II RESUMOS 2013 - Epagri - Governo do Estado de Santa Catarina
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II RESUMOS 2013 - Epagri - Governo do Estado de Santa Catarina
ISSN 2175-1889 ANAIS Vol. II – Resumos XIII Enfrute Levando conhecimento e tecnologia para a fruticultura Encontro Nacional sobre Fruticultura de Clima Temperado De 23 a 25/07/2013 Fraiburgo, SC Governo do Estado de Santa Catarina Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina Exemplares desta publicação poderão ser solicitados a: Epagri / Estação Experimental de Caçador. CP 591. 89500-000 Caçador, SC Fone (049) 3561-2000 e-mail: [email protected] Tiragem: 1000 exemplares Impressão: ArtGrafica Desing & Impressos Editoração: Marcelo Couto Direção de Arte: Diego A.S. de Moraes - ArtGraf Apoio Editorial: Marise Vieceli A responsabilidade do editor limita-se a adequação dos trabalhos às normas editoriais estabelecidas. A ortografia, a correção gramatical e o conteúdo dos trabalhos aqui publicados são de responsabilidade exclusiva dos autores. ENCONTRO NACIONAL SOBRE FRUTICULTURA DE CLIMA TEMPERADO, 13, 2013, Fraiburgo, SC. Anais... Caçador: Epagri, vol 2 (trabalhos), 2013. 224p. Fruticultura; Clima Temperado; Enfrute II Comissão Organizadora Gabriel Berenhauser Leite – Epagri José Luiz Petri – Epagri Marise Vieceli – Epagri Marcelo Couto – Epagri Ilze Chiarello – Uniarp Tadeu Joaquim Borges – Prefeitura Municipal de Fraiburgo III Promoção: Epagri, Uniarp, Embrapa (Uva e Vinho/Clima Temperado), Prefeitura Municipal de Fraiburgo, Secretaria de Estado da Agricultura e Pesca. IV SUMÁRIO DESCRIÇÃO CLIMÁTICA DE SÃO JOAQUIM/SC: REGIÃO PROMISSORA PARA VINHEDOS DE ALTITUDE ......................................................................................................... 1 Claudia G. Camargo Campos; Hamilton J. Vieira; Aparecido Lima da Silva ................................ 1 ANÁLISE TEMPORAL E ESPACIAL DO ACÚMULO DE FRIO NA REGIÃO SUDOESTE DO PARANÁ .................................................................................................................................. 2 Gustavo Malagi, Idemir Citadin; Marcos Robson Sachet ............................................................... 2 COMPARAÇÃO DE MÉTODOS DE EXTRAÇÃO DE PIGMENTOS FOTOSSINTÉTICOS EM ROSÁCEAS ............................................................................................................................. 3 Bianca Schveitzer; Carlos Davi Santos e Silva; José Luiz Petri; Marcelo Couto; Gabriel Berenhauser Leite; Valmor João Bianchi ........................................................................................ 3 DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE POLIFENÓIS TOTAIS PRESENTES NO EPICARPO DOS FRUTOS DE FEIJOA (Acca sellowiana), ATRAVÉS DE ESPECTROFOTOMETRIA .... 4 João Felippeto; Hellen Aparecida Arantes dos Santos; Jaqueline Gerber; Rubens Onofre Nodari 4 CARACTERIZAÇÃO BIOQUÍMICA DE FRUTOS DE AMEIXA DA MATA (Eugenia candolleana DC) ............................................................................................................................. 5 Juliana Cristina Radaelli; Marciéli da Silva; Américo Wagner Júnior; Idemir Citadin; Sérgio Miguel Mazaro ................................................................................................................................ 5 ESTABELECIMENTO E CONSERVAÇÃO in vitro ATRAVÉS DE UNIDADES ENCAPSULÁVEIS DE GERMOPLASMA DE VIDEIRA ........................................................... 6 Cintia Lucia Furlan; João Peterson Pereira Gardin ......................................................................... 6 DESINFESTAÇÃO DE BUTIAZEIRO PARA CULTIVO in vitro .............................................. 7 Daiane Peixoto Vargas; Igor Cavalcante de Albuquerque; Leonardo Ferreira Dutra; Raquel Rosa da Costa; Rosa Lia Barbieri; Rodrigo Frazon; Juliano dos Santos ................................................. 7 ESTABELECIMENTO in vitro DE CAMPOMANESIA ADAMANTIUM A PARTIR DE RAMOS VEGETATIVOS ESTERILIZADOS SUPERFICIALMENTE COM CLORETO DE MERCÚRIO .................................................................................................................................... 8 Daniele Zulin; Thalita Martinhão de Sousa Azambuja; Cristiane Almiron Batista de Freitas; Cláudia Roberta Damiani ................................................................................................................ 8 MEIOS DE CULTURA E DOSES DE CITOCININA NO CULTIVO in vitro DE PESSEGUEIRO .............................................................................................................................. 9 Gener Augusto Penso; Idemir Citadin; Marcos Robson Sachet; Rodrigo Tonet; Cleverson Brunetto ........................................................................................................................................... 9 V ESPECTROS DE LUZ COMO DETERMINANTE NO ENRAIZAMENTO DE FRAMBOESEIRA MICROPROPAGADA ................................................................................. 10 Priscila Alvariza Amaral; Diego Weber; Gustavo Malagi; Otaviano Maciel Carvalho Silva; Caroline Moreira Rodrigues; Thaís Santos Lima; Marcos Antônio Giovanaz, Ana Paula Fernandes de Lima, Márcia Wulff Schuch.................................................................................... 10 TROCAS GASOSAS DE MUDAS DE MIRTILEIRO ‘BLUEGEM’ TRATADAS COM ÁCIDO SALICÍLICO ................................................................................................................... 11 Ana Carla Castanha; Caroline Farias Barreto; Pâmela Carvalho de Lima; Renan Ricardo Zandoná; Francisco de Assis Pujol Goulart; Lília Sichmann Heiffig-del Aguila; Doralice Lobato de Oliveira Fischer; Elizete Beatriz Radmann; Juan Saavedra del Aguila ................................... 11 DETETERMINAÇÃO DO PLASTOCRONO EM VIDEIRA ‘CHARDONNAY’..................... 12 André Ricardo Zeist; Tiago Camponogara Tomazetti; Márcia Denise Rossarolla; Cleber Maus Alberto; Clevison Luiz Giacobbo; Leocir José Welter ................................................................. 12 TROCAS GASOSAS EM PLANTAS DE MACIEIRA SUBMETIDAS À APLICAÇÃO DE REDUTORES DE CRESCIMENTO ............................................................................................ 13 Carlos Davi Santos e Silva; Valmor João Bianchi; José Luiz Petri; Marcelo Couto; Gabriel Berenhauser Leite .......................................................................................................................... 13 FOTOSSÍNTESE, TRANSPIRAÇÃO E CONDUTÂNCIA ESTOMÁTICA DE MUDAS DE MIRTILEIRO ‘WOODARD’ TRATADAS COM SILICATO DE CÁLCIO OU ÁCIDO SALICÍLICO ................................................................................................................................. 14 Francisco de Assis Pujol Goulart; Caroline Farias Barreto; Pâmela Carvalho de Lima; Lucas da Cruz dos Santos; Lília Sichmann Heiffig-del Aguila; Doralice Lobato de Oliveira Fischer; Elizete Beatriz Radmann; Juan Saavedra del Aguila .................................................................... 14 TROCAS GASOSAS E CONDUTÂNCIA ESTOMÁTICA DE VIDEIRA ‘NIÁGARA ROSADA’ NO PRIMEIRO ANO DE DESENVOLVIMENTO EM CAMPO DEFINITIVO NA REGIÃO DE MAÇAMBARA-RS................................................................................................ 15 Juan Saavedra del Aguila; Clediso Lago ; Alex Zanella; Pâmela Carvalho de Lima; Gabriel Brum Accorsi; Lília Sichmann Heiffig-del Aguila; Elizete Beatriz Radmann ....................................... 15 SOMA TÉRMICA PARA DESENVOLVIMENTO DA CULTIVAR DE VIDEIRA ‘MERLOT’ OBTIDA POR DIFERENTES MÉTODOS .................................................................................. 16 Márcia Denise Rossarolla, Tiago Camponogara Tomazetti, André Ricardo Zeist, Clevison Luiz Giacobbo, Leocir José Welter, Cleber Maus Alberto ................................................................... 16 FOTOSSÍNTESES, TRANSPIRAÇÃO E CONDUTÂNCIA ESTOMÂTICA DE MUDAS DE ARAÇAZEIRO AMARELO APÓS APLICAÇÃO FOLIAR DE SILICATO DE CÁLCIO ...... 17 VI Pâmela Carvalho de Lima; Caroline Farias Barreto; Gabriel Brum Accorsi; Aline de Melo Monteiro; Renan Ricardo Zandoná; Lília Sichmann Heiffig-del Aguila; Doralice Lobato de Oliveira Fischer; Elizete Beatriz Radmann; Juan Saavedra del Aguila ........................................ 17 CARACTERIZAÇÃO DA MATURAÇÃO TECNOLÓGICA DE UVAS DOS CVS. CABERNET SAUVIGNON E MERLOT EM SÃO JOAQUIM, SC .......................................... 18 Jaqueline Muniz Gerber; João Felippeto; Hellen Arantes ............................................................ 18 CARACTERIZAÇÃO DOS TEORES DE ANTOCIANINAS DE VARIEDADES DE UVAS VINÍFIERAS AUTÓCTONES ITALIANAS EM SÃO JOAQUIM/SC ...................................... 19 Jaqueline Nogueira Muniz; Alberto Fontanella Brighenti; Luciane Isabel Malinovski; Gabriella Vanderlinde; Suzeli Simon; Emilio Brighenti; Aparecido Lima da Silva .................................... 19 DESEMPENHO VITÍCOLA DA VARIEDADE MERLOT (Vitis Vinifera L.) CULTIVADA EM DIFERENTES REGIÕES DE ALTITUDE ELEVADA DE SANTA CATARINA ............. 20 Suzeli Simon; Alberto Fontanella Brighenti; Gabriella Vanderlinde; Bruno Munhoz; Tiago Ribeiro; Juliana Fátima Welter; Aparecido Lima da Silva ........................................................... 20 AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DO FEGATEX NO CONTROLE DA SARNA DA MACIEIRA (Venturia inaequalis Cke. Wint), CV. GALA. SÃO JOAQUIM, SC. CICLO 2012/13 .......................................................................................................................................... 21 Adriano Alves Pimenta; José Itamar da Silva Boneti; Yoshinori Katsurayama ........................... 21 INIBIÇÃO DO CRESCIMENTO in vitro DE Marssonina mali SOB EFEITO DE DIFERENTES FUNGICIDAS ...................................................................................................... 22 Alana Karine Baldicera; Walter Ferreira Becker; João Peterson Pereira Gardin ......................... 22 MONITORAMENTO POPULACIONAL DE MOSCAS-DAS-FRUTAS (Anastrepha fraterculus) EM POMAR DE PESSEGUEIROS CV. CORAL EM VERANÓPOLIS-RS ......... 23 Amanda Heemann Junges, Rafael Anzanello, Ivone Deconto Furlan, Cláudia Martellet Fogaça 23 ATRATIVOS ALIMENTARES PARA O MONITORAMENTO DE ADULTOS DA MOSCADAS-FRUTAS SUL-AMERICANA NA CULTURA DA AMEIXEIRA ................................... 24 Cristiano João Arioli; Ruben Machota Junior; Marcos Botton; Vicente de Paula Morais de Oliveira; Jonas Luiz Trombetta ..................................................................................................... 24 LEVANTAMENTO DE MOSCA-DAS-FRUTAS DO GÊNERO Anastrepha EM HOSPEDEIROS NATIVOS E COMERCIAIS EM POMARES DE PORTO AMAZONAS, PARANÁ ...................................................................................................................................... 25 Débora Gabardo; José Antonio da Silva Tomba; Waleria Pacheco; Edson Chappuis; Lino Bittencourt Monteiro ..................................................................................................................... 25 VII MANCHA DE MICOSFERELA E IMPACTO DA PODA SANITÁRIA EM CULTIVARES DE MORANGUEIRO DE DIAS NEUTROS EM PRODUÇÃO ORGÂNICA ................................. 26 Eduardo Cesar Brugnara; Mauro Porto Colli; Janice Valmorbida; Tatiana da Silva Duarte ........ 26 AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DO CONTROLE QUÍMICO DA ANTRACNOSE EM CAQUI .......................................................................................................................................... 27 Eliane Rute de Andrade; Edegar Luiz Peruzzo; Edson Luiz Souza .............................................. 27 EFEITO DE FERTILIZANTES FOLIARES SOBRE DIFERENTES ESTÁGIOS DE VIDA DO ÁCARO RAJADO Tetranychus urticae (KOCH, 1836) (ACARI: TETRANYCHIDAE) EM MORANGUEIRO ......................................................................................................................... 28 Elisângela Caroline Weber Galzer; Milena Zanella Pimentel; Marcos Botton ............................ 28 AVALIAÇÃO DE ATRATIVOS ALIMENTARES NO MONITORAMENTO DE Anastrepha fraterculus (DIPTERA: TEPHRITIDAE) EM MARACUJAZEIRO ........................................... 29 Fabíola Mendes Martins; Patrícia Menegaz de Farias; Celso Lopes de Albuquerque Junior; Rafael Borges ................................................................................................................................ 29 EFEITO DE PRÁTICAS AGRÍCOLAS NO CONTROLE DA PÉROLA-DA-TERRA (Eurhizococcus brasiliensis) (HEMIPTERA; MARGARODIDAE), EM PARREIRAS ............. 30 Ildelbrando Nora; Edegar Luiz Peruzzo; Ivan Dagoberto Faoro .................................................. 30 FLUTUAÇÃO POPULACIONAL DE Dione juno juno (LEP. HELICONIIDAE) NAFASE DE IMPLANTAÇÃO A FRUTIFICAÇÃO DE POMAR DE MARACUJÁ AZEDO ...................... 31 Joana Abreu Silveira; Mylena de Medeiros; Patrícia Menegaz de Farias; Celso Lopes Albuquerque Júnior ....................................................................................................................... 31 INFORMAÇÕES SOBRE O EMPREGO DE ISCAS TÓXICAS PARA A SUPRESSÃO POPULACIONAL DA MOSCA-DAS-FRUTAS SULAMERICANA Anastrepha fraterculus NA CULTURA DA MACIEIRA .................................................................................................. 32 Joatan Machado da Rosa; Marcelo Zanelato Nunes; Cristiano João Arioli; Marcos Botton ........ 32 LEVANTAMENTO DE ESPÉCIES DO GÊNERO Anastrepha (DIPTERA: TEPHRITIDAE) EM POMARES COMERCIAIS DE MACIEIRA NO MUNICÍPIO DE FRAIBURGO, SC ...... 33 José Antonio da Silva Tomba; Lino Bitencourt Monteiro ............................................................ 33 SOMA TERMICA DIÁRIA COMO FERRAMENTA PARA O CONTROLE DA SARNA DA MACIEIRA (Venturia inaequalis CKE. WINT) COM USO DE FUNGICIDAS PROTETORES ....................................................................................................................................................... 34 José Itamar da Silva Boneti; Yoshinori Katsurayama ................................................................... 34 INVENTARIAMENTO DA ENTOMOFAUNA PRESENTE EM POMAR DE MARACUJÁ DOCE CONSORCIADO NATIVO .............................................................................................. 35 VIII Júlia Angelo de Resenes; Patrícia Menegaz de Farias; Celso Lopes de Albuquerque Júnior ...... 35 AVALIAÇÃO DE ATRATIVOS ALIMENTARES PARA O MONITORAMENTO DE ADULTOS DA MOSCA-DAS-FRUTAS SUL-AMERICANA NA CULTURA DO PESSEGUEIRO ............................................................................................................................ 36 Lígia Caroline Bortoli, Flávio Roberto Mello Garcia, Ruben Machota Junior, Marcos Botton ... 36 AVALIAÇÃO DO FEROMÔNIO DE CONFUSÃO SEXUAL CETRO NO CONTROLE DE Grapholita molesta NA CULTURA DA MACIEIRA ................................................................. 37 Luiz Gonzaga Ribeiro ................................................................................................................... 37 AÇÃO DE INSETICIDA REGULADOR DE CRESCIMENTO SOBRE OVOS DE Grapholita molesta (LEPIDOPTERA: TORTRICIDAE) ............................................................................... 38 Marcel Diniz Klemba; Anderson Elirio Zanatta; Rosangela Teixeira; Lino Bittencourt Monteiro ....................................................................................................................................................... 38 AVALIAÇÃO DE ATRATIVOS ALIMENTARES PARA O MONITORAMENTO DE ADULTOS DA MOSCA-DAS-FRUTAS SUL-AMERICANA NA CULTURA DA MACIEIRA ....................................................................................................................................................... 39 Marcos Botton1; Luiz Gonzaga Ribeiro; Cláudio Roberto Franco; Flávio Roberto Mello Garcia; Ruben Machota Junior; Lígia Caroline Bortoli; Sabrina Cristina Corrêa; Samanta Souza Restelatto; Rafaela Alves dos Santos Peron .................................................................................. 39 CONTROLE DE MANCHA DAS FOLHAS (Mycosphaerella personata) EM VIDEIRAS AMERICANAS (Vitis labrusca) ATRAVÉS DE FUNGICIDAS ............................................... 40 Maurício Santini; Murilo Cesar dos Santos .................................................................................. 40 MARACUJÁ DOCE COMO HOSPEDEIRO DE Aulacophora indica (Gmelin, 1790) E Podagrica fuscicornis (Linnaeus, 1767) (COLEOPTERA: CHRYSOMELIDAE) ..................... 41 Patrícia Menegaz de Farias; Júlia Angelo de Resenes; Celso Lopes de Albuquerque Junior ...... 41 AMBIENTE PROTEGIDO COM TELA SOMBRITE COMO ALTERNATIVA PARA CONTROLE DE MOSCA–DAS-FRUTAS (Anastrepha fraterculus) EM AMEIXEIRAS DA CULTIVAR FORTUNE ............................................................................................................... 42 Rafael Anzanello; Amanda Heemann Junges; Cláudia Martellet Fogaça; Ivone Deconto Furlan42 VALIDAÇÃO DE UM MODELO DE PREVISÃO PARA FULIGEM E SUJEIRA DE MOSCA EM MAÇÃS EM FRAIBURGO-SC ............................................................................................ 43 Roberta Duarte Ávila Vieira; Rosa Maria Valdebenito-Sanhueza; Fabiane dos Santos; Cassiano Augusto Araújo; Silvino Munaretto .............................................................................................. 43 PERFIL FITOSSANITÁRIO DE POMARES DE MACIEIRA NO SUL DO BRASIL ............. 44 Rosangela Teixeira e Lino Bittencourt Monteiro .......................................................................... 44 IX AVALIAÇÃO DE ARMADILHAS ISCADAS COM O ATRATIVO ALIMENTAR CERATRAP® PARA A CAPTURA MASSAL DA MOSCA-DAS-FRUTAS SUL- AMERICANA NA CULTURA DA VIDEIRA ............................................................................ 45 Ruben Machota Junior; Lígia Caroline Bortoli; Marcos Botton; Alci Enimar Loeck .................. 45 SUSCETIBILIDADE DE CULTIVARES DE UVA A Anastrepha fraterculus (WIEDMANN, 1830) (DIPTERA: TEPHRITIDAE) ............................................................................................. 46 Sabrina Cristina Correa; Cláudio Roberto Franco; Mari Inês Carissimi Boff; Rafael Luis Philippus; Jéssica Manfroi; Samanta Souza Restelatto; Rafaela Alves dos Santos Peron............ 46 SEGUNDO ANO DE AVALIAÇÃO DO REGIME DE CHUVA ASSOCIADO ÀS DIFERENTES ÉPOCAS DE SUSCETIBILIDADE DA MACIEIRA PARA CONTROLE DA DOENÇA “OLHO DE BOI” ........................................................................................................ 47 Samuel William Oliveira da Silva; Murilo Cesar dos Santos ....................................................... 47 FLUTUAÇÃO POPULACIONAL DE ANASTREPHA (DIPTERA: TEPHRITIDAE) EM POMARES DE FRUTÍFERA EM PORTO AMAZONAS, PR ................................................... 48 Waléria Cristiane Pacheco; Débora Gabardo Rigonni; Ester Foelkel; Lino Bitencourt Monteiro48 VIABILIDADE DE UM SISTEMA DE ALERTA PARA A MANCHA-FOLIAR-DA-GALA 49 Walter Ferreira Becker .................................................................................................................. 49 IMPLANTAÇÃO PELA EPAGRI DO AGROALERTAS, SISTEMA ON LINE DE PREVISÃO DA SARNA E MANCHA DA GALA DA MACIEIRA NO SUL DO BRASIL......................... 50 Yoshinori Katsurayama; José Itamar da Silva Boneti1; Hamilton Justino Vieira; Joelma Miszinski ....................................................................................................................................... 50 COMPRIMENTO E LARGURA DE FOLHA DE MACIEIRA ‘MAXIGALA’ EM DIFERENTES SISTEMAS DE CONDUÇÃO............................................................................. 51 Ana Paula Fernandes de Lima; Andrey Grazziotin Turmina; Andrea De Rossi Rufato; Leo Rufato; Marcos Antônio Giovanaz ............................................................................................... 51 PRODUÇÃO DE CULTIVARES DE MORANGUEIRO EM DIFERENTES TIPOS DE MULCHING .................................................................................................................................. 52 Anderson Santin; Fabíola Villa; André Luiz Piva; Éder Junior Mezzalira ................................... 52 MANEJO DA ÉPOCA DE PODA SOBRE A PRODUÇÃO DE MIRTILO ............................... 53 André Luiz Radünz; Daiane Pinheiro Kröning; Lucas Celestino Scheunemann; Carlos Gustavo Raasch; Gabriele Espinel Ávila; Flavio Gilberto Herter ............................................................... 53 PRODUTIVIDADE E CARACTERÍSTICAS FÍSICA DE FRUTOS DE MACIEIRA COM APLICAÇÃO DE EXTRATO DE ALGA E FERTILIZANTE ORGÂNICO ............................. 54 X Andrey Grazziotin Turmina; Ana Paula Fernandes de Lima; Antonio Felippe Fagherazzi; André Emmel Mario; Andrea De Rossi Rufato; Leo Rufato ................................................................... 54 DESEMPENHO DE MUDAS NACIONAIS E IMPORTADAS PARA O CULTIVO DO MORANGUEIRO ‘ALBION’ ...................................................................................................... 55 Antonio Felippe Fagherazzi; Ramon Voss; Paulo Mudrei; Deivid Silva de Souza; Aike Anneliese Kretzschmar; Leo Rufato ............................................................................................. 55 DESEMPENHO PRODUTIVO E QUALITATIVO DE NOVAS CULTIVARES DE MORANGUEIRO NO PLANALTO CATARINENSE ............................................................... 56 Anyela Mayerly Rojas Molina; Antonio Felippe Fagherazzi; Marcus Outemane; José Roberto Rodrigues; Aike Anneliese Kretzschmar; Leo Rufato .................................................................. 56 INDUÇÃO DO BROTAMENTO DE GEMAS DE VIDEIRA CV. CARMEM ......................... 57 Beatriz da Silva Vanolli; Leticia Svich; José Gabriel Perez Marques; Anderson Hideo Yokoyama; Arthur Sguario Ribeiro; Ires Cristina Ribeiro Oliari; Juçara Elza Hennerich; Alessandro Jefferson Sato; Renato Vasconcelos Botelho ............................................................. 57 CONTROLE DO VIGOR DE PEREIRAS EUROPÉIAS PELO USO DE TRINEXAPAQUEETÍLICO ....................................................................................................................................... 58 Bruno Carra; Marcos Antônio Giovanaz; Carolina Goulart; Flávia Saraiva Loy; Marcos Ernani Prezotto; Andressa Vighi Schiavon; José Carlos Fachinello ........................................................ 58 EFEITO DA PODA VERDE SOBRE O ACÚMULO DE SÓLIDOS SOLÚVEIS TOTAIS NA CULTIVAR DE MIRTILO BLUEGEM ...................................................................................... 59 Carlos Gustavo Raasch; André Luiz Radünz; Lucas Celestino Scheunemann; Daiane Pinheiro Kröning; Gabriele Espinel Ávila; Flavio Gilberto Herter ............................................................. 59 BIOESTIMULANTES NA SUPERAÇÃO DA DORMÊNCIA EM VIDEIRAS CV. CABERNET FRANC NA REGIÃO DA FRONTEIRA OESTE DO RS .................................... 60 Carlos Roberto Martins; Uirá do Amaral; Caroline Farias Barreto; Roseli de Mello Farias ........ 60 EFEITO DE ÓLEOS MINERAIS NA INDUÇÃO DA BROTAÇÃO DA MACIEIRA CULTIVARES MAXI GALA E FUJI SUPREMA ...................................................................... 61 Caroline de Fátima Esperança; José Luiz Petri, Gentil Gabardo; Marcelo Couto; Everlan Fagundes........................................................................................................................................ 61 ÁREA FOLIAR, ÍNDICE SPAD, MASSA VERDE E MASSA SECA DE DUAS CULTIVARES DE PEREIRAS ASIÁTICAS .............................................................................. 62 Cibele Medeiros dos Santos; Caroline Moreira Rodrigues; Marcos Antônio Giovanaz2; Günter Timm Beskow; Thaís Santos Lima; Andressa Vighi Schiavon; Émerson De Franceschi; José Carlos Fachinello........................................................................................................................... 62 XI APLICAÇÃO DE ÁCIDO GLUTÂMICO EM DIFERENTES ÉPOCAS NA SUPERAÇÃO DA DORMÊNCIA NA MACIEIRA ‘CASTEL GALA’ .................................................................... 63 Cristhian Leonardo Fenili; Gentil Carneiro Gabardo; José Luiz Petri; Jean Carlos Bettoni; Taís Altmann ; Marcelo Couto .............................................................................................................. 63 EFEITO DA POSIÇÃO DA GEMA SOBRE O TEOR DE SÓLIDOS SOLÚVEIS TOTAIS EM MIRTILO ...................................................................................................................................... 64 Daiane Pinheiro Kröning; André Luiz Radunz; Lucas Celestino Scheunemann; Carlos Gustavo Raasch; Gabriele Espinel Ávila; Mácia Wulff Schuch ................................................................. 64 AVALIAÇÃO DE PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS DE CULTIVARES DE AMOREIRAPRETA SUMETIDAS A DIFERENTES TIPOS DE PODA ....................................................... 65 Daniel Fernandes da Silva, Fabiane Karine Barp; Fabíola Villa .................................................. 65 AVALIAÇÃO DA MATURAÇÃO DA UVA VARIEDADE CHARDONNAY (Vitis vinifera L.) NO MUNICIPIO DE SÃO JOAQUIM, SC ............................................................................ 66 Daniel José Rosa; Bruno Munhoz; Raissa Podestá; Larissa Villar; Rosete Pescador; Marcelo Borghezan...................................................................................................................................... 66 RALEIO QUÍMICO NA FLORAÇÃO DO PESSEGUEIRO ...................................................... 67 Daniel Spagnol; Marcos Antônio Giovanaz; Carolina Goulart; Caio Sippel Dörr; Gustavo Pons Farias; Aloir Pretto; José Carlos Fachinello .................................................................................. 67 EFICIÊNCIA DE PORTA-ENXERTOS DE MACIEIRA NA ABSORÇÃO E TRANSLOCAÇÃO DE MACRONUTRIENTES PARA A COPA EM ‘GALA’ E ‘FUJI’ ........ 68 Danielle Caroline Manenti; Frederico Denardi; Marcus Vinicius Kvitschal; Atsuo Suzuki; Filipe Schmidt Schuh; Débora Vezaro .................................................................................................... 68 Débora Dal Zotto Suzeli Simon; Gabriella Vanderlinde; Emilio Brighenti; Guillermo Frank; Jaqueline Nogueira Muniz; Aparecido Lima da Silva .................................................................. 69 EFEITO DO PORTA-ENXERTO NA INDUÇÃO DE FLORAÇÃO EM RAMOS DE ANO PARA AS CULTIVARES DE MACIEIRA GALA E FUJI......................................................... 70 Débora Vezaro; Frederico Denardi; Marcus Vinicius Kvitschal; Filipe Schmidt Schuh; Danielle Caroline Manenti ........................................................................................................................... 70 DESENVOLVIMENTO INICIAL DE ESPÉCIES DE FISÁLIS SUBMETIDAS A DIFERENTES AMBIENTES ....................................................................................................... 71 Éder Júnior Mezzalira; Fabíola Villa; André Luiz Piva; Anderson Santin; Gilmar Antônio Nava ....................................................................................................................................................... 71 DESEMPENHO VITÍCOLA DE DIFERENTES VARIEDADES DE UVAS BRANCAS VINÍFERAS EM SÃO JOAQUIM/SC ......................................................................................... 72 XII Ediany Francieli Gomes Da Rosa; Suzeli Simon; Gabriella Vanderlinde; Emilio Brighenti; Jaqueline Nogueira Muniz; Débora Dal Zotto; Aparecido Lima Da Silva ................................... 72 PRODUÇÃO DE PESSEGUERIO ‘BRS KAMPAI’ E ‘RUBIMEL’ EM DIFERENTES SISTEMAS DE CONDUÇÃO...................................................................................................... 73 Émerson De Franceschi; Horacy Fagundes da Rosa Jr.; Mateus da Silveira Pasa; José Carlos Fachinello; Juliano Dutra Schmitz; Caio Sippel Dörr ................................................................... 73 DESEMPENHO AGRONÔMICO DA VARIEDADE GARGANEGA (Vitis vinifera L.) EM SÃO JOAQUIM – SC ................................................................................................................... 74 Emilio Brighenti; Valdir Bonin; Aparecido Lima da Silva; Duilio Porro; Marco Stefanini ........ 74 PRODUÇÃO DE PERA EM HOOD RIVER, OREGON, ESTADOS UNIDOS: UM ESTUDO DE CASO ...................................................................................................................................... 75 Everlan Fagundes; Ivan Dagoberto Faoro ..................................................................................... 75 COMPARAÇÃO DE DIFERENTES TIPOS DE SUBSTRATOS NA QUALIDADE DE FRUTOS DE MIRTILEIROS DA CULTIVAR O’NEAL ........................................................... 76 Everton Costa Azevedo; Flávia Saraiva Loy; Caroline Moreira Rodrigues; Carolina Goulart; Andressa Vighi Schiavon; André Kulkamp de Souza; Luis Eduardo Correa Antunes ................ 76 APLICAÇÃO DE ÁCIDO GIBERÉLICO EM PESSEGUEIRO................................................. 77 Everton Sozo de Abreu; Marcos Antônio Giovanaz; Priscila Alvariza Amaral; Diego Weber; Caroline Moreira Rodrigues; Marcos Ernani Prezotto; José Carlos Fachinello ........................... 77 INTERFERÊNCIA DO TIPO DE PODA NOS RESULTADOS PRODUTIVOS DE AMOREIRA-PRETA EM REGIÃO DE CLIMA SUBTROPICAL ............................................ 78 Fabiane Karine Barp; Fabíola Villa; Daniel Fernandes da Silva .................................................. 78 VARIABILIDADE DE ÉPOCA E ÍNIDICE DE BROTAÇÃO EM DIFERENTES CULTIVARES DE MACIEIRA NO MEIO-OESTE DE SANTA CATARINA ......................... 79 Filipe Schmidt Schuh; Frederico Denardi; Marcus Vinicius Kvitschal; Danielle Caroline Manenti; Débora Vezaro ............................................................................................................... 79 CARACTERÍSTICAS FENÓLICAS DE AMORA-PRETA CV. XAVANTE CULTIVADAS EM SISTEMA ORGÂNICO ......................................................................................................... 80 Francieli Calgaro; Doglas Broetto, Renato Vasconcelos Botelho; Cassia Inês Francosa da Rosa; Alessandro Sato, Luana Munareto ................................................................................................ 80 EFEITO DE DIFERENTES PORTA-ENXERTOS NO CONTROLE DO VIGOR DA COPA DAS CULTIVARES DE MACIEIRA GALA E FUJI NO MEIO-OESTE CATARINENSE ..... 81 Frederico Denardi; Marcus Vinicius Kvitschal; Filipe Schmidt Schuh; Danielle Caroline Manenti; Débora Vezaro ............................................................................................................... 81 XIII INTENSIDADE DE PODA NO TEOR DE COMPOSTOS FENÓLICOS DO MIRTILO ......... 82 Gabriele Espinel Ávila; André Luiz Radünz; Tanize dos Santos Acunha; Daiane Pinheiro Kröning; Lucas Celestino Scheunemann; Carlos Gustavo Raasch; Flavio Gilberto Herter ......... 82 FENOLOGIA E CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DA VARIEDADE MERLOT (Vitis vinifera L.) CULTIVADA SOB COBERTURA PLÁSTICA EM SANTA CATARINA.. 83 Gabriella Vanderlinde; Suzeli Simon; Jaqueline Nogueira Muniz; Débora Dal Zotto; Bruno Munhoz; Raíssa Podestá; Aparecido Lima da Silva ..................................................................... 83 INDUTORES ALTERNATIVOS DE BROTAÇÃO E FLORAÇÃO EM MACIEIRAS ‘FUJI SUPREMA’ E ‘DAIANE’ ............................................................................................................ 84 Gentil Carneiro Gabardo; José Luiz Petri; Marcelo Couto; Taís Altmann; Jean Carlos Bettoni.. 84 AVALIAÇÃO DE VITAKELP®, STURDY® e FULLAND® PARA A SUPERAÇÃO DA DORMÊNCIA EM MACIEIRAS ................................................................................................. 85 Geraldine de Andrade Meyer; Rosa Maria Valdebenito Sanhueza............................................... 85 CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DE FRUTOS DE MIRTILO SUBMETIDOS À INTENSIDADES DE PODA ........................................................................................................ 86 Gisely Correa de Moura; Marcia Vizzotto; Luis Eduardo Correa Antunes2................................. 86 DESEMPENHO AGRONÔMICO DA VARIEDADE CABERNET SAUVIGNON (Vitis vinifera L.) EM DUAS REGIÕES DE ALTITUDE ELEVADA DE SANTA CATARINA ....... 87 Guillermo Frank; Suzeli Simon; Alberto Fontanella Brighenti; Gabriella Vanderlinde; Bruno Munhoz; Emilio Brighenti; Aparecido Lima Da Silva ................................................................. 87 ETILENO NA ANTECIPAÇÃO E PADRONIZAÇÃO NA COLHEITA DE FRUTOS DE BUTIAZEIRO ............................................................................................................................... 88 Günter Timn Beskow; Diego Weber; Jones Eloy; Marcos Antônio Giovanaz; Caroline Moreira Rodrigues; José Carlos Fachinello ................................................................................................ 88 DESEMPENHO DE CULTIVARES DE MIRTILEIROS DOS GRUPOS RABBITEYE E HIGHBUSH EM FUNÇÃO DA COBERTURA DE SOLO ........................................................ 89 Horacy Fagundes da Rosa Jr; Émerson De Franceschi; Caio Sippel Dörr; Mateus da Silveira Pasa; Juliano Dutra Schmitz; José Carlos Fachinello ................................................................... 89 EFEITO DA CIANAMIDA HIDROGENADA NA BROTAÇÃO DE GEMAS DE PEREIRA CV. KOUSUI SOB CONDIÇÕES DE IVERNO AMENO ......................................................... 90 Humberto Mitio Horikoshi; Robson Ryu Yamamoto; Yoshihiko Sekozawa; Sumiko Sugaya .... 90 EFEITO DA TORTA DE MAMONA NA QUALIDADE DA AMORA-PRETA ...................... 91 Izabel Camacho Nardello; Letícia Vanni Ferreira; Daiana Finkenauer; Luciano Picolotto; Luis Eduardo Correa Antunes ............................................................................................................... 91 XIV ETIL-TRINEXAPAC AUMENTA PRODUTIVIDADE EM PEREIRA PACKHAM’S TRIUMPH ..................................................................................................................................... 92 Janaína Muniz; Alberto Ramos Luz; José Roberto Rodrigues; Maicon Magro; Anyela Mayerly Rojas Molina; Aike Anneliese Kretzschmar .................................. Erro! Indicador não definido. ALTERAÇÕES DA MATURAÇÃO E QUALIDADE DE MAÇÃS PELO ENSACAMENTO PRÉ-COLHEITA .......................................................................................................................... 93 Janaína Pereira dos Santos; Eduardo Rodrigues Hickel; Luiz Carlos Argenta ............................. 93 INFLUÊNCIA DO ENSACAMENTO DE INFLORESCÊNCIAS COM TNT NA PRODUÇÃO E QUALIDADE DO BUTIÁ (Butia odorata) .............................................................................. 94 Jones Eloy; Diego Weber; Günter Timm Beskow; Priscila Alvariza; Caroline Moreira Rodrigues; Gustavo Andreeta; José Carlos Fachinello ................................................................. 94 ASPECTO QUALITATIVO DA ‘CABERNET’ SAUVIGNON’ SUBMETIDA A DIFERENTES INTENSIDADES DE RALEIO ........................................................................... 95 José Gabriel Peres Marques; Anderson Hideo Yokoyama; Leticia Sviech; Beatriz da Silva Vanolli; Arthur Sguario Ribeiro; Alessandro Jefferson Sato; Renato Vasconcelos Botelho; Adenilsom Lima dos Santos; Sergio Ruffo Roberto; Lidiane Carla Villanova Miotto ................ 95 SISTEMA DE CONDUÇÃO MANJEDOURA E ESPALDEIRA NA VIDEIRA ‘SAUVIGNON BLANC’ EM REGIÃO DE ALTITUDE ...................................................................................... 96 José Luiz Marcon Filho; Leandro Caetano; José Roberto Rodrigues; Gisele do Amaral Varela; Betina de Bem; Caroline Schlemper; Aike Anneliese Kretzschmar ............................................. 96 SYNCRON COM ALTERNATIVA NA INDUÇÃO DE BROTAÇÃO E FLORAÇÃO EM MACIEIRAS ‘MAXIGALA’ ....................................................................................................... 97 José Luiz Petri; Gentil Carneiro Gabardo; Marcelo Couto; Gabriel Berenhauser Leite ............... 97 FRUTIFICAÇÃO DOS CLONES COMERCIAIS DE MACIEIRA ‘GALA’ E ‘FUJI’ NA REGIÃO DE SÃO JOAQUIM – SC............................................................................................. 98 José Masanori Katsurayama .......................................................................................................... 98 AVALIAÇÃO DO PERÍODO FENOLÓGICO E DE MATURAÇÃO DE CULTIVARES PRECOCES DE PESSEGUEIRO PRODUZIDAS NA SERRA GAÚCHA................................ 99 Joviana Lerin; Simone Rossetto da Silva; Gilberto Luiz Putti; Rodrigo Otávio Câmara Monteiro ....................................................................................................................................................... 99 EFEITO DO RALEIO QUÍMICO SOBRE A QUALIDADE FISIOLÓGICA DOS DIFERENTES FRUTOS NO CACHO FLORAL DA MACIEIRA ........................................... 100 Jozsef Racsko; Poliana Francescatto ........................................................................................... 100 XV QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA DA CULTIVAR ‘CABERNET SAUVIGNON’ SOBRE DOIS PORTA-ENXERTOS ....................................................................................................... 101 Juliana Aparecida Souza; Jean Carlos Bettoni; João Peterson Pereira Gardin; Rafael Lisandro Schumacher; Gentil Carneiro Gabardo ....................................................................................... 101 APLICAÇÃO DE ÁCIDO ABSCÍSICO EM ESTACAS DA VARIEDADE DE VIDEIRA CHARDONNAY PARA ATRASO DA BROTAÇÃO .............................................................. 102 Juliana Fátima Welter; Larissa Villar; João Felipeto; Monica Canton; Aparecido Lima da Silva ..................................................................................................................................................... 102 ÉPOCA E TÉCNICA DE PODA VERDE DE PESSEGUEIRO ‘CHARME’ SOBRE A QUALIDADE BIOQUIMICA DOS FRUTOS........................................................................... 103 Kelli Pirola; Marcelo Dotto; Alexandre Luis Alegretti; Luis Eduardo Correa Antunes; Américo Wagner Júnior ............................................................................................................................. 103 EFEITO DO ÁCIDO NAFTALENOACÉTICO SOBRE A BROTAÇÃO DE ESTACAS DA VARIEDADE DE UVA CHARDONNAY ................................................................................ 104 Larissa Villar; Juliana Fátima Welter; João Felippeto; Tatiane Carine da Silva; Aparecido Lima da Silva ........................................................................................................................................ 104 MANEJO DA ÉPOCA DE PODA NO ACÚMULO DE SÓLIDOS SOLÚVEIS TOTAIS EM MIRTILO DA CULTIVAR POWDERBLUE ............................................................................ 105 Lucas Celestino Scheunemann; André Luiz Radunz; Daiane Pinheiro Kröning; Carlos Gustavo Raasch; Gabriele Espinel Ávila; Márcia Wulff Schuch .............................................................. 105 COMPORTAMENTO ADAPTATIVO DE ABELHA JATAÍ EM CASA DE VEGETAÇÃO PARA USO COMO POLINIZADORA DE MORANGUEIRO ................................................ 106 Marcelo Dotto; Kelli Pirola; Jéssica Scarlet Marth Alves de Oliveira Hossel; Cristiano Hossel; Thomas Gustavo Rau; Américo Wagner Júnior ......................................................................... 106 RALEIO QUÍMICO EM PESSEGUEIRO PELO USO DE PROMALIN ® EM PÓSFLORAÇÃO ............................................................................................................................... 107 Marcos Antônio Giovanaz; Carolina Goulart, Ana Paula Fernandes de Lima; Pércio Sanchez Righi; Caio Sippel Dörr; José Carlos Fachinello ........................................................................ 107 DINÂMICA DA DORMÊNCIA EM MACIEIRA SOB CLIMA AMENO .............................. 108 Marcos Robson Sachet; Idemir Citadin; Gener Augusto Penso; Gustavo Malagi; Rodrigo Tonet ..................................................................................................................................................... 108 SISTEMAS DE CONDUÇÃO EM FIGUEIRA (Ficus carica L.) ............................................. 109 Mariana Augusta Regato; Idália Manuela Guerreiro; José Eduardo Regato .............................. 109 XVI PROEXADIONE CÁLCIO NA REDUÇÃO DO CRESCIMENTO VEGETATIVO DE PEREIRAS ‘CARRICK’ E ‘WILLIAM’S’ ................................................................................ 110 Mateus da Silveira Pasa; José Carlos Fachinello; Horacy Fagundes da Rosa Júnior; Émerson De Franceschi; Eduardo da Fonseca ................................................................................................. 110 AVALIAÇÃO DA COLORAÇÃO DAS SEMENTES COMO ÍNDICE COMPLEMENTAR DE MATURAÇÃO DA UVA ........................................................................................................... 111 MÉDIA SEMESTRAL DE PREÇOS APLICADO PARA DIFERENTES FRUTAS, COMERCIALIZADAS NO MUNICÍPIO DE CHAPECÓ-SC.................................................. 112 Osmar de Freitas de Jesus; Diágora Joane Ungaratti; Fabiana Franzen; Clevison Luiz Giacobbo ..................................................................................................................................................... 112 DANOS POR GEADA TARDIA EM CABERNET SAUVIGNON EM REGIÃO DE ALTITUDE ................................................................................................................................. 113 Paulo Israel Mudrei; José Luiz Marcon Filho; Ricardo Allebrandt; Betina de Bem; Tiago Afonso de Macedo; Francisco Konopka Peters; Leo Rufato ................................................................... 113 PIGMENTOS FOTOSSINTETIZANTES E SUA RELAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO INICIAL DE ESPÉCIES DE FISÁLIS SUBMETIDAS A DIFERENTES AMBIENTES ....... 114 Paulo Ricardo Lima; Éder Júnior Mezzalira; André Luiz Piva; Anderson Santin; Martios Ecco ..................................................................................................................................................... 114 ESTUDO DO DESENVOLVIMENTO MORFOLOGICO DE GEMAS FLORAIS EM DIFERENTES ESPECIES FRUTIFERAS ................................................................................. 115 Poliana Francescatto; Jozsef Racsko; Marcelo Couto; José Luis Petri; Aparecido Lima da Silva; Gabriel Berenhauser Leite ........................................................................................................... 115 DIFERENTES SISTEMAS DE CONDUÇÃO NA QUALIDADE DE FRUTOS DE AMOREIRA-PRETA.................................................................................................................. 116 Priscila Monalisa Marchi; Letícia Vanni Ferreira; Daiana Finkenauer; Luciano Picolotto; Luis Eduardo Correa Antunes ............................................................................................................. 116 CONTROLE DE PÁSSAROS E INSETOS FRUGÍVOROS E MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DA UVA COM USO DE TELA ........................................................................ 117 Rafael Lisandro Schumacher; Cristiano João. Arioli; João Peterson Pereira Gardin; Marcos Botton; Silvana Dalazem ............................................................................................................. 117 MATURAÇÃO DA VARIEDADE CABERNET SAUVIGNON EM CONDIÇÕES DE CULTIVO SOB COBERTURA E SEM COBERTURA PLÁSTICA ....................................... 118 Raissa Podestá; Gabriella Vanderlinde; Suzeli Simon; Monica Canton; Bruno Munhoz; Tiago Ribeiro; Aparecido Lima da Silva ............................................................................................... 118 XVII ÉPOCA E POSIÇÃO DE DESFOLHA NA VIDEIRA ‘CABERNET SAUVIGNON’ PRODUZIDA EM REGIÃO DE ALTITUDE............................................................................ 119 Ricardo Allebrandt; Sabrina Lerin; Tiago Afonso de Macedo; Marcus Vinícius Pereira Outemane; Maicon Magro; Flávia Regina Cristofolini; Leo Rufato .......................................... 119 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E QUÍMICAS DE CULTIVARES DE PESSEGUEIRO DE CICLO PRECOCE PRODUZIDAS NA SERRA GAÚCHA ..................................................... 120 Simone Rossetto da Silva; Joviana Lerin; Gislaine Tais Grzeça; Gilberto Luiz Putti; Rodrigo Otávio Câmara Monteiro ............................................................................................................. 120 CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DE FLORES DE MARMELEIROS ........................................ 121 Suélen Braga de Andrade; Cari Rejane Fiss Timm; Cláudia Simone Madruga Lima; Thaís Santos Lima; Andrea De Rossi Rufato; José Carlos Fachinello ............................................................. 121 ALTERNATIVAS AO USO DA CIANAMIDA HIDROGENADA NA INDUÇÃO DE BROTAÇÃO EM PEREIRA ‘ROCHA’..................................................................................... 122 Suelen Cristina Uber; Thaísa Pietrovski; Franciele Calgaro; Renato Vasconcelos Botelho; Ramon Voss; Andricia Verlindo; Aike Anneliese Kretzschmar ................................................. 122 EFEITO DA APLICAÇÃO DE THIDIAZURON NA FRUTIFICAÇÃO DA MACIEIRA ‘IMPERIAL GALA’ ................................................................................................................... 123 Taís Altmann; José Luiz Petri; Gentil Carneiro Gabardo ........................................................... 123 REDUÇÃO DE GEMAS FLORÍFERAS EM PESSEGUEIRO PELO USO DE ÁCIDO GIBERÉLICO ............................................................................................................................. 124 Tales Franchi; Marcos Antônio Giovanaz; Daniel Spagnol; Günter Timm Beskow; Caio Sippel Dörr; Marcos Ernani Prezotto; José Carlos Fachinello ............................................................... 124 EFEITO DA GEADA TARDIA NA PRODUÇÃO DA VARIEDADE CABERNET SAUVIGNON (Vitis vinifera L.) EM SÃO JOAQUIM, SC, CICLO 2012/2013 ...................... 125 Tatiane Carine da Silva; Marcelo Borghezan; Monica Canton ; Larissa Villar; Aparecido Lima da Silva ........................................................................................................................................ 125 INFLUENCIA DA DESFOLHA ANTECIPADA NA INTENSIDADE DE ABORTAMENTO FLORAL EM PEREIRA ‘HOUSUI’ .......................................................................................... 126 Thaís Santos Lima; Laura Reisdorfer Sommer; Caroline Moreira Rodrigues1; Priscila Alvariza Amaral; Samila Silva Camargo; Gustavo Marin Andreeta; Luciane Both Haas; Flavio Gilberto Herter ........................................................................................................................................... 126 COMPORTAMENTO ADAPTATIVO DE ABELHA MANDAÇAIA EM CASA DE VEGETAÇÃO PARA USO COMO POLINIZADORA DE MORANGUEIRO ....................... 127 XVIII Thomas Gustavo Rau; Cristiano Hossel; Marcelo Dotto; Kelli Pirola; Américo Wagner Júnior ..................................................................................................................................................... 127 MÉTODOS DE ESTIMATIVA DA SOMA TÉRMICA E DESENVOLVIMENTO DA VIDEIRA ‘TANNAT’ ................................................................................................................ 128 Tiago Camponogara Tomazetti; Márcia Denise Rossarolla; André Ricardo Zeist; Clevison Luiz Giacobbo; Leocir José Welter; Cleber Maus Alberto ................................................................. 128 CARACTERIZAÇÃO FENOLÓGICA E EXIGÊNCIA TÉRMICA DE VARIEDADES DE UVAS VINÍFERAS AUTÓCTONES ITALIANAS EM SÃO JOAQUIM/SC ......................... 129 Tiago Ribeiro; Suzeli Simon; Gabriella Vanderlinde, Emilio Brighenti; Débora Dal Zotto; Ediany Francieli Gomes Da Rosa, Aparecido Lima da Silva ..................................................... 129 EXIGÊNCIA TÉRMICA E FENOLOGIA DA CULTIVAR SAUVIGNON BLANC NA REGIÃO DE SANTANA DO LIVRAMENTO RIO GRANDE DO SUL ................................ 130 Vagner Brasil Costa; Marcelo Barbosa Malgarim; Flávio Gilberto Herter ................................ 130 COMPORTAMENTO FENOLÓGICO DE CLONES DE AMEIXEIRA EM SÃO JOAQUIM, SC. CICLO 2012/2013 ................................................................................................................ 131 Valdir Bonin, Marco Antonio Dalbó........................................................................................... 131 AÇÃO DO FITORREGULADOR PROHEXADIONE DE CÁLCIO NO CONTROLE DO CRESCIMENTO VEGETATIVO EM MACIEIRAS CULTIVAR FUJI .................................. 132 Vinícius Bortolozzo; Murilo César dos Santos ........................................................................... 132 SELEÇÃO MASSAL DE GENÓTIPOS DE MIRTILEIRO OBTIDOS A PARTIR DE POLINIZAÇÃO ABERTA ......................................................................................................... 133 Doralice Lobato de Oliveira Fischer; Clause Fátima de Brum Piana; José Carlos Fachinello; Valmor João Bianchi; Sérgio Delmar dos Anjos; Claudiomar Fischer; Clevison Luiz Giacobbo ..................................................................................................................................................... 133 SELEÇÃO DE PLANTAS HOMOZIGOTAS PARA GENES DE RESISTÊNCIA AO MÍLDIO DA VIDEIRA .............................................................................................................................. 134 Fernando David Sánchez Mora; Luciano Saifert; Jean Zanghelini; Wilson Taybar Assumpção; Antônio Eduardo Coelho; Anderson Varela; Bruno Boesing; Cláudia Aparecida Guginski Piva; Gustavo Henrique Ferrero Klabunde; Rubens Onofre Nodari; Lirio dal Vesco; Leocir José Welter .......................................................................................................................................... 134 PRODUÇÃO DE GRÃOS DE PÓLEN/ANTERA EM FLORES DE CULTIVARES DE PEREIRA .................................................................................................................................... 135 Hikaro Trento Yoshida; Ivan Dagoberto Faoro .......................................................................... 135 XIX QUANTIDADE E QUALIDADE DO PÓLEN E DO NÉCTAR EM FLORES DE MACIEIRA CVS. GALA E FUJI, EM DIFERENTES FASES FLORAIS (3FX) ......................................... 136 Ivan Dagoberto Faoro; Maria Lilian Schwartz; Everlan Fagundes, Hikaro Trento Yoshida ..... 136 MELHORAMENTO GENÉTICO DA VIDEIRA ATRAVÉS DA PIRAMIDAÇÃO DE LOCOS DE RESISTÊNCIA CONTRA O MÍLDIO ................................................................................ 137 Luciano Saifert; Wilson Taybar Assumpção; Fernando David Sánchez Mora; Jean Zanghelini; Cláudia Aparecida Guginski Piva; Renan Giacometti; Eduardo Irineu Novak; Rubens Onofre Nodari; Lirio Dal Vesco; Leocir José Welter.............................................................................. 137 EFICIÊNCIA DE NOVAS POLINIZADORAS NA FIXAÇÃO DE FRUTOS DA MACIEIRA CV. MONALISA NA SAFRA 2011/2012 ................................................................................. 138 Marcos Munaro; Ivan Dagoberto Faoro; Frederico Denardi ...................................................... 138 REBROTAMENTO E INCIDÊNCIA DE ‘BURRKNOTS’ EM PORTA-ENXERTOS DE MACIEIRA ENXERTADOS COM AS CULTIVARES COPA GALA E FUJI ....................... 139 Marcus Vinícius Kvitschal; Frederico Denardi; Filipe Schmidt Schuh; Danielle Caroline Manenti; Débora Vezaro ............................................................................................................. 139 CARACTERIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO FENOLÓGICO DE UMA PROGÊNIE DE RESISTÊNCIA AO MÍLDIO Plasmopora viticola E OÍDIO Unicola necator DA VIDEIRA 140 Wilson Taybar Assumpção; Jean Zanghelini; Luciano Saifert; Fernando David Sánchez Mora; Cláudia Aparecida Guginski Piva; Antônio Eduardo Coelho; Anderson Varela; Eduardo Irineu Novak; Renan Giacometti; Roberto de Souza Rodrigues; Sebastião Tadeu dos Santos; Lirio Luiz dal Vesco; Leocir José Welter ..................................................................................................... 140 VARIABILIDADE GENÉTICA EM GERMOPLASMA DE PEREIRA MANTIDOS POR PRODUTORES NA REGIÃO DE SÃO JOAQUIM, SC........................................................... 141 Zilmar da Silva Souza ................................................................................................................. 141 ADUBAÇÃO NITROGENADA NO CRESCIMENTO DE OLIVEIRAS EM FASE INICIAL ..................................................................................................................................................... 142 Aljian Antonio Albian, Fabíola Villa, Daniel Fernandes da Silva .............................................. 142 MANEJO DA COBERTURA VEGETAL DO SOLO EM POMARES DE FIGUEIRA E MELHORIA DA PRODUTIVIDADE ....................................................................................... 143 Clevison Luiz Giacobbo; Thiago da Costa; Leandro Galon ....................................................... 143 DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE BORO E ÉPOCAS DE APLICAÇÃO NA QUALIDADE E PRODUÇÃO DE MORANGOS ..................................................................... 144 Danimar Dalla Rosa; Fabíola Villa; Daniel Fernandes da Silva; Diego Ricardo Stumm; Aljian Antônio Alban ............................................................................................................................. 144 XX EFEITO DA COBERTURA DO SOLO EM VINHEDO INFESTADO COM PÉROLA-DATERRA ........................................................................................................................................ 145 Edegar Luiz Peruzzo; Eliane Rute de Andrade; Ildelbrando Nora ............................................. 145 RESPOSTA DA MACIEIRA ‘FUJI’ À ADUBAÇÃO NITROGENADA VIA FOLIAR ........ 146 Gilberto Nava .............................................................................................................................. 146 QUALIDADE DE PÊSSEGOS EM FUNÇÃO DE DIFERENTES DOSES DE ADUBAÇÃO NITROGENADA ........................................................................................................................ 147 Letícia Vanni Ferreira; Luciano Picolotto; Ana Paula Antunes Corrêa; Marinês Batalha Moreno; Savana Irribarem; Rufino Fernando Flores Cantillano; Luis Eduardo Correa Antunes ............. 147 MANEJO DE ADUBAÇÃO NITROGENADA NO CRESCIMENTO VEGETATIVO DE PESSEGUEIRO .......................................................................................................................... 148 Savana Irribarem Costa; Letícia Vanni Ferreira; Luciano Picolotto; Ivan dos Santos Pereira; Luis Eduardo Correa Antunes ............................................................................................................. 148 1-METILCICLOPROPENO E AQUECIMENTO INTERMITENTE NA PÓS-COLHEITA DE PÊSSEGOS ‘CHIMARRITA’ .................................................................................................... 149 Alex Zanella; Tiago Camponogara Tomazetti; Marcia Denise Rossarolla; Renan Ricardo Zandoná; Dionas de Freitas Bock; Lília Sichmann Heiffig-del Aguila; Elizete Beatriz Radmann; Juan Saavedra del Aguila ............................................................................................................ 149 ARMAZENAMENTO DE MAÇÃS ‘FUJI SUPREMA’ EM ATMOSFERA CONTROLADA DINÂMICA ................................................................................................................................ 150 Anderson Weber; Rogério de Olivera Anese; Vanderlei Both; Fabio Rodrigo Thewes; Elizandra Pivotto Pavanello; Auri Brackmann ............................................................................................ 150 QUALIDADE E VIDA DE PRATELEIRA DE FIGOS SOB TEMPERATURA CONSTANTE ..................................................................................................................................................... 151 Andressa Vighi Schiavon; Caroline Moreira Rodrigues; Carolina Goulart; Flávia Saraiva Loy; Cibele Medeiros dos Santos; Gustavo Marin Andreeta, Horacy Fagundes Rosa Jr.; José Carlos Fachinello .................................................................................................................................... 151 CARACATERÍSTICAS FISICO-QUÍMICAS DA ‘TANNAT’ CULTIVADA EM SAFRA FORA DE ÉPOCA NO NORTE DO PARANÁ ........................................................................ 152 Arthur Sguario Ribeiro; Anderson Hideo Yokoyama; Leticia Sviech; Beatriz da Silva Vanolli; José Gabriel Perez Marques; Alessandro Jefferson Sato; Renato Vasconcelos Botelho; Adenilsom Lima dos Santos; Sergio Ruffo Roberto; Lidiane Carla Villanova Miotto .............. 152 XXI O TEOR MINERAL E O ESTÁDIO DE MATURAÇÃO DE FRUTOS DE AMEIXA ‘LAETITIA’ INFLUENCIAM A OCORRÊNCIA DE ESCURECIMENTO DE POLPA DURANTE O ARMAZENAMENTO REFRIGERADO ........................................................... 153 Bruno Espindola Pansera; Cristiano André Steffens; Crizane Hackbarth; Cassandro Vidal Talamini do Amarante; Aline dos Santos; Thalita Dal Toé Benincá; Francielle Neto Paes; Vinicio Denardi; Filipe Christian Pikart; Angélica Schmitz Heinzen; Marcos Vinicius Hendges ..................................................................................................................................................... 153 EVOLUÇÃO DA MATURAÇÃO DE PÊSSEGOS ‘CHIMARRITA’ EM ARMAZENAMENTO REFRIGERADO ................................................................................... 154 Carolina Goulart; Flávia Saraiva Loy; Marcos Antônio Giovanaz; Caroline Moreira Rodrigues; Andressa Schiavon; Cibele Medeiros; Gustavo Marin Andreeta; José Carlos Fachinello ......... 154 APLICAÇÃO PÓS-COLHEITA DE REGULADORES VEGETAIS EM FRUTOS DE PÊSSEGUEIRO ‘CHIRIPA’....................................................................................................... 155 Pâmela Carvalho de Lima; Lília Sichmann Heiffig-del Aguila; Elizete Beatriz Radmann; Juan Saavedra del Aguila .................................................................................................................... 155 CONSERVAÇÃO PÓS-COLHEITA DE FIGOS CV. ROXO DE VALINHOS SOB CONDIÇÕES DE REFRIGERAÇÃO E DIFERENTES EMBALAGENS ............................... 156 Caroline Moreira Rodrigues; Diego Weber; Jones Eloy; Priscila Alvariza Amaral; Carolina Goulart; Flávia Loy; Andressa Vighi Schiavon; José Carlos Fachinello .................................... 156 TEMPERATURA IDEAL PARA MÍNIMA DETERIORAÇÃO PÓS-COLHEITA DE MAÇÃS CLONES DE ‘GALA’ ................................................................................................................ 157 Elis Regina Mazzurana; Luiz Carlos Argenta; Karyne S. Betinelli; Andreia M. T. Scolaro; Cassandro V. T. do Amarante; Marcos Westphal Gonçalves ..................................................... 157 ATMOSFERA CONTROLADA E VIDA DE PRATELEIRA NA PERMEABILIDADE DA MEMBRANA CELULAR DE MAÇÃS ‘ROYAL GALA’ ....................................................... 158 Elisa de Almeida Gollo; Fábio Rodrigo Thewes; Vanderlei Both; Auri Brackmann ................. 158 EFICIÊNCIA DA APLICAÇÃO PRÉ-COLHEITA DE FUNGICIDAS NO CONTROLE PÓSCOLHEITA DA PODRIDÃO PARDA ...................................................................................... 159 Elizandra Pivotto Pavanello; Fabio Rodrigo Thewes; Wanderlei Link Junior; Vagner Ludwig; Elisa de Almeida Gollo; Auri Brackmann .................................................................................. 159 DIFUSÃO DE GASES NA POLPA DE MAÇÃS VARIA ENTRE CULTIVARES ................ 160 Fabio Rodrigo Thewes; Rogério de Oliveira Anese; Wanderlei Link Junior; Adriano Roque de Gasperin; Auri Brackmann .......................................................................................................... 160 XXII ANÁLISE QUALITATIVA DE MIRTILOS ARMAZENADOS SOB CONGELAMENTO POR UM ANO ..................................................................................................................................... 161 Flávia Saraiva Loy; Carolina Goulart; Horacy Fagundes da Rosa Junior; Émerson De Franceschi; Caroline Moreira Rodrigues; Everton Costa Azevedo; Doralice Lobato Fischer; José Carlos Fachinello......................................................................................................................... 161 DESTANIZAÇÃO DO CAQUI CV. GIOMBO COM VAPOR DE ÁLCOOL E ARMAZENAMENTO REFRIGERADO ................................................................................... 162 Gabriella de Francisco; Isis Mariane Fornazzari; Ricardo Antônio Ayub .................................. 162 APLICAÇÃO DE EXTRATO DE ALGAS EM AMEIXAS CV. PLUMA 7 ............................ 163 Ires Cristina Ribeiro Oliari; Alessandro Jefferson Sato; Juçara Elza Hennerich, Renato Botelho de Vasconcelos, Cacilda Márcia Duarte Rios Faria .................................................................... 163 ÓLEO VEGETAL NA QUALIDADE FISICO-QUIMICAS DE MAÇÃS NO PERÍODO DE PÓS-COLHEITA ........................................................................................................................ 164 Leticia Sviech; Beatriz da Silva Vanolli; José Gabriel Perez Marques; Anderson Hideo Yokoyama; Arthur Sguario Ribeiro; Ires Cristina Ribeiro Oliari; Juçara Elza Hennerich; Luana Munaretto; Alessandro Jefferson Sato; Renato Vasconcelos Botelho ........................................ 164 TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS E FÍSICAS DE AMORAS-PRETAS TRATADAS NA PÓS-COLHEITA COM CLORETO DE CÁLCIO E 1-METILCICLOPROPENO .................. 165 Luana Aparecida Castilho Maro; Mayara Neves Santos Guedes; Celeste Maria Patto de Abreu; Rafael Pio; Leonardo Silva Patto ................................................................................................ 165 Luiz Carlos Argenta; Mayara Cristiana Stanger; Cristiano André Steffens; Cassandro V. T. do Amarante; Karyne S. Betinelli .................................................................................................... 166 FIRMEZA DE POLPA COMO INDICADOR PARA ABERTURA DE CÂMARAS DE MAÇÃS ‘IMPERIAL GALA’ ARMAZENADAS SOB ATMOSFERA CONTROLADA ...... 167 Marcelo José Vieira; Luiz Carlos Argenta; Dionísio Beal; Amanda Maria Furtado Drehmer Vieira ........................................................................................................................................... 167 IDENTIFICAÇÃO DO ESTÁDIO DE MATURAÇÃO PARA O PERÍODO IDEAL DE COLHEITA DE MAÇÃS ‘DAIANE’ DESTINADAS A ARMAZENAGEM .......................... 168 Mayara Cristiana Stanger; Luiz Carlos Argenta; Cristiano André Steffens; Cassandro V. T. do Amarante; Karyne Betinelli ........................................................................................................ 168 APLICAÇÃO DE ETANOL E ÓXIDO NÍTRICO SOBRE A QUALIDADE DE MAÇÃS ‘GALAXY’ ARMAZENADAS EM ATMOSFERA CONTROLADA ..................................... 169 Vagner Ludwig; Fabio Rodrigo Thewes; Vanderlei Both; Rogério de Oliveira Anese; Auri Brackmann .................................................................................................................................. 169 XXIII ARMAZENAMENTO DE MAÇÃS ‘ROYAL GALA’ EM TEMPERATURA MAIS ELEVADA EM ATMOSFERA CONTROLADA ..................................................................... 170 Wanderlei Linke Junior; Rogério de Oliveira Anese; Fabio Rodrigo Thewes; Vanderlei Both; Auri Brackmann .......................................................................................................................... 170 MARACUJAZEIRO AMARELO (Passiflora edulis Sims f. flavicarpa Degener) ................... 171 Américo Wagner Júnior; Andreia Pozzebon; Graciela Eleni Mattjie; Sérgio Miguel Mazaro; Jean Carlo Possenti .............................................................................................................................. 171 TIPO DE ESTACAS NA PROPAGAÇÃO DE ESPÉCIES DE FISÁLIS ................................. 172 André Luiz Piva; Éder Junior Mezzalira; Anderson Santin; Vanessa Daniele Mattiello; Fabíola Villa ............................................................................................................................................. 172 ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE OLIVEIRA SUBMETIDAS À APLICAÇÃO DE FITOHORMÔNIO E FERTILIZANTE...................................................................................... 173 André Renato Rinaldi; Fabíola Villa; João Vieira Neto; Daniel Fernandes da Silva ................. 173 PROPAGAÇÃO POR ESTAQUIA DE OLIVEIRA (Olea europaea L.) COM DIFERENTES TIPOS DE SUBSTRATO ........................................................................................................... 174 Bruno Munhoz; Alberto Fontanella Brighenti; Suzeli Simon; Gabriella Vanderlinde; Tiago Ribeiro; Anderson Rafael Varella; Aparecido Lima da Silva ..................................................... 174 QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE GOIABEIRA BRANCA DE ACORDO COM LOCAL DE EXTRAÇÃO NO FRUTO E CONDIÇÃO DE ARMAZENAMENTO ...... 175 Cristiano Hossel; Jéssica Scarlet Marth Alves de Oliveira; Américo Wagner Júnior; Alexandre Luis Alegretti; Sérgio Miguel Mazaro ........................................................................................ 175 AVALIAÇÃO DE DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE AIB GEL PARA ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE OLIVEIRA (Olea europea L.) .................................... 176 Diágora Joane Ungaratti; Fabiana Franzen; Osmar de Freitas de Jesus; Eduardo Cesar Brugnara; Dorli Mário Da Croce; Clevison Luiz Giacobbo ........................................................................ 176 REGIÃO DE RETIRADA DE ESTACAS E USO DE AUXINA NA PROPAGAÇÃO VEGETATIVA DE FRAMBOESEIRA-NEGRA ...................................................................... 177 Diego Ricardo Stumm; Fabíola Villa; Daniel Fernandes da Silva .............................................. 177 ÁCIDO GIBERÉLICO NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE MARACUJAZEIRO AMARELO ................................................................................................................................. 178 Eliseu Tagliaferro Lopes, Alex Zanella; Tiago Camponogara Tomazetti; Marcia Denise Rossarolla; Lilia Sichmann Heiffig-del Aguila; Elizete Beatriz Radmann; Juan Saavedra del Aguila .......................................................................................................................................... 178 BIOESTIMULANTES APLICADO ÀS SEMENTES DE MARACUJAZEIRO-AMARELO. 179 XXIV Ester Foelkel; Milena Aparecida Ferrari Mateus; Eduardo Cesar Brugnara; Átila Francisco Mógor .......................................................................................................................................... 179 PROPAGAÇÃO DE OLIVEIRA (Olea europea L.) ATRAVÉS DE DIFERENTES INDUTORES DE ENRAIZAMENTO ....................................................................................... 180 Fabiana Franzen; Osmar de Freitas de Jesus; Diágora Ungaratti; Dorli Mário Da Croce; Eduardo Cesar Brugnara; Clevison Luiz Giacobbo ................................................................................... 180 TAMANHO DE ESTACA E EMPREGO DE AIB NA PROPAGAÇÃO VEGETATIVA DE FRAMBOESEIRA-NEGRA ....................................................................................................... 181 Fabíola Villa; Diego Ricardo Stumm; Daniel Fernandes da Silva .............................................. 181 PROPAGAÇÃO POR ESTAQUIA LENHOSA DO PORTA-ENXERTO DE VIDEIRA ‘VR043-43’ ................................................................................................................................. 182 Jean Carlos Bettoni; João Peterson Pereira Gardin; Rafael Lisandro Schumacher; Juliana Aparecida Souza .......................................................................................................................... 182 CONDIÇÃO DE ARMAZENAMENTO DE SEMENTES DE ARAÇAZEIRO AMARELO .. 183 Jéssica Scarlet Marth Alves de Oliveira; Cristiano Hossel; Marciéli da Silva; Idemir Citadin; Américo Wagner Júnior .............................................................................................................. 183 TEMPO DE SECAGEM SOBRE O PODER GERMINATIVO DE SEMENTES HIDROCONDICIONADAS DE ROMÃZEIRA [Punica granatum L.] .................................... 184 Marciéli da Silva; Juliana Cristina Radaelli; Jéssica Scarlet Marth Alves de Oliveira; Cristiano Hossel; Américo Wagner Júnior ................................................................................................. 184 COMPORTAMENTO PROPAGATIVO DE MORANGUEIRO .............................................. 185 Michél Aldrighi Gonçalves; Carine Cocco; Lucas Rutz; Gabriele De Paula, Luis Eduardo Corrêa Antunes........................................................................................................................................ 185 COM ÁCIDO INDOLBUTÍRICO E ETILENO ........................................................................ 186 Juan Saavedra del Aguila ............................................................................................................ 186 PRODUÇÃO DE FRUTAS EM 2012 NA REGIÃO DO MEIO OESTE CATARINENSE ..... 187 Alberí João Mario; Francisco Carlos Heiden; Ivan Dagoberto Faoro; Ilmar Borchardt; Luiz Marcelino Vieira ......................................................................................................................... 187 PRODUÇÃO DE FRUTAS EM 2012 NA REGIÃO DO LITORAL SUL CATARINENSE ... 188 Celito Bertelli; Francisco Carlos Heiden; Ivan Dagoberto Faoro; Ilmar Borchardt; Luiz Marcelino Vieira ......................................................................................................................... 188 O MARACUJAZEIRO-AMARELO NO SUL DO BRASIL: UMA ALTERNATIVA PARA A DIVERSIFICAÇÃO DA FRUTICULTURA DE CLIMA TEMPERADO ................................ 189 XXV Diego Weber; Jones Eloy; Marcos Antônio Giovanaz; José Carlos Fachinello; Jair Costa Nachtigal ..................................................................................................................................... 189 PRODUÇÃO DE FRUTAS EM SANTA CATARINA EM 2012 ............................................. 190 Francisco Carlos Heiden; Ilmar Borchardt; Ivan Dagoberto Faoro; Luiz Marcelino Vieira 190 PRODUÇÃO DE FRUTAS EM 2012 NA REGIÃO DO OESTE CATARINENSE ................ 191 Gilberto Emilio Barella; Francisco Carlos Heiden; Ivan Dagoberto Faoro; Ilmar Borchardt; Luiz Marcelino Vieira ......................................................................................................................... 191 PRODUÇÃO DE FRUTAS EM 2012 NA REGIÃO DO ALTO VALE DO ITAJAÍ, EM SANTA CATARINA .................................................................................................................. 192 Irineu Bernardo Schuelter; Francisco Carlos Heiden; Ivan Dagoberto Faoro; Ilmar Borchardt; Luiz Marcelino Vieira ................................................................................................................. 192 PRODUÇÃO DE FRUTAS EM 2012 NA REGIÃO DO EXTREMO OESTE CATARINENSE ..................................................................................................................................................... 193 Loenir José Loro; Francisco Carlos Heiden; Ivan Dagoberto Faoro; Ilmar Borchardt; Luiz Marcelino Vieira ......................................................................................................................... 193 PRODUÇÃO DE FRUTAS EM 2012 NA REGIÃO DO PLANALTO SUL CATARINENSE194 Marlon Couto; Francisco Carlos Heiden; Ivan Dagoberto Faoro; Ilmar Borchardt; Luiz Marcelino Vieira ......................................................................................................................... 194 PRODUÇÃO DE FRUTAS EM 2012 NA REGIÃO DO ALTO VALE DO RIO DO PEIXE CATARINENSE ......................................................................................................................... 195 Sérgio Neres da Veiga; Francisco Carlos Heiden; Ivan Dagoberto Faoro; Ilmar Borchardt; Luiz Marcelino Vieira ......................................................................................................................... 195 EFEITO DE FATORES EXTRÍNSICOS E INTRÍNSECOS SOBRE A PRODUÇÃO DE COMPOSTOS ANTIOXIDANTES EM MIRTILEIRO (Vaccinium sp) ................................... 196 Ícaro Borges Tavares; Tanize dos Santos Acunha; Rosane Lopes Crizel; André Luiz Radunz; Fabio Clasen Chaves; Flávio Gilberto Herter ............................................................................. 196 AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE TERMOVINIFICAÇÃO E VINIFICAÇÃO TRADICIONAL COM UVAS ISABEL E BORDÔ .................................................................. 197 Rafaela Chiesa; Vinicius Caliari ................................................................................................. 197 CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE TRÊS CULTIVARES DE MORANGUEIRO NO PLANALTO CATARINENSE ............................................................................................ 198 Ramon Voss; Antonio Felippe Fagherazzi; Flávia Regina Cristofolini; Jaqueline Gerber; Aike Anneliese Kretzschmar; Leo Rufato ........................................................................................... 198 XXVI DESCRIÇÃO CLIMÁTICA DE SÃO JOAQUIM/SC: REGIÃO PROMISSORA PARA VINHEDOS DE ALTITUDE Claudia G. Camargo Campos1; Hamilton J. Vieira2; Aparecido Lima da Silva3 O Estado de Santa Catarina é caracterizado por grande variabilidade climática entre suas diferentes regiões, devido, em especial, a sua posição geográfica, à configuração do relevo e à atuação de sistemas meteorológicos distintos. A região de São Joaquim, localizada no Planalto Sul catarinense, é um exemplo desta diversidade, com peculiaridades climáticas próprias de sua localização geográfica e de sua elevada altitude. Condições nas quais favoreceram ao grande impulso em relação ao cultivo de frutas de clima temperado, sendo, o município de São Joaquim destaque na produção de frutas do Estado catarinense. Assim como a produção de maçã, atividades vinícolas têm se destacado a cada ano, ganhando destaque nacional e internacional. A presente caracterização climática da região de São Joaquim/SC foi considerada tendo como base dados diários da estação meteorológica de São Joaquim (Epagri/Ciram), localizada a 1376 metros de altitude (28°16’31’’ S, 49°56’03’’W). O clima da região de São Joaquim/SC, de acordo com a classificação de Koppen, é do tipo Cfb (Temperado – mesotérmico úmido e verão ameno), onde a principal característica climática são as baixas temperaturas no inverno (os termômetros já registraram -10°C em agosto de 1991) e as temperaturas mais amenas no verão, com temperatura máxima de 31,4°C. Dados diários de temperatura do ar mostram o quanto baixa é a temperatura do ar nesta localidade, sendo considerada uma das regiões mais frias do Brasil, com temperatura média do ar de 13°C; sendo o mês de julho o mais frio, com temperatura média em torno de 9,4°C, e o mês de janeiro o mais quente, com média de 17°C. A amplitude térmica anual na região de São Joaquim é de 9,4°C. É entre o outono e o inverno que as condições de clima começam a ser influenciadas por frequentes incursões de massas de ar frio em Santa Catarina, declinando acentuadamente a temperatura do ar, sendo comum à ocorrência de geadas e ocasionalmente, nos dias de frio mais intenso, ocorre precipitação de neve. Os meses de junho e julho apresentam uma frequência maior de registros com temperatura inferior a 0°C; embora, no outono e primavera, é comum registros de temperaturas inferiores a 0°C, especialmente na primavera, quando têm sido frequentes os casos de geadas tardias e até mesmo de geada negra. É nos meses de inverno que o total acumulado de horas de frio (T<7,2°C) é maior, com maior disponibilidade no mês de julho, em média 240 horas. Porém, entre os meses de maio a agosto podem ocorrer eventuais períodos de temperaturas mais elevadas, comumente chamados de “veranico”. Nestes, as frentes frias são desviadas de sua trajetória habitual por Santa Catarina, deslocando-se em latitudes mais ao sul, ocasionando dias consecutivos sem ocorrência de chuva e com temperaturas elevadas para a época do ano. O fotoperíodo médio mensal para São Joaquim/SC varia de 11 a 15 horas. Em relação à precipitação, há uma distribuição regular ao longo do ano, sem caracterizar uma estação seca como em outras regiões do Brasil. O período de abril a junho é o menos chuvoso na região de São Joaquim/SC, com volumes mensais variando entre 105 e 122mm. Climatologicamente, os meses de setembro e outubro são considerados os meses mais chuvosos do Estado, com destaque também para as chuvas de verão, nos meses de janeiro e fevereiro, com totais mensais de 180 e 173mm, respectivamente. Neste período, a intensidade do calor, associada a altos índices de umidade do ar, favorece a formação de convecção tropical, formada por bandas de nuvens do tipo cumulonimbus que resultam em pancadas de chuva, especialmente no período da tarde. A umidade relativa do ar apresenta uma oscilação média mensal oscilando entre 74 e 82%, com mínimo diário sendo registrados nos meses de inverno, em torno de 16%, quando atuam massas de ar de origem polar. De acordo a descrição acima, as principais características climáticas da região de São Joaquim/SC são as baixas temperaturas do ar, a alta disponibilidade de horas de frio e as chuvas regulares ao longo do ano, sendo mais frequentes na primavera e verão. O período de abril e maio, com baixos índices de precipitação, é coincidente com a fase de maturação da uva, proporcionando elevada qualidade e potencial de vinificação. Tais características, exceto a alta de frequência de geadas, são favoráveis ao destacável crescimento de cultivos de variedade de Vitis vinífera L., as quais são favorecidas pelo respectivo padrão climático. 1 Meteorologista, Dra., Bolsista PNPD/Capes, UFSC/Epagri/Ciram, Florianópolis, SC, fone (48) 3665 5195. E-mail: [email protected]; 2 Eng. Agrônomo, Ph.D., Pesquisador da Epagri/Ciram, Florianópolis, SC. E-mail: [email protected]; 3 Eng.Agrônomo, Dr., Professor da UFSC/CCA, Florianópolis, SC. E-mail: [email protected]. 1 ANÁLISE TEMPORAL E ESPACIAL DO ACÚMULO DE FRIO NA REGIÃO SUDOESTE DO PARANÁ Gustavo Malagi1, Idemir Citadin2; Marcos Robson Sachet3 O Sudoeste é uma das principais regiões produtoras de frutas do estado do Paraná. O predomínio de clima subtropical, aliado as variações microrregionais, permite o cultivo de frutas de clima tropical até temperado. No entanto, as espécies de clima temperado apresentam as maiores áreas plantadas, que se dão em geral, pela utilização de variedades de baixa necessidade de frio para superação da endodormência. Em grande parte dos pomares comerciais, a superação da endodormência e a homogeneização da brotação/floração se dão pelo uso de produtos químicos compensadores da falta de frio. As principais culturas estabelecidas nesta região são macieira (545 ha), videira (1065 ha) e pessegueiro (217 ha), que corresponderam a 28, 17 e 15% da área plantada no estado em 2011, respectivamente (DERAL, 2013). A ampliação e/ou manutenção das áreas de cultivo dessas espécies frutíferas na região não se limita apenas de uma análise econômica, mas também de estudo das mudanças temporais do clima em um passado recente. Nesse sentido, quatro diferentes sítios com padrões de temperatura relativamente contrastantes foram estudados nesta região, buscando-se identificar possíveis alterações no acúmulo histórico de frio. Para isso, séries históricas de temperaturas diárias foram adquiridas das estações meteorológicas do IAPAR nos municípios de Francisco Beltrão e Pato Branco (mais quentes), Clevelândia e Palmas (mais frio), localizados em altitudes de 650, 760, 950 e 1115m, respectivamente. As temperaturas médias horárias no período de Abril a Agosto (período de acúmulo de frio), entre 1979 e 2006, foram estimadas por equação cúbica simples, utilizando a temperatura média máxima e mínima diária como parâmetro de cálculo, para cada sítio. Em seguida, as quantidades de frio acumuladas nestes períodos foram calculadas por 11 modelos fenológicos: Weinberger (Weinberger, 1950), Landsberg (Landsberg, 1974), Utah (Richardson et al., 1974), Carolina do Norte (Shaltout e Unrath, 1983), Bidabé (Bidabé, 1967), Dinâmico (Fishman, 1987), Unificado (Chuíne, 2000), Unidades de Frio Positivas (Linsley-Noakes et al., 1995), DVI (Sugiura e Honjo, 1997), F1Gold1 e F1Gold2 (Legave et al., 2012). Finalmente, o teste de linearidade não paramétrico de Mann-Kendall (p>0,05) foi aplicado às acumulações históricas de frio, aliado ainda ao teste de San, buscando a identificação de significância das possíveis tendências. As taxas de San foram expressas em quantidade de frio por década. Taxas de San negativas foram interpretadas como tendências de redução e taxas positivas como tendências de aumento do acúmulo de frio. Os modelos Utah e Carolina do Norte apresentaram acumulações negativas de frio na maioria dos anos avaliados, em todos os sítios, não sendo portanto, considerados nas análises. Esta análise preliminar deixa claro que esses dois modelos não podem ser utilizados para estimação do acúmulo de frio em regiões de clima ameno. Os resultados evidenciaram mudanças temporais não significativas de acúmulo de frio nos sítios estudados. As maiores acumulações de frio foram verificadas em Palmas, seguido por Clevelândia, Francisco Beltrão e Pato Branco. Para efeito de comparação, as acumulações médias históricas de frio entre 1979 a 2006, calculadas pelo modelo Weinberger em Palmas, Clevelândia, Francisco Beltrão e Pato Branco foram de 274, 205, 157 e 132 horas, respectivamente. 1 Doutorando do Programa de Pós Graduação em Agronomia da Universidade Federal de Pelotas – UFPel. Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Campus Universitário, CEP 96010-900, Capão do Leão, RS. [email protected]; 2 Professor do Departamento de Agronomia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, Campus Pato Branco. Via do Conhecimento, Km 01, CEP 85503-390, Pato Branco, PR. [email protected]; 3 Mestrando do Programa de Pós Graduação em Agronomia da UTFPR, Campus Pato Branco. [email protected]. 2 COMPARAÇÃO DE MÉTODOS DE EXTRAÇÃO DE PIGMENTOS FOTOSSINTÉTICOS EM ROSÁCEAS Bianca Schveitzer1; Carlos Davi Santos e Silva2; José Luiz Petri3; Marcelo Couto3; Gabriel Berenhauser Leite3; Valmor João Bianchi4 Conhecer o conteúdo de pigmentos nas folhas das plantas é importante para avaliar o estado funcional do seu aparato fotossintético. As clorofilas, por exemplo, tem um papel essencial na fotossíntese, absorvendo luz e transferindo a energia da luz ou elétrons para outras moléculas. Os carotenoides participam desses processos como pigmentos acessórios. Determinar a concentração desses pigmentos é importante também para inferir o estado nutricional da planta. Um exemplo é a correlação positiva do teor de clorofila com o teor de nitrogênio. O conteúdo dos pigmentos fotossintéticos também está relacionado às flutuações de temperatura do ambiente, bem como à aplicação de herbicidas e, além disso, depende da espécie e do estágio de desenvolvimento. Devido à importância desses pigmentos, existem diversos métodos para extração com eficiência variada, enquanto que a quantificação por espectrofotometria é a técnica mais utilizada. Este trabalho teve como objetivo comparar três diferentes métodos de extração de pigmentos fotossintéticos de folhas de duas cultivares de pereira e duas de macieira. Os trabalhos foram realizados no Laboratório de Ensaio Químico da EPAGRI/Caçador. Utilizaram-se folhas com tamanhos similares e posicionadas no meio do ramo de Malus domestica Borkh. (cvs. Daiane e Fuji), Pyrus pyrifolia (Burm.) Nak. (cv. Hossui) e Pyrus communis L. (cv. Rocha) obtidas em pomares experimentais de 8, 8, 10 e 2 anos, respectivamente, pertencentes a Estação Experimental da EPAGRI/Caçador. Como solventes foram utilizados acetona 80%, metanol 90% e etanol 95%. As extrações foram feitas a partir de aproximadamente 150 mg de massa fresca foliar, com cinco repetições para cada um dos métodos. A quantificação foi efetuada em espectrofotômetro UVvisível, Varian modelo 50Cary, à temperatura ambiente (+/- 19°C) em comprimentos de onda específicos de cada método. Como branco foi usado o solvente de cada método. Os teores dos pigmentos foram determinados pelas equações de Lichtenthaler (1987) e expressos em mg g-1 de massa fresca. Os resultados foram analisados dentro de um delineamento inteiramente casualizado com cinco repetições, por meio de análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey (p≤ 0,05) com auxílio do software ASSISTAT. Em relação aos carotenóides, em todas as cultivares a acetona 80% foi o melhor extrator, entretanto, nas cultivares Daiane e Rocha não houve diferenças estatísticas entre os métodos. Para a clorofila a o Metanol 90% foi o melhor extrator nas macieiras ‘Fuji’ e ‘Daiane’, o Etanol 95% na pereira ‘Rocha’ e a Acetona 80% na pereira ‘Hossui’. Para a clorofila b o Metanol 90% foi mais eficiente na pereira ‘Hossui’ e na macieira ‘Daiane’, enquanto que o Etanol 95% foi o melhor extrator para a macieira ‘Fuji’ e para a pereira ‘Rocha’. Considerando as clorofilas totais, o Metanol 90% foi o melhor extrator para as macieiras ‘Fuji’ e ‘Daiane’ e para a pereira ‘Hosui’. Já o Etanol 95% foi superior na ‘Rocha’, não havendo diferenças significativas entre os métodos nessa cultivar. A partir dos dados deste trabalho, conclui-se que entre os métodos testados, nas condições experimentais do estudo, o Metanol 90% é o melhor extrator de clorofilas e que a acetona 80% é o melhor extrator de carotenoides. Palavras-Chave: Malus domestica Borkh, Pyrus pyrifolia (Burm.) Nak., Pyrus communis L., clorofilas, carotenoides 1 Química, Drª. Epagri – Estação Experimental de Caçador, Caixa Postal 591, Caçador, SC – Cep: 89500-000. Email: [email protected]; 2 Aluno de Doutorado do Programa de Pós-graduação em Fisiologia vegetal da Universidade Federal de Pelotas, Departamento de botânica, Caixa Postal 354, Capão do Leão,RS – Cep: 96010-900; 3 Pesquisadores da Epagri – Estação Experimental de Caçador – Caixa Postal 591, Caçador, SC – Cep: 89500- 000; 4 Professor do Programa de Pós-graduação em Fisiologia vegetal da Universidade Federal de Pelotas, Departamento de botânica, Caixa Postal 354, Capão do Leão,Rs – Cep: 96010-900. 3 DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE POLIFENÓIS TOTAIS PRESENTES NO EPICARPO DOS FRUTOS DE FEIJOA (Acca sellowiana), ATRAVÉS DE ESPECTROFOTOMETRIA João Felippeto1; Hellen Aparecida Arantes dos Santos2; Jaqueline Gerber3; Rubens Onofre Nodari4 Os polifenóis são produtos do metabolismo secundário vegetal, ou metabolismo especial, e apresentam uma ampla ação nas interações entre a planta e o seu ambiente biótico, exercendo importante atividade na defesa contra herbívoros. No caso da feijoa, a quantificação destes compostos desempenha um relevante papel para a compreensão dos mecanismos envolvidos na defesa ao ataque de insetos-praga. Com o objetivo de validar uma metodologia para a determinação do índice de polifenóis totais (IPT), foram utilizados frutos das cvs. Alcântara, Hellena e Mattos e do acesso 2316, colhidos nos campos experimentais da Epagri-EEESJ e analisados no Laboratório de Enoquímica e Microvinificação da mesma unidade. Foram obtidos os extratos metanólicos a partir de 50 g de casca de três frutos/repetição, totalizando 21 frutos por acesso, os quais foram macerados em 20 mL de metanol (1:1) e, mantidos em câmara de B.O.D com temperatura de 30 °C, por 24 hs. Decorrido este período, frações parciais dos extratos foram retiradas, acrescentando-se mais 20 ml de metanol às amostras, sendo submetidas a uma temperatura de -20°C por mais 24 hs. Em cada retirada parcial de extrato, as cascas foram lavadas com 5 ml de metanol (1:1). O (IPT) foi determinado através de espectrofotometria, por meio da resposta ao reagente de Folin-Ciocalteau, segundo a metodologia descrita por SINGLETON; ROSSI (1965). Neste procedimento, pipetou-se 100 μL da solução do extrato e adicionaram-se 500 μL do reagente de Folin-Ciocalteau. Em seguida, adicionaram-se 1,5 mL de solução saturada de carbonato de sódio 20% e 7,9 mL de água destilada. Essa mistura permaneceu em repouso por 2 h em temperatura ambiente, e a leitura foi determinada através de espectrofotometria, na absorbância de 760 nm. Para a quantificação do IPT foi feita uma curva de calibração, utilizando ácido gálico em concentrações de 0 a 600 mg.L-1. O coeficiente de determinação da curva analítica foi de R2 = 0,9957. As leituras foram expressas em equivalentes de ácido gálico por litro (Eag/L) e submetidos à análise de variância, sendo que as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de significância. Os resultados demonstraram que as cvs. Mattos e Helena apresentaram um IPT significativamente maior do que o acesso 2316 e da cv. Alcântara, sendo um possível indicativo de maior defesa a insetos-praga, já que os compostos fenólicos estão relacionados com a defesa das plantas a herbivoria. A metodologia utilizada demonstrou ser altamente eficiente para a determinação do IPT em feijoa, podendo ser utilizado como proposta para estudos relativos à quantificação de substâncias fenólicas nestes frutos. 1 Enólogo M.Sc. Pesquisador da Epagri – Estação Experimental de São Joaquim – Caixa Postal 81, São Joaquim – SC – CEP 88.600-000. email: [email protected]; 2 Eng. Agr. Msc. Doutoranda do PPGRGV/UFSC/Epagri – Estação Experimental de Lages – Caixa Postal 181, Lages – SC – CEP 88.502-970. email: [email protected]; 3 Estudante de Agronomia UDESC-CAV – Estagiária na Epagri – Estação Experimental de São Joaquim – Caixa Postal 81, São Joaquim – SC – CEP 88.600-000. email: jaqueline [email protected]; 4 Eng. Agr. Dr. Professor do curso de Agronomia e PPGRGV - UFSC-CCA – Universidade Federal de Santa Catarina – Caixa Postal 476, Florianópolis – SC – CEP 88.034-001. email: [email protected]. 4 CARACTERIZAÇÃO BIOQUÍMICA DE FRUTOS DE AMEIXA DA MATA (Eugenia candolleana DC) Juliana Cristina Radaelli1; Marciéli da Silva2; Américo Wagner Júnior3; Idemir Citadin4; Sérgio Miguel Mazaro3 A família Myrtaceae é uma das mais conhecidas, possuindo grande potencial tecnológico, podendo ser encontrada em todo o território brasileiro. Dentre as espécies potenciais têm-se ameixeira da mata (E. candolleana DC.), produtora de frutos pretos, brilhantes, globosos com polpa espessa, de sabor doce muito agradável, atingindo maturação de fevereiro e março. Ultimamente pesquisas tem apontado o poder nutracêutico de muitas frutas, constituindo-se os componentes bioquímicos como importantes para dieta dos seres humanos, principalmente quanto aos compostos fenólicos, tais como flavonóides, antocianinas e fenóis, proteínas e aminoácidos que contribuem para determinar esses efeitos benéficos. A quantificação destes componentes possibilita que um fruto possa ser aproveitado de forma mais efetiva, potencializando seu mercado, bem como, seu plantio. Aliado ao fato destas características, a ameixeira da mata por ser pouco conhecida, tornando-a novidade de mercado e por produzir frutos em época distinta de outras nativas, torna-a alternativa de cultivo para aqueles que buscam produto diferenciado. Para potencializar esses benefícios é importante caracterizar bioquimicamente seus frutos. O objetivo desse trabalho foi caracterizar bioquimicamente frutos de ameixeira da mata. O trabalho foi realizado no Laboratório de Fisiologia Vegetal, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná– Câmpus Dois Vizinhos – Paraná. Para a caracterização foram utilizados frutos maduros de ameixeira da mata (E. candolleana) colhidos de duas plantas da própria instituição. Por meio de amostra de 16 frutos foram quantificados os açúcares total e redutor, fenóis totais, aminoácidos, proteínas, antocianinas e flavonoides através de métodos espectroscópicos. Os resultados obtidos para açúcar total e redutor de frutos de ameixeira da mata foram de 13,66±2,22 mg g-1 tecido e 88,20±14,92 mg g-1 tecido, respectivamente. Para os fenóis totais foram encontrados 1,501±0,22 mg g-1 tecido. A quantidade de aminoácidos encontrada foi de 1,56±0,53 mg g-1 tecido. Quanto ao teor de proteínas este apresentou 3,96±1,15 mg g-1 tecido. Para antocianinas e flavonoides obteve-se 272,98±92,34 e 234,02±42,66 mg 100 g-¹. Se comparado a outras fruteiras, a ameixa da mata pelas características bioquímicas apresentadas apresentou ser uma espécie com potencialidade de exploração comercial, devendo-se realizar estudos para potencializá-la como alimento funcional. 1 Acadêmico do Curso de Agronomia. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos. Bolsista Fundação Araucária. [email protected]; 2 Acadêmico do Curso de Engenharia Florestal. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos. Bolsista Fundação Araucária. [email protected]; 3 Eng. Agr. Dr. Professor, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) – Câmpus Dois Vizinhos. [email protected] Produtividade CNPq; 4 Eng. Agr. Dr. Professor, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) – Câmpus Pato Branco. [email protected] Produtividade CNPq. e-mail: e-mail: e-mail: e-mail: 5 ESTABELECIMENTO E CONSERVAÇÃO in vitro ATRAVÉS DE UNIDADES ENCAPSULÁVEIS DE GERMOPLASMA DE VIDEIRA Cintia Lucia Furlan1; João Peterson Pereira Gardin2 A tecnologia de sementes sintéticas representa uma importante ferramenta no estabelecimento de protocolos eficientes de micropropagação massal, com isso, o uso e aprimoramento da técnica se justificam pelo baixo custo e rápida multiplicação dos propágulos de videira, além de facilitar o transporte e troca de germoplasma entre instituições de pesquisa, podendo servir ainda como alternativa para a conservação de genótipos sob condições in vitro (SAIPRASAD, 2001). A utilização de unidades encapsuláveis de microbrotos (sementes sintéticas) possibilita a manutenção de um banco de germoplasma para a conservação in vitro de videira. O objetivo desse trabalho foi estabelecer uma eficiente estratégia de assepsia de microbrotos para a manutenção in vitro de videira e determinar a matriz de encapsulamento mais adequada para a conservação in vitro de germoplasmas de videira. Experimento com microbrotos do portaenxerto IAC 572, coletados em casa-de-vegetação foram desinfestados, com três diferentes tempos de imersão em álcool 70% (0,5, 1 e 2 minutos) e imersão em hipoclorito 2% (10, 20 e 30 minutos) foi realizado para se determinar a melhor combinação de tempo em álcool e hipoclorito na desinfecção dos explantes. Após a desinfecção os explantes (microbrotos) foram inoculados em meio Galzy e colocados em sala de crescimento, com fotoperíodo de luz de 16 horas luz, com temperatura de 25oC ±2. Para o encapsulamento de germoplasmas de interesse foram utilizados os segmentos nodais do portaenxerto Couderc 1613 e dois tipos de alginato de sódio, o Sigma e o Vetec. O objetivo desse experimento foi avaliar a qualidade do alginato que proporcionasse a melhor constituição e consistência da cápsula, potencial de cultivo e armazenamento de sementes sintéticas em geladeira. Para a assepsia de microbrotos do portaenxerto IAC 572 a melhor combinação de tempos foi de 1 minuto no álcool 70% e de 10 a 20 minutos no hipoclorito a 2%, pois não proporcionou oxidação dos explantes. Para o encapsulamento do portaenxerto Couderc 1613, após sete dias de armazenamento em geladeira, com meio de Galzy e alginato Sigma, a brotação foi de 35% e após 12 dias de armazenamento foi obtido 25% de plantas regeneradas. Para o alginato Vetec, nenhuma brotação ocorreu com diferentes porta-enxertos de videira. Conclui-se que é possível produzir sementes sintéticas de videira, mas a otimização da tecnologia ainda é necessária. 1 Estudante de Biotecnologia Industrial, UNOESC Campus Videira, Rua Paese 198, Videira-SC, CEP 89560000. Email: [email protected]; 2 Doutor em Fisiologia Vegetal, Epagri/Unoesc, Rua João Zardo 1660, Bairro Campo Experimental, Videira-SC, CEP 89560000. Email: [email protected]. 6 DESINFESTAÇÃO DE BUTIAZEIRO PARA CULTIVO in vitro Daiane Peixoto Vargas1; Igor Cavalcante de Albuquerque2; Leonardo Ferreira Dutra3; Raquel Rosa da Costa4; Rosa Lia Barbieri3; Rodrigo Frazon3; Juliano dos Santos1 O gênero Butia pertence à família Arecaceae, palmeira nativa do Brasil, que possui importância econômica e ornamental. No Rio Grande do Sul o butiazeiro tem ocorrência com cerca de cinco espécies. A elevada demanda por mudas a partir de sementes, associada ao lento desenvolvimento vegetativo, desencadeia o extrativismo indiscriminado, tornando-se necessária a busca por protocolos de propagação dessa espécie. Diante do exposto e contextualizando a espécie à cultura de tecidos vegetal objetivou-se com este trabalho determinar a desinfestação adequada para o cultivo in vitro de sementes de butiazeiro. Para tanto, sementes extraídas do epicarpo foram imersas em álcool 70% (v/v) por 60 segundos, seguida de lavagem em solução de hipoclorito de sódio (NaOCl) com 1% de cloro ativo, ácido dodecilbenzeno Sulfônico (1 gota) por 20 minutos (etapa final do tratamento T1). Após a tríplice lavagem em água destilada e autoclavada, dois lotes de sementes foram submetidas a uma segunda desinfestação com a imersão em Dioxiplus® (Dióxido de Cloro) e Fegatex® (Cloreto de Benzalcônio/ Cloreto de etilbenzalcônio) 1%(v/v) durante 5 minutos, seguida inoculação direta (etapa final do tratamento T2) ou lavagem em água estéril (etapa final do tratamento T3). As sementes, em condições assépticas, foram inoculadas em meio MS, contendo 75% dos sais minerais, sacarose (3%) e solidificado com ágar (0,5%). O pH do meio foi ajustado para 5,8±1 antes da autoclavagem a 120° C, durante 20 minutos. Não houve contaminação quando se realizou a segunda desinfestação e lavagem em água estéril ou uso exclusivo do hipoclorito de sódio, diferindo significativamente do tratamento que utilizou a inoculação direta (16%). Quando se utilizou Dioxiplus e Fegatex e lavagem em água estéril para inoculação, houve 64% de germinação, diferindo dos tratamentos que empregaram desinfestantes e inoculação direta (32%) e com uso exclusivo do hipoclorito (24%). Concluise que para o cultivo in vitro de sementes de butiazeiro, além da desinfestação convencional com o uso de álcool etílico e hipoclorito de sódio, deve-se adicionar ainda uma posterior lavagem com dióxido de Cloro e Cloreto de Benzalcônio 1% (v/v) seguida de lavagem em água estéril. 1 Pós-doutorando PNPD Capes/CNPq. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Clima Temperado). Rodovia BR 392, km 78 Caixa Postal 403 - Pelotas, RS - Brasil - 96010-971. [email protected]; [email protected]; 2 Graduando em Agronomia, Universidade Federal de Pelotas. Rua Gomes Carneiro, 1, Centro CEP 96010-610 · Pelotas, RSBrasil - 96010-971. [email protected]; 3 Pesquisador Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Clima Temperado) Rodovia BR 392, km 78 Caixa Postal 403 - Pelotas, RS - Brasil - 96010-971. [email protected]; 4 Doutoranda em Fruticultura, Universidade Federal de Pelotas, Rua Gomes Carneiro, 1, Centro CEP 96010-610 · Pelotas, RS- Brasil - 96010-971. [email protected]. 7 ESTABELECIMENTO in vitro DE CAMPOMANESIA ADAMANTIUM A PARTIR DE RAMOS VEGETATIVOS ESTERILIZADOS SUPERFICIALMENTE COM CLORETO DE MERCÚRIO Daniele Zulin1; Thalita Martinhão de Sousa Azambuja2; Cristiane Almiron Batista de Freitas3; Cláudia Roberta Damiani4 A Campomanesia adamantium (Cambess.) O. Berg (guavira) é uma espécie pertencente à família Myrtaceae, nativa do Cerrado, com potencial para a exploração sustentada, devido à qualidade nutricional e a diversidade nas formas de exploração dos frutos. Devido à recalcitrância e perda de viabilidade das sementes de guavira durante a germinação, buscou-se neste trabalho um método alternativo de propagação, a micropropagação. O sucesso da micropropagação depende da fase de estabelecimento in vitro. No entanto, em espécies da família Myrtaceae, o estabelecimento in vitro é dificultado pelo elevado percentual de oxidação dos explantes. Em acréscimo a oxidação, outro fator agravante está na origem do material utilizado como matriz. O uso de ramos vegetativos de plantas provenientes do campo como fonte de explantes, geralmente resulta em maior grau de contaminação e um baixo percentual de sobrevivência. Considerando a ausência de matrizes de guavira cultivadas em condições controladas e com qualidade fitossanitária, este trabalho foi realizado com o intuito de avaliar a eficiência do tratamento com cloreto de mercúrio no controle da contaminação durante o estabelecimento in vitro. O material vegetal utilizado foi coletado de plantas cultivadas no Horto de Plantas Medicinais da Faculdade de Ciências Agrárias e os experimentos desenvolvidos nos laboratórios da Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientas da Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados-MS. Os tratamentos consistiram da esterilização superficial dos ramos em solução de cloreto de mercúrio (HgCl2) nas seguintes concentrações: 0,0 (controle - hipoclorito de sódio a 2,5 %); 0,025; 0,050; 0,075 e 0,100 %, totalizando 5 tratamentos. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, sendo cada tratamento constituído de 4 repetições e estas constituídas de 8 tubos de ensaio com um explante cada. As avaliações foram realizadas aos 7, 14, 28 e 56 dias após a inoculação e os dados obtidos ao longo das avaliações computados ao final. As variáveis analisadas foram porcentagem de contaminação fúngica, porcentagem de contaminação bacteriana, porcentagem de explantes oxidados e, ao final de 56 dias, avaliou-se a porcentagem de explantes estabelecidos. Através dos resultados obtidos concluiu-se que a utilização do cloreto de mercúrio, de modo geral, independentemente da concentração de cloreto de mercúrio utilizada verificou-se uma redução da contaminação dos explantes por bactérias de aproximadamente 45% quando comparado aos explantes tratados com hipoclorito de sódio (tratamento controle). O tratamento com 0,025 % de cloreto de mercúrio por 15 minutos reduziu a contaminação bacteriana de 65,6% para 18,8% e a oxidação dos explantes, de 53,1% para 12,5%. As concentrações de cloreto de mercúrio testadas neste experimento não foram eficientes para controlar a contaminação fúngica. O maior número de explantes estabelecidos foi obtido no tratamento com 0,100% de cloreto de mercúrio. 1 Graduando em Biotecnologia, Bolsista PIBIC-CNPq, Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais, Universidade Federal da Grande Dourados - MS, e-mail: [email protected]; 2 Eng. Agr. M.Sc. em Biologia Geral – Bioprospecção, Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais, Universidade Federal da Grande Dourados- MS, e-mail: [email protected]; 3 Biológa, Mestranda em Biologia Geral – Bioprospecção, Bolsista CAPES, Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais, Universidade Federal da Grande Dourados - MS, e-mail: [email protected]; 4 Bióloga, Prof. Dra., Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais, Universidade Federal da Grande Dourados, Rodovia Dourados - Itahum, Km 12, CEP: 79804-970, Dourados – MS, e-mail: [email protected]. 8 MEIOS DE CULTURA E DOSES DE CITOCININA NO CULTIVO in vitro DE PESSEGUEIRO Gener Augusto Penso1; Idemir Citadin2; Marcos Robson Sachet3; Rodrigo Tonet3; Cleverson Brunetto1 As sementes de pessegueiros precoces [Prunus persica (L.) Batsch] não germinam naturalmente ou, quando germinam, originam plântulas com anomalias, reduzindo a eficiência dos programas de melhoramento genético. Para minimizar este problema faz-se necessário o uso da embriocultura ou cultivo in vitro que permite a maturação completa dos embriões. Entretanto, é necessário estabelecer qual o meio de cultura e a concentração de reguladores de crescimentos que possibilitem a maior taxa de plântulas normais (com caule, raízes e ausência de roseta). O trabalho foi realizado na UTFPR, Câmpus Pato Branco, com objetivo de testar os meios de cultura MS, SH e SBH combinados com as concentrações de 0, 5, 10, 15 e 20 μM do regulador de crescimento 6-Benzilaminopurina (BAP) mais uma dose fixa ácido giberélico (GA3 0,1 mg.L-1), em delineamento inteiramente ao acaso com 4 repetições de 10 sementes. A cultivar utilizada foi a BRS Bonão colhida e estratificada no dia 04/10/2012. Os tratamentos foram avaliados após 90 dias, quanto à: ausência de germinação (%); somente cotilédones abertos (%); somente emissão de radícula (%); somente emissão de caulículo (%); germinação completa (%); comprimento de caule e de raízes (cm); e número de raízes. Procedeu-se a ANOVA e o teste de Tukey (P=0,05). Para todas as variáveis, o efeito do regulador e da interação (meios x regulador) foram não significativos (P>0,05). Também, não houve efeito dos meios de cultura para ausência de germinação (média = 7,33%) e emissão somente de caulículo (média = 7,66%). Para a germinação anormal somente com cotilédones abertos o meio SH apresentou o maior valor (21%), diferindo-se de MS (6%) e SBH (4%). Para a germinação anormal somente com emissão de radícula o meio MS apresentou 10,5% enquanto os meios SH e SBH 17,5 e 6,0% respectivamente. A maior porcentagem de germinação completa foi obtida pelo meio de cultura SBH com 77%, seguido pelo meio MS com 62% e SH com apenas 47%. Para comprimento de caule os meios SBH (4,8 cm) e MS (4,7 cm) não diferiram entre si, e foram superiores ao SH (4,2 cm). O comprimento de raízes do tratamento com o meio SBH diferiu estatisticamente dos demais com 6,97 cm, sendo superior aos meios MS (4,46) e SH (4,80), os quais não diferiram estatisticamente entre si. O tratamento com o meio SBH, também foi superior em número de raízes (13,4), enquanto MS (11,1) e SH (11,4) não diferiram. Para este experimento, as melhores respostas ocorreram no tratamento com o meio de cultura SBH, não havendo efeito das concentrações de 0 a 20 μM de BAP. 1 Estudante de Agronomia – UTFPR, Câmpus Pato Branco – PR, Via do conhecimento, Km 1, CEP: 85503-390, e-mail: [email protected]; [email protected]; 2 Eng. Agr. Dr. Professor da UTFPR, Câmpus Pato Branco – PR, Via do conhecimento, Km 1, CEP: 85503-390, e-mail: [email protected]; 3 Eng. Agr. Mestrando do PPGAG/UTFPR. Câmpus Pato Branco – PR, Via do conhecimento, Km 1, CEP: 85503-390, email: [email protected]; [email protected]. 9 ESPECTROS DE LUZ COMO DETERMINANTE NO ENRAIZAMENTO DE FRAMBOESEIRA MICROPROPAGADA Priscila Alvariza Amaral1; Diego Weber¹; Gustavo Malagi¹; Otaviano Maciel Carvalho Silva¹; Caroline Moreira Rodrigues¹; Thaís Santos Lima¹; Marcos Antônio Giovanaz¹, Ana Paula Fernandes de Lima¹, Márcia Wulff Schuch2 O cultivo da framboeseira (Rubus idaeus L.) apresenta excelentes características como opção para a diversificação de pequenas propriedades no Brasil. As propriedades nutracêuticas da fruta garantem a demanda no mercado como um alimento funcional. Para tanto, há a necessidade de avaliar novas técnicas para melhorar a micropropagação da framboeseira e oferecer mudas em quantidade e qualidade para os produtores. Desta forma, o presente trabalho foi desenvolvido a fim de refinar a técnica de micropropagação in vitro da Framboeseira, visando especialmente o processo de enraizamento a partir de explantes, avaliando-se a influência de diferentes espectros de luz no desempenho da framboeseira micropropagada. O experimento foi realizado no Laboratório de Micropropagação de Plantas Frutíferas da Universidade Federal de Pelotas – Pelotas/RS. Utilizou-se explantes da cv. Heritage com 2-3cm e dois pares de folhas em meio de cultivo MS. O esquema fatorial utilizado foi 2x4 (AIB x espectros de luz), sem e com AIB (ácido indolbutírico), os explantes permaneceram durante 45 dias em câmara de crescimento (22ºC) em quatro espectros de luz visível: escuro, luz ambiente, luz laranja (620-585 nm) e luz azul (440–490 nm). Os vidros com os explantes e seus respectivos tratamentos permaneceram a uma temperatura de ±22 °C, por 45 dias na câmara de crescimento. Ao término deste período avaliou-se: porcentagem de explantes com calos; número médio de raízes por explante e o comprimento médio das raízes. A comparação das médias foi realizada pelo teste Tukey (5% de probabilidade de erro). Verificou-se que a porcentagem de explantes com calos foi superior para o tratamento com AIB (média geral de 94%) em relação à ausência do regulador (média geral de 13%) em todos os espectros de luz testados. Caso o meio de cultivo não contenha AIB a luz ambiente proporcionou maior formação de calos (40%) em relação aos demais espectros (média 4,33%). O número médio de raízes por explante não foi afetado pelo espectro de luz utilizado, porém houve superioridade no tratamento com AIB (0,70) em relação aos explantes não tratados (0,00). Para os explantes tratados com AIB não houve diferença estatística para o comprimento médio das raízes entre os diferentes espectros utilizados, apresentando valores para os espectros: escuro (3,10mm), luz ambiente (7,28mm), luz laranja (8,42mm) e luz azul (7,25mm). Considerando isso, pode-se concluir que os diferentes espectros de luz não afetam o enraizamento, e que o AIB é fundamental para promover o enraizamento da framboeseira cv. Heritage. 1 Pós-Graduandos em Agronomia, Fruticultura de Clima Temperado, Departamento de Fitotecnia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas. Caixa postal 354, Cep - 96010-900, Pelotas, Rio Grande do Sul, [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; 2 Eng. Agr. Dr. Professora titular do PPGA/UFPel/Fruticultura de Clima Temperado - Caixa Postal 354, Campus Universitário – Pelotas, RS – Cep: 96001-970. e-mail: [email protected]. 10 TROCAS GASOSAS DE MUDAS DE MIRTILEIRO ‘BLUEGEM’ TRATADAS COM ÁCIDO SALICÍLICO Ana Carla Castanha1; Caroline Farias Barreto1; Pâmela Carvalho de Lima1; Renan Ricardo Zandoná1; Francisco de Assis Pujol Goulart1; Lília Sichmann Heiffig-del Aguila2; Doralice Lobato de Oliveira Fischer3; Elizete Beatriz Radmann4; Juan Saavedra del Aguila5 O ácido salicílico é um regulador de crescimento que está envolvido na regulação de processos fisiológicos da planta como no mecanismo de defesa contra estresses bióticos e abióticos. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da aplicação foliar do ácido salicílico na transpiração, condutância estomática e na taxa fotossintética de mudas de mirtileiro ‘Bluegem’ de 1 ano de idade. O experimento foi realizado no viveiro da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) – Campus Itaqui, RS. Os tratamentos foram: T1 (aplicação 50 mL de água destilada via foliar - controle); T2 (5 mM de ácido salicílico) e T3 (10 mM de silicato de cálcio). As soluções dos tratamentos T2 e T3 foram diluídos em 50 mL de água destilada e aplicados via foliar, ao longo de quatro semanas. As avaliações foram realizadas com duas medições por semana, sendo que a primeira antes da aplicação dos tratamentos (Dia 1) e a segunda um dia após (Dia 2). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com esquema fatorial 3 x 8 (tratamentos x tempo). Os dados foram submetidos ao desvio padrão e ao erro padrão para cada tratamento. Avaliaram-se: transpiração (E) (mmol m-2s-1), condutância estomática (gs) (mol m-2 s-1) e taxa fotossintética (A) (µmol m-2 s-1). As variáveis analisadas foram medidas das trocas gasosas, realizadas em folhas completamente expandidas, localizadas no terço médio da muda por meio de analisador portátil de fotossíntese em sistema aberto ( Li-6400 - Portable Photosynthesis System) com a utilização de luz artificial (1000 mmol m-2 s-1) de radiação fotossinteticamente ativa). Após as análises verificou-se que para a taxa fotossintética (A) não houve diferença dos tratamentos para o Dia 1 e Dia 2. Para a transpiração após a aplicação do T2 e T3 houve diminuição no Dia 2. A condutância estomática teve valores mais altos no Dia 1 quando não houve aplicação dos tratamentos. Desta forma, a aplicação de ácido salicílico nas concentrações de 5 e 10 mM não aumentaram a taxa fotossintética, transpiração e condutância estomática em mudas de mirtileiro da cultivar Bluegem. 1 Estudante (s) do Curso de Agronomia, Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) – Campus Itaqui, Rua Luiz Joaquim de Sá Brito s/nº - Bairro Promorar – Cep 97650-000, Itaqui, RS, Brasil. e-mail: [email protected], [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; 2 Engª Agrª Drª, Pesquisadora da Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS, Brasil. e-mail: [email protected]; 3 Engª. Agrª. Drª, Professora do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense, Pelotas, RS, Brasil. e-mail: [email protected]; 4 Engª. Agrª. Drª., Professora Adjunta da UNIPAMPA – Campus Itaqui, RS, Brasil. e-mail: [email protected]; 5 Engº Agrº Dr., Professor Adjunto da UNIPAMPA – Campus Dom Pedrito, RS, Brasil. e-mail: [email protected]. 11 DETETERMINAÇÃO DO PLASTOCRONO EM VIDEIRA ‘CHARDONNAY’ André Ricardo Zeist1; Tiago Camponogara Tomazetti1; Márcia Denise Rossarolla1; Cleber Maus Alberto2; Clevison Luiz Giacobbo3; Leocir José Welter4 O Rio Grande do Sul é o principal produtor de videira, com uma área plantada de 42.449 ha, o que representa 57,46% da área total do País. Nos últimos anos o cultivo da videira na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, vem se destacando entre os produtores como uma alternativa de cultivo. Os estágios de desenvolvimento da videira podem ser estimados com o uso de dados de temperatura do ar. Um parâmetro utilizado em modelos de simulação do desenvolvimento de espécies vegetais é o intervalo de tempo entre o aparecimento de nós em uma haste, conhecido como plastocrono (ºC dia nó-1). Através de estimativas seguras de plastocrono, pode-se identificar o comportamento fisiológico da cultura, permitindo verificar a adaptação, definir práticas de manejo mais adequadas, auxiliar no zoneamento agrícola da cultura através da utilização de modelos de simulação de desenvolvimento e crescimento de culturas. O objetivo com este trabalho foi estimar o plastocrono em plantas de videira (Vitis vinifera L.) da cv. Chardonnay. O experimento foi conduzido em um pomar comercial de videiras situado na área da propriedade Vinícola Campos de Cima no município de Maçambará-RS (latitude: 29° 3'6.77"S, longitude: 55°40'50.89"W e altitude de 82 metros), com a cv. Chardonnay, entre os meses de setembro à dezembro do ano de 2010. O sistema de condução foi em espaldeira com plantas em plena produção e escolhidas aleatoriamente. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com 5 repetições. Os dados de temperatura mínima e máxima diária do ar e de precipitação pluviométrica durante o período experimental foram coletados diariamente em termômetros de máxima e de mínima e pluviômetro, localizados na propriedade. A temperatura média do ar foi calculada através da média aritmética entre a temperatura mínima e máxima do ar. Quinzenalmente, a partir do início da brotação, contou-se o número de sarmentos e número de nós visíveis em cada sarmento das plantas durante o ciclo de desenvolvimento vegetativo da cultura. O plastocrono foi estimado pelo inverso do coeficiente angular da regressão linear entre número de nós visíveis na haste principal e a soma térmica (temperatura base de 10 ºC). Durante a determinação do plastocrono, houve estreita relação entre o número de nós por sarmento e a soma térmica acumulada, encontrando-se valor médio de R² de 0,97, o que expressa que a temperatura do ar é o fator ecológico principal que governa o aparecimento de nós em videira. Entre as plantas observaram-se valores similares de plastocrono, sendo que o valor médio de plastocrono foi para a cv. de videira Chardonnay de 30,74 ºC dia nó-1 e desvio padrão de 5,55. 1 Acadêmico de Agronomia, Universidade Federal do Pampa – UNIPAMPA, campus Itaqui, 97650-000, Itaqui – RS. [email protected]; 2 Eng°. Agr°. Prof. Dr. Universidade Federal do Pampa – UNIPAMPA, campus Itaqui, Itaqui – RS. [email protected]; 3 Eng°. Agr°. Prof. Dr. Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS, campus Chapecó, 89813-140, Chapecó – SC. [email protected]; 4 Eng°. Agr°. Prof. Dr. Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, campus Curitibanos, 89.520-000, Curitibanos–SC. [email protected]. 12 TROCAS GASOSAS EM PLANTAS DE MACIEIRA SUBMETIDAS À APLICAÇÃO DE REDUTORES DE CRESCIMENTO Carlos Davi Santos e Silva1; Valmor João Bianchi2; José Luiz Petri3; Marcelo Couto4; Gabriel Berenhauser Leite4 O controle do crescimento e a manutenção da produtividade em pomares é um dos principais desafios enfrentados pelos pomicultores na fruticultura moderna. Enquanto certa quantidade de crescimento vegetativo é necessária para prover uma adequada área foliar e a formação de novos pontos de frutificação, o crescimento excessivo e a manutenção de ramos vigorosos e improdutivos são desnecessários e antieconômicos. Esses ramos vigorosos, além de mobilizarem nutrientes, que poderiam ser direcionados ao desenvolvimento dos frutos, podem aumentar os custos de mão-de-obra, pela maior necessidade de poda. Nesse sentido, alguns reguladores de crescimento têm sido utilizados na cultura da macieira, visando ao controle do crescimento vegetativo. As acilciclohexanodionas como o etiltrinexapac (TrixE) e o prohexadione-Cálcio (ProCa), que podem bloquear as reações finais do metabolismo de giberelinas, tem sido utilizados com sucesso na redução de crescimento vegetativo em macieiras e outras culturas. O objetivo deste trabalho foi verificar se a aplicação desses dois produtos interfere nas trocas gasosas de folhas de plantas de macieira. O experimento foi conduzido em pomar da Estação Experimental da EPAGRI/Caçador – SC (l26º46’S, 51º W, altitude 960 metros), em abril de 2013. Foram utilizadas plantas de macieira (Malus domestica Borkh) ‘ Fuji’ de dois anos de idade. Como fontes do TriexE e do ProCa, utilizouse os produtos comerciais MODDUS® e VIVIFUL®, respectivamente. Os tratamentos consistiram de: T1-Controle (sem aplicação), T2- TriexE (1,2 g L-1) e T3- ProCa (1,0 mL L-1) em delineamento inteiramente casualizado com cinco repetições. A aplicação única ocorreu no dia 15 de abril. Antes desta data foram feitas leituras das trocas gasosas com um analisador portátil de CO2 a infra-vermelho (IRGA) (modelo LI-6400, LI-COR, Inc., Lincoln, NE, USA) na folha mais recentemente expandida e sadia de uma brindila de cada uma das plantas, com concentração de CO2 na câmara ajustada para 380 mol mol-1 e densidade de fluxo de fótons em 1.400 µmol m-2 s-1, no período das 10:30h as 11:30h. As demais leituras foram realizadas aos 2, 4, 6, e 11 dias após aplicação (DAP) sempre nos mesmos horários. Os parâmetros considerados foram taxa assimilatória líquida de CO2 (A), condutância estomática (gs), taxa transpiratória (E); e concentração intercelular de CO2 (Ci). Os dados foram submetidos a análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey (p≤ 0,05) utilizando o software Graph Pad Prism v. 4.0. Verificou-se que os redutores de crescimento utilizados não interferiram nas trocas gasosas das plantas do estudo. Conclui-se, por tanto, que nas condições do presente estudo, as plantas de macieira em questão não tem suas trocas gasosas influenciadas pelos redutores de crescimento TriexE e ProCa. Entretanto sugere-se que novos testes com variação de época, bem como com diferentes números de aplicações sejam efetuados para tal confirmação. Palavras-Chave: Malus domestica Borkh, etiltrinexapac, proexadione-Cálcio. 1 Aluno de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Fisiologia vegetal da Universidade Federal de Pelotas, Departamento de Botânica, Caixa Postal 354, Capão do Leão,Rs – Cep: 96010-900. [email protected]; 2 Professor do Programa de Pós-graduação em Fisiologia Vegetal da Universidade Federal de Pelotas, Departamento de botânica, Caixa Postal 354, Capão do Leão,RS – Cep: 96010-900; [email protected] 3 Engenheiro Agrônomo M.Sc., Pesquisador Epagri – Estação Experimental de Caçador, Caixa Postal 591, 89500- 000. Caçador, SC. [email protected]; 4 Engenheiro Agrônomo Dr., Pesquisador Epagri – Estação Experimental de Caçador, Caixa Postal 591, 89500- 000. Caçador, SC. [email protected] – [email protected]. 13 FOTOSSÍNTESE, TRANSPIRAÇÃO E CONDUTÂNCIA ESTOMÁTICA DE MUDAS DE MIRTILEIRO ‘WOODARD’ TRATADAS COM SILICATO DE CÁLCIO OU ÁCIDO SALICÍLICO Francisco de Assis Pujol Goulart1; Caroline Farias Barreto1; Pâmela Carvalho de Lima1; Lucas da Cruz dos Santos1; Lília Sichmann Heiffig-del Aguila2; Doralice Lobato de Oliveira Fischer3; Elizete Beatriz Radmann4; Juan Saavedra del Aguila5 O ácido salicílico é um regulador endógeno do crescimento e está envolvido na regulação de processos fisiológicos da planta como no mecanismo de defesa contra estresses bióticos e abióticos. Já, o silicato de cálcio atua como preventivo de doenças e aumenta a resistência mecânica das células concebendo resistência à planta. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da aplicação foliar do ácido salicílico e do silicato de cálcio na transpiração, condutância estomática e na taxa fotossintética de mudas de mirtileiro ‘Woodard’ de um ano de idade. O experimento foi realizado em viveiro da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) – Campus Itaqui, RS. Os tratamentos foram: T1 (aplicação 50 mL de água destilada via foliar – controle); T2 (7,5 mM de ácido salicílico) e; T3 (12,5 mM de silicato de cálcio). As soluções dos tratamentos T2 e T3 foram diluídas em 50 mL de água destilada e aplicadas via foliar, ao longo de quatro semanas. As avaliações foram realizadas com duas medições por semana, sendo que a primeira antes da aplicação dos tratamentos (Dia 1) e a segunda um dia após (Dia 2). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado em esquema fatorial 3 x 8 (tratamentos x tempo). Os dados foram submetidos ao desvio padrão e ao erro padrão para cada tratamento. Avaliaram-se: transpiração (E) (mmol m-2 s-1), condutância estomática (gs) (mol m-2 s-1) e taxa fotossintética (A) (µmol m-2 s-1). As variáveis analisadas foram realizadas em folhas completamente expandidas, localizadas no terço médio da muda por meio de analisador portátil de fotossíntese em sistema aberto (Li-6400 - Portable Photosynthesis System) com a utilização de luz artificial (1000 mmol m-2 s-1 de radiação fotossinteticamente ativa). Após as análises verificou-se que as mudas de mirtileiro ‘Woodard’ tratadas com ácido salicílico e silicato de cálcio, T2 e T3, respectivamente, apresentaram diminuição na taxa fotossintética, condutância estomática e transpiração, após 24 h de aplicação destes tratamentos ao longo de todo o experimento. Possivelmente, estes resultados estão relacionados as rotas metabólicas, uma vez que as mudas de mirtileiro codificaram a presença de metabolitos primários (Cálcio) e secundários (ácido salicílico) na sua superfície ou nas primeiras camadas epidermais das folhas. A ativação ou desativação destas rotas ligadas ao aparelho fotossintético reduziu a condutância estomática, restringindo o ingresso de dióxido de carbono (CO2) e a saída de vapor de água pelos estômatos localizados nas folhas dos mirtileiros ‘Woodard’. 1 Estudante (s) do Curso de Agronomia, Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) – Campus Itaqui, Rua Luiz Joaquim de Sá Brito s/nº - Bairro Promorar – Cep 97650-000, Itaqui, RS, Brasil. e-mail: [email protected], [email protected], [email protected], [email protected]; 2 Engª Agrª Drª, Pesquisadora da Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS, Brasil. e-mail: [email protected]; 3 Engª. Agrª. Drª, Professora do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense, Pelotas, RS, Brasil; e-mail: [email protected]; 4 Engª. Agrª. Drª., Professora Adjunta da UNIPAMPA – Campus Itaqui, RS, Brasil. e-mail: [email protected]; 5 Engº Agrº Dr., Professor Adjunto da UNIPAMPA – Campus Dom Pedrito, RS, Brasil. e-mail: [email protected]. 14 TROCAS GASOSAS E CONDUTÂNCIA ESTOMÁTICA DE VIDEIRA ‘NIÁGARA ROSADA’ NO PRIMEIRO ANO DE DESENVOLVIMENTO EM CAMPO DEFINITIVO NA REGIÃO DE MAÇAMBARA-RS Juan Saavedra del Aguila1; Clediso Lago2 ; Alex Zanella2; Pâmela Carvalho de Lima2; Gabriel Brum Accorsi2; Lília Sichmann Heiffig-del Aguila3; Elizete Beatriz Radmann4 O conhecimento do comportamento fisiológico das frutíferas em cada região é de vital importância para a utilização correta das diferentes tecnologias disponíveis de produção agrícola, neste sentido, estudos que visem conhecer a ecofisiologia das videiras são fundamentais. No caso da Região da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, são inexistentes dados ecofisiológicos da videira ‘Niágara Rosada’ (Vitis labrusca). Os frutos desta videira são muito apreciados pelo consumidor brasileiro, sendo umas das principais uvas americanas de mesa consumidas no país. Pelo exposto anteriormente, este trabalho teve como objetivo avaliar a transpiração, condutância estomática e a taxa fotossintética da videira ‘Niágara Rosada’ no primeiro ano de desenvolvimento em campo definitivo na região de Maçambara RS. O experimento foi realizado entre os meses de setembro de 2012 a abril de 2013 na propriedade rural da Fazenda Righi, localizada na região de Maçambara – RS. As avaliações foram realizadas quinzenalmente em 30 videiras ‘Niágara Rosada’ que se encontravam no primeiro ano de desenvolvimento em campo definitivo. Os dados foram submetidos ao desvio padrão e ao erro padrão. Avaliaram-se: transpiração (E) (mmol m-2 s-1), condutância estomática (gs) (mol m-2 s-1) e taxa fotossintética (A) (µmol m-2 s-1). As variáveis analisadas foram realizadas em folhas completamente expandidas, localizadas no terço médio da videira por meio de analisador portátil de fotossíntese em sistema aberto (Li-6400 - Portable Photosynthesis System) com a utilização de luz natural. Após as análises verificou-se que as videiras ‘Niágara Rosada’ apresentaram transpiração de 0,29 mmol m-2 s-1 até 2,30 mmol m-2 s-1 ao longo do período do experimento. A condutância estomática variou neste período de 0,012 mol m-2 s-1 a 0,19 mol m-2 s-1, por outro lado, a taxa fotossintética das videiras ‘Niágara Rosada’ esteve entre 0,26 µmol m-2 s-1 e 0,50 µmol m-2 s-1 ao longo de todas as avaliações. As informações apresentadas no trabalho podem ser de muita utilidade para maximizar a taxa fotossintética das videiras ‘Niágara Rosada’ no início do seu desenvolvimento em campo definitivo, sendo que esta taxa fotossintética varia em função de diversos fatores abióticos como a umidade disponível do solo e, fatores bióticos como a fase fenológica da videira. 1 Engº Agrº Dr., Professor Adjunto da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) – Campus Dom Pedrito, Rua Vinte e Um de Abril nº 80 - Cep 96450-000, Dom Pedrito, RS, Brasil. e-mail: [email protected]; 2 Estudante (s) do Curso de Agronomia, UNIPAMPA – Campus Itaqui, RS, Brasil. e-mail: [email protected], [email protected], [email protected], [email protected]; 3 Engª Agrª Drª, Pesquisadora da Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS, Brasil. e-mail: [email protected]; 4 Engª. Agrª. Drª., Professora Adjunta da UNIPAMPA – Campus Itaqui, RS, Brasil. e-mail: [email protected]. 15 SOMA TÉRMICA PARA DESENVOLVIMENTO DA CULTIVAR DE VIDEIRA ‘MERLOT’ OBTIDA POR DIFERENTES MÉTODOS Márcia Denise Rossarolla1, Tiago Camponogara Tomazetti2, André Ricardo Zeist2, Clevison Luiz Giacobbo3, Leocir José Welter4, Cleber Maus Alberto5 O cultivo de videiras é uma atividade passível de ser praticada em várias regiões do mundo, devido a sua adaptação a vários tipos de clima e solo. Porém, a produção de vinhos é restrita a regiões com condições edafoclimáticas adequadas. O cultivo de videiras vêm ganhando espaço na região da fronteira oeste do Rio Grande do Sul, entretanto, pouco se conhece quanto ao desenvolvimento das videiras nesta região. O objetivo com este trabalho foi avaliar diferentes métodos de cálculo da soma térmica para caracterizar a duração dos estágios de desenvolvimento da cultivar de videira ‘Merlot’. O desenvolvimento das cultivares foi acompanhado durante cinco safras (2005/06 a 2009/10). Coletou-se diariamente as temperaturas mínima e máxima do ar, através das quais foi realizado o calculo da temperatura média diária do ar (Tmed). Utilizou-se a temperatura base inferior (Tb) de 10 °C, temperatura ótima (Tot) de 25 °C e temperatura base superior (TB) de 35 °C. O ciclo foi dividido em inicio da brotação ao inicio da maturação (IB – IF), inicio da floração ao inicio da maturação (IF – IM) e inicio da maturação à colheita (IM – C), Foram testados três métodos de soma térmica diária (STD), comparados pelo coeficiente de variação (CV): M1 (STd = (Tmed – Tb).1 dia, se Tmed<Tb, então Tmed=Tb), M2 (STd = (Tmed – Tb).1 dia, se Tmed<Tb, então Tmed=Tb; se Tmed>Tot, então Tmed=Tot) e, M3 (STd = [(Tmax – Tb)0,5].1 dia, quando Tmed<Tot e Tmin<Tb; STd = (0).1 dia, quando Tmax<Tb; STd = (Tmed - Tb).1 dia, quando Tmed<Tot e Tmin>Tb; STd = {(Tot – Tb).[(TB – Tmed)/(TB – Tot)]}.1 dia, quando Tmed>Tot e Tmax<TB; STd = {(TB – Tot).[(TB – Tmed)/(TB – Tot)]}.1 dia, quando Tmed>Tot e Tmax>TB, se Tmax>TB, então Tmax=TB). A soma térmica necessária para completar todo o ciclo variou de 2254 °C dia, 2074 °C dia e 1781 °C dia para M1, M2 e M3 respectivamente, o M3 apresentou o menor CV para os períodos do IB – IF (15,8%) e IF – IM (13,2%), o M2 apresentou menor CV para o IM – C (23,8%), o M1 apresentou os maiores CV durante todas as fases do ciclo de desenvolvimento da videira. Para o ciclo completo o CV foi 16,7%, 13,6% e 10,5%, respectivamente para M1, M2 e M3. Para melhor estimar a duração das fases do ciclo fenológico da cultivar de videira ‘Merlot’ cultivada na fronteira oeste do Rio Grande do Sul, deve ser utilizado o M3. 1 Matemática. Bolsista CNPq Acadêmica do curso de Agronomia. Campus Itaqui – UNIPAMPA, [email protected]; Acadêmico do curso de Agronomia. Campus Itaqui – UNIPAMPA, Rua Luiz Joaquim de Sá Brito, s/nº, B. Promorar, 97650-000, Itaqui/RS, Brasil. [email protected]; [email protected]; 3 Engº. Agrº. Dr. Prof. Adjunto. Campus Chapecó-SC - UFFS. Acesso Canários da terra, s/n, Bairro Seminário. 89813-140, Chapecó-SC. [email protected]; 4 Eng°. Agr°. Dr. Prof. Adjunto. Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, campus Curitibanos, 89.520-000, Curitibanos–SC. [email protected]; 5 Engº. Agrº. Dr. Prof. Adjunto. Campus Itaqui - UNIPAMPA. Rua Luiz Joaquim de Sá Brito, s/nº, B. Promorar, 97650-000, Itaqui/RS, Brasil. [email protected]. 2 16 FOTOSSÍNTESES, TRANSPIRAÇÃO E CONDUTÂNCIA ESTOMÂTICA DE MUDAS DE ARAÇAZEIRO AMARELO APÓS APLICAÇÃO FOLIAR DE SILICATO DE CÁLCIO Pâmela Carvalho de Lima1; Caroline Farias Barreto1; Gabriel Brum Accorsi1; Aline de Melo Monteiro1; Renan Ricardo Zandoná1; Lília Sichmann Heiffig-del Aguila2; Doralice Lobato de Oliveira Fischer3; Elizete Beatriz Radmann4; Juan Saavedra del Aguila5 O silício não é considerado um elemento essencial, entretanto é muito importante para o desenvolvimento de diversas plantas. Vários trabalhos com a aplicação de silício em plantas mostraram uma redução da transpiração (devido ao seu local de acúmulo reduzir o movimento da água na parede celular, incentivando a economia de água pela planta) e melhoria em alguns aspectos da fotossíntese. É comprovado que o silicato de cálcio aumenta a produtividade e quando aplicado em condições de déficit hídrico pode contribuir para a resistência da planta à seca e ao ataque de doenças. O objetivo deste experimento foi avaliar os efeitos da aplicação do silicato de cálcio via foliar na taxa fotossintética (A), transpiração (E) e condutância estomática (gs) em mudas de araçazeiro amarelo. O experimento foi conduzido em vasos na casa de vegetação, na Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) – Campus Itaqui, RS. Os tratamentos foram os seguintes: T1: testemunha (aplicação de água destilada); T2 (10 mM de silicato de cálcio) e T3 (15 mM de silicato de cálcio). O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3 x 8 (tratamentos x tempo). Os tratamentos foram aplicados nas mudas através de pulverizadores manuais. Foram realizadas quatro aplicações, sendo uma por semana. Foram realizadas duas leituras para cada semana, uma antes da aplicação do silicato e outra 24h após a aplicação. O equipamento utilizado para a leitura foi o analisador portátil de fotossíntese em sistema aberto (Li-6400 – Portable Photosynthesis System) com a utilização de luz artificial (1000 mmol m-2 s-1 de radiação fotossintéticamente ativa). Avaliaram-se: taxa fotossintética, transpiração e condutância estomática. Os dados foram submetidos ao teste de Tukey. Tanto a transpiração, quanto a condutância estomática, apresentaram valores crescentes para as mudas tratadas com silicato de cálcio (T2 e T3). Para a taxa fotossintética, os valores obtidos para as mudas tratadas com 15 mM de silicato de cálcio (T3) foram decrescentes após a aplicação do silicato, divergindo das mudas tratadas com 10 mM de silicato de cálcio (T2) que apresentou valores crescentes. 1 Estudante (s) do Curso de Agronomia, Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) – Campus Itaqui, Rua Luiz Joaquim de Sá Brito s/nº - Bairro Promorar – Cep 97650-000, Itaqui, Rio Grande do Sul (RS), Brasil. e-mail: [email protected], [email protected], [email protected], [email protected]; 2 Engª Agrª Drª, Pesquisadora da Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS, Brasil. e-mail: [email protected]; 3 Engª. Agrª. Drª, Professora do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense, Pelotas, RS, Brasil. e-mail: [email protected]; 4 Engª Agrª Drª, Professora Adjunta da UNIPAMPA – Campus Itaqui, RS, Brasil. e-mail: [email protected]; 5 Eng. Agr. Dr., Professor Adjunto da UNIPAMPA – Campus Dom Pedrito, RS, Brasil. e-mail: [email protected]. 17 CARACTERIZAÇÃO DA MATURAÇÃO TECNOLÓGICA DE UVAS DOS CVS. CABERNET SAUVIGNON E MERLOT EM SÃO JOAQUIM, SC Jaqueline Muniz Gerber1; João Felippeto2; Hellen Arantes3 O acompanhamento da maturação e a colheita em época adequada são etapas fundamentais para a obtenção de um vinho de qualidade, já que a uva é uma fruta não climatérica, não evoluindo em maturação após a colheita, desta forma, os teores de açúcares e de ácidos permanecem inalterados após esta fase. Assim alguns cuidados básicos na colheita contribuem para a obtenção de um grau de qualidade do vinho significativamente maior. A uva convenientemente monitorada ao longo da maturação será colhida no momento mais adequado à máxima expressão do seu potencial de qualidade em determinada safra ou região. Assim este trabalho teve por objetivo estabelecer as curvas de maturação tecnológica e maturação fenológica e, assim, determinar o ponto de colheita de uvas das cultivares Cabernet Sauvignon e Merlot, produzidas em cinco áreas diferentes da região de São Joaquim durante o ciclo 2013. As amostras de bagas foram coletadas semanalmente, a partir do ponto de virada de cor, em 50 plantas de cada cultivar, as quais foram levadas para o laboratório de Enoquímica e Microvinificação da Epagri/Estação Experimental de São Joaquim, onde foram imediatamente analisados os parâmetros físico-químicos e fenólicos das uvas. As avaliações realizadas foram: peso de 100 bagas, °Brix, acidez total titulável, pH e índice de polifenóis totais. A partir das análises, foram estabelecidos gráficos da evolução desses parâmetros em função do tempo decorrido. A maturação tecnológica foi caracterizada quando foram observadas a estabilização em todos os parâmetros por 7 dias consecutivos. Na data de colheita estabelecida, os resultados finais obtidos em cada local de cultivo foram agrupados e submetidos ao cálculo das médias (md) dos desvios-padrão (dp), obtendo-se os seguintes resultados, respectivamente para os cvs. C. Sauvignon e Merlot: peso de 100 bagas (md:128,6g e 17395g; dp: 12,3 e 19,1); °brix (md:22,52° e 19,04°; dp: 0,6 e 1,6); pH (md: 3,16 e 3,1; dp: 0,1 e 0,1); acidez total titulável (md: 170,25meq/L e 137,6 meq/L; dp: 15,8 e 27,4).; índice de polifenóis totais (md: 1178,2 Eag/L e 1834,7 Eag/L; dp: 182,6 e 323,3). Os resultados obtidos sugerem que a maturação tecnológica verificada no final do ciclo de 2013 atende os requisitos necessários à obtenção de vinhos finos de qualidade. 1 Estudante de Agronomia pela UDESC-Cav – Estagiária na Epagri – Estação Experimental de São Joaquim – Caixa Postal 81, São Joaquim – SC – CEP 88.600-000 e-mail: [email protected]; 2 Enólogo Msc. Pesquisador da Epagri – Estação Experimental de São Joaquim – Caixa Postal 81, São Joaquim – SC – CEP 88.600-000 e-mail: [email protected]; 3 Eng. Agr. Msc. Doutoranda do PPGA/UFSC/Epagri – Estação Experimental de Lages – Caixa Postal 181, Lages – SC – CEP 88.502-970. 18 CARACTERIZAÇÃO DOS TEORES DE ANTOCIANINAS DE VARIEDADES DE UVAS VINÍFIERAS AUTÓCTONES ITALIANAS EM SÃO JOAQUIM/SC Jaqueline Nogueira Muniz1; Alberto Fontanella Brighenti2; Luciane Isabel Malinovski2; Gabriella Vanderlinde3; Suzeli Simon3; Emilio Brighenti4; Aparecido Lima da Silva5 Os constituintes fenólicos têm uma grande importância enológica, devido ao papel que possuem direta ou indiretamente sobre a qualidade do vinho. As antocianinas são responsáveis pela cor dos vinhos tintos e estão restritas aos tecidos da película das uvas, elas são produzidas durante a maturação e sua concentração nas bagas é influenciada pela safra e pelas condições de cultivo. As diferenças entre uvas tintas dão-se, predominantemente, pelo tipo e pela concentração de antocianinas, o que estende, aos compostos fenólicos, fundamentais na caracterização dos vinhos. O objetivo desse trabalho foi caracterizar o comportamento fenólico a partir do dos teores de antocianinas das variedades autóctones italianas Aglianico, Ancellotta, Lambrusco, Montepulciano, Sagrantino, Sangiovese e Rebo (Vitis vinifera L.), no Planalto Catarinense, especificamente na região de São Joaquim. A unidade de pesquisa foi implantada em agosto de 2006, no espaçamento de 3,00 x 1,50m e sistema de condução tipo espaldeira. Ela está localizada no município catarinense de São Joaquim, na Estação Experimental de São Joaquim - EPAGRI (28°16'30,08”S, 49°56'09,34”O, altitude 1.400m) e foi avaliada no ciclo 2010/2011. A coleta de bagas foi realizada quinzenalmente, retirandose 150 bagas de 50 plantas. Para a extração de antocianinas, foram selecionadas 50 bagas, as cascas foram separadas da polpa, posteriormente pesadas e adicionado metanol acidificado (1% de ácido clorídrico). Após a primeira extração, este extrato foi filtrado e separado. A quantificação de antocianinas monoméricas totais (AMT) foi realizada através do pH diferencial, seguindo a metodologia descrita por Giusti e Wrolstad. As variedades colhidas em 13/04/2013, Ancellotta, Rebo e Sagrantino, apresentaram respectivamente 1961,55; 523,8 e 309,69 mg L-1 de antocianinas. As variedades Sangiovese e Lambrusco, ambas colhidas em 26/04/2013, apresentaram 220,67 e 719,0 mg L-1 de antocianinas. A variedades mais tardias, Aglianico e Montepulciano foram colhidas no dia 02/05/2013, estas com 585,55 e 528,37 mg L-1 de antocianinas. As variedades Ancellotta e Lambrusco se destacaram com o elevado teor de antocianinas, no entanto, esses valores são baixos quando comparados com os obtidos em suas respectivas regiões de origem na Itália, as demais variedades apresentaram teores de antocianinas similares aos encontrados na Itália. Cada variedade tem um potencial característico aos fatores ambientais, que determina os diferentes níveis de acúmulo de compostos nas uvas, ou seja, a interação do genótipo-ambiente resulta em diferentes comportamentos. Assim, a diversidade climática e técnicas de cultivo determinam variações importantes na composição das uvas produzidas. 1 Bióloga, Doutoranda PPGA-RGV/UFSC - Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia/UFSC – Caixa Postal 476 – Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]; 2 2 Eng. Agr. Doutorando PPGA-RGV/UFSC - Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia/UFSC – Caixa Postal 476 – Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]; [email protected]; 3 Eng. Agrª. Mestranda PPGA-RGV/UFSC - Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia/UFSC – Caixa Postal 476 – Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]; [email protected]; 4 Eng. Agr., M.Sc. Pesquisador Epagri – Estação Experimental de São Joaquim. E-mail: [email protected]; 5 Professor Dr. Departamento de Fitotecnia, Universidade Federal de Santa Catarina – – Caixa Postal 476 – Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]. 19 DESEMPENHO VITÍCOLA DA VARIEDADE MERLOT (Vitis Vinifera L.) CULTIVADA EM DIFERENTES REGIÕES DE ALTITUDE ELEVADA DE SANTA CATARINA Suzeli Simon1; Alberto Fontanella Brighenti2; Gabriella Vanderlinde3; Bruno Munhoz4; Tiago Ribeiro5; Juliana Fátima Welter6; Aparecido Lima da Silva7 Atualmente a vitivinicultura brasileira está em expansão e Santa Catarina é um dos estados que tem se destacado na atividade, especialmente regiões de altitude (acima de 900 metros), devido suas condições edafoclimáticas particulares. Portanto nessas regiões a produção de uvas (Vitis vinifera L.) permite a elaboração de vinhos finos de qualidade. O objetivo deste trabalho foi caracterizar o desempenho vitícola da variedade Merlot cultivada em dois locais e duas faixas da altitude diferentes, Campo Belo do Sul (27°40’4”S, 50°44’48” W, altitude 950 metros) e São Joaquim (28°16'30,08”S, 49°56'09,34”, altitude de 1.400m), durante o ciclo produtivo 2012/2013. Em ambos os vinhedos as variedades Merlot estão enxertadas em Paulsen 1103, conduzidas no sistema espaldeira e foram plantadas em 2006. Para a definição dos estádios fenológicos, foi utilizada a metodologia de Baillod & Baggiolini. Quinzenalmente foram determinados os sólidos solúveis totais (°Brix), a acidez total titulável (meq L-1) e o pH. Na unidade experimental de menor altitude, em Campo Belo do Sul, a variedade Merlot apresentou o ciclo mais precoce, sendo o início da brotação em 12/09/12, a plena floração em 20/10/2013, o início da maturação em 31/12/12 e a colheita em 20/02/13. Na unidade experimental de maior altitude, em São Joaquim a variedade Merlot apresentou ciclo mais tardio, tendo o início da brotação em 11/09/12, a plena floração em 24/11/2013, o início da maturação em 23/01/13 e a colheita em 09/04/13. Apesar da brotação ter ocorrido praticamente na mesma data em ambas as regiões, foi observado um atraso no ciclo de aproximadamente um mês na região de maior altitude. Em Campo Belo do Sul a duração do ciclo da variedade Merlot foi de 162 dias e em São Joaquim foi de 182 dias. No momento da colheita a variedade Merlot apresentou 21,3 °Brix, acidez total titulável de 80 meq L-1, pH de 3,3 e produtividade de 3,18 Kg planta-1 e 10,6 ton ha-1 no vinhedo em Campo Belo do Sul. Já em São Joaquim no momento da colheita a variedade Merlot apresentou 19 °Brix, acidez total titulável de 128 meq L-1, pH de 3,1 e produtividade de 1,45 Kg planta-1 e 4,8 ton ha-1. Graças ao clima frio das regiões de maior altitude, a degradação dos ácidos será sempre mais lenta e, como consequência, os teores de acidez titulável sempre serão mais elevados nas uvas e vinhos produzidos em São Joaquim. De acordo com as características de fenologia e índices de maturação obtidos em ambos os locais, observa-se que a variedade Merlot apresentou desempenho agronômico adequado para a produção de uvas de qualidade. 1 Eng. Agrª. Mestranda PPGA-RGV/UFSC - Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia/UFSC – Caixa Postal 476 – Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]; 2 Eng. Agr. Doutorando PPGA-RGV/UFSC - Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia/UFSC – Caixa Postal 476 – Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]; 3 Eng. Agrª. Mestranda PPGA-RGV/UFSC - Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia/UFSC – Caixa Postal 476 – Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]; 4 Estudante de Agronomia UFSC – Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia/UFSC Caixa Postal 476 – Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]; 5 Estudante de Agronomia UFSC – Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia/UFSC Caixa Postal 476 – Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]; 6 Estudante de Agronomia UFSC – Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia/UFSC Caixa Postal 476 – Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]; 7 Professor Dr. Departamento de Fitotecnia, Universidade Federal de Santa Catarina – Caixa Postal 476 – Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]. 20 AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DO FEGATEX NO CONTROLE DA SARNA DA MACIEIRA (Venturia inaequalis Cke. Wint), CV. GALA. SÃO JOAQUIM, SC. CICLO 2012/13 Adriano Alves Pimenta1; José Itamar da Silva Boneti2; Yoshinori Katsurayama2 A sarna, causada pelo fungo Venturia inaequalis, é a principal doença da macieira em todas as regiões produtoras de maçã, principalmente nas de maior altitude e mais frias. Em anos de epidemia severa, a sarna pode causar perda total da produção, caso não sejam adotadas medidas eficientes de controle. O controle da sarna tem como base o uso de fungicidas protetores, aplicados antes de um período chuvoso, haja vista a ocorrência generalizada de resistência de V. inaequalis aos fungicidas DMIs e Estrobilurinas. Assim, é importante a busca por novas moléculas com ação retroativa e ou alternativas visando melhorar o sistema de controle da sarna. O objetivo do presente ensaio foi avaliar o efeito do fungicida Fegatex, aplicado isoladamente ou em mistura com fungicidas, no controle da sarna da macieira em condições de campo. O ensaio foi conduzido no ciclo 2012/2013 em macieiras, cv. Gala, altamente suscetível à sarna, com 10 anos de idade, com espaçamento 5,0 x 2,0 m, no delineamento inteiramente ao acaso. Os tratamentos foram: 1) Testemunha; 2) Fegatex (300 mL/100 L); 3) Fegatex + Captan SC (300 mL+250 mL/100 L); 4) Fegatex + Score (300 mL+14 mL/100 L); 5) Fegatex + Fitofós K Plus (300 mL+200 mL/100 L) e 6) Fegatex + Dithane NT (300 mL+200g/100 L), o volume de calda utilizado foi de 1.000 l/ha. Foram realizadas 9 pulverizações em intervalos de 7 dias, sendo a primeira, preventivamente, em 15/09/2012 e a última em 10/11/2012. Na avaliação da severidade da Sarna na folha o Fegatex (300 mL/100 L), aplicado isoladamente, foi tão eficiente quanto o Dithane NT (200 g/100 L) e melhor do que Score (14 mL/100 L) já desgastado pelo problema de resistência. Já as misturas Fegatex+Score (300 mL+14 mL/100 L), Fegatex+Dithane NT (300 mL+200 g/100 L) proporcionaram melhores índices de controle do que Score (14m L/100 L) e Dithane NT (200 g/100 L) aplicados isoladamente. As misturas proporcionaram índices de controle acima de 90%. As misturas Fegatex+Captan SC (300 mL+250 mL/100 L) e Fegatex+Fitofos K Plus (300 mL+200m L/100 L), também foram muito eficientes, com índices de controle acima de 98,0%. A avaliação de severidade nos frutos evidenciou que para o Dithane NT (200g/100 L) apresentou eficiência mediana, com 60,9% de controle, enquanto que novamente as misturas de Fegatex+Score e Fegatex+Dithane NT (75,9% e 90,5% respectivamente) foram superiores aos fungicidas Score e Dithane NT aplicados isoladamente. Fegatex+Captan SC e Fegatex+Fitofos K Plus, também foram muito eficientes no controle da sarna nos frutos da macieira. Para o manejo da Sarna da macieira o Fegatex (300 mL/100 L) é eficiente no controle da sarna nas folhas da macieira, nos frutos é similar ao fungicida Score (14 mL/100 L). Entretanto, se o Fegatex for aplicado em mistura com Dithane NT ou Score, potencializa o efeito do tratamento, chegando a 98,8% de controle. Em mistura com Captan SC e Fitofos K Plus é muito eficiente, tanto nas folhas quanto nos frutos. As lesões de sarna pulverizadas com Fegatex apresentam aspecto de erradicadas evidenciando a ação antiesporulante deste produto (ação de pós-sintoma). 1 Engenheiro Agrônomo, M.S Produção Vegetal, Pesquisador da BR3 Tecnologia e Industria, E-mail: [email protected]; 2 Engenheiro Agrônomo, M.S Fitopatologia, Pesquisador da EPAGRI, E-mail: [email protected]. 21 INIBIÇÃO DO CRESCIMENTO in vitro DE Marssonina mali SOB EFEITO DE DIFERENTES FUNGICIDAS Alana Karine Baldicera1; Walter Ferreira Becker2; João Peterson Pereira Gardin3 Diplocarpon mali (Marssonina mali Henn), é o agente causal da Mancha de Marssonina em macieira, doença fúngica considerada secundária mas que em algumas regiões produtoras e dependendo da cultivar atinge importância dentre as doenças desta cultura, no sul do Brasil. O presente trabalho objetivou avaliar a eficiência de alguns fungicidas e indicar um possível princípio ativo com potencial para controle desta mancha foliar. O isolado fúngico foi obtido a partir de folhas de macieira cv. Royal Gala. Procedeu-se a coleta de folhas com sintomas e o seu acondicionamento em câmara úmida. Conídios foram retirados diretamente da lesão foliar e transferidos, com auxílio de um estilete, para uma lâmina escavada contendo água estéril. Uma gota desta suspensão de esporos foi estriada em placa contendo meio ágar/água para diluição dos conídios e obtenção de isolado monospórico. O isolado cresceu por quinze dias a 25°C±1 em meio BMA (batata, malte, ágar) e após a esporulação, uma suspensão 107 esporos mL-1 foi utilizada para teste de patogenicidae (Postulados de Koch). Discos de 0,12 mm de micélio do fungo foram transferidos para placas de Petri com o meio BMA contendo as diferentes concentrações de fungicidas. As placas foram incubadas a 25°C±1 e avaliaram-se os resultados medindo-se a cada quatro dias, o crescimento do diâmetro micelial da colônia em dois sentidos, perpendicularmente, com auxílio de paquímetro. Os tratamentos foram constituídos pelos fungicidas: 1) tiofanato metílico; 2) mancozeb; 3) captana; 4) difenoconazol e 5) metiran, com cinco concentrações do ingrediente ativo (0,1; 1 ;10 ;100 e 1000 mg L-1 ) e uma testemunha com ausência de fungicida. Foram instalados cinco ensaios, um para cada princípio de fungicida, seguindo um delineamento inteiramente casualizado, com cinco repetições, cada parcela constituída por uma placa de Petri. Os dados foram submetidos à análise de variância (P<0,05), quando significativa, procedeu-se a análise de regressão. Calculou-se a ED50 e a concentração mínima inibitória – CMI (intervalo entre concentrações dos fungicidas capaz de inibir totalmente o crescimento micelial do fungo) a partir dos valores de porcentagem de inibição do crescimento micelial em relação ao tratamento testemunha. A CMI encontrada para todos os fungicidas foi maior que 1000 mg.L1 em que captana inibiu 23% do crescimento micelial, mancozeb 72,4%, tiofanato metílico 79,1%, metiran 81,8% e difenoconazol 27,3%. O isolado de M. mali foi classificado como insensível de acordo com as categorias de sensibilidade aos fungicidas: Alta Sensibilidade (AS) onde ED50 < 1 mg.L-1: Moderada Sensibilidade (MS) onde ED50 1-10 mg.L-1; Baixa Sensibilidade (BS) onde ED50 10-50 mg.L-1; Insensibilidade (I) onde ED50 > 50 mg.L–1 Os fungicidas foram classificados em quatro categorias de eficiência, de acordo com a ED50: alta (A); moderada (ME); baixa eficiência (BE) e ineficiência (I). Houve insensibilidade do fungo aos fungicidas difenoconazol, metiran captana, tiofanato metílico e mancozeb (ED50= 123,7; 416,3; 258,4; 187,2 e 424,5, respectivamente). Dentro da dosagem avaliada os fungicidas foram classificados como ineficientes (ED50 > 50 mg.L-1) para o controle in vitro da Marssonina mali. 1 Graduanda em Biotecnologia Industrial/UNOESC, bolsista de Iniciação Científica CNPq, Estação Experimental de Caçador. Cx P 591. 89500-000, Caçador, SC. E-mail: [email protected]; 2 Eng. Agrônomo, D.S. Pesquisador Epagri/Estação Experimental de Caçador. Cx P. 591. 89500-000, Caçador, SC. E-mail: [email protected]; 3 Eng. Agrônomo, Doutor, Departamento Pesquisa, Epagri/Estação Experimental de Videira. Cx P. 21. 89560-000, Videira, SC. E-mail: [email protected]. 22 MONITORAMENTO POPULACIONAL DE MOSCAS-DAS-FRUTAS (Anastrepha fraterculus) EM POMAR DE PESSEGUEIROS CV. CORAL EM VERANÓPOLIS-RS Amanda Heemann Junges1, Rafael Anzanello2, Ivone Deconto Furlan3, Cláudia Martellet Fogaça4 A mosca-das-frutas sul americana (Anastrepha fraterculus) é uma das principais pragas primárias da cultura do pessegueiro. A perda de consistência da polpa, decorrente da infestação larval da mosca-das-frutas, deprecia a qualidade dos frutos e compromete a rentabilidade da exploração econômica de pessegueiros. O monitoramento da população de moscas-das-frutas é fundamental para mensuração do potencial desta em causar danos e para avaliação da necessidade de aplicação de produtos fitossanitários. O objetivo deste trabalho foi monitorar a população de moscas-das-frutas em pomar de pessegueiros cv. Coral, localizado na estação experimental da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) em Veranópolis-RS. Para isso, foram empregadas armadilhas confeccionadas com frascos plásticos incolores (garrafas pet) com capacidade de 500 mL e seis orifícios de aproximadamente 0,5 cm de diâmetro, contendo as seguintes soluções atrativas (tratamentos): água, sucos em pó de pêssego e de maracujá (diluição de 30g em 1L), fermentado acético de álcool com vinho tinto (diluição 50%) e proteína hidrolisada 5% (diluição 50%). As armadilhas foram colocadas em oito plantas aleatórias do pomar, sendo que cada planta recebeu uma armadilha de cada tratamento. O monitoramento foi realizado semanalmente (de 26/10/2012 a 20/12/2012) por meio da contagem do número de moscas-das-frutas capturadas em cada armadilha. Os resultados indicaram que o número de moscas-das-frutas capturadas nas armadilhas foi crescente da 1ª avaliação (2) à 7ª avaliação (227) e decrescente a partir desta, o que pode ser associado à colheita dos frutos, realizada em 07/12 (entre a 7ª e a 8ª avaliações). No período analisado, foram coletadas 417 moscas-das-frutas, sendo 20% (83 moscas) na 6ª avaliação (28/11) e 54,5% (227 moscas) na 7ª avaliação, período final de maturação dos frutos e de colheita. As armadilhas com proteína hidrolisada foram as que capturaram o maior número de moscas-das-frutas, em todas as semanas de avaliação. Considerando o número total de moscas-das-frutas capturadas no experimento, 73,4% foram em armadilhas com proteína hidrolisada. O número de moscas/frasco/dia no atrativo proteína hidrolisada foi de 0,75 (6ª avaliação), 3,2 (7ª avaliação) e 0,57 (8ª avaliação), valores superiores ao parâmetro indicado para aplicação de inseticidas no controle de moscas-dasfrutas (0,5 moscas/frasco/dia). É importante salientar que, nos demais atrativos, o número de moscas/frasco/dia não atingiu o nível de controle em nenhuma das avaliações. O monitoramento indicou que a população de moscas-das-frutas é maior no período de maturação dos pêssegos e que proteína hidrolisada é o atrativo alimentar que permite maior captura de insetos. Experimentos serão realizados nas safras seguintes para verificar a eficiência dos atrativos e de diferentes tipos de armadilhas na captura de moscas-das-frutas, bem como a influência das variáveis meteorológicas na flutuação populacional deste inseto. 1 Eng.Agr., Dra. Agrometeorologia – Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária - Fepagro Serra – Caixa Postal 44, Veranópolis-RS – CEP: 95330-000. [email protected]; 2 Eng.Agr., Dr. Fruticultura – Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária - Fepagro Serra – Caixa Postal 44, VeranópolisRS – CEP: 95330-000. [email protected]; 3 Graduanda do Curso Superior de Tecnologia em Horticultura – IFRS Campus Bento Gonçalves – Caixa Postal 135, Bento Gonçalves-RS – CEP: 95700-000. [email protected]; 4 Bióloga, Dra. Melhoramento Genético – Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária - Fepagro Serra – Caixa Postal 44, Veranópolis-RS – CEP: 95330-000. [email protected]. 23 ATRATIVOS ALIMENTARES PARA O MONITORAMENTO DE ADULTOS DA MOSCA-DAS-FRUTAS SUL-AMERICANA NA CULTURA DA AMEIXEIRA Cristiano João Arioli1; Ruben Machota Junior2; Marcos Botton3; Vicente de Paula Morais de Oliveira4; Jonas Luiz Trombetta5 Nos últimos anos, falhas significativas no controle da mosca-das-frutas sul-americana Anastrepha fraterculus (Wied., 1830) (Diptera: Tephritidae) tem sido observadas em pomares em diversas culturas. Uma das principais justificativas para esse problema é decorrente do sistema de monitoramento (baseado na utilização de suco de uva a 25% como atrativo). Este atrativo não tem sido confiável, principalmente no período de pré-colheita das frutas, onde em hipótese, as moscas não são atraídas pelas armadilhas em função da grande presença de voláteis emitidos pelas frutas maduras ou em decomposição. Neste trabalho, avaliou-se a eficácia de atrativos alimentares na captura de adultos de A. fraterculus na cultura da ameixeira. O trabalho foi conduzido em cinco pomares convencionais da cv. ‘Letícia’, com 12 anos de idade, localizados no município de Videira, SC, durante os meses de dezembro de 2012 a janeiro de 2013. Os atrativos alimentares avaliados foram: CeraTrap® (BioIbérica S.A., sem diluição); Torula (Isca Tecnologias Ltda., três pastilhas/L); BioAnastrepha ® (BioControle – Métodos de Controle de Pragas Ltda., 50mL/L); suco de uva tinto (Embrapa Uva e Vinho, 250mL/L) e, água como testemunha. Os atrativos alimentares foram colocados num volume de 300mL no interior de armadilhas McPhail amarelas, dispostas nas bordas dos pomares e distanciadas 20 metros entre si. A contagem do número de moscas-das-frutas capturadas e o rotacionamento das armadilhas foram realizadas semanalmente, bem como a troca dos atrativos, com exceção da Torula (a cada 15 dias) e CeraTrap ® (sem troca, apenas reposição do conteúdo perdido por evaporação). Por ocasião das coletas, as moscas-das-frutas foram contadas, separadas por sexo e identificadas. O experimento foi delineado em blocos ao acaso com cinco repetições (uma por pomar). O número de insetos capturados por semana foi submetidos à análise da variância e as médias comparadas pelo teste Tukey (p<0,05). O total de moscas-das-frutas capturadas durante todo o período de avaliação foi maior nas armadilhas iscadas com o atrativo alimentar CeraTrap®, com média de 0,33 MAD (moscas/armadilha/dia), diferindo (p<0,05) dos demais atrativos avaliados (BioAnastrepha, Torula e suco de uva tinto), que capturaram uma média de 0,14, 0,09 e 0,06 MAD, respectivamente, comprovando a reduzida atratividade do suco de uva. Em todos os atrativos, a proporção de fêmeas de A. fraterculus capturadas foi maior do que a de machos da espécie. O maior pico de capturas e, o único acima do nível de dano econômico, ocorreu na primeira semana do mês de janeiro, com 1,1 MAD nas armadilhas iscadas com o atrativo CeraTrap®. Apoio: FINEP/OEPAS; Epagri; Embrapa Uva e Vinho. 1 Eng. Agr., Dr., Pesquisador da Estação Experimental de Videira. Empresa de Pesquisa e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), Caixa Postal 21, 89560-000, Videira, SC. E-mail: [email protected]; 2 Eng. Agr., Me., Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade (PPGFs). Universidade Federal de Pelotas (UFPel), 96010-970, Pelotas, RS. Bolsista CNPq. E-mail: [email protected]; 3 Eng. Agr., Dr., Pesquisador da Embrapa Uva e Vinho, Caixa Postal 130, 95700-000, Bento Gonçalves, RS. E-mail: [email protected]; 4 Técnico em Agropecuária. Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Catarinense (IFC), Campus Videira, Rodovia SC 303, Km 5. 89.560-000, Videira. E-mail: [email protected]; 5 Técnico em Agropecuária. Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Catarinense (IFC), Campus Videira, Rodovia SC 303, Km 5. 89.560-000, Videira. 24 LEVANTAMENTO DE MOSCA-DAS-FRUTAS DO GÊNERO Anastrepha EM HOSPEDEIROS NATIVOS E COMERCIAIS EM POMARES DE PORTO AMAZONAS, PARANÁ Débora Gabardo1; José Antonio da Silva Tomba2; Waleria Pacheco; Edson Chappuis; Lino Bittencourt Monteiro3 As moscas-das-frutas são importantes pragas no cultivo de frutíferas, pertencentes a família Tephritidae. Dentre os gêneros que possuem espécies consideradas como pragas de importância econômica destaca o gênero Anastrepha. Sua capacidade de se adaptar a uma ampla gama de plantas frutíferas, tanto nativas, quanto cultivadas, favorece sua sobrevivência e aumento da população. O objetivo foi identificar as espécies de Anastrepha e seus hospedeiros nativos e comerciais em pomar de Porto Amazonas, PR. Selecionou-se um pomar de frutas de clima temperado (pêssego, maçã e pera) com fragmentos de Mata Atlântica. Foram coletados frutos maduros ou em processo de maturação em plantas comerciais (maçã cv. Eva e pera cv. Kossui) e nativas (nêspera, amora e cereja) nas matas adjacentes as parcelas comerciais, no período de setembro de 2012 a março de 2013. Os frutos foram levados ao Laboratório de Manejo Integrado de Pragas (LAMIP) da UFPR, previamente identificados com o nome do hospedeiro, o peso dos frutos e a data de coleta. Foram acondicionados em bandejas plásticas contendo uma fina camada de vermiculita esterilizada, sendo semanalmente peneirada e os pupários separados e transferidos para recipientes plásticos até a emergência do adulto. As fêmeas emergidas foram separadas e armazenadas em frascos de vidro com álcool (75%) para identificação, segundo chave geral de espécies do gênero Anastrepha, descrita por Zucchi (2000) com o apoio da professora Keiko Uramoto (USP). Foram coletadas 230 indivíduos em frutos, sendo que 107 eram fêmeas, as quais foram identificadas como: Anastrepha fraterculus (Wied.) e Ceratitis capitata (Wied.). A predominância foi de A. fraterculus (99,9%). A maior ocorrência de mosca-das-frutas (machos e fêmeas) foi em nêspera (Eryobotria japônica) (48,7%), seguidas por maçã cv. Eva (29%), pêra cv. Kossui (24%) e cereja (Eugenia involucrata) (6%). O único indivíduo de C. capitata foi encontrado em amora (Morus nigra). C. capitata não é uma espécie comum na região metropolitana de Curitiba, entretanto dois exemplares foram encontrados nessa região em 2009/10. As avaliações prévias permitem afirmar que o potencial das moscas-das-frutas em causar danos em maçã e pera são elevados. A presença de moscas em hospedeiros nativos deve ser considerada como um possível reservatório de inimigos naturais que poderiam colaborar com uma estratégia sustentável de controle de mosca-das-frutas. Levantamentos de parasitoides foram feitos e estão em fase preliminar de identificação. 1 Graduanda em Engenharia Agronômica, pela Universidade Federal do Paraná. email: [email protected]; Graduando em Engenharia Agronômica, pela Universidade Federal do Paraná. email: [email protected]; 3 Professor Doutor em Engenharia Agronômica da Universidade Federal do Paraná – Rua dos Funcionários, 1540, Juvevê, Curitiba, Paraná. 2 25 MANCHA DE MICOSFERELA E IMPACTO DA PODA SANITÁRIA EM CULTIVARES DE MORANGUEIRO DE DIAS NEUTROS EM PRODUÇÃO ORGÂNICA Eduardo Cesar Brugnara1; Mauro Porto Colli2; Janice Valmorbida3; Tatiana da Silva Duarte4 Novas cultivares de morangueiro de dias neutros foram introduzidas recentemente no Brasil. Porém, pouco se conhece sobre seu comportamento nessas condições ambientais. Na produção orgânica, a resistência a doenças é uma característica importante da cultivar, e o toalete é uma das principais medidas de manejo das doenças da parte aérea. Nesse contexto, foi realizado um experimento com o objetivo de avaliar novas cultivares de morangueiro de dias neutro frente à Micosphaerela fragarie e o impacto da poda sanitária (toalete) de folhas no dossel, em diferentes ambientes de cultivo, sob manejo orgânico. O experimento foi conduzido em Xanxerê, SC, em delineamento inteiramente casualizado e esquema fatorial duplo, com três réplicas. Os tratamentos foram as cultivares Aromas, Monterey, Portola e San Andreas, combinadas com os ambientes sem cobertura, coberto com filme de polietileno transparente e leitoso. O plantio foi realizado em 28 de junho de 2012 com mudas frigoconservadas. O manejo foi realizado conforme as normas de produção orgânica. As avaliações foram realizadas mensalmente de setembro a dezembro, na ocasião em que foram realizadas as toaletes. Foram contadas as folhas de três plantas por parcela e após foram retirados os folíolos que apresentavam manchas foliares e os senescentes. Os folíolos com manchas foram avaliados quanto à presença de sintomas e severidade da doença, utilizando escala diagramática. Em 11 de janeiro de 2013 apenas a incidência foi avaliada. Foram calculadas as área abaixo das curvas de progresso da incidência da doença (AACPDi) e da severidade (AACPDs). Também foram calculados o número de folíolos emitidos e os folíolos remanescentes após o toalete. Os dados foram analisados através de análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey (α=0,05). Não houve interação significativa entre o efeito de ambiente de cultivo e cultivar. O efeito do ambiente de cultivo foi o único efeito significativo observado na AACPDi, em que o tratamento sem cobertura apresentou a maior média, 19,7, contra 8,3 e 6,3 dos filmes transparente e leitoso, respectivamente . Na terceira avaliação, o número de folíolos emitidos acumulado no tratamento sem cobertura foi 62, superior ao do filme leitoso que foi 43, bem como o número residual de folíolos, mas a diferença não persistiu até a avaliação de dezembro. As cultivares não diferiram quanto à AACPDi, mas sim quanto à AACPDs. A AACPDs da Aromas (0,006) foi menor que da Monterey (0,03) e San Andreas (0,02), e nenhuma diferiu de Portola (0,017). O número de folíolos emitidos e o saldo de folíolos após o toalete foi menor na cultivar San Andreas do que na Aromas, com exceção da primeira avaliação. Na avaliação de dezembro, os números de folíolos emitidos e remanescentes na cultivar Aromas foram, respectivamente,78,0 e 73,1, ao passo que na San Andreas foram 46,0 e 38,3. Como conclusão, os ambientes cobertos por filme de polietileno reduzem a incidência de M. fragarie em morangueiro. A intensidade da mancha de micosferela é menor na cultivar Aromas do que nas cultivares Monterey e San Andreas. A cultivar San Andreas sofre maior impacto do toalete no dossel vegetativo do que a Aromas, devido ao menor número de folhas emitidas. Apoio: FAPESC. 1 Engenheiro-agrônomo. M.Sc. Pesquisador do Centro de Pesquisa para Agricultura Familiar (EPAGRI) - Caixa Postal 791, Chapecó, SC – Cep: 89801-970. e-mail: [email protected]; 2 Engenheiro-agrônomo. Professor da Sociedade Porvir Científico La Salle – Rodovia SC 480 - Km 8 - Linha Santa Terezinha - Cx Postal 16 - Cep 89820-000 – Xanxerê - SC. e-mail : [email protected]. 3 Engenheira Agrônoma. Drª. Pesquisadora Epagri/Estação Experimental de Caçador. Cx. P. 591. 89.500-000. Caçador, SC. [email protected]; 4 Engenheira Agrônoma. Drª. Pesquisadora Epagri/Estação Experimental de Ituporanga. Cx. P. 1251. 88.400-000. Ituporanga, SC. [email protected]; 26 AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DO CONTROLE QUÍMICO DA ANTRACNOSE EM CAQUI Eliane Rute de Andrade1; Edegar Luiz Peruzzo2; Edson Luiz Souza3 O caquizeiro (Dyospyrus kaki L.) é uma planta tipicamente subtropical, com ampla capacidade de adaptação às condições ambientais do Brasil. Entretanto, nas principais regiões produtoras, a antracnose causada pelo fungo Colletotrichum gloeosporioides tem causado sérios prejuízos aos produtores. O fungo incide sobre ramos e frutos, causando manchas e lesões que provocam perdas de até 100% em algumas cultivares como a Kyoto. Objetivando avaliar a eficiência do controle químico da doença a campo, comparou-se 20 plantas tratadas com fungicidas e 20 não tratadas (testemunha) da cultivar Fuyu, na safra 2012-13, totalizando 40 parcelas. As pulverizações foram realizadas alternadamente a cada dez dias, em média, a partir da plena floração até a pré-colheita, com os seguintes princípios ativos (g/mL do produto comercial em 100 L de água): tebuconazole, difenoconazole, tiofanato metílico e metiram+piraclostrobina. Por ocasião da colheita, avaliou-se a incidência da doença em 30 frutos maduros, de cada parcela, colhidos ao acaso. Pelos resultados obtidos, observou-se que a incidência da doença foi em média de 11% nas plantas tratadas e de 32% nas testemunhas, evidenciando a eficácia do controle químico da antracnose do caqui a campo. Novos experimentos serão realizados testando outros princípios ativos no controle do fungo, objetivando diminuir ao máximo a doença nos frutos colhidos. 1 Engª. Agrª. Dra. Pesquisadora da Epagri, Estação Experimental de Videira, Caixa Postal 21, Videira, SC, 89560-000, email: [email protected]; 2 Eng. Agr. M.Sc. Pesquisador da Epagri, Estação Experimental de Videira, Caixa Postal 21, Videira, SC, 89560-000, e-mail: [email protected]; 3 Eng. Agr. Dr. Pesquisador da Epagri, Estação Experimental de Videira, Caixa Postal 21, Videira, SC, 89560-000, e-mail: [email protected]. 27 EFEITO DE FERTILIZANTES FOLIARES SOBRE DIFERENTES ESTÁGIOS DE VIDA DO ÁCARO RAJADO Tetranychus urticae (KOCH, 1836) (ACARI: TETRANYCHIDAE) EM MORANGUEIRO Elisângela Caroline Weber Galzer1; Milena Zanella Pimentel2; Marcos Botton3 O ácaro-rajado Tetranychus urticae (Koch, 1836) (Acari: Tetranychidae) é uma das principais pragas da cultura do morangueiro na Região Sul do Brasil. O ataque resulta no amarelecimento e secamento das folhas, com consequente redução na produção. Embora existam alternativas de controle biológico, o emprego de acaricidas sintéticos ainda é a principal estratégia empregada pelos produtores para o controle da espécie. Nesse trabalho foi avaliado o efeito dos fertilizantes foliares Orobor® e Akro-D® pulverizados sobre os diferentes estágios de vida do ácaro rajado. O bioensaio foi conduzido em laboratório utilizando câmaras climatizadas tipo B.O.D. (temperatura 25±2ºC, UR% de 60±10% e fotofase de 14 horas). Para cada fase de desenvolvimento de T. urticae (ovo, larva, protoninfa, deutoninfa e adulto) foi realizado a montagem de 10 arenas (4 cm de diâmetro) em folhas de morangueiro da cv Aromas nas quais foram inoculados cinco indivíduos em cada estágio. Os tratamentos avaliados foram: Orobor® (5 e 10mL/100L), Akro-D® (5 e 10mL/100L), abamectina (Vertimec 18 EC, 1mL /100L) e testemunha (água destilada). Os tratamentos foram pulverizados sobre as arenas contendo os indivíduos de cada fase, utilizando-se torre de Potter calibrada para uma deposição de 1,8±0,1mg de calda por cm2 de folha (pressão de 0,703 kg.cm-2 e volume de calda de 2mL para cada aplicação). Após a pulverização, as folhas foram mantidas à sombra, por três horas, para a secagem dos resíduos. As avaliações foram realizadas 48 horas e 120 horas após aplicação (HAA). O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado empregando-se 10 repetições com 5 indivíduos cada. Os dados de sobrevivência foram avaliados pelo método não paramétrico GLM com comparações múltiplas pelo teste de Tukey, (p<0,05) corrigindo-se a mortalidade segundo Abbott (1925). Nenhum tratamento apresentou efeito letal sobre a fase de ovo quando comparado com a testemunha, com viabilidade superior a 70% em todos os tratamentos. A abamectina proporcionou mortalidade das fases de larva (96%), protoninfa (88%), deutoninfa (87,5%) e adulto (72%) às 120HAA. O fertilizante foliar Orobor® a 1% apresentou mortalidade significativa de 56% nas 120HAA somente para a fase de larva não afetando as demais fases. A mortalidade causada pelo Akro-D® em todas as fases, não diferiu da testemunha independente da dosagem aplicada. 1 Graduanda em Ciências Biológicas Licenciatura e Bacharel, UCS - Universidade de Caxias do Sul. Laboratório de Entomologia Embrapa Uva e Vinho - Caixa Postal 130, CEP: 95700-000 Rua Livramento, Bento Gonçalves/RS, Brasil. [email protected]; 2 Eng. Agrônoma, Mestranda em Fitotecnia, UGRS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Laboratório de Acarologia Agrícola - Caixa postal 7712, CEP: 91540-000, Av. Bento Gonçalves, Porto Alegre/RS, Brasil. mi.zanella@gmail; 3 Pesquisador, Dr. Embrapa Uva e Vinho - Caixa Postal 130, CEP:95700-000, Rua Livramento, Bento Gonçalves/RS, Brasil. [email protected]. 28 AVALIAÇÃO DE ATRATIVOS ALIMENTARES NO MONITORAMENTO DE Anastrepha fraterculus (DIPTERA: TEPHRITIDAE) EM MARACUJAZEIRO Fabíola Mendes Martins1; Patrícia Menegaz de Farias2; Celso Lopes de Albuquerque Junior3; Rafael Borges4 Anastrepha fraterculus é uma espécie cosmopolita, porém limitada em relação à disponibilidade de hospedeiros. Contudo apresenta relevância econômica na fruticultura devido aos danos irreversíveis aos frutos, sendo que o monitoramento de adultos de moscasdas-frutas é uma ferramenta importante para o manejo integrado. Este trabalho teve por objetivo avaliar a eficiência de atrativos alimentares no monitoramento de Anastrepha fraterculus (Diptera: Tephridae) em pomar de maracujá. O estudo foi desenvolvido na Fazenda Experimental do Curso de Agronomia da Unisul, no município de Braço do Norte (SC) (28º14’26.56”S; 49º03’30.49”). Foram realizadas amostragens quinzenais no período de outubro/2012 a fevereiro/2013 em pomar de Passiflora alata consorciado com Passiflora actinia, no período matutino. Foram utilizadas armadilhas do tipo McPhail, dispostas a 1,60 m do solo em oito pontos amostrais. Cada armadilha recebeu 600 ml de cada atrativo. Os tratamentos constituíram em três atrativos alimentares mais a testemunha, sendo estes: suco de uva artificial (25%); proteína hidrolisada (Isca Mosca, 5%); levedura (Torula, 50g) e; testemunha (água). Cada tratamento apresentou duas repetições. Foi amostrado um total de 63 indivíduos de A. fraterculus no pomar. Os meses com maior ocorrência de A. fraterculus foram novembro/2012 (n=13) e janeiro/2013 (n=22). O maior número de indivíduos de mosca-das-frutas capturadas foi no atrativo torula (levedura) (n=24), seguido do suco de uva (n=21). Entretanto não foi observado diferença entre os tratamentos (H=7.4636; P= 0,0585). A razão sexual no período de coleta também não diferiu entre os tratamentos (H=3.1001; P=0,3765), porém observou-se 0,57 para a proteína hidrolisada (Isca Mosca); 0,54 para a levedura (Torula); 0,48 para o suco de uva artificial e 0,25 para a testemunha. Com base no estudo, sugere-se a utilização do atrativo torula para maior eficiência de captura de A. fraterculus em pomares de maracujá doce consorciados com maracujá nativo. Agradecimento: À Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), pela concessão da bolsa de iniciação científica ao primeiro autor. 1 Graduanda do Curso de Agronomia da Unisul, bolsista de iniciação cientifica (Artigo 171, FUMDES), Laboratório de Entomologia da Unisul (LECAU) - Universidade do Sul de Santa Catarina. Av. José Acácio Moreira, 787, Bairro Dehon, Tubarão SC – CEP 88704-900 - [email protected]; 2 Eng. Agr. Msc. Professora do curso de Agronomia da Unisul, Laboratório de Entomologia da Unisul (LECAU), orientadora, Universidade do Sul de Santa Catarina. Av. José Acácio Moreira, 787, Bairro Dehon, Tubarão SC – CEP 88704-900 [email protected]; 3 Eng. Agr. Dr. Professor e coordenador do curso de Agronomia, coorientador, Universidade do Sul de Santa Catarina. Av. José Acácio Moreira, 787, Bairro Dehon, Tubarão SC – CEP 88704-900 – [email protected]; 4 Eng. Agr. M. Sc., Coordenador de Pesquisa & Desenvolvimento, Empresa Isca Tecnologia. BR 285, KM 461, n° 2.951, Ijuí, Rio Grande do Sul [email protected]. 29 EFEITO DE PRÁTICAS AGRÍCOLAS NO CONTROLE DA PÉROLA-DA-TERRA (Eurhizococcus brasiliensis) (HEMIPTERA; MARGARODIDAE), EM PARREIRAS Ildelbrando Nora1; Edegar Luiz Peruzzo2; Ivan Dagoberto Faoro3 A pérola-da-terra é considerada a principal praga da videira no sul do Brasil. Os métodos de controle usados não têm apresentado resultados consistentes na redução do número de cistos embora possam modificar aspectos da relação com o sistema radicular da videira. O experimento foi conduzido nos anos de 2007 a 2008, em um vinhedo em plena produção com Paulsen 1103 enxertado com Cabernet Sauvignon. Os tratamentos foram: a) cobertura do solo nas fileiras com plástico preto; b) uso de esterco de suíno líquido em três aplicações nas fileiras (10.000 L/ha); c) aplicação foliar de molibdato de sódio e orgasol em sete aplicações em intervalos de 18 dias (150gr + 300ml/ha); d) aplicação no solo de thiamethoxam 1.100g.i.a/ha e, e) testemunha. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com seis repetições. Realizou-se a amostragem do número de cistos e diâmetro das raízes por fração de profundidade do solo (0-20cm; 20-40cm; 40-60cm) por meio de escavações laterais das plantas de 0,75m X 0,35m X 0,60m. Com relação à presença de cistos de pérola-da-terra observou-se aumento deles no estrato de 0-20cm no tratamento com cobertura plástica no solo e não havendo influência dos tratamentos a partir de 20cm de profundidade. Com relação ao esterco de suínos houve alteração à distribuição de cistos comparada à testemunha diminuindo os cistos na fração até 20 cm e aumentando na de 20-40 cm. Com relação ao sistema radicular, em 2007 houve aumento do peso da matéria seca das raízes de até 2mm de diâmetro no tratamento com cobertura do solo com lona plástica. Já, em 2008 observou-se diferenças significativas no desenvolvimento das raízes com diâmetros de 2mm-5mm. Verificou-se maior peso de matéria seca nos tratamentos com molibdato de sódio+ orgasol e cobertura de solo com lona plástica. Assim, as práticas agrícolas que favorecem o aumento e/ou crescimento do sistema radicular sem aumentar o nível de infestação da pérola-da-terra podem ser indicativo de práticas adequadas à videira. 1 Eng. Agr. M.Sc. Pesquisador da Epagri - Estação Experimental de Caçador. Caixa Postal 591, Caçador, SC – Cep: 89500000, e-mail: [email protected]; 2 Eng. Agr. M.Sc. Pesquisador da Epagri - Estação Experimental de Videira. Caixa Postal 21, Videira, SC – Cep: 89560-000, e-mail: [email protected]; 3 Eng. Agr. Dr. Pesquisadora da Epagri - Estação Experimental de Caçador – Caixa Postal 591, Caçador, SC – Cep: 89500000, e-mail: [email protected]. 30 FLUTUAÇÃO POPULACIONAL DE Dione juno juno (LEP. HELICONIIDAE) NAFASE DE IMPLANTAÇÃO A FRUTIFICAÇÃO DE POMAR DE MARACUJÁ AZEDO Joana Abreu Silveira1; Mylena de Medeiros2; Patrícia Menegaz de Farias3; Celso Lopes Albuquerque Júnior4 A lagarta Dione juno juno (CRAMER, 1779) (Lep. Heliconiidae) é considerada uma das principais pragas da cultura do maracujazeiro azedo. A maior incidência de dano provocado pelas lagartas ocorre no período mais seco do ano, de abril a agosto. O objetivo deste estudo foi avaliar a densidade populacional da lagarta D. juno juno na fase de implantação a frutificação de um pomar de maracujá azedo (Passiflora edulis). O estudo foi conduzido na Fazenda Experimental do curso de Agronomia da Universidade do Sul de Santa Catarina, localizada no município de Braço do Norte (28º14’26.56”S; 49º03’30.49”) e no Laboratório de Entomologia (LECAU). No período de outubro/2012 a maio/2013 foram realizadas amostragens quinzenais, no turno da manhã. O tamanho da área amostral foi de 1025 m². As coletas foram feitas em 10 pontos amostrais, previamente aleatorizados. Os indivíduos coletados eram acondicionados em recipientes plásticos (500 mL), identificados e contendo uma porção de folhas de maracujá. Em laboratório, as lagartas de cada ponto amostral eram transferidas para gaiolas confeccionadas de garrafa Pet, com fornecimento de alimentação. Estes foram mantidos em condições controladas (25 ±1 º C; UR 70%; foto fase 14horas) até a emergência do adulto para confirmação da identificação da espécie. Os dados climatológicos foram obtidos através da EPAGRI/CIRAM. Foram encontrados um total de 74 lagartas de D. juno juno, sendo observado 0,44 indivíduos/m2. No período de amostragem foi registrado um pico populacional em 08/novembro/2012 com 0,5 ± 0,22 indivíduos/m2, o pomar encontravase na fase de muda. O maior pico populacional ocorreu no mês de abril, quando o pomar já estava na fase de frutificação, este representou 64,8% (n=48) do total de indivíduos coletados. Não foi observado diferença entre o número total de indivíduos coletados e as ocasiões de amostragem (H=9,6934; P=0,8821). Notou-se uma fraca correlação entre o número médio de indivíduos amostrados e a temperatura média das ocasiões de amostragem (RS = 0,1975; P= 0,4473). 1 Graduanda do Curso de Agronomia da Unisul, bolsista de iniciação cientifica (PUIC), Laboratório de Entomologia da Unisul (LECAU) - Universidade do Sul de Santa Catarina. Av. José Acácio Moreira, 787, Bairro Dehon, Tubarão SC – CEP 88704-900 – [email protected]; 2 Graduanda do Curso de Agronomia da Unisul, Laboratório de Entomologia da Unisul (LECAU) - Universidade do Sul de Santa Catarina. Av. José Acácio Moreira, 787, Bairro Dehon, Tubarão SC – CEP 88704-900 – [email protected]; 3 Eng. Agr. Msc. Professora do curso de Agronomia da Unisul, Laboratório de Entomologia da Unisul (LECAU), orientadora, Universidade do Sul de Santa Catarina. Av. José Acácio Moreira, 787, Bairro Dehon, Tubarão SC – CEP 88704900 [email protected]; 4 Eng. Agr. Dr. Professor e coordenador do curso de Agronomia, coorientador, Universidade do Sul de Santa Catarina. Av. José Acácio Moreira, 787, Bairro Dehon, Tubarão SC – CEP 88704-900 – [email protected]. 31 INFORMAÇÕES SOBRE O EMPREGO DE ISCAS TÓXICAS PARA A SUPRESSÃO POPULACIONAL DA MOSCA-DAS-FRUTAS SULAMERICANA Anastrepha fraterculus NA CULTURA DA MACIEIRA Joatan Machado da Rosa1; Marcelo Zanelato Nunes2; Cristiano João Arioli3; Marcos Botton4 A mosca-das-frutas sulamericana Anastrepha fraterculus é a principal praga da cultura macieira no Brasil. O controle do inseto tem sido realizado principalmente com o emprego de iscas tóxicas e pulverizações em cobertura total com inseticidas fosforados. No entanto, poucas informações estão disponíveis sobre os atrativos e inseticidas empregados pelos maleicultores na formulação das iscas tóxicas assim como sobre a tecnologia de aplicação utilizada. O objetivo deste trabalho foi caracterizar o uso de iscas tóxicas pelos produtores de maçãs através de entrevistas estruturadas realizadas diretamente com os técnicos/proprietários responsáveis pelos pomares em São Joaquim, SC e Vacaria, RS. Em cada região, foram entrevistados quinze técnicos/produtores no mês de fevereiro de 2013. Em Vacaria, 100% dos pomares utilizam a isca tóxica como estratégia de manejo da mosca-das-frutas enquanto que em São Joaquim, apenas 26,7% a adotam. Entre os que utilizam a tecnologia, 50% empregam de forma preventiva, a partir do início do desenvolvimento dos frutos e com base no histórico de infestação, O atrativo mais utilizado (73% Vacaria e 50% São Joaquim) é o melaço de cana a 5% sem haver uma definição de um volume de aplicação por área. De maneira geral, os produtores aplicam a isca tóxica semanalmente, repetindo após cada chuva na borda dos pomares, matas nativas ou em uma fila a cada cinco filas do pomar. Não há uma padronização quanto ao tipo de bico bem como tamanho de gota. Entre as principais restrições ao uso da tecnologia, principalmente pelos pequenos produtores de São Joaquim, está o receio de atrair mais insetos para o pomar, devido à maioria das áreas estarem circundadas por matas nativas e o efeito deletério sobre polinizadores. Com base nos resultados obtidos, verifica-se que é possível melhorar a eficácia desta tecnologia, utilizando atrativos mais eficazes que o melaço de cana-de-açúcar no que diz respeito à atratividade e a conservação de polinizadores e inimigos naturais, além de novas estratégias de aplicação. 1 Eng. Agr. M.Sc. Doutorando da Universidade Federal de Pelotas. Campus Capão do Leão - Caixa Postal 354 - Pelotas, RS. CEP: 96010-900. E-mail: [email protected]; 2 Eng. Agr. M.Sc. Doutorando da Universidade Federal de Pelotas. Campus Capão do Leão - Caixa Postal 354 - Pelotas, RS. CEP: 96010-900. E-mail: [email protected]; 3 Eng. Agr. Dr. Pesquisador da Epagri – Estação Experimental de Videira – Caixa Postal 21, Videira, SC - CEP: 89560-000. E-mail: [email protected]; 4 Eng. Agr. Dr. Pesquisador da Embrapa Uva e Vinho - Caixa Postal 130 - Bento Gonçalves, RS - CEP 95700-000. E-mail: [email protected]. 32 LEVANTAMENTO DE ESPÉCIES DO GÊNERO Anastrepha (DIPTERA: TEPHRITIDAE) EM POMARES COMERCIAIS DE MACIEIRA NO MUNICÍPIO DE FRAIBURGO, SC José Antonio da Silva Tomba1; Lino Bitencourt Monteiro2 O monitoramento é uma prática importante para o manejo de moscas-das-frutas, sendo que a sua quantificação é pré-requisito para iniciar a aplicação de medidas de controle. O monitoramento é realizado com o uso de armadilhas modelo McPhail com atrativos alimentares. Estas substâncias apresentam poder atrativo sobre as moscas-das-frutas, fornecendo uma ferramenta útil para o monitoramento. Porém, a quantificação de moscas-dasfrutas em parcelas ou pomar, não define o conhecimento da espécie, visto que o gênero Anastrepha possui inúmeras espécies registradas no Estado de Santa Catarina. Sabe-se que cada espécie de Anastrepha apresenta um comportamento específico e potencial de danos diferenciados, além da ocorrência das espécies serem em diferentes meses do ano, acompanhando principalmente o período de maturação de seus hospedeiros primários. O objetivo deste estudo foi identificar as espécies de moscas-das-frutas de ocorrência em um pomar de macieira, no município de Fraiburgo, SC. O trabalho foi realizado em uma área de 250 ha, neste foram instaladas 16 armadilhas, com proteína hidrolisada (5%), em parcelas de 90 ha, distribuídas próximas as bordaduras (63%) e no interior, em um período de oito meses, de 26 de outubro de 2006 a sete de maio de 2007. Este período coincide com a frutificação da maioria das frutíferas nativas e comerciais. As soluções atrativas foram renovadas quinzenalmente, sendo que, os insetos capturados foram separados através de uma peneira de malha fina (nylon), os quais foram lavados em água pura e acondicionados em frascos de plástico de 80 mL, contendo álcool 70%. Em seguida, as amostras foram levadas ao Laboratório de Manejo Integrado de Pragas da Universidade Federal do Paraná, onde foi realizada a triagem, a contagem e a identificação das espécies, utilizando a chave elaborada por Zucchi (2000). Foram capturados 825 indivíduos, sendo que 663 eram fêmeas e destas 100% foram identificadas como Anastrepha fraterculus (Wied.). Confirmando que na região de Fraiburgo, assim como as demais regiões produtoras catarinenses, a mosca sul-americana, A. fraterculus, é a espécie de maior distribuição e abundância. A ocorrência de 100% desta espécie entre as coletadas indica que a mesma está fortemente adaptada a região do Meiooeste Catarinense. Palavras-Chave: Monitoramento; Anastrepha fraterculus; identificação. 1 Graduando em Engenharia Agronômica, Bolsista Iniciação Cientifica do laboratório de manejo Integrado de Pragas, Universidade Federal do Paraná. email: [email protected]; 2 Professor Doutor do Departamento de Fitotecnia e Fitossanitarismo da Universidade Federal do Paraná – Rua dos Funcionários, 1540, Juvevê, Curitiba, Paraná.e-mail: [email protected]. 