o documento na íntegra - Academia da Vinha e do Vinho
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Mercados informação global Jordânia Ficha de Mercado Novembro 2009 aicep Portugal Global Jordânia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) Índice 1. O País em Ficha 03 2. Economia 04 2.1 Situação Económica e Perspectivas 04 2.2 Comércio Internacional 06 2.3 Investimento 09 2.4 Turismo 10 3. Relações Económicas com Portugal 11 3.1 Comércio 11 3.2 Serviços 15 3.3 Investimento 15 3.4 Turismo 15 4. Relações Internacionais e Regionais 15 5. Condições Legais de Acesso ao Mercado 16 5.1 Regime Geral de Importação 16 5.2 Regime de Investimento Estrangeiro 18 5.3 Quadro Legal 20 6. Informações Úteis 21 7. Endereços Diversos 23 8. Fontes de Informação 25 8.1 Informação Online aicep Portugal Global 25 8.2 Endereços de Internet 26 2 aicep Portugal Global Jordânia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) 1. O País em Ficha Área: 89.206 km2 População: 6,1 milhões de habitantes Densidade populacional: 68,4 hab. /km2 Designação oficial: Reino Hachemita da Jordânia Forma de Estado: Monarquia constitucional Chefe do Estado: Rei Abdullah Ibn Hussein al-Hashemi Primeiro-Ministro: Nader al-Dahabi Data da actual Constituição: Janeiro de 1952 Principais Partidos Políticos: Destaca-se as seguintes principais organizações: Aliança Nacional da Jordânia, Partido de Unidade Popular, Partido da União Democrática Árabe, Frente de Acção Islâmica, Partido Democrático de Esquerda, Partido Nacional Constitucional. Embora não seja proibido não existe tradição de partidos organizados quer pela própria cultura, quer pelo modo como o sistema político funciona. Capital: Amã (2,22 milhões de habitantes – estimativa oficial 2007) Outras localidades importantes: Irbid, Zarqa, Balqa, Mafraq e Karak Religião: 90% da população é muçulmana sunita Língua: A língua oficial é o árabe. O inglês tem alguma difusão Unidade monetária: Dinar jordano 1 EUR = 1.0482 JOD (média mensal - Outubro 2009) 1 USD=0,7979 JOD (o dinar está indexado ao dólar) Risco de crédito: 5 (1 = risco menor; 7 = risco maior) (COSEC Outubro 2009) “Ranking” em negócios: Risco político CCC (AAA = risco menor; D = risco maior) Risco de estrutura económica B (fonte: EIU – Novembro 2009) “Ranking” em negócios: Índice 6,1 (10 = máximo) “Ranking” geral 57 (entre 82 países) Grau da abertura e dimensão relativa do mercado: Exp. + Imp. (bens e serviços) / PIB = 156% (2008) Imp. (bens e serviços) / PIB = 95% (2008) Imp. (bens) / Imp. Mundial = 0,1% (2008) Fontes: The Economist Intelligence Unit (EIU) – Country Profile 2008; Country Report September 2009; Viewswire 17th Sept 2009. WTO – World Trade Organization Banco de Portugal; COSEC 3 aicep Portugal Global Jordânia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) 2. Economia 2.1 Situação Económica e Perspectivas A Jordânia é um país com poucos recursos naturais, nomeadamente quando comparado com os países vizinhos, mas tem vindo a apresentar uma evolução/contribuição do sector dos serviços no PIB que se destaca nestes últimos anos, com um crescimento médio na ordem dos 7%, entre 2005/2008, empregando mais de 70% da população activa. Segundo os dados fornecidos pelo The Economist Intelligence Unit (EIU), em 2008, a estrutura do PIB da Jordânia, por sectores, foi: Agricultura (3,6%), Industria (29,9%), e os serviços (66,5%). Principais Indicadores Macroeconómicos Unidade a a 2006 a 2007 b 2008 2009 2010 c c 2011 População Milhões 5,8 5,9 6,1 6,3 6,4 6,5 PIB a preços de mercado 106 JOD 10.521 11.722 14.229b 14.684 15.953 16.950 10 USD 14.839 16.532 20.068 20.711 22.501 23.906 USD 2.580 2.780 3.270 3.300 3.520 3.670 % 8,0 6,6 5,6b 3,1 3,0 3,7 Var. % 6,3b 5,2 b 3,8b 2,7 2,5 4,0 Consumo público Var. % 5,5 b 6,7 b b 5,9 2,5 2,0 2,6 Formação bruta de capital fixo Var. % 11,0 b 9,0 b 7,6 b -0,5 1,0 3,0 PIB a preços de mercado PIB per capita 6 Crescimento real do PIB Consumo privado Taxa de desemprego % 13,2 13,1 12,7 13,5 13,6 13,1 Taxa de inflação (média anual) % 6,3 5,4 14,9 0,1 5,5 2,5 Dívida pública % do PIB 68,7 b 71,3 73,6 77,2 Saldo do sector público % do PIB -6,9 -8,2 -9,9 b -12,9 -11,8 -11,2 53,0 50,6 b 33,0 31,0 30,3 b 69,4 62,2 Dívida Externa % do PIB Balança corrente 10 USD -1.577 -2.831 -2.390 -1.401 -1.398 -1.075 Balança corrente % do PIB -10,6 -17,1 -11,9 b -6,8 -6,2 -4,5 USD=x JOD 0,709 0,709 0,709 0,709 0,709 0,709 Taxa de câmbio – média 6 Fontes: The Economist Intelligence Unit (EIU); Notas: (a) Valores efectivos 33,9 (b) Estimativa (c) Previsões JOD- Dinar jordano A economia da Jordânia registou resultados muito positivos em 2008, apesar do impacto dos vários choques externos, como, as variações dos preços da energia, do preço dos alimentos e de outros produtos básicos, além das repercussões da crise financeira mundial surgida no terceiro trimestre do mesmo ano. 4 aicep Portugal Global Jordânia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) Pelos dados disponibilizados, quer pelo EIU, quer pelo Central Bank of Jordan, constata-se que o crescimento da economia da Jordânia foi de aproximadamente 3,8% em 2008 e que a média registada, entre 2005/2007, foi cerca de 7,6%, superior à média de crescimento verificada, no mesmo período, a nível mundial (3,8%) e na média do conjunto dos países do Médio Oriente e Norte de África (6%). Segundo o relatório anual de 2008 do Banco Central da Jordânia, o crescimento acima referido ficou a dever-se aos seguintes factores: aumento notável das exportações, um crescimento a um ritmo acelerado do sector dos serviços, um crescimento do investimento, para além, da existência de uma estrutura económica sólida fundamentada nas reformas estruturais iniciadas há mais de dez anos, e ainda de uma politica macroeconómica prudente. Segundo o mesmo relatório, o crescimento económico verificado contribuiu para melhorar os padrões de vida da população, o que pode ser demonstrado pelo crescimento de 27%, verificado no PIB per capita, entre 2006/2008 e ainda nas variações muito positivas registadas no consumo privado no mesmo período. A Jordânia apresenta um acentuado crescimento da população, sendo que entre 2006/2008, esta cresceu 5,2%, estando previsto um aumento de aproximadamente 7% até 2011, face ao número de pessoas registadas em 2008. Convém referir que este crescimento também é justificado através do aumento do número de imigrantes existentes neste país, resultado das situações politicas e de guerra verificadas nesta zona geográfica. É