o rio grande canta o cooperativismo ELEGE VENCEDORES

Transcrição

o rio grande canta o cooperativismo ELEGE VENCEDORES
jornal do COOPERATIVISMO GAÚCHO - ano 34 - número 983 - novembro de 2007
o rio grande canta o cooperativismo
ELEGE VENCEDORES
RAMOS DISCUTEM
A INTERCOOPERAÇÃO
LEGISLAÇÃO COOPERATIVA
É TEMA DE EVENTO
SEMINÁRIO REÚNE
COMUNICADORES
Propostas concretas de intercooperação foram apresentadas por cooperativas de todos os
ramos, no Encontro de Ramos do Cooperativismo
Gaúcho. O evento integrou cooperativas de todo
o Estado.
Mais de 200 advogados e contadores de cooperativas gaúchas participaram do Seminário Jurídico
Contábil Cooperativo. O encontro proporcionou
aprendizado e atualização dos aspectos jurídicos
do cooperativismo.
O Seminário Estadual de Comunicação
Cooperativa contou com a participação de assessores de comunicação do RS. Foram dois dias de
trocas de experiências, onde os comunicadores
assistiram a oficinas e palestras.
Páginas 4 a 6
Páginas 8 e 9
Páginas 20 a 23
apresentação
2
novembro de 2007
editorial
A edição do jornal O Interior de novembro
é especial. As 24 páginas da publicação trarão a cobertura completa dos eventos promovidos pelo Sistema OCERGS-SESCOOP/RS,
que movimentaram o cooperativismo gaúcho.
Nova Petrópolis, o berço do cooperativismo
de Crédito na América Latina, foi escolhida
como sede de três eventos do mês.
O maior deles, o Festival O Rio Grande
Canta o Cooperativismo elegeu as músicas
que melhor uniram o cooperativismo e
a cultura gaúcha, em uma grande festa.
Você poderá aprender as letras de todas
as canções que participaram da etapa final
e ver a opinião de jurados e autoridades a
respeito do evento.
Ainda em Nova Petrópolis, cooperativas
de todo o Estado participaram do Encontro
de Ramos do Cooperativismo Gaúcho. A
ocasião proporcionou a proposição e a
exposição de idéias concretas de intercooperação. O município sediou também o
Seminário Jurídico Contábil Cooperativo,
que reuniu advogados e contadores das
cooperativas, em dois dias de evento. A
cidade foi, ainda, cenário da Assembléia
Geral da OCERGS e da assinatura do Termo
de Cooperação Técnica entre o Sistema
OCERGS-SESCOOP/RS e a FAMURS.
De volta a Porto Alegre, a sede do
Sistema OCERGS-SESCOOP/RS reuniu
comunicadores no Seminário Estadual de
Comunicação Cooperativa. A ocasião contou
com a presença e a contribuição daqueles
que são responsáveis pela divulgação das
ações das cooperativas gaúchas e auxiliam
com a produção do jornal O Interior.
Boa Leitura!
expediente
O Interior é uma publicação do Serviço Nacional de Aprendizagem
do Cooperativismo do Estado do Rio Grande do Sul - SESCOOP/RS
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Jornalista responsável: Andrelise Daltoé 9928 DRT/RS
Convênio: SESCOOP/RS e Fundação de Cooperação para
o desenvolvimento Cultural - Funcoop
ar tigo
o rio grande canta o
COOPERATIVISMO
O Festival O Rio Grande Canta o Cooperativismo está sendo uma das melhores experiências de educação
não formal da ciência cooperativa. Nem sempre, as práticas pedagógicas convencionais motivam suficientemente as pessoas a saírem de suas casas para buscar novos conhecimentos. As pessoas que trabalharam
o dia todo, e que no período da noite vão freqüentar um curso em sala de aula com o processo pedagógico
vigente, logo tem rendimento abaixo do desajado.
A proposta do festival O RIO GRANDE CANTA O COOPERATIVISMO, desde os primeiros momentos quando
da elaboração do projeto, fomos solicitados, pelo presidente Vergilio Perius, que esse evento deveria ter o caráter
de educação extra sala de aula, dizia o presidente, da possibilidade em que através de uma música apenas, se
chegasse a mais pessoas do que as que estiveram em suas aulas de cooperativismo durante mais de 30 anos
de atividade como professor universitário.
O que tivemos, de fato, foi um evento cultural da maior grandeza, com obras de excelente qualidade literária
e muito bem musicadas. Os talentos artísticos das cooperativas estabelecidas no Rio Grande do Sul, de certa
forma, nos surpreenderam positivamente, pois compor música com temas abertos já é missão para poucos, e
se for com temática restrita, aumenta consideravelmente o grau de dificuldade para os compositores. Porém,
as músicas apresentadas têm um primor muito além do que podíamos esperar de um primeiro Festival que,
entendemos, talvez não tenha sido divulgado no meio artístico de forma tão contundente, principalmente pela
nossa inexperiência com projetos desta magnitude.
As cooperativas também tiveram um papel fundamental para o
sucesso do Festival, o envolvimento delas junto à suas comunidades
não poderia ser melhor, foi uma doação por inteiro, reuniões de muita
energia onde eram definidas as estratégias para o bom andamento
do Festival. Não vamos mencionar o nome das cooperativas, pois
por um lapso poderíamos esquecer de alguma, o que seria de
uma notável injustiça. Da mesma forma, vamos nos preservar de
mencionar nomes para não incorrermos na mesma possibilidade,
mas podemos afirmar que as ações desenvolvidas pelas pessoas
das cooperativas, do presidente ao contínuo, todos foram de grande
valia e sem elas o Festival não teria o mesmo brilho.
A equipe de funcionários do Sistema OCERGS-SESCOOP/RS
também teve o mérito pelo bom desempenho de suas funções, já que
todos os departamentos foram envolvidos de uma forma ou de outra
em algum momento, para execução de ações relativas á realização
do Festival. Ficou demonstrada mais uma vez a competência desta
equipe em “fazer junto”, característica da prática cooperativa, esta
José Zigomar Vieira dos Santos
casa deu exemplo.
Destaque-se também o apoio que tivemos da presidência e da superintendência do Sistema, em todos os
momentos, mesmo nos percalços inesperados, deles recebemos toda a atenção e o apoio, gestos tão importantes
e necessários para o bom andamento do processo.
Quanto ao Festival, estamos neste momento com o CD em produção, e logo estaremos disponibilizando as
obras gravadas em CD e DVD, para que possam ser tocadas em todas as querências de nosso Estado e quem
sabe, em outras querências do Brasil. Todo o Festival foi produzido e executado de forma profissionalizada,
toda a parte técnica foi contratada com a exigência dos melhores projetos culturais, desde o corpo de jurados,
a coordenação de palco, os equipamentos, som, luz, tudo foi concebido com a observância nos preceitos
da qualidade total e as imperfeições eventualmente ocorridas não tiveram destaque ao ponto de interferir no
resultado final dos objetivos propostos pelo projeto. Os eventos foram literalmente shows, as apresentações
artísticas estiveram à altura de grandes acontecimentos culturais, mas não podemos deixar de observar também
a participação do público, que lotou os salões onde estava sendo realizado o Festival, onde estavam famílias,
adultos, jovens e crianças numa demonstração de plena alegria e felicidade.
José Zigomar Vieira dos Santos
Responsável pela organização do Rio Grande Canta o Cooperativismo
ENCONTRO REÚNE
ramos do cooperativismo gaúcho
O Encontro de Ramos do Cooperativismo Gaúcho foi promovido pelo
Sistema OCERGS-SESCOOP/RS, no dia
23 de novembro. O evento reuniu cerca
de 100 representantes dos 13 ramos do
cooperativismo do Estado, no Centro de
Eventos de Nova Petrópolis. A abertura
foi realizada pelo presidente do Sistema,
Vergilio Perius. “Não é possível sermos
competitivos para o mundo se não praticarmos a cooperação internamente”.
Participaram da abertura do evento,
ainda, o vice-presidente do BRDE
Francisco Turra, o secretário executivo
da Secretaria de Relações Institucionais
do Estado, Lino Hamann, representando
o secretário de Relações Institucionais
do governo do Estado e presidente do
Conselho Estadual de Cooperativismo,
Celso Bernardi, o presidente do SICREDI
Pioneira RS, Édio Spier e o presidente
da Cooperativa Agropecuária Petrópolis
Ltda. (PIÁ), Vitor Afonso Grins.
A programação iniciou com a
apresentação do Portal de Produtos e
Negócios do Cooperativismo Gaúcho
– uma nova ferramenta virtual a serviço
da intercooperação, realizada pelo
superintendente do Sistema OCERGSSESCOOP/RS, Luisiano Meneghetti.
“A idéia inicial é organizarmos um
catálogo eletrônico, disponibilizando
Presidente Vergilio Perius ressaltou a importância da intercooperação
um espaço a mais para divulgação
de produtos das cooperativas, além
de outros serviços”. Os presentes
responderam a um questionário e
com base nos resultados o setor de
informática começará a trabalhar no
projeto para 2008.
A primeira palestra, Motivação para
a Cooperação e Intercooperação, foi ministrada pelo vice-presidente do grupo
Tevah, bacharel em Administração de
Empresas, especialista em Gestão de
Equipes, Eduardo Tevah. O palestrante
motivou os participantes, e ressaltou
a importância da intercooperação e da
divulgação das idéias do cooperativismo para garantir o sucesso das sociedades. “O cooperativismo tem poder
para ser o negócio do milênio, desde
que as pessoas saibam vender essa
idéia”, afirmou. Tevah acrescentou,
ainda, que a melhor maneira de buscar
novos negócios é intercooperar.
A tarde iniciou com a palavra do
superintendente técnico da Organização
das Cooperativas Brasileiras (OCB),
Ramon Belisário. “O desafio é transformar o discurso da intercooperação
em prática, para garantir eficiência econômica e eficácia social. Intercooperar
solidifica a teia em rede, nos leva a inovar”, ressaltou. Em seguida, os ramos
do cooperativismo foram divididos em
grupos, para avaliar as decisões do XIII
Seminário do Cooperativismo de 2006,
definir as ações de intercooperação a
serem realizadas no próximo ano e dar
sugestões sobre o Seminário Gaúcho de
Cooperativismo, que ocorre em 2008.
ENCERRAMENTO
“Vamos tentar construir o cooperativismo que precisamos, temos uma grande
caminhada, mas faremos isso juntos”, disse o presidente do Sistema OCERGSSESCOOP/RS, Vergilio Perius, no encerramento do Encontro. O secretário de
Relações Institucionais do Estado, Celso Bernardi, ressaltou que os princípios
do cooperativismo devem servir de exemplo para toda a sociedade. “Vamos
intensificar nosso trabalho no governo do Estado, para que seja do tamanho e
da qualidade do sistema cooperativista do Rio Grande do Sul”, afirmou.
De acordo com o coordenador da Frente Parlamentar de Apoio ao
Cooperativismo da Assembléia Legislativa, deputado Giovani Cherini, é preciso
defender o cooperativismo e trabalhar as lacunas que a atividade ainda possui
através de debates e diálogo. “Hoje temos um cooperativismo vivo, com a
participação de todos. O movimento vivo é fundamental para a construção do
sistema cooperativista”, salientou.
O superintendente técnico da Organização das Cooperativas Brasileiras
(OCB), Ramon Belisário, parabenizou o trabalho desenvolvido no Encontro e
a forma com que o cooperativismo é tratado no Rio Grande do Sul. “É muito
importante saber que o Estado tem o olho no cooperativismo e o cooperativismo
é pró-ativo nas preocupações do Estado”, finalizou.
