o rio grande canta o cooperativismo ELEGE VENCEDORES
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o rio grande canta o cooperativismo ELEGE VENCEDORES
jornal do COOPERATIVISMO GAÚCHO - ano 34 - número 983 - novembro de 2007 o rio grande canta o cooperativismo ELEGE VENCEDORES RAMOS DISCUTEM A INTERCOOPERAÇÃO LEGISLAÇÃO COOPERATIVA É TEMA DE EVENTO SEMINÁRIO REÚNE COMUNICADORES Propostas concretas de intercooperação foram apresentadas por cooperativas de todos os ramos, no Encontro de Ramos do Cooperativismo Gaúcho. O evento integrou cooperativas de todo o Estado. Mais de 200 advogados e contadores de cooperativas gaúchas participaram do Seminário Jurídico Contábil Cooperativo. O encontro proporcionou aprendizado e atualização dos aspectos jurídicos do cooperativismo. O Seminário Estadual de Comunicação Cooperativa contou com a participação de assessores de comunicação do RS. Foram dois dias de trocas de experiências, onde os comunicadores assistiram a oficinas e palestras. Páginas 4 a 6 Páginas 8 e 9 Páginas 20 a 23 apresentação 2 novembro de 2007 editorial A edição do jornal O Interior de novembro é especial. As 24 páginas da publicação trarão a cobertura completa dos eventos promovidos pelo Sistema OCERGS-SESCOOP/RS, que movimentaram o cooperativismo gaúcho. Nova Petrópolis, o berço do cooperativismo de Crédito na América Latina, foi escolhida como sede de três eventos do mês. O maior deles, o Festival O Rio Grande Canta o Cooperativismo elegeu as músicas que melhor uniram o cooperativismo e a cultura gaúcha, em uma grande festa. Você poderá aprender as letras de todas as canções que participaram da etapa final e ver a opinião de jurados e autoridades a respeito do evento. Ainda em Nova Petrópolis, cooperativas de todo o Estado participaram do Encontro de Ramos do Cooperativismo Gaúcho. A ocasião proporcionou a proposição e a exposição de idéias concretas de intercooperação. O município sediou também o Seminário Jurídico Contábil Cooperativo, que reuniu advogados e contadores das cooperativas, em dois dias de evento. A cidade foi, ainda, cenário da Assembléia Geral da OCERGS e da assinatura do Termo de Cooperação Técnica entre o Sistema OCERGS-SESCOOP/RS e a FAMURS. De volta a Porto Alegre, a sede do Sistema OCERGS-SESCOOP/RS reuniu comunicadores no Seminário Estadual de Comunicação Cooperativa. A ocasião contou com a presença e a contribuição daqueles que são responsáveis pela divulgação das ações das cooperativas gaúchas e auxiliam com a produção do jornal O Interior. Boa Leitura! expediente O Interior é uma publicação do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado do Rio Grande do Sul - SESCOOP/RS Rua Félix da Cunha, 12 – Bairro Floresta – Porto Alegre/RS CEP 90570-000 – Fone: 51-3323.0000 Fax: 51-3323.0026 E-mail: [email protected] Site: www.ocergs.com.br Projeto Gráfico: Assessoria de imprensa OCERGS-SESCOOP/RS Produção Gráfica: Stampa Design Produção e edição de textos e Imagens: assessoria de imprensa OCERGS-SESCOOP/RS, Grupo Técnico de Imprensa (GTI) e assessorias de imprensa de cooperativas do Estado Jornalista responsável: Andrelise Daltoé 9928 DRT/RS Convênio: SESCOOP/RS e Fundação de Cooperação para o desenvolvimento Cultural - Funcoop ar tigo o rio grande canta o COOPERATIVISMO O Festival O Rio Grande Canta o Cooperativismo está sendo uma das melhores experiências de educação não formal da ciência cooperativa. Nem sempre, as práticas pedagógicas convencionais motivam suficientemente as pessoas a saírem de suas casas para buscar novos conhecimentos. As pessoas que trabalharam o dia todo, e que no período da noite vão freqüentar um curso em sala de aula com o processo pedagógico vigente, logo tem rendimento abaixo do desajado. A proposta do festival O RIO GRANDE CANTA O COOPERATIVISMO, desde os primeiros momentos quando da elaboração do projeto, fomos solicitados, pelo presidente Vergilio Perius, que esse evento deveria ter o caráter de educação extra sala de aula, dizia o presidente, da possibilidade em que através de uma música apenas, se chegasse a mais pessoas do que as que estiveram em suas aulas de cooperativismo durante mais de 30 anos de atividade como professor universitário. O que tivemos, de fato, foi um evento cultural da maior grandeza, com obras de excelente qualidade literária e muito bem musicadas. Os talentos artísticos das cooperativas estabelecidas no Rio Grande do Sul, de certa forma, nos surpreenderam positivamente, pois compor música com temas abertos já é missão para poucos, e se for com temática restrita, aumenta consideravelmente o grau de dificuldade para os compositores. Porém, as músicas apresentadas têm um primor muito além do que podíamos esperar de um primeiro Festival que, entendemos, talvez não tenha sido divulgado no meio artístico de forma tão contundente, principalmente pela nossa inexperiência com projetos desta magnitude. As cooperativas também tiveram um papel fundamental para o sucesso do Festival, o envolvimento delas junto à suas comunidades não poderia ser melhor, foi uma doação por inteiro, reuniões de muita energia onde eram definidas as estratégias para o bom andamento do Festival. Não vamos mencionar o nome das cooperativas, pois por um lapso poderíamos esquecer de alguma, o que seria de uma notável injustiça. Da mesma forma, vamos nos preservar de mencionar nomes para não incorrermos na mesma possibilidade, mas podemos afirmar que as ações desenvolvidas pelas pessoas das cooperativas, do presidente ao contínuo, todos foram de grande valia e sem elas o Festival não teria o mesmo brilho. A equipe de funcionários do Sistema OCERGS-SESCOOP/RS também teve o mérito pelo bom desempenho de suas funções, já que todos os departamentos foram envolvidos de uma forma ou de outra em algum momento, para execução de ações relativas á realização do Festival. Ficou demonstrada mais uma vez a competência desta equipe em “fazer junto”, característica da prática cooperativa, esta José Zigomar Vieira dos Santos casa deu exemplo. Destaque-se também o apoio que tivemos da presidência e da superintendência do Sistema, em todos os momentos, mesmo nos percalços inesperados, deles recebemos toda a atenção e o apoio, gestos tão importantes e necessários para o bom andamento do processo. Quanto ao Festival, estamos neste momento com o CD em produção, e logo estaremos disponibilizando as obras gravadas em CD e DVD, para que possam ser tocadas em todas as querências de nosso Estado e quem sabe, em outras querências do Brasil. Todo o Festival foi produzido e executado de forma profissionalizada, toda a parte técnica foi contratada com a exigência dos melhores projetos culturais, desde o corpo de jurados, a coordenação de palco, os equipamentos, som, luz, tudo foi concebido com a observância nos preceitos da qualidade total e as imperfeições eventualmente ocorridas não tiveram destaque ao ponto de interferir no resultado final dos objetivos propostos pelo projeto. Os eventos foram literalmente shows, as apresentações artísticas estiveram à altura de grandes acontecimentos culturais, mas não podemos deixar de observar também a participação do público, que lotou os salões onde estava sendo realizado o Festival, onde estavam famílias, adultos, jovens e crianças numa demonstração de plena alegria e felicidade. José Zigomar Vieira dos Santos Responsável pela organização do Rio Grande Canta o Cooperativismo ENCONTRO REÚNE ramos do cooperativismo gaúcho O Encontro de Ramos do Cooperativismo Gaúcho foi promovido pelo Sistema OCERGS-SESCOOP/RS, no dia 23 de novembro. O evento reuniu cerca de 100 representantes dos 13 ramos do cooperativismo do Estado, no Centro de Eventos de Nova Petrópolis. A abertura foi realizada pelo presidente do Sistema, Vergilio Perius. “Não é possível sermos competitivos para o mundo se não praticarmos a cooperação internamente”. Participaram da abertura do evento, ainda, o vice-presidente do BRDE Francisco Turra, o secretário executivo da Secretaria de Relações Institucionais do Estado, Lino Hamann, representando o secretário de Relações Institucionais do governo do Estado e presidente do Conselho Estadual de Cooperativismo, Celso Bernardi, o presidente do SICREDI Pioneira RS, Édio Spier e o presidente da Cooperativa Agropecuária Petrópolis Ltda. (PIÁ), Vitor Afonso Grins. A programação iniciou com a apresentação do Portal de Produtos e Negócios do Cooperativismo Gaúcho – uma nova ferramenta virtual a serviço da intercooperação, realizada pelo superintendente do Sistema OCERGSSESCOOP/RS, Luisiano Meneghetti. “A idéia inicial é organizarmos um catálogo eletrônico, disponibilizando Presidente Vergilio Perius ressaltou a importância da intercooperação um espaço a mais para divulgação de produtos das cooperativas, além de outros serviços”. Os presentes responderam a um questionário e com base nos resultados o setor de informática começará a trabalhar no projeto para 2008. A primeira palestra, Motivação para a Cooperação e Intercooperação, foi ministrada pelo vice-presidente do grupo Tevah, bacharel em Administração de Empresas, especialista em Gestão de Equipes, Eduardo Tevah. O palestrante motivou os participantes, e ressaltou a importância da intercooperação e da divulgação das idéias do cooperativismo para garantir o sucesso das sociedades. “O cooperativismo tem poder para ser o negócio do milênio, desde que as pessoas saibam vender essa idéia”, afirmou. Tevah acrescentou, ainda, que a melhor maneira de buscar novos negócios é intercooperar. A tarde iniciou com a palavra do superintendente técnico da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Ramon Belisário. “O desafio é transformar o discurso da intercooperação em prática, para garantir eficiência econômica e eficácia social. Intercooperar solidifica a teia em rede, nos leva a inovar”, ressaltou. Em seguida, os ramos do cooperativismo foram divididos em grupos, para avaliar as decisões do XIII Seminário do Cooperativismo de 2006, definir as ações de intercooperação a serem realizadas no próximo ano e dar sugestões sobre o Seminário Gaúcho de Cooperativismo, que ocorre em 2008. ENCERRAMENTO “Vamos tentar construir o cooperativismo que precisamos, temos uma grande caminhada, mas faremos isso juntos”, disse o presidente do Sistema OCERGSSESCOOP/RS, Vergilio Perius, no encerramento do Encontro. O secretário de Relações Institucionais do Estado, Celso Bernardi, ressaltou que os princípios do cooperativismo devem servir de exemplo para toda a sociedade. “Vamos intensificar nosso trabalho no governo do Estado, para que seja do tamanho e da qualidade do sistema cooperativista do