de salientar que a população da Jordânia possui uma taxa de alfabetização muito elevada, acima da média dos países da região. Em relação ao sector público e segundo o mesmo relatório acima referido, o orçamento geral da Jordânia, apresentado em 2008 teve um desempenho positivo em comparação com o de 2007, mas os choques externos e os desafios que a economia interna teve que enfrentar, levou o governo a implementar medidas fiscais, como a liberalização dos preços dos combustíveis no mercado interno, medidas na rede da segurança social, para além das dívidas antecipadas pagas aos credores do Clube de Paris que originaram uma carga adicional no mesmo orçamento. O défice orçamental registado em 2008 foi resultado do crescimento das receitas e das despesas públicas de 19,3% e 18,4%, respectivamente, em relação ao ano de 2007. Das previsões apontadas para a economia da Jordânia, pelo EIU, destaca-se o seguinte: Um crescimento da economia da Jordânia entre 2010/2011 acima dos 3% Aumento gradual do consumo privado até 2011, embora abaixo das variações registadas entre 2006/2008 Manutenção do nível de desemprego com uma taxa média próxima dos 13% Redução da taxa de inflação até 2,5% em 2011, quando a registada em 2008 foi de aproximadamente 15% 5 aicep Portugal Global Jordânia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) Uma diminuição do saldo da balança corrente, esperando-se até 2011 uma redução do valor total das exportações (-7%) e das importações (-19%) face aos valores registados em 2008. Mas a grande prioridade do governo da Jordânia, nos próximos anos, vai continuar a ser o combate à pobreza e ao desemprego, existindo já um conjunto de projectos de cooperação a decorrer neste âmbito. 2.2 Comércio Internacional A Jordânia tem uma participação pouco significativa no comércio internacional, ocupando em 2008 a 92ª posição no ranking mundial como exportador e a 75ª como importador, num total de aproximadamente 190 países. Os países que partilham posições quase idênticas à Jordânia, como exportadores mundiais, são: o Sri Lanka (91ª), o Gabão (90ª), o Iémen (89ª) e a Guatemala (93ª). Em 2008, as exportações da Jordânia cresceram substancialmente (36%) em relação ao ano anterior, sendo que a média de crescimento entre 2004/2008 também foi bastante relevante (19%), dado que o comércio mundial cresceu, em média, 8% no mesmo período. Evolução da Balança Comercial 6 (10 USD) 2004 2005 2006 2007 2008 Exportação fob a 3.883 4.301 5.204 5.732 7.782 Importação fob a 7.261 9.317 10.260 12.101 14.993 -3.378 -5.016 -5.035 -6.359 -7.175 53,5 46,2 50,7 47,4 51,9 Como exportador 90ª 96ª 94ª 95ª 92ª Como importador 77ª 72ª 75ª 78ª 75ª Saldo Coeficiente de cobertura (%) Posição no “ranking” mundial Fontes: b (a) The Economist Intelligence Unit (EIU) – Valores efectivos (b) OCM - Organização Mundial do Comércio Como importador a Jordânia, em 2008, situou-se na 75ª posição do ranking mundial, registando uma taxa média de crescimento das importações de aproximadamente de 20% entre 2004/2008. É de realçar os aumentos verificados entre 2004/2005 de 28% e entre 2007/2008 de 24%. O saldo da balança comercial foi desfavorável à Jordânia, tendo registando sucessivos deficits entre 2004/2008, e o valor registado do mesmo em 2008, foi mais do que o dobro do valor obtido em 2004. Os principais clientes da Jordânia, nos últimos três anos, foram: os E.U.A., o Iraque e os Emiratos Árabes Unidos, a Índia e a Arábia Saudita que em conjunto foram responsáveis pela compra de 46% dos produtos exportados por este país. 6 aicep Portugal Global Jordânia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) Este conjunto de países tem vindo a perder peso relativo no ranking de clientes dado que em conjunto estes, em 2006 e em 2007, representavam 64% e 57%, do valor total exportado, respectivamente. Em termos de valor de exportação, convém referir que todos estes países registaram aumentos entre 2007/2008, havendo ainda um conjunto de outros países, que se situaram entre o 7º e o 12º maiores clientes da Jordânia, em 2008, e que ganharam uma maior importância, tais como: o Japão, a Argélia, a China e a Indonésia entre outros. Principais Clientes 2006 Quota (% ) PORTUGAL 0,05 2007 Posição Quota (%) 58ª 2008 Posição 0,03 Quota (%) Posição 71ª 0,04 63ª E.U.A 26,0 1ª 21,8 1ª 13,8 1ª Iraque 17,4 2ª 12,5 2ª 11,6 2ª E.A.U. 5,9 5ª 7,5 4ª 7,0 3ª Índia 8,3 3ª 8,1 3ª 6,7 4ª Arábia Saudita 6,0 4ª 7,3 5ª 6,7 5ª Fonte: The Economist Intelligence Unit (EIU) – Monthly Report January 2007/2008/2009. The Hashemite Kingdon of Joradan – Department of Statistics, Amman – External Trade Statistics of Jordan by Countries As exportações da Jordânia para Portugal, nos últimos três anos, não tiveram grande significado na estrutura do comércio externo deste país, representando apenas, em 2008, 0,04% do total das mesmas. Embora seja de realçar que entre 2007/2008, estas tenham registado um crescimento na ordem dos 145%, traduzido na respectiva subida no ranking. Os principais fornecedores da Jordânia foram os seguintes: Principais Fornecedores 2006 Quota (%) PORTUGAL 0,10 2007 Posição Quota (%) 54ª 0,08 2008 Posição 60ª Quota (%) 0,08 Posição 63ª Arábia Saudita 30,4 1ª 23,6 1ª 24,9 1ª China 10,5 2ª 10,9 2ª 12,0 2ª Alemanha 10,8 3ª 8,5 3ª 8,0 3ª E.U.A. 7,0 4ª 5,2 4ª 6,9 4ª Egipto 4,2 5ª 4,9 5ª 4,5 5ª Fonte: The Economist Intelligence Unit (EIU) – Monthly Report January 2007/2008/2009. The Hashemite Kingdom of Jordan – Department of Statistics, Amman – External Trade Statistics of Jordan by Countries 7 aicep Portugal Global Jordânia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) Os cinco principais países fornecedores da Jordânia foram responsáveis por 56% do total das importações efectuados por este país, sendo de destacar que 37% das mesmas foram fornecidas pela Arábia Saudita e pela China. As importações da Jordânia provenientes destes dois países registaram taxas de crescimento, entre 2007/2008 na ordem dos 27% e 35%,respectivamente. As importações provenientes de Portugal representaram apenas 0,08% do total das importações da Jordânia, em 2008, sendo no entanto de assinalar que as mesmas cresceram 23% entre 2007/2008. Os produtos mais transaccionados pela Jordânia, em 2008, foram os seguintes: Principais Produtos Transaccionados – 2008 Exportações / Sector Vestuário % 16,3 Importações / Sector Petróleo e lubrificantes % 16,1 Potassa 12,4 Equipamento de transporte e componentes 7,6 Fertilizantes 9,5 Ferro e aço 5,1 Fosfatos 