Participaram do encerramento do evento, ainda, o superintendente do
Sistema OCERGS-SESCOOP/RS, Luisiano Meneghetti, e o gerente jurídico
do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul
(OCERGS), Mario De Conto.
Meneghetti: portal de produtos e negócios
Belisário: intercooperação em prática
Motivação para a cooperação
Bernardi: cooperativismo é exemplo
3
encontro dos ramos
novembro de 2007
reunião de grupos
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novembro de 2007
ramos propõem idéias de
Uma das atividades do Encontro de Ramos
do Cooperativismo Gaúcho foi reunir cada
ramo em grupos, para que sugestões que
possam contribuir na prática da intercooperação fossem elaboradas e apresentadas. A
atividade incluiu, ainda, a avaliação de ações
que foram realizadas em 2007, com base nas
decisões do XIII Seminário do Cooperativismo
de 2006, e a proposição de sugestões para o
Seminário Gaúcho de Cooperativismo, que
ocorre em 2008.
TRANSPORTE
De acordo com o relator do ramo Transporte,
presidente da Câmara Temática de Transporte
In ternacional (CTTI) e da Cooperativa de
Transportadores Rodoviários Nacionais e Internacionais Ltda. (COOTRANSUL), Abel Paré, em
2007, foram realizadas ações conjuntas entre
as cooperativas de transporte internacional
para tratar de problemas com o Mercosul.
Reuniões junto à ANTT e a criação e trabalho
desenvolvido na CTTI também foram algumas
das ações citadas.
Paré ressaltou que, embora as cooperativas
de Transporte estejam motivadas com a intercooperação, ainda existem algumas dificuldades,
como a ausência da materialização deste princípio. Segundo ele, o ramo Transporte reivindica
a abertura dos outros ramos, pois evidencia
casos de autônomos associados a cooperativas
transportando para outros ramos na posição
de subcontratados de empresas de transporte.
“Muitas cooperativas são cooperativistas do
portão para dentro, do portão para fora são
mercado”, acrescentou.
O ramo Transporte afirmou que necessita de
crédito e serviços bancários, que poderiam ser
disponibilizados pelas cooperativas de Crédito;
seguro de vida e plano de saúde, advindos do
ramo Saúde; treinamento a motoristas, das cooperativas de Educação; moradia para associados, motoristas e familiares, do ramo Habitação,
entre outros. O ramo ofereceu, ainda, seus
serviços de transporte, armazenagem e distribuição às cooperativas dos ramos Agropecuário,
Consumo, Habitacional, Mineração, Turismo,
Lazer e Florestal.
O grupo sugeriu que o Seminário de Cooperativismo de 2008 seja realizado em Santa Maria,
Cruz Alta, Passo Fundo ou Erechim.
O grupo Transporte apontou as dificuldades para a prática
da intercooperação e sugeriu a abertura de todos os ramos
AGROPECUÁRIO
Intercooperação como diferencial na competitividade
das cooperativas foi destacada pelo ramo Infra-estrutura
INFRA-ESTRUTURA
A intercooperação deve produzir diferenciais
competitivos que se traduzam em crescimento
lucrativo dos negócios, retorno dos capitais
investidos, geração de caixa positivo e aumento
da participação no mercado das cooperativas,
visando melhorar a unidade econômica de seus
associados. Essa foi a idéia central apresentada
pelo relator do ramo Infra-estrutura, consultor
técnico da Cooperativa Regional de Eletrificação
Teutônia (CERTEL), José Guillermo Torreblanca
Cabrera, que sugeriu a implementação de
um projeto de Desenvolvimento do Sistema
Cooperativista Gaúcho, em parceria com o
Sistema OCERGS-SESCOOP/RS.
O grupo propôs estratégias de intercooperação. Dentro do ramo Infra-estrutura, algumas delas já estão em andamento, como o
processo de regulamentação, a padronização
das operações do setor elétrico e cursos de formação técnica. Com relação aos outros ramos,
Cabrera indicou, em nome do grupo, a geração
de energia para cooperativas Agropecuárias,
com recursos financeiros de cooperativas de
Crédito; a disposição de planos de saúde pelo
Sistema UNIMED; material de construção, do
ramo Habitacional; serviços de transporte na
distribuição de mercadorias para a rede de
lojas, com as cooperativas de Transporte; e o
fornecimento de arroz pelo ramo Consumo.
O ramo Infra-estrutura recomendou que o
Seminário de Cooperativismo seja realizado
até setembro de 2008, em Caxias do Sul. O
evento pode abordar a autogestão, mas dando
continuidade ao tema da intercooperação.
A valorização dos produtos vindos de cooperativas foi uma
das propostas do ramo Agropecuário
A priorização em todos os ramos da utilização dos serviços e produtos vindos das
cooperativas foi o ponto destacado pelo
grupo Agropecuário. O ramo apresentou os
en contros realizados pela Federação das
Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande
do Sul (FECOAGRO) em 2007, em Chuí e
Santa Maria, como estratégias de intercooperação. O relator do grupo, gerente geral da
Cooperativa Agrícola Mista Lagoense Ltda.
(CAMILA), Jucimar da Silveira, também
sugeriu a organização do ramo para tornar
públicos os problemas internos, buscando
respaldo para se exigir medidas que coíbam
crimes, como contrabando, mistura e má qualidade de produtos, entre outros. “Precisamos
deixar o preconceito de lado e sentar para
conversar com grupos organizados, como
as cooperativas surgidas de assentamentos,
pois possuímos enormes restrições a elas,
sendo que poderemos fazer novos negócios”,
acrescentou ainda, em nome do grupo.
Entre as metas do ramo para 2008, está o
apoio para a criação, implantação e aplicação
de uma Câmara ou Juizado Arbitral, com poderes para a normatização e punição das entidades que não praticarem a intercooperação e
a recíproca cooperação nas várias atividades
desenvolvidas dentro do setor cooperativista.
O ramo citou a implantação do Projeto do Leite
INTERCOOPERAÇÃO
por parte da Cooperativa Central Gaúcha de
Leite Ltda. (CCGL), em Cruz Alta, como uma
proposta de intercooperação. O grupo propôs
também a criação de uma “Massa Crítica”, um
grupo de pessoas que pense, sugira e critique
medidas para o enfrentamento das mudanças
de mercado.
O ramo Agropecuário sugeriu que o Seminário
de Cooperativismo de 2008 seja realizado em
Cruz Alta, Santa Maria ou Uruguaiana. A data
proposta foi a segunda quinzena de maio ou
a primeira quinzena de junho. Os temas que
podem ser tratados são a intercooperação e o
meio ambiente.
CRÉDITO
O ramo Crédito sugeriu diversas formas de
troca de serviços entre os ramos. Segundo o
relator do grupo, gerente regional do SICREDI
Pioneira RS, Marcio Port, as cooperativas de
Crédito poderiam disponibilizar um portfólio
de produtos (empréstimos, aplicações, cobrança, consórcio, seguros, conta-corrente,
entre outros) e financiamento de insumos
para o ramo Agropecuário. Para intercooperar
com o ramo Social, o ramo Crédito propôs a
aquisição de produtos elaborados pelas cooperativas sociais. O grupo ofereceu, também,
o financiamento de lotes e infra-estrutura para
cooperativas Habitacionais e financiamento
de projetos de expansão para o ramo Infra-estrutura. O ramo Crédito sugeriu a contratação
de serviços de cooperativas de Trabalho,
Transporte e Turismo e Lazer.
De acordo com o grupo, o ramo Educacional
poderia elaborar projetos pedagógicos, de
formação e capacitação de associados e colaboradores das cooperativas de Crédito. O ramo
Infra-estrutura poderia fornecer energia elétrica
e o ramo Saúde poderia disponibilizar planos de
saúde. Para a intercooperação dentro do ramo
Crédito, o grupo sugere empréstimo a associados de cooperativas com limites operacionais
baixos, entre outras ações.
Nova Petrópolis, Ijuí ou Pelotas são as
su gestões do grupo para o Seminário de
Cooperativismo de 2008. O período pode ser em
outubro e o tema, governança cooperativa.
O Crédito propôs diversas formas de intercooperação
entre todos os ramos
HABITACIONAL
A capacitação é oferecida aos ramos pelo grupo Educacional
EDUCACIONAL
O conhecimento das cooperativas de
Educação de cada região foi evidenciado
pela relatora do grupo Educacional, presidente da Cooperativa dos Profissionais em
Educação do Estado do Rio Grande do Sul
(COEDUCARS), Ubiracy Barbosa Ávila. O
grupo destacou que pode capacitar diversos
ramos, como Agropecuário, Crédito, Infra-estrutura, Mineração, Produção, Saúde, Trabalho,
Transporte, Turismo e Lazer e Florestal. Segundo
Ubiracy, para que a intercooperação com o ramo
Educacional aconteça, é fundamental que se
incentive o estudo das crianças em escolas
cooperativistas.
Além disso, o ramo Educacional pode
integrar as cooperativas do ramo Habitacional,
bem como do ramo Consumo, promovendo
o incentivo dos associados, além de oferecer
oficinas de artes e teatro para cooperativas do
ramo Social. O grupo Educacional se dispôs
a utilizar os serviços de Crédito, Especial ou
Social, Habitacional, Infra-estrutura, Mineração,
Produção, Saúde, Trabalho, Transporte, Turismo
e Lazer e Florestal.
Empreendedorismo e ética foram os temas
sugeridos para o Seminário de Cooperativismo.
A data proposta foi entre o final do primeiro
semestre de 2008 e início do segundo. O
local do evento pode ser Porto Alegre ou Nova
Petrópolis.
O grupo Habitacional sugeriu mais encontros dentro do próprio ramo
O ramo Habitacional propôs a realização
de encontros das cooperativas Habitacionais
de todo o Estado, para que seja realizada, de
fato, uma troca de experiências e fomentada a
intercooperação. De acordo com o relator do
grupo, presidente do Sistema Multiplicador
de Habitação Cooperativa Ltda. (SIMACOOP),
Irineu Judá Vanzin Bortolini, outra sugestão
para intercooperar é a criação de Centrais
Regionais para facilitar as reuniões regulares
das cooperativas. O ramo propôs que seja
gerenciada, junto ao Estado, a disponibilização
de imóveis possíveis de habitação como contrapartida ou moeda de troca com proprietários
de áreas passíveis de caráter popular. O ramo
sugeriu ao Sistema OCERGS-SESCOOP/RS
que elabore a Certificação Técnica das
Cooperativas Habitacionais e forme e patrocine
uma Equipe Técnica para organizar, definir e
encaminhar projetos junto aos órgãos municipais, estaduais e federais.
O ramo destacou que as cooperativas
Agropecuárias poderiam fornecer alimentos
diretamente aos associados, minimizando
custos. Da mesma forma, as cooperativas de
Consumo poderiam disponibilizar remédios
aos associados do ramo Habitacional; o ramo
Educacional, ensino e pesquisas; o ramo Saúde,
planos médicos; as cooperativas de Trabalho,
mão de obra; o ramo Transporte, serviços de
transporte; e as cooperativas de Turismo e Lazer,
excursões; entre outras ações.
Segundo o grupo, o XIV Seminário de
Cooperativismo pode acontecer em outubro
de 2008, na cidade de Erechim. O tema sugerido foi a intercooperação com motivação
ou o empreendedorismo cooperativo.
