Arte Contempor_nea

Transcrição

Arte Contempor_nea
Da Arte Moderna à
Arte Contemporânea
Se estas três “obras” são classificadas como arte contemporânea, o que elas têm em comum?
E quais são suas diferenças?
Desenho
Vik Muniz
Double Mona Lisa after Warhol
21,9 x152,4 cm, 1999
Instalação
Performance
Regina Silveira
LUZ/ZUL
2002
Marcel-lí Antunez Roca
Interactive Mechatronic
Performance, 1999
Anne Cauquelin – “Arte contemporânea: uma introdução.”
Segundo a autora, o estranhamento em relação à arte contemporânea se dá pela falta de informação,
pelo desconhecimento dos dois diferentes modelos:
ARTE MODERNA
Sociedade de consumo
REGIME DE CONSUMO
Produtor  Intermediário  Consumidor
Produtor: Artista
Intermediário: Marchand, crítico e curador.
Consumidor: Colecionador e público em geral.
A obra como um produto e o público distanciado
dela. Esta obra está inserida em uma instituição de
arte, como um Museu, uma galeria ou uma
universidade.
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ARTE CONTEMPORÂNEA
Sociedade de comunicação
REDE
Os diversos papéis podem ser desempenhados
por todos envolvidos nesta rede.
O sistema é aberto, funciona como uma rede,
se espalha, inclusive por meios que não são
considerados artísticos.
A arte é democratizada. Muitas obras
dependem da participação do público. A obra
pode estar em todos os lugares, no museu, na
rua, na internet..
Diferentes características:
ARTE MODERNA
(Segundo Clemente Greenberg)
X
ARTE CONTEMPORÂNEA
(Segundo Anne Cauquelin e Arthur Danto)
Autocrítica
Pluralidade | Diversidade
Planaridade
Desmaterialização
Pureza
Contaminação | Impureza
Qualidade
Efemeridade
Independência
Valorização da idéia
Abstração
Ação
Clement Greenberg
No ensaio A Pintura Modernista, o crítico formalista Clement
Greenberg, estabelece os principais critérios da leitura formalista da
obra de arte moderna: “O modernismo critica do interior, mediante os
próprios procedimentos do que está sendo criticado (...) [As artes
demostraram que] o tipo de experiência que propiciavam era válido
por si mesmo e não podia ser obtido a partir de nenhum outro tipo de
atividade. (...) A tarefa de autocrítica passou a ser a de eliminar (...)
de cada arte todo e qualquer efeito que se pudesse imaginar ter sido
tomado dos meios de qualquer outra arte. Assim, cada arte se tornaria
‘pura’ e nessa pureza iria encontrar a garantia de seus padrões de
qualidade, bem como sua independência. ‘Pureza’ significa
autodefinição e a missão de autocrítica nas artes se tornou uma
missão de autodefinição radical”. Greenberg segue detalhando sua
definição de ‘pureza’: “Foi em nome do pura e literalmente ótico (...)
que os impressionistas puseram-se a minar o sombreado, a
modelagem, e tudo mais na pintura que parecesse sugerir o
escultural.”.
Fragmento do texto de Maria Helena
Bernardes, resumindo e comentando o
livro Modernismo em Disputa, de Paul
Wood.
ARTE MODERNA  Autocrítica
ROMANTISMO
Os românticos assumem uma atitude crítica em relação às convenções artísticas e aos temas
oficiais impostos pelas academias de arte, produzindo pinturas históricas sobre temas da vida
moderna.
John Constable
Hadleigh Castle
1829
ARTE MODERNA  Autocrítica
ROMANTISMO
Sentindo-se um pouco
culpado pela sua pouca
participação nos
acontecimentos do país,
Delacroix pintou A
Liberdade Guiando o Povo
(1831), um quadro que o
estado adquiriu e que foi
exibido poucas vezes, por
ter sido considerado
excessivamente panfletário.
O certo é que a bandeira
francesa tremulando nas
mãos de uma liberdade
resoluta e destemida,
prestes a saltar da tela,
impressionou um número
não pequeno de
espectadores.