Rio Grande do Sul”, afirmou. De acordo com o coordenador da Frente Parlamentar de Apoio ao Cooperativismo da Assembléia Legislativa, deputado Giovani Cherini, é preciso defender o cooperativismo e trabalhar as lacunas que a atividade ainda possui através de debates e diálogo. “Hoje temos um cooperativismo vivo, com a participação de todos. O movimento vivo é fundamental para a construção do sistema cooperativista”, salientou. O superintendente técnico da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Ramon Belisário, parabenizou o trabalho desenvolvido no Encontro e a forma com que o cooperativismo é tratado no Rio Grande do Sul. “É muito importante saber que o Estado tem o olho no cooperativismo e o cooperativismo é pró-ativo nas preocupações do Estado”, finalizou. Participaram do encerramento do evento, ainda, o superintendente do Sistema OCERGS-SESCOOP/RS, Luisiano Meneghetti, e o gerente jurídico do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul (OCERGS), Mario De Conto. Meneghetti: portal de produtos e negócios Belisário: intercooperação em prática Motivação para a cooperação Bernardi: cooperativismo é exemplo 3 encontro dos ramos novembro de 2007 reunião de grupos 4 novembro de 2007 ramos propõem idéias de Uma das atividades do Encontro de Ramos do Cooperativismo Gaúcho foi reunir cada ramo em grupos, para que sugestões que possam contribuir na prática da intercooperação fossem elaboradas e apresentadas. A atividade incluiu, ainda, a avaliação de ações que foram realizadas em 2007, com base nas decisões do XIII Seminário do Cooperativismo de 2006, e a proposição de sugestões para o Seminário Gaúcho de Cooperativismo, que ocorre em 2008. TRANSPORTE De acordo com o relator do ramo Transporte, presidente da Câmara Temática de Transporte In ternacional (CTTI) e da Cooperativa de Transportadores Rodoviários Nacionais e Internacionais Ltda. (COOTRANSUL), Abel Paré, em 2007, foram realizadas ações conjuntas entre as cooperativas de transporte internacional para tratar de problemas com o Mercosul. Reuniões junto à ANTT e a criação e trabalho desenvolvido na CTTI também foram algumas das ações citadas. Paré ressaltou que, embora as cooperativas de Transporte estejam motivadas com a intercooperação, ainda existem algumas dificuldades, como a ausência da materialização deste princípio. Segundo ele, o ramo Transporte reivindica a abertura dos outros ramos, pois evidencia casos de autônomos associados a cooperativas transportando para outros ramos na posição de subcontratados de empresas de transporte. “Muitas cooperativas são cooperativistas do portão para dentro, do portão para fora são mercado”, acrescentou. O ramo Transporte afirmou que necessita de crédito e serviços bancários, que poderiam ser disponibilizados pelas cooperativas de Crédito; seguro de vida e plano de saúde, advindos do ramo Saúde; treinamento a motoristas, das cooperativas de Educação; moradia para associados, motoristas e familiares, do ramo Habitação, entre outros. O ramo ofereceu, ainda, seus serviços de transporte, armazenagem e distribuição às cooperativas dos ramos Agropecuário, Consumo, Habitacional, Mineração, Turismo, Lazer e Florestal. O grupo sugeriu que o Seminário de Cooperativismo de 2008 seja realizado em Santa Maria, Cruz Alta, Passo Fundo ou Erechim. O grupo Transporte apontou as dificuldades para a prática da intercooperação e sugeriu a abertura de todos os ramos AGROPECUÁRIO Intercooperação como diferencial na competitividade das cooperativas foi destacada pelo ramo Infra-estrutura INFRA-ESTRUTURA A intercooperação deve produzir diferenciais competitivos que se traduzam em crescimento lucrativo dos negócios, retorno dos capitais investidos, geração de caixa positivo e aumento da participação no mercado das cooperativas, visando melhorar a unidade econômica de seus associados. Essa foi a idéia central apresentada pelo relator do ramo Infra-estrutura, consultor técnico da Cooperativa Regional de Eletrificação Teutônia (CERTEL), José Guillermo Torreblanca Cabrera, que sugeriu a implementação de um projeto de Desenvolvimento do Sistema Cooperativista Gaúcho, em parceria com o Sistema OCERGS-SESCOOP/RS. O grupo propôs estratégias de intercooperação. Dentro do ramo Infra-estrutura, algumas delas já estão em andamento, como o processo de regulamentação, a padronização das operações do setor elétrico e cursos de formação técnica. Com relação aos outros ramos, Cabrera indicou, em nome do grupo, a geração de energia para cooperativas Agropecuárias, com recursos financeiros de cooperativas de Crédito; a disposição de planos de saúde pelo Sistema UNIMED; material de construção, do ramo Habitacional; serviços de transporte na distribuição de mercadorias para a rede de lojas, com as cooperativas de Transporte; e o fornecimento de arroz pelo ramo Consumo. O ramo Infra-estrutura recomendou que o Seminário de Cooperativismo seja realizado até setembro de 2008, em Caxias do Sul. O evento pode abordar a autogestão, mas dando continuidade ao tema da intercooperação. A valorização dos produtos vindos de cooperativas foi uma das propostas do ramo Agropecuário A priorização em todos os ramos da utilização dos serviços e produtos vindos das cooperativas foi o ponto destacado pelo grupo Agropecuário. O ramo apresentou os en contros realizados pela Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FECOAGRO) em 2007, em Chuí e Santa Maria, como estratégias de intercooperação. O relator do grupo, gerente geral da Cooperativa Agrícola Mista Lagoense Ltda. (CAMILA), Jucimar da Silveira, também sugeriu a organização do ramo para tornar públicos os problemas internos, buscando respaldo para se exigir medidas que coíbam crimes, como contrabando, mistura e má qualidade de produtos, entre outros. “Precisamos deixar o preconceito de lado e sentar para conversar com grupos organizados, como as cooperativas surgidas de assentamentos, pois possuímos enormes restrições a elas, sendo que poderemos fazer novos negócios”, acrescentou ainda, em nome do grupo. Entre as metas do ramo para 2008, está o apoio para a criação, implantação e aplicação de uma Câmara ou Juizado Arbitral, com poderes para a normatização e punição das entidades que não praticarem a intercooperação e a recíproca cooperação nas várias atividades desenvolvidas dentro do setor cooperativista. O ramo citou a implantação do Projeto do Leite INTERCOOPERAÇÃO por parte da Cooperativa Central Gaúcha de Leite Ltda. (CCGL), em Cruz Alta, como uma proposta de intercooperação. O grupo propôs também a criação de uma “Massa Crítica”, um grupo de pessoas que pense, sugira e critique medidas para o enfrentamento das mudanças de mercado. O ramo Agropecuário sugeriu que o Seminário de Cooperativismo de 2008 seja realizado em Cruz Alta, Santa Maria ou Uruguaiana. A data proposta foi a segunda quinzena de maio ou a primeira quinzena de junho. Os temas que podem ser tratados são a intercooperação e o meio ambiente. CRÉDITO O ramo Crédito sugeriu diversas formas de troca de serviços entre os ramos. Segundo o relator do grupo, gerente regional do SICREDI Pioneira RS, Marcio Port, as cooperativas de Crédito poderiam disponibilizar um portfólio de produtos (empréstimos, aplicações, cobrança, consórcio, seguros, conta-corrente, entre outros) e financiamento de insumos para o ramo Agropecuário. Para intercooperar com o ramo Social, o ramo Crédito propôs a aquisição de produtos elaborados pelas cooperativas sociais. O grupo ofereceu, também, o financiamento de lotes e infra-estrutura para cooperativas Habitacionais e financiamento de projetos de expansão para o ramo Infra-estrutura. O ramo Crédito sugeriu a contratação de serviços de cooperativas de Trabalho, Transporte e Turismo e Lazer. De acordo com o grupo, o ramo Educacional poderia elaborar projetos pedagógicos, de formação e capacitação de associados e colaboradores das cooperativas de Crédito. O ramo Infra-estrutura poderia fornecer energia elétrica e o ramo Saúde poderia disponibilizar planos de saúde. Para a intercooperação dentro do ramo Crédito, o grupo sugere empréstimo a associados de cooperativas com limites operacionais baixos, entre outras ações. Nova Petrópolis, Ijuí ou Pelotas são as su gestões do grupo para o Seminário de Cooperativismo de 2008. O período pode ser em outubro e o tema, governança cooperativa. O Crédito propôs diversas formas de intercooperação entre todos os ramos HABITACIONAL A capacitação é oferecida aos ramos pelo grupo Educacional EDUCACIONAL O conhecimento das cooperativas de Educação de cada região foi evidenciado pela relatora do grupo Educacional, presidente da Cooperativa dos Profissionais em Educação do Estado do Rio Grande do Sul (COEDUCARS), Ubiracy Barbosa Ávila. O grupo destacou que pode capacitar diversos ramos, como Agropecuário, Crédito, Infra-estrutura, Mineração, Produção, Saúde, Trabalho, Transporte, Turismo e Lazer e Florestal. Segundo Ubiracy, para que a intercooperação com o ramo Educacional aconteça, é fundamental que se incentive o estudo das crianças em escolas cooperativistas. Além disso, o ramo Educacional pode integrar as cooperativas do ramo Habitacional, bem como do ramo Consumo, promovendo o incentivo dos associados, além de oferecer oficinas de artes e teatro para cooperativas do ramo Social. O grupo Educacional se dispôs a utilizar os serviços de Crédito, Especial ou Social, Habitacional, Infra-estrutura, Mineração, Produção, Saúde, Trabalho, Transporte, Turismo e Lazer e Florestal. Empreendedorismo e ética foram os temas sugeridos para o Seminário de Cooperativismo. A data proposta foi entre o final do primeiro semestre de 2008 e início do segundo. O local do evento pode ser Porto Alegre ou Nova Petrópolis. O grupo Habitacional sugeriu mais encontros dentro do próprio ramo O ramo Habitacional propôs a realização de encontros das cooperativas Habitacionais de todo o Estado, para que seja realizada, de fato, uma troca de experiências e fomentada a intercooperação. De acordo com o relator do grupo, presidente do Sistema Multiplicador de Habitação Cooperativa Ltda. (SIMACOOP), Irineu Judá Vanzin Bortolini, outra sugestão para intercooperar é a criação de Centrais Regionais para facilitar as reuniões regulares das cooperativas. O ramo propôs que seja gerenciada, junto ao Estado, a disponibilização de imóveis possíveis de habitação como contrapartida ou moeda de troca com proprietários de áreas passíveis de caráter popular. O ramo sugeriu ao Sistema OCERGS-SESCOOP/RS que elabore a Certificação Técnica das Cooperativas Habitacionais e forme e patrocine uma Equipe Técnica para organizar, definir e encaminhar projetos junto aos órgãos municipais, estaduais e federais. O ramo destacou que as cooperativas Agropecuárias poderiam fornecer alimentos diretamente aos associados, minimizando custos. Da mesma forma, as cooperativas de Consumo poderiam disponibilizar remédios aos associados do ramo Habitacional; o ramo Educacional, ensino e pesquisas; o ramo Saúde, planos médicos; as cooperativas de Trabalho, mão de obra; o ramo Transporte, serviços de transporte; e as cooperativas de Turismo e Lazer, excursões; entre outras ações. Segundo o grupo, o XIV Seminário de Cooperativismo pode acontecer em outubro de 2008, na cidade de Erechim. O tema sugerido foi a intercooperação com motivação ou o empreendedorismo cooperativo. 