- Grupo Espírita Redenção

Transcrição

- Grupo Espírita Redenção
ANO 11
Nº 155
AGOSTO 2011
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
www.redencao.org.br
O Redenção
BOLETIM INFORMATIVO DO GRUPO ESPÍRITA REDENÇÃO
Rua Leopoldo, 417—Andaraí—Rio de Janeiro—RJ
E DI TORIA L
AT E M P O R A L I D A D E
A Terra passa por um momento de transformação, em
que subirá um degrau na escala da hierarquia dos
mundos. É preciso não perder de vista, todavia, que a
revolução, ora em andamento, é antes de natureza
moral do que material. Não se trata, agora, de comoções puramente materiais, daquelas que frequentaram
o período da formação do planeta. Como disse Kardec,
“hoje não são as entranhas do planeta que se agitam:
são as da Humanidade”. E uma transformação tão profunda, como a que hoje se opera, que objetiva estabelecer uma nova ordem de coisas, não se encontra circunscrita a uma região, povo ou raça. Trata-se, sim,
de uma mudança generalizada, que estabelecerá uma
nova era no planeta. Materialmente, a Terra tem realizado progressos indiscutíveis, avançando no campo
das ciências, das artes e do bem-estar. Espiritualmente, contudo, há um imenso progresso a realizar. Para
tanto, necessário se torna combater determinados
vícios, ainda fortemente presentes nos espíritos que
formam a sua humanidade, como o egoísmo, o orgulho, as paixões inferiores, os preconceitos de natureza
social e de raça e a intolerância religiosa. É preciso
fazer com que reinem entre os homens a caridade, a
fraternidade e a solidariedade. Mas, para que isto
aconteça, não pode a humanidade ser conduzida pelo
mesmo sistema de crenças que foi útil durante uma
determinada época, mas que hoje já não atende a
estas novas aspirações. Para que reinem na Terra
esses sentimentos, que marcarão os novos tempos que
surgem, é necessário que a fé cega, ensinada por instituições antiquadas, seja substituída por uma fé raciocinada, fundamentada em princípios aceitos não por
força de proselitismos, mas pelo esclarecimento. A
existência de um Deus igual para todos, do espírito
que sobrevive à morte do corpo, de uma vida futura
que está sendo construída por nossas ações no presente e da reencarnação como instrumento de progresso, que levará à perfeição e à felicidade definitivas, são princípios que nortearão os homens na nova
era, independentes de qual seja a corrente religiosa
que se professe. Demonstrando, de modo claro e
racional, a realidade desses princípios, o Espiritismo
veio trazer uma valiosa contribuição para a mudança
dos conceitos ensinados por essas crenças. Por essa
razão, ele é o futuro das religiões.
A Humanidade progride através dos indivíduos
que se melhoram pouco a pouco e se esclarecem; quando estes se tornam numerosos,
tomam a dianteira e arrastam os outros. De
tempos em tempos surgem os homens de gênio
que lhes dão um impulso, e, depois, homens
investidos de autoridade, instrumentos de Deus,
que em alguns anos a fazem avançar de muitos
séculos.
O progresso dos povos faz ainda ressaltar a justiça da
reencarnação. Os homens de bem fazem louváveis esforços para
ajudar uma nação avançar moral e intelectualmente; a nação
transformada será mais feliz neste mundo e no outro, compreendese; mas, durante a sua marcha lenta através dos séculos, milhares
de indivíduos morrem diariamente, e qual seria a sorte de todos
esses que sucumbem durante o trajeto? Sua inferioridade relativa
os priva da felicidade reservada aos que chegam por último? Ou
também a sua felicidade é relativa? A justiça divina não poderia
consagrar semelhante injustiça. Pela pluralidade das existências, o
direito à felicidade é sempre o mesmo para todos, porque ninguém
é deserdado pelo progresso. Os que vivem no tempo da barbárie,
podendo voltar no tempo da civilização, no mesmo povo ou em
outro, é claro que todos se beneficiam da marcha ascendente.
