62799_Platelia Candida_8L

Transcrição

62799_Platelia Candida_8L
PLATELIA™ CANDIDA Ab/Ac/Ak
62799
96 TESTES
PLATELIA™ CANDIDA Ab/Ac/Ak É UM ENSAIO IMUNOENZIMÁTICO
INDIRECTO EM MICROPLACA PARA A DETECÇÃO QUANTITATIVA DOS
ANTICORPOS ANTIMANANO DE CANDIDA NO SORO.
1
UTILIZAÇÃO PREVISTA
Platelia™ Candida Ab/Ac/Ak é um ensaio imunoenzimático indirecto em microplaca para a detecção
quantitativa dos anticorpos antimanano de Candida no soro.
2
INDICAÇÕES DE UTILIZAÇÃO
O diagnóstico das candidíases invasivas deve ser baseado numa combinação deste teste para
anticorpos antimanano e um teste para antigénio manano em circulação (Platelia™ Candida Ag, ref.
62798). A combinação destes dois testes permite um diagnóstico precoce e melhora a sua
sensibilidade, como parte de uma abordagem de diagnóstico completo integrando dados clínicos e
micológicos e a avaliação dos factores de risco intrínsecos e iatrogénicos13. Esta combinação faz
igualmente parte integrante de um sistema de monitorização do paciente, a nível clínico e laboratorial,
como coadjuvante na tomada de decisões quanto ao tratamento.
3
RESUMO E FUNDAMENTO
As infecções por Candida constituem a forma mais frequente de infecções nosocomiais fúngicas1. As
formas invasivas representam as infecções mais graves com taxas de mortalidade entre os 30 e os
70% em indivíduos imunodeprimidos11. O diagnóstico das infecções invasivas por Candida é difícil de
estabelecer devido à baixa especificidade dos sintomas clínicos e à baixa sensibilidade das culturas,
apesar do progresso considerável efectuado nesta área. O diagnóstico de candidíase invasiva,
necessário para iniciar o tratamento adequado, é normalmente baseado numa combinação de
considerações clínicas, micológicas e de factores de risco 8. O diagnóstico laboratorial é de especial
importância neste contexto e a monitorização serológica dos anticorpos anti-Candida ajuda a orientar
ou confirmar o diagnóstico clínico, como complemento dos resultados micológicos.
Platelia™ Candida Ab/Ac/Ak detecta os anticorpos dirigidos contra o antigénio manano de Candida,
que é o principal componente da parede celular das leveduras pertencentes ao género Candida2. O
manano, marcador da candidíase3, 4, é um polissacarídeo altamente imunogénico2.
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PRINCÍPIO DO PROCEDIMENTO
Platelia™ Candida Ab/Ac/Ak é um ensaio imunoenzimático indirecto em dois passos em microplaca
que permite a detecção quantitativa dos anticorpos antimanano no soro humano.
As amostras séricas diluídas são pipetadas para poços revestidos com antigénio manano de
C.albicans purificado e incubadas. As tiras são lavadas para remover o material não ligado. É
adicionado conjugado a cada poço e incubado. Na presença de anticorpos antimanano forma-se um
complexo manano – anticorpo antimanano humano – anticorpo de cabra anti-Ig humana/peroxidase.
As tiras são lavadas para remover o material não ligado. De seguida, é adicionada a solução de
substrato que vai reagir com os complexos ligados ao poço, dando origem a uma reacção de cor azul.
A reacção enzimática é parada pela adição de ácido, o que muda a cor de azul para amarelo. As
absorvâncias (densidades ópticas) das amostras, controlos e calibradores são lidas num
espectrofotómetro a 450 e 620 nm.
