Page 1 of 1 Água Online - Revista Digital da Água, do Saneamento
Transcrição
Page 1 of 1 Água Online - Revista Digital da Água, do Saneamento
Água Online - Revista Digital da Água, do Saneamento e do Meio Ambiente. Page 1 of 1 Especialistas buscam rumos para a água subterrânea Edição Nº 534 Periodo: 18/04/2012 a 28/04/2012 Sexta-feira, 27 de Abril de 2012 Cecy Oliveira. Cobertura Especial Montevideu. direto de Um país como o Uruguai, cujas bacias hidrográficas são compartilhadas com outros países, é o cenário propício para abrigar, durante três dias, especialistas na área de recursos hídricos de 23 países na busca de soluções que ajudem a formatar propostas e modelos para tornar mais efetiva a governança, especialmente sobre a água subterrânea. Como deixaram claro vários dos palestrantes do primeiro dia de atividades da consulta regional para a América Latina e Caribe do projeto Governança das Águas Subterrâneas: Um Marco Global para Ações Locais, que se realiza em Montevidéu (Uruguai) com promoção do Fundo da ONU para o Meio Ambiente (GEF), Unesco, por meio do Programa Hidrológico Internacional, FAO, AIH e Banco Mundial com apoio do Governo do Uruguai, há necessidade de tornar visível este recurso que permanece escondido no subsolo. "Se já é difícil a preservação e valorização das águas superficiais imagine-se o quanto é preciso trabalhar para mostrar a importância das águas subterrâneas" reconhecem os especialistas. Mas é preciso atentar que é sob a terra que estão mananciais que compõem 97% das águas doces do planeta. Neste etapa do trabalho mais de uma centena de autoridades governamentais, técnicos renomados, representantes de ONGs e outras entidades da sociedade civil, e inclusive dos meios de Comunicação, vão avaliar e oferecer sugestões de ações direcionadas a achar caminhos para prevenir, melhorar e restaurar aquíferos ao redor do mundo permitindo que os usos se tornem sustentáveis."Precisamos mostrar que em lugar de serem um problema as águas subterrâneas podem ser a solução para muitas cidades que hoje já enfrentam problemas de abastecimento" destacou o geólogo Ricardo Hirata, da USP (SP). Ao abrir o evento a ministra de Habitação, Ordenamento Regional e Meio Ambiente do Uruguai, Graciela Muslera, lembrou a característica do seu país para a articulação e os acordos, também devido a que tem compartilhado com os países vizinhos como Brasil e Argentina seus recursos hídricos, ao longo de sua história. Recomendou que se busquem fórmulas de dar uma dimensão mais visível à água subterrânea e fazer uso sustentável sob pena de um sério comprometimento do futuro dos países latino-americanos. "Precisamos atuar tendo em vista as fragilidades e ameaças e contar sempre com a participação da comunidade que deve também ser responsável pelos nossos recursos hídricos" assinalou. O ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Luis Almagro, citou as secas cíclicas que o país e a região sul do continente tem enfrentado lembrando que embora cada problema exija uma solução individualizada há caminhos comuns que podem ser buscados. Encerrando a abertura a diretora adjunta para Ciências Naturais da Unesco, Gretchen Kalonji, disse esperar que a resenha destes dias de trabalho possam incentivar as tomadas de decisão que garantam o uso sustentável das águas subterrâneas. Bons exemplos animam Foto: Paulo Varela ANA. Um dos exemplos exitosos de gestão da água subterrânea apresentados é o da cidade de Ribeirão Preto onde existe uma regulamentação local para a perfuração de poços e zonas de exclusão. Outro projeto que obteve boa repercussão foi o do Aquífero Guarani que possibilitou um acordo quadripartite para a proteção das fontes subterrâneas deste a uífero compartilhado pelo Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. O diretor da Agência Nacional de Água (ANA), Paulo Varella, revelou que a agência vaiçdar continuidade aos trabalhos iniciados pelo Projeto Aquífero Guarani, desta vez voltado para as zonas de afloramento em território brasileiro. Um contrato no valor de R$ 5 milhões acaba de ser assinado pela ANA com a empresa Engecorps para o desenvolvimento do projeto de avalia ão rojeto é da vulnerabilidade natural do Aquífero Guarani em suas áreas de afloramento. Serão levantadas as vulnerabilidades, fontes potenciais de contaminação e geradoqum mapa do perigo de contaminação. Além do detalhamento serão desenvolvidas duas áreas piloto, uma no Rio Grande do Sul e outra no Mato Grosso do Sul. O prazo do p de 24 meses e envolve os oito estados brasileiros. Segundo o diretor de Águas Subterrâneas da ANA, Fernando Oliveira, o projeto será desenvolvido em parceria com os Estados. Para objetivar este apoio mútuo está sendo criada uma comissão técnica com representação estadual, A esta primeira consulta devem se seguir as demais, que já estão programadas para: África (em Nairobi, Quênia), Países Árabes (Aman - Jordânia), Ásia(Beijing - China), Europa (Holanda) e Canadá-Estados unidos. O objetivo é coletar contribuições para o aperfeiçoamento que se encontra agora na fase de diagnóstico. Previamente a essa reunião os participantes preencheram um questionário que possibilitou levantar os principais problemas e carências de informações, legislação e institucionalização. Enquanto alguns países da América Latina e Caribe já têm arcabouço legal e institucional outros ainda buscam dar os primeiros passos no estabelecimento de uma governança eficiente. O projeto, no valor de US$ 4,5 milhões e prazo de três anos prevê o levatamento do estado atual - cujo resultado está agora sendo analisado nas consultas regionais - o diagnóstico, ou seja, a complementação da primeira etapa com as contribuições das consultas e a soluções politicamente viáveis para as carências e problemas detectados. http://www.aguaonline.com.br/materias.php?id=3450&cid=14&edicao=534 27/04/2012
Documentos relacionados
AQUÍFERO GUARANI
para conflitos futuros. Mas a disponibilidade da água e seus usos podem ser resolvidos com tecnologia, gestão, investimentos, cooperação e boa vontade, contra-argumentam os especialistas na matéria...
Leia mais