Mas o sistema da unicidade da existência apresenta neste
caso outra dificuldade. Com esse sistema, a alma é criada no
momento do nascimento, de maneira que se um homem é o mais
adiantado que outro é porque Deus criou para ele uma alma mais
adiantada. Por que esse favor? Que mérito tem ele, que não viveu
mais do que o outro, menos, muitas vezes, para ser dotado de uma
alma superior?(...)
As almas vindas no tempo da civilização tiveram a sua
infância, como todas as outras, mas já viveram e chegam adiantadas em consequência de um progresso anterior; elas vêm atraídas
por um meio que lhes é simpático e que está em relação com o seu
estado atual. Dessa maneira, os cuidados dispensados à civilização
de um povo não têm por efeito determinar a criação futura de
almas mais perfeitas, mas atrair aquelas que já progrediram, sejam
as que já viveram nesse mesmo povo em tempos de barbárie,
sejam as que procedem de outra parte. Aí temos ainda, a chave do
progresso de toda a Humanidade. Quando todos os povos estiverem no mesmo nível quanto ao sentimento do bem, a Terra só
abrigará bons Espíritos, que viverão em união fraterna. Os maus,
tendo sido repelidos e deslocados irão procurar nos mundos inferiores o meio que lhes convém, até que se tornem dignos de voltar ao
nosso meio transformado.
Fonte: O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – LAKE – Livro Terceiro – Cap.
VIII – item 789.
Semeando Ideias
Programa exibido na
Rádio Rio de Janeiro 1400 AM
www.radioriodejaneiro.am.br
Apresentação:
4ª feira às 14h, reprise às 23 h
Ouça também na
página do Redenção!
www.redencao.org.br
(disponível a partir
de 5ª feira)
Programa mantido pelo Grupo Espírita Redenção
Nesta edição:
PONTO DE VISTA -
AUTOESTIMA
2
CONTO - A GRANDE RESPONSABILIDADE
3
EM SE TRATANDO DE EDUCAÇÃO - CONVIVÊNCIA COM OS
4
FILHOS: EXERCÍCIO DE EXEMPLO E AMOR
TRAÇOS BIOGRÁFICOS - DELPHINE DE GIRARDIN
REUNIÕES PÚBLICAS -
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O R EDEN ÇÃO
AGOSTO 2011
P O N T O D E V I S TA
AUTOESTIMA
O trabalhador espírita, por
vezes, necessita elevar sua autoestima.
Ora, é a pressão espiritual
contrária que o abate e que pode
enfraquecer seu ânimo.
Outras vezes, são os relacionamentos complexos, difíceis, que
o prostram.
Noutros
momentos,
um
sentimento melancólico pode advir,
em função dos obstáculos, diante da
tarefa ou do seu processo de reforma interior.
Seja qual for a razão, faz-se
oportuna a reflexão, à luz da Doutrina Espírita, revendo horizontes, para
o cumprimento de metas ensejadas
pela atual programação reencarnatória.
Renovar e fortalecer a fé é
fundamental, nessas situações.
Deixar-se guiar pelo bom
senso, também.
Unindo sentimento e razão,
num clima de calma, serenidade,
ideias, princípios, postulados, que
afloram em sua mente e aliviam seu
coração, aprimorando a sintonia com
benfeitores espirituais que o fortalecem, na caminhada evolutiva e no
cumprimento do dever.
Perseverar no caminho do
bem é o desafio, permanecendo
nele, sempre.
Quanto à pressão espiritual
contrária, o trabalhador consciente
sabe que, num contraponto, conta
com todo o apoio da cidade espiritual de luz a que é ligado.
Em relação a relacionamentos complexos, difíceis, entende que
o acaso não existe. Muitas vezes, a
Lei de Progresso nos recoloca frente
a frente com desafetos do passado,
para que arestas sejam aparadas.
Sobre obstáculos diante da
tarefa, compreende que a boavontade, aliada ao empenho, garantem o estado de espírito que leva ao
sucesso.
