represa da guarapiranga ontem e hoje
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represa da guarapiranga ontem e hoje
REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE REPRESA VELHA LAGOS DO REPRESAMENTO A Capela do Socorro é única subprefeitura que é banhada pelas Represas Billings e Guarapiranga e tem 95% de seu território considerado de preservação ambiental. Matéria :Gazeta da Região nº 262, ano 11, 02 a 15 de outubro de 2009. REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE CAPELA DO SOCORRO DEC.1910 LARGO DO SOCORRO 01 ABRIL 1936 “Os mais antigos moradores podem questionar a idade do bairro, pois a história da região remonta a mais de cem anos, mas oficialmente o Distrito de Capela do Socorro foi criado em 1º de julho de 1938 pelo ex-governador e ex-prefeito de São Paulo, Adhemar de Barros.” Matéria: Gazeta da Região nº 262, ano 11, 02 a 15 de outubro de 2009. REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE LARGO DO SOCORRO 17 maio 2008 LARGO DO SOCORRO 28 maio 2005 “Foi estabelecido por lei na Câmara Municipal a data 9 de Outubro como aniversário Oficial da Capela do Socorro”. Matéria: Gazeta da Região nº 262, ano 11, 02 a 15 de outubro de 2009. REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE CONSTRUÇÃO “BARRAGEM DE SANTO AMARO” EM 1907 Inicialmente conhecida por Represa de Santo Amaro, depois Represa de Guarapiranga REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE 15 DE OUTUBRO DE 1907 JATEAMENTO DE ÁGUA SOBRE PRESSÃO MORRO BARRAGEM BARRAGEM NA AVENIDA DE PINEDO COM RUA JOÃO DE BARROS NA CAPELA DO SOCORRO REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE 31 DE DEZEMBRO DE 1906 30 DE JANEIRO DE 1909 COMPORTINHA: Ligação entre o rio pinheiros, afluente do rio Tietê e a represa de Guarapiranga REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE Em 1928, o então Governador do Estado de São Paulo, Julio Prestes, promulgou o decreto nº 4.487 que previa a retirada de até 4 metros cúbicos por segundo de água da Represa de Guarapiranga para o abastecimento da Capital. No entanto, em virtude do crescimento de São Paulo, o volume de água retirado de Guarapiranga se tornou insuficiente para atender a população. A partir de 1958, por meio de um acordo entre o governo do Estado e a Light, a represa passou a ser usada exclusivamente para abastecer a cidade. Atualmente a região metropolitana de São Paulo conta com o abastecimento de água, com as represas Billings e Guarapiranga e com o sistema Cantareira. A Represa Guarapiranga continua responsável pelo abastecimento de 3 milhões de pessoas na zona sul REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE FOTO DE 1907 DA BARRAGEM DE SANTO AMARO Dimensões Barragem da Represa de Guarapiranga 1,5 km de comprimento, 19 metros de altura com capacidade para armazenar 200 milhões de metros cúbicos de água. Construção iniciada em 1906 pela “The São Paulo Railway, Light and Power Company Limited”. Foi erguida a barragem do rio Guarapiranga, afluente do rio Pinheiros. Sua utilidade era para regularizar a vazão do rio Tietê, garantindo fluxo necessário de água para alimentar a Usina Hidroelétrica de Parnaíba. REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE Barragem Guarapiranga : início de operação de abastecimento de água iniciada em 1928 Controle de Vazão de 13,8 metros cúbicos por segundo REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE 1976 Em 1976 houve uma cheia excepcional. Choveu dias seguidos, e o nível da represa subiu muito sendo preciso reforçar a barragem com sacos de areia, para que a água não transbordasse e inundasse a região da Capela do Socorro, ou derrubasse o paredão. 2009 REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE MUITOS CLUBES E PARQUES FORAM ESTABELECIDOS NA ORLA DA REPRESA O CRESCIMENTO DA CIDADE DE SÃO PAULO REQUER CADA VEZ MAIS ABASTECIMENTO DE ÁGUA EXIGINDO “RECUPERAÇÃO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS DOS MANANCIAIS GUARAPIRANGA E BILLINGS.” REPRESA GUARAPIRANGA 1936: RIVIERA PAULISTA ONTEM E HOJE O ESTADO DE SÃO PAULO 16 SETEMBRO 2001 Fotografias cedidas pela Biblioteca Pública Prefeito PRESTES MAIA - antiga John F. Kennedy REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE APA- Área de Proteção Ambiental OUTRAS VIDAS PRESENTES O Distrito de Capela do Socorro juntamente com os da Cidade Dutra e Grajaú somam aproximadamente 135 quilômetros quadrados e faz parte das áreas de preservação ambiental REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE ÁREA DE USO GERAL CORPORAÇÃO DO BOMBEIRO TEMPLO RELIGIOSO Guarapiranga, termo indígena para “garças vermelhas”, segundo interpretação lingüística. REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE Apesar de sua função principal – regulagem de vazão – o reservatório da Represa da Guarapiranga