Anais de Resumos da XVII JORNEQ
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Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG CÓDIGO DO TRABALHO Área: Ambiental A107 ................................................................................................................ 4 Área: Ambiental A108 ................................................................................................................ 5 Área: Ambiental A137 ................................................................................................................ 6 Área: Ambiental A143 ................................................................................................................ 7 Área: Ambiental A158 ................................................................................................................ 8 Área: Ambiental A167 ................................................................................................................ 9 Área: Ambiental A169 .............................................................................................................. 10 Área: Ambiental A182 .............................................................................................................. 11 Área: Ambiental A183 .............................................................................................................. 12 Área: Ambiental A186 .............................................................................................................. 13 Área: Ambiental A194 .............................................................................................................. 14 Área: Ambiental A200 .............................................................................................................. 15 Área: Ambiental A300 .............................................................................................................. 16 Área: Ambiental A605 .............................................................................................................. 17 Área: Alimentos AL104 ............................................................................................................ 18 Área: Alimentos AL105 ............................................................................................................ 19 Área: Alimentos AL115 ............................................................................................................ 20 Área: Alimentos AL120 ............................................................................................................ 21 Área: Alimentos AL126 ............................................................................................................ 22 Área: Alimentos AL148 ............................................................................................................ 23 Área: Alimentos AL152 ............................................................................................................ 24 Área: Alimentos AL180 ............................................................................................................ 25 Área: Alimentos AL187 ............................................................................................................ 26 Área: Alimentos AL191 ............................................................................................................ 27 Área: Biotecnologia B103........................................................................................................ 28 Área: Biotecnologia B109........................................................................................................ 29 Área: Biotecnologia B110........................................................................................................ 30 Área: Biotecnologia B123........................................................................................................ 31 Área: Biotecnologia B127........................................................................................................ 32 Área: Biotecnologia B134........................................................................................................ 33 Área: Biotecnologia B135........................................................................................................ 34 Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG Área: Biotecnologia B136........................................................................................................ 35 Área: Biotecnologia B138........................................................................................................ 36 Área: Biotecnologia B139........................................................................................................ 37 Área: Biotecnologia B141........................................................................................................ 38 Área: Biotecnologia B149........................................................................................................ 39 Área: Biotecnologia B150........................................................................................................ 40 Área: Biotecnologia B151........................................................................................................ 41 Área: Biotecnologia B154........................................................................................................ 42 Área: Biotecnologia B162........................................................................................................ 43 Área: Biotecnologia B173........................................................................................................ 44 Área: Biotecnologia B179........................................................................................................ 45 Área: Biotecnologia B195........................................................................................................ 46 Área: Biotecnologia B199........................................................................................................ 47 Área: Cinética e Catálise C129 .............................................................................................. 48 Área: Cinética e Catálise C140 .............................................................................................. 49 Área: Cinética e Catálise C155 .............................................................................................. 50 Área: Cinética e Catálise C159 .............................................................................................. 51 Área: Cinética e Catálise C160 .............................................................................................. 52 Área: Cinética e Catálise C165 .............................................................................................. 53 Área: Cinética e Catálise C166 .............................................................................................. 54 Área: Cinética e Catálise C168 .............................................................................................. 55 Área: Cinética e Catálise C172 .............................................................................................. 56 Área: Cinética e Catálise C184 .............................................................................................. 57 Área: Cinética e Catálise C202 .............................................................................................. 58 Área: Otimização, Simulação e Controle de Processos O102.......................................... 59 Área: Otimização, Simulação e Controle de Processos O117.......................................... 60 Área: Otimização, Simulação e Controle de Processos O119.......................................... 61 Área: Otimização, Simulação e Controle de Processos O124.......................................... 62 Área: Otimização, Simulação e Controle de Processos O142.......................................... 63 Área: Otimização, Simulação e Controle de Processos O164.......................................... 64 Área: Otimização, Simulação e Controle de Processos O174.......................................... 65 Área: Otimização, Simulação e Controle de Processos O190.......................................... 66 Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG Área: Otimização, Simulação e Controle de Processos O192.......................................... 67 Área: Otimização, Simulação e Controle de Processos O193.......................................... 68 Área: Otimização, Simulação e Controle de Processos O604.......................................... 69 Área: Processos de Separação/Sistemas Particulados S111 .......................................... 70 Área: Processos de Separação/Sistemas Particulados S112 .......................................... 71 Área: Processos de Separação/Sistemas Particulados S114 .......................................... 72 Área: Processos de Separação/Sistemas Particulados S116 .......................................... 73 Área: Processos de Separação/Sistemas Particulados S118 .......................................... 74 Área: Processos de Separação/Sistemas Particulados S125 .......................................... 75 Área: Processos de Separação/Sistemas Particulados S144 .......................................... 76 Área: Processos de Separação/Sistemas Particulados S145 .......................................... 77 Área: Processos de Separação/Sistemas Particulados S146 .......................................... 78 Área: Processos de Separação/Sistemas Particulados S147 .......................................... 79 Área: Processos de Separação/Sistemas Particulados S153 .......................................... 80 Área: Processos de Separação/Sistemas Particulados S163 .......................................... 81 Área: Processos de Separação/Sistemas Particulados S175 .......................................... 82 Área: Processos de Separação/Sistemas Particulados S177 .......................................... 83 Área: Processos de Separação/Sistemas Particulados S178 .......................................... 84 Área: Processos de Separação/Sistemas Particulados S189 .......................................... 85 Área: Processos de Separação/Sistemas Particulados S193 .......................................... 86 Área: Processos de Separação/Sistemas Particulados S196 .......................................... 87 Área: Processos de Separação/Sistemas Particulados S400 .......................................... 88 Área: Termodinâmica T121 .................................................................................................... 89 Área: Termodinâmica T132 .................................................................................................... 90 Área: Termodinâmica T161 .................................................................................................... 91 Área: Termodinâmica T181 .................................................................................................... 92 Área: Outras W133 .................................................................................................................. 93 Área: Outras W156 .................................................................................................................. 94 Área: Outras W603 .................................................................................................................. 95 Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG ANÁLISE DA CONCENTRAÇÃO DE MATÉRIAS PARTICULADOS UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA Loyane P. Mata,Rafaela R. O. Vaz ; Nilvania A. Silva;Nayana Alves e Marcos A. S. Barrozo Área: Ambiental A107 É possível notar o aumento da frota de veículos e o índice de internações por doenças respiratórias nos períodos mais secos do ano. A precária infraestrutura urbana interfere diretamente na qualidade de vida e bem-estar da população e causam impactos, às vezes, irreversíveis ao meio ambiente. A dispersão do material particulado está diretamente ligada às condições atmosféricas como os dados meteorológicos, sendo o inverno a época em que as condições estão mais desfavoráveis para isto. Neste período, a temperatura do ar é menor, diminuindo a movimentação vertical das massas de ar; a precipitação também é menor, muitas vezes nula, prejudicando a remoção dos poluentes da atmosfera; a insolação é maior, favorecendo formação de poluentes secundários; e a umidade relativa do ar é mais baixa, aumentando o desconforto provocado pela poluição. O objetivo deste trabalho foi a avaliação do comportamento da concentração de material particulado no período do inverno nos anos de 2006 a 2011. Foram realizadas amostragens em um equipamento amostrador de grande volume (AVG), marca Andersen, para partículas menores que 10μm (AVG- MP10). O AVG- MP10 é composto por um motor-aspirador a vazão constante e dotado de um cabeçote com separador inercial de um estágio. As maiores concentrações de MP10 foram obtidas no período do inverno, quando as condições atmosféricas são desfavoráveis à dispersão e remoção de poluentes da atmosfera. Verificou-se que a variável que mais se correlaciona com a concentração de MP10 é a insolação, como a visibilidade diminui durante o inverno a atmosfera tende a ficar mais estável e prejudica a dispersão dos poluentes. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG BIODEGRADAÇÃO DE EFLUENTE CONTENDO ÓLEO DIESEL EMPREGANDO CULTURA MISTA ENRIQUECIDA COM BACTÉRIAS REDUTORAS DE SULTATO (BRS) Universidade Federal de Uberlânida Faculdade de Engenharia Química Marina Bueno de Castro e Patrícia A. Vieira Área: Ambiental A108 A crescente contaminação do meio ambiente com substâncias tóxicas e perigosas é um dos maiores problemas mundiais. Atualmente, a indústria do petróleo tem gerado altas quantidades de derivados, que vem contaminando o ar, solos, rios, mares e águas subterrâneas a partir de derrames rotineiros e acidentais. Este trabalho avaliou a biodegradação anaeróbia de hidrocarbonetos presentes em um efluente sintético contendo óleo diesel. Para tanto, foi empregada uma cultura mista, isolada da água de produção de Carmópolis - SE, enriquecida com bactérias redutoras de sulfato (BRS). Inicialmente a cultura microbiana foi aclimatada em concentrações crescentes de óleo diesel de 0,25% (v/v) a 5% (v/v). Este procedimento visava adaptar lentamente a cultura microbiana a concentrações crescentes de óleo diesel, para assim selecionar os microrganismos capacitados e com maior potencial para biodegradar as frações de hidrocarbonetos constituintes do óleo diesel. Na segunda etapa, foi testado o crescimento da cultura já aclimatada (etapa anterior) em meio contendo 5% de óleo diesel e concentrações decrescentes de lactato de sódio (única fonte de carbono do meio Postgate E), a fim de induzir o consumo preferencial do óleo diesel como fonte de carbono e energia pelas bactérias. O crescimento, a manutenção e a quantificação das BRS foram realizados em meio Postgate E modificado. Todos os ensaios foram realizados em triplicata. Os resultados apontaram que a cultura cresceu bem em concentração de óleo diesel variando de 0,25% a 5,0%. Observou-se, que a cultura não só suportou a total deleção do lactato, mas, sobretudo, foi capaz de crescer à custa do óleo diesel, como principal fonte de carbono e energia. Foi observado, durante todo o período de aclimatação, que houve crescimento em todas as fases, sem efeito inibitório relacionado ao aumento da concentração do óleo diesel e à ausência de lactato de sódio. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG ADAPTAÇÃO DE CULTURAS MISTAS DE MICRO-ORGANISMOS AO CROMO HEXAVALENTE Universidade Federal de Uberlandia Faculdade de Engenharia Química Camilo Auréliu Brandão e Frederico Alves Lima e Miriam Maria de Resende Área: Ambiental A137 O cromo é introduzido no meio ambiente por despejos de efluentes das indústrias metalúrgicas, de cromagem, de tintas, de pigmentos e de curtumes. Ele causa sérios danos à saúde humana, além de alterações nos ecossistemas, principalmente quando encontrado na sua forma hexavalente, que é altamente tóxica. Atualmente, dentre as várias tecnologias limpas destinadas à remoção desse metal, tem-se o uso de populações microbianas resistentes ao cromo. Muitas destes micro-organismos são capazes de armazenar quantidades de cromo superiores àquelas presentes no meio em que estão inseridas, por biossorção na biomassa celular, por transporte ativo e precipitação, podendo ser utilizadas tanto em processos aeróbios quanto anaeróbios. Neste contexto, este trabalho teve por objetivo estudar a adaptação de uma cultura mista a meios contendo Cr (VI), para seu posterior uso como inóculo em biorreatores híbridos. As amostras foram obtidas do lodo de uma indústria de curtume localizada na cidade de Franca e fornecida pela Associação dos Manufatores de Couros e Afins do Distrito Industrial de Franca/SP. As amostras da cultura foram adicionadas a Erlenmeyers contendo meio composto por 1 g de NH4Cl, 0,2 g de MgSO4.7H2O, 0,001 g de CaCl2.2H2O, 6 g de CH3COONa.3H2O, 0,5 g K2HPO4, 4 g de Extrato de carne e 5 g de Glicose em 1 L de água destilada. Inicialmente, realizaram-se cultivos sucessivos com este meio de cultura, a fim de verificar a adaptação dos micro-organismos ao meio e obter o aumento do inóculo. Posteriormente, procedeu-se a adaptação à concentrações de cromo Cr (VI) de 40 mg/L e 80 mg/L utilizando como fonte de cromo o dicromato de potássio. A biomassa foi determinada pela análise de sólidos voláteis segundo o Método dos Sólidos Fixos e Voláteis. As análises da presença de cromo (VI) nas amostras foram realizadas considerando a reação em meio ácido com 1,5-difenilcarbazida. Os resultados obtidos demonstraram que a cultura adaptada foi eficiente na redução do Cr (VI), já que a mesma apresentou crescimento e redução na concentração de cromo hexavalente. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG DETERMINAÇÃO DE AMIDO NO CALDO DE DIFERENTES VARIEDADES DE SORGO SACARINO 1 Instituto Federal de Educação, Ciências E Tecnologia do Triângulo Mineiro - Campus Ituiutaba 2 Universidade Federal de Uberlândia 2 Faculdade de Engenharia Química 2 2 1 Ana Maria Salomão dos Reis; Vicelma Luiz Cardoso e Gislaine Fernandes Área: Ambiental A143 A preocupação com o meio ambiente tem aumentado significativamente nos últimos anos, com isso a demanda por combustíveis renováveis tem crescido evitando assim a emissão de gases poluentes causadores do efeito estufa. A emissão de CO2 pode ser reduzida em até 90% pelo simples fato de substituir a gasolina por etanol, que tem como matérias-primas a cana-deaçúcar, milho, mandioca e beterraba. Outra matéria prima que tem ganhado destaque na produção de etanol é o sorgo sacarino que tem sido motivo de investigação como fonte complementar de matéria-prima para a produção de etanol em microdestilaria. Os seus colmos podem ser processados na mesma instalação destinada à produção de etanol de cana-de-açúcar, oferecendo também uma quantidade de resíduo fibroso (bagaço) para gerar o vapor necessário para a operação industrial. Os resultados obtidos em dois anos de experimento mostraram que o sorgo sacarino pode ser uma cultura complementar à cana-de-açúcar para produção de etanol. Os teores de açúcares redutores totais nos colmos não foi significativamente diferente do encontrado nos colmos de cana-de-açúcar. A determinação da composição do caldo para fermentação é um fator importante para se obter grandes rendimentos na conversão do etanol e entre os constituintes do caldo temos o amido que, em concentração excessiva durante o processamento do caldo de cana-de-açúcar, causa problemas de viscosidade, aquecimento e filtrabilidade. No presente trabalho utilizou-se o sorgo sacarino de diferentes variedades cultivado no Instituto Federal do Triangulo Mineiro – Campus Ituiutaba com o objetivo de determinar a concentração de amido presente no caldo. Os valores de amido encontrados no caldo de sorgo foram superiores aos encontrados em caldo de cana. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG ESTUDO DE PARÂMETROS REACIONAIS DO PRÉ-TRATAMENTO BÁSICO DA PALHA DE CANA-DE-AÇÚCAR. Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Aline Garcias de Faria; Carla Silva Meireles e Ricardo Reis Soares Área: Ambiental A158 Os resíduos agroindustriais, como bagaço de cana-de-açúcar, serragem, palha de arroz, trigo, soja e cana, são fontes abundantes de compostos orgânicos, apresentando consequentemente um grande potencial como matéria-prima, a ser utilizada na produção de combustíveis, insumos químicos, dentre outros. Para que esses resíduos sejam reaproveitados, é necessário algum pré-tratamento para a separação de seus constituintes. O pré-tratamento químico da biomassa lignocelulósica, vem sendo utilizado para a separação dos seus constituintes lignocelulósicos, visando a produção de etanol de segunda geração, biocombustíveis e bioprodutos de forma geral. Neste trabalho realizou-se o pré-tratamento básico da palha de canade-açúcar utilizando hidróxido de sódio em distintas condições reacionais: variação da concentração da solução de NaOH (1, 5, 10, 20 e 30%) com 1 hora de reação; variação do tempo de reação (0.5, 1 e 3h) mantendo a concentração de 5% de NaOH; reação de 2h em concentração de NaOH 5% realizando a troca do reagente a cada 0,5h. Todas as reações fora feitas em temperatura ambiente. As reações foram preliminarmente caracterizadas por determinação do rendimento com relação ao material solubilizado (filtrado) e balanço mássico. Os resultados apontaram que a partir da concentração de 5% diferentes tempos de reação, o rendimento não varia, alcançando um máximo de solubilização. A troca do reagente a cada 0,5h possibilitou maior solubilização uma vez que a renovação do reagente (solução de NaOH) possibilita a remoção de produtos ácidos provenientes da degradação de constituintes como as hemiceluloses que diminuem a eficiência do reagente na solubilização. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG INFLUÊNCIA DA FREQUÊNCIA DO CAMPO ELETROMAGNÉTICO NO TRATAMENTO BIOLÓGICO DE EFLUENTE COM CROMO Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Alex Anderson de Oliveira Moura; Camila Silveira Lamanes dos Santos; Miriam Maria de Resende e Vicelma Luiz Cardoso Área: Ambiental A167 Os despejos de efluentes industriais são uma das principais fontes de contaminação das águas dos rios com metais pesados. Assim, torna-se necessário o desenvolvimento de pesquisas que têm como objetivo minimizar o impacto ambiental das atividades produtivas. A indústria de couro é um dos setores produtivos com maior potencial poluidor, pois, no processo de curtimento do couro, grandes quantidades de sais de cromo são utilizadas, gerando assim um efluente com alta periculosidade. O presente trabalho objetivou o estudo da influência do campo magnético sobre a redução de cromo hexavalente em trivalente, remoção de cromo total e DQO (Demanda Química de Oxigênio), além do crescimento celular em modo descontínuo (reator batelada), utilizando-se de uma cultura mista proveniente de um curtume localizado na cidade de Franca-SP (AMCOAAssociação dos Manufatores de Couros e Afins do Distrito Industrial de Franca/SP). Foi avaliada a influência de campo eletromagnético estático gerado por um equipamento que produz uma corrente elétrica que, passando por um condutor, produz um campo magnético ao redor do mesmo como se fosse um ímã. Foi utilizado neste teste um reator com diâmetro de 12 cm e o efluente foi submetido à frequências de 1, 2, 5 e 10 Hz, tendo esse um volume fixo de 500 mL, concentração inicial de cromo de 100 mg/L e pH em torno de 7. Para efeitos de comparação, utilizou-se também um segundo reator com mesmo diâmetro, mesmo efluente (volume, concentração inicial de cromo e pH), mas na ausência de campo magnético. Pôde-se notar que a maior redução de cromo VI, remoção de cromo total e DQO ocorreu na frequência de 5 Hz. Na frequência de 10 Hz ocorreu uma diminuição na redução de todos os parâmetros analisados, o que indica que a partir de certo valor de frequência, a ação do campo com o tempo pode gerar um grande stress na célula, podendo ocasionar a morte celular. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG AVALIAÇÃO DA REDUÇÃO DE CROMO VI EM RELAÇÃO AO VOLUME DE BIOREATOR SUBMETIDO A AÇÃO DE CAMPO ELETROMAGNÉTICO Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Alex Anderson de Oliveira Moura; Camila Silveira Lamanes dos Santos;Lara Martins Tizzo; Miriam Maria de Resende e Vicelma Luiz Cardoso Área: Ambiental A169 O cromo é um metal empregado em vários setores produtivos como, por exemplo, em siderúrgicas, metalúrgicas, indústrias têxteis, de galvanoplastia e tintas, curtumes, usinas nucleares, preservação de madeira, dentre outros. Esse metal pesado apresenta-se em grandes proporções nos efluentes de curtume visto que, no processo de curtimento do couro, os sais de cromo são usados em grandes quantidades. A procura por métodos que aceleram a redução do cromo hexavalente em cromo trivalente tem despertado o interesse desse setor produtivo, uma vez que o primeiro possui alto grau de periculosidade. Este trabalho teve como objetivo estudar a influência do campo magnético sobre a redução do cromo VI em cromo III, remoção de cromo total e DQO (Demanda Química de Oxigênio) para um volume de efluente de 1000 mL e comparar os resultados obtidos neste teste com os encontrados quando o volume de efluente era 500 mL. Foi utilizada uma cultura mista proveniente de um curtume localizado na cidade de Franca-SP (AMCOA- Associação dos Manufatores de Couros e Afins do Distrito Industrial de Franca/SP). Avaliou-se a influência de campo eletromagnético estático gerado por um equipamento que produz uma corrente elétrica que, passando por um condutor, produz um campo magnético ao redor do mesmo como se fosse um ímã. Foi utilizado para este teste um reator com diâmetro de 12 cm e o efluente foi submetido à frequências de 1, 2, 5 e 10 Hz, tendo esse uma concentração inicial de cromo de 100 mg/L e pH em torno de 7. De acordo com os resultados encontrados foi possível notar que quanto maior a frequência de campo eletromagnético, melhor a redução de cromo VI, exceto para a frequência de 10 Hz, onde ocorreu morte celular. Observou-se também que em volumes de efluentes maiores a redução de cromo VI, remoção de cromo total e DQO não foram tão significativas quanto na utilização de volumes menores. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG UTILIZAÇÃO DE QUITOSANA EM REATOR BATELADA SEQUENCIAL PARA O TRATAMENTO DE EFLUENTE CONTENDO HIDROCARBONETOS Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Rafael Bruno Vieira;Thamayne Valadares de Oliveira;Saulo Luiz Cardoso;Juliana Ribeiro Silva Abrahão; Patrícia Angélica Vieira e Vicelma Luiz Cardoso Área: Ambiental A182 A quitosana tem sido recomendada como um eficaz coagulante para uma grande variedade de suspensões por causa de suas excelentes propriedades como biodegradabilidade, biocompatibilidade, não toxicidade, e propriedades polieletrólitas. Este estudo investigou a atividade microbiana em reator batelada sequencial, após utilização da quitosana como coagulante natural (solubilizada em ácido acético), visando aumentar a sedimentação da cultura mista C1 empregada na biodegradação de efluente contaminado por óleo diesel e gasolina. O reator batelada seqüencial (RBS) têm sido proposto como alternativa aos processos contínuos convencionais. No reator batelada seqüencial (RBS), a biomassa encontra-se em suspensão tal como ocorre no processo de lodos ativados, no entanto, o RBS é um processo em semibatelada, que ocorre em geral em um único tanque, onde reação e separação tomam lugar em momentos diferentes. Os experimentos foram monitorados em 5 ciclos de operação, sendo que cada ciclo era operado durante 3 dias. O período de cada ciclo total foi de 73 h, consistindo de 15 min de enchimento, 72 horas de reação com aeração intermitente, 30 minutos de sedimentação e 15 minutos de esvaziamento. No começo de cada ciclo, imediatamente após o esvaziamento (seqüência anterior), um volume de alimentação pré-definido foi adicionado ao sistema. Em cada ciclo foram monitorados os sólidos suspensos voláteis (SSV) e a remoção de DQO. O reator utilizado nestes experimentos apresentava capacidade de 5L (em acrílico) operando sob agitação a 110 rpm, com aeração intermitente de 33 hrs e temperatura ambiente. Os melhores resultados apresentados foram remoções de DQO de 60% e a concentração de sólidos suspensos voláteis (SSV) com valores superiores a 2 g/L. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG SEDIMENTAÇÃO DE CULTURA MISTA USANDO QUITOSANA NO TRATAMENTO DE EFLUENTE CONTENDO HIDROCARBONETOS Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Rafael Bruno Vieira; Thamayne Valadares de Oliveira; Saulo Luiz Cardoso; Juliana Ribeiro Silva Abrahão; Patrícia Angélica Vieira e Vicelma Luiz Cardoso Área: Ambiental A183 No Brasil a distribuição de combustíveis é feita através de dutos que levam a gasolina e o óleo diesel das refinarias até determinados centros urbanos do país, estrategicamente localizados. A partir destes centros a distribuição é realizada em caminhões tanques utilizando a rede rodoviária existente. Durante o carregamento desses caminhões eventualmente ocorre derrames dos combustíveis, gerando assim o resíduo. Em estudos preliminares de biotratamento deste tipo de resíduo contaminado por hidrocarbonetos de petróleo (óleo diesel e gasolina) constatou-se, que a cultura mista C1 empregada no processo apresentava dificuldade de sedimentação devido à necessidade de agitação vigorosa no reator. Esta agitação era alta devido à presença de chicanas, pois sem as mesmas, não ocorreria a homogeneização rápida da gasolina e do óleo diesel no efluente. Como uma alternativa a este problema, este estudo avaliou a adição de coagulante natural (quitosana) em diferentes concentrações ao efluente biodegradado (após 3 dias de processo) na tentativa de aumentar a sedimentabilidade da cultura mista C1. Com a maior capacidade de formação de flocos, esta cultura torna-se mais resistentes mecanicamente, conferindo uma maior facilidade de operação em sistemas contínuos. Os experimentos foram realizados em equipamento jartest, variando-se a concentração de quitosana de 25 mg/L a 1000 mg/L solubilizada em ácido acético 5%. O jar test utilizado para este estudo era equipado com 6 béqueres de 250 mL. Após a adição do coagulante, o sistema foi agitado a 100 rpm por 3 minutos e posteriormente a 50 rpm por 10 minutos. As respostas monitoradas foram índice volumétrico de lodo (IVL) e remoção de turbidez. Os melhores resultados obtidos para a remoção de turbidez e IVL foi de 84% e 100 mL/g. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG PRODUÇÃO DE COSMÉTICOS A PARTIR DA EXTRAÇÃO DO ÓLEO DE COCO E ÓLEO DE HORTELÃ E CARACTERIZAÇÃO FÍSICOQUÍMICA DOS PRODUTOS Uniube Faculdade de Engenharia Química Ana Laura de Oliveira Martins; Ana Laura Silva Reis; Bruna Ribeiro Vasconcelos; Cleidenely Evangelista Franco Borges; Maria Izabel Corrêa Gonçalves e Deusmaque Carneiro Ferreira Área: Ambiental A186 A sociedade está se mostrando cada vez mais interessada em consumir produtos que sejam naturais e sustentáveis, assim as empresas devem se adequar a essa tendência e produzir em consonância com a sustentabilidade do Planeta. O Brasil tem uma das maiores biodiversidades do mundo, sendo o terceiro maior mercado consumidor de cosméticos no mundo, necessitase, então, aliar tecnologia com os recursos naturais para que esse segmento continue a crescer sem prejudicar o meio ambiente. O presente trabalho teve como objetivo a produção de cosméticos, usando matérias-primas naturais e posterior caracterização físico-química dos produtos. Foram extraídos os óleos do coco e do hortelã, por arraste a vapor d’água. Esses óleos foram utilizados na produção de xampu, sabonete e batom, cujas propriedades físico-químicas foram analisadas. Para o xampu determinou-se o valor de pH em várias temperaturas, foi feito o teste de perda de massa para o sabonete, em diferentes volumes, e para o batom foi verificado sua temperatura de fusão, indicando a estabilidade do mesmo, além de determinar a densidade de todos os cosméticos, e testes sensoriais; capacidade de limpeza e formação de espuma (xampu e sabonete), fixação e brilho (batom). Os resultados obtidos mostraram a possibilidade da produção de tais cosméticos com matérias-primas naturais, visto que o xampu apresentou pequena alteração de pH, de 5,67 a 5,76 em faixa de temperatura de 22 a 40 °C, os valores de perda de massa do sabonete foram considerados satisfatórios quando comparados aos resultados de um sabonete industrializado, o batom fundiu a uma temperatura de 55 °C. Quanto aos testes sensitivos, os resultados obtidos foram similares aos dos produtos industrializados reportados na literatura. Isso mostra a possibilidade de utilizar esses cosméticos naturais em escala industrial, e como são biodegradáveis, irão minimizar os severos impactos ambientais que atualmente comprometem toda a sustentabilidade do nosso Planeta. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG VALIDAÇÃO METODOLÓGICA DA DETERMINAÇÃO ESPECTROFOTOMÉTRICA DE NITROGÊNIO EM TECIDO VEGETAL Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Lorena Mendes de Souza e Eloízio Júlio Ribeiro Área: Ambiental A194 O termo nitrogênio total de Kjeldahl (Ntk) refere-se ao nitrogênio orgânico presente em uma determinada amostra e sua determinação consiste basicamente na conversão de toda forma nitrogenada a amônio que por sua vez pode ser detectado por diferentes métodos, tais como, titulação, potenciometria e espectrofotometria. Determinar este elemento em plantas tem inestimável importância já que o mesmo está intimamente ligado ao metabolismo de aminoácidos e proteínas envolvendo processos enzimáticos e assimilações através de reações de oxiredução (Dougall & Estaba, 1980). O método mais utilizado para esta análise é o método de Kjeldahl, proposto pelo dinamarquês Johan Gustav Kjeldahl em 1883 que determina o Nitrogênio orgânico total, isto é, o nitrogênio protéico e o nitrogênio não protéico, porém orgânico. Tal método baseia-se na digestão sulfúrica de uma amostra sob alta temperatura, o amoníaco é então liberado e destilado com hidróxido de sódio (NaOH), logo em seguida é titulado com uma solução ácida padrão. A simplicidade deste método torna-o muito empregado em análises de diferentes amostras, contudo o método é lento e a operacionalidade do mesmo, no Laboratório de Análises Agroambientais (LAA) da EMBRAPA arroz e feijão, ainda é questionável já que o laboratório disponibiliza-se de apenas um destilador. Além disso, há uma grande quantidade de solicitações de análise de Nitrogênio total no LAA. Em 2011, o laboratório recebeu cerca de 4000 solicitações sendo que apenas 2500 destas foram realizadas no mesmo ano. Neste contexto, o objetivo deste trabalho é o ajuste da análise espectrofotometrica como alternativa à metodologia de Kjeldahl para determinação do teor de nitrogênio em amostras de tecido vegetal.Tal método, que é sobretudo mais operacional na rotina do laboratório, foi validada e comparada com a metodologia Kjeldahl Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG PRÉ-TRATAMENTO BÁSICO PARA SEPARAÇÃO DOS CONSTITUINTES LIGNO-CELULÓSICOS DA PALHA DE CANA-DEAÇÚCAR. Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Vinícius Ruan do Nascimento Soares; Carla da Silva Meireles e Ricardo Reis Soares Área: Ambiental A200 Devido a grande expansão na produção e exploração do álcool gerado pela cana-de-açúcar, os seus subprodutos ou até mesmo o que seria descartado também ganha atenção. Com a palha da cana isto não é diferente há alguns anos ela era descartada no processo de produção, mas hoje vários estudos analisam seu potencial energético bem como vários outros resíduos agroindustriais como, por exemplo, o bagaço. Para reaproveitar aquilo que seria dispensado é necessário então algum tipo de pré-tratamento visando separar os constituintes destes resíduos, aqui apresentamos este estudo que objetiva a separação destes constituintes ligno-celulósicos utilizando um pré-tratamento alcalino, neste caso o Hidróxido de Amônio, visando posteriormente a produção de etanol de segunda geração, bio-produtos e biocombustíveis de forma geral. No estudo utilizamos o reagente em condições reacionais bem distintas: diferentes tempos de reação (1,2,3 e 4 horas) em sistema refluxo e temperatura próxima a 80°C, e 24 e 72 horas a temperatura ambiente. Obtivemos o rendimento de cada análise a partir do soluto não solubilizado em relação a massa inicial. Os materiais secos foram caracterizados por porcentagem de lignina Klason, análises espectroscópicas na região do infravermelho e análises térmicas – calorimetria diferencial de varredura (DSC). Os resultados apontam que para o uso de amônia, menores tempos e maiores temperaturas foram mais eficazes na separação dos constituintes da palha de cana-de-açúcar. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG ESTUDO DO TEMPO DE RESIDÊNCIA NA BIODEGRADAÇÃO DE EFLUENTE CONTENDO HIDROCARBONETOS EM REATOR CONTÍNUO Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Rafael Bruno Vieira; Thamayne Valadares de Oliveira; Saulo Luiz Cardoso; M. B. DE CASTRO; Patrícia Angélica Vieira e Vicelma Luiz Cardoso Área: Ambiental A300 Neste estudo investigou-se a influência do tempo de retenção hidráulica em um sistema de lodos ativados empregado na biodegradação de hidrocarbonetos presentes em efluente de terminais de distribuição de combustíveis contaminados com óleo diesel e gasolina. Neste processo foi utilizando como coagulante a quitosana solubilizada em ácido clorídrico. O reator utilizado nestes experimentos apresentava capacidade de 5L (em acrílico) operando sob agitação a 110 rpm, com aeração intermitente de 33 hrs e temperatura ambiente. As respostas monitoradas foram a remoção da demanda química de oxigênio (DQO) e remoção de turbidez no clarificado para os tempos de retenção hidráulica de 3 e 4 dias. Os experimentos foram conduzidos até a estabilização dos resultados que ocorreu em 12 dias para o tempo de retenção hidráulica de 4 dias e 7 dias para o tempo de retenção hidráulica de 4 dias. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG SOLUBILIZAÇÃO DE ROCHA FOSFÁTICA POR FUNGOS ASPERGILLUS NIGER. Universidade Federal de Uberlândia 1,2 Faculade de Engenharia Química 3 Instituto de Ciências Agrárias GLAICON FLORISBELO ALVES 1, VICELMA LUIZ CARDOSO2 e LUCIANA de MELO PIRETE3 Área: Ambiental A605 O fósforo é um macroelemento essencial para as plantas e muitas outras formas de vida, sendo adicionado ao solo na forma de fertilizante. É encontrado na natureza na forma de numerosos minerais, tal como a apatita, encontrada em jazidas no território brasileiro. A indústria de mineração, com objetivo de atender a procura deste mineral, realiza a extração e o beneficiamento das reservas fosfáticas. No processo industrial de concentração do fosfato ocorrem perdas consideráveis deste elemento por meio de rejeitos industriais ou por lixiviação pela chuva. No aspecto técnico, econômico e de mercado é necessária a recuperação deste mineral. No aspecto ambiental o fósforo proveniente de rejeito ou por lixiviação é arrastado aos corpos d’água. Dissolvido na água, funciona como alimento para algas, que passam a se reproduzir em grande quantidade, consumindo o oxigênio vital para a manutenção da vida de outras espécies, fenômeno conhecido como eutrofização. Dentro deste contexto de preservação ambiental, econômico e desenvolvimento sustentável preconizam o emprego de técnicas para a recuperação do fosfato. Com isso, o presente trabalho propôs uma alternativa ao processamento químico tradicional, rota sulfúrica, pela utilização de fungos Aspergillus niger, excretores de ácidos orgânicos que por mecanismos de quelação e reações de troca iônica, aumentam acentuadamente a concentração de fósforo em solução, sendo uma alternativa potencial e mais limpa ao tratamento sulfúrico. Obtendo-se ao final do trabalho valores de solubilização superiores a 1000 mg de PO43- por litro. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG TEOR DE FENÓLICOS E FLAVONÓIDES NA CASCA DE ABACAXI IN NATURA Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Paolla Marlene Caetano da Cunha; Diogo Italo Segalen da Silva; Alexandra Gelsleichter Duzzioni; Paolla Marlene Caetano da Cunha e Marcos Antonio de Souza Barrozo Área: Alimentos AL104 A demanda global por alimentos aumenta de forma constante de acordo com o crescimento da população mundial. Esse aumento, o aumento da produção e das vendas (exportação e mercado interno) traz problemas como o aumento da produção de lixo orgânico causado, por exemplo, na área frutífera, pelas cascas, sementes e resíduos das frutas gerando graves problemas ambientais. Uma das medidas propostas para solucionar esse problema é o reaproveitamento destes. Neste contexto, o abacaxi é um alimento funcional com alto valor nutritivo auxiliando a digestão de gorduras, a respiração celular, agindo como um antiespasmódico, laxativo, diurético e também influenciando positivamente o humor do ser humano. Em termos de massa o abacaxi produz uma elevada quantidade de casca. Portanto, o objetivo deste trabalho foi analisar o teor de fenólicos e flavonóides para garantir que o uso da casca para produção de bebidas e alimentos seja viável para a saúde humana. Para isso, utilizou-se o método de Folin–Ciocalteu para a análise de fenólicos e para a análise de flavonóides foi utilizado o método de calorimetria. Os valores obtidos foram relevantes para a ação dos nutrientes prevenindo edemas e hemofilias (como a vitamina P, rutina) e contribuindo para síntese de fármacos (ácido gálico). Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG TEOR DE VITAMINA C NO SUCO E NA CASCA DA LARANJA IN NATURA Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Gabriela Tavares Kleider; Diogo Italo Segalen da Silva; Alexandra Gelsleichter Duzzioni, Gabriela Tavares Kleiber e Marcos Antonio de Souza Barrozo Área: Alimentos AL105 O consumo alimentar da população brasileira combina a tradicional dieta à base de arroz e feijão com alimentos que possuem poucos nutrientes e muitas calorias. A ingestão diária de frutas, legumes e verduras está abaixo dos níveis recomendados pelo Ministério da Saúde (400g) para mais de 90 % da população. Mas frutas e hortaliças, além de fornecerem componentes importantes para desempenharem funções básicas do organismo, são fontes de compostos bioativos diretamente associados à prevenção de doenças. Dentre as frutas consumidas pelos brasileiros, a laranja é uma das mais apreciadas. Porém, o consumo desta se resume basicamente ao suco, e a casca é, quase na totalidade das vezes, descartada. Visando o aproveitamento deste rejeito, analisou-se o suco, que possui inúmeros benefícios para a saúde, bem como a casca que também é uma rica fonte de nutrientes e propriedades antioxidantes, e portanto, também beneficia o organismo, por exemplo, tratando enxaquecas, prevenindo doenças e aumentando a melhora e limpeza orgânica. Dentro deste contexto, objetivo deste trabalho foi analisar o teor de acidez e vitamina C tanto no suco quanto na casca da laranja in natura, para verificar a viabilidade do consumo e benefício para a saúde humana. Para tais, foi utilizado o método de titulometria. A análise de acidez titulável total foi realizada de acordo com os métodos da Association of Official Analytical Chemists (1995), e na análise de vitamina C a titulação foi baseada na redução do 2,6diclorofenol-indofenol (DCFI) pelo ácido ascórbico. Os resultados mostraram que os teores de vitamina C na casca da laranja foram relevantes quando comparados ao suco da mesma, o que comprova ser viável o aproveitamento do rejeito. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG AVALIAÇÃO DOS COMPOSTOS BIOATIVOS PRESENTES NA CASCA E NO SUCO DE MELÃO AMARELO Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Fernanda Gardusi; Lorena Garcez Mendes; Diogo Italo Segalen da Silva; Alexandra Gelsleichter Duzzioni e Marcos Antonio de Souza Barrozo Área: Alimentos AL115 O melão amarelo (Cucumis melo) tem um alto valor comercial, visto que possui uma casca espessa e firme, o que confere grande resistência à compressão e desidratação, viabilizando transportes de longa duração. Há também pesquisas que indicam essa fruta como solução para problemas ginecológicos e hormonais femininos. É compreensível que o melão amarelo seja a oitava fruta mais produzida no mundo e está dentre as dez frutas in natura mais exportadas. Os compostos bioativos analisados neste trabalho presentes na fruta avaliada têm a capacidade de captar radicais livres e auxiliam na prevenção contra doenças cardiovasculares e circulatórias. Dentro desse contexto, o objetivo deste trabalho foi analisar o teor de alguns compostos antioxidantes presentes tanto na casca quanto no suco do melão amarelo. Os teores de ácido ascórbico (ou vitamina C) e de acidez foram determinados pelo método descrito pela AOAC, a quantificação de compostos fenólicos totais foi realizada pelo método de Folin-Ciocalteu enquanto na análise dos flavonóides foi utilizado o método de Zhishen et al. Os resultados mostraram que os teores de compostos bioativos presentes no melão (suco e casca) são relevantes contribuindo, assim, na prevenção de doenças. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG ELABORAÇÃO DE ROTEIRO DE AULA PRÁTICA DE DETERMINAÇÃO DE NITROGÊNIO/PROTEÍNA PELO MÉTODO KJELDAHL Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Cláudia de Paula Silva Oliveira (PBG); Cleuzilene Vieira da Silva (TQ) e Miriam Maria de Resende Área: Alimentos AL120 Os laboratórios de aulas práticas têm aproximado os alunos dos cursos de graduação da realidade das indústrias químicas. Tendo assim a possibilidade de colocar em prática o que é mostrado nas salas de aulas, incentivando o raciocínio para diversas situações que possam ocorrer nas indústrias. Assim, este trabalho se propõe a apresentação de resultados de análises de conteúdo protéico em alimentos por meio da determinação do nitrogênio amoniacal procedimento descrito pelo método de Kjeldahl pela digestão de amostras seguido da realização de destilação e de titulação. Nesse método a matéria orgânica é decomposta pela digestão da amostra junto com ácido sulfúrico concentrado e tendo como catalisador a mistura de sulfato de potássio e sulfato de cobre. A digestão das amostras iniciou com temperatura de 100°C chegando até 400°C. Posteriormente, elas foram conduzidas para o processo de destilação que ocorreu por arraste de vapor e só assim foi realizada a última etapa a titulação com ácido clorídrico 0,1 M. Na determinação das melhores condições para a elaboração do roteiro de aula prática utilizou-se amostras de leite, amendoim, fubá e farinha de trigo. Os resultados de proteínas obtidos foram de 2,29%, 25,3%, 12,6%, 9,71%, respectivamente. Todos os resultados de conteúdo protéico encontrados estão de acordo com a literatura. Entretanto, verificou-se para as amostras estudadas um grande tempo de digestão devido à composição das mesmas. Desta forma pretendese estudar outras amostras para a elaboração de um roteiro que seja factível em tempos menores. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO TEOR DE VITAMINA C DE FRUTOS DO CERRADO Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Marco Aurélio de Sousa; Michelle Pacheco; Jéssica Oliveira Giroldo e Juliana de Souza Ferreira Área: Alimentos AL126 Os frutos do cerrado são conhecidos por seus sabores exóticos, sendo bastante consumidos por comunidades locais. São uma excelente fonte alternativa de nutrientes e substâncias bioativas, pois apresentam altos teores de vitaminas, óleos insaturados e antioxidantes. Portanto, por serem uma matéria-prima de baixo custo, tais frutos podem ser uma fonte economicamente viável de alimentos funcionais para indústria de alimentos. Suas potencialidades alimentícias têm sido investigadas e é crescente o estudo do processamento industrial de seus derivados. O objetivo deste estudo é a caracterização dos frutos do cerrado, jenipapo, macaúba e pitaia, com o intuito de detectar aqueles que futuramente podem ser explorados para obtenção de produtos alimentícios industriais, principalmente com relação ao teor de vitamina C. Os frutos analisados foram escolhidos devido à sazonalidade e foram adquiridos no mercado local. Foram feitas as análises de cinzas e umidade pelo método gravimétrico, de teor de açúcares (oBrix) determinado por refratômetro de Abbé, de acidez por titulação e de vitamina C por método colorimétrico. Os resultados foram comparados com frutas usualmente consumidas por apresentarem alto teor de vitamina C e empregadas para obtenção de produtos comerciais (laranja, acerola, limão). Os teores de vitamina C encontrados indicam que os frutos analisados podem ser utilizados na indústria para fabricação e/ou enriquecimento de produtos como barra de cereais e polpa de fruta para produção de néctar, licores, sucos e geléias. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG AVALIAÇÃO DOS COMPOSTOS BIOATIVOS PRESENTES NA POLPA DE MANGA VENDIDA COMERCIALMENTE E NA FRUTA IN NATURA. Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Lorena Garcez Mendes;Fernanda Gardusi; Diogo Italo Segalen da Silva e Alexandra Gelsleichter Duzzioni e Marcos Antonio de Souza Barrozo Área: Alimentos AL148 A manga (Mangifera indica) é uma fruta bastante consumida tanto em sua forma in natura quanto na forma de polpa congelada. A polpa congelada tem apresentado grande aceitação no mercado devido a praticidade do uso e do armazenamento e na manutenção das características organolépticas da fruta. Trata-se de uma fruta de grande importância nutricional por apresentar uma quantidade relevante de vitamina C (ácido ascórbico) e devido ao seu grande potencial antioxidante proveniente de compostos fenólicos. Os antioxidantes são capazes de proteger o organismo humano contra os radicais livres, reduzindo os danos celulares causados por eles. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo comparar os teores de ácido ascórbico, ácido cítrico, fenólicos e flavonóides presentes na polpa de fruta vendida comercialmente da manga e na fruta in natura. Assim, foi verificado qual seria a fonte que forneceria mais compostos bioativos para o organismo humano. Os teores de ácido ascórbico e ácido cítrico foram determinados de acordo com os métodos descritos pela AOAC, o teor de fenólicos totais foi determinado pelo método desenvolvido por Folin–Ciocalteu e o conteúdo de flavonóides foi determinado segundo Zhishen et al., (1999). Os resultados mostraram que a fruta e a polpa possuem um potencial teor de compostos bioativos. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG COMPARAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE POLPAS DE FRUTAS COMERCIALIZADAS NA CIDADE DE UBERLÂNDIA-MG Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Geraldo Daniel Ribeiro Nogueira; Diogo Italo Segalen da Silva; Alexandra Gelsleichter Duzzioni e Marcos Antonio de Souza Barrozo Área: Alimentos AL152 As frutas são fontes naturais de vitaminas, minerais e carboidratos solúveis, sendo que algumas possuem teor mais elevado de um ou outro nutriente, sendo bem aceitas por grande parte dos consumidores. A praticidade aliada à falta de tempo vem mudando o hábito de consumo de sucos de frutas. Antes preparados a partir da fruta in natura e agora a partir de polpas congeladas.De acordo com estudos realizados pelo Ministério da Agricultura e pela FAO (Food and Agriculture Organization), o consumo de frutas frescas previsto para 2014 será duplicado e o de congelados e sucos crescerá 25 % em relação ao ano de 1999. No Brasil, a qualidade de polpas de fruta comercializadas é regulamentada pela Instrução Normativa de Nº 1 de 07 de janeiro de 2000 que determina os Padrões de Identidade e Qualidade (PQI’s). O rendimento industrial depende da fruta utilizada, sendo de aproximadamente 90 % tanto para a goiaba quanto para o morango e para a uva. Dentro deste contexto, este trabalho teve como objetivo analisar e comparar os teores de ácido ascórbico e a acidez total titulável expressos em mg ácido ascórbico/100 g e g ácido cítrico/100 g, respectivamente de polpas de goiaba, morango e uva comercializada na cidade de Uberlândia-MG. Os métodos analíticos adotados foram a titulometria com redução do ácido ascórbico aplicando o 2,6-diclorofenolindofenol como titulante para o ácido ascóbico e a titulometria com NaOH 0,1 N para a acidez total. Os resultados obtidos comprovam que as polpas das frutas estudadas são boas fontes dos compostos antioxidantes estudados. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG INVESTIGAÇÃO DE PROPRIEDADES FUNCIONAIS DE FRUTAS DO CERRADO Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Jéssica Oliveira Giroldo; Michelle Pacheco; Marco Aurélio de Sousa e Juliana de Souza Ferreira Área: Alimentos AL180 O cerrado brasileiro é rico de diversas espécies de frutas e palmeiras que podem ser consumidos in natura ou processados e comercializados como sorvetes, farinhas, polpas, geléias, sucos e ainda para enriquecimento de alimentos para obtenção de produtos com propriedades nutritivas e funcionais, que colaboram para a saúde dos consumidores. A proposta deste trabalho consiste na determinação do teor de fibra bruta, pectina, compostos fenólicos e da atividade anti-oxidante da polpa e semente de espécies nativas do cerrado. As espécies, inicialmente investigadas foram a pitaia, a macaúba e o jenipapo, devido à disponibilidade no mercado local. As fibras, solúveis e insolúveis, contribuem para o melhor funcionamento do trânsito intestinal e melhor absorção de nutrientes. Além do seu valor funcional, a pectina possui papel importante no processamento de derivados de frutas, devido à tendência de formação de gel, importante para obtenção de um produto homogêneo. Os compostos fenólicos apresentam propriedades antioxidantes que têm a capacidade de sequestrar radicais livres, protegendo o sistema biológico contra o efeito nocivo de processos que podem causar oxidação excessiva e auxiliando na redução de risco de câncer e doenças cardiovasculares. Para a quantificação do teor de fibra bruta e de pectina foram adotados os procedimentos do Instituto Adolfo Lutz. O conteúdo de compostos fenólicos total foi determinado usando a técnica de FolinCiocateu e os ensaios para avaliar a atividade antioxidante no método de captura do radical livre DPPH. As propriedades determinadas neste estudo comprovam o potencial destas espécies e incentiva maiores estudos para o processamento na obtenção de seus derivados. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG DESCONSTRUÇÃO DA PALHA DE CANA DE AÇÚCAR UTILIZANDO PRÉ-TRATAMENTO ÁCIDO Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Francielly Cristina Gonçalves Barbosa; Amanda Costa Farnese; Carla da Silva Meireles e Ricardo Reis Soares Área: Alimentos AL187 O aproveitamento de resíduos agroindustriais, fontes ricas em compostos orgânicos, tem se tornado um fator de interesse devido à possibilidade de utilização desses subprodutos na geração de novos produtos com maior valor agregado, como por exemplo, biocombustíveis, insumos químicos, enzimas, dentre outros. A palha de cana de açúcar é um exemplo desses resíduos denominados matéria vegetal lignocelulósica, composta basicamente de lignina, hemicelulose e celulose. Para a obtenção desses constituintes se faz necessária a desconstrução da fibra vegetal por meio de pré-tratamentos. No presente trabalho, foi utilizado o pré-tratamento ácido para a separação dos constituintes da palha de cana. Dois procedimentos foram utilizados: 1) pré-tratamento com ácido nítrico e ácido acético; 2) prétratamento com ácido fosfórico. Ambas as reações foram realizadas em um sistema de refluxo, sob aquecimento e agitação com diferentes concentrações e tempos de reação: 1) 0,5; 1; 3 e 6h e 2) 0,5; 1 e 3h. O material pré-tratado foi separado por filtração, obtendo-se o rendimento (porcentagem solubilizada) e o balanço de massa final. O resíduo sólido foi caracterizado por espectroscopia na região do infravermelho, Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC) e determinação do teor de lignina Klason. O filtrado foi recolhido e armazenado para posterior análise de sua constituição. Os resultados preliminares da análise do resíduo sólido mostraram que os tempos utilizados foram eficientes para solubilização de parte dos constituintes da biomassa. As análises térmicas e de infravermelho também mostraram diferenças entre os materiais pré-tratados e o resíduo bruto evidenciando a solubilização dos constituintes da biomassa. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG COMPARAÇÃO DO TEOR DE VITAMINA C NO SUCO E NA CASCA DO LIMÃO TAHITI Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Amanda Carla Ribeiro da Silva; Alexandra Gelsleichter Duzzioni; Diogo Italo Segalen da Silva e Marcos Antônio de Souza Barrozo Área: Alimentos AL191 Os antioxidantes podem ser encontrados na forma sintética, contudo há um grande interesse em se encontrar novos antioxidantes que sejam provenientes de fontes naturais, como por exemplo, das frutas. A Vitamina C é um potente antioxidante, e como tal, age por diversos mecanismos de maneira a conferir defesa contra o ataque de radicais livres. A quantidade requerida diariamente de Vitamina C pode ser adquirida através do consumo de frutas cítricas. Nesse contexto, estudos foram conduzidos com o intuito de investigar os teores de Vitamina C presentes no suco e na casca do limão Tahiti. As amostras foram caracterizadas quanto ao teor de ácido ascórbico e acidez. A acidez titulável total foi determinada de acordo com a metodologia da AOAC (1995), e os resultados expressos em porcentagem de ácido cítrico na amostra (% ácido cítrico). Os níveis de ácido ascórbico foram determinados por titulometria, cujo método é baseado na redução do 2,6-diclorofenol-indofenol pelo ácido ascórbico, e os resultados expressos em mg de ácido ascórbico/100g de amostra. O suco do limão obteve valores superiores de acidez (6,25±0,17 g de ácido cítrico/100g de amostra) e de ácido ascórbico (38,11±2,01 mg de ácido ascórbico/100g de amostra) em relação aos teores encontrados pra a casca (0,30±0,01 g de ácido cítrico/100g de amostra e 11,29±0,54 mg de ácido ascórbico/100g de amostra). Podemos concluir, portanto, que o suco do limão apresenta teores de Vitamina C dentro da faixa recomendada para consumo diário, que varia de 15 a 60 miligramas por pessoa. Além disso, podemos observar que mesmo o suco da fruta apresentando teores superiores de Vitamina C quando comparado aos teores encontrados na casca, estes podem ser considerados relevantes para estudo, já que os níveis de ácido ascórbico na casca são mais elevados que os encontrados em outras frutas, como maçã (7 mg de ácido ascórbico/100g de amostra) e pera (5 mg de ácido ascórbico/100g de amostra). Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG PRODUÇÃO BIOLÓGICA DE HIDROGÊNIO ATRAVÉS DO USO DE MICROALGAS Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Wesley da Silva Borges; Betânia Braz Romão; DAYNNA RAHDA DO CARMO CASTRO; Vicelma Luiz Cardoso e Fabiana Regina Xavier Batista Área: Biotecnologia B103 A escassez de recursos naturais não-renováveis, assim como o aumento da demanda global de energia e suas implicações ambientais têm estimulado a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias alternativas de suprimento energético, tais como a produção sustentável de H2. Neste contexto, destaca-se o uso das microalgas, organismos capazes de sintetizar hidrogênio, sendo que em seu processo não se observa a produção de CO2, um dos gases do efeito estufa. A fotossíntese realizada por microalgas, em decorrência da presença das enzimas hidrogenase e nitrogenase, produz sob certas condições, hidrogênio. Porém, a produção de hidrogênio é um processo transitório devido à alta sensibilidade da enzima hidrogenase ao oxigênio, subproduto da fotossíntese. Por outro lado, pesquisas recentes mostram que a remoção de enxofre do meio de cultura provoca um decréscimo nas taxas de fotossíntese e uma pequena redução da atividade respiratória. Ou seja, em culturas fechadas verifica-se que a privação de enxofre tem como consequência o consumo do oxigênio e uma passagem a anaerobiose no meio. Estes microorganismos passam então a realizar uma fotossíntese alternativa que utiliza a luz e a hidrogenase para a produção de H2. Neste trabalho apresenta-se um estudo do comportamento de um consórcio de microorganismos obtidos de um reservatório eutrofizado e de uma cultura pura de microalgas, a Chlorella pyrenoidosa, cultivados em diferentes meios de cultivo, na presença e na ausência de enxofre. As algas foram cultivadas em frascos de penicilina de 100 mL de capacidade e 75 ml de volume de trabalho, sob fotoperíodo de 12 horas. As culturas foram mantidas em estufa germinadora à 22°C. Como variável resposta a produção de hidrogênio foi monitorada. Os resultados mostraram que embora a produção de biogás pelos microrganismos ocorra de forma freqüente, o sistema em que as microalgas são cultivadas ainda deverá ser aperfeiçoado para que quantidades mais significativas de hidrogênio sejam obtidas. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG PRODUÇÃO DE COMPLEXO ENZIMÁTICO POR FUNGO SELECIONADO NO CERRADO DO TRIÂNGULO MINEIRO Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Lina Ramadan; Vítor Gomes Ferreira; Janaína Fischer; Ubirajara Coutinho Filho e Vicelma Luiz Cardoso Área: Biotecnologia B109 A associação de enzimas capazes de gerar um complexo lignocelulósico com aptidão para hidrolisar a celulose e também subprodutos da hidrólise da celulose e hemicelulose constitui motivo de interesse para que o Brasil se consolide no futuro como um dos líderes na produção de etanol de segunda geração. A produção de etanol a partir de material lignocelulósico envolve pré-tratamento e hidrólise para liberação de açúcares fermentescíveis para a levedura. A hidrólise enzimática é apontada como mais efetiva em termos de rendimento, tem elevada especificidade, emprega condições brandas de pressão, temperatura e pH em relação a processos químicos, além de não gerar inibidores e apresentar vantagens ambientais. Deste modo, investigações quanto à habilidade de cepas de diferentes microrganismos hidrolisarem celulose e hemicelulose têm sido feitas. Muitos trabalhos estão sendo direcionados ao desenvolvimento de uma alta produção de microrganismos capazes de produzir enzimas específicas que hidrolisem a celulose. Neste trabalho, estudou-se a produção de complexo enzimático destinado à degradação da celulose por fungo do Cerrado do Triângulo. Foram realizadas fermentações em estado sólido, em reator estático, com meio contendo diferentes concentrações de resíduo do beneficiamento de arroz (farelo), lactose e bagaço de cana tratado com explosão a vapor, para tempos de 6, 12, 24, 36 e 48h. Atividade enzimática de celulase foi determinada em FPase, expressa em U/g, sendo que uma unidade foi definida como a geração de um micromol de glicose por minuto. Os extratos enzimáticos também foram analisados por cromatografia líquida de alta eficiência para verificação das concentrações de açúcares. O fungo estudado mostrou-se promissor na hidrólise de celulose, sendo que, entre os meios de FES avaliados, aqueles com maior teor de farelo de arroz (meios 4 e 5) e 6h de fermentação foram os mais favoráveis para produção enzimática. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG AVALIAÇÃO DA VIABILIDADE CELULAR DE UMA CULTURA MISTA DE BACTÉRIAS FERMENTATIVAS POTENCIALMENTE PRODUTORAS DE HIDROGÊNIO Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Fábio Silva Oliveira;Betânia Braz Romão;Juliana de Souza Ferreira;Vicelma Luiz Cardoso e Fabiana Regina Xavier Batista Área: Biotecnologia B110 A escassez de reservas de combustíveis fósseis tem fomentado o desenvolvimento de processos alternativos para a obtenção de energia. Neste contexto, destacam-se os estudos direcionados ao aperfeiçoamento de processos dedicados a produção de biocombustíveis como o H2. Convencionalmente este biocombustível é produzido através da reforma de vapor, bem como através de rota biológica. Nos últimos anos, os microrganismos como as bactérias fermentativas, capazes de produzir H2 quando em condições específicas de cultura, tem sido fortemente empregados em bioprocessos com esta finalidade. Salienta-se que tais microrganismos em sua rota metabólica, através de processo fermentativo anaeróbico realizado no escuro, convertem os substratos do meio em ácidos orgânicos, dióxido de carbono e H2. Para que esta conversão seja eficiente é necessária que elevada viabilidade celular se verifique. Este estudo tem por objetivo avaliar a viabilidade de células oriundas de lodo biológico, obtido de reator de manta de lodo. Para tal, a contagem das células viáveis através da metodologia “pour plate” foi empregada. Neste procedimento o crescimento das células amostradas em diferentes tempos de fermentação foi observado através de plaqueamento. Inicialmente, uma pequena quantidade de inóculo celular foi diluída de forma seriada em tubos de ensaio, utilizando uma solução cloreto de sódio (8,5g/L). Após isso 1mL de cada tubo foi adicionado a uma placa de Petri que recebeu em seguida tioglicolato de sódio (30g/L), triptona (10g/L) e extrato de levedura (5g/L). Ágar foi adicionado na sequencia e após o resfriamento e a solidificação do material as placas foram invertidas em um dessecador contendo uma vela acesa para que a condição de anaerobicidade fosse alcançada. Os resultados mostraram que após um período de 168 horas, colônias de bactérias foram observadas nas placas de Petri, fato que demonstrou a capacidade reprodutiva do consórcio microbiológico utilizado, conferindo viabilidade às células. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG ESTUDO DA DIFUSÃO DE NALTREXONA EM MICROAGULHAS Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Letícia de Moura Sousa; Rafaelle Roland Seixas e Ubirajara Coutinho Filho Área: Biotecnologia B123 Microagulhas têm sido desenvolvidas para aumentar a permeabilidade da pele, facilitando a injeção de drogas através da criação de microcanais na pele. As vantagens da utilização de microagulhas ao invés de agulhas hipodérmicas devem-se ao fato de que a inserção de drogas através da pele é indolor, além de ser um método seguro. Entre as diferentes drogas que podem ser transportadas por microagulhas podemos citar: insulina, hormônio de crescimento humano, desmopressina, naltrexona, vacinas contra a gripe, hepatite B e C, entre outras. A droga escolhida neste trabalho foi a naltrexona que é uma espécie de antídoto para a intoxicação de heroína, morfina e similares. É indicada como parte do tratamento do alcoolismo e como antagonista no tratamento da dependência de opióides, proporcionando efeito terapêutico benéfico no programa de tratamento direcionado a viciados. Neste trabalho é apresentado o estudo difusivo do transporte de naltrexona por diferentes modelos cinéticos que descrevem alterações nas microagulhas e alterações na pele. Os resultados obtidos mostram que a oclusão associada à ação de fragmentos de pele nas agulhas e a alteração de estrutura da pele ligada as agulhas são fenômenos importantes na quantificação do processo. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO BIOTECNOLÓGICA DE HIDROGÊNIO Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Julia Garofano dos Santos; Thiago Mendonça de Sousa; Betânia Braz Romão; Fabiana Regina Xavier Batista, Vicelma Luiz Cardoso e Juliana de Souza Ferreira Área: Biotecnologia B127 A produção de H2 por rota biológica é uma alternativa à atual produção baseada em combustíveis fósseis, uma fonte não renovável, poluente e de alto custo ao planeta. Dentre as rotas biológicas, o H2 pode ser produzido por fermentação escura, na qual os microrganismos convertem a matéria orgânica em H2, CO2, álcoois e ácidos orgânicos; ou por fotofermentação, com degradação dos compostos de carbono tendo a luz como fonte primária de energia. O objetivo deste trabalho foi obter dados preliminares da produção de H2 através de ambas as rotas biológicas, usando resíduos agroindustriais como fonte de carboidratos, melaço de cana-de-açúcar e soro de queijo. Foi realizada a caracterização dos substratos, segundo métodos padrões de análises físico-químicas, como sólidos totais e voláteis, DQO e teores de açúcar, gordura e proteína. Os consórcios microbianos utilizados, lodo anaeróbico proveniente de um reator UASB e de uma lagoa de estabilização, foram caracterizados quanto à quantidade de sólidos totais e voláteis. Com o intuito de isolar as bactérias púrpuras não sulforosas a serem empregadas nos ensaios de fotofermentação, o lodo obtido da lagoa de estabilização foi submetido a dois procedimentos, método da coluna de Winogradski e tentativa de isolamento bacteriano em meio RCVB, estando ambos em curso. O efeito de diferentes concentrações dos substratos utilizados foi avaliado através da realização de fermentação escura. Antes da inoculação, os microrganismos foram aclimatados ao meio de fermentação, a qual ocorreu em frascos de penicilina acoplados a seringas graduadas para captação do biogás produzido, que foi analisado em GC, com detector de condutividade térmica. A maior produtividade foi observada para 1,2mL de inóculo, sendo 6,6x10-4 molH2/L.d, 4,6x10-4 molH2/L.d e 7,4x10-4 molH2/L.d, para os substratos soro de queijo (35,2 g de açúcar/L), soro de queijo permeado comercial (13,4 g de açúcar/L) e melaço de cana-de-açúcar (13,6 g de açúcar/L), respectivamente. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG PRODUÇÃO DE ETANOL DE BIOMASSA MISTA DE SORO E CELULOSE PELO USO DE SACARIFICAÇÃO POR EXTRATO ENZIMÁTICO NÃO PURIFICADO DE ASPERGILLUS NIGER Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Flávia Pavani Piovani; Vicelma Luiz Cardoso; Maria Aparecida de Barros; Nattácia Rodrigues de Araujo Felipe Rocha e Ubirajara Coutinho Filho Área: Biotecnologia B134 No presente trabalho foi avaliada a produção de etanol por complexo enzimático de Aspergillus niger usado em biomassa mista de soro e celulose. O complexo enzimático bruto de foi produzido por fermentação submersa e utilizado, sem a purificação na sacarificação e a biomassa sacarificada foi fermentada para produção de etanol por Saccharomyces cerevisae. Foi avaliado o uso em duas condições distintas: uso extrato enzimático de A. niger, uso de extrato combinado com a hidrólise ácida com ácido clorídrico de forma sequencial a hidrólise enzimática. Nas fermentações foi observado um crescimento celular do Saccharomyces cerevisae de 106 para 1010 células/mL, a produção acumulada de gás carbônico foi variável entre 3,7 a 13,5 mol/L e foi constatado que os melhores resultados de produção de etanol ocorreram na ausência de hidrólise ácida gerou uma concentração de 6.4 g/L de etanol. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG OTIMIZAÇÃO DO TEMPO DA PRODUÇÃO DE LIPASE EM MELAÇO DE SOJA POR CANDIDA RUGOSA Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Wilson Galvão de Morais Júnior; Isabela Marques Vara Barbosa e Vicelma Luiz Cardoso Área: Biotecnologia B135 Lipases são enzimas que possuem aplicação em processamento industrial de lipídios, havendo destaque para gorduras. Além disso, essas enzimas possuem um considerável potencial de atuação na biotecnologia, na produção do biodiesel mais puro via transesterificação enzimática com pouca geração de resíduos, entretanto este processo é mais caro, tendo em vista o elevado custo para a síntese de lipase. Dessa forma com intuito de diminuir os custos de produção esse trabalho tem como objetivo o estudo da produção de lipase em melaço de soja (co-produto gerado no processo de secagem da proteína de soja) por Candida rugosa, otimizando o tempo de fermentação. Tomou-se como padrão o meio de cultura com pH 6 e concentração de melaço de soja de 200 g/L para fermentação submersa. Utilizou-se o método de titulação com NaOH 0,05N para determinar a atividade lipolítica. Houve ainda análise da atividade de protease e do crescimento celular. Os resultados observados evidenciam que o melaço de soja é eficiente como fonte de nutrientes para produção de lipase. A condição ótima da atividade da lipase obtida por Candida rugosa foi de 5,25 U/mL em 12 horas de fermentação submersa, a atividade da protease chegou a 0,34 U/mL.min e o crescimento celular 9,781 g/L. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG INFLUÊNCIA DO PH NA PRODUÇÃO DE LIPASE EM MELAÇO DE SOJA POR CANDIDA RUGOSA Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Wilson Galvão de Morais Júnior; Isabela Marques Vara Barbosa e Vicelma Luiz Cardoso Área: Biotecnologia B136 Lipases são enzimas pertencentes ao grupo das hidrolases cuja função é a hidrólise de Triacilglicerois em ácidos graxos e glicerol. Dentre as lipases, as microbianas demonstram destaque devido às suas propriedades bem mais diversificadas que as de outras fontes e um maior potencial para utilizações biotecnológicas, já que são estáveis a altas temperaturas e possuem atividade em diferentes graduações de pH, além da sua seletividade na resolução de misturas racêmicas. A produção de lipases tem sido desenvolvida principalmente por fermentação submersa devido aos aspectos de engenharia dominados e desenvolvidos, está associada ao crescimento microbiano e consequentemente, às variações da composição e condições do cultivo. Fatores como temperatura, pH, composição do meio de cultura, fontes de carbono e nitrogênio e presença de indutores e inibidores podem influenciar a sua produção.Porém, seu emprego industrial, apesar de que os recentes avanços registrados na tecnologia do DNA tenham permitido aos fabricantes de enzimas colocar no mercado lipases microbianas com atividade bem elevada, é restrito pelo alto custo de sua obtenção, o qual é determinado pelo rendimento da produção, pelas circunstâncias do processo e pela estabilidade enzimática. Assim, objetivando o aumento do rendimento do processo, com a redução dos custos, este trabalho se dedica ao estudo da influência do pH na produção de lipase em meio contendo melaço de soja, por Candida rugosa. Os testes consistiram em fermentação submersa em melaço de soja, a uma concentração de 200 g/L, por 12 horas a uma temperatura de 25 ± 1 °C. Determinou-se a atividade de lipase por titulação. A condição ótima da atividade da lipase obtida foi de 12 U/mL em meio de pH 3. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG USO DO GLICEROL COMO FONTE DE CARBONO PARA PRODUÇÃO DE GOMA XANTANA Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Aline Ângelo Mazetti; Tais Magalhães Abrantes Pinheiro; Ubirajara Coutinho Filho e Vicelma Luiz Cardoso Área: Biotecnologia B138 A goma xantana é um exopolissacarídeo microbiano produzido por Xanthomonas campestris que forma géis e soluções viscosas em meio aquoso, que são amplamente utilizados na indústria de alimentos e petroquímica. A xantana é um produto nobre, de grande importância industrial, cuja produção é feita tradicionalmente pela fermentação de glicose e, mais recentemente, de sacarose. Selecionar fontes de carbono para Xanthomonas produzirem polissacarídeos com propriedades e em quantidade economicamente interessantes é um desafio que vem sendo enfrentado por vários grupos de pesquisa. Neste trabalho é feito o estudo do aproveitamento da glicerina, subproduto abundante da fabrição do biodiesel, na produção do polímero por fermentação submersa. Foram realizadas dez fermentações, sendo nove compostas de meios com diferentes proporções de glicose/glicerol e uma fermentação controle com meio padrão contendo glicose como única fonte de carbono. Os resultados obtidos mostram que: a) na fermentação conjunta glicerol/glicose, tanto o excesso de glicose quanto o excesso de glicerol são menos favoráveis à produção de xantana; b) a maior produção de xantana em meio glicerol/glicose foi cerca de 3,3 vezes menor que a obtida no meio de controle que utiliza glicose como fonte única de carbono; c) o crescimento celular obtido no meio glicerol/glicose foi maior que o observado na condição de controle. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG AVALIAÇÃO DO EFEITO DE ANTIMICROBIANOS NATURAIS NA INATIVAÇÃO DE ESPOROS EM IMPLANTES CIRÚRGICOS Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Jéssica Oliveira Giroldo; Mariana Altenhofen da Silva; Theo Guenter Kieckbusch e Juliana de Souza Ferreira Área: Biotecnologia B139 A esterilização de implantes cirúrgicos é necessária para impedir a proliferação bacteriana pós-operatório. Apesar das técnicas de esterilização atualmente empregadas como, tratamento térmico, exposição ao óxido de etileno e irradiaçãocomo a degradação de materiais termossensíveis e mudanças nas propriedades físicas e mecânicas do material esterilizado. Trabalhos que empregaram CO2 supercrítico (CO2-SC) na esterilização de microorganismos na forma vegetativa mostraram resultados satisfatórios, no entanto, ainda não foram obtidos resultados promissores para a esterilização de esporos, havendo necessidade de estudos para poder alcançar a inativação completa de esporos sob condições moderadas de temperatura e pressão e uma das estratégias é o uso de aditivos como auxiliares ao tratamento com CO2-SC. Com relação à escolha deste aditivo, nota-se uma crescente demanda por produtos “verdes”, devido às exigências ambientais. O objetivo deste trabalho é avaliar o efeito de antimicrobianos naturais na inativação de esporos de Bacillus stearothermophilus e Bacillus subtili, conhecidos como bio-indicadores no controle de esterilização. Foram avaliados os antimicrobianos nisina e monolaurina, sendo investigados o uso isolado de cada aditivo e simultâneo de ambos, para diferentes concentrações do antimicrobiano. As cepas dos bacilos foram devidamente preparadas para a esporulação, que foi monitorada por microscopia. Após este tratamento e eliminação das bactérias vegetativas, foi realizada a contagem de esporos viáveis feita pela técnica da diluição seguida de plaqueamento. Os resultados deste trabalho serão comparados com os resultados obtidos com os implantes submetidos ao tratamento de CO2-SC sem ou na presença de aditivos, para avaliar os efeitos isolados e sinérgicos do CO2-SC e dos antimicrobianos naturais, sendo determinado o efeito tóxico dos aditivos testados no tratamento com CO2-SC. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG DETERMINAÇÃO DE FÓSFORO EM SORGO SACARINO BR 506 Universidade Federal de Uberlândia, Instituto Federal do Triângulo Mineiro - Campus Ituiutaba Faculdade de Engenharia Química Gislaine Fernandes; Thaís Guerra Braga e Vicelma Luiz Cardoso Área: Biotecnologia B141 O sorgo é uma gramínea cultivada em várias regiões do mundo objetivando a produção de grãos. Recentemente, maior importância vem sendo dada ao sorgo sacarino (Sorghum bicolor (L.) Moench) como uma alternativa para obtenção de açúcar em seus colmos. Planta semelhante ao milho e à canade-açúcar, o sorgo sacarino possui inúmeras vantagens com relação a outras plantas capazes de produzir açucares fermentáveis: Alto rendimento de biomassa, elevado potencial de produção de açucares nos colmos, boa produtividade de grãos que podem ser utilizados na alimentação animal, planta de ciclo curto, tolerante a seca e a solos pobres, entre outras. Vários estudos tem identificado que os teores de açucares em caldo de sorgo sacarino são similares ao teores encontrados nos caldos de cana, o que o torna uma matéria prima promissora para produção de etanol. O objetivo deste trabalho foi determinar o teor de fósforo no caldo do sorgo sacarino para compará-lo com os teores encontrados no caldo de cana, pois este nutriente exerce uma função chave no processo de clarificação do caldo para produção de açúcar, sendo também importante para os processos de fermentação alcoólica. No processo de clarificação, o fosfato tem a função de formar precipitados de fosfato de cálcio, os quais são capazes de adsorver partículas coloidais e outras impurezas coloridas. Já na fermentação alcóolica, tal nutriente atua nos processos de armazenamento e transferência de energia no interior das células da levedura, ao ser absorvido pela mesma. Foi utilizado caldo de sorgo da variedade BR 506 cultivado no Instituto Federal do Triangulo Mineiro – Campus Ituiutaba. Os valores de fósforo encontrados no caldo de sorgo foram inferiores aos encontrados em caldo de cana. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG INFLUÊNCIA DA CONCENTRAÇÃO DE MELAÇO DE SOJA COMO SUBSTRATO NA PRODUÇÃO DE LIPASE POR GEOTRICHUM CANDIDUM. Universidade Federal de Uberlandia Faculdade de Engenharia Quimica Wilson Galvão de Morais Júnior; Cássio Silva Takarada e Miriam Maria de Resende Área: Biotecnologia B149 As lipases de origens microbianas têm maior potencial para aplicações biotecnológicas devido sua estabilidade a altas temperaturas, ampla faixa de atuação em relação ao pH, além da sua seletividade na resolução de misturas racêmicas. Sua síntese é influenciada por fatores como fonte de carbono e de nitrogênio, presença de indutores e inibidores, temperatura, pH e composição do meio de cultura. Visando otimizar o processo de produção da lipase, tornando-o economicamente viável, este trabalho apresenta como objetivo o estudo da influência da concentração do melaço de soja (coproduto gerado no processo de secagem da proteína de soja) por Geotrichum candidum. Os testes foram realizados por 24 horas de fermentação submersa em meio com pH 3 à temperatura de 30°C. A atividade de lipase foi determinada por titulação com NaOH 0,05 N, a atividade da protease utilizando azocaseína e, o crescimento celular por meio da massa seca. Os resultados mostraram que o melaço de soja foi uma boa fonte de nutrientes na produção de lipase. A atividade lipolítica máxima alcançada pelo Geotrichum candidum foi de 11,45 U/mL em uma concentração de 250 g/L de melaço de soja, nas mesmas condições, a atividade enzimática da protease encontrada foi de 0,340 U/mL.min e o crescimento celular de 13,294 g/L. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG AVALIAÇÃO CINÉTICA DA PRODUÇÃO DE LIPASE EM MELAÇO DE SOJA POR GEOTRICHUM CANDIDUM. Universidade Federal de Uberlandia Faculdade de Engenharia Quimica Wilson Galvão de Morais Júnior; Cássio Silva Takarada e Miriam Maria de Resende Área: Biotecnologia B150 Lipases são aplicadas no processamento industrial de gorduras e outros lipídeos além do grande potencial de aplicação dessas enzimas na área biotecnológica, na transesterificação enzimática para produção de um biodiesel mais puro. E para essa producao de lipase foi realizado o estudo em meio ao melaco de soja com Geotrichum candidum com ambiente propicio. Logo, a avaliacao da cinetica torna-se importante para a otimizacao do processo, obtendo o melhor rendimento com menor custo possível. A atividade de lipase foi determinada pelo método de titulação com NaOH 0,05N, a atividade da protease e crescimento celular também foram analisados. Os resultados mostram que o melaço de soja é uma boa fonte de nutrientes na produção de lipase. A atividade lipolítica máxima de 6,75 U/mL foi alcançada por Geotrichum candidum em 24 horas de fermentação submersa, a atividade da protease chegou a 0,311 U/mL.min e o crescimento celular 9,515 g/L. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG INFLUÊNCIA DO PH NO COMPORTAMENTO E DESEMPENHO DE LEVEDURAS FLOCULANTES Universidade Federal de Uberlandia Faculdade de Engenharia Quimica MARINA D. B. SOUSA; MARIA SILVIA A. CECÍLIO; JONAS R. FARIA; LÍBIA D. S. MARQUEZ e ELOÍZIO J. RIBEIRO Área: Biotecnologia B151 A produção sustentável de etanol aparece como uma alternativa aos combustíveis fósseis. Visando o aprimoramento deste recurso, o emprego da tecnologia de fermentação alcoólica com células floculantes surge como uma estratégia promissora para obter melhorias no desempenho e na redução de custos, tornando-se uma opção mais viável às usinas. Entretanto, para tal progresso, diversos fatores devem ser levados em consideração, dentre eles está a influência do pH no comportamento da levedura. No estudo da Saccharomyces cerevisae, espécie de levedura com características floculantes, foram realizados experimentos em triplicata utilizando como meio de cultura: sacarose (180 g/L), KH2PO4 (5 g/L), MgSO4∙7H2O (1 g/L), [NH4]2SO4 (2 g/L) e extrato de levedura (6 g/L). Cada erlenmeyer foi inoculado com 15 mL de suspensão celular, obtendo uma concentração celular de 108 células/mL. O pH do meio foi ajustado no início da fermentação com ácido clorídrico 2 M ou hidróxido de sódio 1 M e os valores estudados de pH foram:2,5; 3,0 ; 3,5; 4,0; 4,5; 5,0 e 6,0. O tempo de incubação foi de 24 horas em mesa rotatória com rotação de 150 rpm e temperatura 28°C. Na análise das amostras, verificou-se que para valores de pH no intervalo de 2,5 a 3,5 as leveduras não se aglomeraram, se misturaram com o meio tornando-o viscoso e opaco. Para valores de pH no intervalo de 4,0 a 6,0 as cepas se organizaram de forma mais uniforme formando aglomerados cilíndricos perfeitos, o meio ficou mais translúcido e houve uma melhora quantitativa no processo. A faixa de pH 4,5 apresentou o melhor resultado para o funcionamento dessa espécie, considerando o comportamento floculante da cepa e o rendimento de 93,94%. Portanto, os dados obtidos indicaram que o pH exerce grande influência no comportamento de leveduras floculantes, cujo desempenho da fermentação apresenta um resultado promissor e satisfatório no processo de produção de álcool. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO DA BIOMASSA E TEOR LÍPIDICO DA MICROALGA NANNOCHLOROPSIS OCULATA. UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLANDIA FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA BRENO SEVERIANO ALVES ARAUJO; LUCAS G. MOURA; WESLEY DA S. BORGES e PATRICIA A. VIEIRA Área: Biotecnologia B154 A busca de fontes alternativas de energia se mostra necessária devido ao esgotamento dos combustíveis fósseis e a preocupação ambiental pela emissão de gases poluentes. A produção de microalgas é indicada atualmente como uma alternativa por serem micro-organismos fotossintetizantes, que convertem CO2 em lipídeos, proteínas e carboidratos, além de serem utilizadas para a biomitigação de CO2 e para geração de biocombustíveis, a partir da conversão da biomassa por processos químicos e biotecnológicos. As microalgas são encontradas em todo o mundo, isto as torna de fácil acesso e cultivo. Em termos de cultivo estas não exigem condições complexas. Seu cultivo pode ser feito em tanques raceways (tanques abertos com alto fluxo de água que permitem uma grande densidade de estocagem) ou reatores fechados. As vantagens das microalgas estão na sua maior velocidade de crescimento e no teor lipídico em relação aos vegetais oleaginosos como: o algodão, amendoim, babaçu, canola, dendê, girassol, mamona e a soja. Algumas espécies de microalgas podem chegar a valores maiores que 50% de conteúdo lipídico. O objetivo deste trabalho foi avaliar o crescimento de células da microalga Nannochloropsis oculata pelo método de espectrofotometria visível. As microalgas foram mantidas a 22±1°C durante 30 dias, com iluminação artificial submetidas a fotoperíodo de 12 horas, cultivadas em biorreatores com volume útil de 3 litros. O meio de cultivo adotado apresenta composição de sal marinho, contendo: nitrato, fosfato, silicato, metais-traço e vitaminas. O melhor resultado de crescimento da microalga foi observado a partir do 24º dia, com um aumento de concentração celular de 0,439 g/L e com porcentagem de lipídeos de 49,49%, mostrando que houve crescimento da microalga na condição estudada. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG ESTUDO DE UM SISTEMA DE DOIS FERMENTADORES TIPO TORRE OPERANDO COM SACCHAROMYCES CEREVISAE COM CARACTERÍSTICAS FLOCULANTES Universidade Federal de Uberlandia Faculdade de Engenharia Quimica MARINA D. B. SOUSA; MARIA SILVIA A. CECÍLIO; JONAS R. FARIA; LÍBIA D. S. MARQUEZ e ELOÍZIO J. RIBEIRO Área: Biotecnologia B162 A floculação espontânea de células em que a retenção dos flocos de leveduras no biorreator resulta em uma maior concentração de biomassa, comparada com uma cultura suspensa e, devido à sua simplicidade e baixo custo, não havendo necessidade de suporte e nem de separação por centrífugas, se mostra economicamente competitiva. Neste estudo utilizou meio de cultura com concentrações variáveis de sacarose e suplementado por KH2PO4 (5 g/L), MgSO4∙7H2O (1 g/L), [NH4]2SO4 (2 g/L) e extrato de levedura (6 g/L). Após o processo de adaptação dos micro-organismos variou-se tempo de residência, pH inicial do meio de alimentação, concentração de sacarose, concentração de extrato de levedura, concentração celular, arranjos de reatores e vazões de reciclo para a completa definição do processo fermentativo, para eliminação de possíveis erros no processo e inadequação do sistema montado para dois fermentadores do tipo torre operar em série de forma contínua com Saccharomyces cerevisae de características floculantes. Foram testados pH 5 e 6 no meio de alimentação e observou que para pH 5,0 os resultados da fermentação alcoólica se mostraram mais promissores e o comportamento dos flocos de células eram uniformes. A tentativa de diminuir a concentração de extrato de levedura e de células não alcançou bons resultados, pois influenciou negativamente no rendimento e produtividade da fermentação. Em baixas concentrações de sacarose apenas o primeiro reator influência no rendimento e produtividade da fermentação, assim adotou-se faixas de concentração de sacarose ente 180 a 250 g/L. Com tempos de residência altos iguais a 12 e 17 horas o rendimento foi da ordem de 80% e a produtividade em torno de 5 g/L.h e com tempos de residência de 6 horas alcançou rendimentos da ordem de 90%. Portanto, para um bom funcionamento dos reatores em série a concentração de sacarose foi fixada em valores mais altos da faixa estudada, o pH inicial em 5,0 e o tempo de residência do sistema variou de 4 a 8 horas. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG COMPARAÇÃO DO CRESCIMENTO DA BIOMASSA E PRODUÇÃO LIPÍDICA DA MICROALGA SCENEDESMUS SP. EM DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE INÓCULO. Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Lucas G. Moura; Breno S. A. Araújo; Wesley da S. Borges e Vicelma L. Cardoso Área: Biotecnologia B173 A preocupação com questões ambientais cresce a cada dia diante do aumento de emissões de gases da queima de combustíveis fósseis, buscando com que haja um interesse por novas fontes renováveis, como as microalgas, que apresentam óleo rico em triglicerídeos, comparável ao óleo de sementes de plantas, que pode ser convertido em biocombustível renovável como o biodiesel e a biomassa restante pode ser utilizada como adubo orgânico pelo alto teor de nitrogênio e potássio. As microalgas podem ser encontradas em todo o mundo e seu cultivo pode ser feito em tanques raceways ou reatores fechados. As microalgas são caracterizadas pela presença de pigmentos, responsáveis por colorações variadas e por mecanismo fotoautotrófico. O objetivo deste trabalho foi avaliar o crescimento da biomassa e a produção lipídica da microalga Scenedesmus sp. em diferentes concentrações de inóculo. Neste trabalho foi avaliado o crescimento das microalgas Scenedesmus sp. em meio Guillard modificado, utilizando o método de espectrofotometria visível. Os melhores resultados mostram que o melhor crescimento da biomassa ocorre quando se trabalha com 20% de inóculo inicial, chegando em 0,799g/L de biomassa após 12 dias de experimentos, enquanto utilizando 10% de inóculo a concentração final de biomassa é de 0,432 g/L. Porém, a maior produção lipídica (Teor de lipídeos) ocorre quando 10% de volume de inóculo é utilizado, chegando a 7,71% de lipídeos da massa seca, enquanto quando os experimentos são realizados com 20% de inóculo o teor de lipídeos passa a ser de 4,17 %. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE FUNGOS DO CERRADO NA PRODUÇÃO DE COMPLEXO ENZIMÁTICO PARA HIDRÓLISE DE CELULOSE Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Lucas de Oliveira Carvalho; Vicelma Luiz Cardoso e Ubirajara Coutinho Filho Área: Biotecnologia B179 O uso de biomassas ricas em celulose em fermentações para produção de biocombustíveis representa umas das áreas de pesquisa de grande interesse. A abundância desta macromolécula e a capacidade que a mesma possui de ser convertida em bioetanol faz dos estudo da produção de enzimas lignocelulíticas e uso destas enzimas na fermentação etílica seja importante no contexto nacional e internacional, uma vez que a sua hidrólise para fermentação requer estudos e pesquisas destinados a redução de custo e melhora da eficiência do processo. Neste contexto a produção e uso de complexos enzimáticos representa uma das alternativas que mais se destaca, assim o estudo da produção de enzimas e busca de microrganismos produtores de enzimas lignocelulíticas é um projeto importante pela relevância e aplicação prática. O presente projeto buscou no Cerrado Brasileiro fungos produtores de complexo enzimático que degrada a celulose e avaliar a produção deste complexo enzimático em fermentações em estado sólido em placa de petri e em reatores com biomassa rica em celulose. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG ESTUDO DA TAXA DE FLOCULAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DA POPULAÇÃO MICROBIANA DE USINAS PRODUTORAS DE ETANOL UTILIZANDO A TÉCNICA DE CENTRIFUGAÇÃO GRADIENTE UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA Vitor de Paula Kheir Eddine; Fernanda Ferreira Freitas; Helizângela de Almeida Silva E Eloízio Júlio Ribeiro Área: Biotecnologia B195 O Brasil ocupa uma posição de destaque no cenário internacional das energias renováveis. O programa do bioetanol produz, a partir da cana de açúcar, bilhões de litros de etanol por ano. É um processo conduzido por leveduras e tem se adaptado, muito bem às condições industriais. Entretanto, os microrganismos do ambiente que aderem à cana-de-açúcar, constituem a carga microbiana que podem contaminar o processo. Frente à importância desses contaminantes, tem sido realizados trabalhos no sentido de isolar e caracterizá-los. Este trabalho teve como objetivo estudar o comportamento de sedimentação de amostras celulares provenientes de três usinas de canade-açúcar, utilizando-se da técnica de centrifugação por gradiente de densidade e ainda estudar as taxas de floculação com e sem adição de cálcio em algumas cepas isoladas. Os ensaios de centrifugação gradientes foram realizados utilizando 9 mL de gradiente de glicerol (50 a 100%) e 1 mL de amostra. Após a centrifugação, alíquotas das faixas turvas foram analisadas em microscópio onde verificou-se a distribuição de cada grupo celular na faixa específica da concentração do gradiente. Sendo assim foi possível avaliar a existência de contaminação bacteriana e a presença de leveduras livres e floculadas. A presença de bactérias foi detectada em baixas concentrações na porção de glicerol 50%, leveduras livres na porção de 70 a 90% e a maior concentração de flocos nas soluções de glicerol de 95 a 100%. Verificou-se então a importância desta metodologia para identificar e separar as amostras com diferentes tipos celulares. Para o estudo das taxas de floculação, apenas 6 cepas apresentaram baixa taxa de floculação sem a adição de cálcio e 4 cepas apresentaram taxa de floculação acima de 90% onde nenhuma delas formaram flocos de grande dimensão e sim uma boa capacidade de sedimentação. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG ESTUDO DO EFEITO DA AGITAÇÃO NA FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA DE CÉLULAS FLOCULANTES Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Carla Zanella Guidini; Arthur de Paula Carrijo; Larissa Freitas Carvalho; Vicelma Luis Cardoso e Eloízio Júlio Ribeiro Área: Biotecnologia B199 A produção de etanol com células imobilizadas é uma alternativa de interesse para o mercado, pois facilita o processo de separação do vinho fermentado das leveduras. A utilização de células floculantes é uma técnica de imobilização muito atraente devido à sua simplicidade e baixo custo, não havendo necessidade de suporte. Esta é uma vantagem, uma vez que o suporte está associado ao maior custo nos sistemas de células imobilizadas. O objetivo do trabalho foi estudar a influência da agitação na floculação e na fermentação alcoólica utilizando leveduras imobilizadas. A agitação produz dois efeitos antagônicos na floculação: por um lado, ocorre um aumento da taxa de colisão das partículas que induz a floculação e por outro, as maiores tensões de corte provocam a ruptura dos flocos. Alguns testes foram realizados variando a agitação do meio de fermentação em reator batelada sem agitação e com agitação de 50, 100, 200, 400, 600 rpm. Pode-se observar que os maiores rendimentos foram obtidos sem agitação e com agitação de 50 rpm. O experimento sem agitação obteve um resultado positivo frente a economia de energia. Outro ponto observado foi que a utilização da agitação acima de 200 rpm provocou um rompimento dos flocos, sendo que estes não voltaram mais a flocular Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG ESTUDO DE CATALISADORES DE MOLIBIDÊNIO E VANÁDIO SUPORTADOS EM ALUMINA E ZEÓLITA NA OXIDAÇÃO A VAPOR DO GLICEROL Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Filipe Augusto Rodrigues; Carla da Silva Meireles; Ronald Alexander Miranda e Ricardo Reis Soares Área: Cinética e Catálise C129 Com a crescente busca por fontes energéticas alternativas e renováveis, os biocombustíveis estão ganhando cada vez mais destaque no cenário internacional. No Brasil, o biodiesel já possui mercado certo e crescente, e uma das maneiras de buscar o aumento da rentabilidade de seu processo produtivo é o reaproveitamento de seus subprodutos, destacando-se o glicerol. Neste trabalho foi estudada a oxidação catalítica a vapor do glicerol visando produtos com maior valor agregado. Foram estudados catalisadores de molibdênio e vanádio suportados em alumina e zeólita. Os testes foram realizados em um reator tubular com alimentação de ar comprimido e solução contendo 30% em massa de glicerol em água. Durante os testes foi comprovada a estabilidade da reação e a seletividade para diversos produtos, destacando-se metanol, acetona, propanodiol, acetol e ácido acrílico. As seguintes técnicas de caracterizações foram utilizadas para estudar os catalisadores: dessorção de isopropilamina a temperatura programada e área BET. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG PREPARAÇÃO, CARACTERIZAÇÂO E TESTE DE CATALISADORES DO TIPO PEROVSKITA PARA PRODUÇÃO DE HIDROGÊNIO VIA REFORMA SECA DO METANO. Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Daniel Gouveia; Priscila Pereira Silva; Ricardo Francisco Pires e Carla Eponina Hori Área: Cinética e Catálise C140 Recentemente, os processos de produção de hidrogênio têm sido bastante estudados pois o hidrogênio é um vetor energético limpo, renovável e de alto poder calorífico. Assim, surge o interesse de produzir H2 a partir do biogás em substituição ao gás natural que não é renovável. Sabe-se que o biogás apresenta em sua composição grandes quantidades de metano e dióxido de carbono. Desse modo, a reação que melhor representa a produção de hidrogênio a partir do biogás é a reforma seca do metano te trabalho, foi o preparo e caracterização de precursores do tipo perovskita a base de lantânio e níquel dopados com cério para o uso como catalisadores na reforma seca do CH4 visando produzir H2. Os catalisadores do tipo La1−xCexNiO3 foram preparados pelo método de co-precipitação com x igual a 0%, 5% e 10% e caracterizados com as técnicas: área específica BET, difração de raios X (DRX) e redução à temperatura programada (RTP). O método de preparação é simples e obteve bom rendimento para a perovskita. Com os difratogramas é possível identificar as fases CeO2, NiO e a estrutura perovskita LaNiO3. As amostras reduzidas são convertidas em La2O3 e NiO mantendo o CeO2 segregado. Todas as amostras apresentaram áreas especificas baixas (~6 m2g-1) o que é consistente com dados da literatura. Os perfis de RTP revelaram uma total redução do níquel durante as análises, sem grandes diferenças no consumo de H2 com o aumento da porcentagem de cério. As análises de DRX das amostras reduzidas apresentaram a decomposição da fase perovskita em NiO e La2O3, mostrando a formação da fase ativa para a reação de reforma. Testes catalíticos sugerem que as amostras são ativas e estáveis para a reação de reforma seca e que o aumento do teor de cério melhora a seletividade de hidrogênio sem influenciar na conversão do CH4 e do CO2. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG SÍNTESE CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DE CATALISADORES DO TIPO PEROVSKITA PARA A PRODUÇÃO DE HIDROGÊNIO Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Daniel Gouveia; Héctor Enrique Rojas; Fábio Bellot Noronha e Carla Eponina Hori Área: Cinética e Catálise C155 O aumento da população, a escassez de recursos naturais e fontes energéticas, aumenta o interesse pelas fontes de energia renováveis e seu aproveitamento. Assim, o biogás gerado nos aterros sanitários é uma fonte de energia que é usada para consumo in situ, mas a obtenção de hidrogênio apresenta maiores vantagens. O H2 é um combustível eficiente e limpo, pois a sua queima produz apenas água. Assim, o objetivo deste trabalho é o desenvolvimento de um catalisador para reforma seca do biogás, que seja econômica e tecnicamente viável. Assim, uma série de catalisadores do tipo perovskita dopados com estrôncio (La1−xSrxNiO3) foi sintetizada. Os catalisadores foram preparados pelo método sol-gel com 0%, 5% e 10% de estrôncio dopado na estrutura, sendo posteriormente caracterizados utilizando três técnicas: área superficial específica BET, Difração de raios X (DRX) e redução à temperatura programada (RTP). O método apresentou uma ótima formação da estrutura permitindo identificar nos difratogramas as fases típicas da estrutura tipo perovskita LaNiO3, La1-xSrxNiO3, e NiO. Com essas análises foi também possível o cálculo dos parâmetros de rede, densidade teórica e tamanho de cristalito. Os catalisadores apresentam valores baixos de área BET (5 m2g-1) o que é coerente com dados de literatura. Apesar dessa disto, esses materiais possuem a vantagem de ter um alto conteúdo de níquel e a possibilidade de obtenção de uma boa dispersão metálica quando comparado com outros métodos de preparação. A partir da RTP verificou-se que o consumo de hidrogênio na redução não se alterou significativamente entre os catalisadores com diferentes porcentagens de estrôncio. Os testes catalíticos preliminares mostraram melhorias no desempenho do catalisador com a substituição do lantânio pelo estrôncio, diminuindo a quantidade de água gerada e a quantidade de carbono depositado, mostrando que o estrôncio é um ótimo promotor para a reação de reforma seca, evitando a desativação do catalisador. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG PREPARO E CARACTERIZAÇÃO DE CATALISADORES TIPO PEROVSKITAS À BASE DE LANTÂNIO E NÍQUEL DOPADOS COM CÉRIO VISANDO A PRODUÇÃO DE H2 Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Leonardo Yamada Arantes; Priscila Pereira Silva; Ricardo Francisco Pires e Carla Eponina Hori Área: Cinética e Catálise C159 O aumento da demanda global de energia tem estimulado a pesquisa de alternativas energéticas eficientes e sustentáveis. Neste contexto, o hidrogênio desponta como um insumo de grande potencial, pois além ser altamente energético, sua combustão não gera poluentes. O hidrogênio pode ser obtido a partir de diversas reações envolvendo tanto derivados do petróleo como por fontes renováveis. O desenvolvimento de catalisadores ativos e estáveis para estas reações, porém, tem sido um desafio devido à desativação catalítica por deposição de carbono. Um material que poderia ser interessante para ser usado como precursor de catalisador seria a perovskita do tipo LaNiO3. Fazendo a substituição do La por outros elementos como o Ce pode contribuir para a limpeza da superfície catalítica. Assim, o objetivo deste trabalho foi preparar e caracterizar catalisadores óxidos do tipo perovskitas La1-xCexNiO3 (x=0 e 0,05) para serem usadas como catalisadores em reações de reforma de hidrocarbonetos visando a produção de hidrogênio. Os óxidos precursores tipo perovskitas foram preparados pelo método sol-gel e precipitação, sendo que ambos os métodos se demonstraram simples e eficientes. Para a caracterização dos catalisadores foram utilizadas as técnicas de difração de raios X (DRX) e análise de redução à temperatura programada (RTP). O método de precipitação produziu grãos de níquel menores do que pelo método sol-gel, o que é um indício de maior dispersão. Verificou-se, em todas as amostras, uma diminuição nos tamanhos médios dos grãos de níquel após a redução/passivação indicando assim que não houve sinterização das partículas do metal durante o tratamento com H2. Nas amostras contendo cério, observou-se picos característicos da fase CeO2 ,indicando a segregação deste óxido da fase perovskita. Os dados obtidos por RTP revelaram que não houve alteração significativa de consumo de hidrogênio tanto nas amostras obtidas por sol-gel quanto por precipitação. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG PRODUÇÃO DE HIDROGÊNIO A PARTIR DA DECOMPOSIÇÃO DE METANO USANDO PEROVSKITAS Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Leonardo Yamada Arantes; Priscila Pereira Silva; Ricardo Francisco Pires e Carla Eponina Hori Área: Cinética e Catálise C160 O hidrogênio vem sendo descrito por diversos segmentos da sociedade como sendo o “combustível do futuro”. O hidrogênio pode ser obtido de diversas fontes, pode ser armazenado como líquido ou gás e distribuído facilmente por gasodutos e a combustão da molécula de hidrogênio gera apenas água como subproduto. Sendo assim, o uso do hidrogênio como fonte de energia oferece uma oportunidade para reduzir significativamente as emissões de CO, CO2 e NOx provenientes da queima de combustíveis fosseis. Atualmente, o meio mais economicamente viável de se obter este composto é através da reforma a vapor de hidrocarbonetos, especialmente do metano. Um processo alternativo para a produção de hidrogênio a partir de metano é a sua decomposição via catalítica: CH4→C(s) + 2H2. O maior problema operacional é a desativação dos catalisadores por causa da deposição de carbono na superfície catalítica, principalmente sobre os sítios ativos metálicos. Felizmente, os depósitos carbonáceos formados podem ser removidos através de reações com oxigênio, água ou dióxido de carbono. Sabe-se que apesar de simples, este processo de regeneração pode causar a sinterização da fase metálica tornando o catalisador menos ativo a cada ciclo. Assim, o objetivo desse trabalho foi investigar a produção de hidrogênio e a síntese de nanopartículas de carbono a partir da decomposição do metano. A síntese de LaNiO3, La0,1Sr0,1NiO3, La0,9Ce0,1NiO3 foi feita por precipitação. A caracterização das amostras mostrou que a adição de estrôncio e cério produziu tamanhos de partícula de níquel maiores do que os encontrados no material LaNiO3. Os testes catalíticos mostraram que é possível obter H2 a partir da decomposição de metano e que é possível fazer ciclos de reação e regeneração sem que haja grande perda de atividade. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG TRANSESTERIFICAÇÃO DE ÓLEO DE SOJA EM BIODIESEL USANDO HIDROTALCITA AL/MG COMO CATALISADOR HETEROGÊNEO Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Thalyta Stefani A. Santiago; Ricardo Francisco Reis; Maria Inês Martins; Miria Hespanhol M. Reis e Carla Eponina Hori Área: Cinética e Catálise C165 A transesterificação de óleos vegetais com metanol constitui-se uma das rotas alternativas para a produção de Biodiesel, combustível biodegradável, derivado de fontes renováveis, permitindo a substituição do óleo diesel fóssil sem necessidade de alterações dos motores. A produção comercial de biodiesel é conduzida usualmente por meio de reação catalítica homogênea empregando-se hidróxidos básicos como catalisadores. Esse processo apresenta alguns problemas tecnológicos tais como: geração significativa de efluente, formação de sabão, dentre outros. Estas questões têm levado ao estudo e desenvolvimento de diferentes tipos de catalisadores heterogêneos para a produção de biodiesel, visando a simplificação do processo de separação do mesmo da mistura reacional e consequentemente redução de etapas e volume de resíduos gerados. Dessa forma, apresenta-se nesse trabalho um estudo da transesterificação de óleo de soja em biodiesel usando hidrotalcita Al/Mg como catalisador heterogêneo. A hidrotalcita utilizada nos experimentos foi obtida por co-precipitação e caracterizada pela metodologia de difração de raio X (DRX). A reação de transesterificação foi conduzida num reator encamisado, sob agitação magnética, acoplado a um condensador. A temperatura da reação foi mantida à 64°C em todos os experimentos, variando-se a relação molar metanol/óleo e tempo de reação. Os resultados de viscosidade obtidos evidenciaram a ocorrência da transesterificação e a viabilidade de utilização de hidrotalcita como catalisador heterogêneo no processo de produção de biodiesel e a necessidade de estudos referentes a sua reutilização e atividade catalítica para sua implementação comercial. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG ESTUDO PRELIMINAR DO CRAQUEAMENTO DE ÓLEO DE SOJA PARA PRODUÇÃO DE COMBUSTÍVEIS Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Roberto Ney Gomes de Oliveira; Janaina Ferreira Nunes e Ricardo Reis Soares Área: Cinética e Catálise C166 O craqueamento térmico, ou pirólise, é a conversão de uma substância em outra por meio do uso de calor, isto é, pelo aquecimento, sendo que esse processo pode, ou não, ser catalisado. A decomposição térmica de triglicerídeos produz compostos tais como alcanos, alcenos, alcadienos, compostos aromáticos e ácidos carboxílicos. Os produtos gerados por esse processo são similares aos derivados de petróleo, tanto diesel quanto gasolina. A reação de craqueamento pode ser interessante devido ao fato de não necessitar de outras matérias primas a não ser o óleo ou gordura e um forno para aquecimento e poder promover a autossuficiência energética. No presente trabalho foi realizado um estudo preliminar do comportamento do óleo de soja refinado em reator batelada, variando-se a temperatura de 250 ºC a 450 ºC e a pressão de 1 bar até 20 bares. Para análise dos gases utilizou-se o cromatógrafo Shimadzu GC17A, para análise dos líquidos o cromatógrafo Shimadzu GC2010 e para análise dos dois tipos de amostra utiliza-se o CGMS, cromatógrafo acoplado ao espectrômetro de massa. Os resultados se mostraram promissores para o aprofundamento do estudo visando à produção de combustíveis a partir do craqueamento de óleos e gorduras. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG PIRÓLISE RÁPIDA AUTO-TÉRMICA DE RESÍDUOS SUCROALCOOLEIROS (BAGAÇO E PALHA DE CANA-DEAÇÚCAR) Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Rondinele Alberto dos Reis Ferreira; Fernando Superbi Guerreiro; Marcos Nogueira Napolitano; Deivid Marques Nunes e Ricardo Reis Soares Área: Cinética e Catálise C168 A pirólise rápida de materiais ligno-celulósicos é um dos processos termoquímicos mais estudados atualmente para transformar estes em produtos de valor agregado. Todavia, a pirólise é um processo endotérmico, onde há necessidade de fornecimento de energia, com temperaturas que variam de 400 ºC a 900ºC, com produção de bio-óleo, gases não condensáveis e carvão. A pirólise auto-térmica, com adição subestequiométrica de oxigênio, é uma alternativa, pois a energia necessária é fornecida simultaneamente pelas reações exotérmicas coexistentes. Este trabalho visa operar e verificar a eficiência da pirólise rápida auto-térmica em uma unidade em escala piloto da UFU, com capacidade de processar entre 10 a 30 kg de biomassa seca (bagaço e palha de cana-de-açúcar), em um reator de leito fluidizado para a produção de produtos líquidos (bio-óleo e extrato ácido). Os resultados demonstraram um rendimento superior a 40% (p/p) na formação de produtos líquidos, cujos cromatogramas mostraram a formação de um número mais reduzido de compostos. Em outras palavras, a pirólise auto-térmica revelou ser mais seletiva do que as corriqueiras, sem perder a eficiência na produção de bio-óleo e outros produtos líquidos. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG OBTENÇÃO DE FERTILIZANTE ORGÂNICO E BIO-PRODUTOS A PARTIR DE PIRÓLISE AUTO-TÉRMICA DE CAMA DE FRANGO Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Fabrício Profiro de Oliveira; Rondinele Alberto dos Reis Ferreira; Fernando Superbi Guerreiro; Marcos Nogueira Napolitano e Ricardo Reis Soares Área: Cinética e Catálise C172 Novas tecnologias para a utilização da cama de frango como fertilizante são de interesse de todos os segmentos do agronegócio. A tecnologia de pirólise pode ser usada para converter cama de frango em produtos de valor agregado. Assim, a pirólise pode resolver o problema de eliminação de resíduos e gerar um novo fluxo de receita na avicultura. Através do processo de pirólise rápida de cama de frango em reator auto-térmico fluidizado pode-se chegar a um potencial fertilizante. As amostras do subproduto sólido da pirólise, biochar, foram caracterizadas utilizando métodos analíticos oficiais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, tal como foram o bio-óleo e os gases efluentes do processo. A Planta de Pirólise Rápida com capacidade de 20 kg/h de biomassa visa à produção piloto de bio-óleo, extrato ácido e biochar. O ar de fluidização é aquecido a 450°C e injetado no leito. A cama de frango sofre o processo de pirólise no reator depois passa por uma separação com ciclones onde é retirado o biochar, com vazão de 8,5 kg/h (42,5% p/p), a corrente segue para o recuperador centrifugo, onde é separado o bio-óleo e o extrato ácido, os gases remanescentes são queimados na câmara de combustão. O biochar apresentou excelente potencial para uso como fertilizante orgânico. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG CARACTERIZAÇÃO DE COMPOSTOS DE NIÓBIO PARA FINS CATALÍTICOS Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Laiane Alves de Andrade; Filipe Augusto Rodrigues; Ronald Alexander Miranda e Ricardo Reis Soares Área: Cinética e Catálise C184 Os avanços tecnológicos obtidos ao longo das gerações ampliaram o raio de aplicação do nióbio em aços, superligas, materiais intermetálicos e ligas de Nb, bem como em compostos, revestimentos, nanomateriais, dispositivos optoeletrônicos e catalisadores. Considerando catalisadores sólidos com sítios ácidos, os sistemas baseados em nióbio especialmente o fosfato de nióbio são potencialmente interessantes em várias reações industriais tais como: desidratação, hidrólise, esterificação, isomerização, aciliação, craquamento dentre outras. O Objetivo deste trabalho é caracterizar compostos de nióbio (fosfato e oxido de nióbio), afim de verificar suas propriedades e desempenho catalítico, para tal foram usadas as seguintes técnicas XRD, Àrea superfical BET, FT-IR, e reação de esterificação para formação de acetato de etila. Pelas análises de difração de raio X (XRD) ambos os compostos não apresentaram região de cristalinidade podendo ser considerados amorfos, para o teste de área superficial BET o fosfato de nióbio e oxido de nióbio apresentaram 101.6841 e 160.3197 (m2/g), na espectroscopia de infravermelho foi possível detectar nas bandas presença de bandas de fosfato, nióbio, água e dióxido de carbono.Nos testes catalíticos foram obtidas conversões de até 90,6% em termos de etanol utilizando fosfato de nióbio calcinado a 300°C com 7hrs de reação á temperatura de refluxo.Entretanto utilizando oxido de nióbio sem pré tratamento em apenas 3hrs de reação temperatura ambiente foram obtidas conversões de 80,6% .Para todo o conjunto de reações obteve-se uma seletividade de 100% para o acetato de etila.Os resultados pré-eliminares deste estudam indicam que os compostos de nióbio podem ser um potencialmente interessante devido a sua alta atividade catalítica. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG ESTUDO DA PRODUÇÃO DE ÓXIDO DE CÁLCIO E HIDRÓXIDO DE CÁLCIO UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLANDIA Faculdade de Engenharia Química Área: Cinética e Catálise C202 Atualmente, pode-se perceber a utilização das rochas carbonatadas em vários segmentos industriais como nas indústrias químicas, petroquímicas, alcoolquímicas, alimentícias, farmacêuticas, metalúrgicas e de fertilizantes. Por serem constituídas principalmente por sedimentos, metamorfisados ou não, e mais raramente por rochas intrusivas relacionadas à atividade vulcânica estão presentes em 0,25% da superfície terrestre. Dentre essas rochas, destaca-se o carbonato de cálcio (CaCO3) e magnésio (CaCO3MgCO3), que são encontrados em depósitos de calcário, mármore, greda e de ostra que formaram-se desde a época pré-cambriana a 4 e 4,5 milhões de anos atrás. A utilização do calcário no Brasil gira em torno de 58 milhões de toneladas por ano, onde sua aplicação é de grande utilidade para correção de solos ácidos através do processo de calagem. Dentro de suas aplicações podem ser observadas a utilização da cal virgem CaO, por ser um produto versátil, barato e de fácil obtenção através de processos autotérmicos do carbonato de cálcio (CaCO3), é utilizado em processos de produção de aço, papel, celulose, fertilizantes e construção civil. Já a cal hidratada (Ca(OH)2) produto da hidratação do óxido de cálcio é frequentemente utilizada como base para neutralização de solos acidificados, produção de argamassas, vidros, cloretos de cálcio e leite de cal. Dentro desse contexto, este trabalho visa caracterizar rochas calcárias provenientes de rejeitos da concentração de apatita no complexo da Vale Fertilizantes em Cajati-SP focando determinar as melhores condições para produção de CaO e Ca(OH)2. Para isso, o material em questão foi primeiramente homogeneizado seguindo para os processos de caracterização onde foram utilizadas as técnicas: Análise Granulométrica, Análise Picnométrica, Titulação com EDTA, Área Superficial Específica BET, Difração de Raios X (DRX), Análise Termogravimétrica (ATG). Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG HIDROCICLONAGEM A PARTIR DE UMA ALIMENTAÇÃO NÃOCONVENCIONAL DE SUSPENSÃO Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Cristiano de Oliveira Ferreira; Danylo de Oliveira Silva e Luiz Gustavo Martins Vieira Área: Otimização, Simulação e Controle de Processos O102 Hidrociclones são equipamentos industriais destinados a separação de misturas sólido-líquidas ou líquido-líquidas. Cada hidrociclone possui um duto de alimentação e duas saídas, denominadas underflow e overflow, responsáveis pela saída das frações densas e leves da mistura respectivamente. Estudos de fluidodinâmica computacional, realizados através do software comercial FLUENT, para o hidrociclone de modelo HC11, foram levantados a partir uma alimentação não-convencional, caracterizada pela rotação da parede do duto de alimentação nos sentidos horário e anti-horário em relação ao seu eixo central, orientado para o interior do equipamento. O foco dessas simulações foi verificar se há ou não redução nos gastos energéticos e melhoria na eficiência do equipamento. Foi utilizada uma velocidade de rotação da parede igual a 500rpm e uma vazão de 0,313kg/s de água em todas as simulações, onde cada simulação foi comparada a um padrão de mesmas dimensões e características, porém sem velocidade de rotação. Para ambas alimentações em sentido horário e antihorário, constatou-se que houve um aumento de energia em comparação ao padrão, sendo o valor desse gasto em ambas quase o mesmo. No caso da alimentação em sentido horário, em particular, houve uma melhoria na separação de parte densa. Já no caso da rotação em sentido anti-horário, houve uma piora dessa mesma separação. Sendo assim, pode-se afirmar através dos modelos simulados que o sistema de alimentação nãoconvencional só é mais interessante que a alimentação convencional se a parede do duto de alimentação girar no sentido horário em relação ao seu eixo interno, com sentido orientado para o interior do hidrociclone. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG ESTUDO NUMÉRICO DA TRANSFERÊNCIA DE CALOR EM ALETA CIRCULAR VIA CÓDIGO DESENVOLVIDO EM LINGUAGEM C++ E SOFTWARE COMERCIAL Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Fernando Osmarini Dadalto; Irineu Petri Júnior; Dyrney Araújo dos Santos e Cláudio Roberto Duarte Área: Otimização, Simulação e Controle de Processos O117 É de grande interesse, tanto em equipamentos industriais quanto em equipamentos domésticos, uma alta taxa de dissipação de calor a fim de evitar superaquecimento e, desta forma, causar danos irreversíveis aos mesmos. Várias são as pesquisas direcionadas à amenização deste inconveniente. Dentro deste contexto se encontram os dispositivos denominados de aletas as quais possuem diferentes geometrias e tem como intuito aumentar a área superficial e, consequentemente, a transferência de calor. Logo, para um melhor entendimento do fenômeno de transferência de calor nestes dispositivos, foram realizadas simulações numéricas bidimensionais transientes a diferentes condições de contorno. O código para tal propósito foi confeccionado em linguagem C++ utilizando-se do método dos volumes finitos para discretização da equação diferencial que descreve o transporte de energia interna. Para a interpolação espacial do termo difusivo, utilizou-se do esquema de diferenças centradas e, para interpolação temporal, do esquema totalmente implícito. Foram investigados, também, dois métodos de resolução de sistemas de equações lineares, os quais sejam: Método de Gauss-Seidel e TDMA (TriDiagonal Matrix Algorithm). A fim de se avaliar estes diferentes métodos, foram levados em consideração o tempo de CPU, o número de iterações gastas para convergir e a taxa de iterações (número de iterações por tempo de CPU). A validação numérica do código aqui desenvolvido foi realizada com o auxilio do software comercial Fluent®. Tanto na utilização do software comercial quanto na utilização do código desenvolvido foram realizados testes de independência de malhas (utilizando-se malhas grosseiras e refinadas) e de independência de passo de tempo (time step). Os resultados se mostraram promissores no estudo de transferência de calor, tornando-se a técnica numérica um auxiliador na resolução de problemas de interesse prático. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG DETERMINAÇÃO DAS CONDIÇÕES ÓTIMAS DE OPERAÇÃO PARA PRODUÇÃO DE BIOSURFACTANTE ATRAVÉS DA OTIMIZAÇÃO MULTI-OBJETIVO Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Mariana Queiroz da Silva; Wesley da Silva Borges; Vicelma Luiz Cardoso; Fran Sérgio Lobato e Fabiana Regina Xavier Batista Área: Otimização, Simulação e Controle de Processos O119 Os biossurfactantes são compostos produzidos por microrganismos e apresentam as mesmas características dos surfactantes químicos, ou seja, podem ser utilizados como espumantes, detergentes, dispersores de fases, emulsificantes e lubrificantes. Neste estudo foram realizadas fermentações submersas empregando a linhagem de Pseudomonas aeruginosa ATCC 10145 com o objetivo de produzir biossurfactantes denominados ramnolipídios. Para tal foram utilizados nas fermentações efluente gorduroso industrial, levedura cervejeira, além de nitrato de amônia. Os resultados experimentais obtidos neste estudo foram analisados através de técnicas de meta-modelagem e da otimização heurística multi-objetivo. O Algoritmo Vagalume foi empregado para determinar as condições ótimas de operação no processo de produção de raminolipídeo. Na solução de Pareto obtida destacamos três pontos dentre o conjunto de soluções apresentado. O ponto B, por exemplo, nos fornece um valor máximo para a produção de Raminose de 3,72g/L, 99,99% para o Índice de Emulsificação e 2,78 dyn/cm para Tensão Superficial. Para esses valores, as melhores condições foram: concentração de gordura residual 77g/L, levedura cervejeira autolisada residual de 18,84 g/L e sem adição de nitrato de amônio. A otimização realizada apresentou resultados satisfatórios que são usualmente considerados industrialmente e podem ser encontrados na literatura. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG PROGRAMAÇÃO DA PRODUÇÃO EM REFINARIAS DE PETRÓLEO PARA A DISTRIBUIÇÃO DE DIESEL Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Diovanina Dimas; Sérgio Mauro da Silva Neiro e Valéria Viana Murata Área: Otimização, Simulação e Controle de Processos O124 Diante do atual cenário de competição global aliado ao alto custo do barril de petróleo nas últimas décadas, a indústria de petróleo é levada a realizar alterações com a introdução de novas tecnologias, pesquisas e abertura de novos mercados, tornando imprescindível a utilização de maneira eficiente dos recursos disponíveis. Uma medida adotada para alcançar essa meta ocorre por meio do planejamento e programação da produção direcionando a operação da planta para um ponto de máximo lucro ou mínimo custo. Desta forma, em uma refinaria o emprego de técnicas de planejamento e programação da produção tem grande importância e vem ganhado cada vez mais espaço, estando à programação da produção focada na utilização dos recursos disponíveis ao longo de um horizonte de tempo no intuito de atender ao plano de produção. Em geral, os modelos de programação da produção relacionados à operação de uma refinaria podem incluir distintas áreas tais como o abastecimento do óleo bruto, o refino e a armazenagem e distribuição dos produtos intermediários e/ou finais. Os problemas gerados podem alcançar grandes dimensões pela natureza combinatorial implícita elevada, os quais são de difícil resolução. O objetivo do presente trabalho é explorar formas alternativas da modelagem de um problema de programação da distribuição de diesel de curto prazo reportado na literatura. Modificações das restrições que avaliam transições entre produtos bombeados consecutivamente através dos oleodutos, as quais geram custos que influenciam o sequenciamento de envio, foram propostas com o intuito de estender a aplicação do modelo em problemas de horizontes de tempo maiores. O modelo gerado pelo caso de estudo foi classificado como um problema MILP, o qual foi implementado no sistema GAMS e resolvido com o solver CPlex. Os resultados se mostraram promissores para a aplicação desta técnica em problemas de maior porte apresentando boa descrição das transições. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DO COMPORTAMENTO DINÂMICO DA ETAPA DE PENEIRAMENTO EM UNIDADE DE TRATAMENTO DE FLUIDO DE PERFURAÇÃO. Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Fernando Superbi Guerreiro; Bárbara Lanza; Fran Sérgio Lobato; Sérgio M. da S. Neiro e Rubens Gedraite Área: Otimização, Simulação e Controle de Processos O142 A recuperação do fluido de perfuração é de suma importância na operação de perfuração de poços de petróleo, sob o ponto de vista ambiental e econômico. Este fluido é basicamente uma suspensão coloidal que é classificada de acordo com os seus componentes base. As propriedades físicas deste fluido devem ser monitoradas e corrigidas para carrear os cascalhos até a superfície; manter a estabilidade mecânica do poço; resfriar a broca; transmitir força hidráulica até a broca; manter os cascalhos em suspensão quando sem circulação; evitar oxidação entre outros. Os equipamentos utilizados para a separação sólido-líquido são divididos em três grupos seqüenciais: peneiras vibratórias, bateria de hidrociclones (desander e desilter) e centrífuga decantadora. O entendimento do comportamento dinâmico dos diversos equipamentos que compõe esta planta de recuperação através de modelos matemáticos fenomenológicos, para fins de automação e controle do processo global, constitui um desafio pelo relativo grau de complexidade das equações de conservação e alto custo computacional na simulação. Como alternativa preliminar a esta abordagem, este trabalho tem por objetivo a análise dinâmica do processo de separação nas peneiras, através de modelos matemáticos simplificados obtidos a partir de dados experimentais. Na primeira etapa, o modelo da peneira foi desenvolvido com base exclusiva na fundamentação teórica correspondente à visão sistêmica da inter-relação entre as entradas e as saídas do processo. Nesta etapa, os subsistemas foram modelados com base em modelos aproximados correspondentes a sistemas de primeira ordem com tempo morto, quando for o caso. Na segunda etapa, serão usados dados obtidos em testes de laboratório para permitir a validação experimental do modelo matemático utilizado. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG CINÉTICA DA PIRÓLISE DE BAGAÇO-DE-CANA EMPREGANDO O MODELO DE REAÇÕES PARALELAS INDEPENDENTES REPARAMETRIZADO Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Otávio Silva de Oliveira; Kássia Graciele dos Santos; Fran Sérgio Lobato; Marcos Antonio de Souza Barrozo e Marcos Antonio de Souza Barrozo Área: Otimização, Simulação e Controle de Processos O164 A maioria dos modelos cinéticos presentes na literatura para descrever a pirólise são não lineares. Geralmente, a constante de velocidade da reação em função da temperatura é descrita pela equação de Arrhenius. No entanto, vários trabalhos da literatura apontaram que a Equação do tipo Arrhenius possui não linearidade paramétrica, o que requer uma reparametrização do modelo para garantir a confiabilidade estatística da estimação dos parâmetros. Em um trabalho anterior, os autores realizaram medidas de não linearidade e verificaram a necessidade da reparametrização do modelo cinético que descreve a cinética da pirólise. Neste trabalho, o modelo cinético de reações paralelas independentes, um dos mais empregados na literatura para descrever a decomposição térmica primária de biomassa, foi reparametrizado. A partir de dados experimentais de termogravimetria dinâmica do bagaço de cana, os parâmetros do modelo RPI reparametrizado foram estimados pelo método de evolução diferencial. O modelo proposto reproduziu bem os resultados experimentais de termogravimetria. Ao eliminar a dependência entre os parâmetros cinéticos por meio da reparametrização, foi possível observar que o parâmetro relacionado à energia de ativação tende a diminuir com o aumento da taxa de aquecimento, para os três pseudocomponentes (celulose, hemicelulose e lignina), ou seja, um aumento na taxa de aquecimento conduz a menores valores de energia de ativação. O mesmo não pode ser concluído quando o modelo foi utilizado na sua forma convencional. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG APLICAÇÃO DE ESTATÍSTICA MULTIVARIADA AO CONTROLE ESTATÍSTICO DE QUALIDADE DE SOLOS Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Loyane Mendes de Souza e Luís Cláudio Oliveira-Lopes Área: Otimização, Simulação e Controle de Processos O174 O controle de qualidade permite o monitoramento das variáveis de um processo. Para que o processo esteja controlado os resultados devem estar em conformidade com os limites impostos, caso contrário o processo deve ser investigado para que sejam detectadas as causas do desvio. Nos dias atuais, o controle de qualidade tornou-se um dos recursos para a obtenção de vantagens no mercado. Os gráficos de controle univariados são mais conhecidos e mais aplicados devido a sua simplicidade e facilidade de operacionalização. No entanto, os gráficos de controle multivariados conseguem monitorar simultaneamente mais de uma característica de qualidade, o que vem tornando seu uso cada vez mais difundido. Neste trabalho, aplicou-se a estratégia do Controle Estatístico de Processo (CEP) por meio da implantação de cartas de controle para garantir a qualidade dos resultados de fertilidade de solos emitidos pelo Laboratório de Análises Agroambientais (LAA) da EMBRAPA Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás, GO). Controlaram-se macro e micro nutrientes como potássio, cálcio, magnésio, manganês, ferro, alumínio, zinco, fósforo e cobre além de matéria orgânica, acidez potencial e potencial hidrogeniônico presentes no solo com estatística univariada e multivariada T2 de Hotelling, comparando-se assim a eficácia de ambas as metodologias. As avaliações foram realizadas com o software Scilab. A análise multivariada dos dados estudados, diferentemente da univariada, computa a dependência entre as variáveis e por isso é capaz de identificar possíveis relações entre os nutrientes analisados. Os resultados indicam que a utilização de estatística multivariada potencializa a detecção de problemas nas análises dos solos, mesmo quando ferramentas estatísticas univariadas não detectam tais anomalias. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DE TURBINAS EÓLICAS Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Renato Resende de Freitas Ribeiro e Luís Cláudio Oliveira-Lopes Área: Otimização, Simulação e Controle de Processos O190 Como resultado da crescente preocupação ambiental, fontes renováveis para geração de eletricidade vêm sendo utilizadas com maior frequência. Turbinas eólicas, ou aerogeradores, aproveitam a força do vento, usando rotores, equipados com pás aerodinâmicas, para girar um eixo. O eixo gira dentro de um gerador que irá então, produzir eletricidade. No entanto, se não forem controladas as condições de vento, que estão em constante mudança e o estresse sobre a estrutura, pode haver ruptura na mesma. Além disso, controlando a turbina, é possível aperfeiçoar a extração de energia a partir do vento ou limitar a extração em condições de ventos fortes. Nesse trabalho, analisa-se o comportamento de uma turbina de três pás. Na modelagem, considera-se que a turbina pode ser representada por características mecânicas e aerodinâmicas, nas dinâmicas de geração e dos atuadores. Em relação aos aspectos mecânicos, divide-se a turbina em duas partes (o lado do rotor e o lado do gerador) e aplica-se a segunda lei de Newton para corpos em rotação. A parte mecânica fica descrita ao se adicionar um modelo que descreve a torção de um eixo flexível. O gerador é considerado assíncrono ideal com resposta de primeira ordem e a alteração do passo das pás é modelada por um sistema de primeira ordem. Investigase o efeito de parâmetros do sistema no comportamento do aerogerador, aspectos de potência, velocidade de rotação, velocidade do vento e aspectos estruturais, como o comprimento das hélices, que são avaliados nos aspectos dinâmicos e estacionários. A aplicação dos algoritmos de continuação homotópica é investigada para se avaliar o comportamento paramétrico estacionário do sistema. Os resultados permitem selecionar condições de estabilidade e potência para o funcionamento de aerogeradores similares ao caso investigado. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG SIMULAÇÃO DINÂMICA DE CÉLULAS A COMBUSTÍVEL DO TIPO PEMFC Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Lorena Mendes de Souza e Luís Cláudio Oliveira-Lopes Área: Otimização, Simulação e Controle de Processos O192 Células a combustível são dispositivos eletroquímicos que produzem eletricidade a partir de hidrogênio e oxigênio. Gás combustível entra nos canais do ânodo, permeia a camada de difusão gasosa e sofre oxidação com o auxílio de um catalisador, enquanto o oxigênio se combina com os íons de hidrogênio produzindo apenas energia e água, o que faz deste dispositivo uma fonte de energia limpa frente aos grandes problemas de poluição ambiental. Assim, para aprimorar o estudo desta promissora fonte energética, faz-se necessário o desenvolvimento de modelos capazes de simular os fenômenos envolvidos no interior da mesma, possibilitando a detecção de falhas de implementação antes da montagem do sistema considerado. Este trabalho tem como objetivo avaliar o comportamento dinâmico de uma célula combustível de membrana polimérica (PEMFC, Polymer Electrolyte Membrane Fuel Cell), investigando o regime transitório da tensão gerada pela célula ocorrido a partir de uma variação na carga elétrica operacional, bem como propor e analisar a variação de temperatura de um sistema de arrefecimento composto por quatro volumes de controle: canais de arrefecimento; trocador de calor (radiador); fluido refrigerante no trocador de calor e ar de arrefecimento. Além destes quatro volumes de controle, a temperatura da célula também será avaliada. Este estudo do sistema de resfriamento da célula a combustível se faz muito importante na manutenção da temperatura desejada da pilha, garantindo a segurança do sistema. O estudo foi feito utilizando-se dados experimentais disponibilizados pelo Laboratório de Engenharia Elétrica/UFU e pela literatura, sendo possível adaptar um modelo matemático para descrever o comportamento da célula a combustível Nexa, de 1,2kW fabricada pela empresa Ballard. As simulações foram capazes de representar o comportamento da diminuição do potencial da célula, bem como o aumento de temperatura dos volumes de controle adotados, com a aplicação de um degrau na corrente elétrica. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DA CINÉTICA DA REMOÇÃO DE RESÍDUOS NA ETAPA DE ENXÁGUE DO PROCESSO DE LIMPEZA CIP VISANDO À MINIMIZAÇÃO DE GASTOS COM INSUMOS: DETERMINAÇÃO DAS PROPRIEDADES DE TRANSPORTE DE CALOR UTILIZADAS NO ESTUDO TEÓRICO DE TROCADOR DE CALOR CA Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Químca Fernanda Ferreira Pires; Fran Sérgio Lobato; Leo Kunigk e Rubens Gedraite Área: Otimização, Simulação e Controle de Processos O193 A indústria de alimentos pode realizar a limpeza e a sanificação de suas superfícies utilizando procedimentos manuais ou automatizados, estes últimas também conhecidas como higienização pelo sistema clean-in-place ou simplesmente CIP. É um sistema que requer um maior controle do processo envolvendo a utilização de sensores e válvulas de controle para avaliar e controlar vazão, temperatura, concentração e a presença de resíduos tanto do produto processado como dos agentes de higienização que circulam pelo interior dos equipamentos. Caso o processo de higienização pelo sistema CIP seja bem conduzido, consegue-se também reduzir o consumo de água e de energia térmica utilizada para aquecer as soluções de limpeza e a água de enxágüe. Neste trabalho foi estudado o trocador de calor usado em trabalho experimental desenvolvido por Melero Jr. (2011), contemplando a determinação da propriedade de transporte de calor coeficiente global de transporte de calor, com base nos dados experimentais disponíveis na literatura. Adicionalmente, foi desenvolvido o modelo matemático simplificado a parâmetros concentrados para representar o comportamento da temperatura do trocador durante a etapa de remoção dos resíduos de soda cáustica ao longo da etapa de enxágue. O modelo matemático considerado permitiu também testar o sistema de controle de temperatura empregado pelo equipamento, permitindo o ajuste dos parâmetros de sintonia do controlador de temperatura mais adequados para o processo. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG NANOFLUIDOS: UMA NOVA CONCEPÇÃO EM TRANSFERÊNCIA DE CALOR E CONSERVAÇÃO DE ENERGIA Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Químca Eugenio Turco Neto; Douglas Hector Fontes; Guilherme Azevedo de Oliveira e Enio Pedone Bandarra Filho Área: Otimização, Simulação e Controle de Processos O604 Com a necessidade de otimizar a eficiência térmica dos sistemas de refrigeração, de produção de potência e trocadores de calor,a busca por fluidos secundários alternativos de transferência de calor com melhores propriedades de troca térmica tem despertado o interesse da comunidade científica nos últimos anos. Através dos resultados experimentais apresentados pela literatura até então, mostrou-se que fluidos produzidos a partir da dispersão de partículas de dimensões entre 1 a 100 nm (Nanotubos de Carbono, Prata, Alumina, etc.) em fluidos convencionais de transferência de calor (água, etileno glicol, etc.) denominados por convenção de nanofluidos, poderiam aumentar a troca térmica em tais sistemas devido ao aumento da condutividade térmica do fluido após a mistura. Porém, a utilização do fluido em tais sistemas ainda é um desafio devido às inúmeras dificuldades tais como instabilidade do fluido, comportamento não newtoniano e dificuldade para a estimativa precisa dos parâmetros de transporte (viscosidade, condutividade térmica, coeficiente convectivo de transferência de calor, etc.). Este trabalho tem por objetivo apresentar os resultados obtidos com relação aos métodos de produção de nanofluidos, análise do escoamento e estimativa do coeficiente convectivo de transferência de calor via Fluidodinâmica Computacional de nanofluidos escoando em tubulações, como também, comparar os mesmos com os apresentados pela literatura. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG VERIFICAÇÃO EXPERIMENTAL DA INFLUÊNCIA DA ALIMENTAÇÃO COM MOVIMENTO ROTACIONAL NO DESEMPENHO DE HIDROCICLONES Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Marcus Paulo Barbosa Martins; Danylo de Oliveira Silva; Luiz Gustavo Martins Vieira e Marcos Antonio de Souza Barrozo Área: Processos de Separação/Sistemas Particulados S111 Hidrociclones são equipamentos destinados à separação sólido-líquido ou líquido-líquido em campo centrífugo. Por serem de simples construção e operação, estes separadores são amplamente utilizados em diversos setores industriais, como o petroquímico, o têxtil, o siderúrgico, dentre outros. Muitas alterações na geometria do equipamento têm sido propostas na literatura, objetivando: maximizar a eficiência de separação, ou minimizar a razão de líquido, ou diminuir o consumo energético. Neste trabalho foi proposta uma alimentação não convencional do fluido, por meio de um sistema de alimentação que permita um movimento espiralado, no intuito de estudar suas consequências no desempenho do hidrociclone. Os resultados experimentais mostraram que o movimento atípico na alimentação resultou em uma pequena perda da eficiência do hidrociclone, porém levou a uma redução considerável da razão de líquido, colaborando também para o aumento da concentração mássica na corrente de underflow. Além disso, o movimento espiralado do fluido no duto de alimentação reduziu em pequena proporção o consumo energético (representado pelo número de Euler) se comparado com o equipamento com alimentação convencional. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS DA SECAGEM DE SEMENTES DE SOJA EM LEITO FIXO Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Mariana Borges Martins, Myrla Dias Marquez, Gláucia Fátima Souza Vieira; Marcos Antônio de Souza Barrozo e Rodrigo Béttega Área: Processos de Separação/Sistemas Particulados S112 A soja é a mais importante oleaginosa no mercado mundial devido a sua alta qualidade como fonte de proteína para a alimentação humana e animal. O aumento na demanda nos produtos derivados da soja implica no aumento da produção de sementes de alta qualidade. A máxima qualidade das sementes para germinação é alcançada no período de sua maturação fisiológica, porém, nesse mesmo estágio, a semente apresenta teor de umidade inadequado para a armazenagem. Para uma armazenagem segura das sementes, que evita sua perda por deterioração e preserva suas qualidades físicas e fisiológicas, é necessário submetê-las a um processo de secagem. Em casos onde é desejado garantir a manutenção das características físicas do material a ser seco, a operação de secagem em leito fixo é muito indicada. Nesse processo o leito de partículas permanece fixo no secador e o gás de secagem percola o leito transferindo calor e retirando a água da fase sólida. Um processo de secagem eficiente é aquele que, além de reduzir o teor de água do produto, aumenta seu potencial de conservação pós-colheita e preserva suas características físicas e propriedades tecnológicas, atribuindo-lhe alto valor comercial. Este trabalho foi conduzido com o objetivo determinar a umidade e temperatura das sementes de soja ao longo de um secador de leito fixo no decorrer de 180 minutos. Para isso foi realizado um estudo experimental com as variáveis operacionais, umidade relativa, temperatura e velocidade do ar para analisar a influência dessas variáveis no processo de secagem. Os resultados indicam que para velocidades do ar de secagem mais elevadas são alcançados menores valores de umidade da semente. Observou-se também que mantendo constante a temperatura e velocidade do ar de secagem há pouca alteração na taxa de secagem variando apenas a umidade relativa do ar. Verificou-se que a melhor condição de secagem foi atingida em umidades relativas do ar menores e maiores valores de temperatura e velocidade do ar de secagem. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG CRISTALIZAÇÃO DE SACAROSE COMERCIAL EM FASE DENSA: INFLUÊNCIA DA VARIÁVEL TEMPO Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Diego Alves Silva; Isabella Cirello Alves e Ricardo Amâncio Malagoni Área: Processos de Separação/Sistemas Particulados S114 A cristalização é uma técnica de separação e purificação definida como o fenômeno físico-químico que consiste na formação de uma fase sólida cristalina, denominada cristal. Este processo é um dos mais importantes na indústria química, podendo ser reconhecido como a mais antiga operação da Engenharia Química. Devido ao fato da sacarose ter larga aplicação nas indústrias alimentícias, de bebidas, e também nas indústrias farmacêuticas, dados sobre o comportamento desta substância no processo de cristalização são de extrema importância. Para tanto é necessário verificar a influência das variáveis significativas do processo: tempo de cristalização, intensidade de vibração, condição de supersaturação, população de sementes e outras. O crescimento dos cristais ocorre pela migração de moléculas de soluto da solução supersaturada de sacarose para a superfície das sementes (cristais de sacarose selecionados por peneiramento), quando o processo ocorre por semeadura e sem nucleação. O processo de cristalização somente pode ocorrer se houver a difusão de soluto do seio da solução supersaturada até as proximidades dos cristais, mecanismo que deve ser auxiliado por efeitos convectivos gerados pela agitação da suspensão por um tempo predeterminado. Este trabalho tem como objetivo estudar e determinar o melhor tempo de cristalização para uma solução de sacarose comercial. Soluções supersaturadas foram preparadas com sacarose comercial utilizando dados de solubilidade encontrados na literatura. A solução foi preparada em um recipiente de vidro de fundo chato na temperatura 85,0°C, posteriormente em um cristalizador batelada, realizou-se o resfriamento da solução até 70,0°C, chegando-se no grau de supersaturação desejado à uma intensidade de vibração pré-definida e realizando o ensaio para o tempo de operação desejado. Com esta pesquisa, pode-se entender melhor a influência do tempo de cristalização na obtenção de sacarose cristalina PALAVRASCHAVE: Cristalização, Fase densa, Sacarose Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG GERAÇÃO DE MALHA COMPUTACIONAL TRIDIMENSIONAL E SIMULAÇÃO DA FLUIDODINÂMICA DO ESCOAMENTO EM LEITO FIXO Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Lucas Fernando Ribeiro Chaves e Rodrigo Béttega Área: Processos de Separação/Sistemas Particulados S116 Leito fixo é uma técnica amplamente utilizada em processos de engenharia, como catálise, secagem e purificação. A disposição e o formato das partículas no leito afeta diretamente a porosidade e o comportamento fluidodinâmico do sistema, sendo, portanto, uma característica importante do mesmo. A Simulação Numérica em Mecânica de Fluidos (CFD – Computational Fluid Dynamics) é uma ferramenta poderosa que torna possível a predição do comportamento do fluido no interior do leito por meio de perfis de velocidade, que por sua vez, variam de acordo com a porosidade do sistema. A porosidade de leitos fixos é uma função do arranjo das partículas no leito, entretanto, expressar matematicamente este arranjo para sistemas generalizados é um desafio. Neste contexto, o presente trabalho visou a criação de uma algoritmo de disposição das partículas em um leito tridimensional de maneira a representar ao máximo as oscilações da porosidade. Para tanto, simulações numéricas em CFD foram realizadas para a geração e a adequação do algoritmo às características do escoamento de ar nos interstícios do leito, onde valores de velocidade e de queda pressão foram comparados com os dados empíricos do modelo de escoamento abordado.O trabalho foi realizado utilizando o ambiente de compilação da linguagem C - DevC++ para a geração do algoritmo, e os softwares computacionais do pacote ANSYS 14 para as simulações CFD. Os resultados forneceram dados de variação de velocidade e pressão no leito fixo coerentes com a literatura e em concordância com correlações difundidas. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG CRISTALIZAÇÃO DE α-LACTOSE MONOHIDRATADA UTILIZANDO UM CRISTALIZADOR BATELADA DE LEITO VIBRADO Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Aline Miranda Brito, Marcos Roberto Alves; Gustavo Araújo Teixeira e Ricardo Amâncio Malagoni Área: Processos de Separação/Sistemas Particulados S118 A cristalização é considerada no ramo da Engenharia Química como uma das melhores e mais viáveis técnicas disponíveis para a produção de sólidos puros a partir de soluções impuras, obtendo um melhor desempenho em sistemas com vibração. Na cristalização, criam-se as condições termodinâmicas que levam as moléculas à formação dos cristais através da aproximação e agrupamento das estruturas altamente organizadas. Os cristalizadores com vibração são utilizados para melhorar o processo de transferência de calor e massa. Para que os cristais se desenvolvam, deverá existir na solução uma quantidade de minúsculos corpos sólidos – sementes – que atuam como centros da cristalização. Os produtos obtidos pela cristalização apresentam baixos níveis de contaminação, favorecendo, principalmente, o processamento de alimentos. Esse fato faz com que a lactose cristalizada tenha menor risco de contaminação, quando comparada com a sintetizada em laboratório. A lactose é o componente com maior concentração no soro de leite, tendo grande importância nas indústrias alimentícias e farmacêuticas. Esta substância no soro de leite tem baixo valor comercial, enquanto que ela pura, ou seja, na forma cristalina possui alto valor agregado. Trata-se de um dissacarídeo constituído por glicose e galactose, naturalmente na forma dos isômeros alfa lactose e beta lactose, sendo a forma alfa mais utilizada em aplicações industriais. Essa forma de lactose é obtida pela cristalização de soluções supersaturadas em temperaturas inferiores a 93,5°C. Este trabalho tem como objetivo estudar a produtividade de α-lactose monohidratada em fase densa (elevado número de sementes), visando avaliar a influência do número adimensional de vibração, a uma temperatura de operação de 50,0 ºC, para um mesmo grau de supersaturação e tempo de cristalização. PALAVRAS-CHAVE: Cristalização, Lactose, Supersaturação. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG EFEITO DO TRATAMENTO DA ÁGUA DE PROCESSO VIA FAD NO DESEMPENHO DA FLOTAÇÃO DE APATITA. Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Tallita A. A. de Souza; Danillo M. de Almeida; Thiago C. M. Santos; Mariana A. Santos e Marcos A. S. Barrozo Área: Processos de Separação/Sistemas Particulados S125 A água é a fase onde acontecem os principais processos da flotação. Existem alguns desafios para as indústrias de mineração, sejam econômicos, ambientais ou tecnológicos os quais estão relacionados à reutilização de água nas usinas de concentração mineral. Nas indústrias, geralmente, utiliza-se água recirculada que, num circuito fechado, retorna ao processo com uma quantidade maior de íons comparada à água nova. A interação desses íons com a superfície da partícula de apatita prejudica o desempenho da flotação, uma vez que a etapa de concentração do mineral fosfático é fortemente afetada pela presença de espécies iônicas dissolvidas na polpa. Neste trabalho, para a realização dos experimentos de flotação de apatita foram utilizadas água nova, água de processo (proveniente da barragem de rejeitos da Vale Fertilizantes) e água de processo previamente tratada via flotação por ar dissolvido (FAD). Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da qualidade da água na concentração do minério fosfático. Os resultados obtidos mostraram que a flotação de apatita com água de processo implicou numa queda de aproximadamente 38% na recuperação de apatita e de 7% no teor de P2O5 quando comparada à flotação utilizando-se água nova. Entretanto a água de processo tratada via FAD teve resultados de recuperação de apatita aceitáveis, ou seja, acima de 60%, resultado semelhante ao obtido quando se utilizou água nova. Tais resultados permitem concluir que o tratamento da água de processo por flotação por ar dissolvido visando ao retorno desta água ao processo de concentração de apatita mostrou-se eficiente e promissor. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG EFEITO DA COMPOSIÇÃO DA MISTURA SOJA E RESÍDUO DE ACEROLA EM LEITO DE JORRO SOBRE A SEGREGAÇÃO DAS PARTÍCULAS Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Carolina Turolla Bortolotti; Marielle Cristine Cano Francisquetti; Kassia Gracielle dos Santos; Claudio Roberto Duarte e Marcos Antonio de Souza Barrozo Área: Processos de Separação/Sistemas Particulados S144 A acerola da família Malpighia é uma fruta originária das Antilhas (América Central) e norte da América do Sul, rica em vitamina C e compostos bioativos como flavonoides e fenólicos. Esta fruta é produzida em larga escala no Brasil, tornando-o um dos três principais produtores de acerola do mundo e como consequência, é um dos maiores produtores de resíduos agrícolas. Uma forma de reutilizar esses resíduos é fazendo a secagem do mesmo. Por ter um movimento cíclico fazendo com que as partículas tenham um contato eficaz com o gás, o leito de jorro é utilizado para secagem de suspensões, soluções, materiais pastosos, grãos e resíduos agroindustriais, revestimento de partículas, pirólise de biomassa, polimerização, granulação, etc. O resíduo de acerola tem uma baixa escoabilidade no leito de jorro, devido a sua baixa densidade e umidade elevada. Por isso, soja é utilizada como inerte mantendo assim, a estabilidade fluidodinâmica do equipamento, além de preservar a acerola de possíveis contaminações. Devido às diferenças no tamanho das partículas, densidades e forma dos materiais utilizados, a mistura de acerola e soja está sujeita à segregação de partículas. Mas esta segregação não é favorável para a secagem, visto que pode haver áreas de não homogeneidade onde a secagem não será tão eficiente. Para quantificar a segregação, o Índice de Mistura foi definido como sendo a razão entre a concentração final local e a concentração inicial global de resíduo de acerola. O presente trabalho estudou a fluidodinâmica de um leito de jorro operando com mistura de resíduo de acerola e soja, a diferentes frações mássicas de acerola, em uma altura de 8 cm de leito estático. Foi analisada a segregação da mistura e a partir dos resultados obtidos foi possível quantificar o efeito da concentração de resíduo de acerola sobre o Índice de Mistura. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG ESTUDO DA SEGREGAÇÃO DE PARTÍCULAS EM LEITO DE JORRO OPERANDO COM UMA MISTURA BINÁRIA DE PARTÍCULAS DE MESMO DIÂMETRO E DENSIDADES DIFERENTES. Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Lucas Vinícius Ferreira; Bruno Castro Nogueira Vieira; Ricardo Corrêa Santana; Kássia Graciele dos Santos e Marcos Antônio de Souza Barrozo Área: Processos de Separação/Sistemas Particulados S145 O leito de jorro tem sido utilizado em diversas aplicações, tais como secagem de materiais, recobrimento de partículas, pirólise de biomassas, reações catalíticas, dentre outras. Várias dessas aplicações envolvem misturas de partículas com diâmetros ou densidades diferentes como: gaseificação de carvão, polimerização, secagem de pastas e fármacos, granulação, polimerização catalítica e pirólise rápida. As diferenças nos diâmetros e nas densidades das partículas são as duas principais forças motrizes da segregação, cuja intensidade é também afetada por uma série de outros parâmetros, como a velocidade de operação, composição da mistura, distribuição inicial das partículas no leito estático, etc.. Quando se trata de partículas de mesmo material e diâmetros diferentes, as partículas menores atingem uma maior velocidade e são lançadas na região mais externa da região anular e escoam com mais facilidade até a base do leito, concentrando-se na região inferior e externa do cone. No caso em que as partículas apresentam mesmo diâmetro, o efeito da densidade torna-se o fator que rege a segregação. No presente trabalho, foram realizados ensaios para verificar o tipo de segregação das partículas de um sistema binário, composto por partículas de esferas de vidro e polietileno, com diâmetros iguais a 0,004m e densidades iguais a 2,41 e 0,8 g/cm³ respectivamente. Foram estudadas misturas com frações mássicas de esferas de polietileno de 0,25; 0,50 e 0,75, para alturas de leito estático de 0,06; 0,08 e 0,10 m em um leito de jorro de base cônica. Os resultados obtidos mostram que, diferentemente do sistema com diâmetros diferentes, as partículas com menor massa (menos densas) permanecem preferencialmente na região superior do leito e próximas à parede, devido provavelmente à sua menor elasticidade do choque com a parede. Ainda foram analisados o efeito da composição da mistura e da altura de leito estático sobre a segregação da mistura. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG MODELAGEM DA SECAGEM DE FERTILIZANTES NO SECADOR ROTATÓRIO CONCORRENTE Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Isabela Araújo Resende; Dyovani Bruno Lima dos Santos; Rafael Turchi Ribeiro; Pedro Lucas Silva Sá; Davi Batista Quintino e Marcos Antonio de Souza Barrozo Área: Processos de Separação/Sistemas Particulados S146 O processo de secagem é de grande importância na indústria de fertilizantes. Um equipamento muito comum, e de grande capacidade de processamento, empregado nesta operação é o secador rotatório de contato direto. Estes são equipamentos constituídos de um cilindro levemente inclinado em relação a horizontal que gira em torno do seu eixo longitudinal. A região interna dos secadores rotatórios convencionais é equipada com suspensores , cuja finalidade é coletar o material particulado no fundo do tambor, transportá-lo por uma certa distancia ao redor da periferia do casco e lança-lo em cascata através de uma corrente de gás quente. Em sua configuração concorrente proporciona uma secagem rápida no início do processo e fornece um produto seco em temperaturas menores e sem prejuízos para a qualidade do produto final. Para analisar os aspectos fluidodinâmicos da secagem do fertilizante super-fosfato simples granulado em tais equipamentos realizouse simulações computacionais, além dos procedimentos experimentais. Obteve-se boa concordância entre os experimentos e os resultados simulados para os perfis de umidade e temperatura do ar e do sólido ao longo do comprimento do secador rotatório. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG INFLUÊNCIA DA CONCENTRAÇÃO VOLUMÉTRICA DA ALIMENTAÇÃO NA EFICIÊNCIA DE HIDROCICLONES FILTRANTES Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Loyane Mendes de Souza; Marcus Paulo Barbosa Martins e Luiz Gustavo Martins Vieira Área: Processos de Separação/Sistemas Particulados S147 Hidrociclones são separadores centrífugos empregados em separações sólidos – líquido e líquido – líquido. Este equipamento é amplamente usado no setor têxtil, alimentício, petroquímico, metalúrgico, siderúrgico entre outros. Podem ser aplicados, por exemplo, em equipamentos de lavagem e na eliminação de partículas mais finas presentes em líquidos (deslamagem). Sua constituição baseia-se em uma seção cônica acoplada por uma seção cilíndrica na sua parte superior, por onde a suspensão é injetada, a fim de provocar um vortex dentro do equipamento que propicia a separação de correntes. A suspensão diluída deixa o equipamento pelo topo (overflow) e a suspensão concentrada deixa-o através de um orifício na base do hidrociclone (underflow). A corrente de underflow contém as partículas maiores e mais pesadas, já as partículas menores e menos densas são arrastadas para o centro do equipamento, onde forma-se um movimento em espiral ascendente e estas saem através do overflow. Os hidrociclones podem possuir paredes filtrantes, neste caso, observa-se uma corrente adicional: a corrente de filtrado.Diante do que foi exposto, o objetivo deste trabalho é comparar o desempenho do hidrociclone HCiF (hidrociclone de parte cilíndrica filtrante e cônica maciça) e HCoF (hidrociclone de parte cônica filtrante e cilíndrica maciça) para diferentes concentrações volumétricas da alimentação (1, 2, 3 e 4%) a partir da comparação da eficiência de separação, do gasto energético e do poder de classificação do equipamento a partir da unidade experimental montada no laboratório de particulados da FEQUI/UFU que é composta por um tanque com capacidade de 250 litros, responsável pelo armazenamento da suspensão de rocha fosfática, um sistema de homogeneização formado por um agitador e uma bomba helicoidal, resistente à abrasão. A partir dos resultados, é possível identificar qual a queda de pressão e concentração volumétrica ideal para melhor desempenho destes separadores centrífugos. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG ESTUDO DE CFD PARA CONFIGURAÇÕES DE MINITUBOS HÍBRIDAS EM SECADORES ROTOAERADOS NA SECAGEM DE FERTILIZANTES Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Dyovani Bruno Lima dos Santos; Isabela Araújo Resende;Rafael Turchi Ribeiro; Pedro Lucas Silva Sá; Davi Batista Quintino e Marcos Antonio de Souza Barrozo Área: Processos de Separação/Sistemas Particulados S153 A secagem é comumente descrita como um processo em que substâncias voláteis são removidas de um produto sólido por meios térmicos. Trata-se de uma das operações unitárias mais comuns, uma vez que a maioria dos produtos industriais deve ser submetida à secagem em algum estágio do processo. O secador rotatório é muito usado industrialmente por apresentar uma série de vantagens, uma vez que é utilizado para a secagem de uma grande variedade de materiais granulados, inclusive fertilizantes, e muitas vezes a custos mais baixos, quando comparado com outros métodos de secagem. Visando melhorias no desempenho dos secadores rotatórios, foi desenvolvida na Faculdade de Engenharia Química da Universidade Federal de Uberlândia uma nova configuração chamada de secador rotoaerado no qual o ar quente entra em um tubo central contendo minitubos por onde o ar quente é distribuído e sai em contato direto com as partículas de fertilizantes, não ocorrendo o cascateamento como na versão convencional do secador. A concepção deste novo equipamento teve como motivação o melhor contato fluido-partícula proporcionado pelo novo sistema de distribuição do ar, aumentando, desta forma, os coeficientes de transferência de calor e massa. Este trabalho tem como objetivo estudar os efeitos dos reagrupamentos de minitubos com diferentes diâmetros no mesmo equipamento e utilizar os resultados simulados em CFD para compreender melhor os resultados experimentais e assim possibilitar a escolha da configuração ideal para a secagem. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG AVALIAÇÃO DE DIFERENTES TAXAS DE AQUECIMENTO NA SECAGEM DE CASCALHOS DE PERFURAÇÃO VIA MICROONDAS Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Marina Seixas Pereira; Matheus Miguel Rodrigues Pena e Carlos Henrique Ataíde Área: Processos de Separação/Sistemas Particulados S163 A perfuração, uma das etapas da exploração de óleo e gás, objetiva cenários geológicos de grande complexidade. Como efluente da atividade exploratória há a geração de cascalhos contaminados ou revestidos com fluido de perfuração. Durante os últimos anos, têm-se realizados estudos para avaliar o destino e os efeitos de descarga de cascalhos contaminados com fluidos de perfuração em ambiente terrestre e marinho. Uma legislação ambiental mais rigorosa e a necessidade de reduzir os custos de perfuração apontam para a otimização da separação e recuperação do fluido de perfuração utilizados em poços de petróleo e gás. A etapa final de adequação dos cascalhos de perfuração às leis ambientais de descarte envolve separação sólido-líquido onde o teor de fluido de perfuração de base sintética nos resíduos deve ser inferior a 6,9%. O uso de microondas foi identificado como uma alternativa para promover essa separação sólidolíquido. A técnica de secagem por microondas fornece energia diretamente aos materiais através da interação molecular com o campo elétrico formado pelas microondas, onde os elementos do material são aquecidos individualmente e de forma instantânea, resultando em um aquecimento seletivo. Esse mecanismo ocorre pelo fato de que cada material tem um comportamento particular frente à ação de microondas, neste critério um material pode ser classificado como opaco, transparente ou absorvente. O presente trabalho tem por objetivo investigar como diferentes taxas de aquecimento na secagem por microondas podem afetar na remoção da fase não-aquosa do cascalho de perfuração contaminado com o fluido. Para isso, foram realizadas ensaios de secagem, com diferentes densidades de potência, utilizando fluxo de ar para arraste dos vapores e também na presença de um certo vácuo no interior do secador. Os resultados mostram que quanto menor a taxa de aquecimento do sólido, ou seja, quanto mais ameno for a secagem, melhor será a remoção da fase não-aquosa do cascalho contaminado. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG ANÁLISE COMPARATIVA DOS TEORES DE FENÓLICOS E FLAVONOIDES TOTAIS DA CASCA E DA POLPA DO CAMU-CAMU Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Ana Vitória Pinheiro de Campos; Carolina Turolla Bortolotti; Kássia Graciele dos Santos; Cláudio Roberto Duarte e Marcos Antonio Souza Barrozo Área: Processos de Separação/Sistemas Particulados S175 O camu-camu (Myrciaria dubia), originário da Amazônia, apesar de não ser muito conhecido é a fruta que contem o maior teor de vitamina C no mundo, contendo em média o dobro do teor desta vitamina presente na acerola e seis vezes o teor presente na laranja. Além disso, o camu-camu é rico em aminoácidos e compostos bioativos, como compostos fenólicos e flavonóides. Os compostos fenólicos, além de dar coloração vermelhoescura às frutas, são um grupo de antioxidantes que combatem o envelhecimento celular (radicais livres) e doenças como câncer, aterosclerose, entre outras. Este trabalho tem como objetivo avaliar o conteúdo de compostos fenólicos totais e flavonoides presentes na polpa e na casca do camu-camu. O teor de fenólicos totais foi determinado pelo método de Folin–Ciocalteu, utilizando ácido gálico como composto padrão, e o teor de flavonoides foi obtido por extração metanoica, utilizando a rutina como padrão, pelo método colorimétrico segundo Zhishen et al., (1999). Os teores de fenólicos e flavonoides presentes na casca do camu-camu foram comparados aos teores presentes na polpa da mesma fruta, obtida em uma fazenda na cidade de Itumbiara, Goiás. A determinação do teor desses compostos bioativos no camu-camu é de extrema relevância do ponto de vista científico e pode contribuir para o aumento da empregabilidade da fruta na obtenção destes compostos em escala industrial. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG HIDROCICLONE MODULAR CAVEX 40CVX: CAPACIDADE E RAZÃO DE LÍQUIDO Universidade Federal de Uberlandia Faculdade de Engenharia Quimica Lucas C.Oliveira; Curt Max.A Panisset; Carlos H. Ataíde; Cristiano Ribeiro; Marcella P. Mendonça e Carlos H. Ataíde Área: Processos de Separação/Sistemas Particulados S177 Vários separadores de misturas sólido-líquido são utilizados atualmente, dentre eles destaca-se o hidrociclone. A aplicação industrial mais intensa de tal equipamento começou por volta do final da década de 40, nas indústrias de extração e processamento mineral. Desde então, sua utilização foi difundida, sendo atualmente um equipamento de separação bastante usado nas indústrias química, petroquímica, têxtil e metalúrgica, dentre outras. É válido ressaltar que há fatores que explicam a vasta presença dos hidrociclones no setor industrial, dentre eles se destacam o baixo custo de fabricação, instalação, manutenção, simplicidade na operação, tamanho reduzido quando comparado com outros separadores, ausência de partes móveis e principalmente a sua flexibilidade operacional. Considerando os aspectos anteriormente mencionados, o objetivo principal do trabalho foi realizar um estudo investigativo do equipamento comercial CAVEX 40CVX da Weir Minerals. Como se trata de um equipamento modular, os ensaios experimentais foram conduzidos com objetivo de obter as curvas características dos vários equipamentos. Com o auxílio de um sistema de aquisição de dados (vazão e queda de pressão) e das três combinações geométricas de cada parte de sua estrutura (overflow e underflow), totalizando nove diferentes configurações, essas curvas foram obtidas. Os resultados preliminares são importantes para aprofundamento do conhecimento do funcionamento desses equipamentos, alem de contribuir diretamente para a evolução da tecnologia de separação. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG ANÁLISE COMPARATIVA DOS TEORES DE VITAMINA C E ÁCIDO CÍTRICO DA CASCA E DA POLPA DO CAMU-CAMU Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Isabele Cristine Botan, Carolina Turolla Bortolotti, Kássia Graciele dos Santos, Cláudio Roberto Duarte e Marcos Antonio Souza Barrozo Área: Processos de Separação/Sistemas Particulados S178 Os compostos bioativos, por possuírem propriedade antioxidante, atuam minimizando os danos oxidativos causados ao organismo pelas espécies reativas de oxigênio e nitrogênio, prevenindo doenças crônicas não transmissíveis, como câncer e aterosclerose, entre outras. Dentre esses compostos, podemos citar o ácido cítrico e o ácido ascórbico. O ácido ascórbico ou vitamina C é um poderoso antioxidante e funciona como agente preservativo em alimentos. É uma vitamina hidrossolúvel, facilmente absorvida pelo organismo. Já o ácido cítrico, além de antioxidante, também é um agente quelante, o qual pode evitar rancidez e também inativar enzimas que provocam reações de escurecimento. O camu-camu (Myrciaria dubia (H.B.K.) é uma espécie frutífera que ocorre espontaneamente nas margens de rios e lagos da Amazônia. Seus frutos apresentam elevado teor de ácido ascórbico, sendo superior ao encontrado na maioria das frutas, o que tem despertado o interesse de diversos setores industriais, envolvendo as linhas de fármacos, cosméticos, conservante natural, sorvete, suco, geléia, etc. Os métodos clássicos para a determinação do ácido ascórbico baseiamse no seu forte poder redutor. A técnica utilizada neste trabalho é a da titulação de Tillmans que se fundamenta na redução do 2,6 diclorofenolindofenol por uma solução de ácido ascórbico. O teor de ácido cítrico foi determinado por titulação com uma solução de NaOH (0,1%). Os teores de ácido cítrico e ascórbico presentes na casca do camu-camu foram comparados aos teores presentes na polpa da mesma fruta, obtida em uma fazenda na cidade de Itumbiara, Goiás. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG QUALIDADE DA SEMENTE DE SOJA SECA Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Mariana Borges Martins, Myrla Dias Marquez, Gláucia Fátima Souza Vieira; Marcos Antônio de Souza Barrozo e Rodrigo Béttega Área: Processos de Separação/Sistemas Particulados S189 A soja é uma leguminosa rica em proteínas e óleo que possui conhecida importância na agricultura brasileira. Devido a todos os produtos derivados desta, sua demanda em aumentando assim como sua importância. Para ser considerada de alta qualidade, a semente de soja deve ter características fisiológicas e sanitárias, tais como altas taxas de vigor, de germinação e de sanidade, bem como garantia de purezas física e varietal. A qualidade fisiológica da semente depende da colheita e armazenamento da mesma. Para evitar que as sementes sofram danos duram a colheita mecanizada, estas devem ser colhidas com uma umidade superior à indicada para o armazenamento. Devido a isso, é necessário seca-las. Esse processo de secagem é imprescindível no armazenamento do produto, mas pode comprometer a qualidade do mesmo. Para obter sementes de qualidade após a secagem deve-se analisar a temperatura de secagem, o tempo de residência, a umidade relativa do ar, a velocidade do ar, entre outros fatores. O valor da germinação para a comercialização das sementes de soja é de 80%, ou seja, esse aumento da temperatura torna essas sementes não comerciais. Neste trabalho foram retiradas amostras antes e depois dos experimentos, avaliando assim a qualidade inicial e final das sementes. Foram realizados análises de germinação e teste do hipoclorito de sódio (fissuras) para verificar a qualidade das sementes. A qualidade física das sementes de soja foi avaliada a partir da porcentagem de sementes sem fissuras no tegumento e a qualidade fisiológica pela porcentagem de germinação. Os resultados indicam que o percentual de germinação e de sementes sem fissuras diminui com o aumento da temperatura. Assim como, mantendo a umidade relativa e a temperatura constate, o aumento da velocidade reduz o índice de germinação das sementes e aumenta os danos mecânicos (fissuras). Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG CARACTERIZAÇÃO REOLÓGICA DE UMA SUSPENSÃO DE CONCENTRADO DE ROCHA FOSFÁTICA EM UM FLUIDO NÃO NEWTONIANO Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Marcella Pedroso Mendonça; Irineu Petri Júnior; Curt Max de Ávila Panisset e Carlos Henrique Ataíde Área: Processos de Separação/Sistemas Particulados S193 Durante a construção de poços de petróleo um fluido é injetado por dentro da coluna de perfuração. Posteriormente ele sai pela broca e ao retornar para a superfície arrasta os cascalhos resultantes do processo de moagem da rocha. Ao chegar à superfície a mistura composta pelo fluido e cascalho é submetida a operações de separação. Os recortes de rocha são descartados e o fluido é reaproveitado. Uma das operações utilizadas para separar estes dois materiais é a hidrociclonagem. Com o intuito de estudar este operação de separação é necessária uma caracterização reológica completa do fluido de perfuração. Assim, este trabalho propõe a elaboração e caracterização reológica de uma dispersão de um concentrado de rocha fosfática (nas concentrações de 0, 1, 5 e 9% em volume) em uma solução polimérica de goma xantana (de concentração de 4,28g/L) como um substituto ao verdadeiro fluido de perfuração para estudos em uma unidade de hidrociclonagem. A caracterização do comportamento reológico busca descobrir o tempo de hidratação do polímero, a verificação da existência de comportamento tixotrópico, o levantamento da equação que relaciona tensão cisalhante à taxa de cisalhamento e o comportamento da viscosidade em diversas condições de cisalhamento. Toda a viscosimetria será efetuada utilizando um reômetro do tipo RS+ da Brookfield. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG ESTUDO SOBRE A CONCENTRAÇÃO DE FINOS DE APATITA EM COLUNA DE FLOTAÇÃO OPERADA POR AR DISSOLVIDO Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Angelica da Silva Reis; Jânio Alves Ribeiro; Ricardo Correa Santana; Carlos Henrique Ataíde e Marcos Antonio de Souza Barrozo Área: Processos de Separação/Sistemas Particulados S196 Na concentração de minério fosfático (apatita) um dos problemas enfrentados tem sido a dificuldade para concentração de finos. A grande demanda da indústria de fertilizantes e a necessidade de um aproveitamento máximo do minério explorado têm viabilizado o estudo de novas técnicas para a concentração do mesmo. Assim a flotação por ar dissolvido (FAD) aparece como uma importante alternativa para esse processo, já que na FAD microbolhas são geradas, as quais são mais eficientes para a concentração de finos. Dentro deste contexto este trabalho teve por objetivo o estudo do efeito das variáveis do processo de concentração de apatita em uma coluna de FAD. As variáveis estudadas foram pH da polpa, vazão de água de lavagem, vazão de reciclo, concentração inicial de sólidos, posição de entrada do reciclo e do bico injetor da água saturada na coluna em relação à base da coluna. Foi analisado o desempenho da coluna, i.e., a recuperação de apatita e o teor de P2O5, com valor desejado de no mínimo 60% e 30%, respectivamente. Verificou-se que dentre as variáveis investigadas a que apresentou maior influência no desempenho da coluna foi a vazão de reciclo. O efeito de cada variável foi quantificado para as duas respostas estudadas. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG DETERMINAÇÃO EXPERIMENTAL DO EFEITO DA ROTAÇÃO DA SUSPENSÃO NO DESEMPENHO DO HIDROCICLONE H11 Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Fernanda Falqueto Salvador; Luiz Gustavo Borzani Abdalla e Luiz Gustavo Martins Vieira Área: Processos de Separação/Sistemas Particulados S400 Os hidrociclones são equipamentos centrífugos utilizados no setor industrial para separações líquido-líquido ou sólido-líquido, visando à concentração de suspensões ou classificação de partículas por tamanho ou densidade. Esses separadores possuem uma região cilíndrica anexada a uma cônica, ambas maciças. A parte que contém o cilindro possui uma entrada, na lateral, por onde há a injeção da suspensão no equipamento. Na seção cilíndrica, há um tubo coaxial, denominado de vortex finder (VF), cuja finalidade é evitar que a suspensão seja encaminhada diretamente para o orifício de overflow suspensão diluída dotada das menores partículas. Somente a partir da metade do século XIX, os hidrociclones começaram a ser utilizados como uma importante alternativa no processo de separação sólido-fluido, devido uma grande versatilidade para a indústria de extração e processamento mineral. A partir do estudo das principais dimensões de um hidrociclone, foi proposto um equipamento de geometria otimizada, denominada de H11, que proporcionava simultaneamente baixos consumos energéticos e altas eficiências de separação devido suas paredes permeáveis e geometria otimizada. Há, todavia, uma série de particularidades que podem ser implementadas para potencializar ainda mais os benefícios proporcionados pelos hidrociclone da modalidade H11 (na ausência ou presença de filtração). Como exemplo pode ser citada a possível influência da rotação da suspensão no duto de alimentação dos hidrociclones. A partir dessa idéia foi realizado um estudo com CFD e verificou-se que a razão de líquido (eficiência) havia aumentado, o numero de Euler apresentou um menor numero (menor gasto de energia) e houve menor queda de pressão. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG SOLUBILIDADE DO FERTILIZANTE UREIA EM MISTURA ISOPROPANOL+ÁGUA Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Camila Maria M. Bassi; Carolina C. de Castro; Cleuzilene V. da Silva e Ricardo Amâncio Malagoni Área: Termodinâmica T121 A ureia ou diaminometanal consiste em um composto orgânico sólido de fórmula molecular (NH2)2CO. Esta substância é utilizada como fertilizante agrícola, na manufatura de plásticos, como estabilizador em explosivos de nitrocelulose, na alimentação de ruminantes, em alguns condicionadores de cabelo e loções e para aumentar a solubilidade de corantes na indústria têxtil. Dados de solubilidade da ureia em mistura de solventes são importantes em estudos agronômicos, no projeto de equipamentos industriais, em estudos de nucleação e cristalização, além de serem utilizados no aperfeiçoamento, modelagem e simulação dos processos industriais existentes de separação. Neste contexto, buscou-se determinar experimentalmente dados de solubilidade da ureia em mistura isopropanol+água em fração de 50% de isopropanol (v/v) em uma faixa de temperatura que variou de 5,0 a 60,0°C. Uma célula de equilíbrio encamisada de vidro borossilicato foi utilizada na determinação dos dados em condições isotérmicas e isobáricas. O sistema foi mantido sob agitação com excesso de soluto por 2 h, a seguir, a célula permaneceu em repouso por 2 h. Após este período, quatro amostras da fase líquida foram retiradas da célula. As amostras foram secas por 48 h a uma temperatura de 60,0°C. Os valores de solubilidade do sistema estudado foram determinados, bem como os desvios absoluto. O método gravimétrico mostrou-se eficiente para obtenção dos dados de solubilidade. PALAVRAS-CHAVE: Mistura de solventes, Solubilidade, Ureia. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG SOLUBILIDADE DO ÁCIDO CÍTRICO EM MISTURA ETANOL+ÁGUA Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Júlia Bueno Silveira; Marcos Rodrigues de Moraes e Ricardo Amâncio Malagoni Área: Termodinâmica T132 O ácido cítrico é um ácido orgânico fraco, de fórmula molecular, C6H8O7, também conhecido como citrato de hidrogênio. Este ácido é bastante utilizado em indústrias alimentícias e de bebidas, uma vez que apresenta propriedades antioxidantes, acidulantes, flavorizantes, sequestrantes e reguladoras de acidez. Em bioquímica, é importante o seu papel como intermediário do Ciclo de Krebs, de forma que ocorre no metabolismo de quase todos os seres vivos. É ainda usado como produto de limpeza ecológico. Dados de solubilidade do ácido cítrico em etanol+água são fundamentais no projeto de equipamentos industriais de separação, como: cristalizadores, extratores, evaporadores, lixiviadores e unidades de adsorção. Neste trabalho determinou-se experimentalmente dados de solubilidade do ácido cítrico em mistura etanol+água em frações de 25, 50 e 75% de etanol (v/v) em uma faixa de temperatura que variou de 5,0 a 85,0°C. Uma célula de equilíbrio encamisada de vidro borossilicato foi utilizada na determinação dos dados em condições isotérmicas e isobáricas. O sistema foi mantido sob agitação com excesso de soluto por 2 h, a seguir, a célula permaneceu em repouso por 2 h. Após este período, quatro amostras da fase líquida foram retiradas da célula. As amostras foram secas por 15 dias a uma temperatura de 65,0°C. Os valores de solubilidade do sistema estudado foram determinados, bem como os desvios absoluto e relativo. PALAVRAS-CHAVE: Ácido Cítrico, Mistura de solventes, Solubilidade. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG INFLUÊNCIA DO AUMENTO DA CONCENTRAÇÃO DE ETANOL NA SOLUBILIDADE DO FERTILIZANTE UREIA EM MISTURAS ETANOL+ÁGUA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA Noemy Durant de Carvalho; Fran Sérgio Lobato E Ricardo Amâncio Malagoni Área: Termodinâmica T161 A ureia é um composto orgânico formado a partir da reação entre amônia e dióxido de carbono. A amônia é obtida da reação entre nitrogênio (proveniente do ar) e hidrogênio (gás natural), já o dióxido de carbono é gerado a partir da queima de gás natural. A ureia é comercializada na forma perolada e granulada, sendo o fertilizante nitrogenado mais consumido no mundo. Dados de solubilidade da ureia em água e em misturas de solventes são importantes em estudos de agronomia, na fabricação de fertilizantes, plásticos e no projeto de equipamentos industriais de separação. Neste trabalho objetivou-se avaliar e determinar, experimentalmente, a solubilidade da ureia em misturas etanol+água, com fração de 50% etanol+50% água (v/v) e 25% etanol+75% água (v/v), em temperaturas que variaram entre 5,0° a 60,0°C. A técnica para quantificar a solubilidade foi gravimetria. Uma célula de equilíbrio de vidro encamisada, com dois pontos de amostragem na lateral foi utilizada, onde a solução com excesso de soluto permaneceu em agitação por 2 h, seguido de 2 h de repouso. A temperatura no interior da célula foi mantida constante utilizando-se um banho termostatizado. Após período de agitação e repouso, quatro amostras de 4 a 5 mL aproximadamente, foram retiradas da fase líquida e secas em estufa na temperatura de 65,0°C por um período de 48 h. As amostras contendo ureia cristalizada foram colocadas em um dessecador com sílica por 30 min, a seguir, determinaram-se os valores de solubilidade, bem como os desvios absoluto e relativo. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG ANÁLISE TERMODINÂMICA DA REFORMA A VAPOR DO ETANOL PARA PRODUÇÃO DE HIDROGÊNIO Universidade Federal de Uberlandia Faculdade de Engenharia Quimica Leonardo Girolamo Canato; José Alberto de Sousa e Carla Eponina Hori. Área: Termodinâmica T181 O presente trabalho teve como objetivo analisar o comportamento da composição de equilíbrio químico do sistema reacional de reforma a vapor do etanol. Para isto, diferentes condições operacionais foram avaliadas, com a temperatura variando no intervalo de 373,15 K a 1273,15 K e a razão água/etanol variando na faixa de 1 a 6 na corrente de alimentação do processo. O meio reacional é representado por um sistema de oito reações linearmente independentes, nas quais estão presentes, além do próprio etanol (C2H5OH), as espécies: H2, H2O, CH4, CO, CO2, C2H4, C2H6, CH3CHO (acetaldeído), CH3CO2C2H5 (acetato de estila), CH2H5OC2H5 (dietil éter) e carbono sólido. Valores experimentais das energias de formação (ΔHf0 e ΔGf0), entropia e calores específicos a pressão constante, a 298,15 K, reportados na página eletrônica do National Institute of Standards and Technology (NIST), foram utilizados para, a partir de equações de correção, calcular-se a energia livre de Gibbs no intervalo de temperatura considerado. A partir dessa grandeza, obteve-se a constante de equilíbrio para cada reação e, então, com a resolução do sistema de equações algébricas não-lineares gerado, as frações molares das espécies químicas foram determinadas para as várias temperaturas. Constatou-se que a fração molar de hidrogênio é maximizada em torno de 973,15 K e também que o aumento da temperatura e da relação água/etanol reduzem a formação de carbono sólido no meio reacional, que pode prejudicar o processo através da desativação do catalisador. Observou-se ainda que, nas temperaturas mais baixas – até, aproximadamente, 573,15 K – há prevalência das espécies metano e dióxido de carbono, além da presença de acetaldeído. Acima de 773,15 K, verificou-se a redução na concentração de dióxido de carbono, o que pode indicar a ocorrência da reação reversa do deslocamento gás-água. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE DOS SAIS NA PRECIPITAÇÃO DE QUIMOTRIPSINA Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Química Flávia Pavani Piovani;Carolina Messias Marinho e Erika Ohta Watanabe Área: Outras W133 A precipitação de proteínas induzida pela adição de sais constitui uma das mais importantes operações unitárias de processos de recuperação e purificação de proteínas. A precipitação ocorre geralmente entre uma primeira etapa de separação de sólido e líquido, realizada por centrifugação ou filtração, e a purificação final utilizando-se adsorção ou cromatografia. Essa etapa de purificação é bastante utilizada pela alta capacidade de concentrar a molécula de interesse e pelo seu baixo custo, por isso presente em mais da metade dos processos de purificação. Além de questões relacionadas diretamente ao tratamento da mistura resultante das operações de purificação, a expansão dos processos biotecnológicos para produção em larga escala tem exigido uma melhoria contínua das técnicas de separação, o que tem motivado o estudo de sistemas contendo proteínas e sal visando a um entendimento fundamental dos princípios envolvidos nesse equilíbrio. A correta manipulação das variáveis envolvidas na operação de precipitação pode levar, por exemplo, à otimização da quantidade de sais adicionados, com impacto positivo no custo total do processo de purificação – além da possibilidade de redimensionamento das operações subseqüentes. Neste trabalho foi estudada a precipitação de quimotripsina a 5°C utilizando-se os sais sulfato de amônio, sulfato de sódio, cloreto de sódio e o sal volátil carbamato de amônio. A solubilidade da quimotripsina foi determinada experimentalmente e os dados experimentais correlacionados pela equação de Cohn. Ensaios de solubilidade possibilitaram verificar o efeito dos sais na precipitação da proteína e a determinação da constante Ks’ da equação de Cohn mostrou-se um parâmetro importante para a avaliação da efetividade dos sais utilizados. Os resultados experimentais indicaram que os sais que possuem o ânion sulfato são os mais efetivos para a indução da precipitação por “salting-out” da quimotripsina, seguido do ânion cloreto e do ânion carbamato. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DA CINÉTICA DA REMOÇÃO DE RESÍDUOS NA ETAPA DE ENXÁGÜE DO PROCESSO DE LIMPEZA CIP VISANDO A MINIMIZAÇÃO DE GASTOS COM INSUMOS: AJUSTE DE MODELO AOS DADOS EXPERIMENTAIS RELACIONADOS À VARIAÇÃO DE PH COM A VAZÃO. Universidade Federal de Uberlandia Faculdade de Engenharia Química Ana Paula Pereira Reis; Sergio M. da S. Neiro; Ubirajara Coutinho Filho; Leo Kunigk e Rubens Gedraite Área: Outras W156 A indústria de alimentos pode realizar a limpeza e a sanificação de suas superfícies utilizando procedimentos manuais ou automatizados este último também conhecidas como higienização pelo sistema clean-in-place ou simplesmente CIP. Os primeiros são mais custosos, pois envolvem muitas pessoas, os detergentes e os sanificantes não podem ser reutilizados, as concentrações e as temperaturas não podem ser muito elevadas, pois os produtos entram em contato com a pele dos operadores e, por conseguinte mais ação mecânica deve ser aplicada às superfícies que estão sendo higienizadas além do que os resultados obtidos podem variar muito. Por sua vez, a higienização pelo sistema CIP permite a utilização de concentrações e temperaturas mais elevadas, menos pessoas estão envolvidas na operação e existe a recuperação das soluções de detergente e de agente sanificante. Entretanto, é um sistema que requer um maior controle do processo envolvendo a utilização de sensores e válvulas de controle para avaliar e controlar vazão, temperatura, concentração e a presença de resíduos tanto do produto processado como dos agentes de higienização que circulam pelo interior dos equipamentos. Caso o processo de higienização pelo sistema CIP seja bem conduzido, consegue-se também reduzir o consumo de água e de energia térmica utilizada para aquecer as soluções de limpeza e a água de enxágüe. Neste trabalho foi estudado o comportamento da etapa de remoção dos resíduos de soda cáustica durante a etapa de enxágue, utilizando tanto um modelo aproximado quanto um modelo preciso para a cinética de remoção, visando quantificar e avaliar a influencia dos erros sobre o processo. O resultados obtidos sugerem que o modelo aproximado pode ser empregado com segurança, prevendo de maneira adequada o comportamento do processo e permitindo assim a sua otimização. Anais de Resumos da XVII JORNEQ – Apoio FAPEMIG PROCESSO DE TRATAMENTO DE BIO-ÓLEO ORIGINADO DA PIRÓLISE RÁPIDA AUTO-TÉRMICA DE BIOMASSA LIGNOCELULÓSICA POR DESTILAÇÃO BATELADA E ANÁLISE GC/MS Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Químca Fernando Superbi Guerreiro; Deivid Marques Nunes e Ricardo Reis Soares Área: Outras W603 A pirólise rápida auto-térmica de materiais lignocelulósicos consiste no processo de degradação térmica de materiais orgânicos com adição subestequiométrica de oxigênio na formação de produtos de valor agregado, biocombustível ou bio-produto. Os produtos provenientes da pirólise rápida são bio-óleo, extrato ácido, finos de carvão e gases, sendo que, o principal produto proveniente é o bio-óleo. Os experimentos de pirólise rápida de biomassas lignocelulósicas, como por exemplo, bagaço de cana de açúcar, palha de cana e serragem foram realizados em uma planta em escala piloto, conduzidos à temperatura de 500ºC e limentação de biomassa em torno de 20 kg/h em um reator de leito fluidizado em atmosfera pobre em oxigênio. Com isso, o objetivo deste trabalho foi avaliar as aracterísticas físicoquímicas dos bio-óleos provenientes da pirólise rápida auto-térmica de biomassa através do processo de destilação batelada contendo até 20% v/v bio-óleo em etanol comercial e analisar quimicamente o produto acabado utilizando um cromatógrafo gasoso acoplado a um espectômetro de massas GC/MS-QP2010 Plus Shimadzu comparando a qualidade de cada um. Todos os aspectos analisados para os bio-óleos foram analisados segundo as normas ASTM (American Society for Testing and Materials).