A propósito de melancolia
decorrente de abraçar o processo de
reforma íntima, sem constatar resultados imediatos, reconhece que o
segredo do sucesso consiste, exatamente, em insistir, continuamente,
no exercício de substituir imperfeições por valores morais que lhe são
opostos.
Reencarnados num mundo
de expiações e provas como o nosso,
altos e baixos são normais em relação à autoestima.
Diante dessa realidade, não
há que se lamentar, nem tampouco
esmorecer.
Todas as dificuldades serão
superadas, no momento oportuno,
em havendo perseverança.
Depois da tormenta, vem a
calmaria. Depois da noite escura,
uma nova alvorada.
Reencarnamos para progredir.
Dificuldades,
obstáculos,
desafios, devidamente superados,
levam a esse objetivo.
O processo de reforma íntima leva-nos a retificar comportamentos equivocados.
Coloca-nos receptivos aos
bons fluidos, que nos reanimam as
forças.
Reforça, em nosso coração,
a busca prática da caridade e da
humildade, que afastam o egoísmo e
o orgulho, propiciando o perdão, a
“Seja qual for a
razão, faz-se oportuna a reflexão, à luz da
Doutrina Espírita,
revendo horizontes,
para o cumprimento
de metas ensejadas
pela atual programação reencarnatória.”
reconciliação, a mansuetude, entre
tantos outros sentimentos construtivos.
Reacende, em nosso âmago, a chama do ideal a ser atingido.
O importante é, com a
autoestima elevada, permanecer no
bom caminho, rumo à evolução.
Parar, retroceder, nem pensar.
Retomar, sempre, o esforço
pela prática do bem, em todos os
sentidos, e com bom ânimo, é roteiro do trabalhador espírita.
Fonte: Editorial da Revista Internacional
de Espiritismo. Outubro 2010.
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REFLEXÃO
EM BUSCA DE
IDENTIDADE
Geraldo Campetti Sobrinho
O que me faz ser quem
eu sou?
Essa é uma dúvida que
entrementes me surge...
A questão é curiosa e me
faz perceber que ainda não me
conheço integralmente.
Bem provável é que me
conheça, ainda, muito pouco, apenas de relance.
Quem sou eu, de onde
vim, o que estou fazendo aqui,
para onde vou, o que será de
mim?
São perguntas que não
costumamos fazer a nós mesmos.
E quando as fazemos, as respostas
não são encontradas dentro de
uma gaveta ou num arquivo de
computador.
Imagino que as explicações estejam nos escaninhos da
mente ou nos refolhos do coração,
onde também são guardadas as
emoções e os sentimentos.
As respostas estão dentro
de nós mesmos...
Assim, a necessidade da
busca interior, para o autodescobrimento e o despertar de potencialidades latentes em nossa intimidade, boa parte delas ignorada
pelos seus hospedeiros.
Quando estendo o olhar
ao cosmos infinito à procura de
conexão extrassensorial, percebo
que o macrocosmo mantém relação conivente com o microcosmo,
tornando impossível conhecer o
todo sem que se estabeleça intrínseca relação com a parte.
A necessidade de integração demandada por minha alma
resta insolúvel quando não consigo
compartilhar com o todo do qual
faço parte a parte que sou, para
que o todo seja integral.
É uma incompletude que
me faz indagar: o que me faz ser
quem eu sou?!
Fonte: Revista Presença Espírita. Maio
e junho/2011.
Não desista da VIDA.
Há sempre um caminho.
Tenha esperança. Confie em DEUS.
RÁDIO RIO DE JANEIRO 1400 AM
A EMISSORA DA FRATERNIDADE
Ouça a programação pela Internet:
www.radioriodejaneiro.am.br
LIGUE 141
CENTRO DE VALORIZAÇÃO DA VIDA
Informações:
www.cvv.org.br
O R EDEN ÇÃO
AGOSTO 2011
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CONTO
A GRANDE RESPONSABILIDADE
Wilson Frungilo Júnior
- Sinceramente, Flávio, Deus
não tem sido bom para mim. Acho até
que Ele esqueceu que eu existo.
