de acidez do azeite não é traduzido como uma percepção sápida direta da acidez nem tampouco se corresponde com um sabor mais ou menos intenso. O grau de acidez é um coeficiente de laboratório que mede os ácidos graxos livres. Azeite de Oliva Virgem - Composição média das azeitonas: - óleo: 18 -32% - água da vegetação: 40 – 55% - caroço e tecidos vegetais: 23 – 35% Todas as azeitonas produzem excelentes azeites independentemente das características particulares de cada uma, desde que estejam sadias e sejam processadas no mesmo dia da colheita para evitar fermentação e seu azeite seja armazenado de forma apropriada. Para ter um azeite de qualidade é fundamental colher as azeitonas no início da maturação quando a maioria dos frutos está trocando de cor. O método ideal de colheita é a mão, sendo o fator mais importante não causar danos à azeitona e transportar o mais rápido possível para a almazara. A colheita é feita também com a ajuda de vibradores. Nas almazaras as azeitonas são lavadas e classificadas por qualidades ou variedades para produzir os melhores azeites. A respeito da acidez o importante é saber que o grau de acidez não se refere a palavra ácido. Como parâmetro químico, a acidez se refere a proporção de grau de acidez livre que contém o azeite, expressa em graus. Esse grau não tem relação com a intensidade do sabor. Um azeite de oliva extra virgem de baixa acidez não é um azeite de pouco sabor. Trata-se da garantia de um fruto sadio, elaborado em condições ótimas em todo seu processo. Para se obter o azeite virgem, a azeitona passa pelo seguinte processo: Moagem (molturación): são utilizados trituradores que rompem os tecidos vegetais das azeitonas formando uma massa ou pasta homogênea. Batedora: a massa moída vai para as batedoras à temperatura que não deve passar de 28 ºC para não perder aromas durante 1 hora e meia bem lentamente Centrifugação: a pasta obtida na moagem é submetida a uma centrífuga horizontal chamada decanter, a uma grande rotação através da qual por diferença de densidades se separam duas fases: azeite de oliva virgem e um conjunto formado pelos demais componentes (pele, caroço, polpa e água). Este produto é denominado alperujo de onde posteriormente se obtém o óleo de perujo e outros produtos. 5 Armazenamento Para conservar inalteradas as qualidades excepcionais que possui o azeite de oliva virgem, deve-se armazenar em depósitos de aço inoxidável ou trujales vitrificados, em lugar escuro, tranqüilo a temperaturas suaves e constantes. Tipos de Azeite de Oliva O Convênio Internacional do Azeite de Oliva de 1986 reserva a denominação de Azeite de Oliva somente para os óleos extraídos da azeitona, sem o emprego de solvente na extração, e que não contenha mistura de óleos de qualquer outra origem, nem mesmo o de bagaço de azeitona. Azeite de Oliva Virgem: é obtido exclusivamente por procedimentos mecânicos ou outros meios físicos em condições especialmente térmicas que não produzam alteração do azeite, que não tenha se submetido a tratamentos extras lavagem, decantação, centrifugação e filtragem. É um produto natural que conserva sabor, aroma, vitaminas e nutrientes. Com acidez igual ou inferior a 2°. Pode apresentar defeitos para o consumidor. Pode estar formado por monovarietais ou por um conjunto de dois ou mais azeites. • Azeite de Oliva Extra Virgem: sem nenhum tipo de defeito, com acidez máxima de 0,8°. Podem ser: 1) Monovarietais: elaborados com uma variedade de azeitona. 2) Coupages: elaborados com azeites de diversas variedades de azeitonas com o objetivo de obter sempre o mesmo padrão de aroma e sabor. São escolhidos os azeites com personalidade própria, ficando a cargo dos experts a combinação. 3) Denominação de Origem Protegida (D.O.P.): elaborados com azeitonas procedentes de uma área geográfica determinada (onde o azeite é elaborado e envasado) e oficialmente reconhecida. 4) Azeite de Oliva Virgem Lampante: possui sabores e aromas defeituosos, não é comestível. Deve ser refinado para ser utilizado e consumido. Possui acidez superior a 2. É feito a partir de azeitonas defeituosas. 5) Azeite de Oliva Refinado: obtido através do refinamento do azeite de oliva lampante. Sua acidez deve ser igual ou inferior a 0,3. 6) Azeite de Oliva: mesclas de azeites de oliva virgens, diferentes do lampante e do refinado, com acidez igual ou inferior a 1,0. Este tipo de azeite é o mais consumido na Espanha. É um azeite líder de vendas no mercado. 