5
reunião de grupos
novembro de 2007
reunião de grupos
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novembro de 2007
MINERAÇÃO
Educação, formação e informação foram
os pontos considerados fundamentais para
alavancar o cooperativismo Mineral. O relator
do grupo, geólogo e responsável técnico
da Cooperativa Mineração de São Marcos
(COOPERMISAM), Nestor José Scalabrin,
sugeriu que o Sistema OCERGS-SESCOOP/RS
realize uma edição do Curso de Mineração
Cooperativa, compreendendo, inclusive, as
cooperativas sem registro na OCERGS. Propôs
a promoção de eventos para divulgar novas
tecnologias de minerais com profissionais
cooperados, a criação e implantação do “Banco
Ambiental do Cooperativismo” no Sistema
OCERGS-SESCOOP/RS e a criação do Portal
de Intercooperação.
O grupo ofertou a todos os ramos os
produtos minerais das cooperativas do ramo
- basalto, argilas, calcário, pedras preciosas e
areias, por exemplo. O ramo solicitou convênios
de assistência médica com cooperativas de
Saúde e apoio educacional com as cooperativas Educacionais. Sugeriu, também, ações
de intercooperação com o ramo Habitacional,
através de casa própria para cooperados e outras
construções; com cooperativas de Crédito, para
financiar projetos de mineração; fornecimento
de alimentos do ramo Agropecuário; transporte
das cooperativas de Transporte e energia para as
jazidas, do ramo Infra-estrutura. “Acreditamos
na intercooperação, na união do cooperativismo
e precisamos que essa palavra seja efetivada
realmente em cada cooperativa do Estado”,
disse Scalabrin.
A segunda quinzena de julho de 2008 foi a
época proposta para a realização do Seminário
de Cooperativismo. Os locais sugeridos foram
Nova Petrópolis ou Caxias do Sul e o tema,
planejamento estratégico.
Cada participante do grupo fez um relato
sobre as iniciativas de intercooperação que já
realiza. Sobre o Seminário de Cooperativismo
de 2008, o ramo sugeriu a realização em
Santana do Livramento, no final de julho. O tema
proposto foi a intercooperação e apresentação
de cases de sucesso.
TRABALHO
A educação das cooperativas foi destaque do grupo Mineração
O grupo Saúde sugeriu a intercooperação dentro do próprio ramo
SAÚDE
O ramo Saúde apontou as principais dificuldades que encontra para praticar a intercooperação. Entre os pontos destacados pelo relator
do grupo, o diretor-presidente da UNIODONTO
Porto Alegre, Gilberto Marques Nunes, estão o
desconhecimento das atividades e a competição entre as cooperativas dentro do próprio
ramo. Como sugestões para melhorar este
quadro, o grupo ressaltou a possibilidade de
uma maior fiscalização por parte do Sistema
OCERGS-SESCOOP/RS e a instituição de um
Selo de Qualidade.
Segundo a relatora do grupo Trabalho,
diretora da Cooperativa Riograndense de Eletricidade Ltda. (COORECE), Maria da Graça
Tovo Loureiro, todos os outros ramos devem
realizar ações para priorizar a intercooperação,
como divulgar e conscientizar o uso de produtos de cooperativas, não apoiar instituições
que se mostrem contrárias ao cooperativismo
de Trabalho e acolher, efetivamente, o ramo
Trabalho para a prática da intercooperação.
O grupo apresentou também os serviços
das cooperativas e ações que podem realizar.
O ramo Trabalho manifestou interesse em produtos de todos os ramos, como Agropecuário,
Consumo, Infra-estrutura, Produção, Crédito,
Social e Florestal. Foi sugerida a realização
de convênios com as cooperativas dos ramos
Educacional, Habitacional, Transporte e Turismo
e Lazer. Outra ação possível apresentada foi a
realização de um convênio com o ramo Saúde,
para propor campanhas de conscientização de
prevenção ao álcool, drogas e tabagismo, além
de planos de saúde.
O ramo Trabalho sugeriu também que o
Catálogo Eletrônico proposto pelo Sistema
OCERGS-SESCOOP/RS insira o currículo dos
cooperativistas de Trabalho. O XIV Seminário
do Cooperativismo, de acordo com o grupo,
pode ser realizado em Porto Alegre, em outubro
de 2008, com o tema Educação Cooperativa,
reforçando a identidade cooperativa frente à
globalização.
DEMAIS RAMOS
Ações de intercooperação que podem ser realizadas por todos os
ramos foram apresentadas pelo grupo Trabalho
Os ramos Produção, Social e Especial,
Consumo, Turismo e Lazer não tiveram representantes durante o Encontro de Ramos do
Cooperativismo Gaúcho. O ramo Florestal não
apresentou suas idéias de intercooperação
durante o evento, por ser um grupo em formação e não existir ainda dentro do sistema
cooperativista, mas enviou ao Sistema OCERGSSESCOOP/RS suas sugestões para a prática da
intercooperação.
OCERGS REALIZA
assembléia geral
No dia 23 de novembro, durante o Encontro de
Ramos do Cooperativismo Gaúcho, o Sindicato e
Organização das Cooperativas do Estado do Rio
Grande do Sul (OCERGS) realizou sua Assembléia
Geral. Estavam presentes na ocasião, o presidente
do Sistema OCERGS-SESCOOP/RS, Vergilio Perius;
o superintendente técnico da Organização das
Cooperativas Brasileiras (OCB), Ramon Belisário; o
secretário de Relações Institucionais, Celso Bernardi;
o coordenador da Frente Parlamentar de Apoio ao
Assembléia Geral da OCERGS aprovou Plano de Trabalho e Orçamento de 2008
Cooperativismo da Assembléia Legislativa, deputado Giovani Cherini; o superintendente do Sistema
OCERGS-SESCOOP/RS, Luisiano Meneghetti e o
gerente jurídico da OCERGS, Mario De Conto.
A Assembléia Geral da OCERGS aprovou, por
unanimidade, o Plano de Trabalho para 2008, que
incluiu medidas como o encaminhamento do registro
da Escola Superior de Cooperativismo (ESCOOP) no
Ministério de Educação, que vai fortalecer o sistema
cooperativista. “Queremos ser fiéis ao que vocês
desenharam em prol do cooperativismo gaúcho”,
afirmou Perius aos presentes.
Perius sugeriu aos representantes de diversos ramos
do cooperativismo o apoio às cooperativas de Trabalho.
“Queremos manifestar o apoio global de todos os
ramos às cooperativas de Trabalho como instrumento
de geração de trabalho e renda, e que correm riscos
de deixarem de existir”, ressaltou. O apoio foi aprovado
pelos participantes da Assembléia Geral. O Orçamento
da OCERGS, apresentado pelo superintendente do
Sistema OCERGS-SESCOOP/RS, Luisiano Meneghetti,
também foi aprovado por unanimidade.
parceria entre sistema OCERGS-SESCOOP/RS
e famurs beneficia cooperativas de trabalho
Mais de 100 mil associados em cooperativas gaúchas serão beneficiados
com o Termo de Cooperação Técnica
que foi assinado pelo Sistema OCERGSSESCOOP/RS com a Federação das
Associações dos Municípios do Rio
Grande do Sul (FAMURS). As duas
entidades firmaram a parceria no dia
23 de novembro, em Nova Petrópolis,
durante o Encontro dos Ramos do
Cooperativismo Gaúcho. A iniciativa
permitirá que as cooperativas do ramo
Trabalho registradas no Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do
Rio Grande do Sul (OCERGS) possam
participar de licitações nas prefeituras
de todo o Estado.
“O convênio dá confiabilidade ao
sistema cooperativista e segurança de um trabalho de qualidade às
prefeituras”, garantiu o presidente
do Sistema OCERGS-SESCOOP/RS,
Vergilio Perius. Segundo ele, a medida
permitirá ainda que as cooperativas
registradas na OCERGS sejam valorizadas. “Poderemos indicar aos prefeitos
as cooperativas de mais qualidade e
punir as irregulares, as afastando das
prefeituras. Assim, as administrações
municipais não terão prejuízos em seu
trabalho”, explicou.
Para o presidente da FAMURS e
prefeito de Victor Graeff, Flávio Lammel,
o Termo de Cooperação Técnica benificiará os municípios. “As cooperativas
de Trabalho registradas na OCERGS
poderão prestar serviços às prefeituras
gaúchas, dando a garantia de um serviço de qualidade aos gestores públicos
municipais”, ressaltou.
O vice-presidente do Sistema
OCERGS-SESCOOP/RS, Irno Augusto
Pretto, o gerente jurídico do Sistema
OCERGS-SESCOOP/RS, Mario De
Conto, e representantes dos ramos do
cooperativismo gaúcho também participaram do ato de assinatura.
A assinatura do Termo de Cooperação Técnica beneficiará mais de 100 mil pessoas
"O convênio dá
confiabilidade
ao sistema
cooperativista
e segurança às
prefeituras..."
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sistema OCERGS- SESCOOP/RS
novembro de 2007
seminário jurídico
8
novembro de 2007
SEMINÁRIO JURÍDICO CONTÁBIL
Nos dias 22 e 23 de novembro,
Nova Petrópolis foi sede do Seminário
Jurídico Contábil Cooperativo. O presidente da Fundação Escola Superior de
Direito Tributário (FESDT), Júlio César
Linck, fez a abertura do evento, que contou com a participação de mais de 200
advogados e contadores das cooperativas do Estado. “Organizamos o evento
para uma discussão e problematização
séria acerca do cooperativismo”.
O prefeito de Nova Petropólis, Luiz
Irineu Schenkel, deu as boas vindas
dizendo que o município é o mais
cooperativo do Brasil. Já o presidente
do Sistema OCERGS-SESCOOP/RS,
Vergilio Perius, iniciou sua fala destacando os papéis fundamentais que exercem
os advogados e os contadores em uma
sociedade cooperativa. “Quando uma
cooperativa começa a se encaminhar
através desses dois profissionais ela se
diferencia, demonstrando transparência”. Perius também lembrou a história
do cooperativismo: “Graças à contabilidade dos padres jesuítas é que se tem o
cooperativismo como é hoje”.
Também fizeram parte da mesa o
secretário executivo da Secretaria de
Relações Institucionais do Estado, Lino
Hamann, representando o secretário
de Relações Institucionais do Governo
do Estado e presidente do Conselho
Estadual de Cooperativismo, Celso
Bernardi, e o presidente da SICREDI
Pioneira RS, Édio Spier.
O advogado e contador Gilmar
Wisnievski apresentou o primeiro painel, coordenado pelo superintendente
Na abertura, Perius destacou o papel fundamental dos advogados e contadores
do Sistema OCERGS-SESCOOP/RS,
Luisiano Meneghetti. Ele tratou do
Panorama Contábil e Tributário das
Cooperativas e falou sobre questões
específicas relacionadas à Lei 5764/71,
que diz respeito à escrituração contábil
do Ato Cooperativo. Ainda fizeram parte
do painel os debatedores Maurício
Barchet, presidente da Associação dos
Contadores das Cooperativas do Estado,
e o contador Moacir Bergmann.
Após o intervalo, os advogados
tributaristas e membros do FESDT,
Fábio Canazaro e Rafael Nichele, Gilmar Wisnievski apresentou o primeiro painel
falaram sobre a despersonalização
das cooperativas e a descaracterização dos atos ou negócios jurídicos,
para fins tributários. Eles abordaram
também responsabilidade tributária
dos administradores e associados nas
sociedades cooperativas.
LEI COMPLEMENTAR COOPERATIVISTA
E NOTA FISCAL ELETRÔNICA
No segundo dia do Seminário (23/11),
o primeiro painel abordou as agências
reguladoras e seus limites de atuação
junto às cooperativas. O advogado cooperativista e membro da FESDT, Marco
Túlio de Rose, o vice-presidente do
SICREDI, Ênio Meinen, que também
é membro da FESDT, o presidente da
COPREL Cooperativa de Energia e da
Confederação Nacional das Cooperativas
de Infra-Estrutura (INFRACOOP), Jânio
Vital Stefanello, e o gerente jurídico do
Sistema OCERGS-SESCOOP/RS, Mário
de Conto, apresentaram questões específicas sobre o tema.