1
5
REAGENTES
Platelia™ Candida Ab/Ac/Ak ref. 62799 (96 testes)
Conservar o kit a +2-8°C. Os reagentes devem encontrar-se à temperatura ambiente (+18-25°C)
antes de serem utilizados. Voltar a guardar todos os reagentes a +2-8°C, imediatamente após a sua
utilização. Guardar todas as tiras/placas não utilizadas na respectiva bolsa e selar bem. Não retirar o
exsicante. As tiras devem ser utilizadas nas 5 semanas seguintes à abertura e resselagem da bolsa.
Após diluição, a solução de lavagem de trabalho pode ser conservada durante 14 dias a +2-8°C.
Todos os outros reagentes são estáveis, após abertura, até à data de expiração. Os reagentes são
fornecidos em quantidade suficiente para efectuar 96 determinações, num máximo de 6 séries.
R1
R2
R3
Componente
Microwell
Strip
Plate
Concentrated
Washing
Solution (10x)
Negative
Control
Serum
R4
Calibrator
Serum
R5
Positive
Control
Serum
R6
Conjugate
(pronto a usar)
Conteúdo
Quantidade
- 96 poços (12 tiras com 8 poços cada) revestidos com 1 placa/
12 x 8 poços
antigénio manano de C. albicans purificado
- Tampão Tris NaCl (pH 7,4)
- Tween® 20 a 1%
- Conservante: timerosal a 0,01%
- Soro humano negativo para anticorpos antimanano
- Testado e considerado negativo para anticorpos antiVIH-1, anti-VIH-2 e anti-VHC assim como para
antigénio HBs
- Conservante: azida sódica <0,1%
- Solução contendo anticorpos antimanano humanos
preparada a partir de um soro testado e considerado
negativo para anticorpos anti-VIH-1, anti-VIH-2 e antiVHC assim como para antigénio HBs e utilizado para a
preparação
dos
calibradores
(consultar
“10.
Procedimento”)
- Conservante: azida sódica <0,1%
- Soro humano contendo anticorpos antimanano
- Testado e considerado negativo para anticorpos antiVIH-1, anti-VIH-2 e anti-VHC e antigénio HBs
- Conservante: azida sódica <0,1%
- Anticorpos de cabra anti-Ig humana marcados com
uma peroxidase
- Conservante: timerosal a 0,01%
- Conservante: timerosal a 0,01%
1 x 100 ml
1 x 0,250 ml
1 x 0,250 ml
1 x 0,250 ml
1 x 12 ml
2 x 100 ml
Sample
Diluent
(pronto a usar)
1 x 60 ml
R8
TMB
- Solução de ácido cítrico e acetato de sódio pH 5,2
Substrate
- Peróxido de hidrogénio a 0,009%
Buffer
- Dimetilsulfóxido (DMSO) a 4%
(pronto a usar)
R9
Chromogen:
- Solução de dimetilsulfóxido (DMSO) a 90% com 1 x 1 ml
TMB
tetrametilbenzidina (TMB)* a 0,6%
Solution
(concentrado)
1 x 12 ml
R10 Stopping
- Ácido sulfúrico (H2SO4) 1,5 N
Solution
(pronto a usar)
1 x 4 folhas
Plate sealers
- Películas adesivas para as microplacas
*Nota: A TMB (tetrametilbenzidina) é um cromogénio não cancerígeno e não mutagénico para a
peroxidase.
R7
2
6
ADVERTÊNCIAS PARA OS UTILIZADORES
Para utilização em diagnóstico in vitro.
Reservado a profissionais.
A utilização deste kit com amostras que não sejam de origem humana não é recomendada.
O material de origem humana utilizado na preparação dos reagentes foi testado e
considerado negativo para anticorpos anti-VIH-1, anti-VIH-2 e anti-VHC assim como para
antigénio HBs, através de testes aprovados em França. Contudo, visto nenhum método poder
dar garantia absoluta de ausência de agentes infecciosos, todos os reagentes de origem
humana, bem como as amostras dos pacientes devem ser considerados como
potencialmente infecciosos e, neste sentido, manipulados com as devidas precauções.