8,4 Equipamento de telecomunicações 4,8 Prod. Médicos ou farmacêuticos 8,0 Fios e tecidos têxteis 3,1 6,6 Maquinaria especializada para a agricultura, indústria e para o sector da construção 3,8 5,4 Produtos do petróleo 2,8 Vegetais Máquinas e equipamento de transporte Fonte: Central Bank of Jordan – Annual Report 2008 – The External Sector Os sete principais produtos mais exportados pela Jordânia e mencionados, no quadro acima, representaram 67% do total. Em relação a estes produtos e segundo o relatório anual do Banco Central da Jordânia, verificou-se o seguinte: À excepção do vestuário, todos restantes registaram crescimentos entre 2007/2008, sendo de destacar; a potassa (+ 139%); os fertilizantes (+ 91%) e os Fosfatos (+ 167%). Os principais países de destino por produto foram: vestuário (EUA); potassa (Índia, China e Malásia); fertilizantes (Índia, Japão, Arábia Saudita); fosfatos (Índia, Indonésia, Japão); prod. médicos ou farmacêuticos (Arábia Saudita, Algéria, Sudão); vegetais (Iraque, Síria, EUA); máquinas e equipamento de transporte (Arábia Saudita, Iraque, EUA). Os sete produtos com maior peso nas importações, assinalados no quadro acima, representaram, em 2008, 43%. Em relação à evolução dos mesmos destaca-se o seguinte: Com excepção do equipamento de telecomunicações e dos têxteis, todos os restantes registaram aumentos entre 2007/2008, sendo de destacar; maquinaria especializada para a agricultura, indústria e para o sector da construção (+ 55%) e o Ferro e aço (+ 47%). 8 aicep Portugal Global Jordânia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) Os principais países de origem dos principais produtos foram: petróleo e lubrificantes (Arábia Saudita), equipamento de transporte e componentes (Alemanha, Japão, Coreia do Sul), ferro e aço (Ucrânia, China, Rússia), equipamento de telecomunicações (China, Hungria, Finlândia, Correia do Sul), fios e tecidos têxteis (China, Taiwan, Turquia), maquinaria especializada para a agricultura, indústria e para o sector da construção (Alemanha, Itália, Noruega, Coreia do Sul), produtos do petróleo (Turquia, França, Koweit, Índia). 2.3 Investimento A Jordânia tem vindo a intensificar os seus esforços na criação de um ambiente favorável ao investimento, tendo por isso sido considerado um dos países mais avançados pelo World Economic Fórum,- The Global Competitiveness Report 2009-2010, posicionando-se no 50º lugar, num ranking de 133 países, onde Portugal ocupa a 43ª, a Índia a 49ª e o Brasil a 56ª posição. O investimento estrangeiro realizado na Jordânia, entre 2003/2008, cresceu em média 49%, sendo de destacar os anos de 2003, 2005 e 2006, onde as taxas de crescimento registadas, em relação ao ano anterior, foram de 84%, 117% e 84%, respectivamente. Investimento Directo (106 USD) 2003 Investimento estrangeiro na Jordânia Investimento da Jordânia no estrangeiro 2004 2005 2006 2007 2008 443 816 1.774 3.219 1.950 1.950 -4 18 163 -138 48 13 Posição no ranking mundial Fonte: Como receptor 83ª 73ª 60ª 59ª 72ª 76ª Como emissor 208ª 83ª 66ª 219ª 94ª 107ª UNCTAD - World Investment Report 2009 O último relatório disponível pela JIB – Jordan Investment Board, datado de 2006, confirma os esforços feitos pela Jordânia na envolvente favorável à criação do investimento, salientando-se do mesmo, os seguintes aspectos: - A liberalização da lei do investimento e definição de sectores prioritários. - A criação de zonas industriais de acolhimento ao investimento. - Os Incentivos financeiros e fiscais existentes. - A expansão dos serviços do JIB - Jordan Investment Board. - Reforço na promoção do país com a participação em vários eventos e os esforços diplomáticos, nomeadamente com a presença do Rei, desde 2006, junto de vários países cujo reflexo foi também a assinatura de vários acordos, entre os quais de protecção mútua de investimento.1 1 Em 2008, foi assinado um Acordo entre a República Portuguesa e o Reino Hachemita da Jordânia sobre Cooperação Económica, aquando da visita do Rei Abdullah Ibn Hussein al-Hashemi a Portugal. Em Março de 2009, um Acordo de Promoção e Protecção Recíproca de Investimentos que ainda não está em vigor. 9 aicep Portugal Global Jordânia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) Segundo o relatório anual do Banco Central da Jordânia, em 2008, foram 467 os projectos de investimento acompanhados pela JIB, no âmbito dos sectores definidos pela Investment Promotion Law (IPL), sendo destacar, 413 do sector industrial, 9 na agricultura, 17 no turismo (hotéis). Nos dois anos anteriores, foram apresentados um total de 999 projectos, sendo que 90% foram desenvolvidos no sector industrial. O ano de 2006 é considerado pela Jordânia, o ano de viragem no que concerne ao investimento estrangeiro, tendo o JIB – Jordan Investment Board disponível um relatório anual de actividade2, onde menciona que os países que mais investiram no país, foram: Arábia Saudita (62%), Iraque (11%), Koweit (8%), E.A.U (4%) e ao E.U.A.(2%). A maioria destes projectos, foram realizados no sector industrial (520), seguido dos da agricultura (31) e no turismo (hotéis 20 projectos). No entanto, convém salientar que a Jordânia, em 2008, se posicionou no 76º lugar do ranking mundial como receptor de investimento, ao lado de países como: a Estónia (75º); A Síria (72º); Lituânia (78º); Costa Rica (78º) e a uma distância superior ou igual a 9 lugares de países como, Marrocos (67ª); Tunísia (62ª);Argélia (63º) e Omã (60º). 2.4 Turismo Segundo o “Travel & Tourism Competitiveness Report 2009”, publicado pelo World Economic Fórum, a Jordânia encontra-se no 54º lugar num ranking de 133 países, próximo do México (51º), da Turquia (56º) e onde o Egipto se encontra no 64º e Portugal no 17º lugar. O crescimento do número de turistas que entrou na Jordânia, em média, entre 2004/2008, foi de 7% e as receitas geradas, no mesmo período, registaram um crescimento médio anual de 22% Indicadores do Turismo 2004 3 Turistas (10 ) Receitas (106 USD) Fonte: WTO – World Tourism Organization Notas: (a) dados provisórios 2.853 1.330 2005 2.987 1.441 2006 3.547 2.060 2007 a 2008 3.430 2.311 3.729 2.943 Os anos de 2006 e 2008, embora para o último ano os dados ainda sejam provisórios, foram de grande expansão, verificando-se um crescimento do número de turistas entrados na Jordânia de 19% e 9%, respectivamente, bem como das receitas geradas, na ordem dos 43% em 2006 e de 27% em 2008. Segundo o relatório anual do Banco Central da Jordânia, este sector emprega cerca de 38 mil trabalhadores, em 2008, tendo esta população registado um crescimento de 11,3%, em relação ao ano anterior. O número de hotéis, em 2008, era de 481, com uma capacidade de alojamento correspondente a cerca de 22 mil camas. A taxa de ocupação foi de 55,3% em 2008, enquanto que em 2007 fora de 47,3%. 