“Com o paradigma instituído pela
Constituição Federal de 1988, para-
lelamente à vedação da intervenção
estatal no funcionamento de cooperativas, o que se tem percebido é
o aumento gradativo das formas de
regulação por parte do Estado”, explicou o gerente jurídico do Sistema
OCERGS-SESCOOP/RS, Mário De
Conto. Ainda em sua explanação De
Conto destacou que os problemas enfrentados se devem ao fato de que os
normativos aplicados por tais agências
reguladoras não consideram o regime
jurídico das sociedades cooperativas.
“Nesses termos, está no papel das
entidades representativas a busca do
reconhecimento das peculiaridades
das sociedades cooperativas sujeitas
Os advogados tributaristas, falaram sobre a despersonalização das cooperativas
O evento foi uma parceria entre a FESDT e o Sistema OCERGS-SESCOOP/RS
reúne mais de 200 profissionais
à regulação estatal, além da garantia de
que as mesmas possam exercer suas
atividades, conservando suas características inerentes”, destacou.
Ainda durante a manhã, o segundo
painel tratou da Nota Fiscal Eletrônica
(NF-e) e as implicações na atividade
cooperativa. Falaram sobre a NF-e,
o diretor administrativo da Dimed,
Roberto Coimbra Santos e o fiscal da
Receita Estadual e líder do projeto da
NF-e, Geraldo Scheibler, foram os
responsáveis pelo painel, coordenado
pelo presidente do Conselho Curador
da FESDT, Luiz Antônio Bins. O diretor
da Dimed relatou o case da empresa
pioneira no Brasil a adotar NF-e e
destacou a gestão do ex-diretor da
Receita Pública Estadual do Rio
Grande do Sul, Luiz Antônio Bins,
que, no governo anterior, instituiu esta
mo dernização tributária no Estado.
Segundo ele, a Dimed emite hoje 200
mil notas fiscais ao mês.
A NF-e ainda não é uma realidade
das cooperativas. De acordo com o
superintendente do Sistema OCERGSSESCOOP/RS, Luisiano Meneghetti,
a tendência é que as cooperativas,
principalmente de maior porte, façam a
adesão ao sistema eletrônico em breve.
“Os custos de impressão e armazenagem serão reduzidos, além da dispensa
de obrigações acessórias, como a
Autorização de Impressão de Documento
Fiscal (AIDF) e do livro fiscal”.
Na parte da tarde, o último painel
enfocou a lei complementar cooperativista - o estado atual e uma visão ideal.
O debate contou com a participação do
auditor fiscal da SRF/MF Pedro Einsten
dos Santos Anceles, do advogado tributarista Paulo Caliendo e do presidente
do Sistema OCERGS-SESCOOP/RS,
Vergilio Perius. Conforme Anceles,
é preciso instituir o regime jurídico
das sociedades cooperativas, adequando o tratamento tributário ao Ato
Cooperativo.
Já Perius, que não concorda com a
criação de uma nova Lei Cooperativa,
enfatizou que o tratamento tributário
proposto pelo Ato Cooperativo específico para cada ramo, além de não
contemplar todos, implicaria no engessamento das atuais atividades das
cooperativas.
O evento foi uma parceria entre
a Fundação Escola Superior de Direito Tributário (FESDT) e o Sistema
OCERGS-SESCOOP/RS.
Painel abordou as agências reguladoras e seus limites de atuação junto às cooperativas
O diretor administrativo da Dimed, Roberto Coimbra Santos e o fiscal Estadual e
líder do projeto da NF-e, Geraldo Scheibler
Advogados e Contadores acompanharam os dois dias de Seminário
O último painel enfocou a lei complementar cooperativista
“Organizamos
o evento
para uma
discussão e
problematização
séria acerca do
cooperativismo”
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seminário jurídico
novembro de 2007
festival
10 novembro de 2007
o rio grande canta o cooperativismo
A música Parceria, de
Rodrigo Bauer e Sabani
Felipe de Souza, do
SICREDI Santa Maria, foi
a grande vencedora
do Rio Grande Canta
o Cooperativismo. A
etapa final aconteceu
no dia 23 de novembro, em Nova Petrópolis.
O Festival de música promovido pelo
Sistema OCERGS-SESCOOP/RS reuniu
cerca de 2,2 mil pessoas no Centro de
Eventos do município. O público presente
conheceu as 12 composições finalistas
e as vencedoras. Além disso, assistiu ao show
de Rui Biriva e, ainda, à declamação da poesia
Pajada do Cooperativismo, de Jayme Caetano
Braun, por Pedro Júnior Lemos, ao som do violão
de Clenio Bibiano da Rosa.
“A partir de hoje, nossa forma de ensinar
o cooperativismo será pela música”, disse o
presidente do Sistema OCERGS-SESCOOP/RS,
Vergilio Perius, durante a abertura do evento.
Perius lamentou que todas as músicas apresentadas nas quatro etapas não pudessem estar
presentes, considerando a qualidade das canções
participantes do Festival. O prefeito de Nova
Petrópolis deu boas vindas aos participantes.
“Nada melhor que a terra onde o cooperativismo
é vivido no dia-a-dia para se realizar o encerramento deste grande Festival”, acrescentou. O
secretário de Relações Institucionais do governo
do Estado, Celso Bernardi, cumprimentou a
todos em nome da governadora Yeda Crusius.
“Parabéns ao Sistema OCERGS-SESCOOP/RS
pela iniciativa, pelo dinamismo e beleza deste
trabalho”, ressaltou.
O Rio Grande Canta o Cooperativismo teve
como objetivo valorizar e promover o cooperativismo através da musica gaúcha, com a
participação de compositores, músicos e intérpretes do Rio Grande do Sul. As 12 músicas que
concorreram à etapa final foram selecionadas em
três eliminatórias.
ETAPAS ELIMINATÓRIAS
Quando a gente Sonha Junto, do
SICREDI Santa Maria e SICREDI São Luiz
Gonzaga; A Flor da Força Humana, do
SICREDI Santa Maria; Aos Braços do
Futuro, do SICREDI Farroupilha e
Parceria, do SICREDI Santa Maria,
foram as primeiras músicas selecionadas, na etapa que ocorreu
em 18 de agosto, em Farroupilha.
A noite do evento reuniu um cerca
de 1,8 mil pessoas. A abertura dessa
Autoridades durante a abertura do Festival
etapa foi realizada pela Banda Municipal e o encerramento com o show de Mano Lima.
A segunda eliminatória reuniu, no dia 29 de
setembro, mais de mil pessoas em Santo Ângelo.
Na Força da União, da COOPATRIGO; Asas de
Amplidão, do SICREDI Vale do Camaquã; Parceiro
no Cooperativismo, do SICREDI Ijuí e Searas de
Liberdade, da COTRISA e UNIMED Santa Maria
foram as canções selecionadas nessa etapa.O público presente se emocionou com a apresentação
do grupo Jerojy Guarani, composto por famílias
de descendência indígena, e assistiu ao show de
Jorge Freitas e o grupo Bem Missioneiro.
Já a última etapa, em Pelotas, que aconteceu
no dia 20 de outubro, selecionou Rio Grande
Cooperativo,do SICREDI Novo Hamburgo;
Cooperativa Esperança,do SICREDI Pelotas;
“Danke” Padre Theodor, do SICREDI Pioneira/
Novo Hamburgo e Conjugando Sonhos, do
SICREDI Santa Maria. Mais de 1,2 mil pessoas
participaram do evento e puderam assistir ao
show de Joca Martins.
Os jurados do evento cantaram o Hino Rio-Grandense
O público participante cantou ao som de Rui Biriva
novembro de 2007
festival
ELEGE VENCEDORES
VENCEDORAS
1º lugar: Parceria
Rodrigo Bauer/ Sabani Felipe de Souza –
SICREDI Santa Maria
Premiação: R$ 5 mil e Troféu
Melhor instrumentista:“Danke”, Padre Theodor
SICREDI Pioneira/ Novo Hamburgo - Gabriel Pellizzario
Premiação: R$ 2 mil e Troféu
Melhor melodia: Parceria
SICREDI Santa Maria - Sabani Felipe de Souza
Premiação: R$ 2 mil e Troféu
2º lugar: Asas de Amplidão
Carlos Omar Villela Gomes e Erlon Péricles/
Cristiano Quevedo – SICREDI Vale do Camaquã
Premiação: R$ 4 mil e Troféu
Melhor intérprete: Parceria
SICREDI Santa Maria - Leonardo Paim
Premiação: R$ 2 mil e Troféu
Melhor arranjo: Parceria
SICREDI Santa Maria - Sabani Felipe de Souza
Premiação: R$ 1 mil e Troféu
3º lugar: Na Força da União
João Antunes e João Ribeiro/
Nilton Ferreira Correa - COOPATRIGO
Premiação: R$ 3 mil e Troféu
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Melhor letra: Parceria
SICREDI Santa Maria - Rodrigo Bauer
Premiação: R$ 2,5 mil e Troféu
Música mais popular: Na Força da União
João Antunes e João Ribeiro/ Nilton Ferreira Correa
- COOPATRIGO
Premiação: R$ 2 mil e Troféu
festival
12 novembro de 2007
CANÇÕES DA ETAPA FINAL
Todas as canções participantes da etapa final farão parte do CD e do DVD do evento,
e seus compositores receberam R$ 1,5 mil.
A flor da força humana
SICREDI Santa Maria
Letra: Máximo Cirano Fortes
Música: Antônio Carlos Brum da Silva
Aos Braços do Futuro
SICREDI Farroupilha
Letra: Priscila Campeol e Carlos Omar Villela Gomes
Música: Piero Enero
Asas de Amplidão
SICREDI Vale do Camaquã
Letra: Carlos Omar Villela Gomes
Música: Erlon Péricles e Cristiano Quevedo
Somar esforços produz
A força de quem se ajunta,
E olhando além do horizonte
Sempre haverá uma ponte
Pra muita gente cruzar,
E receber do destino
Caminhos largos de andar.
Estende a mão, empresta força!
Quem abre a alma coopera!
Quem vive bem não muda,
Não deixa um rancho tapera!
Trabalho sempre é trabalho,
Desde o arado à medicina
E à flor da força humana
Que a luz do amor ilumina.
Essa semente pede a seiva das aguadas,
Essas estradas pedem passos junto aos meus
À luz de um sonho que se torna realidade
À luz de um povo que plantou o que colheu.
Pelas lavouras, pelo gado que procria,
Pela saúde, pelo pão de todos nós
Pelos amigos que dão crédito a estes dias
Temos certeza de que não estamos sós.
Nosso Rio Grande Hnão é grande por acaso,
Mas com certeza há de ser muito maior
Todo este povo construindo de mãos dadas,
A parceria dando força para o suor!
E cooperando rumo aos braços do futuro,
Em nossos braços um destino bem melhor
Nosso Rio Grande não é grande por acaso,
Mas com certeza há de ser muito maior!
Temos orgulho do trabalho e da família,
Valorizamos nosso lar e nossa união
Trazemos, juntos, a coragem farroupilha,
Mas nossas armas são de paz e construção.
E enquanto o sonho desbravar, com seus repontes,
Novos caminhos de fartura nos desertos
Todos, unidos, beberemos dessa fonte
Pois cooperando o horizonte é bem mais perto!