5. Usar vestuário de protecção e luvas descartáveis durante a manipulação dos reagentes do kit
e das amostras dos pacientes. Lavar muito bem as mãos após efectuar o teste.
6. Não pipetar com a boca.
7. Não fumar, beber ou comer nas áreas onde as amostras ou os reagentes do kit estão a ser
manipulados.
8. Evitar os salpicos de amostras ou de soluções que contenham amostras.
9. Os derrames biológicos, que não tenham ácido, devem ser cuidadosamente limpos com um
desinfectante eficaz. Os desinfectantes que podem ser utilizados incluem (entre outros) uma
solução de lixívia a 10% (solução de hipoclorito de sódio a 0,5%), etanol a 70% ou
Wescodyne™ a 0,5%. Os derrames com ácido devem ser limpos a seco ou neutralizados
com bicarbonato de sódio e só depois limpos com um dos desinfectantes químicos. Os
materiais utilizados para limpar derrames devem ser eliminados como resíduos biológicos.
CUIDADO: Não coloque soluções com lixívia na autoclave.
10. Eliminar todas as amostras e materiais utilizados para efectuar o ensaio com se tivessem um
agente infeccioso. A eliminação deve cumprir todos os requisitos aplicáveis sobre eliminação
de resíduos.
11. Alguns reagentes contêm azida sódica como conservante. A azida sódica pode formar azidas
de chumbo ou cobre nas canalizações do laboratório. Estas azidas são explosivas. Para
evitar a acumulação de azidas, deixar correr água em abundância quando eliminar soluções
com azida na banca, após a sua inactivação.
12. CUIDADO:
Ácido sulfúrico (H2SO4) 1,5 N e DMSO (dimetilsulfóxido) a 90%
R36/38: Irritante para os olhos e pele.
S2-26-30: Manter fora do alcance das crianças. Em caso de contacto com os olhos,
lavar imediata e abundantemente com água e consultar um especialista. Nunca
adicionar água a este produto.
1.
2.
3.
4.
13. Evitar o contacto do tampão do substrato, do cromogénio e da solução de paragem com os
olhos, pele e mucosas (risco de toxicidade, irritação e queimaduras).
14. A Ficha de Dados de Segurança (FDS) está disponível mediante solicitação.
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PRECAUÇÕES PARA OS UTILIZADORES
1. AMOSTRAS CONGELADAS CONSERVADAS EM CONDIÇÕES DESCONHECIDAS
PODEM FORNECER RESULTADOS FALSOS POSITIVOS DEVIDO A CONTAMINAÇÃO
COM FUNGOS E/OU BACTÉRIAS.
2. Não utilizar nenhum kit ou reagentes do kit após a expiração da data de validade.
3. Com a excepção da solução de lavagem (10x) concentrada (R2) e da solução de paragem
(R10), não misturar reagentes de kits com números de lote diferentes.
4. Deixar todos os reagentes atingirem a temperatura ambiente, pelo menos 15 minutos, antes
de os utilizar.
5. Misturar muito bem durante a reconstituição dos reagentes, tendo o cuidado de evitar as
contaminações microbianas.
6. Não realizar o teste na presença de vapores reactivos (ácidos, bases ou aldeídos) ou poeiras
que possam alterar a actividade enzimática do conjugado.
3
7. Utilizar recipientes de polipropileno limpos e descartáveis para preparar a solução de reacção
substrato-cromogénio. Se necessitar de utilizar material de vidro, este deve ser previamente
lavado com ácido clorídrico 1 N, enxaguado com água destilada e seco.
8. Para a pipetagem manual dos controlos e amostras, utilizar pontas individuais para evitar
fenómenos de carryover.
9. Para assegurar a correcta lavagem dos poços, respeitar o número de ciclos de lavagem
recomendados e garantir que todos os poços são completamente cheios e, depois,
completamente esvaziados. A lavagem não deve ser efectuada manualmente com um frasco
de esguicho.