Eugène Delacroix
A Liberdade Guiando o Povo
1831
ARTE MODERNA  Autocrítica
REALISMO
O realismo de Gustave Courbet exemplifica, um pouco mais tarde, outra direção tomada pela
representação do povo e do cotidiano. As três telas do pintor expostas no Salão de 1850, Enterro
em Ornans, Os Camponeses em Flagey e Os Quebradores de Pedras, marcam o compromisso
de Courbet com o programa realista, pensado como forma de superação das tradições clássica e
romântica, assim como dos temas históricos, mitológicos e religiosos.
ARTE MODERNA  Autocrítica
Gustave Courbet
The Stone Breakers
1849
REALISMO
ARTE MODERNA  Autocrítica
REALISMO
O rompimento com os temas clássicos vem acompanhado na arte moderna pela superação das
tentativas de representar ilusionisticamente um espaço tridimensional sobre um suporte plano. A
consciência da tela plana, de seus limites e rendimentos inaugura o espaço moderno na pintura,
verificado inicialmente com a obra de Éduard Manet (1832 - 1883).
Edouard Manet
L'Exécution de
Maximilien,
Edouard MANET
"Le Fifre "
1866
161 x 97 cm
1868-1869
ARTE MODERNA  Autocrítica | Planaridade
REALISMO
As pinturas de Manet, na década de 1860, lidam com vários temas relacionados à visão baudelairiana de
modernidade e aos tipos da Paris moderna: boêmios, ciganos, burgueses empobrecidos etc. Além disso,
obras como Dejeuner sur L´Herbe [Piquenique sobre a relva] (1863) desconcertam não apenas pelo tema
(uma mulher nua, num bosque, conversa com dois homens vestidos), mas também pela composição
formal: as cores planas sem claro-escuro nem relevos; a luz que não tem a função de destacar ou modelar
as figuras; a indistinção entre os corpos e o espaço num só contexto.
Segundo o crítico norte-americano
Clement Greenberg, "as telas de
Manet tornaram-se as primeiras
pinturas modernistas em virtude da
franqueza com a qual elas
declaravam as superfícies planas
sob as quais eram pintadas".
ARTE MODERNA  Autocrítica
IMPRESSIONISMO
As pesquisas de Manet são referências para o impressionismo de Claude Monet, Pierre Auguste
Renoir, Edgar Degas, Camille Pissarro, Paul Cézanne, entre muitos outros. A preferência pelo registro
da experiência contemporânea, a observação da natureza com base em impressões pessoais e sensações
visuais imediatas, a suspensão dos contornos e dos claro-escuros em prol de pinceladas fragmentadas e
justapostas, o aproveitamento máximo da luminosidade e uso de cores complementares favorecidos
pela pintura ao ar livre constituem os elementos centrais de uma pauta impressionista mais ampla
explorada em distintas dicções.
Claude Monet
Impressão Sol nascente, 1872
óleo sobre tela, 48x63 cm
Alfred Sisley
Garden Path in Louveciennes
(Chemin de l'Etarche)
1873, 64 x 46 cm
Edouard Manet
"Argenteuil "
1874
145 x 113 cm
ARTE MODERNA  Autocrítica
NEOIMPRESSIONISMO
Em Seurat e Paul Signac (1863-1935) o rompimento com as linhas mestras do impressionismo verifica-se
pelo acento colocado na pesquisa científica da cor, que dá origem ao chamado pontilhismo. Aí, os trabalhos
se orientam a partir de um método preciso: trata-se de dividir os tons em seus componentes fundamentais. As
inúmeras manchas de cores puras que cobrem a tela são recompostas pelo olhar do observador e, com isso,
recupera-se a unidade do tom, longe do uso não sistemático de cores. ‘Um Domingo de verão na Grande
Jatte’ de Seurat, exposta na última mostra impressionista de 1886, anuncia o neo-impressionismo,
explicitando divergências no interior do movimento que reuniu Claude Monet (1840-1926), Pierre Auguste
Renoir (1841-1919), Edgar Degas (1834-1917) e tantos outros.