33 SOMA TERMICA DIÁRIA COMO FERRAMENTA PARA O CONTROLE DA SARNA DA MACIEIRA (Venturia inaequalis CKE. WINT) COM USO DE FUNGICIDAS PROTETORES José Itamar da Silva Boneti1; Yoshinori Katsurayama1 A sarna é a principal doença da macieira e se não for devidamente controlada pode causar perda total da produção. O modelo de controle com uso dos fungicidas IBEs, tendo como base os avisos fitossanitários sobre os períodos de infecção, está se esgotando haja vista a ocorrência generalizada de resistência de V. inaequalis a este grupo de fungicidas. Assim, nos últimos anos tem se buscado aprimorar o sistema de controle preventivo da sarna com uso dos fungicidas protetores, avaliando-se a emissão de novas folhas (filocrono) a qual está diretamente relacionada com a temperatura do ar. Neste sistema de controle é necessário manter sempre as novas folhas protegidas com fungicidas. Para tanto, vários ensaios foram realizados chegando-se a valores entre 80 e 130 Graus Dias (GD) (soma da temperatura média do dia) como parâmetro para as pulverizações visando índices de controle da sarna acima de 80%. O presente estudo teve como objetivo validar e escolher o melhor parâmetro para determinar o momento de reaplicação dos fungicidas, sempre antes de um período chuvoso. O ensaio foi conduzido no ciclo 2012/13 num pomar experimental da Epagri de São Joaquim/SC, com a cv. Gala de 12 anos de idade e espaçamento de 5,0 x 2,0 m (1.000 plantas/ha). As pulverizações foram efetuadas um a dois dias antes da ocorrência da chuva, sempre que se atingiam os valores de 80 a 100 GD e 100 a 130 GD, em comparação a aplicação sistemática a cada 7 dias com os mesmos fungicidas. O ditianona (80 g p.c./100 L) e o mancozebe (200 g p.c./100 L) aplicados um a dois dias antes da chuva, porém após 80 a 100 GD ou 100 a 130 GD acumulados a partir da pulverização anterior, proporcionaram índices de controle da sarna nas folhas da macieira acima de 90% enquanto que nas aplicações a cada 7 sete dias o índice foi de 66%. Nos frutos, observou-se a mesma tendência, exceto que ditianona foi melhor do que mancozebe. Não se observou diferença entre as pulverizações realizadas com 80 a 100 GD ou com 100 a 130 GD. O intervalo médio de aplicação foi, respectivamente, de 11,5 e 11,1 dias. Foram realizadas 8 pulverizações nas reaplicações a cada 80 a 100 GD ou a cada 100 a 130 GD e 12 no sistema de aplicações semanais. No manejo da sarna baseado nos GD houve, portanto, uma redução em 33% no número de pulverizações e aumento médio de 4 dias no intervalo entre as pulverizações. 1 Engenheiro Agrônomo, M.Sc. Fitopatologia, Pesquisador da EPAGRI, E-mail: [email protected]. 34 INVENTARIAMENTO DA ENTOMOFAUNA PRESENTE EM POMAR DE MARACUJÁ DOCE CONSORCIADO NATIVO Júlia Angelo de Resenes1; Patrícia Menegaz de Farias2; Celso Lopes de Albuquerque Júnior3 O maracujazeiro é hospedeiro de uma gama de artrópodes e o reconhecimento destes permite subsídios para implementação de programas de manejo integrado de pragas. Este estudo objetivou realizar o inventariamento da entomofauna presente em pomar de maracujá doce (Passiflora alata) consorciado com maracujá nativo (Passiflora actinia). No período de julho/2012 a março/2013, quinzenalmente foram realizadas coletas em pomar de maracujá doce consorciado com maracujá nativo na Fazenda Experimental da Universidade do Sul de Santa Catarina em Braço do Norte (SC) (28º14’26.56”S; 49º03’30.49”). Foram amostrados 10 pontos de 1m², respeitando-se uma distância mínima de cinco metros entre os pontos. O tempo de observação em cada ponto amostral foi de cinco minutos. Insetos adultos e imaturos foram coletados e acondicionados em recipientes plásticos de 0,5 mL contendo álcool 70%, previamente identificados. Em laboratório foi realizada a triagem do material coletado, bem como a identificação dos espécimes. A identificação dos organismos foi até o nível taxonômico de família, sendo que em alguns casos foi possível a identificação somente até ordem. O número total de indivíduos amostrados foi submetido à análise de frequência. A correlação entre densidade populacional e fatores climáticos (temperatura e umidade relativa do ar) foi testada através do coeficiente de Correlação de Pearson. Os espécimes coletados foram fixados em álcool 70% e depositados na coleção líquida do Laboratório de Entomologia/UNISUL. Foi amostrado um total de 105 insetos distribuídos em oito ordens da classe Insecta (Coleoptera, Diptera, Ephemeroptera, Hemiptera, Hymenoptera, Lepidoptera, Neuroptera e Thysanoptera). As ordens mais abundantes foram: Hymenoptera com 44,8% indivíduos, Coleoptera representada por 29,5% indivíduos, seguida de Diptera com 15,2% indivíduos e Hemiptera com apenas 5,7% indivíduos. Registraram-se vinte e duas famílias, sendo a mais abundante Chrysomelidae (n=7) e Formicidae (n= 37). Foi observada uma fraca correlação tanto para temperatura (r² = 0,0086; P=0,0815) quanto para a umidade relativa (r² =0,066; P=0,041) média da semana anterior às coletas, quando comparadas com o número médio de indivíduos. Tendo em vista que o valor médio no período de amostragem foi de 22,7 ◦C e 77% UR, pouco efeito deste fator poderia ser esperado na variação do número de indivíduos encontrados. O maior número de espécimes capturados ocorreu nos meses de novembro e dezembro, com destaque para o grupo Hymenoptera. 1 Graduanda do Curso de Agronomia da Unisul, bolsista de iniciação cientifica (PUIC, UNISUL), Laboratório de Entomologia da Unisul (LECAU) - Universidade do Sul de Santa Catarina. Av. José Acácio Moreira, 787, Bairro Dehon, Tubarão SC – CEP 88704-900 – [email protected]; 2 Eng. Agr. Msc. Professora do curso de Agronomia da Unisul, Laboratório de Entomologia da Unisul (LECAU), orientadora, Universidade do Sul de Santa Catarina. Av. José Acácio Moreira, 787, Bairro Dehon, Tubarão SC – CEP 88704900 [email protected]; 3 Eng. Agr. Dr. Professor e coordenador do curso de Agronomia, coorientador, Universidade do Sul de Santa Catarina. Av. José Acácio Moreira, 787, Bairro Dehon, Tubarão SC – CEP 88704-900 – [email protected]. 35 AVALIAÇÃO DE ATRATIVOS ALIMENTARES PARA O MONITORAMENTO DE ADULTOS DA MOSCA-DAS-FRUTAS SUL-AMERICANA NA CULTURA DO PESSEGUEIRO Lígia Caroline Bortoli1, Flávio Roberto Mello Garcia2, Ruben Machota Junior3, Marcos Botton4 A mosca-das-frutas sul-americana Anastrepha fraterculus (Wied., 1830) (Diptera: Tephritidae) é uma das principais pragas da cultura do pessegueiro na Região Sul do Brasil. A avaliação de atrativos é importante para o monitoramento da espécie e a definição do momento para a adoção de medidas de controle. Neste trabalho avaliou-se a eficácia atrativos alimentares para o monitoramento de adultos de A. fraterculus na cultura do pessegueiro na Região da Serra Gaúcha, RS. O trabalho foi conduzido em dois pomares convencionais de pessegueiro da cv. ‘Chiripá’, localizados no município de Pinto Bandeira, durante os meses de novembro de 2012 a maio de 2013. Os atrativos alimentares avaliados foram: CeraTrap ® (BioIbérica S.A., sem diluição); Torula (Isca Tecnologias Ltda., seis pastilhas de 3g/L); BioAnastrepha® (BioControle – Métodos de Controle de Pragas Ltda., 50mL/L); glicose de milho (Yoki® Alimentos Ltda., 100mL/L) e suco de uva tinto (Embrapa Uva e Vinho, 250mL/L). Todos os atrativos foram trocados semanalmente, com exceção do CeraTrap ®, que foi trocado a cada 45 dias. Os atrativos alimentares foram dispostos no interior de armadilhas McPhail, num volume de 300mL por armadilha, dispostas nas bordas dos pomares, distanciadas 12 metros entre si, estabelecendo-se duas repetições por pomar. As avaliações e o rotacionamento das armadilhas entre si foram realizados semanalmente, durante as 26 semanas de condução do experimento. Após cada avaliação, as moscas-das-frutas foram contadas e identificadas. Os resultados obtidos foram submetidos à análise da variância e as médias comparadas pelo teste Tukey (a 5% de significância). A principal espécie encontrada foi A. fraterculus, com 63 insetos capturados, representando 95,5% das capturas. A presença de adultos da mosca-das-frutas sul-americana foi constante durante ao longo das 26 semanas de avaliação. As maiores capturas foram registradas nas armadilhas iscadas com o atrativo alimentar CeraTrap® (total de 38 de insetos capturados ao longo do período de estudo), diferindo estatisticamente (p<0,05) dos demais atrativos avaliados. Ao longo do período de estudo, os armadilhas iscadas com os atrativos Torula, BioAnastrepha®, glicose de milho e suco de uva tinto capturaram um total de 12, 9, 5 e 2 moscas-das-frutas, respectivamente. Conclui-se que, o atrativo alimentar CeraTrap® é eficaz no monitoramento de A. fraterculus na cultura do pessegueiro. 1 Bióloga, Mestranda do Programa de Pós-Gradução em Fitossanidade (PPGFs). Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Campus Capão do Leão, Caixa Postal 354, 96010-970, Pelotas, RS. Bolsista Capes. E-mail: [email protected]; ² Biólogo, Dr., Professor do PPGFs da a Faculdade de Agronomia “Eliseu Maciel” (FAEM). UFPel, Campus Capão do Leão, 96010-970, Caixa Postal 354, 96010-970, Pelotas, RS. E-mail: [email protected]; 3 Eng. Agr., Me., Doutorando do PPGFs. UFPel, Campus Capão do Leão, 96010-970, Pelotas, RS. Bolsista CNPq. E-mail: [email protected]; 4 Eng. Agr., Dr., Pesquisador da Embrapa Uva e Vinho, Caixa Postal 130, 95700-000, Bento Gonçalves, RS. E-mail: [email protected]. 36 AVALIAÇÃO DO FEROMÔNIO DE CONFUSÃO SEXUAL CETRO NO CONTROLE DE Grapholita molesta NA CULTURA DA MACIEIRA Luiz Gonzaga Ribeiro1 A mariposa oriental Grapholita molesta é uma das mais importantes na cultura da macieira no sul do Brasil. A larva ataca tanto os ponteiros como os frutos onde pode causar prejuízos significativos. Na macieira o dano mais importante é no fruto, onde a larva penetra geralmente na região do cálice construindo galerias em direção a semente. A medida de controle mais utilizada é uso de inseticidas em pulverizações de cobertura quando a população da praga ultrapassa o nível de controle recomendado. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do feromônio de confusão sexual Cetro no controle de G. molesta em macieira com uma única aplicação e uma densidade de 500 dispensers/ha. O experimento foi conduzido nos ciclos 2011/2012 e 2012/2013 em um pomar comercial de macieira com as cultivares Fuji e Gala enxertadas sobre Marubá com 16 anos de idade. No ciclo 2011/2012 o feromônio foi aplicado em 19/10/11 numa área de 4,8ha comparado com outra área (Testemunha) conduzida no sistema convencional de 3,42ha, distante 500m da área tratada. No ciclo 2012/2013 o feromônio foi aplicado em 17/10/12 na mesma área do ciclo anterior comparado com a Testemunha. Durante os dois ciclos a população da praga foi monitorada com cinco armadilhas tipo Delta com feromônio sexual na área tratada com o Cetro e também na Testemunha. A avaliação de dano foi realizada em cada ciclo pela amostragem de 1.000 frutos na área tratada e Testemunha na época de colheita de cada cultivar. Figura 1. Flutuação populacional de Grapholita molesta na área tratada com Cetro e Testemunha nos ciclos 2011/2012 e 2012/2013. São Joaquim, SC. De acordo com os resultados, verificou-se que na área tratada com Cetro houve uma redução bem acentuada na população da praga quando comparada com área Testemunha. Com relação à percentagem de dano nos frutos na época de colheita de cada cultivar, verificou-se que não houve dano tanto na área tratada com feromônio Cetro como na área conduzida pelo sistema convencional (Testemunha). Com base nos resultados obtidos, pode-se concluir que o feromônio de confusão sexual Cetro aplicado em uma única vez após a brotação na densidade de 500 dispensers/ha foi eficiente no controle de G. molesta em macieira até a colheita das cultivares Gala e Fuji. 1 Eng° Agr° M.Sc. Entomologia. Epagri/Estação Experimental de São Joaquim, Caixa Postal 81, 88600-000 São Joaquim, SC. [email protected] 37 AÇÃO DE INSETICIDA REGULADOR DE CRESCIMENTO SOBRE OVOS DE Grapholita molesta (LEPIDOPTERA: TORTRICIDAE) Marcel Diniz Klemba1; Anderson Elirio Zanatta1; Rosangela Teixeira2; Lino Bittencourt Monteiro3 O uso de inseticidas reguladores de crescimento se tornou uma alternativa no manejo de Grapholita molesta com destaque aos inibidores de síntese de quitina e os aceleradores de ecdise. A ação destes inseticidas ocorre pela ingestão das larvas, no entanto, o contato com ovos e adultos na aplicação pode causar algum efeito, diminuindo fertilidade de adultos ou morte de neonatas. O objetivo deste trabalho foi analisar o efeito de Mimic 240 SC sobre ovos de Grapholita molesta em laboratório. O trabalho foi conduzido no laboratório de Manejo Integrado de Pragas (UFPR), sendo que G. molesta utilizado neste experimento foram coletadas em Porto Amazonas (PR) e mantida em laboratório em dieta artificial durante três anos, havendo reinfestação em cada ano. As fêmeas ovipositaram na parede interna da garrafa PET, e os ovos foram utilizados em grupos de cinco com idade de cinco dias. Foram utilizados 400 ovos divididos em quatro repetições por tratamento. O inseticida Tebufenozide (MIMIC 240 SC) foi testado na concentração de 90 ml/ g/100L de água. Os ovos foram imersos na solução por 20 segundo e secos em papel toalha durante 30 min. A testemunha foi pulverizada com água destilada. Após a secagem estes foram transferidos para cubos de plásticos contendo dieta artificial especial para lepidópteros e foram mantidos até o momento da avaliação. A avaliação se constituiu de mortalidade dos ovos, com análise estatística Anova com teste com comparação de média Tukey a 0,05%. A mortalidade na testemunha não ultrapassando 20%, enquanto que a mortalidade de ovos por tebufenozide foi de 65%, (F=2,03 P=0,1362). Conclui-se que Tebufenozide apresenta ação ovicida para G. molesta, amplificando sua forma de controle, visto que, as larvas quando eclodem penetram rapidamente nos frutos e passam as próximas fases protegidas. Palavras-chave: Inseticidas fisiológicos; Grapholita molesta; Manejo de pragas. 1 Graduandos em Engenharia Agronômica - Universidade Federal do Paraná – Bolsista Iniciação Cientifica CNPq – [email protected]; [email protected]; 2 Doutoranda do programa de Pós Graduação em Entomologia – Universidade Federal do Paraná – [email protected]; 3 Professor Doutor do Departamento de Fitotecnia e Fitossanitarismo – Universidade Federal do Paraná – [email protected] – Rua dos Funcionários, 1540, Juvevê , Curitiba – PR. 38 AVALIAÇÃO DE ATRATIVOS ALIMENTARES PARA O MONITORAMENTO DE ADULTOS DA MOSCA-DAS-FRUTAS SUL-AMERICANA NA CULTURA DA MACIEIRA Marcos Botton1; Luiz Gonzaga Ribeiro2; Cláudio Roberto Franco3; Flávio Roberto Mello Garcia4; Ruben Machota Junior5; Lígia Caroline Bortoli6; Sabrina Cristina Corrêa7; Samanta Souza Restelatto; Rafaela Alves dos Santos Peron A mosca-das-frutas sul-americana Anastrepha fraterculus (Wied., 1830) (Diptera: Tephritidae) é a principal praga da cultura da macieira. Nos últimos anos, em várias situações tem ocorrido a presença do inseto nos pomares, porém, os adultos não são detectados em armadilhas de monitoramento iscadas com suco de uva a 25% principalmente no período de pré-colheita. Neste trabalho, a eficácia de diferentes atrativos alimentares na captura de adultos de A. fraterculus foi avaliada na cultura da macieira em Lages e São Joaquim, SC, Antônio Prado e Farroupilha, RS. Os pomares foram monitorados nos períodos de outubro de 2012 a maio de 2013 em São Joaquim, de janeiro a março de 2013 em Lages, e de novembro de 2012 a maio de 2013 em Antônio Prado e Farroupilha. Nos quatro pomares, os atrativos alimentares avaliados foram: CeraTrap® (BioIbérica S.A., sem diluição); Torula (Isca Tecnologias Ltda., seis pastilhas/L); BioAnastrepha® (BioControle – Métodos de Controle de Pragas Ltda., 50mL/L) e suco de uva tinto (Embrapa Uva e Vinho, 250mL/L). Os atrativos alimentares foram dispostos no interior de armadilhas McPhail, num volume de 300 a 500mL por armadilha, localizadas nas bordas dos pomares, distanciadas 12 a 50m entre si. A contagem do número de moscas capturadas, avaliações, troca dos atrativos e rotacionamento das armadilhas foram realizadas semanalmente, com exceção da Torula (trocada a cada 15 dias) e do CeraTrap® que não foi trocado durante a realização do experimento, sendo reposto apenas o volume perdido por evaporação. Os resultados obtidos foram submetidos à análise da variância e as médias comparadas pelo teste Tukey a 5% de significância. Em todos os pomares avaliados o número total de moscas-das-frutas capturadas foi maior nas armadilhas iscadas com o atrativo alimentar CeraTrap®, seguido de Torula, BioAnastrepha® e suco de uva tinto. No pomar localizado em São Joaquim, durante a primeira semana de avaliação (início do mês de novembro), a Torula apresentou maiores capturas (9,3 MAD) seguido do atrativo CeraTrap® (6,9 MAD). O suco de uva tinto, em todas as áreas foi o atrativo que apresentou menor número de moscas-das-frutas capturadas. Conclui-se que, os atrativos alimentares CeraTrap® e Torula são alternativas para o monitoramento de adultos de A. fraterculus na cultura da macieira. O atrativo CeraTrap®, destacou-se no período de précolheita/colheita dos frutos. 1 Eng. Agr., Dr., Pesquisador da Embrapa Uva e Vinho, Caixa Postal 130, 95700-000, Bento Gonçalves, RS. E-mail: [email protected]; 2 Eng. Agr., Me., Pesquisador da Estação Experimental de São Joaquim, Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri). Caixa Postal 81, 88600-000, São Joaquim, SC. E-mail: [email protected]; 3 Eng. Agr., Dr., Professor do Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV). Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), 88520-000, Lages, SC. E-mail: [email protected]; 4 Biólogo, Dr., Professor da Faculdade de Agronomia “Eliseu Maciel” (FAEM) e do PPGFs. UFPel, Campus Capão do Leão, 96010-970, Pelotas, RS. E-mail: [email protected]; 5 Eng. Agr., Me., Doutorando do PPGFs. UFPel, 96010-970, Pelotas, RS. Bolsista CNPq. E-mail: [email protected]; 6 Bióloga, Mestranda do PPGFs. UFPel, 96010-970, Pelotas, RS. Bolsista Capes. E-mail: [email protected]; 7 Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal. CAV/UDESC, 88520-000, Lages, SC. E-mail. 39 CONTROLE DE MANCHA DAS FOLHAS (Mycosphaerella personata) EM VIDEIRAS AMERICANAS (Vitis labrusca) ATRAVÉS DE FUNGICIDAS Maurício Santini1; Murilo Cesar dos Santos2 A viticultura, no Brasil, ocupa uma área de aproximadamente 77 mil hectares, sendo a produção da ordem de 1,2 milhões de toneladas/ano. As variedades de maior expressão são: Isabel e Bordô (Vitis labrusca), de origem americana. A mancha das folhas (Mycosphaerella personata) é uma doença muito comum, seu aparecimento é mais frequente ao final do ciclo vegetativo da planta, em variedades americanas. O principal dano do ataque do patógeno é a queda prematura das folhas, que provoca enfraquecimento da planta e redução na produção do ano seguinte. O ensaio foi realizado na granja Encosta do Pinhal, localizada no distrito de Vila Cristina, município de Caxias do Sul, RS apresentando as coordenadas geográficas de latitude 29.315497º S, 51.189905º W e altitude de 420 metros, na safra 2010/2011. Utilizou-se a espécie Vitis labrusca cultivar Bordô, sobre porta enxerto Paulsen 1103 com idade de 4 anos. O espaçamento entre linhas de 3,0 m e entre plantas de 1,5 m. Realizou-se o ensaio através do delineamento em blocos casualizados com 7 tratamentos e 3 repetições. Cada parcela foi constituída de 3 plantas distribuídas em linhas e dez plantas como bordadura. Os tratamentos utilizados foram: azoxystrobin 24,0 g/100 L; mancozeb 350,0 g /100 L; captan 240 g/100 L; fosfito (40-20) 200 g/100 L; hidróxido de cobre 200 g/100 L; tebuconazole 100 ml/100 L e a testemunha. Os resultados obtidos revelaram que o tratamento tebuconazole (100mL/100L). A primeira pulverização ocorreu 15 dias antes da colheita, no dia 27/12/2010, época em que começaram a surgir os primeiros sintomas do ataque da doença. Foram efetuados mais quatro aplicações a cada 21 dias, sendo que a última ocorreu no dia 21/03/2011, quando a testemunha atingiu cerca de 45% de folhas caídas. Avaliou-se a média de incidência da doença através da porcentagem de folhas caídas por ramo, foram avaliados 3 ramos marcados por planta em duas datas distintas (09/03/2011 e 28/03/2011). O cálculo da porcentagem de folhas caídas foi feito através da contagem de nós por ramo, cada nó corresponde a uma folha, os nós em que a folha estava ausente foi considerada como folha caída. Estes números foram convertidos como porcentagem de cada ramo individualmente. Após foi calculada a média de folhas caídas. Os dados obtidos foram transformados em arc sen de raiz quadrada de x+1 e submetidos à análise de variância e completados pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. De acordo com os resultados obtidos o tratamento Folicur/tebuconazole (100mL/100L) foi o mais eficiente no controle de mancha das folhas reduzindo a queda prematura das folhas. Os tratamentos mancozeb (350g/100L), captan (250g/100L) e hidróxido de cobre (200mL/100L) não foram eficientes no controle da doença, além de este último causar efeito fitotóxico as plantas. 1 Engº Agrº. Trabalho de conclusão de curso de agronomia. Universidade de Caxias do Sul – UCS. Caxias do Sul, RS. Email: [email protected]; 2 Engº Agrº Dr. Professor. Universidade de Caxias do Sul – UCS. Rua Francisco Getúlio Vargas, 1130 – CEP 95070-560. Caxias do Sul, RS. Email: [email protected]. 40 MARACUJÁ DOCE COMO HOSPEDEIRO DE Aulacophora indica (Gmelin, 1790) E Podagrica fuscicornis (Linnaeus, 1767) (COLEOPTERA: CHRYSOMELIDAE) Patrícia Menegaz de Farias 1; Júlia Angelo de Resenes2; Celso Lopes de Albuquerque Junior3 O reconhecimento de espécies de insetos presentes nos cultivos de maracujá é uma ferramenta que permite auxiliar no manejo fitossanitário da cultura. Visto a importância do cultivo de maracujá no Brasil e o manejo de pragas, objetivou-se registrar a incidência de espécies de Chrysomelidae considerados pragas em pomar de maracujá doce no município de Braço do Norte (SC). Foram realizadas coletas quinzenais no período de outubro/2012 a março/2013 em pomar de maracujá doce (Passiflora alata) localizado na Fazenda Experimental da Universidade do Sul de Santa Catarina em Braço do Norte (SC) (28º14’26.56”S; 49º03’30.49”). Todas as coletas foram realizadas entre 08h00min e 11h00min, totalizou-se 17 coletas no período. Foram amostrados 10 pontos de 1m², respeitando-se uma distância mínima de cinco metros entre os pontos, o tempo de observação em cada ponto amostral foi de cinco minutos. Indivíduos pertencentes à Chrysomelidae eram coletados e acondicionados em recipientes plásticos de 0,5 mL contendo álcool 70%, previamente identificados. Em laboratório foi realizada a triagem do material, bem como a identificação dos espécimes. Foram observadas apenas duas espécies de Chrysomelidae, Aulacophora indica (Gmelin, 1790) e Podagrica fuscicornis (Linnaeus, 1767). Registrou-se no período um total de 14 indivíduos de A. indica e cinco indivíduos de P. fuscicornis. Aulacophra indica foi observada em quase todo o período de amostragem, com maior incidência no mês de novembro (n=4). O número médio de indivíduos de A. indica por metro quadrado foi 0,9 ± 0,28, enquanto que para P. fusicornis apresentou 0,3 ± 0,30 indivíduos/m2. Foi observada uma fraca correção entre o número médio de ínvidos coletados com a média da temperatura observada no período das amostragens que foi de 22,7 °C (RS=0.3721; P=0.1558), bem como com a umidade relativa média (77,3%) (RS=0.4849; P=0.0569). Este é o primeiro registro destas espécies associadas ao cultivo de maracujá. Esta observação é importante uma vez que estas espécies apresentam potencial para praga para a cultura. 1 Eng. Agr. Msc., Doutoranda em Ecologia UFSC, Professora do curso de Agronomia da Unisul, Laboratório de Entomologia da Unisul (LECAU), Universidade do Sul de Santa Catarina. Av. José Acácio Moreira, 787, Bairro Dehon, Tubarão SC – CEP 88704-900 - [email protected]; 2 Graduanda do Curso de Agronomia da Unisul, bolsista de iniciação cientifica (PUIC, UNISUL), Laboratório de Entomologia da Unisul (LECAU) - Universidade do Sul de Santa Catarina. Av. José Acácio Moreira, 787, Bairro Dehon, Tubarão SC – CEP 88704-900 – [email protected]; 3 Eng. Agr. Dr. Professor e coordenador do curso de Agronomia, Universidade do Sul de Santa Catarina. Av. José Acácio Moreira, 787, Bairro Dehon, Tubarão SC – CEP 88704-900 – [email protected]. 41 AMBIENTE PROTEGIDO COM TELA SOMBRITE COMO ALTERNATIVA PARA CONTROLE DE MOSCA–DAS-FRUTAS (Anastrepha fraterculus) EM AMEIXEIRAS DA CULTIVAR FORTUNE Rafael Anzanello1; Amanda Heemann Junges2; Cláudia Martellet Fogaça3; Ivone Deconto Furlan4 A mosca-das-frutas, Anastrepha fraterculus, constitui-se um sério problema para a fruticultura do Rio Grande do Sul, sendo considerada a principal praga da ameixeira (Prunus salicina L.). Os danos causados pela mosca-das-frutas se devem a estas utilizarem os frutos para o seu desenvolvimento larval, depreciando a qualidade dos mesmos ou até impedindo a comercialização. As estratégias de controle da praga envolvem aplicação de produtos fitossanitários e adoção de práticas culturais, tais como eliminação de frutos caídos, ensacamento de frutos, colocação de armadilhas e proteção com tela. O objetivo deste trabalho foi quantificar a produção e danos em frutos de ameixeiras ‘Fortune’ cultivadas em diferentes tratamentos para controle de mosca-das-frutas. Foram utilizadas nove plantas de ‘Fortune’ pertencentes a um pomar de coleção de ameixeiras da FEPAGRO Serra – Veranópolis. Os tratamentos consistiram de: inseticida (princípio ativo deltametrina aplicado a cada 14-21 dias); tela tipo sombrite (70%, cor preta), instalada com 5m de altura, envolta lateralmente às plantas; e testemunha. A instalação do telado foi realizada quando os frutos apresentavam-se com, aproximadamente, 1 - 1,5 cm de diâmetro. Na colheita, os frutos foram contabilizados, pesados e analisados visualmente. Foram realizadas análises físico-químicas, com medições de peso, comprimento, diâmetro, sólidos solúveis totais (SST), acidez total titulável (ATT) e firmeza de polpa, para fins de comparação entre tratamentos. Como resultados, verificou-se que 44, 17 e 2% dos frutos colhidos nos tratamentos testemunha, com tela e inseticida encontravam-se, respectivamente, no chão, sugerindo que a maior queda dos frutos no tratamento testemunha tenha sido motivada pela maior presença de mosca-dasfrutas. Dos frutos colhidos na planta, 90, 25 e 10% apresentavam danos de mosca-das-frutas, respectivamente nos tratamentos testemunha, tela e inseticida, indicando uma maior proteção aos frutos quando da aplicação de produto químico ou de uso de barreira física. Os frutos do tratamento testemunha apresentaram menor tamanho e firmeza de polpa se comparados aos demais, mostrando que o ataque severo de mosca reduz o crescimento e acelera a degradação dos tecidos do fruto, acarretando num maior amolecimento da polpa. O teor de SST foi menor no tratamento com tela se comparado aos tratamentos com inseticida e testemunha, o que pode estar relacionado ao maior sombreamento provocado pela tela sombrite. Os frutos do tratamento testemunha apresentaram menor ATT, em decorrência do maior grau de amadurecimento dos frutos por ocasião da colheita, possivelmente associado à infestação larval. O emprego de tela do tipo sombrite contribuiu para diminuição dos danos causados por mosca-das-frutas em ameixeiras da cultivar Fortune, podendo constituir-se numa importante alternativa de manejo a ser adotada, principalmente, em sistemas de produção orgânica ou com menor aplicação de produtos fitossanitários. 1 Eng. Agr., Dr. Fruticultura. Pesquisador da FEPAGRO Serra – Centro de Pesquisa Carlos Gayer – RSC 470, Km 170,8, Caixa Postal 44, Veranópolis, RS – CEP: 95330-000. Email: [email protected]; 2 Eng. Agr., Dra. Agrometeorologia. Pesquisadora da FEPAGRO Serra – Centro de Pesquisa Carlos Gayer – RSC 470, Km 170,8, Caixa Postal 44, Veranópolis, RS – CEP: 95330-000. Email: [email protected]; 3 Eng. Agr., Dra. Melhoramento Genético. Pesquisadora da FEPAGRO Serra – Centro de Pesquisa Carlos Gayer – RSC 470, Km 170,8, Caixa Postal 44, Veranópolis, RS – CEP: 95330-000. Email: [email protected]; 4 Graduanda do Curso Superior de Tecnologia em Horticultura – IFRS – Campus Bento Gonçalves, Avenida Osvaldo Aranha 540, Caixa Postal 135, Bento Gonçalves, RS – CEP: 95700-000. Email: [email protected]. 42 VALIDAÇÃO DE UM MODELO DE PREVISÃO PARA FULIGEM E SUJEIRA DE MOSCA EM MAÇÃS EM FRAIBURGO-SC Roberta Duarte Ávila Vieira1; Rosa Maria Valdebenito-Sanhueza2; Fabiane dos Santos3; Cassiano Augusto Araújo4; Silvino Munaretto5 O objetivo deste trabalho foi validar um modelo de previsão de fuligem e sujeira de mosca (F&SM), em um pomar de macieiras da cv. Fuji em Fraiburgo. Foram avaliados os seguintes tratamentos: Alerta 1: Decisão de intervenção química pela ocorrência de alertas gerados por uma estação meteorológica localizada num pomar experimental da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – CIDASC; Alerta 2: Decisão de intervenção química pela ocorrência de alertas gerados por uma estação meteorológica estabelecida na área experimental, e o manejo preventivo da F&SM do produtor. O experimento foi estabelecido com três tratamentos, dois blocos e sete conjuntos de três plantas avaliadas quanto à presença de doença nos frutos. Nos grupos e blocos dos tratamentos Alerta 1 e Alerta 2 foi avaliado o progresso da doença. Para isso, na ocasião de cada Alerta foram colhidos 20 frutos para detecção da infecção latente de F&SM e logo depois feita a pulverização da área com fungicidas. A partir do início da determinação do risco da epidemia a proteção das plantas foi feita alternando-se fosfito de potássio com captan e tiofanato metílico com captan. Na avaliação final foram registradas a incidência e a severidade de F&SM em 100 maçãs de cada um de dois grupos de plantas de cada bloco. O número de pulverizações nos tratamentos foi de dez no Alerta 1, oito no Alerta 2 e 19 na área do produtor. Os resultados obtidos mostraram que a doença se manteve estabilizada nas áreas e somente aumentou nas duas avaliações finais atingindo 11,7% no Alerta 1 e 8,5 % no Alerta 2. O percentual de perda na época de colheita foi de 4% para o Alerta 1, 9,6% para o Alerta 2 e de 11,3 % para a área do produtor. No Alerta 2 as perdas de frutos por F&SM foram semelhantes às constatadas nas áreas do sistema preventivo mas esse resultado foi obtido com uso da metade do número de intervenções químicas. A F&SM é uma doença que causa perdas e danos econômicos na cultura da maçã quando a área dispõe de fonte de inóculo e existe ocorrência e frequência de molhamento foliar. O Alerta pode ser gerado pela estação meteorológica localizada na CIDASC a 4 km de distância da área experimental. No entanto, é recomendável continuar o trabalho de validação do modelo de previsão de F&SM em ciclos e locais diferentes para viabilizar o uso generalizado do Alerta para a cadeia da maçã. Foi concluído que o modelo é eficaz para racionalizar o uso de fungicidas e para diminuir as perdas causadas pela F&SM no pomar no ciclo 2012. 1 Eng. Agr. , CIDASC - Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina, Estação de Avisos Fitossanitários de Fraiburgo, Walter Shally, s/n, Fraiburgo, SC - Cep: 89580-000. [email protected]; 2 Eng. Agr., Dra Proterra Engenharia Agronômica Ltda., BR 116, nº 7320, Vacaria, RS - Cep: 95200-000. [email protected]; 3 Eng. Agr. , CIDASC - Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina, Estação de Avisos Fitossanitários de Fraiburgo, Walter Shally, s/n, Fraiburgo, SC - Cep: [email protected]; 4 Eng. Agr. , CIDASC - Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina, Estação de Avisos Fitossanitários de Fraiburgo, Walter Shally, s/n, Fraiburgo, SC - Cep: 89580-000. [email protected]; 5 Eng. Agr. , Fischer S/A Comércio Indústria e Agricultura, Rodovia SC 453, km 24,6, Fraiburgo, SC - Cep: 89580-000. [email protected]. 43 PERFIL FITOSSANITÁRIO DE POMARES DE MACIEIRA NO SUL DO BRASIL Rosangela Teixeira1 e Lino Bittencourt Monteiro2 As práticas agronômicas e o manejo fitossanitário influenciam a dinâmica populacional de diversos organismos, sejam eles pragas ou agentes de controle biológico. O conhecimento destes impactos é importante para melhorar o entendimento ecológico do agroecossitema, assim como permitir a gestão adequada de populações. O objetivo deste trabalho foi avaliar o perfil fitossanitário dos quatro pomares de macieira do Sul do Brasil e verificar o impacto sobre resistência de Grapholita molesta a inseticidas. Foi selecionado aleatoriamente um pomar em cada região produtora de macieira: Vacaria, Fraiburgo, São Joaquim e Porto Amazonas. As ações de manejo nestes pomares foram analisadas nos últimos cinco anos (2006 a 2011) por meio de um sistema de indicadores sobre os quais se aplicaram coeficientes de alteração (CA, iguais a -3, -1, +1 e +3). Os valores positivos (+1 e +3) expressam as medidas adequadas de boa prática agrícola, enquanto que os valores negativos expressam os fatores que promovem a seleção de indivíduos resistentes. Os indicadores utilizados foram: realização de monitoramento de pragas; uso da confusão sexual para o controle de G. molesta; uso de controle biológico para Panonychus ulmi; frequência de pulverizações de inseticidas; rotação de inseticidas com diferentes grupos químicos; ressurgência ou captura de insetos no monitoramento após pulverização. As somatórias dos CA, considerando os valores positivos e negativos nos seis indicadores, computados cumulativamente para os cinco anos de estudo, definiram os perfis fitossanitários dos pomares, em escala com valor máximo de +90 e mínimo -90 (i.e., coeficiente 3*6 indicadores*5 anos). Esta escala de desempenho foi então secionada em cinco intervalos de amplitude equivalente, caracterizando a qualidade do manejo de pragas: i. Manejo Integrado de Pragas (MIP), cuja somatória dos CA dos indicadores resultem em valores de 55 a 90; ii. Boas Práticas Agrícolas (BPA), no intervalo entre 19 e 54; iii. Manejo Convencional (MC), no intervalo de desempenho entre -18 e 18; iv. Manejo em Desequilíbrio (MD), no intervalo de -19 a -54; e v. Manejo Inadequado, no intervalo de -55 a -90. O perfil fitossanitário definiu três perfis, Assim, o desempenho das ações de manejo do pomar de Porto Amazonas foi classificado como adotante de Boas Práticas Agrícolas (BPA), o pomar de São Joaquim e Fraiburgo como sendo tipicamente de Manejo Convencional (MC) e o pomar de Vacaria apresentando Manejo Inadequado (MI). Houve uma relação positiva entre o uso da confusão sexual e a redução de inseticidas no pomar de Porto Amazonas nos quatro primeiros anos. Em nenhum pomar houve redução absoluta de G. molesta no 10º dia após a pulverização, entretanto, as maiores capturas ocorreram no pomar apresentou MI. O coeficiente de alteração (CA) do indicador Rotação de inseticidas foi o principal fator negativo para reduzir os índices de desempenho nos três primeiros anos, exceção ao pomar em São Joaquim. Enfim, os indicadores que originaram o perfil fitossanitário permitiram demonstrar que a população RS teve o CA mais negativo, havendo uma tendência de tolerância a inseticidas, podendo ser confirmada futuramente com ensaios toxicológicos. Palavras-chave: Dinâmica populacional; Perfil fitossanitário; Práticas agronômicas. 1 Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Entomologia-UFPR, Centro Politécnico, caixa Postal 19020, Jardim das Américas, Curitiba, PR e-mail: [email protected]; 2 Professor Doutor do departamento de fitotecnia e Fitossanitarismo- UFPR, Centro de Ciências Agrárias, Rua dos funcionários, 1540, Juvevê, Curitiba, PR e-mail: [email protected]. 44 AVALIAÇÃO DE ARMADILHAS ISCADAS COM O ATRATIVO ALIMENTAR CERATRAP® PARA A CAPTURA MASSAL DA MOSCA-DAS-FRUTAS SULAMERICANA NA CULTURA DA VIDEIRA Ruben Machota Junior1; Lígia Caroline Bortoli2; Marcos Botton3; Alci Enimar Loeck4 A mosca-das-frutas sul-americana Anastrepha fraterculus (Wied., 1830) (Diptera: Tephritidae) é uma das principais pragas da cultura da videira na Região Sul do Brasil. A captura massal pode ser uma alternativa viável para suprimir populações do inseto, principalmente em uvas de mesa cultivadas sob cobertura plástica. Neste trabalho avaliou-se a eficácia de diferentes armadilhas iscadas com o atrativo alimentar Ceratrap® (BioIbérica S.A.) na captura de adultos de A. fraterculus na cultura da videira. O trabalho foi conduzido em dois vinhedos de uva fina da cv. ‘Moscato’, localizado em Farroupilha, RS, nos meses de fevereiro a março de 2013. Os modelos de armadilhas avaliados foram: MT (MaxiTrap UV XL de 700mL, Probodelt SL); SM (Sensus modificada de 500mL, BioIbérica S.A.); CS (armadilha plástica transparente CeraTrap System® de 1500mL, BioIbérica S.A.); PT (garrafa de polietileno tereftalado - PET transparente); PV (garrafa PET de coloração verde) e PM (garrafa PET transparente, com metade inferior de coloração amarela). Os modelos de garrafas PET de 2000mL continham quatro orifícios de 7mm de diâmetro dispostos equidistantemente na porção mediana da garrafa. As armadilhas foram dispostas nas bordas dos vinhedos, distanciadas 12 metros entre si, contendo um volume inicial de 350mL do atrativo CeraTrap® sem diluição. As avaliações e o rotacionamento das armadilhas entre si foram realizadas semanalmente, durante os 42 dias em que o experimento foi realizado. Após cada coleta, as moscas-das-frutas foram contadas e identificadas, registrando-se semanalmente o volume do atrativo evaporado. Os resultados obtidos foram submetidos à análise da variância e as médias comparadas pelo teste Tukey a 5% de significância. As maiores capturas ocorreram nas armadilhas confeccionadas com garrafas PET, sendo que, o número médio de moscas/armadilha/ semana (MAS) foi maior no modelo PV (3,0 MAS), diferindo (p<0,05) dos demais modelos avaliados. A evaporação do atrativo após 42 dias foi menor (p<0,05) no tratamento CS, apresentando um volume final médio de 273,7mL. Entre os modelos de armadilhas PM, PV e PT não houve diferença estatística na quantidade de atrativo evaporado, com volume final de 207,5, 193,7 e 185mL, respectivamente. Conclui-se que, os modelos de armadilhas confeccionadas com garrafas PET de coloração verde (PV) e transparente (PT), contento quatro orifícios de 7mm de diâmetro localizados na porção mediana da garrafa proporcionam maiores capturas de adultos de A. fraterculus na cultura da videira. 1 Eng. Agr., Me., Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade (PPGFs). Universidade Federal de Pelotas – UFPel, Campus Capão do Leão, 96010-970, Pelotas, RS. Bolsista CNPq. E-mail: [email protected]; 2 Bióloga, Mestranda do PPGFs. UFPel, Campus Capão do Leão, 96010-970, Pelotas, RS. Bolsista Capes. E-mail: [email protected]; 3 Eng. Agr., Dr., Pesquisador da Embrapa Uva e Vinho, Caixa Postal 130, 95700-000, Bento Gonçalves, RS. E-mail: [email protected]; 4 Eng. Agr., Dr., Professor da Faculdade de Agronomia “Eliseu Maciel” (FAEM) e do PPGFs. UFPel, Campus Capão do Leão, 96010-970, Pelotas, RS. E-mail: [email protected]. 45 SUSCETIBILIDADE DE CULTIVARES DE UVA A Anastrepha fraterculus (WIEDMANN, 1830) (DIPTERA: TEPHRITIDAE) Sabrina Cristina Correa1; Cláudio Roberto Franco2; Mari Inês Carissimi Boff3; Rafael Luis Philippus4; Jéssica Manfroi5; Samanta Souza Restelatto6; Rafaela Alves dos Santos Peron7 Nos últimos anos a produção de uvas in natura e para produção de vinhos vem crescendo, principalmente em Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Entretanto, juntamente com o aumento da área cultivada, têm ocorrido cada vez mais problemas associados com pragas nessa cultura, destacando-se a mosca-das-frutas Anastrepha fraterculus (Wiedmann, 1830) (Diptera: Tephritidae). Porém, na cultura da videira há poucas informações disponíveis sobre a bioecologia e comportamento dessa praga em diferentes cultivares. O objetivo desse trabalho foi avaliar, por meio de testes de não-preferência para oviposição, a suscetibilidade de cultivares de uva a A. fraterculus. Foram montados dois experimentos de acordo com a época de maturação dos cachos. O experimento I, realizado no dia 31 de janeiro de 2013, foi composto pelas cultivares Lagrain (18,9° brix), Isabel precoce (17,0° brix), Francesa preta (16,6° brix) e Niágara rosada (16,4° brix). No experimento II, realizado no dia 25 de fevereiro de 2013, foram utilizadas as cultivares BRS Linda (19,3° brix), BRS Lorena (17,9° brix), Cora (17,6° brix) e Moscato (15,3° brix). Os cachos de uva das respectivas cultivares foram ensacados no estádio de maturação grão ervilha, para evitar a postura de mosca-das-frutas no campo, e os experimentos foram realizados quando os cachos estavam no estádio de maturação plena. No teste com chance de escolha, oito casais foram acondicionados em gaiola plástica redonda (13 x 35 cm) com seis bagas de cada cultivar. No teste sem chance de escolha, foram montadas gaiolas com potes plásticos (750 mL) com dois casais de moscas e fornecidas cinco bagas. As moscas utilizadas tinham de 15 a 20 dias de idade e foram alimentadas com água e dieta a base de germe de trigo, extrato de levedura e açúcar na proporção de 1:1:3. Após 24 horas de exposição foi avaliado o número de ovos nas bagas de uva. Os experimentos foram conduzidos em delineamento inteiramente casualizado com 15 repetições e mantidos em sala climatizada a 25 ± 2 °C e fotofase de 14 horas. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5%. No experimento I, no teste com chance de escolha, a cultivar Isabel precoce foi a mais preferida pelas moscas com média de 81,8 ovos/seis bagas e as cultivares Francesa preta e Niágara rosada as menos preferidas com média de 48,8 ovos/seis bagas para ambas. No teste sem chance de escolha não foram observadas diferenças significativas entre as cultivares. No experimento II com chance de escolha a cultivar Cora foi a mais preferida para oviposição, com média de 116,9 ovos/seis bagas. Enquanto as cultivares Linda e Lorena apresentaram a menor preferência com média de 33,2 e 32,5 ovos/seis bagas. No teste sem chance de escolha não houve diferenças significativas entre as cultivares. Portanto, as cultivares de uvas avaliadas apresentam diferenças quanto a suscetibilidade a A. fraterculus. 1 Eng. Agr. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal da UDESC/CAV - Av. Luiz de Camões, 2.090 CEP 88.520-000, Lages, SC. e-mail: [email protected]; 2 Professor do Departamento de Agronomia e Programa de Pós-graduação em Produção Vegetal da UDESC/CAV. e-mail: [email protected]; 3 Professora do Departamento de Agronomia e Programa de Pós-graduação em Produção Vegetal da UDESC/CAV. e-mail: [email protected]; 4 Eng. Agr. Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal da UDESC/CAV. e-mail: [email protected]; 5 Estudante de Engenharia Florestal UDESC/CAV. e-mail: [email protected]; 6 Estudante de Agronomia UDESC/CAV. e-mail: [email protected]; 7 Estudante de Agronomia UDESC/CAV – bolsista PROBIC/UDESC. e-mail: [email protected]. 46 SEGUNDO ANO DE AVALIAÇÃO DO REGIME DE CHUVA ASSOCIADO ÀS DIFERENTES ÉPOCAS DE SUSCETIBILIDADE DA MACIEIRA PARA CONTROLE DA DOENÇA “OLHO DE BOI” Samuel William Oliveira da Silva1; Murilo Cesar dos Santos2 O cultivo da macieira tem grande importância para a região Sul do Brasil, um clima favorável para produção da fruta, a região é conhecida mundialmente abastece o mercado interno e externo com um produto de grande qualidade e alto valor agregado, obtendo o melhor índice de produtividade do país. A podridão olho de boi (Cryptosporiopsis perennans) é uma doença muito importante na produção da cultura, pois pode atacar em fase de pré-colheita e também na pós-colheita, causando grandes níveis significativos de perdas. Para redução de tais perdas, deve se determinar o momento de maior suscetibilidade da cultura e assim avaliar o momento ideal de iniciar os tratamentos em pré-colheita e avaliar a até que ponto o volume de chuvas interfere na reaplicação dos tratamentos. O trabalho foi realizado na safra 2011/2012, na empresa Rasip Agropastoril S.A., em Vacaria-RS, na cultivar Fuji, idade aproximada de 15 anos, espaçadas de 4,0 m entre linhas e 1,0 m entre plantas, com delineamento em blocos inteiramente casualizados com 8 tratamentos e 3 repetições. As parcelas foram constituídas de 4 plantas distribuídas em linha, sendo as 2 plantas centrais consideradas como área útil e as demais como bordaduras. Os tratamentos executados foram: Pulverizar 60 dias antes da colheita, repulverizar a cada 10 dias ou com chuva ≥ 35 mm; pulverizar 45 dias antes da colheita, re-pulverizar a cada 10 dias ou com chuva ≥ 35 mm; pulverizar 30 dias antes da colheita, re-pulverizar a cada 10 dias ou com chuva ≥ 35 mm; pulverizar 60 dias antes da colheita, re-pulverizar a cada 10 dias ou com chuva ≥ 50 mm; pulverizar 45 dias antes da colheita, re-pulverizar a cada 10 dias ou com chuva ≥ 50 mm; pulverizar 30 dias antes da colheita, re-pulverizar a cada 10 dias ou com chuva ≥ 50 mm; pulverizar 12 dias antes da colheita e a Testemunha. As pulverizações para controle da doença foram realizadas com os fungicidas Delan, na dose de 125 g / 100 L, Dithane na dose de 300g / 100 L e Captan, na dose de 240 g / 100 L, de forma alternada, com o uso de um pulverizador costal manual com capacidade de 20 litros, munido de bico cônico universal. Avaliou-se a incidência da doença e os dados submetidos à análise de variância e comparação por Duncan a 5% de probabilidade. Os resultados obtidos revelaram que não houve diferenças significativas entre os tratamentos, porém o tratamento pulverizado 12 dias antes da colheita, apesar de não ter diferido da testemunha, apresentou o menor custo para controle da doença, pois resultou em apenas uma pulverização para controle da doença. Essa vantagem foi provocada por condições climáticas desfavoráveis a ocorrência da doença, devido à baixa pluviosidade. Para os demais tratamentos o número de pulverizações variou de 3 a 7 pulverizações, onde a grande maioria foi desnecessária. 1 Engº Agrº. Trabalho de conclusão do curso de agronomia. Universidade de Caxias do Sul – UCS. Caxias do Sul, RS. Email: [email protected]; 2 Engº Agrº Dr. Professor. Universidade de Caxias do Sul – UCS. Rua Francisco Getúlio Vargas, 1130 – CEP 95070-560. Caxias do Sul, RS. Email: [email protected]. 47 FLUTUAÇÃO POPULACIONAL DE ANASTREPHA (DIPTERA: TEPHRITIDAE) EM POMARES DE FRUTÍFERA EM PORTO AMAZONAS, PR Waléria Cristiane Pacheco1; Débora Gabardo Rigonni1; Ester Foelkel2; Lino Bitencourt Monteiro3 As moscas-das-frutas são frequentes pragas em fruteiras comerciais no Brasil. Anastrepha é o gênero mais abundante, com maior número de espécies pragas e se desenvolvendo em diferentes espécies hospedeiras. O conhecimento da dinâmica populacional e a época de maior ocorrência deste inseto é um importante fator para o estabelecimento de estratégias de manejo. A flutuação populacional varia dependendo do período do ano, local e disponibilidade de frutos hospedeiros. O objetivo do trabalho foi de avaliar a flutuação populacional de Anastrepha sp. em pomares de pêssego (Prunus persica), maçã (Malus domestica) cv. Eva e caqui (Diospyros kaki), além das áreas de mata adjacentes ao entorno dos pomares, em Porto Amazonas, PR. O estudo foi conduzido durante uma safra comercial (set/2012 a mar/2013) em três parcelas, cada uma correspondendo uma das fruteiras e contendo em torno de 4 ha. Foram instaladas três armadilhas Mcphail com atrativo alimentar proteína hidrolisada (5%) em cada parcela, instaladas a 1,5 m de altura e distanciadas no mínimo em 20 m, em cada parcela de pessegueiro, macieira e caquizeiro e em adjacente as parcelas. As coletas foram feitas semanalmente, acondicionando os indivíduos capturados por armadilha em tubos de acrílico com álcool 75%, os quais foram conduzidos ao laboratório para triagem e posterior identificação. Foram capturadas no total de 528 espécimes de Anastrephas sp. de ambos os sexos. Dentre as culturas a maior captura foi no pomar de macieira com 72% do total, 12 % no pomar de caquizeiro, 10% na área de mata e 6% no pomar de pêssego. Os picos populacionais ocorreram no período de frutificação da macieira e inicio da frutificação em Caquizeiros. Os resultados indicam uma movimentação das moscasdas-frutas em busca de frutos comerciais de diferentes épocas de amadurecimento e, em consequência, o maior número indivíduos capturados coincidiram com as épocas de frutificação. Palavras-chave: Flutuação populacional; Anastrepha fraterculus; Hospedeiros nativos. 1 Graduandos em Engenharia Agronômica, pela Universidade Federal do Paraná, bolsista iniciação cientifica CNPq email: [email protected]; [email protected]; 2 Doutoranda Programa de Pós- graduação em Produção Vegetal- UFPR 3 Professor Doutor em Engenharia Agronômica da Universidade Federal do Paraná – Rua dos Funcionários, 1540, Juvevê, Curitiba, Paraná. 48 VIABILIDADE DE UM SISTEMA DE ALERTA PARA A MANCHA-FOLIAR-DA-GALA Walter Ferreira Becker1 A Mancha-Foliar-da-Gala - MFG (Colletotrichum spp.) é considerada a principal doença de verão em pomares de macieiras das cvs. do grupo ´Gala` e da ´Golden Delicious`. Na ausência de cultivares resistentes, o manejo das plantas doentes faz-se com a poda e condução (profilaxia) e controle químico, sendo este o principal método de controle. Para este fim, a pulverização com fungicidas ocorre a cada semana (calendário fixo) sem critério definido gerando aplicação desnecessária quando a condição ambiente não é favorável à doença e aumento do custo de produção. Um sistema de alerta ou previsão da doença que inclui temperatura e molhamento foliar pode contribuir para um uso racional do controle químico. O objetivo deste trabalho foi avaliar a viabilidade dos modelos de previsão, em continuidade aos ensaios anteriores, para a MFG no município de Caçador, SC. O experimento foi conduzido no período de 2011-2013 na Epagri-Estação Experimental de Caçador em pomar de Royal Gala/M9/Maruba, no espaçamento de 1,5m x 3,5m. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado com seis tratamentos (cinco modelos de alerta e um por calendário fixo) e quatro repetições, em parcelas de nove plantas (três e quatro plantas úteis). A avaliação da intensidade da doença foi realizada semanalmente após a brotação, nas plantas úteis e em quatro ramos (opostos) por planta. O fungicida utilizado foi mancozeb 80% (320g ia.hl-1) e a aplicação foi de acordo com a ocorrência dos valores de alerta para cada um dos cinco modelos e semanalmente para o tratamento calendário fixo. As variáveis foram submetidas à análise de variância (teste F). Foi utilizada a análise Não-Paramétrica (teste de KruskalWallis) quando necessário. Os seguintes modelos e valores de alerta (VA) foram avaliados: T1) Fitzell (VA≥15); T2) Fitzell (VA≥20); T3) Fitzell (VA≥25); T4) EECD (VA≥15); T5) EECD (VA≥20) e T6) Calendário fixo (7/7dias). As variáveis mensuradas foram: incidência da doença em folhas em pré e pós-colheita de frutos e a área abaixo da curva de progresso da doença. Nos ciclos 2011/12 e 2012/13 não houve diferença significativa entre os tratamentos; os modelos Fitzell e EECD não diferiram do calendário fixo (T6) para as variáveis mensuradas. Em 2011/12 houve um total de quinze pulverizações até a colheita no tratamento por calendário fixo; onze pulverizações no modelo de Fitzell para todos os VA (15; 20 e 25) e no modelo EECD, dez e oito pulverizações para VA=15 e VA=20, respectivamente, correspondendo a uma redução na pulverização de 26,67% (T1; T2 e T3); 33,34% (T4) e 46,67% (T5). No ciclo 2012/13 houve dezesseis, quinze e quatorze pulverizações no modelo Fitzell para VA=15, VA=20 e VA=25 respectivamente. Ambos os VA do modelo EECD demandaram quinze pulverizações. O tratamento por calendário fixo demandou dezessete pulverizações até a colheita, correspondendo a uma redução na pulverização de 5,84% (T1); 11,77% (T2); 17,65% (T3) e 11,77% (T4 e T5). Conclui-se que o modelo de Fitzell com VA=15 poderá ser utilizado como alerta para a MFG e sugere-se que a eficiência do modelo poderá ser aumentada na medida em que houver disponibilidade de fungicidas mais efetivos no controle da MFG. 1 Eng. Agr. D.S. Pesquisador. Epagri – Estação Experimental de Caçador. Cx. P. 591, 89.500-000, Caçador-SC. E-mail: [email protected]. 49 IMPLANTAÇÃO PELA EPAGRI DO AGROALERTAS, SISTEMA ON LINE DE PREVISÃO DA SARNA E MANCHA DA GALA DA MACIEIRA NO SUL DO BRASIL Yoshinori Katsurayama1; José Itamar da Silva Boneti1; Hamilton Justino Vieira2; Joelma Miszinski2 A partir do ciclo 2013/14 os produtores de maçã do sul do Brasil poderão contar com o Agroalertas Maçã – sistema de previsão da Sarna e Mancha da Gala, duas das mais importantes doenças da macieira. Vinte estações agrometeorológicas automatizadas instaladas no Paraná (Porto Amazonas), Rio Grande do Sul (Vacaria e Bom Jesus) e Santa Catarina (São Joaquim, Bom Jardim da Serra, Urupema, Painel, Fraiburgo, Frei Rogério, Caçador, Rio das Antas e Lebon Regis) monitoram as variáveis meteorológicas (precipitação, temperatura do ar, umidade relativa do ar e molhamento foliar). Estes dados são enviados via GPRS, a cada 60 minutos, para Epagri/Ciram, onde são processados e as informações disponibilizadas, em tempo real, para os usuários. Para a previsão da Sarna da macieira, o sistema foi montado com base na tabela de Mills atualizada. No site da Epagri/Ciram os usuários terão acesso aos dados meteorológicos horários, início e final do molhamento foliar, severidade esperada, previsão do aparecimento das manchas, entre outras informações. O alerta e recomendação de controle da Sarna, tanto para o ciclo primário (fase ascospórica) quanto para o secundário (fase conidial), são emitidos quando o sistema acusar um período de infecção com base na tabela de Mills. No Agroalertas, é considerado final de um período de infecção da Sarna quando a interrupção do molhamento, contínuo ou não, atingir 6 horas. O sistema de Mills vem sendo utilizado desde 1982 pela Estação de Avisos de São Joaquim, e tem-se mostrado ser uma ferramenta confiável para interpretar os períodos de infecção da Sarna. Já para a previsão da Mancha da Gala (MG), o sistema foi construído a partir dos dados gerados na Estação Experimental de São Joaquim, em ensaios em condições controladas e de campo. O sistema de monitoramento da MG disponibiliza, além dos dados meteorológicos brutos, o início e final do molhamento foliar, a duração do molhamento foliar (PMF), a temperatura média deste período, o valor diário de severidade diária (VDS) e a severidade estimada. Na determinação do VDS, períodos secos (interrupção do molhamento) de até 6 horas por dia são ignorados. Na estimativa da severidade da MG, o modelo corrige o efeito do molhamento foliar intermitente na epidemia através de uma equação gerada em ensaios em condições controladas. O alerta e a recomendação de controle da MG são emitidos quando a soma dos VDS dos três últimos dias (SVDS3) atinge 2,5 ou mais unidades. A estimativa da severidade, dada em porcentagem, mostra o quanto o período de infecção foi favorável para a doença e é, também, importante indicador para a tomada de decisão. O projeto para a implantação do sistema on line de previsão da Sarna e da Mancha da Gala pela Epagri contou com importante colaboração da empresa Basf. 1 Epagri/Estação Experimental de São Joaquim; Rua João Araújo Lima, 102, Bairro Jd. Caiçara. Caixa Postal 81. 88600-000 – São Joaquim/SC. (49) 3233-0324. [email protected]; 2 Epagri/Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina. Rod. Admar Gonzaga, 1347, Itacorubi, Caixa Postal 502. 88034-901 – Florianópolis/SC. (48) 3665-5006. http://ciram.epagri.sc.gov.br. 50 COMPRIMENTO E LARGURA DE FOLHA DE MACIEIRA ‘MAXIGALA’ EM DIFERENTES SISTEMAS DE CONDUÇÃO Ana Paula Fernandes de Lima1; Andrey Grazziotin Turmina2; Andrea De Rossi Rufato3; Leo Rufato4; Marcos Antônio Giovanaz5 A produção de maçãs tem se intensificado com a utilização de sistemas de condução destinados a melhorar a eficiência produtiva do pomar. O comprimento e a largura de folhas são importantes na resposta das plantas às técnicas de manejo para avaliação do crescimento vegetativo, em estudos agronômicos e fisiológicos. O objetivo deste trabalho foi comparar os diferentes sistemas de condução: Líder Central (Central Leader), Eixo Alto (Tall Spindle), Eixo Solar (Solaxe) e Eixo Duplo (Bibaum®) para a cultura da macieira em relação ao comprimento e largura das folhas. O experimento foi conduzido em cidade de Vacaria, no Rio Grande do Sul durante as safras 2010/2011 e 2011/2012, na cultivar ‘MaxiGala’ sobre os portaenxertos de Marubakaido com filtro de M.9 e M.9, na terceira folha. Foram mensurados o comprimento e a largura das folhas, tendo em vista que estas variáveis são parâmetros utilizados para avaliação do crescimento vegetativo, e para a verificação na resposta das plantas às técnicas de manejo que visam aumentar o potencial fotossintético e de rendimento. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com 16 tratamentos, seis repetições de dez plantas por repetição, efetuando amostragem aleatória em todas as regiões da copa, coletando-se 20 folhas por unidade experimental, procurando coletar folhas que não apresentassem danos decorrentes de ataque de pragas e doenças. Considerando as variáveis comprimento e largura de folhas, no ano de 2011, não foi observado interação para o comprimento das folhas e não houve diferença significativa entre os sistemas de condução e entre os portaenxertos. Para a largura da folha, também não foi observado interação, porém observou-se diferença significativa entre os sistemas de condução independentemente dos portaenxertos, sendo que o Eixo Duplo apresentou maior largura; entre os portaenxertos não houve diferença significativa. No ano de 2012, observou-se para ambas variáveis que não houve interação, e entre os sistemas de condução independentemente do portaenxerto não houve diferença significativa, porém entre os portaenxertos o Marubakaido com filtro de M.9 apresentou maior média. O portaenxerto de Marubakaido com filtro de M.9 proporciona maiores dimensões às folhas. 1 Doutoranda em Agronomia, Universidade Federal de Pelotas FAEM/UFPel, Caixa Postal 354, Pelotas, RS – CEP 96010900. email: [email protected]; 2 Mestrando em Produção Vegetal, Universidade do Estado de Santa Catarina CAV/UDESC, Lages, SC – CEP 88.520-000. email:[email protected]; 3 Pesquisadora Embrapa Uva e Vinho CNPUV, Vacaria, RS, CEP 95200-000. email:[email protected]; 4 Professor de Fruticultura e Vitivinicultura, Universidade do Estado de Santa Catarina CAV/UDESC, Lages, SC – CEP 88.520-000. email:[email protected]; 5 Mestrando em Agronomia, Universidade Federal de Pelotas FAEM/UFPel, Postal 354, Pelotas, RS – CEP 96010-900. email:[email protected] 51 PRODUÇÃO DE CULTIVARES DE MORANGUEIRO EM DIFERENTES TIPOS DE MULCHING Anderson Santin1; Fabíola Villa2; André Luiz Piva1; Éder Junior Mezzalira1 O morango é uma das frutas mais apreciadas pelos consumidores em diversas regiões do mundo, destacando-se pela sua coloração, aroma, sabor e versatilidade na culinária e gastronomia. A aplicação de uma cobertura de solo proporciona maior controle das plantas invasoras, menor consumo de água de irrigação, em face da redução no processo de evaporação e, também, facilita a colheita e comercialização, pois o produto colhido é mais limpo e sadio aumentando assim as características físicas e químicas dos frutos produzidos. Diferentes tipos de materiais são utilizados para cobertura do solo, dentre eles os filmes plásticos (PEBD) tem ganhado grande importância pelos produtores, principalmente pela facilidade de aplicação e durabilidade durante o cultivo. Diante do exposto, objetivou-se com o presente trabalho avaliar duas cultivares de morangueiro em diferentes tipos de mulching. O experimento foi desenvolvido entre maio e dezembro de 2012, na Fazenda Experimental “Prof. Dr. Antônio Carlos dos Santos Pessoa”, pertencente ao Núcleo de Estações Experimentais da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Campus Marechal Cândido Rondon, PR. O delineamento experimental utilizado foi blocos casualizados, em esquema fatorial 2x4 (2 cvs. de morangueiro, sendo ‘Camino Real’ e ‘Camarosa’ x tipos de mulching, sendo PEBD de cor prata, PEBD de cor preta, TNT e sem cobertura), contendo três repetições. As mudas foram transplantadas em 19/05/12. Iniciou-se a colheita após 75 dias do transplantio, estendendo-se até meados de dezembro. Avaliaram-se número médio de frutos por planta, massa fresca de frutos (g planta-1) e massa média fruto sendo avaliados pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Para as variáveis massa média de frutos por planta e massa média fruto não ouve interação e o fator mulching não apresentou significância, já para o fator cultivar, Camarosa apresentou melhor resultado com 0,408 Kg/planta e 31,8 frutos/planta, contra 0,327 Kg/planta e 22,1 frutos/planta da Camino real. A cultivar Camarosa apresentou maior número de frutos por planta aumentando assim produção em massa por planta. Para a variável massa média fruto também não ouve diferenças significativa para o fator mulching, sendo que para cultivar, Camino Real apresentou melhor resultado com 14,64 g/fruto contra 12,73 g/fruto para Camarosa. Com os resultados obtidos conclui-se que o tipo de mulching não apresentou interferência nas variáveis apresentadas, sendo que a cultivar Camarosa maior produção, e a cultivar Camino Real frutos maiores. 1 Mestrando em Produção Vegetal, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Campus Marechal Candido Rondon. Rua Pernambuco, 1777, Centro, Marechal Candido Rondon, PR, Brasil. CEP.: 85960-000. E-mail: [email protected]; 2 Professora Adjunto, D.Sc., Centro de Ciências Agrárias (CCA), Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Campus Marechal Cândido Rondon. Rua Pernambuco, 1777. Centro, Marechal Candido Rondon, PR, Brasil. Caixa Postal: 91. CEP.: 85960-000. E-mail: [email protected]. 52 MANEJO DA ÉPOCA DE PODA SOBRE A PRODUÇÃO DE MIRTILO André Luiz Radünz1; Daiane Pinheiro Kröning2; Lucas Celestino Scheunemann3; Carlos Gustavo Raasch4; Gabriele Espinel Ávila5; Flavio Gilberto Herter6 O mirtilo, ainda pouco conhecido para muitos produtores e consumidores, vem tornando-se cada vez mais popular, sendo considerado uma possível estratégia para compor o rol de culturas para a diversificação das propriedades agrícolas familiares da região sul do Rio Grande do Sul. Neste contexto, estudos que permitam a melhor compreensão dos fatores que influenciam esta cultura são de fundamental importância para a expansão de seu cultivo. Assim, as práticas de manejo, como a prática da poda seca é um componente essencial para as plantas de mirtilo, pois contribui para manter o equilíbrio entre a parte vegetativa e reprodutiva, mantendo assim, a qualidade e o tamanho do fruto, além de auxiliar no manejo das doenças e pragas, bem como facilitando os demais tratos culturais e a colheita dos frutos. Neste sentido a época de realização da poda seca é de fundamental importância, pois causará alterações nas condições climáticas que as plantas estarão expostas durante seu período reprodutivo, podendo influenciar na maturação e na produção das plantas. Assim, o objetivo do presente trabalho foi avaliar duas épocas de poda seca sobre a cultivar Bluegem para as condições climáticas da messoregião de Pelotas, RS quanto à produção das plantas. O experimento foi conduzido no município de Morro Redondo, RS, em plantas da cultivar Bluegem, grupo rabbiteye. No pomar o delineamento experimental foi em blocos ao acaso com três repetições e unidades experimentais constituídas por três plantas. Foram realizadas sobre a cultivar Bluegem duas épocas de poda seca, a primeira (poda um) no dia dez de Julho de 2012 e a segunda (poda dois) dia dez de Agosto de 2012. A produção por planta foi avaliada em balança digital durante a colheita, sendo as médias submetidas à análise da variância comparadas pelo teste Tukey a 5% de significância. A partir dos resultados encontrados no experimento é possível constatar que a época de realização da poda seca exerce efeito sobre a produção das plantas da cultivar Bluegem. Sendo que, na época de poda um a produção por planta foi significativamente maior, 4,18 Kg planta-1, quando comparada a época dois que teve produção de 3,65 Kg planta-1, fato que pode estar associado a redução do período reprodutivo, uma vez que a data de colheita não foi influenciada pela época de poda. Conclui-se que a época de poda seca exerceu efeito sobre a produção das plantas da cultivar Bluegem para as condições do experimento, sendo a maior produção encontrada na época um de poda. 1 Eng. Agro. M. Sc. Doutorando do PPGA/UFPel/FAEM – Caixa Postal 354, Capão do Leão, RS - Cep: 96010-900 Email: [email protected]; 2 Estudante de Agronomia UFPel – Campus Universitário – Caixa Postal 354, Capão do Leão, RS - Cep:96010-900 Email: [email protected]; 3 Estudante de Agronomia UFPel – Bolsista CNPq – Campus Universitário – Caixa Postal 354, Capão do Leão, RS - Cep: 96010-900. Email: [email protected]; 4 Estudante de Agronomia UFPel – Bolsista CAPES – Campus Universitário – Caixa Postal 354, Capão do Leão, RS - Cep: 96010-900. Email: [email protected]; 5 Estudante de Agronomia UFPel – Campus Universitário – Caixa Postal 354, Capão do Leão, RS - Cep:96010-900 Email: [email protected]; 6 Eng. Agro. Professor Dr. Departamento de Fitotecnia/FAEM/UFPel - Campus Universitário – Caixa Postal 354, Capão do Leão, RS – Cep: 96010-900. Email: [email protected]. 53 PRODUTIVIDADE E CARACTERÍSTICAS FÍSICA DE FRUTOS DE MACIEIRA COM APLICAÇÃO DE EXTRATO DE ALGA E FERTILIZANTE ORGÂNICO Andrey Grazziotin Turmina1; Ana Paula Fernandes de Lima2; Antonio Felippe Fagherazzi1; André Emmel Mario1; Andrea De Rossi Rufato3; Leo Rufato4 O objetivo do trabalho foi comparar o extrato da alga marinha (Ascophyllum nodosum) e a adubação foliar (micronutrientes) na produção e qualidade física de frutos de macieira. O experimento foi conduzido em Vacaria, RS durante a safra 2011/2012, na cultivar MaxiGala sobre o portaenxerto de M.9. Durante a colheita as plantas foram divididas em 2 partes, parte baixa e parte alta. A parte baixa foi considerada a partir da inserção do primeiro ramo da base até a 2 m de altura, e a parte alta, compreendida dos 2 m de altura até o ápice da planta. Os tratamentos foram: T1: controle, T2: Extrato de alga 0,5 % PF (plena floração), T3: Extrato de alga 1 % PF, T4: Fertilizante orgânico 1 % PF, T5: Fertilizante orgânico 1,5 % PF, T6: Extrato de alga 0,5 % 14 DAPF (dias após a plena floração), T7: Extrato de alga 1 % 14 DAPF, T8: Fertilizante orgânico 1 % 14 DAPF, T9: Fertilizante orgânico 1,5 % 14 DAPF. O delineamento experimental utilizada foi blocos casualizados, com 4 repetições. As unidades experimentais foram constituídas por 6 plantas, sendo úteis as 2 centrais. Foi utilizado teste de comparação de médias a Tukey 5% de significância. Considerando a parte alta da planta, para a variável número de frutos por planta não foi observado diferença significativa entre os tratamentos; para a massa de fruto a Adubação foliar 1% PF proporcionou menor média (58,7 g), o diâmetro (64,69 mm) e altura do fruto (60,55 mm) foi maior para a Adubação foliar 1,5% PF. Para a parte baixa da planta, para a variável número de frutos por planta, observouse uma produção de 106 frutos no Extrato de alga 0,5% 14 DAPF e para a massa, diâmetro e altura de fruto não foi observada diferença significativa entre os tratamentos. 1 Mestrando em Produção Vegetal, Universidade do Estado de Santa Catarina CAV/UDESC, Lages, SC – CEP 88.520-000. email:[email protected]; [email protected]; [email protected]; 2 Doutoranda em Agronomia, Universidade Federal de Pelotas FAEM/UFPel, Caixa Postal 354, Pelotas, RS – CEP 96010900. email: [email protected]; 3 Pesquisadora Embrapa Uva e Vinho CNPUV, Vacaria, RS, CEP 95200-000. email:[email protected]; 4 Professor de Fruticultura e Vitivinicultura, Universidade do Estado de Santa Catarina CAV/UDESC, Lages, SC – CEP 88.520-000. email:[email protected]. 54 DESEMPENHO DE MUDAS NACIONAIS E IMPORTADAS PARA O CULTIVO DO MORANGUEIRO ‘ALBION’ Antonio Felippe Fagherazzi1; Ramon Voss2; Paulo Mudrei2; Deivid Silva de Souza2; Aike Anneliese Kretzschmar3; Leo Rufato3 O consumo de pequenos frutos vem ganhando mais espaço diante dos consumidores cada vez mais exigentes. Entre os frutos, o morango se destaca pelas suas características qualitativas, sabor, aroma e coloração, tornado o fruto de maior importância econômica entre os pequenos frutos no Brasil. Ligado aos aspectos qualitativos e produtivos a escolha da muda utilizada é de fundamental importância para a planta poder expressar seu máximo potencial genético das características desejáveis pelo produtor e consumidor. As mudas utilizadas pelos produtores devem possuir qualidade sanitária, fisiológica e física. Atualmente estes requisitos são encontrados nas mudas importadas, principalmente do Chile e da Argentina, onde possuem condições climáticas para produção de mudas de qualidade. A produção brasileira de mudas de morangueiro é insuficiente para atender o mercado e com mudas de qualidade inferior em comparação com as mudas importadas. Estima-se que o Brasil importe mais de 100 milhões de mudas de morango anualmente, sendo este, um problema a ser resolvido, pois para o produtor, o custo da muda importada equivale a 24% dos custos totais de produção. É muito importante o desenvolvimento de viveiros nacionais, que consigam produzir mudas de qualidade e que atendam aos requisitos necessários para o êxito do produtor. Diante do exposto, o objetivo do trabalho foi avaliar o desempenho da cultivar Albion comparando as oriundas da Argentina com mudas de um viveiro do Brasil. O experimento foi realizado durante o ciclo 2012/2013 no Centro de Ciências Agroveterinárias da Universidade do Estado de Santa Catarina, no município de Lages, SC. Os tratamentos foram: Albion AR (mudas da Argentina) e Albion BR (mudas brasileiras). As mudas foram plantadas em canteiros e conduzidas em sistema de túneis baixos, com espaçamento de 0,30 x 0,30 cm entre linha e planta. As variáveis avaliadas foram: produção (g planta-1), número de frutos por planta, massa fresca dos frutos (g), sólidos solúveis (°Brix) e acidez titulável (% ácido cítrico). Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância, e as médias avaliadas pelo teste Tukey a 5% de probabilidade de erro. Para produção (g planta-1) ‘Albion AR’ com 390 g planta-1 não diferiu de ‘Albion BR’ com 364 g planta-1. Na variável de número de frutos por planta os dois tratamentos se igualaram em 25,2 frutos planta-1. Na acidez titulável expressa em % de ácido cítrico (0,84% e 0,81% respectivamente para ‘Albion AR’ e ‘Albion BR’) não se verificou diferença. Para a variável de massa fresca dos frutos se observou que os frutos de ‘Albion AR’ são mais pesados (15,7 g fruto-1) que os frutos de ‘Albion BR’ (14 g fruto-1), havendo um incremento de 12%. O mesmo foi verificado para o teor de sólidos solúveis, onde ‘Albion AR’ (8,39 °Brix) diferiu de ‘Albion BR’(7,72 °Brix) tendo os frutos mais doces. Conclui-se que as mudas oriundas da Argentina proporcionam melhoras características desejáveis aos produtores, entretanto as mudas Brasileiras obtiveram um bom desempenho, demonstrando um bom potencial a ser explorado e incentivado junto às entidades de pesquisa nacionais. 1 Mestrando em Produção Vegetal da Universidade do Estado de Santa Catarina - Centro de Ciências Agroveterinárias, UDESC-CAV; Av. Luiz de Camões, 2090, Bairro Conta Dinheiro, Lages, SC. e-mail: [email protected]; 2 Discente em Agronomia da UDESC-CAV. 3 Professor (a) de Fruticultura, UDESC-CAV. 55 DESEMPENHO PRODUTIVO E QUALITATIVO DE NOVAS CULTIVARES DE MORANGUEIRO NO PLANALTO CATARINENSE Anyela Mayerly Rojas Molina1; Antonio Felippe Fagherazzi2; Marcus Outemane3; José Roberto Rodrigues3; Aike Anneliese Kretzschmar4; Leo Rufato4 Os principais produtores mundiais de morango são os Estados Unidos, Espanha, Japão e Itália. A pesar de não figurar entre os principais produtores mundiais, o Brasil produz em torno de 100 mil toneladas. Em Santa Catarina, a produção é concentrada nas regiões Sul e Oeste do estado. Devido ao seu elevado valor agregado, a cultura se torna alternativa para pequenas propriedades rurais, tendo cada vez mais importância para a agricultura familiar. Para melhorar o desenvolvimento da cultura, o produtor deve ter amplo conhecimento quanto à adaptação de cada cultivar e das características que cada cultivar possa expressar em cada região de cultivo. Para o sucesso da cultura, o produtor deve optar por cultivares de morango que tenham boas características de produtividade associada à qualidade dos frutos. Para isto, estudos para observar o comportamento de novas cultivares devem ser executados nas regiões produtoras, afim de que se possa selecionar cultivares com características desejáveis pelos produtores e consumidores. O objetivo do trabalho foi avaliar o comportamento de três cultivares de morango no município de Lages, SC. Durante o ciclo 2012/2013 o experimento foi realizado no Centro das Ciências Agroveterinárias da Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages,SC. Os tratamentos constituíram as seguintes cultivares de morango: Camino Real, Camarosa e San Andreas. O plantio das mudas foi realizado em canteiros com 60 cm de largura e 20 cm de altura. Sobre os canteiros foi instalada cobertura plástica em sistema de túneis baixos com 80 cm de altura. O espaçamento de plantio adotado foi de 0,30 x 0,30 cm entre linha e planta. As variáveis avaliadas foram: produção (g planta-1), massa fresca dos frutos (g) e teor de sólidos solúveis (°Brix). Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância, e as médias avaliadas pelo teste Tukey a 5% de probabilidade de erro. Para a variável produção, verificou-se que as cultivares Camino Real (514,4 g planta-1) e San Andreas (455,6 g planta-1) foram as mais produtivas, diferindo de Camarosa (264 g planta-1). Na massa fresca de frutos, se observou que a cultivar Camino Real (16 g fruto -1) com a maior massa fresca diferiu de San Andreas (14,6 g fruto-1) que diferiu de Camarosa (12,3 g fruto-1) com a menor massa fresca. O teor de açúcar contido nos frutos é muito importante para conquistar os consumidores, e para esta variável, nas cvs. Camarosa (7,8 °Brix) e San Andreas (7,6 °Brix) se verificaram os maiores teores, diferindo de Camino Real (6,9 °Brix). Conclui-se que as cultivares Camino Real e San Andreas são boas opções para o cultivo de morango no Planalto Catarinense. 1 Estudante de Eng. Agronômica, Universidad Nacional de Colombia Sede Bogotá – Estagiaria da Universidade do Estado de Santa Catarina - Centro de Ciências Agroveterinárias, UDESC-CAV; Av. Luiz de Camões, 2090, Bairro Conta Dinheiro, Lages, SC, e-mail: [email protected]; 2 Tecnólogo em Horticultura, Mestrando em Produção Vegetal, UDESC-CAV; e-mail: [email protected]; 3 Estudante de Eng. Agronômica, UDESC-CAV; e-mail: [email protected]; [email protected]; 4 Professor (a) de Fruticultura, UDESC-CAV; e-mail: [email protected], [email protected]. 56 INDUÇÃO DO BROTAMENTO DE GEMAS DE VIDEIRA CV. CARMEM Beatriz da Silva Vanolli1; Leticia Svich1; José Gabriel Perez Marques1; Anderson Hideo Yokoyama1; Arthur Sguario Ribeiro1; Ires Cristina Ribeiro Oliari2; Juçara Elza Hennerich2; Alessandro Jefferson Sato3; Renato Vasconcelos Botelho3 As videiras são plantas típicas de clima temperado que necessitam passar por um período de inverno para entrar e sair do período de dormência, no entanto, o seu cultivo em regiões onde não ocorrem invernos rigorosos também é possível, utilizando-se a indução artificial de brotação das gemas com o uso da cianamida hidrogenada. Embora seja um produto eficiente, a cianamida hidrogenada é altamente tóxica e o seu uso tende a ser proibido em breve, desta forma torna-se necessário encontrar produtos alternativos que atuem como indutores de brotação de frutíferas de clima temperado. Diversos estudos têm sido realizados e alguns produtos como o extrato de alho e de cebolinha tem sido eficientes na brotação de videiras, macieiras e pereiras (Botelho et al., 2009; Botelho et al., 2010; Sato et al., 2011). Desta forma o objetivo do presente trabalho foi avaliar a eficiência do extrato de alho e de cebolinha na indução da brotação de gemas da videira ´Carmem´ em ambiente controlado. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com dez tratamentos e cinco repetições, sendo cada parcela constituída por nove gemas. Os tratamentos realizados foram: T1: testemunha; T2:óleo vegetal (OV) a 2%; T3:óleo vegetal (OV) a 4%; T4:óleo mineral (OM) a 2%; T5:óleo mineral (OM) a 4%; T6:óleo vegetal (OV) a 2% + óleo mineral (OM) a 2%; T7:óleo vegetal (OV) a 2% + óleo mineral (OM) a4%; T8: Extrato de cebolinha a 18%; T9: Extrato de alho a 18%;T10: Dormex® 6%. Para a instalação do experimento foram coletadas em campo, estacas da videira ´Carmem´ em meados de junho de 2011 e em seguida permaneceram em B.O.D por 200 horas sob 4ºC. Posteriormente as estacas foram subdividas de forma a ficar apenas uma gema, constituindo assim uma microestaca. Os tratamentos foram aplicados diretamente na gema até atingirem o ponto de escorrimento, e em seguida as microestacas foram acondicionadas em gerbox com espuma fenólica e mantidas em B.O.D com fotoperíodo de 12 horas e temperatura diurna de 25ºC e temperatura noturna de 20ºC. No dia seguinte a aplicação dos produtos iniciou-se a avaliação visual de brotação das mesmas e os dados obtidos foram submetidos à análise de variância, sendo as médias comparadas pelo teste de Tukeyà 5% de probabilidade. A partir do terceiro dia após a aplicação dos tratamentos, se verificou que o óleo vegetal a 2% + óleo mineral a 2% obteve a maior porcentagem de brotação (94,4%), porém, não diferiu dos tratamentos T3: óleo vegetal (OV) a 4%; T4: óleo mineral (OM) a 2%; T5: óleo mineral (OM) a 4%; T7: óleo vegetal (OV) a 2% + óleo mineral (OM) a 4%; T8: Extrato de cebolinha a 18%;T10: Dormex® 6%. Em contrapartida a testemunha (36,1%) e a aplicação de óleo vegetal a 2% (46,2%), apresentaram resultados inferiores a aplicação de Dormex® (91,7%). Desta forma pode-se considerar que os tratamentos com óleo vegetal associado ao óleo mineral podem ser uma alternativa interessante para substituir a cianamida hidrogenada na brotação artificial das gemas, entretanto, ressalta-se que este trabalho foi realizado em ambiente controlado e a indicação dos tratamentos para os produtores deve ser realizada somente após a repetição de trabalhos semelhantes tanto em ambiente controlado como em campo aberto. 1 Acadêmica de Agronomia, Universidade Estadual do Centro-Oeste, Guarapuava-PR, [email protected]; Mestrando em Agronomia, Universidade Estadual do Centro-Oeste, Guarapuava, PR; 3 Professor Dr., Universidade Estadual do Centro-Oeste, Guarapuava-PR, [email protected], [email protected]. 2 57 CONTROLE DO VIGOR DE PEREIRAS EUROPÉIAS PELO USO DE TRINEXAPAQUEETÍLICO Bruno Carra1; Marcos Antônio Giovanaz1; Carolina Goulart1; Flávia Saraiva Loy1; Marcos Ernani Prezotto2; Andressa Vighi Schiavon2; José Carlos Fachinello3 O uso de reguladores de crescimento é uma pratica adotada para controle de vigor em frutíferas de clima temperado. Geralmente, a ação destes reguladores vegetais é na inibição da síntese de giberilinas (GA) e podem ser utilizados na redução do alongamento dos ramos. Dos reguladores vegetais que interferem na síntese da giberelinas podem ser utilizados, o trinexapac-etílico (TrixE) e o prohexadione-Ca (P-Ca), que podem bloquear as reações finais do metabolismo de GA. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar o controle do desenvolvimento vegetativo de pereiras europeais e a resposta ao uso do regulador vegetal trinexapaque-etílico, nas condições climáticas do Sul do Brasil. O experimento foi conduzido no Centro Agropecuário da Palma, na Universidade Federal de Pelotas localizada no município do Capão do Leão - RS, durante a safra 2012/2013. Foram utilizadas pereiras europeias das cultivares ‘Carrick’, ‘Packham’s Triumph’ e ‘Williams’ Bon Chrêtien’, com 10 anos de idade. O experimento consistiu de quatro tratamentos com o regulador de crescimento trinexapac-etílico aplicado via foliar nas doses de 0, 400, 800, 1600, 3200mg L-1. Como fonte de TrixE foi utilizado o produto comercial Moddus®, contendo 25% de ingrediente ativo. Os tratamentos foram realizados a 50 dias após a plena floração (DAPF) nas cultivares ‘Carrick’ e ‘Packham’s Triumph’ e aos 25DAPF na cultivar ‘Williams’ Bon Chrêtien’. Foi avaliado o crescimento final dos ramos através da medição de 20 ramos por planta após a queda das folhas. O delineamento experimental foi em blocos ao caso, com quatro repetições de três plantas por parcela avaliando apenas a planta central. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância (p≤0,05), e quando significativos foi realizada análise de regressão polinomial. As cultivares ‘Carrick’ e ‘Packham’s Triumph’ não paresentaram diferença estatística etre as doses de TrixE. A cultivar ‘Williams’ apresentou diferença significativa no crescimento dos ramos após a aplicação dos tratamentos. Este fato, pode estar relacionado com a época de aplicação de TrixE, visto que a os tratamento realizados a 50DAPF nas cultivares ‘Carrick’, ‘Packham’s Triumph’ não apresentaram resposta ao regulador de crescimento. O comprimento dos ramos da cv. ‘Williams’ apresentou uma resposta quadrática negativa, com ponto mínimo da curva na dose de 2024mg L-1 o que representa uma redução de 25,6% no crescimento dos ramos em relação ao controle (0mg L-1 de TrixE). A partir destes dados preliminares pode-se concluir que TrixE reduz o vigor de pereiras ‘Williams’. 1 Eng. Agr. Mestrandos em Agronomia, Fruticultura de Clima Temperado, Departamento de Fitotecnia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas, Caixa posta 354, Cep - 96010-900, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; 2 Graduando em Agronomia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas, , Caixa postal 354, Cep - 96010-900, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. [email protected]; [email protected]; 3 Eng. Agr. Doutor, Professor Titular, Departamento de Fitotecnia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas, Caixa postal 354, Cep - 96010-900, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. [email protected]. 58 EFEITO DA PODA VERDE SOBRE O ACÚMULO DE SÓLIDOS SOLÚVEIS TOTAIS NA CULTIVAR DE MIRTILO BLUEGEM Carlos Gustavo Raasch1; André Luiz Radünz2; Lucas Celestino Scheunemann3; Daiane Pinheiro Kröning4; Gabriele Espinel Ávila5; Flavio Gilberto Herter6 O mirtileiro (Vaccinium spp) pertencente à família Ericaceae tem apresentado grande potencial de cultivo no Rio Grande do Sul. Tendo como seu principal atrativo para o consumo do fruto, as propriedades nutracêuticas presentes neste, sendo por este motivo, também conhecido como fonte da longevidade. Neste sentido, sabe-se que a radiação solar incidente sobre os frutos pode modificar características qualitativas dos frutos, consequentemente os compostos de interesse. Assim, a poda verde tem o objetivo de permitir o melhor aproveitamento da radiação solar, permitindo que esta atinja o interior da copa, aumentando a sua incidência direta sobre os frutos. Diante do exposto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito da poda verde sobre o acúmulo de sólidos solúveis totais (SST) na cultivar de mirtilo bluegem, para as condições edafoclimáticas da messoregião de Pelotas, RS. O estudo foi conduzido no município de Morro Redondo – RS, em plantas da Cv. Bluegem. No pomar, o delineamento experimental foi em blocos ao acaso com três repetições e unidades experimentais constituídas por três plantas. A poda verde foi realizada no dia 10/11/2012, quando as plantas se encontravam no estádio inicial de maturação dos frutos. Na poda verde foram removidos todos os ramos vegetativos intercalados aos frutos e mais dois a três ramos vegetativos abaixo da última gema florífera, para permitir a incidência da radiação solar direta sobre os frutos. Os frutos foram colhidos, quando atingiram a cor azul intensa, e tão logo, foi extraído o suco destes para avaliar o teor de sólidos solúveis totais, o qual foi determinado em laboratório com o uso de refratômetro. O efeito da poda verde sobre a cultivar bluegem proporcionou aumento significativo, pelo teste de Tukey a 5% de significância, no teor de SST quando comparado às plantas que não receberam esta poda. Nas plantas que receberam a poda verde o teor de SST foi de 16,57°Brix, enquanto nas plantas que não foi adotada essa prática foi de 15,07 °Brix. Conclui-se que a poda verde quando, aplicada no inicio da maturação dos frutos, para a cultivar Bluegem, aumentou o teor de sólidos solúveis totais. 1 Estudante de Agronomia UFPel – Bolsista CAPES – Campus Universitário – Caixa Postal 354, Capão do Leão, RS – Cep: 96010-900. Email: [email protected]; 2 Eng. Agro. M. Sc. Doutorando do PPGA/UFPel/FAEM – Caixa Postal 354, Capão do Leão, RS – Cep: 96010-900 Email: [email protected]; 3 Estudante de Agronomia UFPel – Bolsista CNPq – Campus Universitário – Caixa Postal 354, Capão do Leão, RS- Cep: 96010-900. Email: [email protected]; 4 Estudante de Agronomia UFPel – Campus Universitário – Caixa Postal 354, Capão do Leão, RS – Cep:96010-900 Email: [email protected]; 5 Estudante de Agronomia UFPel – Campus Universitário – Caixa Postal 354, Capão do Leão, RS – Cep:96010-900 Email: [email protected]; 6 Eng. Agro. Professor Dr. Departamento de Fitotecnia/FAEM/UFPel - Campus Universitário – Caixa Postal 354, Capão do Leão, RS – Cep: 96010-900. Email: [email protected]. 59 BIOESTIMULANTES NA SUPERAÇÃO DA DORMÊNCIA EM VIDEIRAS CV. CABERNET FRANC NA REGIÃO DA FRONTEIRA OESTE DO RS Carlos Roberto Martins1; Uirá do Amaral2; Caroline Farias Barreto3; Roseli de Mello Farias4 Para a superação natural da dormência da videira cultivada no Sul do Brasil, é fundamental que ocorra frio nos meses de inverno. A falta de frio invernal na videira pode ocasionar atraso na brotação e, principalmente brotação desuniforme das gemas com consequências prejudiciais a planta em toda a fase vegetativa e produtiva. A região da Fronteira Oeste/RS vem se consolidando no cultivo de videiras Vitis vinifera. Nesta região, as informações técnicas de manejo e condução dos parreirais condizentes com as condições edafoclimáticas locais são incipientes e denotam a necessidade de estudos mais aprofundados. Ocasionalmente podem ocorrer alguns problemas com a superação da dormência das videiras pela dificuldade de alcançar quantidade de frio necessário a brotação nesta região. Prática comum às regiões produtoras de uvas na superação da dormência é o emprego de produtos químicos sintéticos visando à quebra artificial da dormência das gemas. Neste contexto, o trabalho teve por objetivo verificar o efeito da utilização de produtos para quebra de dormência das gemas das videiras cv. Cabernet Franc, cultivadas nas condições edafoclimáticas da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. O projeto foi desenvolvido pela Universidade Pontifícia Católica do Rio Grande do Sul na Faculdade de Zootecnia, Veterinária e Agronomia PUCRS campus Uruguaiana. O experimento foi conduzido no vinhedo do Forte Wagners, localizado no distrito do Imbaá. A cultivar estudada foi a Cabernet Franc com 13 anos de idade, enxertada em porta-enxerto SO4, conduzidas em sistema de espaldeira. As videiras foram submetidas a sete tratamentos sendo eles: 2, 4 e 6% cianamida hidrogenada (Dormex®) ; 1,5 e 3% de biofertilizante (Biocontrol®), mais a testemunha. O delineamento experimental foi blocos casualizados, com quatro repetições e seis tratamentos, com cinco plantas por parcela. Foram analisados o desenvolvimento fenológico, porcentagem de brotação e a produção. Os dados foram comparados pelo Teste de Tukey ao nível de 5% de significância. Houve efeito positivo de todos os tratamentos na maior porcentagem de gemas brotadas em relação à testemunha. A aplicação do tratamento Biocontrol 3% acarretou problemas de fitotoxidez nas gemas ocasionando a queima das mesmas. As videiras submetidas aos tratamentos para quebra de dormência apresentaram brotação mais uniforme. Houve um maior numero de gemas brotadas com reflexo na maior produção nas plantas que receberam tratamento com cianamida hidrogenada independente da dosagem utilizada. Provavelmente a concentração utilizada do bioestimulante foi inadequada, devendo ser realizados outros estudos para determinação da concentração ideal para os vinhedos da região. 1 Engenheiro Agrônomo, Dr., Pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros. E-mail [email protected]; Engenheiro Agrônomo, Doutorando. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. E-mail [email protected]; 3 Estudante do curso de agronomia da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) Itaqui, [email protected]; 4 Engenheira Agrônoma, M.Sc. Professora da UERGS. E-mail [email protected]. 2 60 EFEITO DE ÓLEOS MINERAIS NA INDUÇÃO DA BROTAÇÃO DA MACIEIRA CULTIVARES MAXI GALA E FUJI SUPREMA Caroline de Fátima Esperança1; José Luiz Petri2, Gentil Gabardo3; Marcelo Couto4; Everlan Fagundes5 Durante o período de dormência as plantas mantém suas atividades metabólicas, com sua intensidade reduzida, permitindo resistir às baixas temperaturas. Na macieira, quando as condições de frio hibernal são insuficientes, ocorrem anomalias como brotação e floração prolongada. Diversos produtos são utilizados para permitir a planta sair da dormência quando as suas exigências em frio não são satisfeitas, minimizando assim esses problemas. Comercialmente são utilizados os óleos minerais e a cianamida hidrogenada, como a principal estratégia para indução da brotação. Recentemente diversos óleos minerais tem sido comercializados, desconhecendo-se sua eficiência na indução da brotação da macieira. O objetivo do trabalho é verificar o efeito de diferentes marcas comerciais de óleos minerais associado ao Dormex na indução da brotação da macieira. O experimento foi conduzido com delineamento experimental blocos ao acaso com 7 tratamentos e 5 repetições na Cv. MaxiGala e 7 tratamentos e 4 repetições na Cv. Fuji Suprema, tendo como tratamentos para ambas as cultivares: 1) Testemunha; 2) ASSIST® 3,5%; 3) ASSIST® 3,5% + DORMEX® 0,7%; 4) AUREO 3,5% + DORMEX® 0,7%; 5) OMINI 3,5% + DORMEX® 0,7%; 6) DASH 3,5%+ DORMEX® 0,7%; 7) HIAROL® 3,5%+ DORMEX® 0,7%. Foram avaliados os estádios fenológicos C-C3, inicio, plena e fim de floração, brotação das gemas axilares em 5 ramos do crescimento do ano por planta, avaliados a 30 e 60 dias após a aplicação dos tratamento e avaliação da brotação das gemas terminais, número de cachos florais e frutos em ramos previamente marcados, frutificação efetiva, produção por planta, número de frutos por planta e peso médio dos frutos. Os tratamentos tiveram pouco efeito em relação ao estádio CC3 e inicio de brotação em relação ao tratamento testemunha. O número de dias entre inicio e plena floração variou de 10 a 28 dias na Cv. MaxiGala e 12 a 14 dias na Cv. Fuji Suprema. A frutificação efetiva na Cv. MaxiGala foi mais alta no tratamento testemunha, Assist® 3,5% + Dormex® 0,7% e Omini 3,5% + Dormex® 0,7%. Na Cv. Fuji Suprema os percentuais da frutificação efetiva foram superiores o tratamento testemunha e Assist® 3,5%, diferindo significativamente dos demais tratamentos que não diferiram entre si. A brotação de gemas axilares na Cv. MaxiGala todos os tratamentos diferiram significativamente do tratamento testemunha aos 30 e 60 dias após a aplicação dos tratamentos, sendo que Assist®, Dash, Aureo e Hiarol® apresentaram os maiores percentuais de brotação. Na Cv. Fuji Suprema Omini® 3,5% + Dormex® 0,7% não diferiu do tratamento testemunha, os quais foram significativamente inferiores aos demais tratamentos. Todos os tratamentos foram superiores ao tratamento testemunha nas avaliações realizadas aos 60 dias após a aplicação dos tratamentos, na brotação das gemas terminais. Na Cv. MaxiGala os percentuais de brotação das gemas axilares atingiram 100% ou ficaram muito próximos, demonstrando altos níveis de brotação. A produção por planta não apresentou diferenças significativas entre os tratamentos, o mesmo ocorrendo com número de frutos por planta e peso médio dos frutos. Palavras Chaves: indutores de brotação, quebra de dormência. 1 Estudante de Agronomia, UNIARP - Universidade Alto Vale Rio do Peixe, [email protected]; Eng. Agro. D.Sc., Pesquisador da Epagri/Estação Experimental de Caçador/SC; 3 Eng. Agro. Eng. Agro., Mestrando em Produção Vegetal, UDESC-CAV, Lages/SC; 4 Eng. Agro. D.Sc., Pesquisador da Epagri/Estação Experimental de Caçador/SC; 5 Estudante de Agronomia, UNIARP - Universidade Alto Vale Rio do Peixe, 2 61 ÁREA FOLIAR, ÍNDICE SPAD, MASSA VERDE E MASSA SECA DE DUAS CULTIVARES DE PEREIRAS ASIÁTICAS Cibele Medeiros dos Santos1; Caroline Moreira Rodrigues2; Marcos Antônio Giovanaz2; Günter Timm Beskow2; Thaís Santos Lima2; Andressa Vighi Schiavon¹; Émerson De Franceschi1; José Carlos Fachinello3 A determinação da área foliar é fundamental para análise de crescimento, fotossíntese e transpiração, bem como quantificar danos causados por pragas e doenças foliares. As clorofilas são responsáveis pela captura da luz utilizada no processo fotossintético, sendo essenciais na conversão de energia luminosa em energia química. Parâmetros como área foliar, teor de clorofila e massa verde e seca de folhas pode variar de cultivar para cultivar. O objetivo deste trabalho foi comparar duas cultivares de pereiras asiáticas (Pyrus pyrifolia Nakai) quanto ao teor de clorofila presente nas folhas, massa verde e massa seca de folhas e área foliar. Foram utilizadas folhas de pereiras asiáticas das cultivares Housui e Século XX provenientes do pomar didático do Centro Agropecuário da Palma, pertencente à Universidade Federal de Pelotas, localizado no município do Capão do Leão - RS, no mês de maio de 2012. O experimento consistiu em avaliações feitas em folhas verdes das duas cultivares, com três repetições de 200 folhas cada. Foi avaliada a massa verde (MV) (g) através da pesagem do material fresco em balança digital, posteriormente levou-se à estufa a 60ºC até atingir peso constante e feita a pesagem para avaliar a massa seca (MS) (g). A área foliar (AF) (cm2) foi obtida com o medidor de área foliar da marca LI-COR, modelo LI 3100. Para avaliar a clorofila, foi obtido o índice SPAD, utilizando-se 50 folhas de cada repetição e feitas três leituras por folha - base, meio e ponta - totalizando 150 leituras por repetição no aparelho de modelo KONICA MINOLTA SPAD_502. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado (DIC), com três repetições. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância (p≤0,05). As análises foram efetuadas pelo programa Winstat. Os resultados indicam que mesmo que as cultivares tenham diferido significativamente em área foliar, sendo que Housui apresentou o maior valor nas condições do experimento, com média de 11.191.707 cm2 (para 200 folhas) contra 8.918.068,7 cm2 para Século XX, isto não implicou em diferença significativa para matéria verde (média 260,33g), matéria seca (média 97,66 g) e índice SPAD (média 40,88). 1 Graduandos em Agronomia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas. [email protected]; [email protected]; [email protected]; 2 Pós-Graduandos em Agronomia, Fruticultura de Clima Temperado, Departamento de Fitotecnia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas. Caixa postal 354, Cep - 96010-900, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; 3 Eng. Agr. Doutor, Professor Titular, Departamento de Fitotecnia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas, Caixa postal 354, Cep - 96010-900, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. [email protected]. 62 APLICAÇÃO DE ÁCIDO GLUTÂMICO EM DIFERENTES ÉPOCAS NA SUPERAÇÃO DA DORMÊNCIA NA MACIEIRA ‘CASTEL GALA’ Cristhian Leonardo Fenili1; Gentil Carneiro Gabardo2; José Luiz Petri3; Jean Carlos Bettoni2; Taís Altmann 4; Marcelo Couto5 A macieira por ser uma fruteira de clima temperado apresenta um período do ano em que ocorre suspensão do crescimento visível das estruturas da planta, denominado de dormência. Devido a deficiência e variabilidade no acúmulo de frio hibernal que ocorre na região sul do Brasil torna-se necessário o uso de produtos químicos para adequada superação da dormência, a fim de se obter a uniformização da brotação e da floração, garantindo uma melhor produção. O objetivo do presente trabalho é identificar a eficiência de diferentes épocas de aplicação de ácido glutâmico na indução da brotação da macieira ‘Castel Gala’, por este ser um produto com menor toxicidade e agressão ao meio ambiente. O experimento foi desenvolvido em pomar experimental localizado no município de Caçador, SC (latitude 26º46’S, longitude 51º W, altitude 960 metros), durante o ciclo 2012/2013. O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso com 4 tratamentos (constituídos por uma testemunha, sem aplicação, e aplicação de Óleo Mineral 3,5% + Acido Glutâmico 0,8% em três épocas distintas, 26/07, 06/08 e 16/08/2012 sucessivamente), e 6 repetições, com pulverizador costal motorizado, num volume de calda de 1.000 L ha-1. As avaliações constaram da observação dos estádios fenológicos inicio de brotação, inicio, plena e final de floração, a brotação das gemas axilares em 5 ramos do crescimento do ano por planta, avaliados a 30 dias após a aplicação dos tratamento e avaliação da brotação das gemas terminais, número de cachos florais, frutos em ramos previamente marcados, produção (kg.planta-1, frutos.planta-1, g.fruto-1) e frutificação efetiva (kg.cm-2 e frutos.cm-2). Os dados foram submetidos a análise de variância, aplicandose o teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade. Com o acompanhamento da fenologia das plantas ao passar dos dias observou-se que ambos os tratamentos tiveram inicio de brotação no dia 10 de agosto de 2012. Foi observado um atraso de três dias para inicio de floração nos tratamentos que receberam Óleo mineral 3,5% + Ácido glutâmico 0,8%, para superação da dormência, em relação ao tratamento testemunha que não recebeu nenhum produto, as plantas tratadas iniciaram a floração dia 13 de agosto enquanto que as não tratadas iniciaram dia 10 de agosto. As datas de plena e final de floração foram as mesmas para todos os tratamentos, ou seja, 17 de agosto e 06 de setembro respectivamente. Não foram encontradas diferenças para as demais variáveis analisadas. A aplicação de ácido glutâmico nas épocas testadas não expressou melhora significativa nos índices de brotação e nem na produção das plantas tratadas. As épocas em que foram aplicados os tratamentos podem ter sido muito tardias, aplicações mais precoces devem ser testadas, a fim de identificar qual a melhor época para a aplicação dos tratamentos para superação da dormência na nossa região. Palavras chaves: Ácido glutâmico, Malus doméstica, dormência. 1 Estudante de Agronomia, UNIARP-Universidade Alto Vale do Rio do Peixe. Cx. P. 232. 89500-000, Caçador/SC. Email: [email protected]; 2 Eng. Agrônomo. Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal, UDESC-CAV, Cx. P. 281. 88.502-970, Lages/SC. [email protected]; 3 Eng. Agrônomo, M.Sc. Pesquisador Epagri/Estação Experimental de Caçador. Cx. P. 591. 89.500-000, Caçador/SC. [email protected]; 4 Estudante de Agronomia, UFRGS–Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 5 Eng. Agrônomo, Dr. Pesquisador Epagri/Estação Experimental de Caçador. Cx. P. 591. 89.500-000, Caçador/SC. [email protected]. 63 EFEITO DA POSIÇÃO DA GEMA SOBRE O TEOR DE SÓLIDOS SOLÚVEIS TOTAIS EM MIRTILO Daiane Pinheiro Kröning1;André Luiz Radunz2; Lucas Celestino Scheunemann3; Carlos Gustavo Raasch4; Gabriele Espinel Ávila5; Mácia Wulff Schuch6 O mirtileiro, pertencente ao gênero Vaccinium, é uma espécie de introdução relativamente recentemente no Brasil, mas que já vem despertando grande interesse dos consumidores por ser um fruto que apresenta, além de agradável sabor, alto valor nutracêutico. Proporcionando assim, investimentos cada vez maiores por parte dos agricultores no cultivo desta pequena fruta. Entretanto, para a obtenção de frutos de qualidade é necessário avaliar diversos aspectos ao longo da produção, em especial o comportamento das cultivares frente às condições climáticas da região, tendo em vista também a importância em se conhecer a composição química dos frutos, tais como os fatores que provocam variação no teor de sólidos solúveis totais (SST), que por sua vez é usado como índice de maturação e qualidade dos frutos. Diante do exposto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a influência da posição da gema florífera no ramo em relação ao teor de sólidos solúveis totais na cultivar Clímax, para as condições da mesorregião de Pelotas/RS. Para tanto o experimento foi conduzido no município de Morro Redondo/RS, sendo o delineamento experimental em blocos ao acaso, com três repetições, utilizando plantas em plena produção. O teor de SST (°Brix) foi obtido através de um refratômetro, com frutos colhidos quando atingiram a plana maturação, nas diferentes posições da gema no ramo, sendo estas, posição terminal, mediana e basal. Os resultados obtidos foram submetidos à análise da variância pelo teste Tukey a 5% de significância. Todos os resultados diferenciam-se estatisticamente entre si, sendo que na posição terminal do ramo, os frutos apresentaram em média 17,5 °Brix, na posição mediana, 15,8 °Brix e a basal 14,9 °Brix. O comportamento encontrado, para o teor de sólidos solúveis totais, possivelmente esteja associado à exposição dos frutos às condições ambientais, como a radiação solar, esta que pode influenciar diretamente no teor de SST de acordo com sua disponibilidade sobre o fruto. Por este motivo, quanto mais no interior do dossel, ou seja, encoberto pelas folhas os frutos estiverem, menor será a exposição destes a radiação solar direta, sendo menor o teor de sólidos solúveis totais. A partir disto, conclui-se de que quanto mais expostos à radiação solar direta, maior será o teor de sólidos solúveis totais, sendo os maiores valores encontrados nos frutos das gemas terminais, quando comparado às demais posições do fruto no ramo, para a cultivar Clímax. 1 Estudante de Agronomia UFPel – Campus Universitário – Caixa Postal 354, Capão do Leão, RS – Cep:96010-900 Email: [email protected]; 2 Eng. Agro. M. Sc. Doutorando do PPGA/UFPel/FAEM – Caixa Postal 354, Capão do Leão, RS – Cep: 96010-900 Email: [email protected]; 3 Estudante de Agronomia UFPel – Bolsista CNPq – Campus Universitário – Caixa Postal 354, Capão do Leão, RS - Cep: 96010-900. Email: [email protected]; 4 Estudante de Agronomia UFPel – Bolsista CAPES – Campus Universitário – Caixa Postal 354, Capão do Leão, RS – Cep: 96010-900. Email: [email protected]; 5 Estudante de Agronomia UFPel – Campus Universitário – Caixa Postal 354, Capão do Leão, RS – Cep: 96010-900. Email: [email protected]; 6 Engª. Agroª. Professora Drª. Departamento de Fitotecnia/FAEM/UFPel - Campus Universitário – Caixa Postal 354, Capão do Leão, RS – Cep: 96010-900. Email: [email protected]. 64 AVALIAÇÃO DE PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS DE CULTIVARES DE AMOREIRA-PRETA SUMETIDAS A DIFERENTES TIPOS DE PODA Daniel Fernandes da Silva1, Fabiane Karine Barp2; Fabíola Villa3 A amora-preta é um dos pequenos frutos mais ricos em propriedades nutritivas e farmacêuticas para a saúde humana, principalmente em compostos antioxidantes responsáveis pelo aumento da expectativa de vida com qualidade, além da questão estética intimamente associada a estes compostos. Todavia, as propriedades físico-químicas destes frutos podem ser diretamente afetadas por tratos culturais adotados durante o manejo da cultura como por exemplo densidade de plantio, vigor vegetativo e relação fonte/dreno das plantas. Com base nisso o presente trabalho buscou avaliar parâmetros físico-químicos de frutos de diferentes cultivares de amoreira-preta submetidas a diferentes tipos de poda. O experiemnto foi montado com plantas de quatro anos de idade em pomar localizado na Fazenda Experimental “Prof. Antônio Carlos dos Santos Pessoa”, pertencente a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Campus Marechal Cândido Rondon. O delineamento foi de blocos ao acaso com três repetições de três plantas, conduzidas em sistema de espaldeira dupla interagindo nove cultivares (Arapaho’, ‘Xavante’, ‘Comanche’, ‘Caingangue’, ‘Choctaw’, ‘Tupy’, ‘Guarani’, ‘Brazos’ e ‘Cherokee’) com dois tipos de poda: (poda drástica e poda convencional). Os demais tratos convencionais foram realizados de forma semelhante para todas as plantas. A colheita estendeu-se de setembro de 2012 a janeiro de 2013 e teve todos seus frutos colhidos, pesados e uma amostra de 5 frutos por parcela experimental foi levada ao Laboratório de Tecnologia de Alimentos da mesma Universidade para avaliação físicoquímica. Foram avaliados o teor de sólidos solúveis (SS), ph e acidez titulável (AT). Verificou-se interação significativa entre as cultivares e o tipo de poda aplicado, para pH e Sólidos solúveis. O parâmetro pH, obteve valores variando de 3,465 para a cultivar Xavante a 3,890 na cultivar Comanche para poda convencional. Na poda drástica a cultivar Caingangue obteve valor médio de pH igual a 3,785, o qual foi estatisticamente superior as demais. Na avaliação dos sólidos solúveis os valores obtidos estiveram entre 7,69 para a cultivar Guarani e 9,38 para a cultivar Caingangue, na poda convencional. Já para a poda drástica, as médias variaram de 7,38 e 9,0 nas cultivares Brazos e Caingangue, respectivamente. Quanto á acidez titulável os valores foram significativos somente para cultivar, não sendo relevante o tipo de poda aplicado. Os valores variaram entre 1,15 para a cultivar ‘Guarani’ e 0,92 para a cultivar ‘Caigangue’ na poda convencional e 1,16 e 0,80 para as cultivares ‘Brazos’ e ‘Cherokee’, respectivamente na poda drástica. A cultivar Xavante não apresentou frutos na poda drástica obtendo os piores resultados nesse tipo de poda. Diante dos dados apresentados conclui-se que o tipo de poda a ser adotado, levando-se em consideração os parâmetros físico-químicos de amoreiras-negras deve ser adotado conforme a cultivar plantada. 1 Mestrando em Botânica Aplicada, Universidade Federal de Lavras (UFLA), Departamento de Biologia, Lavras – MG. Email: [email protected]; 2 Graduanda em agronomia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Marechal Cândido Rondon, PR, Brasil. E-mail: [email protected]. Autor para correspondência; 3 D.Sc., Profª Adjunta do Centro de Ciências Agrárias (CCA), Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Marechal Cândido Rondon, PR. E-mail: [email protected]. 65 AVALIAÇÃO DA MATURAÇÃO DA UVA VARIEDADE CHARDONNAY (Vitis vinifera L.) NO MUNICIPIO DE SÃO JOAQUIM, SC Daniel José Rosa1; Bruno Munhoz2; Raissa Podestá3; Larissa Villar4; Rosete Pescador5; Marcelo Borghezan6 O Estado de Santa Catarina vem se destacando no cenário nacional pela produção de vinhos finos, principalmente no Planalto Serrano Catarinense. Nessa região, a expansão do cultivo de variedades viníferas tem ocorrido devido às características climáticas que deslocam o ciclo fenológico, possibilitando que a maturação da uva ocorra em um período com menor precipitação e temperaturas mais amenas. Estas condições favorecem o acúmulo de açúcares e a menor degradação de compostos de interesse, como ácidos orgânicos, antocianinas, compostos fenólicos e aromáticos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a evolução da maturação das uvas da variedade Chardonnay, cultivada em São Joaquim-SC, durante o ciclo 2012/2013. As coletas foram realizadas em um vinhedo comercial conduzido no sistema manjedoura, a uma altitude de 1.270m. Foram avaliados quinzenalmente o peso médio das bagas, o teor de sólidos solúveis totais, a acidez total titulável, o pH e a relação açúcares/acidez. As variáveis meteorológicas foram avaliadas a partir de dados coletados de uma estação meteorológica instalada próxima ao vinhedo. As avaliações iniciaram em 11/12/2012 (grão chumbinho) e foram concluídas em 27/02/2013 (colheita). O início da maturação das bagas (amolecimento de 50% das bagas – BBCH 85) foi verificado próximo a 10/01/2013. O peso médio da baga atingiu cerca de 1,8g no momento da colheita, quando a uva apresentou 20,5 ºBrix, acidez de 111,3meq/L, relação açúcares/acidez 24,7 e pH 3,08. Neste ciclo, as condições meteorológicas ocasionaram antecipação do ciclo fenológico em comparação a anos anteriores. A precipitação pluviométrica apresentou efeito negativo, principalmente no período inicial de maturação das bagas. Os índices de maturação na data da colheita indicam grau avançado de maturação da variedade Chardonnay. Apoio financeiro: Programa Nacional de Pós-Doutorado – PNPD/CAPES. Agradecimentos: Vinhedos do Monte Agudo. 1 Eng. Agr. Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais, UFSC. UFSC - Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia, Rod. Admar Gonzaga, 1346, Itacorubi, 88034-001, Florianópolis, SC. [email protected]; 2 Graduando do Curso de Agronomia, CCA/Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. [email protected]; 3 Graduando do Curso de Agronomia, CCA/Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. [email protected]; 4 Eng. Agr. M.Sc. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais. [email protected]; 5 Eng. Agr. Professora Dra. Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais, UFSC. [email protected]; 6 Eng. Agr. Dr. Bolsista Recém-doutor PNPD/CAPES, Programa de Pós-graduação em Recursos Genéticos Vegetais, UFSC. [email protected]. 66 RALEIO QUÍMICO NA FLORAÇÃO DO PESSEGUEIRO Daniel Spagnol1; Marcos Antônio Giovanaz2; Carolina Goulart2; Caio Sippel Dörr3; Gustavo Pons Farias3; Aloir Pretto3; José Carlos Fachinello4 Embora o raleio seja tradicionalmente executado de forma manual, métodos mecânicos, ou métodos químicos também são alternativos a esta prática. Dentre estes métodos, o raleio químico é promissor por se tratar de uma operação rápida e que permite ralear flores e frutos no momento adequado. O fertilizante tiossulfato de amônio pesquisado como raleante de flor para cultura do pessegueiro tem sido um dos produtos mais eficazes e com maior facilidade de utilização. Desta forma, este trabalho visou avaliar a utilização do produto tiossulfato de amônio, aplicado na floração, como alternativa ao raleio manual. O experimento foi conduzido em uma propriedade rural, localizada no município do Capão do Leão - RS, Brasil, no ano de 2012. Foram utilizados pessegueiros da cultivar Maciel, com 13 anos de idade, enxertada sobre o porta-enxerto Capdeboscq. O experimento consistiu de cinco tratamentos: plantas sem raleio, plantas tratadas com tiossulfato de amônio (ATS) nas dosagens de 0,5, 1,5 e 3%, aplicados com 100% de flores abertas (FA) e plantas raleadas manualmente (aproximadamente 15cm entre frutos) a 40 dias após a plena floração (DAPF). Antes da colheita foram contados o número de frutos por planta, e através da colheita de 20 frutos por repetição foi determinado o diâmetro de cada fruto e divididos em três classes, 50 < 60, 60 < 65 e 65 < 70mm. O delineamento experimental foi em blocos ao caso, com 4 repetições de 2 plantas por parcela mais a bordadura. Os resultados obtidos foram submetidos a análise de variância (p≤0,05), e quando significativos foram realizadas comparações de médias pelo teste de Duncan (p≤0,05). Os tratamentos com ATS reduziram o número de frutos por planta em pessegueiro. A dose de 3% foi a que causou maior redução no número de frutos, apresentaram 151 frutos por planta. A dose de 1,5% foi semelhante ao raleio manual, os quais apresentam o mesmo número de frutos após as aplicações, 233 frutos por planta. O tratamento com 0,5% foi semelhante a plantas sem raleio, não apresentando diferença significativa. Plantas tratadas com ATS a 3% produziram frutos maiores, apresentou o menor número de frutos na menor classe (50 < 60mm) e apresentou 45% de frutos entre 65 < 70mm. Quando o raleio é mais intenso,ocorre aumento no diâmetro dos frutos, no entanto pode ocorrer redução na produtividade. O raleio manual e a dose de 1,5% não diferiram no diâmetro dos frutos, apresentanto respectivamente, 23 e 35 % dos frutos classificados entre 65 < 70mm. Apartir destes resultados, conclui-se que a dose de 3% de ATS causa um raleio excessivo e aumenta o diâmetro dos frutos. ATS 1,5% aplicado com 100% FA, pode ser uma alternativa ao raleio manual no pessegueiro ‘Maciel’ na condições de experimentação deste trabalho. 1 Eng. Agr. Doutorando em Agronomia, Fruticultura de Clima Temperado, Departamento de Fitotecnia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas, Caixa posta 354, Cep - 96010-900, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. e-mail: [email protected]; 2 Eng. Agr. Mestrandos em Agronomia, Fruticultura de Clima Temperado, Departamento de Fitotecnia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas, Caixa postal 354, Cep - 96010-900, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. e-mail: [email protected]; [email protected]; 3 Graduandos em Agronomia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas, , Caixa postal 354, Cep - 96010-900, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. e-mail [email protected], [email protected]; 4 Eng. Agr. Doutor, Professor Titular, Departamento de Fitotecnia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas, Caixa postal 354, Cep - 96010-900, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. e-mail: [email protected]. 67 EFICIÊNCIA DE PORTA-ENXERTOS DE MACIEIRA NA ABSORÇÃO E TRANSLOCAÇÃO DE MACRONUTRIENTES PARA A COPA EM ‘GALA’ E ‘FUJI’ Danielle Caroline Manenti1; Frederico Denardi2; Marcus Vinicius Kvitschal3; Atsuo Suzuki4; Filipe Schmidt Schuh5; Débora Vezaro4 Na cultura da macieira, além das características botânicas e agronômicas, a eficiência na absorção e translocação de nutrientes pelo porta-enxerto é essencial para um bom equilíbrio nutricional das plantas e para a qualidade dos frutos. Há relatos da existência de variabilidade na capacidade de absorção de alguns nutrientes entre porta-enxertos de macieira. Assim, programas de melhoramento genético têm utilizado a capacidade de absorção de Ca, principalmente, como parâmetro de seleção de novos genótipos, pois este elemento relaciona-se ao aparecimento de distúrbios fisiológicos, à qualidade de frutas e à capacidade de armazenagem destas. Um dos porta-enxertos considerados como referência de boa capacidade de absorção de Ca é o M.9 (anão), enquanto que o MM.111 (semivigoroso) é tido como um dos mais ineficientes em absorver este elemento do solo. Este estudo teve por objetivo verificar a eficiência de porta-enxertos da série Geneva na absorção e translocação de nutrientes para as folhas das cultivares copa Gala e Fuji, em especial o Ca. O pomar experimental foi implantado em 1996, no espaçamento de 5,0 m x 2,0 m, em Fraiburgo-SC, em Latossolo Vermelho distrófico, de pH = 5,8 e 14,2 m.eq. 100 mL-1 de Ca. O delineamento foi de blocos casualizados, com quatro repetições, em esquema fatorial 7 x 2. No período crítico de absorção de Ca (setembro/2002 ao final de janeiro de 2003) choveu 931,6 mm, com maior acúmulo em outubro (279,2 mm). Foram estudados sete porta-enxertos, sendo cinco da série Geneva (G.22, G.202, G.210, G.213 e G.30), e os controles M.9 e MM.111, todos enxertados com ‘Gala’ e ‘Fuji’. As folhas para as análises nutricionais foram coletadas na porção mediana de ramos de ano, em cada uma das três plantas por parcela. Os dados foram submetidos à análise de variância e ao teste de Scott-Knott a 5% de significância. A interação porta-enxerto x copa foi significativa apenas para os teores de K e Ca, e para as relações N/Ca e K/Ca. Não houve diferenças significativas nos teores foliares médios de N e P entre os porta-enxertos, porém os valores destes dois elementos foram maiores na ‘Fuji’ do que na ‘Gala’. Quanto ao Mg, verificou-se que os porta-enxertos M.9, G.202, G.30 e G.210 apresentaram teores foliares mais elevados desse elemento, enquanto que a análise do efeito médio da cultivar copa evidenciou teores mais elevados da ‘Gala’ em relação à ‘Fuji’. Os teores de K não variaram entre os porta-enxertos para a ‘Fuji’, enquanto que para a ‘Gala’ o G.22, G.30 e MM.111 foram os porta-enxertos com melhor capacidade de absorção desse elemento. Os valores de Ca foram normais, certamente favorecidos pela constante e alta precipitação pluviométrica no período que antecedeu a coleta das folhas. Em absorção de Ca, não houve diferença entre os porta-enxertos anões para as duas cultivares, porém no grupo dos semi-anões o MM.111 foi o que apresentou menor média para ambas as cultivares copa, enquanto que o ‘G.210’, embora significativamente melhor que o ‘MM.111’, também proporcionou menor absorção de Ca à ‘Gala’ que o ‘G.30’. Para as relações N/Ca e K/Ca, o porta-enxerto MM.111 foi o que manifestou as maiores relações, caracterizando-o como o de pior equilíbrio nutricional. De forma geral, para ambas as cultivares copa, a capacidade de abosorção/traslocação de nutrientes dos porta-enxertos ananizantes da série Geneva se equivaleu à do ‘M.9’, enquanto que os semiananizantes (G.30 e G.210) foram mais eficientes que o controle ‘MM.111’. 1 Estudante de Agronomia – Universidade do Alto Vale do Rio do Peixe – UNIARP, Caçador – SC, Bolsista CNPq ITI/A; Eng. Agr. M.Sc. – Pesquisador Epagri – Estação Experimental de Caçador, SC – E-mail: [email protected]; 3 Eng. Agr. D.Sc. – Pesquisador Epagri – Estação Experimental de Caçador, SC – E-mail: [email protected]; 4 Eng. Agr. M.Sc. – Pesquisador Epagri – Estação Experimental de Caçador, SC – E-mail: [email protected]; 5 Estudante de Agronomia – Univ. do Alto Vale do Rio do Peixe – UNIARP, Caçador – SC, Bolsista Embrapa/Uva e Vinho. 2 68 FENOLOGIA, PRODUTIVIDADE E CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DAS VARIEDADES AGLIANICO, NEGROAMARO, SANGIOVESE E MONTEPULCIANO EM SÃO JOAQUIM/SC Débora Dal Zotto1 Suzeli Simon2; Gabriella Vanderlinde3; Emilio Brighenti4; Guillermo Frank5; Jaqueline Nogueira Muniz6; Aparecido Lima da Silva7 As regiões de altitude elevada de Santa Catarina têm se mostrado favoráveis à produção de vinhos elaborados a partir de variedades viníferas (Vitis vinifera L), devido às suas condições edafoclimáticas. No entanto, para tais condições, faz-se necessário identificar variedades com potencial para a produção de vinhos de qualidade. Diante desta situação, o objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho agronômico de quatro variedades autóctones italianas (Aglianico, Negroamaro, Sangiovese e Montepulciano) cultivadas em São Joaquim/SC. O vinhedo estava localizado na Estação Experimental da Epagri no município de São Joaquim (28°16’30,08”S, 49°56’09,34”O, altitude 1.400m) e as avaliações ocorreram no ciclo de 2012/2013. Para a determinação dos estágios fenológicos, foi utilizada a metodologia de Baillod & Baggiolini. No momento da colheita foram determinados a produtividade (kg planta-1 e T ha-1), o teor de sólidos solúveis totais, a acidez total titulável e pH. A variedade Sangiovese apresentou o ciclo mais precoce (brotação em 09/09/12 e colheita em 09/04/2013), índices de maturação adequados (18,6 ºBrix, pH de 3,0 e a acidez de 144,7 meq L-1), porém com baixas produtividades (1,58 T ha-1 e 0,71 Kg planta-1), devido a danos causados pela ocorrência de uma geada tardia. ‘Aglianico’ apresentou produtividades de 5,95 T ha-1 e 2,7 kg planta-1, enquanto ‘Negroamaro’ produziu 3,5 T ha-1 e 1,6 kg planta-1, ambas apresentaram um ciclo médio tardio (brotação em 18/09/12 e colheita em 22/04/13), porém nenhuma das duas variedades completou a maturação adequadamente, apresentando teores de acidez muito elevados no momento da colheita, demonstrando má adaptação às condições edafoclimáticas de São Joaquim. A variedade que apresentou maior potencial para a região de São Joaquim foi a ‘Montepulciano’, devido seu ciclo mais tardio (brotação em 22/09/2012e colheita em 25/04/2013), o que minimiza o risco de danos causados por geadas tardias, seus índices de maturação no momento da colheita foram adequados ( 22,9 de ºBrix, pH de 3,14 e a acidez de 163 meq L-1), e ela foi a variedade que apresentou produtividades mais elevadas (7,29 T ha-1 e 3,28 Kg,planta-1). 1 Estudante de Agronomia UFSC – Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia/UFSC Caixa Postal 476 – Florianópolis – SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]; 2 Eng. Agrª. Mestranda PPGA-RGV/UFSC - Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia/UFSC – Caixa Postal 476 – Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]; 3 Eng. Agrª. Mestranda PPGA-RGV/UFSC - Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia/UFSC – Caixa Postal 476 – Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]; 4 Engenheiro Agrônomo, M.Sc. Pesquisador Epagri – Estação Experimental de São Joaquim. E-mail: [email protected]; 5 Estudante de Agronomia da Universidad Nacional Del Nordeste, Facultad de Ciencias Agrarias, Corrientes, Argentina, Código Postal 3400. E-mail: [email protected]; 6 Eng. Agrª. Doutoranda PPGA-RGV/UFSC - Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia/UFSC – Caixa Postal 476 – Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]; 7 Professor Dr. Departamento de Fitotecnia, Universidade Federal de Santa Catarina – – Caixa Postal 476 – Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]. 69 EFEITO DO PORTA-ENXERTO NA INDUÇÃO DE FLORAÇÃO EM RAMOS DE ANO PARA AS CULTIVARES DE MACIEIRA GALA E FUJI Débora Vezaro1; Frederico Denardi2; Marcus Vinicius Kvitschal3; Filipe Schmidt Schuh4; Danielle Caroline Manenti1 O uso de porta-enxertos em macieira tem como objetivo primordial o controle do vigor da copa, mas também a indução de precocidade de frutificação e de diferenciação de gemas de flor em quantidade e qualidade adequadas para assegurar boas produções, cujas características são diretamente relacionadas. Tal relação foi inicialmente observada nos porta-enxertos da série inglesa ‘M’, dentre os quais os ananizantes M.27, M.9 e M.26, os quais apresentam alta capacidade de induzir precocidade de frutificação e grande intensidade de floração à cultivar copa. O objetivo deste estudo foi avaliar porta-enxertos da série americana Geneva quanto à capacidade de diferenciação de gemas floríferas em ramos de ano para as cultivares Gala e Fuji. Este estudo foi realizado em Fraiburgo, no Meio-Oeste catarinense, a 1.050 m de altitude. O experimento foi implantado em blocos casualizados, com quatro repetições de três plantas por parcela. Foram estudados os porta-enxertos ananizantes G.22, G.202 e G.213, os semi-ananizantes G.30 e G.210 e os controles M.9 (ananizante) e MM.111 (semivigoroso), todos enxertados com as cultivares Gala e Fuji. O plantio foi feito em 1996, utilizando-se espaçamento de 5,0 m x 2,0 m. Durante o inverno do ano de 2002 que antecedeu as avaliações, foi registrado acúmulo de 371 horas de frio ≤ 7,2ºC (746 Unidades de Frio método Carolina do Norte modificado), entre maio e setembro. Foram avaliados quatro ramos de ano por planta, por meio da medição do comprimento de cada ramo e contagem das gemas totais e as gemas floríferas nesses ramos. Calculou-se, também, o número de gemas floríferas por metro linear de ramo de ano. Os dados foram submetidos à análise da variância e, em seguida, à comparação de médias pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade de erro. O ‘G.213’ foi o porta-enxerto que induziu maior número de estruturas floríferas por metro linear de ramo, tanto na ‘Gala’ quanto na ‘Fuji’, enquanto que o controle ‘MM.111’ teve comportamento oposto, ou seja, foi o menos eficiente em estimular diferenciação de gemas floríferas para ambas as cultivares copa. Diversos estudos também reportam essa baixa eficácia do ‘MM.111’ em induzir precocidade de frutificação à copa. O ‘M.9’, por sua vez, apresentou comportamento intermediário em ambas as cultivares copa, sendo que na ‘Gala’ todos os demais porta-enxertos da série Geneva foram equivalentes e este. Na ‘Fuji’, apenas o ‘G.22’ e o ‘G.210’ não diferiam significativamente do ‘M.9’. O ‘G.30’ e o ‘G.202’, embora tenham se mostrado menos favoráveis que o M.9 (controle anão), induziram maior número de cachos por metro lienar de ramo que o ‘MM.111’ (controle semivigoroso). Observou-se, ainda, que os porta-enxertos da série Geneva apresentavam melhor uniformidade de floração que no ‘M.9’. Isto pode ser indicativo de que estes porta-enxertos não necessariamente induzem maior precocidade para entrar na fase reprodutiva em relação ao ‘M.9’, mas sim que induzem melhor brotação à copa que este e que o ‘MM.111’. Como consequência disto, estes porta-enxertos americanos tem maior capacidade de produzir plantas mais equilibradas, com maior capacidade de produção acumulada que os padrões ‘M.9’ e ‘MM.111’ ao longo dos anos. 1 Estudante de Agronomia – Universidade do Alto Vale do Rio do Peixe – UNIARP, Caçador – SC, Bolsista CNPq ITI/A – E-mail: [email protected]; 2 Eng. Agr. M.Sc. – Pesquisador Epagri – Estação Experimental de Caçador, SC – E-mail: [email protected]; 3 Eng. Agr. D.Sc. – Pesquisador Epagri – Estação Experimental de Caçador, SC – E-mail: [email protected]; 4 Estudante de Agronomia – Univ. do Alto Vale do Rio do Peixe – UNIARP, Caçador – SC, Bolsista Embrapa/Uva e Vinho. 70 DESENVOLVIMENTO INICIAL DE ESPÉCIES DE FISÁLIS SUBMETIDAS A DIFERENTES AMBIENTES Éder Júnior Mezzalira1; Fabíola Villa2; André Luiz Piva¹; Anderson Santin1; Gilmar Antônio Nava3 A fisális (Physalis spp.) pertence à família das Solanaceae, que inclui aproximadamente 100 espécies. Tendo como maior produtor da frutífera a Colômbia, com área plantada de 7.890 ha e produção em torno de 13 mil ton. Um dos maiores problemas encontrado na obtenção de mudas de fisális com qualidade é a escolha do ambiente para o desenvolvimento das mudas. Isso se deve, em parte, ao tempo de desenvolvimento das plantas. A produção de mudas é fundamental para o sucesso do pomar, pois a qualidade da muda está relacionada com o potencial produtivo das plantas adultas. Com a utilização do cultivo protegido, observa-se um nível tecnológico mais elevado, obtendo-se material com alta qualidade. A qualidade das mudas pode garantir uma rápida formação do pomar, com homogeneidade da cultura e precocidade da colheita. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento inicial de espécies de fisális submetidas a diferentes ambientes. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, em esquema fatorial 3x3, com quatro repetições, conduzido no período de fevereiro a maio de 2012, na Estação de Horticultura e Controle Biológico “Professor Mário César Lopes” (Unioeste), Campus de Marechal Cândido Rondon, PR. Os tratamentos foram compostos de três espécies de fisális (P. peruviana, P. angulata e P. pubescens) e três ambientes (estufa/EST, com cobertura plástica transparente de 150 micras; sombrite/SBT, 75% de permeabilidade à luz e, pleno sol/PLS, local totalmente aberto), sendo monitorado o índice de velocidade de emergência das plântulas nos primeiros 30 dias iniciais da emergência das plântulas. Aos 76 dias após a semeadura foi avaliado a área foliar, a matéria seca das folhas, de caules e raízes, e bem como se realizou a contagem do número de folhas, e mediu-se a altura de planta e o diâmetro do caule. O ambiente EST gerou maior número de folhas para P. peruviana e P. pubescens; o ambiente SBT para a P. angulata proporcionou maior número de folhas e altura de planta. Os maiores acúmulos de massa de matéria seca foram obtidos no ambiente EST, o qual também proporcionou maior índice de emergência para ambas às espécies estudadas. No desenvolvimento inicial das mudas de P. angulata recomenda-se a utilização dos ambientes EST e SBT, por apresentarem mudas de melhor qualidade. Para P. peruviana e P. pubescens, recomenda-se a utilização do ambiente estufa com cobertura plástica para o desenvolvimento inicial das mudas. 1 Pós-Graduação em Produção Vegetal (PPGA), Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Campus Marechal Cândido Rondon, PR. CEP.: 85960-000. E-mail: [email protected]; 2 Professora Adjunta, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Campus Marechal Cândido Rondon, PR. CEP.: 85960-000. E-mail: [email protected]; 3 Professor Adjunto, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Campus Dois Vizinhos, PR. E-mail: [email protected]. 71 DESEMPENHO VITÍCOLA DE DIFERENTES VARIEDADES DE UVAS BRANCAS VINÍFERAS EM SÃO JOAQUIM/SC Ediany Francieli Gomes Da Rosa1; Suzeli Simon2; Gabriella Vanderlinde2; Emilio Brighenti3; Jaqueline Nogueira Muniz4; Débora Dal Zotto5; Aparecido Lima Da Silva6 Os vinhos finos produzidos no Estado de Santa Catarina nas regiões de altitude superior a 900 metros ganharam destaque na última década por sua elevada qualidade decorrente da maturação fenólica completa, acredita-se que a região possua uma aptidão especial para a produção de uvas e vinhos brancos. Dessa forma o objetivo desse trabalho foi determinar o desempenho vitícola das variedades Prosecco, Vermentino, Riesling e Verdicchio cultivadas em São Joaquim, região de altitude de Santa Catarina. O experimento foi conduzido na Estação Experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina – EPAGRI, localizada em São Joaquim (28°16’30,08”S, 49°56’09,34”O, altitude 1.400m). Foram selecionadas vinte plantas de cada variedade, seguindo um delineamento experimental inteiramente casualisado, as quais foram acompanhadas durante os ciclos produtivos 2010/2011, 2011/2012 e 2012/2013. O comportamento fenológico das variedades foi avaliado segundo a classificação proposta por Baillod e Baggiolini. No momento da colheita foram determinados a produtividade (kg planta-1 e T ha-1), o teor de sólidos solúveis totais, a acidez total titulável e pH. Dentre as variedades avaliadas a Prosecco foi a que apresentou ciclo mais precoce, fato que a deixa exposta ao risco de geadas tardias, como ocorreu no ciclo 2012/2013. Vermentino teve o ciclo mais tardio, enquanto Riesling e Verdicchio tiveram um ciclo médio. As variedades Verdicchio e Vermentino se destacaram com as maiores produtividades (1,8 kg planta-1 e 2,5 kg planta-1 respectivamente). Na média dos três ciclos avaliados todas as variedades avaliadas produziram uvas com índices de maturação adequados para a elaboração de vinhos brancos de qualidade, o que confirma o potencial de São Joaquim e das regiões de elevada altitude para a produção de vinhos brancos. 1 Estudante de Agronomia UFSC – Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia/UFSC Caixa Postal 476 – Florianópolis – SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]; 2 Eng. Agrª. Mestranda PPGA-RGV/UFSC - Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia/UFSC – Caixa Postal 476 – Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]; [email protected]; 3 Eng. Agr., M.Sc. Pesquisador Epagri – Estação Experimental de São Joaquim. E-mail: [email protected]; 4 Bióloga, Doutoranda PPGA-RGV/UFSC - Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia/UFSC – Caixa Postal 476 – Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]; 5 Estudante de Agronomia UFSC – Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia/UFSC Caixa Postal 476 – Florianópolis – SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]; 6 Professor Dr. Departamento de Fitotecnia, Universidade Federal de Santa Catarina – Caixa Postal 476 – Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]. 72 PRODUÇÃO DE PESSEGUERIO ‘BRS KAMPAI’ E ‘RUBIMEL’ EM DIFERENTES SISTEMAS DE CONDUÇÃO Émerson De Franceschi1; Horacy Fagundes da Rosa Jr.1; Mateus da Silveira Pasa2; José Carlos Fachinello3; Juliano Dutra Schmitz2; Caio Sippel Dörr1 A persicultura é uma atividade tradicional na região Sul do Rio Grande do Sul, mas que se mostra com crescimento estagnado nos últimos anos. Segundo Rocha et al., (2007), para que o cultivo do pessegueiro na região sul seja melhorado, alguns requisitos devem ser atendidos, dentre eles, a utilização de mudas com qualidade garantida. Visando incrementar lucros, busca-se aumentar a produtividade e antecipar a entrada de produção sem perder em qualidade no produto final. Dessa forma, o estudo de novas formas de condução e densidade de plantio se faz necessário, visando à rápida cobertura da área, melhorando a capacidade de interceptação da luz solar, e assim, otimizando os demais fatores de produção. O trabalho foi conduzido em condições de campo na safra 2012/2013 no pomar experimental da Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel (FAEM). O experimento foi constituído de plantas de pessegueiro cv. ‘BRS Kampai’e ‘Rubimel’com dois anos de idade, sobre o porta enxerto ‘Capdeboscq’. As mudas foram obtidas do viveiro Frutplan, localizado em Pelotas/RS. O delineamento experimental foi de casualização por blocos, com 4 repetições por tratamento, cada qual com 3 observações. Os tratamentos consistiram de diferentes sistemas de condução das plantas, os quais foram: ‘Líder Central’ e ‘Ypsilon’ 2 x 5m (1000 plantas/ha) e; ‘Vaso’ 4 x 5m (500 plantas/ha). As variáveis analisadas foram: a) massa média fruto (g); b) produção por planta (Kg planta-1); c) produtividade estimada (Mg ha-1). A colheita foi realizada em novembro, ocasião em que foram retirados todos os frutos de cada planta, e sua massa total foi auferida. A analise de variância foi realizada pelo teste F e quando significativo os dados foram submetidos à comparação de medias pelo teste de Duncan ao nível de 5 % de probabilidade de erro. A massa média de fruto não diferenciou entre os diferentes sistemas de condução para ambas as cultivares avaliadas. Diferenças significativas foram observadas para a produção por planta e produtividade estimada para ‘BRS Kampai’ e ‘Rubimel’. Considerando-se ‘BRS Kampai’ o sistema de condução ‘líder central’ proporcionou maior produção por planta (7,8 kg) do que o sistema em ‘ypsilon’ (4,38 kg). Esse mesmo sistema apresentou a maior produtividade estimada (7.770 kg ha-1) em comparação a ‘ypsilon’ (4.384 kg ha-1) e ‘vaso’ (2.341 kg ha-1). Já para ‘Rubimel’, a produção por planta e produtividade estimada (9,57 kg e 9.568 kg ha-1, respectivamente) foram maiores com o sistema de condução ‘líder central’. Os resultados mostram que o sistema de condução ‘líder central’ é uma alternativa promissora para a otimização da produção de pêssegos ‘BRS Kampai’ e ‘Rubimel’, pois permite a obtenção de maiores produções, sem prejuízos ao tamanho final dos frutos, característica essa de grande importância na definição do preço final pago pela indústria. O maior adensamento do pomar com esse sistema de condução permite o melhor aproveitamento da área e um retorno mais rápido do capital investido, uma vez que no 2º ano após o plantio a produtividade alcançada com as duas cultivares avaliadas superou, ou foi muito próxima, da média do RS em 2011 (8.808 kg ha -1). Além disso, sistemas de condução como o ‘líder central’ vem de encontro a atual demanda por pomares adequados à mecanização, dada a atual situação de carência de mão-de-obra para realização dos tratos culturais e colheita dos pomares. 1 Estudante de agronomia UFPel - Bolsista IC CNPq - Área de Concentração em Fruticultura de Clima Temperado FAEM/UFPel, Pelotas-RS-Brasil CEP 96001-970. e-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected]; 2 Engº Agr. Msc. Bolsista de Doutorando CNPq, PPGA, Área de Concentração em Fruticultura de Clima temperado. FAEM/UFPel. Pelotas-RS-Brasil; CEP 96001-970. e-mail: [email protected]; [email protected]; 3 Engº Agrº., Dr. Prof. Titular Departamento de Fitotecnia - Área de Concentração em Fruticultura de Clima Temperado FAEM/UFPel, Pelotas-RS-Brasil; CEP 96001-970. e-mail: [email protected]. 73 DESEMPENHO AGRONÔMICO DA VARIEDADE GARGANEGA (Vitis vinifera L.) EM SÃO JOAQUIM – SC Emilio Brighenti1; Valdir Bonin2; Aparecido Lima da Silva3; Duilio Porro4; Marco Stefanini5 A variedade Garganega é muito antiga, é cultivada desde o século XII nos arredores de Veneza. Ela produz vinhos brancos de boa qualidade, com coloração amarelo palha, aromáticos, secos, ligeiramente amargos no paladar. Tem um aroma rico e complexo, com notas florais, herbáceas e minerais. Pode ser utilizada na elaboração de vinhos tranquilos, espumantes e licorosos. É uma das principais variedades das DOC Soave, Gambellara e Recioto di Soave. Essa variedade apresenta potencial para a produção de vinhos finos de qualidade nas regiões altitude elevada de Santa Catarina, dessa forma, o objetivo desse trabalho foi determinar a época de ocorrência dos principais estádios fenológicos e as características físico-químicas da variedade Garganega cultivada em São Joaquim - Santa Catarina. O experimento foi realizado na Estação Experimental de São Joaquim - EPAGRI (28°16'30,08”S, 49°56'09,34” O, altitude 1.415m), a variedade Garganega possui 6 anos de plantio, as plantas estão enxertadas em SO4, plantadas no espaçamento de 3,0 x 1,5m, conduzidas em espaldeira e foram podadas em Guyot. Para a definição dos estádios fenológicos da videira, foi utilizada a metodologia descrita por Baillod & Baggiolini. No momento da colheita foram determinados a produtividade (kg planta-1 e T ha-1),o teor de sólidos solúveis totais (°Brix), a acidez total titulável (meq L-1) e pH. O início da brotação ocorreu em 05/10/12, a plena florada em 01/12/12, o início da maturação em 22/02/13 e a colheita em 26/04/13. A produtividade média observada foi de 5,4 kg planta-1 e 12,0 T ha-1. Já os componentes químicos da uva apresentaram 19,7°Brix, 172,7 meq L-1 e pH de 2,82. Os resultados demonstraram que no ciclo 2012/2013 a variedade Garganega cultivada em São Joaquim, apresentou um desempenho agronômico adequado. As características da variedade que devem ser destacadas foram a brotação tardia, as elevadas produtividades e os cachos pouco compactos, que contribuem na redução da incidência de doenças fúngicas. 1 Eng. Agrônomo, M.Sc. Pesquisador Epagri – Estação Experimental de São Joaquim. E-mail: [email protected]; Eng. Agrônomo, M.Sc. Pesquisador Epagri – Estação Experimental de São Joaquim. E-mail: [email protected]; 3 Eng. Agr. Dr. – Professor - Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia/UFSC. E-mail: [email protected]; 4 Eng.Agr. Pesquisador Istituto Agrario di San Michele All’Adige – Fondazione Edmund Mach (IASMA – FEM), Trento , Itália. E-mail: [email protected]; 5 Eng.Agr. Pesquisador Istituto Agrario di San Michele All’Adige – Fondazione Edmund Mach (IASMA – FEM), Trento , Itália. E-mail: [email protected]. 2 74 PRODUÇÃO DE PERA EM HOOD RIVER, OREGON, ESTADOS UNIDOS: UM ESTUDO DE CASO Everlan Fagundes1; Ivan Dagoberto Faoro2 A produção de pera nos Estados Unidos está concentrada na região noroeste do país. O estado de Washington lidera a produção, seguido por Oregon. Nesse último, são cultivados cerca de 7.700 ha, tendo como as principais regiões de cultivo Hood River e o Vale de Rogue River, com produção de 265.801 toneladas de peras. Condições propícias para o cultivo de pereira fizeram de Hood River o município com maior produção de peras nos Estados Unidos, onde cerca de 5.000 hectares são plantadas as cultivares Green e Red d'Anjou, Bartlett (=Williams), Comice, Bosc, Forelle e Seckel. As principais cultivares produzidas são as pereiras do tipo europeia cvs. Bartllet e D’anjous e seu mutantes, além da Bosc. Muitos pomares são relativamente pequenos e operados por famílias, mas correspondem por cerca de dois terços da produção de peras do estado. O sucesso da produção de peras depende em grande parte da seleção do local e de atenção meticulosa aos detalhes da produção. Para conhecer o tipo de cultivo da pereira nos EUA, o primeiro autor realizou um estágio entre 13 de março de 2012 e 20 de fevereiro de 2013, na propriedade Watanabes Farm, em Hood River, no Oregon. A fazenda conta com uma área territorial de 22,0 hectares, com uma área agricultável destinada principalmente à fruticultura de clima temperado. Durante o estágio foram acompanhadas e desempenhadas as atividades de: preparo do local e solo, plantio, irrigação, fertilização, colheita, controle de doenças, pragas e animais, tratamentos químicos e tratos culturais diversos. Tradicionalmente, a pera é cultivados num espaçamento largo geralmente 6 m entre linhas e 5-6 m entre árvores (270-300 árvores por hectare), com plantas de porte médio a grande, necessitando a utilização de escadas para a maioria das praticas culturais, como raleio, poda, colheita. As plantas são conduzidas em líder central modificado, onde quatro ou cinco ramos bem espaçados são desenvolvidos durante os três a quatro anos iniciais e, em seguida, o líder é desenvolvido. As práticas culturais são típicas da área em questão e, por isso, somente se aplicam àquelas condições. As doenças mais importantes são: fogo bacteriano (Erwinia amylovora), a sarna (Venturia pirina), a entomosporiose (Fabraea maculata), a ferrugem (Gymnosporangium libocedri), o míldio e a antracnose. As pragas mais importantes são: a broca (Cydia pomonella), a psylla (Cacopsylla pyricola), pulgão-lanígero (Eriosoma lanigerum), ácaro (Phytoptus pyri). O período de estagio proporcionou uma experiência única, contribuindo para a qualificação somada à experiência prática dos produtores americanos. Palavras chaves: Pyrus spp, produção, manejo, Hood River-OR. 1 2 Estudante de Agronomia, UNIARP – Universidade do Alto Vale do Rio do Peixe, [email protected]; Eng. Agr. D.Sc., EPAGRI/UNIARP, Caçador, SC, [email protected]. 75 COMPARAÇÃO DE DIFERENTES TIPOS DE SUBSTRATOS NA QUALIDADE DE FRUTOS DE MIRTILEIROS DA CULTIVAR O’NEAL Everton Costa Azevedo1; Flávia Saraiva Loy1; Caroline Moreira Rodrigues1; Carolina Goulart1; Andressa Vighi Schiavon2; André Kulkamp de Souza1; Luis Eduardo Correa Antunes3 O mirtilo é uma planta que necessita de solos com características especiais para proporcionar seu bom desenvolvimento e produção, portanto estas especialidades nem sempre são obtidas a campo, por esse motivo o objetivo do seguinte trabalho foi avaliar a qualidade da fruta da cultivar de mirtilo O’Neal, sobre diferentes formas de substrato através do cultivo em vaso. O experimento foi desenvolvido na Embrapa Clima Temperado, Pelotas-RS, Brasil, em plantas de três anos. Os vasos utilizados apresentavam um diâmetro superior de 28 cm, diâmetro inferior de 24 cm e 26 cm de altura. O espaçamento empregado foi de 60x50 cm e com irrigação localizada na forma de gotejamento e como substrato foi utilizado serragem de madeira de eucalipto, esterco bovino, solo e areia média nas seguintes proporções: T1: 30% de serragem + 10% de esterco + 50% de solo +10% de areia; T2: 25% de serragem + 15% de esterco + 50% de solo+ 10% de areia; T3: 20% de serragem + 20% de esterco + 50% de solo + 10% de areia; T4: 15% de serragem + 25% de esterco + 50% de solo + 10% de areia; T5: 10% de serragem + 30% de esterco + 50% de solo + 10% de areia. A colheita foi realizada de 21 à 31 de outubro de 2012 e as variáveis avaliadas foram teor de sólidos solúveis totais (ºBrix),determinados com refratômetro Atago PAL-1 e diâmetro longitudinal dos frutos com paquímetro digital . O delineamento do experimento foi inteiramente casualizado, com três repetições. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância, sendo as medias comparadas pelo teste de Tukey a 5%. As análises foram efetuadas pelo programa do Winstat. Para a variável sólidos solúveis totais as maiores medias foram dos tratamentos T3 e T1, sendo respectivamente 12.73 e 12.69 e o menor média foi do T4 com 11.22. E a variável de diâmetro longitudinal dos frutos não houve diferença significativa entre os tratamentos. Portanto os tratamentos T3 e T1 se mostraram com um melhor potencial em relação aos demais tratamentos para a qualidade de frutos de mirtileiros. 1 Pós-Graduandos em Agronomia, Fruticultura de Clima Temperado, Departamento de Fitotecnia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas. Caixa postal 354, Cep - 96010-900, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. [email protected]; [email protected] ; [email protected]; [email protected]; 2 Graduandos em Agronomia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas. [email protected]; 3 Eng. Agr. Doutor, Pesquisador Embrapa Clima Temperado, BR 392 Km 78 Caixa Postal 403, CEP 96001-970 Pelotas RS [email protected]. 76 APLICAÇÃO DE ÁCIDO GIBERÉLICO EM PESSEGUEIRO Everton Sozo de Abreu1; Marcos Antônio Giovanaz1; Priscila Alvariza Amaral2; Diego Weber2; Caroline Moreira Rodrigues2; Marcos Ernani Prezotto3; José Carlos Fachinello4 O tamanho dos frutos é determinado pelas características genéticas de cada cultivar e também influenciado por outros fatores de manejo no pomar. Além das práticas já conhecidas e difundias como poda, raleio, adubação e irrigação, a aplicação de fitorreguladores pode aumentar o diâmetro e melhorar o formato dos frutos. Neste sentido, o presente trabalho objetivou avaliar a produção e a qualidade física dos frutos de pessegueiro após a utilização de ácido giberélico (AG3) em diferentes doses e épocas de aplicação. O experimento foi conduzido em uma propriedade rural, localizada no município do Capão do Leão – RS, Brasil, no ano de 2012. Foram utilizados pessegueiros da cultivar Maciel, com 13 anos de idade, enxertada sobre o porta-enxerto Capdeboscq. O experimento consistiu de 10 tratamentos, com plantas sem aplicação e plantas tratadas com AG3 nas doses de 25 , 75 e 125 mg L-1, nas épocas de 20, 40 e 60 dias após a plena floração (DAPF). O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com três repetições de duas plantas por parcela mais a bordadura. Os frutos foram colhidos e determinado a massa média (g), produção por planta (Kg planta-1), diâmetro médio dos frutos (mm) e a firmeza de polpa dos frutos (N). Os resultados obtidos foram submetidos a análise de variância (p≤0,05), e quando significativos foram realizadas comparações de médias pelo teste de Duncan (p≤0,05). Os parâmetros produção, massa dos frutos e diâmetro médio não apresentaram diferença estatística significativa após as aplicações de ácido giberélico. A aplicação exógena de ácido giberélico pode proporcionar o aumento do tamanho dos frutos através do alongamento celular ocasionado pelo fitorregulador. No entanto, a cultivar Maciel de pessegueiro utilizada neste trabalho não respondeu a aplicação, sugerindo que a resposta pode ser atribuída a fatores genéticos intrínsecos a cultivar utilizada. Foi possível observar aumento na firmeza de polpa dos frutos nas concentrações de 125 mg L1 aplicado a 40 DAPF, apresentando firmeza de 23,1 N e nas doses de 75 e 125 mg L-1 aplicados a 60 DAPF, com firmeza de 26,3 e 22,6 N respectivamente. A aplicação de ácido giberélico não aumenta a massa e o diâmetro médio dos frutos de pessegueiro ‘Maciel’, no entanto, altera a firmeza dos frutos. 1 Eng. Agr. Mestrandos em Agronomia, Fruticultura de Clima Temperado, Departamento de Fitotecnia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas, Caixa posta 354, Cep - 96010-900, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. [email protected]; [email protected]; 2 Eng. Agr. Doutorandos em Agronomia, Fruticultura de Clima Temperado, Departamento de Fitotecnia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas, Caixa postal 354, Cep - 96010-900, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. [email protected]; [email protected]; [email protected]; 3 Graduando em Agronomia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas, , Caixa postal 354, Cep - 96010-900, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. [email protected]; 4 Eng. Agr. Doutor, Professor Titular, Departamento de Fitotecnia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas, Caixa postal 354, Cep - 96010-900, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. [email protected]. 77 INTERFERÊNCIA DO TIPO DE PODA NOS RESULTADOS PRODUTIVOS DE AMOREIRA-PRETA EM REGIÃO DE CLIMA SUBTROPICAL Fabiane Karine Barp1; Fabíola Villa2; Daniel Fernandes da Silva3 A amoreira-preta é um fruto tradicionalmente conhecido pelos inúmeros compostos nutracêuticos. Com o melhoramento genético, chegou-se hoje a cultivares bastante diversificadas, embora, em sua grande maioria adaptadas para climas temperados. No Brasil, o cultivo da amora-preta vem ganhando cada vez mais espaço, expandindo-se também para regiões de clima subtropical. O comportamento destas cultivares nessa nova condição de cultivo no entanto diferencia-se do tradicional, exigindo estudos. Visando elucidar esta demanda, o presente trabalho buscou avaliar o comportamento de cultivares de amoreiraspretas submetidas a diferentes tipos de poda na região oeste do Paraná. O trabalho foi constituído por fatorial duplo 9x2, sendo nove cultivares ‘Arapaho’, ‘Xavante’, ‘Comanche’, ‘Caingangue’, ‘Choctaw’, ‘Tupy’, ‘Guarani’, ‘Brazos’ e ‘Cherokee’ e duas intensidades de poda: poda drástica e poda convencional. Foi realizado em pomar localizado na Fazenda Experimental “Prof. Antônio Carlos dos Santos Pessoa”, pertencente a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Campus Marechal Cândido Rondon. A configuração do experimento baseou-se em três repetições com três plantas de cada tratamento, podadas no mês de julho segundo o tipo de poda de cada planta, recebendo poda drástica ou poda convencional segundo a literatura e conduzidas em sistema de espaldeira dupla. Os demais tratos convencionais foram semelhantes em todas as plantas. A colheita estendeu-se de setembro de 2012 a janeiro de 2013 e teve todos seus frutos colhidos, pesados e uma amostra de 5 frutos por parcela experimental foi levada ao Laboratório de Tecnologia de Alimentos da mesma Universidade para avaliação física. Foram avaliados o diâmetro transversal (DT) e longitudinal (DL) dos frutos, biomassa média, número médio de frutos por planta, produção por planta (Kg) e produtividade por hectare (Kg/ha-1). Os dados finais foram tabulados e submetidos à análise de variância pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade pelo programa estatístico Sisvar. Foi verificado interação significativa para DT, DL e número de frutos. Para o DT os valores encontrados variaram entre 15,91 mm na cultivar Xavante; 22,66 mm na cultivar Tupy, para a poda convencional; 15,03 mm e 23,94 mm para as cultivares Cherokee e Brazos, respectivamente, na poda drástica. Sendo que a cultivar ‘Xavante na condição de poda drástica nem mesmo obteve produção. Quanto ao DL, os valores variaram de 17,62 e 26,55 mm para as cultivares Xavante e Tupy, respectivamente, na poda convencional. Para a poda drástica os valores foram de 17,07 mm para a cultivar Cherokee e 26,20 mm para a cultivar Tupy, sendo que esta, não diferiu estatisticamente da cultivar Guarani a qual obteve média para DL de 25,67 mm. Na avaliação do número de frutos, os valores encontrados variaram de 172,88 frutos para a cultivar Brazos e 20,37 para a cultivar Choctaw, na poda convencional. Os valores de média referentes à variável produção por planta observados na poda convencional apresentaram-se superiores aos valores obtidos na poda drástica. No parâmetro produtividade, os valores obtidos variaram de 6410,20 kg.ha-1 para cultivar Brazos e 411,320 kg.ha-1 para a cultivar Xavante, na poda convencional, e valores de 3750,45 e 36,390 kg.ha-1 para poda drástica, respectivamente. Em conclusão, em todos os parâmetros analisados a poda convencional mostrou-se superior a poda drástica, sendo, portanto esta, recomendada para a cultura da amoreira em condições subtropicais. 1 Graduanda em agronomia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Marechal Cândido Rondon, PR, Brasil. E-mail: [email protected]. Autor para correspondência; 2 D.Sc., Profª Adjunta do Centro de Ciências Agrárias (CCA), Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Marechal Cândido Rondon, PR. E-mail: [email protected]; 3 Mestrando em Botânica Aplicada, Universidade Federal de Lavras (UFLA), Departamento de Biologia, Lavras - MG. Email: [email protected]. 78 VARIABILIDADE DE ÉPOCA E ÍNIDICE DE BROTAÇÃO EM DIFERENTES CULTIVARES DE MACIEIRA NO MEIO-OESTE DE SANTA CATARINA Filipe Schmidt Schuh1; Frederico Denardi2; Marcus Vinicius Kvitschal3; Danielle Caroline Manenti4; Débora Vezaro4 A macieira é uma espécie frutífera, caducifólia, que necessita de um período de frio hibernal para a entrada, a superação e também a saída da dormência, o qual é influenciado por fatores genéticos e climáticos. É conhecido que existe ampla variabilidade para necessidade de frio em macieira, desde cultivares que requerem 200 horas (< 7,2°C), a exemplo da ‘Anna’, e outras que necessitam mais de 1.000 horas, a exemplo da ‘Golden Delicious’. A qualidade do frio hibernal acumulado também influencia a dormência. Atualmente não há um método eficaz definido para estimar o requerimento de frio em cultivares de macieira frente à disponibilidade de temperaturas em que estas são submetidas. Mas, há relatos que reportam existência de relação entre a época de brotação/florescimento e o requerimento de frio. O objetivo deste estudo foi determinar a variabilidade de época e índice de brotação de gemas em diferentes cultivares de macieira por meio de avaliação fenológica e contagem de gemas (brotadas ou não) em plantas a campo. O estudo foi conduzido na Epagri / Estação Experimental de Caçador, a 960m de altitude. Foram avaliadas 21 cultivares, sendo cinco destas mais precoces (Castel Gala, Condessa, Princesa, Eva e Fuji Frey) e 16 mais tardias (Baronesa, Imperatriz, Nagafu 6, Nagafu 12, Joaquina, Fuji Suprema, Mutação Fuji, Fuji Mishima, Catarina, Galaxy, Imperial Gala, Baigent, Cripps Pink, Daiane, Cameo e LysGolden). O porta-enxerto utilizado foi G.874 e o espaçamento de plantio foi 4,5 m x 1,8 m. O delineamento foi em blocos casualizados, com quatro repetições (plantas). Para o grupo de cultivares mais tardias foi feito tratamento para superação da dormência com 0,7 % de Dormex® combinadocom 3,0 % de óleo mineral, antes do início da brotação, após acúmulo de 880 unidades de frio (U.F. – método Carolina do Norte modificado). Para as cultivares mais precoces, não foi realizado tratamento para superação da dormência. A avaliação da fenologia da brotação foi realizada entre 2007/08 e 2011/12. A brotação foi avaliada em dezembro/2007, mediante contagem de gemas totais e efetivamente brotadas em três a cinco ramos/planta. Os dados foram submetidos à análise da variância, e as médias foram comparadas pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade de erro. Das cinco cultivares mais precoces, observou-se início da brotação de gemas entre 3 e 14/Agosto, com índices de brotação superiores a 60%, o que sugere que tais cultivares são de baixo requerimento de frio hibernal. Já o espectro de época de brotação das demais cultivares foi entre 10 e 26/Setembro, sendo os índices de brotação classificados em cinco grupos de significância. Das cultivares que apresentaram os maiores índices (Baronesa, Imperatriz, Nagafu 6, Joaquina, Fuji Suprema e Mutação de Fuji), três delas se destacaram também por iniciarem a brotação mais precocemente, quais sejam Baronesa, Imperatriz e Joaquina. A precocidade aliada ao alto índice de brotação das gemas é um indicativo de que estas cultivares apresentam menor requerimento de frio em relação às demais cultivares com os mesmos índices de brotação embora mais tardias, sugerindo-se caracteriza-las como de médio requerimento de frio. Considerados a época e os índices de brotação, sugere-se que os clones de ‘Gala’ e ‘Fuji’, e as cvs. Catarina e Cameo são de alto requerimento de frio, enquanto que ‘Cripps Pink’, ‘Daiane’ e ‘Lysgolden’ são de muito alto requerimento de frio. 1 Estudante de Agronomia – Univ. do Alto Vale do Rio do Peixe – UNIARP, Caçador – SC, Bolsista Embrapa/Uva e Vinho, e-mail: [email protected]; 2 Eng. Agr. M.Sc. – Pesquisador Epagri – Estação Experimental de Caçador, Caixa Postal 591, Caçador, SC, Cep 89500-000, e-mail: [email protected]; 3 Eng. Agr. D.Sc. – Pesquisador Epagri – Estação Experimental de Caçador, Caixa Postal 591, Caçador, SC, Cep 89500-000, e-mail: [email protected]; 4 Estudante de Agronomia – Universidade do Alto Vale do Rio do Peixe – UNIARP, Caçador – SC, Bolsista CNPq ITI/A. 79 CARACTERÍSTICAS FENÓLICAS DE AMORA-PRETA CV. XAVANTE CULTIVADAS EM SISTEMA ORGÂNICO Francieli Calgaro1; Doglas Broetto1, Renato Vasconcelos Botelho2; Cassia Inês Francosa da Rosa3; Alessandro Sato3, Luana Munareto4 O cultivo de pequenos frutos é uma atividade em pleno crescimento, principalmente a amorapreta, que pode ser consumido como fruta fresca ou industrializado, o que lhe confere um alto valor agregado. Desta forma, é uma opção interessante para a agricultura familiar, tendo em vista que os custos de implantação e de manutenção do pomar são baixos quando comparados com outras frutíferas. A amoreira-preta (Rubus sp.) é uma espécie nativa da América do Sul, é uma planta arbustiva de hábito ereto ou rasteiro, conduzida em sistema de espaldeira dupla, produz frutos agregados, com massa entre quatro a sete gramas, de coloração escura e sabor ácido a doceácido (ANDRADE et al., 2007). O objetivo deste trabalho foi avaliar as características químicas da amora-preta cultivadas em sistema orgânico e submetida a diferentes épocas e intensidades de podas. O experimento foi conduzido no pomar do departamento de agronomia no campus CEDETEG da UNICENTRO, em Guarapuava-PR, com amoreiras cultivar Xavante e o delineamento experimental foi em blocos casualizados, em esquema fatorial 2x2, sendo duas épocas e duas intensidades de poda (curta e longa). As amoreiras foram implantadas em setembro de 2004, seguindo as recomendações técnicas da cultura segundo Antunes e Rasseira (2004). O espaçamento entre plantas foi de 1 m, numa totalidade de 20, sendo essas obtidas do Centro de Pesquisas Agropecuárias de Clima Temperado da EMBRAPA de Pelotas, RS. As podas foram realizadas em 16 de agosto de 2010 (precoce) e 05 de setembro de 2010 (tardia) sendo que as mesmas foram realizadas em duas intensidades, uma curta e outra longa. A colheita dos frutos ocorreu no período de 14 de novembro de 2010 até 22 de fevereiro de 2011. Os frutos colhidos foram congelados e armazenados até a realização das análises, quando foram quantificados os teores de antocianinas e de compostos fenólicos, utilizando-se a metodologia proposta por Lee & Francis (1972), além do teor de sólidos solúveis totais (SST), com auxílio de refratômetro digital com compensação de temperatura. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e quando significativo foram comparados pelo Teste de Tukey (P<0,05), utilizando-se o programa estatístico SISVAR 5.0 (Ferreira, 2003). Verificou-se que para o teor de antocianinas não houve interação entre a época e a intensidade de poda, no entanto, verificou-se que os frutos oriundos da poda tardia apresentaram teor de antocianinas estatisticamente superior em relação àqueles oriundos da poda precoce, ou seja, com valores médios de 42,53 mg 100g-1 para poda tardia e 34,98 mg 100g-1 para poda precoce. Com relação aos compostos fenólicos também não se verificou influência da época e da intensidade de poda, consequentemente também não houve interação entre esses fatores, sendo que em geral de compostos fenólicos da amora preta cultivada em sistema orgânico na região de Guarapuava, PR, foi de 125,85 mg 100g-1. Para o teor de sólidos solúveis totais também não houve influência da época e da intensidade de poda, tampouco da interação entre esses fatores, sendo que a média geral foi de 8,91ºBrix. Com base nos resultados obtidos, considera-se que o manejo de realizar a poda em diferentes épocas pode ser uma opção interessante quando se deseja realizar a colheita em um período maior, principalmente para os pequenos produtores que muitas vezes não conseguem realizar a colheita em uma única etapa, em função da falta de mão-de-obra ou até mesmo do elevado custo para contratar novos funcionários apenas para esta fase. 1 Acadêmica de Agronomia, Universidade Estadual do Centro-Oeste, e-mail: [email protected], [email protected]; 2 Engº Agrº, professor associado, Universidade Estadual do Centro-Oeste, e-mail: [email protected]; 3 EngªAgrª, professor colaborador, Universidade Estadual do Centro-Oeste, e-mail: [email protected], [email protected]; 4 Mestranda em Agronomia, Universidade Estadual do Centro-oeste, e-mail: [email protected]. 80 EFEITO DE DIFERENTES PORTA-ENXERTOS NO CONTROLE DO VIGOR DA COPA DAS CULTIVARES DE MACIEIRA GALA E FUJI NO MEIO-OESTE CATARINENSE Frederico Denardi1; Marcus Vinicius Kvitschal2; Filipe Schmidt Schuh3; Danielle Caroline Manenti4; Débora Vezaro4 Na pomicultura mundial, um dos principais critérios de classificação de porta-enxertos é a capacidade de controle do vigor da copa. Em 1912, foi lançada na Inglaterra a primeira série de porta-enxertos clonais classificados pela capacidade de controle do vigor da copa, a série ‘M’. A partir de 1968, iniciou-se um amplo programa de melhoramento de porta-enxertos de macieira nos EUA que contemplou uma vasta gama de características, incluindo o controle do vigor. Destas pesquisas surgiu a série Geneva, abreviada pelas siglas CG ou G. A classificação por vigor tem por objetivo determinar a densidade em que as plantas no pomar podem ser cultivadas, visto que o espaçamento de plantio é determinado pelo volume que a copa irá atingir na idade adulta. O objetivo deste estudo foi classificar, ainda que de forma preliminar, um grupo de porta-enxertos da série Geneva, os quais foram objeto de diversos estudos agronômicos durante os últimos 17 anos. O presente estudo foi conduzido em dois locais, no município de Fraiburgo, Meio-oeste de Santa Catarina, com o clima sendo caracterizado como subtemperado úmido, com as três estações sazonais bem definidas. O solo foi classificado como Latossolo Vermelho Distrófico, com pH de 4,6 no experimento I, e pH de 5,8 no experimento II. Ambos os experimentos foram delineados em blocos casualisados, com quatro repetições de três plantas por parcela. Os tratamentos consistiram de nove portaenxertos, sendo seis da série Geneva e os controles M.9 (ananizante), M.7 (semi-ananizante) e MM.111 (semivigoroso). Todos foram enxertados com as cultivares copa Gala e Fuji e plantados no espaçamento de 5,0 m x 2,0 m, em linhas alternadas com as duas cultivares copa. O vigor de cada porta-enxerto foi medido pelo diâmetro transversal do caule a cinco centímetros acima do ponto de enxertia. Com estes dados, calculou-se as médias do diâmetro e transformou-se os valores em área transversal, aplicando-se a fórmula π.d2/4, sendo π = 3,1416 e ‘d’ = diâmetro. Os dados foram submetidos à análise da variância e, posteriormente, à comparação entre médias pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade de erro. Dentre os seis porta-enxertos da série Geveva enxertados com a cv. Gala, observou-se que apenas o G-10 teve efeito mais ananizante que o controle M-9. Os porta-enxertos G.22, G.24, G.58, G.213 e G.969 no experimento I, e o G.22, o G. 202 e o G.213 no experimento II, se igualaram ao M.9. O ‘G.30’ e o ‘G.210’ foram menos eficientes que o ‘M.9’, porém mais eficientes que o ‘MM.111’ no controle do vigor da ‘Gala’. Para a cv. Fuji no experimento I, os porta-enxertos G.10, G.22, G.24, G.58, G.213, G.757 e G.969 se equivaleram ao M.9, porém o G.757 foi mais eficiente que o G.24 no controle do vigor desta cultivar. Os porta-enxertos G.30 e G.210 controlaram mais o vigor da ‘Fuji’ em relação à testemunha M.7 que, por sua vez, se equivaleu ao G.896. Para esta mesma cultivar no experimento II, os porta-enxertos G.22 e G.202 foram tão eficientes quanto o M.9 no controle do vigor; já o ‘G.213’, o ‘G.30’ e o ‘G.210’ mostraram ser mais vigorosos que o M.9 para a ‘Fuji’, porém menos vigorosos que o controle ‘MM.111’. O porta-enxerto G.10 pode ser caracterizado como muito ananizante; já os porta-enxertos G.22, G.202, G.213 e G.969 podem ser caracterizados como ananizantes, a exemplo do M.9. Os porta-enxertos G.30, G.210 e G.896 podem ser caracterizados como semi-ananizantes, a exemplo do M.7, todos menos vigorosos que o ‘MM.111’. 1 Eng. Agr. M.Sc. – Pesquisador Epagri – Estação Experimental de Caçador, SC – E-mail: [email protected]; Eng. Agr. D.Sc. – Pesquisador Epagri – Estação Experimental de Caçador, SC – E-mail: [email protected] ; 3 Estudante de Agronomia – Univ. do Alto Vale do Rio do Peixe – UNIARP, Caçador – SC, Bolsista Embrapa/Uva e Vinho; 4 Estudante de Agronomia – Universidade do Alto Vale do Rio do Peixe – UNIARP, Caçador – SC, Bolsista CNPq ITI/A. 2 81 INTENSIDADE DE PODA NO TEOR DE COMPOSTOS FENÓLICOS DO MIRTILO Gabriele Espinel Ávila1; André Luiz Radünz2; Tanize dos Santos Acunha3; Daiane Pinheiro Kröning4; Lucas Celestino Scheunemann5; Carlos Gustavo Raasch6; Flavio Gilberto Herter7 O cultivo de pequenas frutas tem despertado a atenção dos produtores e do mercado consumidor mundial. Neste cenário, o mirtileiro (Vaccinium sp.) destaca-se como importante representante deste grupo, e a região sul do Brasil, por ter grande potencial para a produção do fruto, potencial este, viabilizado não apenas pelas características climáticas de algumas regiões, mas também pelo público pertencente ao meio rural, fundamentado, em grande parte, na agricultura de base familiar, assim, o mirtileiro surge para atender a premissa da diversificação de culturas nas unidades produtivas familiares. Aspectos importantes, que estimulam o cultivo do mirtileiro são, além da alta rentabilidade da cultura, a baixa utilização de insumos, o que facilita a inserção da cultura em modelos de produção orgânicos e agroecológicos. A crescente ascensão da comercialização dos frutos é atribuída, principalmente, pela associação do consumo de mirtilo a benefícios à saúde de quem os consome. Entre os compostos de interesse nutracêutico, estão os fenólicos, grupo de antioxidantes conhecidos por combaterem o envelhecimento celular. O teor de compostos fenólicos varia, entre outros motivos, em função das práticas culturais, como a poda e a intensidade com a qual é adotada, influindo no maior ou menor número de ramos da planta. Assim, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito da intensidade de poda seca sobre o teor de compostos fenólicos presentes nos frutos. O experimento foi conduzido no município de Morro Redondo, RS, em plantas da cultivar Clímax. No pomar, o delineamento experimental foi em blocos ao acaso com três repetições e unidades experimentais constituídas por três plantas. Foram realizadas três intensidade de poda, normal (menor número de gemas floríferas), média e leve (maior número de gemas floríferas). O teor de compostos fenólicos totais foi avaliado em laboratório, sendo determinado por método padrão e expresso em mg de ácido gálico.100g-1 da fruta em base úmida. As médias obtidas foram submetidas a análise de variância comparadas pelo teste Tukey a 5% de significância. Os resultados encontrados para as intensidades de poda foram de 330,78, 273,77 e 279,13, respectivamente para a intensidade normal, média e leve. Apresentou diferença estatística apenas à intensidade de poda normal, sendo superior as demais, fato que possivelmente esteja associado ao menor número de frutos por planta e também a maior exposição destes a radiação solar direta, permitida pela maior abertura das plantas, provocada pela remoção de um maior número de ramos na poda normal. 1 Estudante de Agronomia UFPel – Campus Universitário – Caixa Postal 354, Capão do Leão, RS – Cep:96010-900 E-mail: [email protected]; 2 Eng. Agro. M. Sc. Doutorando do PPGA/UFPel/FAEM – Caixa Postal 354, Capão do Leão, RS – Cep: 96010-900 Email: [email protected]; 3 Bacharelado em Química de Alimentos. Mestranda PPGCT UFPel/FAEM – Caixa Postal 354,Capão do Leão, RS. Cep: 96010-900 . Email: [email protected]; 4 Estudante de Agronomia UFPel – Campus Universitário – Caixa Postal 354, Capão do Leão, RS – Cep:96010-900 Email: [email protected]; 5 Estudante de Agronomia UFPel – Bolsista CNPq – Campus Universitário – Caixa Postal 354,Capão do Leão, RS. Cep: 96010-900. Email: [email protected]; 6 Estudante de Agronomia UFPel – Bolsista CAPES – Campus Universitário – Caixa Postal 354,Capão do Leão,RS. Cep: 96010-900. Email: [email protected]; 7 Eng. Agro. Prof. Dr. Departamento de Fitotecnia/FAEM/UFPel - Campus Universitário – Caixa Postal 354 , Capão do Leão, RS – Cep: 96010-900. Email: [email protected]; 82 FENOLOGIA E CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DA VARIEDADE MERLOT (Vitis vinifera L.) CULTIVADA SOB COBERTURA PLÁSTICA EM SANTA CATARINA Gabriella Vanderlinde1; Suzeli Simon1; Jaqueline Nogueira Muniz2; Débora Dal Zotto3; Bruno Munhoz3; Raíssa Podestá3; Aparecido Lima da Silva4 A cobertura plástica surge como alternativa no controle de adversidades climáticas, o que pode afetar a qualidade da uva para a vinificação. Contudo, existe pouco conhecimento dos efeitos desta tecnologia sobre aspectos fisiológicos e produtivos das videiras. Neste sentido, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da cobertura plástica sobre a fenologia, rendimento e características físico-químicas da variedade Merlot durante o ciclo 2011/2012. O trabalho foi realizado em um vinhedo localizado no município de Rancho Queimado-SC (27°42′26″S, 49°04′17″W, 1000 m de altitude), implantado em 2009, sob o porta-enxerto 1103P, em sistema de condução espaldeira e espaçamento de 3,0 x 1,0 m. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado. Os tratamentos consistiram em condições de cultivo - sob cobertura plástica e sem cobertura, foram avaliadas cinco plantas com quatro repetições por tratamento. Para a definição dos estádios fenológicos da videira, foi utilizada a metodologia descrita por Baillod e Baggiolini. No momento da colheita foi determinada a produtividade (kg planta-1 e Mg ha-1) através da pesagem dos cachos. A análise de maturação tecnológica foi realizada através do teor de sólidos solúveis totais (°Brix), acidez total titulável (meqL-1) e pH. A brotação do vinhedo coberto teve início em 22/08/10, a plena florada em 09/11/10, o início da maturação em 06/02/11 e a colheita foi realizada em 30/03/11. No vinhedo descoberto a brotação teve início em 31/08/10, a plena florada em 18/11/10, o início da maturação em 15/02/11 e a colheita foi realizada em 30/03/11. A produtividade observada em plantas cobertas da variedade Merlot foi de 1,0 kg planta-1 e 3,3 Mg ha-1,em plantas descobertas, a produtividade foi de 1,2 kg planta-1 e 3,8 Mg ha-1 e não foram observadas diferenças significativas na produtividade entre os sistemas de cultivo. As uvas produzidas na área coberta apresentaram menores teores de acidez e maiores teores de sólidos solúveis totais e pH, o que indicaria uma tendência ao adiantamento no processo de maturação da uva nas plantas cobertas. Acredita-se que aumentos na temperatura causados pela cobertura plástica tenham sido responsáveis pelo adiantamento dos estádios fenológicos e desta maneira aumentou antecipadamente os níveis de sólidos solúveis totais e reduziu a acidez quando comparada à área descoberta. 1 Eng. Agrª. Mestranda PPGA-RGV/UFSC - Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia/UFSC – Caixa Postal 476 – Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]; [email protected]; 2 Bióloga, Doutoranda PPGA-RGV/UFSC - Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia/UFSC – Caixa Postal 476 – Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]; 3 Estudante de Agronomia UFSC – Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia/UFSC Caixa Postal 476 – Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected]; 4 Eng. Agr. Dr. – Professor Associado IV/UFSC - Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia/UFSC – Caixa Postal 476 – Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]. 83 INDUTORES ALTERNATIVOS DE BROTAÇÃO E FLORAÇÃO EM MACIEIRAS ‘FUJI SUPREMA’ E ‘DAIANE’ Gentil Carneiro Gabardo1; José Luiz Petri2; Marcelo Couto3; Taís Altmann4; Jean Carlos Bettoni5 A macieira, assim como outras fruteiras de clima temperado, apresenta um período de dormência durante seu ciclo, momento em que ocorre uma redução do metabolismo e a queda das folhas. Esse fenômeno fisiológico possibilita que a planta suporte as intempéries climáticas e, quando as condições climáticas tornam-se favoráveis, a macieira retoma o crescimento e desenvolvimento vegetativo e reprodutivo. Apesar da ampla gama de indutores de brotação, poucos são utilizados devido ao seu alto custo e toxicidade. Sendo assim, o Dormex® (Cianamida hidrogenada) e Óleo Mineral ainda são os produtos mais utilizados para superação da dormência e indução da brotação. O objetivo do trabalho foi identificar a eficiência de novos compostos na superação da dormência e indução da brotação da macieira, cultivares Fuji Suprema e Daiane. O experimento foi desenvolvido em pomar experimental localizado no município de Caçador, SC (latitude 26º46’S, longitude 51º W, altitude 960 metros), durante o ciclo 2012/2013. O delineamento experimental utilizado, para ambas as cultivares, foi em blocos casualizados com 8 tratamentos e 5 repetições na ‘Fuji Suprema’, sendo os tratamentos: 1) testemunha (sem aplicação); 2) Assist® 3,5% + Dormex® 0,7%; 3) Assist® 3,5% + Syncron® 0,7%; 4) Assist® 3,5% + Syncron® 1,5%; 5) Syncron® 1% + Nitroative® 5%; 6) Syncron® 2% + Nitroative® 5%; 7) Syncron® 2% + Nitroative® 10%; 8) Syncron® 2% + Nitrato de cálcio 5%, aplicados em 29/08/2012. Na ‘Daiane’ foram 8 tratamentos e 4 repetições, com os tratamentos: 1)Testemunha; 2) Assist® 3,5% + Dormex® 0,7%; 3) Syncron® 2% + Nitroative® 7%; 4) Syncron® 1% + Nitroative® 4%; 5) Syncron® 2% + Nitrato de cálcio 3%; 6) Syncron® 1% + Nitrato de cálcio 3%; 7) Syncron® 1% + Assist® 3,5%; 8) Erger® 3% + Nitroative® 3%, aplicados em 17/09/2012. As variáveis analisadas foram: observação da fenologia, brotação das gemas axilares e terminais (%) 30 e 60 dias após a aplicação dos tratamentos, frutificação efetiva (%) e produção por planta (kg). Não se observou a definição do estádio fenológico C-C3 nas plantas testemunhas de ‘Fuji Suprema’. Já os tratamentos Assist® 3,5% + Dormex® 0,7%, Syncron® 1% + Nitroative® 5%, Syncron® 2% + Nitroative® 5% e Syncron® 2% + Nitroative® 10%, não diferiram entre si, observando-se uma antecipação 5 a 7 dias do estádio C-C3 em comparação com os tratamentos de Assist® 3,5% + Syncron® 0,7%, Assist® 3,5% + Syncron® 1,5% e Syncron® 2% + Nitrato de cálcio 5%. Para ‘Daiane’ não se observou diferenças, pois a aplicação foi mais próxima do início de brotação. Com relação ao início de floração não se observaram diferenças entre os tratamentos. Já para a plena floração e para o final de floração se observou a antecipação em comparação ao tratamento testemunha em ambas as cultivares. O percentual de brotação de gemas axilares foi maximizado pela aplicação dos indutores de brotação nas avaliações de 30 e 60 dias após a aplicação dos tratamentos em ambas as cultivares. Na ‘Fuji Suprema’ observou-se menor produção por planta nos tratamentos com indutores de brotação em comparação com a testemunha. Para ‘Daiane’, obteve-se baixa produção devido a alternância de produção da cultivar polinizadora. Os tratamentos de Syncron® + Assist® ou Syncron® + Nitroative® são eficientes na indução de brotação de gemas axilares e terminais das macieiras ‘Fuji Suprema’ e Daiane’ quando comparados ao tratamento padrão de Assist® + Dormex®. Palavras chaves: indutores de brotação, Malus doméstica, quebra de dormência. 1 Engenheiro Agrônomo, Mestrando em Produção Vegetal, UDESC-CAV, Lages/SC. e-mail: [email protected]; Engenheiro Agrônomo, M.Sc., Pesquisador da Epagri/Estação Experimental de Caçador. Cx. P. 591. 89.500-000. Caçador, SC. [email protected]; 3 Engenheiro Agrônomo, Dr., Pesquisador da Epagri/Estação Experimental de Caçador. Cx. P. 591. 89.500-000. Caçador, SC. [email protected]; 4 Estudante de Agronomia, UFRGS–Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 5 Engenheiro Agrônomo, Mestrando em Produção Vegetal, UDESC-CAV, Lages/SC. 2 84 AVALIAÇÃO DE VITAKELP®, STURDY® e FULLAND® PARA A SUPERAÇÃO DA DORMÊNCIA EM MACIEIRAS Geraldine de Andrade Meyer1-3; Rosa Maria Valdebenito Sanhueza2-3 Na região Sul do Brasil, a maioria das cultivares de macieira não tem a sua necessidade de frio invernal satisfeitas, apresentando sérios distúrbios fisiológicos, como brotação de brindilas ineficiente e desuniforme, reduzindo a produtividade. Diante disso, faz-se necessária a aplicação de tratamentos químicos que induzam e uniformizem a brotação. O objetivo do experimento foi comparar o efeito da associação dos produtos fertilizantes foliares Vitakelp® (N 15%, K2O 1,0%) Sturdy® (N 6%, P2O5 30%,), e Fulland® (fosfito de cobre P2O5 20%, S 1,75% e Cu 3,5%) com o tratamento padrão, Cianamida hidrogenada (Dormex), e com a testemunha sem aplicação quanto à brotação das gemas. O estudo do primeiro ano foi realizado em pomar comercial de macieira, cultivar Maxi Gala/EM9, no município de Vacaria, RS, em setembro de 2012. O efeito na superação da dormência foi verificado pulverizando juntos os produtos Vitakelp®, Sturdy® e Fulland®, nas doses de 15 ml L-1 + 45 ml L-1 + 30 ml L-1, o que foi comparado com o produto padrão, Dormex e óleo mineral (10 ml L-1 + 30 ml L-1) e com uma testemunha sem tratamento. O delineamento do experimento foi inteiramente casualizado, com 8 repetições por tratamento. A avaliação do percentual de gemas brotadas e o percentual de gemas floríferas foi realizada 10, 15 e 24 dias após a pulverização (dap). Verificou-se que houve efeito no percentual de gemas brotadas dos tratamentos somente aos 24 dap, de modo que a associação dos produtos Vitakelp®, Sturdy® e Fulland®, nas doses de 15 ml L-1 + 45 ml L-1 + 30 ml L-1, não diferiu do produto padrão (75% e 89%, respectivamente). Os dois tratamentos diferiram da testemunha, que obteve cerca de 43% gemas brotadas. A produtividade estimada em toneladas ha-1 não apresentou diferença significativa entre os tratamentos, e esteve entre 39,5, 41,7 e 40, 7, respectivamente para os produtos associados, Dormex e a testemunha. O número de frutas por planta foi semelhantes entre os tratamentos não havendo diferença. No entanto, o peso das frutas foi menor nos tratamentos que se usaram os produtos associados, diferindo do tratamento com Dormex (110 g e 114g), respectivamente. Porém, ambos os tratamentos não diferiram da testemunha que teve frutas com peso médio de 111g. Para uma melhor conclusão do efeito da associação dos produtos Vitakelp®, Sturdy® e Fulland®, o estudo será repetido no ano de 2013 utilizando as mesmas plantas. 1 Enga. Agra. M.Sc. em Fitossanidade, [email protected] Enga. Agra Drª. em Fitopatologia, [email protected] 3 Centro de Pesquisas Proterra- CPPro, Proterra Engenharia Agronômica Ltda, Vacaria, RS, CEP 95200-000. 2 85 CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DE FRUTOS DE MIRTILO SUBMETIDOS À INTENSIDADES DE PODA Gisely Correa de Moura1; Marcia Vizzotto2; Luis Eduardo Correa Antunes2 A poda consiste na eliminação de ramos buscando equilibrar a parte aérea da planta com o desenvolvimento das raízes e a produção de frutos. A forma da planta é alterada, modificando a sua arquitetura a fim de torná-la de mais equilibrada, proporcionando melhor iluminação e arejamento no interior da copa e regularizando a produção para obter frutos de boa qualidade, além de manter a sanidade e o vigor da planta. A intensidade da poda depende da espécie, da idade, do número de pernadas/ramificações existentes, do sistema de condução da planta, do vigor, do hábito de vegetação. Este trabalho foi realizado com objetivo de estabelecer o nível de poda que propicie os melhores resultados na qualidade físico-química em frutos de mirtilo. O experimento foi conduzido em uma propriedade particular, localizada no município de Morro Redondo/RS. O material vegetal utilizado foram plantas de mirtilo da cultivar Misty. Os tratamentos foram intensidades de poda: T1: sem poda, T2: poda leve, T3: poda realizada no pomar-padrão do produtor e T4: poda drástica. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso com 4 repetições, com duas plantas por repetição. Ao instalar o experimento em 2010 as plantas tinham 4 anos. Para a determinação dos sólidos solúveis totais (SST), acidez titulável (AT) e pH, os frutos foram colhidos no ponto de maturação para o consumo. O pH foi determinado com peagâmetro diretamente no suco das frutas com o uso de um medidor de pH, com correção automática de temperatura; os SST, foram determinados pelo método refratométrico, extraindo-se o suco da fruta com o auxílio de uma centrífuga, utilizando-se amostras do mesmo para a sua determinação, realizada com um refratômetro de mesa, expressando-se o resultado em °Brix; a AT, foi determinada pelo método titulométrico ou acidimétrico, utilizando 10 mL do suco de mirtilo diluídos em 90 mL de água destilada e a titulação feita com uma solução de NaOH 0,1029N, em pHmetro até pH 8,2, os resultados foram expressos em porcentagem de ácido cítrico. Houve diferença para SST, o maior valor foi obtido em frutos produzidos em plantas que não foram podadas (13,53oBrix), seguidos por poda leve (12,40oBrix ), drástica (12,20oBrix) e por último a poda realizada no pomar (11,67oBrix). O pH do fruto foi maior na poda drástica (2,94), porém, não diferiu estatisticamente de frutos produzidos em plantas sem podar e com poda leve, e estes não diferiram da poda realizada no pomar. A AT nos frutos foi maior para o tipo de poda realizada no pomar (0,73% ácido cítrico), não diferindo dos frutos produzidos em plantas sem poda e com poda drástica. Sem poda e poda drástica não diferiam entre si e foram estatisticamente iguais a poda leve (0,71, 0,72 e 0,68% ácido cítrico respectivamente). E na relação SST/AT o maior valor obtido foi no tratamento sem poda (19,03), seguido pela poda leve (18,20), poda drástica (16,97) e poda realizada no pomar foi estatisticamente menor (16,00). Conclui-se que o manejo da poda interfere na qualidade do fruto, onde plantas que não sofreram poda obtiveram o maior teor de SST. Podas drásticas reduzem o teor de SST e aumentaram a acidez dos frutos. 1 Engenheira Agrônoma, Doutoranda do PPGA – FAEM, Universidade Federal de Pelotas: [email protected]; Engenheiro (a) Agrônomo (a), Pesquisador (a) da Embrapa Clima Temperado: [email protected]; [email protected]. 2 86 DESEMPENHO AGRONÔMICO DA VARIEDADE CABERNET SAUVIGNON (Vitis vinifera L.) EM DUAS REGIÕES DE ALTITUDE ELEVADA DE SANTA CATARINA Guillermo Frank1; Suzeli Simon2; Alberto Fontanella Brighenti3; Gabriella Vanderlinde4; Bruno Munhoz5; Emilio Brighenti6; Aparecido Lima Da Silva7 Em Santa Catarina as regiões de altitude tem se mostrado favoráveis à produção de vinhos finos. Estudos comprovam que regiões, com altitudes acima de 900 metros, possuem grande potencial para a produção de uvas viníferas (Vitis vinifera L.). O objetivo deste trabalho foi caracterizar o comportamento fenológico, a maturação e determinar a produtividade da variedade Cabernet Sauvignon cultivada em São Joaquim (28°16'30,08”S, 49°56'09,34”, altitude de 1.400m) e Campo Belo do Sul (27°40’4”S, 50°44’48” W, altitude 950 metros), Santa Catarina, durante o ciclo 2012/13. Em São Joaquim o experimento foi conduzido na Estação Experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina – EPAGRI, a variedade Cabernet Sauvignon foi implantada em 2006, em um espaçamento de 3,00 m entre linhas e 1,50 m entre plantas, e o sistema de condução do tipo espaldeira. Em Campo Belo do Sul o experimento foi conduzido na vinícola Abreu Garcia, o vinhedo foi implantado em 2006, com um espaçamento de 3,00 m entre linhas e 1,00 m entre plantas, e o sistema de condução do tipo espaldeira. Em ambos os locais a variedade está enxertada em Paulsen 1103 e orientadas no sentido norte-sul. Para a determinação dos estádios fenológicos, foi utilizada a metodologia de Baillod e Baggiolini. Quinzenalmente determinou-se o teor de sólidos solúveis totais (°Brix.), o pH e a acidez total (meq L-1). E no momento da colheita foi determinada a produtividade (kg planta-1 e ton ha-1). No local de maior altitude (São Joaquim – 1.400m), a variedade Cabernet Sauvignon apresentou brotação mais precoce (18/09/2012) e colheita mais tardia (25/04/2013), enquanto que no local de menor altitude (Campo Belo do Sul – 950m) a brotação ocorreu em 04/10/2012 e a colheita em 07/03/2012. Em São Joaquim, no momento da colheita a variedade apresentou 20,1ºBrix, acidez total de 130 meq L-1, pH de 3,3 e produtividade de 1,6 Kg planta-1 e 3,5 ton ha-1. Em Campo Belo do Sul, no momento da colheita a variedade apresentou 19,5ºBrix, acidez total de 106 meq L-1, pH de 3,3 e produtividade de 2,1 Kgplanta-1 e 6,9 ton ha-1. Os resultados observados sugerem que São Joaquim (1.400m) e Campo Belo do Sul (950m) são regiões com potencial para produção de uvas e vinhos finos a partir da variedade Cabernet Sauvignon. 1 Estudante de Agronomia da Universidad Nacional Del Nordeste, Facultad de Ciencias Agrarias, Corrientes, Argentina, Código Postal 3400. E-mail: [email protected]; 2 Eng. Agrª. Mestranda PPGA-RGV/UFSC - Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia/UFSC – Caixa Postal 476 – Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]; 3 Eng. Agr. Doutorando PPGA-RGV/UFSC - Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia/UFSC – Caixa Postal 476 – Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]; 4 Eng. Agrª. Mestranda PPGA-RGV/UFSC - Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia/UFSC – Caixa Postal 476 – Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]; 5 Estudante de Agronomia UFSC – Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia/UFSC Caixa Postal 476 – Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]; 6 Engenheiro Agrônomo, M.Sc. Pesquisador Epagri – Estação Experimental de São Joaquim. E-mail: [email protected]; 7 Professor Dr. Departamento de Fitotecnia, Universidade Federal de Santa Catarina – – Caixa Postal 476 – Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]; 87 ETILENO NA ANTECIPAÇÃO E PADRONIZAÇÃO NA COLHEITA DE FRUTOS DE BUTIAZEIRO Günter Timn Beskow1; Diego Weber2; Jones Eloy3; Marcos Antônio Giovanaz4; Caroline Moreira Rodrigues1; José Carlos Fachinello5 O Brasil possui uma grande diversidade de palmeiras, porém, o avanço da agricultura sobre áreas de ocorrência natural colocaram algumas espécies em risco de extinção. Os frutos do butiazeiro (Butia odorata Barb. Rodr.) Noblick e Lorenzi são utilizados para a fabricação de sucos, em agroindústrias do sul do Brasil, e para a fabricação de geleias e licores, pela população local. A maturação dos frutos geralmente é desuniforme e apesar do butiazeiro possuir um grande interesse econômico e potencial produtivo, existe poucos trabalhos científicos sobre a espécie. Sendo assim, objetivou-se avaliar o efeito da aplicação de etephon na padronização da colheita de frutos de butiazeiro (Butia odorata). O presente trabalho foi realizado com butiazeiros do Banco Ativo de Germoplasma da Universidade Federal de Pelotas, localizado no Centro Agropecuário da Palma. Foram selecionados 2 acessos (112 e 110), dois cachos por planta e estes separados em duas partes, com aplicação de etephon e sem aplicação no mesmo cacho. Foi utilizado borrifador manual na dosagem de 400 ppm e quatro repetições de 30 frutos maduros. A aplicação foi realizada quando os frutos estavam totalmente desenvolvidos e começando a mudança de coloração. A seção do cacho a ser tratada, foi ensacada com plástico no momento da aplicação e a colheita foi realizada nos dias 21 e 23/3/12 com etephon e 27/3/12 sem etephon. Foi avaliado diâmetro dos frutos, firmeza, pH, acidez titulável, sólidos solúveis, volume de suco e coloração da epiderme. Na análise dos resultados, não houve diferença estatística significativa, tanto para o ‘acesso 112’ como para o ‘acesso 110’, em relação aos tratamentos com ou sem etephon, para as variáveis acidez titulável, sólidos solúveis, coloração da epiderme, pH e porcentagem de suco nos frutos. Para o ‘acesso 110’ houve diferença estatística significativa para o diâmetro equatorial do fruto, enquanto no ‘acesso 110’ não foi observado diferença para esta variável conforme a aplicação de etephon nos frutos. Nos acessos ‘110’ e ‘112’ houve diferença estatística significativa conforme os tratamentos com ou sem etephon para o diâmetro longitudinal do fruto, massa dos frutos, massa das polpas e firmeza dos frutos, com maiores valores para o tratamento com etephon independente do acesso e da variável. Pode-se observar que para os dois acessos de butiazeiros, frutos tratados com etephon apresentaram antecipação de colheita em 6 dias para o ‘acesso 112’ e de 4 dias para o ‘acesso 110’ além de maior padronização na coloração dos frutos tratados com etephon. Desta forma pode-se concluir que a aplicação de etephon em frutos de butiazeiros antecipa a colheita e padroniza a coloração dos frutos. 