passou a ser utilizado como área de lazer, onde se construíram diversos clubes (regatas, golfe, campo), chácaras de recreio, praias, recebendo o título “Riviera Paulista”, local de primeiro passeio paulistano no início do século XX. REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE NECESSÁRIO CONSTRUIR INFRA ESTRUTURA PARA O SANEAMENTO BÁSICO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E COLETA DE ESGOTO REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE A Represa Guarapiranga Construída entre 1906 e 1912 pela empresa canadense The São Paulo Trainway, Light and Power Company Limited, conhecida como “Light” pelos paulistanos, tinha como primeira função regular a vazão do Rio Pinheiros para a geração de energia do Rio Tietê da Usina Hidrelétrica Edgar de Souza em Santana de Parnaíba, que fornecia eletricidade para a capital. USINA PIRATININGA (dez.1954-STONE AND WEBSTER CONSTRUCTION CO.) Foto cedida por Estanislau Ribczynski REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE Características do Sistema da Represa de Guarapiranga Nome Represa de Guarapiranga Espelho d'água 26,6 km² Área de drenagem 631 km² Localização São Paulo Volume de armazenamento 171 milhões m³ Canal e Barragem da Represa de Guarapiranga. Foto: Hamilton Breternitz Furtado REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE IMAGEM VISTA DA REPRESA DE GUARAPIRANGA DA AVENIDA JOHN F. KENNEDY ANTIGA AVENIDA ATLÂNTICA EM HOMENAGEM A TRAVESSIA DO OCEANO ATLÂNTICO REALIZADO EM 1927 POR FRANCESCO DE PINEDO (ITÁLIA) E JOÃO RIBEIRO DE BARROS (BRASIL) REPRESA GUARAPIRANGA DOIS PAÍSES,UMA IDÉIA: VOAR! Brasil: Idealizada pelo artista francês JeanBaptiste Debret por ocasião da proclamação da independência em 1822. O verde representa a Casa de Bragança, (à qual pertencia o imperador Dom Pedro I) e o amarelo do losango no centro representa a Casa do Império dos Habsburgo (à qual pertencia imperatriz austríaca Maria Leopoldina). O círculo é a abóbada estrelada respeitou o céu à noite de 15 de novembro de 1889, no Rio de Janeiro ,dia proclamação da república. A cada estrela corresponde um estado da federação. A estrela que fica acima da linha representa o Grão-Pará, cuja capital ficava acima da linha do Equador. Apesar do dístico que inspirou o movimento militar republicano, originalmente "Ordem, Progresso e Amor“, (autoria de Augusto Comte) mas foi adotado somente "Ordem e Progresso”, escrito em letras verdes sobre o branco. ONTEM E HOJE Itália : A bandeira tricolor é inspirada na insígnia revolucionária francesa. A mudança do azul(França) para o verde teria sido sugestão de Napoleão Bonaparte, representandofamília Bourbon da Sicília e os governantes Bourbon do Ducado de Parma, orginários da linha do Reino das Duas Sicílias. SAVÓIA-MARCHETTI S-55 REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE Em 13 de fevereiro de 1927, os italianos Francesco De Pinedo, Carlo del Prete e Vitale Zachetti, iniciaram a terceira travessia do Atlântico, utilizando um Savoia Marchetti S-55, batizado "Santa Maria", numa referência à nau capitânia da frota de Colombo. O Santa Maria partiu da sede da Savoia Marchetti em Sesto Calende rumo a Cagliari, onde se inicia oficialmente o vôo. De Cagliari, rumam para Boloma, na Guiné portuguesa, onde chegam após dois dias. De Pinedo resolveu então ir mais para o norte, para as ilhas de Cabo Verde. O Santa Maria decolou com sucesso no dia 22 de fevereiro, durante a noite, quando a temperatura estava mais amena. Os três resolveram brindar o início da travessia do Atlântico rumo ao Brasil abrindo uma garrafa de vinho tinto. A alegria durou pouco. Uma violenta tempestade obriga De Pinedo a voar o mais baixo possível, a fim de evitar as rajadas dos fortes ventos encontrados em maiores altitudes. Isso o obrigou a dar muita potência aos motores, que superaqueceram, mesmo com os respingos da água da chuva e do mar que inundaram o espaço onde ficava a tripulação e a cabine de comando. Para aliviar o peso, os tripulantes jogaram fora tudo que podiam, inclusive a água mineral engarrafada, que levaram para beber durante o vôo. Esses incidentes fizeram com que desistissem da idéia de atingir diretamente a costa brasileira e o Savoia Marchetti amerissou em Fernando de Noronha após 15 horas de vôo desde Cabo Verde. REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE TRIPULAÇÃO ITALIANA DO SAVOIA- MARCHETTI S-55 O “SANTA MARIA,” EM 1927. VITALE ZACCHETTI, FRANCESCO DE PINEDO E CARLO DEL PRETE A Represa de Guarapiranga é famosa também por ter sido palco de vários acontecimentos históricos, muito significativos para todos nós paulistanos e brasileiros. Foi nela que pousaram os pioneiros da travessia aérea do Atlântico Sul, vindos de Gênova, na Italia: Francesco De Pinedo, Carlos del Prete e Vitale Zacchetti, a bordo do hidro-avião