Georges Seurat
Um Domingo de verão na Grande Jatte
1884
Paul Signac
Les pins parasols aux Canoubiers
1897
ARTE MODERNA  Autocrítica
PÓS - IMPRESSIONISMO
Longe de indicar um grupo coeso e articulado, o termo se dirige ao trabalho de pintores que, entre 1880
e 1890, exploram as possibilidades abertas pelo impressionismo, em direções muito variadas. A noção é
cunhada pelo crítico britânico Roger Eliot Fry (1866-1934) quando da exposição ‘Manet e os pósimpressionistas’, realizada nas Grafton Galleries, em Londres, 1910, que incluía pinturas de Paul
Cézanne (1839-1906), Vincent van Gogh (1853-1890) e Paul Gauguin (1848-1903), considerados as
figuras centrais da nova atitude crítica em relação ao programa impressionista.
Paul Cezanne
Le Mont Sainte-Victoire vu
de la carriere Bibemus
1897
64.8 X 81.3 cm
Paul Gauguin
A visão após o sermão- Jacó e o
anjo
1888
Van Gogh
"Noon: rest from work"
1889-90
ARTE MODERNA  Autocrítica | Abstração
CUBISMO
O advento do cubismo em 1907, com o célebre quadro de Pablo Picasso (1881-1973), Les Demoiselles
d'Avignon, marca a crise do fauvismo. Se o cubismo partilha com o fauvismo a idéia de que o quadro é uma
estrutura autônoma - ele não representa a realidade, mas é uma realidade própria -, as pesquisas cubistas
caminham em direção diversa, rumo à construção de espaços por meio de volumes, da decomposição de
planos e das colagens.
A ruptura empreendida pelo
cubismo encontra suas fontes
primeiras na obra de Paul
Cézanne (1839 - 1906) - e em
sua forma de construção de
espaços por meio de volumes
e da decomposição de planos e também na arte africana,
máscaras,
fotografias
e
objetos.
Pablo Picasso
Accordionist, 1911
Georges Braque
Woman with a guitar Paris, 1913
ARTE MODERNA  Autocrítica | Planaridade
FAUVISMO
O grupo, sob a liderança de Henri Matisse (1869-1954), tem
como eixo comum a exploração das amplas possibilidades
colocadas pela utilização da cor. A liberdade com que usam
tons
puros,
nunca
mesclados,
manipulando-os
arbitrariamente, longe de preocupações com verossimilhança,
dá origem a superfícies planas, sem claros-escuros
ilusionistas. Como afirma Matisse a respeito de A Dança
(1910): "para o céu um belo azul, o mais azul dos azuis, e o
mesmo vale para o verde da terra, para o vermelhão vibrante
dos corpos".
Te tamari no atua (Natividade), 1896.
Gauguin descobre a novidade das obras
de Cézanne e delas tira proveito
particular. Explora, como ele, um estilo
anti-naturalista, mas o faz pelo uso de
áreas de cores puras e planas, já nas
obras que realiza em Pont-Aven (por
exemplo, A visão após o sermão- Jacó e
o anjo, 1888). A ida do pintor para o
Taiti em 1891, abre suas pesquisas à
cultura plástica dos primitivos, o que se
revela no uso de cores vibrantes e na
simplificação do desenho.
ARTE MODERNA  Autocrítica | Planaridade
EXPRESSIONISMO
A convivência e colaboração estabelecida entre Gauguin e
Van Gogh - sobretudo a partir de 1888, quando o pintor
holandês se instala em Arles - não impede a localização de
flagrantes diferenças existentes entre os seus trabalhos. As
linhas e cores de Gauguin parecem suaves diante do vigor
expressivo dos coloridos de Van Gogh. As pinceladas em
redemoinho e a explosão de cores em telas como Trigal com
ciprestes (1889) e Estrada com ciprestes e estrelas (1890) isso para não falar nos célebres Girassóis e Noite estrelada,
dessa mesma época - auxiliam a localizar o timbre
expressionista da produção de Van Gogh.