Este meu lar não foi erguido por lamentos
Nem este pão que tenho à mesa foi doado:
Minha família tem saúde, tem sustento,
E braços firmes de empunhar rédea e arado.
Fica mais fácil pra quem não está sozinho
Mesmo debaixo dos piores temporais,
Seguir em frente e encontrar novos caminhos,
Buscando a força que floriu entre os espinhos
Pois cooperando todos nós somos iguais.
Cooperativo é o migrar das andorinhas
Quando sozinhas não têm sede de amplidão
Mas quando unidas ganham céus e liberdade
Pois somam forças pra encontrar o seu verão!
E essa força vem do ventre desta terra,
Vem do trabalho, estrutura e produção
A educação dando seu crédito a esta gente
Que sabe e sente o futuro em suas mãos.
A sociedade bebe a seiva deste sonho
Um manancial inesgotável de civismo
A nossa pátria não precisa de retovo
Mas sim da essência mais altiva deste povo
Passos unidos pelo cooperativismo!
Cooperativa Esperança
SICREDI Pelotas
Letra: Carlos Eugênio Costa da Silva
Música: Emerson de Souza Santos e Tiago Guerreiro
Conjugando Sonhos
SICREDI Santa Maria
Letra: Máximo Cirano Fortes
Música: Luiz Carlos Ranoff
Eu...
Tu...
Ele...
Nós, Vós, Eles
Conjugando certo o verbo cooperar.
Eu...
Tu...
Nós, Vós, Eles
No ‘modo’ gaúcho de agir e conquistar.
Me dê a mão...
Venha comigo,
Não há fronteiras pra quem sabe caminhar
Escolha o grão... Prepare o chão,
Se a terra é boa basta apenas semear.
Toda idéia... É uma semente...
Que só germina pelas vergas do civismo.
E é por isso, que no Rio Grande
Da leiva bruta vinga o cooperativismo.
Se dois pinheiros são preciso pra dar frutos
A natureza já nos deu demonstração:
Somando força é mais fácil de vencer,
E encher de sonhos o celeiro-coração.
Mira o exemplo... Voa no tempo...
É centenária, missionária a lição.
Padre Teodoro... falou que a pedra:
Só se arreda com a força da união.
Pra bem viver... Diz o saber...
Que é necessário repartir para somar.
E que o futuro, é mais seguro
Pra quem na vida aprendeu a comungar.
Binurei me chama a Sônia
que é filha da Dona Antônia.
Convida o Adamastor
que é consciente agricultor.
Não esquece, na passada
de gritar por Bastião
e pede pra ele “avisá”
a Alemoa e o Zé Gambá
que vai ter reunião.
Um amigo da cidade
me contou a novidade
de uma tal associação
sem empregado ou patrão.
Todo mundo é igual
e isso é o que me incentiva,
por isso fui lhes “chamá”
pra gente “organizá”
uma tal cooperativa.
“Bueno, o nome é bonito
que nem penca de petiço,
mas explique para a gente
o que é que vem a ser isso.”
É um grupo que porfia
lidando com a parceria,
trabalhando objetivos
pra tornar os sonhos vivos.
É uma irmandade fraterna
que faz planos em comum
e traz na alma os denodos
de saber que um por todos
é igual que todos por um.
“Foram momentos de integração cooperativa. Ensinamos a história, os princípios e
valores do cooperativismo através de uma prática
alternativa da pedagogia não formal, extra sala
de aula, além de uma oportunidade aos talentos
das nossas cooperativas. Precisamos reconhecer
o empenho de gaúchos e gaúchas na realização
deste Festival. Cooperativas de todos os ramos,
de todos os lugares, trabalhando juntos, lado a
lado, cada uma com suas vocações e características próprias, unidas pelo mesmo objetivo,
colocando dessa forma, em prática, o verdadeiro
sentido da palavra intercooperação. Recebemos
88 músicas inéditas com o tema cooperativista.
O Rio Grande Canta o Cooperativismo proporcionou o ensinamento da essência do cooperativismo através da cultura musical gaúcha”.
Vergilio Perius
Presidente do Sistema OCERGS-SESCOOP/RS
Eu concorde. Eu também.
Quem coopera sempre alcança.
Então “ermãos” tá criada
a Cooperativa Esperança.
Binurei, me chama a Sõnia
com os produtos da colônia
e diz pro Adamastor
“grudá” a zorra no trator.
Diz pro Bastião é o Zé
“leva” licor de butiá.
Lemoa, faz “manepança”.
Cooperativa Esperança
tá chegando pra “ficar”.
“Esta é a história de muitos
que os caminhos percorreram,
e na força da parceria
se organizaram e venceram.
Iluminaram seus sonhos
com a harmonia, chama viva,
e colheram ESPERANÇA
semeando a COOPERATIVA”.
Lidando em parceria
quem coopera sempre alcança
então “ermãos” tá criada
Cooperativa Esperança.
13
festival
novembro de 2007
“O projeto O Rio Grande Canta o Cooperativismo é uma ação inovadora, promovida pela
unidade estadual do Rio Grande do Sul, que
valoriza a cultura regional e tem papel importante
no fortalecimento das ações de promoção social
do cooperativismo”.
Ramon Belisário
Superintendente Técnico do Sistema OCB
festival
14 novembro de 2007
“Danke”, Padre Theodor
SICREDI Pioneira/ Novo Hamburgo
Letra: José Henrique Rodrigues
Música: José Henrique Rodrigues e Raúl Quiroga
“Para Nova Petrópolis, foi uma honra e um
grande prazer receber a etapa final do Rio Grande
Canta o Cooperativismo. Além de ser o berço
do cooperativismo na América Latina, Nova
Petrópolis tem tradição na música através dos
corais que encantam e integram a comunidade,
que são mais de 60 coros. Sem dúvida foi o
melhor lugar para brindar este momento.
Uma cidade tipicamente alemã mostrou que
não faz distinção entre culturas ou tradições,
recebendo os tradicionalistas gaúchos e suas
belas composições de braços abertos e com a
hospitalidade que é destaque no Município.
Agradecemos e parabenizamos a escolha por
Nova Petrópolis. Foi um belíssimo evento”.
Luiz Irineu Schenkel
Prefeito de Nova Petrópolis
O meu canto associativo
Canta cooperativismo,
Canta o Rio Grande nativo,
Reportando campeirismo,
Onde cresce quem coopera
E aposta no nativismo,
Princípios desta querência
Com raízes no atavismo.
O ente cooperativo
Não seria diferente,
Porque não faltam motivos
Para o povo descendente:
Estes “alemães do Sul”
Semearam, no presente,
Valores dos ancestrais,
Colhidos antigamente.
Desde a paisagem serrana,
Numa canção de otimismo,
A minha terra se ufana
Por mais este pioneirismo:
O berço desta teoria
Que vence o capitalismo.
“Danke Schön, PaterTheodor”,
Por seu associativismo!
São os frutos desta crença
Que um padre ensinou pra gente
Para vencer desavenças
Nesta pátria continente
(São Pedro, Padroeiro),
Uniu crentes e descrentes,
Juntou colono e campeiro,
Em oração comovente.
“Gostaria de parabenizar o Sistema OCERGSSESCOOP/RS pela iniciativa de realizar um concurso de música gauchesca através do Rio Grande
Canta o Cooperativismo, pois mostrou o quanto
é importante unir a cultura do canto ao cooperativismo, como foi mostrado pelas 12 músicas
finalistas. Além disso, trouxe a finalíssima para
Nova Petrópolis, que é o berço do cooperativismo
e no ano do 40º aniversário da nossa Cooperativa
Piá. Parabéns, entendemos que este foi o primeiro,
e pelo sucesso deve ter continuidade”.
Vitor Affonso Grings
Presidente da Cooperativa PIÁ
Na força da União
COOPATRIGO
Letra: João Antunes e João Ribeiro
Música: Nilton Ferreira Correa
Cooperativismo aqui
Um dia chegou primeiro
Na pátria dos guaranis
Neste torrão missioneiro,
Muito antes que a idéia
Dos vinte e oito pioneiros
Tecelões de Rochdale
Ganhasse o mundo inteiro.
A terra, indústria mãe,
E o homem em persistência
Se assomaram em comunhão
Pras searas da querência
Onde enxada e arado,
No trabalho e braço forte,
Foram moldurando campos
No Brasil de sul a norte.
Uma varinha somente
Não tem tanta expressão
Um feixe é mais resistente
Em toda a sua dimensão;
Assim também são os homens
Quando eles se dão as mãos
Formando cooperativas
Tem-se a força da união!
A riqueza de um país
E o poder de uma nação
Na forma de ser feliz
Na melhor comparação:
Nunca residiu na guerra
Ou na força do canhão,
Mas na beleza em que encerra
De gerar seu vinho e pão.
E o homem só vai pra frente
No rumo dos seus primores
Na repartição consciente
De certos bens e valores
Quando plantam na essência,
Sementes da coesão
E colhe das experiências,
Frutos da cooperação!
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festival
novembro de 2007
Parceiro no Cooperativismo
SICREDI Ijuí
Letra: Carlos Alberto Dahmer
Música: Luis Carlos Jarutais
Parceria
SICREDI Santa Maria
Letra: Rodrigo Bauer
Música: Sabani Felipe de Souza
Ora verde, qual os teus olhos
Ou louro, igual aos teus cachos
Cooperação que germina
É sina, é terra, é vertente
De alma pura e cristalina
Espelho da nossa gente
União semente pra vida
É força é esperança
De uma colheita de sonhos
Nos olhos de uma criança
No braço de quem replanta
As grossas veias são vergas
E o suor produz o pão
Campeando um novo horizonte
Com sede de nova fronte
E os velhos calos nas mãos
O tempo que nos castiga
Também nos fará sorrir
E nosso caminho a certeza
Que juntos vamos servir
Os frutos maduros na mesa
Na hora de repartir
Um pai, no leito de morte, chamou seus filhos um dia...
E a todos falou da força que habita na parceria!
“Eu quero ver dois gravetos com cada um de vocês!”
E os filhos foram em busca, sem entender o porquê...
“Para nós da SICREDI Pioneira foi motivo de
muita honra, alegria e orgulho sediar a etapa final
do Festival O Rio Grande Canta o Cooperativismo,
que aconteceu no dia 23 de novembro. O público
presente, mais de 1.800 pessoas, vibrou intensamente, aplaudindo as músicas, os intérpretes e os
conjuntos instrumentais que os acompanhavam.
Parabéns aos grandes compositores e cantores
que participaram do evento, e à grande campeã
da noite, a música “Parceria”, de Rodrigo Bauer
e Sabani Felipe de Souza, com interpretação de
Leonardo Paim. Este grande Festival valorizou e
disseminou de forma prazerosa o cooperativismo
e a cultura gaúcha para o Rio Grande. E deve
continuar por muitos anos pelo sucesso alcançado através das parcerias já na primeira edição.
Parabéns à OCERGS e ao SESCOOP!”
Édio Spier
Presidente da SICREDI Pioneira
Cada filho foi voltando com os dois gravetos falados...
O pai quebrava um deles e o outro deixava de lado...
Depois juntou os gravetos que ficaram sem quebrar
E fez um fixe com eles, depois se pôs a falar:
“Vejam só como os gravetos que eu forcei um por um
Quebraram tão facilmente, não se salvando nenhum!”
“Agora vejam o feixe que eu acabei de formar
Por mais que imprima força, jamais conseguirei
quebrar!”
“Assim é a vida, meus filhos! Sozinhos não somos nada!
Ficamos desprotegidos e enfraquecidos na estrada!”
“Porém unidos, por certo, juntando força, energia...