2 Annual Report Jordan Invesment Board (disponível apenas para o ano de 2006) 10 aicep Portugal Global Jordânia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) O Turismo é considerado um dos sectores prioritários pela lei de promoção ao investimento e no âmbito da mesma, o JIB – Jordan Investment Board, acompanhou, entre 2004/2008, cerca de 78 projectos relacionados com a criação de unidades hotelarias. 3. Relações Económicas com Portugal 3.1 Comércio Os fluxos comerciais com a Jordânia têm pouco significado na estrutura do comércio internacional português. Como cliente de Portugal, a Jordânia, em 2008, situou-se na 62ª posição que correspondeu a 0,1% do total das exportações portuguesas nesse mesmo ano. Esta posição coloca a Jordânia ao lado dos seguintes outros clientes de Portugal: Bulgária (61ª), São Tomé e Príncipe (54ª), Guiné-Bissau (51ª), Letónia (65ª) e a Croácia (64ª). Numa análise ao período entre 2004/2008, verifica-se uma subida posição relativa deste mercado no Ranking de clientes de Portugal, passando da 72ª posição, em 2004 para 62ª em 2008. Os dados do comercio internacional português já disponíveis para o período entre Janeiro/Setembro de 2009, coloca a Jordânia na 60ª posição, representando estas exportações sobre o total, a mesma percentagem que a verificada no ano anterior. Evolução da Importância da Jordânia nos Fluxos Comerciais de Portugal 2004 Como cliente Como fornecedor 2006 2007 2008 2009 Jan/Set Posição 72ª 66ª 62ª 67ª 62ª 60ª % 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,1 114ª 119ª 126ª 129ª 120ª 143ª 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 Posição % Fonte: 2005 INE – Instituto Nacional de Estatística A posição da Jordânia, enquanto fornecedor de Portugal, em 2008, é muito pouco relevante, situando-se na 120ª posição do ranking de fornecedores, situação praticamente idêntica à verificada nos quatro anos anteriores. Nos dados estatísticos já disponíveis para o período de Janeiro a Setembro de 2009, constata-se uma queda acentuada da posição da Jordânia como fornecedor de Portugal (143ª). As exportações portuguesas para a Jordânia, entre 2004 /2008, cresceram em média 32%, enquanto as importações registaram um decréscimo médio na ordem dos 2%, sendo no entanto de salientar o acréscimo registado, entre 2007/2008, em ambos os fluxos, de 88% e 52%, respectivamente. 11 aicep Portugal Global Jordânia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) Evolução da Balança Comercial Bilateral (103 EUR) 2004 2005 2006 2007 2008 2008 Jan/Set 2009 Jan/Set Var.a Exportações 9.724 11.720 14.123 13.820 25.990 21.234 14.783 -30,4 Importações 3.260 3.214 2.240 1.616 2.463 2.400 154 -93,6 Saldo 6.464 8.506 11.883 12.205 23.527 18.834 14.629 -- Coef. Cobertura (%) 298,3 364,6 630,4 855,5 1055,1 884,9 9575,4 -- Fonte: INE – Instituto Nacional de Estatística Notas: (a) Taxa de variação homóloga (Janeiro/Junho 2008/2009) Valores estimados No período de análise considerado, verifica-se ainda que as exportações tiveram uma variação positiva ano após ano, com registos em valor sempre crescentes em relação aos anos anteriores, enquanto que ao nível das importações os anos de 2004 e 2005, foram aqueles que registaram os valores mais elevados, sendo de realçar que no ano de 2007, o valor das importações é quase metade do valor registado em 2004. Com os dados já disponíveis de Janeiro/Setembro de 2009, quando comparados com os do período homólogo, constata-se que as exportações caíram cerca de 30% e as importações 94%, destacando-se o valor registado entre Janeiro/Setembro de 2008, que representou a quase totalidade do valor verificado no final do ano de 2008. Em 2008, as exportações portuguesas para a Jordânia concentraram-se em dois grupos de produtos, os químicos e os combustíveis minerais, que representaram 66% do total. Os dois grupos a seguir com maiores volumes de exportação foram: os veículos e outro material de transporte (7%) e os minerais e minérios (4%), sendo de assinalar que os restantes grupos tiveram, em 2008, um peso sobre o total exportado igual ou inferior a 3%. Estes quatro grupos de produtos referidos representaram 76% do total das exportações portuguesas para este mercado em 2008. O grupo dos produtos químicos cresceu 92%, entre 2004/2008 e 5% entre 2007/2008, mas com os dados já disponibilizados referentes a Janeiro/Agosto de 2009, estes produtos registaram um decréscimo na ordem dos 19%, quando comparado com o período homólogo. Os subprodutos mais vendidos dentro deste grupo foram os medicamentos, em doses ou acondicionados para venda a retalho que representaram, em 2008, cerca de 35% do total exportado. 12 aicep Portugal Global Jordânia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) Principais Exportações por Grupos de Produtos (103 EUR) 2004 % 2007 % 2008* % Produtos químicos 4.781 49,2 8.706 63,0 9.180 35,3 Combustíveis minerais 2.407 24,8 0 0,0 7.858 30,2 0 0,0 100 0,7 1.719 6,6 1.362 14,0 801 5,8 1.060 4,1 27 0,3 562 4,1 770 3,0 502 5,2 526 3,8 669 2,6 69 0,7 514 3,7 484 1,9 187 1,9 590 4,3 356 1,4 73 0,7 53 0,4 249 1,0 0 0,0 57 0,4 134 0,5 78 0,8 174 1,3 106 0,4 0 0,0 55 0,4 87 0,3 141 1,4 0 0,0 81 0,3 Instrumentos de óptica e precisão 7 0,1 2 0,0 69 0,3 Peles e couros 0 0,0 26 0,2 61 0,2 Produtos alimentares 7 0,1 63 0,5 44 0,2 84 0,9 132 1,0 2.637 10,1 0 0,0 1.459 10,6 427 1,6 9.724 100,0 13.820 100,0 25.990 100,0 Veículos e outro material de transporte Minerais e minérios Madeira e cortiça Matérias têxteis Plásticos e borracha Máquinas e aparelhos Metais comuns Calçado Pastas celulósicas e papel Vestuário Produtos agrícolas Outros produtos Valores confidenciais Total Fonte: INE – Instituto Nacional de Estatística Em relação ao grupo dos combustíveis minerais, salienta-se, por um lado, um crescimento, entre 2004/2008, na ordem dos 226%, e por outro, a não existência qualquer valor de exportação em 2007, assim como, nos primeiros oito meses de 2009. Das exportações portuguesas para a Jordânia, verificadas entre Janeiro/Agosto de 2009, quando comparado com o período homólogo, salienta-se ainda o seguinte: • Grupos de produtos com acréscimos relevantes: máquinas e aparelhos (+101%), produtos agrícolas (+329%) e outros produtos (+ 248%), sendo que os dois primeiros juntos, representaram apenas 4% do total e foram, respectivamente, o quarto e o sétimo grupo de produtos portuguesas mais exportados nestes meses. • Grupos de produtos com decréscimos relevantes: os combustíveis minerais (-100%), veículos e outro material de transporte (- 94%) e minerais e minérios (-46%). 