Edvard Munch
The Dance of Life
1899-1900
ARTE MODERNA  Autocrítica | Planaridade
EXPRESSIONISMO
A arte expressionista encontra suas fontes no romantismo alemão, em sua problematização do
isolamento do homem frente à natureza, assim como na defesa de uma poética sensível à expressão
do irracional, dos impulsos e paixões individuais. Combina-se a essa matriz, o pós-impressionismo
de Vincent van Gogh (1853-1890) e Paul Gauguin (1848-1903). O pintor norueguês Edvard Munch
(1863-1944) é talvez a maior referência do expressionismo alemão. As dramaturgias de Ibsen e
Strindberg, bem como as obras de Van Gogh e Gauguin marcam decisivamente os trabalhos de
Munch, em sua ênfase no sentido trágico da vida.
Ernst Kirchner
Two Women in
the Street, 1914
Emil Nolde
The Last Supper, 1909
ARTE MODERNA  Planaridade | Abstração
ABSTRACIONISMO
INFORMAL
Em sentido amplo, abstracionismo refere-se às formas de arte não regidas pela figuração e pela
imitação do mundo. Em acepção específica, o termo liga-se às vanguardas européias das décadas de
1910 e 1920, que recusam a representação ilusionista da natureza. A decomposição da figura, a
simplificação da forma, os novos usos da cor, o descarte da perspectiva e das técnicas de modelagem e a
rejeição dos jogos convencionais de sombra e luz, aparecem como traços recorrentes das diferentes
orientações abrigadas sob esse rótulo. Inúmeros movimentos e artistas aderem à abstração, que se torna,
a partir da década de 1930, um dos eixos centrais da produção artística no século XX.
Wassily Kandinsky
Primeira aquarela abstrata
1910
Wassily Kandinsky
Improvisation 7
1910
ARTE MODERNA  Planaridade | Abstração
ABSTRACIONISMO
GEOMÉTRICO
Suprematismo:
o suprematismo de Malevich vai defender uma arte livre de finalidades práticas e comprometida com
a pura visualidade plástica. Trata-se de romper com a idéia de imitação da natureza, com as formas
ilusionistas, com a luz e cor naturalistas - experimentadas pelo impressionismo - e com qualquer
referência ao mundo objetivo, que o cubismo de certa forma ainda alimenta.
.
Kazimir Malevitch
Supremus n°58
1916
ARTE MODERNA  Planaridade | Abstração
ABSTRACIONISMO
GEOMÉTRICO
Piet Mondrian
Árvore vermelha, 1908
Árvore cinza, 1911
Mill in Sunlight,
1908
Macieira, 1912
Composição com linhas e cores, 1913
ARTE MODERNA  Planaridade | Abstração
Neoplasticismo:
ABSTRACIONISMO
GEOMÉTRICO
O termo liga-se diretamente às novas formulações plásticas de Piet Mondrian e Theo van Doesburg
e sua origem remete à revista De Stijl (O Estilo) criada pelos dois artistas holandeses em 1917, em
cujo primeiro número Mondrian publica ‘A nova plástica na pintura’. O movimento se organiza,
segundo Van Doesburg, em torno da necessidade de "clareza, certeza e ordem" e tem como propósito
central encontrar uma nova forma de expressão plástica, liberta de sugestões representativas e
composta a partir de elementos mínimos: a linha reta, o retângulo e as cores primárias - azul,
vermelho e amarelo -, além do preto, branco e cinza.
Composition with
Red, Blue, Black,
Yellow, and Gray.
1921.
ARTE MODERNA  Autocrítica | Ruptura
DADAÍSMO
Ao contrário de outras correntes artísticas, o dadaísmo apresenta-se como um movimento de crítica
cultural mais ampla, que interpela não somente as artes mas modelos culturais, passados e presentes.
Trata-se de um movimento radical de contestação de valores que utilizou variados canais de
expressão: revistas, manifestos, exposições, entre outros. As manifestações dos grupos dada são
intencionalmente desordenadas e pautadas pelo desejo do choque e do escândalo, procedimentos
típicos das vanguardas de um modo geral.