10. Não deixar a microplaca secar entre o fim do ciclo de lavagem e a adição dos reagentes.
11. Não utilizar o mesmo recipiente para a solução de conjugado e para a solução de substrato.
12. Não permitir que a solução de conjugado ou a solução de reacção substrato-cromogénio
entrem em contacto com metais ou iões metálicos.
13. Evitar expor o cromogénio ou a solução de reacção substrato-cromogénio a luz intensa
durante a conservação ou a incubação. Não permitir o contacto das soluções de cromogénio
com agentes oxidantes.
14. Evitar o contacto da solução de paragem com agentes oxidantes. Não permitir o contacto da
solução de paragem com metais ou iões metálicos.
15. Limitar a exposição das soluções (soros, solução de tratamento, conjugado) ou de recipientes
abertos (placas, tubos, pipetas) ao ar.
16. Não deitar de novo no frasco de origem o excedente de conjugado não utilizado.
17. A solução de reacção substrato-cromogénio deve ser incolor. O aparecimento de uma cor
azul após a diluição significa que o reagente está contaminado e não deve ser utilizado.
Eliminar e preparar novo reagente.
8
PREPARAÇÃO DOS REAGENTES E CONSERVAÇÃO
Placa de tiras de micropoços (R1)
Após abertura da bolsa que contém a placa, as tiras de micropoços são estáveis durante 5 semanas,
conservadas a +2-8°C, na sua embalagem original devidamente fechada e com o respectivo
exsicante.
Solução de lavagem (R2)
Prepare apenas a quantidade de solução de lavagem de trabalho necessária, adicionando uma parte
de solução de lavagem concentrada para 9 partes de água destilada esterilizada. Prepare solução de
lavagem de trabalho em quantidade suficiente para um ensaio completo (80 ml por tira: 8 ml R2 + 72
ml água destilada).
A solução de lavagem de trabalho pode ser conservada durante 14 dias a +2-8°C. Após a sua
abertura, a solução de lavagem concentrada, conservada a +2-25°C e na ausência de contaminação,
é estável até à data de expiração indicada no rótulo.
Solução de reacção substrato-cromogénio (R8+R9)
Prepare a solução de reacção substrato-cromogénio, adicionando uma parte de cromogénio
concentrado: solução TMB, R9 para 50 partes de tampão de substrato TMB, R8. Prepare 2 ml de
solução de reacção substrato-cromogénio por tira: 40 µl de R9 + 2 ml de R8.
A solução é estável durante 6 horas, desde que seja conservada no escuro e à temperatura ambiente
(+18-25°C). Após abertura, os reagentes R8 e R9, conservados a +2-8°C e na ausência de
contaminação, são estáveis até à data de expiração indicada no rótulo.
Soro do controlo negativo (R3), calibrador (R4), soro do controlo positivo (R5), conjugado (R6),
diluente das amostras (R7) e solução de paragem (R10)
Após abertura, os reagentes R3, R4, R5, R6, R7 e R10, conservados a +2-8°C e na ausência de
contaminação, são estáveis até à data de expiração indicada nos rótulos.
4
9
COLHEITA DE AMOSTRAS
Colha as amostras de sangue de acordo com os procedimentos habituais do laboratório. O teste é
efectuado em amostras séricas colhidas para tubos sem anticoagulantes. As amostras séricas não
devem estar contaminadas com esporos de fungos e/ou bactérias. Transporte e conserve as
amostras em tubos hermeticamente fechados, longe da exposição ao ar. Após a abertura inicial, as
amostras podem ser conservadas a +2-8°C, durante 24 horas antes de serem analisadas. Para
períodos de conservação mais prolongados, congele o soro a -70°C.
As amostras séricas apenas suportam 1 ciclo de congelação/descongelação.
As amostras previamente congeladas devem ser muito bem homogeneizadas após descongelação,
antes de serem testadas.
As amostras não devem ser aquecidas.
Não foram realizados testes sobre as interferências no ensaio da albumina, bilirrubina, lípidos e
hemoglobina.
