yamaha r1 - Can-Am Off-Road

Transcrição

yamaha r1 - Can-Am Off-Road
WWW.MOTOADVENTURE.COM.BR
ANO 12
# 139
R$ 12,90
Lançamento 2013
YAMAHA
r1
ISSN 1518-627X
yamaha yzf-r1 2013 - kawasaki vulcan 900 classic - ducati hypermotard 796 - viagens nacionais e internacionais
MOTO ADVENTURE #139
promoção concorra a um capacete “no risk”
a evolução de um ícone da velocidade
especial
pilotando pelas estradas
da itália, áustria e
alemanha
ducati
hypermotard 796
customização
harley golden black,
uma máquina feita
artesanalmente
rota 66
laughlin river run
test drive
aceleramos forte
(na terra e no asfalto)
com a bmw g 650 gs sertão
kawasaki
vulcan 900 classic
on the road
viagem “solo” do brasil
à venezuela em uma
lander xtz 250
trilhas
serra da canastra
weekend campina do monte alegre (SP) city test yamaha factor ybr 125 rota do charme paraibuna (SP)
mundial de motocross honda gp brasil encontros barretos (SP), araxá (MG), avaré (SP) competições on e off-road
Texto: Egon Jenckel Fotos: Iuri Garcia
184
ATV
Um paraíso!
Encravada nas montanhas de Minas Gerais, região da Serra da Canastra
é um destino certo para quem curte aventuras e off-road
Q
uem gosta de off-road tem alguns destinos em seu imaginário – em sua lista de futuras viagens estão Lençóis
Maranhenses (MA), Estrada do Inferno (RS), Jalapão
(TO), Serra da Canastra (MG)... Em comum, todos têm a natureza
em estado bruto e boas travessias e trilhas. Talvez por sua proximidade de três grandes capitais, a Serra da Canastra é um dos mais
procurados e visitados por trilheiros.
São várias opções de acesso à Serra da Canastra, sendo uma das
principais através da cidade mineira de Delfinópolis, a 468 km de
São Paulo (SP), 710 km do Rio de Janeiro (RJ) e 515 km de Belo
Horizonte (BH). Os viajantes que optarem pelo acesso por esta
cidade, após percorrerem as estradas, chegarão à Represa de
Peixoto, um mar de água doce. Ali será necessário embarcar em
uma balsa e seguir uma longa avenida até o centro de Delfinópolis, simpática e típica cidade mineira. A partir dali, rumo à Serra
da Canastra, serão apenas estradas de terra, caminhos de pedra,
travessias de rios e trilhas de todos os tipos.
186
ATV
SERRA DA CANASTRA
Para muitos, o principal destino é o Parque Nacional da Serra da
Canastra, criado em 1972. Tem 71.525 hectares demarcados e
espalha seu território por três municípios: São Roque de Minas,
Sacramento e Delfinópolis.
Sua área reúne dois maciços: a Serra da Canastra e a Serra das
Sete Voltas, com o Vale dos Cândidos no meio. Suas altitudes
variam de 900 a 1.496 (na torre da Serra Brava) e, por lá, a vegetação predominante é de campos rupestres, cerrado e matas
ciliares. O relevo acidentado e a vegetação rasteira produzem
uma paisagem única, com grandes vistas panorâmicas e muitas
cachoeiras com altura acima dos 100 metros.
Animais selvagens, como o tamanduá-bandeira, o lobo-guará
e o veado-campeiro, são comuns por lá – e, com sorte, é bem
provável você avistá-los.
Devido a essa riqueza natural, há regras que devem ser seguidas
pelos visitantes: os veículos são identificados nas entradas do
parque. E em suas estradas, a velocidade (em torno 40 km/hora)
deve ser respeitada. Para quem gosta de off-road, trilhas e desafios, há várias opções nos entornos do Parque Nacional.
OFF-ROAD
Usando Delfinópolis como base, será possível percorrer quilômetros de estradas de terra e trilhas. Para se ter uma ideia: há mais
de 150 cachoeiras pela região. Ao longo do caminho surgirão o
Complexo do Claro, Cachoeira do Luquinha, do Zé Carlinhos, do
Ouro, da Água Quente, Vale do Céu... Além das cachoeiras, locais
como o Vale dos Cândidos, Chapadão da Babilônia, Campo de
Cima, Caminho do Céu, Serra do Quilombo, Serra das Sete Voltas,
Chapadão Serra Preta e por aí vai.
Os caminhos são cercados por pequenas árvores com galhos
secos e retorcidos. Surgem pequenos riachos que cortam toda a
região e formam cachoeiras e piscinas naturais. Acordar cedo e
Ao percorrer os caminhos da Serra da Canastra (MG), esteja preparado para pilotar por longas distâncias
188
ATV
Vista da Represa de Peixotos
preparar toda a “tralha” é obrigatório, pois as
distâncias a serem percorridas são longas.