Jean (Hans) Arp
Before my Birth
1914
Francis PICABIA
"Fille née sans mère"
1916-1918
Marcel Duchamp
Fonte
1917
ARTE MODERNA  Autocrítica | Ruptura
SURREALISMO
O termo, cunhado por André Breton (1896-1966) a partir da idéia de 'estado de fantasia supernaturalista'
de Guillaume Apollinaire (1880-1918), traz consigo um sentido de afastamento da realidade ordinária
que o movimento surrealista celebra desde o primeiro manifesto, de 1924. A importância do mundo
onírico, do irracional e do inconsciente, anunciada já no texto inaugural, se relaciona diretamente ao uso
livre que os artistas fazem da obra de Sigmund Freud (1856-1939) e da psicanálise, permitindo-lhes
explorar nas artes o imaginário e os impulsos ocultos da mente.
Salvador Dalí
Leda atómica
1949
René Magritte
Amantes II
ARTE MODERNA  Abstração | Planaridade
EXPRESSIONISMO
ABSTRATO
Trata-se do primeiro estilo pictórico norteamericano
a
obter
reconhecimento
internacional. Os Estados Unidos surgem
como nova potência mundial e centro artístico
emergente, beneficiado, em larga medida, pela
emigração de intelectuais e artistas europeus.
A recusa dos estilos e técnicas artísticas
tradicionais, assim como a postura crítica em
relação à sociedade e ao establishment
americano, aproxima um grupo bastante
heterogêneo de artistas. Se é difícil falar em
único estilo diante da diversidade das obras
produzidas, algumas figuras e técnicas
acabaram
diretamente
associadas
ao
expressionismo abstrato, por exemplo J.
Pollock e sua “pintura de ação” (action
paiting).
Jackson Pollock (1912-1956) working in his studio in 1950.
ARTE CONTEMPORÂNEA  Pluralidade | Diversidade
POP ART
Na década de 1960 os artistas defendem uma arte popular (pop), que se comunique diretamente com
o público por meio de signos e símbolos retirados do imaginário que cerca a cultura de massas e a
vida cotidiana. A defesa do popular traduz uma atitude artística contrária ao hermetismo da arte
moderna. Nesse sentido, a arte pop se coloca na cena artística que tem lugar em fins da década de
1950, como um dos movimentos que recusa a separação arte/vida. E o faz - eis um de seus traços
característicos - pela incorporação das histórias em quadrinhos, da publicidade, das imagens
televisivas e do cinema.
Andy Warhol, Four Marilyns
1962.
Andy Warhol, Brillo Box,
1964.
ARTE CONTEMPORÂNEA  Planaridade?
OPTICAL ART
Bridget Riley
Nascida em Londres em 1931, Riley pretendeu representar o movimento com a utilização seqüencial de
elementos gráficos, como faixas que se sobrepõem, curvas onduladas, discos concêntricos e quadrados
ou triângulos que se repetem exaustivamente.
Bridget Riley
Blaze 3, 1963
ARTE CONTEMPORÂNEA  Planaridade?
Victor Vasarely
OPTICAL ART
Pintor e escultor húngaro de origem francesa, considerado o "pai da OP
ART", nasceu em Pécs na Hungria.
Entre 1946 e 1948, depois de um período de expressão figurativa, decidiu
optar por uma arte construtivista e geométrica abstrata.
Seus quadros combinam variações de círculos, quadrados e triângulos,
por vezes com gradações de cores puras, para criar imagens abstratas e
ondulantes.
ARTE CONTEMPORÂNEA  Valorização da idéia
ARTE CONCEITUAL
“(...) as ‘Inserções em circuitos ideológicos’ nasceram da necessidade de se criar um sistema de
circulação, de troca de informações, que não dependesse de nenhum tipo de controle centralizado. Uma
língua. Um sistema que, na essência, se opusesse ao da imprensa, do rádio, da televisão, exemplos
típicos de media que atingem de fato um público imenso, mas em cujo sistema de circulação está
sempre presente um determinado controle e um determinado afunilamento da inserção. Quer dizer,
neles a 'inserção' é exercida por uma elite que tem acesso aos níveis em que o sistema se desenvolve:
sofisticação tecnológica envolvendo alta soma de dinheiro e/ou poder. (...)”