Não descomplemente os soros.
10 PROCEDIMENTO
Materiais fornecidos
Consulte a secção REAGENTES.
Materiais necessários não fornecidos
1. Água destilada ou desionizada esterilizada para a diluição da solução de lavagem
concentrada.
2. Papel absorvente.
3. Luvas descartáveis.
4. Óculos de protecção.
5. Hipoclorito de sódio (lixívia) e bicarbonato de sódio.
6. Pipetas ou multipipetas, reguláveis ou fixas, com capacidade de medição e distribuição de 2
µl, 100µl e 400 µl.
7. Tubos para a diluição das amostras séricas.
8. Agitador do tipo vortex.
9. Incubadora de microplacas a 37 ± 1°C.
10. Sistema de lavagem de microplacas automático ou semiautomático.
11. Leitor de microplacas equipado com filtros de 450 nm e 620 nm.
12. Recipiente para resíduos contaminados.
Comentários sobre o procedimento
Os controlos negativo, positivo e os calibradores devem ser processados em todos os ensaios para
validar os respectivos resultados.
Preparação dos calibradores
As concentrações dos anticorpos antimanano são expressas em UA/ml (Unidades Arbitrárias/ml):
• Calibrador de 20 UA/ml: diluição 1/441 do soro do calibrador R4 com diluente das amostras R7:
duas diluições 1/21 sucessivas (40 µl R4 + 800 µl R7).
• Calibrador de 10 UA/ml: diluição 1/2 do calibrador de 20 UA/ml com diluente das amostras R7
(200 µl R4 + 200 µl R7).
• Calibrador de 5 UA/ml: diluição 1/4 do calibrador de 20 UA/ml com diluente das amostras R7 (100
µl R4 + 300 µl R7).
• Calibrador de 2,5 UA/ml: diluição 1/8 do calibrador de 20 UA/ml com diluente das amostras R7
(50 µl R4 + 350 µl R7).
Preparação das amostras e dos soros de controlo
• duas diluições 1/81 sucessivas (10 µl de soro + 800 µl R7).
5
Procedimento EIA (imunoenzimático)
Cumpra rigorosamente o protocolo proposto.
Cumpra as Boas Práticas Laboratoriais.
1. Deixe todos os reagentes atingirem a temperatura ambiente durante, pelo menos, 15 minutos
antes de os utilizar.
2. Prepare a solução de lavagem de trabalho, a solução de reacção substrato-cromogénio, as
amostras, os controlos negativo e positivo e os calibradores.
3. Prepare um esquema para identificação das amostras, soros dos controlos e calibradores na
microplaca.
Os controlos e os calibradores (2,5, 5, 10 e 20 UA/ml) podem ser distribuídos de acordo com o
seguinte plano:
- A1: Soro de controlo negativo (R3)
- B1: Calibrador de 2,5 UA/ml
- C1: Calibrador de 5 UA/ml
- D1: Calibrador de 10 UA/ml
- E1: Calibrador de 20 UA/ml
- F1: Soro de controlo positivo (R5)
- G1: Soro de controlo positivo (R5)
4. Retire o suporte da placa e as tiras de micropoços (R1) da respectiva bolsa. Volte a guardar as
tiras não utilizadas dentro da bolsa com exsicante e feche-a bem.
5. Pipete 100 µl de amostra diluída por poço, incluindo os controlos e os calibradores.
6. Cubra a microplaca com película adesiva ou por outro meio que evite a evaporação, certificandose de que toda a superfície está coberta e estanque.
7. Incube a microplaca numa incubadora de microplacas seca durante 60 ± 5 minutos a 37°C
(± 1°C).
8. Retire a película adesiva da placa. Aspire o conteúdo de todos os poços para um recipiente de
resíduos (contendo hipoclorito de sódio). Lave a placa 4 vezes. Após a última lavagem, inverta a
microplaca e bata-a suavemente sobre papel absorvente para eliminar a totalidade do líquido.