Irmãos que vão cooperados não temem o novo dia!”
É assim com planta e com bicho! Também é assim
com a gente...
Um boi se ataca sozinho, mas a tropa é diferente!
Cada um tem sua força, seu valor, sua magia...
Mas tudo se multiplica na essência da parceria!
Até pra fazer milongas, onde a querência está viva,
Existe a fusão de forças, a arte é cooperativa!
Seja no campo, nas ruas ou mesmo dentro de casa
Os homens voam unidos, são anjos de uma só asa.
“O Rio Grande Canta o Cooperativismo foi o
mais autêntico evento de exaltação ao cooperativismo, conseguindo de forma inédita agregar a
história e a cultura do Rio Grande, a importância
da união através das cooperativas.
A continuidade deste projeto é fundamental,
divulgando mais a participação para artistas e
público, valorizando a nossa cultura junto com o
cooperativismo. Certamente estaremos juntos em
2008 no 2º Rio Grande Canta o Cooperativismo”.
Paulo Pires
Presidente da Cooperativa Tritícola
Regional Sãoluizense Ltda. (COOPATRIGO)
festival
16 novembro de 2007
Quando a Gente Sonha Junto
SICREDI Santo Ângelo e SICREDI São Luiz Gonzaga
Letra: Robinson Borges Pires
Música: Erlon Péricles
Rio Grande Cooperativo
SICREDI Pioneira/ Novo Hamburgo
Letra: Alvandy Rodrigues
Música: Alvandy Rodrigues
Searas de Liberdade
COTRISA e SICREDI Santa Maria
Letra: Eron Carvalho
Música: Sérgio Rosa
Nossas raízes operárias de irmandade
Já vem do índio que povoou esses rincões,
E alicerçado pelo tino dos jesuítas
Pedra por pedra ergueu a saga das Missões.
Quando as carretas rangiam pelas coxilhas
Criando rumos e abrindo novas estradas,
Nossos gaúchos nunca afrouxaram a perna
Vergando cangas na dureza das quarteadas.
Nas marcações, comunhão bruta das tauras,
Corre o suor na ilhapa de cada laço...
Um peala, um aperta, o outro marca,
É o serviço do campeiro em seu compasso.
Tentos fortes, que traçados fazem laço,
Braço a braço, reforçados, mão amiga
Quando a gente sonha junto, a gente cresce,
E o sonho fortalece na união cooperativa.
É por isso que eu te ofereço meu braço
Pois somos parte da mesma comunhão,
Crescemos juntos, lado a lado, passo a passo,
Seguindo sempre a marca da cooperação.
Nossa vontade de crescer e andar pra frente
Nessa intenção de caminhar na mesma trilha,
Se fortalece os ideais da nossa gente
Somos mais fortes reunidos em família.
Cooperativo sentimento de irmandade
Identidade e valores em conjunto,
Para sonhar é necessário ter coragem
E é bem mais fácil quando a gente sonha junto.
Onde viveu um Osório,
Um soldado Farroupilha,
O povo ninguém encilha
Nem se rende a monopólios,
Porque outro “provisório”
Vai retomando as coxilhas.
É o meu cooperativismo,
Crioulo desta querência,
Arraigado na consciência
Do puro associativismo.
Neste meu canto nativo,
Pelo amor ao Rio Grande,
A minha alma se expande
Num verso cooperativo,
Humilde, porem altivo,
Para que nada desande
Na ganância exclusivista
(entre tantos paliativos)
e nem se torne cativo
do mundo capitalista.
União de campo e cidade,
Da produção e consumo,
Que vai mudando de rumo
Esta vida em sociedade,
Sem tocar na liberdade
Das lidas onde me aprumo.
Pra ficar no coração
Dos filhos da minha terra,
A idéia veio da serra
Num reponte de oração...
Vem das missões ancestrais
Nossas ânsias libertárias
As origens missionárias
De paz e fraternidade
Na alma de cada um
A mesma luta em comum
Na busca da liberdade.
Cooperação e progresso
Traduz a filosofia
Na mesma terra que um dia
Foi berço de pátria antiga
Nas missões imaculadas
Templo comum das patriadas
Que liberdade ainda abriga.
Justiça, paz e trabalho
Com liberdade e mais pão
Cada um com seus anseios
Seguindo a mesma missão
Num canto de alma serena
E velha Cruz de Lorena
Timbrada no coração.
Neste destino crioulo
Sigo aprimorando a existência
Nos caminhos da querência
Marcados de luta e guerra
Vou contemplando as distâncias
Qual o fortim de uma estância
Na defesa desta terra.
Hoje colhemos os frutos
No velho chão colorado
Honrando nosso passado
Que o tempo deixou pra traz
E o fruto deste atavismo
É o nosso cooperativismo
Numa seara de paz.
jurados comprovam a QUALIDADE do festival
O Festival O Rio Grande Canta o Cooperativismo contou com o auxílio e a experiência de cinco jurados, responsáveis
pela escolha das melhores canções. A Comissão Avaliadora recebeu músicas de compositores de letra e melodia de
todo o Estado e, na primeira triagem, selecionou 30 canções para participar das três etapas regionais. Desse número,
quatro foram escolhidas em cada fase do Festival, chegando às grandes vencedoras. Os jurados utilizaram três critérios
básicos para seleção: letra, música e interpretação, considerando o conjunto de cada obra.
Conheça os jurados do Rio Grande Canta o Cooperativismo e sua opinião sobre o Festival.
Profissionais com forte ligação com a música gaúcha elegeram
Os jurados analisaram letra, música e interpretação
as vencedoras do Festival
Jaime Brum Carlos
É compositor, atua como veterinário
na Secretaria Estadual da Agricultura.
Reside em Restinga Seca.
Maria Luíza Benitez
É cantora e radialista. Reside em Porto Alegre.
“O Festival O Rio Grande Canta o Cooperativismo
é uma bela iniciativa do Sistema OCERGS-SESCOOP/
RS! E que coisa melhor do que a música, que é a linguagem universal que une todas as tribos? Parabéns
a todos por proporcionarem a muitas pessoas a
oportunidade de conhecer, de uma maneira inteligente, o que é o cooperativismo. Onde há cultura
há paz e onde há paz, há cultura! Obrigada por me
proporcionar fazer parte desse grande projeto.”
Oscar dos Reis
É concertista e professor de música.
Reside em Caxias do Sul.
“O Festival é realmente um evento muito importante, sobretudo por se deslocar e oportunizar o
contato com diversas regiões. Isso faz com que O
Rio Grande Canta o Cooperativismo seja um festival
totalmente diferente, que não se realiza em um ponto
específico, mas em vários locais do Rio Grande do
Sul, proporcionando um intercâmbio cultural. Acho
fundamental que Porto Alegre seja sede de uma
etapa, no próximo Festival”.
Raul Amaral
É cantor e compositor, gerente da Cooperativa
Sulleite. Reside em Santa Vitória do Palmar.
“Foi uma excelente iniciativa, na questão de
fomentar o movimento nativista e principalmente
por essa idéia maravilhosa de divulgar o cooperativismo, as parcerias e o ativismo através
da cultura. O Festival foi uma idéia brilhante,
onde tivemos a oportunidade de conhecer o
cooperativismo dos livros e dos meios de comunicação impressa nos palcos, onde se atinge
um maior número de pessoas e, especialmente,
os jovens – e atingindo os jovens, há uma maior
multiplicação do sistema cooperativista. Tivemos
dificuldades em escolher as melhores músicas,
devido à qualidade das obras, dos músicos bem
ensaiados. As músicas foram escritas de forma
diferente, mas todas com qualidade semelhante.
Cumprimento também a equipe da organização do
evento e as pessoas que trabalharam no Festival,
foi uma união de esforços que deu certo”.
“O Festival teve uma importância muito grande,
primeiramente, na divulgação da filosofia cooperativista, não ficando o cooperativismo restrito aos
associados, mas sendo passado para as demais
pessoas que não tinham conhecimento dessa causa.
No aspecto do entretenimento, foi mais um espaço
que se abriu para a divulgação da música nativista,
enfocando não apenas o aspecto social, mas também o aspecto histórico e administrativo”.
Eraci Rocha
É músico, presidente da Ordem dos Músicos
do Brasil/ RS. Reside em Porto Alegre.
“O Rio Grande Canta o Cooperativismo foi um
sucesso. A idéia de um festival com cooperativados serve para que outras associações ou classes
possam utilizar a sugestão de fazer eventos culturais
como este. Demonstra que as histórias dos festivais
no Rio Grande do Sul não estão acabando, como
ouvimos falar. O Rio Grande Canta o Cooperativismo
cria oportunidades para pessoas que têm um potencial artístico a demonstrar seu talento, prova que
existem formas de incentivar a cultura. A grande
surpresa que tivemos foi a qualidade musical, altamente profissional, no nível dos festivais gaúchos.
Ficamos bastante orgulhosos de poder participar,
entusiasmados e felizes em saber que terão próximas edições do Festival”.
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festival
novembro de 2007
festival
18 novembro de 2007
poesia homenageia
O COOPERATIVISMO
A primeira atração do Rio Grande Canta o Cooperativismo foi a declamação da poesia
Pajada do Cooperativismo, de Jayme Caetano Braun. A apresentação foi realizada por
Pedro Júnior da Fontoura, ao som do violão de Clenio Bibiano da Rosa.
Pajada do Cooperativismo
Na magestade infinita
Da região hoje plantada
Pelo guarani habitada
Um dia chega o jesuíta
Na catequese bendita
Do índio de alma primária
Pra unir com fé doutrinária
Lavoura, oficina e templo
Dando a américa o exemplo
Da vida comunitária.
É a iniciativa privada
Orientada e coletiva
É a idéia cooperativa
É a vivência organizada;
Mas um dia chega a espada
E a ambição pelo poder
Ao índio restou morrer
Pois negou-lhe a prepotência
A lei maior da existência
O direito de viver!
Pedro Júnior apresentou a poesia
Após terríveis chacinas
Da opressão contra o direito
Sem o mínimo respeito
Nem pelas santas batinas,
Restaram somente ruínas
E a inesquecível lição
Do índio de pé no chão
Aos que iriam suceder:
Tudo é possível fazer
Com fé, vontade e união!
Na querência missioneira
Fronteiras e serranias
Em vez de notas bravias
Da velha inúbia guerreira
Há uma imensa cabeleira
Flamejante de cereais
Do resto das catedrais
Brotou cultura e semente
Algo eterno e permanente
Pra não morrer nunca mais.
E assim o agricultor
Que está cooperativado
Tem direito assegurado
Ao fruto do seu labor
E não o tem por favor
Mas porque não ficou mudo
Com estudo ou sem estudo
E sem ir atrás de engodos
Sabe que tudo é de todos
E que tem direito a tudo!
O chão do nosso batismo
Que peleando conquistamos
Ao futuro projetamos
Com alma e com patriotismo
-viva o cooperativismo
-irmão ajudando irmão
Que até ao tomar chimarrão
Escutando uma cordeona
A tudo se soluciona
Força da união pela união.
O sino das reduções
Silenciou nos descampados
Quase cem anos passados
Vieram novas gerações
No chão daqueles rincões
Que tanta legenda encerra
Há um novo grito de guerra
Ecoando nos corredores
Pastores e agricultores
Cantando os cantos da terra!
E os que cresceram peleando
Rasgando as primeiras sendas
Os que plantaram legendas
Sementes estão plantando;
Plantando e se organizando
Na pecuária e agricultura
Porque a gente da planura
Entende desses assuntos
E sabe que – pegar juntos
Se traduz na união mais pura!
E venceremos assim
Essa luta macanuda
(...)