- Não diga isso, Orestes. Você
tem um bom emprego, uma família, uma
boa esposa, ótimos filhos. Do que você
reclama? Nunca lhe faltou nada.
Orestes e Flávio são amigos e
companheiros de trabalho de uma grande empresa industrial e, nesse momento,
como sempre fazem aos domingos à
tarde, encontram-se num parque florestal onde costumam caminhar por uma
larga trilha que circunda o local, não só
com a finalidade do exercício físico, mas
principalmente para descansar a mente
em contato com a natureza e conversar
sobre assuntos, quase sempre relacionados com o trabalho. Sentam-se agora
em um banco rústico de madeira, à sombra de uma árvore e Orestes continua:
- É que não consigo sair disso...
dessa minha vidinha, sempre com o
mesmo padrão. Tenho visto muitas pessoas prosperarem. Você mesmo é como
eu. Nada melhora para você. Há quanto
tempo trabalhamos juntos nesta empresa e sempre "marcando passo"...? Aliás,
você que acha que Deus é justo, como
me explica o fato de nós levarmos essa
nossa vida e o seu Torres, nosso patrão,
usufruir de toda aquela fortuna que, na
verdade, pouco lutou para conseguir,
tendo herdado tudo do pai?
- Não seja ingrato, Orestes. O
seu Torres é um bom homem e sempre
tratou muito bem todos os seus funcionários. Ganhamos bem, até, se compararmos o nosso salário com o de industriários de outras empresas. Fora o plano
de saúde que ele nos paga, a escola das
crianças, o centro de lazer e a cesta
básica, pela qual pagamos muito pouco.
Para mim, o homem é um santo.
- Mas ele vive melhor que nós,
sem fazer nada.
O amigo vai retrucar quando
surge, ao lado dos dois, um senhor de
idade já avançada, que lhes pede permissão para sentar-se também naquele
banco.
- Certamente que sim - responde-lhe Flávio.
O homem dá um leve sorriso e,
vagarosamente ajeita-se no banco.
Orestes, então, sorrindo para o
amigo, pergunta ao velho:
- Meu bom homem, por favor,
diga-me: o senhor é feliz?
O velho olha-o fixamente e responde:
- Meu filho, vou lhe dizer uma
coisa: na verdade eu sou um grande
candidato à felicidade e sei que um dia a
terei. Essa minha certeza já me deixa
feliz.
- Não estou entendendo - responde Orestes, olhando com um ar de
galhofa para Flávio, que não lhe corresponde com o mesmo olhar, vislumbrando
uma ponta de sabedoria nas palavras do
homem - O senhor diz que é feliz por
saber que um dia terá a felicidade? Isso
me parece um tanto estranho.
- A felicidade a que me refiro
não tem nada a ver com esses momentos felizes que conhecemos e sentimos.
A grande felicidade será aquela que, um
dia, nos encherá a alma e nos acompanhará sempre por este nosso infinito
Universo, estejamos onde estivermos. E
como sei que para atingir esse estado, é
imprescindível livrar-me de todos os
meus defeitos, sinto-me feliz em cada
batalha ganha contra os grandes males
da humanidade, geralmente ocasionados
pela vaidade, pelo orgulho, pelo egoísmo, pela intransigência, pela prepotência, pela impaciência, pela inveja e pela
ingratidão.
Orestes sente um certo desconforto quando o velho pronuncia a palavra
"ingratidão", principalmente pelo tom de
voz empregado e pelo seu olhar fixo.
Flávio sente-se também perplexo com as
palavras daquele homem e pergunta-lhe:
- Meu senhor, por acaso ouviu
parte de nossa conversa quando aqui
chegou?
- Sim. Ouvi quando você chamou seu amigo aqui de ingrato, por causa de seu Torres.
- O senhor conhece o nosso
patrão?