SM-55 "Santa Maria", foram recebidos com grande festa popular quando aqui chegaram. Logo depois foi a vez do brasileiro João Ribeiro de Barros repetir o feito, a bordo do seu hidroavião Jahú. Outros pioneiros da aviação que passaram pela represa foram os portugueses Gago Coutinho e Sacadura Cabral. Em homenagem aos AVIADORES foi erigido um monumento no bairro da Capela do Socorro. REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE Era a época das raides como eram chamadas as perigosas viagens em que audazes pilotos percorriam grandes distâncias sem pousar em lugar algum. Créditos - (c) 2001 National Air and Space Museum, Smithsonian Institution (SI Neg. No. 98-15277) O Savoia-Marchetti S55 foi o primeiro avião a cruzar o Oceano Atlântico sem balística de apoio por mar. O vôo oficial do Santa Maria teve início em 13 de fevereiro de 1927, aproximadamente três meses antes do vôo solitário do americano Charles Lindbergh no Espirit of Saint Louis. Após percorrer cerca de 48.280 km (aprox 26.000 milhas) em 193 horas, o coronel Francesco De Pinedo com a tripulação amerissava no mar de Ostia em 16 de junho de 1927. De Pinedo recebeu o título de Marquês conferido por Vittorio Emanuele III, rei da Itália, Pelos feitos heróicos e em reconhecimento do prestígio e da glória que ele tinha trazido ao país. REPRESA GUARAPIRANGA Os acidentes marcaram o reide feito pelos S-55 ONTEM E HOJE Outro Savoia-Marchetti S-55 idêntico ao Santa Maria foi enviado em navio . “ALGUÉM TIRE UMA FOTO! PELO MENOS UMA RECORDAÇÃO DE MINHA CRIATURA!” De Pinedo Em 6 de abril de 1927, enquanto reabastecia no lago artificial Roosevelt, Arizona, em Phoenix, o “Santa Maria” foi completamente destruído por um incêndio e afundou em poucos minutos. De imediato, foi expedido de Gênova no transatlântico “Duilio”, um novo Savóia Marchetti batizado à chegada em Nova York de “Santa Maria II”. REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE Abaixo Medalha Comemorativa: “A Pátria vos glorificará” e a figura de Ícaro, contornada pelos nomes dos homenageados: Santos Dumont – 1906 e João Ribeiro de Barros – 1927. Crédito: José Duarte Serrano, Lisboa, Portugal Dédalo e Ícaro (de 1799,) Musée des Beaux-Arts et de la Dentelle, Alençon, França .Obra Charles Paul Landon O TEMPO VOA ...E O HOMEM TAMBÉM ! REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE OUTROS HAVIAM DE TENTAR MAS COM APOIO MARÍTIMO NESTA EMPREITADA TÃO PERIGOSA Dois navegadores portugueses, Artur Freire de Sacadura Cabral, comandante do Centro de Aviação Marítima de Bonsucesso junto com Gago Coutinho Carlos Viegas resolveram realizar um "batismo do ar". Objetivo: Atingir o Brasil partindo de Lisboa por via aérea fazendo o que Pedro Álvares Cabral fez por mar em 1500. Apresentou-se a idéia ao Ministro da Marinha que o apoiou. Era necessário um avião capaz de voar 1200 milhas, entre Cabo Verde e a ilha Fernando de Noronha. Em 1922, data do centenário da independência do Brasil, seria excelente ocasião para realizar a 1ª travessia aérea do Atlântico Sul. Entre o dia 30 de março e o dia 17 de Junho de 1922, efetuou-se a viagem que iria consagrá-los como os aviadores mais famosos de Portugal. REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE Em comemoração ao primeiro centenário da independência do Brasil (1922), os portugueses Carlos Viegas Gago Coutinho (navegador) e Artur Sacadura Freire Cabral (piloto), utilizando três hidroaviões "Fairey F III-D": O Lusitânia, o Santa Cruz 1° e o Santa Cruz 2° realizaram o primeiro vôo transoceânico ligando Portugal ao Brasil. Partiram de Lisboa em 30 de março de 1922 com destino a Las Palmas, nas Ilhas Canárias. A segunda etapa iniciou-se no dia 5 de abril com destino a São Vicente, no arquipélago de Cabo Verde. Dia 17 de abril, decolaram do Porto da Praia, na Ilha de São Tiago, rumo aos Penedos de São Pedro e São Paulo, pequenos rochedos pertencentes ao Brasil, situados a 1.100 km da costa do Rio Grande do Norte. Nessas ilhotas perdidas no meio do Atlântico, o Lusitânia foi a pique no dia 18 de abril e o governo português enviou por navio outro hidroavião, igual ao primeiro, ao qual deram o nome de Santa Cruz. Em 11 de maio, decolaram dos penedos e quase em seguida o avião sofreu uma pane que os obrigou a efetuar uma amerissagem de emergência. Gago Coutinho e Sacadura Cabral ficaram nove horas perdidos no mar, mas foram salvos pelo cargueiro inglês Paris City. Novamente Portugal enviou-lhes um terceiro Fairey, também batizado de Santa Cruz. Com o segundo Santa Cruz (o terceiro Fairey), finalmente conseguiram decolar em 5 de junho, cumprindo a última parte do trajeto, de Fernando de Noronha a Recife em 4 horas e 32 minutos. De Recife, efetuaram várias escalas até chegarem, triunfalmente, na baía da Guanabara, no Rio de Janeiro, no dia 17 de junho de 