13 aicep Portugal Global Jordânia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) Segundo o GEE – Gabinete de Estratégica e Estudos (MEI), em 2008, cerca de 74% dos produtos industriais transformados exportados para a Jordânia tinham um grau alto ou médio alto de intensidade tecnológica. Os produtos industriais transformados exportados em 2008, segundo a mesma fonte, representaram perto de 59% do total das exportações para o mesmo mercado. É ainda de realçar que foram registadas em 2008, pelo INE, 97 empresas exportadoras para o mercado da Jordânia, mais 36 do que as registadas em 2004. As importações provenientes da Jordânia para Portugal concentram-se essencialmente no grupo dos produtos químicos que em 2008, representou 95% do total. Este grupo mantém a liderança e praticamente a mesma importância deste 2004 em relação ao total produtos importados e oriundos da Jordânia. Dentro do grupo dos produtos químicos foram os adubos (fertilizantes) minerais ou químicos, potássicos, os subprodutos mais comprados por Portugal, representando estes cerca de 93% do total das importações em 2008. Principais Importações por Grupos de Produtos 3 (10 EUR) Produtos químicos 2004 % 2007 % 2008 % 2.771 85,0 1.523 94,3 2.340 95,0 Vestuário 0 0,0 0 0,0 55 2,2 Máquinas e aparelhos 1 0,0 31 1,9 53 2,2 463 14,2 0 0,0 10 0,4 Plásticos e borracha 0 0,0 0 0,0 2 0,1 Veículos e outro material de transporte 0 0,0 15 0,9 2 0,1 Metais comuns 1 0,0 1 0,1 1 0,0 Instrumentos de óptica e precisão 1 0,0 3 0,2 0 0,0 Matérias têxteis 0 0,0 23 1,4 0 0,0 Produtos alimentares 1 0,0 3 0,2 0 0,0 20 0,6 1 0,1 1 0,1 0 0,0 15 0,9 0 0,0 3.260 100,0 1.616 100,0 2.463 100,0 Minerais e minérios Outros produtos Valores confidenciais Total Fonte: INE – Instituto Nacional de Estatística Entre Janeiro/Agosto de 2009, a importação dos produtos químicos registou um decréscimo de 95%, em relação ao período homólogo, assim como, a maioria dos restantes grupos, com excepção dos veículos e outro material de transporte (+609%) e que representou quase 8% do total, e ainda os outros produtos (+93%). 14 aicep Portugal Global Jordânia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) 3.2 Serviços Não existem dados disponíveis que permitam analisar os fluxos dos serviços. 3.3 Investimento Não existem dados disponíveis que permitam analisar os fluxos relativos ao investimento. 3.4 Turismo Não existem dados disponíveis que permitam analisar os fluxos relativos aos turistas. 4. Relações Internacionais e Regionais A Jordânia integra, entre outros organismos, o Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico em África (BADEA), o Banco para o Desenvolvimento Islâmico (BDI), o Fundo Árabe para o Desenvolvimento Económico e Social (FADES), o Fundo Monetário Árabe (FMA), a Organização das Nações Unidas (ONU) e suas agências especializadas, de entre as quais se destaca o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI). É membro da Organização Mundial do Comércio (OMC) desde 11 de Abril de 2000. Ao nível regional, este país faz parte, da Liga dos Estados Árabes (LEA), mais conhecida por Liga Árabe, instituída em 22 de Março de 1945 com o objectivo de estreitar a cooperação nos domínios económico, financeiro e comercial entre os países membros e mediar eventuais disputas entre eles. A Liga conta actualmente com vinte e dois membros e tem estatuto de observador na Assembleia-Geral das Nações Unidas. A Jordânia estabeleceu vários acordos de livre comércio dos quais se destacam, pela sua importância: O Acordo de Agadir, em vigor desde 27 de Março de 2007, que cria uma Zona de Comércio Livre entre o Egipto, a Jordânia, Marrocos e a Tunísia, com o objectivo de dinamizar o processo de integração económica sub-regional “sul-sul”. O Acordo Panárabe de Livre Comércio – PAFTA (Pan-Arab-Free Trade Area), também conhecido por GAFTA (Greater Arab Free Trade Area) assinado em Fevereiro de 1997, por iniciativa da Liga Árabe, e que visa facilitar e desenvolver o comércio entre países árabes, eliminando as barreiras aduaneiras e técnicas nas respectivas trocas comerciais. 15 aicep Portugal Global Jordânia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) Por sua vez, as relações comerciais da Jordânia com a União Europeia processam-se no âmbito do Acordo de Associação Euromediterrânico, assinado em 24 de Novembro de 1997 e em vigor desde 1 de Maio de 2002, que estabelece a liberalização comercial recíproca, através da criação progressiva de uma Zona de Comércio Livre durante um período transitório com uma duração máxima de 12 anos, a contar da data de entrada em vigor do Acordo. Para além da livre circulação de mercadorias, o Acordo define, também, disposições relativas: ao direito de estabelecimento e prestação de serviços; aos pagamentos e movimentos de capitais; à cooperação económica, regional, industrial, social e cultural, científica, técnica e tecnológica; entre outras. Os interessados podem obter mais informações sobre o relacionamento bilateral UE /Jordânia na página do Portal Europa em: http://ec.europa.eu/external_relations/jordan/index_en.htm 5. Condições Legais de Acesso ao Mercado 5.1 Regime Geral de Importação Com a adesão da Jordânia à OMC este país liberalizou a sua política de comércio externo, implementando alterações significativas ao nível legislativo e regulamentar, com o objectivo de eliminar barreiras e obstáculos existentes na salvaguarda e protecção da sua produção nacional, nomeadamente, grande parte dos contingentes sobre a entrada de produtos. No entanto, o regime de importação estabelece, ainda, determinadas restrições/proibições: Produtos sujeitos a entrada restrita que necessitam de ser acompanhados de licenças prévias de importação (a emitir por parte dos organismos competentes locais) – ex.: animais vivos; carne fresca, congelada ou refrigerada; produtos hortícolas; aditivos alimentares; leite para crianças; brinquedos; armas e munições; qualquer tipo de explosivos; materiais radioactivos e urânio; descodificadores e receptores de satélite; telefones móveis; fotocopiadoras a cores; medicamentos; produtos químicos; e equipamentos de telecomunicações. Mercadorias de importação proibida – Resíduos de plástico, veículos de turismo que utilizem outro combustível que não gasolina, veículos de transporte antigos (com mais de 10 anos), drogas, brinquedos no formato de pistola, foguetes e outros artifícios de pirotecnia. Importa também referir que a importação de produtos de origem sanitária ou fitossanitária está sujeita ao cumprimento de medidas de controlo e inspecção (ex.: análise; verificação de requisitos de qualidade; e realização de operações de quarentena) por parte de serviços do Ministério da Agricultura. 