1 Eng. Agr. M.Sc. Doutorando do PPGA/UFPel/Fruticultura de Clima Temperado – Caixa Postal 354, Campus Universitário – Pelotas, RS – Cep: 96001-970. e-mail: [email protected]; 2 Eng. Agr. M.Sc. Doutorando do PPGA/UFPel/Fruticultura de Clima Temperado – Caixa Postal 354, Campus Universitário – Pelotas, RS – Cep: 96001-970. e-mail: [email protected]; [email protected]; 3 Técnologo em Fruticultura, Mestrando do PPGA/UFPel/Fruticultura de Clima Temperado – Caixa Postal 354, Campus Universitário – Pelotas, RS – Cep: 96001-970. e-mail: [email protected]; 4 Eng. Agr. Mestrando do PPGA/UFPel/Fruticultura de Clima Temperado – Caixa Postal 354, Campus Universitário – Pelotas, RS – Cep: 96001-970. e-mail: [email protected]; 5 Eng. Agr. Dr. Professor titular do PPGA/UFPel/Fruticultura de Clima Temperado - Caixa Postal 354, Campus Universitário – Pelotas, RS – Cep: 96001-970. e-mail: [email protected]. 88 DESEMPENHO DE CULTIVARES DE MIRTILEIROS DOS GRUPOS RABBITEYE E HIGHBUSH EM FUNÇÃO DA COBERTURA DE SOLO Horacy Fagundes da Rosa Jr1; Émerson De Franceschi1; Caio Sippel Dörr1; Mateus da Silveira Pasa2; Juliano Dutra Schmitz2; José Carlos Fachinello3 A cultura do mirtileiro (Vaccinium sp.) está em expansão no Brasil principalmente por seus efeitos benéficos a saúde. Devido ao fato de seu cultivo ser recente no país a cultura ainda carece de estudos relacionados ao manejo, dentre os quais a adequada cobertura do solo. Algumas práticas culturais, como por exemplo o controle de plantas daninhas através da capina, podem danificar as raízes dos mirtileiros, reduzindo a capacidade de absorção de água e nutrientes, aumentando as perdas por evaporação, além de favorecer a infeccão por patógenos. Nesse contexto, a utilização da cobertura de solo torna-se uma importante ferramenta para melhorar a produtividade de mirtileiros. O trabalho foi conduzido em condições de campo, na área experimental da empresa Frutplan Mudas Ltda, localizada na Colônia Ramos 3° distrito do município de Pelotas/RS (31°33'04.77"S, 52°23'50.46"O; 110 m de altitude), na safra de 2011/2012. O plantio das mudas foi realizado no dia 10 de novembro de 2010, em delineamento experimental de casualização por blocos, com quatro repetições. Em cada repetição foram avaliadas três plantas. Os tratamentos constituíram-se de seis cultivares de mirtilo: 1) Climax, 2) Delite, 3) Powderblue (grupo Rabbiteye), 4) Georgiagem, 5) Misty e 6) O’neal (grupo Highbush); e de dois tipos de cobertura do solo: 1) polipropileno de ráfia extrusado, marca comercial Ground Cover™ (GC) e 2) acícula de pínus (AP). A cobertura de AP foi mantida com uma camada de aproximadamente 10 cm, sendo reposta sempre que necessário. Ambas as coberturas de solo foram instaladas em seguida ao plantio, cobrindo uma faixa de aproximadamente 1,0 m de largura ao longo das linhas de plantio. Com relação ao desempenho produtivo, as variáveis analisadas foram: produção por planta (g), obtida pela aferição da massa de todas as frutas colhidas por planta; e produtividade (kg ha-1). A análise de variância foi realizada pelo teste F e, quando significativo, os dados foram submetidos à comparação de médias pelo teste de Duncan, ao nível de 5% de significância. Foi verificada interação significativa entre os fatores cultivar e cobertura do solo para a variável produção por planta e produtividade (kg ha-1). Considerando-se o fator cultivar, ‘Powderblue’, ‘Delite’ e ‘Climax’ foram superiores as demais na cobertura GC, não diferenciando na AP. Com relação a cobertura do solo, ‘Powderblue’, ‘Delite’ e ‘Climax’ foram mais produtivas quando cultivadas sobre GC em relaçao a AP (188%, 183% e 147%, respectivamente). Independente do tipo de cobertura do solo, as cultivares do grupo rabbiteye são mais produtivas e vigorosas do que as do grupo highbush. 1 Bolsista Iniciação científica Cnpq - Área de Concentração em Fruticultura de Clima Temperado - FAEM/UFPel, PelotasRS, e-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected]; 2 2 Engº Agr. Msc. Bolsista de Doutorando CNPq, PPGA, Área de Concentração em Fruticultura de Clima temperado. FAEM/UFPel. e-mail: [email protected]; [email protected]; 3 Engº Agrº., Dr. Prof. Titular Departamento de Fitotecnia - Área de Concentração em Fruticultura de Clima Temperado FAEM/UFPel, Pelotas-RS-Brasil; e-mail: [email protected]. 89 EFEITO DA CIANAMIDA HIDROGENADA NA BROTAÇÃO DE GEMAS DE PEREIRA CV. KOUSUI SOB CONDIÇÕES DE IVERNO AMENO Humberto Mitio Horikoshi1; Robson Ryu Yamamoto2; Yoshihiko Sekozawa3; Sumiko Sugaya3 A falta de adaptação das cultivares e o abortamento de gemas florais são os principais problemas para a produção comercial de peras japonesas no Brasil. A aplicação de reguladores de crescimento para contornar a falta de frio, com o propósito de proporcionar adequada superação da dormência, é um trato cultural comumente adotado em regiões onde a exigência de frio não é totalmente satisfeita. Este trabalho teve como objeitivo avaliar o efeito da aplicação da cianamida hidrogenada em gemas de pereira japonesa da cultivar Kousui sob condições não totalmente satisfeitas de acúmulo de frio, simulando um inverno ameno. O experimento foi conduzido no ano de 2012 no Agricultural and Forestry Research Center, localizada na University of Tsukuba, Japão. Utilizou-se um delineamento experimental inteiramente casualizado com 2 tratamentos e 3 repetições. Inicialmente, 36 plantas de pereira japonesa da cultivar Kousui cultivadas em vaso foram expostas ao frio sob condições naturais para acúmulo de 600 horas abaixo de 7,2°C. Após o acúmulo, ocorrido em 18 de dezembro de 2012, selecionou-se 18 plantas para aplicação de cianamida hidrogenada 1% sobre esporões com auxílio de um pulverizador tipo multisprayer, e para a testemunha foi realizada aplicação de água e. Em seguida, as plantas foram em casa de vegetação com temperaturas mínima de 13°C para forçar a brotação. O acompanhamento da brotação das gemas esporões foi realizado a cada 2 dias, observando 45 gemas por tratamento. Foram determinados o tempo médio de brotação e o número de flores por gema. A brotação dos esporões tratados com cianamida hidrogenada 1% iniciou-se 16 dias após a forçatura, enquanto que a testemunha iniciou a brotação apenas 30 dias após o início do tratamento de calor. Não houve diferença significativa para a variável número de flores abertas por gema entre a testemunha e o tratamento com aplicação de cianamida hidrogenada (médias de 5,8 e 5,6 flores abertas por gema. respectivamente). O baixo de número de flores por gema em ambos os tratamentos provavelmente esteja associado à necrose de primórdios florais decorrentes da insuficiência de frio. Estes resultados iniciais mostram um efeito positivo da aplicação da cianamida hidrogenada na superação da dormência em esporões de pereira japonesa, com adiamento da brotação em condições de inverno ameno. 1 Mestrando; Graduate School of Life and Environmental Sciences, University of Tsukuba, Japão; E-mail: [email protected]; 2 Pós-doutorando; Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas; *Correspondência: [email protected]; 3 Professor Dr.; Graduate School of Life and Environmental Sciences, University of Tsukuba, Japão; E-mail: [email protected], [email protected]. 90 EFEITO DA TORTA DE MAMONA NA QUALIDADE DA AMORA-PRETA Izabel Camacho Nardello1; Letícia Vanni Ferreira2; Daiana Finkenauer3; Luciano Picolotto4; Luis Eduardo Correa Antunes5 A amora-preta faz parte de um grande grupo de plantas do gênero Rubus, pertencente à família Rosaceae. É uma planta rústica, pouco exigente em tratos culturais, apresentando baixo custo de implantação e rápido retorno financeiro, o que a torna atrativa para a agricultura familiar. A recomendação de práticas adequadas de produção para o agricultor é de suma importância, visto que a adubação orgânica no cultivo de frutíferas vem crescendo nos últimos anos. Uma das opções que vêm sendo estudada é o uso da torta de mamona, produzida durante a extração do óleo, e que constitui um importante subproduto da cadeia produtiva da mamona, podendo ser usada para a adubação orgânica. A torta de mamona é uma rica fonte de nitrogênio, a qual contribui para o enriquecimento da estrutura física e química do solo. Visto sua importância, objetivou-se avaliar a influência da torta de mamona na adubação de pré-plantio de amoreira-preta sobre a qualidade de frutas. O presente trabalho foi realizado na Embrapa Clima Temperado de Pelotas/RS. O espaçamento utilizado foi de 0,70m x 3m, e os tratamentos utilizados foram T1: testemunha; T2: 200g (952,4Kg ha-1); T3: 400g (1904,8 Kg ha-1); T4: 800g (3809,5 Kg ha-1); T5: 1600g planta-1 de torta de mamona (7619 Kg ha-1). A adubação foi realizada em 2008 e a colheita das frutas avaliadas em 2009. As variáveis analisadas foram: diâmetro transversal (mm), diâmetro longitudinal (mm) e massa média de frutas (g fruta-1). O delineamento adotado foi de blocos ao acaso, com cinco repetições e cinco plantas por parcela. Os dados foram submetidos a analise de variância pelo teste F, e as análises estatísticas foram realizadas com o emprego do programa SISVAR versão 5.1. Embora os níveis de torta de mamona não tenham influenciado significativamente as variáveis analisadas, observou-se que o tratamento o qual recebeu a maior dose de adubação foi o que apresentou os maiores valores de diâmetro transversal (22,79mm), diâmetro longitudinal (27,41mm) e massa média de frutas (8,12g). Este fato pode ser explicado devido à torta de mamona ser um adubo orgânico, ou seja, que possui liberação lenta, podendo este período entre a adubação e a primeira produção não ter sido suficiente para interferir na qualidade das frutas ou a dose aplicada ter sido insuficiente para aumentar o tamanho das frutas. Neste sentido, conclui-se que a torta de mamona não influencia a qualidade das frutas de amora-preta, nas doses avaliadas. 1 Graduanda em Agronomia, Bolsista Embrapa Clima Temperado-RS. e-mail: [email protected]; Eng. Agrônoma, Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Agronomia – Fruticultura de Clima Temperado, UFPel, bolsista CAPES. e-mail: [email protected]; 3 Biologa, Mestre em Agronomia – Fruticultura de Clima Temperado, UFPel, e-mail [email protected]; 4 Eng. Agrônomo, Doutor, Bolsista Capes PNPD, Embrapa Clima Temperado-RS, e-mail: [email protected]; 5 Eng. Agrônomo, Doutor, pesquisador da Embrapa Clima Temperado-RS, e-mail: [email protected]. 2 91 ETIL-TRINEXAPAC AUMENTA PRODUTIVIDADE EM PEREIRA PACKHAM’S TRIUMPH Janaína Muniz1; Alberto Ramos Luz2; José Roberto Rodrigues3; Maicon Magro4; Anyela Mayerly Rojas Molina5; Aike Anneliese Kretzschmar6 Na região Sul do Brasil, a baixa frutificação efetiva têm determinado baixos índices produtivos na cultura da pereira (Pyrus communis L.). O objetivo foi avaliar a eficácia agronômica de diferentes concentrações de etil-trinexapac (Moddus®) na produtividade e qualidade de frutos de pereira ‘Packham’s Triumph’. O experimento foi conduzido em pomar comercial, na safra 2011/12, no município de São Joaquim, SC. Foram utilizadas plantas adultas (20 anos) da cultivar Packham’s Triumph sobre o portaenxerto Pyrus calleryana, com densidade de plantio de 1 000 plantas por hectare (5,00 x 2,00 m), intercaladas com polinizadoras da cultivar Houssui. Os tratamentos consistiram na aplicação de diferentes concentrações de etil-trinexapac (0, 0,8, 1,0, 1,6 e 2,0 %), quando as brotações apresentavam aproximadamente 5 cm de comprimento (15 DAPF – Dias Após a Plena Floração). O fitorregulador foi aplicado com pulverizador costal, com volume médio de calda de 1 000 L ha-1. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, contendo quatro blocos, sendo cada unidade experimental constituída por duas plantas. Realizou-se regressão polinomial para a curva de doses. O uso de etil-trinexapac (Moddus®) nas diferentes concentrações não proporcionou efeito significativo para as características físico-químicas (massa, diâmetro, deformação, firmeza de polpa e teor de sólidos solúveis) de pera cv. Packham’s Triumph. Porém, seu uso na concentração de 1,0 % proporcionou aumento de 28,12 % em produtividade por área (39,82 t ha-1) quando comparado com a obtida na concentração de 0,8 % (22,34 ha-1) e de 7,37 % quando comparado com a testemunha (34,35 t ha-1). A utilização de etil-trinexapac nas concentrações de 1,6 e 2,0 % proporcionou frutos com maior número de sementes bem formadas. Pode-se inferir que, o uso de etil-trinexapac (Moddus®) aplicado 15 DAPF, nas concentrações entre 1,0 % e 2,0 % proporcionam maior produtividade e frutos com sementes bem formadas para a cv. Packham’s Triumph nas condições edafoclimáticas de São Joaquim, SC. 1 Economista, MSc. Produção Vegetal, Doutoranda em Produção Vegetal, Centro de Ciências Agroveterinárias Universidade do Estado de Santa Catarina (CAV/UDESC), Av. Luiz de Camões, 2090, Bairro Conta Dinheiro, 88520-000 Lages, SC. Fone: (049) 9985-4108. E-mail: [email protected]; 2 Tecnólogo em Fruticultura, MSc. Produção Vegetal, Doutorando em Produção Vegetal, CAV/UDESC, Lages, SC. E-mail: [email protected]; 3 Acadêmico do Curso de Agronomia, CAV/UDESC, Lages, SC. E-mail: [email protected]; 4 Tecnólogo em Gestão Ambiental, Acadêmico do Curso de Agronomia, CAV/UDESC, Lages, SC. E-mail: [email protected]; 5 Estudiante de Ingeniería Agronómica, Universidad Nacional de Colombia, Sede Bogotá, Pasante Universidade do Estado de Santa Catarina, CAV/UDESC, Lages, SC. E-mail: [email protected]; Acadêmica do Curso de Agronomia, CAV/UDESC, Lages, SC. E-mail: E-mail: [email protected]; 6 Eng. Agr., Dr. Fruticultura, Professora do Departamento de Agronomia, CAV/UDESC, Lages, SC. E-mail: [email protected]; 92 ALTERAÇÕES DA MATURAÇÃO E QUALIDADE DE MAÇÃS PELO ENSACAMENTO PRÉ-COLHEITA Janaína Pereira dos Santos1; Eduardo Rodrigues Hickel2; Luiz Carlos Argenta3 O objetivo deste trabalho foi avaliar a influencia do ensacamento na qualidade e maturação de maçãs em diferentes estádios de desenvolvimento. O estudo foi conduzido em pomar experimental, cultivado em sistema orgânico, na Estação Experimental da Epagri de Caçador, SC, durante as safras 2009/2010 e 2010/2011. Os genótipos de macieira avaliados foram ‘Royal Gala’, ‘Fuji Suprema’, ‘Catarina’ e a seleção M-11/00. Parte dos frutos de cada planta foi ensacada aproximadamente 30 dias após a plena floração, quando apresentavam aproximadamente 20 mm de diâmetro, com embalagem de tecido não texturizado (TNT) de coloração branca. Frutos não ensacados foram usados como testemunha. Os frutos foram avaliados nos estádios de desenvolvimento intermediário (metade do ciclo), na colheita ou maturação comercial e sete dias após a colheita. Os atributos de qualidade e indicadores da maturação avaliados foram: cor de fundo, diâmetro, massa, firmeza da polpa, índice de degradação do amido, acidez titulável e sólidos solúveis totais. Verificou-se que o ensacamento não interferiu na coloração de fundo dos frutos e nem no teor de sólidos solúveis totais. Entretanto, dependendo do genótipo de macieira e do estádio de desenvolvimento, houve alteração no diâmetro, massa, firmeza, índice de degradação do amido e acidez titulável dos frutos. O ensacamento pode proporcionar frutos maiores e mais pesados, podendo também antecipar a maturação, caracterizada pela redução da firmeza da polpa e pelo aumento do índice de iodo-amido. Além disso, em alguns genótipos e estádios de desenvolvimento, os valores médios de acidez titulável foram inferiores nos frutos ensacados. 1 Eng. Agr., M.Sc., EPAGRI/Estação Experimental de Caçador. Abílio Franco, 1500, Caixa Postal 591, 89500-000, Caçador, SC. Doutoranda do PPG Fitotecnia/UFRGS. E-mail: [email protected]; 2 Eng. Agr., Dr., EPAGRI/Estação Experimental de Itajaí. E-mail: [email protected]; 3 Eng. Agr., Dr., EPAGRI/Estação Experimental de Caçador. E-mail: [email protected]. 93 INFLUÊNCIA DO ENSACAMENTO DE INFLORESCÊNCIAS COM TNT NA PRODUÇÃO E QUALIDADE DO BUTIÁ (Butia odorata) Jones Eloy1; Diego Weber2; Günter Timm Beskow2; Priscila Alvariza2; Caroline Moreira Rodrigues2; Gustavo Andreeta3; José Carlos Fachinello4 A busca por novas essências e sabores tem crescido nas últimas décadas. Neste contexto, as fruteiras nativas, especialmente as palmeiras, surgem como excelente material vegetal para serem estudadas. Neste contexto, os butiazeiros (Butia odorata) surgem como potencial econômico para pequenas e médias indústrias da região onde esta fruteira se dispõe (no Brasil, localizados principalmente nos municípios gaúchos de Tapes, Santa Vitória do Palmar e Pelotas). Todavia, a qualidade dos frutos produzidos por fruteiras nativas apresenta, em geral, alta variabilidade genética. A polinização apresenta-se como fator limitante da produção, especialmente naquelas espécies que não se reproduzem via partenocarpia, salientando-se que este fator é responsável pela variabilidade de caracteres físicos e químicos em butiazeiros. Sendo assim, desenvolveu-se esta pesquisa, visando avaliar a influência do ensacamento das inflorescências com TNT na produção e qualidade dos butiás. Para isso, sorteou-se quatro plantas do Banco Ativo de Germoplasma da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), dentre todas aquelas que apresentavam idade mínima de 12 anos (idade estimada pela contagem dos restos foliares presentes na estipe dos genótipos). O ensacamento das brácteas pedunculares (na pré-abertura e exposição das inflorescências) iniciouse em 01 de outubro de 2011 e estendeu-se até 18 de dezembro do corrente ano, salientando-se que a colheita e análise de dados foram realizados de 05 de fevereiro até 16 de março de 2012. Os tratamentos utilizados foram: Ensacamento (T1) e não ensacamento (T2). Para o ensacamento, utilizou-se sacos confeccionados manualmente, com bordadura de dobra dupla e grampeada em Tecido-Não-Tecido (100 G.m-2). Os genótipos sorteados foram o G. 115, G, 112, G. 98 e G. 32. As variáveis analisadas foram: Ciclo médio de produção (CMP em dias), número de frutos e volume de suco (em ml). A variável CMP apresentou-se com diferenças estatísticas entre os tratamentos, onde T2 obteve a maior média geral (90,00 a) e T1 a menor média geral (71,83 b). Quanto aos genótipos, em T1, G. 115 (107,00 a) e G. 98 (93,67 a) apresentaram-se com as maiores médias e, o G. 32 (0,00 c) com a menor média. Em T2, não houve diferenciação estatística entre os genótipos (G. 115 = 89,00 a; G. 112 = 93,00 a; G. 98 = 93,00 a; G. 32 = 85,00 a). A variável número de frutos apresentou-se com diferenciação estatística entre os tratamentos, onde T2 obteve a maior média geral (564,00 a) e T1 a menor média geral (208,67 b). Quanto ao comportamento dos genótipos, nota-se que, em T1, apenas o G. 32 diferenciou-se estatisticamente dos demais genótipos (G. 115 = 235,00 a; G. 112 = 313,00 a; G. 98 = 286,67 a) por apresentar-se com a menor média (0,00 b). Em T2, G. 112 diferiu estatisticamente dos demais genótipos por ter se apresentado com o maior índice (1200,00 a), enquanto que G. 115 (325,00 c) e G. 32 (91,00 c) apresentaram-se com as menores médias para o número de frutos. A variável volume de suco não apresentou diferenciação estatística entre os tratamentos (T1 = 216,67 a; T2 = 224,00 a). Sendo assim, concluiu-se que o ensacamento de butiá (Butia odorata) resulta na redução do ciclo médio de produção (CMP em dias) em 20,19%, redução do número de frutos em 63,04% e, não altera o volume de suco. 1 Tecnólogo em Fruticultura. Mestrando do PPGA/UFPel – Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel/Universidade Federal de Pelotas – Caixa Postal 354, Pelotas, RS – CEP 96010-900. E-mail: [email protected]; 2 Eng. Agr. Doutorandos (as) do PPGA/UFPel – Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel/Universidade Federal de Pelotas – Caixa Postal 354, Pelotas, RS – CEP 96010-900. E-mail: [email protected], [email protected], [email protected]; 3 Estudante de Agronomia UFPel – Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel/Universidade Federal de Pelotas – Caixa Postal 354, Pelotas, RS – CEP 96010-900. E-mail: [email protected], [email protected]; 4 Eng. Agr. Dr. Professor Titular do PPGA/UFPel/Fruticultura de Clima Temperado – Caixa Postal 354, Campus Universitário – Pelotas, RS – CEP: 96010-900. e-mail: [email protected]. 94 ASPECTO QUALITATIVO DA ‘CABERNET’ SAUVIGNON’ SUBMETIDA A DIFERENTES INTENSIDADES DE RALEIO José Gabriel Peres Marques1; Anderson Hideo Yokoyama1; Leticia Sviech1; Beatriz da Silva Vanolli1; Arthur Sguario Ribeiro1; Alessandro Jefferson Sato2; Renato Vasconcelos Botelho2; Adenilsom Lima dos Santos2; Sergio Ruffo Roberto3; Lidiane Carla Villanova Miotto4 Para se obter vinhos de qualidade, é importante que as uvas apresentem bom aspecto qualitativo, desta forma, algumas técnicas de manejo podem ser adotadas, como o raleio de cachos, que limita a competição entre parte vegetativa e a produtiva da planta (Blouin e Guimberteau, 2004). Desta forma o objetivo do presente trabalho foi avaliar as características físico-químicas da ‘Cabernet Sauvignon’ (Vitis vinífera L.) submetida a diferentes intensidades de raleio. O experimento foi conduzido em Maringá, PR, durante a safra fora de época de 2009. O vinhedo foi estabelecido em 2001, sendo as plantas conduzidas no sistema latada, em espaçamento de 4,0 x 1,5 m, sobre o porta-enxerto IAC 766 ‘Campinas’. As intensidades de raleio submetidas às videiras foram constituídas pelos seguintes tratamentos: testemunha (sem raleio de cachos); raleio de 25% do total de cachos e; raleio de 50% do total de cachos. Previamente à aplicação do raleio, constatou-se que as parcelas apresentavam em média 78,4 cachos/planta. O raleio foi realizado no início da maturação dos frutos, caracterizada pelo início de mudança de cor e amolecimento das bagas (Blouin e Guimberteau, 2004). O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com quatro repetições para cada tratamento, sendo cada parcela constituída por cinco plantas. As avaliações físico-química foram realizadas logo após a colheita, como o diâmetro (mm) e a massa das bagas (g), o pH, o teor de sólidos solúveis totais (SST), a acidez titulável (AT) e o índice de maturação (SST/AT). Verificou-se que para o diâmetro das bagas não houve influência do raleio, com o valor médio de 6,1 mm, para a massa das bagas as plantas em que se realizou raleio de 50% dos cachos apresentaram bagas 20% maiores do que as demais plantas. Com relação aos aspectos químicos, o pH foi igual para todos os tratamentos, sendo a média final de 3,3, enquanto que para o teor de SST as plantas com 50% de raleio originaram uvas com 18,2ºBrix, o que é significativamente superior às plantas sem raleio, mas não diferem estatisticamente das plantas com 25% de raleio. Apesar de apresentar maior teor de SST, as plantas com 50% de raleio também apresentaram uvas com AT mais elevada em relação à testemunha, no entanto, este fator não afeta a qualidade do mosto tendo em vista que para a relação SST/AT não houve diferença significativa entre os tratamentos. De forma geral, conclui-se que o raleio de cachos pode ser uma boa alternativa para se elevar a qualidade do mosto da uva ‘Cabernet Sauvignon’, principalmente pelo fato que para este tipo de uva não se prioriza a quantidade e sim a qualidade da produção, entretanto, ressalta-se que são resultados preliminares e que deverão ser realizados mais estudos a respeito do assunto antes de se indicar a sua realização. 1 Acadêmico de Agronomia, Universidade Estadual do Centro-Oeste, Guarapuava-PR, [email protected]; Professor Dr., Universidade Estadual do Centro-Oeste, Guarapuava, PR, [email protected], [email protected], [email protected]; 3 Professor Dr., Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR, [email protected]; 4 Doutoranda em Agronomia da Universidade de Reims, Reims, França, [email protected]. 2 95 SISTEMA DE CONDUÇÃO MANJEDOURA E ESPALDEIRA NA VIDEIRA ‘SAUVIGNON BLANC’ EM REGIÃO DE ALTITUDE José Luiz Marcon Filho1; Leandro Caetano2; José Roberto Rodrigues3; Gisele do Amaral Varela4; Betina de Bem5; Caroline Schlemper6; Aike Anneliese Kretzschmar7 O sistema de condução envolve a manipulação da forma de crescimento da videira, influenciando diretamente na composição do fruto. Através da interação com o ambiente, sistemas de condução podem apresentar desempenho semelhante, quando a uva é destinada à elaboração de vinhos. A eficiência de um sistema de condução deve ser medida pela capacidade do dossel vegetativo em captar a luz solar e converter em fotoassimilados, os quais serão utilizados para o crescimento, maturação dos frutos e reestabelecimento das reservas da planta. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do sistema de condução na produtividade e nas características físico-químicas da uva, de modo a estabelecer critérios que contribuam para definir o manejo mais apropriado para a elaboração de vinhos finos em regiões acima de 900 metros de altitude. O experimento foi conduzido em São Joaquim durante a safra 2012/2013, em vinhedo comercial da variedade Sauvignon Blanc enxertada sobre portaenxerto ‘Paulsen 1103’, com espaçamento de 3,0 m x 1,5 m. Os tratamentos consistiram em dois sistemas de condução (Manjedoura e Espaldeira). O delineamento experimental foi blocos ao acaso com cinco repetições e cinco plantas por parcela. No momento da colheita foram avaliadas as variáveis físicas: comprimento de cacho (cm), massa de 50 bagas (g), relação casca/baga (%), relação cacho/ráquis (g g-1), número de bagas, diâmetro de bagas (cm) e produtividade (t ha-1), e variáveis químicas: sólidos solúveis (°Brix), acidez total titulável (meq L-1) e pH. Os resultados foram submetidos à analise de variância (ANOVA) a 5% de probabilidade de erro. Observou-se que a produtividade foi superior no sistema manjedoura com 14,9 ton ha-1, produzindo sete toneladas a mais em relação ao sistema espaldeira. Para as variáveis físico-químicas não se observou diferença entre os sistemas de condução estudados. Conclui-se que o sistema manjedoura é recomendável para a variedade Sauvignon Blanc em região de altitude do sul do Brasil, por sua maior produtividade e composição físico-química similar ao sistema espaldeira. A eficiência produtiva da videira é influenciada pelo sistema de condução utilizado. 1 Eng. Agr. M.Sc. Doutorando em Produção Vegetal, CAV-UDESC, email: [email protected]; Acadêmico do curso de Agronomia, CAV-UDESC, email: [email protected]; 3 Acadêmico do curso de Agronomia, CAV-UDESC, email: [email protected]; 4 Técnica em Química, CEDUP-Lages, email: [email protected]; 5 Eng. Agr. Mestranda em Produção Vegetal, CAV-UDESC, email: [email protected]; 6 Eng. Agr. M.Sc. Doutoranda em Produção Vegetal, CAV-UDESC, email: [email protected]; 7 Dr. Professora Fruticultura, CAV-UDESC, email: [email protected]. 2 96 SYNCRON COM ALTERNATIVA NA INDUÇÃO DE BROTAÇÃO E FLORAÇÃO EM MACIEIRAS ‘MAXIGALA’ José Luiz Petri1; Gentil Carneiro Gabardo2; Marcelo Couto3; Gabriel Berenhauser Leite3 A prática da indução da brotação em fruteiras de clima temperado no Brasil começou a ser difundida a partir da década de 1970 e a fazer parte dos sistemas de produção da macieira, principalmente para as cultivadas em regiões com baixo acúmulo de frio invernal. Com o cancelamento do registro dos sais de dinitro, na década de 1980, se passou a utilizar a mistura de tanque de óleo mineral e cianamida hidrogenada a qual continua em uso extensivamente na cultura da macieira a mais de 20 anos no Brasil. Apesar da existência de grande número de substâncias efetivas na indução da brotação, poucas são aceitas e utilizadas comercialmente, sendo o alto custo de utilização e a elevada toxicidade dos compostos os principais fatores restritivos. Frente a necessidade de se dispor de produtos com menor toxicidade e agressão ao meio ambiente e ao aplicador, esse trabalho foi desenvolvido visando verificar a eficiência de Syncron®, produto a base de ácido glutâmico, em mistura com nitrato de cálcio ou óleo mineral na superação da dormência e na indução da brotação da macieira ‘MaxiGala’. O experimento foi desenvolvido em pomar experimental localizado no município de Caçador, SC (latitude 26º46’S, longitude 51º W, altitude 960 metros), durante o ciclo 2012/2013. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, com 8 tratamentos e 5 repetições, sendo os tratamentos: 1) testemunha (sem aplicação); 2) Assist ® 3,5% + Dormex® 0,7%; 3) Assist® 3,5% + Syncron® 0,7%; 4) Assist® 3,5% + Syncron® 1,5%; 5) Syncron® 1% + Nitroative® 5%; 6) Syncron® 2% + Nitroative® 5%; 7) Syncron® 2% + Nitroative® 10%; 8) Syncron® 2% + Nitrato de cálcio 5%, aplicados em 29/08/2012. As variáveis avaliadas foram: observação da fenologia, brotação das gemas axilares e terminais (%) 30 e 60 dias após a aplicação dos tratamentos, frutificação efetiva (%), produção por planta (kg), número de frutos por planta e peso médio dos frutos (g). Nas plantas testemunhas, o período de floração foi de 25 dias, enquanto que nos demais tratamentos variaram entre 12 e 16 dias, evidenciando que os tratamentos de Syncron® propiciaram um encurtamento do período de floração. Todos os tratamentos diferiram significativamente do tratamento testemunha com relação ao percentual de brotação das gemas axilares e terminais, na avaliação aos 30 dias após a aplicação dos tratamentos, porém não diferiram entre si. A frutificação efetiva foi reduzida em relação ao tratamento testemunha em alguns tratamentos de Syncron® e Assist® ou Nitroative®. Já para a produção por planta, os tratamentos de Assist® 3,5% + Dormex® 0,7%, Syncron® 1% + Nitroative® 5%, Syncron® 2% + Nitroative® 10% e Syncron® 2% + Nitrato de Cálcio 5% foram significativamente superiores aos demais tratamentos, destacando-se o tratamento de Syncron® 2% + Nitrato de cálcio 5% com 24,5 kg planta-1 e o tratamento testemunha com 15,7 kg planta-1. A massa fresca média dos frutos foi significativamente superior no tratamento de Syncron® 2% + Nitroative® 5% com 127,9 gramas, o qual diferiu de todos os demais, sendo obtido no tratamento padrão de Assist® 3,5% + Dormex® 107,6 g e nas plantas testemunhas 102,0 g. Syncron® em mistura com óleo mineral ou nitrato de cálcio é eficiente na indução da brotação da macieira. Palavras chaves: Malus doméstica; superação da dormência; indutores químicos; brotação; floração. 1 Eng. Agrônomo, M.Sc. Pesquisador Epagri/Estação Experimental de Caçador. Cx. P. 591. 89.500-000, Caçador/SC. [email protected]; 2 Eng. Agrônomo. Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal, UDESC-CAV, Cx. P. 281. 88.502-970, Lages/SC. [email protected]; 3 Eng. Agrônomo, D.Sc. Pesquisador Epagri/Estação Experimental de Caçador. Cx. P. 591. 89.500-000, Caçador/SC. [email protected] –[email protected]. 97 FRUTIFICAÇÃO DOS CLONES COMERCIAIS DE MACIEIRA ‘GALA’ E ‘FUJI’ NA REGIÃO DE SÃO JOAQUIM – SC José Masanori Katsurayama1 No cultivo comercial da macieira, a polinização cruzada entre as cultivares é um fator de suma importância na qualidade dos frutos e na produtividade dos pomares. No ciclo 2006/2007, foi implantada na Estação Experimental de São Joaquim (Epagri), uma área experimental com o objetivo de avaliar os clones comerciais de “Gala” e “Fuji” enxertados sobre dois porta-enxertos (M.9 e M.9/Marubakaido). Os clones de “Gala” avaliados foram “Baigent”, “Gala Real”, “Galaxy”, “Imperial Gala”, “Maxi Gala” e “Royal Gala”, e os clones de “Fuji” foram “Fuji Precoce”, “Fuji Select”, “Fuji Suprema” e “Mishima”. As plantas foram conduzidas em líder central com tutoramento em espaldeira. O delineamento utilizado foi o de blocos casualizados com três repetições e três plantas úteis por parcela. Para avaliar a frutificação das cultivares, no período após a queda natural dos frutos e antes do raleio, determinaram-se a quantidade de frutos nas inflorescências, totalizando até 80 inflorescências do tipo ‘esporão, lamburda e brindila’ por planta. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância, sendo as médias comparadas pelo teste Tukey a 5% de significância. A plena floração ocorreu ente os dias 25/09 a 03/10 na safra 2009/10, de 15 a 29/09 na safra 2010/11 e de 03 a 07/10 na safra 2011/12. No ciclo vegetativo 2009/10, o número de frutos por inflorescência variou significativamente entre os clones. Nas cultivares enxertados sobre o porta-enxerto M.9, a cultivar Fuji Select (2,90) diferiu significativamente das cultivares Maxi Gala (1,47), Baigent (1,53), Galaxy (1,67), Gala Real (1,80), Royal Gala (1,87) e Daiane (1,97). Com a utilização do filtro de M.9 sobre Marubakaido, a cultivar Pink Lady apresentou o maior número de frutos por inflorescência (2,47) e as cultivares Royal Gala (1,77) e Imperial Gala (1,57), os menores valores de frutificação. No ciclo 2010/11, o número de frutos não diferiu entre os clones nos dois porta-enxertos. E, no ciclo 2011/12, as cultivares enxertados sobre o porta-enxerto M.9 não diferiram entre si, mas sobre o porta-enxerto M.9/Marubakaido, a cultivar Fuji Suprema (3,63 frutos) foi superior as cultivares Maxi Gala (2,53), Galaxy (2,27), Royal Gala (2,43), Gala Real (2,47) e Baigent (2,20). Em ambos os porta-enxertos, com o passar das safras, houve uma tendência no aumento de frutos por inflorescência. 1 Eng. Agr., M. Sc., Pesquisador da Estação Experimental de São Joaquim (Epagri), Rua João Araújo Lima, 102, Bairro Jardim Caiçara, São Joaquim, SC, CEP 88600-000. Fone: (049) 3233-0324, e-mail: [email protected] 98 AVALIAÇÃO DO PERÍODO FENOLÓGICO E DE MATURAÇÃO DE CULTIVARES PRECOCES DE PESSEGUEIRO PRODUZIDAS NA SERRA GAÚCHA Joviana Lerin1; Simone Rossetto da Silva1; Gilberto Luiz Putti2; Rodrigo Otávio Câmara Monteiro2 A cultura do pessegueiro é de grande importância econômica e social (LIMA et. al 2009), principalmente para região serrana do Rio Grande do sul. No entanto com o aumento da área produtiva surgiram também problemas como a concentração da produção em poucas variedades como Chiripá e Marli, ocasionando a concentração da safra em um curto período, gerando vários problemas como a deficiência no armazenamento e a queda no preço do produto (EMBRAPA, 2003). Portanto, experimentos que possibilitem introdução de novas cultivares, podem contribuir decisivamente para melhorar desempenho produtivo e a rentabilidade desta cultura na região da Serra Gaúcha. O objetivo deste trabalho foi avaliar a fenologia e o ciclo de frutificação das cultivares de pessegueiros de ciclo precoce BRS Kampai e BRS Rubimel e comparar com a cultivar de ciclo tardio Chiripá em função de sua brotação, floração e maturação de frutos em dois diferentes sistemas de condução de plantas, na cidade de Bento Gonçalves – RS. Foram avaliadas, no ano de 2012, data de início de brotação; início, plena e fim de floração; inicio de maturação de frutos; e ciclo completo (plena floração – início de maturação). As avaliações permitiram concluir que o início de brotação ocorreu na primeira quinzena de julho em 2012, juntamente com o início de floração para as duas cultivares precoce, sendo registrado nos dias 11 e 16 de julho para cultivar BRS Rubimel conduzida em Y e Taça, respectivamente e para cultivar BRS Kampai nos dias 15 e 13 de julho na condução Y e Taça, respectivamente, enquanto o inicio de floração ocorreu nos dias 10 e 14 e 10 e 13 de julho (Y e Taça) para as cultivares BRS Rubimel e BRS Kampai, respectivamente. Já para cultivar Chiripá o início de brotação ocorreu entorno de 20 dias mais tarde que as outras cultivares, sendo registrado nos dias 22 e 24 de agosto no sistema de condução Y e Taça, respectivamente e o início de floração no dia 21 de agosto para os dois sistemas de condução. Já a plena floração da cultivar Chripá ocorreu no dia 25 de agosto para os dois sistemas de condução utilizados, ou seja, o início de brotação ocorreu simultaneamente com a plena floração para essa cultivar, enquanto para as cultivares BRS Rubimel e BRS Kampai o início de brotação ocorreu juntamente com o início de floração. A precocidade da brotação encontrada para as cultivares BRS Rubimel e BRS Kampai pode ser justificado pela baixa necessidade de horas de frio para estimular a quebra de dormência desta e a maior quantidade de horas de calor para o desenvolvimento da floração em relação à brotação. A plena floração ocorreu 7 e 8 dias após o inicio da floração para duas cultivares precoce conduzidas em Y e 7 e 10 dias para BRS Rubimel e BRS Kampai, respectivamente, conduzidas em Taça. A maturação dos frutos das cultivares precoce teve início no dia 30 de outubro, com ciclo completo (plena floração – início de maturação) em média de 102 dias. Já maturação dos frutos da cultivar Chiripá se iniciou no dia 17 de dezembro, 47 dias após o início da colheita das outras cultivares testadas e seu ciclo completo teve duração de 114 dias. Os resultados de maturação precoce mostra que as cultivares de pêssego BRS Rubimel e BRS Kampai podem servir como uma boa opção para aumentar o tempo de disponibilização desta fruta no mercado, porém os resultados de brotação e floração mostram uma dificuldade de adaptação das cultivares precoces avaliadas à região da Serra Gaúcha visto que, principalmente, a floração, pode ocorrer durante o período em que geadas são registradas com frequência na região, podendo em alguns anos prejudicar a produção e a produtividade dessas cultivares. 1 Estudante de Tecnologia em Horticultura IFRS/BG. Bento Gonçalves, RS – Cep: 95700000. e-mail: [email protected]; 2 Professor do Departamento de fruticultura do IFRS/BG. Bento Gonçalves, RS – Cep: 95700000. e-mail: [email protected]. 99 EFEITO DO RALEIO QUÍMICO SOBRE A QUALIDADE FISIOLÓGICA DOS DIFERENTES FRUTOS NO CACHO FLORAL DA MACIEIRA Jozsef Racsko1; Poliana Francescatto2 A ordem na qual os frutos crescem e abscindem em um cacho floral corresponde a mesma ordem na qual eles são diferenciados, meristema floral terminal (flor rainha) e meristemas florais laterais. Em algumas cultivares, diferenças no tamanho e qualidade do fruto podem ser observadas entre frutos terminais e laterais. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do raleio químico sobre o processo fisiológico do fruto de macieira. A cultivar estudada foi Honeycrisp/B.9 com nove anos de idade, durante 2011 e 2012. Os raleantes químicos foram aplicados quando o fruto terminal apresentava-se com 10-12mm de diametro: 1) 100ppm 6BA (MaxCel) ; 2) 10ppm ANA (Fruitone-N); 3) 1000ppm Carbaryl (Sevin XLR); 4) 75ppm + 600ppm - 6-BA + Carbaryl; 5) 7,5ppm + 600 ppm – ANA + Carbaryl. Em todas as variáveis analizadas, os frutos presentes em cada cacho floral foram estudados separadamente conforme sua ordem de crescimento (fruto terminal 1, lateral 2-5). As variáveis avaliadas foram: frutificação efetiva e composição do cacho floral; crescimento individual do fruto; fotossíntese liquída e respiração no escuro e concentração de etileno. Todos os produtos químicos aplicados reduziram o número total de frutos, no entanto, não houve diferença entre a proporção de frutos terminais e laterais. A composição dos cachos florais foi alterada com o uso dos raleantes. 6-BA, ANA e as combinações de ANA+Carbaryl e 6-BA+Carbaryl aumentaram a proporção de cachos florais com apenas um fruto. O crescimento individual dos frutos foi significamente afetado com ANA+Carbaryl 36 e 42 DAPF, sendo o fruto terminal (1) e frutos laterais na posição 3-4 tiveram tamanho de fruto reduzido. Fotossíntese líquida (Pn) foi significamente reduzida em frutos tratados com ANA e ANA+Carbaryl comparado com os demais. A aplicação isolada de 6-BA e Carbaryl não afetaram a Pn. Em relação a posição do fruto no cacho floral, houve redução da Pn nos frutos laterais. A taxa de respiração no escuro (Rd) aumentou com o uso de Carbaryl isolado e suas combinações nos 15 dias após aplicação se comparado com o tratamento controle. A produção de etileno nos frutos aumentou em todos os tratamentos químicos, exceto quando aplicado Carbaryl isoladamente. Houve um aumento considerável de etileno nos frutos em posição dois e cinco. Em geral, a posição do fruto no cacho floral afeta a assimilação de carbono e produção de etileno dos frutos de macieira cv. Honeycrisp após a aplicação de raleantes químicos. 1 Manager, Product Development at Valent BioSciences Corporation. 870 Technology Way- Libertyville, IL 60048, USA. Email: [email protected]; 2 Eng.Agr. M.Sc. Doutoranda do PPGA/UFSC/EPAGRI – Estação Experimental de Caçador (EPAGRI) - Caixa Postal 591, Caçador, SC – Cep: 89500-000. Email: [email protected]. 100 QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA DA CULTIVAR ‘CABERNET SAUVIGNON’ SOBRE DOIS PORTA-ENXERTOS Juliana Aparecida Souza1; Jean Carlos Bettoni2; João Peterson Pereira Gardin3; Rafael Lisandro Schumacher4; Gentil Carneiro Gabardo5 A variação na qualidade da uva está intimamente ligada às condições ambientais reinantes e o manejo utilizado. Esses fatores, quando não favoráveis ou executados de maneira errônea, podem causar distúrbios fisiológicos nos cachos, prejudicando a qualidade da matéria prima. O manejo nutricional deve ser feito analisando a interação entre o solo, o porta-enxerto e a cultivar produtora, sendo esta, uma prática comum, realizada de forma empírica pelos produtores. Desse modo, torna-se necessário a utilização de adubações equilibradas em função da quantidade de nutrientes exportados. O objetivo desse estudo foi avaliar a qualidade, produtividade da cv. Cabernet Sauvignon enxertada sobre dois porta-enxertos. O trabalho foi realizado na safra 2010/2011, em um vinhedo da cv. Cabernet Sauvignon, com oito anos de idade, cultivadas sobre o sistema latada, seguindo o espaçamento 1,5 X 3,0 metros, totalizando 2.222 plantas ha-1 localizado no município de Videira-SC. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, sendo dois tratamentos, representados pelos porta-enxertos (‘VR043-43’ e ‘Paulsen1103’), e 15 repetições. As variáveis analisadas foram: acidez, pH, sólidos solúveis totais, produtividade, número de cachos por planta, peso e volume médio de 100 bagas, peso médio de cacho. Para a variável produtividade, o portaenxerto ‘VR043-43’ foi superior ao ‘Paulsen1103’, com um incremento de 7009 Kg ha-1. Os componentes do rendimento que contribuíram para a maior produtividade do porta-enxerto VR 043-43 foram o número de cachos por planta e o peso médio de cachos. Para as variáveis peso médio e volume médio de 100 bagas não houve diferença significativa entre os tratamentos, no entanto, verificou-se uma tendência de o porta-enxerto ‘Paulsen1103’ ser superior para o peso médio de 100 bagas. Este resultado pode ser explicado pelo fato de o porta-enxerto VR 043-43 proporcionar maior desuniformidade de volume de bagas quando comparado com o ‘Paulsen 1103’. Dentre os fatores que determinam a qualidade da uva, o único que apresentou diferença estatística foi à acidez, sendo mais elevada para o ‘VR04343’, deve-se ao fato deste ser mais vigoroso, induzindo maior vigor à copa e prolongando o período de crescimento vegetativo. Nas condições de Videira-SC o porta enxerto ‘VR-04343’ proporciona maior produtividade para a cv. Cabernet Sauvignon e o porta-enxerto ‘Paulsen 1103’ confere menor acidez para a cv. Cabernet Sauvignon. Palavras chaves: viticultura, distúrbio fisiológico, Vitis vinífera. 1 Graduanda em Ciências Biológicas, UNIARP, [email protected]; Eng. Agr.; Mestrando em Produção Vegetal, UDESC – CAV, Bolsista CAPES, Lages – SC [email protected]; 3 Eng. Agr.; Dr. Pesquisador EPAGRI – Videira, SC, [email protected]; 4 Eng. Agr.; M.Sc, Doutorando em Enologia,Universidad de Castilla La-Mancha, [email protected]; 5 Eng. Agr.; Mestrando em Produção Vegetal, UDESC– CAV, [email protected]. 2 101 APLICAÇÃO DE ÁCIDO ABSCÍSICO EM ESTACAS DA VARIEDADE DE VIDEIRA CHARDONNAY PARA ATRASO DA BROTAÇÃO Juliana Fátima Welter1; Larissa Villar2; João Felipeto3; Monica Canton¹; Aparecido Lima da Silva4 Por suas características peculiares e por pertencer a castas nobres para produção de vinhos finos, a variedade Chardonnay desperta muito interesse nos viticultores do Planalto Serrano de Santa Catarina. Entretanto, por apresentar brotação precoce, esta variedade pode ser muito afetada por danos causados pela ocorrência de geadas tardias de primavera, dificultando sua produção em escala comercial nesta região. Uma alternativa para solucionar este problema seria encontrar métodos para atrasar a brotação da videira. A aplicação de ácido abscísico, um hormônio envolvido na indução e manutenção da dormência de gemas, mostra-se como uma opção. Por apresentar efeito importante no processo de dormência, sugere-se que a aplicação exógena deste inibidor de crescimento pode ser uma alternativa para evitar danos às brotações das plantas através do atraso no início do ciclo vegetativo. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da aplicação do ácido abscísico sobre o atraso da brotação de estacas de ‘Chardonnay’ sob condições controladas. Em 2012, foram coletadas estacas da variedade Chardonnay após a queda das folhas, em uma área de produção comercial situada no município de São Joaquim, no Planalto Sul Catarinense, a 1.270 m de altitude, 28°14’51’’S e 49°57’42’’W. As estacas coletadas foram processadas na Estação Experimental da Epagri de São Joaquim e armazenadas a 6°C para o acúmulo de 1.000 horas de frio. Em 18 de julho de 2012, foram padronizadas em segmentos contendo uma gema e colocadas em uma bandeja com espuma fenólica. A aplicação do ácido abscísico foi realizada através de sua incorporação em lanolina, formando uma pasta que foi aplicada no ápice das estacas. As estacas tratadas foram mantidas para brotação em câmara de crescimento regulada com temperatura de 20°C. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com aplicação de cinco concentrações de ácido abscísico (0; 50; 100; 200 e 400 mg/L), utilizandose quatro repetições de 25 estacas por parcela. Foi avaliado o número de dias para brotação através da observação diária, definindo-se a data quando se atingiu 50% das estacas brotadas. Observou-se que a data da brotação da testemunha ocorreu aos 19 dias após a instalação do experimento. Com a aplicação dos tratamentos, a brotação foi atrasada em até seis dias em relação à testemunha. O efeito da aplicação de ácido abscísico sobre o atraso da brotação das estacas de videira da variedade Chardonnay foi sutil. Mais estudos necessitam ser realizados a fim de estabelecer as dosagens mais adequadas deste regulador de crescimento. Agradecimento: Vinhedos do Monte Agudo. 1 Graduanda do Curso de Agronomia, Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia, Rod. Admar Gonzaga, 1346, Itacorubi, 88034-001, Florianópolis, SC. [email protected]; [email protected]; 2 Eng. Agr. M.Sc. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais, UFSC. [email protected]; 3 Enólogo, M.Sc. Pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina – Epagri, Estação Experimental de São Joaquim. [email protected]; 4 Eng. Agr. Professor Dr. do Departamento de Fitotecnia do Curso de Agronomia, UFSC. [email protected]. Financiamento: CAPES e CNPq. 102 ÉPOCA E TÉCNICA DE PODA VERDE DE PESSEGUEIRO ‘CHARME’ SOBRE A QUALIDADE BIOQUIMICA DOS FRUTOS Kelli Pirola1; Marcelo Dotto1; Alexandre Luis Alegretti2; Luis Eduardo Correa Antunes3; Américo Wagner Júnior4 A fruticultura é atividade importante do setor primário em praticamente todo o mundo. A relevância do setor frutícola em cada local é variável, mas pode-se afirmar que a potencialidade para uma ou mais espécies frutíferas ocorre de acordo com cada região. Algumas técnicas de manejo efetuadas na pré-colheita, como a poda dos ramos, podem melhorar a penetração de luz e o arejamento no interior da copa, favorecendo assim, a obtenção de frutas de qualidade, como a coloração dos frutos, além do aumento na concentração de açúcares nos frutos. Esse fator é particularmente importante para a exportação ou para atender o mercado nacional, ressaltando-se que o consumidor exige qualidade, principalmente quando relacionado as características bioquímicas dos frutos, que podem trazer benefícios a saúde humana. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a época e forma de aplicação da poda verde sobre a qualidade bioquímica dos pêssegos do cultivar Charme. O trabalho foi conduzido em pomar comercial de pessegueiro Charme, nos ciclos produtivos 2010/2011 e 2011/2012, O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, em fatorial 3 x 2 + 1 (época da poda verde x técnica de manejo da poda verde + testemunha), com 4 repetições, considerando-se cada duas plantas como repetição. O tratamento testemunha não sofreu qualquer tipo de manejo referente à poda verde, somente houve a realização do raleio dos frutos. As épocas de realização da poda verde foram na terceira, quarta e quinta semanas antes da colheita. Dentre as técnicas de manejo realizadas para poda verde estas foram constituídas na retirada dos ramos ladrões no interior e na base dos ramos, ramos quebrados e mal posicionados e, outra no dobramento dos ramos descritos sem retirá-los da planta. Os frutos foram colhidos quando atingiram ponto de colheita comercial, sendo transportados para o Laboratório de Bioquímica Vegetal da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Dois Vizinhos, onde foram realizadas as avaliações do teor de antocianinas e flavonoides. Os dados foram submetidos a análise de variância e previamente ao teste de normalidade de Liliefords, seguido pelo teste de comparação de médias de Tukey (p 0,05). As plantas com ramos dobrados independente da época, juntamente com aquelas sem manejo obtiveram os maiores valores de flavonóides e antocianinas em seus frutos. 1 Tecnólogo em. Horticultura, MSc em Agronomia, Doutorando em Agronomia. Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Câmpus Pato Branco, PR, e-mail: [email protected], [email protected]; 2 Acadêmico de Engenharia Florestal, Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Dois Vizinhos, e-mail: [email protected], Bolsista Fundação Araucária; 3 Eng. Agr. DSc. Pesquisador, Embrapa Clima Temperado. Pelotas - RS. e-mail: [email protected]; 4 Eng. Agr., DSc. Professor Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Dois Vizinhos. e-mail: [email protected]. Bolsista de Produtividade. 103 EFEITO DO ÁCIDO NAFTALENOACÉTICO SOBRE A BROTAÇÃO DE ESTACAS DA VARIEDADE DE UVA CHARDONNAY Larissa Villar1; Juliana Fátima Welter2; João Felippeto3; Tatiane Carine da Silva4; Aparecido Lima da Silva5 A produção de algumas variedades de uvas viníferas nas regiões de altitude do Estado de Santa Catarina vem sendo limitada pela ocorrência de geadas tardias de primavera que danificam a brotação. A ‘Chardonnay’ é uma variedade branca de brotação precoce com grande potencial para a produção de vinhos que pode ser afetada por este problema. Para viabilizar o cultivo e atender a demanda crescente por parte dos produtores, uma alternativa seria desenvolver métodos para atrasar a brotação, reduzindo os riscos de danos por geadas. A aplicação de auxinas, um grupo de hormônios envolvidos na dominância apical mostra-se uma opção, sugerindo-se que a aplicação exógena deste hormônio pode apresentar efeito sobre a brotação das plantas. O objetivo do presente trabalho foi verificar o efeito da aplicação do ácido naftalenoacético sobre a brotação de estacas da variedade ‘Chardonnay’. Em junho de 2012, estacas foram coletadas após a queda das folhas, em uma área de produção comercial situada em São Joaquim, no Planalto Sul Catarinense, a 1.270 m de altitude, 28°14’51’’S e 49°57’42’’W. As estacas coletadas foram levadas para a Estação Experimental da Epagri de São Joaquim e armazenadas a 6°C para o acúmulo de 1.000 horas de frio. Em 18 de julho de 2012, foram padronizadas em segmentos contendo uma gema e colocadas em uma bandeja com espuma fenólica. Promoveu-se a aplicação do ácido naftalenoacético através de sua incorporação em lanolina, formando uma pasta que foi aplicada no ápice das estacas. As estacas tratadas foram mantidas em câmara de crescimento regulada com temperatura de 20°C. O delineamento experimental adotado foi inteiramente casualizado, com aplicação de cinco concentrações de ácido naftalenoacético (0; 50; 100; 200 e 400 mg/L), utilizando-se quatro repetições de 25 estacas por parcela. Foi avaliado o número de dias para brotação através da contagem diária, definindo-se a data quando se observou 50% de estacas brotadas. A brotação da testemunha ocorreu aos 19 dias após a instalação do experimento. A aplicação dos tratamentos promoveu atraso de até quinze dias em relação à testemunha. Estes resultados, embora preliminares, sugerem o efeito da utilização destes reguladores de crescimento sobre a brotação da videira. Estudos mais precisos necessitam ser realizados com o objetivo de estabelecer uma tecnologia para a utilização comercial. 1 Eng. Agr. M.Sc. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais, Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia, Rod. Admar Gonzaga, 1346, Itacorubi, 88034-001, Florianópolis, SC. [email protected]; 2 Graduanda do Curso de Agronomia, UFSC. [email protected]; 3 Enólogo, M.Sc. Pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina - Epagri, Estação Experimental de São Joaquim. [email protected]; 4 Eng. Agr. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais, UFSC. [email protected]. 5 Eng. Agr. Professor Dr. do Departamento de Fitotecnia do Curso de Agronomia, UFSC. [email protected]; Financiadoras: CAPES e CNPq. 104 MANEJO DA ÉPOCA DE PODA NO ACÚMULO DE SÓLIDOS SOLÚVEIS TOTAIS EM MIRTILO DA CULTIVAR POWDERBLUE Lucas Celestino Scheunemann1; André Luiz Radunz2; Daiane Pinheiro Kröning3; Carlos Gustavo Raasch4; Gabriele Espinel Ávila5; Márcia Wulff Schuch6 A produção de pequenas frutas tem apresentado, nos últimos anos, constante crescimento no cenário internacional. O mirtileiro integrante da classe das pequenas frutas representa para o Brasil uma oportunidade de diversificação das propriedades agrícolas familiares, principalmente pelas oportunidades de negócio que o fruto apresenta, mas também por suas propriedades nutracêuticas. Entretanto, no Brasil o cultivo de mirtilo ainda encontra-se carente de dados científicos relacionados ao manejo das plantas frente às condições edafoclimáticas das regiões de cultivo. Para inserir o País no rol dos grandes produtores mundiais é necessário que se busque um sistema de produção eficiente e competitivo, para isso o estudo de técnicas de manejo como diferentes datas de realização da poda seca tornamse importantes, pois estas podem interferir nos atributos de produção e qualidade dos frutos. Diante do exposto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a influência da época de poda seca sobre o teor de sólidos solúveis totais (SST) do mirtileiro, cultivar Powderblue, para as condições da messoregião de Pelotas/RS. O experimento foi conduzido em um pomar comercial no município de Morro Redondo/RS, foram realizadas sobre a cultivar Powderblue duas épocas de poda seca, a primeira (poda 1) no dia 10 de Julho de 2012 e a segunda (poda 2) dia 10 de Agosto de 2012. O teor de sólidos solúveis totais foi avaliado com frutos em plena maturação, os dados foram obtidos com auxilio de um refratômetro, sendo as médias submetidas à análise da variância comparadas pelo teste Tukey a 5% de significância. A partir dos resultados encontrados no experimento é possível constatar que a época de realização da poda seca exerce efeito significativo sobre o teor de sólidos solúveis totais de plantas da cultivar Powderblue. Os resultados encontrados foram 16,8 ºBrix na época de poda 1, e 16,0 ºBrix na época de poda 2, o maior teor de sólidos solúveis totais encontrado na época 1 pode estar associado a maior disponibilidade de radiação solar na fase de maturação dos frutos na época de poda 1, o que favorece a maturação destes, melhorando a qualidade dos frutos. Ainda, podendo ter sido influenciado pelo menor período reprodutivo, uma vez que a data de colheita não foi influenciada pela época de poda. Conclui-se que o teor de sólidos solúveis totais dos frutos da cultivar powderblue foram influenciados pela época de poda seca, para as condições do experimento, sendo o maior teor na época de poda 1. 1 Estudante de Agronomia UFPel – Bolsista CNPq – Campus Universitário – Caixa Postal 354, Capão do Leão, RS - Cep: 96010-900. Email: [email protected]; 2 Eng. Agro. M. Sc. Doutorando do PPGA/UFPel/FAEM – Caixa Postal 354, Capão do Leão, RS – Cep: 96010-900. Email: [email protected]; 3 Estudante de Agronomia UFPel – Campus Universitário – Caixa Postal 354, Capão do Leão, RS – Cep:96010-900. Email: [email protected]; 4 Estudante de Agronomia UFPel – Bolsista CAPES – Campus Universitário – Caixa Postal 354, Capão do Leão, RS - Cep: 96010-900. Email: [email protected]; 5 Estudante de Agronomia UFPel – Campus Universitário – Caixa Postal 354, Capão do Leão, RS – Cep: 96010-900. Email: [email protected]; 6 Engª. Agroª. Professora Drª. Departamento de Fitotecnia/FAEM/UFPel - Campus Universitário – Caixa Postal 354, Capão do Leão, RS – Cep: 96010-900. Email: [email protected]. 105 COMPORTAMENTO ADAPTATIVO DE ABELHA JATAÍ EM CASA DE VEGETAÇÃO PARA USO COMO POLINIZADORA DE MORANGUEIRO Marcelo Dotto1; Kelli Pirola1; Jéssica Scarlet Marth Alves de Oliveira Hossel2; Cristiano Hossel3; Thomas Gustavo Rau3; Américo Wagner Júnior4 O manejo de plantas em estufas é uma tecnologia que vem se desenvolvendo no Brasil, especialmente em localidades que apresentam fatores climáticos limitantes à produtividade desejada como a ocorrência de precipitação pluviométrica excessiva que favorece ao aparecimento de doenças. Contudo, a polinização neste sistema é afetada, tornando-se necessário o uso de abelhas que possam realizar tal procedimento. Este estudo teve como objetivo avaliar o uso de abelhas jataí (Tetragonisca angustula L.) em casa de vegetação para a polinização do morangueiro (Fragaria x ananassa Duch.) cultivar Camino Real. O trabalho foi realizado em casa de vegetação da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Câmpus Dois Vizinhos, durante o período de 30 de agosto a 14 de setembro de 2012. Foram utilizadas plantas de morangueiro cultivadas em vasos de 3 litros, contendo o substrato comercial Mecplant®. Foi adotado o sistema de irrigação em gotejamento do tipo espaguete, seguindose 10 turnos de 2 minutos cada, em intervalos de aproximadamente 2,4 horas. A temperatura no ambiente interno da casa de vegetação permaneceu controlada em 255°C. Os vasos contendo os morangueiros foram dispostos em bancada metálica, dentro de um sistema de gaiola com tela antiafídeo nas laterais, seguindo-se dimensão de 4 x 2 m e altura de 2 metros. Uma colmeia de abelhas Jataí foi instalada no interior da gaiola contendo os morangueiros. Foi realizado oito avaliações por meio do acompanhamento das abelhas, a cada hora por período de 10 min, iniciando-se das 7 até 17 horas. Foi quantificado o número de abelhas que saíam e que entravam na colmeia, que se mantinham ao redor da estrutura de entrada da colmeia, que voavam ao redor desta, além daquelas que realizavam voos de reconhecimento e de tentativa de fuga do ambiente. Também se fez a quantificação das abelhas mortas. Destes resultados foi calculada a média aritmética das oito avaliações realizadas. Pode-se verificar que em média 13,55 abelhas permaneciam no bico de entrada da colmeia, ficando nesta condição das 9h até às 15h. A movimentação das abelhas registrada pela saída e entrada da caixa apresentou progressivo aumento até atingir um pico que coincidiu com o horário das 12h, sendo após este registrada uma diminuição linear. Observou-se que as abelhas permaneciam fora da colmeia por curto período de tempo, retornando logo que saiam da mesma. As que estavam em voo ao redor da entrada apresentaram comportamento semelhante, com número máximo de 2,33 abelhas. O pico de movimentação pode estar envolvido à maior luminosidade do ambiente. Quanto às tentativas de fuga, o comportamento da abelha jataí teve maior intensidade no período matutino, com pico às 9h e sendo quase nulo à tarde. Foram encontradas 16 abelhas mortas no dia seguinte ao de instalação da caixa no ambiente, provavelmente por exaustão às tentativas de fuga ou desorientação das mesmas. Novos estudos devem ser realizados para potencializar o uso da abelha jataí como polinizadora de morangueiro em casa de vegetação, principalmente quanto às condições de temperatura e luminosidade. 1 Tecnólogos em Horticultura. Doutorandos em Agronomia. Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) – Campus Pato Branco, Pato Branco – PR. e-mail: [email protected]; [email protected]; 2 Acadêmica do Curso de Agronomia. Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) – Câmpus Dois Vizinhos, Dois Vizinhos – PR. e-mail: [email protected]. Bolsista PIBIC-CNPq; 3 Acadêmicos do Curso de Engenharia Florestal. Universidade Tcnológica Federal do Paraná (UTFPR) – Câmpus Dois Vizinhos – PR. e-mail: [email protected], [email protected]. Bolsista Capes - Programa Jovens Talentos e PIBIC-Fundação Araucária, respectivamente; 4 Eng. Agr. DSc. Professor. UTF PR – Campus Dois Vizinhos, Dois Vizinhos – PR. e-mail: [email protected]. Bolsista Produtividade CNPq. 106 RALEIO QUÍMICO EM PESSEGUEIRO PELO USO DE PROMALIN® EM PÓSFLORAÇÃO Marcos Antônio Giovanaz1; Carolina Goulart1, Ana Paula Fernandes de Lima2; Pércio Sanchez Righi1; Caio Sippel Dörr3; José Carlos Fachinello4 A prática do raleio na produção de frutas visa reduzir o número de flores ou frutos com intuito de melhorar o tamanho, cor, sabor, evitar alternância de produção e maximizar o valor da cultura. Por se tratar de uma prática delicada, que demanda grande quantidade de mão de obra e curto período para execução, torna o raleio uma atividade onerosa de elevado custo na fruticultura. Desta forma, este trabalho visou à utilização de Promalin ® com aplicação no período de pós-floração como alternativa ao raleio manual. O experimento foi conduzido em uma propriedade local, localizada no município do Capão do Leão – RS, Brasil, na safra de 2012/2013. Foram utilizados pessegueiros da cultivar Jubileu, e os tratamentos compostos por plantas sem raleio, plantas releadas manualmente a 45 dias após a plena floração (DAPF), e promalin® produto composto por benziladenina (BA) + giberilinas 4+7 (AG4+7) na dose de 400 mg L-1 aplicado a 35DAPF. A partir da marcação de seis ramos por planta foi realizada contagem dos frutos antes da aplicação e 35 dias após, determinando a porcentagem de abscisão dos frutos. Foi determinada a carga de colheita, calculada pela relação entre a área transversal do tronco e o número final de frutos por planta. Após a colheita de 40 frutos por repetição foi determinando a produção por planta e o diâmetro médio dos frutos. O delineamento experimental foi em blocos ao caso, com quatro repetições de três plantas por parcela avaliando a planta central. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância (p≤0,05), e quando significativos foram realizadas comparações de médias pelo teste de Tukey (p≤0,05). Plantas sem raleio apresentam um porcentagem de abscisão natural de 35%, e sem a pratica do raleio houve excesso de carga acarretando em frutos com menor diâmetro. A queda dos frutos de plantas tratadas com BA + AG 4+7 foi semelhante ao número de frutos retirados quando se realiza o raleio manual, apresentando um porcentagem de abscisão de 75,1% quando aplicado o regulador vegetal. A carga de colheita, produção por planta e o diâmetro médio dos frutos não apresentaram diferença estatística entre o raleio manual e plantas tratadas com BA + AG 4+7. A utilização do BA + AG 4+7 com a finalidade de raleio na cultura do pessegueiro é nova. A alta dosagem utilizada neste trabalho diminuiu a carga final da planta sem efeito fitotóxico às folhas, o que torna promissora a utilização deste produto. No entanto, por se tratar de um regulador vegetal, estudos devem ser realizados em diferentes locais e cultivares afim de se avaliar a consistência do produto em diferentes situações. Nas condições de experimentação deste trabalho, a dose de 400 mg L-1 de BA + AG 4+7 aplicados a 35 DAPF é uma alternativa ao raleio manual. 1 Eng. Agr. Mestrandos em Agronomia, Fruticultura de Clima Temperado, Departamento de Fitotecnia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas, Caixa posta 354, Cep - 96010-900, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. [email protected]; [email protected]; [email protected]; 2 Eng. Agr. Doutoranda em Agronomia, Fruticultura de Clima Temperado, Departamento de Fitotecnia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas, Caixa postal 354, Cep - 96010-900, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. [email protected]; 3 Graduando em Agronomia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas, , Caixa postal 354, Cep - 96010-900, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. [email protected]; 4 Eng. Agr. Doutor, Professor Titular, Departamento de Fitotecnia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas, Caixa postal 354, Cep - 96010-900, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. [email protected]. 107 DINÂMICA DA DORMÊNCIA EM MACIEIRA SOB CLIMA AMENO Marcos Robson Sachet1; Idemir Citadin2; Gener Augusto Penso3; Gustavo Malagi4; Rodrigo Tonet1 A fim de caracterizar o estado de dormência das gemas de macieiras com diferentes necessidades de frio cultivadas em região de clima ameno, foi empregada a metodologia de ‘estaca de gema isolada’. O material vegetal foi coletado em pomar comercial no município de Palmas, principal região produtora de maçãs do estado do Paraná. As coletas foram realizadas, no ano de 2012, quinzenalmente entre Abril e final de Junho e semanalmente até final de Setembro. Foram utilizados 20 ramos por coleta com aproximadamente 35 cm de comprimento das cultivares Eva, Imperial Gala e Fuji. Quatro amostras equidistantes do ramo (base, 2/4 base, 3/4 base e ápice), contendo uma única gema em 7 cm de ramo, foram submetidas a 25°C (±1°C) e alta umidade em câmara de crescimento na UTFPR, Câmpus Pato Branco. As estacas foram forçadas por 60 dias, e avaliadas em intervalos de dois dias, buscando a identificação do estágio ‘ponta verde’. Ao final deste período, calculou-se o tempo médio de brotação (TMB) em cada data de coleta. Os dados foram analisados pela ANOVA e teste de Scott-Knott (P≤0,05), em delineamento fatorial (posição de gema x data de coleta) inteiramente ao acaso. Para as três cultivares, os fatores individuais apresentaram efeito significativo, mas não houve interação entre os dois fatores. Desta forma, fez-se a comparação do TMB isoladamente para posição de gema e data de coleta. O TMB, para as três cultivares foi menor na gema lateral do ápice, aumentando para a 3/4 base, sendo máxima nas gemas 2/4 e base. Quanto ao TMB entre as datas de coleta, as três cultivares apresentaram mudanças temporais que alcançaram picos em momentos diferentes. A cv. Fuji teve o pico apenas na data 20/07 com TMB de 28,0 dias, diferindo da coleta anterior (23,7 dias) e posterior (22,8 dias). A cv. Imperial Gala apresentou dois picos, nas datas 12/07 (25,1 dias) e 20/07 (26,3 dias). A cv. Eva apresentou três picos em datas consecutivas (26/06, 12/07 e 20/07) com TMB médio de 18,5 dias. Esses resultados corroboram na explicação da predominância de brotação no ápice dos ramos em uma situação de baixo acúmulo de frio e na ausência de agentes de supressão da dormência, que ocasionam o crescimento errático e ramos sem formação de brotações (blind node). Os resultados demonstram ainda que a diferença na dinâmica da dormência de cultivares de alta exigência de frio como Imperial Gala e Fuji (±1000 horas de frio) em comparação a Eva (±350 horas de frio) está relacionada, sobretudo, com variação de TMB no pico da dormência. 1 Eng. Agr. Mestrando do PPGAG/UTFPR. Câmpus Pato Branco – PR, Via do conhecimento, Km 1, CEP: 85503-390, email: [email protected]; [email protected]; 2 Eng. Agr. Dr. Professor da UTFPR, Câmpus Pato Branco – PR, Via do conhecimento, Km 1, CEP: 85503-390, e-mail: [email protected]; 3 Estudante de Agronomia – UTFPR, Câmpus Pato Branco – PR, Via do conhecimento, Km 1, CEP: 85503-390, e-mail: [email protected]; 4 Eng. Agr. Doutorando do PPGA-UFPel, Pelotas – RS, Câmpus Universitário, s/n, CEP: 96010-900, e-mail: [email protected]. 108 SISTEMAS DE CONDUÇÃO EM FIGUEIRA (Ficus carica L.) Mariana Augusta Regato1; Idália Manuela Guerreiro2; José Eduardo Regato3 O trabalho realizou-se no Centro Hortofrutícola da Escola Superior Agrária de Beja, no Alentejo em Portugal. Teve como objetivos o acompanhamento de um ensaio de sistemas de condução x cultivares na cultura da figueira, num pomar instalado em Outubro de 2003. Os sistemas de condução utilizados foram o vaso e o eixo central revestido e as cultivares (cvs.) ensaiadas foram a Lampa Preta, a Dauphine, a CN 250 e a Pingo de Mel. As árvores estão instaladas com um compasso de 5 x 2,5 m. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com três repetições e cinco árvores por repetição. No tratamento dos dados experimentais foi utilizada a análise de variância e o teste de Duncan (Duncan, 1955) para comparação das médias correspondentes aos diversos tratamentos experimentais. Os resultados apresentados são referentes aos anos de 2010 e 2011. Realizaram-se as observações de alguns estados fenológicos. Determinou-se a produtividade, foi efetuada a pesagem unitária dos frutos e analisou-se a percentagem de sólidos solúveis totais. Os resultados obtidos permitiram-nos chegar à conclusão que as cultivares Lampa Preta, CN 250 e Dauphine produziram figos lampos, apresentando a cultivar (cv.) Lampa Preta a produtividade mais elevada (13 820 kg ha-1). As cvs. Pingo de Mel, Dauphine e CN 250 produziram figos vindimos, sendo neste caso a produtividade mais alta a da cv. Pingo de Mel (24 020 kg ha-1). Os figos lampos apresentaram um peso superior aos dos figos vindimos para a mesma cultivar. As cvs. Dauphine e CN 250 obtiveram os pesos mais altos no que diz respeito aos figos lampos, apresentado a cv. Lampa Preta, o fruto com o menor peso. Também no que diz respeito aos figos vindimos, foram os frutos das cvs. Dauphine e CN 250, os mais pesados e os da cv. Pingo de Mel os que apresentaram o peso mais baixo. O teor de sólidos solúveis totais foi mais alto, no caso dos figos lampos para a cv. Dauphine e não apresentou diferenças significativas entre as cvs. no caso dos figos vindimos. O sistema de condução em eixo foi o que permitiu as produções médias mais altas, tanto de figos lampos como de vindimos. Palavras-chave: Figos lampos, figos vindimos, produtividade, peso do fruto, sólidos solúveis totais. 1 Professora Adjunta da Escola Superior Agrária de Beja – Instituto Politécnico de Beja (Projeto A2 TRANSFER) – Rua Pedro Soares, Campus do Instituto Politécnico de Beja – Apartado 6155 – 7800-295 Beja. e-mail: [email protected]; 2 Eng. Agr. – Centro Hortofrutícola - Escola Superior Agrária de Beja – Instituto Politécnico de Beja - Rua Pedro Soares, Campus do Instituto Politécnico de Beja – Apartado 6155 – 7800-295 Beja. e-mail: [email protected]; 3 Professor Adjunto da Escola Superior Agrária de Beja – Instituto Politécnico de Beja – Rua Pedro Soares, Campus do Instituto Politécnico de Beja – Apartado 6155 – 7800-295 Beja. e-mail: [email protected]. 109 PROEXADIONE CÁLCIO NA REDUÇÃO DO CRESCIMENTO VEGETATIVO DE PEREIRAS ‘CARRICK’ E ‘WILLIAM’S’ Mateus da Silveira Pasa1; José Carlos Fachinello2; Horacy Fagundes da Rosa Júnior3; Émerson De Franceschi3; Eduardo da Fonseca3 O excesso de crescimento vegetativo é um dos principais problemas que limitam a obtenção de produções satisfatórias de pereiras. Esse fato torna-se ainda mais importante, pelo fato de grande parte dos pomares existentes no Brasil estarem estabelecidos sobre Pyrus sp., estes que, em geral, induzem vigor excessivo nas plantas enxertadas. Logo, é importante a utilização de práticas que controlem o crescimento vegetativo, como fitorreguladores que reduzam o vigor da cultivar (cv.) copa. O proexadione cálcio (PCa) é um inibidor da síntese de giberelinas de baixa toxicidade que atua como redutor do crescimento vegetativo. Esse efeito traz benefícios tanto no manejo do pomar, com redução na utilização da mão-de-obra, quanto na produção, pela redução da competição entre crescimento vegetativo e reprodutivo. O experimento foi realizado na safra 2011-2012, na Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel (FAEM)/UFPel, em um pomar de pereira de oito anos, formado por plantas das cvs. William’s e Carrick enxertadas em P. calleryana. O delineamento experimental foi de casualização por blocos, com quatro repetições de uma planta. Os tratamentos constituíram-se de: 1) controle (sem PCa) e 2) Aplicação de PCa (produto Viviful® (27,5% i.a) a 750 g i.a ha-1, a qual foi parcelada em quatro épocas [brotações com 10cm; 30, 60 e 120 dias após a primeira aplicação(DAP) - 187,5g i.a ha-1 em cada]. As aplicações de PCa foram realizadas através de aspersão com pulverizador costal, com um volume médio de 1000 L ha-1. Foram avaliados o crescimento de ramos (cm), massa de poda (kg), número total de ramos podados; porcentagem de ramos podados por classe de tamanho: <50 cm, ≥ 50 <100cm, ≥ 100 <150cm e ≥ 150cm. A análise de variância foi realizada pelo teste F e, quando este foi significativo, os dados foram submetidos à comparação de médias pelo teste de Duncan ao nível de 5% de probabilidade de erro. O efeito da aplicação de PCa no crescimento de ramos foi significativo para ambas as cultivares. Ao final do ciclo de crescimento os ramos tratados com PCa foram 46,13% e 41%, menores do que os ramos das plantas controle, em ‘William’s’ e ‘Carrick’, respectivamente. Considerando-se ‘William’s’, a porcentagem de ramos podados nas classes <50cm e ≥100 <150cm, e o número total de ramos podados não diferenciaram entre os tratamentos. No entanto, a massa de poda, porcentagem de ramos podados nas classes ≥50 <100cm e ≥150cm foi menor nas plantas tratadas com PCa em relação ao controle. Para ‘Carrick’ a massa de poda e porcentagem de ramos podados nas classes <50 cm e ≥ 50 <100cm, e o número total de ramos podados não diferiram entre os tratamentos. Já a porcentagem de ramos podados nas classes ≥ 100 <150cm e ≥ 150cm foi menor nas plantas tratadas com PCa em relação ao controle. Pode-se concluir que a aplicação de PCa, na dose de 750 g i.a ha-1, parcelada em quatro épocas [brotações com 10cm; 30, 60 e 120 dias após a primeira aplicação(DAP) - 187,5g i.a ha-1 em cada], reduz o crescimento vegetativo de pereiras ‘William’s’ e ‘Carrick’enxertadas sobre P. calleryana. Dessa forma, a utilização de PCa constitui-se em uma importante ferramenta para auxiliar os produtores de pera no controle do vigor e redução da necessidade de poda nas cultivares estudadas. Os autores agradecem à Iharabras S/A pela disponibilização do produto Viviful®, o qual foi utilizado como fonte de proexadione cálcio. 1 Engº Agr. Msc. Bolsista de Doutorando CNPq, PPGA, Área de Concentração em Fruticultura de Clima temperado. FAEM/UFPel; e-mail: [email protected]; 2 Engº Agrº., Dr. Prof. Titular Departamento de Fitotecnia - Área de Concentração em Fruticultura de Clima Temperado FAEM/UFPel, Pelotas-RS-Brasil; e-mail: [email protected]; 3 Bolsista Iniciação científica - Fruticultura de Clima Temperado - FAEM/UFPel, Pelotas-RS; e-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected]. 110 AVALIAÇÃO DA COLORAÇÃO DAS SEMENTES COMO ÍNDICE COMPLEMENTAR DE MATURAÇÃO DA UVA Monica Canton1; Marcelo Borghezan2; Tatiane Carine da Silva3; Larissa Villar4; Aparecido Lima da Silva5 A avaliação dos compostos fenólicos possibilita, juntamente com o monitoramento dos teores de açúcares, da acidez e do pH, assegurar o ponto de máximo potencial qualitativo e auxiliar no estabelecimento da data mais adequada de colheita. No entanto, para a determinação da maturação fenólica, as metodologias são complexas, de elevado custo e pouco acessíveis para a maioria dos produtores. A avaliação da coloração das sementes é um método simples e de baixo custo que pode auxiliar na definição da data da colheita. O objetivo deste trabalho foi de avaliar a cor das sementes das uvas das variedades Cabernet Sauvignon e Sauvignon Blanc, no município de São Joaquim-SC, durante o ciclo 2012/2013, como método complementar para determinar o ponto da colheita. O vinhedo comercial é conduzido no sistema espaldeira e encontra-se a uma altitude de 1.293 m. Foram avaliados quinzenalmente o teor de sólidos solúveis totais, a acidez total titulável e a coloração das sementes. A uva colhida em 14/03/2013, da variedade Sauvignon Blanc, apresentou °Brix 21,2 e acidez 89,3 meq/L. Já a variedade Cabernet Sauvignon, colhida em 11/04/2013, apresentou °Brix 21,1 e acidez 110,7 meq/L. Na avaliação da cor das sementes, foi observada uma média de 10,58 para a variedade Sauvignon Blanc e 10,99 para variedade Cabernet Sauvignon. À medida que a maturação avança, a coloração das sementes se altera, sendo possível identificar as alterações a partir da avaliação visual. O escurecimento é resultado da lignificação dos tecidos das sementes e da oxidação dos compostos fenólicos. A coloração das sementes se correlaciona com a evolução dos compostos durante a maturação da uva. Pode-se utilizar esta metodologia como complementar para a avaliação da maturação e determinação da data de colheita das uvas, auxiliando de maneira prática os produtores. 1 Graduanda em Agronomia, Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia, Rod. Admar Gonzaga, 1346, Itacorubi, 88034-001, Florianópolis, SC, e-mail: [email protected]; 2 Eng. Agr. Bolsista Recém-doutor PNPD/CAPES, Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia, Rod. Admar Gonzaga, 1346, Itacorubi, 88034-001, Florianópolis, SC; 3 Eng. Agra. Mestranda em Recursos Genéticos Vegetais. Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia, Rod. Admar Gonzaga, 1346, Itacorubi, 88034-001, Florianópolis, SC. [email protected]; 4 Eng. Agra. Doutoranda em Recursos Genéticos Vegetais, Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia, Rod. Admar Gonzaga, 1346, Itacorubi, 88034-001, Florianópolis, SC; 5 Eng. Agr. Professor, Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia, Rod. Admar Gonzaga, 1346, Itacorubi, 88034-001, Florianópolis, SC. 111 MÉDIA SEMESTRAL DE PREÇOS APLICADO PARA DIFERENTES FRUTAS, COMERCIALIZADAS NO MUNICÍPIO DE CHAPECÓ-SC Osmar de Freitas de Jesus1; Diágora Joane Ungaratti1; Fabiana Franzen2; Clevison Luiz Giacobbo3 O valor nutricional das frutas fortalece ainda mais o consumo, pelo fato das mesmas serem grande fonte de nutrientes, vitaminas e fibras que são de grande importância para o bom funcionamento do organismo. Desse modo, assim como em todo o estado, a produção de frutíferas vem crescendo significativamente no Oeste Catarinense, tornando-se um item muito importante na matriz produtiva, tendo participação significativa na renda familiar. No entanto, verifica-se que é ainda insuficiente para atender a demanda do mercado local. O objetivo com este trabalho foi identificar a média mensal e a oscilação dos preços das frutas comercializadas do município de Chapecó, bem como a sua origem. A pesquisa foi realizada mensalmente por um período de seis meses em três supermercados, duas quitandas e em uma feira livre. Para a verificação da origem das frutas comercializadas, aplicou-se questionário fechado aos responsáveis do setor de frutas nos locais avaliados e para o padrão de distribuição dos valores aplicados, realizou-se agrupamento por faixas de preços utilizando-se o teste Qui-Quadrado (α = 0,05). Verificou-se uma acentuada redução de preços na maioria das frutas nos meses onde ocorre a produção e colheita, como a banana caturra, uva brasil e laranja bahia. Já em algumas frutas em que a produção é basicamente regional como o mirtilo e a jabuticaba, os preços foram de R$ 41,14 reais/kg e R$ 6,00 reais/kg respectivamente, encontradas apenas nos meses em que ocorre a produção. Verificou-se uma maior concentração de frutas quando aplicado preços de até R$ 8,00 reais/kg, com 66 diferentes espécies agrupadas nesta faixa, normalmente as tradicionalmente mais conhecidas e consumidas no Brasil, como: Banana caturra, mamão, maça, caqui, os citros, pera e manga. Seguido pelo segundo grupo, com preços aplicados entre R$ 8,00 reais/kg e R$ 15,50 reais/kg, que apresenta um agrupamento médio de 30 diferentes espécies dentre as quais encontram-se as uvas, pêssegos, ameixa, caqui, nêspera entre outras, sendo na maioria, as pertencentes a este grupo, as frutas importadas, mesmo que algumas também são colhidas no Brasil. O terceiro grupo tiveram seus preços entre R$ 15,50 reais/kg e R$ 23,00 reais/kg, com destaque nas frutas que podem ser produzidas localmente como o figo, amora e romã, já a cereja que é uma fruta nativa ficou no quinto grupo com o valor de R$ 34,67 reais/kg. Enquanto que nas faixas de menor concentração de espécies e preços acima de R$ 50,00 reais/kg, destacaram-se em especial os frutos secos com destaque para a castanha do pará, nozes americana e pistache. Conclui-se que os altos preços aplicados, assim como a falta de produtos, estão diretamente relacionados com a pouca produção a nível comercial na região, visto que, o clima da região é favorável para o cultivo de ampla gama de espécies frutíferas, as quais são maciçamente trazidas de outros estados e/ou países, indicando com isto, potencial para ampliação da exploração de frutíferas no Oeste Catarinense, bem como, melhorar a qualidade das existentes, capaz de satisfazer a demanda comercial. 1 Estudante de Agronomia UFFS- Bolsista Extensão/UFFS, Chapecó- Campus Chapecó-SC – CEP89813-140. E-mail: [email protected]; [email protected]; 2 Estudante de Agronomia, Bolsista PIBIC/UFFS, Campus Chapecó, Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS – Chapecó-SC. CEP89813-140. E-mail: [email protected]; 3 Eng. Agr., Prof. Dr.,Curso de Agronomia, Campus Chapecó, Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS, Campus Chapecó. Chapecó-SC,, CEP89813-140. Email: [email protected]. 112 DANOS POR GEADA TARDIA EM CABERNET SAUVIGNON EM REGIÃO DE ALTITUDE Paulo Israel Mudrei1; José Luiz Marcon Filho2; Ricardo Allebrandt3; Betina de Bem3; Tiago Afonso de Macedo3; Francisco Konopka Peters¹; Leo Rufato4 É comum que nos meses mais frios do ano a ocorrência de geada nos estados do sul do Brasil cause grandes prejuízos nas culturas, dependendo da sua intensidade e época de ocorrência. Na vitivinicultura das regiões de altitude de Santa Catarina, as perdas por geadas ocorrem pincipalmente quando o inverno é pouco rigoroso, estimulando a planta a uma brotação precoce, o que a torna suscetível a danos causados por geadas tardias. Entretanto, apesar de a redução da produtividade ser visível a campo, não há dados científicos que quantificam esta redução e possíveis alterações na qualidade das uvas produzidas após a ocorrência de geadas. No dia 26 de setembro de 2012, algumas filas de um vinhedo comercial localizado em PainelSC (altitude de 1200 m), tiveram as brotações novas queimadas pela geada, por falha do sistema de prevenção. Neste sentido, foi realizado um estudo a fim de quantificar os danos causados por baixas temperaturas em videira ‘Cabernet Sauvignon’ em região de altitude. Os tratamentos consistiram em plantas com danos, nas quais se realizou segunda poda após a ocorrência da geada e plantas que não foram injuriadas pelas baixas temperaturas. O vinhedo estava enxertado sobre portaenxerto Paulsen 1103, conduzido em sistema manjedoura e com espaçamento 3,0 x 1,5 m. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso com cinco repetições e 10 plantas por parcela. As variáveis analisadas foram: massa de 100 bagas (g), sólidos solúveis (SS) (°Brix), acidez total titulável (ATT) (meq L-1), pH, relação casca/baga (%), comprimento de cacho (cm), relação cacho/ráquis (g g-1), número de bagas, diâmetro de baga (cm) e produtividade (t ha-1). Os resultados foram submetidos a analise de variância (ANOVA) a 5% de probabilidade de erro. A produtividade das plantas que não sofreram danos por geada foi de 10,5 t ha-1, e nas plantas afetadas de 1,5 t ha-1, ou seja, o dano das temperaturas negativas ocasionaram redução de 85% na produtividade. No entanto, em relação a qualidade química (SS, ATT e pH) da uva não se observou diferença entre os tratamentos. Para as variáveis de rendimento dos cachos o comprimento, número e tamanho de bagas dos cachos foram maiores para as plantas sem dano de geada. Portanto a brotação precoce das plantas, seguida de geada, ocasiona grandes prejuízos no rendimento da videira ‘Cabernet Sauvignon’, porém a qualidade química dos cachos não é alterada, quando se realiza segunda poda após a ocorrência dos danos por temperaturas negativas. 1 Acadêmico do Curso de Agronomia, Bolsista de Iniciação Científica – CAV/UDESC, e-mail: [email protected]; [email protected]; 2 Eng. Agr., Doutorando em Produção Vegetal – CAV/UDESC, e-mail: [email protected]; 3 Eng. Agr., Mestrando em Produção Vegetal – CAV/UDESC, e-mail: [email protected]; [email protected], [email protected]; 4 Dr. Professor Fruticultura – CAV/UDESC, e-mail: [email protected]. 113 PIGMENTOS FOTOSSINTETIZANTES E SUA RELAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO INICIAL DE ESPÉCIES DE FISÁLIS SUBMETIDAS A DIFERENTES AMBIENTES Paulo Ricardo Lima1; Éder Júnior Mezzalira1; André Luiz Piva1; Anderson Santin1; Martios Ecco1 O gênero Physalis pertence à família Solanaceae e inclui aproximadamente cem espécies. Um fator importante para as plantas é a luz, seja ela por ação direta ou indireta na regulação do seu desenvolvimento. A luz, por ser fonte primária de energia relacionada à fotossíntese é essencial para o crescimento e desenvolvimento das plantas, é o principal fator que influencia no desenvolvimento dos vegetais. As plantas têm a habilidade de modificar o seu habito de desenvolvimento em resposta ao ambiente luminoso. Por outro lado, a natureza da resposta morfogênica pode variar consideravelmente entre as espécies, dependendo da capacidade de aclimatação das espécies e da qualidade da luz. Desta forma, objetivou-se com o presente trabalho avaliar os teores de pigmentos fotossintetizantes e sua relação no desenvolvimento inicial de espécies de fisális submetidas a diferentes ambientes. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, em esquema fatorial 3 x 3, com quatro repetições, conduzido no período de fevereiro a maio de 2012, na Estação de Horticultura e Controle Biológico “Professor Mário César Lopes” – Unioeste, Campus Marechal Cândido Rondon, PR. Os tratamentos foram compostos por espécies de fisális (P. peruviana, P. angulata e P. pubescens) x ambientes (estufa - com cobertura plástica incolor de 150 micras; sombrite 75% de permeabilidade à luz e pleno sol - local totalmente aberto). Para a determinação dos teores bioquímicos de clorofila a e b, antocianina, carotenoides, polifenoloxidase, peroxidase e proteínas, utilizou-se parte de tecido vegetal das folhas, coletadas antes do nascer do sol, entre as 5:00 e 6:30 hs da manhã, as amostras foram acondicionadas enroladas em pedaços de alumínio devidamente marcadas com seus tratamentos. A P. peruviana apresentou maiores níveis médios de todos os pigmentos fotossintetizantes comparados à P. angulata, exceto para carotenóides onde a P. peruviana também foi superior a P. pubescens. Os níveis médios de proteína total da P. angulata superaram as demais espécies. Os níveis de polifenoloxidase e relação clorofila a/b nas diferentes espécies não diferiram. O número de folhas não variou entre as espécies. As variáveis analisadas mostraram que as espécies de fisális originadas em estufa e sombrite de modo geral superam o ambiente pleno sol. Com o aumento da área foliar e número de folhas ocorre aumento direto nos níveis de pigmentos. 1 Pós-graduação em Produção Vegetal (PPGA), Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Campus Marechal Cândido Rondon, PR. CEP.: 85960-000. E-mail: [email protected]. 114 ESTUDO DO DESENVOLVIMENTO MORFOLOGICO DE GEMAS FLORAIS EM DIFERENTES ESPECIES FRUTIFERAS Poliana Francescatto1; Jozsef Racsko2; Marcelo Couto3; José Luis Petri4; Aparecido Lima da Silva5; Gabriel Berenhauser Leite6 O objetivo deste trabalho foi caracterizar morfologicamente o desenvolvimento inicial de flores de cerejeira, macieira e pereira no estado de Ohio, Estados Unidos. As cultivares estudadas durante a safra 2012/13 foram Fuji, Bartlett e Regina, respectivamente. As coletas foram padronizadas em gemais florais de esporões para macieira e pereira, e gemas florais basais para cerejeira, e as mesmas foram realizadas quinzenalmente durante o período de crescimento, iniciadas 40 dias após plena floração (DAPF), e mensalmente durante o período de dormência. As gemas florais foram dissecadas sob microscópio estereoscópio e classificadas em diferentes estádios, desde a formação do domo apical a iniciação dos órgãos florais. A obtenção das imagens dos aspectos ultraestruturais de cada estádio foi feita com auxílio de um Microscópio Eletrônico de Varredura. Em macieiras, observou-se aumento do domo apical logo aos 40DAPF, caracterizando o inicio da diferenciação floral. Quatro a seis meristemas florais laterais por gema foram constantemente observados aos 55-110DAPF. Em seguida, o ápice adquiriu dominância apical e diferenciou-se em meristema floral terminal. Aos 160DAPF, em 85% das gemas, as flores terminal e laterais, apresentaram cinco sépalas formadas. Foi observado o início do desenvolvimento dos estames no meristema floral terminal lentamente a partir de 155DAPF; e aos 230DAFB, todos os meristemas florais da inflorescência iniciaram o desenvolvimento dos órgãos florais. Gemas florais de pereira apresentaram a mesma sequencia das gemas de macieira, no entanto, com curtos períodos de tempo entre os estádios. O domo apical foi observado bastante acentuado e visível aos 60DAFB; e, em torno de dez dias, a rápida iniciação dos meristemas florais laterais nas axilas das escamas. Pode-se observar que a transformação do ápice em meristema floral terminal ocorreu entre 85 a 100DAPF. Aos 135DAPF a inflorescência apresenta-se completamente formada e os órgãos florais iniciaram a diferenciação. Nenhum fenômeno de dominância apical foi observado em gemas florais de cerejeiras; todas as flores desenvolvem simultaneamente em cada estádio. Na primeira coleta a campo e em 95% das amostras, observou-se um proeminente arredondamento do ápice, marcando desta forma a mudança da fase vegetativa para reprodutiva. Os primórdios florais (3-4) iniciaram a diferenciação dos 50 a 75DAPF, e sépalas tornaram-se visíveis 30 dias apos este período. Em seguida, o desenvolvimento de pétalas, estame e carpelo foi sequencialmente evidente a partir de 135DAPF. Flores e órgãos florais continuam o crescimento ate a entrada da dormência (180DAPF). 1 Eng.Agr. M.Sc. Doutoranda do PPGA/UFSC/EPAGRI – Estação Experimental de Caçador (EPAGRI) - Caixa Postal 591, Caçador, SC – Cep: 89500-000. Email: [email protected]; 2 Manager, Product Development at Valent BioSciences Corporation. 870 Technology Way- Libertyville, IL 60048, USA. Email: [email protected]; 3 Eng. Agr. M.Sc. D.S. Pesquisador da Epagri – Estação Experimental de Caçador (EPAGRI) - Caixa Postal 591, Caçador, SC – Cep: 89500-000. Email: [email protected]; 4 Eng. Agr. M.Sc. Pesquisador da Epagri - Estação Experimental de Caçador (EPAGRI) - Caixa Postal 591, Caçador, SC – Cep: 89500-000. Email: [email protected]; 5 Eng. Agr. M.Sc. D.S. Professor e Chefe de Departamento de Fitotecnia/CCA/UFSC. Rodovia Admar Gonzaga, 1346. Bairro Itacorubi, 88.034-001 - Florianópolis – SC. Email: [email protected]; 6 Eng. Agr. M.Sc. D.S. Pesquisador da Epagri - Estação Experimental de Caçador (EPAGRI) - Caixa Postal 591, Caçador, SC – Cep: 89500-000. Email: [email protected]. 115 DIFERENTES SISTEMAS DE CONDUÇÃO NA QUALIDADE DE FRUTOS DE AMOREIRA-PRETA Priscila Monalisa Marchi1; Letícia Vanni Ferreira2; Daiana Finkenauer3; Luciano Picolotto4; Luis Eduardo Correa Antunes5 A amoreira-preta (Rubus spp.) é uma frutífera de clima temperado que se destaca como espécie com boas perspectivas de cultivo e comercialização. Aspectos como o baixo custo de implantação e de manutenção do pomar e a reduzida necessidade de utilização de defensivos agrícolas, caracterizam essa cultura como uma boa opção para a agricultura familiar. Dentre os diversos estudos que vêm sendo realizados acerca de tratos culturais de amoreira-preta, destaca-se o sistema de condução. Visto que a maioria das espécies cultivadas são rasteiras ou semi-eretas, torna-se fundamental a utilização de um sistema de suporte para as ramificações da amoreira-preta, visando obter frutas com padrão para consumo in natura. Neste contexto, o trabalho exposto objetivou avaliar o efeito de diferentes sistemas de condução sobre a qualidade de frutas de amoreira-preta. As cultivares Tupy, Guarani e Xavante foram conduzidas em sistema Y e sem tutor. Em Y, as plantas foram podadas, deixando-se quatro ramos principais conduzidos em fios na horizontal distantes entre si 0,5m, sendo que o ápice foi podado na altura do último fio a 1,0m do solo. No sistema sem tutor, os ramos foram podados a 0,5m do solo e manejados sem sustentação. Nos dois sistemas foram deixados quatro ramos principais, os ramos secundários foram reduzidos a 0,5m e os mal posicionados eliminados no momento da poda. As variáveis analisadas foram: massa média das frutas (MMF), diâmetro horizontal (DH) e diâmetro vertical (DV) das frutas. Estas foram colhidas de 2/12/2010 à 18/01/2011. As plantas foram conduzidas em blocos casualizados em um fatorial 2x3: dois sistemas de condução e três cultivares de amoreira. Cada tratamento teve quatro repetições com seis plantas por parcela. Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F, sendo que quando o efeito do tratamento foi significativo, realizou-se o teste de Tukey a 5% de probabilidade de erro. O fator sistema de condução foi significativo apenas para a variável DH, sendo que os maiores valores (22,82 mm) foram observados em frutas conduzidos no sistema em Y, diferindo estatisticamente do sistema sem tutor (19,90mm). Já as variáveis MMF e DV, não foram influenciadas significativamente pelo sistema de condução. A MMF apresentou efeito significativo apenas para o fator cultivar, sendo que a ‘Tupy’ apresentou maior massa média (7,55g), seguida da ‘Xavante’ (5,74g), e da ‘Guarani’ (4,84g). Com relação ao DV, a cultivar Tupy foi a que apresentou maior diâmetro (26,81mm), não diferindo estatisticamente da Guarani (22,99mm), sendo que esta última não diferiu da cultivar Xavante (22,67mm). Conclui-se que o sistema de condução e a cultivar interferem na qualidade de frutas; o sistema de condução influi no diâmetro horizontal das frutas, sendo favorecido no sistema de condução em Y; a massa média e diâmetro vertical de frutas, foram maiores para ‘Tupy’. 1 Eng. Agrônoma, mestranda do Programa de Pós-graduação em Agronomia – Fruticultura de Clima Temperado, UFPel, bolsista CAPES. Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel (UFPel/FAEM) – Caixa postal 354, Pelotas, RS – Cep: 96010900.Email: [email protected]; 2 Eng. Agrônoma, doutoranda do Programa de Pós-graduação em Agronomia – Fruticultura de Clima Temperado, UFPel, bolsista CAPES. . Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel (UFPel/FAEM) – Caixa postal 354, Pelotas, RS – Cep: 96010900. Email: [email protected]; 3 Bióloga, mestre em Agronomia – Fruticultura de Clima Temperado, UFPel. . Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel (UFPel/FAEM) – Caixa postal 354, Pelotas, RS – Cep: 96010900 . E-mail: [email protected]; 4 Eng. Agrônomo, Doutor, Bolsista Capes PNPD, Embrapa Clima Temperado-RS. Rodovia BR 392, km 78 – Caixa postal 403, Pelotas, RS – Cep: 96010-971. E-mail: [email protected]; 5 Eng. Agrônomo, Doutor, pesquisador da Embrapa Clima Temperado-RS, bolsista CNPq. Rodovia BR 392, km 78 – Caixa postal 403, Pelotas, RS – Cep: 96010-971. E-mail: [email protected]. 116 CONTROLE DE PÁSSAROS E INSETOS FRUGÍVOROS E MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DA UVA COM USO DE TELA Rafael Lisandro Schumacher1; Cristiano João. Arioli2; João Peterson Pereira Gardin3; Marcos Botton4; Silvana Dalazem5 A incidência de pássaros frugívoros, como o tico-tico (Zonotrichia capensis), o azulinho (Cyanoloxia glaucocaerulea), o sabiá (Turdus rufiventris rufiventris), entre outros, em vinhedos comerciais da região do Alto Vale do Rio do Peixe é um problema permanente para os viticultores. Estas aves, além de ocasionar danos diretos às uvas, potencializam o ataque de insetos (principalmente abelhas e vespas), os quais encontram no resíduo do suco extravasado pelo rompimento da baga, uma importante fonte alimentar num período de escassez de recursos. O comportamento alimentar desses insetos também acaba por facilitar a disseminação de fitopatógenos nos cachos, reduzindo a qualidade da uva resultando em prejuízos significativos aos produtores. Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a eficiência do uso de tela na contenção de danos provocados por pássaros, seu efeito na ocorrência de outros insetos-pragas bem como sobre a qualidade da uva. O experimento foi conduzido na Estação Experimental da Epagri de Videira, SC durante as safras 2011/2012 e 2012/2013 em vinhedo implantado em 2010 da cultivar BRS Lorena (Malvasia Bianca x Seyval) plantada no espaçamento de 1,5 m x 3,0 m em espaldeira com cobertura plástica. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado com dois tratamentos (com e sem tela) e seis repetições de cinco plantas cada. Para conter a ação dos pássaros foi utilizada uma tela preta de polietileno de malha 11 x 12 mm. Esta foi presa ao arame no estágio 35 (início da maturação) para cobrir apenas a região dos cachos. Como testemunha, foram mantidas parcelas semelhantes, porém sem proteção pela tela. Durante a colheita, avaliou-se a porcentagem de bagas danificadas por pássaros e vespas bem como a presença de abelhas e vespas nas plantas. Na safra 2011/2012 também foi analisado o pH, sólidos solúveis totais (ºBrix), acidez (mg.L-1) e acidez total (mEq.L-1). Os dados foram analisados pelo teste de t para amostras independentes, a 5% de probabilidade de erro com análise da homogeneidade das variâncias pelo teste de Levene. Os resultados demonstraram que, nas duas safras avaliadas, o uso da tela diminuiu a porcentagem de ataque de pássaros (95%) e de vespas (86%) nas bagas bem como a presença de abelhas (64%) e vespas (67%) nas plantas. Para as variáveis físico-químicas analisadas, não houve diferença significativa entre os tratamentos. Conclui-se que o emprego da tela preta de malha 11 x 12 mm é uma alternativa para minimizar o ataque por pássaros, vespas e abelhas na cultura da videira e que sua utilização do estágio 35 até a colheita não compromete a qualidade final da uva. Apoio: Epagri. 1 Eng. Agr., MSc., Doutorando em Enologia. Universidad de Castilla La-Mancha. Espanha. E-mail: [email protected]; 2 Eng. Agr., Dr., Pesquisador da Estação Experimental de Videira. Empresa de Pesquisa e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), Caixa Postal 21, 89560-000, Videira, RS. E-mail: [email protected]; 3 Eng. Agr., Dr., Pesquisador da Estação Experimental de Videira. Empresa de Pesquisa e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), Caixa Postal 21, 89560-000, Videira, RS. E-mail: [email protected]; 4 Eng. Agr., Dr., Pesquisador da Embrapa Uva e Vinho, Caixa Postal 130, 95700-000, Bento Gonçalves, RS. E-mail:[email protected]; 5 Bacharel em Ciências Biológicas. Estação Experimental de Videira. Empresa de Pesquisa e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), Caixa Postal 21, 89560-000, Videira, RS. E-mail: [email protected]. 117 MATURAÇÃO DA VARIEDADE CABERNET SAUVIGNON EM CONDIÇÕES DE CULTIVO SOB COBERTURA E SEM COBERTURA PLÁSTICA Raissa Podestá1; Gabriella Vanderlinde2; Suzeli Simon2; Monica Canton3; Bruno Munhoz3; Tiago Ribeiro3; Aparecido Lima da Silva4 Usa-se a cobertura plástica como alternativa no controle de adversidades meteorológicas, o que pode modificar as condições de maturação da uva e a qualidade da uva para a vinificação. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da cobertura plástica na maturação tecnológica e na maturação das sementes da variedade Cabernet Sauvignon. O experimento foi realizado em um vinhedo localizado no município de Rancho Queimado-SC (coordenadas geográficas: 27°42′26″S, 49°04′17″W, a 1000 m de altitude), implantado no ano de 2009, sob o portaenxerto 1103P, em sistema de condução espaldeira, espaçamento de 3,0 x 1,0 m. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado. Os tratamentos consistiram em condições de cultivo - sob cobertura plástica e sem cobertura, foram avaliadas cinco plantas com quatro repetições por tratamento. A maturação das sementes foi avaliada seguindo a metodologia proposta por Ristic e Iland, com 60 sementes para cada variedade. Foi retirada a mucilagem e, em seguida, avaliou-se a coloração da face ventral e da face dorsal das sementes com a tabela de cores. A coloração foi definida pela média entre as duas faces das sementes. A maturação tecnológica foi avaliada quinzenalmente, após a mudança de cor das bagas, foram determinados os sólidos solúveis totais (°Brix), a acidez total titulável (meq L-1) e o pH. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e as médias comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade erro. A cobertura plástica interferiu na maturação da semente nos 45 dias após a mudança de cor das bagas, quando foi observado que as sementes mais maduras eram originadas de plantas cobertas, porém no momento da colheita não foi verificado diferença entre os sistemas de cultivo avaliados. A variedade Cabernet Sauvignon apresentou diferença significativa entre os tratamentos para sólidos solúveis totais, acidez titulável e pH. Pode-se observar que as uvas produzidas na área coberta apresentaram menores teores de acidez e maiores teores de sólidos solúveis totais e pH, indicando uma aceleração no processo de maturação tecnológica de uvas nas plantas com cobertura. 1 Estudante de Agronomia UFSC – Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia/UFSC Caixa Postal 476– Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]; 2 Eng. Agrª. Mestranda PPGA-RGV/UFSC - Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia/UFSC – Caixa Postal 476 – Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]; [email protected]; 3 Estudante de Agronomia UFSC – Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia/UFSC Caixa Postal 476– Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected]; 4 Eng. Agr. Dr. – Professor Associado IV/UFSC - Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia/UFSC – Caixa Postal 476 – Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]. 118 ÉPOCA E POSIÇÃO DE DESFOLHA NA VIDEIRA ‘CABERNET SAUVIGNON’ PRODUZIDA EM REGIÃO DE ALTITUDE Ricardo Allebrandt1; Sabrina Lerin1; Tiago Afonso de Macedo1; Marcus Vinícius Pereira Outemane2; Maicon Magro2; Flávia Regina Cristofolini2; Leo Rufato3 A desfolha é uma prática amplamente realizada nos vinhedos das regiões de altitude de Santa Catarina. Quando aplicada na base dos ramos da videira, é uma prática que visa favorecer o microclima em torno dos cachos, permitindo uma maior aeração e insolação nos frutos. Seu intuito é o de minimizar o desenvolvimento de podridões e facilitar a colheita. Além disso, a remoção das folhas em torno dos cachos estaria também relacionada com o aumento da qualidade das uvas. Entretanto, o momento de realização e a forma de executar esta técnica, além de seu efeito sobre a qualidade da uva, ainda não foram testados em região de altitude. Neste sentido, este trabalho teve por objetivo avaliar o efeito de diferentes épocas e posições de desfolha na região dos cachos sobre a qualidade química da uva ‘Cabernet Sauvignon’. O experimento foi realizado em um vinhedo comercial, com orientação Norte-Sul, localizado em Bom Retiro-SC. As plantas utilizadas estavam enxertadas sobre portaenxerto Paulsen 1103, conduzidas no sistema espaldeira em cordão esporonado duplo e com espaçamento de 3,0 x 1,2 m. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso com parcelas subdivididas, sendo as parcelas constituídas de duas épocas de desfolha, realizadas na florada e na virada de cor das bagas; e as subparcelas correspondendo a uma testemunha (sem desfolha) e três tipos de remoção das folhas: desfolha parcial no lado oeste, expondo os cachos ao sol poente; desfolha parcial no lado leste, expondo os cachos ao sol nascente; e desfolha nos dois lados. A desfolha foi realizada até a altura do segundo cacho. No momento da colheita, foram analisadas variáveis químicas: sólidos solúveis (°Brix), pH, acidez total (meq L-1), polifenóis totais (mg L-1) e antocianinas monoméricas totais (mg L -1). Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e ao teste de comparação de médias de Tukey ao nível de 5% de probabilidade de erro. A desfolha realizada no lado oeste das plantas, expondo os cachos ao sol poente, foi o tratamento que apresentou o maior valor de sólidos solúveis (19°Brix), independente da época da desfolha. Entretanto, este tratamento não diferiu estatisticamente da desfolha realizada nos dois lados (18,6°Brix). O pH foi maior em uvas das plantas submetidas à remoção de folhas na época da florada (3,03), não havendo interação com o tipo de desfolha. Não se observou efeitos significativos dos tratamentos sobre as demais variáveis. Conclui-se que a desfolha no lado do sol poente, independente da época de realização, melhora o teor de sólidos solúveis da baga da variedade Cabernet Sauvignon. 1 Mestrando em Produção Vegetal, CAV/UDESC, [email protected]; [email protected]; [email protected]; 2 Acadêmico do curso de Agronomia, CAV/UDESC, [email protected], [email protected], [email protected]; 3 Dr. Prof. CAV/UDESC. [email protected]. 119 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E QUÍMICAS DE CULTIVARES DE PESSEGUEIRO DE CICLO PRECOCE PRODUZIDAS NA SERRA GAÚCHA Simone Rossetto da Silva1; Joviana Lerin1; Gislaine Tais Grzeça1; Gilberto Luiz Putti2; Rodrigo Otávio Câmara Monteiro2 O Rio Grande do Sul é o principal produtor de pêssegos, com cerca de 46% da produção nacional, (EMBRAPA, 2005). Com pouquíssimas variedades a Serra Gaúcha concentra grande parte da produção em cultivares de ciclo tardio, no entanto com o aumento da área produtiva surgiram problemas como a concentração da safra em um curto período e a queda no preço do produto (EMBRAPA, 2003). Assim, a implantação de novas cultivares que frutifiquem em épocas diferentes e que tenham atributos físicos e químicos de pós-colheita que estejam de acordo com o gosto do consumidor é de extrema importância para o desenvolvimento desta cultura na região. O objetivo deste trabalho foi avaliar parâmetros físicos e químicos de pós-colheita de pêssegos das cultivares BRS Rubimel e BRS Kampai conduzidas em dois sistemas de condução de plantas (Y e Taça). O trabalho foi realizado no pomar experimental do Instituto Federal do Rio Grande do Sul – Campus Bento Gonçalves. Após a colheita dos frutos foram realizadas análises químicas como acidez total titulável (ATT, % de ácido málico), teor de sólidos solúveis totais (SST/ºBrix), relação SST/ATT ; e físicas de massa (g), comprimento (mm) e diâmetro (mm) dos frutos. Os dados foram submetidos à análise da variância e Teste F e as médias comparadas pelo teste Tukey 1% e 5% através do auxílio do Programa computacional Assitat 7,6 beta. As avaliações permitiram concluir que o teor médio de SST encontrado foi de 11 ºBrix para cultivar RBS Rubimel e 10 ºBrix para cultivar BRS Kampai, os valores médio de ATT para cultivar RBS Rubimel foi de 0,35 e 0,37 para cultivar BRS Kampai nos dois sistemas de condução de plantas. O peso médio encontrado para as duas cultivares foi de 105g independente do sistema de condução utilizado, com comprimento de 6,1 mm e 5,9 mm e diâmetro de 6,2 mm e 6,1 mm por fruto para cultivar RBS Rubimel (Y e Taça, respectivamente). Para cultivar BRS Kampai o comprimento de fruto encontrado foi de 6,0 mm e 5,9 mm e o diâmetro 5,9 e 6,3 para os sistemas Y e Taça respectivamente. Os valores das características ATT, relação ATT/SST, massa e comprimento não apresentaram diferenças estatística para os fatores “condução”, “cultivar” ou interação “condução*cultivar”. A característica SST apresentou diferença para o fator “cultivar” sendo que a cultivar BRS Kampai apresentou o maior ºBrix, sendo esta, uma cultivar produzida para o consumo “in natura” é importante que apresente maior teor de sólidos solúveis totais do que uma cultivar produzida com finalidade principal para indústria como é o caso da cultivar RBS Rubimel. A característica diâmetro dos frutos apresentou diferença significativa para o fator “condução*cultivar” onde a cultivar BRS Kampai no sistema de condução em taça apresentou o menor diâmetro em mm dos frutos. As avaliações permitiram concluir que nas condições de clima da Serra Gaúcha as cultivares avaliadas apresentaram valores de SST dentro do esperado para cultivares de ciclo precoce sendo que a cultivar BRS Kampai se destacou com maior ºBrix e os valores baixo encontrados para acidez total titulável indicam que são cultivares de alta qualidade. As duas cultivares avaliadas apresentaram bons resultados físicos, mostrando ter peso, comprimento e diâmetro aceitáveis para o mercado consumidor. 1 Estudante de Tecnologia em Horticultura IFRS/BG. Bento Gonçalves, RS – Cep: 95700000. e-mail: [email protected]; 2 Professor do Departamento de fruticultura do IFRS/BG. Bento Gonçalves, RS – Cep: 95700000. e-mail: [email protected]. 120 CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DE FLORES DE MARMELEIROS Suélen Braga de Andrade1; Cari Rejane Fiss Timm2; Cláudia Simone Madruga Lima3; Thaís Santos Lima²; Andrea De Rossi Rufato4; José Carlos Fachinello5 O conhecimento das características florais das culturas agronômicas é uma base importante para o desenvolvimento de técnicas para uma adequada polinização. Por esta razão, estudos referentes à morfologia de flores e estrutura polínica são de importância no auxílio a programas de melhoramento genético, para a obtenção de novas cultivares. O objetivo deste trabalho foi realizar uma caracterização física de quatro genótipos de marmeleiros (Cydonia oblonga). O experimento foi conduzido no Centro Agropecuário da Palma e as análises realizadas nos anos de 2009 e 2010 no departamento de Fitotecnia da FAEM/UFPEL. Foram utilizados marmeleiros das cultivares Du Lot, Smyrna, Uranja e Zuquerineta. Após superação do período hibernal, foram coletadas flores em estádio de prefloração em diferentes partes das plantas. Estas foram colocadas em sacos de papel e posteriormente levados ao laboratório para avaliação do comprimento de pistilo através da utilização de régua milimetrada e expresso em centímetros, assim como a massa fresca das flores em gramas, com o auxilio de uma balança digital. Para a realização da massa seca, as flores foram submetidas à secagem em estufa por 48 horas a 65ºC, até a obtenção de massa constante em gramas e posteriormente avaliadas da mesma forma que a massa fresca. No ano de 2009 ocorreu acúmulo de 670 H.F. e em 2010, 450 H.F na região de Pelotas. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com três repetições contendo cinquenta botões florais cada. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de significância. Para todas as variáveis analisadas, as flores dos genótipos Du Lot, Smyrna e Uranja, apresentaram menores valores no ano de 2010, quando em comparação com o ano de 2009. A cv. Zuquerineta não apresentou diferença estatística para a variável massa fresca entre os anos avaliados, para as demais variáveis, esta cv. diferiu estatisticamente. Entre as frutíferas de clima temperado o marmeleiro, é o que possui menor exigência em frio hibernal. Pode-se observar que apesar de baixa necessidade de frio, no ano com maior acúmulo de horas de frio (2009) também favoreceu a formação de flores com maior massa fresca. A cv. Du Lot foi a que apresentou os maiores valores para massa fresca e seca de flores para ambos os anos. Esta mesma cultivar deteve o maior comprimento de pistilo no ano de 2009, medindo em média 1,70 cm. Já no ano de 2009 o comprimento médio do pistilo da flor de marmeleiro Du Lot foi de 1,10 cm, não diferindo estatisticamente neste ano com a média de comprimento de pistilo das flores da cv. Uranja. A redução do comprimento do pistilo também pode estar associada à redução do número de horas de frio ocorrida no ano de 2010, pois as flores quando submetidas a condições de estresse necessitam de maiores gastos de nutrientes e por esta razão pode enfraquecer o sistema fisiológico das reservas da planta, causando certas anomalias na flor, como pode ser verificado. De acordo com os testes realizados, a cv. Du Lot foi a que apresentou os maiores valores para as variáveis avaliadas, indicando que este genótipo de marmeleiro sofre menos com a redução do acúmulo de horas de frio. 1 Engenheira Agrícola, Mestranda PPGA/UFPel. Universidade Federal de Pelotas, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Departamento de Fitotecnia, Caixa Postal 354, 96010-900 Pelotas, RS E-mail: [email protected]; 2 Engenheira Agrônoma, Msc. Doutoranda PPGA/UFPel. Universidade Federal de Pelotas, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Departamento de Fitotecnia, Caixa Postal 354, 96010-900 Pelotas, RS E-mail: [email protected]; [email protected]; 3 Engenheira Agrônoma, Drª. Associação Sulina de Crédito Rural. Felix da Cunha, 626, CEP: 96010-000 Pelotas, RS, Email: [email protected]; 4 Engenheira Agrônoma, Drª. Pesquisadora. Embrapa Uva e Vinho, Estação Experimental de Fruticultura de Clima Temperado, BR 285, Km 115, CEP: 95200-000 Vacaria, RS, E-mail: [email protected]; 5 Engenheiro Agrônomo, Dr. Professor. Universidade Federal de Pelotas, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Departamento de Fitotecnia, Caixa Postal 354, 96010-900 Pelotas, RS E-mail: [email protected]. 121 ALTERNATIVAS AO USO DA CIANAMIDA HIDROGENADA NA INDUÇÃO DE BROTAÇÃO EM PEREIRA ‘ROCHA’ Suelen Cristina Uber1; Thaísa Pietrovski2; Franciele Calgaro3; Renato Vasconcelos Botelho4; Ramon Voss5; Andricia Verlindo6; Aike Anneliese Kretzschmar7 O período de dormência das plantas de clima temperado se caracteriza por elas perderem suas folhas e diminuírem seus metabolismos fazendo com que sobrevivam as baixas temperaturas. A superação deste período faz dar início ao um novo ciclo vegetativo. Para a indução e uniformização de brotação a principal prática adotada é a pulverização com cianamida hidrogenada juntamente com óleo mineral. Atualmente, entretanto, a cianamida hidrogenada é classificada como classe toxicológica I (extremamente tóxica). As vendas dos produtos comerciais foram temporariamente suspensas na Itália e o produto está em processo de regulamentação pela Comunidade Europeia. Portanto, torna-se imprescindível a realização de estudos sobre métodos alternativos eficientes na quebra de dormência, quando as exigências de frio não forem satisfeitas. Entre essas alternativas, algumas que tem sido estudada são as aplicações de óleo mineral e extrato de alho para a indução de brotação. O objetivo do trabalho foi testar a eficiência de diferentes produtos para a quebra de dormência na cultura da pereira ‘Rocha’ (Pyrus communis). O experimento foi conduzido na Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná, Departamento de Agronomia, Setor de Fruticultura, Guarapuava – Paraná. As aplicações foram realizadas quando as gemas encontravam no estádio fenológico considerado de “gema inchada”. Foram selecionados quatro ramos aleatórios e contados os números de gemas e a partir destes, as porcentagens de brotações. Os tratamentos utilizados foram: T1 – Testemunha; T2 – Óleo mineral 4%; T3 – Óleo mineral 4% + Extrato de alho 3%; T4 – Óleo mineral 4% + Extrato de alho 6%; T5 – Dormex 2% + Óleo mineral 4%. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. As médias de brotações obtidas nos tratamentos foram: T1: 48%; T2: 63%; T3: 62%; T4: 56% e T5: 60%. Os tratamentos não diferiram entre si estatisticamente, no entanto, conforme o esperado a testemunha teve a menor porcentagem de brotações. Novos estudos devem ser realizados para se obter alternativas ao uso da cianamida hidrogenada. Este trabalho vem a colaborar com a pesquisa na busca de uma alternativa a cianamida hidrogenada. 1 Eng. Agr. Mestranda em Produção Vegetal - Universidade do Estado de Santa Catarina, Luiz de Camões, 2090 - Lages SC, 88520-000. E-mail: [email protected]; 2 Eng. Agr. Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná. Rua Camargo Varela de Sá, 03 - Vila Carli, Guarapuava – Paraná. CEP 85040-080. E-mail: [email protected]; 3 Graduanda em Agronomia – Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná. Rua Camargo Varela de Sá, 03 - Vila Carli. Guarapuava – PR. CEP 85040-080. Email: [email protected]; 4 Prof. Adj. Dr. - Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná. Rua Camargo Varela de Sá, 03 - Vila Carli. Guarapuava – PR. CEP 85040-080. E-mail: [email protected]; 5 Graduando em Agronomia - Universidade do Estado de Santa Catarina, Luiz de Camões, 2090 - Lages - SC, 88520-000. Email: [email protected]; 6 Doutoranda em Produção Vegetal - Universidade Federal do Paraná. R. dos Funcionários, 1540 – Cabral. Curitiba – PR, 80035-050. E-mail: [email protected]; 7 Prof. Adj Dra. - Universidade do Estado de Santa Catarina, Universidade do Estado de Santa Catarina, Luiz de Camões, 2090 - Lages - SC, 88520-000. E-mail: [email protected]. 122 EFEITO DA APLICAÇÃO DE THIDIAZURON NA FRUTIFICAÇÃO DA MACIEIRA ‘IMPERIAL GALA’ Taís Altmann1; José Luiz Petri2; Gentil Carneiro Gabardo3 Muitos fatores podem influenciar negativamente a produção da macieira, como deficiências de polinização, baixo nível nutricional, alta produção no ano anterior e fatores climáticos, como baixas temperaturas e geadas no período da floração. Quando a polinização é deficiente há redução no número de sementes, diminuindo a síntese local de fitormônios, e para que o ovário se desenvolva, torna-se necessário a translocação de fitormônios produzidos em outras partes da planta para os frutos. A aplicação de determinados fitorreguladores é, reconhecidamente, uma opção para substituir o efeito dos fitormônios produzidos pelas sementes. O objetivo do trabalho foi verificar o efeito de Thidiazuron (TDZ) na indução e desenvolvimento de frutos partenocárpicos. O experimento foi conduzido durante o ciclo de produção 2012/2013, em pomar comercial plantado no ano de 1998, situado na cidade de Fraiburgo,SC, com latitude de 27º04’’S, longitude 50 52’W, cultivar Imperial Gala, com espaçamento de 4,5 x 1,5 m e porta-enxerto Marubakaido com filtro M9. Avaliou-se o efeito da concentração de Thidiazuron (TDZ) em duas épocas de aplicação, no desenvolvimento de frutos partenocárpicos em macieira ‘Imperial Gala’, sendo estudadas concentrações de 0, 5, 10, 15, 20 e 25 ppm, aplicadas no estádio E2 e 0, 5, 10, 15, 20 e 25 ppm aplicados nos estádios E2+F2. Os tratamentos foram aplicados em 21/09 (estádio E2) e 26/09 F2, sendo que em 26/09 houve formação geada. As variáveis analisadas foram: produção por planta (kg planta-1), número médio de frutos por planta (frutos planta-1), massa média dos frutos (g fruto1 ) e número médio de sementes dos frutos. Para a contagem do número de sementes foram utilizadas amostras de 20 frutos por planta, selecionados aleatoriamente. O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso com 12 tratamentos e 6 repetições de uma planta por parcela. Os dados foram submetidos à análise de variância, aplicando-se o teste de Scott Knott a 5% de probabilidade. Os resultados obtidos mostraram que a aplicação de Thidiazuron, no estádio E2, aumentou a produção por planta (kg.planta-1). Os tratamentos com 5, 10, 20 e 25 ppm, aplicados no estádio E2 e 15 ppm aplicado no estádio E2+F2 apresentaram produção significativamente superior às testemunhas. Os resultados obtidos para variável massa média fresca dos frutos apresentaram-se variáveis. Os tratamentos com Thidiazuron, aplicados no estádio E2+F2, apresentaram um menor número de sementes, um maior percentual de frutos sem sementes, consequentemente, um menor percentual de frutos com mais de 3 sementes por fruto. O Thidiazuron é efetivo na indução e desenvolvimento de frutos partenocárpicos em macieira ‘Imperial Gala’. Sua aplicação pode ser uma alternativa para pomares que apresentam problemas durante a polinização e fecundação das flores, ou onde ocorreu a formação de geada, proporcionando a produção de frutos partenocárpicos. Palavras chaves: Fitoreguladores, Malus domestica, partenocarpia, frutificação efetiva. 1 Estudante de Agronomia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e-mail: [email protected]. Engenheiro Agrônomo, M.Sc., Pesquisador da Epagri/Estação Experimental de Caçador. Cx. P. 591. 89.500-000. Caçador, SC. e-mail: [email protected]; 3 Engenheiro Agrônomo, Mestrando em Produção Vegetal, UDESC-CAV, Lages/SC. 2 123 REDUÇÃO DE GEMAS FLORÍFERAS EM PESSEGUEIRO PELO USO DE ÁCIDO GIBERÉLICO Tales Franchi1; Marcos Antônio Giovanaz2; Daniel Spagnol3; Günter Timm Beskow3; Caio Sippel Dörr1; Marcos Ernani Prezotto1; José Carlos Fachinello4 Mesmo quando devidamente podadas, a maioria das espécies frutíferas apresentam frutificação superior à capacidade de produção resultando em frutos de tamanho indesejáveis. Geralmente, cultivares de pessegueiro apresentarem alta quantidade de flores e uma alta frutifricação efetiva, o que resulta no aumento da necessidade de mão de obra para prática do raleio. A aplicação de giberilinas durante o periodo de indução floral é eficaz em reduzir o número de gemas floríferas no ciclo de produção subsequente, reduzindo a intensidade de floração. Neste sentido, o trabalho objetivou avaliar a diminuição das gemas florais em pessegueiro através da aplicação de ácido giberélico (AG3) em doses e época diferentes. O experimento foi conduzido em uma propriedade rural, localizada no município do Capão do Leão – RS, Brasil, no ano de 2012. Foram utilizados pessegueiros da cultivar Maciel, com 13 anos de idade, enxertada sobre o porta-enxerto Capdeboscq. O experimento consistiu de 10 tratamento, com plantas sem aplicação e plantas tratadas com AG3 nas doses de 25 , 75 e 125 mg L-1, nas épocas de 20, 40 e 60 dias após a plena floração (DAPF). No ano de 2013 após a queda das folhas do pessegueiro, foi avaliado o retorno da floração, o qual foi expresso em número de gemas floríferas por centímetro de ramo. Para tanto, foram marcados quatro ramos por planta, dois por cada quadrante da planta, contado-se o número de gemas floríferas e medido o tamanho dos ramos. O delineamento experimental foi em blocos ao caso, com três repetições de duas plantas por parcela mais a bordadura. Os resultados obtidos foram submetidos a análise de variância (p≤0,05), e quando significativos foi realizada análise de regressão polinomial. A aplicação das dosagens realizadas a 20 DAPF não apresentaram resultados significativos. As doses de ácido giberélico aplicadas a 40 DAPF apresentaram uma curva quádrática negativa, com maior redução de gemas floríferas na dose de 125 mg L-1, apresentando redução de 31,6% em gemas de flor quando comparada a plantas sem aplicação. As plantas tratadas aos 60 DAPF também apresentaram uma resposta quadrática negativa e uma maior sensibilidade ao regulador vegetal. A dose de 125 mg L-1, reduziu em 58,9% o número de gemas floríferas e as doses de 25 e 75 mg L-1 ocasionaram uma redução de 44,5 e 46,5% respectivamente. A redução no numero de gemas de flor por ramo, vai proporcionar uma menor quantidade de frutos por planta, reduzindo a necessidade de raleio manual. Ácido giberélico aplicado a 60 DAPF apresentou uma maior redução no número de gemas de flor, e dose de 25 mg L-1 aplicada a 60 DAPF proporcionou uma maior redução que a dose de 125 mg L-1 aplicado a 40 DAPF. Estes resultados preliminares sugerem que a época de aplicação é determinante sobre o efeito do ácido giberélico na inibição de gemas floríferas. 1 Graduandos em Agronomia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas, , Caixa postal 354, Cep - 96010-900, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. [email protected]; [email protected]; [email protected]; 2 Eng. Agr. Mestrandos em Agronomia, Fruticultura de Clima Temperado, Departamento de Fitotecnia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas, Caixa posta 354, Cep - 96010-900, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. [email protected]; 3 Eng. Agr. Doutorando em Agronomia, Fruticultura de Clima Temperado, Departamento de Fitotecnia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas, Caixa postal 354, Cep - 96010-900, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. [email protected]; [email protected]; 4 Eng. Agr. Doutor, Professor Titular, Departamento de Fitotecnia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas, Caixa postal 354, Cep - 96010-900, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. [email protected]. 124 EFEITO DA GEADA TARDIA NA PRODUÇÃO DA VARIEDADE CABERNET SAUVIGNON (Vitis vinifera L.) EM SÃO JOAQUIM, SC, CICLO 2012/2013 Tatiane Carine da Silva1; Marcelo Borghezan2; Monica Canton 3; Larissa Villar4; Aparecido Lima da Silva5 Santa Catarina é um dos Estados brasileiros com ocorrência de geadas durante o inverno e início da primavera. Geadas tardias são aquelas que ocorrem durante a primavera, podendo afetar os ramos que estão em fase de crescimento vegetativo. Este fenômeno pode causar prejuízos parciais ou totais na produção, principalmente para as frutas de clima temperado. A Cabernet Sauvignon é uma variedade de brotação tardia, apresentando início do ciclo vegetativo no início da primavera na região de São Joaquim/SC, sendo que nesse período ainda ocorrem as geadas tardias com baixa frequência. A formação da geada ocorre quando a temperatura do ar próxima ao solo ou superfícies expostas atinge valores abaixo de 0°C, podendo danificar e até matar os tecidos das plantas. Quando a temperatura é menor que 0°C durante a brotação, ocorre a formação de gelo, “queimando” os brotos em crescimento ou flores em desenvolvimento. O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto da geada, ocorrida em 26/09/2012, na produção da variedade Cabernet Sauvignon durante o ciclo 2012/2013, em São Joaquim/SC. O vinhedo comercial é conduzido no sistema espaldeira e encontra-se a uma altitude de 1.293 m. O experimento foi realizado em um delineamento completamente casualizado, composto por 3 repetições, sendo avaliadas 8 plantas por parcela. Foram avaliadas plantas afetadas e não afetadas pela geada. Contou-se o número de ramos por planta após o efeito da geada (26/09/2012). Na colheita (14/02/2013) determinou-se o número e peso dos cachos por planta. O número médio foi de 26 ramos por planta, sendo que 70% destes foram comprometidos pela geada. As plantas afetadas pela geada apresentaram média de 7 cachos/planta, enquanto as não afetadas apresentaram 28 cachos/planta. As plantas afetadas também apresentaram menor produção, com 0,583 kg/planta, enquanto as não afetadas apresentaram 3,050 kg/planta. A redução na produção da variedade Cabernet Sauvignon no ciclo 2012/2013 foi de 80%. Os resultados mostram que as geadas ocorridas durante o período de crescimento vegetativo da videira, comprometeram significativamente a produção da uva 1 Eng. Agra. Mestranda em Recursos Genéticos Vegetais. Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia, Rod. Admar Gonzaga, 1346, Itacorubi, 88034-001, Florianópolis, SC. [email protected]; 2 Eng. Agr. Bolsista Recém-doutor PNPD/CAPES, Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia, Rod. Admar Gonzaga, 1346, Itacorubi, 88034-001, Florianópolis, SC; 3 Graduanda em Agronomia, Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia, Rod. Admar Gonzaga, 1346, Itacorubi, 88034-001, Florianópolis, SC; 4 Eng. Agra. Doutoranda em Recursos Genéticos Vegetais, Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia, Rod. Admar Gonzaga, 1346, Itacorubi, 88034-001, Florianópolis, SC; 5 Eng. Agr. Professor, Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia, Rod. Admar Gonzaga, 1346, Itacorubi, 88034-001, Florianópolis, SC. 125 INFLUENCIA DA DESFOLHA ANTECIPADA NA INTENSIDADE DE ABORTAMENTO FLORAL EM PEREIRA ‘HOUSUI’ Thaís Santos Lima1; Laura Reisdorfer Sommer2; Caroline Moreira Rodrigues1; Priscila Alvariza Amaral1; Samila Silva Camargo2; Gustavo Marin Andreeta3; Luciane Both Haas3; Flavio Gilberto Herter4 O abortamento floral é um fenômeno caracterizado pela necrose dos primórdios das gemas florais acarretando a destruição parcial ou total, sendo um dos principais problemas enfrentados pela cultura da pereira, já que proporciona menor número de gemas com flores e menor número de flores/gema, refletindo conseqüentemente em menor produtividade. Objetivou-se com este trabalho verificar a influência da desfolha artificial em plantas de pereiras japonesas da cultivar Housui, na incidência de abortamento floral, sob condições de inverno ameno. Foram utilizadas pereiras japonesas (Pyrus pyrifolia (Burm) Nakai) da cultivar Housui , com doze anos de idade, enxertadas sobre o porta-enxerto Pyrus calleryana. O material foi coletado no pomar didático do Centro Agropecuário da Palma (FAEM-UFPel), localizado no município de Capão do Leão/RS (latitude 31°52'00" S, longitude 52°21'24" W e altitude de 13,24 metros), durante o ciclo 2011. Para o experimento da desfolha, foram selecionados grupos de três plantas aleatórios dispostos em uma mesma linha. Os três primeiros grupos de três plantas correspondem aos tratamentos referentes as três épocas de desfolha, realizadas em 14 de abril, 05 de maio e 31 de maio. O último grupo de três plantas corresponde a testemunha que não foi desfolhada, e suas folhas caíram naturalmente (aproximadamente 20 dias após a última desfolha artificial). A desfolha foi realizada retirando-se manualmente todas as folhas da planta. Para a avaliação da percentagem de primórdios necrosados fez-se a coleta no dia 27 de setembro, de 5 ramos de cada tratamento e dessecou-se uma gema apical e a quarta gema de cada ramo (mediana), contada a partir do ápice. Contou-se o número de primórdios presentes em cada gema e classificou-se o grau de necrose destes em três níveis de acordo com uma escala de intensidade de necrose de primórdios florais: 0= primórdio sadio, 1= primórdio com algum sinal de necrose e 2= primórdio totalmente necrosado. O experimento foi conduzido de acordo com um delineamento experimental inteiramente casualizado, com três repetições utilizando o programa estatístico Winstat (Versão 1.0). Nas condições em que foi desenvolvido o experimento, pode-se concluir que no que se refere a percentagem de primórdios sadios em relação as diferentes épocas de desfolha, para cultivar Housui não houve significância estatística entre os tratamentos em nenhuma das porções dos ramos. 1 Engª. Agrª. Doutorando(a) em Agronomia/Fruticultura de Clima Temperado – Departamento de Fitotecnia FAEM/UFPel.– Cx. P. 354 – 96010-900 – sala 613 – Pelotas – RS – [email protected]; [email protected]; [email protected]; 2 Eng(a). Agr(a). Mestrando(a) em Agronomia/Fruticultura de Clima Temperado – Departamento de Fitotecnia FAEM/UFPel.– Cx. P. 354 – 96010-900 – sala 613 – Pelotas – RS – [email protected]; [email protected]; 3 Estagiário, estudante de Agronomia, Universidade Federal de Pelotas-RS, e-mail: [email protected]; [email protected]; 4 Eng. Agr., Dr., Universidade Federal de Pelotas, C.P. 354, 96010-900, Pelotas-RS, e-mail:[email protected]. 126 COMPORTAMENTO ADAPTATIVO DE ABELHA MANDAÇAIA EM CASA DE VEGETAÇÃO PARA USO COMO POLINIZADORA DE MORANGUEIRO Thomas Gustavo Rau1; Cristiano Hossel1; Marcelo Dotto2; Kelli Pirola2; Américo Wagner Júnior 3 O morangueiro (Fragaria X ananassa Duch.) também vem sendo cultivado em ambientes fechados como opção para hidroponia. Porém, este sistema de produção tem o entrave de necessitar de agente polinizador para a correta formação dos aquênios, que se constituem nos frutos verdadeiros. Os aquênios serão responsáveis pela liberação de auxinas que incentivam o desenvolvimento do receptáculo culminando com a formação do pseudofruto que é conhecido como o morango. Normalmente, a polinização é realizada por abelhas africanas, porém em casa de vegetação este inseto pode-se mostrar problemático, com riscos de acidentes pela sua agressividade, necessitando-se buscar alternativas com menos riscos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento adaptativo da abelha Mandaçaia (Melipona quadrifasciata L.) em casa de vegetação para indicá-la como possível polinizadora de flores de morangueiro da cultivar Camino Real. O trabalho foi realizado na Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Câmpus Dois Vizinhos, no período de 30 de agosto a 14 de Setembro. As plantas foram cultivadas em vasos plásticos (3 litros), contendo em seu interior o substrato comercial Mecplant®, no interior de casa de vegetação sob bancada metálica, utilizando o sistema de irrigação em gotejamento, do tipo espaguete. Foi controlada a temperatura no ambiente interno da casa de vegetação em 255°C. O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado, com 4 repetições de 10 plantas cada. Foi colocado os vasos em sistema de gaiola com tela antiafídeo nas laterais (4 x 2 m e altura de 2 metros). Dentro desta gaiola foi colocada colmeia de abelhas mandaçaia. Foram realizadas oito avaliações por meio do acompanhamento das abelhas, a cada hora por período de 10 min, iniciando-se das 7 até 17 horas. Foi quantificado o número de abelhas que saíam carregando lixo pelas mandíbulas, saída sem carregamento do material e que entravam na colmeia, que se mantinham ao redor da estrutura de entrada da colmeia, que voavam ao redor desta, além daquelas que realizavam voos de reconhecimento e de tentativa de fuga do ambiente. Também se fez a quantificação das abelhas mortas, diferindo-as entre princesas e operárias. Destes resultados foi calculada a média aritmética das oito avaliações realizadas. No decorrer do experimento as abelhas não buscaram as flores do morangueiro, sendo seu comportamento resumido a procurar meios de fuga e a retirar o lixo do interior da caixa. Verificou-se que logo após a saída da colmeia elas permaneciam pouco tempo em voo, que poderia ser de reconhecimento. No dia da instalação da colmeia, no interior do ambiente fechado, grande número de abelhas saíram da colmeia em tentativa de fuga. Já a partir do segundo dia esse comportamento foi menos intenso. Com base nos dados encontrados, constatou-se que a abelha mandaçaia teve preferência de atividade às 12h, podendo provavelmente esse comportamento estar envolvido com variação de luminosidade destes horários. Contudo, a variável saída da colmeia com carregamento de lixo se apresentou como única exceção ao apresentar máximo nos horários mais matutinos com progressiva queda no decorrer do dia. Quanto à contagem de abelhas encontradas mortas, observou-se que a maioria era composta por princesas, encontrando-se entre 1 a 6 por dia. 1 Acadêmicos do Curso de Engenharia Florestal - Bolsista Capes, Programa Jovens Talentos e PIBIC-Fundação Araucária, respectivamente – Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) - Câmpus Dois Vizinhos – Dois Vizinhos, PR – CEP: 85660-000. e-mail: [email protected]; [email protected]; 2 Tecnólogos em Horticultura. Doutorandos em Agronomia – Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) – Câmpus Pato Branco - Pato Branco, PR – CEP: 85660-000. e-mail: [email protected], [email protected]; 3 Eng. Agr. DSc. Professor da UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Câmpus Dois Vizinhos - Dois Vizinhos, PR - CEP: 85660-000. e-mail: [email protected]. 127 MÉTODOS DE ESTIMATIVA DA SOMA TÉRMICA E DESENVOLVIMENTO DA VIDEIRA ‘TANNAT’ Tiago Camponogara Tomazetti1; Márcia Denise Rossarolla2; André Ricardo Zeist1; Clevison Luiz Giacobbo3; Leocir José Welter4; Cleber Maus Alberto5 Nos últimos anos, na região da fronteira oeste do Rio Grande do Sul o cultivo de videiras está em expansão, entretanto, não há conhecimento do comportamento fenológico das videiras na região. Assim, o objetivo com este trabalho foi avaliar diferentes métodos de cálculo da soma térmica e a duração das fases de desenvolvimento da videira ‘Tannat’. O desenvolvimento fenológico das cultivares foi acompanhado durante cinco safras (2005/06 a 2009/10), foram coletadas diariamente as temperaturas mínimas (Tmin) e máximas (Tmax) diariamente. A temperatura média foi calculada como sendo a média aritmética entre a Tmin e Tmax. As temperaturas cardinais adotadas foram: temperatura base inferior (Tb) 10 °C, temperatura ótima (Tot) 25 °C e temperatura base superior (TB) 35 °C, os métodos para cálculo da soma térmica diária (STD) foram expressos em °C dia e obtidos por: M1 (STd = (Tmed – Tb).1 dia, se Tmed<Tb, então Tmed=Tb), M2 (STd = (Tmed – Tb).1 dia, se Tmed<Tb, então Tmed=Tb; se Tmed>Tot, então Tmed=Tot) e, M3 (STd = [(Tmax – Tb)0,5].1 dia, quando Tmed<Tot e Tmin<Tb; STd = (0).1 dia, quando Tmax<Tb; STd = (Tmed - Tb).1 dia, quando Tmed<Tot e Tmin>Tb; STd = {(Tot – Tb).[(TB – Tmed)/(TB – Tot)]}.1 dia, quando Tmed>Tot e Tmax<TB; STd = {(TB – Tot).[(TB – Tmed)/(TB – Tot)]}.1 dia, quando Tmed>Tot e Tmax>TB, se Tmax>TB, então Tmax=TB). Os métodos de calculo da soma térmica foram comparados através do coeficiente de variação (CV). O ciclo de desenvolvimento do inicio da brotação à colheita (IB – C) foi subdividido em três períodos, do inicio da brotação ao inicio da maturação (IB – IF), inicio da floração ao inicio da maturação (IF – IM) e inicio da maturação à colheita (IM – C). A soma térmica necessária para o IB – C foi de 2305 °C dia, 2123 °C dia e 1823 °C dia respectivamente para o M1, M2 e M3, para o período do IB – IF o M1 apresentou o menor CV (22,4%), o período de IF – IM o M3 apresentou o menor CV (10,4%), o período do IM – C foi melhor estimado através do M2 que apresentou o menor CV (18,5%), entretanto, para o período IB – C o M3 apresentou o menor CV (5,5%), seguido por M2 (10,5%) e M3 (14,51%). Para estimar a soma térmica para o ciclo completo da videira ‘Tannat’ cultivada na fronteira oeste do Rio Grande do Sul, deve ser utilizado o M3. 1 Acadêmico do curso de Agronomia. Campus Itaqui – UNIPAMPA, Rua Luiz Joaquim de Sá Brito, s/nº, B. Promorar, 97650-000, Itaqui/RS, Brasil. [email protected]; [email protected]; 2 Matemática. Bolsista CNPq Acadêmica do curso de Agronomia. Campus Itaqui – UNIPAMPA, [email protected]; 3 Engº. Agrº. Dr. Prof. Adjunto. Campus Chapecó-SC - UFFS. Acesso Canários da terra, s/n, Bairro Seminário. 89813-140, Chapecó-SC. [email protected]; 4 Eng°. Agr°. Dr. Prof. Adjunto. Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, campus Curitibanos, 89.520-000, Curitibanos–SC. [email protected]; 5 Engº. Agrº. Dr. Prof. Adjunto. Campus Itaqui - UNIPAMPA. Rua Luiz Joaquim de Sá Brito, s/nº, B. Promorar, 97650-000, Itaqui/RS, Brasil. [email protected]. 128 CARACTERIZAÇÃO FENOLÓGICA E EXIGÊNCIA TÉRMICA DE VARIEDADES DE UVAS VINÍFERAS AUTÓCTONES ITALIANAS EM SÃO JOAQUIM/SC Tiago Ribeiro1; Suzeli Simon2; Gabriella Vanderlinde2, Emilio Brighenti3; Débora Dal Zotto4; Ediany Francieli Gomes Da Rosa4, Aparecido Lima da Silva5 A produção vitícola no Planalto Serrano Catarinense, atualmente, encontra-se em um momento de expansão na produção comercial de variedades viníferas (Vitis vinifera L ). Por se tratar de uma cultura recente para a região, percebe-se a necessidade de identificar variedades que possuem melhor adaptação. O objetivo deste trabalho foi caracterizar o comportamento fenológico e determinar as exigências térmicas de duas variedades de uvas viníferas autóctones italianas. As variedades avaliadas foram Ancellotta e Sagrantino e a área experimental estava localizada na Estação Experimental da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EPAGRI, localizada no município de São Joaquim - SC, (28°17’39” S, 49°55’56” W, altitude de 1400 m). As avaliações das variedades foram realizadas em três ciclos produtivos, 2010/2011, 2011/12 e 2012/2013, das quais se monitorou 20 plantas de cada variedade. Para a determinação dos estádios fenológicos foi utilizada a metodologia de Baillod e Baggiolini. As exigências térmicas das variedades foram calculadas empregando-se o somatório de graus-dia desde o inicio da brotação até a colheita utilizando-se a temperatura base de 10ºC. Os dados climáticos diários foram obtidos da estação agroclimática localizada na estação experimental de São Joaquim/ EPAGRI. Os resultados de três anos mostraram que a variedade Ancellotta apresentou em média um ciclo de 209,3 dias e uma exigência térmica da brotação até a colheita de 1336,5 graus-dia. Já a variedade Sagrantino apresentou em média um ciclo de 207 dias e uma exigência térmica de 1316,5 graus-dia. Em média a brotação e a colheita da variedade Ancellotta ocorreram em 17/09 e 16/04 respectivamente. As datas médias de brotação e colheita da variedade Sagrantino foram 16/09 e 13/04. As variedades Ancellotta e Sagrantino apresentam em seu país de origem um ciclo médio tardio, o que também foi observado no local de estudo. Os resultados sugerem que São Joaquim possui potencial para produção de Ancellotta e Sagrantino, visto que tais variedades apresentam um ciclo médio tardio e correm menos riscos de danos causados pela ocorrência de geadas tardias. 1 Graduando de Agronomia UFSC - Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia/UFSC Caixa Postal 476 – Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]; 2 Eng. Agrª. Mestranda PPGA-RGV/UFSC - Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia/UFSC – Caixa Postal 476 – Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]; [email protected]; 3 Eng. Agrônomo, M.Sc. Pesquisador Epagri – Estação Experimental de São Joaquim. E-mail: [email protected]; 4 Graduando de Agronomia UFSC - Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia/UFSC Caixa Postal 476 – Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]; [email protected]; 5 Professor Dr. Departamento de Fitotecnia, Universidade Federal de Santa Catarina – – Caixa Postal 476 – Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]. 129 EXIGÊNCIA TÉRMICA E FENOLOGIA DA CULTIVAR SAUVIGNON BLANC NA REGIÃO DE SANTANA DO LIVRAMENTO RIO GRANDE DO SUL Vagner Brasil Costa1; Marcelo Barbosa Malgarim2; Flávio Gilberto Herter3 Várias iniciativas têm sido tomadas atualmente, com o propósito de identificar novas regiões vitícolas no Brasil, onde as condições ambientais sejam mais favoráveis à obtenção de melhores índices de maturação e qualidade da uva. O conhecimento das fases fenológicas é de fundamental interesse para o viticultor, pois possibilitam tomadas de decisão quanto às práticas de manejo necessárias para o desenvolvimento e a produção da videira. Uma das regiões brasileiras que tem se destacado à produção de uvas finas é a região da Metade do Sul do Rio Grande do Sul, localizada no sul do Brasil. Com isso, o trabalho objetivou avaliar a fenologia e a exigência térmica da cultivar Sauvignon Blanc produzida no município de Santana do Livramento/RS. Foram analisados dados fenológicos e climáticos de 18 anos (safras 1993/94 a 2010/2011) de uvas produzidas na Vinícola Almadén. Para a determinação das exigências térmicas, foi utilizado o somatório de graus dias desde o início da brotação até o final da maturação das uvas, seguindo a equação GD= [(Tm-Tb) + (TM-Tm)/2], para Tm > Tb onde Tm= temperatura mínima do ar, Tb = temperatura base (igual a 10oC), TM = temperatura máxima do ar, em oC. Com relação a fenologia, as determinações foram baseadas na escala proposta por Eichorn & Lorenz (1984) e avaliados os seguintes subperíodos fenológicos: início de brotação a final de brotação (IB-FB), final de brotação a início de floração (FB-IF), início de floração a final de floração (IF-FF), final de floração a início de maturação (FF-IM) e início de maturação a final de maturação (IM-FM), não sendo calculado o subperíodo poda a início de brotação, devido haver muita diferença de datas entre os anos estudados. O ciclo médio produtivo da videira cultivar Sauvignon Blanc desde o início de brotação até final de maturação na região estudada foi de 137 dias, com um acúmulo médio de 1599,2 GD. No que se refere aos subperíodos fenológicos; IB-FB o acúmulo foi de 104,2 GD e 15 dias para completar o subperíodo; FB-IF o acúmulo foi de 217,4GD e a duração de 25 dias; para subperíodo IF-FF o somatório foi de 138,4GD com duração de 14 dias; o subperíodo FF-IM acúmulo de 626,4GD e 49 dias de duração; finalmente para o subperíodo IM-FM o acúmulo foi de 512,5GD necessitando de 34 dias. Ressalta-se a necessidade de registro de dados fenológicos para que outras informações possam ser obtidas no sentido de auxiliar o zoneamento da cultura e o potencial de produção na região de estudo. 1 Eng. Agr. Professor Dr. IFRS/Câmpus Bento Gonçalves. Av. Osvaldo Aranha, 540, CEP: 95700-000, Bento Gonçalves RS. [email protected]; 2 Eng. Agr. Professor Dr. UFPel/FAEM. Caixa Postal: 354. CEP: 96 001-970 - Pelotas, RS. [email protected]; 3 Eng. Agr. Professor Dr. UFPel/FAEM. Caixa Postal: 354. CEP: 96 001-970 - Pelotas, RS. [email protected]. 130 COMPORTAMENTO FENOLÓGICO DE CLONES DE AMEIXEIRA EM SÃO JOAQUIM, SC. CICLO 2012/2013 Valdir Bonin1, Marco Antonio Dalbó2 O Planalto Sul Catarinense é, no Brasil, a região cujo clima mais se assemelha ao clima temperado. Mesmo assim, no caso específico da ameixeira, as condições climáticas do sul do Brasil são menos favoráveis que nos principais pólos mundiais de produção, devido principalmente ao elevado risco de geadas tardias e ao excesso de precipitação pluviométrica no período de maturação. Os trabalhos de pesquisa do Projeto de Melhoramento Genético de Fruteiras de Caroço desenvolvido pela Epagri, para as regiões de altitude de Santa Catarina visam principalmente à obtenção de cultivares com período de floração depois da cv. Letícia (mais plantada na região), que no ciclo 2012/2013 ocorreu dentro da média histórica, ou seja, início de Setembro e, que apresentem tolerância e/ou resistência à escaldadura das folhas e ao cancro bacteriano, principais doenças da ameixeira no Brasil. Deste projeto, em 2007, a Epagri já lançou duas novas cultivares: Piuna, que floresce praticamente junto com Letícia e Camila, com floração entre 10 a 15 dias após a Letícia. Anualmente, novas seleções são introduzidas para avaliação bem como descartadas aquelas com características indesejáveis. Atualmente, das seleções avançadas em avaliação na Estação Experimental de São Joaquim, sete são consideradas promissoras por ter apresentado floração semelhante à Letícia (seleções 93-1-8/5 e 92-9-A-6/5) e, após a floração da Letícia (seleções 93-1-8/7; 37-3/4; 92-2-2/33; 922-2/35 e 94-21-2/21). Estas seleções requerem ainda, confirmação de seu desempenho nos próximos anos principalmente a aspectos relacionados à produtividade, sanidade, firmeza da polpa, conservação dos frutos, antes de serem lançadas. 1 Epagri – Estação Experimental de São Joaquim, Rua João Araújo Lima, 102, Caixa Postal 81, 88600-000, São Joaquim, SC. [email protected]; 2 Epagri - Estação Experimental de Videira, SC. [email protected]. 131 AÇÃO DO FITORREGULADOR PROHEXADIONE DE CÁLCIO NO CONTROLE DO CRESCIMENTO VEGETATIVO EM MACIEIRAS CULTIVAR FUJI Vinícius Bortolozzo1; Murilo César dos Santos2 A macieira tem seu crescimento vegetativo favorecido quando se utilizada porta-enxertos vigorosos ou quando plantada em regiões de inverno ameno. Nas condições climáticas do sul do Brasil, o período vegetativo de macieiras da cv. Fuji mostra-se superior ao observado em típicas regiões de clima temperado, o qual associado a altas temperaturas e altos índices pluviométricos durante o ciclo, podem resultar em crescimento de ramos acima de um metro, sobretudo em anos de baixa frutificação. O presente trabalho objetivou estudar o comportamento da cultivar Fuji, perante a aplicação do inibidor de crescimento Prohexadione de cálcio (PCa). Foram especificamente avaliadas as diferentes dosagens e épocas de aplicação do produto, buscando a alternativa que melhor se adapte as condições da região, diminuindo assim a incidência de ramos ladrões. O ensaio foi conduzido no município de Ipê/RS, na safra 2011/2012. Foram utilizadas macieiras da cv. Fuji Suprema, com 5 anos de idade, sob porta enxerto Marubakaido, com filtro M9, conduzidas com líder central, no espaçamento espaçadas de 4,5 m entre linhas e 1,2 m entre plantas. Os tratamentos foram realizados com Prohexadione de cálcio sendo divididos em duas diferentes épocas de aplicação e em distintas dosagens e número de aplicações. Os tratamentos utilizados são: PCa em plena flor (1000 g/ha), repetido 30 dias após (1000 g/ha); plena flor (700 g/ha), repetido 30 e 60 dias após (700 g/ha); ramos com 10 cm (1000 g/ha), repetido 30 dias após (1000 g/ha); ramos com 10 cm (700 g/ha), repetido 30 e 60 dias após (700 g/ha). O ensaio foi realizado com delineamento em blocos casualizados com 5 tratamentos e 5 repetições. Cada parcela possuía 5 plantas, sendo as 3 plantas centrais consideradas como área útil e as demais com bordadura. Foram marcados e medidos 4 ramos de cada lado da planta, nas 3 plantas centrais de cada parcela, totalizando 24 ramos por parcela. As avaliações ocorreram comintervalos de 15 dias durante o período vegetativo até o momento de estabilização do crescimento dos mesmos. Os dados obtidos foram submetidos a análise de variância e as médias comparadas estatisticamente pelo teste de LSD (Least Significant Difference) a 5% de probabilidade, utilizando o software SAS. O percentual de diminuição do crescimento vegetativo foi obtido através da formula: % crescimento = [(Te – Tr)/Te] x 100; onde Te = Testemunha e Tr = Tratamento. De acordo com os dados obtidos no ensaio, conclui-se que os tratamentos com Prohexadione de cálcio apresentaram significativa redução do crescimento vegetativo dos ramos avaliados. As aplicações em plena florada foram as apresentaram menor crescimento vegetativo. A redução do comprimento de ramos pode proporcionar uma considerável redução nos custos com mão-de-obra investidos no manejo da poda de inverno, havendo inclusive a possibilidade de a poda verde deixar de ser realizada. 1 Engº Agrº. Trabalho de conclusão de curso de agronomia. Universidade de Caxias do Sul – UCS. Caxias do Sul, RS. Email: [email protected]; 2 Engº Agrº Dr. Professor. Universidade de Caxias do Sul – UCS. Rua Francisco Getúlio Vargas, 1130 – CEP 95070-560. Caxias do Sul, RS. Email: [email protected]. 132 SELEÇÃO MASSAL DE GENÓTIPOS DE MIRTILEIRO OBTIDOS A PARTIR DE POLINIZAÇÃO ABERTA Doralice Lobato de Oliveira Fischer1; Clause Fátima de Brum Piana2; José Carlos Fachinello3; Valmor João Bianchi4; Sérgio Delmar dos Anjos5; Claudiomar Fischer6; Clevison Luiz Giacobbo7 No Brasil, as cultivares de mirtileiro, exploradas economicamente, foram introduzidas de outros países e, sendo assim, selecionadas em outras condições edafoclimáticas, podendo apresentar limitações para seu cultivo. Visando a obtenção de plantas superiores mais adaptadas para as condições brasileiras, realizou-se a seleção massal em três populações de mirtileiro de polinização aberta com o objetivo de obter progênies superiores. O material vegetal utilizado constituiu-se de 3.554 plantas, provenientes de sementes das cultivares Bluegem (1.212 plantas), Bluebelle (1.439 plantas) e Powderblue (903 plantas). O experimento foi conduzido em área previamente adubada conforme análise de solo, em espaçamento de 30 x 30 cm, com sistema de irrigação por aspersão. As plantas das três populações foram submetidas à seleção massal, realizada em três ciclos (2007/08, 2008/09 e 2010/11). No primeiro ciclo procedeu-se a seleção negativa, eliminando-se as plantas indesejáveis; no segundo, foi realizada a seleção positiva, onde foram selecionadas 20 plantas de cada uma das populações; e no terceiro, também por seleção positiva, foram selecionados dez plantas de cada conjunto de 20. Como critério de seleção, para os dois primeiros ciclos, foram utilizadas as seguintes características: vigor da planta, produção, estado fitossanitário, início de produção, presença de pruína na epiderme, tamanho e sabor do fruto. Ao final do segundo ciclo, as 20 plantas pré-selecionadas de cada população foram avaliadas, por um período de dois anos (2009/10 e 2010/11), registrando-se variáveis produtivas e variáveis químicas dos frutos. A consideração subjetiva dos resultados dessa avaliação foi um critério adicional utilizado para a seleção de plantas no terceiro ciclo. A análise estatística dos dados consistiu de uma análise descritiva por meio de medidas descritivas e gráfico de caixa (“box plot”). Os 60 genótipos selecionados no segundo ciclo de seleção apresentaram produção total de frutos variando de 0,2 a 1,7 kg, em 2009/10, e de 0,2 a 1,5 kg, em 2010/11. Genótipos oriundos das cultivares Bluegem e Powderblue apresentaram melhor relação açúcar e acidez. Com base nos resultados obtidos, pode-se concluir que: genótipos das três cultivares têm potencial para dar continuidade ao processo de seleção; e os genótipos BG5, BG2, BG3, BG6, PW3, PW5, PW1, BB10, BB5 e BB2 são os mais promissores, pois apresentam bom desenvolvimento vegetativo, frutos de boa qualidade e de tamanho adequado ao mercado consumidor. 1 Engª. Agr., Doutora, Professora do IFSul-Rio-Grandense, Campus CaVG, Av. Eng. Ildefonso Simões Lopes, 2791, Bairro Arco Iris, 96060-290, Pelotas, RS. E-mail: [email protected]; 2 Bióloga, Doutora, Centro de Desenvolvimento Tecnológico, UFPel, Pelotas, RS. [email protected]; 3 Eng. Agr., Doutor, Departamento de Fitotecnia, FAEM, UFPel. Caixa Postal 354, CEP 96010-900, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. [email protected]; 4 Eng. Agr., Doutor, Departamento de Botânica, Instituto de Biologia, UFPel, Pelotas, RS. [email protected]; 5 Eng. Agr., Doutor, Pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Rodovia BR 392, km 78 Caixa Postal 403, Pelotas, RS, CEP 96010-971. E-mail: [email protected]; 6 Eng. Agr., Frutplan Mudas Ltda, Caixa Postal n. 623, Pelotas, RS. [email protected]; 7 Eng. Agr., Doutor, Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Chapecó. Chapecó, SC. [email protected]. 133 SELEÇÃO DE PLANTAS HOMOZIGOTAS PARA GENES DE RESISTÊNCIA AO MÍLDIO DA VIDEIRA Fernando David Sánchez Mora1; Luciano Saifert2; Jean Zanghelini3; Wilson Taybar Assumpção3; Antônio Eduardo Coelho4; Anderson Varela4; Bruno Boesing5; Cláudia Aparecida Guginski Piva6; Gustavo Henrique Ferrero Klabunde7; Rubens Onofre Nodari8; Lirio dal Vesco9; Leocir José Welter9* A videira é uma das frutíferas de maior importância no mundo, tendo sua produção destinada para uva e processsamento para a fabricação de sucos e vinhos. Em todos os países onde se cultiva a uva uma das principais ameaças é o míldio (Plasmopara viticola) que eleva os custos de produção para seu controle. Uma das alternativas é o uso de variedades resistentes à doença. O melhoramento convencional com o auxilio de ferramentas moleculares permite avançar no desenvolvimento de cultivares produtivos, de qualidade e tolerante às enfermidades. O objetivo deste trabalho foi avaliar uma população derivada de autofecundação segregando para a resistência genética a P. vitícola, mediante o uso da seleção assistida por marcadores moleculares (MAS), a fim de identificar e selecionar plantas com locos de resistência piramidados e em homozigose. O DNA de 73 indivíduos foi extraído mediante protocolo baseado em CTAB 2%. As reações de PCR (Polymerase Chain Reaction) foram realizadas em volume final de 20 µL, contendo as seguintes concentrações: 10ng de DNA genômico; 1x tampão NH4; 1,5mM MgCl2; 0,2mM de cada um dos dNTPs; 0,2 µM de ambos primers e 0,5 U de Taq DNA Polimerase. Nas reações de PCR utilizou-se os quatro marcadores microssatélites que se encontram ligados aos locos Rpv1e Rpv3 conferindo resistência ao míldio. Utilizou-se a seguinte programação: 94°C por 3 min.; 30 ciclos de amplificação a 94°C por 30 s.; 60°C por 30 s. e 72°C por 1 min.; e extensão final a 72°C por 7 min. Os produtos da PCR foram separados em géis verticais de poliacrilamida 4% e visualizados a partir da coloração com nitrato de prata. As análises moleculares permitiram a identificação de sete plantas contendo apenas o alelo de resistência Rpv1, 14 plantas contendo o alelo de resistência Rpv3 e 38 plantas apresentaram a combinação dos dois locos de resistência ao míldio (Rpv1/Rpv3). Duas destas plantas apresentaram os dois locos de resistência em homozigose. As plantas contendo os genes de resistência não apresentaram nenhum sintoma da doença. Estes resultados indicam que é possível incorporar mais características desejáveis de resistência à moléstia em variedades viníferas no desenvolvimento de variedades com características agronômicas desejáveis para a produção de uva. As plantas contendo os dois locos de resistência piramidados e em homozigose serão utilizadas em novos ciclos de cruzamento com variedades viníferas tradicionais no Sul do Brasil, para incorporar estes genes de resistência. A grande vantagem é que todas as progênies obtidas destes cruzamentos terão os dois genes de resistência, dispensando novas avaliações moleculares, aumentando a eficiência do programa de melhoramento. 1 Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais – CCA/UFSC; Estudante de graduação em Agronomia – CCA/UFSC; 3 Estudante de graduação em Ciências Rurais. Campus Curitibanos/UFSC. Bolsista PIBIC ou PIBITI/CNPq; 4 Estudante de graduação em Agronomia. Campus Curitibanos/UFSC. Bolsista PET; 5 Estudante de graduação em Ciências Rurais. Campus Curitibanos/UFSC; 6 Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal, UDESC; 7 Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais – CCA/UFSC; 8 Professor do Centro de Ciências Agrárias/UFSC; 9 *Professor do Campus Curitibanos/UFSC, Caixa Postal 101, Curitibanos, SC – Cep: 89520-000. E-mail: [email protected]. 2 134 PRODUÇÃO DE GRÃOS DE PÓLEN/ANTERA EM FLORES DE CULTIVARES DE PEREIRA Hikaro Trento Yoshida1; Ivan Dagoberto Faoro2 O objetivo deste trabalho foi verificar o número de grãos de pólen/antera de diferentes cultivares de pereira do Banco Ativo de Germoplasma de Pereiras (BAG) da EPAGRI, localizado na Estação Experimental da Caçador, em Caçador, SC, na safra 2012/2013. No cultivo da pereira, devido à autoincompatibilidade gametofítica, é necessário o plantio de cultivares polinizadoras para assegurar a fertilização e assim propiciar uma boa frutificação. Essas devem florescer no mesmo período da cultivar produtora e produzirem grande quantidade de pólen viável. Para análise da produção de pólen, as flores foram coletadas na fase 3FX (balão), sendo retirados quatro sacos polínicos/flor e deixados em 0,5mL de ácido lático em eppendorf de 1,0 mL. Para leitura, esses sacos polínicos foram triturados manualmente com ajuda de um pincel e a solução foi adicionada em hemacitômetro tipo Neubauer, procedendo-se então a leitura nos cinco campos principais, cuja média constituiu uma repetição. A metodologia utilizada foi a citada por Faoro (2009). O delineamento utilizado foi inteiramente ao acaso, com cinco repetições e 71 cultivares avaliados (tratamentos). Os dados foram submetidos ao teste de médias pelo Método de Scott-Knott, a 5% de probabilidade. O número de grãos de pólen/antera variou de 13.300 a zero. Com maior produção de pólen (entre 13.300 e 11.150 grãos/antera) e diferindo significativamente das demais cultivares analisadas, destacaram-se ‘Doyenné Bousson’, ‘Rocha Azul’, Sel. 3.98-9, ‘Glow Mor Seaux’, ‘SP 84-3’, ‘SP 84-4’, ‘Max Red Bartlett’, ‘Ver 3’, ‘Pirus 1’, ‘Passe Crassane’, ‘SP 78-12’, ‘Caldense’, ‘Le Conte’, e a ‘Seleção Planta 11’. Essas foram seguidas pelas cultivares ‘Ver 2’, ‘Wandy’, ‘Curé’, ‘C 10’, ‘Grabéia’, ‘Ibicaré’, ‘SPe 841’, ‘NY 10274’, ‘Kieffer’, ‘Balardin Tardia’, ‘B 10’ e ‘Emater Bento -1’, as quais produziram 10.850 a 9.250 grãos de pólen/antera. As de menor produção de pólen (150 a zero grãos) foram: ‘Rugosa’, ‘Ver 7’, e ‘Seleção Planta 42’. Foi possível dividir os genótipos avaliados em oito (8) grupos, utilizando o Método de Scott-Knott. Os dados indicam a existência de elevada variabilidade para essa característica, a qual pode ser aproveitada em programas de melhoramento genético da pereira para o desenvolvimento de genótipos direcionados para serem cultivados como polinizadores. 1 Estudante de Agronomia Uniarp, Bolsista ITI-EMBRAPA/Epagri/Estação Experimental de Caçador, Caixa Postal 591, Caçador, SC, 89500-000, E-mail: [email protected]; 2 Eng. Agr. D.S., Epagri/Estação Experimental de Caçador, Caixa Postal 591, Caçador, SC, 89500-000, E-mail: [email protected]. 135 QUANTIDADE E QUALIDADE DO PÓLEN E DO NÉCTAR EM FLORES DE MACIEIRA CVS. GALA E FUJI, EM DIFERENTES FASES FLORAIS (3FX) Ivan Dagoberto Faoro1; Maria Lilian Schwartz2; Everlan Fagundes2, Hikaro Trento Yoshida2 Este trabalho foi desenvolvido na Epagri/Estação Experimental de Caçador, em 2012, e teve por principal objetivo avaliar a quantidade e qualidade do pólen e do néctar em flores de macieira em diferentes fases florais (3Fx), nas cultivares Gala e Fuji. Ambos são as mais cultivadas em Santa Catarina, ficando a cv. Gala com 46% da área e a cv. Fuji com 45%. O pólen e o néctar estão diretamente relacionados com a atração de insetos polinizadores durante o processo de polinização. Foi utilizada a metodologia desenvolvida por Faoro (2009). O delineamento experimental foi inteiramente ao acaso, com dez repetições em cada uma das nove (9) fases fenológicas 3FX. Os resultados obtidos foram transformados em raiz. Foi utilizado o programa computacional Genes e as médias foram comparadas pelo teste de Scott Knott, a 1% de probabilidade. A cultivar Gala apresentou a média de 17,2 anteras e cinco (5) estigmas por flor, semelhante a cv. Fuji, com 17,6 anteras e cinco (5) estigmas por flor. O maior número de grãos de pólen ocorreu entre as fases 3F1 e 3F6, as quais não diferiram significativamente entre si, em ambas cultivares. O cv. Fuji apresentou potencial produtivo de 11.440 a 14.840 grãos de pólen/antera e o cv. Gala 13.280 a 14.120 grãos/antera, indicando que podem ser considerados bons produtores de pólen. As maiores taxas de germinação dos grãos de pólen ocorreram nas fases 3F3 até a 3F6 (56,9% a 66,3% para ‘Gala’ e 60,1% a 67,9% para ‘Fuji’), as quais não diferem significativamente entre si. A produção de néctar potencial foi semelhante entre os dois cultivares. Nas fases 3F4 a 3F8 obteve-se a maior produção de néctar e de sólidos solúveis totais (SST º Brix). Em ‘Gala’ variou de 9,35º a 32,15 °Brix, enquanto em Fuji variou entre 11,9º a 32,35 ºBrix. De modo geral, as fases florais 3F4 até a 3F6 são as de maior atratividade aos insetos polinizadores, pois nelas ocorre a maior exuberância da flor e a maior disponibilidade dos atrativos (néctar e pólen), tanto em quantidade como em qualidade. 1 Eng.Agr. D.Sc., Epagri/Estação Experimental de Caçador, Caixa Postal 491, Caçador, SC, 89500-000, E-mail: [email protected]; 2 Estudante de Agronomia, UNIARP – Universidade do Alto Vale do Rio do Peixe, E-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected]. 136 MELHORAMENTO GENÉTICO DA VIDEIRA ATRAVÉS DA PIRAMIDAÇÃO DE LOCOS DE RESISTÊNCIA CONTRA O MÍLDIO Luciano Saifert1; Wilson Taybar Assumpção2; Fernando David Sánchez Mora3; Jean Zanghelini2; Cláudia Aparecida Guginski Piva4; Renan Giacometti5; Eduardo Irineu Novak5; Rubens Onofre Nodari6; Lirio Dal Vesco7; Leocir José Welter7* A produção mundial de vinhos finos está baseada em variedades européias (Vitis vinífera L). Estas variedades apresentam elevada qualidade enológica, porém são extremamente suscetíveis ao míldio (Plasmopara viticola) da videira. Marcadores moleculares ligados aos locos Rpv1 e Rpv3, que conferem resistência ao míldio estão disponíveis. Estes já foram utilizados de forma eficaz no melhoramento genético clássico da videira pela seleção assistida por marcadores moleculares (MAS- marker-assisted selection). No presente trabalho objetivou-se a aplicação de marcadores moleculares para piramidizar os locos de resistência ao míldio Rpv1 e Rpv3. Uma população de 25 indivíduos proveniente do cruzamento entre `VHR-3082-1-42´ e `Regent´, segregando para os dois locos de resistência foi genotipada com quatro marcadores microssatélites flanqueando os locos de resistência. DNA dos 25 indivíduos foi extraído, quantificado e diluído para a concentração de 5 ng.μL-1. As reações de PCR foram realizadas em volume final de 15 µL, contendo as seguintes concentrações: 10ng de DNA genômico; 1x tampão NH4; 1,5mM MgCl2; 0,2mM de cada um dos dNTPs; 0,2 µM de ambos os primers e 0,5 U de Taq DNA Polimerase. As reações de PCR foram realizadas utilizando-se a seguinte programação: 94 °C por 3 min.; 30 ciclos de amplificação a 94°C por 30 seg.; 56°C e 60°C por 30 seg. e 72°C por 1 min.; e extensão final a 72°C por 7 min. Os fragmentos microssatélites amplificados via PCR (Polymerase Chain Reaction) foram separados através de eletroforese vertical em gel de poliacrilamida 4% e visualizados através de coloração com nitrato de prata. A avaliação da resistência ao míldio foi realizada através de inoculações em discos foliares. Nas avaliações moleculares foram identificadas cinco plantas contendo os quatro alelos microssatélites ligados aos locos de resistência, sete plantas contendo apenas os alelos microssatélites ligados ao Rpv1, seis plantas contendo apenas os alelos microssatélites ligados ao Rpv3 e sete plantas não apresentaram nenhum dos alelos microssatélites ligados à resistência. Indivíduos contendo apenas um dos locos de resistência (Rpv1 ou Rpv3) apresentaram resistência intermediária ao patógeno, enquanto que, quando estes locos estavam combinados, as plantas apresentaram resistência completa à doença. O estudo disponibilizou progênies de videira resistentes ao míldio que serão utilizadas em novos ciclos de cruzamento e futuramente lançadas como novas variedades no mercado brasileiro, aumentando a competitividade da vitivinicultura, reduzindo a aplicação de fungicidas e preservando a saúde do produtor e do consumidor. 1 Estudante de graduação em Agronomia. Centro de Ciências Agrárias/UFSC; Estudante de graduação em Ciências Rurais. Campus Curitibanos/UFSC. Bolsista PIBIC ou PIBITI/CNPq; 3 Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais – CCA/UFSC; 4 Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal, UDESC; 5 Estudante de graduação em Ciências Rurais. Campus Curitibanos/UFSC; 6 Professor do Centro de Ciência Agrárias/UFSC; 7 Professor Campus Curitibanos/UFSC; * Autor para correspondência. E-mail: [email protected]. 2 137 EFICIÊNCIA DE NOVAS POLINIZADORAS NA FIXAÇÃO DE FRUTOS DA MACIEIRA CV. MONALISA NA SAFRA 2011/2012 Marcos Munaro1; Ivan Dagoberto Faoro2; Frederico Denardi3 Com a exceção da produção de frutos partenocárpicos, diversos fatores podem afetar a fixação de frutos devido a macieira apresentar polinização cruzada induzida pela incompatibilidade gametofítica. Alguns desses fatores se devem a problemas durante o processo da polinização, a baixa quantidade e baixa qualidade de néctar e de pólen, ao descompasso da floração entre cultivar produtora e polinizadora, dentre outros. Para estudar a eficiência da polinização na cv. Monalisa, à qual algumas vezes apresenta baixa fixação de frutos, foram testados diversos novos polinizadores num pomar da empresa Fisher, em Fraiburgo/SC, na safra 2011/2012. Os tratamentos constaram da polinização manual de pólen de sete novos genótipos polinizadores; de tratamentos utilizando ensacamento de flores com saco de papel kraft marrom e com sacos de voal para testar, respectivamente, a autofecundação e a anemofilia; da manutenção de apenas duas flores/inflorescência e o tratamento testemunha (polinização natural). Todas as polinizações manuais deram-se quando as flores da cv. Monalisa se encontravam na fase 3F3 (antese), deixando duas flores/inflorescência. Os pólens foram previamente coletados, secos e armazenados em freezer e geladeira. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com 50 repetições, constituindo cada planta um bloco. Para a comparação das médias foi utilizado o método Scott-Knott a 5% de probabilidade. Num dos lados do pomar da cv. Monalisa havia plantio comercial da cv. Galaxy polinizada por `Granny Smith` e, do outro lado, a cv. Fuji polinizada com duas filas de `Galaxy`. Dentro do pomar do experimento as polinizadoras eram as seleções M-10/09, 135/101, M-15/07 e 141/38, enquanto dentro das filas do experimento a polinizadora era a seleção 135/114. Foi constato que a polinização anemófila (pelo vento) e a autofecundação não foram efetivas na produção de frutos. Maiores taxas de fixação de frutos foram obtidas com as polinizadoras 140/189 (46%), 140/279 (36%) e 135/140 (24%). A polinização natural resultou em 18% de fixação de frutos. Esses valores indicam um índice de fixação de frutos muito alto quando se considera o número de inflorescências com pelo menos um fruto. Em relação ao número de sementes nos frutos fixados, a cv. Monalisa apresentou fecundidade intermediária a alta. Tal situação fornece indícios de que o baixo índice de fixação observado em alguns pomares comerciais da ‘Monalisa’ pode estar ligado a problemas no processo da polinização. Dessa forma, faz-se necessário estudos envolvendo, por exemplo, o manejo e o maior número de colmeias/área, a seleção de melhores genótipos polinizadores, a percentagem de plantas polinizadoras no pomar e a avaliação da fenologia e dos recursos florais das plantas polinizadoras. Todas as seleções testadas produziram elevada quantidade de grãos de pólen/antera (6.275 a 8.508) e o néctar apresentou boa qualidade e quantidade/flor. Os autores agradecem a empresa Fisher pela cedência do pomar e a ajuda financeira parcial da Uniarp para o desenvolvimento desse trabalho. 1 Estudante de Agronomia, Uniarp, Caçador, SC, 89500-000, E-mail:[email protected]; Eng.Agr. D.S., Epagri/Estação Experimental de Caçador, Caixa Postal 591, Caçador, SC, 89500-000, E-mail: [email protected]; 3 Eng.Agr. M.Sc., Epagri/Estação Experimental de Caçador, Caixa Postal 591, Caçador, SC, 89500-000, E-mail: [email protected]. 2 138 REBROTAMENTO E INCIDÊNCIA DE ‘BURRKNOTS’ EM PORTA-ENXERTOS DE MACIEIRA ENXERTADOS COM AS CULTIVARES COPA GALA E FUJI Marcus Vinícius Kvitschal1; Frederico Denardi2; Filipe Schmidt Schuh3; Danielle Caroline Manenti4; Débora Vezaro4 Nos atuais programas de melhoramento genético de porta-enxertos de macieira, a baixa propensão em emitir rebrotes no colo das plantas e em desenvolver ‘burrknots’ (nódulos radiculares) ao longo do caule, são consideradas características primordiais na seleção de novos genótipos. Isso porque, tanto os rebrotes quanto os “burrknots”, afetam a copa por interferirem no desenvolvimento, na produção e na longevidade das plantas, além de ser importantes sítios de estabelecimento do pulgão lanígero, praga que ataca o sistema radicular da macieira. O objetivo deste estudo foi avaliar a incidência de rebrotamento e emissão de ‘burrknots’ em porta-enxertos da série americana Geneva, enxertados com as cultivares copa Gala e Fuji. Este estudo foi realizado em Fraiburgo, no Meio-oeste catarinense, a 1.050 m de altitude. O experimento foi implantado em blocos casualizados, com quatro repetições de três plantas por parcela. O plantio foi feito no espaçamento de 5,0 m x 2,0 m e em filas alternadas de ‘Gala’ e de ‘Fuji’, visando assegurar a polinização cruzada. Os porta-enxertos estudados foram, os ananizantes G.10, G.22, G.24, G.58, G.202, G.213, G.757, G.969 e M.9 (controle); os semi-ananizantes G.30, G.210, G.896 e M.7 (controle) e o semivigoroso MM.111, todos enxertados com as cultivares Gala e Fuji. Durante o inverno de 2002, 6º ano após o plantio, foi feita a contagem dos rebrotes no colo de cada planta e dos ‘burrknots’ ao longo do caule do porta-enxerto. Calculou-se as médias por parcela e então submeteu-se os dados à análise da variância e à comparação de médias pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade de erro. Os resultados obtidos mostraram que todos os porta-enxertos da série Geneva rebrotaram significativamente menos que o controle M.7, conhecido por ser muito propenso ao rebrotamento. Os porta-enxertos G.22, G.202, G.210 e G.213 se equivaleram aos outros dois controles, o M.9 e o MM.111; já o ‘G.10’, o ‘G.24’, o ‘G.757’ e o ‘G.969’ foram os que menos rebrotaram, com média de menos de um rebrote por planta. O destaque foi o ‘G.757’, com apenas 0,1 rebrote/planta. De forma geral, houve mais rebrotes nos porta-enxertos quando enxertados com a Fuji do que com a Gala. Quanto à formação de ‘burrknots’, o controle M.7 foi o que apresentou a maior incidência, com média superior a seis ‘burrknots’/planta. O ‘M.9’, o ‘G.10’ e o ‘G.58’, embora tenham evidenciado menor incidência que no ‘M.7’, também ocorreram mais ‘burrknots’ do que nos demais portaenxertos. Os porta-enxertos G.22, G.24 e G.58 apresentaram incidência equivalente à observada no MM.111. Nos porta-enxertos G.30, G.202, G.210, G.213 e G.969, a incidência de ‘burrknots’ foi significativamente inferior comparativamente aos demais. No ‘G.757’, por sua vez, não se observou qualquer ‘burrknot’. Ao contrário do que se observou para o rebrotamento, a incidência de ‘burrknots’ no caule dos porta-enxertos foi pouco influenciada pela cultivar copa. Em resumo, o G.757 e o G.969 foram os porta-enxertos que mais se destacaram, tanto pelo reduzido rebrotamento no colo das plantas quanto pela pequena emissão de ‘burrknots’ no caule. 1 Eng. Agr. D.Sc. – Pesquisador Epagri – Estação Experimental de Caçador, SC – E-mail: [email protected]; Eng. Agr. M.Sc. – Pesquisador Epagri – Estação Experimental de Caçador, SC – E-mail: [email protected]; 3 Estudante de Agronomia – Univ. do Alto Vale do Rio do Peixe – UNIARP, Caçador – SC, Bolsista Embrapa/Uva e Vinho; 4 Estudante de Agronomia – Universidade do Alto Vale do Rio do Peixe – UNIARP, Caçador – SC, Bolsista CNPq ITI/A. 2 139 CARACTERIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO FENOLÓGICO DE UMA PROGÊNIE DE RESISTÊNCIA AO MÍLDIO Plasmopora viticola E OÍDIO Unicola necator DA VIDEIRA Wilson Taybar Assumpção1; Jean Zanghelini2; Luciano Saifert3; Fernando David Sánchez Mora4; Cláudia Aparecida Guginski Piva5; Antônio Eduardo Coelho6; Anderson Varela6; Eduardo Irineu Novak7; Renan Giacometti7; Roberto de Souza Rodrigues7; Sebastião Tadeu dos Santos7; Lirio Luiz dal Vesco8; Leocir José Welter9 A viticultura no estado Santa Catarina tem se destacado como grande produtora de vinhos finos no Brasil por ter regiões que apresentam altitude acima de 900 m, a exemplo do Planalto Serrano. O estudo fenológico desempenha importante função, indicando o potencial climático da região para o cultivo da videira e a da duração das fases de seu desenvolvimento em relação ao clima. Além disto, este método permite a seleção de materiais adaptados às regiões, dando a eles características próprias e distintas de outras áreas do país. O objetivo do presente estudo foi caracterizar o desenvolvimento fenológico de uma progênie segregando para a resistência ao míldio Plasmopora viticola e oídio Unicola necator da videira. As avaliações foram realizadas em uma progênie composta de 25 plantas com três anos de idade, implantada na Área Experimental Sede da UFSC/Campus Curitibanos, no município de Curitibanos/SC. As plantas foram podadas no dia 16 de Julho de 2012 e conduzidas em espaldeira. O período de avaliação foi de agosto de 2012 a maio de 2013, ocorrendo a cada dois dias a partir da observação do início da brotação dos ramos. Os estágios fenológicos foram determinados utilizando a escala de Eichhorn e Lorenz (1977). O período médio compreendido entre o início da brotação e o início da floração foi de 45 dias e do início da floração até a maturação de 80 dias. O comportamento vegetativo e produtivo das plantas foi parcialmente comprometido devido à baixa temperatura registradas nos dias 26 e 27 de setembro (mínima de - 4°C), com ocorrência de geadas (preta e branca), que ocasionou abortamento de flores e morte de parte do dossel de algumas plantas. As plantas com brotação mais tardia sofreram menos os impactos das geadas. Durante o estudo os estágios fenológicos foram observados tendo como base o início da ocorrência e porcentual médio: 16 de agosto, início da brotação dos ramos; brotação – considerada quando 50% das gemas estavam no estádio de ponta verde (50% das 25 plantas); 24 de agosto, inflorescência visível - considerada quando 50% das plantas estavam com cinco ou seis folhas e inflorescência visível (65% das 25 plantas); 25 de setembro início do florescimento – considerado quando 50% das plantas estavam com as primeiras flores abertas (70% das 25 plantas); 19 de setembro início da floração - considerada quando 50% das flores estavam abertas (48% das 25 plantas); 02 de novembro frutificação início da mudança de cor – aparecimento das primeiras bagas com alteração de cor ou consistência (35 % das 25 plantas); 18 de janeiro de 2013 maturação - considerada quando 50% das bagas mudaram de coloração ou amoleceram colheita estabelecida e avaliação da composição química das bagas (35 % das 25 plantas). Houve variação considerável nos estágios fenológicos entre as plantas da mesma progênie, o que permitirá a seleção de materiais mais adaptados à região do planalto catarinense. 1 Estudante de graduação em Ciências Rurais. Campus Curitibanos/UFSC. Bolsista PIBITI/CNPq: [email protected]; Estudante de graduação em Ciências Rurais. Campus Curitibanos/UFSC. Bolsista PIBIC/CNPq; 3 Estudante de graduação em Agronomia – CCA/UFSC; 4 Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais – CCA/UFSC; 5 Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal, UDESC; 6 Estudante de graduação em Agronomia. Campus Curitibanos/UFSC. Bolsista PET; 7 Estudante de graduação em Ciências Rurais. Campus Curitibanos/UFSC; 8 Professor do Campus Curitibanos/UFSC; 9 Professor do Campus Curitibanos/UFSC, Caixa Postal 101, Curitibanos, SC – Cep: 89520-000. E-mail: [email protected]. 2 140 VARIABILIDADE GENÉTICA EM GERMOPLASMA DE PEREIRA MANTIDOS POR PRODUTORES NA REGIÃO DE SÃO JOAQUIM, SC Zilmar da Silva Souza1 Na região de São Joaquim, SC são encontrados germoplasma de pereira mantidos por produtores em antigas propriedades rurais, e também na área urbana em hortas ou quintais sem a utilização de tratamentos fitossanitários ou cuidados no manejo das plantas. Geralmente são observados um a três exemplares por propriedade com produção variável e destinada ao consumo próprio. Este germoplasma está disperso em toda a área de maior altitude do Planalto Sul Catarinense numa região de clima temperado. As informações existentes são que este germoplasma foi introduzido na região a partir da chegada dos primeiros imigrantes europeus e, que alguns genótipos são conhecidos por cerca de dois séculos. Os proprietários relataram que existe variação entre anos na fenologia e produção de frutos, principalmente os relacionados ao florescimento, qualidade de frutos e ocorrência de doenças. Com o objetivo de preservar e avaliar este germoplasma foram feitas coletas na região de São Joaquim, SC, no período de 2009 a 2012, na expectativa de obter variabilidade genética visando à possibilidade de aproveitamento na realização de cruzamentos no programa de melhoramento genético da pereira da Estação Experimental de São Joaquim da Epagri, e também conhecer o potencial de alguns genótipos para uso comercial. Na primeira etapa foi realizada à coleta de partes vegetativas durante o inverno e enxertia desde germoplasma na Epagri utilizando os porta-enxertos Pyrus calleryana e marmeleiro para a formação de mudas. Os principais nomes atribuídos aos genótipos coletados pelos produtores foram: pera, pera comum, pero figo, pera figo, pera dura e pera amarela. No ano de 2010 foi iniciado a implantação de um pequeno pomar para manutenção e avaliação com quatro plantas, sendo duas em cada portaenxerto. Foram plantados 23 genótipos em 2010, sete em 2011 e cinco em 2012, sendo que alguns devem ser os mesmos materiais genéticos e, portanto o número de diferentes genótipos coletados pode ser menor. A segunda etapa constou da avaliação nos dois primeiros anos da fenologia, resistência as principais doenças e outras características. É provável que alguns exemplares coletados tenham se originado de semente a partir das plantas introduzidas que produziram novos genótipos com alguma adaptação. Alguns genótipos coletados apresentam susceptibilidade a doenças (entomosporiose e sarna), enquanto outros são mais tolerantes. Em 2011, o início da brotação mais precoce ocorreu em 15 de agosto e a mais tardia em cinco de outubro. Em 2012, a mais precoce iniciou em 12 de agosto e a mais tardia em 25 de setembro. Também foi possível observar diferenças no desenvolvimento sobre os dois porta enxertos, com mais vigor sobre o Pyrus calleryana e, também um engrossamento atípico na região da enxertia com o marmeleiro produzindo plantas com muito baixo vigor em alguns genótipos. Apenas dois genótipos floresceram em 2012, mas sem o vingamento de frutos. As avaliações iniciais mostraram que existe variabilidade genética no germoplasma coletado. 1 Eng. Agr. Dr. Pesquisador da Epagri – Estação Experimental de São Joaquim – Caixa Postal 81, São Joaquim, SC – Cep: 88600-000. E-mail: [email protected]. 141 ADUBAÇÃO NITROGENADA NO CRESCIMENTO DE OLIVEIRAS EM FASE INICIAL Aljian Antonio Albian1, Fabíola Villa2, Daniel Fernandes da Silva3 O cultivo de oliveiras para extração de azeite e produção de azeitona em conserva, embora recente no Brasil, é uma atividade com potencial para gerar grande renda e que vem despertando cada vez mais interesse pelos produtores rurais das principais regiões produtoras. A oliveira como planta exótica inserida em nosso país, pode apresentar comportamento diferente ao verificado em condições mediterrâneas, região onde é tradicionalmente cultivada a milênios, demandando estudos em todas as áreas para um estabelecimento bem sucedido e competitivo desta cultura no Brasil. Com base no desenvolvimento de dados avaliativos relacionados a nutrição de oliveiras, o presente buscou avaliar o crescimento de plantas de oliveira sob diferentes doses de nitrogênio aplicadas nos inicio de seu crescimento. O experimento foi desenvolvido no telado da Estação de Horticultura e Cultivo Protegido “Professor Mário César Lopes”, pertencente à Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Campus Marechal Cândido Rondon, entre fevereiro e julho de 2012. O experimento foi montado em DBC, com fatorial 6x2, onde seis cvs. de oliveira ‘Arbequina’, ‘Grappolo 541’, ‘Maria da Fé’, ‘Barnea’, ‘Koroneiki’ e ‘Leccin de Sevilla’ foram adubadas bimestralmente com quatro diferentes doses de nitrogênio (0,5; 1; 2% e o testemunha sem aplicação de nitrogênio) aplicados um volume de 500mL para cada vaso de 14L a cada adubação. O experimento foi constituído de três repetições com duas plantas cada uma, avaliados seis meses após a primeira aplicação medindo-se a diferença no crescimento, diâmetro, número de brotações e alongamento de entrenós das plantas. Os resultados foram submetidos a análise de variância pelo teste de Scott-Knott no programa estatístico Sisvar, a 5% de significância. Os resultados mostraram interação significativa para todas as variáveis, evidenciando um comportamento diferenciado entre as cultivares em resposta as doses de nitrogênio aplicadas. Para comprimento, diâmetro e número médio de brotações emitidas, de modo geral um melhor desempenho ocorreu sob aplicação das dosagens 0,5 e 1%, porém as cultivares ‘Leccin de Sevilla’ e ‘Maria da Fé’ que foram as que mais se cresceram, tiveram melhor desempenho sob as dosagens de 2% e o tratamento testemunha respectivamente, e em relação ao diâmetro, nessas duas cultivares também foi verificado efeito mais positivo da dosagem testemunha. As cultivares também apresentaram uma diferenciação em relação ao número de brotações emitidas, novamente com ‘Maria da Fé’ atuando melhor sem nunhuma aplicação de nitrogênio e ‘Leccin de Sevilla’ não diferenciando seus resultados entre a ausência de nitrogênio e as dosagens 0,5 e 1%. Em relação a comparação do ganho de espessura, maior espessura ocorreu nas cultivares ‘Grappolo 541’ e ‘Koroneiki’ sem aplicação de nitrogênio e na cultivar ‘Arbequina’ com aplicação de nitrogênio a 2%. Um maior alongamento de entrenós pode ser verificado nas cultivares ‘Grappolo 541’, ‘Barnea’ e ‘Leccin de Sevilla’ predominando maior alongamento dos entrenós em oliveiras submetidas a aplicação de nitrogênio a 2%. 1 Graduando em Agronomia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Campus Marechal Cândido Rondon, PR. E-mail: [email protected]; 2 D.Sc., Profª Adjunta, Centro de Ciências Agrárias (CCA), Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Campus Marechal Cândido Rondon, PR. E-mail: [email protected]; 3 Mestrando em Botânica Aplicada, Departamento de Biologia (DBI), Universidade Federal de Lavras (UFLA), Lavras, MG. E-mail: [email protected]. 142 MANEJO DA COBERTURA VEGETAL DO SOLO EM POMARES DE FIGUEIRA E MELHORIA DA PRODUTIVIDADE Clevison Luiz Giacobbo1; Thiago da Costa2; Leandro Galon3 A cobertura vegetal se propõe como alternativa ecológica e econômica de manejar o solo, assim como reduzir o uso de herbicida para o controle de plantas daninhas. O azevém (Lolium multiflorum) encontrado em muitos pomares como planta espontânea, pode ser considerado em muitos casos como plantas daninhas, por coincidir o seu desenvolvimento com a fase reprodutiva da grande maioria das frutíferas, esta planta daninha compete pelos recursos do meio e assim acaba prejudicando a cultura, principalmente em casos de falta de chuvas. O controle do azevém em pomares normalmente é efetuado através do uso de gradagem ou herbicida, porém com a gradagem perde-se muito na qualidade microbiológica do sol e o controle de azevém por herbicida está comprometido, devido o surgimento de biótipos resistentes. Desse modo objetivou-se com o trabalho, avaliar alternativas de manejo do azevém infestante em pomares na região oeste de Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul para melhorias do manejo do solo e da produtividade. O experimento foi instalado a campo em pomar de figueira localizado no município de São Domingos-SC, no ano agrícola de 2012/13. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos inteiramente casualizado com quatro repetições. As plantas de figueira (Ficus carica) utilizadas foram da cultivar Roxo de Valinhos, plantadas em espaçamento de 4 x 3,30 m, com idade de três anos e conduzido sem irrigação. As plantas de cobertura utilizadas foram um consórcio de Azevém + Ervilhaca e os tratamentos testados foram: manutenção da cobertura (MC), capinada (CA), acamamento (AA), roçada (RA), herbicida de contato (diquate) (HC) e herbicida sistêmico (glyphosate) (HS), sendo usado para os herbicidas 100% da dosagem recomendada pelo fabricante. Cada unidade experimental foi composta por duas planta de figueira e os tratamentos aplicados em uma área de 2 m2. As variáveis avaliadas foram umidade média do solo ao longo do período, número médio de frutos por metro de ramos, produtividade de frutos maduros (para consumo in natura), produtividade de frutos verdes (para conserva) e produtividade acumulada. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância, havendo significância as médias dos tratamentos foram comparadas pelo teste de Duncan a 5% de probabilidade. A umidade do solo foi obtida através de coletas semanais de amostras do solo para os diferentes tratamentos e realizada através da diferença entre o peso no momento da coleta e após secagem em estufa. Verificou-se diferenças somente para as variáveis produtividade de frutos maduros e umidade de solo. Para umidade média do solo ao longo do período verificou-se que o solo manejado com HS apresentou maior umidade (16,28%), não diferindo somente do tratamento com HC, enquanto que o manejo do solo com CA apresentou a menor umidade (14,95%), diferindo dos demais tratamentos. Na produtividade média de frutos maduros observou-se que os tratamentos com MC, AA e HS apresentaram as melhores produtividades, com média de 2173,7 kg.ha-1, diferindo somente do tratamento CA. Nas demais variáveis verificou-se média de 11,5 frutos.m-1 de ramos, produtividade de frutos verdes de 751,9 kg.ha-1 e produtividade do acumulado de frutos de 2731,9 kg.ha-1. Conclui-se que com apenas um ano, poucas alterações foram constadas, no entanto, sobre o uso do azevém, verificou-se dados que contradizem o verificado na bibliografia para a cultura, sugerindo assim a sequência do experimento afim de, comprovar ao término do experimento, com mais anos de observação. 1 Eng. Agr., Prof. Adj., Agronomia, Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS, Campus Chapecó. Chapecó-SC, CEP: 89813-140. [email protected]; 2 Estudante de Agronomia, Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS, Campus Chapecó. Chapecó-SC. [email protected]; 3 Eng. Agr., Prof. Adj., Agronomia, Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS, Campus Erechim. Erechim-RS, [email protected]. 143 DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE BORO E ÉPOCAS DE APLICAÇÃO NA QUALIDADE E PRODUÇÃO DE MORANGOS Danimar Dalla Rosa1; Fabíola Villa2; Daniel Fernandes da Silva3; Diego Ricardo Stumm1; Aljian Antônio Alban1 O cultivo de morangueiro exige muitos cuidados no que diz respeito ao preparo, manejo, tipo de solo e fertilidade. Solos ricos em matéria orgânica e com disponibilidade equilibrada entre macro e micronutrientes são essenciais para o bom desenvolvimento da cultura. Entre os micronutrientes que apresentam efeitos sobre o florescimento e desenvolvimento de frutos de morangueiro, destacam-se o boro e o zinco. Diante do exposto, objetivou-se com o presente trabalho avaliar o desempenho de plantas de morangueiro, cultivar Camarosa, submetidas a concentrações de boro e épocas de aplicação. Conduziu-se o experimento na Estação Experimental de Horticultura e Cultivo Protegido “Professor Mário César Lopes”, pertencente a Unioeste, Campus Marechal Cândido Rondon, PR. Mudas apresentando 2 folhas definitivas foram transplantadas em vasos (10 dm-3), contendo como substrato uma mistura de solo + húmus + Húmusfértil® (proporção 2:1:1, v/v/v). O delineamento experimental foi blocos inteiramente casualizados, em esquema fatorial 3 (épocas de aplicação) x 4 (concentrações de boro), contendo 5 repetições e 2 plantas por repetição. Os frutos foram colhidos quando apresentavam 75% ou mais de sua superfície com coloração avermelhada, sendo que, colheitas realizadas entre a primeira e a segunda aplicação; entre a segunda e a terceira aplicação e após a última aplicação de boro, foram agrupadas com a finalidade de avaliação de características agronômicas e físico-químicas. Entre as características agronômicas, foram avaliados o total de frutos produzidos, frutos/planta, massa total de frutos, massa de frutos/ planta, massa unitária de frutos, diâmetro transversal e longitudinal, % de frutos deformados e ocos. Sólidos solúveis, acidez titulável e pH foram avaliadas entre as características químicas. Através de uma análise de regressão para cada variável analisada e considerando as concentrações utilizadas, foi possível observar que, indiferente da época de aplicação da adubação boratada, todas as características avaliadas apresentaram redução significativa de seus parâmetros analisados com o aumento da concentração. Quanto a época de aplicação, foi observado que, o número de frutos/planta e total de frutos produzidos foram superiores quando a aplicação foi realizada 83 dias após o transplantio das mudas. Nessas circunstâncias, não foram verificados resultados positivos no que se refere adubação boratada em morangueiros para as variáveis analisadas no município de Marechal Cândido Rondon. Trabalhos futuros tronam-se necessários envolvendo menores concentrações de boro e uso de substratos com concentrações baixas ou nulas deste micronutriente. 1 Graduando em Agronomia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Rua Pernambuco, 1777, Centro, CEP.: 85960-000, Marechal Cândido Rondon, PR. E-mail: [email protected]; 2 Professora Adjunto, D.Sc, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Rua Pernambuco, 1777, Centro, CEP.: 85960-000, Marechal Cândido Rondon, PR. E-mail: [email protected]; 3 Mestrando em Botânica Aplicada, Departamento de Biologia, Universidade Federal de Lavras (UFLA), Lavras, MG, CEP.: 37200-000. E-mail: [email protected]. 144 EFEITO DA COBERTURA DO SOLO EM VINHEDO INFESTADO COM PÉROLA-DATERRA Edegar Luiz Peruzzo1; Eliane Rute de Andrade2; Ildelbrando Nora3 A utilização de materiais orgânicos como cobertura morta “mulching” em vinhedos são recomendados como forma de manejo auxiliando na conservação e manutenção da fertilidade do solo. O uso desses materiais depende em parte da disponibilidade em cada região. Poucos trabalhos foram realizados com o objetivo de verificar a influência de cobertura morta na infestação da pérola-da-terra Eurhizococcus brasiliensis (Hempel in Wille) (Hemiptera: Margarodidae). O experimento foi conduzido em vinhedo em plena produção com Paulsen 1103 enxertado com Cabernet Sauvignon conduzido em latada. Os materiais de cobertura morta foram distribuídos nas fileiras numa largura de um metro mantendo as entrelinhas com vegetação nativa rente ao solo. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, com quatro tipos de cobertura de solo (fumo, milho, capim elefante e testemunha), com oito repetições. Após quatro anos consecutivos com “mulching” realizou-se a amostragem de cistos da pérola-da-terra por meio de escavações nas laterais das plantas de 0,75m X 0,35m X 0,30m. As médias de cistos nos tratamentos fumo, milho, capim elefante e, testemunha foi de 46, 32, 28 e 49, respectivamente. Em relação ao peso da matéria seca do sistema radicular foi de 422,0g, 281,0g, 244,0g, 281,8g, respectivamente. Como se pode observar não ocorreram diferenças significativas da presença de cistos e do peso da matéria seca do sistema radicular das videiras com ou sem “mulching”. No tratamento com uso de fumo observa-se um aumento da matéria seca do sistema radicular não acompanhado por um aumento de infestação da praga. O uso de “mulching” contínuo nos pomares provoca o afloramento do sistema radicular que no caso da videira poderia não ser recomendado visto que 80% dos cistos se encontram até 25 cm de profundidade do solo. Assim, cobertura de solo com material orgânico que favorece o aumento e/ou crescimento do sistema radicular sem aumentar o nível de infestação pode ser indicativo de um manejo de solo adequado à videira. 1 Eng. Agr. M.Sc. Pesquisador da Epagri – Estação Experimental de Videira. Caixa Postal 21, Videira, SC – Cep: 89560-000, e-mail: [email protected]; 2 Eng. Agr. Dra. Pesquisadora da Epagri – Estação Experimental de Videira – Caixa Postal 21, Videira, SC – Cep: 89560000, e-mail: [email protected]; 3 Eng. Agr. M.Sc. Pesquisador da Epagri – Estação Experimental de Caçador. Caixa Postal 591, Caçador, SC – Cep: 89500000, e-mail: [email protected]. 145 RESPOSTA DA MACIEIRA ‘FUJI’ À ADUBAÇÃO NITROGENADA VIA FOLIAR Gilberto Nava1 O nitrogênio (N) é o elemento que mais frequentemente causa deficiência em sistemas de cultivo de não leguminosas. O teor de N total na camada superficial de solos cultivados é usualmente alto, podendo variar entre 0,6 a 5,0 g dm-3. No entanto, aproximadamente 95% do N total das camadas superficiais do solo encontra-se na forma orgânica. O N orgânico deve ser transformado em formas inorgânicas para que possa posteriormente ser absorvido pelas plantas, o que se dá por meio do processo de mineralização. Nos sistemas de cultivo de macieira no Brasil, o alto teor de matéria orgânica dos solos favorece o suprimento do nutriente. Entretanto, a ocorrência de períodos de falta de água tem sido cada mais frequente na região, reduzindo a taxa de mineralização da matéria orgânica, bem como o suprimento de nutrientes advindos deste processo e da aplicação dos fertilizantes via solo. Nesta situação, a adubação foliar pode ser uma boa alternativa para compensar o déficit de nutrientes, principalmente de N. O presente trabalho objetivou avaliar o efeito de uma fonte de N foliar (FNF) de fertilizante (33% de N p/v) sobre a frutificação, rendimento e composição mineral da macieira para as condições de São Joaquim. O experimento foi conduzido durante o ciclo 2012/2013, utilizando-se a cultivar Fuji Meshima sobre o porta enxerto Marubakaido/M-9 (filtro). O experimento foi instalado em blocos ao acaso, com quatro repetições e 10 tratamentos: T1-testemunha; T2, T3 e T4 receberam aplicações da FNF a cada 14 dias, nas doses de 2,5, 5,0 e 10 l ha-1, respectivamente, iniciando na fase de botão rosado.; T5, T6 e T7 receberam aplicações da FNF nas mesmas doses que T2, T3 e T4 respectivamente, porém a cada 28 dias; T8, T9 e T10 receberam aplicações da FNF a cada 14 dias, nas doses de 2,5, 5,0 e 10 l ha-1 respectivamente, iniciando 50 dias após a plena floração (DAPF). Independentemente da época de início das aplicações ou da dose utilizada, não houve efeito da FNF sobre a frutificação efetiva e sobre o rendimento e composição mineral dos frutos. Entretanto, as aplicações da dose máxima da FNF na época mais tardia (a cada 14 dias e com início 50 DAPF) resultaram em teores mais elevados de N foliar. Quando não houve nenhuma aplicação da FNF, a concentração de N foliar ficou abaixo da faixa considerada normal para a macieira, indicando déficit do nutriente nesta safra. 1 Eng. Agr. Dr. Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas - EPAGRI - Estação Experimental de São Joaquim, C.P. 81. 88.600-000. São Joaquim, SC. e-mail: [email protected]; Fone: (49) 3233-0324. 146 QUALIDADE DE PÊSSEGOS EM FUNÇÃO DE DIFERENTES DOSES DE ADUBAÇÃO NITROGENADA Letícia Vanni Ferreira1; Luciano Picolotto2; Ana Paula Antunes Corrêa3; Marinês Batalha Moreno4; Savana Irribarem5; Rufino Fernando Flores Cantillano6; Luis Eduardo Correa Antunes6 A busca por melhores características qualitativas dos frutos é um dos principais objetivos tanto do melhoramento genético do pessegueiro, quanto das práticas de manejo, entre elas a da adubação dos pomares. Neste contexto, objetivou-se caracterizar a qualidade físicoquímica de três genótipos de pessegueiro submetidos a variações na adubação nitrogenada na região de Pelotas, RS, safra 2012. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, com três repetições de três plantas em cada parcela. Os tratamentos utilizados foram três dosagens de adubação nitrogenada (0 (controle), 100 e 200 kg de Nitrogênio ha-1) e três genótipos de pessegueiro (‘BRS Kampai’, ‘BRS Rubimel’ e ‘Cascata 805’). Avaliou-se: teor de sólidos solúveis totais (SST, expressos em ºBrix), a acidez total titulável (ATT, expressa em g de ácido cítrico/100mL de suco), o pH e a firmeza da polpa (expressa em N). De acordo com os resultados obtidos, não houve efeito significativo (p ≤ 0,05) das doses de nitrogênio utilizadas na qualidade físico-química dos pêssegos. O teor de SST foi significativo apenas para o fator genótipo, sendo os maiores valores observados nos frutos das cultivares ‘BRS Kampai’ (12,7 ºBrix) e ‘Cascata 805’ (12,3 ºBrix), diferindo estatisticamente da ‘BRS Rubimel’ (10,7 ºBrix). A ATT e o pH também apresentaram significância para o fator genótipo, sendo os maiores teores de acidez observados em ‘BRS Kampai’ (0,36%), seguido de ‘BRS Rubimel (0,29%) e ‘Cascata 805’ (0,21%). Os maiores teores de pH foram verificados em ‘Cascata 805’ (4,5), diferindo estatisticamente de Rubimel e Kampai (4,21 e 4,23 respectivamente). A firmeza da polpa também foi significativa somente para o fator genótipo, sendo os frutos de ‘BRS Rubimel’ e ‘BRS Kampai’ mais firmes (50,0 e 43,4N, respectivamente) em relação à ‘Cascata 805’ (23,3N). Sendo assim, conclui-se que, nas condições do experimento, as doses de 100 e 200kg de Nitrogênio ha-1 na adubação não proporcionam variações significativas na qualidade físico-química dos frutos de pessegueiro, das cultivares ‘BRS Kampai’, ‘BRS Rubimel’ e ‘Cascata 805’, entretanto há diferença significativa entre os genótipos. 1 Eng. Agrônoma, doutoranda do Programa de Pós-graduação em Agronomia – Fruticultura de Clima Temperado, UFPel, bolsista CAPES. Email: [email protected]; 2 Eng. Agrônomo, Doutor, Bolsista Capes PNPD, Embrapa Clima Temperado-RS, e-mail: [email protected]; 3 Eng. de Alimentos, Doutora, Bolsista recém-doutor Capes-Embrapa, Embrapa Clima Temperado-RS, e-mail: [email protected]; 4 Eng. Agrônoma, doutoranda do Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia Agroindustrial, UFPEL, e-mail: [email protected]; 5 Eng. Agrônoma, mestranda do Programa de Pós-graduação em Agronomia – Fruticultura de Clima Temperado, UFPel, bolsista CAPES. Email: [email protected]; 6 Eng. Agrônomo, Doutor, pesquisador da Embrapa Clima Temperado-RS, e-mail: [email protected] [email protected]. 147 MANEJO DE ADUBAÇÃO NITROGENADA NO CRESCIMENTO VEGETATIVO DE PESSEGUEIRO Savana Irribarem Costa1; Letícia Vanni Ferreira2; Luciano Picolotto3; Ivan dos Santos Pereira4; Luis Eduardo Correa Antunes5 O cultivo de pessegueiro (Prunus persica L. Batsch) aumentou em todo o mundo, nos últimos dez anos, tanto em produção quanto em área plantada. No Brasil, o aumento percentual foi inferior ao observado no panorama mundial. Dentre as práticas de manejo para aumento da produtividade, destaca-se a adubação, sendo o nitrogênio o elemento considerado o mais importante, por afetar diretamente o crescimento dos ramos, o número de gemas vegetativas e floríferas e o número de frutos por planta. Assim, o trabalho teve como objetivo avaliar o volume de copa e o diâmetro de tronco em duas seleções de pessegueiro influenciadas pelo efeito de diferentes doses de adubação nitrogenada na fase inicial de crescimento. O experimento foi instalado em 20 de agosto de 2012, na área experimental da Embrapa Clima Temperado, Pelotas-RS, e as avaliações foram realizadas em março de 2013. O delineamento experimental utilizado foi blocos ao acaso em esquema fatorial 4 x 2, com quatro doses de adubação nitrogenada de crescimento (0, 30, 60 e 120 kg ha-1) e duas seleções (‘Cascata 1067’ e ‘Cascata 1513’). O nitrogênio foi aplicado em cobertura e na forma de uréia, parcelado em cinco aplicações com intervalos de 30 dias, a partir do início da brotação, dependendo da dose, aplicada. Avaliou-se o volume de copa (m3) e o diâmetro de troco das plantas (mm). Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e a comparação de médias pelo teste Tukey ao nível de 5% de significância. A variável volume de copa foi influenciada apenas pelo fator seleção, sendo a ‘Cascata 1067’ a que apresentou maior média (0,24m3), diferindo da ‘Cascata 1513’, com 0,16m3. Já a variável diâmetro de tronco teve em média 26,26mm de diâmetro e não foi influenciada por nenhum dos fatores analisados. Embora o fator doses de adubação nitrogenada não tenha sido significativo para nenhuma variável testada, na seleção ‘Cascata 1513’, as maiores médias de diâmetro de tronco (27,62mm) e de volume de copa (0,23m3) foram observadas quando as plantas receberam a maior dose de nitrogênio, bem como os menores valores quando estas não receberam adubo (23,42mm e 0,12m3, respectivamente). Observou-se, portanto, uma tendência no crescimento em relação às variáveis vegetativas em relação ao aumento do nitrogênio. Com base nos resultados obtidos, conclui-se que o nitrogênio não influência a fase inicial do crescimento vegetativo de ramos e no diâmetro de tronco, nas doses avaliadas. 1 Eng. Agrônoma, Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Agronomia – Fruticultura de Clima Temperado, UFPel, bolsista da CAPES. Campus Universitário, Caixa Postal 354, Pelotas, RS – Cep: 96001-970. E-mail: [email protected]; 2 Eng. Agrônoma, M.Sc. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Agronomia – Fruticultura de Clima Temperado, UFPel , bolsista da CAPES. E-mail: [email protected]; 3 Eng. Agrônomo, Doutor, Bolsista PNPD/Capes da Embrapa Clima Temperado. E-mail: [email protected]; 4 Eng. Agrônomo, Doutor, Bolsista PNPD/Capes da Embrapa Clima Temperado. E-mail: [email protected]; 5 Eng. Agrônomo, Doutor, Pesquisador da Embrapa Clima Temperado. E-mail: [email protected]. 148 1-METILCICLOPROPENO E AQUECIMENTO INTERMITENTE NA PÓS-COLHEITA DE PÊSSEGOS ‘CHIMARRITA’ Alex Zanella1; Tiago Camponogara Tomazetti1; Marcia Denise Rossarolla1; Renan Ricardo Zandoná1; Dionas de Freitas Bock1; Lília Sichmann Heiffig-del Aguila2; Elizete Beatriz Radmann3; Juan Saavedra del Aguila4 A qualidade do fruto de pessegueiro depois de colhido é depreciada rapidamente, devendo ser desenvolvidas técnicas de pós-colheita que minimizem as perdas quantitativas e qualitativas. Com base neste contexto o objetivo com este trabalho foi avaliar o efeito do aquecimento intermitente e a utilização do 1–metilciclopropeno (1-MCP) na conservação pós-colheita de pêssegos ‘Chimarrita’. Os pêssegos provenientes de Santana do Livramento – RS foram transportados cuidadosamente ao Laboratório de Pós-Colheita de Frutas da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) – Campus Itaqui. Os tratamentos foram: T1 (armazenamento a temperatura ambiente de 25ºC), T2 (armazenamento a 1ºC), T3 (armazenamento a 1ºC com aquecimento intermitente a 25°C por 24 horas em intervalos de 5 dias), T4 (armazenamento a 25ºC + 1-MCP), T5 (armazenamento a 1ºC + 1-MCP) e T6 (armazenamento a 1ºC com aquecimento intermitente a 25ºC por 24 horas em intervalos de 5 dias + 1-MCP), o 1-MCP foi aplicado a uma concentração de 500 ppb durante 12 horas a 25ºC em recipiente hermeticamente fechado, utilizou-se o produto comercial SmartFresh® (Rohm and Hass Inc.), as avaliações foram realizadas na colheita e aos 10, 20 e 30 dias de armazenamento, para os tratamentos com resfriamento (T2, T3, T5 e T6) foi realizada outra avaliação após três dias de comercialização simulada (10+3, 20+3 e 30+3). Avaliou-se: sólidos solúveis totais (SS) expressos em ° Brix, acidez titulável (AT), coloração (L*, a* e b*) com auxílio de um calorímetro digital (Konica/Minolta CR-400), relação SS/AT (“ratio”), firmeza avaliada manualmente, lanosidade e danos pelo frio avaliado visualmente, as medias foram comparadas pelo teste Skott-Knott (α=0,05) com auxílio do programa estatístico R. Os tratamentos mantidos em temperatura ambiente (T1 e T4) não apresentaram condições de comercialização após a avaliação aos 10 dias, os tratamentos sem aplicação do 1-MCP apresentaram maior “ratio” e, aos 20 dias de armazenamento refrigerado apresentaram maior dano pelo frio. Nas avaliações em 10+3 e 20+3 (comercialização simulada) não foi verificado diferença entre os tratamentos. Aos 30 dias de armazenamento refrigerado o T6 apresentou maior “ratio” que, em 30+3 (comercialização simulada), ainda na avaliação após 30 dias os frutos tiveram valores maiores para T2 e menor para T3, nestas avaliações o aquecimento intermitente ocasionou a elevação do L* e dos SS, o T3 apresentou menor firmeza e maior dano por frio, quando comparados aos tratamentos que receberam aplicação do 1-MCP que proporcionou aos frutos uma maior firmeza e menor dano por frio. A conservação póscolheita de frutos de pessegueiro ‘Chimarrita’ em períodos maiores de 10 dias deve ser realizada sob refrigeração e, o uso do 1-MCP proporciona melhores condições para o armazenamento em períodos maiores. 1 Estudante (s) do Curso de Agronomia, Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) – Campus Itaqui, Rua Luiz Joaquim de Sá Brito s/nº - Bairro Promorar – Cep 97650-000, Itaqui, RS, Brasil. e-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; 2 Engª Agrª Drª, Pesquisadora da Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS, Brasil. e-mail: [email protected]; 3 Engª. Agrª. Drª., Professora Adjunta da UNIPAMPA – Campus Itaqui, RS, Brasil. e-mail: [email protected]; 4 Engº Agrº Dr., Professor Adjunto da UNIPAMPA – Campus Dom Pedrito, RS, Brasil. e-mail: [email protected]. 149 ARMAZENAMENTO DE MAÇÃS ‘FUJI SUPREMA’ EM ATMOSFERA CONTROLADA DINÂMICA Anderson Weber1; Rogério de Olivera Anese2; Vanderlei Both1; Fabio Rodrigo Thewes3; Elizandra Pivotto Pavanello1; Auri Brackmann4 A atmosfera controlada dinâmica (ACD) é uma tecnologia nova e está sendo utilizada para o armazenamento de maçãs, substituindo a atmosfera controlada (AC). Esta tecnologia permite variação na concentração de O2 durante o período de armazenamento. A forma utilizada comercialmente é a que se baseia na emissão de fluorescência de clorofila (ACD-FC) para variar os níveis de O2. Nos últimos anos foi desenvolvido um novo método para controlar a ACD baseado na medição do quociente respiratório (QR). Entretanto, nenhum trabalho foi conduzido em maçãs ‘Fuji’ com a utilização da ACD- QR e, além disso, a sua associação com a aplicação de 1-metilcilopropeno (1-MCP). Diante disso, o objetivo desse experimento foi avaliar níveis de QR para ACD em maçãs ‘Fuji Suprema’ e comparar com a ACD-FC e AC estática, todos com ou sem aplicação de 1-MCP. Os seguintes tratamentos foram avaliados: [1] testemunha em atmosfera controlada estática (1,0kPa O2 + 0,8kPa CO2); [2] ACD com FC; [3] ACD com QR 1,5; e [4] ACD com QR 2,0. A pressão parcial de CO2 nos tratamentos com ACD foram mantidos em 0,8kPa. Os frutos foram armazenados na temperatura de 0,5°C. Após a avaliação final, nove meses de armazenamento mais sete dias de exposição a 20ºC, os dados foram submetidos a ANOVA e comparação das médias pelo teste Tukey a 5% de probabilidade de erro. Os frutos armazenados em ACD com QR 1,5 foram os que mantiveram melhor a qualidade final. Este tratamento resultou na manutenção da firmeza de polpa, teor de acidez titulável e sólidos solúveis totais. Estes resultados são decorrentes da menor atividade da ACC oxidase com consequente menor síntese de etileno e taxa respiratória. A aplicação de 1-MCP reprimiu a produção de etileno mantendo maior a acidez titulável e firmeza de polpa, entretanto, resultou em ocorrência de cavernas reduzindo a percentagem de frutos sadios. Portanto, a ACD com QR 1,5 mantém melhor a qualidade dos frutos de maçãs ‘Fuji Suprema’, entretanto, sem diferir das maças armazenadas em ACD-FC. A aplicação de 1-MPC deve ser vista com cautela, pois apesar de manter maior firmeza de polpa, resulta de dano interno no fruto com aparecimento de cavernas. 1 Eng. Agr. Msc. Doutorando em Agronomia pelo Programa de Pós-graduação em Agronomia, bolsita CNPq, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil.E-mail: [email protected]; [email protected]; 2 Eng. Agr. Mestrando em Agronomia pelo Programa de Pós-graduação em Agronomia, bolsita CNPq, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil.E-mail: [email protected]; 3 Acadêmicos de Agronomia, bolsistas Pibic/CNPQ. Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil. E-mail: [email protected]; 4 Eng. Agr, Prof., Doutor do Departamento de Fitotecnia, número 1000, prédio 77, sala 24, CEP 97105-900, Cidade Universitária, Bairro Camobi, da Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil. E-mail: [email protected]. 150 QUALIDADE E VIDA DE PRATELEIRA DE FIGOS SOB TEMPERATURA CONSTANTE Andressa Vighi Schiavon1; Caroline Moreira Rodrigues2; Carolina Goulart2, Flávia Saraiva Loy2, Cibele Medeiros dos Santos1, Gustavo Marin Andreeta1, Horacy Fagundes Rosa Jr.1, José Carlos Fachinello3 O período de pós-colheita é caracterizado por grandes perdas tanto para frutas como para hortaliças. No caso das frutas, a perda média estimada é de 30 %. Os figos da cultivar ‘Roxo de Valinhos’, por terem o ostíolo bastante aberto e tendência a rachaduras, são bastante suscetíveis a ataques de moléstias durante a produção e comercialização. Para aumentar o tempo de conservação e reduzir as perdas pós-colheita, é importante conhecer práticas adequadas de manuseio desde a colheita até o consumo. O objetivo deste trabalho foi avaliar a vida de prateleira de figos (Ficus carica L.) da cultivar ‘Roxo de Valinhos’, conservados sob temperatura de 25°C. As frutas foram colhidas no mês de março no pomar didático do Centro Agropecuário da Palma, na Universidade Federal de Pelotas localizada no município do Capão do Leão - RS, durante a safra 2013. Para simular o teste de vida de prateleira dos figos, foram testados diferentes períodos de armazenamento, que correspondem a 0, 3,7 e 12 dias, para cada tratamento foram utilizadas três repetições com cinco frutos cada. As variáveis analisadas foram teor de sólidos solúveis (SS), através de refratômetro modelo RTD-45, com os resultados expressos em ºBrix; firmeza de polpa, utilizando um penetrômetro digital marca TR TURONI - Italy, modelo 53205, com ponteira de 8 mm de diâmetro e efetuadas duas leituras por fruta, em lados opostos na região equatorial, após a remoção de uma porção da epiderme, resultados expressos em Newton (N); perda de massa das frutas (g), através da relação entre o percentual inicial e final da massa das frutas; pH, medido com pHmetro de bancada; acidez total (AT) (% de acido cítrico), determinado por titulação em NaOH e relação de sólidos solúveis/acidez total (SS/AT). Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância (p≤0,05). As análises foram efetuadas pelo programa Winstat. AT e SS aumentaram conforme o período de armazenamento avançou, sendo significativamente maiores a partir dos 7 dias (médias de 0,24; 0,35; 0,45 e 0,45% para AT e 14,66; 15,36; 17,86 e 21,46 °Brix para SS, respectivamente). A firmeza teve aumento significativo aos 3 dias e voltou a cair a partir dos 7 dias (médias 1,87; 3,10; 1,93 e 1,93 N, respectivamente). A perda de peso foi significativamente maior a partir dos 7 dias (médias de 16, 57; 45,35 e 64,62%, respectivamente). Não houve diferença significativa para pH (média 4,09). A relação SS/AT diminuiu significativamente aos 3 dias, se manteve aos 7 dias e teve um novo aumento aos 10 dias (médias de 72,14; 43,43; 39,64 e 49,20). Pode-se dizer que a perda de qualidade das frutas é acentuada ao redor de 7 dias de armazenamento à temperatura de 25 °C. 1 Graduandos em Agronomia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas. [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; 2 Pós-Graduandos em Agronomia, Fruticultura de Clima Temperado, Departamento de Fitotecnia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas. Caixa postal 354, Cep - 96010-900, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. [email protected]; [email protected]; [email protected]; 3 Eng. Agr. Doutor, Professor Titular, Departamento de Fitotecnia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas, Caixa postal 354, Cep - 96010-900, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. [email protected]. 151 CARACATERÍSTICAS FISICO-QUÍMICAS DA ‘TANNAT’ CULTIVADA EM SAFRA FORA DE ÉPOCA NO NORTE DO PARANÁ Arthur Sguario Ribeiro1; Anderson Hideo Yokoyama1; Leticia Sviech1; Beatriz da Silva Vanolli1; José Gabriel Perez Marques1; Alessandro Jefferson Sato2; Renato Vasconcelos Botelho2; Adenilsom Lima dos Santos2; Sergio Ruffo Roberto3; Lidiane Carla Villanova Miotto4 Recentemente, existem diversos estudos que comprovam que o consumo regular de vinho tinto proporciona vários efeitos positivos para a saúde (RIBEIRO e MANFROI, 2010), sendo que a ‘Tanna’ (Vitis vinifera L) se destaca neste aspecto, tendo em vista que é muito rica em compostos fenólicos. A videira ‘Tannat’ é originaria da França, se adaptou muito bem às condições climáticas do Uruguai e é uma opção interessante para ampliar a diversidade de espécies de videiras cultivadas no Brasil, principalmente em safra fora de época, quando as condições climáticas são mais favoráveis para a maturação de uvas, principalmente as europeias ou finas (SATO et al, 2010). No entanto, ressalta-se que antes de se introduzir uma nova cultivar de uva em uma região, é importante conhecer o seu desenvolvimento vegetativo e produtivo, tendo em vista que a qualidade final dos vinhos está diretamente relacionada com a qualidade da uva obtida. Desta forma o objetivo deste trabalho foi avaliar as características físico-químicas de uvas ‘Tannat’ cultivadas em safra fora de época no Norte do Paraná. O experimento foi realizado em Maringá, PR, durante o período de janeiro até julho de 2010, sendo que foram utilizadas 20 plantas conduzidas no sistema latada com espaçamento de 4,0m x 1,5m, a poda de frutificação realizada em janeiro de 2010 e a colheita em julho do mesmo ano. Por ocasião da colheita, quantificou-se o número de cachos por planta e em seguida foram coletados cinco cachos por planta dos quais se avaliou o diâmetro de baga (mm), a massa dos cachos (g), comprimento (cm) e se estimou a produção e produtividade. Posteriormente as bagas foram trituradas e avaliou-se o pH, teor de sólidos solúveis totais (SST) em ºBrix e acidez titulável (AT) do mosto das uvas. Observou-se que devido ao deslocamento da safra para um período com condições climáticas mais favoráveis para o desenvolvimento das uvas, (menor precipitação, temperaturas mais amenas, e amplitude térmica maior) os cachos colhidos apresentaram excelentes características fitossanitárias, livres de doenças fúngicas e podridões que geralmente ocorrem no período de colheita em safras convencionais. Observou-se que em média obteve-se 29,9±12,7 cachos por planta, bagas com 12,1±1,2 mm, cachos com 200,0±20,0 g e 12,1±2,3 cm de comprimento. Com relação aos aspectos químicos, observou-se que o pH foi de 3,3±0,1, o teor de SST de 17,7 ±2,9 ºBrix, e de AT de 1,1±0,5 % de ácido tartárico. Os resultados obtidos são interessantes, uma vez que estão muito próximos do desejado para a elaboração de vinhos finos de qualidade, uma vez que para a formação de 1ºGL é necessário 1,8ºBrix no mosto da uva, sendo que os valores obtidos no presente experimento possibilitam a elaboração de vinhos com aproximadamente 10ºGL, além disso, o pH e o teor de AT também estão dentro dos padrões desejados, que de acordo com Rizzon e Miele (2002) devem ser de até 3,3 e 1,4 % de ácido tartárico, respectivamente. Conclui-se que a uva ‘Tannat’ apresenta potencial para ser cultivada em safra fora de época nas condições físico-químicas do Norte do Paraná. Palavra-chave: uva, vinho, maturação. 1 Acadêmico de Agronomia, Universidade Estadual do Centro-Oeste, Guarapuava-PR, [email protected]; Professor Dr., Universidade Estadual do Centro-Oeste, Guarapuava, PR, [email protected], [email protected], [email protected]; 3 Professor Dr., Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR, [email protected]; 4 Doutoranda em Agronomia da Universidade de Reims, Reims, França, [email protected]. 2 152 O TEOR MINERAL E O ESTÁDIO DE MATURAÇÃO DE FRUTOS DE AMEIXA ‘LAETITIA’ INFLUENCIAM A OCORRÊNCIA DE ESCURECIMENTO DE POLPA DURANTE O ARMAZENAMENTO REFRIGERADO Bruno Espindola Pansera1; Cristiano André Steffens2; Crizane Hackbarth3; Cassandro Vidal Talamini do Amarante2; Aline dos Santos3; Thalita Dal Toé Benincá3; Francielle Neto Paes4; Vinicio Denardi4; Filipe Christian Pikart5; Angélica Schmitz Heinzen5; Marcos Vinicius Hendges1 O armazenamento refrigerado em ameixas favorece a manutenção da qualidade dos frutos devido a diminuição das taxas metabólicas conferida pela redução da temperatura. No entanto, este método pode ocasionar alguns problemas, como o distúrbio fisiológico escurecimento de polpa. A sensibilidade dos frutos a este distúrbio está relacionada com o local de origem, porta-enxerto, e teor de nutrientes minerais, principalmente o cálcio. Este trabalho teve como objetivo avaliar a influência do local de produção e do estádio de maturação sobre a manifestação do escurecimento de polpa, bem como verificar se há relação deste distúrbio com o teor mineral dos frutos. Os frutos foram provenientes de dois pomares comerciais localizados em Lages/SC e Vacaria/RS, na safra 2010/2011. O experimento foi um fatorial 2x3, com dois locais de produção, Vacaria-RS e Lages-SC, e três estádios de maturação na colheita, sendo 25, 50 e 75% da epiderme coberta pela coloração vermelha. Após 30 dias de armazenamento (0,5°C e 95% de UR) mais quatro dias em condições ambiente (20±2°C e 60±5% de UR), simulando o período de comercialização, os frutos foram analisados quanto à incidência e severidade de escurecimento de polpa, luminosidade da polpa, teores de Ca, N, Mg, K, porcentagem de cor vermelha, taxa de produção de etileno e força para a compressão do fruto. Os dados foram submetidos à análise da variância (ANOVA) e as médias ao teste de Tukey (p<0,05). Também foi realizada análise de correlação entre a incidência de escurecimento de polpa e as demais variáveis analisadas. Frutos provenientes de Vacaria apresentaram menor incidência e severidade de escurecimento de polpa, mas não se observaram diferenças entre os dois locais de produção quanto aos valores de L da polpa. Os frutos de Vacaria apresentaram maior concentração de Ca e N na polpa, bem como a maior relação Ca/Mg. Não foram observadas diferenças entre os locais quanto aos teores de Mg e K. Não houve correlação entre o teor de K e a incidência de escurecimento de polpa. Independente do local de produção, os frutos com maturação de 25% de cor vermelha na colheita apresentaram menor incidência e severidade de escurecimento de polpa que frutos com 75%. Verificaram-se correlações positivas entre a incidência de escurecimento de polpa e a porcentagem de cor vermelha da epiderme e a produção de etileno, e negativas em relação à força para compressão do fruto. As variáveis de força para a penetração da polpa e firmeza de polpa também tiveram correlação negativa com a incidência de escurecimento de polpa, porém com menores coeficientes. Os resultados mostram que a manifestação do distúrbio escurecimento de polpa em ameixas ‘Laetitia’ é influenciada pelo local de produção, estando a ocorrência do distúrbio associada ao teor dos nutrientes Ca, Mg e a relação Ca/Mg na polpa, bem como ao processo de amadurecimento dos frutos. 1 Eng. Agrônomos, Msc, Doutorandos do PPGPV/CAV/UDESC. Av. Luis de Camões, 2090, Lages, SC, 88520-000, [email protected]; 2 Professores CAV/UDESC, Bolsistas de Produtividade em Pesquisa CNPq. Av. Luis de Camões, 2090, Lages, SC, 88520000, [email protected]; [email protected]; 3 Engas. Agrônomas, Mestrandas do PPGPV/CAV/UDESC. Av. Luis de Camões, 2090, Lages, SC, 88520-000, [email protected]; [email protected]; [email protected]; 4 Graduandos de Agronomia, bolsistas de Iniciação Científica CAV/UDESC. Av. Luis de Camões, 2090, Lages, SC, 88520000, [email protected]; [email protected]; 5 Eng. Agrônomos, ex-bolsitas de Iniciação Científica CAV/UDESC. . Av. Luis de Camões, 2090, Lages, SC, 88520-000, [email protected]; angé[email protected]. 153 EVOLUÇÃO DA MATURAÇÃO DE PÊSSEGOS ‘CHIMARRITA’ EM ARMAZENAMENTO REFRIGERADO Carolina Goulart1; Flávia Saraiva Loy1; Marcos Antônio Giovanaz1; Caroline Moreira Rodrigues2; Andressa Schiavon3; Cibele Medeiros3; Gustavo Marin Andreeta3; José Carlos Fachinello4 O pêssego é uma fruta climatérica, caracterizando-se por apresentar sensibilidade à ação do etileno na pós-colheita, interferindo diretamente nos parâmetros de maturação e na qualidade de comercialização dessas frutas. O experimento foi dividido em dois estádios de maturação, estádio verde (EV) e estádio maduro (EM), as frutas classificadas no EV apresentavam a coloração da epiderme mais próxima ao amarelo com ºHue de 86,93 já os frutos no EM aproximavam-se mais ao vermelho com ºHue de 51,51. O objetivo do trabalho foi avaliar a evolução da maturação dessa fruta, após o armazenamento refrigerado. Os tempos de armazenamentos foram: 3 dias após a colheita (DAC) com temperatura de 25ºC e umidade de 90% (T 25ºC; 90% U) e 13 DAC sendo 10 dias armazenadas em câmera fria (T 1ºC e 90% U) e 3 dias (T 25ºC; 90% U). As frutas analisadas foram colhidas na data 4/12/2012 no Centro Agropecuário da Palma, e o experimento foi conduzido no Lab/Fruti, da Universidade Federal de Pelotas. As variáveis analisadas foram firmeza de polpa (FP) em Newtons (N), com penetrômetro digital Turoni com ponteira de 8mm, na região equatorial dos frutos e índice DA com DA-meter® 5350. O delineamento foi inteiramente casualizados com três tratamentos e três repetições de 10 frutos cada, os resultados obtidos foram subtidos análise de variância, sendo as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de significância (Médias seguidas pela mesma letra minúsculas entre parênteses não diferem significativamente). No momento da colheita as frutas apresentavam-se com o IDA de 1,43 para o EV e 0,45 para o EM, já para a FP os valores eram no EV de 36,65 N e para o EM de 10,02 N. Os resultados obtidos foram os seguintes: aos 3 DAC a variável IDA apresentou diferença estatística nos dois estádios de maturação analisado, sendo os valores de 1,36(a) no EV e 0,38(b) no EM; a FP praticamente não alterou-se em relação a colheita, tendo os valores de 34 N(a) no EV e 8,2 N(b) no EM. Nas frutas com 13 DAC o IDA foi de 1,05(a) no EV e 0,25(b) no EM, demonstrando uma redução em relação à colheita e aos 3 DAC devido a degradação da clorofila durante o armazenamento, já a FP manteve-se como na colheita e aos 3 DAC sendo os valores de 33,7 N(a) no EV e 11,3 N(b). Considerando a evolução da maturação do pêssego após o armazenamento refrigerado, observou-se que o estádio verde apresentou certa qualidade durante o período analisado, pois não houve degradação em ralação a FP e a diminuição do IDA como esperado no amadurecimento. 1 Eng. Agr. Mestrandos do PPGA/Fruticultura/UFPel – Campus Universitário Capão do Leão, RS – CEP 96190-990; [email protected]; [email protected]; [email protected]; 2 Eng. Agr. Doutoranda do PPGA/Fruticultura/UFPel – Campus Universitário Capão do Leão, RS – CEP 96190-990; [email protected]; 3 Graduandos em Agronomia, estagiários da Fruticultura/UFPel – Campus Universitário Capão do Leão, RS – CEP 96190990; [email protected];[email protected];[email protected]; 4 Profº Doutor José Carlos Fachinello do PPGA/Fruticultura/UFPel – Campus Universitário Capão do Leão, RS – CEP 96190-990; [email protected]. 154 APLICAÇÃO PÓS-COLHEITA DE REGULADORES VEGETAIS EM FRUTOS DE PÊSSEGUEIRO ‘CHIRIPA’ Caroline Farias Barreto1; Renan Ricardo Zandoná1, Gabriel Brum Accorsi1; Alex Zanela1; Pâmela Carvalho de Lima1; Lília Sichmann Heiffig-del Aguila2; Elizete Beatriz Radmann3; Juan Saavedra del Aguila4 As perdas na pós-colheita ocasionadas por excesso de maturação é um dos grandes entraves para a conservação de frutas, como o pêssego. O 1-metilciclopropeno (1-MCP) é utilizado para reduzir a ação do etileno e, consequentemente, retardar a senescência dos frutos, já que o etileno é o hormônio vegetal do amadurecimento. O ácido salicílico quando aplicado de forma exógena, é capaz de induzir a sua própria síntese assim de proteínas e de proteger as plantas contra ataque de patógenos. Objetivou-se com o trabalho avaliar o efeito do ácido salicílico e do 1-MCP na pós-colheita de frutos de pessegueiro ‘Chiripa’ armazenados a temperatura ambiente. O experimento foi desenvolvido no Laboratório de Pós-colheita de Frutas, da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) - Campus Itaqui-RS. Os tratamentos foram os seguintes: T1 = frutos sem a adição de nenhuma substância (controle); T2= 10 mM de ácido salicílico; T3= 100 ppm de Etileno; T4= 1000 ppb de 1-MCP. Os frutos dos tratamentos T2 e T3 foram imersos em 10 litros de água destilada juntamente com a substância designada de cada tratamento por 10 minutos. Nos frutos do tratamento com 1-MCP (T4) utilizou-se o produto comercial SmartFresh® (Rohm and Hass Inc.), na concentração de 1000 ppb do produto durante 12 horas a 20ºC, para este tratamento, os frutos foram colocados em câmeras hermeticamente fechadas. Todos os tratamentos foram armazenados a temperatura ambiente (±20ºC) e avaliados no 0º dia (D-0) (colheita), 2º dia (D-2), 4º dia (D-4), 6º dia (D-6) e 8º dia (D-8). Avaliaram-se: Perda de massa fresca (PMF) (%); Índice da coloração do pericarpo (ICP), calculado a partir de valores de Luminosidade (L*), a e b obtidos com colorímetro Minolta modelo CR-400; Firmeza manual do fruto, que foi determinada utilizando um método não destrutível utilizando o tato, seguindo a seguinte escala – 1 = duro (firme), 2 = mais ou menos duro, 3 = pouco mole, 4 = mole, 5 = muito mole; Sólidos solúveis totais (SS) (ºBrix), acidez total titulável (AT); “ratio” obtido pela relação SS/AT. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, arranjado em esquema fatorial 4 x 5 (tratamentos x dias) com quatro repetições. Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F, quando significativos realizou-se teste de Tukey para comparação das médias a 5% de probabilidade. Os frutos do tratamento com 1-MCP (T4) apresentaram a menor PMF, enquanto os frutos do tratamento controle (T1) obtiveram a maior PMF no último dia de avaliação (D-8). O ICP manteve-se constante até o D-6, mas no último dia de avaliação (D-8) os frutos do tratamento controle (T1) e com 1-MCP (T4) apresentaram elevação deste índice. O T4 diferiu-se dos demais tratamentos em relação aos SS, apresentando valores superiores desta variável resposta. O AT não diferiu entre os tratamentos. A firmeza foi decrescente em todos os tratamentos ao longo de todo o experimento e; o maior “ratio” foi observado nos frutos com 1-MCP (T4) ao final do experimento (D-8). Deste modo, os frutos tratados com 1MCP (T4) foram os frutos com maiores SS e “ratio” e menores perdas de massa fresca. 1 Estudante(s) do Curso de Agronomia, Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) – Campus Itaqui, Rua Luiz Joaquim de Sá Brito s/nº - Bairro Promorar – Cep 97650-000, Itaqui, RS, Brasil. e-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; 2 Engª Agrª Drª., Pesquisadora da Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS, Brasil. e-mail: [email protected]; 3 Engª Agrª Drª., Professora Adjunta da UNIPAMPA – Campus Itaqui, RS, Brasil. e-mail: [email protected]; 4 Eng. Agr. Dr., Professor Adjunto da UNIPAMPA – Campus Dom Pedrito, RS, Brasil. e-mail: [email protected]. 155 CONSERVAÇÃO PÓS-COLHEITA DE FIGOS CV. ROXO DE VALINHOS SOB CONDIÇÕES DE REFRIGERAÇÃO E DIFERENTES EMBALAGENS Caroline Moreira Rodrigues1; Diego Weber1; Jones Eloy1; Priscila Alvariza Amaral1; Carolina Goulart1; Flávia Loy1; Andressa Vighi Schiavon2; José Carlos Fachinello3 O figo (Ficus carica L.) apresenta alta perecibilidade e entre as principais causas da perda de qualidade comercial estão a colheita e manuseio, embalagem, condições de transporte e armazenamento. Apresenta uma vida de prateleira muito curta quando armazenado em condições ambientais. Frutos mantidos sob condições de refrigeração têm aumento considerável na conservação, além disso, o uso de embalagens pode retardar o processo de maturação dos frutos. Neste sentido, o presente trabalho teve por objetivo comparar figos não embalados com figos embalados em dois tipos de embalagens, e armazenados em câmara fria em duas distintas temperaturas. Foram utilizados figos da cultivar ‘Roxo de Valinhos’ provenientes do pomar didático do Centro Agropecuário da Palma, na Universidade Federal de Pelotas localizada no município do Capão do Leão - RS, durante a safra 2013. O experimento consistiu na utilização de refrigeração a 4 e 12°C e na comparação de figos não embalados (controle), figos embalados em bandejas PET modelo Galvanotek GA-10 e figos embalados em bandejas de poliestireno expandido cobertas com filme plástico. Foram avalidos os parâmetros de cor, com colorímetro Minolta 400/410; teor de sólidos solúveis (SS), através do refratômetro modelo RTD-45, com os resultados expressos em ºBrix; firmeza de polpa, utilizando um penetrômetro digital marca TR TURONI-Italy, modelo 53205, com ponteira de 8mm de diâmetro e efetuadas duas leituras por fruta, em lados opostos na região equatorial, após a remoção de uma porção da epiderme, resultados expressos em kg força-1; e número de frutos considerados próprios para consumo (sem podridões), avaliados visualmente. A colheita e posterior armazenamento ocorreu no dia 22 de abril de 2013 e as avaliações foram efetuadas no dia 08 de maio de 2013, totalizando 16 dias de armazenamento. O delineamento foi inteiramente casualizado, com quatro repetições, três tratamentos (embalagens) e duas temperaturas. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância (p≤0,05). As análises foram efetuadas pelo programa Winstat. Não houve diferença para SS (média 8,92 °Brix) e para firmeza (média 0,26) entre as embalagens e temperaturas. Para cor, houve diferença significativa entre as duas embalagens, médias de 69,74 °Hue para bandeja PET e 61,29 °Hue para poliestireno expandido, mas estas não diferiram do controle (média 63,83 °Hue). Para número de figos sem podridões, houve diferença significativa entre as embalagens, entre as temperaturas e interação entre estas, sendo a temperatura de 4°C a que preservou o maior número de frutos (média 9,91 frutos) e entre as embalagens, a bandeja de poliestireno expandido com filme plástico obteve maior média (média 8,12 frutos), seguida da bandeja PET (média 6,62 frutos), que não diferiu do controle (média 5 frutos). Com isso, verifica-se a importância da temperatura de armazenamento e do uso de embalagens na conservação pós-colheita de figos da cultivar ‘Roxo de Valinhos’. 1 Pós-Graduandos em Agronomia, Fruticultura de Clima Temperado, Departamento de Fitotecnia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas. Caixa postal 354, Cep - 96010-900, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; 2 Graduanda em Agronomia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas, [email protected]; 3 Eng. Agr. Doutor, Professor Titular, Departamento de Fitotecnia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas, Caixa postal 354, Cep - 96010-900, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. [email protected]. 156 TEMPERATURA IDEAL PARA MÍNIMA DETERIORAÇÃO PÓS-COLHEITA DE MAÇÃS CLONES DE ‘GALA’ Elis Regina Mazzurana1; Luiz Carlos Argenta2; Karyne S. Betinelli3; Andreia M. T. Scolaro4; Cassandro V. T. do Amarante5; Marcos Westphal Gonçalves6 A redução da temperatura é a ferramenta mais efetiva para estender a vida pós-colheita de maçãs. Entretanto, o prolongamento excessivo do armazenamento refrigerado pode induzir o desenvolvimento de danos por frio em maçãs de algumas cultivares mesmo quando mantidas em temperatura superior ao ponto de congelamento. O presente estudo objetivou avaliar a possibilidade de aumento da temperatura de armazenagem de maçãs clones de ‘Gala’ sob atmosfera controlada (AC), como método para redução do desenvolvimento de escurecimento da polpa e aumento da eficiência do consumo de energia para refrigeração. Experimentos foram conduzidos em 2011 com maçãs crescidas na região de Fraiburgo e de São Joaquim, SC, colhidas em dois estádios de maturação. Maçãs colhidas em Fraiburgo foram armazenadas em câmaras experimentais de 0,150m3, a -0,3 e 1,2°C e em câmaras comerciais de 2050m3, a 0,7 e 2°C enquanto maçãs colhidas em São Joaquim foram armazenadas em câmaras comerciais de 578m3, a 0,8, 1,4 e 1,9°C. Frutos de todos os tratamentos foram mantidos sob AC com regimes de O2 e CO2 mantidos em 1,8±0,2% e 2,0±0,2%, respectivamente. Metade dos frutos de cada tratamento de temperatura foi tratada com o inibidor da ação do etileno, 1-metilciclopropeno (1-MCP). Determinou-se a firmeza da polpa, o teor de sólidos solúveis (SS), a acidez titulável (AT) e a incidência de escurecimento da polpa, podridões e rachaduras. Observou-se que os tratamentos de temperatura de armazenagem não influenciaram os teores de SS e a AT em todos os experimentos. Normalmente, não houve efeito da temperatura sobre a conservação da firmeza da polpa. Exceção ocorreu para maçãs da região de Fraiburgo não tratadas com 1-MCP que mantiveram melhor a firmeza da polpa quando armazenadas em temperatura mais elevada. Maçãs tratadas com 1-MCP conservaram mais a firmeza da polpa, independentemente da temperatura de armazenagem. O desenvolvimento de podridões não foi afetado pela temperatura de armazenagem em maçãs de Fraiburgo armazenadas em câmaras experimentais e comerciais, independentemente do tratamento com 1-MCP. No entanto, maçãs de São Joaquim armazenadas em câmaras comerciais, foram menos afetadas por podridões quando mantidas na temperatura mais alta e não tratadas com 1-MCP. O aumento da temperatura reduziu a incidência e severidade de escurecimento da polpa e rachaduras das maçãs ‘Galas’ de todos os experimentos. Incidência mínima de escurecimento da polpa ocorreu nas maçãs armazenadas em temperaturas mais elevadas tratadas com 1-MCP. Os resultados desse estudo mostram que o aumento da temperatura em 1 a 1,5oC pode resultar em redução de consumo de energia em aproximadamente 20% para ventilação e 50% para refrigeração. 1 UDESC-CAV, Lages, Mestranda em Produção Vegetal, e-mail: [email protected]; Eng., Agr., Dr., Pesquisador, Estação Experimental de Caçador, Epagri, C.P. 591, 89500-000, Caçador, SC, [email protected]; 3 Estação Experimental de Caçador, Epagri, Bolsista do CNPq, [email protected]; 4 Eng. Agr. MSc., e-mail: [email protected]; 5 Eng. Agr., Ph.D., Professor do Depto. de Agronomia, Centro de Ciências Agroveterinárias, UDESC, Lages, SC, [email protected]. 6 Eng. Agr. Fischer SA Agroindústria, Fraiburgo, SC, [email protected]. 2 157 ATMOSFERA CONTROLADA E VIDA DE PRATELEIRA NA PERMEABILIDADE DA MEMBRANA CELULAR DE MAÇÃS ‘ROYAL GALA’ Elisa de Almeida Gollo1; Fábio Rodrigo Thewes¹; Vanderlei Both2; Auri Brackmann3 A colheita da maçã ‘Royal Gala’ concentra-se nos três primeiros meses do ano, assim sendo, necessita ser conservada para que o produto possa suprir a demanda do mercado consumidor ao longo do ano. Como a maçã é um produto perecível há uma série de variáveis a serem consideradas em seu armazenamento, para que depois do período de armazenagem, mantenham-se as características da cor e sabor do fruto fresco, que será, por alguns dias, exposto à temperatura ambiente, nas prateleiras de supermercados. O aumento da permeabilidade das membranas celulares, que é influenciada pelas condições de armazenagem, é um indício de perda de qualidade e senescência de frutos. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da atmosfera controlada e vida de prateleira sobre a permeabilidade da membrana celular de frutos da cultivar ‘Royal Gala’. Realizou-se um experimento no Núcleo de Pesquisa em Pós-Colheita (NPP) do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Santa Maria. Para esse estudo, os frutos foram armazenados durante oito meses em atmosfera controlada, seguido de seis dias a 20°C. Foram instaladas duas diferentes condições de atmosfera controlada (AC), a primeira com 0,5kPa de O2 e 1,2kPa de CO2 e a segunda com 0,7kPa de O2 e 1,2kPa de CO2, ambas na temperatura de 0,5°C. Após os oito meses em atmosfera controlada os frutos foram retirados da câmara e avaliados aos zero, dois, quatro e seis dias de exposição a 20°C. Para avaliação da permeabilidade foram feitos 20 cortes em forma de discos na polpa dos frutos e colocados em solução de manitol dentro de vidros de 50ml, e então foi medida a corrente elétrica na solução. Depois, os vidros foram colocados em banho-maria e fervidos por meia hora, após a fervura foram imediatamente colocados a -30°C por 24 horas e após as 24 horas foi novamente medida a condutividade elétrica da solução. Através da diferença do valor final e inicial de condutividade elétrica da solução foi obtida a permeabilidade da membrana celular dos frutos. Observou-se que a permeabilidade da membrana celular não foi afetada pelas diferentes condições de atmosfera. Durante a vida de prateleira, a permeabilidade da membrana celular aumentou exponencialmente conforme o aumento do número de dias expostos à temperatura de 20°C. Constatou-se que o aumento da permeabilidade da membrana celular diminui a integridade da membrana. 1 Graduando do curso de Agronomia/UFSM. Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS. CEP: 97105-900. email: [email protected]; [email protected]; 2 Eng. Agr. Mestrando/Doutorando do PPGAGRO/UFSM – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS. CEP: 97105-900. e-mail: [email protected]; 3 Eng. Agr. D.S. Professor do PPGAGRO/UFSM – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS. CEP: 97105-900. e-mail: [email protected]. 158 EFICIÊNCIA DA APLICAÇÃO PRÉ-COLHEITA DE FUNGICIDAS NO CONTROLE PÓS-COLHEITA DA PODRIDÃO PARDA Elizandra Pivotto Pavanello1; Fabio Rodrigo Thewes2; Wanderlei Link Junior3; Vagner Ludwig2; Elisa de Almeida Gollo2; Auri Brackmann4 A podridão parda, causada pelo fungo Monilinia fructicola, é a principal causa de perdas em pré e, principalmente, pós-colheita em pêssegos. Tendo em vista que, o eficiente controle do inóculo inicial, em pré-colheita, é a melhor maneira de garantir frutos de qualidade, com baixa manifestação do fungo durante a pós-colheita, principalmente após o armazenamento, objetivou-se avaliar a eficiência da aplicação pré-colheita de fungicidas no controle da podridão parda em pós-colheita, bem como, determinar o seu efeito no escurecimento da epiderme dos frutos. O experimento foi realizado no município de Santiago, RS, com os seguintes tratamentos: [1] testemunha (aplicação de água); [2] Captana (Orthocide); [3] iprodione (Rovral); [4] iminoctadina (Belkute); [5] tebuconazol (Folicur); [6] difenoconazol (Score); [7] azoxistrobina (Amistar). Os fungicidas foram aplicados na fase de pré-colheita, nas doses e período de carência recomendados. Após a colheita os frutos foram inoculados com uma suspensão de 105 esporos mL-1 do fungo Monilinia fructicola e na sequência, armazenados a -0,5 ºC por 40 dias. Após o armazenamento, durante quatro dias de exposição dos frutos a 20ºC, os seguintes parâmetros foram avaliados: incidência de podridão parda, severidade da doença e índice de escurecimento da epiderme. Os resultados obtidos foram submetidos à análise da variância, sendo as médias comparadas pelo teste Tukey a 5% de significância. A aplicação de iminoctadine mostrou-se uma eficiente alternativa para o controle do fungo Monilinia fructicola durante o período de pós-colheita, com 0 e 33,8% de incidência de podridão após dois e quatro dias de exposição a 20 ºC. Além disso, o fungicida captana provocou maior escurecimento na epiderme dos frutos. Esses resultados reforçam a importância de um eficiente programa fitossanitário durante o período da pré-colheita para redução das perdas pós-colheita e contaminação dos frutos por resíduos químicos. 1 Eng. Agr. M.Sc. Doutoranda do PPGAGRO/UFSM – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS. CEP: 97130950. e-mail: [email protected]; 2 Graduando(a) do curso de Agronomia/UFSM. Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS. CEP: 97130950. email: [email protected]; [email protected]; [email protected]; 3 Eng. Agr. Mestrando do PPGAGRO/UFSM – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS. CEP: 97130950. email: [email protected]; 4 Eng. Agr. D.S. Professor do PPGAGRO/UFSM – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS. CEP: 97130950. e-mail: [email protected]. 159 DIFUSÃO DE GASES NA POLPA DE MAÇÃS VARIA ENTRE CULTIVARES Fabio Rodrigo Thewes1; Rogério de Oliveira Anese2; Wanderlei Link Junior2; Adriano Roque de Gasperin3; Auri Brackmann4 Durante o armazenamento, a difusão de gases na polpa dos frutos, que ocorre através dos espaços intercelulares, é de fundamental importância, principalmente para manutenção do metabolismo aeróbico e a qualidade pós-colheita. Quando a difusão de gases é muito baixa pode ocorrer o acúmulo de CO2 na polpa e a diminuição excessiva da concentração de O2, que pode iniciar o metabolismo fermentativo, aumentando a incidência de distúrbios fisiológicos. Em vista disso, realizou-se um experimento para determinar a taxa de difusão de gases na polpa de maçãs das cultivares Royal Gala, Galaxy, Pink Lady e Granny Smith. Para tanto, 50 frutos, de cada cultivar, foram colhidos no município de Vacaria-RS e transportados para o Núcleo de Pesquisa em Pós-colheita da UFSM, onde foram armazenados durante dois meses em ambiente refrigerado na temperatura de 1 °C e umidade relativa de 94% (±1.0%). Após, cinco repetições de 10 frutos foram avaliadas quanto à difusão de gases na polpa. Houve diferença significativa na difusão do CO2 e O2 na polpa das diferentes cultivares. Maçãs da cultivar Galaxy apresentaram a menor difusão de CO2 em relação às demais cultivares. Este resultado permite inferir que maçãs ‘Galaxy’ podem apresentar danos quando armazenadas em atmosfera controlada (AC) com CO2 muito elevado uma vez que é dificultada a difusão deste gás para fora do fruto. Em relação à difusão do O2, as maçãs da cultivar Royal Gala apresentaram a maior taxa de difusão, demonstrando que frutos desta cultivar permitem o uso de concentrações de O2 mais baixas no armazenamento em AC, uma vez que o O2 tem maior facilidade de difusão nesta cultivar. A difusão do CO2 chegou as ser cinco vezes maior do que de O2, demonstrando que há maior dificuldade na difusão do oxigênio em relação ao gás carbônico. Possivelmente, a maior difusão do CO2 tem relação com a sua maior difusividade em meio líquido, uma vez que os espaços intercelulares podem estar encharcados e dificultar as trocas gasosas. A difusão de gases (O2 e CO2) varia entre cultivares. 1 Graduando do curso de Agronomia/UFSM. Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS. CEP: 97130950. e-mail: [email protected]; 2 Eng. Agr. Mestrando do PPGAGRO/UFSM – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS. CEP: 97130950. email: [email protected]; [email protected]; 3 Engenheiro Agrônomo da Emater de Candelária, Rio Grande do Sul; 4 Eng. Agr. D.S. Professor do PPGAGRO/UFSM – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS. CEP: 97130950. e-mail: [email protected]. 160 ANÁLISE QUALITATIVA DE MIRTILOS ARMAZENADOS SOB CONGELAMENTO POR UM ANO Flávia Saraiva Loy1; Carolina Goulart1; Horacy Fagundes da Rosa Junior2; Émerson De Franceschi2; Caroline Moreira Rodrigues1; Everton Costa Azevedo1; Doralice Lobato Fischer3; José Carlos Fachinello4 O mirtilo pertence à família Ericaceae e é nativo de várias regiões da Europa e dos Estados Unidos, onde é muito apreciada por seu sabor exótico, pelo valor econômico e por seus poderes medicinais, sendo considerada como “fonte de longevidade”. O presente trabalho teve como objetivo avaliar as características físico-químicas de mirtilos das cultivares Delite e Bluegem, armazenadas sob congelamento por um ano. Os frutos foram colhidos na safra 2011-2012 e levados ao Laboratório de Fruticultura de Clima Temperado da Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel (FAEM) – Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no município de Capão do Leão – RS. Foram utilizados frutos das cultivares Bluegen e Delite oriundos de pomar comercial, localizado no município de Pelotas. Os frutos foram colhidos no estágio de maturação completa, com coloração violeta em toda a baga e presença de pruína. Em seguida foram levados ao laboratório, onde foram acondicionados em caixas plásticas articuladas – com dimensões de 17cm x 9cm x 5cm, modelo idêntico ao utilizado por algumas empresas para comercialização da fruta – pesados e armazenados em temperatura de 0°C pelo período de um ano. Após este período, os frutos foram submetidos a temperatura ambiente para o descongelamento. No momento da instalação do experimento foi realizada a pesagem de todas as amostras e uma caracterização físico-química de três repetições de cada tratamento. Os parâmetros avaliados foram: a) peso específico: determinado pela pesagem de todos frutos da repetição, dividido pelo número dos mesmos, b) sólidos solúveis totais (°Brix): determinados com refratômetro Atago PAL-1; c) luminosidade: medida com duas leituras em lados opostos na região equatorial das frutas. As leituras foram realizadas com colorímetro Minolta CR- 300, com fonte de luz D 65, com 8 mm de abertura. No padrão C.I.E. L*a*b*, a coordenada L* expressa o grau de luminosidade da cor medida (L* = 100 = branco; L* = 0 = preto). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado (DIC), com três repetições. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância, sendo as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de significância. As análises foram efetuadas pelo programa Winstat. Para a variável luminosidade, os valores foram maiores no momento da colheita para as duas cultivares, Delite e Bluegem sendo, respectivamente, 30,23 e 30,83, diminuindo após o congelamento, 27,28 e 26,81. A diminuição da luminosidade (L*) pode ser devido à menor conservação da pruína na superfície da fruta, pois ela confere uma aparência mais iluminada à epiderme. Já para as variáveis sólidos solúveis totais e peso específico não houve diferença significativa, mostrando que pode ser uma alternativa viável para o armazenamento de mirtilos destinados a indústria de alimentos. 1 Pós-Graduandos em Agronomia, Fruticultura de Clima Temperado, Departamento de Fitotecnia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas. Caixa postal 354, Cep - 96010-900, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; 2 Graduandos em Agronomia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas. [email protected] ; [email protected]; 3 Engª. Agr. Doutora, Professora Titular , Instituto Federal de Educação, Ciencia e Tecnologia Sul- Rio-grandense, Campus Visconde da Graça, Curso técnico em Fruticultura, Pelotas, RS, Brasil. [email protected]; 4 Eng. Agr. Doutor, Professor Titular, Departamento de Fitotecnia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas, Caixa postal 354, Cep - 96010-900, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. [email protected]. 161 DESTANIZAÇÃO DO CAQUI CV. GIOMBO COM VAPOR DE ÁLCOOL E ARMAZENAMENTO REFRIGERADO Gabriella de Francisco1; Isis Mariane Fornazzari2; Ricardo Antônio Ayub3 O caquizeiro (Diospyros kaki L.) é uma frutífera de elevada importância econômica, e cultivada nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. O cultivar Giombo é classificado como pertencente ao grupo de polinização constante e adstringente, apresentando polpa bastante taninosa. O uso de vapor de álcool mostra-se eficiente na remoção da adstringência de caquis estimulando o acúmulo de compostos voláteis na polpa formando o acetaldeído que induz a polimerização dos taninos. Estes taninos são menos solúveis e apresentam menor capacidade de se ligarem a outros componentes celulares. Por isso, com objetivo de identificar um método simples e barato passível de ser utilizado por agricultores, foi avaliado o efeito do vapor de álcool na redução da adstringência dos frutos de caqui cv. Giombo e o comportamento dos mesmos durante armazenamento em refrigeração. Os frutos foram colhidos em pomar comercial no mês de março de 2013, com coloração verde amarelada, no município de Wenceslau Braz-PR, transportados a temperatura ambiente para o Laboratório de Biotecnologia aplicada à Fruticultura da Universidade Estadual de Ponta Grossa e submetidos a dois tratamentos de vapor de álcool, por 20 e 40 minutos e um controle. Para a exposição dos frutos em vapor de álcool foi utilizado uma caixa de metal vedada, ligada a bomba de vácuo e um kitassato contendo álcool etílico 95% PA em uma chapa aquecedora. Após a aplicação do vapor de álcool, os frutos foram mantidos em câmara fria à 1ºC por 21 dias. Os frutos foram analisados quanto ao teor de compostos fenólicos pelo método de FolinCiocalteau e determinação de firmeza (N). O experimento seguiu um delineamento experimental inteiramente casualizado, três tratamentos com quatro repetições contendo quatro frutos para cada tratamento. Os dados coletados foram submetidos à análise da variância e as médias das características comparadas pelo teste de Tukey HSD, com 5% de probabilidade. O vapor de álcool teve efeito significativo na redução da adstringência devido à diminuição da concentração de compostos fenólicos totais na polpa dos frutos. O tratamento controle apresentou teor de compostos fenólicos de 46,59 mg/100g, ocorrendo uma diminuição linear nestes teores para os tratamentos com 20 e 40 minutos de 6,85 e 5,28 mg/100g respectivamente após 21 dias de armazenamento refrigerado. Na firmeza dos frutos, o tratamento de 20 minutos (31,1 N) não apresentou diferença significativa do controle (35,8 N), sendo diferente do tratamento de 40 minutos, onde o valor de firmeza diminuiu para 19,29 N. O armazenamento em refrigeração não causou amolecimento da polpa após 21 dias. Os frutos expostos ao tratamento com 20 minutos de vapor de álcool não apresentou interferência significativa na firmeza da polpa do caqui mostrando-se eficiente na diminuição da adstringência destes frutos, tornando-os próprios para o consumo in natura. 1 Estudante de Agronomia UEPG – Bolsista de Iniciação Científica – Capes – Av. General Carlos Cavalcanti, 4748 – Cep: 84030-900. Email: [email protected]; 2 Mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos UEPG – Bolsista Técnica - Fundação Araucária – Av. General Carlos Cavalcanti, 4748 – Cep: 84030-900. Email: [email protected]; 3 Prof. Dr. Biologia Celular e Molecular UEPG – Av. General Carlos Cavalcanti, 4748 – Cep: 84030-900. Email: [email protected]. 162 APLICAÇÃO DE EXTRATO DE ALGAS EM AMEIXAS CV. PLUMA 7 Ires Cristina Ribeiro Oliari1; Alessandro Jefferson Sato2; Juçara Elza Hennerich1, Renato Botelho de Vasconcelos2, Cacilda Márcia Duarte Rios Faria2 No contexto atual de procura de tecnologias menos agressivas ao homem e ao meio ambiente, o uso de produtos naturais no processo produtivo e na conservação pós-colheita de alimentos tem se destacado. Com intuito de se evitar o emprego de produtos químicos nas diferentes etapas do processo de produção de frutas cita-se ouso de produtos contendo extrato de algas, mais especificamente da macroalga Ascophyllum nodosum, pertencente à família Fucaceae, incluindo-se na classe das algas marrons. Guimarães et al. (2012) observaram que com a aplicação de extrato de A. nodosum no mamoeiro há um acréscimo considerável nas características que proporcionam aumento da produtividade, tornando a aplicação eficiente na produção de mudas de mamão. O objetivo do presente trabalho foi avaliar as características produtivas e físico-químicas de ameixas cv. Pluma 7 tratadas com extrato de alga A. nodosum (Acadian®). Os frutos foram coletados no pomar experimental do Campus Cedeteg da Universidade Estadual do Centro-Oeste, localizada em Guarapuava-PR, onde se aplicou diferentes concentrações do extrato de alga em duas etapas: a primeira no início da floração e, a segunda, quinze dias após a primeira. Os tratamentos foram compostos pelas seguintes concentrações: 0 (testemunha, somente água), 3 e 6% do extrato, sendo que cada parcela foi composta por cinco plantas. Para a avaliação coletou-se 5 frutos por repetição, em um total de 25 frutos por parcela. Imediatamente após a colheita, os frutos colhidos foram analisados, avaliando-se as seguintes variáveis: produção (kg pl-1), diâmetro do fruto (cm), número de frutos (pl), acidez titulável (AT) (mg ácido cítrico 100g-1), teor de sólidos solúveis totais (SST), relação SST/AT (ratio) e firmeza de polpa (N). Os dados foram submetidos à análise de variância, as médias comparadas pelo teste Tukey a 5% de probabilidade pelo programa estatístico Sisvar. A acidez teve efeito significativo, sendo que a dose de 6% (0,60 mg ácido cítrico 100g-1) diferiu das doses de 0 e 3% (0,80 e 0,76 mg ácido cítrico 100g-1, respectivamente), essas por sua vez, sendo iguais. Com relação à variável ratio a concentração 6% diferiu estatisticamente das demais concentrações, tendo como resultado da razão os seguintes valores: 15,34; 16,82; 21,88 nas concentrações de 0, 3 e 6%, respectivamente. As demais variáveis não apresentaram efeito significativo nas diferentes concentrações do produto em questão. Os resultados apresentados nesse trabalho evidenciam que o extrato de alga A. nodosum tem a capacidade de atuar de alguma forma em algumas características da ameixa. Propõe-se a repetição do estudo para dados mais consistentes, e, além disso, apresenta-se o intuito de usar o produto como mantenedor da qualidade pós-colheita de frutas de ameixa em conjunto com as técnicas de armazenamento, como a câmara fria e ambiente controlado, mantendo as frutas de ameixa disponíveis por um maior tempo, com boas características de sabor, aroma e firmeza. 1 Eng. Agr. Mestranda PGA/UNICENTRO - Rua Simeão Varella de Sá, Guarapuava – PR – Cep: 85040-080. e-mail: [email protected]; [email protected]; 2 Professor Dr. Eng. Agr. UNICENTRO - Rua Simeão Varella de Sá, Guarapuava – PR – Cep: 85040-080. e-mail: [email protected], [email protected], [email protected]. 163 ÓLEO VEGETAL NA QUALIDADE FISICO-QUIMICAS DE MAÇÃS NO PERÍODO DE PÓS-COLHEITA Leticia Sviech1; Beatriz da Silva Vanolli1; José Gabriel Perez Marques1; Anderson Hideo Yokoyama1; Arthur Sguario Ribeiro1; Ires Cristina Ribeiro Oliari2; Juçara Elza Hennerich2; Luana Munaretto2; Alessandro Jefferson Sato3; Renato Vasconcelos Botelho3 Durante o armazenamento de maçãs é inevitável que ocorra a redução dos seus aspectos qualitativos, nesse sentido, o período de pós-colheita são essenciais, para a conservação dos frutos. No entanto, ressalta-se que nesta fase é possível apenas controlar as perdas, ou seja, não é possível ganho de qualidade. O objetivo do presente trabalho foi verificar o efeito de óleo vegetal na conservação pós-colheita da maçã cv. Maxi Gala. Por ocasião da colheita, foram selecionadas 150 maçãs e em seguida divididas em cinco grupos. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com cinco tratamentos e cinco blocos, sendo cada parcela constituída de cinco frutos. Os tratamentos realizados foram: T1: 0% (testemunha); T2: 1%; T3: 2%; T4: 3% e T5: 4% de óleo vegetal. Para a aplicação dos tratamentos os frutos foram imersos em calda com óleo vegetal por 30 segundos e em seguida foram mantidos em ambiente ventilado até que todos os frutos estivessem totalmente secos. Além dos tratamentos realizados, 25 frutos foram analisados imediatamente após a colheita consistindo em uma testemunha absoluta. Após a aplicação dos tratamentos os frutos foram armazenados em câmara fria com temperatura de 1ºC e UR de 90% durante um período de 180 dias. As avaliações foram realizadas mensalmente, quando se verificou o pH, teor de sólidos solúveis totais (SST), acidez titulável (AT) e perda de massa (%).Os dados de perda de massa foram submetidos à análise de regressão (5% de probabilidade), as demais variáveis submetidas a analise de variância e quando significativa comparadas pelo teste Tukey (5% de probabilidade). Com relação às características químicas, verificou-se que não houve interação entre as diferentes doses de óleo vegetal e o tempo de armazenamento para todas as variáveis. No entanto, para o pH, SST e AT houve diferença significativa entre o tempo de armazenamento, sendo que aos 150 dias o valor de pH foi superior ao observado no momento da colheita, no entanto, aos 180 dias esse valor voltou a reduzir, mas manteve-se superior ao observado na colheita. Com relação ao teor de SST, verificou-se que aos 150 e 180 dias a média foi superior em relação à colheita, no entanto para AT praticamente não se observou diferença entre o tempo de armazenamento, tendo em vista que apenas aos 30 dias é que a média foi inferior, nas outras avaliações, não houve diferença estatística. Os resultados obtidos podem ter relação que no decorrer do armazenamento ocorre à desidratação dos frutos, o que tende a uma maior concentração do teor de SST e concomitantemente ocorre a degradação dos do ácido málico. Para a massa dos frutos, também não se observou interação entre o tempo de armazenamento e a aplicação de óleo, verificou-se que houve perda gradativa no decorrer do tempo e que independente do período de armazenamento, a aplicação de óleo proporcionou uma menor perda de massa. Com base nos resultados obtidos, pode-se considerar que a aplicação de óleo não influencia as características químicas das maçãs, mas é uma importante ferramenta para reduzir a perda de massa das mesmas. 1 Acadêmico de Agronomia, Universidade Estadual do Centro-Oeste, Guarapuava, PR, [email protected]; Mestrando em Agronomia, Universidade Estadual do Centro-Oeste, Guarapuava, PR; 3 Professor Dr., Universidade Estadual do Centro-Oeste, Guarapuava-PR, [email protected], [email protected]. 2 164 TRANSFORMAÇÕES QUÍMICAS E FÍSICAS DE AMORAS-PRETAS TRATADAS NA PÓS-COLHEITA COM CLORETO DE CÁLCIO E 1-METILCICLOPROPENO Luana Aparecida Castilho Maro1; Mayara Neves Santos Guedes2; Celeste Maria Patto de Abreu3; Rafael Pio4; Leonardo Silva Patto5 Amoras-pretas apresentam vida útil pós-colheita relativamente curta em decorrência da alta taxa respiratória associada à estrutura frágil. Técnicas que possibilitem a extensão do tempo de armazenamento sem, contudo, alterar as características organolépticas são de fundamental importância na comercialização. Embora o armazenamento refrigerado associado à atmosfera modificada pelo uso de filmes plásticos se apresente como prática eficiente, outros produtos de efeitos fisiológicos como o cloreto de cálcio (CaCl2) e o 1 metilciclopropano (1-MCP) podem representar alternativas viáveis na conservação de frutas. A influência da aplicação de CaCl2 em frutos produz efeitos desejáveis como a manutenção da estabilidade da membrana celular, principalmente devido aos benefícios do cálcio para a parede celular. Já o 1-MCP inibe a ação do etileno, bloqueando seus sítios receptores, presentes nas células vegetais, retardando o seu amadurecimento. Neste trabalho estudou-se o potencial do CaCl2 e 1-MCP em estender a vida útil pós-colheita de frutos de três cultivares de amoreiras-pretas (Brazos, Caingangue e Guarani). Após a colheita, uma parte das cultivares foi tratada com 1 µL.L-1 de 1-MCP durante 3 horas a 7 oC, enquanto outra parte foi imersa em solução de CaCl2 2% por 10 minutos, além dos frutos que não receberam nenhum tratamento. Em seguida, os frutos foram distribuídos em bandejas de polipropileno seladas com filme de poliéster + polipropileno com 60 mm de espessura, e armazenadas e sob refrigeração (7ºC e 99% UR). Cada bandeja foi composta por 15 frutos. As amostras foram avaliadas nos tempos 0, 3, 6, 9 e 12 dias quanto à firmeza, perda de massa da matéria fresca, sólidos solúveis totais, acidez total titulável, pectina solúvel e porcentagem de solubilização. Independentemente da cultivar e do tratamento estudado, houve perda significativa de massa fresca ao longo do tempo. O tratamento com CaCl2 foi eficiente em manter baixo o teor de pectina solúvel bem como conter a porcentagem de solubilização. Por outro lado, não teve efeito na manutenção dos teores sólidos solúveis totais. O tratamento que propiciou a maior retenção na evolução dos SST foi o CaCl2. Os teores médios de pectina solúvel dos frutos tratados com CaCl2 foram 3% e 4% inferiores aos respectivos tratamentos com 1-MCP e os não tratados. 1 Eng. Agr., D.Sc., Bolsista Pós-Doutorado do Programa de Pós-graduação em Fitotecnia, Universidade Federal de Lavras UFLA, Dep. de Agricultura, Caixa Postal 3037, 37200-000, Lavras-MG. [email protected]; 2 Eng. Agr., M.Sc., Discente do Programa de Pós-graduação em Agroquímica, Universidade Federal de Lavras - UFLA, Dep. de Química, Caixa Postal 3037, 37200-000, Lavras-MG. [email protected]; 3 Eng. Agr., D.Sc., Universidade Federal de Lavras - UFLA, Dep. de Química, Caixa Postal 3037, 37200-000, Lavras-MG. Bolsista Produtividade em Pesquisa CNPq. [email protected]; 4 Eng. Agr., D.Sc., Universidade Federal de Lavras - UFLA, Dep. de Agricultura, Caixa Postal 3037, 37200-000, LavrasMG. Bolsista Produtividade em Pesquisa CNPq. [email protected]; 5 Eng. Agr., M.Sc., Doutorando UTFPR, Campus Pato Branco Via do conhecimento, km 01, Pato Branco-PR. 85503-390 [email protected]. 165 RESPOSTAS DE MAÇÃS ‘DAIANE’ E ‘MONALISA’ A ATMOSFERA CONTROLADA COM DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE CO2 Luiz Carlos Argenta1; Mayara Cristiana Stanger2; Cristiano André Steffens3; Cassandro V. T. do Amarante4; Karyne S. Betinelli5 Nesse estudo se analisou as respostas de maçãs ‘Daiane’ e ‘Monalisa’ à atmosfera controlada (AC) com baixo oxigênio (O2) e diferentes concentrações de dióxido de carbono (CO2) quando tratadas e não tratadas com inibidor da ação do etileno, 1-metilciclopropeno (1MCP). Aplicou-se um esquema experimental bifatorial correspondente a cinco composições dos gases O2 e CO2 e duas concentrações de 1-MCP (0 e 1 μL.L-1). As cinco atmosferas de armazenagem (tratamentos) foram compostas pelas seguintes concentrações (%) de O 2 e CO2, respectivamente: 1) 21 e <0,5 (Atmosfera do Ar); 2) 1,6 e <0,5; 3) 1,6 e 1,5; 4) 1,6 e 3,0; 5) 1,6 e 4,5. As maçãs de todos os tratamentos, de ambas as cultivares, foram mantidas a 1±0,5ºC e 93±3% de umidade relativa por 180 dias e a seguir, a 23±0,5ºC e 60±5% de umidade relativa por sete dias. A armazenagem das maçãs de ambas as cultivares sob AC com 1,6% de O2 reduziu a produção de etileno, a respiração e as perdas da firmeza da polpa e da acidez em relação à armazenagem sob atmosfera do ar (21% de O2). Adicionalmente, a AC aumentou a concentração dos açúcares solúveis e reduziu o desenvolvimento de podridões em ambas as cultivares além de reduzir o escurecimento senescente em maçãs ‘Daiane’ e a escaldadura superficial e a rachadura senescente em maçãs ‘Monalisa’. Esses efeitos da AC foram maiores ou ocorreram apenas para as maçãs não tratadas com 1-MCP. As atmosferas com 3% e 4,5% de CO2 foram mais efetivas que a AC com <0,5% e 1,5 de CO2, tanto para a redução da produção de etileno e da respiração como para a conservação da firmeza da polpa e da cor de fundo da epiderme das maçãs ‘Daiane’ não tratadas com 1-MCP. O aumento da concentração de CO2 na atmosfera de armazenagem de <0,5% para até 4,5% não reduziu a produção de etileno nem aumentou a conservação da qualidade físico-química de maçãs ‘Monalisa’, independentemente do tratamento com 1-MCP. Nenhum sintoma de dano por CO2 foi observado em maçãs ‘Daiane’, mesmo quando armazenadas sob AC com 3% ou 4,5% de CO2. Porém, sintomas de dano por CO2 foram identificados na polpa e na epiderme de maçãs ‘Monalisa’ quando armazenadas sob AC com alta concentração de CO2. Houve efeitos aditivos da AC e do 1-MCP sobre a inibição da produção de etileno e sobre a conservação da firmeza da polpa de maçãs de ambas as cultivares, bem como sobre a redução do amarelecimento da epiderme de maçãs ‘Daiane’, especialmente quando a concentração de CO2 foi de 1,5% ou <0,5%. Os resultados evidenciaram os benefícios da AC e do 1-MCP para conservação de maçãs ‘Daiane’ e ‘Monalisa’ e as diferenças entre as duas cultivares quanto à tolerância a altas concentrações de CO2 na atmosfera de armazenagem. Os resultados indicam que maçãs ‘Monalisa’ não devem ser armazenadas sob AC com concentrações de CO2 superiores a 0,5%. 1 Eng., Agr., Dr., Pesquisador, Estação Experimental de Caçador, SC, Epagri, [email protected] Eng., Agr., M. Sc., Doutoranda, Centro de Ciências Agroveterinárias, UDESC, Lages, SC, [email protected] 3 Eng.. Agr., Dr., Professor, Centro de Ciências Agroveterinárias, UDESC, Lages, SC, [email protected] 4 Eng. Agr., Ph.D., Professor, Centro de Ciências Agroveterinárias, UDESC, Lages, SC, [email protected] 5 Bióloga, Bolsista do CNPq, Estação Experimental de Caçador, SC, Epagri, [email protected] 2 166 FIRMEZA DE POLPA COMO INDICADOR PARA ABERTURA DE CÂMARAS DE MAÇÃS ‘IMPERIAL GALA’ ARMAZENADAS SOB ATMOSFERA CONTROLADA Marcelo José Vieira1; Luiz Carlos Argenta2; Dionísio Beal3; Amanda Maria Furtado Drehmer Vieira4 O risco de perdas quantitativas de maçãs do Grupo ‘Gala’ pelo desenvolvimento do distúrbio fisiológico escurecimento de polpa aumenta substancialmente com o prolongamento da armazenagem. A segregação de frutos oriundos de diferentes pomares em função do teor nutricional e do estádio de maturação dos frutos na colheita é a base para homogeneização dos lotes em cada unidade de armazenagem (câmara frigorífica). Contudo, o monitoramento periódico da qualidade é fundamental para identificar o momento ideal de abertura das câmaras. Este trabalho teve por objetivo avaliar o uso do atributo de qualidade firmeza de polpa como indicador para determinar o momento de abertura de câmaras de maçãs ‘Imperial Gala’, armazenadas sob atmosfera controlada (AC), visando redução das perdas por escurecimento de polpa. Maçãs ‘Imperial Gala’ foram colhidas em estádio de maturação ideal para longos períodos de armazenagem em pomares no município de Fraiburgo/SC, nas safras 2011 e 2012. Foram selecionados pomares com teores de Ca superior a 40 mg.kg-1 e com as seguintes relações entre nutrientes: N/Ca<10 e (K+Mg)/Ca<30. Após a colheita, os frutos foram pré-resfriados em água (5,0 1,0oC por 30 minutos) e armazenados por 240 dias sob AC (1,8 kPa de O2 + 2,5 kPa de co2, a 0,5 0,5oC, 92 3% UR). Na colheita, os frutos foram analisados quanto à firmeza de polpa, acidez titulável (AT) e o teor de sólidos solúveis (SS). Após 240 dias de armazenagem sob AC mais sete dias a 23oC, os frutos foram analisados quanto à firmeza da polpa e a incidência e severidade do distúrbio fisiológico escurecimento de polpa atribuindo-se as seguintes notas: 1. Ausente; 2. Leve; 3. Moderado; 4. Severo. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado. Para determinar a influência dos anos de produção sobre a qualidade dos frutos na colheita e após armazenagem, os dados foram submetidos à análise de variância (p<0,05). O coeficiente de correlação entre a firmeza de polpa e o escurecimento de polpa e a sua significância foram determinadas pelo teste de Pearson Product-Moment (p<0,05). Na colheita, frutos da safra 2012 apresentaram firmeza de polpa, AT e SS superiores a de frutos colhidos na safra 2011. Após 240 dias de armazenagem sob AC mais sete dias a 23oC, frutos colhidos na safra 2012 apresentaram maior conservação da firmeza da polpa e menor incidência do distúrbio fisiológico escurecimento de polpa em relação a frutos colhidos na safra 2011. As variações da qualidade dos frutos na colheita e do potencial de conservação dos frutos observadas entre os anos estudados podem estar atreladas as condições climáticas durante o ciclo. Na safra 2012, a precipitação total mensal na pré-colheita e colheita foi inferior à verificada na safra 2011. Houve correlação negativa significativa (p<0,05; r = -0,63) entre a firmeza de polpa e o escurecimento de polpa. Nos dois anos estudados, o escurecimento da polpa não ocorreu em frutos com firmeza de polpa superior a 14 libras. Por outro lado, sintomas de escurecimento da polpa com índice 4 (severo) ocorreu em aproximadamente 70% dos frutos com firmeza da polpa inferior a 10 libras. Os resultados indicam que a incidência de escurecimento da polpa de maçãs ‘Imperial gala’ aumenta durante a armazenagem com a redução da firmeza da polpa e que os riscos de perda da produção e/ou da qualidade por escurecimento da polpa são mínimos quando maçãs ‘Imperial gala’, produzidas na região de Fraiburgo e armazenadas sob AC, estiverem com firmeza de polpa superior a 14 libras. 1 Eng. Agr. M.Sc. Doutorando do PPGCA/UDESC – Lages, SC - CEP 88520-000. E-mail: [email protected]; Eng. Agr. Dr. Pesquisador da Epagri - Cx.P.591 – Caçador,SC - CEP 89500-000. E-mail: [email protected]; 3 Eng. Agr. Renar Maçãs S/A, Rod. da Maçã, km 28 – Fraiburgo, SC – CEP 89580-000. E-mail: [email protected]; 4 Eng. Agr. M.Sc. Doutoranda do PPGCA/UDESC – Lages, SC, CEP 88520-000. E-mail: [email protected]. 2 167 IDENTIFICAÇÃO DO ESTÁDIO DE MATURAÇÃO PARA O PERÍODO IDEAL DE COLHEITA DE MAÇÃS ‘DAIANE’ DESTINADAS A ARMAZENAGEM Mayara Cristiana Stanger1; Luiz Carlos Argenta2; Cristiano André Steffens3; Cassandro V. T. do Amarante4; Karyne Betinelli5 O estádio de maturação no momento da colheita é um dos fatores que mais afetam qualidade na colheita e após a armazenagem de maçãs. Este trabalho foi realizado com o objetivo de identificar índices de maturação para o ponto ideal de colheita, de maçãs ‘Daiane’, destinadas a longos períodos de armazenamento refrigerado. Os frutos foram colhidos semanalmente, em dois pomares comerciais, no período de 113 a 149 dias após a plena floração (DAPF), e armazenados por 180 ou 240 dias a 0,7±0,5ºC, sob atmosfera controlada (AC, com 1,8 kPa de O2 e 2,0 kPa de CO2). Medidas do estádio de maturação e da qualidade de maçãs foram realizadas um dia após a colheita e após cada período de armazenagem. Atributos relacionados à aparência (cor vermelha) e ao sabor (relação açúcar/acidez) indicaram que a qualidade de maçãs ‘Daiane’, na colheita, é máxima quando colhidas 149 DAPF. No entanto, medidas da firmeza da polpa e da qualidade sensorial realizadas após a armazenagem indicaram que o período ideal de colheita de maçãs ‘Daiane’ destinadas a longos períodos de armazenagem em AC não deve se estender além dos 136 DAPF. Considerando a intensidade de coloração vermelha da epiderme, maçãs ‘Daiane’ devem ser colhidas a partir de 121 DAPF, pois apresentam mais da metade dos frutos com >75% da superfície avermelhada. Desta maneira, o período ideal de colheita de maçãs ‘Daiane’ destinadas a longos períodos de armazenagem ocorre entre 121 e 136 DAPF para plantas sobre porta-enxerto Marubakaido com filtro M-9, e entre 129 e 136 DAPF para plantas sobre porta-enxerto M-9 e tratadas com aminoetoxivinilglicina (AVG). No período ideal de colheita (121 a 136 DAPF), maçãs ‘Daiane’ apresentaram, um dia após a colheita, firmeza da polpa de 67 a 74 N, SS de 11,5 a 13 %, AT de 0,26% a 0,34%, índice de amido de 4,6 a 7,9 e índice de cor de fundo da epiderme de 2,6 a 4,0. O desenvolvimento de distúrbios fisiológicos associados à senescência e podridões em maçãs ‘Daiane’ armazenadas por 240 dias sob AC pode ser próximo de zero, quando colhidas de 121 a136 DAPF. 1 Eng., Agr., M. Sc., Doutoranda – Centro de Ciências Agroveterinárias, UDESC, Lages, SC, [email protected]; Eng., Agr., Dr., Pesquisador, Estação Experimental de Caçador, Epagri, C.P. 591, 89500-000, Caçador, SC, [email protected]; 3 Eng.. Agr., Dr., Professor do Depto. de Agronomia, Centro de Ciências Agroveterinárias, UDESC, Lages, SC, [email protected]; 4 Eng. Agr., Ph.D., Professor do Depto. de Agronomia, Centro de Ciências Agroveterinárias, UDESC, Lages, SC, [email protected]; 5 Estação Experimental de Caçador, Epagri, Bolsista do CNPq, [email protected]. 2 168 APLICAÇÃO DE ETANOL E ÓXIDO NÍTRICO SOBRE A QUALIDADE DE MAÇÃS ‘GALAXY’ ARMAZENADAS EM ATMOSFERA CONTROLADA Vagner Ludwig1; Fabio Rodrigo Thewes1; Vanderlei Both2; Rogério de Oliveira Anese2; Auri Brackmann3 Atualmente a maioria dos pomares do Rio Grande do Sul são ocupados pela cultivar ‘Gala’ e suas mutantes, entre as quais se encontra a ‘Galaxy’, que tem elevada aceitação no mercado nacional e internacional pela coloração vermelha intensa da epiderme. Com o aumento da exigência do mercado e o curto período da colheita, que é de fevereiro até o final de abril, é necessário que as maçãs sejam adequadamente armazenadas, para suprir o mercado durante a entressafra com frutos de qualidade. O objetivo do trabalho foi analisar os efeitos da aplicação de etanol e óxido nítrico em diferentes concentrações na manutenção da qualidade de maçãs armazenadas em atmosfera controlada (AC). Os frutos foram armazenados durante oito meses em AC e mais sete dias a 20°C para simular o período de comercialização. Após este período, os seguintes parâmetros foram analisados: a) firmeza de polpa: determinada com o uso de um penetrômetro; b) polpa farinácea: avaliada pela contagem de frutos que apresentavam polpa com pouca suculência; c) degenerescência de polpa obtida pela contagem de frutos que apresentavam sinais de escurecimento interno de polpa. Os resultados evidenciam que aplicação destes produtos não traz benefícios, pois os frutos tratados com óxido nítrico e etanol apresentaram menor firmeza de polpa, maior ocorrência de polpa farinácea e degenerescência de polpa. Conclui-se então que a aplicação de óxido nítrico e etanol não beneficiam a conservação da qualidade dos frutos na pós-colheita. 1 Graduando do curso de agronomia, Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil; Doutorando do Programa de Pós-graduação em Agronomia, Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil; 3 Eng. Agr. D.S. Professor do PPGAGRO/UFSM – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS. CEP: 97130950. e-mail: [email protected]. 2 169 ARMAZENAMENTO DE MAÇÃS ‘ROYAL GALA’ EM TEMPERATURA MAIS ELEVADA EM ATMOSFERA CONTROLADA Wanderlei Linke Junior1; Rogério de Oliveira Anese1; Fabio Rodrigo Thewes2; Vanderlei Both3; Auri Brackmann4 O armazenamento de maçãs em atmosfera refrigerada aumenta o período de conservação de maçãs, aliando este à atmosfera controlada (AC), onde há redução da pressão parcial de O2 e aumento da de CO2, aumenta ainda mais o tempo de armazenamento e a oferta do produto durante o ano. A baixa temperatura e a AC reduzem a respiração e a produção de etileno dos frutos, que, quando em elevadas taxas, aceleram o amadurecimento. Pesquisas desenvolvidas no Núcleo de Pesquisas Pós-Colheita (NPP) da UFSM tem comprovado que o uso de concentrações AC e temperaturas mais elevadas que às recomendadas para o uso comercial (0,5°C) é possível manter a qualidade dos frutos por um maior período de tempo e diminuir custos com energia elétrica para o armazenador. Diante disto, este trabalho teve por objetivo avaliar o uso de uma temperatura mais elevada do que a recomendada para ‘Royal Gala’ em duas condições de atmosfera controlada. O experimento foi conduzido no NPP da UFSM em delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições. As maçãs foram armazenadas durante oito meses nas concentrações de 1,2 kPa O2+ 2,0 kPa CO2 e 0,8 kPa O2 + 1,5 kPa de CO2 nas temperaturas de 1,0°C e 1,5°C. Os frutos foram armazenados em minicâmaras experimentais de 0.23 m³, que permaneceram dentro de câmaras frigoríficas de 45m³. Foram injetados os gases N2 e CO2 nas minicâmaras para obter-se às pressões parciais desejadas e após as mesmas foram monitoradas através de um equipamento automático de controle de gases que realizava as correções quando necessário. Após o período de armazenamento procedeu-se as análises de firmeza, porcentagem de polpa farinácea e porcentagem de frutos sadios. Os tratamentos com temperatura de 1.5°C apresentaram maior firmeza e também menor incidência de polpa farinácea. Os frutos na condição de 0,8 kPa O2 + 1,5 kPa de CO2 a 1,5°C apresentaram maior porcentagem de frutos sadios. Desta forma, o uso de temperatura mais elevada (1,5°C) e concentrações de 0,8 kPa O2 + 1,5 kPa CO2 mantém as maçãs com maior qualidade, diminuindo custos com refrigeração e, consequentemente, aumentando o lucro para o armazenador. 1 Mestrandos do Programa de Pós-graduação em agronomia da UFSM, Santa Maria, RS. e-mail: [email protected]; [email protected]; 2 Acadêmico do curso de Agronomia da UFSM, Santa Maria, RS. e-mail: [email protected]; 3 Doutorando do Programa de Pós-graduação em agronomia da UFSM, Santa Maria, RS. email:[email protected]; 4 Dr. Professor do Departamento de Fitotecnia da UFSM, Santa Maria, RS. [email protected]. 170 SUBSTRATO E ÁCIDO SULFÚRICO NA PROPAGAÇÃO SEXUADA DE MARACUJAZEIRO AMARELO (Passiflora edulis Sims f. flavicarpa Degener) Américo Wagner Júnior1; Andreia Pozzebon2; Graciela Eleni Mattjie3; Sérgio Miguel Mazaro1; Jean Carlo Possenti1 Algumas espécies de Passiflora possuem dormência em suas sementes ocasionada pelo mecanismo de controle da entrada de água para o seu interior, devido à dureza do tegumento, sendo necessário adotar tratamentos para sua superação e permitir a deseja uniformidade na germinação. Todavia, não adianta obter-se método adequado para a quebra da dormência se as sementes não estiverem em condições favoráveis para germinação, no que diz respeito à disponibilidade de água para mesma, fato que pode ser influenciado pelo meio onde é realizada a semeadura. O presente trabalho teve como objetivo verificar a influência de diferentes substratos e do uso de ácido sulfúrico em sementes de maracujazeiro amarelo (Passiflora edulis Sims f. flavicarpa Deg). Foram montados dois experimentos, sendo um no início de 2012 e outro no mesmo período porém em 2013, sendo que este último utilizou mesmos procedimentos, servindo para maior confiabilidade dos dados obtidos no primeiro ano. Os trabalhos foram realizados no Laboratório de Fisiologia Vegetal, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Câmpus Dois Vizinhos. Foram aplicados nas sementes os tratamentos de imersão das mesmas ácido sulfúrico (100%) nos tempos de 0, 1, 5, 10, 20 e 30 minutos. Posteriormente, as sementes foram lavadas em água corrente e dispostas sobre papel filtro, entre papel filtro, sobre papel germitest®, entre papel germitest®, sobre papel toalha, entre papel toalha, em areia e dentro de saco plástico umedecido. Os substratos nos quais colocaram-se as sementes estavam em caixas gerbox. Em seguida, colocou-se estas caixas em câmara fitotron a 25°C. Após 28 dias da implantação de cada experimento, foram analisadas a percentagem de germinação e o índice de velocidade de germinação (IVG). O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, em fatorial 8 x 6 (substrato x tempo em ácido sulfúrico), com 4 repetições de 50 sementes. Para a germinação das sementes e desenvolvimento das plântulas de maracujazeiro amarelo pode ser utilizado os substratos sobre papel filtro e se utilizar a imersão em ácido sulfúrico sendo esse tempo de no máximo de um minuto. 