9. Homogeneíze o conteúdo do frasco de conjugado (R6) por inversão, antes de utilizar.
10. Adicione 100 µl de conjugado (R6) a cada poço.
11. Cubra a microplaca com película adesiva ou por outro meio que evite a evaporação, certificandose de que toda a superfície está coberta e estanque.
12. Incube a microplaca numa incubadora de microplacas seca durante 60 ± 5 minutos a 37°C
(± 1°C).
13. Retire a película adesiva da placa. Aspire o conteúdo de todos os poços para um recipiente de
resíduos (contendo hipoclorito de sódio). Lave a placa 4 vezes. Após a última lavagem, inverta a
microplaca e bata-a suavemente sobre papel absorvente para eliminar a totalidade do líquido.
14. Distribua rapidamente 200 µl de solução de reacção substrato-cromogénio (R8 + R9) por cada
poço, ao abrigo da luz forte.
15. Incube a microplaca no escuro e à temperatura ambiente (+18-25°C) durante 30 ± 5 minutos. Não
utilize película adesiva durante esta incubação.
16. Adicione 100 µl de solução de paragem (R10) a cada poço, pela mesma sequência de
distribuição da solução de reacção substrato-cromogénio. Misture bem.
17. Limpe muito bem o fundo das placas.
18. Leia a densidade óptica de cada poço a 450 nm (filtro de referência de 620 nm). As microplacas
devem ser lidas nos 30 minutos seguintes à adição da solução de paragem.
11 CONTROLO DE QUALIDADE (CRITÉRIOS DE VALIDADE)
Devem ser cumpridos os seguintes critérios para validar o ensaio:
• Valores da densidade óptica:
0,400 < DO do calibrador de 5 UA/ml < 1,200
6
•
Razões:
DO (calibrador de 20 UA/ml)/DO (calibrador de 5 UA/ml) > 2
DO (calibrador de 10 UA/ml)/DO (calibrador de 5 UA/ml) > 1,4
DO (calibrador de 2,5 UA/ml)/DO (calibrador de 5 UA/ml) < 0,8
•
Concentração dos anticorpos antimanano:
Concentração de R3: < 2,5 UA/ml.
Concentração de R5: igual à concentração indicada no frasco ± 2,5 UA/ml.
12
INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
Construção da curva de calibração
A curva de calibração é traçada com 4 calibradores: 2,5, 5, 10 e 20 UA/ml, preparados a partir do soro
do calibrador R4. Os controlos positivo (R5) e negativo (R3) não são incluídos na curva.
Para obter a máxima precisão, trace uma curva sigmóide com extrapolação, colocando a
concentração em UA/ml no eixo x (escala logarítmica) e a densidade óptica no eixo y (escala linear).
Caso o leitor de placas não permita este tipo de representação gráfica, desenhe uma curva unindo os
vários calibradores.
Determinação da concentração (UA/ml) de anticorpos antimanano nas amostras
A curva de calibração pode ser utilizada para determinar a concentração de anticorpos antimanano,
expressa em UA/ml, de cada amostra.
Interpretação dos resultados
• Os soros com concentração de anticorpos antimanano inferior a 5 UA/ml (C < 5) são
considerados “negativos” quanto à presença de anticorpos antimanano.
• Os soros com concentração de anticorpos antimanano compreendida entre 5 e 10 UA/ml (5
≤ C < 10) são considerados “intermédios” quanto à presença de anticorpos antimanano.
• Os soros com concentração de anticorpos antimanano superior ou igual a 10 UA/ml (C ≥ 10)
são considerados “positivos” quanto à presença de anticorpos antimanano.
• Os calibradores utilizados para traçar a curva de calibração não permitem uma determinação
precisa das concentrações superiores a 20 UA/ml. O teste deve ser repetido após uma diluição
para 1/4 do soro com diluente da amostra (R7), antes de efectuar a diluição indicada nas
instruções (consultar “10. Procedimento”), de modo a obter uma determinação mais precisa da
concentração dos soros fortemente positivos: o valor da concentração obtida neste teste deve ser
multiplicado por 4.