Em cada voz um clarim,
E chegaremos ao fim
Todos juntos – que sozinho
Falta calor de carinho
E luz para a iniciativa
Que sempre é a cooperativa
Que aponta o melhor caminho!
E por fim a segurança
Prêmio do trabalho honrado
Do presente e do passado
Que no futuro se lança
Na imagem de uma criança
Diante do cenário augusto
Pequenos juntos – sem susto,
Escolhendo o líder certo
Levando o homem mais perto
De um mundo muito mais justo!
como jayme caetano BRAUN cantou o cooperativismo em 1978
Participava da fase final do Rio Grande
Canta o Cooperativismo, promovido pelo
Sistema OCERGS-SESCOOP/RS, quando assisti emocionado à declamação da
poesia de Jaime Caetano Braun, também
um canto sobre o cooperativismo. Como
se já não bastasse a alegria e a emoção
transmitida pelas apresentações das 12
canções finalistas, cada uma melhor do
Prof. Natanael Barreto
que a outra, assisti à apresentação do
declamador Pedro Júnior Lemos, que
recitou muito bem a poesia do Jayme.
Isso completou o clima da emoção daquela noite. Enquanto o declamador se
apresentava, eu falava junto, antecipando
os versos, pois cada um era como um
filme passando por minha cabeça.
Contratado pela equipe de Comunicação e Educação da FECOTRIGO em
1978, o Pajador das Missões cantou em
versos repentistas a poesia que consta
do audiovisual “Cooperativismo:
“
O
Homem mais Perto de um Mundo mais
Justo”. A idéia de um audiovisual que
Justo
emocionasse as pessoas nasceu em
um almoço do Ayrton Kanitz comigo. O
roteiro e o texto foram criação do Kanitz,
que também deu nome ao audiovisual,
com aprovação do Luiz Francisco
Terra Jr, gerente de Comunicação da
FECOTRIGO e amigo do Jayme. A
produção foi coordenada por mim,
com participação de Marcelo Popovic,
narração brilhantemente interpretada
pelo Lauro Hagemann e com desenhos
de Edgar Vasques.
Cada verso corresponde a um slide,
pesquisado e escolhido de acordo com
o roteiro. O Jayme, com a inspiração
habitual que o consagrou como o maior
- e talvez último - autêntico repentista de
raiz da pampa sul-americana, olhou os
slides, deu uma lida no texto e mandou
ligar o gravador. Só regravou os versos
finais e estava pronta a canção cooperativista mais completa que conheço. E
aquela poesia veio para marcar época. O
audiovisual foi apresentado pela primeira
vez no auditório da FECOTRIGO para
dirigentes das suas cooperativas filiadas.
Foi um momento de grande emoção. O
público se levantou para aplaudir de pé
e logo começaram a chover pedidos
de cópias. A seguir, o Popovic teve que
acelerar a multiplicação das fitas K-7,
slides e textos, atendendo a todos os pedidos das cooperativas, para utilizá-lo no
trabalho de Educação e Comunicação.
Mais tarde, soubemos que foi apresen-
tado em encontros de cooperativismo
latino-americanos, sempre com muito
sucesso. Produzido com grande cuidado, é um clássico, podendo servir para
provocação de discussões que analisem
o porquê e onde nosso cooperativismo
errou ou acertou.
A atualidade do audiovisual é tão
real que 20 anos depois, em 1998, a
COOTRAEL adaptou ao mesmo áudio
imagens em movimento, também fruto de
minha pesquisa e trabalho. Foi outra enxurrada de pedidos do trabalho, então em
VHS ou DVD, pelas cooperativas do ramo
Agropecuário do Rio Grande e também
de outros estados. Um grande fã desse
audiovisual é o professor Vergilio Perius,
que sempre carrega uma cópia quando vai
fazer uma palestra, utilizando-a como material de apoio, que facilita uma exposição
e debate sobre o cooperativismo.
Prof. Natanael Barreto
Educador e Comunicador Cooperativista,
presidente da COOTRAEL
RODRIGO BAUER:
autor da melhor letra do festival
Após três etapas eliminatórias, com a participação de 88 composições, o Festival O Rio Grande Canta o Cooperativismo elegeu suas
campeãs. A música vencedora foi “Parceria”, uma obra de Rodrigo Bauer
e Sabani Felipe de Souza, representantes do SICREDI de Santa Maria. Os
vencedores receberam um prêmio de R$ 5 mil e um troféu.
O Interior do mês de novembro traz o perfil do compositor da letra de
“Parceria”: Rodrigo Bauer.
A TRAJETÓRIA
"Uma vitória
é sempre
importante
e muito
bem-vinda"
Rodrigo Nolibos Bauer nasceu em São Borja, no dia 3 de maio de
1974. Teve uma infância tranqüila junto dos pais – um advogado e uma
professora. A família é pequena e muito unida.
Rodrigo diz que seu envolvimento com a música é por pura vocação e
que sempre recebeu o incentivo dos pais. Já venceu mais de 30 festivais.
Entre eles, a Califórnia da Canção Nativa de Uruguaiana, a Moenda de
Santo Antônio da Patrulha, a Sapecada de Lages SC e Um Canto para
Martin Fierro, em Santana do Livramento. Em 1998 recebeu, do governo
do Estado, o troféu Vitória por ser o melhor letrista, melhor compositor
e pela melhor canção do ano no Rio Grande do Sul.
Rodrigo tem ainda quatro livros e três CDs. O último deles, que chamase “O Cavalo Crioulo” e foi gravado em parceria com Joca Martins, foi
Disco de Ouro Regional no Rio Grande do Sul.
O letrista vencedor do Festival pretende continuar participando de
festivais como O Rio Grande Canta o Cooperativismo, pois considera este
tipo de evento a grande manifestação cultural de nossa música regional.
Sobre o prêmio, ele declarou: “Uma vitória é sempre importante
e muito bem-vinda.”. Para Rodrigo, a criação musical depende muito
das parcerias. “É a arte da cooperação, como digo na letra.” – afirma.
Sabani Felipe de Souza foi o responsável pela melodia e arranjos de
“Parceria” e o intérprete da canção, Leonardo Paim, é um dos cantores
preferido de Rodrigo.
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perfil
novembro de 2007
seminário de comunicação
20 novembro de 2007
trocas de experiência e aprendizado
COMUNICAÇÃO
O presidente Vergilio Perius enfatizou
Noções de cerimonial e protocolo foram
O jornalista Vitor Necchi ministrou a
A comunicação da COPESUL foi
a importância da comunicação como
ensinadas pelo chefe do cerimonial da
oficina de texto jornalístico quando
apresentada pela assessora de imprensa,
instrumento de intercooperação
Assembléia Legislativa, Airton Vargas
explicou técnicas de redação
Carmen Langaro
Comunicadores de cooperativas
do Estado participaram do Seminário
Estadual de Comunicação Cooperativa,
promovido pelo Sistema OCERGSSESCOOP/RS. O evento ocorreu nos
dias 26 e 27 de novembro, na sede
do Sistema, em Porto Alegre. Durante
a abertura do Seminário, o presidente
do Sistema OCERGS-SESCOOP/RS,
Vergilio Perius, ressaltou a função
da comunicação para promover a
intercooperação. “Vamos construindo tijolo por tijolo essa grande casa
cooperativa. É preciso fazer grandes
pontes de interface entre os ramos do
cooperativismo, e são vocês, jornalistas,
os principais responsáveis por isso”,
afirmou, acrescentando que o jornal O
Interior é uma ferramenta a serviço dos
ramos do cooperativismo, para que eles
se conheçam.
As atividades do primeiro dia (26/11)
seguiram com a oficina de organização
de eventos, com o chefe do cerimonial
da Assembléia Legislativa do Estado,
Airton Vargas. O profissional apresentou
noções de cerimonial e protocolo para
os participantes, como a colocação
correta de bandeiras, composição de
mesa, ordem de discursos e envio de
convites de eventos.
Após, o jornalista, mestre em
comunicação e professor da Pontifícia
Universidade do Rio Grande do Sul
(PUCRS), Vitor Necchi, ministrou a
oficina de texto jornalístico. “Não
adianta dominar a tecnologia, é preciso saber escrever um bom texto”,
declarou. Necchi explicou técnicas de
redação, ressaltando as diferenças que
devem ser consideradas, dependendo
da sua utilização - Internet, releases
para imprensa, rádio, jornal impresso.
O jornalista ensinou, ainda, a maneira
correta de escrever artigos, editoriais e
perfis, e discutiu questões do dia-a-dia
das assessorias de imprensa.
O segundo dia (27/11) iniciou com
a apresentação de cases das assessorias de imprensa das cooperativas.
CAAL, CERFOX, CERILUZ, CERTAJA,
COTRIEL, COTRIPAL, COTRIROSA,
FECOAGRO, Banco Cooperativo
SICREDI S.A., SICREDI Pioneira RS,
UNIMED Federação RS e UNIMED
Vale do Taquari e Rio Pardo falaram
sobre suas assessorias, contando
sobre seu trabalho, suas experiências
e projetos na área de comunicação.
A tarde começou com a apresentação
da assessoria de imprensa do Sistema
OCERGS-SESCOOP/RS, seguida da
exposição das ações de comunica-
ção da Organização das Cooperativas
Brasileiras (OCB), pela gerente de
comunicação Tecris de Souza.
Na parte da tarde, para finalizar, a
assessora de imprensa da Companhia
Petroquímica do Sul (COPESUL),
Carmen Langaro, ministrou a palestra sobre Comunicação Corporativa.
Carmen abordou as estratégias comunicacionais da COPESUL para
manter uma visão positiva na mídia,
embora seja, segundo ela, uma empresa potencialmente poluidora. Além
disso, enfatizou a importância da
comunicação interna para garantir o
sucesso da imagem da instituição. “No
ambiente empresarial a comunicação
é fundamental, para que os colaboradores tenham orgulho do seu local de
trabalho e comuniquem os conteúdos
e resultados”, destacou.
Comunicadores de todo o Estado participaram do Seminário
marcam o seminário estadual de
COOPERATIVA
apresentação de CASES
Os comunicadores das cooperativas apresentaram as suas estruturas de comunicação social.
A iniciativa objetivou a troca de experiências e o conhecimento das ações de cada cooperativa.
CAAL
A coordenadora de comunicação e marketing da Cooperativa Agroindustrial
Alegrete (CAAL), Márcia Borges, além de apresentar todas as ações de comunicação da Cooperativa, contou sobre a exposição da importância da comunicação
social que realizou para os gerentes e diretores. Márcia falou sobre o trabalho de
unificação da marca da CAAL, a produção de jornais e peças gráficas, o trabalho
desenvolvido em eventos, as estratégias de gerenciamento de crises, o suporte
dado à direção, entre outras iniciativas.
CERFOX
A jornalista da Cooperativa de Energia e Desenvolvimento Rurais Fontoura
Xavier Ltda. (CERFOX), Larissa Faller, ressaltou a responsabilidade do setor com
a informação. Além do envio de releases para a imprensa e a produção de programas de rádio, Larissa contou sobre o carro-chefe da assessoria: o Informativo
CERFOX. A publicação mensal tem uma tiragem de 4 mil exemplares e distribuição
gratuita nos postos de pagamento de luz. Seu foco está nas ações da diretoria, da
cooperativa e nos associados.
CERILUZ
Uma pesquisa de satisfação realizada na Cooperativa Regional de Energia
e Desenvolvimento Ijuí Ltda. (CERILUZ) definiu os rumos da Comunicação
Social. De acordo com a assessora de imprensa Daniele Lazarotto, o grande
diferencial apontado eram os benefícios sociais da cooperativa. Isso causou,
segundo ela, uma revolução no setor, e levou a um reposicionamento de
marca. Além disso, a CERILUZ possui programa de rádio, informativo impresso
e site. A cooperativa iniciou também, no mês de novembro, um trabalho de
comunicação interna.