- Sim. Conheço-o há muito tempo e, também, a grande responsabilidade que pesa sobre seus ombros, dependendo dele o destino de centenas de
famílias como a de vocês. Imaginem se
ele, de repente, resolvesse parar de trabalhar e encerrasse as atividades da
fábrica. Seu Torres é um abnegado e
muito trabalha pela empresa, a fim de
não faltar o ordenado e a assistência a
seus funcionários. Aliás, já passou por
momentos muito difíceis, muitas noites
sem dormir, preocupado com problemas
de ordem administrativa e funcional que
vocês nem chegaram a tomar conhecimento e, por conseguinte, nunca perderam o sono. Quanto trabalho ele teve,
por exemplo, quando precisou adequar
todo o seu parque industrial às novas
exigências do mercado, contraindo vultosas dívidas em Bancos, sempre preocupado com a perenidade do ganha-pão de
todos. Podem ter a certeza de que vocês
possuem muito mais momentos de descanso e descontração do que aquele
pobre homem que, neste mesmo instan-
te em que estamos aqui conversando,
deve estar debruçado sobre sua mesa de
trabalho, procurando soluções para problemas que, a todo momento, surgem
numa empresa daquele porte.
- Realmente, o senhor deve ter
razão – comenta Orestes, já arrependido
de ter tecido aquele comentário sobre
seu patrão. - Mas como o senhor pode
saber tudo isso? Quem é o senhor?
O ancião sorri, acomoda-se
melhor no banco de madeira e retoma a
conversação:
- Vocês já ouviram falar em
reencarnação?
- Sim - responde Flávio. - Já li
alguns livros e até cheguei a assistir
algumas palestras a respeito da Doutrina
Espírita e confesso que, apesar de não
dedicar-me mais a esse estudo, possuo
muita convicção a respeito.
- E você? - pergunta, agora, a
Orestes.
- Flávio já me falou muito sobre
esse tema, mas não sei se acredito...
Pode até ser...
- Muito bem. Já que possuem
algum conhecimento sobre o assunto,
vou lhes narrar um fato ocorrido há muito tempo, na época das cruzadas onde
dois guerreiros, pai e filho, cometeram
tantas atrocidades gratuitas, com tamanha selvageria que chegaram a ser temidos e, até mesmo, odiados pelos próprios companheiros de empreitada, chegando, inclusive, a serem assassinados
na calada da noite, depois de calorosa
discussão com o chefe do grupo. Pai e
filho, então, libertos do envoltório físico,
passaram a sofrer, por séculos, o terrível
assédio vingativo de suas vítimas, nos
escuros e fétidos despenhadeiros do
umbral. Também os outros guerreiros,
antigos companheiros, ao desencarnarem, viram-se atraídos por aquele emaranhado de ódio e desejos de vingança.
Muito auxílio foi tentado dar a todos
pelos Espíritos Socorristas, mas o ódio
era muito grande e dificultava sobremaneira o socorro, até que, após algumas
centenas de anos, pai e filho puderam
ser auxiliados porque se dispuseram ao
arrependimento sincero e solicitaram
auxílio ao Alto. Então, socorridos e retirados daquela região, também foi possível auxiliar os outros. E todos, vítimas e
verdugos, começaram então a reencarnar, a maioria compulsoriamente, em
determinada cidade, reunidos em vários
círculos familiares, a fim de que o relacionamento entre pais e filhos pudesse
transformar em amor o vil sentimento
que lhes acometia o coração. E o guerreiro pai e o guerreiro filho que muitas
vidas haviam ceifado, muitas famílias
O R EDEN ÇÃO
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haviam prejudicado, para aqui vieram
com a missão de dar a todos condições
de sobrevivência digna e saudável.
Orestes e Flávio ouvem atentamente a narração, sem conseguirem
esconder os sinais de estupefação que
lhes marca os semblantes.
- O senhor quer dizer - interrompe Flávio - que o seu Torres e seu pai
foram esses dois guerreiros?
- Eu não estou dizendo nada.
Apenas lhes contei uma história - responde o velho, com um sorriso nos
lábios.
- Isso também quer dizer... complementa Orestes - que eu e Flávio
podemos ter sido um daqueles guerreiros
ou vítimas?
- Isso eu também não disse.
Mesmo porque, em casos desse tipo,
muitos outros Espíritos também reencarnam no intuito de auxiliar aqueles que
para aqui vêm.