1 Eng. Agr. DSc. Professor. UTF PR – Câmpus Dois Vizinhos, Dois Vizinhos – PR. e-mail: [email protected] Bolsista Produtividade CNPq; 2 Tecnólogos em Horticultura. Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) – Câmpus Dois Vizinhos. e-mail: [email protected]; 3 Acadêmicos do Curso de Engenharia Florestal. Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) – Câmpus Dois Vizinhos – PR. e-mail: [email protected]. Bolsista CNPq. 171 TIPO DE ESTACAS NA PROPAGAÇÃO DE ESPÉCIES DE FISÁLIS André Luiz Piva1; Éder Junior Mezzalira1; Anderson Santin2; Vanessa Daniele Mattiello3; Fabíola Villa4 A obtenção de mudas de qualidade é um dos fatores mais importantes para a implantação de novos pomares. A estaquia é um processo rápido e de baixo custo, que permite a manutenção das características de interesse agronômico, evitando a mistura de espécies e genótipos não interessantes. Por se tratar de uma espécie pouco conhecida e com poucas informações, o trabalho objetivou avaliar a propagação vegetativa de espécies de fisális, testando tipos de estacas para a produção de mudas. O experimento foi conduzido durante o período de dezembro/2011 a maio/2012, no viveiro de mudas, sob condições de telado na Estação de Horticultura e Controle Biológico “Professor Mário César Lopes”, pertencente ao Núcleo de Estações Experimentais (NEE) do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Campus de Marechal Cândido Rondon, PR. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, em esquema fatorial 3 x 3 (espécies x tipo de estacas), com 4 repetições, considerando-se o uso de oito estacas por unidade experimental. Para o primeiro fator, foram avaliadas três espécies: Physalis peruviana L., P. angulata L. e P. pubescens L. Para o segundo fator foi testado três tipos de estacas, sendo elas: estacas lenhosas, estacas semi-lenhosas e estacas herbáceas. Aos 60 dias após a implantação do experimento, foram realizadas as seguintes avaliações: percentagem de estacas brotadas, enraizadas e mortas, o número de folhas expandidas e de brotos, a altura do maior broto e a matéria seca da parte aérea e das raízes. As raízes foram lavadas em água corrente para a retirada de todas as partículas de substrato. Depois foram colocadas em estufa de secagem de ar forçado com temperatura de 65°C por período de 96 horas. Os dados obtidos foram submetidos à análise da variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade, com auxílio do software estatístico Sisvar. A P. angulata apresentou melhor brotação e enraizamento que a P. peruviana L. e a P. pubescens L. A P. angulata L. apresentou menores índices de mortalidade com apenas 42,71%, se mostrando superior às outras espécies estudadas. Estacas lenhosas apresentaram melhores resultados em relação as variáveis enraizamento, brotação, numero de brotos e folhas por estaca e massa seca de raízes. Conclui-se que o tipo das estacas afeta a propagação assexuada de fisális. Estacas lenhosas apresentam melhores resultados na propagação de fisális. A P. angulata L. apresenta melhores resultados na propagação vegetativa, independente do tipo de estaca utilizado. 1 Tecnólogo em Horticultura, M. Sc. Doutorando em Produção Vegetal, Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Campus Marechal Cândido Rondon, PR. CEP: 85960-000, e-mail: [email protected]; [email protected]; 2 Tecnólogo em Horticultura, Mestrando em Produção Vegetal pelo Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Campus Marechal Cândido Rondon, PR. CEP: 85960-000, e-mail: [email protected]; 3 Bióloga, Mestranda em Produção Vegetal, Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Campus Marechal Cândido Rondon, PR. CEP: 85960-000, e-mail: [email protected]; 4 Eng. Agr., Drª. Professora Adjunta, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Campus Marechal Cândido Rondon, PR. Cep: 85960-000, e-mail: [email protected]. 172 ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE OLIVEIRA SUBMETIDAS À APLICAÇÃO DE FITOHORMÔNIO E FERTILIZANTE André Renato Rinaldi1; Fabíola Villa2; João Vieira Neto3; Daniel Fernandes da Silva4 Atualmente, a multiplicação das oliveiras é realizada através de estacas semilenhosas o que vem permitindo a produção de mudas de qualidade superior e em quantidade suficiente para atender à demanda da moderna olivicultura. O domínio da tecnologia para produção de mudas tem avançado muito, no entanto outras tecnologias têm sido estudadas, como a incrementação do substrato de enraizamento e aplicação de fitormônios para aumento da taxa de enraizamento. Na tentativa de se aumentar o potencial rizogênico de estacas semilenhosas de duas cvs. de oliveira, em câmara de nebulização ausente de estruturas de aquecimento, realizou-se o presente trabalho com a aplicação de diferentes fertilizantes orgânicos durante o enraizamento. O experimento foi realizado em casa de vegetação com nebulização intermitente, na Fazenda Experimental de Maria da Fé (FEMF), da EPAMIG, Maria da FéMG. Estacas semilenhosas foram coletadas em setembro de 2007, em plantas de oliveiras ‘Ascolano 315’ e ‘Arbequina’. Foram preparadas com aproximadamente 12 cm de comprimento, quatro internódios, mantendo e quatro folhas no ápice. A base de todas as estacas foram imersas por cinco segundos em solução de 3000 mg L-1 de AIB e posteriormente colocadas em bancadas de propagação, utilizando como substrato a perlita. Antes do plantio das estacas, foram aplicados os seguintes fertilizantes orgânicos através de irrigação manual com regador: biofertilizante, Nippoterra, Fert Bokashi, ativo (diluído a 25 mL L-1), Nutricafé e Rocksil (diluído a 25 g L-1). O delineamento utilizado foi DBC, em esquema fatorial 2x7, sendo duas cultivares de oliveira e os seis fertilizantes mais o controle (ausência de tratamento), com quatro repetições de 25 estacas. Passados 67 dias, foi mensurada a porcentagem de estacas com calo, porcentagem de estacas enraizadas, porcentagem de estacas enraizadas e/ou com calo, número e comprimento médio das raízes. De acordo com a análise estatística, houve diferença significativa entre as cvs. para % de estacas enraizadas, enraizadas e/ou calejadas e o comprimento médio das raízes; diferença estatística para a aplicação dos fertilizantes em todas as variáveis mensuradas. A oliveira ‘Ascolano 315’ apresentou maior porcentagem de estacas enraizadas (19%, incremento de 6,3% em relação à ‘Arbequina’), porcentagem de estacas enraizadas e/ou calejadas (34,8%) e comprimento médio das raízes. Quanto à aplicação dos fertilizantes ao substrato, o Biofertilizante, Nippoterra, Ativo e Nutricafé favoreceram melhores resultados para a porcentagem de estacas calejadas. Quanto à porcentagem de estacas enraizadas e porcentagem de estacas enraizadas e/ou calejadas, o Biofertilizante foi o que proporcionou os melhores resultados (54,5% e 75,5%, respectivamente). Para o número médio de raízes, os fertilizantes Nippoterra e Biofertilizante apresentaram melhores resultados, sendo que esse último que favoreceu o maior comprimento das raízes formadas. Por esses resultados, comprova-se que a utilização do Biofertilizante no enraizamento de estacas de oliveira vem a incrementar o potencial rizogênico das estacas, auxiliando na redução dos custos de produção das mudas, frente a não utilização de substrato aquecido. 1 Graduando em Agronomia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Campus Marechal Cândido Rondon, PR, Brasil. E-mail: [email protected]; 2 D.Sc., Profª Adjunta, Centro de Ciências Agrárias (CCA), Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Campus Marechal Cândido Rondon, PR. E-mail: [email protected]; 3 D.Sc., Pesquisador, Empresa de Pesquisa Agropecuária (EPAGRI), Caixa Postal 121, Ituporanga, SC. E-mail: [email protected]; 4 Mestrando em Botânica Aplicada, Departamento de Biologia (DBI), Universidade Federal de Lavras (UFLA), Lavras, MG. E-mail: [email protected]. 173 PROPAGAÇÃO POR ESTAQUIA DE OLIVEIRA (Olea europaea L.) COM DIFERENTES TIPOS DE SUBSTRATO Bruno Munhoz1; Alberto Fontanella Brighenti2; Suzeli Simon3; Gabriella Vanderlinde4; Tiago Ribeiro5; Anderson Rafael Varella6; Aparecido Lima da Silva7 Pertencente à família Oleaceae, a oliveira (Olea europaea L.) produz sementes ativas, que apesar de sua viabilidade para propagação sexual, não se tornam interessantes principalmente por originarem plantas com um longo período juvenil. Neste aspecto, a propagação por estaquia torna-se a melhor opção para estabelecimentos de produção comercial. Com o objetivo de avaliar o enraizamento, brotação e formação de calos nas estacas de oliveira, utilizando-se diferentes substratos, foram coletadas na segunda quinzena de janeiro estacas semilenhosas na porção mediana de ramos de oliveira “Arbequina”, cultivadas no município de Rancho Queimado – SC (27°42′26′′ S, 49°04′17″ W, altitude 1000 m). As estacas foram acondicionadas em isopor e levadas até o Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Santa Catarina – CCA/UFSC, em Florianópolis – SC, onde foram padronizadas com quinze centímetros de comprimento, diâmetro aproximado de um lápis, dois a quatro pares de folhas e quatro a seis entrenós. As estacas tiveram suas bases imersas por cinco segundos em uma solução de AIB na concentração de 2000 mg L-1. Em seguida, foram colocadas em duas bandejas de isopor nas dimensões de 67 cm de comprimento por 34 cm de largura e profundidade de 12 cm, contendo um total de 72 células cada. Ambas as bandejas continham três substratos (Areia, Perlita e o substrato comercial Tropstrato HT Hortaliças, à base de casca de pinus, turfa e vermiculita expandida) com iguais quantidades de células. Após receberem as estacas, foram acomodadas lado a lado em uma estufa de plástico com microaspersão. Foi adotado um delineamento experimental inteiramente casualizado. Após 60 dias foram avaliadas a presença de brotação, presença de calo, presença de raiz, número de raízes e comprimento das mesmas. Os resultados obtidos foram submetidos a análises da variância, sendo as médias comparadas pelo teste Tukey a 5% de significância através do programa computacional WinStat, versão 1.0. Para os substratos perlita e comercial, foram observados os mesmos potenciais de enraizamento e de presença de calos nas estacas, diferindo estatisticamente da areia que apresentou um menor índice. O tratamento contendo o substrato comercial também se destacou quanto ao comprimento e ao número de raízes por estaca, tendo valores estatisticamente superiores para estas variáveis. Houve maior emissão de brotos nas estacas com substrato comercial, diferindo estatisticamente da areia que apresentou o menor índice. A partir dos resultados obtidos é possível afirmar que os substratos mais indicados para o enraizamento de estacas de oliveira são a perlita e o substrato comercial. 1 Estudante de Agronomia UFSC – Bolsista ITI-A/FAPEU – Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia/UFSC Caixa Postal 476 – Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]; 2 Eng. Agr. Doutorando PPGA-RGV/UFSC - Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia/UFSC – Caixa Postal 476 – Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]; 3 Eng. Agrª. Mestranda PPGA-RGV/UFSC - Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia/UFSC – Caixa Postal 476 – Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]; 4 Eng. Agrª. Mestranda PPGA-RGV/UFSC - Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia/UFSC – Caixa Postal 476 – Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]; 5 Estudante de Agronomia UFSC – Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia/UFSC Caixa Postal 476 – Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]; 6 Estudante de Agronomia UFSC – Campus Curitibanos, Laboratório de Biotecnologia e Genética/UFSC Caixa Postal 101 – Curitibanos-SC – CEP 89520-000. E-mail: [email protected]; 7 Eng. Agr. Dr. – Professor Associado IV/UFSC - Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia/UFSC – Caixa Postal 476 – Florianópolis-SC – CEP 88034-000. E-mail: [email protected]. 174 QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE GOIABEIRA BRANCA DE ACORDO COM LOCAL DE EXTRAÇÃO NO FRUTO E CONDIÇÃO DE ARMAZENAMENTO Cristiano Hossel1; Jéssica Scarlet Marth Alves de Oliveira2; Américo Wagner Júnior3; Alexandre Luis Alegretti4; Sérgio Miguel Mazaro3 A goiabeira branca (Psidium guajava variedade pyrifera) é pertencente à família Myrtaceae, podendo ser propagada de forma sexuada ou assexuada, sendo este primeiro o principal método de propagação ainda utilizado, pela facilidade de obtenção de mudas. Porém, a qualidade muda pode ser influenciada por diversos fatores, sendo estes, da planta matriz selecionada, da semente, dos procedimentos adotados ou do ambiente de propagação e cultivo. Uma das dúvidas que ainda persistem para goiabeira branca é se as sementes mantém sua qualidade fisiológica de acordo com sua posição no fruto e se as mesmas toleram ser armazenadas em diferentes ambientes. O objetivo deste trabalho foi avaliar qualidade fisiológica de sementes de goiabeira branca de acordo com local de extração no fruto e ambiente de armazenamento. O trabalho foi realizado na Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Câmpus Dois Vizinhos. As sementes utilizadas foram extraídas de frutos maduros provenientes de planta matriz selecionada. Para a extração das sementes, seccionouse os frutos em três partes iguais, sendo constituída região próximo ao pedúnculo, região mediana e região mais distante do pedúnculo. Posteriormente, obteve-se as sementes por meio da retirada da mucilagem, por meio de fricção manual em peneira de malha fina, acrescentando-se cal virgem. Em seguida, as sementes foram lavadas em água corrente e dispostas em papel toalha, onde permaneceram durante 24 horas à sombra para retirada do excesso de umidade. Decorrido tal período, as sementes extraídas, foram separadas em dois lotes, sendo um para armazenamento em saco de papel Kraft e outro em garrafa pet, permanecendo em geladeira sob temperatura de 6°C ± 1°C durante nove períodos de armazenamento (0, 15, 30, 45, 60, 75, 90, 120 e 150 dias). Após cada período de armazenamento as sementes foram semeadas em caixas gerbox com tampa contendo como substrato entre papel e colocadas para germinação em B.O.D sem fotoperíodo a temperatura de 25°C. O experimento foi instalado em delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3 x 2 x 9 (posição da semente no fruto x embalagem de armazenamento x período de armazenamento), com 4 repetições de 100 sementes por unidade experimental. Foram analisadas a germinação (%) e o IVG (do décimo dia até o sexagésimo dia). Conclui-se que as sementes de goiabeira branca não toleram o armazenamento, iniciando-se a perda de viabilidade aos 15 dias. Porém, se armazenadas é aconselhável a utilização de garrafa pet. As sementes coletas da região próximo ao pedúnculo. 1 Acadêmico do Curso de Engenharia Florestal. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos. Bolsista PIBIC-Fundação Araucária. email: [email protected]; 2 Acadêmico do Curso de Agronomia. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos. Bolsista Fundação Araucária. e-mail: [email protected]; 3 Eng. Agr. Dr. Professor, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) – Câmpus Dois Vizinhos. e-mail: [email protected]. Bolsista Produtividade CNPq; 4 Acadêmico do Curso de Engenharia Florestal. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos. Bolsista PIBIC-Fundação Araucária. email: [email protected]. Bolsista Fundação Araucária. 175 AVALIAÇÃO DE DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE AIB GEL PARA ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE OLIVEIRA (Olea europea L.) Diágora Joane Ungaratti1; Fabiana Franzen2; Osmar de Freitas de Jesus1; Eduardo Cesar Brugnara3; Dorli Mário Da Croce4; Clevison Luiz Giacobbo5 A oliveira (Olea europea L.) é uma planta de origem europeia adaptada a regiões de climas com verão quente e seco e um inverno com baixas temperaturas. O seu cultivo vem sendo testado em Chapecó e região, com resultados positivos em relação à produção de azeitona e possível produção de azeite. O objetivo com este trabalho foi avaliar o efeito de diferentes concentrações de ácido indolbutírico (AIB) no enraizamento de estacas de oliveira para a produção de mudas de boa qualidade. O experimento foi conduzido em estufa agrícola, sendo o material vegetal usado, miniestacas de oliveira cv. Pendolino. Os ramos foram coletados na primeira quinzena de dezembro, no período da tarde, com presença de chuva e acondicionados em baldes com água. Posteriormente os ramos foram segmentados com três gemas (± 7,5 cm), e diâmetro médio de 1,5 mm, sendo mantidas duas folhas inteiras apicais e retiradas às demais. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com três repetições, constituídas de cinco estacas em cada repetição. Foram testadas as concentrações de 0, 1000, 2000, 3000 mg.L-1 de AIB (clone Gel®). Com o auxílio de um canivete, foram feitas duas lesões superficiais na base das miniestacas e após foram imersas, por dez segundos, nas diferentes soluções de AIB e posteriormente foram colocadas em substrato de vermiculita. Após 120 dias foram avaliados o número de raízes, comprimento de raízes (cm), número de brotos, comprimento de brotos (mm), folhas persistentes e porcentagem de enraizamento. Os dados expressos em porcentagem (enraizamento) foram transformados em arco seno da (x/100)1/2. Observou-se que o tratamento com 3000 mg.L-1 proporcionou, no geral, melhores resultados para todas as variáveis, apresentando uma porcentagem média de enraizamento de 90%. Através da análise de regressão para todas as variáveis analisadas verificou-se um comportamento quadrático, com máxima eficiência do AIB para número de raízes, de 1833,33 mg.L-1, número de brotos, de 2777,77 mg.L-1, comprimento de brotos, de 2400 mg.L-1, folhas persistentes, de 1875 mg.L-1, e porcentagem de enraizamento, de 1400 mg.L-1. Conclui-se que, embora a melhor porcentagem de enraizamento foi com 3000 mg.L-1, a máxima eficiência do uso de AIB está próxima a 2000 mg.L-1. 1 Estudante de Agronomia UFFS- Bolsista Extensão/UFFS, Chapecó - Campus Chapecó-SC – CEP89813-140. E-mail: [email protected]; [email protected]; 2 Estudante de Agronomia, Bolsista PIBIC/UFFS, Campus Chapecó, Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS Chapecó-SC. CEP89813-140. E-mail: [email protected]; 3 Eng. Agr., M.Sc., Pesquisador - Cepaf/ Epagri-Chapecó. E-mail: [email protected]; 4 Eng. Florestal, M. Sc., Pesquisador - Cepaf/Epagri-Chapecó. E-mail [email protected]; 5 Eng. Agr., Prof. Dr.,Curso de Agronomia, Campus Chapecó, Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS, Campus Chapecó. Chapecó-SC,, CEP89813-140. Email: [email protected]. 176 REGIÃO DE RETIRADA DE ESTACAS E USO DE AUXINA NA PROPAGAÇÃO VEGETATIVA DE FRAMBOESEIRA-NEGRA Diego Ricardo Stumm1; Fabíola Villa2; Daniel Fernandes da Silva3 Com frutos de tamanho reduzido, agregados em cachos e atraentes por sua coloração púrpura bastante escura, a framboeseira-negra (Rubus niveus Thunberg) vem se destacando por sua rusticidade e boa produtividade nas regiões onde é cultivada. Embora as framboeseiras sejam caracterizadas como plantas temperadas, a framboeseira-negra tem apresentado bom desempenho em regiões de clima mais ameno e temperaturas moderadas, no entanto seu cultivo recente ainda exige estudos fitotécnicos para dominação total das técnicas propagativas, manejo e técnicas produtivas dessa espécie nessas novas regiões de cultivo. O trabalho aqui apresentado teve por objetivo avaliar a capacidade propagativa de estacas de framboeseira-negra retirada de diferentes regiões da planta consorciadas ao uso de AIB. O trabalho foi realizado no telado da Estação de Horticultura e Cultivo Protegido “Professor Mário César Lopes”, pertencente a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Campus de Marechal Cândido Rondon, entre fevereiro e abril de 2013. Estacas caulinares foram retiradas de plantas matrizes de quatro anos constituindo um experimento em fatorial 3x2, sendo três regiões de retirada de estacas da planta (apical, mediana e basal) e dois tratamentos com AIB (sem AIB e AIB à 2000mgL-1), distribuídos em três repetições de dez plantas por repetição. Os resultados foram submetidos à análise variância pelo teste de Scott Knott a 5% de probabilidade. As estacas que incluíam tratamento com AIB foram tratadas com imersão da base na solução hidroalcoólica de AIB por 20 segundos e posteriormente colocadas para enraizar em um canteiro preenchido com areia lavada de granulometria fina, previamente esterilizada com hipoclorito de sódio, juntamente com as estacas que não incluíam aplicação de AIB. A irrigação dos canteiros foi intermitente a cada meia hora durante o dia e a cada hora à noite. Após sessenta dias as estacas avaliaram-se a porcentagem de estacas enraizadas, número médio de raízes, comprimento da maior raiz e número de brotações das estacas. Os resultados demonstraram que não houve interação significativa entre a região de retirada das estacas e a utilização de AIB, sendo melhor enraizadas as estacas apicais e medianas sem diferença estatística entre si, com valores de 48,33 e 51,67% respectivamente, porém diferindo das estacas basais que enraizou cerca de 11,67% e a aplicação de auxina atuou negativamente, sendo melhor o tratamento sem auxina com porcentagem de enraizamento de 52,22%. Maior número de brotações ocorreu em estacas basais com média de 1,34 brotos por planta, podendo este resultado ser atribuído a maior reserva acumulada na estaca, também sendo superior o enraizamento de estacas sem AIB, com valores de 1,18 brotos por planta, contra 0,90 no tratamento com AIB. Para número de raízes/planta e comprimento médio de raiz os resultados não foram significativos a 5% de probabilidade. 1 Graduando em Agronomia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Campus Marechal Cândido Rondon, PR. E-mail: [email protected]; 2 D.Sc., Profª Adjunta, Centro de Ciências Agrárias (CCA), Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Campus Marechal Cândido Rondon, PR. E-mail: [email protected]; 3 Mestrando em Botânica Aplicada, Departamento de Biologia (DBI), Universidade Federal de Lavras (UFLA), Lavras, MG. E-mail: [email protected]. 177 ÁCIDO GIBERÉLICO NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE MARACUJAZEIRO AMARELO Eliseu Tagliaferro Lopes1, Alex Zanella1, Tiago Camponogara Tomazetti1, Marcia Denise Rossarolla1, Lilia Sichmann Heiffig-del Aguila2, Elizete Beatriz Radmann3, Juan Saavedra del Aguila4 O Brasil é o principal produtor de maracujazeiro amarelo (Passiflora edulis Sims). Esta espécie é cultivada em todas as regiões do país, apresentando boa adaptabilidade a diversos ambientes, entretanto é muito suscetível a doenças, principalmente causada por patógenos de solo, necessitando a constante troca de mudas e instalação dos pomares em novas áreas. O principal método para obtenção de mudas é através de sementes, concomitante a isto o ácido giberélico (GA3) é utilizado para proporcionar a germinação em sementes de algumas espécies de vegetais, com base neste contexto o objetivo com este trabalho foi verificar o efeito da concentração de GA3 e tempo de imersão das sementes maracujazeiro amarelo. Para isto foi utilizado sementes secas por 24 horas em temperatura de 50ºC de maracujazeiro amarelo, obtidas de uma seleção populacional de frutos Ovalado Grande, Epagri/Caçador, os tratamentos aplicados foram T1 (testemunha), T2 (imersa em 10 mg L-1 de GA3 durante 10 minutos), T3 (imersa em 10 mg L-1 de GA3 durante 24 horas), T4 (imersa em 10000 mg L-1 de GA3 durante 10 minutos) e T5 (imersa em 10000 mg L-1 de GA3 durante 24 horas), utilizou-se 128 sementes para cada tratamento, divididos em oito repetições, a semeadura foi realizada em bandeja com 128 células, utilizando o substrato Carolina®, estas foram mantidas sob irrigação intermitente por aspersão em casa de vegetação, após 30 dias foram avaliados o índice de velocidade de emergência (IVE), comprimento da raiz (cm), número de folhas, diâmetro do caule (mm) e germinação (%), os dados expressos em porcentagem foram transformados para arco seno da raiz de x/100, as medias foram comparadas pelo teste de Scott-Knott (α = 0,05) e a normalidade dos dados através do teste de Shapiro-Wilk, a análise estatística foi realizada com auxílio do programa estatístico R. Não foi verificado diferença entre os tratamentos testados, em nenhuma das variáveis analisadas. Nas condições deste experimento, conclui-se que a utilização de solução de GA3 nas concentrações e tempo de embebição de sementes testados não influencia nas características de germinação do maracujazeiro amarelo, este resultado pode dever-se ao tempo e temperatura de secagem que as sementes tiveram antes da aplicação dos tratamentos com ácido giberélico. 1 Acadêmico do curso de Agronomia. Campus Itaqui – UNIPAMPA, Rua Luiz Joaquim de Sá Brito, s/nº, B. Promorar, 97650-000, Itaqui/RS, Brasil. Email: [email protected], [email protected] [email protected]; [email protected]; 2 Engenheiro agrônoma, Drª Pesquisadora, Embrapa Clima Temperado, Estação terras baixas. e-mail: [email protected]; 3 Engenheiro agrônoma, Doutora Professora Adjunto Fruticultura, Curso de Agronomia, UNIPAMPA – Campus Itaqui, RS. e-mail: [email protected]; 4 Engº. Agrº. Dr. Prof. Adjunto. Campus Dom Pedrito - UNIPAMPA. Dom Pedrito/RS, Brasil. [email protected]. 178 BIOESTIMULANTES APLICADO ÀS SEMENTES DE MARACUJAZEIRO-AMARELO Ester Foelkel1; Milena Aparecida Ferrari Mateus2; Eduardo Cesar Brugnara3; Átila Francisco Mógor4 Extratos vegetais e de algas marinhas vêm sendo investigados quanto ao seu efeito nas plantas quando aplicados como bioestimulantes. Dentre os componentes ativos podem estar nutrientes e compostos orgânicos que alteram o metabolismo do vegetal. Extratos da alga Ascophyllum nodosum contêm polissacarídeos, aminoácidos, além de citocininas e auxinas naturais. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de dois produtos com ação bioestimulante, Acadian® (a base de A. nodusum) e Biozyme TS® (derivado de extratos vegetais), na emergência e no crescimento de mudas de maracujazeiro-amarelo (Passiflora edulis f.s. flavicarpa). O experimento foi realizado em Curitiba, PR, em uma câmara de nebulização. Foi utilizado o genótipo Ovalado Grande, fornecido pela empresa Epagri. Os bioestimulantes foram aplicados por imersão das sementes em solução aquosa (150 mL por 1.000 sementes) nas doses de 0, 2, 4 e 6 mL.L-1 por 24 h. Posteriormente as sementes foram semeadas em bandejas de polietileno com células de 10 cm³ preenchidas com substrato Garden Plus®. As parcelas foram compostas por 50 sementes. Foi utilizado um delineamento inteiramente casualizado em fatorial duplo. A avaliação do número de plantas emergidas foi realizada a cada três dias até os 40 dias após a semeadura, e após foram calculados o índice de velocidade de emergência (IVE) e a porcentagem de plantas emergidas. Também aos 40 dias após a semeadura foram avaliados o número de folhas, o comprimento do caule, a área foliar, a matéria seca da parte aérea (MSA) e da radicular, o comprimento total de raízes e o comprimento de raízes por classes de diâmetro (amplitude de 0,5 mm). Os dados foram analisados por análise de variância complementada por regressão linear com α=0,05. Houve efeito significativo de produto e dose na MSA, sem interação. O aumento da dose dos produtos incrementou linearmente a matéria seca da parte aérea das mudas. As equações ajustadas foram MSA=0,0072×DOSE+0,0983 para Biozyme e MSA=0,0067×DOSE+0,1144 para Acadian. Apesar da maior MSA no tratamento com Acadian, as plantas tratadas com Biozyme apresentaram maior área foliar, mas sem efeito das doses. Nas demais variáveis não se observou efeito significativo. As médias obtidas foram: emergência de 69,8%, IVE de 20,66, altura de 6,3 cm, 3,27 folhas por planta, 23 mg de raízes secas por planta e 292 mm de raízes por planta. Como conclusão, a aplicação de Biozyme e de Acadian às sementes por imersão, até as doses de 6 mL.L-1, aumenta a matéria seca da parte aérea de plântulas de maracujazeiro-amarelo. A aplicação de Biozyme até 6 mL.L-1 promove a área foliar das plântulas. AGRADECIMENTOS: À CAPES e ao CNPq pelas bolsas concedidas e à Epagri – Estação Experimental de Urussanga, pelo material fornecido. 1 Eng.-agr., M.Sc. Doutoranda. Universidade Federal do Paraná. [email protected]; Eng.-agr., M.Sc. Doutoranda. Universidade Federal do Paraná. [email protected]; 3 Eng.-agr., M.Sc. Pesquisador. Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina. [email protected]; 4 Eng.-agr., Dr. Professor. Universidade Federal do Paraná. [email protected]. 2 179 PROPAGAÇÃO DE OLIVEIRA (Olea europea L.) ATRAVÉS DE DIFERENTES INDUTORES DE ENRAIZAMENTO Fabiana Franzen1; Osmar de Freitas de Jesus2; Diágora Ungaratti2; Dorli Mário Da Croce3; Eduardo Cesar Brugnara4; Clevison Luiz Giacobbo5 A oliveira (Olea europaea L.) é uma planta de origem europeia adaptada a regiões de climas mediterrâneos, sendo caracterizado por um verão quente e seco e um inverno com baixas temperaturas no período que antecede sua floração. Percebe-se que o Brasil tem capacidade e microclimas favoráveis ao plantio em larga escala da oliveira, visto que o consumo dos brasileiros apresenta crescimento anual, fator que consolida nosso país como mercado promissor. Além disso, seu cultivo poderá diminuir os gastos com importações e, valorizar a comercialização interna, se tornando mais uma alternativa viável de produção para os agricultores familiares do Oeste Catarinense. O objetivo com este trabalho foi avaliar o efeito de produtos alternativos como indutores de enraizamento para a produção de mudas de oliveira. O experimento foi conduzido em estufa agrícola, sendo o material vegetal utilizado, miniestacas de oliveira cv. Pendolino. Os ramos foram coletados na primeira quinzena de dezembro, no período da tarde, com presença de chuva e acondicionados em baldes com água. Posteriormente os ramos foram segmentados com três gemas, sendo mantidas duas folhas inteiras apicais e retiradas às demais. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3 x 5, sendo diferentes indutores de enraizamento (urina de vaca, solução de tiririca (Cyperus rotundus) e solução de milho (Zea mays)) e diferentes concentrações (0%, 25%, 50%, 75% e 100%), com três repetições e dez estacas por repetição. As soluções foram preparadas 24 horas antes da aplicação nas estacas, sendo mantidas em geladeira até sua utilização. A urina utilizada foi a primeira urina do dia, coletada em vacas em lactação, após foi feita a fermentação por três meses. As demais soluções foram obtidas através da maceração de tubérculos de tiririca e partes nodais da haste de milho. As bases das estacas foram imersas, por dez segundos, nas diferentes soluções e posteriormente foram colocadas em substrato de vermiculita. Após 120 dias foram avaliados o número de raízes, comprimento de raízes (cm), número de brotos, comprimento de brotos (mm), folhas persistentes e porcentagem de enraizamento. Os dados expressos em porcentagem (enraizamento) foram transformados em arco seno da (x/100)1/2. Observou-se que houve interação entre os diferentes tratamentos. No geral, verificou-se que quando comparados os diferentes indutores de enraizamento, o milho apresentou melhores resultados (41%), porém diferindo somente do tratamento com tiririca (13%). Com a máxima concentração dos produtos, verificou-se que o milho foi superior aos demais produtos, com 46% de enraizamento. No entanto, quando comparadas as diferentes concentrações, para milho e tiririca verificou-se através da análise de regressão um comportamento quadrático, enquanto que para a urina de vaca verificou-se um comportamento linear decrescente. Conclui-se, nas condições em que foi conduzido o experimento, que dentre os produtos testados o milho apresentou maior potencial para enraizamento de oliveira cv. Pendolino, porém devem ser melhor testadas as concentrações e partes da planta para extração da solução usada. 1 Estudante de Agronomia, Bolsista PIBIC/UFFS, Campus Chapecó, Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS Chapecó-SC. CEP89813-140. E-mail: [email protected]; 2 Estudante de Agronomia UFFS- Bolsista Extensão/UFFS, Chapecó- Campus Chapecó-SC – CEP89813-140. E-mail: [email protected]; [email protected]; 3 Eng. Florestal, M. Sc., Pesquisador - Cepaf/Epagri-Chapecó. E-mail [email protected]; 4 Eng. Agr., M.Sc., Pesquisador - Cepaf/ Epagri-Chapecó. E-mail: [email protected]; 5 Eng. Agr., Prof. Dr.,Curso de Agronomia, Campus Chapecó, Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS, Campus Chapecó. Chapecó-SC,, CEP89813-140. Email: [email protected]. 180 TAMANHO DE ESTACA E EMPREGO DE AIB NA PROPAGAÇÃO VEGETATIVA DE FRAMBOESEIRA-NEGRA Fabíola Villa1; Diego Ricardo Stumm2; Daniel Fernandes da Silva3 A framboeseira negra (Rubus niveus Thunberg), também conhecida como raspberry-demysore e raspberry-do-morro, adapta-se bem nas regiões de inverno ameno e com temperaturas moderadas. Seu cultivo comercial ainda é inexistente, estando seu cultivo caseiro mais concentrado em regiões de turismo de inverno mais acentuado, sendo produzidas com a principal finalidade de fabricação de geleias e sucos. Com frutos que variam entre a coloração púrpura a negra, os frutos de tamanho reduzido dessa espécie destacam-se pelo seu teor nutricional, principalmente alto teor antociânico quando comparado a outras pequenas frutas. Diante do exposto, objetivou-se com o presente trabalho determinar a concentração de auxina e melhor tamanho de estaca caulinar no enraizamento de framboeseira-negra. O trabalho foi realizado no telado da Estação de Horticultura e Cultivo Protegido “Professor Mário César Lopes”, pertencente a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Campus Marechal Cândido Rondon, entre fevereiro e abril de 2013. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados. Estacas caulinares foram retiradas de plantas matrizes de quatro anos, constituindo um experimento em fatorial 4x2, sendo quatro tamanhos de estaca (5, 10, 15 e 20cm) e dois tratamentos com AIB (sem AIB e 2000mgL-1 de AIB), distribuídos em três repetições de dez plantas por repetição. Os resultados foram submetidos à análise variância pelo teste de Scott-Knott, a 5% de probabilidade. As estacas foram tratadas com imersão da base na solução hidroalcoólica de AIB por 20 segundos e posteriormente colocadas para enraizar em um canteiro preenchido com areia lavada de granulometria fina, previamente esterilizada com hipoclorito de sódio, juntamente com as estacas que não incluíam aplicação de AIB. A irrigação nos canteiros foi intermitente, ocorrendo a cada meia hora durante o dia e a cada uma hora a noite. Após sessenta dias as estacas avaliaram-se a porcentagem de estacas enraizadas, número médio de raízes, comprimento da maior raiz (cm) e número de brotações das estacas. Os resultados obtidos demonstraram para número médio de raízes e comprimento médio da maior raiz uma interação significativa. Maior número de raízes foi verificado nos tratamentos sem AIB, não diferindo estatisticamente da estaca de 20cm tratada com AIB. Maior comprimento de raiz pode ser verificado nas estacas de 20cm, independente da utilização de auxina e também nas estacas de 15cm com AIB e 10cm sem AIB. Maior número de brotações foram encontrados em estacas de 15 e 20cm e sem utilização de AIB, separadamente. Não se verificou interação significativa entre a utilização de AIB e tamanho da estaca, onde o melhor tamanho foi 15 e 20cm, não havendo necessidade da utilização de AIB para melhor enraizamento. 1 D.Sc., Profª Adjunta, Centro de Ciências Agrárias (CCA), Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Campus Marechal Cândido Rondon, PR. E-mail: [email protected]; 2 Graduando em Agronomia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Campus Marechal Cândido Rondon, PR. E-mail: [email protected]; 3 Mestrando em Botânica Aplicada, Departamento de Biologia (DBI), Universidade Federal de Lavras (UFLA), Lavras, MG. E-mail: [email protected]. 181 PROPAGAÇÃO POR ESTAQUIA LENHOSA DO PORTA-ENXERTO DE VIDEIRA ‘VR043-43’ Jean Carlos Bettoni1; João Peterson Pereira Gardin2; Rafael Lisandro Schumacher3; Juliana Aparecida Souza4 A propagação vegetativa por estaquia é uma forma de multiplicar porta-enxertos, mantendo as características da planta mãe. As raízes adventícias formadas na estaca originam-se de células do periciclo por estímulo das auxinas. No entanto, há porta-enxertos que apresentam grandes dificuldades de enraizamento, principalmente em épocas desfavoráveis, quando se utiliza estacas lenhosas. Deste modo, o desse o objetivo desse estudo foi verificar o efeito de diferentes concentrações de auxinas sintéticas no enraizamento de estacas lenhosas do portaenxerto 'VR043-43‘ submetidas a diferentes lesões na base da estaca. O trabalho foi realizado em casa de vegetação, com 18 tratamentos, dispostos em esquema fatorial 1X3X2X3, um porta-enxerto, três lesões (raspagem, cunha e sem lesão), dois tipos de auxina sintética (AIB e ANA) e três doses (0, 1500 e 3000 mg L-1), com quatro repetições. O material vegetativo foi coletado de plantas dormentes, cortadas com aproximadamente 35 cm de comprimento e diâmetro entre 8 a 10 mm. Na base de cada estaca foi realizado um corte transversal, 0,5 centímetros abaixo da última gema. Já no ápice da estaca o corte foi em bisel, 3 centímetros acima da última gema. Foram submetidas à estratificação por 10 dias em câmara de resfriamento, com uma temperatura média de 2 ºC±1. Após esse período, foram feitas diferentes lesões longitudinais na base das estacas para posterior tratamento com regulador de crescimento e acondicionadas em leito de areia, em uma estufa com controle de temperatura. Após 60 dias da instalação do experimento avaliou-se a porcentagem de enraizamento, número, comprimento e matéria fresca das raízes. Verifica-se para todos os fatores analisados que é fundamental a lesão na base estaca para a propagação do porta-enxerto 'VR043-43', sendo que as lesões em raspagem e cunha não diferem entre si para o fator enraizamento. Quando foram confrontadas as doses dos reguladores, verificou-se um incremento significativo no enraizamento, sendo que, quando a dose aumenta de 1500 para 3000 mg L-1, não observa-se diferença significativa. Para os fatores número e massa fresca de raízes, quando a natureza da lesão é em cunha, melhores resultados ocorrem quando utiliza-se a dose de 3000 mg L-1 . Quando foi utilizada a lesão em raspagem para ambas as variáveis em estudo, notou-se um incremento até na concentração de 1500 mg L-1. Para a variável comprimento de raízes, a interação não foi significativa, sendo que não ocorreu diferença entre os reguladores AIB e ANA. Deve-se fazer lesão (raspagem, cunha) na estaca, em seguida a aplicação do regulador, sendo que lesões em raspagem e cunha não se diferem. Deve fazer lesão na estaca do porta-enxerto 'VR-043-43' em seguida a aplicação de fitohormônios. Os reguladores ANA e AIB expressam mesmos resultados para as variáveis analisadas. Quando a lesão for em raspagem deve-se utilizar a dose de 1500 mg L-1, pois doses superiores expressam mesmo resultado. Ao utilizar a lesão em cunha para os fatores número e massa fresca de raízes devese aplicar os reguladores na dose de 3000 mg L-1. Palavras chaves: Viticultura, regulador de crescimento, ferimento. 1 Eng. Agr.; Mestrando em Produção Vegetal, UDESC – CAV, Bolsista CAPES, Lages – SC [email protected]; Eng. Agr.; Dr. Pesquisador EPAGRI – Videira, SC; 3 Eng. Agr.; M.Sc, Doutorando em Enologia,Universidad de Castilla La-Mancha; 4 Graduanda em Ciências Biológicas, UNIARP. 2 182 CONDIÇÃO DE ARMAZENAMENTO DE SEMENTES DE ARAÇAZEIRO AMARELO Jéssica Scarlet Marth Alves de Oliveira1; Cristiano Hossel2; Marciéli da Silva3; Idemir Citadin4; Américo Wagner Júnior5 O araçazeiro é uma fruteira nativa pertencente à família das Mirtáceas, de ocorrência desde a Bahia até o Rio Grande do Sul. A principal forma de propagação é pela via seminífera, já que vegetativamente não tem apresentado bons resultados. Porém, quando se utilizam sementes de araçazeiro, nem sempre é possível realizar a rápida semeadura, principalmente, quando se obtém material genético de outros locais, necessitando-se desenvolver técnicas que permitam conservá-las por maior período de tempo. O objetivo deste trabalho foi avaliar a viabilidade de sementes de araçazeiro amarelo, armazenadas em diferentes temperaturas de acordo com seu teor de umidade. O trabalho foi realizado na Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Dois Vizinhos. Foram utilizadas sementes de frutos maduros de araçazeiro amarelo Ya-Cy. As sementes foram retiradas dos frutos por meio da técnica da fricção com o auxílio de peneira de malha fina e lavadas em água corrente. Posteriormente, as sementes extraídas foram mantidas a sombra, sobre papel toalha por período de 24 horas. As sementes extraídas foram divididas em dois lotes, de acordo com a temperatura de armazenamento, sendo estas de 22˚C e 25˚C. Cada lote foi separado em oito sub-lotes seguindo-se cada período de armazenamento (0, 6, 12, 24, 48, 96, 144, 288 horas). As sementes em cada condição, forma mantidas em copos plásticos (50 mL) sem vedação superior. Decorrido cada período de armazenamento, as sementes foram semeadas entre papel germitest utilizando-se caixas gerbox com tampa como embalagem, e foram conduzidas para germinação em B.O.D. à 25C. O experimento foi instalado em delineamento inteiramente casualizado, seguindo-se esquema fatorial 8 x 2 (período de armazenamento x temperatura de armazenamento), com quatro repetições de 100 sementes por unidade experimental. Foram analisados o percentual de germinação, o índice de velocidade de germinação (IVG) (do nono dia ao sexagésimo dia) e o percentual do teor de umidade em cada período de semeadura. As sementes de araçazeiro amarelo quando armazenadas apresentaram média de germinação de 78,03%, iniciando este processo a partir do nono dia após a semeadura. Pode-se concluir que as sementes de araçazeiro amarelo permitem ser armazenadas por 288 horas em condição de temperatura de 25°C, onde as mesmas irão perder gradativamente o teor de umidade, mas de forma que não irá afetar sua viabilidade. 1 Acadêmico do Curso de Agronomia. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos. Bolsista Fundação Araucária. e-mail: [email protected]; 2 Acadêmico do Curso de Engenharia Florestal. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos. Bolsista PIBIC-Fundação Araucária. email: [email protected]; 3 Acadêmico do Curso de Engenharia Florestal. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos.-email: [email protected]; 4 Eng. Agr. Dr. Professor, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) – Câmpus Pato Branco. e-mail: [email protected] Produtividade CNPq; 5 Eng. Agr. Dr. Professor, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) – Câmpus Dois Vizinhos. e-mail: [email protected] Produtividade CNPq. 183 TEMPO DE SECAGEM SOBRE O PODER GERMINATIVO DE SEMENTES HIDROCONDICIONADAS DE ROMÃZEIRA [Punica granatum L.] Marciéli da Silva1; Juliana Cristina Radaelli2; Jéssica Scarlet Marth Alves de Oliveira2; Cristiano Hossel1; Américo Wagner Júnior3 A romãzeira (Punica granatum L.), pertencente à família Punicaceae, sendo utilizada como planta frutífera e ornamental, que possui frutos com vários atributos medicinais, como antioxidantes, antiflamatórios, anticarciongênicos etc, o que cresce sua demanda de produção. Contudo, apesar dessa potencialidade no Brasil são raros os plantios comerciais, existindo ainda em muitos fundos de quintais. Com isso, é necessária a realização de estudos para estimular e torná-la como alternativa aos produtores rurais. Como estudo inicial deve-se buscar informações sobre as formas de propagá-la e de manejo das suas sementes, pois é ainda a principal forma de obtenção de novos materiais. O objetivo deste trabalho foi avaliar o poder germinativo de sementes de romãzeira de acordo com o tempo de secagem após o hidrocondicionamento. O trabalho foi realizado na Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Câmpus Dois Vizinhos. As sementes foram extraídas manualmente por meio de fricção em peneira de malha fina e água. Em seguida, as sementes foram mantidas a sombra por período de 24 horas. Depois do processo de secagem, as sementes foram hidrocondicionadas em água por 48 horas, sendo efetuado sua pesagem para obtenção da massa de matéria fresca pós-secagem inicial. Decorrido o hidrocondicionamento, as sementes foram colocadas para secagem em B.O.D. usando a temperatura de 25 °C por período de 0, 12, 24, 48, 72, 96 e 216 horas. Com o término de cada período de secagem, as sementes foram novamente pesadas para obtenção da massa de matéria seca pós-hidrocondicionamento, cujos valores foram de 9,20; 9,68; 8,47; 8,81; 9,09; 9,20 e 9,03%, respectivamente. Posteriormente, as sementes foram semeadas em caixas Tetra Pak (17 × 10 × 7cm), contendo areia como substrato. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com 7 tratamentos , 4 repetições de 100 sementes por unidade experimental. Aos sessenta dias, foram avaliados a percentagem de emergência e o índice de velocidade de emergência (IVE). Os dados para emergência foram transformados em arco seno x / 100 . Em seguida, os dados transformados e não transformados foram submetidos à análise de variância (p ≤ 0,05) e de regressão. Pelos resultados o tempo de secagem mostrou-se significativo para ambas as variáveis, com comportamento linear decrescente, tendo-se as maiores médias no tempo 0. A média de emergência apresentada no presente trabalho foi d 17,096,20, indicando existir algum mecanismo que seja necessário superá-lo para obtenção de maior valor. A secagem das sementes de romãzeira deve ser realizada com cuidado para não prejudicar o processo germinativo. 1 Acadêmico do Curso de Engenharia Florestal. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos. Bolsista Fundação Araucária. e-mail: [email protected], [email protected]; 2 Acadêmico do Curso de Agronomia. UTFPR – Câmpus Dois Vizinhos. Bolsista Fundação Araucária. e-mail: [email protected] [email protected], [email protected]; 3 Eng. Agr. Dr. Professor, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) – Câmpus Dois Vizinhos. e-mail: [email protected] Produtividade CNPq. 184 COMPORTAMENTO PROPAGATIVO DE MORANGUEIRO Michél Aldrighi Gonçalves1; Carine Cocco1; Lucas Rutz2; Gabriele De Paula2, Luis Eduardo Corrêa Antunes3 O presente estudo teve como objetivo avaliar a influência da temperatura no comportamento propagativo de matrizes de morangueiro, quatro cultivares de dias curtos (Camarosa, Camino Real, Florida Festival, Oso Grande) e quatro cultivares de dias neutros (Albion, Aromas, Monterey, San Andreas). O experimento foi conduzido durante o período de 02 de outubro a 09 de janeiro de 2012 em Pelotas-RS. As matrizes foram cultivadas em casa de vegetação no sistema semi-hidropônico, utilizando como substrato casca de arroz carbonizada. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, cada bloco composto por oito parcelas (quatro matrizes por parcela). As variáveis avaliadas foram emissão de estolões e flores, sendo estas correlacionadas entre si e com as temperaturas médias registradas no mesmo período. As avaliações foram realizadas em intervalos de 7 dias a partir do plantio das matrizes. As temperaturas foram coletadas com o auxílio de um Datalogger HT-4000. Não foram verificadas correlações significativas entre emissão de estolões e floração, já a correlação entre emissão de estolões e temperatura foi significativa a 1% de probabilidade de erro para cultivares e entre os grupos (dias curtos e neutros), sendo todas correlações significativas e positivas. Dentre os grupos, as cultivares de dias neutros mostraram maior percentual de correlação 78,8% e as de dias curtos 72,6%, estes valores comprovam a forte influência da temperatura na emissão de estolões de ambos os grupos. As cultivares de dias curtos Florida Festival, Camino Real, Camarosa e Oso Grande, apresentaram correlações de 76,4; 74,2; 72,7 e 68,8%, respectivamente, e as cultivares de dias neutros, Aromas, Albion, San Andreas e Monterey, 84,0; 81,7; 81,2 e 75,9%, respectivamente, demonstrando que mesmo dentro dos distintos grupos há uma variação no percentual desta correlação entre os genótipos. A única cultivar com correlação positiva significativa entre emissão de flores e temperatura foi a ‘Aromas’ (62,3%). A não significância verificada entre emissão de flores e de estolões revela que não necessariamente a planta cessa a emissão de flores para emitir estolões. Contudo, as cultivares estudadas são influenciadas diretamente pela temperatura existindo diferenças comportamentais entre as mesmas, sendo necessário adequar as condições de temperatura do matrizeiro para cada grupo de cultivares, para assim, obter o melhor rendimento na produção de mudas de morangueiro. 1 Eng(a). Agr(a). Doutorando(a) em Fruticultura de Clima Temperado, UFPel, Pelotas – RS, Brasil. Bolsista Capes. E-mail: [email protected]; [email protected]; 2 Graduando(a) do curso de Agronomia, UFPel, Pelotas – RS, Brasil. E-mail: [email protected]; [email protected]; 3 Eng. Agr. Dr. Embrapa Clima Temperado, Rodovia BR 392, Km 78, CEP 96010-971, Pelotas - RS, Brasil. Bolsista CNPq, E-mail: [email protected]. 185 ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE FIGUEIRA ‘ROXO DE VALINHOS’ COM ÁCIDO INDOLBUTÍRICO E ETILENO Renan Ricardo Zandoná1; Caroline Farias Barreto1; Andrio Spiller Copatti1; Alex Zanella1; Gabriel Brum Accorsi1; Lília Sichmann Heiffig-del Aguila2; Elizete Beatriz Radmann3; Juan Saavedra del Aguila4 A propagação de figueira é realizada por meio de estacas caulinares lenhosas, em vista da importância da cultura observa-se que existem várias técnicas de manejo que precisam ser melhoradas e adaptadas na propagação desta frutífera. Objetivou-se, no presente trabalho, verificar o potencial de enraizamento de estacas apicais lenhosas de figueira ‘Roxo de Valinhos’ associada ao tratamento com ácido indolbutírico (AIB) e etileno (Ethrel®). As estacas foram coletadas em propriedade rural de Maçambara-RS e após cuidadosamente transportadas ao Laboratório de Propagação de Plantas, da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) - Campus Itaqui, RS. As estacas foram padronizadas com 15 cm de comprimento, diâmetro próximo a 7 mm. Sendo a base da estaca submetida a um corte em bisel, logo abaixo de uma gema, e um corte reto na outra extremidade da estaca. Os tratamentos foram: T1: Controle (imersão em água destilada por 35 segundos); T2: 2500 ppm de AIB (35 segundos de imersão); T3: 2500 ppm de etileno (35 segundos de imersão); T4: 2500 ppm de AIB + 2500 ppm de etileno (Imersão em AIB por 15 segundos, 5 segundos de espera para escorrimento e imersão em etileno por 15 segundos); T5: 2500 ppm de etileno + 2500 ppm de AIB (Imersão em etileno por 15 segundos, 5 segundos de espera para escorrimento e imersão em AIB por 15 segundos) e; T6: 2500 ppm de etileno misturado com 2500 ppm de AIB (Imersão em solução misturada de etileno e AIB durante 35 segundos). Após o escorrimento de todos os tratamentos, as estacas foram colocadas para enraizar em bandejas plásticas furadas, utilizando-se o substrato comercial Carolina Soil. Os tratamentos permaneceram em casa de vegetação por 90 dias. Avaliaram-se no fim do experimento: porcentagem de estacas vivas (%), porcentagem de estacas mortas (%), comprimento da maior raiz (cm), massa verde e seca das raízes (mg), massa verde e seca da parte aérea (mg) e aérea foliar (cm²) determinado pelo LI-3100C. O experimento foi delineado inteiramente casualizado com 6 repetições, sendo que cada parcela (repetição) esteve composto por 5 estacas. Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade, quando houve significância. Não houve diferença entre as estacas de todos os tratamentos para a porcentagem de estacas vivas e mortas. As estacas do tratamento somente com etileno (T3) apresentaram o maior comprimento de raiz, enquanto as estacas do tratamento controle (T1) obtiveram o menor comprimento de raiz. A área foliar das estacas do tratamento somente com etileno (T3) foram significativamente superiores às áreas foliares das estacas dos tratamentos T1 (controle), T4 (AIB + etileno) e T5 (etileno + AIB). As estacas do tratamento somente com etileno (T3) também apresentaram o maior peso fresco e seco da parte área. Em relação ao peso fresco e seco da raiz, não houve diferença entre os tratamentos. Deste modo, foi possível observar que as estacas de figueira ‘Roxo de Valinhos’ tratadas com etileno (2500 ppm por 35 segundos de imersão) tiveram maior comprimento de raiz, área foliar, peso fresco e seco da parte área. 1 Estudante (s) do Curso de Agronomia, Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) – Campus Itaqui, Rua Luiz Joaquim de Sá Brito s/nº - Bairro Promorar – Cep 97650-000, Itaqui, RS, Brasil. e-mail: [email protected], [email protected]; [email protected], [email protected], [email protected]; 2 Engª Agrª Drª., Pesquisadora da Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS, Brasil. e-mail: [email protected]; 3 Engª Agrª Drª., Professora Adjunta da UNIPAMPA – Campus Itaqui, RS, Brasil. e-mail: [email protected]; 4 Eng. Agr. Dr., Professor Adjunto da UNIPAMPA – Campus Dom Pedrito, RS, Brasil. e-mail: [email protected]. 186 PRODUÇÃO DE FRUTAS EM 2012 NA REGIÃO DO MEIO OESTE CATARINENSE Alberí João Mario1; Francisco Carlos Heiden2; Ivan Dagoberto Faoro3; Ilmar Borchardt4; Luiz Marcelino Vieira5 Esse trabalho objetivou a coleta de dados da produção das principais frutas produzidas na região do Meio Oeste Catarinense, designada pela Epagri como UGT-2, a qual compreende 36 municípios. O período de referência para a coleta dos dados foi a safra 2011/12 para todas as espécies de frutas Cronologicamente, essa safra compreendeu o período de 01/07/2011 a 30/06/2012. Para o registro da área cultivada de cada espécie, considerou-se o total da área existente no último mês do período de referência (junho/2012) e, no caso da banana, em dezembro/2011. O levantamento dos dados foi realizado no período de 01 a 20/11/2012. As frutas mais importantes produzidas nessa região são a maçã, a uva e a laranja. Essa última produziu 48,3% da produção estadual. Outras frutas de menor expressão econômica apresentam crescimento na área de plantio, como o figo, que respondeu por 41,7% da área estadual. O valor total da produção dessa região foi de R$ de R$ 31.357.002,00, o que corresponde a 3,7% do valor total de produção das principais frutas em Santa Catarina. Nessa UGT-2, a área plantada com frutíferas foi de 2.949,7 ha, mas somente 2.766,5 ha estão em produção. Isso demonstra que está ocorrendo forte incremento da fruticultura. Foi registrada uma área de plantio de 1.002,8 ha com laranjeiras, mas somente 894,8 ha estão em produção, o que resultou na produção de 12.113,4 t de laranja e a geração de R$ 2.391.171,00. A produtividade média situou-se em 13,5 t/ha, a qual é considerada baixa. O aumento da área em produção e da produtividade são fatores indicativos do elevado potencial de crescimento da produção de laranja para essa região. A maçã foi colhida em 1.179,2 ha e gerou R$22.110.944,00, sendo por isso a de maior valor de produção quando comparada às outras frutas produzidas, respondendo por isso por 70,5% sobre o valor total produzido em SC. A importância econômica da maçã foi seguida pela da uva (R$ 3.774.077,00 – 12,1%) e da laranja (R$ 2.391.171,00 – 7,6%). Isso mostra que a importância da laranja tende crescer rapidamente quando num futuro próximo mais 108 ha entrarem em produção. Os autores agradecem os extensionistas locais que coletaram os dados em seus municípios e as estruturas regionais e a equipe do Cepa, sem os quais esse trabalho não seria possível de ser realizado. 1 Eng.Agr., Epagri/Gerencia Regional de Campos Novos, Caixa Postal 116, endereço: BR 282, KM 342; Sociólogo, Especialista, Epagri/Cepa, Caixa Postal 1587, 88034-001, Florianópolis, SC, E-mail: [email protected]; 3 Eng.Agr.D.Sc., Epagri/Estação Experimental de Caçador, Caixa Postal 591, 89500-000, Caçador, SC, E-mail: [email protected]; 4 Filosofo, Epagri/Cepa, Caixa Postal 1587, 88034-001, Florianópolis, SC, E-mail: [email protected]; 5 Economista, Epagri/Cepa, Caixa Postal 1587, 88034-001, Florianópolis, SC, E-mail: [email protected]. 2 187 PRODUÇÃO DE FRUTAS EM 2012 NA REGIÃO DO LITORAL SUL CATARINENSE Celito Bertelli1; Francisco Carlos Heiden2; Ivan Dagoberto Faoro3; Ilmar Borchardt4; Luiz Marcelino Vieira5 Esse trabalho objetivou a coleta de dados da produção das principais frutas produzidas na região do Litoral Sul Catarinense, designada pela Epagri como UGT-8, a qual compreende 45 municípios. O período de referência para a coleta dos dados foi a safra 2011/12 para todas as espécies de frutas Cronologicamente, essa safra compreendeu o período de 01/07/2011 a 30/06/2012. Para o registro da área cultivada de cada espécie, considerou-se o total da área existente no último mês do período de referência (junho/2012) e, no caso da banana, em dezembro/2011. O levantamento dos dados foi realizado no período de 01 a 20/11/2012. As frutas mais importantes produzidas nessa região são as bananas branca e caturra, o maracujá e as uvas. Em 2012, essa região produziu 6,3% do total da produção estadual, atingindo o valor de R$ 52.822.670,00. Nela, a área plantada foi de 7.862,7 ha e a área colhida foi de 7.661,6 ha, indicando um futuro aumento da produção de frutas, já que 201,3 ha ainda não entraram em produção. A cultura com maior área plantada foi a da bananeira, havendo 4.807 ha produzindo banana branca e 1.762 ha produzindo banana caturra. Respectivamente, a produtividade média foi de 8,2 t/ha e 16,7 t/ha e os valores da produção situaram-se em R$24,66 milhões e R$ 10,47 milhões. O maracujá já é cultivado em 541,2 ha, mas somente 506,7 ha estavam em produção e o valor da produção situou-se em R$ 9,1 milhões. Pelo interesse despertado pelos produtores e a existência de bom mercado consumidor, essa cultura demonstra alto potencial de crescimento. O cultivo da uva está em franca expansão, pois a área plantada é de 335,2 ha e somente 270,8 ha estão em produção, o que significa que a produção dessa cultura aumentará muito nos próximos anos, sendo que o movimento econômico gerado com essa cultura pelos produtores gerou R$ 3.444.564,00. Os autores agradecem os extensionistas locais que coletaram os dados em seus municípios e as estruturas regionais e a equipe do Cepa, sem os quais esse trabalho não seria possível de ser realizado. 1 Eng.Agr., Epagri/Gerencia Regional de Tubarão/Escritório Local de Pedras Grandes, E-mail: [email protected]; Sociólogo, Especialista, Epagri/Cepa, Caixa Postal 1587, 88034-001, Florianópolis, SC, E-mail: [email protected]; 3 Eng.Agr.D.Sc., Epagri/Estação Experimental de Caçador, Caixa Postal 591, 89500-000, Caçador, SC, E-mail: [email protected]; 4 Filosofo, Epagri/Cepa, Caixa Postal 1587, 88034-001, Florianópolis, SC, E-mail: [email protected]; 5 Economista, Epagri/Cepa, Caixa Postal 1587, 88034-001, Florianópolis, SC, E-mail: [email protected]. 2 188 O MARACUJAZEIRO-AMARELO NO SUL DO BRASIL: UMA ALTERNATIVA PARA A DIVERSIFICAÇÃO DA FRUTICULTURA DE CLIMA TEMPERADO Diego Weber1; Jones Eloy2; Marcos Antônio Giovanaz3; José Carlos Fachinello4; Jair Costa Nachtigal5 O sul do Brasil é a região que menos produz maracujá-amarelo, porém há alta demanda do fruto no mercado, assim o maracujá (Passiflora edulis Sims) é comprado de outras regiões, encarecendo o preço do fruto para o consumidor da região sul. Além disso, produtores de frutas de clima temperado com base na agricultura familiar, sofrem com dificuldades financeiras pelo fato de produzirem um único produto, aumentando riscos na atividade. Assim existe a necessidade de diversificação em propriedades familiares no sul do Brasil. Desta forma, objetivou-se com este trabalho avaliar o desempenho produtivo do maracujazeiroamarelo em Pelotas/RS e avaliar as possibilidades econômicas em função dos preços do maracujá no Rio Grande do Sul. O trabalho foi desenvolvido na Universidade Federal de Pelotas, utilizando plantas da seleção ‘Ovalado Grande’ da Epagri de Urussanga/SC, desenvolvida pelo pesquisador Ademar Brancher. O sistema de sustentação utilizado foi em espaldeira, o plantio foi realizado em outubro de 2011, numa densidade de plantio de 3.200 plantas ha-1 com duas mudas por cova. Realizou-se a polinização manual nos picos de floração em sistema irrigado (gotejamento). Avaliou-se a produtividade (t ha-1) em primeira safra (2012) e estimada para a segunda safra (2013). A pesquisa de mercado foi realizada na CEASA de Porto Alegre/RS sendo expresso um valor médio de reais por quilo (R$ kg-1) no ano de 2012 para os meses de safra em Pelotas (março, abril, maio, junho e julho). O custo de produção por hectare (R$ ha-1) foi estimado para o primeiro e segundo anos para as condições de Pelota, levantando o custo operacional efetivo. O delineamento experimental constituiu em blocos inteiramente casualizados, com quatro plantas por repetição e cinco repetições. Em primeira safra houve produtividade média de 26,66 t ha-1, produtividade interessante se levado em consideração a baixa temperatura anual do município de Pelotas (17,5°C). Observou-se que a região sul apresenta potencial de mercado para a compra de maracujá-amarelo, com preço de venda médio de 2,96 R$ kg-1 e preço médio pago ao produtor foi estimado em 1,48 R$ kg-1. Assim a renda bruta do produtor, considerando uma perda de 10% na produção, foi de 35.520,00 R$ ha-1. Houve um custo de produção em primeira safra de 25.136,00 R$ ha-1. Desta forma o produtor terá uma renda líquida de 10.384,00 R$ ha-1 na primeira safra. Já na segunda safra considerou-se a mesma produtividade da primeira safra (26,66 t ha-1), porém obteve-se um menor custo, de 10.142,00 R$ ha-1. Assim em segunda safra o produtor terá um maior retorno econômico, com renda líquida de 25.318,00 R$ ha-1. Com relação à qualidade dos frutos, apresentaram excelentes padrões superiores (Super e 4A) com capacidade de ganhar mais preço no mercado. Desta forma, conclui-se que a produção do maracujá-amarelo no sul do Brasil como forma de diversificar a produção de frutas de clima temperado apresenta potencial na agregação de renda para o produtor. 1 Eng. Agr. M.Sc. Doutorando do PPGA/UFPel/Fruticultura de Clima Temperado – Caixa Postal 354, Campus Universitário – Pelotas, RS – Cep: 96001-970. e-mail: [email protected]; 2 Técnologo em Fruticultura, Mestrando do PPGA/UFPel/Fruticultura de Clima Temperado – Caixa Postal 354, Campus Universitário – Pelotas, RS – Cep: 96001-970. e-mail: [email protected]; 3 Eng. Agr. Mestrando do PPGA/UFPel/Fruticultura de Clima Temperado – Caixa Postal 354, Campus Universitário – Pelotas, RS – Cep: 96001-970. e-mail: [email protected]; 4 Eng. Agr. Dr. Professor titular do PPGA/UFPel/Fruticultura de Clima Temperado - Caixa Postal 354, Campus Universitário – Pelotas, RS – Cep: 96001-970. e-mail: [email protected]; 5 Eng. Agr. Dr. Pesquisador da Embrapa Clima Temperado - Caixa Postal 403, Rodovia BR 392, km 78 – Pelotas, RS – Cep: 96010-971. e-mail: [email protected]. 189 PRODUÇÃO DE FRUTAS EM SANTA CATARINA EM 2012 Francisco Carlos Heiden1; Ilmar Borchardt2; Ivan Dagoberto Faoro3; Luiz Marcelino Vieira4 Esse trabalho objetivou coletar os dados sobre a fruticultura comercial em Santa Catarina. Foi levantada a área plantada, área colhida, produção, preço recebido pelos produtores e o período de oferta das principais frutas cultivadas no Estado. O período de referência para a coleta dos dados foi a safra 2011/12, para todas as espécies de frutas, exceto a banana, cujos dados foram estimados para o ano civil de 2012 (janeiro a dezembro). Cronologicamente, a safra 2011/12 compreendeu o período de 01/07/2011 a 30/06/2012. Para o registro da área cultivada de cada espécie, considerou-se o total da área existente no mês de junho/2012 e, no caso da banana, em dezembro/2012. O levantamento dos dados foi realizado no período de 01 a 20/11/2012. Os dados gerados não permitem quantificar o número total de produtores, já que alguns fruticultores cultivam mais de uma espécie, contudo, considerando que a maior parte deles se especializa em um cultivo, o número estimado é de 14 mil produtores, que possuem cerca de 59 mil hectares de pomares, considerando apenas as doze frutíferas economicamente mais importantes avaliadas neste levantamento (ameixa, banana caturra, banana prata, caqui, figo, laranja, maçã, maracujá, pera, pêssego/nectarina, quivi, tangerina e uva). A produção obtida na safra 2011/12 gerou um Valor Bruto da Produção (VBP) de 841,6 milhões de reais. A maçã é responsável por 55,1% do VBP e envolve 2.569 produtores. Sua produção está concentrada em 41 municípios localizados nas regiões mais altas do Estado, onde ocorre maior número de horas de frio. O cultivo da banana se destaca pelo maior número de produtores, (banana caturra 2.738 e banana prata 1.649) e pela maior área plantada, que estão distribuídas nos municípios da faixa litorânea e participa com 31,6% do VBP do setor. A uva, consideradas as variedades vinícolas e de mesa (ou mistas), está presente em 180 municípios do litoral ao extremo oeste, envolvendo 3.030 produtores e tem participação de 4,4% no VBP. A área de pomares em formação representa 2,5% da área total. As duas frutas de maior expressão, banana e maçã, estão com suas áreas praticamente estabilizadas. O incremento de novas áreas, ocorre principalmente no figo, na pera, na ameixa, no quivi e no pêssego/nectarina. As produtividades são crescentes se for observada as estatísticas anteriores, mas também mostram que ainda há espaço para incrementar a produção através da incorporação de tecnologias e práticas de manejo. Os 80 municípios maiores produtores e que respondem por 88% do VBP, com destaque para São Joaquim e Fraiburgo, respectivamente com 28% e 11%, mostram a concentração da produção e a importância do movimento econômico gerado pela maçã. Doravante, o Programa de Fruticultura da Epagri efetuará, em Santa Catarina, um levantamento sistemático de periodicidade anual para avaliar o desempenho da fruticultura comercial. Os levantamentos considerarão o ano agrícola, cujo período inicia em 1ºde julho e encerra em 30 de junho do ano subsequente. O levantamento de campo será realizado em julho e a divulgação dos resultados esta prevista para setembro. Os autores agradecem os extensionistas locais que coletaram os dados em seus municípios, os responsáveis de área da fruticultura das UGTs, as estruturas regionais e a equipe do Cepa, sem os quais esse trabalho não seria possível de ser realizado. 1 Sociólogo, Esp., Epagri/Cepa, Caixa Postal 1587, 88034-001, Florianópolis, SC, E-mail: [email protected]; Filosofo, Epagri/Cepa, Caixa Postal 1587, 88034-001, Florianópolis, SC, E-mail: [email protected]; 3 Eng.Agr.D.Sc., Epagri/Estação Experimental de Caçador, Caixa Postal 591, 89500-000, Caçador, SC, E-mail: [email protected]; 4 Economista, Epagri/Cepa, Caixa Postal 1587, 88034-001, Florianópolis, SC, E-mail: [email protected] 2 190 PRODUÇÃO DE FRUTAS EM 2012 NA REGIÃO DO OESTE CATARINENSE Gilberto Emilio Barella1; Francisco Carlos Heiden2; Ivan Dagoberto Faoro3; Ilmar Borchardt4; Luiz Marcelino Vieira5 Esse trabalho objetivou a coleta de dados da produção das principais frutas produzidas na região designada pela Epagri como UGT-1, situada no Oeste de Santa Catarina, a qual compreende 38 municípios. O período de referência para a coleta dos dados foi a safra 2011/12, para todas as espécies de frutas, exceto a banana, cuja referência foi a ano civil anterior (janeiro a dezembro). Cronologicamente a safra 2011/12 compreendeu o período de 01/07/2011 a 30/06/2012. Para o registro da área cultivada de cada espécie, considerou-se o total da área existente no último mês do período de referência (junho/2012) e, no caso da banana, em dezembro/2011. O levantamento dos dados foi realizado no período de 01 a 20/11/2012. A área cultivada com frutíferas foi de 622,5 ha, sendo que 533,3 ha estão em produção. Isso demonstra que nessa região está ocorrendo forte incremento da fruticultura, principalmente relacionada a espécies de clima tropical, demonstrando que ela poderá se tornar um importante polo produtor. As frutas mais importantes foram a uva e a laranja, pelos critérios de área plantada e valor bruto da produção. São 263,5 ha cultivados com laranja, os quais resultaram o valor de R$ 794.604,00. Com uva, são 291,1 ha de cultivo e uma produção de 3.217,2 t, os quais geraram um valor de R$ 2.638,446,00. Dessa forma, a uva foi a fruta de maior importância econômica e respondeu por 69,4% do valor total gerado nessa região. Em termos de produção, a laranja representou 14,1% e a uva 5,6% da produção estadual. A produtividade média dessas duas frutíferas foi de 17.842 kg/ha para a laranja e 12.717 kg/ha para a uva. A UGT-1 respondeu por 0,45% do valor total de produção das principais frutas em Santa Catarina. Os autores agradecem os extensionistas locais que coletaram os dados em seus municípios e as estruturas regionais e a equipe do Cepa, sem os quais esse trabalho não seria possível de ser realizado. 1 Eng.Agr., Epagri/Gerência Regional de Chapecó, Chapecó, SC, E-mail: [email protected]; Sociólogo, Especialista, Epagri/Cepa, Caixa Postal 1587, 88034-001, Florianópolis, SC, E-mail: [email protected]; 3 Eng.Agr.D.Sc., Epagri/Estação Experimental de Caçador, Caixa Postal 591, 89500-000, Caçador, SC, E-mail: [email protected]; 4 Filosofo, Epagri/Cepa, Caixa Postal 1587, 88034-001, Florianópolis, SC, E-mail: [email protected]; 5 Economista, Epagri/Cepa, Caixa Postal 1587, 88034-001, Florianópolis, SC, E-mail: [email protected]. 2 191 PRODUÇÃO DE FRUTAS EM 2012 NA REGIÃO DO ALTO VALE DO ITAJAÍ, EM SANTA CATARINA Irineu Bernardo Schuelter1; Francisco Carlos Heiden2; Ivan Dagoberto Faoro3; Ilmar Borchardt4; Luiz Marcelino Vieira5 Esse trabalho objetivou a coleta de dados da produção das principais frutas produzidas na região do Alto Vale do Itajaí, em Santa Catarina, designada pela Epagri como UGT-5, a qual compreende 31 municípios. O período de referência para a coleta dos dados foi a safra 2011/12 para todas as espécies de frutas. Cronologicamente, essa safra compreendeu o período de 01/07/2011 a 30/06/2012. Para o registro da área cultivada de cada espécie, considerou-se o total da área existente no último mês do período de referência (junho/2012) e, no caso da banana, em dezembro/2011. O levantamento dos dados foi realizado no período de 01 a 20/11/2012. Essa região representou 0,41% de toda a produção estadual das principais frutas produzidas, cuja área de cultivo foi de 379 ha, mas somente 315 ha estão em produção. Isso demonstra que está ocorrendo forte incremento da fruticultura e prevê-se aumento da produção num curto espaço de tempo, principalmente relacionada à ameixa, tangerina, uva e pêssego e nectarina. As frutas com maior área de cultivo são uva, tangerina, pêssego/nectarina, laranja e caqui. Foi registrada uma área de plantio de 107,9 ha com videiras, mas somente 84,3 ha estão em produção, o que resultou na produção de 957,4 t de uva e a geração de R$ 939.607,00. Embora cultivadas numa área pouco menor que a da uva, a área de plantio da tangerineira foi de 102,3 ha e dessa, somente 93,3 ha estão em produção. Mesmo assim, as tangerinas registraram a maior produção de frutas dessa região (1.121,5 t) e propiciaram a geração de R$593.217,00 aos produtores. A ameixa, embora produzida numa área de 22,5 ha, produziu 345 t e gerou o valor de R$ 679.339,00, posicionando essa fruta com a segunda em importância econômica para a região. Os autores agradecem os extensionistas locais que coletaram os dados em seus municípios e as estruturas regionais e a equipe do Cepa, sem os quais esse trabalho não seria possível de ser realizado. 1 Eng.Agr., Epagri/Gerencia Regional de Rio do Sul, E-mail: [email protected]; Sociólogo, Especialista, Epagri/Cepa, Caixa Postal 1587, 88034-001, Florianópolis, SC, E-mail: [email protected]; 3 Eng.Agr. D.Sc., Epagri/Estação Experimental de Caçador, Caixa Postal 591, 89500-000, Caçador, SC, E-mail: [email protected]; 4 Filosofo, Epagri/Cepa, Caixa Postal 1587, 88034-001, Florianópolis, SC, E-mail: [email protected]; 5 Economista, Epagri/Cepa, Caixa Postal 1587, 88034-001, Florianópolis, SC, E-mail: [email protected]. 2 192 PRODUÇÃO DE FRUTAS EM 2012 NA REGIÃO DO EXTREMO OESTE CATARINENSE Loenir José Loro1; Francisco Carlos Heiden2; Ivan Dagoberto Faoro3; Ilmar Borchardt4; Luiz Marcelino Vieira5 Esse trabalho objetivou a coleta de dados da produção das principais frutas produzidas na região do Extremo Oeste Catarinense, designada pela Epagri como UGT-9, a qual compreende 38 municípios. O período de referência para a coleta dos dados foi a safra 2011/12 para todas as espécies de frutas Cronologicamente, essa safra compreendeu o período de 01/07/2011 a 30/06/2012. Para o registro da área cultivada de cada espécie, considerou-se o total da área existente no último mês do período de referência (junho/2012) e, no caso da banana, em dezembro/2011. O levantamento dos dados foi realizado no período de 01 a 20/11/2012. Em 2012 essa região produziu 0,75% do total da produção estadual, gerando para os produtores o valor de R$ 6.279.416,00,00. Nela, o total da área plantada foi de 1.127,4 ha e a área colhida foi de 1002,1 ha, indicando um futuro aumento da produção de frutas, já que 125,3 ha ainda não entraram em produção. As frutas mais importantes produzidas nessa região são as uvas e a laranja. A maior área de plantio dá-se com laranjeiras, havendo 582,5ha cultivados, mas somente 513,8 em produção, indicando aumento na produção de laranjas quando os restantes 68,7 ha iniciarem a produção. Processo semelhante ocorre com a uva, onde existem 419,5 ha cultivados, mas somente 370,7 ha estão em produção. A produção de laranjas atingiu 10.969 t e a de uva 3.816,1 t, gerando aos produtores respectivamente R$1,8 milhão e R$ 3,4 milhões. As demais frutíferas produzidas apresentam pequena área de plantio, sendo destaque o pessegueiro (67,5 ha), a tangerineira (33 ha) e o caquizeiro (10,8 ha). Os autores agradecem os extensionistas locais que coletaram os dados em seus municípios e as estruturas regionais e a equipe do Cepa, sem os quais esse trabalho não seria possível de ser realizado. 1 Eng.Agr. Especialista, Epagri/Gerencia Regional de São Miguel do Oeste , CEP 89900-000, E-mail: [email protected]; 2 Sociólogo, Especialista, Epagri/Cepa, Caixa Postal 1587, 88034-001, Florianópolis, SC, E-mail: [email protected]; 3 Eng.Agr.D.Sc., Epagri/Estação Experimental de Caçador, Caixa Postal 591, 89500-000, Caçador, SC, E-mail: [email protected]; 4 Filosofo, Epagri/Cepa, Caixa Postal 1587, 88034-001, Florianópolis, SC, E-mail: [email protected]; 5 Economista, Epagri/Cepa, Caixa Postal 1587, 88034-001, Florianópolis, SC, E-mail: [email protected]. 193 PRODUÇÃO DE FRUTAS EM 2012 NA REGIÃO DO PLANALTO SUL CATARINENSE Marlon Couto1; Francisco Carlos Heiden2; Ivan Dagoberto Faoro3; Ilmar Borchardt4; Luiz Marcelino Vieira5 Esse trabalho objetivou a coleta de dados da produção das principais frutas produzidas na região do Planalto Sul Catarinense, designada pela Epagri como UGT-3, a qual compreende 18 municípios. Um deles, São Joaquim, foi o que apresentou o maior valor de produção de frutas em Santa Catarina, gerando R$ 238.609.949,00, o que representou 28,4% de toda a produção estadual. O período de referência para a coleta dos dados foi a safra 2011/12 para todas as espécies de frutas. Cronologicamente, essa safra compreendeu o período de 01/07/2011 a 30/06/2012. Para o registro da área cultivada de cada espécie, considerou-se o total da área existente no último mês do período de referência (junho/2012). O levantamento dos dados foi realizado no período de 01 a 20/11/2012. Nessa UGT-3, a área cultivada com frutíferas foi de 14.177,7 ha, sendo que 13.688,3 ha estão em produção. Isso demonstra que está ocorrendo forte incremento da fruticultura, fortalecendo a sua importância na produção estadual de frutas, já que ela atualmente responde por 43,0% do valor total de produção das principais frutas em Santa Catarina. As frutas com maior produção foram a maçã, seguida pela ameixa, pera e a uva. Foi registrada uma área de plantio de 12.884,8 ha de macieiras, mas somente 12.544,8 ha estão em produção, o que resultou na produção de 470.791 t de maçã e gerou a produtividade média de 37.529 kg/ha, a qual é considerada baixa e por isso a região apresenta elevado potencial de crescimento, ainda mais somando que diversas áreas se encontram em início de produção. A maçã colhida no Planalto Sul Catarinense representou 70,9% da produção estadual. O cultivo da ameixeira deu-se em 432,7 ha, mas somente 426,2 ha estão em produção e produziram 5.935 t, a qual representou 41,6% da produção estadual, gerando o valor de R$ 7.709.540,00. O plantio de pereira deu-se em 404,7 ha, mas só 324,5 ha estão em produção e produziram 4.024 t de pera, gerando uma receita de R$ 6.232.100,00. Nesse caso da pera, 80 ha ainda não entraram em produção e isso evidencia o rápido aumento da área de plantio que essa cultura apresenta nesse importante polo produtor. Na produção de uva, destacam-se as viníferas, as quais somadas aos outros tipos são cultivadas em 361,5 ha, mas somente 311,8 ha estão em produção, os quais geraram R$ 1.512.089,00. Os autores agradecem os extensionistas locais que coletaram os dados em seus municípios e as estruturas regionais e a equipe do Cepa, sem os quais esse trabalho não seria possível de ser realizado. 1 Eng.Agr., Epagri/Gerencia Regional de São Joaquim, E-mail: [email protected]; Sociólogo, Especialista, Epagri/Cepa, Caixa Postal 1587, 88034-001, Florianópolis, SC, E-mail: [email protected]; 3 Eng.Agr.D.Sc., Epagri/Estação Experimental de Caçador, Caixa Postal 591, 89500-000, Caçador, SC, E-mail: [email protected]; 4 Filosofo, Epagri/Cepa, Caixa Postal 1587, 88034-001, Florianópolis, SC, E-mail: [email protected]; 5 Economista, Epagri/Cepa, Caixa Postal 1587, 88034-001, Florianópolis, SC, E-mail: [email protected]. 2 194 PRODUÇÃO DE FRUTAS EM 2012 NA REGIÃO DO ALTO VALE DO RIO DO PEIXE CATARINENSE Sérgio Neres da Veiga1; Francisco Carlos Heiden2; Ivan Dagoberto Faoro3; Ilmar Borchardt4; Luiz Marcelino Vieira5 Esse trabalho objetivou a coleta de dados da produção das principais frutas produzidas na região do Alto Vale do Rio do Peixe, designada pela Epagri como UGT-10, a qual compreende 19 municípios. O período de referência para a coleta dos dados foi a safra 2011/12 para todas as espécies de frutas. Cronologicamente, essa safra compreendeu o período de 01/07/2011 a 30/06/2012. Para o registro da área cultivada de cada espécie, considerou-se o total da área existente no último mês do período de referência (junho/2012). O levantamento dos dados foi realizado no período de 01 a 20/11/2012. Em 2012, essa região produziu 16,2% do total da produção estadual, gerando para os produtores o valor de R$ 136.449.606,00. Nela, o total da área plantada foi de 8.199,4 ha e a área colhida foi de 7.984,1 ha, indicando no futuro um pequeno aumento da produção de frutas. As frutas mais importantes produzidas nessa região são a maçã, a uvas e o pêssego. A maior área de plantio dá-se com a macieira, havendo 4.327,2 ha cultivados e 4.307,2 em produção, indicando certa estabilização no aumento da produção quando essa é relacionada com a área. A quantidade de maçã produzida foi de 140.493 t, o que gerou uma receita de R$ 89.916.508,00 aos produtores, sendo essa maior que todas das outras frutas produzidas nessa região. No entanto, a produtividade média de maçã (32,6 t/ha) está abaixo do desejável, embora existam alguns pomares novos que ainda não estão em plena capacidade produtiva. A segunda frutífera em importância quanto á área cultivada foi a uva, sendo registrado 1.992,8 ha plantados, sendo que 1.948,8 ha estão em produção e geraram 36.404,5 t e R$ 19,1 milhões aos produtores. Parte dessa produção de uva é destinada à vinificação. O plantio de pessegueiros e nectarineiras deu-se em 1.099,2 ha, mas somente 1.025,3 ha estão em produção, o que indica, após vários anos em queda, um início na retomada do cultivo dessas frutíferas. Ambas produziram 19.478,5 t e geraram um valor de produção situado em R$ 14,7 milhões. A ameixa é cultivada em 452,7 ha, mas somente 385,7 ha estão em produção e isso indica um grande aumento no volume futuro comercializado dessa fruta. Sua produção foi de 6.039 t e o valor da produção foi de R$ 7,3 milhões. As demais frutíferas produzidas apresentam menor área de plantio, sendo destaque o caqui (179,6 ha), o quivi (52,8 ha), as laranjas e tangerinas (52,5 ha) e o figo (13 ha). Os autores agradecem os extensionistas locais que coletaram os dados em seus municípios e as estruturas regionais e a equipe do Cepa, sem os quais esse trabalho não seria possível de ser realizado. 1 Eng.Agr. M.Sc., Epagri/Gerencia Regional de Videira, E-mail: [email protected]; Sociólogo, Especialista, Epagri/Cepa, Caixa Postal 1587, 88034-001, Florianópolis, SC, E-mail: [email protected]; 3 Eng.Agr.D.Sc., Epagri/Estação Experimental de Caçador, Caixa Postal 591, 89500-000, Caçador, SC, E-mail: [email protected]; 4 Filosofo, Epagri/Cepa, Caixa Postal 1587, 88034-001, Florianópolis, SC, E-mail: [email protected]; 5 Economista, Epagri/Cepa, Caixa Postal 1587, 88034-001, Florianópolis, SC, E-mail: [email protected]. 2 195 EFEITO DE FATORES EXTRÍNSICOS E INTRÍNSECOS SOBRE A PRODUÇÃO DE COMPOSTOS ANTIOXIDANTES EM MIRTILEIRO (Vaccinium sp) Ícaro Borges Tavares1; Tanize dos Santos Acunha2; Rosane Lopes Crizel3; André Luiz Radunz4; Fabio Clasen Chaves5; Flávio Gilberto Herter6 Mirtilos são pequenos frutos, nativos dos Estados Unidos, pertencentes ao gênero Vaccinium e a família Ericaceae. A grande quantidade de fitoquímicos presentes no mirtilo, torna-o uma das frutas frescas mais ricas em antioxidantes já estudadas. Os antioxidantes são compostos responsáveis pela inibição e redução das lesões causadas pelos radicais livres nas células. Dentre estes compostos com propriedades antioxidantes destacam-se os compostos fenólicos, os quais compreendem ácidos fenólicos e flavonóides. Há uma grande variabilidade qualitativa e quantitativa dos fenólicos encontrados no mirtilo, esta diferença na composição fenólica é dependente de fatores intrínsecos (gênero, espécie e cultivar) e extrínsecos (condições ambientais e de cultivo, manejo e condições de armazenamento). Este estudo teve por objetivo avaliar o efeito da posição da gema florífera sob o teor de fenóis totais e a atividade antioxidante em frutos de duas cultivares de mirtilo (Clímax e Powderblue). O experimento foi conduzido durante a safra 2012/2013, sendo utilizadas plantas adultas de mirtileiro (Vaccinium sp.) de pomar comercial, conduzido sob o sistema orgânico de cultivo, localizado no município de Morro Redondo, RS (31º32’32’’S 52º34’29’’O, 150 metros de altitude). O teor de compostos fenólicos totais foi determinado pelo método adaptado de Swain e Hillis (1959) e os resultados expressos em mg de ácido gálico 100g-1 de fruta em base úmida. O potencial antioxidante foi determinado através do método adaptado de BrandWilliams, Cuvelier e Berset (1995) os resultados foram expressos em mmol equivalente Trolox 100 mg-1 de amostra em base úmida. O teor de compostos fenólicos observado para os frutos da gema terminal das cultivares Powderblue (1594,70) e Clímax (1533,91) foi superior ao da gema mediana (1576,27 e 1405,47, respectivamente) e basal (1557,72 e 1362,92, respectivamente). O mesmo foi observado em relação à atividade antioxidante. Os frutos da gema terminal das cultivares Powderblue e Clímax apresentaram maior atividade antioxidante (1,59 e 1,46, respectivamente) que os frutos da gema mediana (1,60 e 1,51, respectivamente) e basal (1,61 e 1,62, respectivamente). A posição da gema florífera no ramo influenciou diretamente na produção de compostos antioxidantes como os fenóis totais, isto se deve a estes compostos serem metabólitos especializados cuja síntese é influenciada pelo estágio de desenvolvimento e por condições de estresse, tais como: radiação, ferimentos, entre outras. Logo, associa-se os maiores teores de compostos fenólicos e atividade antioxidante, nos frutos das gemas terminais, a maior incidência de radiação solar direta sobre os frutos destas gemas, em comparação as demais. As diferenças entre as cultivares se deve a fatores intrínsecos, visto que a cultivar Powderblue apresenta maior teor de compostos que a cultivar Clímax. 1 Estudante de Agronomia UFPel – Bolsista PIBIC – Campus Capão do Leão (UFPel)- Caixa Postal 354 - Pelotas – RS- Cep: 96010-900. e-mail: [email protected]; 2 Bach. em Química de Alimentos. Metranda PPGCTA/ UFPel.Campus Capão do Leão (UFPel)- Caixa Postal 354 - Pelotas – RS- Cep: 96010-900. e-mail: [email protected]; 3 Estudante de Química de Alimentos UFPel –Campus Capão do Leão (UFPel) – Caixa Postal 354 - Pelotas – RS- Cep: 96010-900. e-mail: [email protected]; 4 Eng. Agr. M.Sc. Doutorando em Agronomia FCA/ UFPel. Campus Capão do Leão (UFPel)- Caixa Postal 354 - Pelotas – RS- Cep: 96010-900. e-mail: [email protected]; 5 Eng. Agr., Ph.D. PPGCTA- Programa de Pós Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos/UFPel.Campus Capão do Leão (UFPel)- Caixa Postal 354 - Pelotas – RS. Cep: 96010-900. e-mail:[email protected]; 6 Eng. Agro. Professor Dr. Departamento de Fitotecnia/FAEM/UFPel - Campus Universitário – Caixa Postal 354, Capão do Leão, RS – Cep: 96010-900. Email: [email protected]. 196 AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE TERMOVINIFICAÇÃO E VINIFICAÇÃO TRADICIONAL COM UVAS ISABEL E BORDÔ Rafaela Chiesa1; Vinicius Caliari2 A termovinificação é o processo de aquecimento do mosto para uma maior rapidez na extração de cor de vinhos tintos, eliminando o processo de maceração com as cascas. O processo consiste no aquecimento do mosto de 90 a 95˚C por aproximadamente dois minutos e posterior redução de temperatura com pressão negativa, visando acelerar a extração dos compostos fenólicos, taninos e antocianas. Este trabalho foi desenvolvido na empresa “Vinhos Randon LTDA”. Foram elaborados vinhos com as variedades Isabel e Bordô, pelo processo de vinho termovinificado e tradicional. Os parâmetros enológicos gerais foram realizados no laboratório da Randon e as análises de antocianinas, polifenóis totais, cor (intensidade) e análise sensorial foram realizadas no laboratório da Epagri EEV. O objetivo foi avaliar a alteração das características de cor, polifenóis e percepção sensorial de vinhos elaborados pelo processo de termovinificação e pelo procedimento tradicional com as uvas Isabel e Bordô que apresentam significativa área plantada em Santa Catarina. Para todos os resultados foi utilizado o teste de Tukey com p<0,05. Os resultados das análises de polifenóis, o vinho da cv. Isabel apresentou diferença significativa, o vinho convencional apresentou 497,25 mg/L de polifenóis, já o vinho termovinificado obteve 686,83 mg/L. Com a cv. Bordô a diferença não é significativa, o vinho tradicional obteve 1299,33 mg/L, onde o vinho termovinificado teve 1322,95 mg/L. As antocianinas nos vinhos Isabel também mostraram uma certa diferença, para as amostras de vinho convencional obtiveram 2,81 mg/100g e o vinho termovinificado apresentou 3,86 mg/100g ,porém com a cv. Bordô não obtiveram diferença, ao contrário os níveis de antocianinas do vinho convencional foram maiores que o termovinificado. O vinho tradicional apresentou 31,68 mg/100g e com o vinho termovinificado teve 22,78 mg/100g. O vinho Isabel, mesmo com estas diferenças em antocianinas e polifenóis, não apresentou diferença quanto a intensidade de cor, o vinho tradicional apresentou 6,76 e o vinho termovinificado 6,95. Com a cultivar Bordô, a intensidade de cor teve uma diferença maior, porém os níveis de antocianinas e polifenóis não apresentaram distinção nos resultados sendo os valores obtidos são 8,54 mg/100g (convencional) e 9,13 mg/100g (termovinificado). A análise sensorial foi realizada com a equipe de julgadores da Epagri EEV, onde foram aplicados os testes triangulares para 16 julgadores. Para a cultivar Isabel 11 pessoas identificaram a amostra correta e segundo a tabela de significância no teste triangular, considerando um erro amostral de 5%, houve diferença nas amostras. Já a cultivar Bordô, novamente não apresentou diferença significativa, concluímos com esses resultados que como a concentração de antocianinas e polifenóis na cv Bordô é muito mais abundante do que na cv Isabel, o método de extração termovinificado e o tradicional não apresentou diferenças devido a disponibilidade desses metabólitos. 1 Acadêmica do curso de Biotecnologia Industrial – Unoesc – Campus Videira. e-mail: [email protected]; Qco.Ind. M.Sc. Doutorando PPGCAL/UFSC, Pesquisador Epagri Estação Experimental de Videira, Professor Unoesc Campus Videira. End. Estação Experimental de Videira, Videira SC Cx postal 021 cep 89560-000 e-mail: [email protected]. 2 197 CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE TRÊS CULTIVARES DE MORANGUEIRO NO PLANALTO CATARINENSE Ramon Voss1; Antonio Felippe Fagherazzi2; Flávia Regina Cristofolini3; Jaqueline Gerber3; Aike Anneliese Kretzschmar4; Leo Rufato4 Devido às características peculiares de sabor, coloração, aroma e tamanho de frutos, o morango torna-se uma fruta muito apreciada e a mais consumida entre os pequenos frutos. A produção brasileira de morango ultrapassa a marca de 100 mil toneladas, tendo como principais produtores em ordem de importância os estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul e Espírito Santo. A região sul do Brasil possui clima favorável ao desenvolvimento e a produção de morangos com qualidade superior às demais regiões produtoras em virtude das elevadas amplitudes térmicas ocorridas durante a primavera. Entre as principais cultivares utilizadas pelos produtores brasileiros, destaca-se as cvs. Aromas e Albion de dia neutro; Camarosa e Camino Real de dia curto. Porém a produção e a qualidade precisam ser aprimoradas em virtude dos consumidores estarem mais exigentes. Por isto a importância de estudos que avaliem o comportamento de novas cultivares de morangueiro. Diante do exposto, o objetivo do trabalho foi de avaliar as características físico-químicas de duas novas cultivares de morangueiro para a região do Planalto Catarinense. O experimento foi realizado durante a safra 2011/2012 no Centro de Ciências Agroveterinárias da Universidade do Estado de Santa Catarina, no município de Lages, SC. As mudas foram plantadas em canteiros e conduzidas em sistema de túneis baixos, com espaçamento de 0,30 x 0,30 cm entre linha e planta. Os tratamentos constituíram as seguintes cultivares: Albion, Florida Festival e Monterey. As variáveis avaliadas foram: produtividade (t ha-1), massa média dos frutos (g), sólidos solúveis (°Brix) e acidez total (% ácido cítrico). Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância, e as médias avaliadas pelo teste de tukey a 5% de probalidade de erro. Para produtividade verificou-se que a cv. Monterey (42,5 t ha-1) foi a mais produtiva, diferindo de F. Festival (35,4 t ha-1) e Albion (33,6 t ha-1). Para ‘Albion’ observou-se, maior massa fresca de fruto com 16,8 g fruto-1. Para as demais cultivares não houve diferença significativa para a mesma variável (Flórida Festival 13,7 g fruto-1 e Monterey 12,8 g fruto-1). No teor de Sólidos Solúveis (SS), as cvs. Albion (7,6 °Brix) e Flórida Festival (7,8 °Brix) se diferiram de ‘Monterey’ (6,3 °Brix). Observou-se que a cv. Albion possui o maior teor de acidez total (0,74% de ácido cítrico), diferindo de Flórida Festival (0,68% de ácido cítrico) que também diferiu de Monterey (0,63% de ácido cítrico) onde se verificou a menor acidez total. Devido ao maior teor de açúcar associado à maior acidez total, ‘Albion’ e ‘Flórida Festival’ se caracterizam por apresentar um equilibrado sabor desejado pelos consumidores. Devido aos resultados verificados, conclui-se que as cultivares Flórida Festival e Monterey se apresentam como nova alternativa de cultivo aos produtores do Planalto Catarinense. 1 Discente do Curso de Agronomia da Universidade do Estado de Santa Catarina (CAV/UDESC); Avenida Luiz de Camões, 2090, Bairro Conta Dinheiro, Lages-SC, CEP: 88520-000. E-mail: [email protected]; 2 Mestrando do Programa de Pós Graduação em Produção Vegetal do CAV/UDESC. E-mail: [email protected]; 3 Discente do Curso de Agronomia do CAV/UDESC. E-mail: [email protected], [email protected]; 4 Prof. Dr. em Fruticultura da Universidade do Estado de Santa Catarina (CAV/UDESC). E-mail: [email protected], [email protected]. 198