CERTAJA
O programa de rádio CERTAJA Comunidade da Cooperativa Permissionária de
Serviços Públicos de Energia e Desenvolvimento Rural Taquari Jacuí Ltda. (CERTAJA)
existe desde 1998. O CERTAJA Comunidade conta com dois personagens, um gaúcho e um alemão, e leva a informação de forma sutil, resultando na aproximação do
ouvinte. A iniciativa foi apresentada pela ex-funcionária do setor de Comunicação
e Marketing da Cooperativa, Marilene Junges, atualmente responsável pela diagramação dos jornais Certajano, direcionado aos associados, e Nossa Energia, voltado
aos funcionários, que também foram apresentados, entre outras ações.
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seminário de comunicação
novembro de 2007
seminário de comunicação
22 novembro de 2007
COTRIEL
A estrutura de comunicação social da Cooperativa Tritícola de Espumoso Ltda.
(COTRIEL) inclui um Informativo interno semanal, programas de rádio, um boletim
diário por e-mail para os funcionários, produção de notícias e atualização do site.
A apresentação do case foi realizada pelo jornalista Roger Nicolini. A comunicação
social também participa da organização e cobertura de grandes eventos, ponto
destacado por Nicolini, e da produção de material publicitário.
COTRIPAL
O foco nas pessoas é a proposta da comunicação da COTRIPAL Agropecuária
Cooperativa. A jornalista Tamar Santos e o estudante de jornalismo Jean Patrick
Joris, contaram um pouco sobre as ações do setor de Comunicação e Marketing
da Cooperativa. A campanha “Juntos somos mais” tem seu foco na valorização
dos clientes e associados, presentes nas fotos das publicações da COTRIPAL. De
acordo com Tamar, a idéia é passar uma imagem moderna do cooperativismo,
sem perder suas raízes. A Comunicação e Marketing da Cooperativa conta ainda
com estúdio de rádio, informativo e publicações.
SICREDI PIONEIRA RS
O case da inauguração da unidade de atendimento do SICREDI Pioneira em Portão,
onde a comunicação integrada foi garantia do sucesso, foi apresentado pelo assessor
de Comunicação Social do SICREDI Pioneira, Daniel Hillebrand e pela assistente de
Comunicação, Cristiane Steiner. Estratégias como a adesivagem do prédio antes da
inauguração, e um front light para instigar a curiosidade dos moradores da cidade foram
apresentadas. Além disso, o dia da inauguração com um grande evento e, principalmente, o
apoio da equipe de comunicação social e de colaboradores do SICREDI Pioneira se tornou
exemplo de trabalho em equipe, com grandes resultados.
FECOAGRO/RS
O gerenciamento da informação foi o principal ponto tratado pelo assessor
técnico da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul
(FECOAGRO/RS), Ricardo Núncio. Segundo ele, diversos encontros estão sendo
realizados com os associados, para que se faça uma avaliação e sejam apontadas as principais falhas no sistema de trocas de informação. Núncio explicou
que a comunicação precisa ser trabalhada nas ocasiões em que os veículos são
inadequados, a linguagem é deficiente ou a mensagem é mal compreendida. A
alternativa encontrada pela FECOAGRO/RS para solucionar esses problemas foi
trabalhar a comunicação interna, enfatizando a forma de comunicação entre o
colaborador e o associado.
BANCO COOPERATIVO SICREDI S.A.
O Sistema de Crédito Cooperativo SICREDI opera em grandes e pequenos
centros urbanos, com 129 cooperativas de crédito e mais de mil pontos de atendimento em dez estados brasileiros. Nos últimos sete anos, o número de associados
triplicou, atingindo hoje 1,2 milhão de pessoas. A analista de comunicação do
Banco Cooperativo SICREDI S.A., Chaiene Lewis, apresentou o conceito de comunicação integrada como fator estratégico de crescimento da Cooperativa. Chaiene
destacou os investimentos do Banco Cooperativo SICREDI S.A. na sua estrutura
de comunicação e marketing, de maneira que a marca fosse unificada em todas
as unidades, e mostrasse que o cooperativismo de crédito é seguro. Desde março,
a Cooperativa investe, ainda, em ações de comunicação interna.
COTRIROSA
A assessora de comunicação e educação Zélia Savoldi destacou que a comunicação da Cooperativa Tritícola Santa Rosa Ltda. (COTRIROSA) é realizada
com a colaboração de funcionários, gerentes e diretores. Programas de rádio,
informativo para a imprensa, um jornal e campanhas promocionais fazem parte
das atribuições da assessoria. Segundo Zélia, o setor produz também peças
publicitárias, como panfletos e calendários e busca trabalhar com a família do
associado, promovendo seminários, cursos, palestras técnicas, viagens de estudo
e visitas à Cooperativa.
UNIMED FEDERAÇÃO RS
O coordenador de Comunicação Institucional da UNIMED Federação RS, Silvio Peter
e o auxiliar de Comunicação Gabriel Schüler apresentaram o case “A Comunicação
Institucional Corporativa do Sistema Cooperativo Empresarial do Sistema Unimed RS”.
Além do vídeo institucional produzido para os 35 anos da Cooperativa, a comunicação
interna e a externa foram destacadas. Auxílio a eventos e padronização nas singulares,
para criar um conceito único da marca, também foram estratégias apresentadas. O folder
institucional da UNIMED RS também foi reformulado e aperfeiçoado.
UNIMED VALE DO TAQUARI E RIO PARDO
O assessor de imprensa da UNIMED Vale do Taquari e Rio Pardo, Daniel Neves
da Silveira, ressaltou os resultados da Área de Marketing: enquanto no ano de 2006,
foram veiculadas 227 publicações, o primeiro semestre de 2007 já contabilizou
372 publicações. A receita do sucesso se dá nas atividades desenvolvidas pelo
setor: envio de releases para a imprensa, entrevistas à mídia, publicações, site,
entre outras ações. Dois pontos enfatizados foram o controle de divulgações, e
análise das publicações espontâneas como forma de demonstrar o trabalho da Área
de Marketing e um bom relacionamento com a imprensa – cartões de aniversário
aos jornalistas, encontros com a imprensa e o projeto de levar ginástica laboral às
redações foram exemplificados.
ASSESSORIA DE IMPRENSA DO SISTEMA
OCERGS-SESCOOP/RS
A edição do jornal O Interior, a atualização do site, o envio de matérias para a imprensa e
a produção de materiais gráficos são algumas das atribuições da assessoria de imprensa do
Sistema OCERGS-SESCOOP/RS. De acordo com a assessora de imprensa, Andrelise Daltoé,
a comunicação na entidade esteve, durante o ano passado, em fase de reestruturação e, hoje,
está trabalhando para aprimorar a estrutura existente. Andrelise disse ainda que, no próximo
ano, ações de comunicação interna, melhorias no site e o Portal de Negócios serão trabalhados.
Além disso, enfatizou a importância da contribuição das cooperativas com a produção do jornal
O Interior, que é um espaço de divulgação das ações do cooperativismo gaúcho. “Temos uma
proposta de integração e intercooperação através da informação”, acrescentou.
GERÊNCIA DE COMUNICAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO
DAS COOPERATIVAS BRASILEIRAS (OCB)
A preocupação em ser preventivo e pró-ativo marca a Comunicação no Sistema OCB. De acordo com a
gerente de Comunicação, Tecris de Souza, o setor é integrado e focado em seu público alvo: as cooperativas
brasileiras. A OCB possui 7,6 mil cooperativas e 7,3 milhões de associados. “A organização de pessoas nos
diferencia dos capitais, e temos nosso foco nesse referencial”, ressaltou. Tecris falou também sobre o desafio
de formular estratégias de comunicação em uma sociedade confusa sobre o conceito de cooperativismo.
Segundo ela, a Comunicação da OCB se destaca por ser estratégica, transparente, ética e produzir textos claros,
informativos e com qualidade. Entre os produtos da Comunicação, estão a atualização do site, newsletter diária,
informativo Online diário, participação em eventos, publicações institucionais e técnicas, peças promocionais,
assessoria de imprensa, comunicação interna, questões relacionadas à marca, entre outros.
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seminário de comunicação
novembro de 2007
enquete
novembro de 2007
o que você sugere para aprimorar
A INTERCOOPERAÇÃO?
Sabe-se que todas as cooperativas são grandes. O jornal O Interior
poderia criar uma pauta específica
todo mês para divulgar um assunto
e mandar para todas as cooperativas
e, em cima disso, as cooperativas
poderiam mandar o que elas têm de
melhor sobre aquele assunto específico. A idéia é criar uma pauta única
para todas cooperativas, para fazer
um comparativo e pegar as melhores
idéias de cada uma.
André Luiz Benedetti
Assessor de Imprensa
da UNIMED Nordeste
Para incentivar essa intercooperação, a cada edição, a COOPCORREIOS,
do ramo Crédito, divulga em seu informativo impresso trimestral o trabalho
de uma cooperativa de outro ramo. As
cooperativas também podem firmar
convênios entre si e oferecer benefícios
aos associados (descontos, por exemplo), promover eventos de integração
ou feira de negócios, para que cada
uma apresente seus produtos, serviços
e possibilidades de parceria.
Cassiana de Oliveira
Jornalista da COOPCORREIOS
Para melhorar a intercooperação é
fundamental primeiro conhecer a lei do
cooperativismo, que fala deste princípio. Sugiro que o Sistema OCERGSSESCOOP/RS continue participando
para divulgar os serviços, cursos, e
ter dentro do jornal O Interior pessoas
que se preocupam em valorizar o
cooperativismo e o produto de cada
cooperativa. Usar, conhecer e atualizar
os sites das cooperativas também é
uma boa opção.
João Luís Lucchese
Coordenador de Marketing
da INTEGRAL Cooperativa
A intercooperação pode ser feita a
partir dos registros das cooperativas,
que têm o reconhecimento das cooperativas atuantes e podem realizar
um trabalho de trazer as cooperativas
não regulares. Mais uma sugestão:
o e-mail está aí, mas precisamos de
um contato direto: é preciso falar com
as pessoas cara a cara, em segundo
lugar fazer um contato por telefone, e
mandar uma mala-direta se todas as
alternativas falharam.
Vânia Lúcia Pavan Schneider
Pedagoga da COOPSUL
Realizar mais eventos para gerar a
integração entre os cooperados e associados. Um exemplo deles é o Festival
O Rio Grande Canta o Cooperativismo,
e outra sugestão é o lançamento, o mais
rápido possível, deste portal de intercooperação que está sendo comentado.
Daniel Hillebrand
Assessor de Comunicação Social
do SICREDI Pioneira RS
A intercooperação é um desafio e
estimulá-lo através da comunicação é
multiplicá-lo mil vezes. Acredito que o
Sistema OCERGS-SESCOOP/RS pode
amarrar esse esforço através de ações
que estimulem os relacionamentos
entre as cooperativas, utilizando técnicas e instrumentos de comunicação
integrada, que aplicadas ao cooperativismo aproximem todo o Rio Grande do
Sul cooperativista. Nesta nova fase do
Sistema OCERGS-SESCOOP/RS, com
a comunicação posicionada estrategicamente, estaremos trilhando novos
rumos, onde inovando como comunicadores vamos ajudar a promover a
intercooperação.
Janete Pereira
da Fontoura Martins
Auxiliar Administrativa
da COOTRAVIPA

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