16 aicep Portugal Global Jordânia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) No que respeita à normalização ou regulamentação técnica de produtos, cabe ao Jordan Institution for Standards and Metrology (http://www.jism.gov.jo) elaborar, implementar e fiscalizar a sua aplicação, nomeadamente no que respeita à observância de regras de rotulagem. Assim, os bens alimentares, medicamentos, produtos químicos, entre outros, quando importados na Jordânia, devem apresentar rótulos contendo informação sobre o país de origem, a identificação do fabricante, a composição do produto, a data de fabricação, as marcas utilizadas, etc. A rotulagem deverá estar redigida em árabe e inglês. A classificação dos produtos na Pauta Aduaneira segue a Nomenclatura Combinada do Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias (SH), sendo a maioria dos direitos alfandegários calculada numa base “ad valorem” sobre o valor CIF das mercadorias. Com base no Acordo de Associação assinado com a UE, é concedido um regime preferencial na importação de mercadorias comunitárias na Jordânia, ao abrigo do qual os produtos se encontram isentos ou sujeitos a reduções do pagamento de direitos aduaneiros. Para beneficiar deste regime preferencial, os bens originários dos Estados-membros da UE devem ser acompanhados de um Certificado de Circulação EUR. 1, visado pelas autoridades aduaneiras do país de proveniência, a fim de atestar a origem comunitária das mercadorias. A este propósito importa referir que os direitos alfandegários têm sofrido um decréscimo progressivo no contexto das negociações com a OMC, embora para certos produtos ainda se apliquem tarifas muito elevadas (ex.: bebidas e tabaco). Para além das imposições alfandegárias (quando têm lugar) as mercadorias importadas estão ainda submetidas ao pagamento de um Imposto Geral sobre Vendas (General Sales Tax), correspondente ao IVA, que apresenta uma taxa normal no valor de 16% e uma taxa reduzida de 4%. Por sua vez, alguns produtos como o tabaco e seus derivados, as bebidas alcoólicas, os telemóveis, os materiais de construção e o ouro em bruto estão também sujeitos a impostos especiais de consumo. Os interessados podem consultar na página web «Market Access Database», da responsabilidade da União Europeia – http://mkaccdb.eu.int (clicar em «Applied Tariffs Database») a pauta aduaneira da Jordânia, seleccionando o produto. A maioria dos negócios é realizada através da negociação de cartas de crédito irrevogáveis e confirmadas, procedimento particularmente aconselhável no caso das empresas que realizam transacções comerciais com a Jordânia pela primeira vez. 17 aicep Portugal Global Jordânia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) 5.2 Regime de Investimento Estrangeiro Com vista a tornar o país mais atractivo ao promotor externo, a Jordânia desenvolveu, desde 1995, um amplo processo de reformas legislativas. O quadro jurídico do investimento estrangeiro consubstanciase na Lei n.º 16, de 1995, com as alterações posteriores, nomeadamente a Lei n.º 68, de 2003. Ao investidor externo é assegurado, nomeadamente: A igualdade de tratamento entre investidores nacionais e estrangeiros, podendo estes últimos deter 100% do capital de empresas a constituir, com algumas excepções. A livre repatriação do capital, lucros e dividendos, assim como dos rendimentos resultantes da liquidação dos investimentos. Um quadro jurídico estável, onde não é permitida a expropriação dos projectos, salvo quando há interesse público e mediante pagamento da devida compensação financeira. O acesso a um conjunto diversificado de apoios fiscais e aduaneiros aos projectos. O recurso ao Center for the Settlement of Investment Disputes, para dirimir conflitos entre os promotores estrangeiros e o Governo ou autoridades jordanas. Não obstante o regime liberal estabelecido, a Norma n.º 54, de 2000, estabelece algumas restrições ao investidor externo no que respeita à detenção da propriedade de empresas em certos sectores de actividade. Assim, este não pode deter mais de 50% do capital nas seguintes actividades comerciais (ex.: compra e venda de bens móveis para posterior comercialização ou arrendamento; comércio por grosso e a retalho; importação e exportação e distribuição de bens e serviços) e nos seguintes serviços (ex.: engenharia; construção civil; agentes comerciais e intermediários de seguros; publicidade; restauração; agências de viagem; e vários serviços de transporte). Aos promotores estrangeiros está vedado o desenvolvimento de projectos nos sectores dos transportes rodoviário de passageiros e de mercadorias, a actividade de extracção de pedra e outros materiais de construção, o exercício de serviços de segurança privada e a gestão aduaneira. A este propósito importa destacar que no âmbito do Acordo de Associação assinado com a UE, Título III – Direito de Estabelecimento e Prestação de Serviços –, a Jordânia (à semelhança da União Europeia em relação às empresas jordanas) concederá ao estabelecimento de sociedades, filiais e sucursais de sociedades comunitárias no seu território, um tratamento não menos favorável do que o concedido às suas sociedades. 18 aicep Portugal Global Jordânia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) Criado em 1995, o Jordan Investment Board (http://www.jordaninvestment.com/) é a agência encarregue de desenvolver medidas de apoio e implementar e executar políticas que visam atrair e promover o investimento estrangeiro no país. No que respeita aos incentivos e de acordo com o artigo 3º, da Lei n.