- Mas...
- Meus filhos, - interrompe o
ancião - lembrem-se sempre: não se
lamentem nunca por causa de frivolidades. Trabalhem. Trabalhem com muito
amor e pensando no bem que estão
fazendo para os seus semelhantes. E
sejam sempre gratos a Deus e aos
homens.
Dizendo isso, o velho levanta-se
do banco e, silenciosamente desaparece
por entre as árvores daquela reserva.
***
No dia seguinte, na fábrica:
- Orestes, você está com algum
problema? Seus olhos estão marejados
de lágrimas - pergunta seu Torres para o
rapaz quando este, pela primeira vez,
entra na sala da diretoria da empresa, a
fim de lhe levar uma encomenda.
- Não tenho nada, não, seu Torres. Mas diga-me uma coisa: de quem é
aquele retrato ali na parede?
- É de meu falecido pai que
começou toda esta empresa.
E Orestes não consegue mais
conter as lágrimas ao ver o retrato do
velho que sentara-se ao seu lado no Parque, na tarde do dia anterior.
Fonte: A Casa das Chaves. Wilson Frungilo
Júnior. Ed.IDE
CONVIVÊNCIA COM OS FILHOS:
EXERCÍCIO DE EXEMPLO E AMOR
EM SE TRATANDO DE EDUCAÇÃO
4
Estudos recentes de alteração social entre pais e crianças têm
mostrado que, desde a mais tenra
idade, não só o comportamento dos
pais influi sobre a criança, como o
comportamento da criança e suas
características pessoais têm efeitos
poderosos sobre o comportamento de
quem dela cuida.
minar de “satisfação das necessida- extinguir assim, os inadequados.
des básicas”.
Conseguir
uma
melhor
A importância da palavra, do comunicação e convivência também
que se diz e de como se dizem as significa podermos reconhecer e aceicoisas do dia a dia no processo edu- tar nossas imperfeições e os “curtoscacional também estão diretamente circuitos”. Mesmo adultos, no entanligados ao modelo que a criança, to, todos nós temos condições de
futuramente, tende a seguir.
crescermos e mudarmos.
O elogio é uma forma de
transmitir à criança uma autoimagem
positiva e realista, fazendo ainda com
que os comportamentos adequados
aumentem a freqüência, procurando
Para que a interação tornese cada vez mais fortalecida, faz-se
necessário acrescentar nesta o afeto,
o amor, o carinho, a compreensão e a
aceitação da criança.
Afeto que só os laços familiares podem proporcionar através do
que se costuma genericamente deno-
Fonte: Revista Delfos, nº 38, abril 2011.
BIBLIOTECA MARIA DOLORES
E D U C A Ç Ã O E S P Í R I TA
Vários títulos a sua escolha
Atendimento 1 hora antes das reuniões públicas
Conviver diariamente com
crianças requer amor, carinho, mas
também capacidade de aceitar ocasionais falhas, persistência, resistência física e capacidade de aceitarmos
nossos próprios sentimentos, muitas
vezes conflitivos. Significa também
que precisamos de todo incentivo
que uma família pode dar a si mesma, reforçando mudanças positivas,
expressando e verbalizando dificuldades à procura de melhores soluções. Nem sempre conseguimos ser
pais perfeitos (nem isto, aliás, parece saudável).
Por isso é importante que,
já que nos propomos dar sempre
uma chance a mais para os filhos,
darmo-nos também este privilégio,
uma chance a mais para nós, os
pais...
Não basta o ambiente suprir
as necessidades materiais, o afeto é
indispensável ao desenvolvimento
harmônico do ser como um todo.
LIVRARIA EMMANUEL
Mansos como as pombas e prudentes como as serpentes. Este ensinamento de Jesus nos chama a atenção
para o fato de que apenas a confiança
absoluta em Deus, a fé incondicional,
não são garantias suficientes para um
bem viver.
Precisamos ter também a prudência necessária diante das situações
que a vida nos propõe, principalmente
diante de situações novas.