1922. REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE "Navigare necesse; vivere non est necesse" – Citação latina de Plutarco de Queronéia em Vida de Pompeu, general romano, 106-48 a.C. dita aos marinheiros, amedrontados, que se recusavam viajar durante a guerra. NAVEGAR É PRECISO, VIVER NÃO É PRECISO: A Sociedade Dante Alighieri propôs a construção de um monumento “aos heróis da travessia do Atlântico”, junto à barragem do Guarapiranga e próximo ao local das amerissagens, no então município de Santo Amaro. Para celebrar a aventura de seus compatriotas, o governo italiano enviou a São Paulo uma coluna, com capitel em estilo jônico, retirada de uma construção milenar descoberta no monte Capitólio, em Roma. A coluna foi incorporada ao monumento, inaugurado no dia 21 de agosto de 1929. Em declaração à imprensa, Ottone Zorlini (Treviso, Itália, 1891 – São Paulo, 1967), autor da obra, falou sobre o seu significado: “A junção ideal da época da Roma antiga às modernas conquistas que renovam e perpetuam a grandeza do passado, constitui a concepção geral da obra”. REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE "Monumento aos Heróis da Travessia do Atlântico", escultura de Ottone Zorlini em bronze sobre pedestal em granito com coluna romana autêntica em granito rosa doada pelo rei Vittorio Emanuel III A “VITÓRIA ALADA“ é um Ícaro de asas abertas como que a fitar a imensidão do espaço e a sobrevoar a rota escolhida desponta o Cruzeiro do Sul, que são as cinco estrelas fixadas na base de sustentação. Na parte frontal do monumento uma coluna romana demonstra a beleza do “capitel” do grego clássico do estilo de Corinto, que remete o homem à busca incessante da perfeição. Em ambos os lados estão a representação da aplicação da lei, um molho de varas que era levado por “lictor”, o magistrado romano, e ao centro a machadinha “franquique”, instrumento para a execução da justiça. Inauguração: 21 de agosto de 1929 REPRESA GUARAPIRANGA João Ribeiro de Barros aos 27 e aos 47 anos ONTEM E HOJE A SAGA DO JAHÚ - UMA HISTÓRIA DE HERÓIS BRASILEIROS João Ribeiro de Barros nasceu na cidade de Jaú, Estado de São Paulo no dia 4 de abril de 1900. Em 1919, para o curso de Direito da Universidade de São Paulo e segue para os Estados Unidos, onde freqüenta por dois anos, engenharia mecânica. Volta ao Brasil e em 1922 matricula-se na Escola de Aviação de Campinas. Utilizando uma aeronave francesa "Caudron" de 80 HP e de acordo com os regulamentos da "Federation Aéronautique Internacionale", em 21 de fevereiro de 1923, conquista o "brevet" internacional n° 88, da "Ligue Internationale des Aviateurs", com sede na França. REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE João Ribeiro de Barros, pede auxílio ao governo brasileiro para empreender o mais sensacional reide da época: Ligar pelos ares a Itália ao Brasil, de Gênova a São Paulo, com um único aparelho e sem a ajuda de navios. O governo negou-se a ajudá-lo por entender que seria dinheiro jogado fora numa aventura descabida e absurda: “Se a Europa não o fez, como poderíamos fazê-lo?” O jovem piloto não se deixa abater. Retorna a Jaú e vende para seus irmãos a parte da herança familiar. Segue para São Paulo e entra em contato com o representante da fábrica italiana Savoia Marchetti, querendo comprar um hidroavião. A fábrica não se interessa pela venda de um aparelho novo ao piloto brasileiro, talvez evitando algum feito que pudesse ofuscar a superioridade européia e faz-lhe uma proposta: Oferece um Savoia Marchetti civil que havia se acidentado em Casablanca, no Marrocos. Esse hidroavião, batizado de "Alcyone", foi utilizado em uma tentativa malograda feita pelo Conde Casagrande, sob patrocínio do governo italiano, de efetuar um vôo da Itália ao Brasil que após cumprir um quinto do percurso foi considerado imprestável para o reide. Não tendo muitas alternativas, João Ribeiro de Barros comprou-o, por 680.000 liras (200 contos de réis, na época). REPRESA GUARAPIRANGA O ALCYONE OU JAHÚ ONTEM E HOJE Um desses pioneiros foi o italiano conde Casagrande, que por sua conta e com apoio do Governo Italiano, adquiriu junto à Società Idrovolanti Alta Itália (SIAI) – mais conhecida como Savoia Marchetti – um hidroavião do tipo S-55C (Civile) para uma travessia do Atlântico Sul. Tratava-se de uma aeronave de aparência curiosa, com dois "botes" ("scafi") gêmeos e empenagem de leme triplo, sustentada por lanças em treliça. A aeronave foi batizada na fábrica como "Alcyone". Casagrande empreendeu uma tentativa e chegou a cobrir cerca de um quinto do caminho entre a Itália e a Argentina, mas as dificuldades com a hidrodinâmica fizeram-no abortar o reide em Casablanca. O "Alcyone" foi, assim, devolvido à fábrica. Atento às tentativas de cruzar o Atlântico, Ribeiro de Barros seguiu para Nova Iorque e estudou