5 reunião de grupos novembro de 2007 reunião de grupos 6 novembro de 2007 MINERAÇÃO Educação, formação e informação foram os pontos considerados fundamentais para alavancar o cooperativismo Mineral. O relator do grupo, geólogo e responsável técnico da Cooperativa Mineração de São Marcos (COOPERMISAM), Nestor José Scalabrin, sugeriu que o Sistema OCERGS-SESCOOP/RS realize uma edição do Curso de Mineração Cooperativa, compreendendo, inclusive, as cooperativas sem registro na OCERGS. Propôs a promoção de eventos para divulgar novas tecnologias de minerais com profissionais cooperados, a criação e implantação do “Banco Ambiental do Cooperativismo” no Sistema OCERGS-SESCOOP/RS e a criação do Portal de Intercooperação. O grupo ofertou a todos os ramos os produtos minerais das cooperativas do ramo - basalto, argilas, calcário, pedras preciosas e areias, por exemplo. O ramo solicitou convênios de assistência médica com cooperativas de Saúde e apoio educacional com as cooperativas Educacionais. Sugeriu, também, ações de intercooperação com o ramo Habitacional, através de casa própria para cooperados e outras construções; com cooperativas de Crédito, para financiar projetos de mineração; fornecimento de alimentos do ramo Agropecuário; transporte das cooperativas de Transporte e energia para as jazidas, do ramo Infra-estrutura. “Acreditamos na intercooperação, na união do cooperativismo e precisamos que essa palavra seja efetivada realmente em cada cooperativa do Estado”, disse Scalabrin. A segunda quinzena de julho de 2008 foi a época proposta para a realização do Seminário de Cooperativismo. Os locais sugeridos foram Nova Petrópolis ou Caxias do Sul e o tema, planejamento estratégico. Cada participante do grupo fez um relato sobre as iniciativas de intercooperação que já realiza. Sobre o Seminário de Cooperativismo de 2008, o ramo sugeriu a realização em Santana do Livramento, no final de julho. O tema proposto foi a intercooperação e apresentação de cases de sucesso. TRABALHO A educação das cooperativas foi destaque do grupo Mineração O grupo Saúde sugeriu a intercooperação dentro do próprio ramo SAÚDE O ramo Saúde apontou as principais dificuldades que encontra para praticar a intercooperação. Entre os pontos destacados pelo relator do grupo, o diretor-presidente da UNIODONTO Porto Alegre, Gilberto Marques Nunes, estão o desconhecimento das atividades e a competição entre as cooperativas dentro do próprio ramo. Como sugestões para melhorar este quadro, o grupo ressaltou a possibilidade de uma maior fiscalização por parte do Sistema OCERGS-SESCOOP/RS e a instituição de um Selo de Qualidade. Segundo a relatora do grupo Trabalho, diretora da Cooperativa Riograndense de Eletricidade Ltda. (COORECE), Maria da Graça Tovo Loureiro, todos os outros ramos devem realizar ações para priorizar a intercooperação, como divulgar e conscientizar o uso de produtos de cooperativas, não apoiar instituições que se mostrem contrárias ao cooperativismo de Trabalho e acolher, efetivamente, o ramo Trabalho para a prática da intercooperação. O grupo apresentou também os serviços das cooperativas e ações que podem realizar. O ramo Trabalho manifestou interesse em produtos de todos os ramos, como Agropecuário, Consumo, Infra-estrutura, Produção, Crédito, Social e Florestal. Foi sugerida a realização de convênios com as cooperativas dos ramos Educacional, Habitacional, Transporte e Turismo e Lazer. Outra ação possível apresentada foi a realização de um convênio com o ramo Saúde, para propor campanhas de conscientização de prevenção ao álcool, drogas e tabagismo, além de planos de saúde. O ramo Trabalho sugeriu também que o Catálogo Eletrônico proposto pelo Sistema OCERGS-SESCOOP/RS insira o currículo dos cooperativistas de Trabalho. O XIV Seminário do Cooperativismo, de acordo com o grupo, pode ser realizado em Porto Alegre, em outubro de 2008, com o tema Educação Cooperativa, reforçando a identidade cooperativa frente à globalização. DEMAIS RAMOS Ações de intercooperação que podem ser realizadas por todos os ramos foram apresentadas pelo grupo Trabalho Os ramos Produção, Social e Especial, Consumo, Turismo e Lazer não tiveram representantes durante o Encontro de Ramos do Cooperativismo Gaúcho. O ramo Florestal não apresentou suas idéias de intercooperação durante o evento, por ser um grupo em formação e não existir ainda dentro do sistema cooperativista, mas enviou ao Sistema OCERGSSESCOOP/RS suas sugestões para a prática da intercooperação. OCERGS REALIZA assembléia geral No dia 23 de novembro, durante o Encontro de Ramos do Cooperativismo Gaúcho, o Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul (OCERGS) realizou sua Assembléia Geral. Estavam presentes na ocasião, o presidente do Sistema OCERGS-SESCOOP/RS, Vergilio Perius; o superintendente técnico da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Ramon Belisário; o secretário de Relações Institucionais, Celso Bernardi; o coordenador da Frente Parlamentar de Apoio ao Assembléia Geral da OCERGS aprovou Plano de Trabalho e Orçamento de 2008 Cooperativismo da Assembléia Legislativa, deputado Giovani Cherini; o superintendente do Sistema OCERGS-SESCOOP/RS, Luisiano Meneghetti e o gerente jurídico da OCERGS, Mario De Conto. A Assembléia Geral da OCERGS aprovou, por unanimidade, o Plano de Trabalho para 2008, que incluiu medidas como o encaminhamento do registro da Escola Superior de Cooperativismo (ESCOOP) no Ministério de Educação, que vai fortalecer o sistema cooperativista. “Queremos ser fiéis ao que vocês desenharam em prol do cooperativismo gaúcho”, afirmou Perius aos presentes. Perius sugeriu aos representantes de diversos ramos do cooperativismo o apoio às cooperativas de Trabalho. “Queremos manifestar o apoio global de todos os ramos às cooperativas de Trabalho como instrumento de geração de trabalho e renda, e que correm riscos de deixarem de existir”, ressaltou. O apoio foi aprovado pelos participantes da Assembléia Geral. O Orçamento da OCERGS, apresentado pelo superintendente do Sistema OCERGS-SESCOOP/RS, Luisiano Meneghetti, também foi aprovado por unanimidade. parceria entre sistema OCERGS-SESCOOP/RS e famurs beneficia cooperativas de trabalho Mais de 100 mil associados em cooperativas gaúchas serão beneficiados com o Termo de Cooperação Técnica que foi assinado pelo Sistema OCERGSSESCOOP/RS com a Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul (FAMURS). As duas entidades firmaram a parceria no dia 23 de novembro, em Nova Petrópolis, durante o Encontro dos Ramos do Cooperativismo Gaúcho. A iniciativa permitirá que as cooperativas do ramo Trabalho registradas no Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul (OCERGS) possam participar de licitações nas prefeituras de todo o Estado. “O convênio dá confiabilidade ao sistema cooperativista e segurança de um trabalho de qualidade às prefeituras”, garantiu o presidente do Sistema OCERGS-SESCOOP/RS, Vergilio Perius. Segundo ele, a medida permitirá ainda que as cooperativas registradas na OCERGS sejam valorizadas. “Poderemos indicar aos prefeitos as cooperativas de mais qualidade e punir as irregulares, as afastando das prefeituras. Assim, as administrações municipais não terão prejuízos em seu trabalho”, explicou. Para o presidente da FAMURS e prefeito de Victor Graeff, Flávio Lammel, o Termo de Cooperação Técnica benificiará os municípios. “As cooperativas de Trabalho registradas na OCERGS poderão prestar serviços às prefeituras gaúchas, dando a garantia de um serviço de qualidade aos gestores públicos municipais”, ressaltou. O vice-presidente do Sistema OCERGS-SESCOOP/RS, Irno Augusto Pretto, o gerente jurídico do Sistema OCERGS-SESCOOP/RS, Mario De Conto, e representantes dos ramos do cooperativismo gaúcho também participaram do ato de assinatura. A assinatura do Termo de Cooperação Técnica beneficiará mais de 100 mil pessoas "O convênio dá confiabilidade ao sistema cooperativista e segurança às prefeituras..." 7 sistema OCERGS- SESCOOP/RS novembro de 2007 seminário jurídico 8 novembro de 2007 SEMINÁRIO JURÍDICO CONTÁBIL Nos dias 22 e 23 de novembro, Nova Petrópolis foi sede do Seminário Jurídico Contábil Cooperativo. O presidente da Fundação Escola Superior de Direito Tributário (FESDT), Júlio César Linck, fez a abertura do evento, que contou com a participação de mais de 200 advogados e contadores das cooperativas do Estado. “Organizamos o evento para uma discussão e problematização séria acerca do cooperativismo”. O prefeito de Nova Petropólis, Luiz Irineu Schenkel, deu as boas vindas dizendo que o município é o mais cooperativo do Brasil. Já o presidente do Sistema OCERGS-SESCOOP/RS, Vergilio Perius, iniciou sua fala destacando os papéis fundamentais que exercem os advogados e os contadores em uma sociedade cooperativa. “Quando uma cooperativa começa a se encaminhar através desses dois profissionais ela se diferencia, demonstrando transparência”. Perius também lembrou a história do cooperativismo: “Graças à contabilidade dos padres jesuítas é que se tem o cooperativismo como é hoje”. Também fizeram parte da mesa o secretário executivo da Secretaria de Relações Institucionais do Estado, Lino Hamann, representando o secretário de Relações Institucionais do Governo do Estado e presidente do Conselho Estadual de Cooperativismo, Celso Bernardi, e o presidente da SICREDI Pioneira RS, Édio Spier. O advogado e contador Gilmar Wisnievski apresentou o primeiro painel, coordenado pelo superintendente Na abertura, Perius destacou o papel fundamental dos advogados e contadores do Sistema OCERGS-SESCOOP/RS, Luisiano Meneghetti. Ele tratou do Panorama Contábil e Tributário das Cooperativas e falou sobre questões específicas relacionadas à Lei 5764/71, que diz respeito à escrituração contábil do Ato Cooperativo. Ainda fizeram parte do painel os debatedores Maurício