Jogar a responsabilidade das
consequências de uma decisão mal
tomada sobre a divindade não nos exime
dos efeitos do mal engendrado.
Confiemos em Deus sim, sempre, mas não deixemos de tomar as providências que nos cabem diante de cada
situação que se apresentar, esforçandonos por tomar as medidas preventivas
que a ocasião exigir, bem como considerando que não somos controladores das
circunstâncias e que coisas inesperadas
podem ocorrer, modificando o panorama
que esperávamos.
Fonte: Dia a Dia. Paulo R. Santos. Ed.EME.
A interação que se estabelece pode ser tanto facilitadora do crescimento e do desenvolvimento interior da criança, como pode ter efeitos
negativos no desenvolvimento dela.
Títulos novos e usados, CDs DVDs, gravação
do programa Semeando Ideias
“CONFIE EM DEUS, MAS
AMARRE O SEU CAVALO.”
Infância
Juventude
Pais
Turmas de infância a partir de 2 anos
SÁBADOS
Turmas de jovens
Das 9h às 10h30min Turma de pais e responsáveis
O R EDEN ÇÃO
AGOSTO2011
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TRAÇOS BIOGRÁFICOS
AT I V I D A D E S N O R E D E N Ç ÃO
ESPÍRITOS DA CODIFICAÇÃO
SEGUNDA-FEIRA
18h
Atendimento Fraterno
19h
Reunião pública de assistência espiritual: exposição doutrinária, passe e água magnetizada.
DELPHINE DE GIRARDIN
Delphine de Girardin nasceu
em 24 de janeiro de 1804 - o
mesmo ano do nascimento de
Allan Kardec - em Aix-LaChapelle, na França, sendo
batizada com o nome de
Delphine Gay. Foi poetisa,
sendo suas primeiras produções
literárias
dois
volumes
contendo
escritos
sobre
diversos
assuntos:
“Essais
poétiques”,
em
1824
e
“Nouveaux Essais poétiques”,
em 1825. Em 1831, casou-se
com
Émile
de
Girardin,
jornalista e político francês,
tornando-se também jornalista. Entre 1836 e 1839, escreveu
para o jornal “La Presse”, com o pseudônimo Charles de
Launay. Seus textos foram coletados e publicados com grande
sucesso em 1843, sob o título “Cartas Parisienses”. Publicou,
ainda, romances, peças dramáticas e comédias em um ato.
Exerceu considerável influência na sociedade literária da
época, tendo convivido com Gautier, Balzac, Musset, Victor
Hugo e outros expoentes das letras. Tomou contato com as
mesas girantes nos salões literários que frequentava, onde se
reuniam celebridades da sociedade local e esses fenômenos
eram produzidos a título de curiosidade. Desde os primeiros
contatos com as mesas que se moviam convenceu-se da
autenticidade das manifestações. Encontrou-se pessoalmente
com o professor Rivail em uma das reuniões que ele
frequentava durante suas pesquisas. Era amiga pessoal de
Victor Hugo, exilado por força dos acontecimentos políticos de
1851. Fiel a essa amizade, em 1853, decidiu visitá-lo em
Jersey, uma pequena ilha localizada no Canal da Mancha,
onde ele e outros amigos encontravam-se exilados. Narrou as
notícias de Paris, relatando com entusiasmo o fenômeno das
mesas girantes. Promoveu sessões objetivando obter
manifestações, não obtendo sucesso nas primeiras vezes.
Victor Hugo, cético, participava apenas em consideração à
amiga. Numa dessas reuniões aconteceu, finalmente, uma
comunicação. Tratava-se de Léopoldine, filha de Victor Hugo,
morta em acidente durante um passeio de barco. Essa
comunicação não apenas convenceu Victor Hugo acerca das
manifestações, como mudou os rumos de sua vida. Delphine
retornou a Paris, onde, padecendo de câncer, faleceu em 29
de junho de 1855. Seus trabalhos foram coletados e
publicados em seis volumes, entre 1860 e 1861.