A determinação do nível sérico de anticorpos antimanano é um elemento importante para definir o
estado imunitário do paciente quanto a Candida. Os anticorpos antimanano reflectem a presença no
hospedeiro de leveduras pertencentes ao género Candida e devem ser interpretados como um factor
de risco adicional para candidíases invasivas em pacientes já em alto risco5, 13. A súbita variação dos
níveis de anticorpos pode constituir um sinal de evolução para uma infecção activa: esta constatação
deve ser interpretada no contexto dos dados clínicos do paciente.
Para o diagnóstico das candidíases invasivas, a monitorização dos níveis de anticorpos deve ser
conjugada com a determinação dos níveis de antigénio manano circulante.
A monitorização serológica regular é mais elucidativa do que o resultado de um único teste isolado e
permite a vigilância dos pacientes de alto risco7, 12.
Recomenda-se o rastreio regular dos pacientes de alto risco para aumentar a sensibilidade e a
positividade precoce do teste.
13
LIMITAÇÕES DO PROCEDIMENTO
1. Um resultado negativo não permite excluir um diagnóstico de candidíase invasiva. É
difícil interpretar a ausência de anticorpos em pacientes com um sistema imunitário
comprometido.
7
2. Um resultado negativo para anticorpos antimanano deve igualmente ser interpretado em
conjunto com os resultados dos testes de antigénio manano: mesmo em caso de candidíase
invasiva, o antigénio é mais difícil de detectar em pacientes com resultados positivos para
anticorpos antimanano (consultar o Capítulo “14. Características de desempenho
específicas”).
3. O procedimento Platelia™ Candida Ab/Ac/Ak e a interpretação dos resultados devem ser
respeitados durante o ensaio das amostras quanto à presença de anticorpos antimanano.
Aconselha-se os utilizadores do kit a lerem cuidadosamente a respectiva bula, antes de
efectuarem o teste. Em especial, o procedimento deve ser rigorosamente seguido quanto à
pipetagem das amostras e reagentes, lavagem das placas e tempos de incubação.
4. O não cumprimento das instruções do procedimento quanto à distribuição das amostras ou
reagentes pode originar resultados falsos negativos. A repetição do teste com novas
amostras deve ser considerada quando há um erro de procedimento.
5. A contaminação de poços com amostras negativas por poços de amostras/controlos positivos
é possível caso o conteúdo de um poço salpique outro poço devido a manipulação violenta da
microplaca ou fraca técnica de pipetagem, durante a distribuição dos reagentes.
14
CARACTERÍSTICAS DE DESEMPENHO ESPECÍFICAS
14.1 Estudos de reprodutibilidade
Os coeficientes de variação calculados a partir dos estudos intra-ensaio (trinta replicados) e interensaio (durante 5 dias) confirmam a boa reprodutibilidade do teste (coeficientes de variação (UA/ml) <
10% para amostras positivas nos estudos intra-ensaio e coeficientes de variação < 17,5% para
amostras positivas nos estudos inter-ensaio).
• Variabilidade intra-ensaio:
Quatro soros (um negativo, dois intermédios com concentrações de 8,5 UA/ml e 9,7 UA/ml e um
positivo com concentração de 14,4 UA/ml) foram testados em trinta replicados. Os coeficientes de
variação obtidos foram de 3,6%, 4,8%, 6,9% e 5,4%, respectivamente.
• Variabilidade inter-ensaio:
Quatro soros negativos, um intermédio e dois soros positivos foram testados em cinco séries
realizadas em dias diferentes. Os coeficientes de variação foram <17,5% para as concentrações dos
soros positivos e intermédio.