Cildo Meireles
Cildo Meireles
Inserções em Circuitos Ideológicos - 2.
Projeto Coca-Cola , 1971
inscrições em garrafas de vidro
Cildo Meireles
Inserções em Circuitos Ideológicos:
Projeto Cédula (Quem Matou Herzog?)
1970
ARTE CONTEMPORÂNEA  Valorização da idéia
ARTE CONCEITUAL
Cildo Meireles
Babel (2001)
Instalacão com rádios
ARTE CONTEMPORÂNEA  Valorização da idéia
ARTE CONCEITUAL
Paulo Bruscky
Artista multimídia, natural de Recife, desenvolveu
trabalho pioneiro no país ao utilizar as máquinas
copiadoras (xerox) no processo de criação. Realizou
filmes, vídeos e inúmeros livros de artista, organizou
importantes exposições de livros de artista e a primeira
exposição internacional de arte em out door no Recife
“Artedoors” em 1981. Nesse mesmo ano recebeu o
prêmio Guggenheim de Artes Visuais e, nesse período,
desenvolveu suas pesquisas em Nova York e Amsterdã.
Vive e trabalha em Recife.
Confirmado: é arte
Carimbo e decalque sobre
cartão postal, 1977.
ARTE CONTEMPORÂNEA  Valorização da idéia
ARTE CONCEITUAL
Arte postal é toda e qualquer postagem que
incorpore um, vários ou todos os elementos que
possam constituir uma postagem ‘real’ como parte
de sua mensagem. Ou seja, a arte postal é a arte que
faz uso do Correio, ou da postagem.
Ulises Carrion
ARTE CONTEMPORÂNEA  Valorização da idéia
ARTE CONCEITUAL
Piero Manzoni
Em 1960, Piero Manzoni criou suas primeiras “Esculturas Vivas”, assinando
pessoas. Inicialmente eram modelos contratados pelo artista. Em seguida,
passou a assinar o próprio público que freqüentava suas exposições. Logo
Manzoni começou a construir suas “Bases Mágicas”(mágica por transformar
em arte tudo que fosse colocado encima), pedestais que continham o desenho
de pegadas, onde a pessoa deveria se posicionar para que, enquanto estivesse
ali, se transformasse em obra de arte. Em ambos os casos a pessoa recebia um
certificado de autenticidade da obra.
O auge desta atitude de Manzoni é atingido em “Base do Mundo”, uma base
mágica em maior escala, de ferro, colocada de cabeça pra baixo no Parque
Herning, na Dinamarca, que dá suporte ao mundo inteiro.
Base do Mundo
1961
Ferro e bronze
82x100x100cm
ARTE CONTEMPORÂNEA  Valorização da idéia
Nam June Paik
ARTE CONCEITUAL
Nam June Paik nasceu em 20 de junho de 1932, em Seul. Em
1950, sua família deixou o país, fugindo da Guerra da Coréia,
e se instalou em Hong Kong e depois no Japão. Em 1964, foi
viver em Nova York.
Sua obra "TV
Magnet", de 1963, é
considerada o marco
inicial da chamada
videoarte.
Nesse percurso, estudou música experimental, conheceu compositores contemporâneos de
vanguarda como Karlheinz Stockhausen e John Cage, associou-se ao movimento artístico radical
Fluxus, fez projetos de performance em vídeo com artistas diversos como Laurie Anderson, Yoko
Ono, David Bowie e a violoncelista Charlotte Moorman.
ARTE CONTEMPORÂNEA  Valorização da idéia
ARTE CONCEITUAL
Paik foi ainda pioneiro no uso de satélites de telecomunicação em projetos artísticos e chegou a
transformar a rotunda do Museu Guggenheim nova-iorquino em um espaço de experiência audiovisual.
Nam June Paik e Charlotte Moorman
TV Cello, 1971
Nam June Paik
'The More The Better'[1988]
Instalação com 1003 monitores de tv.