Delphine de Girardin aparece na Codificação em O Evangelho
segundo o Espiritismo, no capítulo V, Bem-aventurados os
aflitos, item 24, com a mensagem intitulada “A desgraça
real”, recebida em Paris, em 1861, em que conclui: “Que
importa ao soldado perder na refrega armas, bagagens e uniforme, desde que saia vencedor e com glória? Que importa ao
que tem fé no futuro deixar no campo de batalha da vida a
riqueza e o manto de carne, contanto que sua alma entre gloriosa no reino celeste?”
20h30min
ESDE—Estudo Sistemático da Doutrina Espírita
TERÇA-FEIRA
9h
Caravana Socorrista Bezerra de Menezes: atendimento a enfermos em domicílio (impossibilitados
de comparecer à casa espírita).
20h
Reunião privativa de desobsessão, irradiação para
encarnados e prece para desencarnados.
QUARTA-FEIRA
4ª quarta-feira
Reunião privativa do Comitê Diretor
19h30min
QUINTA-FEIRA
20h
Reunião privativa de assistência espiritual.
SEXTA-FEIRA
15h
Reunião privativa de desobsessão.
SÁBADO
Café da manhã das famílias que participam da
Educação Espírita.
8h
9h às 10h30min
Educação Espírita para infância, juventude e pais.
11 h
Distribuição da sacola fraterna: alimentos, roupas,
calçados e utensílios para as famílias da comunidade, cadastradas no Redenção.
15h
ESDE—Estudo Sistemático da Doutrina Espírita.
16h
Atendimento Fraterno.
17h
Reunião pública de assistência espiritual: exposição doutrinária, passe e água magnetizada.
1º sábado
Visita aos enfermos da Casa de Saúde e Maternidade Nossa Senhora das Graças.
2º sábado
Campanha do Quilo - arrecadação de alimentos,
nos arredores do Redenção para composição da
sacola fraterna .
DOMINGO
1º domingo
Visita aos enfermos do Hospital N. S. do Socorro.
Tor ne-se
Fontes: Wikipédia e “Expoentes da Codificação Espírita”, editora
Federação Espírita do Paraná.
Sérgio Rodrigues
Redenção
CONTRIB UINTE
Uma maneira de você ajudar na
manutenção das atividades do
REDENÇÃO
Informações na secretaria
O R EDEN ÇÃO
AGOSTO 2011
6
COLAB OR E
REUNIÕES PÚBLICAS DE ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL
Exposição doutrinária, passe e água magnetizada
Programação: agosto / 2011
Segundas-feiras - 19h
Dia
1
Tema:
LIBERDADE DE PENSAMENTO - LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA
Livro:
LE, Questões 833 a 842
Expositor(a): Jayme Lobato (Grupo Espírita Redenção)
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CI, 2ª Parte, Capítulo I
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LE, Questões 843 a 850
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29
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ESE, Capítulo V, Itens 14 a 17
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DIFERENTES ORDENS DE ESPÍRITOS - ESCALA ESPÍRITA
Livro:
LE, Questões 96 a 113
Expositor(a): Danilo Villela (Cruzada dos Militares Espíritas)
13
Tema:
A MÚSICA E O ESPIRITISMO
Livro:
Tema acordado
Expositor(a): Henrique Parente/Marcelo Daemon (C. Espírita Discípulos de Ismael)
Tema:
20 Livro:
27 Livro:
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SABONETE
TALCO BARLA
DESODORANTE
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LEITE DE ROSAS
Eles serão doados aos enfermos dos
hospitais visitados pelo Redenção.
LIBERDADE DE PENSAMENTO - LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA
LE, Questões 833 a 842
Expositor(a): Jayme Lobato (Grupo Espírita Redenção)
Tema:
C A M PA N H A D O H O S P I TA L
NEM TODOS ENTRARÃO NO REINO DOS CÉUS
ESE, Capítulo XVIII, Itens 6 a 9
Expositor(a): Neyde Maria Barbosa (Grupo Espírita Redenção)
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fundado em 1º de setembro de 1979
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O Redenção
Desde outubro 1998
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