Barchet, presidente da Associação dos Contadores das Cooperativas do Estado, e o contador Moacir Bergmann. Após o intervalo, os advogados tributaristas e membros do FESDT, Fábio Canazaro e Rafael Nichele, Gilmar Wisnievski apresentou o primeiro painel falaram sobre a despersonalização das cooperativas e a descaracterização dos atos ou negócios jurídicos, para fins tributários. Eles abordaram também responsabilidade tributária dos administradores e associados nas sociedades cooperativas. LEI COMPLEMENTAR COOPERATIVISTA E NOTA FISCAL ELETRÔNICA No segundo dia do Seminário (23/11), o primeiro painel abordou as agências reguladoras e seus limites de atuação junto às cooperativas. O advogado cooperativista e membro da FESDT, Marco Túlio de Rose, o vice-presidente do SICREDI, Ênio Meinen, que também é membro da FESDT, o presidente da COPREL Cooperativa de Energia e da Confederação Nacional das Cooperativas de Infra-Estrutura (INFRACOOP), Jânio Vital Stefanello, e o gerente jurídico do Sistema OCERGS-SESCOOP/RS, Mário de Conto, apresentaram questões específicas sobre o tema. “Com o paradigma instituído pela Constituição Federal de 1988, para- lelamente à vedação da intervenção estatal no funcionamento de cooperativas, o que se tem percebido é o aumento gradativo das formas de regulação por parte do Estado”, explicou o gerente jurídico do Sistema OCERGS-SESCOOP/RS, Mário De Conto. Ainda em sua explanação De Conto destacou que os problemas enfrentados se devem ao fato de que os normativos aplicados por tais agências reguladoras não consideram o regime jurídico das sociedades cooperativas. “Nesses termos, está no papel das entidades representativas a busca do reconhecimento das peculiaridades das sociedades cooperativas sujeitas Os advogados tributaristas, falaram sobre a despersonalização das cooperativas O evento foi uma parceria entre a FESDT e o Sistema OCERGS-SESCOOP/RS reúne mais de 200 profissionais à regulação estatal, além da garantia de que as mesmas possam exercer suas atividades, conservando suas características inerentes”, destacou. Ainda durante a manhã, o segundo painel tratou da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e as implicações na atividade cooperativa. Falaram sobre a NF-e, o diretor administrativo da Dimed, Roberto Coimbra Santos e o fiscal da Receita Estadual e líder do projeto da NF-e, Geraldo Scheibler, foram os responsáveis pelo painel, coordenado pelo presidente do Conselho Curador da FESDT, Luiz Antônio Bins. O diretor da Dimed relatou o case da empresa pioneira no Brasil a adotar NF-e e destacou a gestão do ex-diretor da Receita Pública Estadual do Rio Grande do Sul, Luiz Antônio Bins, que, no governo anterior, instituiu esta mo dernização tributária no Estado. Segundo ele, a Dimed emite hoje 200 mil notas fiscais ao mês. A NF-e ainda não é uma realidade das cooperativas. De acordo com o superintendente do Sistema OCERGSSESCOOP/RS, Luisiano Meneghetti, a tendência é que as cooperativas, principalmente de maior porte, façam a adesão ao sistema eletrônico em breve. “Os custos de impressão e armazenagem serão reduzidos, além da dispensa de obrigações acessórias, como a Autorização de Impressão de Documento Fiscal (AIDF) e do livro fiscal”. Na parte da tarde, o último painel enfocou a lei complementar cooperativista - o estado atual e uma visão ideal. O debate contou com a participação do auditor fiscal da SRF/MF Pedro Einsten dos Santos Anceles, do advogado tributarista Paulo Caliendo e do presidente do Sistema OCERGS-SESCOOP/RS, Vergilio Perius. Conforme Anceles, é preciso instituir o regime jurídico das sociedades cooperativas, adequando o tratamento tributário ao Ato Cooperativo. Já Perius, que não concorda com a criação de uma nova Lei Cooperativa, enfatizou que o tratamento tributário proposto pelo Ato Cooperativo específico para cada ramo, além de não contemplar todos, implicaria no engessamento das atuais atividades das cooperativas. O evento foi uma parceria entre a Fundação Escola Superior de Direito Tributário (FESDT) e o Sistema OCERGS-SESCOOP/RS. Painel abordou as agências reguladoras e seus limites de atuação junto às cooperativas O diretor administrativo da Dimed, Roberto Coimbra Santos e o fiscal Estadual e líder do projeto da NF-e, Geraldo Scheibler Advogados e Contadores acompanharam os dois dias de Seminário O último painel enfocou a lei complementar cooperativista “Organizamos o evento para uma discussão e problematização séria acerca do cooperativismo” 9 seminário jurídico novembro de 2007 festival 10 novembro de 2007 o rio grande canta o cooperativismo A música Parceria, de Rodrigo Bauer e Sabani Felipe de Souza, do SICREDI Santa Maria, foi a grande vencedora do Rio Grande Canta o Cooperativismo. A etapa final aconteceu no dia 23 de novembro, em Nova Petrópolis. O Festival de música promovido pelo Sistema OCERGS-SESCOOP/RS reuniu cerca de 2,2 mil pessoas no Centro de Eventos do município. O público presente conheceu as 12 composições finalistas e as vencedoras. Além disso, assistiu ao show de Rui Biriva e, ainda, à declamação da poesia Pajada do Cooperativismo, de Jayme Caetano Braun, por Pedro Júnior Lemos, ao som do violão de Clenio Bibiano da Rosa. “A partir de hoje, nossa forma de ensinar o cooperativismo será pela música”, disse o presidente do Sistema OCERGS-SESCOOP/RS, Vergilio Perius, durante a abertura do evento. Perius lamentou que todas as músicas apresentadas nas quatro etapas não pudessem estar presentes, considerando a qualidade das canções participantes do Festival. O prefeito de Nova Petrópolis deu boas vindas aos participantes. “Nada melhor que a terra onde o cooperativismo é vivido no dia-a-dia para se realizar o encerramento deste grande Festival”, acrescentou. O secretário de Relações Institucionais do governo do Estado, Celso Bernardi, cumprimentou a todos em nome da governadora Yeda Crusius. “Parabéns ao Sistema OCERGS-SESCOOP/RS pela iniciativa, pelo dinamismo e beleza deste trabalho”, ressaltou. O Rio Grande Canta o Cooperativismo teve como objetivo valorizar e promover o cooperativismo através da musica gaúcha, com a participação de compositores, músicos e intérpretes do Rio Grande do Sul. As 12 músicas que concorreram à etapa final foram selecionadas em três eliminatórias. ETAPAS ELIMINATÓRIAS Quando a gente Sonha Junto, do SICREDI Santa Maria e SICREDI São Luiz Gonzaga; A Flor da Força Humana, do SICREDI Santa Maria; Aos Braços do Futuro, do SICREDI Farroupilha e Parceria, do SICREDI Santa Maria, foram as primeiras músicas selecionadas, na etapa que ocorreu em 18 de agosto, em Farroupilha. A noite do evento reuniu um cerca de 1,8 mil pessoas. A abertura dessa Autoridades durante a abertura do Festival etapa foi realizada pela Banda Municipal e o encerramento com o show de Mano Lima. A segunda eliminatória reuniu, no dia 29 de setembro, mais de mil pessoas em Santo Ângelo. Na Força da União, da COOPATRIGO; Asas de Amplidão, do SICREDI Vale do Camaquã; Parceiro no Cooperativismo, do SICREDI Ijuí e Searas de Liberdade, da COTRISA e UNIMED Santa Maria foram as canções selecionadas nessa etapa.O público presente se emocionou com a apresentação do grupo Jerojy Guarani, composto por famílias de descendência indígena, e assistiu ao show de Jorge Freitas e o grupo Bem Missioneiro. Já a última etapa, em Pelotas, que aconteceu no dia 20 de outubro, selecionou Rio Grande Cooperativo,do SICREDI Novo Hamburgo; Cooperativa Esperança,do SICREDI Pelotas; “Danke” Padre Theodor, do SICREDI Pioneira/ Novo Hamburgo e Conjugando Sonhos, do SICREDI Santa Maria. Mais de 1,2 mil pessoas participaram do evento e puderam assistir ao show de Joca Martins. Os jurados do evento cantaram o Hino Rio-Grandense O público participante cantou ao som de Rui Biriva novembro de 2007 festival ELEGE VENCEDORES VENCEDORAS 1º lugar: Parceria Rodrigo Bauer/ Sabani Felipe de Souza – SICREDI Santa Maria Premiação: R$ 5 mil e Troféu Melhor instrumentista:“Danke”, Padre Theodor SICREDI Pioneira/ Novo Hamburgo - Gabriel Pellizzario Premiação: R$ 2 mil e Troféu Melhor melodia: Parceria SICREDI Santa Maria - Sabani Felipe de Souza Premiação: R$ 2 mil e Troféu 2º lugar: Asas de Amplidão Carlos Omar Villela Gomes e Erlon Péricles/ Cristiano Quevedo – SICREDI Vale do Camaquã Premiação: R$ 4 mil e Troféu Melhor intérprete: Parceria SICREDI Santa Maria - Leonardo Paim Premiação: R$ 2 mil e Troféu Melhor arranjo: Parceria SICREDI Santa Maria - Sabani Felipe de Souza Premiação: R$ 1 mil e Troféu 3º lugar: Na Força da União João Antunes e João Ribeiro/ Nilton Ferreira Correa - COOPATRIGO Premiação: R$ 3 mil e Troféu 11 Melhor letra: Parceria SICREDI Santa Maria - Rodrigo Bauer Premiação: R$ 2,5 mil e Troféu Música mais popular: Na Força da União João Antunes e João Ribeiro/ Nilton Ferreira Correa - COOPATRIGO Premiação: R$ 2 mil e Troféu festival 12 novembro de 2007 CANÇÕES DA ETAPA FINAL Todas as canções participantes da etapa final farão parte do CD e do DVD do evento, e seus compositores receberam R$ 1,5 mil. A flor da força humana SICREDI Santa Maria Letra: Máximo Cirano Fortes Música: Antônio Carlos Brum da Silva Aos Braços do Futuro SICREDI Farroupilha Letra: Priscila Campeol e Carlos Omar Villela Gomes Música: Piero Enero Asas de Amplidão SICREDI Vale do Camaquã Letra: Carlos Omar Villela Gomes Música: Erlon Péricles e Cristiano Quevedo Somar esforços produz A força de quem se ajunta, E olhando além do horizonte Sempre haverá uma ponte Pra muita gente cruzar, E receber do destino Caminhos largos de andar. Estende a mão, empresta força! Quem abre a alma coopera! Quem vive bem não muda, Não deixa um rancho tapera! Trabalho sempre é trabalho, Desde o arado à medicina E à flor da força humana Que a luz do amor ilumina. Essa semente pede a seiva das aguadas, Essas estradas pedem passos junto aos meus À luz de um sonho que se torna realidade À luz de um povo que plantou o que colheu. Pelas lavouras, pelo gado que procria, Pela saúde, pelo pão de todos nós Pelos amigos que dão crédito a estes dias Temos certeza de que não estamos sós. Nosso Rio Grande Hnão é grande por acaso, Mas com certeza há de ser muito maior Todo este povo construindo de mãos dadas, A parceria dando força para o suor! E cooperando rumo aos braços do futuro, Em nossos braços um destino bem melhor Nosso Rio Grande não é grande por acaso, Mas com certeza há de ser muito maior! Temos orgulho do trabalho e da família, Valorizamos nosso lar e nossa união Trazemos, juntos, a coragem farroupilha, Mas nossas armas são de paz e construção. E enquanto o sonho desbravar, com seus repontes, Novos caminhos de fartura nos