o assunto com o seu amigo e mentor, Gago Coutinho. Decidiu-se pela aquisição de um S-55 e preparou um pacote de sugestões a ser levado à fábrica SIAI em Sesto Calende, próximo a Gênova. À época, os grandes reides transoceânicos eram iniciativas custosas, patrocinados por grandes empresas ou por governos, e não por pessoas comuns. O fabricante, não querendo ou não podendo ceder a um desconhecido uma aeronave nova, propõs ao aviador brasileiro a venda do "Alcyone". Barros aceitou, estipulando uma série de condições: o avião deveria ser reformado, com a troca dos motores por dois "Isotta Fraschini Asso 500" (desenvolvendo 550 HP de potência máxima cada) e a troca dos "scafi" ineficientes por duas unidades de proa alta e melhor hidrodinâmica. O aerobote foi rebatizado com o nome de "Jahu" (na ortografia da época). Na Itália, Barros impressionou o pessoal da SIAI com a sua habilidade em pilotar o pesado aerobote. REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE Nesse ínterim, Barros manda seu piloto auxiliar Arthur Cunha zarpar para a Europa. Para aumentar ainda mais seu desespero, Arthur Cunha procura a imprensa em Lisboa para desmoralizar seu comandante. Não se sabe com exatidão se Cunha deu declarações impulsivas propositalmente ou se houve deturpação por parte da imprensa, mas o fato é que houve grande repercussão internacional, criando até um problema diplomático entre a Espanha e o Brasil. Com receio de tornar-se motivo de chacota dos demais países e com vexatória campanha desmoralizante por parte de um jornal carioca, o governo brasileiro, através do Presidente Washington Luis, envia um telegrama ao comandante do JAHÚ, em Porto Praia, ordenando-lhe que interrompesse o reide, encaixotasse o aparelho e retornasse ao Brasil. Indignado com o teor do telegrama e mais ainda, por nunca ter recebido qualquer apoio ou incentivo à sua empreitada, Ribeiro de Barros responde prontamente pela mesma via: Exmo. Sr. Presidente. Cuide das obrigações de seu cargo e não se meta em assuntos dos quais Vossa Excelência nada entende e para os quais não foi chamado. Ass: Comandante Barros. Washington Luís Pereira de Sousa Comandante João Ribeiro de Barros REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE Chegando a Lisboa, Artur Cunha, co-piloto do avião, critica os seus companheiros e os desacredita, o que provoca reação imediata do Governo brasileiro. O antigo "Alcyone", recuperado e com diversas alterações, foi rebatizado com o nome “JAHÚ”, em homenagem à terra natal do comandante João Ribeiro de Barros. Quase tudo pronto. O navegador, Capitão da Aviação Militar Newton Braga e o segundo piloto Arthur Cunha, tripulantes da jornada já estavam na Europa. Às vésperas do início da aventura, o jornalista italiano Décio Buffoni entrevista o Comandante Barros, que declara: "A iniciativa do reide, seu custeio e sua organização a mim me pertencem, exclusivamente. Chamem-me pela imprensa esportiva, se quiserem; mas, além da satisfação pessoal, pretendo tentar a demonstração de que um vôo através do oceano é possível, sem que o veículo conte com outros elementos além dos próprios. Portanto, nenhum cruzeiro naval no itinerário, nem auxílio a invocar por meio da radiotelegrafia. Para entrar no terreno das realizações práticas, em grandes travessias, a aviação deve contar somente com os próprios recursos..." REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE Doente,desmoralizado,traído,abandonado, com suas forças se esgotando e às portas do desespero, o piloto recebe pelo telégrafo de Porto Praia uma mensagem reanimadora de sua mãe, Margarida Ribeiro de Barros, que compreendeu a angústia e o sofrimento do filho. Num gesto de admirável renúncia, dirige-lhe as palavras: "Aviador Barros. Aplaudimos tua atitude. Não desmontes o aparelho. Providenciaremos continuação do reide custe o que custar. Paralisação do reide será fracasso. Asas avião representam Bandeira Brasileira. Benção de tua mãe, Margarida". REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE Em 18 de outubro de 1926, o JAHÚ decola de Gênova sob grande aclamação popular. Começava a "via crucis" dos brasileiros. Provavelmente na véspera da partida, quando os tripulantes pernoitaram num hotel, sabotaram o avião, misturando ao combustível sabão caseiro, terra e água. Colocaram ainda um pedaço de bronze no carter do motor traseiro, com o propósito evidente de impedir a realização do reide. Ribeiro de Barros teve que fazer um pouso forçado em Alicante, onde as autoridades espanholas, alegando desconhecer os propósitos do pouso, prenderam sumariamente os tripulantes. Após interferência da Embaixada do Brasil em Madri, os quatro aviadores são libertados. Removida a peça do carter do avião, prosseguem em seu penoso e acidentado vôo rumo ao Brasil. Apenas duas horas após a decolagem, novo