ARTE CONTEMPORÂNEA  Valorização da idéia | Pluralidade
DANIEL
BOZHKOV
Training in Assertive Hospitality
Fresco and Performance at Wal-mart in
Skowhegan, Maine
ARTE CONTEMPORÂNEA  Diversidade | Pluralidade | Democratização
DANIEL
BOZHKOV
Darth Vader Tries to Clean the
Black Sea With Brita Filter
2000
ARTE CONTEMPORÂNEA  Valorização da idéia
MINERVA CUEVAS
O ponto de partida da obra de Minerva Cuevas é a intervenção artística e política em espaços que
vão do ambiente virtual da internet, ao tecido urbano e os museus. Com o projeto Mejor Vida
Corp., lançou em 1998 uma “companhia” que distribui produtos e serviços gratuitamente. Entre
eles estão tíquetes de metrô, carteiras de estudante, cartas de recomendação e adesivos com
códigos de barras que dão desconto nos supermercados
Taco de ojo Graphic
archive under
public
domain.
Patria I, 2005
ARTE CONTEMPORÂNEA  Valorização da idéia
MINERVA CUEVAS
Tepito, 2005.
ARTE CONTEMPORÂNEA  Diversidade | Contaminação | Efemeridade
VIK MUNIZ
Vik Muniz
Medusa Marinara
1997
Vik Muniz
Vik Muniz
Double Mona Lisa after Warhol
21,9 x152,4 cm, 1999
Narcissus, after Caravaggio
Pictures of Junk series, 2005
ARTE CONTEMPORÂNEA  Diversidade | Contaminação
PHIL HANSEN
Foram feitos retratos
pontilhizados de cada
vítima do Assassino do Rio
Verde (The Green River
Killer). Feito isso, os
retratos foram, um por um,
recortados e colados à mão
para formar a figura de
Gary Ridgeway. Há mais
ou menos 12.000 retratos
das vítimas nesta obra.
48 Mulheres
305cm x 193cm
ARTE CONTEMPORÂNEA  Diversidade | Contaminação
PHIL HANSEN
Este retrato do presidente George W. Bush
foi feito com nomes de soldados mortos na
guerra do Iraque.
Detalhe do desenho
Até 30/04/2005
178cm x 229cm
ARTE CONTEMPORÂNEA  Democratização | Ação | Efemeridade
GIA
ARTE CONTEMPORÂNEA  Democratização | Ação | Efemeridade
GIA
ARTE CONTEMPORÂNEA  Contaminação | Pluralidade
Luz/Zul, 2003, projeção e vinil adesivo, 60 m2, "Claraluz ",
Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo, SP, Brasil.
REGINA SILVEIRA
Transit, 2001, projeção, medidas variáveis,
"Rede de Tensão",
Bienal 50 Anos, São Paulo, SP, Brasil.
ARTE CONTEMPORÂNEA  Contaminação | Pluralidade | Efemeridade
MARCE-LÍ
ANTÚNEZ ROCA
La performance Epizoo permite al espectador
controlar el cuerpo de Marcel.lí a través de un
sistema mecatrónico. Este sistema consta de un
robot corporal de forma exoesquelética que viste
el artista, un ordenador, un dispositivo de control
mecánico, una pantalla de proyección vertical,
dos torres de iluminación y un equipo de sonido.
Performance mecatrónica interactiva presentada
por primera vez en 1994. Un robot corporal en
forma de exoesqueleto neumático que permite al
espectador a través del ratón, controlar el cuerpo
del performer.
Sugestões de leitura:
• Arte Moderna – Giulio Carlo Argan – Cia. das Letras
• Modernismo em disputa: a arte desde os anos quarenta – Paul Wood – São
Paulo – Cosac & Naify, 1998.
• Arte Contemporânea: uma introdução – Anne Cauquelin – Ed. Martins Fontes.
• Após o Fim da Arte – Arthur Danto – Edusp-Odysseus.
Sugestões de sites:
• www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm
• www.bienalmercosul.art.br
• www.artcyclopedia.com (em inglês)