Damos três dicas de passeios. Primeira:
siga para o Parque Nacional da Serra da
Canastra e cruze-o por suas principais
estradas até São Roque de Minas (existe
sinalização nessas estradas). A segunda
dica servirá como uma espécie de “aquecimento” e fica mais próxima de Delfinópolis. Siga até a Cachoeira do Paraíso
e, depois, até o Condomínio de Pedras. Terceira dica: acelere um pouco mais e encare
os caminhos entre Delfinópolis e o Vale do
Céu. Reserve o dia inteiro e parte da noite
para a ida e a volta nesse trajeto.
RUMO AO VALE DO CÉU
Deixando Delfinópolis para trás, siga em
direção às corredeiras do Rio Santo Antônio.
Siga, então, por uma pequena estrada até
cruzar novamente esse rio. Nesse ponto,
observe a profundidade da água e verifique se será possível fazer a travessia com
segurança. Logo você estará no Complexo
da Cachoeira D’água Quente, com várias
cachoeiras e piscinas naturais, sendo que,
em algumas, a temperatura da água é mais
alta e morna. Curta o lugar e pegue mais
algumas informações para ir até o Vale do
Céu. Volte para o rio e cruze-o novamente,
passe a porteira e vire à esquerda. Siga rumo
à Cachoeira do Ouro e, depois, para o Alto
da Serra da Bateia. Trechos de pedra surgirão
pelo caminho e a diversão será garantida.
MERGULHOS
De uma forma ou de outra você chegará
ao Vale do Céu, uma área particular que
recebe as águas do Córrego do Facão e
forma uma incrível sucessão de lindas
cachoeiras e piscinas naturais. Apesar de
belas, não se deixe ficar nas primeiras
quedas, siga trilha abaixo e descubra o primeiro lago, um lugar ideal para mergulhos
e banhos. Continue descendo a trilha ou
siga pelas pedras margeando as corredeiras até outra cachoeira que deságua em
um pequeno e raso lago cercado por uma
prainha. Tome uma ducha nessa cachoeira
e siga a corrente do córrego, sempre com
190
ATV
cuidado entre as pedras que o margeiam. Após cinco minutos,
você estará no alto de uma garganta rochosa e poderá ver a água
caindo forte e livremente por entre escarpas, formando piscinas
naturais e quedas. Você verá uma, duas, três cachoeiras e lagos
em sequência. Desça as rochas para a segunda queda deste trecho. Caso não queira descer pelas pedras e prefira correr menos
riscos, desça pela trilha que sai da prainha e leva até as margens
das piscinas naturais destas cachoeiras. Seja qual for o caminho,
essas piscinas naturais são fantásticas para saltos, banhos e
mergulhos. Depois, dê uma passada na Fazenda Boa Esperança
e tome um café acompanhado de pão de queijo e do legítimo
queijo da canastra. Ou, dependendo do horário, jante por lá. Se
preferir, durma por lá mesmo, pois a fazenda tem infraestrutura
de pousada. Ou volte para seu ATV. Certamente, será fim de dia.
Ligue os faróis da máquina e prepare-se para encarar as estradas
que o levarão de volta para Delfinópolis.
COMO CHEGAR
Quem utilizar Delfinópolis (MG) como base para conhecer a Serra
da Canastra e sair de São Paulo (SP) deve seguir em direção a
Campinas (SP), via Rodovia Anhanguera ou Bandeirantes, e depois acessar a Rodovia Adhemar de Barros (SP 340). Siga, então,
até Casa Branca e depois, para Mococa. Posteriormente, siga
para São Sebastião do Paraíso (MG) e Cássia (MG). De lá, cruze a
balsa. Quem sai de Belo Horizonte (MG) deve seguir pela Rodovia
MG 050 até o trevo antes de São Sebastião do Paraíso e, daí,
seguir para Cássia e Delfinópolis.
PRINCIPAIS DISTÂNCIAS
Belo Horizonte (BH) – 515 km
São Paulo (SP) – 468 km
Rio de Janeiro (RJ) – 710 km
Ribeirão Preto (SP) – 182 km
Franca (SP) – 90 km
Passos (MG) – 75 km
ONDE FICAR
Pousada Rio Grande (35) 3525-1073 / 9931-7980
www.pousadariogrande.com.br
Fazenda e Pousada Boa Esperança ( 35) 3524-1426 – falar com
Enio ou Gasparina
Rios e cachoeiras cristalinas
surgem por toda a Serra da Canastra