pouso de emergência em Gibraltar. Não sabiam que o combustível estava impregnado de terra, água e sabão. É feita a substituição do combustível. Nova decolagem, novos defeitos nos motores. A bomba de gasolina deixa de funcionar. Barros pede a Cinquini que utilize a bomba manual e o JAHÚ segue voando, em precaríssimas condições, com o mecânico bombeando manualmente o combustível, até conseguirem atingir a Ilha São Tiago, em Porto Praia, no arquipélago de Cabo Verde, em plena imensidão oceânica. Inicia-se ali uma dramática tentativa de recuperar o aparelho. Sem um mínimo de recursos, durante meses dormindo em uma tosca barraca de lona à beira da praia, desmontam os motores do avião. Para piorar o quadro, Ribeiro de Barros contrai malária, sofrendo constantes crises. Estavam no mais completo abandono. REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE João Ribeiro de Barros e os tripulantes, o co-piloto, João Negrão, o mecânico Vasco Cinquini e o navegador Newton Braga, decolam de Cabo Verde na África, com o JAHÚ aos 28 de abril de 1927. Depois de 12 horas de vôo e 3.200 quilômetros percorridos, o JAHÚ com um problema em uma das hélices, amerrisa próximo a Ilha de Fernando de Noronha. SEXTANTE GAGO COUTINHO O Valor histórico principal da travessia do Atlântico Sul consiste no fato de ter sido o primeiro a atravessar o Oceano Atlântico com tripulação brasileira; de ter navegado com o auxílio de um sextante, de ter sido o único conhecido até então custeado pela iniciativa privada; de ter reunido homens competentes na tripulação; e de ter levado à cabo sua missão nas mais adversas situações que se pudessem imaginar. REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE Monumento – João Ribeiro de Barros, em Jaú Este monumento foi erigido em memória a João Ribeiro de Barros e seus companheiros que realizaram pela primeira vez, com o hidroavião “Jahú” o reide pelo Atlântico Sul, na trajetória Gênova - Santo Amaro em 1927. O monumento foi construído em 1953 sendo o projeto do escultor paulista Arlindo Casellani de Carli. Foi inaugurado por ocasião dos festejos do 1º Centenário de Jahú, na Praça Siqueira Campos na qual se encontra o "Monumento a João Ribeiro de Barros" onde estão Bonita cidade do Estado de São Paulo foi Freguesia criada depositados seus restos mortais, em sua terra com o nome Jaú (Jahú), por natal. Lei Provincial número 11, de 24 de março de 1859. REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE Por iniciativa do Rotary Club de Jahú e através de subscrição pública, foi inaugurado em 1.953, durante o centenário da cidade um mausoléu de granito e bronze,(quadro anterior) na praça Siqueira Campos na cidade natal do comandante do feito heróico João Ribeiro de Barros. REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE Marcha Hino “Azas do Jahu“ Letra: Octacílio Gomes Música: Marcelo Tupinambá (1927). Da esquerda para a direita: João Negrão, Cinquini, Ribeiro de Barros e Braga. 3ª ESTROFE NEGRÃO, BRAGA, CINQUINI E RIBEIRO DAIS AO MUNDO SOBERBO ESPETÁCULO, PONDO À PROVA O VALOR BRASILEIRO A LUTAR CONTRA TANTO OBSTÁCULO. O BRASIL, DESTEMIDOS CONDORES, RECOMPENSA VOS GUARDA À VITÓRIA. E HÁ, DE GRATO, ENTRE APLAUSOS E FLORES, RECOLHER-VOS AO SEIO DA HISTÓRIA! REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE DO LAGO MAGGIORE/SESTO CALENDE /LOMBARDIA /ITÁLIA /13 DE OUTUBRO DE 1926 PARA O LAGO GUARAPIRANGA /SANTO AMARO/SP/BRASIL/02 DE AGOSTO DE 1927 O hidroavião, na represa de Santo Amaro, sendo inspecionado no dia seguinte ao histórico pouso após o vôo em altitude média de 300 metros, numa velocidade de 190 K/h; recorde absoluto por dez anos consecutivos. Comandado pelo aviador João Ribeiro de Barros, a equipe do Jahú levou a cabo o raid Gênova - São Paulo, saíram de Gênova, Itália, com destino a Cabo Verde em 18 de outubro de 1926. com escalas em Gibraltar, Las Palmas, Cabo Verde, Porto Praia, Fernando de Noronha, chegando ao Arquipélago em 28 de abril de 1927, passando depois por Natal, Recife, Salvador, Rio de Janeiro e Santos, alcançando finalmente a represa de Santo Amaro no dia 2 de agosto de 1927, concretizando assim a sua árdua missão após ter coberto um percurso de 9.795 quilômetros perfazendo pouco mais de 57 horas de vôo. REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE TODA MÁQUINA REQUER MANUTENÇÃO PREVENTIVA MAS A SABOTAGEM EXIGIU UMA PREVENTIVA DETALHADA PARA SANAR OS DEFEITOS REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE O Pássaro Vermelho AEROBOTE DE CASCO DUPLO / CATAMARÃ SAVÓIA-MARCHETTI S-55C capaz de transporte para 5 pessoas em cada casco. O S-55 foi concebido para atender a “Regia Aeronautica”, tendo seu primeiro teste em agosto de 1924 Há 2.400 km do Brasil o hidroavião Jahú pousou junto a Ilha São Tiago, Porto Praia, no arquipélago de Cabo Verde, para abastecimento e reparos. Depois de constatar a presença de água, sabão e areia nos depósitos de combustível, o comandante João Ribeiro de Barros desmonta os dois motores de 550 hp cada, tendo sido encontrado um pedaço de bronze no fundo da cárter do propulsor, propositalmente colocado para danificar o aparelho e provocar a interrupção do vôo. O último exemplar do Savoia-Marchetti S55C encontra-se hoje no MUSEU ASAS DE UM SONHO, em São Carlos, São Paulo, e é também o último hidroavião usado nas travessias transatlânticas remanescente daquele período.