º 16, de 1995, os sectores industrial, agrícola, hoteleiro, hospitalar, distribuição e transporte de águas e dos transportes marítimo e ferroviário (entre outros) são considerados prioritários podendo as empresas que desenvolvam projectos nestas áreas candidatar-se aos incentivos aí previstos. O referido diploma legal atribui apoios em função do grau de desenvolvimento da região onde se pretende realizar o projecto de investimento, estabelecendo 3 zonas – A, B e C. Assim, os projectos poderão beneficiar de uma isenção parcial (por um período de 10 anos) do Imposto sobre o Rendimento das Sociedades e sobre os descontos para a Segurança Social nos seguintes termos: 25% (Zona A), 50% (Zona B); e 75% (Zona C). No caso de se verificar um aumento da actividade da empresa ou do respectivo capital poderão ser atribuídas isenções mais significativas. Em casos especiais, e sempre que exista interesse nacional, o Conselho de Ministros tem poderes discricionários para decidir (a título casuístico) disponibilizar incentivos, garantias e outros benefícios adicionais a determinados projectos considerados relevantes. Com o objectivo de atrair investimento estrangeiro a Jordânia criou, desde 1984, um conjunto de Zonas Francas (públicas e privadas) que concedem vantagens fiscais especiais às empresas aí localizadas (isenção de Imposto sobre o Rendimento das Sociedades, isenções aduaneiras e dispensa de licença de construção e instalação). A entidade responsável pela gestão e promoção destas áreas é a JFZC – Jordanian Free Zones Corporation (http://www.free-zones.gov.jo/english/default.aspx). O Governo desenvolveu, ainda, Zonas Industriais visando facilitar o estabelecimento das empresas através da atribuição de diversas ajudas. O organismo encarregue da promoção de terrenos industriais é a JIEC – Jordan Industrial Estates Corporation (http://www.jiec.com/j2ee/servlet/CommandControllerServlet?formAction=HomePage&homeLang=0). Ainda neste contexto, e num futuro próximo, as referidas entidades Jordanian Free Zones Corporation e Jordan Industrial Estates Corporation deverão ser objecto de fusão. Importa, também, destacar a criação de Zonas Industriais Qualificadas (QIZ), que constituem áreas industriais designadas pelas autoridades jordanas e israelitas e aprovadas pelo Governo dos EUA, que permitem a exportação de produtos, directamente para o mercado norte-americano, isenta de direitos aduaneiros e de quotas. A UE está a negociar com a Jordânia um esquema similar ao das QIZ, com incidência particular no sector dos serviços. 19 aicep Portugal Global Jordânia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) De referir, finalmente, que entre Portugal e a Jordânia foi assinado, em Março de 2009, um Acordo de Promoção e Protecção Recíproca de Investimentos que ainda não está em vigor. 5.3 Quadro Legal Regime de Importação Commercial Agents and Intermediates Law n.º 28, de 2001 – Regulamenta a actividade dos agentes comerciais. Import and Export Law n.º 21, de 2001 – Estabelece o regime legal das importações e exportações. Custom Law n.º 20, de 1998 – Define o Código Aduaneiro. Commercial Law n.º 12, de 1996 – Aprova o Código Comercial. Regime de Investimento Estrangeiro Competition Law n.º 33, de 2004 – Implementa regras para a prevenir práticas de concorrência comercial desleal. Social Security Law n.º 19, de 2001 – Regula o Sistema Geral de Segurança dos trabalhadores. Regulation n.º 54, de 2000 – Define limites à participação do investimento externo em determinados sectores de actividade (de acordo com o artigo n.º 24, da Lei n.º 16/1995). Company Law n.º 22, de 1997 – Estabelece o regime jurídico das sociedades comerciais. Labor Law n.º 8, de 1996 – Regula o Código Laboral e as relações de trabalho. Investment Promotion Law n.º 16, de 1995 (com alterações posteriores, nomeadamente a Lei n.º 67/2003) – Define o quadro legal de promoção do investimento. General Sales Tax Law n.º 6, de 1994 (com alterações posteriores) – Aprova o Imposto Geral sobre Vendas. Free Zones Corporation Law n.º 32, de 1984 – Aprova a criação da Free Zones Corporation, entidade responsável pela dinamização de zonas francas no país (licenciamento, registo, etc.) com vista a atrair capital estrangeiro, na forma de investimento, nas diferentes actividades económicas. 20 aicep Portugal Global Jordânia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) Acordo Relevante Decisão do Conselho n.º 2002/357/EC, de 26 de Março de 2002 (JO L n.º 129, de 15 de Maio de 2002) – Relativa à celebração do Acordo Euromediterrânico que cria uma Associação entre as Comunidades Europeias e os seus Estados-membros, por um lado, e o Reino Hachemita da Jordânia, por outro. Para mais informação legislativa sobre mercados externos, consulte o Site da aicep Portugal Global em: 6. Informações Úteis Formalidades na Entrada É necessário um visto de entrada, que deverá ser obtido antes de partir, numa Embaixada jordana. À saída do país tem de pagar uma taxa em dinares. Para os turistas que pretendam visitar outros países na região, é indispensável estar munido, antes da partida, de um visto para esses países. Regra geral, as Embaixadas destes países em Amã recusam emitir vistos a cidadãos não residentes. Os viajantes vindos de Israel e que desejem entrar na Síria serão impedidos de o fazer se no seu passaporte tiveram carimbos de entrada e saída de Israel. Os viajantes devem pois solicitar às autoridades israelitas de colocar o carimbo numa folha separada. (Estas informação e outras pode ser visualizadas no site http://www.secomunidades.pt/web/guest/listapaises/JO. Riscos de Crédito e Caução e do Investimento Nacional no Estrangeiro A COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, S.A. gere, por conta do Estado português, a garantia de cobertura de riscos de crédito e caução e do investimento nacional no estrangeiro, originados por factos de natureza política, monetária e catastrófica. No contexto das Políticas de Cobertura para Mercados de Destino das Exportações Portuguesas, apólice individual, a cobertura para o mercado da Jordânia é a seguinte (Novembro de 2009): Curto prazo: Caso a caso. Médio/longo prazo: Caso a caso numa base restritiva. Indicações mais pormenorizadas sobre políticas e condições de cobertura podem ser obtidas junto da Direcção Internacional da COSEC. 