desertos Todos, unidos, beberemos dessa fonte Pois cooperando o horizonte é bem mais perto! Este meu lar não foi erguido por lamentos Nem este pão que tenho à mesa foi doado: Minha família tem saúde, tem sustento, E braços firmes de empunhar rédea e arado. Fica mais fácil pra quem não está sozinho Mesmo debaixo dos piores temporais, Seguir em frente e encontrar novos caminhos, Buscando a força que floriu entre os espinhos Pois cooperando todos nós somos iguais. Cooperativo é o migrar das andorinhas Quando sozinhas não têm sede de amplidão Mas quando unidas ganham céus e liberdade Pois somam forças pra encontrar o seu verão! E essa força vem do ventre desta terra, Vem do trabalho, estrutura e produção A educação dando seu crédito a esta gente Que sabe e sente o futuro em suas mãos. A sociedade bebe a seiva deste sonho Um manancial inesgotável de civismo A nossa pátria não precisa de retovo Mas sim da essência mais altiva deste povo Passos unidos pelo cooperativismo! Cooperativa Esperança SICREDI Pelotas Letra: Carlos Eugênio Costa da Silva Música: Emerson de Souza Santos e Tiago Guerreiro Conjugando Sonhos SICREDI Santa Maria Letra: Máximo Cirano Fortes Música: Luiz Carlos Ranoff Eu... Tu... Ele... Nós, Vós, Eles Conjugando certo o verbo cooperar. Eu... Tu... Nós, Vós, Eles No ‘modo’ gaúcho de agir e conquistar. Me dê a mão... Venha comigo, Não há fronteiras pra quem sabe caminhar Escolha o grão... Prepare o chão, Se a terra é boa basta apenas semear. Toda idéia... É uma semente... Que só germina pelas vergas do civismo. E é por isso, que no Rio Grande Da leiva bruta vinga o cooperativismo. Se dois pinheiros são preciso pra dar frutos A natureza já nos deu demonstração: Somando força é mais fácil de vencer, E encher de sonhos o celeiro-coração. Mira o exemplo... Voa no tempo... É centenária, missionária a lição. Padre Teodoro... falou que a pedra: Só se arreda com a força da união. Pra bem viver... Diz o saber... Que é necessário repartir para somar. E que o futuro, é mais seguro Pra quem na vida aprendeu a comungar. Binurei me chama a Sônia que é filha da Dona Antônia. Convida o Adamastor que é consciente agricultor. Não esquece, na passada de gritar por Bastião e pede pra ele “avisá” a Alemoa e o Zé Gambá que vai ter reunião. Um amigo da cidade me contou a novidade de uma tal associação sem empregado ou patrão. Todo mundo é igual e isso é o que me incentiva, por isso fui lhes “chamá” pra gente “organizá” uma tal cooperativa. “Bueno, o nome é bonito que nem penca de petiço, mas explique para a gente o que é que vem a ser isso.” É um grupo que porfia lidando com a parceria, trabalhando objetivos pra tornar os sonhos vivos. É uma irmandade fraterna que faz planos em comum e traz na alma os denodos de saber que um por todos é igual que todos por um. “Foram momentos de integração cooperativa. Ensinamos a história, os princípios e valores do cooperativismo através de uma prática alternativa da pedagogia não formal, extra sala de aula, além de uma oportunidade aos talentos das nossas cooperativas. Precisamos reconhecer o empenho de gaúchos e gaúchas na realização deste Festival. Cooperativas de todos os ramos, de todos os lugares, trabalhando juntos, lado a lado, cada uma com suas vocações e características próprias, unidas pelo mesmo objetivo, colocando dessa forma, em prática, o verdadeiro sentido da palavra intercooperação. Recebemos 88 músicas inéditas com o tema cooperativista. O Rio Grande Canta o Cooperativismo proporcionou o ensinamento da essência do cooperativismo através da cultura musical gaúcha”. Vergilio Perius Presidente do Sistema OCERGS-SESCOOP/RS Eu concorde. Eu também. Quem coopera sempre alcança. Então “ermãos” tá criada a Cooperativa Esperança. Binurei, me chama a Sõnia com os produtos da colônia e diz pro Adamastor “grudá” a zorra no trator. Diz pro Bastião é o Zé “leva” licor de butiá. Lemoa, faz “manepança”. Cooperativa Esperança tá chegando pra “ficar”. “Esta é a história de muitos que os caminhos percorreram, e na força da parceria se organizaram e venceram. Iluminaram seus sonhos com a harmonia, chama viva, e colheram ESPERANÇA semeando a COOPERATIVA”. Lidando em parceria quem coopera sempre alcança então “ermãos” tá criada Cooperativa Esperança. 13 festival novembro de 2007 “O projeto O Rio Grande Canta o Cooperativismo é uma ação inovadora, promovida pela unidade estadual do Rio Grande do Sul, que valoriza a cultura regional e tem papel importante no fortalecimento das ações de promoção social do cooperativismo”. Ramon Belisário Superintendente Técnico do Sistema OCB festival 14 novembro de 2007 “Danke”, Padre Theodor SICREDI Pioneira/ Novo Hamburgo Letra: José Henrique Rodrigues Música: José Henrique Rodrigues e Raúl Quiroga “Para Nova Petrópolis, foi uma honra e um grande prazer receber a etapa final do Rio Grande Canta o Cooperativismo. Além de ser o berço do cooperativismo na América Latina, Nova Petrópolis tem tradição na música através dos corais que encantam e integram a comunidade, que são mais de 60 coros. Sem dúvida foi o melhor lugar para brindar este momento. Uma cidade tipicamente alemã mostrou que não faz distinção entre culturas ou tradições, recebendo os tradicionalistas gaúchos e suas belas composições de braços abertos e com a hospitalidade que é destaque no Município. Agradecemos e parabenizamos a escolha por Nova Petrópolis. Foi um belíssimo evento”. Luiz Irineu Schenkel Prefeito de Nova Petrópolis O meu canto associativo Canta cooperativismo, Canta o Rio Grande nativo, Reportando campeirismo, Onde cresce quem coopera E aposta no nativismo, Princípios desta querência Com raízes no atavismo. O ente cooperativo Não seria diferente, Porque não faltam motivos Para o povo descendente: Estes “alemães do Sul” Semearam, no presente, Valores dos ancestrais, Colhidos antigamente. Desde a paisagem serrana, Numa canção de otimismo, A minha terra se ufana Por mais este pioneirismo: O berço desta teoria Que vence o capitalismo. “Danke Schön, PaterTheodor”, Por seu associativismo! São os frutos desta crença Que um padre ensinou pra gente Para vencer desavenças Nesta pátria continente (São Pedro, Padroeiro), Uniu crentes e descrentes, Juntou colono e campeiro, Em oração comovente. “Gostaria de parabenizar o Sistema OCERGSSESCOOP/RS pela iniciativa de realizar um concurso de música gauchesca através do Rio Grande Canta o Cooperativismo, pois mostrou o quanto é importante unir a cultura do canto ao cooperativismo, como foi mostrado pelas 12 músicas finalistas. Além disso, trouxe a finalíssima para Nova Petrópolis, que é o berço do cooperativismo e no ano do 40º aniversário da nossa Cooperativa Piá. Parabéns, entendemos que este foi o primeiro, e pelo sucesso deve ter continuidade”. Vitor Affonso Grings Presidente da Cooperativa PIÁ Na força da União COOPATRIGO Letra: João Antunes e João Ribeiro Música: Nilton Ferreira Correa Cooperativismo aqui Um dia chegou primeiro Na pátria dos guaranis Neste torrão missioneiro, Muito antes que a idéia Dos vinte e oito pioneiros Tecelões de Rochdale Ganhasse o mundo inteiro. A terra, indústria mãe, E o homem em persistência Se assomaram em comunhão Pras searas da querência Onde enxada e arado, No trabalho e braço forte, Foram moldurando campos No Brasil de sul a norte. Uma varinha somente Não tem tanta expressão Um feixe é mais resistente Em toda a sua dimensão; Assim também são os homens Quando eles se dão as mãos Formando cooperativas Tem-se a força da união! A riqueza de um país E o poder de uma nação Na forma de ser feliz Na melhor comparação: Nunca residiu na guerra Ou na força do canhão, Mas na beleza em que encerra De gerar seu vinho e pão. E o homem só vai pra frente No rumo dos seus primores Na repartição consciente De certos bens e valores Quando plantam na essência, Sementes da coesão E colhe das experiências, Frutos da cooperação! 15 festival novembro de 2007 Parceiro no Cooperativismo SICREDI Ijuí Letra: Carlos Alberto Dahmer Música: Luis Carlos Jarutais Parceria SICREDI Santa Maria Letra: Rodrigo Bauer Música: Sabani Felipe de Souza Ora verde, qual os teus olhos Ou louro, igual aos teus cachos Cooperação que germina É sina, é terra, é vertente De alma pura e cristalina Espelho da nossa gente União semente pra vida É força é esperança De uma colheita de sonhos Nos olhos de uma criança No braço de quem replanta As grossas veias são vergas E o suor produz o pão Campeando um novo horizonte Com sede de nova fronte E os velhos calos nas mãos O tempo que nos castiga Também nos fará sorrir E nosso caminho a certeza Que juntos vamos servir Os frutos maduros na mesa Na hora de repartir Um pai, no leito de morte, chamou seus filhos um dia... E a todos falou da força que habita na parceria! “Eu quero ver dois gravetos com cada um de vocês!” E os filhos foram em busca, sem entender o porquê... “Para nós da SICREDI Pioneira foi motivo de muita honra, alegria e orgulho sediar a etapa final do Festival O Rio Grande Canta o Cooperativismo, que aconteceu no dia 23 de novembro. O público presente, mais de 1.800 pessoas, vibrou intensamente, aplaudindo as músicas, os intérpretes e os conjuntos instrumentais que os acompanhavam. Parabéns aos grandes compositores e cantores que participaram do evento, e à grande campeã da noite, a música “Parceria”, de Rodrigo Bauer e Sabani Felipe de Souza, com interpretação de Leonardo Paim. Este grande Festival valorizou e disseminou de forma prazerosa o cooperativismo e a cultura gaúcha para o Rio Grande. E deve continuar por muitos anos pelo sucesso alcançado através das parcerias já na primeira edição. Parabéns à OCERGS e ao SESCOOP!” Édio Spier Presidente da SICREDI Pioneira Cada filho foi voltando com os dois gravetos falados... O pai quebrava um deles e o outro deixava de lado... Depois juntou os gravetos que ficaram sem quebrar E fez um fixe com eles, depois se pôs a falar: “Vejam só como os gravetos que eu forcei um por um Quebraram tão facilmente, não se salvando nenhum!” “Agora vejam o feixe que eu acabei de formar Por mais que imprima força, jamais conseguirei quebrar!” “Assim é a vida, meus filhos! Sozinhos não somos nada! Ficamos desprotegidos e enfraquecidos na estrada!” “Porém unidos, por certo, juntando força, energia... Irmãos que vão cooperados não temem o novo dia!” É assim com planta e com bicho! Também é assim com a gente... Um boi se ataca sozinho, mas a tropa é diferente! Cada um tem sua força, seu valor, sua magia... Mas tudo se multiplica na essência da parceria! Até pra fazer milongas, onde a querência está viva, Existe a fusão de forças, a arte é cooperativa! Seja no campo, nas