( ver “Referências” no final deste trabalho) REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE Isotta Fraschini Asso 750 VISTA DO CONJUNTO http://www.enginehistory.org/vicenzi.htm "Concepção de motor moderno de aviação, de 12 cilindros em "V" com uma abertura de 60º. Cilindros de aço carbono forjado, tendo as camisas ajustadas e soldadas autogenicamente. Cabeças de alumínio fundidas em um só bloco para cada 6 cilindros, ligadas por parafusos, com 2 câmaras, e dispositivo para a circulação de água, servindo ao mesmo tempo de guia para as válvulas e de "carter" de alumínio com nervuras, compreendendo: parte superior que serve de base aos cilindros, de suporte para as árvores de manivelas e de guia para as engrenagens de distribuição. Parte média, que serve de suporte e à bomba de circulação de água. Parte inferior destinada a recolher o óleo de circulação, e de inspeção às manivelas. Parte póstero-inferior central, cujo papel é o de manter os comandos dos magnetos, das bombas de gasolina e dos quatro carburadores de cada motor". REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DO "JAHU“ S. 55C Isotta- Fraschini Asso 500 Gênero – Hidroavião Dois motores: anterior (travito) n.º 103; (propulsivo) n.º 104 550 hp/cada. Originalmente 880 hp Isotta-Fraschini Asso 750 em V usado nas versões S.55, S.55C, S.55P, S.55A, S.55M, S.55 Scafo, S.55X Área: 93 m2 Abertura Máxima das asas, 24,00 m Comprimento máximo: 16,75m Altura: 5,70 m Hélices tipo S.I.A.I. Passo: anterior – 1880/1950 posterior – 1999/2200 Diâmetro: 3,00 m Peso Aparelho: Vazio: 4.500 Kg Gasolina: 2.250 Kg Óleo: 300 Kg Equipagem: 300 Kg T.S.F.: 50Kg Carga útil: 567 Kg Tempo médio de decolagem: 1 minuto e 25 segundos. Em 8 minutos, ascende a 1000 metros. Autonomia de cruzeiro : 3.500 km Altitude: 5.000 m Transcrição parcial do hidroavião JAHÚ feita das páginas 19-20-21 História Heróica da Aviação, com acréscimos Secção Longitudinal do Motor REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE Hidroavião: Savoia-Marchetti S-55 Projeto: Alessandro Marchetti Primeiro vôo : Agosto 1924 Produção: de 1926 a 1945 Unidades construídas : 200 Principais usuários Societa Idrovolanti Alto Italia (Savoia) Regia Aeronautica O Savoia-Marchetti S.55 era um avião catamarã, casco duplo produzido na Itália no início de 1924. Pouco tempo após a sua introdução, começou batendo recordes de velocidade, carga, altitude e alcance. Jahú - é um hidroavião SavoiaMarchetti S.55 (versão C), o último de seu modelo no mundo. Destacou-se por ser a aeronave com que João Ribeiro de Barros e mais três tripulantes (João Negrão como co-piloto, Newton Braga como navegador, e Vasco Cinquini como mecânico), fizeram a terceira travessia aérea do Atlântico Sul - a primeira da história sem escalas -, em 1927. REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE Características gerais • Tipo: 12 cilindros a 60 graus invertido em V 2 válvulas de assento por cilindro, arrefecido sódio válvulas de escape, duplo comando no cabeçote. Sistema de combustível: 4 carburadores Isotta Fraschini Tipo de combustível: 80/87 octanas, gasolina de aviação Óleo do sistema: cárter seco, 2 de limpeza, 1 bomba de pressão Sistema de arrefecimento: a ar REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE LEI ESTADUAL Nº 9.933 DE 1998 - DIA 28 DE ABRIL INSTITUÍDO PARA COMEMORAÇÃO DA TRAVESSIA DO OCEANO ATLÂNTICO O recorde de velocidade do "JAHÚ" permaneceu imbatível por 10 anos, tendo devido a isso o Comandante João Ribeiro de Barros, conquistado, em 1937, da "Ligue Internationale dês Aviateurs", o Troféu "Harmon", honraria máxima ofertada a um piloto-aviador em todo o mundo. Nas Américas, o segundo "Harmon“ coube ao aviador estadunidense Charles Lindbergh, que, em 21 de maio de 1927 – 23 dias após a travessia do "JAHÚ" – cruzou, com seu "Spirit of Saint Louis", o Atlântico, apoiado pelo governo americano e incentivado por um prêmio de 25 mil dólares. REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE O hidroavião Seabee pousado no pier da Represa Guarapiranga. A Riviera Paulista, denominação em alusão aos locais aprazíveis comuns na Europa que são circundados por água, atraía pessoas próximas à cidade de São Paulo enchendo a orla local, num movimento interminável de