6 Existem ainda os azeites obtidos a partir da extração feita com solventes do conteúdo de gordura resultante da moagem das azeitonas. O solvente normalmente utilizado é o hexano. Ele pode ser refinado, com uma acidez igual ou inferior a 0,3. Também pode ser Azeite de Caroço de Oliva, que é formado pela união do azeite de caroço de azeitona refinado e azeite de oliva virgem, distinto do lampante, com uma acidez igual ou inferior a 1,0. Degustação de Azeites: A degustação de azeites, ao contrário da degustação de vinhos, permaneceu desconhecida do grande público e fundamentalmente reservada, na maioria dos casos, aos técnicos, elaboradores e experts. Os azeites têm cada um seu estilo, silhueta e perfil, que é o que define suas características, qualidades e defeitos, que podemos perceber com os cinco sentidos. A análise destes sentidos são o que chamamos de análises sensoriais. Os fatores que influem antes de tudo na qualidade e azeitona e, por conseguinte, no futuro do azeite são: • Características climáticas • Solo (composição, etc) • Variedade da azeitona • Mão do homem que dirige o cultivo da oliveira e da elaboração do azeite. A degustação organoléptica dos azeites determinada pela Comunidade Européia é uma analise sensorial completa, que inclui o aspecto visual, olfativo, gustativo e o tátil, e foi sistematizada por especialistas do Conselho Oleícola Internacional (COI), com a finalidade de assegurar aos degustadores um trabalho, padronizado, objetivo e imparcial. Análise Auditiva: fluidez e textura podem ser percebidas ao se servir o azeite. Análise Visual: apesar da cor variar conforme o tipo e o amadurecimento da azeitona, as seguintes características podem ser observadas: • Cor (varia do amarelo verde ao amarelo palha, em todas as gamas, matizes e intensidades) • Aspecto (livre e brilhante) Para análise visual são observadas três características: a cor, a limpidez e a densidade. Análise Olfativa: desagradáveis. importantíssima, qualifica os aromas em agradáveis e 7 Aromas Agradáveis Aromas Desagradáveis Frutado de azeitona madura, límpido e Avinagrado característico Frutado de azeitona verde Rançoso Maçã Cheiro de umidade Ervas verdes Odor de mofo Figueira (folhas verdes da figueira) Metálico Folhas verdes (aroma vegetal limpo) Análise Gustativa: Sensações Gustativas Boas Sensações Gustativas Defeituosas Frutado Amargor intenso Límpido Picante intenso Fresco Folhas secas Frutas frescas Avinagrado Doce, conhecida doçura percebida azeitonas Amargo, um característico azeitonas sensação de Ácido em algumas ligeiro amargor é Azeitonas geladas de determinadas Amendoado Borras Vegetal Madeiras Pinoles Umidade As sensações tácteis estão relacionadas à estrutura e à consistência física de um azeite podendo ser: aquosa, fluida, suave ou pastosa. Aquaso: diz se do azeite ralo, de baixíssima densidade 8 Fluido: termo que usa para comparar os diferentes níveis de densidade do azeite, sendo os menos densos considerados “mais fluidos”; Pastoso: características dos azeites mais espessos Suave: características dos azeites de densidade média. A normativa internacional de degustação de azeite considera defeituosos os azeites que apresentam uma sensação tátil ou uma consistência atípica segundo suas características habituais ou de procedência, mas hoje em dia e, sobretudo para o consumidor, esta limitação resulta pouco útil já que há novos países que aportam características diferentes, novas tecnologias, novas mesclas de azeitonas e novos gostos que devem ser respeitados. Por isso há uma grande tarefa por fazer na análise sensorial dos azeites para que seja mais livre e lúdica. Por trás da valorização das sensações auditivas, olfativas, gustativas e tátil, deve se olhar o conjunto de todas as sensações. O mais importante é o equilíbrio entre todas as sensações e mais especificamente as olfativas, gustativas e táteis. Por essa razão, estabelece-se uma específica classificação: - Azeites frutados: são aqueles cujas características se parecem muito a dos frutos de que procedem; - Azeites aromáticos ou equilibrados: são aqueles que um grande equilíbrio entre aromas e sabores; - Azeites desequilibrados ou descompensados: são aqueles que o odor, o sabor, ou uma sensação prevalece sobre as demais. Azeite de Oliva e a Dieta Mediterrânea Antigamente os gregos deram grande importância ao regime de vida diária, o conjunto de hábitos do corpo e da alma, que constituem na atividade vital do homem. Pois bem, esta dieta tradicional do mediterrâneo foi redescoberta quando experts em