ruas ou mesmo dentro de casa Os homens voam unidos, são anjos de uma só asa. “O Rio Grande Canta o Cooperativismo foi o mais autêntico evento de exaltação ao cooperativismo, conseguindo de forma inédita agregar a história e a cultura do Rio Grande, a importância da união através das cooperativas. A continuidade deste projeto é fundamental, divulgando mais a participação para artistas e público, valorizando a nossa cultura junto com o cooperativismo. Certamente estaremos juntos em 2008 no 2º Rio Grande Canta o Cooperativismo”. Paulo Pires Presidente da Cooperativa Tritícola Regional Sãoluizense Ltda. (COOPATRIGO) festival 16 novembro de 2007 Quando a Gente Sonha Junto SICREDI Santo Ângelo e SICREDI São Luiz Gonzaga Letra: Robinson Borges Pires Música: Erlon Péricles Rio Grande Cooperativo SICREDI Pioneira/ Novo Hamburgo Letra: Alvandy Rodrigues Música: Alvandy Rodrigues Searas de Liberdade COTRISA e SICREDI Santa Maria Letra: Eron Carvalho Música: Sérgio Rosa Nossas raízes operárias de irmandade Já vem do índio que povoou esses rincões, E alicerçado pelo tino dos jesuítas Pedra por pedra ergueu a saga das Missões. Quando as carretas rangiam pelas coxilhas Criando rumos e abrindo novas estradas, Nossos gaúchos nunca afrouxaram a perna Vergando cangas na dureza das quarteadas. Nas marcações, comunhão bruta das tauras, Corre o suor na ilhapa de cada laço... Um peala, um aperta, o outro marca, É o serviço do campeiro em seu compasso. Tentos fortes, que traçados fazem laço, Braço a braço, reforçados, mão amiga Quando a gente sonha junto, a gente cresce, E o sonho fortalece na união cooperativa. É por isso que eu te ofereço meu braço Pois somos parte da mesma comunhão, Crescemos juntos, lado a lado, passo a passo, Seguindo sempre a marca da cooperação. Nossa vontade de crescer e andar pra frente Nessa intenção de caminhar na mesma trilha, Se fortalece os ideais da nossa gente Somos mais fortes reunidos em família. Cooperativo sentimento de irmandade Identidade e valores em conjunto, Para sonhar é necessário ter coragem E é bem mais fácil quando a gente sonha junto. Onde viveu um Osório, Um soldado Farroupilha, O povo ninguém encilha Nem se rende a monopólios, Porque outro “provisório” Vai retomando as coxilhas. É o meu cooperativismo, Crioulo desta querência, Arraigado na consciência Do puro associativismo. Neste meu canto nativo, Pelo amor ao Rio Grande, A minha alma se expande Num verso cooperativo, Humilde, porem altivo, Para que nada desande Na ganância exclusivista (entre tantos paliativos) e nem se torne cativo do mundo capitalista. União de campo e cidade, Da produção e consumo, Que vai mudando de rumo Esta vida em sociedade, Sem tocar na liberdade Das lidas onde me aprumo. Pra ficar no coração Dos filhos da minha terra, A idéia veio da serra Num reponte de oração... Vem das missões ancestrais Nossas ânsias libertárias As origens missionárias De paz e fraternidade Na alma de cada um A mesma luta em comum Na busca da liberdade. Cooperação e progresso Traduz a filosofia Na mesma terra que um dia Foi berço de pátria antiga Nas missões imaculadas Templo comum das patriadas Que liberdade ainda abriga. Justiça, paz e trabalho Com liberdade e mais pão Cada um com seus anseios Seguindo a mesma missão Num canto de alma serena E velha Cruz de Lorena Timbrada no coração. Neste destino crioulo Sigo aprimorando a existência Nos caminhos da querência Marcados de luta e guerra Vou contemplando as distâncias Qual o fortim de uma estância Na defesa desta terra. Hoje colhemos os frutos No velho chão colorado Honrando nosso passado Que o tempo deixou pra traz E o fruto deste atavismo É o nosso cooperativismo Numa seara de paz. jurados comprovam a QUALIDADE do festival O Festival O Rio Grande Canta o Cooperativismo contou com o auxílio e a experiência de cinco jurados, responsáveis pela escolha das melhores canções. A Comissão Avaliadora recebeu músicas de compositores de letra e melodia de todo o Estado e, na primeira triagem, selecionou 30 canções para participar das três etapas regionais. Desse número, quatro foram escolhidas em cada fase do Festival, chegando às grandes vencedoras. Os jurados utilizaram três critérios básicos para seleção: letra, música e interpretação, considerando o conjunto de cada obra. Conheça os jurados do Rio Grande Canta o Cooperativismo e sua opinião sobre o Festival. Profissionais com forte ligação com a música gaúcha elegeram Os jurados analisaram letra, música e interpretação as vencedoras do Festival Jaime Brum Carlos É compositor, atua como veterinário na Secretaria Estadual da Agricultura. Reside em Restinga Seca. Maria Luíza Benitez É cantora e radialista. Reside em Porto Alegre. “O Festival O Rio Grande Canta o Cooperativismo é uma bela iniciativa do Sistema OCERGS-SESCOOP/ RS! E que coisa melhor do que a música, que é a linguagem universal que une todas as tribos? Parabéns a todos por proporcionarem a muitas pessoas a oportunidade de conhecer, de uma maneira inteligente, o que é o cooperativismo. Onde há cultura há paz e onde há paz, há cultura! Obrigada por me proporcionar fazer parte desse grande projeto.” Oscar dos Reis É concertista e professor de música. Reside em Caxias do Sul. “O Festival é realmente um evento muito importante, sobretudo por se deslocar e oportunizar o contato com diversas regiões. Isso faz com que O Rio Grande Canta o Cooperativismo seja um festival totalmente diferente, que não se realiza em um ponto específico, mas em vários locais do Rio Grande do Sul, proporcionando um intercâmbio cultural. Acho fundamental que Porto Alegre seja sede de uma etapa, no próximo Festival”. Raul Amaral É cantor e compositor, gerente da Cooperativa Sulleite. Reside em Santa Vitória do Palmar. “Foi uma excelente iniciativa, na questão de fomentar o movimento nativista e principalmente por essa idéia maravilhosa de divulgar o cooperativismo, as parcerias e o ativismo através da cultura. O Festival foi uma idéia brilhante, onde tivemos a oportunidade de conhecer o cooperativismo dos livros e dos meios de comunicação impressa nos palcos, onde se atinge um maior número de pessoas e, especialmente, os jovens – e atingindo os jovens, há uma maior multiplicação do sistema cooperativista. Tivemos dificuldades em escolher as melhores músicas, devido à qualidade das obras, dos músicos bem ensaiados. As músicas foram escritas de forma diferente, mas todas com qualidade semelhante. Cumprimento também a equipe da organização do evento e as pessoas que trabalharam no Festival, foi uma união de esforços que deu certo”. “O Festival teve uma importância muito grande, primeiramente, na divulgação da filosofia cooperativista, não ficando o cooperativismo restrito aos associados, mas sendo passado para as demais pessoas que não tinham conhecimento dessa causa. No aspecto do entretenimento, foi mais um espaço que se abriu para a divulgação da música nativista, enfocando não apenas o aspecto social, mas também o aspecto histórico e administrativo”. Eraci Rocha É músico, presidente da Ordem dos Músicos do Brasil/ RS. Reside em Porto Alegre. “O Rio Grande Canta o Cooperativismo foi um sucesso. A idéia de um festival com cooperativados serve para que outras associações ou classes possam utilizar a sugestão de fazer eventos culturais como este. Demonstra que as histórias dos festivais no Rio Grande do Sul não estão acabando, como ouvimos falar. O Rio Grande Canta o Cooperativismo cria oportunidades para pessoas que têm um potencial artístico a demonstrar seu talento, prova que existem formas de incentivar a cultura. A grande surpresa que tivemos foi a qualidade musical, altamente profissional, no nível dos festivais gaúchos. Ficamos bastante orgulhosos de poder participar, entusiasmados e felizes em saber que terão próximas edições do Festival”. 17 festival novembro de 2007 festival 18 novembro de 2007 poesia homenageia O COOPERATIVISMO A primeira atração do Rio Grande Canta o Cooperativismo foi a declamação da poesia Pajada do Cooperativismo, de Jayme Caetano Braun. A apresentação foi realizada por Pedro Júnior da Fontoura, ao som do violão de Clenio Bibiano da Rosa. Pajada do Cooperativismo Na magestade infinita Da região hoje plantada Pelo guarani habitada Um dia chega o jesuíta Na catequese bendita Do índio de alma primária Pra unir com fé doutrinária Lavoura, oficina e templo Dando a américa o exemplo Da vida comunitária. É a iniciativa privada Orientada e coletiva É a idéia cooperativa É a vivência organizada; Mas um dia chega a espada E a ambição pelo poder Ao índio restou morrer Pois negou-lhe a prepotência A lei maior da existência O direito de viver! Pedro Júnior apresentou a poesia Após terríveis chacinas Da opressão contra o direito Sem o mínimo respeito Nem pelas santas batinas, Restaram somente ruínas E a inesquecível lição Do índio de pé no chão Aos que iriam suceder: Tudo é possível fazer Com fé, vontade e união! Na querência missioneira Fronteiras e serranias Em vez de notas bravias Da velha inúbia guerreira Há uma imensa cabeleira Flamejante de cereais Do resto das catedrais Brotou cultura e semente Algo eterno e permanente Pra não morrer nunca mais. E assim o agricultor Que está cooperativado Tem direito assegurado Ao fruto do seu labor E não o tem por favor Mas porque não ficou mudo Com estudo ou sem estudo E sem ir atrás de engodos Sabe que tudo é de todos E que tem direito a tudo! O chão do nosso batismo Que peleando conquistamos Ao futuro projetamos Com alma e com patriotismo -viva o cooperativismo -irmão ajudando irmão Que até ao tomar chimarrão Escutando uma cordeona A tudo se soluciona Força da união pela união. O sino das reduções Silenciou nos descampados Quase cem anos passados Vieram novas gerações No chão daqueles rincões Que tanta legenda encerra Há um novo grito de guerra Ecoando nos corredores Pastores e agricultores Cantando os cantos da terra! E os que cresceram peleando Rasgando as primeiras sendas Os que plantaram legendas Sementes estão plantando; Plantando e se organizando Na pecuária e agricultura Porque a gente da planura Entende desses assuntos E sabe que – pegar juntos Se traduz na união mais pura! E venceremos assim Essa luta macanuda (...) Em cada voz um clarim, E chegaremos ao fim Todos juntos – que sozinho Falta calor de carinho E luz para a iniciativa Que sempre é a cooperativa Que aponta o melhor caminho! E por fim a segurança Prêmio do trabalho honrado Do presente e do passado Que no futuro se lança Na imagem de uma criança Diante do cenário augusto Pequenos juntos – sem susto, Escolhendo o líder certo Levando o homem mais perto De um mundo muito