21 aicep Portugal Global Jordânia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) Hora Local: + 2 horas GMT Horários de Funcionamento Serviços Públicos: 8h30 – 15h00 Bancos: 8h30 – 15h00 Lojas e Centros Comerciais: 9h00 – 20h00 Feriados Nacionais: 1 de Janeiro Ano Novo 1 de Maio – Dia do trabalhador 25 de Maio – Dia da Independência 25 de Dezembro – Dia de Natal Feriados e Festas Religiosas: Dos feriados e festas religiosas existentes, destacam-se as seguintes: Ano novo Islâmico (17 de Dezembro em 2009) Nascimento do Profeta (8 de Março em 2009) Eid Al Fitr – Festa que marca o fim do jejum do Ramadão – Festa que se prolonga por vários dias. (18, 19 e 21 de Setembro em 2009) Eid Al-Adha - Festa do sacrifício ou submissão, é o feriado mais importante do Islão. (27, 28 e 29 de Novembro em 2009) Todas as festividades religiosas estão determinadas, a partir do calendário lunar. Os meses lunares têm 28 dias pelo que é necessário ter atenção na fixação das mesmas no calendário solar. Corrente Eléctrica: 220 Volts AC, 50 Hz Pesos e Medidas: É utilizado o sistema métrico e outras medidas locais 22 aicep Portugal Global Jordânia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) 7. Endereços Diversos Em Portugal aicep Portugal Global O’ Porto Bessa Leite Complex Rua António Bessa Leite, 1430, 2.º 4150-074 Porto Tel.: 22-6055300 | Fax: 22-6055399 E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt aicep Portugal Global Av. 5 de Outubro, 101 1050-051 Lisboa Tel.: 21-7909500 | Fax: 21-7909581 E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt Embaixada do Reino Hachemita da Jordânia* 80, Boulevard Maurice-Barrès 92200 Neuilly-sur-Seine Tel.: + 33 1 55 62 00 00 | Fax+ 33 1 55 62 00 09 E-mail: [email protected] (*) Corpo Diplomático acreditado em Portugal, pelo que qualquer assunto deverá que venha a ser necessário deverá ser tratado junto desta embaixada em França. Consulado Honorário em Lisboa (Sr. José Correia) Tel.: 21 382 67 10 | Fax. 21 382 67 19 Câmara de Comércio e Industria Árabe – Portuguesa (Arab-Portuguese Chamber of Commerce and Industry) Avenida Fontes Pereira de Melo, n.º 19, 8º 1050-116 Lisboa, Portugal Tel.: 00351 213 138 100 | Fax: 00351 213 138 109 E-mail: [email protected] | http://www.cciap.pt COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, SA Direcção Internacional Av. da República, 58 1069-057 Lisboa Tel.: (+351) 217 913 821 | Fax: (+351) 217 913 839 E-mail: [email protected] | http://www.cosec.pt 23 aicep Portugal Global Jordânia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo Rua da Alfândega, n.º 5 1149-006 Lisboa Tel.: (+351) 218 813 700 | Fax: (+351) 218 813 818 http://www.dgaiec.min-financas.pt Na Jordânia Embaixada de Portugal no Cairo* El Saleh Ayoub Street Nr. 1, 3rd fllor,ap. 31 Zamalek-Cairo-Egypt - Egipto Tel.: 002 027 350 779 / 735 07 81 | Fax: 002 735 07 99 / 002 027 350 790 E-mail: [email protected] (*) Não existe representação diplomática portuguesa na Jordânia, sendo os assuntos deste país acompanhados pela Embaixada de Portugal no Cairo. Jordan Chamber of Commerce P.O.Box 1800 Amman 11118 Tel.: 962- 6- 5665492 | 962-6-5685997 E-mail: [email protected] | http://www.jocc.org.jo/index_en.php The Amman Chamber of Industry (ACI) Zahran Street - Jabal Amman Amman - Jordan Tel.: ++962 6 4643001 | Fax: ++962 6 4647852 Email : [email protected] | http://www.aci.org.jo/development/en/index.php The Amman Chamber of Commerce P.O.Box 287, Amman 11118-Jordan Tel.: 962 6 5666151-4 | Fax 962 6 5666155 E-mail: [email protected] | http://www.ammanchamber.org.jo 24 aicep Portugal Global Jordânia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) 8. Fontes de Informação 8.1 Informação Online aicep Portugal Global Documentos Específicos sobre a Jordânia Título: “Jordânia – Dossier Especial” Edição: 01/2008 Título: “Jordânia – Condições Legais de Acesso ao Mercado” Edição: 01/2008 Documentos de Natureza Geral Título: “Apoios Financeiros à Internacionalização – Guia Prático” Edição: 11/2009 Título: “Aspectos a Acautelar num Processo de IDPE” Edição: 04/2009 Título: “Marcas e Desenhos ou Modelos – Regimes de Protecção” Edição: 02/2009 Título: “Acordos Bilaterais Celebrados por Portugal” Edição: 01/2009 Título: “Normalização e Certificação” Edição: 11/2008 Título: “Como Participar em Feiras nos Mercados Externos” Edição: 08/2008 Título: “Seguros de Créditos à Exportação” Edição: 06/2008 Título: “Seguro de Investimento Directo Português no Estrangeiro” Edição: 06/2008 Título: “Guia do Exportador” Edição: 02/2008 25 aicep Portugal Global Jordânia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) Título: “Dupla Tributação Internacional” Edição: 12/2004 Título: “A Internacionalização das Marcas Portuguesas Através do Franchising” Edição: 11/2004 Título: “Pagamentos Internacionais” Edição: 06/2004 A Informação On-line pode ser consultada no site da aicep Portugal Global, na Livraria Digital em – http://www.portugalglobal.pt/PT/Biblioteca/Paginas/Homepage.aspx 8.2. Endereços de Internet Amman Chamber of Industry (ACI) – http://www.aci.org.jo/development/en/index.php Central Bank of Jordan (CBJ) – http://www.cbj.gov.jo/ Department of Statistics (DOS) – http://www.dos.gov.jo/dos_home/dos_home_e/main/index.htm Development and Employment Fund (DEF) – http://www.def.gov.jo/Web/Default.aspx?Lng=1 Jordan Chamber of Commerce – http://www.jocc.org.jo/index_en.php Jordan Customs – http://www.customs.gov.jo/English/default.shtm Jordan Income & Sales Tax Department – http://www.incometax.gov.jo/IncomeTax/Home/En_Index.aspx Jordan Industrial Estates Corporation (JIEC) – http://www.jiec.com/j2ee/servlet/CommandControllerServlet?formAction=HomePage&homeLang=0 Jordan Institution for Standards and Metrology (JISM) – http://www.jism.gov.jo/ Jordan Investment Board (JIB) – http://www.jordaninvestment.com/ Jordanian Free Zones Corporation (JFZC) – http://www.free-zones.gov.jo/english/default.aspx Ministry of Finance – http://www.mof.gov.jo/mofen/Home/tabid/36/Default.aspx 26 aicep Portugal Global Jordânia – Ficha de Mercado (Novembro 2009) Ministry of Foreign Affairs – http://www.mfa.gov.jo/wps/portal/FMEnglishSite?myId=1 Ministry of Industry and Trade – http://www.mit.gov.jo/Default.aspx?tabid=36 National Information System (NIS) – http://www.nis.gov.jo/NIS-EN/index_e.htm National Information Technology Center (NITC) – http://www.nitc.gov.jo/En/ Ministry of Labour – http://www.mol.gov.jo/default.aspx?tabid=175 Ministry of Planning and International Cooperation – http://www.mop.gov.jo/ Ministry of Tourism and Antiquities – http://www.tourism.jo/inside/Main.asp Social Security Corporation (SSC) – http://www.ssc.gov.jo/english/index.php 27 Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. – Av. 5 de Outubro, 101, 1050-051 LISBOA Tel. Lisboa: + 351 217 909 500 Contact Centre: 808 214 214 [email protected] www.portugalglobal.pt Capital Social – 110 milhões de Euros • Matrícula CRC Porto Nº 1 • NIPC 506 320 120
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