transeuntes a observar o vai-e-vem dos barcos a vela ou o avião anfíbio ”Seabee”, que fazia vôos turísticos sobre a Represa de Guarapiranga, formando filas no píer, plataforma improvisada para o hidroavião atracar a cada vôo e o turista desembarcar em local mais próximo à margem da Represa de Guarapiranga. REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE Seabee o inesquecível hidroavião da Represa O hidroavião Seabee voava mostrando os flutuadores e trem de pouso. Sua hidrodinâmica era diferenciada dos padrões da época. A hélice e o motor eram voltados para trás, e cabine de aspecto oval, fazia passeios panorâmicos pela Represa da Guarapiranga. Motores do Seabee : Franklin de 210hp substituído mais tarde por outro de 300hp Os Seabees da família Cukurs,operaram de 1948 .até 1995,transportando milhares de passageiros,sem nenhum acidente ocorrido. O DAC,estipulou áreas de vôo,restrita apenas para os vôos panorâmicos iniciando suas atividades no Rio de Janeiro,Santos e Represa de Guarapiranga,São Paulo. O aviador Herberts Cukurs recebeu o Troféu Harmon como melhor aviador de 1933, prêmio semelhante, ao Comandante João Ribeiro de Barros. Foi membro honorário da Federattion Internationales des Aviators,junto a Santos Dumont,Charles Lindenberg, e outros poucos destacados aviadores mundiais. REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE Em 1985, o Instituto Cultural UmbroToscano de São Paulo solicitou a readequação do local de implantação do monumento à Prefeitura. A entidade temia pela integridade da obra, instalada num ponto em que a Avenida De Pinedo forma um ângulo de 90 graus, com intenso tráfego de ônibus e caminhões. Julgando que o monumento estava “escondido” em Santo Amaro, o prefeito Jânio Quadros determinou sua transferência, em 1987, para a Praça Nossa Senhora do Brasil. O monumento homenageia os italianos Francesco De Pinedo, Carlo Del Prete e Vitale Zacchetti, além do brasileiro João Ribeiro de Barros que, em 1927, cruzaram o oceano Atlântico a bordo de NOVO LOCAL PARA O MONUMENTO NO PARQUE DA um hidroavião, partindo da de Gênova, na BARRAGEM NA CAPELA DO SOCORRO Itália, rumo a Represa de Guarapiranga, http://portal.prefeitura.sp.gov.br/noticias/ars/capela_ no bairro do Socorro - Santo Amaro. do_socorro/2009/07/0025 REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE REFERÊNCIAS: VENTURA, Luiz I. N.. O S-55 e a saga do Jahu (parte I). Revista Asas, Ano III, nº 15. Outubro/Novembro de 2003. (Asas Revista de Cultura e História da Aviação) Gunston, Bill. World Enciclopedia of Fabricantes de Aeronaves. Annapolis, Maryland: Naval Institute Press, 1993. Annapolis, Maryland: Naval Institute Press, 1993. Nevin, David. Architects of Air Power . Nevin, David. Arquitetos do Poder Aéreo. Alexandria, Va.: Time-Life Books, 1981. Alexandria, Va.: Time-Life Books, 1981. BARROS, José Ribeiro de. História heróica da aviação: Reide Gênova - Santo Amaro. São Paulo: Museu de Aeronáutica de São Paulo, s/d. ASSIS, Célia de (coord.). Monumentos Urbanos: obras de arte na cidade de São Paulo. São Paulo : Prêmio, 1998. http://portal.prefeitura.sp.gov.br/noticias/ars/capela_do_socorro/2009/07/0025 http://www.saopaulominhacidade.com.br/list.asp?ID=1525 http://www.correrenelverde.com/volo/personaggi/depinedo.htm http://www.aerovirtual.com.br/materias/reportagens2/report_0074.htm Fotos: National Air and Space Museum, Smithsonian Institution REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE Local Exposição do Hidro Avião Savóia-Marchetti S-55 www.museuasasdeumsonho.com.br MUSEU ASAS DE UM SONHO FUNDAÇÃO EDUCTAM SÃO CARLOS Fica localizado na zona rural, a 15 km do centro da cidade de São Carlos. Na Rodovia que liga São Carlos a Ribeirão Preto, que é a Rodovia SP 318, você deve ir até o km 249,5. Horário de Funcionamento: Quarta a Domingo - das 10 as 16 horas. (admissões permitidas apenas até as 15 horas) Informações complementares: Telefone de contato: (16) 3306-2020 REPRESA GUARAPIRANGA ONTEM E HOJE Fragmentos do projeto “A Fotografia Como Concepção Histórica”, unindo momentos sem compará-los, abstraindo das partes fragmentadas aquele tempo e espaço retratado. Toda esta viagem faz parte do meu momento, parte de um tesouro guardado no baú da história com a visão contemporânea, onde os principais instantes saem das ações populares, mesmo que o poder registre seus feitos em documentos oficializados, subsiste a história oral de muitos, que comparadas e aferidas traduz um fato esquecido pela historiografia, que não se define como verdadeiro, mas ações sucedâneas que aconteceram de fato. TRABALHO e CONSIDERAÇÕES HISTORIADOR: CARLOS FATORELLI [email protected] www.carlosfatorelli27013.blogspot.com Todo material exposto pode ser usado, integral ou parcialmente, desde que haja citação creditando a origem e não tenha fins lucrativos.