mais justo! como jayme caetano BRAUN cantou o cooperativismo em 1978 Participava da fase final do Rio Grande Canta o Cooperativismo, promovido pelo Sistema OCERGS-SESCOOP/RS, quando assisti emocionado à declamação da poesia de Jaime Caetano Braun, também um canto sobre o cooperativismo. Como se já não bastasse a alegria e a emoção transmitida pelas apresentações das 12 canções finalistas, cada uma melhor do Prof. Natanael Barreto que a outra, assisti à apresentação do declamador Pedro Júnior Lemos, que recitou muito bem a poesia do Jayme. Isso completou o clima da emoção daquela noite. Enquanto o declamador se apresentava, eu falava junto, antecipando os versos, pois cada um era como um filme passando por minha cabeça. Contratado pela equipe de Comunicação e Educação da FECOTRIGO em 1978, o Pajador das Missões cantou em versos repentistas a poesia que consta do audiovisual “Cooperativismo: “ O Homem mais Perto de um Mundo mais Justo”. A idéia de um audiovisual que Justo emocionasse as pessoas nasceu em um almoço do Ayrton Kanitz comigo. O roteiro e o texto foram criação do Kanitz, que também deu nome ao audiovisual, com aprovação do Luiz Francisco Terra Jr, gerente de Comunicação da FECOTRIGO e amigo do Jayme. A produção foi coordenada por mim, com participação de Marcelo Popovic, narração brilhantemente interpretada pelo Lauro Hagemann e com desenhos de Edgar Vasques. Cada verso corresponde a um slide, pesquisado e escolhido de acordo com o roteiro. O Jayme, com a inspiração habitual que o consagrou como o maior - e talvez último - autêntico repentista de raiz da pampa sul-americana, olhou os slides, deu uma lida no texto e mandou ligar o gravador. Só regravou os versos finais e estava pronta a canção cooperativista mais completa que conheço. E aquela poesia veio para marcar época. O audiovisual foi apresentado pela primeira vez no auditório da FECOTRIGO para dirigentes das suas cooperativas filiadas. Foi um momento de grande emoção. O público se levantou para aplaudir de pé e logo começaram a chover pedidos de cópias. A seguir, o Popovic teve que acelerar a multiplicação das fitas K-7, slides e textos, atendendo a todos os pedidos das cooperativas, para utilizá-lo no trabalho de Educação e Comunicação. Mais tarde, soubemos que foi apresen- tado em encontros de cooperativismo latino-americanos, sempre com muito sucesso. Produzido com grande cuidado, é um clássico, podendo servir para provocação de discussões que analisem o porquê e onde nosso cooperativismo errou ou acertou. A atualidade do audiovisual é tão real que 20 anos depois, em 1998, a COOTRAEL adaptou ao mesmo áudio imagens em movimento, também fruto de minha pesquisa e trabalho. Foi outra enxurrada de pedidos do trabalho, então em VHS ou DVD, pelas cooperativas do ramo Agropecuário do Rio Grande e também de outros estados. Um grande fã desse audiovisual é o professor Vergilio Perius, que sempre carrega uma cópia quando vai fazer uma palestra, utilizando-a como material de apoio, que facilita uma exposição e debate sobre o cooperativismo. Prof. Natanael Barreto Educador e Comunicador Cooperativista, presidente da COOTRAEL RODRIGO BAUER: autor da melhor letra do festival Após três etapas eliminatórias, com a participação de 88 composições, o Festival O Rio Grande Canta o Cooperativismo elegeu suas campeãs. A música vencedora foi “Parceria”, uma obra de Rodrigo Bauer e Sabani Felipe de Souza, representantes do SICREDI de Santa Maria. Os vencedores receberam um prêmio de R$ 5 mil e um troféu. O Interior do mês de novembro traz o perfil do compositor da letra de “Parceria”: Rodrigo Bauer. A TRAJETÓRIA "Uma vitória é sempre importante e muito bem-vinda" Rodrigo Nolibos Bauer nasceu em São Borja, no dia 3 de maio de 1974. Teve uma infância tranqüila junto dos pais – um advogado e uma professora. A família é pequena e muito unida. Rodrigo diz que seu envolvimento com a música é por pura vocação e que sempre recebeu o incentivo dos pais. Já venceu mais de 30 festivais. Entre eles, a Califórnia da Canção Nativa de Uruguaiana, a Moenda de Santo Antônio da Patrulha, a Sapecada de Lages SC e Um Canto para Martin Fierro, em Santana do Livramento. Em 1998 recebeu, do governo do Estado, o troféu Vitória por ser o melhor letrista, melhor compositor e pela melhor canção do ano no Rio Grande do Sul. Rodrigo tem ainda quatro livros e três CDs. O último deles, que chamase “O Cavalo Crioulo” e foi gravado em parceria com Joca Martins, foi Disco de Ouro Regional no Rio Grande do Sul. O letrista vencedor do Festival pretende continuar participando de festivais como O Rio Grande Canta o Cooperativismo, pois considera este tipo de evento a grande manifestação cultural de nossa música regional. Sobre o prêmio, ele declarou: “Uma vitória é sempre importante e muito bem-vinda.”. Para Rodrigo, a criação musical depende muito das parcerias. “É a arte da cooperação, como digo na letra.” – afirma. Sabani Felipe de Souza foi o responsável pela melodia e arranjos de “Parceria” e o intérprete da canção, Leonardo Paim, é um dos cantores preferido de Rodrigo. 19 perfil novembro de 2007 seminário de comunicação 20 novembro de 2007 trocas de experiência e aprendizado COMUNICAÇÃO O presidente Vergilio Perius enfatizou Noções de cerimonial e protocolo foram O jornalista Vitor Necchi ministrou a A comunicação da COPESUL foi a importância da comunicação como ensinadas pelo chefe do cerimonial da oficina de texto jornalístico quando apresentada pela assessora de imprensa, instrumento de intercooperação Assembléia Legislativa, Airton Vargas explicou técnicas de redação Carmen Langaro Comunicadores de cooperativas do Estado participaram do Seminário Estadual de Comunicação Cooperativa, promovido pelo Sistema OCERGSSESCOOP/RS. O evento ocorreu nos dias 26 e 27 de novembro, na sede do Sistema, em Porto Alegre. Durante a abertura do Seminário, o presidente do Sistema OCERGS-SESCOOP/RS, Vergilio Perius, ressaltou a função da comunicação para promover a intercooperação. “Vamos construindo tijolo por tijolo essa grande casa cooperativa. É preciso fazer grandes pontes de interface entre os ramos do cooperativismo, e são vocês, jornalistas, os principais responsáveis por isso”, afirmou, acrescentando que o jornal O Interior é uma ferramenta a serviço dos ramos do cooperativismo, para que eles se conheçam. As atividades do primeiro dia (26/11) seguiram com a oficina de organização de eventos, com o chefe do cerimonial da Assembléia Legislativa do Estado, Airton Vargas. O profissional apresentou noções de cerimonial e protocolo para os participantes, como a colocação correta de bandeiras, composição de mesa, ordem de discursos e envio de convites de eventos. Após, o jornalista, mestre em comunicação e professor da Pontifícia Universidade do Rio Grande do Sul (PUCRS), Vitor Necchi, ministrou a oficina de texto jornalístico. “Não adianta dominar a tecnologia, é preciso saber escrever um bom texto”, declarou. Necchi explicou técnicas de redação, ressaltando as diferenças que devem ser consideradas, dependendo da sua utilização - Internet, releases para imprensa, rádio, jornal impresso. O jornalista ensinou, ainda, a maneira correta de escrever artigos, editoriais e perfis, e discutiu questões do dia-a-dia das assessorias de imprensa. O segundo dia (27/11) iniciou com a apresentação de cases das assessorias de imprensa das cooperativas. CAAL, CERFOX, CERILUZ, CERTAJA, COTRIEL, COTRIPAL, COTRIROSA, FECOAGRO, Banco Cooperativo SICREDI S.A., SICREDI Pioneira RS, UNIMED Federação RS e UNIMED Vale do Taquari e Rio Pardo falaram sobre suas assessorias, contando sobre seu trabalho, suas experiências e projetos na área de comunicação. A tarde começou com a apresentação da assessoria de imprensa do Sistema OCERGS-SESCOOP/RS, seguida da exposição das ações de comunica- ção da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), pela gerente de comunicação Tecris de Souza. Na parte da tarde, para finalizar, a assessora de imprensa da Companhia Petroquímica do Sul (COPESUL), Carmen Langaro, ministrou a palestra sobre Comunicação Corporativa. Carmen abordou as estratégias comunicacionais da COPESUL para manter uma visão positiva na mídia, embora seja, segundo ela, uma empresa potencialmente poluidora. Além disso, enfatizou a importância da comunicação interna para garantir o sucesso da imagem da instituição. “No ambiente empresarial a comunicação é fundamental, para que os colaboradores tenham orgulho do seu local de trabalho e comuniquem os conteúdos e resultados”, destacou. Comunicadores de todo o Estado participaram do Seminário marcam o seminário estadual de COOPERATIVA apresentação de CASES Os comunicadores das cooperativas apresentaram as suas estruturas de comunicação social. A iniciativa objetivou a troca de experiências e o conhecimento das ações de cada cooperativa. CAAL A coordenadora de comunicação e marketing da Cooperativa Agroindustrial Alegrete (CAAL), Márcia Borges, além de apresentar todas as ações de comunicação da Cooperativa, contou sobre a exposição da importância da comunicação social que realizou para os gerentes e diretores. Márcia falou sobre o trabalho de unificação da marca da CAAL, a produção de jornais e peças gráficas, o trabalho desenvolvido em eventos, as estratégias de gerenciamento de crises, o suporte dado à direção, entre outras iniciativas. CERFOX A jornalista da Cooperativa de Energia e Desenvolvimento Rurais Fontoura Xavier Ltda. (CERFOX), Larissa Faller, ressaltou a responsabilidade do setor com a informação. Além do envio de releases para a imprensa e a produção de programas de rádio, Larissa contou sobre o carro-chefe da assessoria: o Informativo CERFOX. A publicação mensal tem uma tiragem de 4 mil exemplares e distribuição gratuita nos postos de pagamento de luz. Seu foco está nas ações da diretoria, da cooperativa e nos associados. CERILUZ Uma pesquisa de satisfação realizada na Cooperativa Regional de Energia e Desenvolvimento Ijuí Ltda. (CERILUZ) definiu os rumos da Comunicação Social. De acordo com a assessora de imprensa Daniele Lazarotto, o grande diferencial apontado eram os benefícios sociais da cooperativa. Isso causou, segundo ela, uma revolução no setor, e levou a um reposicionamento de marca. Além disso, a CERILUZ possui programa de rádio, informativo impresso e site. A cooperativa iniciou também, no mês de novembro, um trabalho de comunicação interna. CERTAJA O programa de rádio CERTAJA Comunidade da Cooperativa Permissionária de Serviços Públicos de Energia e Desenvolvimento Rural Taquari Jacuí Ltda. (CERTAJA) existe desde 1998. O CERTAJA Comunidade conta com dois personagens, um gaúcho e um alemão, e leva a informação de forma sutil, resultando na aproximação do ouvinte. A iniciativa foi apresentada pela ex-funcionária do setor de Comunicação e Marketing da Cooperativa, Marilene Junges, atualmente responsável pela diagramação dos jornais Certajano, direcionado aos associados, e Nossa Energia, voltado aos funcionários, que também foram apresentados, entre outras ações. 