14.2 Estudos clínicos
ESPECIFICIDADE
Os estudos clínicos para avaliar a especificidade do teste Platelia™ Candida Ab/Ac/Ak foram
realizados com amostras séricas de 700 pacientes hospitalizados. Demonstraram uma correlação de
83% (coeficiente de Spearman) com a detecção de anticorpos por imunofluorescência10.
Os resultados obtidos em diferentes populações estão resumidos na tabela seguinte.
Concentrações de anticorpos antimanano obtidas com o Platelia™ Candida Ab/Ac/Ak em várias
populações de pacientes testadas:
Concentração (UA/ml)
Número de
Categoria dos
C < 2,5
2,5 ≤ C < 5
5 ≤ C < 10
10 ≤ C < 20
C ≥ 20
pacientes
pacientes
(n.º de soros)
Não
173 (173)
82,1% (142)
11% (19)
4,6% (8)
1,7% (3)
0,6% (1)
categorizados
Hospitalizados
, não
33 (62)
84,9% (28)
9,1% (3)
3,0% (1)
3,0% (1)
colonizados
Hospitalizados
102 (221)
20,6% (21)
11,8% (12)
31,4% (32)
22,5% (23)
13,7% (14)
colonizados
com Candida:
Candidíase
117 (384)
25,6% (30)
8,5% (10)
20,5% (24)
16,2% (19)
29,2% (34)
invasiva
8
SENSIBILIDADE
Os estudos clínicos para avaliar a sensibilidade do teste Platelia™ Candida Ab/Ac/Ak foram
realizados em quatro hospitais universitários, em França. O estudo foi efectuado retrospectivamente
utilizando um total de 377 amostras séricas colhidas de 117 pacientes, de diferentes serviços
hospitalares: cirurgia, hematologia, cuidados intensivos, unidade de queimados, etc.
As leveduras Candida foram isoladas de culturas sanguíneas ou de amostras profundas destes
pacientes6,9,10.
Nesta população de pacientes, a sensibilidade geral do teste Platelia™ Candida Ab/Ac/Ak foi de 60%
(excluindo soros com concentração de anticorpos antimanano compreendida entre 5 e 10 UA/ml que
foram considerados intermédios quanto à presença dos referidos anticorpos: 16% dos pacientes).
Dependendo das espécies de Candida isoladas, a sensibilidade varia de acordo com a tabela
seguinte:
Espécie de Candida
isolada
Número de pacientes
(n.º de soros)
Sensibilidade
C ≥ 10
C. tropicalis
10 (72)
66,7 %
C ≥ 10 e
5 ≤ C < 10
76,7 %
C. glabrata
C. albicans
C. kefyr
C. parapsilosis
C. krusei
12 (31)
75 (219)
2 (5)
10 (29)
8 (21)
30,0 %
71,0 %
50,0 %
25,0 %
42,9 %
46,7 %
88,3 %
50,0 %
45,0 %
62,9 %
Estes estudos clínicos também demonstraram o valor da combinação da detecção dos anticorpos
antimanano com Platelia™ Candida Ab/Ac/Ak com a detecção do antigénio manano com Platelia™
Candida Ag.
A detecção serológica combinada do antigénio manano com a de anticorpos antimanano em 106
pacientes com candidíase invasiva9, 10 demonstra uma sensibilidade de 84,8% (excluindo os 6,6% de
pacientes com uma concentração intermédia).
Não só estes dois testes demonstraram serem complementares para a população de alto risco, como
o balanço de positividade de ambos também pode ser observado no mesmo paciente durante o
mesmo episódio de infecção por Candida, possivelmente correlacionado com o prognóstico da
infecção14.
15 CONTROLO DE QUALIDADE DO FABRICANTE
Todos os reagentes fabricados são preparados de acordo com o nosso sistema de qualidade, desde
a recepção da matéria-prima até à comercialização do produto final.
Cada lote é submetido a testes de controlo de qualidade e só é introduzido no mercado quando
estiver em conformidade com os critérios de aceitação predefinidos.
Os registos de produção e de controlo de cada lote são mantidos no seio da Bio-Rad.
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