nutrição usaram essa lógica a preocupação pela alimentação e as formas de vida, buscando a maneira de transformar as recomendações nutricionais em alimentos saudáveis e tipos de comidas. Ao estudar os hábitos alimentícios das distintas populações se comprova que a alimentação dos países do mediterrâneo, composta por verduras, hortaliças, legumes, frutas, pescados, azeite de oliva e vinho, podia ser a condição da redução de cifras de colesterol que apresentam os mediterrâneos quando eram comparados com os habitantes da América do norte, quem consumiam uma dieta com maior valor calórico, baseada em gorduras, queijos e proteínas de origem animal. Como conseqüência conclui-se que a dieta mediterrânea era uma dieta saudável, especialmente por seus efeitos benéficos sobre as enfermidades cardiovasculares. Uma das bases que justificam este reconhecimento é o azeite de oliva. A outra razão se encontra no alto consumo de pescado. Ambos ricos em gorduras insaturadas. 9 Os povos do mediterrâneo não adotaram tal dieta por conhecerem seus benefícios, mas sua origem é puramente geográfica e, conseqüentemente, econômica. O povo comia aquilo que tinha acesso fácil e que era relativamente barato. O clima da região não favorecia a criação de gado bovino. Então, usava-se: peixe, aves, carnes de caça, carneiros e cabritos. Pela mesma razão, a maior parte de seus queijos são feitos de leite de cabra, que apresenta menor índice de colesterol, e o azeite de oliva, abundante nesta região cheia de olivais. Alimento e condimento O azeite é uma excelente gordura, a mais natural, dietética e a mais saborosa, com calorias que nenhum outro alimento supera. É o mais energético de todos e com muitas vantagens nutricionais, sendo um elemento importante da dieta mediterrânea. O valor de um alimento é feito a partir do seu conteúdo em nutrientes a repercussão que tem no organismo. O azeite de oliva é muito rico em ácidos graxos (monoinsaturados, sobretudo em ácido oléico que é responsável pela formação das lipoproteínas de alta densidade, que transportam uma parte importante do colesterol desde os vasos até o fígado onde é eliminado). Possui grande quantidade de ácido linoléico (Ômega 3) e linolênico (Ômega 6) que são necessários em pequenas quantidades para o metabolismo, mas que o organismo não pode sintetizar e é necessário incluí-los na dieta e o ingrediente para esta função é o azeite de oliva virgem. Possui também tocoferol (vitamina E), um antioxidante muito eficaz nos processos oxidativos e compostos fenólicos que reforçam a atividade desta vitamina. Ainda em sua composição estão presentes fitoestrógenos, esteroles que dificultam a absorção intestinal de colesterol, escualeno que inibe a síntese do colesterol, alcóoisterpénicos, colorantes de poder antioxidantes (clorofila, carotenos que são provitamina A) e finalmente as substâncias aromáticas, responsáveis pelo aroma e sabor. Novos Azeites A tendência atual parte da qualidade do fruto e da qualidade do processo de extração. As produções artesanais proliferam junto com pequenas almazaras vinculadas a plantações determinadas. As produções ecológicas e as produções integradas garantem qualidade e respeito ao meio ambiente, atualmente uma preocupação generalizada. A partir disto, resulta o senso comum em se referir aos azeites varietais, procedentes de distintas azeitonas, Picual, Arbequina e Hojiblanca, bem como outras, assim como acontece com as cepas vitiviníferas. Datas das safras ou colheitas passam a fazer parte das informações das etiquetas, que em conjunto com as embalagens dão o tom do ouro líquido, que também passa a valorizar o importante papel do profissional elaborador, numa mistura de tradição e vanguarda. 10 Patricia Lafuente - Antonio Correas Embajada de España - Oficina Comercial en São Paulo Embaixada da Espanha - Escritório Comercial em São Paulo Praça Gral. Gentil Falcão 108, Conj. 108. 04571-010, São Paulo - SP Tel: 5511 5105 4378 Fax: 5511 5105 4382 E-mail: [email protected] Novo portal de negócios com a Espanha: www.spainbusiness.com.br ...................... Síbaris Produções Gastronômicas Rua Lisboa, 502 cep: 05413-000-Pinheiros- SP São Paulo - Brasil fone: 55 11 25385136 / 25385138 www.sibaris.com.br [email protected];[email protected]; [email protected]; [email protected] Azeite sua Vida: www.azeite.com.br ................... Fotos – Receitas - Informações para a Imprensa Anice Aun Informação e Editoração Ltda. Tel. 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