21 seminário de comunicação novembro de 2007 seminário de comunicação 22 novembro de 2007 COTRIEL A estrutura de comunicação social da Cooperativa Tritícola de Espumoso Ltda. (COTRIEL) inclui um Informativo interno semanal, programas de rádio, um boletim diário por e-mail para os funcionários, produção de notícias e atualização do site. A apresentação do case foi realizada pelo jornalista Roger Nicolini. A comunicação social também participa da organização e cobertura de grandes eventos, ponto destacado por Nicolini, e da produção de material publicitário. COTRIPAL O foco nas pessoas é a proposta da comunicação da COTRIPAL Agropecuária Cooperativa. A jornalista Tamar Santos e o estudante de jornalismo Jean Patrick Joris, contaram um pouco sobre as ações do setor de Comunicação e Marketing da Cooperativa. A campanha “Juntos somos mais” tem seu foco na valorização dos clientes e associados, presentes nas fotos das publicações da COTRIPAL. De acordo com Tamar, a idéia é passar uma imagem moderna do cooperativismo, sem perder suas raízes. A Comunicação e Marketing da Cooperativa conta ainda com estúdio de rádio, informativo e publicações. SICREDI PIONEIRA RS O case da inauguração da unidade de atendimento do SICREDI Pioneira em Portão, onde a comunicação integrada foi garantia do sucesso, foi apresentado pelo assessor de Comunicação Social do SICREDI Pioneira, Daniel Hillebrand e pela assistente de Comunicação, Cristiane Steiner. Estratégias como a adesivagem do prédio antes da inauguração, e um front light para instigar a curiosidade dos moradores da cidade foram apresentadas. Além disso, o dia da inauguração com um grande evento e, principalmente, o apoio da equipe de comunicação social e de colaboradores do SICREDI Pioneira se tornou exemplo de trabalho em equipe, com grandes resultados. FECOAGRO/RS O gerenciamento da informação foi o principal ponto tratado pelo assessor técnico da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FECOAGRO/RS), Ricardo Núncio. Segundo ele, diversos encontros estão sendo realizados com os associados, para que se faça uma avaliação e sejam apontadas as principais falhas no sistema de trocas de informação. Núncio explicou que a comunicação precisa ser trabalhada nas ocasiões em que os veículos são inadequados, a linguagem é deficiente ou a mensagem é mal compreendida. A alternativa encontrada pela FECOAGRO/RS para solucionar esses problemas foi trabalhar a comunicação interna, enfatizando a forma de comunicação entre o colaborador e o associado. BANCO COOPERATIVO SICREDI S.A. O Sistema de Crédito Cooperativo SICREDI opera em grandes e pequenos centros urbanos, com 129 cooperativas de crédito e mais de mil pontos de atendimento em dez estados brasileiros. Nos últimos sete anos, o número de associados triplicou, atingindo hoje 1,2 milhão de pessoas. A analista de comunicação do Banco Cooperativo SICREDI S.A., Chaiene Lewis, apresentou o conceito de comunicação integrada como fator estratégico de crescimento da Cooperativa. Chaiene destacou os investimentos do Banco Cooperativo SICREDI S.A. na sua estrutura de comunicação e marketing, de maneira que a marca fosse unificada em todas as unidades, e mostrasse que o cooperativismo de crédito é seguro. Desde março, a Cooperativa investe, ainda, em ações de comunicação interna. COTRIROSA A assessora de comunicação e educação Zélia Savoldi destacou que a comunicação da Cooperativa Tritícola Santa Rosa Ltda. (COTRIROSA) é realizada com a colaboração de funcionários, gerentes e diretores. Programas de rádio, informativo para a imprensa, um jornal e campanhas promocionais fazem parte das atribuições da assessoria. Segundo Zélia, o setor produz também peças publicitárias, como panfletos e calendários e busca trabalhar com a família do associado, promovendo seminários, cursos, palestras técnicas, viagens de estudo e visitas à Cooperativa. UNIMED FEDERAÇÃO RS O coordenador de Comunicação Institucional da UNIMED Federação RS, Silvio Peter e o auxiliar de Comunicação Gabriel Schüler apresentaram o case “A Comunicação Institucional Corporativa do Sistema Cooperativo Empresarial do Sistema Unimed RS”. Além do vídeo institucional produzido para os 35 anos da Cooperativa, a comunicação interna e a externa foram destacadas. Auxílio a eventos e padronização nas singulares, para criar um conceito único da marca, também foram estratégias apresentadas. O folder institucional da UNIMED RS também foi reformulado e aperfeiçoado. UNIMED VALE DO TAQUARI E RIO PARDO O assessor de imprensa da UNIMED Vale do Taquari e Rio Pardo, Daniel Neves da Silveira, ressaltou os resultados da Área de Marketing: enquanto no ano de 2006, foram veiculadas 227 publicações, o primeiro semestre de 2007 já contabilizou 372 publicações. A receita do sucesso se dá nas atividades desenvolvidas pelo setor: envio de releases para a imprensa, entrevistas à mídia, publicações, site, entre outras ações. Dois pontos enfatizados foram o controle de divulgações, e análise das publicações espontâneas como forma de demonstrar o trabalho da Área de Marketing e um bom relacionamento com a imprensa – cartões de aniversário aos jornalistas, encontros com a imprensa e o projeto de levar ginástica laboral às redações foram exemplificados. ASSESSORIA DE IMPRENSA DO SISTEMA OCERGS-SESCOOP/RS A edição do jornal O Interior, a atualização do site, o envio de matérias para a imprensa e a produção de materiais gráficos são algumas das atribuições da assessoria de imprensa do Sistema OCERGS-SESCOOP/RS. De acordo com a assessora de imprensa, Andrelise Daltoé, a comunicação na entidade esteve, durante o ano passado, em fase de reestruturação e, hoje, está trabalhando para aprimorar a estrutura existente. Andrelise disse ainda que, no próximo ano, ações de comunicação interna, melhorias no site e o Portal de Negócios serão trabalhados. Além disso, enfatizou a importância da contribuição das cooperativas com a produção do jornal O Interior, que é um espaço de divulgação das ações do cooperativismo gaúcho. “Temos uma proposta de integração e intercooperação através da informação”, acrescentou. GERÊNCIA DE COMUNICAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO DAS COOPERATIVAS BRASILEIRAS (OCB) A preocupação em ser preventivo e pró-ativo marca a Comunicação no Sistema OCB. De acordo com a gerente de Comunicação, Tecris de Souza, o setor é integrado e focado em seu público alvo: as cooperativas brasileiras. A OCB possui 7,6 mil cooperativas e 7,3 milhões de associados. “A organização de pessoas nos diferencia dos capitais, e temos nosso foco nesse referencial”, ressaltou. Tecris falou também sobre o desafio de formular estratégias de comunicação em uma sociedade confusa sobre o conceito de cooperativismo. Segundo ela, a Comunicação da OCB se destaca por ser estratégica, transparente, ética e produzir textos claros, informativos e com qualidade. Entre os produtos da Comunicação, estão a atualização do site, newsletter diária, informativo Online diário, participação em eventos, publicações institucionais e técnicas, peças promocionais, assessoria de imprensa, comunicação interna, questões relacionadas à marca, entre outros. 23 seminário de comunicação novembro de 2007 enquete novembro de 2007 o que você sugere para aprimorar A INTERCOOPERAÇÃO? Sabe-se que todas as cooperativas são grandes. O jornal O Interior poderia criar uma pauta específica todo mês para divulgar um assunto e mandar para todas as cooperativas e, em cima disso, as cooperativas poderiam mandar o que elas têm de melhor sobre aquele assunto específico. A idéia é criar uma pauta única para todas cooperativas, para fazer um comparativo e pegar as melhores idéias de cada uma. André Luiz Benedetti Assessor de Imprensa da UNIMED Nordeste Para incentivar essa intercooperação, a cada edição, a COOPCORREIOS, do ramo Crédito, divulga em seu informativo impresso trimestral o trabalho de uma cooperativa de outro ramo. As cooperativas também podem firmar convênios entre si e oferecer benefícios aos associados (descontos, por exemplo), promover eventos de integração ou feira de negócios, para que cada uma apresente seus produtos, serviços e possibilidades de parceria. Cassiana de Oliveira Jornalista da COOPCORREIOS Para melhorar a intercooperação é fundamental primeiro conhecer a lei do cooperativismo, que fala deste princípio. Sugiro que o Sistema OCERGSSESCOOP/RS continue participando para divulgar os serviços, cursos, e ter dentro do jornal O Interior pessoas que se preocupam em valorizar o cooperativismo e o produto de cada cooperativa. Usar, conhecer e atualizar os sites das cooperativas também é uma boa opção. João Luís Lucchese Coordenador de Marketing da INTEGRAL Cooperativa A intercooperação pode ser feita a partir dos registros das cooperativas, que têm o reconhecimento das cooperativas atuantes e podem realizar um trabalho de trazer as cooperativas não regulares. Mais uma sugestão: o e-mail está aí, mas precisamos de um contato direto: é preciso falar com as pessoas cara a cara, em segundo lugar fazer um contato por telefone, e mandar uma mala-direta se todas as alternativas falharam. Vânia Lúcia Pavan Schneider Pedagoga da COOPSUL Realizar mais eventos para gerar a integração entre os cooperados e associados. Um exemplo deles é o Festival O Rio Grande Canta o Cooperativismo, e outra sugestão é o lançamento, o mais rápido possível, deste portal de intercooperação que está sendo comentado. Daniel Hillebrand Assessor de Comunicação Social do SICREDI Pioneira RS A intercooperação é um desafio e estimulá-lo através da comunicação é multiplicá-lo mil vezes. Acredito que o Sistema OCERGS-SESCOOP/RS pode amarrar esse esforço através de ações que estimulem os relacionamentos entre as cooperativas, utilizando técnicas e instrumentos de comunicação integrada, que aplicadas ao cooperativismo aproximem todo o Rio Grande do Sul cooperativista. Nesta nova fase do Sistema OCERGS-SESCOOP/RS, com a comunicação posicionada estrategicamente, estaremos trilhando novos rumos, onde inovando como comunicadores vamos ajudar a promover a intercooperação. Janete Pereira da Fontoura Martins Auxiliar Administrativa da COOTRAVIPA